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APRESENTAÇÃO Era o ano de 1985. A SEREC SEREC acabava de ser fundada, por 4 ex- funcionários da filial brasileira da empresa francesa de consultoria em saneamento básico (Societé SERETE), quando esta já havia deixado o país, e o DMAE DMAE, antecipando-se ao crescimento urbano acelerado da época, avaliava a necessidade de ampliar suas instalações. Surgiu então o primeiro contrato celebrado pela SEREC SEREC ao longo destes últimos 19 anos, quando a empresa se especializou no atendimento aos organismos federais, estaduais, municipais e privados, na área de estudos e projetos de saneamento básico e ambiental. O contrato visou a ampliação e reabilitação da Estação de Tratamento de Água São Benedito, foi concluído, a obra foi executada, e até hoje a ETA constitui uma das peças fundamentais do sistema de abastecimento de água de Poços de Caldas. Além de gravar o início das operações da SEREC SEREC, o contrato deu início a uma relação técnico-profissional extremamente bem sucedida e altamente gratificante, entre a empresa e o DMAE DMAE, visto que seguiram-se: o Plano Diretor do Sistema de Abastecimento de Água, o Projeto Técnico do Sistema de Abastecimento de Água, o Plano Diretor do Sistema de Esgotos Sanitários, o Projeto Executivo da ETA Cipó, o Projeto Técnico do Sistema de Esgotos Sanitários, o Projeto de Redes de Distribuição de Água, o Parecer sobre a ETE Piloto, intercalados pela constante troca de informações sobre o estado da arte, com os técnicos do DMAE DMAE. Tendo como diretrizes esses trabalhos complementados, moldados, ajustados, corrigidos, implantados e mantidos pela equipe técnica do DMAE DMAE os sistemas de Poços de Caldas apresentam hoje elevados níveis de atendimento da população, com notável qualidade, compatível com os melhores sistemas em operação no Brasil e no mundo desenvolvido. É portanto com muito orgulho que a SEREC SEREC ostenta a galhardia de sentir- se parte desse processo tão importante para a saúde pública de uma população da magnitude de Poços de Caldas, objetivo maior de nossa atividade profissional.

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Page 1: APRESENTAÇÃO - dmaepc.mg.gov.br Diretor/plano_diretor... · Este documento trata-se do Plano Diretor do Sistema de Abastecimento de Água de Poços de Caldas que é composto de

APRESENTAÇÃO

Era o ano de 1985. A SERECSEREC acabava de ser fundada, por 4 ex-

funcionários da filial brasileira da empresa francesa de consultoria em saneamento básico

(Societé SERETE), quando esta já havia deixado o país, e o DMAEDMAE, antecipando-se ao

crescimento urbano acelerado da época, avaliava a necessidade de ampliar suas

instalações.

Surgiu então o primeiro contrato celebrado pela SERECSEREC ao longo destes

últimos 19 anos, quando a empresa se especializou no atendimento aos organismos

federais, estaduais, municipais e privados, na área de estudos e projetos de saneamento

básico e ambiental.

O contrato visou a ampliação e reabilitação da Estação de Tratamento de

Água São Benedito, foi concluído, a obra foi executada, e até hoje a ETA constitui uma

das peças fundamentais do sistema de abastecimento de água de Poços de Caldas.

Além de gravar o início das operações da SERECSEREC, o contrato deu início a

uma relação técnico-profissional extremamente bem sucedida e altamente gratificante,

entre a empresa e o DMAEDMAE, visto que seguiram-se: o Plano Diretor do Sistema de

Abastecimento de Água, o Projeto Técnico do Sistema de Abastecimento de Água, o

Plano Diretor do Sistema de Esgotos Sanitários, o Projeto Executivo da ETA Cipó, o

Projeto Técnico do Sistema de Esgotos Sanitários, o Projeto de Redes de Distribuição de

Água, o Parecer sobre a ETE Piloto, intercalados pela constante troca de informações

sobre o estado da arte, com os técnicos do DMAEDMAE.

Tendo como diretrizes esses trabalhos complementados, moldados,

ajustados, corrigidos, implantados e mantidos pela equipe técnica do DMAEDMAE os

sistemas de Poços de Caldas apresentam hoje elevados níveis de atendimento da

população, com notável qualidade, compatível com os melhores sistemas em operação

no Brasil e no mundo desenvolvido.

É portanto com muito orgulho que a SERECSEREC ostenta a galhardia de sentir-

se parte desse processo tão importante para a saúde pública de uma população da

magnitude de Poços de Caldas, objetivo maior de nossa atividade profissional.

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Esse sucesso do DMAEDMAE somente foi possível e podemos afiançar essa

assertiva com base em nossa vivência de 19 anos no setor por todos o país graças ao

profissionalismo, dedicação, seriedade e isenção, dos responsáveis pela condução

técnica do DMAEDMAE, notadamente os Engos. José Wanderley Franco, e Eduardo Lopes

Carvalho, com quem SEREC SEREC sempre teve oportunidade de discutir e aprimorar as

soluções, durante todo esse período.

Evidentemente, a equipe técnica do DMAEDMAE não se restringiu aos seus dois

principais condutores ao longo do período, tendo sido absolutamente importantes

também, as participações de todos os seus técnicos e funcionários, mesmo os não

envolvidos diretamente nos contatos com a SERECSEREC, razão pela qual nos é impossível

registrar, neste documento, os nomes de todos, como seria necessário. Tomando como

seus representantes, citamos aqueles com quem os contatos menos freqüentes nos

permitiram fixar nomes, como os Engos. Menezes, Rabello (in memoriam) e com grande

participação, embora mais recentemente, o Engº Luiz René Ballerini.

O apoio dos Srs. Prefeitos Municipais e Presidentes do DMAEDMAE, a essa

equipe técnica mencionada foi fundamental para alcançar o excelente nível vigente, e é

importante ressaltar sua visão e capacidade administrativa, principalmente considerando-

se que o DMAE DMAE logrou essa posição invejável contando com escassos recursos

financeiros quando confrontados com os requeridos pelas obras e operação de

sistemas tão complexos e sofisticados como os de tratamento e distribuição da água

limpa, e de coleta e afastamento dos esgotos urbanos a exemplo de todos os

municípios brasileiros, sem hoje ostentar graves problemas econômico-financeiros, ou

deficiências operacionais nos sistemas, tópico em que se diferencia da grande maioria

dos municípios mencionados.

A decisão de atualizar seus Planos Diretores de Abastecimento de Água e

Esgoto Sanitários, é mais uma das iniciativas que certamente permitirão a manutenção de

Poços de Caldas no elevado nível em que encontra, do ponto de vista sanitário e

ambiental, e até possibilitar sua ascensão nesse mister.

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Os Planos Diretores ora desenvolvidos, refletindo uma característica sempre

presente na atuação da SERECSEREC, de procurar constante aprimoramento e se possível

antecipar-se ao desenvolvimento da consultoria especializada no Brasil, não se limitam ao

estabelecimento do diagnóstico e das diretrizes, como outrora eram destinados a

desenvolver. Pelo contrário, com auxílio de uma ferramenta digital denominada Sistema

Integrado de Planejamento, Projeto e Controle de Redes de Água (SIPPCSIPPCaa) e o

equivalente para Esgoto (SIPPCSIPPCee), implantados juntamente com o desenvolvimento dos

Planos Diretores, o DMAEDMAE dispõe agora de instrumentos para uma constante atualização

do planejamento dos sistemas, além de propiciar a mais ágil e tecnicamente correta

elaboração de projetos de redes, simulações, estimativas de custos, etc.

Dessa forma, mesmo que novas atualizações de natureza mais abrangente

possam (e talvez devam) ainda requerer contratação de Consultoria especializada, como

neste caso, o planejamento de partes do sistema, ou o planejamento global mais

simplificado, poderão ser desenvolvidos no próprio DMAEDMAE, eventualmente com consultoria

pontual, com a inestimável vantagem de operar com informações e simulações

absolutamente atualizadas, inerentes ao próprio sistema local, e com análise da evolução

de cada parâmetro praticamente em tempo real.

Com mais esse avanço, cuja plena funcionalidade estará naturalmente

condicionada à possibilidade do DMAEDMAE utilizar com freqüência os instrumentos agora

disponíveis, a SERECSEREC tem convicção de que o DMAEDMAE continuará evoluindo para manter-

se, e certamente galgar posições ainda mais elevadas, no meio das concessionárias

municipais de serviços de saneamento básico e ambiental, em benéfico da população

local e de toda a região da bacia hidrográfica em que se situa.

No que se refere ao sistema de abastecimento de água, as ações já

desenvolvidas pelo DMAEDMAE ao longo dos anos, têm permitido que sua administração se

coloque à frente dos problemas, o que permite considerar as ampliações apontadas no

Plano Diretor do Sistema de Abastecimento de Água francamente plausíveis.

O último grande entrave ou seja a construção de sua estação de

tratamento de esgotos para possibilitar o aprofundamento das ações do DMAEDMAE no

sentido de tornar seus sistemas ainda mais modernos, é assunto abordado no Plano

Diretor do Sistema de Esgotos Sanitários, uma vez que as medidas já levadas adiante no

sistema de afastamento também permitem considerar as ampliações e melhorias

previstas nesse particular como plausíveis.

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A SERECSEREC espera assim, que esse entrave possa ser brevemente removido,

e se coloca, como sempre, à disposição do DMAEDMAE e seus técnicos para troca de

informações, sugestões e desenvolvimento de trabalhos em sua área de atuação.

São Paulo, março de 2004

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INDICE

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................................................................7

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA ÁREA.............................................................................................................9

2.1. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO............................................................................................................................9

2.2. LOCALIZAÇÃO..................................................................................................................................................10

2.3. ACESSO E CLIMA..............................................................................................................................................12

2.4. MEIO-AMBIENTE..............................................................................................................................................14

2.5. ECONOMIA.........................................................................................................................................................14

2.6. INFRA-ESTRUTURA E SERVIÇOS................................................................................................................16

3. ÁREA DE PLANEJAMENTO................................................................................................................................19

3.1. ÁREA ATUALMENTE OCUPADA..................................................................................................................19

3.2. VETORES DE EXPANSÃO...............................................................................................................................19

3.3. ÁREA DE PLANEJAMENTO............................................................................................................................20

4. ESTUDOS DEMOGRÁFICOS...............................................................................................................................22

4.1 EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA REGIONAL E LOCAL...............................................................................22

4.2 PROJEÇÕES POPULACIONAIS......................................................................................................................29

4.3 ZONEAMENTO URBANO................................................................................................................................41

5. SISTEMA EXISTENTE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA............................................................................48

5.1 CONCEPÇÃO GERAL.............................................................................................................................................48

5.2 UNIDADES COMPONENTES DO SISTEMA.......................................................................................................48

6. ESTUDOS DE DEMANDA.....................................................................................................................................55

6.1 DEMANDAS DE ÁGUA............................................................................................................................................55

7. SISTEMA PRODUTOR E DISTRIBUIDOR........................................................................................................60

7.1 ALTERNATIVAS DO SISTEMA PRODUTOR....................................................................................................60

7.1.1 MANANCIAIS.........................................................................................................................................................60

7.1.2 BALANÇO HÍDRICO............................................................................................................................................60

7.1.3 DESCRIÇÃO GERAL DAS ALTERNATIVAS...........................................................................................65

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7.1.4 DESCRIÇÃO DETALHADA DAS ALTERNATIVAS................................................................................67

7.1.5 ANÁLISE COMPARATIVA DAS ALTERNATIVAS.................................................................................72

7.2 SISTEMA DE RESERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO........................................................................................75

7.2.1. ASPECTOS GERAIS DA SETORIZAÇÃO EXISTENTE E PROPOSTA...............................................75

7.2.2. SUBADUÇÃO, ELEVAÇÃO E RESERVAÇÃO DE ÁGUA TRATADA.................................................75

7.2.3. SISTEMA DISTRIBUIDOR...........................................................................................................................82

8. SISTEMA PLANEJADO.........................................................................................................................................94

9. ESTIMATIVA DE INVESTIMENTOS.................................................................................................................96

10. PROGRAMA DE INTERVENÇÃO.................................................................................................................103

11. O SIPPC COMO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO........................................................................106

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1. INTRODUÇÃO

O presente relatório é fruto do contrato celebrado entre o DMAEDMAE –

Departamento Municipal de Água e Esgoto de Poços de Caldas e a SERECSEREC – Serviços de

Engenharia Consultiva S/C Ltda., para a realização dos Planos Diretores e Sistemas

Integrados de Abastecimento de Água e Esgotos Sanitários.

