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LÍNGUA PORTUGUESA

ELIANE FONTANA

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TEXTO 1

Estirou as pernas, encostou as carnes doídas ao muro.Se lhe tivessem dado tempo, ele teria explicado tudodireitinho. Mas pegado de surpresa, embatucara. Quem nãoficaria azuretado com semelhante despropósito? Não queriacapacitar-se de que a malvadez tivesse sido para ele. Haviaengano, provavelmente o amarelo o confundira com outro.Não era senão isso.

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Então por que um sem-vergonha desordeiro searrelia, bota-se um cabra na cadeia, dá-se pancada nele?Sabia perfeitamente que era assim, acostumara-se a todas asviolências, a todas as injustiças. E aos conhecidos quedormiam no tronco e agüentavam cipó de boi ofereciaconsolações: - “Tenha paciência, apanhar do governo não édesfeita.”

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Mas agora rangia os dentes, soprava. Mereciacastigo?

- An!

E, por mais que forcejasse, não se convencia de que osoldado amarelo fosse governo. Governo, coisa distante eperfeita, não podia errar. O soldado amarelo estava ali perto,além da grade, era fraco e ruim, jogava na esteira com osmatutos e provocava-os depois. O governo não deviaconsentir tão grande safadeza.

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Afinal para que serviam os soldados amarelos? Deuum pontapé na parede, gritou enfurecido. Para que serviamos soldados amarelos? Os outros presos remexeram-se, ocarcereiro chegou à grade, e Fabiano acalmou-se:

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- Bem, bem. Não há nada não.

Havia muitas coisas. Ele não podia explicá-las, mashavia. Fossem perguntar a seu Tomás da bolandeira, que lialivros e sabia onde tinha as ventas. Seu Tomás da bolandeiracontaria aquela história. Ele, Fabiano, um bruto, não contavanada. Só queria voltar para junto de sinhá Vitória, deitar-sena cama de varas. Por que vinham bulir com um homem quesó queria descansar? Deviam bulir com os outros.

- An!

Estava tudo errado.

Graciliano Ramos, vidas Secas. Rio de Janeiro: Record, 2005

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1. ( ) No texto, a caracterização psicológica da personagemFabiano inclui o emprego do discurso indireto livre, como em “Porque vinham bulir com um homem que só queria descansar?” (l.33e 34).

2. ( ) O emprego de vírgula antes do conectivo “que” em “E aosconhecidos que dormiam no tronco e agüentavam cipó de boioferecia consolações” (l.11 a 13) é opcional, pois não altera osentido nem as relações sintáticas do período.

3. ( ) O emprego do sinal indicativo de crase em “o carcereirochegou à grade” (l.25 e 26) justifica-se pela mesma regra que odetermina nas seguintes expressões: sentar-se à mesa e bater àporta.

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4. ( ) O primeiro período do quinto parágrafo compreendetrês orações, das quais a oração “por mais que forcejasse”(l.17) expressa circunstância adverbial de concessão.

5. ( ) No episódio, o protagonista Fabiano percebe que odomínio da linguagem está relacionado ao poder exercidopor determinadas pessoas.

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TEXTO 2

A educação básica obrigatória e gratuita constitui direitouniversal, econômico e social reiterado pela Constituiçãobrasileira. Ela é também a base para a realização de outrosdireitos: saúde, liberdade, segurança, bem-estar econômico,participação social e política.

Se a educação é a base necessária à realização de outrosdireitos, o livro é condição imprescindível para que se efetive aeducação. Contudo, se não existe educação sem livro, tampoucohá livro sem educação. Em outras palavras, sem formar leitoresem escala planetária por meio da educação de qualidade paratodos, a distância entre os que têm e os que não têm acesso ainformações tende a aumentar.

Jorge Werthein. Correio Braziliense, 10/4/2006, p. 13 (com adaptações).

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6. ( ) As vírgulas da linha 3 justificam-se por isolar elementos demesma função sintática em uma enumeração.

7. ( ) No trecho "a educação é a base necessária à realização de outrosdireitos" (linha 4), que apresenta dois complementos nominais, oemprego do sinal indicativo de crase justifica-se pela regência da palavra"base".

8. ( ) O termo "Contudo" (linha 5) pode, sem prejuízo para a correçãogramatical e a informação do período, ser substituído por qualquer umdos seguintes: Todavia, No entanto, Entretanto, Embora.

9. ( ) Na linha 2, o pronome anafórico "Ela" tem a função coesiva deretomar o termo "Constituição brasileira".

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Em relação ao texto apresentado acima, julgue os itens seguintes.

10. ( ) O texto constrói-se com base na sátira.

11. ( ) Para o entendimento da crítica social presente no texto, é crucial, alémda interpretação das imagens com base no conhecimento histórico, oentendimento do sentido das preposições empregadas no título de cadaimagem.

12. ( ) O tema do texto pode ser sintetizado no ditado popular “aqui se faz,aqui se paga”.

13. ( ) Em “PRESENTE PRA GREGO”, o emprego da forma prepositiva “pra” éinadequado, dado o grau de formalidade do texto.

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14. ( ) O texto, cuja mensagem é transmitida essencialmente por meio daimagem, classifica-se como não verbal.

15. ( ) A descentralização das organizações extremistas amplia sua capacidadeoperacional e lhes permite realizar atentados quando as circunstancias lhesforem favoráveis.

O pronome “lhes”, em ambas as ocorrências, refere-se a “organizaçõesextremistas”.

16. ( ) Na esteira da leitura do mundo pela palavra, vemos emergir umatecnologia de linguagem cujo espaço de apreensão de sentido não é apenascomposto por palavras...

Preservam-se as relações semânticas e a correção gramatical do texto bemcomo tornam-se mais claras as relações entre as palavras “tecnologia” e“espaço”, ao se substituir o pronome “cujo” por que o.

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“De tão habituados a viver em relação com os demais, poucasvezes percebemos ou constatamos sua importância ou suainfluência em nossos comportamentos ou em nossas decisões. Avida humana é grupal.”

17. ( ) Em “De tão habituados” (ℓ.1), a preposição “De” introduzoração de valor causal que, entre outras estruturas, corresponde aPorque estamos tão habituados ou a Por estarmos tãohabituados.

18. ( ) Em “...expõe o paciente a infecções oportunistas, como atuberculose ou a pneumonia”, o termo destacado admite asubstituição pelo pronome “lhe”, sem prejuízo para a correçãogramatical.

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“A lenda urbana surge com a oportunidade do inusitado, do espetacular,do fantasioso. É o momento em que se pode romper com a realidade ecrer que existe algo além do que se conhece.”

19. ( ) Preservam-se a correção gramatical do texto e a coerência entreos argumentos ao se ligar o segundo período sintático do texto aoprimeiro por uma conjunção, da seguinte forma: (...) do fantasioso,posto que é o momento (...).

20. ( ) O trecho “... embora tenhamos o dever de comparecer às urnas,não somos obrigados a escolher entre um ou outro candidato” admite aseguinte reescritura, sem prejuízo para a correção gramatical e para acoerência textual: “...conquanto se tem o dever de comparecer às urnas,não somos obrigados a escolher dentre um ou outro candidato”

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