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Dois terços dos brasileiros dependem do SUSSegundo Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE, a faixa etária que mais recorreu a internações no SUS é até 17 anos

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que dois terços dos brasileiros dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo os dados, a rede pública foi responsável por 65,7% das internações que duram 24 horas ou mais no Brasil, sendo maiores as taxas no Nordeste (76,5%) e no Norte (73,9%). A região Sul aparece com 63,8%. O menor percentual foi registrado no Sudeste (58,8%).

A faixa etária que mais recorreu a internações no SUS é até 17 anos (75,2%) e o menor percentual (58,8%) corresponde à população entre 30 e 39 anos. De acordo com a pesquisa, as internações no SUS também somam um percentual maior entre pretos (75,8%) e pardos (75,4%), conforme terminologia do IBGE. Entre os entrevistados que se classificam brancos o número é 20 pontos percentuais menor (55,4%). A pesquisa também mostrou que as mulheres vão mais ao médico do que os homens. Entre as mulheres, o índice foi de 78%, contra 63,9% dos homens.O principal procedimento realizado entre as pessoas que ficaram internadas no SUS foi o tratamento clínico (42,4%), seguido por cirurgias (24,2%) e partos (13,1%). Na saúde privada, o perfil é diferente, com as cirurgias correspondendo a 41,7% das internações. Os tratamentos clínicos respondem por 29,8%, e os partos, 11,8%.

CONSULTASDe acordo com a pesquisa, do total de entrevistados no último trimestre de 2013, 71,2% haviam se consultado pelo menos uma vez nos 12 meses anteriores à entrevista. O inchaço da rede pública, no entanto, causa transtornos para os usuários. A reportagem percorreu alguns pontos de atendimento em Londrina na tarde de ontem. O tempo de espera foi a

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maior reclamação dos pacientes do SUS.Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), os problemas são pontuais, mas o problema mais crônico continua sendo no Pronto Atendimento Municipal (PAM). O pintor Roberto Carlos Ferreira Chaves, de 39 anos, morador na área central, procurou a unidade de saúde na manhã de ontem após sentir-se mal. Ele deu entrada às 9h30 e sete horas depois ainda não havia sido atendido. "Só procuro consulta quando realmente preciso, porque sei como é isso aqui", reclamou.

DISCRIMINAÇÃOA PNS investigou o atendimento nos serviços de saúde, público e privado. As entrevistas mostraram que 10,6% dos brasileiros de mais de 18 anos já se sentiram discriminados ao serem atendidos em postos e hospitais, sendo a ocorrência mais frequente no Norte e no Centro-Oeste: índices de 13,6% e 13,3%, respectivamente. Os principais motivos, na ordem: falta de dinheiro, classe social, tipo de ocupação, doença que apresentam e cor da pele.O açougueiro Antônio Gomes Júnior, de 18 anos, que cortou a mão em um acidente de trabalho, contou que se sentiu discriminado por ser pobre. "Bom, eu estou aqui [PAM] com a mão cortada e ninguém me atende. Se eu fosse rico com certeza a história seria outra. Isso não é uma forma de preconceito?", questionou.

SAÚDE BUCALOs entrevistados também responderam questionário sobre higiene bucal. Os resultados mostraram que o uso de escova de dente, pasta e fio dental é feito por apenas 53% dos brasileiros. Enquanto 83,2% das pessoas com nível superior usavam os três, o percentual cai para 29,2% entre a população sem instrução e com ensino fundamental incompleto.Em situações extremas, uma simples escova de dente é artigo de luxo. No assentamento Aparecidinha, na zona norte de Londrina, a reportagem entrevistou uma família sobre os hábitos de higiene bucal. As primas Karolaine Vitória, 8 anos, e Rayssa Gabriela, 5, ganharam escovas durante a entrevista. O presente veio de uma tia ao descobrir que as meninas não tinham o item básico de higiene dental. "Olha, é de bichinho", admirou-se a mais velha enquanto se preparava para estrear o presente no tanque de lavar roupas.

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Mais de 60% dos hospitais públicos estão sempre superlotadosEm 80% dos hospitais fiscalizados pelo Tribunal, faltam médicos e enfermeiros e quase a metade desses

hospitais tem leitos fechados, exatamente pela falta de profissionais.

Pela primeira vez, uma auditoria feita nos hospitais públicos mostra o tamanho dos problemas enfrentados por milhares debrasileiros. Mais de 60% dos hospitais estão sempre superlotados. Faltam leitos e equipamentos, médicos. Os númerosretratam o caos da saúde.O Ministério da Saúde reconheceu que há problemas e que tem investido em construir mais hospitais e levar mais médicospara as cidades. O relatório traz um retrato bem conhecido pelos pacientes da rede pública. Os hospitais sempre cheios sãouma reclamação recorrente entre os pacientes da rede pública de saúde. “Nunca tem vaga, ou não tem médico pra atender”,reclama uma mulher. Uma fiscalização feita pelo Tribunal de Contas da União confirmou o problema. Os técnicos visitaram 116hospitais e prontos-socorros do país. 64% estão sempre superlotados.Os outros 36% também passam por essa situação, mas com menos frequência. E quando os hospitais não estão cheios demais,os pacientes se deparam com outras dificuldades, como a falta de equipamentos. Dona Irene precisava fazer um exame paraconfirmar a suspeita de pneumonia. Procurou o posto de saúde, mas teve que fazer uma peregrinação por Brasília.“Você procura o lugar mais próximo que seria a UPA, no meu caso era um raio-x, e vem para o hospital público, que não é paraatender coisas assim”, diz Irene Pinto, aposentada.

O levantamento do TCU verificou que:

- 77% dos hospitais mantém leitos desativados porque não há equipamentos mínimos, como monitores e ventiladores pulmonares;

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- em 45%, os equipamentos ficam sem uso porque faltam contratos de manutenção;

- 48% sofrem com deficiência de instrumentos e móveis básicos para prestação dos serviços.

Em 80% dos hospitais fiscalizados pelo Tribunal, faltam médicos e enfermeiros e quase a metade desses hospitais tem leitos fechados, exatamente pela falta de profissionais.

O Tribunal de Contas encaminhou o relatório ao Ministério da Saúde e vai continuar acompanhando a rede pública nos próximos anos.

“O que a gente quer é propiciar uma melhoria do nível de qualidade da discussão no Brasil, até então era achismo, subjetividade, todo mundo sabe que falta tudo. Agora a gente tem índices, parâmetros, indicadores. Esse era um déficit crônico no Brasil”, afirma Benjamin Zymler, ministro do TCU.

Já o Ministério da Saúde reconhece que há problemas principalmente na gestão dos hospitais. Diz que está investindo na formação de médicos e na melhora da oferta.

“O ministério está acompanhando com cuidado cada ponto desse, cada dificuldade sem particularizar as situações, mas a grosso modo enfrentando o problema estrutural, distribuindo melhor os hospitais, investindo em regiões desassistidas”, afirma Helvécio Magalhães, secretário de atenção à saúde.

O Ministério da Saúde disse ainda que 3,6 mil hospitais considerados de pequeno porte têm menos da metade dos leitos ocupados. E que vai fazer uma visita a esses hospitais para entender o motivo.