Este documento trata-se do Plano Diretor do Sistema de Abastecimento de

Água de Poços de Caldas que é composto de três volumes assim distribuídos:

Volume I – Memorial Descritivo

Volume II – Anexos

Volume III - Desenhos

O Volume I – Memorial Descritivo é composto de 11 Capítulos, com o

seguinte conteúdo:

Capítulo 1 – Refere-se a presente introdução que apresenta o Plano em

questão;

Capítulo 2 – Trata-se de uma caracterização geral da área onde se

descreve: localidade, um pouco da história do município e suas principais

características físicas e sócio-econômicas;

Capítulo 3 – Descreve a área de estudo em função da ocupação existente e

os vetores de expansão;

Capítulo 4 – Estudos demográficos onde se buscou analisar o

comportamento passado e presente da população, definindo o crescimento

futuro e respectivo zoneamento urbano;

Capítulo 5 – Neste capítulo faz-se uma descrição do sistema de

abastecimento de água existente, apresentando as unidades e suas

características;

Capítulo 6 – Os estudos de demanda de que trata esse capítulo mostra os

indicadores de consumo mais recentes, avalia o índice de perdas, apresenta

os parâmetros adotados, finalizando com as projeções de demandas futuras

de água;

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Capítulo 7 – Apresenta as alternativas do sistema produtor com o balanço

de “oferta x demanda”, oferta do sistema existente e dos possíveis

mananciais e demanda de água exigida pela população no horizonte de

planejamento. A descrição do sistema de reservação e de distribuição

adotados, aproveitando-se ao máximo as unidades existentes;

Capítulo 8 – Este capítulo resume de forma sucinta a descrição do sistema

planejado em primeira e segunda etapas de planejamento;

Capítulo 9 – Trata-se da estimativa de custos para a implantação de cada

unidade proposta em cada etapa de planejamento;

Capítulo 10 – Este capítulo refere-se a proposição de um cronograma de

intervenção das obras considerando-se a necessidade de implantação e os

recursos disponíveis;

Capítulo 11 – Descreve o que é o Sistema Integrado de Planejamento

Projeto e Controle (SIPPCSIPPC) e quais as ferramentas de que dispõe para a

utilização em sistemas de saneamento.

Os anexos e desenhos citados nesse volume são apresentados nos

Volumes II e III, respectivamente.

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2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA ÁREA

2.1. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO

Localizada na Serra da Mantiqueira, a história de Poços de Caldas se iniciou

a partir da descoberta de suas primeiras fontes e nascentes, no século XVII, onde as

águas raras e com poderes de cura foram responsáveis pela prosperidade da cidade

desde o início. A região era habitada pelos índios Cataguases que foram expulsos pelas

“Bandeiras Unidas Paulistas” durante a “febre do ouro”. Com o declínio da atividade

aurífera na região de minas, as terras começaram a ser ocupadas por ex-garimpeiros

desiludidos, que inicialmente se dedicaram à criação de gado, sendo obrigados a

percorrer longas distâncias em busca de pasto para os animais.

A região onde se situa hoje a cidade, pertencia desde 1818, ao capitão José

Bernardes Junqueira, que doou 96 hectares de suas terras, junto aos poços de águas

sulfurosas, para a fundação da cidade, em 06 de novembro de 1872, data em que se

comemora o aniversário da cidade.

Desde 1886 funcionava na cidade uma casa de banho, a partir das águas

sulfurosas e termais, utilizada para tratamento de doenças cutâneas; em 1889 fundou-se

outro estabelecimento semelhante, onde, no final dos anos 20, implantou-se o que é hoje

as Thermas Antônio Carlos.

Também em 1889 a cidade foi desmembrada do distrito de Caldas e elevada

à categoria de vila e município. O nome relaciona-se com a família real portuguesa, onde

na época em que foram descobertos os poços de água sulfurosa e térmica, a cidade de

Caldas da Rainha, em Portugal, era uma importante terma utilizada para tratamentos e

muito freqüentada pela família real. Caldas possui o mais antigo hospital termal em

funcionamento no mundo, desde o século XVI. Como as fontes eram poços utilizados por

animais determinou-se o nome Poços de Caldas.

Na época em que o jogo era liberado no Brasil, Poços de Caldas teve seu

grande momento, pois pelos salões do Palace Casino e Palace Hotel, desfilava a nata da

aristocracia brasileira e até internacional, assim como grandes artistas e proeminentes

figuras da política nacional.

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A proibição do jogo, em 1946 pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra e a

descoberta do antibiótico causaram forte impacto no turismo local. A economia de Poços

sofreu forte abalo, mas encontrou alternativa no “ciclo da lua-de-mel”, quando se tornou

elegante passar núpcias na cidade, com isso o turismo sobreviveu. Após esse período o

turismo de Poços de Caldas sofreu alteração, pois a classe média e grandes grupos

passaram a freqüentar as termas, a visitar as fontes e outros pontos interesse da cidade.

Hoje a cidade vem investindo para aumentar o fluxo turístico diversificando

para o turismo ecológico, cultural, de aventura e esportes radicais, buscando assim,

outros atrativos de que dispõe e angariado turistas de todas as idades.

2.2. LOCALIZAÇÃO

A cidade de Poços de Caldas localiza-se na mesoregião sul-sudoeste do

Estado de Minas Gerais, conforme figura F 2/1, bem na divisa com o Estado de São Paulo

e faz limites com oito municípios: Botelhos e Bandeira do Sul ao norte; Andradas ao sul;

Caldas a leste; Águas da Prata, São Sebastião da Grama, Caconde e Divinolândia, estes

pertencentes ao Estado de São Paulo, a oeste.

O relevo do planalto em que se encontra Poços de Caldas, tem altitude

média de cerca de 1300 m e um conjunto de seis montanhas com altitudes que variam

entre 1600 e 1800 m em relação do nível do mar. É essa a origem da lenda de que o

município está localizado dentro de um vulcão inativo.

O município ocupa uma área total de 533 km², divididos em 70 km² de área

urbana e 463 km² de zona rural.

Poços de Caldas apresenta um posicionamento estratégico, pois dista:

260 km da cidade de São Paulo, 465 km de Belo Horizonte e 497 km do Rio de Janeiro

com rodovias asfaltadas; e por estar integrada às rotas das estâncias hidrominerais

paulistas de: Serra Negra, Águas de Lindóia, Socorro, Monte Alegre do Sul e Águas da

Prata, e também com as mineiras de: Caldas (Pocinhos do Rio Verde), Cambuquira,

Lambari, Caxambu e São Lourenço. Além disso, Poços de Caldas encontra-se muito

próxima das regiões mais desenvolvidas de São Paulo, como Ribeirão Preto (175 km),

Campinas (163 km) e São José dos Campos (316 km).

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Aqui entra a Figura F2/1, com o mapa da região degoverno.

Contrato/ C238pdp/PDA/Figuras/F2-1.dwg

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2.3. ACESSO E CLIMA

O acesso a Poços de Caldas pode ser feito, a partir de São Paulo, pela

Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) até Campinas, acessando em seguida a rodovia Dom

Pedro I (SP-65) até a saída para a rodovia Adhemar Pereira de Barros (SP-340),

seguindo por esta até a SP-342 alcançando: São João da Boa Vista, Águas da Prata e

conseqüentemente Poços de Caldas. Desde Belo Horizonte acessa-se a rodovia Fernão

Dias (BR-381) até entrada para Varginha seguindo pela BR-491 até Paraguaçu, daí por

estradas vicinais pavimentadas que alcançam Machado, Campestre do Sul e finalmente

Poços de Caldas. Partindo do Rio de Janeiro, o acesso é feito a partir da rodovia Dutra

(BR-116) até Lorena, seguindo pela BR-459 (Rota Tecnológica) passa-se por Itajubá,

posteriormente cruza-se a rodovia Fernão Dias até alcançar Pouso Alegre, Caldas e

finalmente Poços de Caldas. Esses acessos podem ser visualizados na figura F 2/2.

A cidade possui também, um aeroporto que se localiza a cerca de 6 km do

centro, por ruas pavimentadas; consiste em uma pista de 1200 m de comprimento por 30

de largura , adequada para aeronaves de pequeno porte e balizamento noturno, o que

possibilita decolagens e aterrissagens 24 horas por dia. Atualmente a área do aeroporto

vem sofrendo reformas buscando melhoria do mesmo.

Poços de Caldas reúne diversos fatores que a torna um excelente local para

se morar e para atrair turista, pois possui uma temperatura média anual em torno de

17,6ºC e média pluviométrica de cerca de 1745 mm ao ano, considerando-se 190 dias de

chuva no ano e a umidade relativa do ar em torno de 79%, prevalecendo duas estações

bem definidas durante o ano: verão e inverno.

O verão ocorre de outubro a março onde apresenta clima bem ameno,

porém com temperaturas mais elevadas, algo em torno de 21ºC, aumentando com isso o

índice pluviométrico que é de cerca de 1430 mm. Enquanto o inverno, que se observa de

abril a setembro, apresenta temperaturas bem mais baixas, chegando a – 6ºC e

prevalecendo um clima seco, com taxa pluviométrica em torno de 315 mm e temperatura

média de 15ºC.

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Aqui entra a Figura F2/2, com o mapa de acessosà região

Contrato/ C238pdp/PDA/Figuras/F2-2.dwg

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2.4. MEIO-AMBIENTE

Poços de Caldas é conhecida como uma das principais Estâncias

Hidrominerais do país, por conta das propriedades físico-químicas singulares de suas

águas minerais, e as águas termais adequadas ao tratamento de diversas enfermidades,

que tornaram a cidade um pólo de referência de turismo mineral e termal. O município

tem procurado resgatar este importante patrimônio, desenvolvendo ações integradas de

gestão das águas, sem agredir o meio ambiente.

Com isso, encontra-se em implantação projetos de reflorestamento no

entorno de nascentes e/ou represas responsáveis pelo abastecimento de água como o

das sub-bacias dos Ribeirões Ponte Alta, Várzea de Caldas e Vai-e-Volta, em parceria

com órgãos estaduais e iniciativas privada, recompondo matas ciliares e entorno de

nascentes; assim como a construção de cacimbas para contenção de águas pluviais para

proporcionar recarga do lençol freático, evitar erosão do solo e reter sedimentos.

Outras ações ambientais foram: a transformação do antigo lixão em aterro

controlado, com pequenas intervenções locais que contribuíram para a preservação dos

recursos hídricos da região; parcerias com empresas privadas para a construção de

estações de tratamento de esgotos para contribuir com a despoluição da represa

Bortolan; demarcação do Parque da Serra São Domingos, com limpeza da mesma e

demarcação de 400 hectares de área verde; criação da guarda verde atuando em: ações

preventivas e repreensivas em apoio aos diversos órgãos municipais relativos ao meio

ambiente, segurança patrimonial e de pessoas do Parque da Serra de São Domingos,

apoio ao turismo rural e participação em atividades escolares relacionadas ao meio

ambiente; recuperação e construção de fontes e fontanários preservando as águas

minerais do município e tombamento das águas termais.

2.5. ECONOMIA

O Estado de Minas Gerais representa a terceira força econômica do país

com o Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de R$108 bilhões, em 2000, gerados pela

agropecuária (8,5%), setor de serviços (48,6%) e industrial (42,8%).

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O Sul de Minas, pela localização estratégica de proximidade com grandes

centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, possui várias cidades de porte

médio como Poços de Caldas, Varginha, Três Corações, Pouso Alegre, Itajubá, Extrema,

Camanducaia, Brasópolis e Santa Rita do Sapucaí, onde se encontram instaladas

empresas de diversos setores como: mecânico, agroindustrial, eletroeletrônico,

confecções, calçados e minerais não-metálicos, dentre outros. Também conta com

expressiva produção agrícola sendo a principal região produtora de café do Brasil.

A cidade de Poços de Caldas tem como algumas das atividades

econômicas, dentro das indústrias de transformação, os segmentos de metalurgia básica

com a Alcoa Alumínio S/A de fios e cabos elétricos; os minerais metálicos e não-

metálicos com a Mineração Corumbaba Ltda., Indústrias Nucleares do Brasil S/A – INB,

Companhia Brasileira de Alumínio, Minaspedras Ltda., Togni S/A Materiais Refratários,

Cristais São Marcos Ltda., Ca D’oro Ltda., Marmoaria Caldense Ltda., Marmoaria Poços

de Caldas Ltda.; produtos alimentícios e bebidas com a Danone S/A, Frigorífico Tamoyo

Ltda., Indústria de Panificação Newbread Ltda., Ferrero do Brasil S/A, Águas Minerais

Poços de Caldas Ltda. EPP., Santa Maria Agropecuária e Comercial Ltda., dentre outras;

artigos de vestuário e acessórios com Tothal Indústria e Comércio de Confecções Ltda.,

Jamer Confecções, Indústria e Comércio Ltda., Malharia Santa Inês Ltda., dentre outras;

fabricação de produtos químicos com Rhodia-Ster Fipack Ltda., Fertilizantes Mitsui S/A

Indústria e Comércio, Perfumaria Flores de Poços de Caldas Ltda.; assim como

fabricação de celulose, papel, artigos de borracha e plástico, máquinas e equipamentos,

dentre outros.

O setor industrial, conforme os exemplos citados acima, está distribuído em

vários locais do município, entretanto, a cidade já conta com uma área destinada a um

Distrito Industrial com área de cerca de 300 alqueires, situada na zona rural às margens

da rodovia Geraldo Martins Costa (rodovia do Contorno), com capacidade de abrigar

cerca de 400 micro e pequenas empresas.

No âmbito agrícola ocupa posição de destaque em batata, tomate, cebola,

milho e mandioca e no pecuário na bovinocultura, suinocultura e avicultura.

Dentro da classificação da FIBGE, Poços de Caldas caracteriza-se como

“capital regional” em função da centralidade que a cidade desempenha sobre outros

municípios da região no processo de bens e serviços, polarizando diretamente várias

cidades vizinhas como Botelhos, Caldas, Campestre, Cabo Verde, Santa Rita de Caldas e

Ibitiura de Minas dentre outras.

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2.6. INFRA-ESTRUTURA E SERVIÇOS

O Sistema de Abastecimento de Água assim como o Sistema de

Esgotamento Sanitário encontram-se sob a responsabilidade do DMAE DMAE – Departamento

Municipal de Água e Esgoto.

Poços de Caldas é dotada de um sistema de saneamento relativamente

completo. Sua população é totalmente abastecida por água tratada e servida por rede

coletora. Entretanto, o atendimento por unidades de transporte/afastamento

(interceptores/emissários) e tratamento de seus despejos encontra-se incompleto e

conseqüentemente deficitário.

O sistema de abastecimento de água é formado por 6 captações de água

bruta, cada uma num manancial diferente, 5 estações de tratamento de água, 42

reservatórios, 23 estações elevatórias de água tratada e cerca de 600 km de redes de

distribuição, unidades que deverão ser reavaliadas quanto às suas capacidades e

necessidades no presente estudo.

O sistema de esgotos sanitários é dotado de cerca de 400 km de redes

coletoras, coletores-tronco nos diversos fundos de vale, 4 estações elevatórias,

interceptores e uma estação de tratamento (ETE-2), situada no Jardim Kennedy, na

região sul da cidade. Assim como para o sistema de abastecimento de água, as unidades

componentes do sistema de esgotos sanitários também deverão ser reavaliadas no

presente estudo.

O serviço público de energia elétrica é prestado pelo Departamento

Municipal de Energia Elétrica (DME), autarquia municipal, cujo fornecimento atende 100%

das unidades habitacionais do município, tanto na zona urbana como na rural. O

município gera 60% da energia que consome através de usinas próprias, comprando

apenas 25% da CEMIG e até 15% da CESP.

O serviço de telefonia é operado pela TELEMAR, que atua em 100% do

território nacional. Os serviços de correio são realizados pela Empresa Brasileira de

Correios e Telégrafos, com uma agência central e algumas em regime de franquia.

O sistema de saúde é dotado de 4 hospitais, 651 leitos, 72 unidades

laboratoriais, 21 postos de saúde, 4 centros de saúde e aproximadamente 235 médicos.

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A cidade de Poços de Caldas tem tradição de ser um dos mais ativos

centros culturais do Estado, sendo dotada de instituições educacionais em todos os níveis

de ensino. Contabilizam-se cerca de 43 estabelecimentos de ensino fundamental, 14 de

ensino médio e 60 pré-escolar. Possui ainda instalações do SESI, SENAC e SENAI, que

dispõem de laboratórios de ensino profissionalizante, promovendo cursos em diversas

áreas. O ensino de nível superior é oferecido pela PUCMINAS (Pontifícia Universidade

Católica de Minas Gerais), UNIFENAS (Universidade de Alfenas) e UEMG (Universidade

do Estado de Minas Gerais).

Além das emissoras nacionais a cidade conta com uma emissora local, a TV

Poços de Caldas, afiliada da Rede Minas e com uma sede da EPTV Sul de Minas,

retransmitida pela Rede Globo. As emissoras de rádio são em número de seis, sendo

duas AM e quatro FM. São encontrados os principais jornais e revistas de São Paulo,

Belo Horizonte e Rio de Janeiro e são editados quatro jornais diários: Jornal da

Mantiqueira, Jornal da Cidade/Jornal dos Negócios, Jornal de Poços e Folha Popular;

existe ainda a edição mensal do Brand News.

O município conta com uma rede bancaria com cerca de 13 agências, com a

presença dos seguintes bancos: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco,

Bilbao Viscaya do Brasil, HSBC Bank, Itaú, Mercantil de São Paulo, Mercantil do Brasil,

Santander-Meridional, Real e Unibanco.

O transporte urbano coletivo é efetuado por uma única empresa

concessionária, a Circullare Poços de Caldas Ltda., que opera em 33 linhas de ônibus

urbanas que ligam o centro a diversos bairros locais e também à zona rural.

A cidade possui ainda um terminal rodoviário que está localizado na área

urbana apresentando administração privatizada. Nove empresas de ônibus fazem a

ligação direta com cerca de 80 cidades, gerando movimento diário de aproximadamente

127 partidas, sendo elas: Gardênia, Mil e Um, Nasser, Rápido D’Oeste, Rápido Luxo

Campinas, Santa Cruz, São Geraldo, Viação Cometa e Gontijo.

Como conseqüência natural do turismo a indústria hoteleira é a mais

desenvolvida da região, sendo extremamente diversificada e extensa, contando com

cerca de 50 hotéis e pousadas classificados de A a E, quanto à disponibilidade de

serviços.

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Poços de Caldas, como uma boa cidade mineira, apresenta vários

restaurantes de comida típica, além de culinária diferenciada como as italiana, japonesa e

chinesa. Conta também com o Mercado Municipal onde se comercializam doces, queijos,

geléias, frutas, artesanatos, especiarias, flores e outros produtos.

Possui também os cinemas São Luiz e Ultravisão, sendo o último também

teatro; as seguintes igrejas: 5 católicas, o Santuário de Nossa Sra. de Fátima, 2

presbiterianas, 1 Universal do Reino de Deus, 1 metodista, 1 Internacional da Graça de

Deus, 1 do Evangelho Quadrangular, 1 Ceifa de Poços de Caldas, 1 Assembléia de Deus,

1 Adventista do Sétimo Dia, 1 Congregação Cristã do Brasil e 1 Evangélica Sara Nossa

Terra, e 4 bibliotecas.

A cidade destaca-se também pelas lojas e feiras especializadas em

artesanatos, souvenires e mercearias espalhadas pela cidade, destacando-se os

trabalhos em tricô, crochê, bordados, cestas de palhas, sabonetes, diversos doces e

queijos, sendo o doce de leite e o queijo fresco os mais apreciados.

Finalizando, Poços de Caldas é conhecida internacionalmente pelos cristais,

existindo na cidade quatro fábricas, algumas delas permitindo visitação à produção e

sendo seus donos descendentes de famílias de vidreiros artísticos que viviam na Ilha de

Murano, próximo a Veneza, na Itália.

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3. ÁREA DE PLANEJAMENTO

3.1. ÁREA ATUALMENTE OCUPADA

A área atualmente ocupada pela sede do município de Poços de Caldas,

não difere muito da apresentada como Área de Planejamento que pode ser observada no

desenho nº 238-00-001, do Volume III - Desenhos.

Os limites da área ocupada podem ser assim definidos: ao norte a ocupação

alcança as encostas da serra por ser um limitante natural. A oeste observa-se que a

ocupação restringe-se até as imediações da fazenda Chiqueirão; a leste o limitante é o

município de Caldas que já se confunde com o de Poços de Caldas e ao sul a ocupação

encontra-se limitada aproximadamente pelo córrego Papão e a represa Saturnino de

Brito.

A área apresentada anteriormente não se encontra totalmente ocupada

devido à topografia local; a ocupação se intensifica nos locais onde a topografia tende a

ser plana e próximo às vias de acesso e fuga do município com predominância

comercial/industrial nas duas últimas.

3.2. VETORES DE EXPANSÃO

Para a definição da área de planejamento buscou-se identificar os vetores

de expansão do perímetro urbano, procurando-se evitar distorções de avaliação de

crescimento e ocupação, assim como, aproveitar ao máximo as unidades constantes do

sistema tornando-o exeqüível.

Para isso a SERECSEREC avaliou juntamente com os técnicos da Secretaria de

Planejamento da Prefeitura de Poços de Caldas (SEPLAN) e do DMAEDMAE, e de posse da Lei

de Zoneamento Vigente, visitas a campo e avaliação de estudos existentes, esses

possíveis vetores de expansão.

A partir dessas avaliações definiu-se que ao norte a serra continua a ser o

limitante natural e de difícil transpasse para resultar em vetor de expansão.

Essas áreas ficariam restritas à zona leste, quase com a divisa de Caldas,

onde se observa a implantação de alguns loteamentos como a Morada dos Pássaros e o

Parque dos Lagos, sendo que o primeiro encontra-se bem ocupado.

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Na Estrada Cachoeirinha, a nordeste, observa-se o bairro Pontal de Santa

Clara, região também considerada como vetor de expansão, principalmente por ser uma

opção de acesso à rodovia Geraldo Martins da Costa (rodovia do Contorno), sem que seja

necessário atravessar a cidade.

À oeste se nota a implantação de alguns loteamentos próximos à represa

Bortolan como: Campo da Antas, Campo da Cachoeira, Jardim dos Manacás, Campo das

Aroeiras, dentre outros, que mesmo com pouca ou quase nenhuma ocupação, tem sua

infra-estrutura em andamento ou implantada.

A sudoeste a ocupação tende a ser mais industrial com a existência da

Rhodia, CBA e Mitsui. Nesta região onde está prevista a implantação de um distrito

industrial e um loteamento com cerca de 150 lotes conforme informações obtidas.

A zona sul encontra-se em franco adensamento dos bairros existentes e

nota-se o surgimento de novos, ocupando os vazios.

E, finalmente ao longo da rodovia Geraldo Martins da Costa (rodovia do

Contorno) previu-se uma faixa de 100 m do eixo da pista para ambos os lados

visualizando uma ocupação de cunho comercial e/ou industrial que vem se iniciando,

principalmente entre as Avenidas Wenceslau Brás e Edmundo Cardillo.

3.3. ÁREA DE PLANEJAMENTO

Considerando-se as ocupações existentes e os vetores de expansão

encontrados foi possível a determinação da área de planejamento que pode ser

visualizada no desenho nº 238-00-001, do Volume III - Desenhos, com a seguinte

descrição:

Ao norte a área de planejamento fica delimitada pela encosta da serra

variando entre as cotas de 1300 e 1350, desde o Ribeirão das Antas até o limite de

município co Caldas.

A leste o limitante é o município de Caldas e a rodovia Geraldo Martins da

Costa (rodovia do Contorno) até a avenida Alcoa.

Desse ponto o limite, já na zona sul, desce em direção pela Chácara Flora

até a Alcoa (Divisão de Condutores) inclusive, e depois paralelamente ao córrego Avelino

até a cabeceira deste e do córrego Papão, sendo o limitante ao sul.

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A partir da nascente do córrego Papão o limite desce por esse até atingir a

rodovia Geraldo Martins da Costa, abrangendo a Alcoa Alumínio do Brasil S/A., segue

para sudoeste até o Distrito Industrial, seguindo em direção a Mitsui, Rhodia e CBA

voltando novamente para a rodovia Geraldo Martins da Costa.

A oeste o limite de planejamento segue desde a Fazenda Chiqueirão até o

loteamento Alto da Boa Vista passando pelos bairros de Bortolan e Campo do Saco, até

alcançar a fábrica da Danone. Deste ponto o limite segue em direção ao Parque Véu da

Noivas, descendo até o limite da subestação de Furnas inclusive, daí segue em direção

aos bairros Campo das Antas, Maria Imaculada, Pontifícia Universidade Católica (PUC),

Jardim Novo Mundo, Bandeirantes até alcançar a avenida Edmundo Cardillo.

Algumas dessas áreas não são abastecíveis, por contribuírem para a

represa Saturnino de Brito que é manancial da cidade, e devem ser visualizadas como

áreas de proteção de mananciais. Essas localidades podem ser observadas no desenho

nº 238-00-001, do Volume III - Desenhos.

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4. ESTUDOS DEMOGRÁFICOS

Neste capítulo apresenta-se o estudo demográfico desenvolvido para o

município de Poços de Caldas, visando avaliar, exclusivamente do ponto de vista do

saneamento básico, a evolução populacional na área urbana do município, que serviu

como subsídio para a Elaboração dos Planos Diretores dos Sistemas de Abastecimento

de Água e Esgotos Sanitários, para um horizonte de planejamento de 20 anos.

A metodologia adotada para a determinação da evolução populacional

consiste, basicamente em: a partir dos dados da evolução histórica passada do município

(população recenseada nos últimos censos demográficos elaborados pela FIBGE),

elaborar projeções da população ao longo do horizonte de planejamento por meio de

regressões matemáticas representativas das diversas velocidades de crescimento,

definindo a mais provável, com base na análise da correlação dos diversos valores

obtidos com as projeções existentes e suas respectivas interações com o contexto

populacional da Região Administrativa e do Estado onde se insere.

4.1 EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA REGIONAL E LOCAL

Foram obtidos os dados de população e domicílios dos Censos de 1980,

1991 e 2000 e da Contagem de 1996, da FIBGE. Admitiu-se as considerações a seguir

apresentadas, para o número de domicílios, por representarem dados aproximadamente

equivalentes, apesar das nomenclaturas diferenciadas adotadas nos diversos censos:

para 1980 e 1991 consideraram-se os domicílios particulares permanentes, para 1996

admitiram-se os domicílios particulares permanentes e improvisados, mais os coletivos, e

finalmente, para 2000 foram contabilizados os domicílios recenseados particulares e

coletivos, desconsiderando-se os vagos, conforme observa-se no quadro Q4/1.

De acordo com os censos realizados pela FIBGE e apresentados no quadro

Q4/1, para o município de Poços de Caldas, a relação habitante/domicílio urbana vem

caindo de 4,18 em 1980, para 3,76 em 1991, para 3,48 em 1996 e 3,20 hab/dom em

2000, conforme tendência observada no País, fruto de maior controle da natalidade.

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Inserir quadro Q4/1, localizado emContrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q4-1.xls

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Não se pode esperar, contudo, a manutenção dessa queda acentuada da

densidade média habitacional, que já é declinante, como pode-se observar no gráfico

G 4/1. Admite-se mesmo que, somente em um horizonte bastante longo poder-se-ia

atingir uma relação igual 3,1 ou 3,0 hab/dom, ou seja, o equivalente a uma moradia por

casal com um filho (rigorosamente pouco mais de um filho).

Com este raciocínio foi montado o gráfico G4/1 onde, além dos resultados

censitários, foi estabelecido um valor mínimo de ~3,1 hab/dom, a longo prazo, como

limite da densidade habitacional de Poços de Caldas. Procurou-se representar assim, a

tendência de queda já demonstrada pelos dados censitários, bem como a redução

paulatina dessa queda até o limite considerado, em um horizonte ainda mais distante.

A partir da curva do gráfico G4/1 foi possível determinar a evolução da

densidade habitacional apresentada no quadro Q4/2.

Realizou-se a análise da evolução demográfica da região de governo onde

se encontra Poços de Caldas, considerando-se apenas os municípios constantes nos

Censos de 1980, 1991 e 2000 e na Contagem de 1996, onde se obtiveram as taxas de

crescimento (tgc) apresentadas no quadro Q4/3.

A evolução populacional da região de governo teve comportamento

semelhante à do Estado, mas em índices menores, como pode ser observado nos

quadros Q4/3 e Q4/4.

A década de 80 apresenta crescimento menor do que o observado no

Estado, mas em faixa próxima da média estadual. Tal tendência de crescimento volta a se

reverter na década de 90. Entretanto, tal redução, apesar de significativa, foi comum a

todo o Estado e País, motivada pela redução dos fluxos migratórios e consolidação dos

contingentes populacionais, e não por razões ligadas à região em si.

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Inserir gráfico G4/1, localizado emContrato/C238pdp/PDA/gráficos/G4-1.xls

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Inserir quadro Q4/2, localizado emContrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q4-2.xls

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Inserir quadro Q4/3, localizado emContrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q4-3.xls

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Inserir quadro Q4/4, localizado emContrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q4-4.xls

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É possível se observar no quadro Q4/3, que para a Contagem de 1996,

algumas regiões apresentaram populações totais menores que em 1991, determinando

crescimento negativo, apesar de não se ter verificado nenhum fator local que justificasse

esse êxodo, assim como uma queda tão brusca na tgc do período de 1991/1996 em

relação ao período anterior, e uma elevação da mesma amplitude no período seguinte

(1996/2000), que ultrapassa a do período de 1980/1991. Como no meio técnico existe um

certo questionamento sobre a fidelidade dos valores censitários obtidos na Contagem da

população de 1996 para certas localidades, optou-se por descartar, para o presente

estudo, os valores referentes a 1996 como dados balizadores para a definição da

tendência de crescimento.

O município de Poços de Caldas teve evolução demográfica acompanhando

o crescimento da região de governo a que pertence, conforme quadro Q4/5, inclusive com

índices acima dos observados para a citada região.

Desprezando-se os valores da Contagem de 1996, o município apresenta

tendência de crescimento quase que constante desde 1980/1991( tgc 2,355 %a.a.) para

1991/2000 (tgc 2,446 %a.a.), enquanto para o Estado ocorre um pequeno declínio nessa

tendência (tgc 2,501 %a.a. –1980/1991 e tgc 2,446 %a.a.- 1991/2000).

4.2 PROJEÇÕES POPULACIONAIS

Inicialmente, através de regressões matemáticas, analisou-se a evolução

populacional verificada nas últimas décadas (1980-2000), para então projetar o

crescimento populacional ao longo do período de planejamento (2003-2023).

Foram realizados os cálculos das regressões matemáticas, que são

apresentados no Anexo 1 do volume de anexos, utilizando-se as equações das curvas:

exponencial, potencial, linear e logarítmica, propositadamente escolhidas por

representarem diferentes velocidades de crescimento; a exponencial reflete um

crescimento acelerado, como o que as áreas urbanas experimentaram no país, em

décadas anteriores; a potencial representa um ritmo menor, mas ainda intenso; a linear

define um crescimento moderado e a logarítmica um ritmo lento.

O gráfico G4/2 ilustra essas tendências, todas representativas do

crescimento passado até 2000, ano do último Censo.

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Inserir quadro Q4/5, localizado emContrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q4-5.xls

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Inserir gráfico G4/2, localizado emContrato/C238pdp/PDA/Gráficos/G4-2.xls

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De posse dos resultados das diversas regressões, a determinação da

alternativa que, representando diversas tendências passadas, ainda se pode considerar

representante da tendência atual de crescimento populacional do município, vem a partir

da comparação com a população estimada em 2003.

Para tanto, foram considerados os dados de sub-economias residenciais

obtidas junto ao DMAEDMAE, para o ano de 2003, uma vez que o atendimento pode ser

considerado em 100% da área urbana. Esse número de sub-economias representa,

então, o total de domicílios hoje existentes na área urbana.

Na relação habitante/domicílio anteriormente comentada, adotou-se o

critério de considerar o número de domicílios exceto os vagos; assim, deveria ser adotado

um redutor para o número de sub-economias do DMAEDMAE uma vez que este contabiliza

também as economias vagas (ligações ativas porém não ocupadas). Para avaliar esse

redutor, observou-se que no Censo de 2000 o percentual de domicílios vagos em relação

ao total recenseado, girou em torno de 10%, assumindo-se, no caso do número de sub-

economias contabilizado pelo DMAEDMAE , um redutor de apenas 5%, por segurança.

Com isso avaliou-se que o número de sub-economias residenciais ativas,

relativas a 2003, seria o obtido junto ao DMAEDMAE, reduzido em 5%, o que conduziu ao

seguinte resultado :

Nº econ. resid. 2003 = 44.862 – 5% (44862) = 42.619 sub-economias residenciais

Com o nº de economias residenciais e a relação habitante-domicílio do ano

de 2003, obtida no quadro Q4/2 apresentado anteriormente, chega-se à provável ordem

de grandeza da população de 2003:

Pop.urb 2003 = 42.619 econ x 3,204 hab/econ = 136.550 habitantes

Pelas regressões matemáticas a curva que mais se aproxima do atual valor

de população de 2003 (136.550 hab), é a linear (136.900 hab), sendo por isso

considerada a que ainda representa a tendência de crescimento atualizada de Poços de

Caldas. Prolongando-se a regressão, estendendo-a agora como projeção para o horizonte

de 2023 e supondo mantidas para o futuro as mesmas tendências verificadas até 2003, a

população resultaria em torno de 186.000 habitantes. Ou seja, poderiam ser considerados

representativos dessa tendência valores pouco acima ou abaixo do valor obtido,

definindo-se então uma faixa de probabilidade de 176.000 a 195.000 habitantes,

aproximadamente, como indicativa dessa tendência, como se observa no gráfico G4/2.

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Não existem, pelas análises e observações efetuadas, e em entrevistas de

qualidade realizadas com o apoio da Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal

de Poços de Caldas, razões com fundamento suficiente para se suspeitar de um

comportamento futuro muito discrepante do observado no passado recente, para a

evolução populacional de Poços de Caldas.

Pode-se admitir que sua condição de polo regional deverá ser mantida e

talvez um pouco magnificada, a sempre crescente dinâmica própria já adquirida, em

comparação com os municípios vizinhos, e que no cômputo do Estado de Minas Gerais

poderá apresentar crescimento inferior, não por razões relacionadas com sua velocidade

de desenvolvimento, mas com a do restante do Estado, notadamente a Região

Metropolitana de Belo Horizonte e o Triângulo Mineiro, com desenvolvimento mais

acentuado, embora também com tendência declinante, trazendo consigo um crescimento

maior do Estado como um todo em relação a Poços de Caldas.

Para traduzir em números essa sensibilidade, e conseqüente determinação

da projeção populacional de Poços de Caldas, analisou-se a evolução da participação de

Poços no Estado de Minas Gerais e na Região de Governo a que pertence.

Para isso tornou-se necessário definir a projeção da população urbana dos

Estados e da Região de Governo.

Para se estimar, grosso modo, um crescimento coerente para o Estado de

Minas Gerais, observou-se o ritmo de crescimento das tgcs ocorrido entre 1980/1991(tgc

2,501 % a.a.) e 1991/2000 (tgc 2,446 % a.a.), que resultou em – 0,11 % a.a., indicando

que na década de 90 houve um crescimento contido em função da redução dos fluxos

migratórios e consolidação dos contingentes populacionais, como citado anteriormente,

característica comum a todo o país.

Extrapolando-se esse ritmo de crescimento de 2000 a 2025, alcança-se uma

tgc média da ordem de 2,38 % a.a., com resultados populacionais que podem ser vistos

no quadro Q4/6.

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Inserir quadro Q4/6, localizado emContrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q4-6.xls

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Para a avaliação, também grosseira, do crescimento da Região de Governo

a que pertence Poços de Caldas, utilizou-se a mesma metodologia anterior, onde o ritmo

de crescimento observado entre as tgcs de 1980/1991 (2,165 % a.a.) e 1991/2000 (1,575

% a.a.), foi de –1,578 % a.a., um pouco mais acentuado do que o declínio do ritmo

observado para o Estado de Minas Gerais; extrapolando-se esse ritmo para o período de

2000/2025 alcança-se valor de tgc média de 1,06 % a.a., admitido para o presente

estudo. Os resultados populacionais devidos à utilização desse valor notam-se no quadro

Q4/6.

O crescimento previsto para a população urbana no Estado de São Paulo,

foi obtido em estudos realizados pelas Fundações SEADE e IBGE, por volta de 1996,

constantes do trabalho realizado pela SERECSEREC para UGP-PCJ, intitulado “Avaliação da

Capacidade de Endividamento e Alocação de Recursos Próprios dos Municípios das

Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – Relatório Final” (para

utilização no presente estudo as populações referentes a 1996 e 2000 foram corrigidas

tendo por base os resultados censitários mais recentes). A tgc média estaria em torno de

1,28 % a.a., como se vê no quadro Q4/7.

Em seqüência analisaram-se as projeções para o município de Poços de

Caldas, considerando-se as tgcs de 2,446 % a.a. (taxa verificada no município na última

década), 1,06 % a.a. (crescimento adotado para a região) e 1,60 % a.a. (valor

intermediário).

Com as projeções para o Estado, Região e Cidade, nos anos de interesse,

foi possível determinar a participação de Poços de Caldas na Região e no Estado.

Analisando-se primeiramente as relações com o Estado de Minas Gerais, pode-se

observar que para a tgc de 2,446 % a.a., tendência que vem ocorrendo na última década,

a participação de Poços permaneceria praticamente constante no horizonte de projeto,

variando de 0,87% em 2003 a 0,88% em 2023, enquanto que para a região aumentaria de

aproximadamente 48% em 2003 para cerca de 64% em 2023, o que parece exagerado,

pois a participação de Poços de Caldas no Estado de Minas Gerais tende a diminuir, dado

o peso do crescimento das regiões metropolitanas e centros industriais mais

desenvolvidos, como comentado; já para a região, Poços de Caldas é a cidade mais

importante, mas os valores encontrados são muito superiores aos esperados. Além disso,

a população obtida para o horizonte de projeto ultrapassaria muito os patamares

esperados para fim de plano (221.407 hab, muito maior que 195.000 hab, limite máximo

da faixa de probabilidade considerada, na ausência de indicadores de ritmo de

crescimento diferente do passado recente).

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Inserir quadro Q4/7, localizado emContrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q4-7.xls

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Declinou-se também da utilização da tgc de 1,058 % a.a., verificado no

crescimento da região, pois com esse valor a participação da cidade no Estado cairia

vertiginosamente a patamares próximos de 0,6 % (0,87 % em 2003 para 0,67 % em

2023), o que refletiria ou uma estagnação de Poços, ou um crescimento exageradamente

elevado do restante do Estado, ignorando-se não só o turismo na cidade, como também a

maior procura para fixação de moradia pela vocação de polo regional exercida, que seria

refletida na participação de Poços na Região, que se manteria em torno de 48,5 % desde

2003 até 2023.

Optou-se então pela tgc de 1,60 % a.a., intermediária, buscando menores

disparidades com as expectativas que hoje podem ser colocadas, levando a um pequeno

declínio na participação da cidade no Estado, com valores que variam de 0,87 % em 2003

para 0,75 % em 2023, mas mantendo sua importância na região como vem ocorrendo há

décadas, com 48,5 % para 2003 até 54 % em 2023.

Dada a intensa relação da cidade com o Estado de São Paulo, não somente

por sua localização geográfica, mas pelo intercâmbio cultural e turístico com São Paulo e

cidades do Interior Paulista, analisou-se igualmente a participação de Poços de Caldas

em relação a esses universos.

Assim é que, utilizando-se a tgc de 2,446 % a.a., a participação cresceria

muito, acusando valores de 0,37 % em 2003 para 0,47 % em 2023.

Admitindo-se por outro lado a tgc 1,058 % a.a., a participação da cidade no

Estado de São Paulo, cairia de 0,37 % em 2003 para 0,36 % em 2023, o que não espelha

a realidade, visto que Poços de Caldas vem crescendo e aumentando sua importância

com relação a São Paulo.

E finalmente, para a tgc de 1,60 % a.a., a participação de Poços de Caldas

no Estado de São Paulo cresceria, como esperado, mas a valores menos intensos que

para a tgc de 2,446% a.a. O crescimento observado, de 0,37 % em 2003 para 0,40 % em

2023, pode ser considerado de acordo com as expectativas, principalmente levando-se

em conta a esperada redução do ritmo de crescimento de São Paulo.

Convém registrar que esses números já espelham a diminuição do ritmo de

crescimento de todos os grupos considerados: o Estado de Minas Gerais, que foi de

2,501% a.a., entre 1980-1991, e de 2,446 % a.a., entre 1991-2000, cairia para a média de

2,38 % a.a., entre 2000-2023; o da Região, nos mesmos períodos, de 2,165 % a.a., para

1,575 % a.a. e para 1,06 % a.a..

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A taxa adotada para Poços de Caldas de 1,60 % a.a., também refletiria essa

queda na velocidade de crescimento, que passaria dos 2,396 % a.a. entre 1980-2000,

para os 1,60 % a.a. considerados.

Taxas inferiores ao valor considerado conduziriam a projeções muito

restritivas, podendo resultar em sérias dificuldades futuras, se adotadas, para a

ampliação dos sistemas de abastecimento de água e de esgotos sanitários em pauta.

Taxas superiores levariam a valores muito distantes das expectativas,

podendo representar investimentos muito onerosos para a população atual, que poderiam

se tornar desperdício em caso de ocorrência de crescimento inferior.

O quadro Q4/8 mostra os valores da população projetada ano a ano, e para

os anos-marco deste planejamento. A médio prazo (ano 2013) espera-se uma população

urbana do município, de cerca de 160.000 habitantes, enquanto que a longo prazo (ano

2023), aproximadamente 188.000 habitantes.

A partir do quadro Q4/8 e da evolução da densidade habitacional,

representada pelo quadro Q4/2, determinou-se a projeção do número de economias no

horizonte de planejamento, que pode ser observada no quadro Q4/9.

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Inserir quadro Q4/8, localizado emContrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q4-8.xls

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Inserir quadro Q4/9, localizado emContrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q4-9.xls

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4.3 ZONEAMENTO URBANO

Para definição do zoneamento urbano, que é o balizador para a definição

das demandas de água e esgotos foram avaliadas informações de diferentes fontes. A

primeira foi o banco de dados de consumo do DMAEDMAE, a segunda a Lei de Uso e

Ocupação do Solo obtida juntamente com a SEPLAN (Secretaria de Planejamento) e

setores censitários de 2000, obtidos com a FIBGE.

Os setores censitários possibilitaram a determinação das relações de

economias domiciliares/hectare existentes na área de planejamento para 2000, a partir

dos dados e das áreas recenseadas e que podem ser observados no Anexo 2 do Volume

II - Anexos.

Para a utilização do banco de dados do DMAEDMAE tanto para a determinação

das densidades demográficas atuais e futuras, como a utilização pelo Sistema Integrado

de Planejamento, Projeto e Controle - SIPPC, foi necessário acerto do banco de dados de

consumo do DMAEDMAE com as quadras e setores da Prefeitura Municipal. Com o arquivo das

rotas de leitura cedidos pelo DMAEDMAE a SERECSEREC executou croquis dessas rotas, que foram

distribuídos aos leituristas juntamente com uma tabela contendo a rota, o código da

ligação, nome da rua e número do imóvel já preenchidos, sendo que os números de setor

e quadra da Prefeitura foram complementados pelos leituristas.

Esses croquis e as tabelas preenchidas podem ser observados no Anexo 3

do volume de Anexos.

Com o banco de dados do DMAE DMAE interagido com as quadras e setores da

Prefeitura Municipal, foi possível, com o auxílio do SIPPC, a determinação da relação

economia domiciliar/hectare existente para o ano de 2002 (data do banco utilizado), e as

possíveis densidades de saturação.

Em visita à Secretaria de Planejamento Municipal foi possível obter a Lei de

Uso e Ocupação do Solo Vigente (Lei nº 4161) com vários incisos que vão desde 1988 a

2002, e que orientaram juntamente com os dados anteriores, a definição do zoneamento

proposto. Também nesta visita tomou-se conhecimento de que a Prefeitura possui a

intenção de gerar um novo Plano Diretor do Município, que possivelmente provocaria

alterações em algumas das zonas existentes.

A lei de Zoneamento existente resume-se em:

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Zona Habitacional (Z);

Zona Central (ZC);

Zona do Setor Estrutural (ZSE);

Zona Especial (ZE);

Zona Industrial (ZI).

Sendo que a zona habitacional caracteriza-se pelo uso residencial, com

escala variável de comércio e serviços, de acordo com cada zona dividindo-se desde

Zona 1 a 6, que vão de uso estritamente residencial até misto com comercialização de

produtos agropecuários e hortifrutigrangeiros, respectivamente.

A ZC abrange a área central da cidade, mais especificamente o quadrilátero

compreendido basicamente entre as ruas: Pernambuco, Correa Neto, 15 de Novembro e

Minas Gerais, com uso comercial varejista e de serviços de atendimento imediato e

freqüente à população (farmácias, padarias, supermercados, ensino, dentre outros);

instituições de crédito; serviços de alojamento, alimentação, reparação, conservação,

diversão, médicos, odontológicos, etc..

As ZSE são áreas localizadas ao longo dos eixos viários principais, onde

são permitidos todos os usos com atendimento de nível urbano e regional, exceto

indústrias de grande porte ou poluente de qualquer porte.

As zonas especiais se dividem em: zona de proteção e preservação (ZE-1),

tratando-se de matas, fundos de vales, mananciais e proteção paisagística; zona de uso

institucional (ZE-2) como: cemitério, aeroporto, autarquias, parques, conjuntos

poliesportivos e subestações; zona de projetos especiais (ZE-3) como sistemas viários,

eixos ferroviários e áreas para programas de habitação; e zonas de atividades turísticas

(ZE-4).

As zonas industriais, como o próprio nome diz, são áreas destinadas ao uso

industrial, em especial de grande e médio porte ou que apresentem incômodos para

outras funções urbanas.

A divisão desses limites pode ser observada no desenho nº 238-00-002, do

Volume III - Desenhos.

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A partir das densidades (ec/ha) obtidas do censo de 2000, banco de dados

de 2002 do DMAEDMAE, da avaliação da Lei de Uso e Ocupação do Solo e visitas locais, foi

possível a determinação do zoneamento urbano a ser adotado e descrito na seqüência.

Foram determinadas 10 zonas demográficas, sendo que 4 delas se

subdividem em duas, e podem ser observadas no desenho nº 238-00-003, do Volume III -

Desenhos, assim descritas:

Zonas Homogêneas ZH-1 a ZH-4 são zonas residenciais diferenciadas pelas

densidades demográficas maiores ou menores, e suas tendências, e pelos

tipos de ocupação. Estendem-se por toda a área de projeto. Correspondem

às zonas Z1 a Z6 da Lei de Uso e Ocupação do Solo;

Zona Homogênea ZH-5 - zonas predominantemente comerciais que

correspondem às zonas central e dos setores estruturais da Lei de Uso e

Ocupação do Solo. Localizam-se basicamente ao longo da avenida João

Pinheiro e rodovia Geraldo Martins da Costa (rodovia do Contorno) e a

região central da cidade. Possuem uma pequena densidade que apresenta-

se relativamente constante de 2000 a 2002;

Zona Especial ZE – tratam-se de parte das zonas especiais definida pela Lei

de Uso e Ocupação do Solo, correspondentes às zonas: turísticas, de

proteção paisagística, cemitérios, entidades de ensino, parque, fundos de

vale, aeroporto, dentre outras. Onde se encontra conforme censo e banco

de dados uma densidade muito pequena;

Zona Especial – Asilo – Tratam-se segundo informações do censo de 2000

de asilos que podem, se diluídos em uma área comum, provocar resultados

distorcidos da realidade presente e futura, portanto foram considerados

isoladamente;

Zona Industrial – Definiu-se como zona industrial àquelas onde se

detectaram existências de fábricas e/ou indústrias, ou ainda, as

apresentadas na Lei de Uso e Ocupação do Solo;

Zona de Proteção Ambiental são aquelas definidas na Lei de Uso e

Ocupação do Solo referente à proteção de mananciais e matas, onde no

presente caso tratam-se das represas Bortolan e Saturnino de Brito, e uma

região na encosta da serra, próxima aos bairros de Santa Rosália e Jardim

dos Estados, e

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Zona de Expansão - que são os vetores de expansão ou aquelas regiões

que apresentam densidades muito baixa, quase inexistentes, mas tendem a

futura ocupação.

Distrito Industrial – na região sudoeste localiza-se o distrito industrial onde

encontram-se duas áreas na rodovia Geraldo Martins Costa, ainda não

ocupadas, disponíveis para a implantação do citado distrito e, frente a ela,

um loteamento de cerca de 175 lotes. O que se encontra em operação são

três industrias: Rhodia Ster, Fertilizantes Mitsui e Companhia Brasileira de

Alumínio (CBA), que possuem sistemas particulares. Este distrito deverá ser

tratado como um sistema isolado para atendimento futuro, pois a demanda

de um distrito industrial depende fundamentalmente do tipo de indústrias a

serem instaladas e sua localização dista muito da malha urbana. Desse

modo deverá ser estudado na época de sua implantação a integração ao

sistema.

As zonas ZH-2, ZH-3, ZH-4 e ZHE foram divididas em duas, a primeira

definida na região norte da cidade e a outra na região sul, isso devido às densidades

encontradas para 2000 e 2002, que se unificadas sub-dimensionariam o sistema da zona

norte e super-dimensionariam o da zona sul.

A saturação para definição das densidades futuras foi determinada com o

auxílio do SIPPC, onde através da ferramenta que permite sucessivas análises de

densidades, podem-se estabelecer valores de saturação que espelham a situação futura,

excluindo-se valores absurdos, dado o crescimento atual.

Assim definiram-se os seguintes valores de saturação:

A ZH1 apresenta densidades relativamente baixas com relação ao restante

da área de planejamento, tratam-se de regiões com densidade rarefeita e

que, no horizonte de 20 anos terão crescimento moderado;

As ZH2 e ZH2-ZS são localidades predominantemente residenciais, de

padrão médio a médio baixo, que apresentaram crescimento moderado e

continuarão com esse ritmo até o horizonte de planejamento;

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As ZH3 e ZH3-ZS são regiões mais densamente povoadas,

predominantemente residenciais, com a presença de algum estabelecimento

de serviços, possuem padrão médio a médio baixo. As densidades

encontradas para a zona norte encontram-se próximas da saturação, já na

zona sul, próximo ao Jardim do Contorno observa-se à possibilidade de um

adensamento maior do que o observado para a zona norte, mas tendendo

ao mesmo, portanto a densidade estabelecida para a saturação de ambas

as zonas é igual;

As ZH4 e ZH4-ZS são muito semelhantes às ZH3 e ZH3-ZS com a diferença

de estarem mais adensadas, tendendo a uma densidade de saturação

pouco maior que o observado para as zonas anteriores. Observa-se que o

tipo de ocupação na zona norte e sul é muito semelhante, aliás

característica predominante em Poços de Caldas, com raras exceções como

a região do Jardim dos Estados, a área central da cidade, e alguns novos

loteamentos que apresentam lotes com grandes áreas;

A ZH5 apresenta uma densidade tímida, apesar de tratar-se de zona de

cunho comercial, mas a exemplo do centro e nas ruas adjacentes ao longo

da avenida João Pinheiro é possível observar ocupação domiciliar. Acredita-

se que nas faixas que compreendem a rodovia Geraldo Martins Costa,

apesar de prever-se uso comercial será inevitável alguma ocupação

residencial vinculada ao comércio que porventura possa ocorrer, devido a

isso previu-se uma saturação muito próxima do valor existente;

Como a ZHE e ZHE-ZS tratam-se de zonas de equipamentos de utilidade

e/ou serviços públicos, optou-se por manter a densidade existente como

saturação, admitindo que o que ocorre hoje permanecerá até o horizonte de

planejamento; como para a zona sul não foi observada ocupação, por se

tratar do aeroporto, cemitério e UNIFENAS, não haverá saturação para a

mesma;

A ZHE-Asilo terá na saturação o memso valor encontrado atualmente,

supondo que a capacidade existente não será ampliada;

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De posse das densidades obtidas de 2000 e 2002 e as propostas para

saturação para cada zona homogênea, foi possível a determinação, a partir da curva

logística, das densidades por zonas homogêneas nos diferentes anos de interesse do

planejamento, assim como, o número de economias domiciliares nos mesmos anos,

conforme pode-se observar no quadro Q 4/10.

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Inserir quadro Q4/10, localizado em

Contrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q4-10.xls

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5. SISTEMA EXISTENTE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

5.1 CONCEPÇÃO GERAL

O Sistema de Abastecimento de Água, como dito anteriormente, é

relativamente completo. Dotado de captações, estações de tratamento de água, estações

elevatórias, adutoras, centros de reservação e redes de distribuição.

5.2 UNIDADES COMPONENTES DO SISTEMA

O sistema de abastecimento de Poços de Caldas capta água, atualmente,

em 6 cursos d’água, e eventualmente em mais 2, que são:

Ribeirão da Serra: onde é captada água, próximo ao bairro Campos Elíseos,

e encaminhada por uma adutora com diâmetros de 300 e 250 mm, até a

Estação de Tratamento da ETA 1;

Represa Saturnino de Brito: essa captação, juntamente com a anterior e a

do córrego do Cipó, formam as mais importantes do sistema. A captação é

realizada, atualmente, em um canal lateral à represa devido à intervenção,

que o DME (Depto. Municipal de Energia) vem executado para o

desassoreamento da mesma. A água captada é levada através de adutoras

de 300 e 400 mm de diâmetro até a ETA 1;

Córrego vai e volta: a água captada é transportada através de uma adutora

de Ø 250 mm até a ETA 2;

Córrego Várzea de Caldas: a água captada nesse córrego é encaminhada

por intermédio de uma adutora com diâmetros de 250 e 300 mm, até a

ETA 3. Localiza-se dentro de uma região densamente ocupada e sofre

constantes problemas de assoreamento;

Córrego José Avelino: esta captação que também se encontra próxima de

ocupação urbana e principalmente junto à avenida Alcoa, impedindo

ampliação da via, encaminha a água captada através de uma adutora de

Ø 200 mm até a ETA 4;

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Córrego do Cipó: é a captação mais recente do sistema, retira água a

montante da barragem construída pelo DME, que lhe garante nível,

encaminhando a água com o auxílio de uma adutora de Ø 600 mm até a

ETA5;

Outras captações no: córrego do Machado e Marçal Santos auxiliam no

sistema existente, sendo que o primeiro abastece o filtro José Alves e o

segundo interliga-se à adutora que vem da captação no Ribeirão da Serra.

Essas unidades e suas características podem ser observadas no desenho

nº 238-00-101, do Volume III - Desenhos.

As Estações de Tratamento de Água são em número de 5, denominadas ETA

1, 2, 3, 4 e 5 e recebem águas dos mananciais descritos anteriormente.

As ETAs 1, 2 e 5 são convencionais sendo a segunda compacta, a ETA 3 é

compacta com filtro pré-fabricado e a ETA 4 é tipo filtro-russo. As capacidades dessas

unidades, segundo macromedições, podem ser observadas no quadro Q 5/1. O DMAEDMAE

conforme informações tem a intenção de desativar a ETA 2 devido a sua baixa

capacidade.

A ETA 1 é responsável pelo abastecimento de toda a região leste do município

e parte da norte nas imediações do Jardim dos Estados e centro. Não se encontra bem

definido o limite de abastecimento da ETA 1, pois de acordo com informações a ETA 1

recebe contribuição da ETA 5.

A ETA 2 abastece somente a região próxima a ela limitada entre os bairros de

Sta. Maria e Sta. Ângela.

A ETA 3 é responsável pelo abastecimento das regiões de São Geraldo, Sta.

Maria, Bandeirantes, Centenário, São José e proximidades.

A ETA 4 juntamente com parte da ETA 5 são responsáveis pelo abastecimento

da região sul do município.

A ETA 5, além do descrito acima, abastece parte da região norte da cidade e

toda a região oeste.

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Inserir quadro 5/1, localizado em

Contrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q5-1.xls

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Os centros de reservação e estações elevatórias existentes são:

Centro de Reservação Cidade – opera como um reservatório pulmão para os

demais, recebe água da estação elevatória de água tratada da ETA5 (EEAT-

ETA5) e distribui para a rede e centros de reservação: Bortolan, via EEAT

Bortolan localizada na avenida João Pinheiro próxima à represa; Bortolan Alto

que recebe água através de booster localizado na rede de distribuição do setor

Bortolan; Véu das Noivas, que opera como reservatório de sobra, este setor é

abastecido via booster localizado na rede do setor Cidade próximo às

imediações do Terminal Turístico; Maria Imaculada recebe água via EEAT- Mª

Imaculada localizada na área do reservatório Cidade; Jardim Esmeralda

abastecido via rede do setor Cidade; Vila Rica eeste setor é abastecido pela

EEAT EEAT Gama Cruz localizada nas imediações do bairro Jardim Ginásio;

Vila Rica Alto por sua vez recebe água através da EEAT_Vila Rica Alto

localizada na área do centro de reservação Vila Rica; o centro de reservação

Novo Mundo, localizado no bairro de mesmo nome, recebe água do

reservatório Cidade; o centro de reservação Novo Mundo Alto é abastecido

pela EEAT-Novo Mundo Alto, localizada no reservatório Novo Mundo; Jardim

Europa recebe água via EEAT-Jd. Europa Localizada na área do reservatório

Novo Mundo Alto; o centro de reservação Sta. Maria era abastecido

inicialmente por recalque vindo do centro de reservação Sta. Augusta (sistema

existente e não operativo), hoje conforme informações do DMAEDMAE, o reservatório

recebe água por gravidade via Jd. Europa. Segundo informações dos técnicos

do DMAEDMAE e inclusive macro-medições, a água que vem do reservatório Cidade

chega até a ETA 1, auxiliando seu sistema;

Centro de reservação R1ETA3, recebe água da ETA 3 localizada junto a ele e

abastece, por recalque, o centro de reservação Bandeirantes e por gravidade a

rede local e os centros de reservação: Quisisana, Sta. Augusta e Planalto;

Centro de reservação ETA2, recebe a água tratada na ETA 2 e distribui a rede

local;

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Centro de reservação da ETA 1 – composto de três reservatórios abastece

além da rede local os seguintes centros de reservação: Jd. dos Estados via

EEAT-Jd. Dos Estados localizada próxima às ruas Correa e Coronel Procópio;

Jd. dos Estados Alto através da EEAT_Jd. Dos Estados Alto, localizada junto

ao centro de reservação Jd. Dos Estados; Sta. Rosalia que recebe a água

através do recalque da EEAT-Sta. Rosália, localizada no cruzamento das ruas

Campestre e Oscavo J. Ferreira, a água é proveniente do centro de reservação

Jd. dos Estados; Sta. Rosália Alto através da EEAT-Sta. Rosália Alto junto ao

reservatório Sta. Rosália; Aquarius, que é um dos centros mais importantes

desse sistema por distribuir a água para os restantes, exceto os citados

anteriormente, recebe água via EEAT-Aquarius localizada na área da ETA1;

Aparecida que recebe água via Aquarius por gravidade; Dom Bosco e

Primavera que são abastecidos via EEAT-Alvorada/Primavera localizada

próximo ao bairro Dom Bosco que recebe água do reservatório Aquarius por

gravidade; Alvorada recebe água via Dom Bosco, por gravidade; Alvorada Alto

que é abastecido pelo Alvorada via EEAT-Alvorada Alto; Pq. Pinheiros

(atualmente desativado) mas recebia água do Dom Bosco por gravidade; Jd.

Itamaraty que recebe água via Dom Bosco por gravidade; Morada dos

Pássaros recebe água do centro Dom Bosco via booster Eldorado; Serra do

Iraí abastecido via Aquarius por gravidade e Morro do Chapéu que é

abastecido pelo centro Serra do Irai através da EEAT-Serra do Iraí;

Centro de reservação José Alves abastece a rede local e recebe água do filtro

José Alves;

Centro de reservação Jd. Esperança que recebe água da EEAT-ETA 5 e

abastece além da rede local o centro de reservação Jd. Paraíso via EEAT-Jd.

Paraíso;

Centro de reservação da ETA4 – que recebe água da ETA 4 e abastece a rede

local e os centros de reservação Cohab via EEAT-Cohab, localizada junto a

ETA 4 e São Sebastião via centro Cohab por recalque da EEAT-São

Sebastião;

As características dos reservatórios e estações elevatórias existentes, assim

como suas localizações podem ser observadas nos quadros Q 5/2 e Q 5/3 e no desenho

nº 238-00-101, do Volume III.

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Inserir quadro Q5/2, localizado em Contrato/C238pdp/PDA/Quadros/

Q5-2.xls

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Inserir quadro Q5/3, localizado em Contrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q5-

3.xls

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6. ESTUDOS DE DEMANDA

6.1 DEMANDAS DE ÁGUA

Para a determinação das demandas de água de Poços de Caldas foram

definidos os consumos per economia “domiciliar” e “não domiciliar”, volumes de grandes

consumidores e perdas no sistema.

Segundo informações de técnicos do DMAEDMAE, o índice de atendimento pode

ser considerado 100%. Assim, os dados obtidos através dos relatórios de medição de

consumos, podem ser considerados indubitavelmente representativos de todo o sistema.

Com os dados obtidos junto à Seção de Operação e Controle de dezembro

de 2002, relativos aos volumes produzidos, distribuídos, faturados, faturados corrigidos e

perdas, juntamente com o número de sub-economias de janeiro de 2003, obtido junto ao

DMAEDMAE, e considerando-se a correção realizada no nº de economias domiciliares definida

no Relatório de Andamento RA6 (pág. 23), foi possível chegar ao quadro Q6/1, relativo às

demandas de água do sistema.

Para a obtenção da demanda domiciliar, considerou-se o número de

economias e o correspondente consumo domiciliar, que se mostrou bastante diferenciado

para as regiões norte/leste/oeste e sul da área de planejamento, valor constatado pelo

SIPPCSIPPC ao consultar o banco de dados do DMAEDMAE; os valores do consumo per economia

domiciliar (CPE), assim encontrados foram de: 0,40 m³/ec.dia para a zona sul e

0,43 m³/ec.dia para o restante da área.

A partir da avaliação dos dados obtidos sobre os parâmetros resultantes do

banco de dados do DMAEDMAE, a relação VND/VD (volume não domiciliar/volume domiciliar)

foi admitida 5% para a zona sul e 12% para as demais, levando-se em conta as

informações do SIPPCSIPPC e o natural crescimento dessa relação, com a consolidação das

áreas urbanas.

Para a os “grandes consumidores”, que são as ligações domiciliares (raras),

comerciais, industriais e públicas cujos consumos apresentam valores acima de um

patamar pré-estabelecido para o estudo (admitido 300 m³/ec.mês), foi estimado em 20 l/s

e considerado constante ao longo do período de planejamento.

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Inserir quadro Q6/1, localizado em Contrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q6-

1.xls

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Com os relatórios de perdas de 2001 e 2002, obtidos com a Seção de

Controle e Operações, foi admitida uma redução do nível de perdas no sistema, dos

atuais 40% em média, observados pelos boletins fornecidos pelo DMAEDMAE, para algo em

torno de 25% no final do plano. Na realidade, considerando que há uma tendência

declinante desse índice, considerou-se como ponto de partida, para as regiões mais

antigas da cidade, um índice de 38%, enquanto que para a zona sul, com unidades mais

recentes, e portanto maiores cuidados com relação ao fenômeno, um índice menor, da

ordem de 33%. Os números provêm de um ajuste com os dados de produção atual

medidos pelo DMAEDMAE, sobre os quais se efetuou uma análise de sensibilidade,

comprovando razoável nível de confiabilidade, quando confrontados também com os

volumes consumidos registrados no banco de dados, através da operação do SIPPCSIPPC..

Somando-se as parcelas de demandas “domiciliares”, “não domiciliares”,

“grandes consumidores” e perdas, obtém-se o volume produzido no sistema.

Para a determinação das demandas máximas diárias e horárias utilizaram-

se os seguintes coeficientes:

Coeficiente de variação do dia de maior consumo k1 = 1,2;

Coeficiente de variação da hora de maior consumo k2 = 1,5.

Com isso determinaram-se os valores de demandas totais do sistema

observados no quadro Q 6/1 e nos quadros Q 6/2 e Q6/3 os valores das demandas da

zona norte e sul, respectivamente.

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3.xls

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7. SISTEMA PRODUTOR E DISTRIBUIDOR

7.1 ALTERNATIVAS DO SISTEMA PRODUTOR

7.1.1 Mananciais

Os mananciais atualmente utilizados pelo sistema existente são: ribeirão da

Serra, represa Saturnino de Brito, córrego do Machado, Marçal Santos, córregos José

Avelino, Vai e Volta e Várzea de Caldas, e finalmente ribeirões Antas e Cipó.

Alguns desses mananciais encontram-se comprometidos em função de suas

baixas capacidades, diversos problemas de assoreamento, localização indevida (regiões

urbanizadas), dentre outros.

Por essa razão, foram consideradas algumas alternativas para o sistema

produtor, analisando-se a desativação de algumas unidades, ampliação de outras e

implantação de novas, como apresentado na seqüência.

7.1.2 Balanço Hídrico

A partir das características das unidades de reservação, da setorização e da

rede de distribuição existentes, e ainda, de uma superfície gerada a partir das cotas de

terreno, foi possível, com o auxílio do SIPPCSIPPC, formular uma primeira hipótese de macro-

setorização para a área de projeto, onde o objetivo inicial foi a determinação das

demandas de cada macro-setor para análise da relação oferta x demanda do sistema.

Para cada unidade de reservação foi determinada uma área de influência

teórica, considerando-se uma pressão dinâmica mínima igual a 15 m.c.a., pressão

estática máxima igual a 50 m.c.a., e perda de carga distribuída de 5 m/km; em alguns

casos avaliou-se a hipótese de atendimento com válvulas redutoras de pressão (vrp),

considerando-se as existentes, supondo que essas reduzam as pressões a valores

próximos de 50 m.c.a.; em localidades impossibilitadas de serem atendidas pelos centros

de reservação existentes ou vrps, supôs-se o atendimento por booster, podendo se

transformar em novos centros de reservação.

Após essa avaliação determinaram-se três macro-setores denominados:

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Setor Oeste, que compreende a área que se estende desde a região do

Bortolan, a oeste da cidade, até as imediações da avenida Edmundo Cardillo

nas proximidades do condomínio Quisisana;

Setor Norte-Leste, que abrange desde o limite do setor Oeste até o limite

do município de Caldas, a leste da cidade; e

Setor Zona Sul, que compreende a área que se estende desde a represa

Saturnino de Brito, exclusive, até o limite com o futuro Distrito industrial , ao

sul da cidade.

Considerando os três macro-setores e as projeções de densidades de

ocupação conforme Q4/10, foram obtidas as demandas de água desses macro-setores,

para os anos marco do planejamento, considerados como 2013 (primeira etapa) e 2023

(horizonte final do plano).

Os quadros Q7/1, Q7/2 e Q7/3 mostram a composição das demandas assim

relatada, e apresentam o balanço entre a oferta de água e a demanda, ao longo do

período de planejamento.

Na montagem desses quadros, devem ser destacados os seguintes pontos:

No quadro Q7/1 considerou-se que todas as ETAs existentes seriam

mantidas em operação, sendo a oferta do sistema existente avaliada de

acordo com os boletins de produção fornecidos pelo DMAEDMAE, baseados em

macro-medição, e apresentadas no Anexo 4 do Volume II - Anexos;

O quadro Q7/2 mostra as mesmas variáveis do quadro anterior, com a

diferença de que, nesse caso, foram consideradas desativadas as minas e a

ETA 2, porque já apresentam uma participação reduzida, no conjunto da

oferta de água existente, que será ainda menor com o decorrer do tempo,

enquanto que requerem cuidados e gastos operacionais relativamente

superiores aos que serão gerados nas principais fontes produtoras;

No quadro Q7/3, considerou-se desativada também a ETA 3, dados os

atuais e persistentes problemas com excessivo assoreamento, e seu

posicionamento, sempre preocupante, a jusante de bacia cuja ocupação,

crescente, tende a comprometer a qualidade da água bruta.

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Da análise desses quadros, verifica-se que a necessidade de reforço de

captação de água, mantendo-se a tendência declinante do índice de perdas, variará de

cerca de 50 l/s a 135 l/s, no final do plano, quer se desative ou não as minas, e ETAs 2 e

3.

Ou seja, toda a demanda suplementar, em qualquer caso, poderá ser

suprida com a simples construção de mais um módulo da ETA Cipó, cujo manancial,

depois da regularização efetuada pelo DME, tem condições de atender essa vazão sem

necessidade até mesmo, de se recorrer às águas do Ribeirão das Antas, como previsto

no plano diretor anterior.

Considerando a escassez de outros mananciais, e a própria fragilidade do

manancial subterrâneo na região, pode-se dispensar qualquer outro tipo de análise ou

pesquisa para eleger o manancial mais adequado para Poços de Caldas, apontando-se o

Ribeirão Cipó para esse fim.

Pode-se cogitar, no entanto, de uma solução engenhosa, apontada pelo

DMAEDMAE, de ampliar a oferta do córrego Várzea de Caldas, através de uma regularização

da vazão desse manancial, mais a montante do atual ponto de captação, abandonando-

se a captação José Avelino (da mesma bacia).

Essa concepção deu margem a uma alternativa ao aproveitamento exclusivo

do ribeirão Cipó, admitindo-se a participação do outro manancial, o ribeirão Várzea de

Caldas, de sorte que foram analisadas duas soluções alternativas, as seguir descritas.

7.1.3 Descrição Geral das Alternativas

Alternativa 1

Essa alternativa se resume, ao final de plano, na centralização do

tratamento de água da cidade nas ETAs 1 e 5, com ampliação escalonada da ETA 5 até

atingir a capacidade total prevista, enquanto a ETA 1 permaneceria com sua capacidade

atual, tratando as águas captadas na represa Saturnino de Brito e no ribeirão da Serra. A

ETA 4, de pequena capacidade relativa, seria desativada, visto que nesse caso haveria

folga de produção, permitindo sua desativação, evitando-se assim a manutenção a

captação em área com tendência de urbanização mais acentuada a médio e longo

prazos.

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A ETA 5 se responsabilizaria pelo abastecimento das zonas Oeste, Sul e

parte da Norte, enquanto a ETA 1 abasteceria o restante da zona Norte e a Leste.

Na primeira etapa, a ETA 4 ainda seria mantida, porque a demanda exigiria

essa pequena contribuição, e seria necessário trocar os conjuntos existentes na EEAT da

ETA 5.

No desenho nº 238-00-004 , do Volume III – Desenhos, pode ser observada

a presente alternativa com as demandas necessárias e escalonamento de desativação

das unidades de produção.

Alternativa 2

Nessa alternativa a Zona Sul seria abastecida por um sistema independente,

cuja captação seria localizada a montante da área urbana, às margens do córrego Várzea

de Caldas (com a implantação de captação, estação de tratamento e adução para os

centros de reservação existentes ou projetados nessa região), enquanto que as zonas

Norte-Leste e Oeste seriam abastecidas pelas ETAs 1 e 5, sendo esta última ampliada

em 2ª etapa.

No desenho nº 238-00-005 , do Volume III, pode ser observada a presente

alternativa com as demandas necessárias e escalonamento de desativação das unidades

de produção.

Em ambas alternativas foram contempladas as possibilidades de

desativação das captações e ETAs 2, 3 e 4, assim como os pequenos mananciais.

As duas alternativas citadas apresentaram algumas hipóteses de utilização

das unidades existentes e proposição de novas, descritas detalhadamente na seqüência.

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7.1.4 Descrição Detalhada das Alternativas

● Alternativa 1

Nessa alternativa, em 1ª etapa, seriam desativados os pequenos mananciais

existentes, as captações nos córregos Vai e Volta e Várzea de Caldas, e

conseqüentemente as estações de tratamento ETAs 2 e 3; com isso a ETA 1 continuaria

recebendo água proveniente da represa Saturnino de Brito e do ribeirão da Serra,

tratando os mesmos 185 l/s atuais, e distribuindo-os para o setor Norte-Leste, o que

assim permaneceria até o final do plano, enquanto que a ETA 4 continuaria abastecendo

a zona sul, juntamente com a ETA 5. Na segunda etapa, a ETA 4 seria desativada.

Com a desativação das ETAs 2 e 3 e minas, na 1ª etapa, seria necessário

um reforço para a região, que ocorreria através da implantação de um módulo de

tratamento (105 l/s) na ETA 5. Na segunda etapa, com a desativação da ETA 4, seria

necessário implantar outro módulo na ETA 5 (105 l/s). A ETA 5 atingiria assim quase que

a capacidade total prevista (cerca de 408 l/s). Não haveria necessidade de ampliação do

sistema de captação e adução de água bruta da ETA 5, pois o mesmo encontra-se

preparado para uma vazão total de 420 l/s.

Nesse arranjo, haveria uma sobra de 6 e 51 l/s em 1ª e 2ª etapas,

respectivamente, além das reservas já existentes atualmente (as ETAs 1 e 5 operam

pouco aquém das suas capacidades nominais, folgas essas mantidas até o final do

plano).

Na primeira etapa, a água tratada na ETA 5, além de continuar alimentando

a zona sul, deveria ser recalcada para a zona Oeste, parte pela adutora existente, como

atualmente, e o restante por uma de duas hipóteses aventadas:

Implantar a outra adutora de Ø 350 mm (5355 m) que recalcaria água para o

reservatório Cidade, caminhando paralelamente à adutora existente como

previa o projeto anterior, e deste conseqüentemente para as outras regiões.

Essa hipótese implicaria em ampliação dos conjuntos elevatórios existentes

e diversas ampliações no sistema a partir do reservatório Cidade;

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Aproveitar a adutora de água bruta da ETA 3 como adutora de água tratada,

após desinfecção da mesma, e implantar 2743 m de tubulação de

Ø 350 mm, entre a ETA 5 e a captação da ETA 3. O recalque poderia ser

realizado através de um único bombeamento recalcando para os

reservatórios Cidade (pela linha existente) e R1ETA3 (por uma adutora

nova mais a existente entre captação e ETA 3), ou por bombeamentos

independentes, um mantendo o atual recalque para Cidade e outro, novo, a

ser implantado no espaço existente na EEAT da ETA 5.

A hipótese da implantação de nova adutora ETA 5/Cidade foi descartada

pois a maior demanda não ocorre na região situada mais a Oeste do setor, e sim próximo

à ETA 3 e imediações. O trajeto da água seria então muito mais extenso, o que

representa indubitavelmente maiores investimentos e maior gasto de energia elétrica.

Assim, seria mais vantajoso direcionar a vazão complementar para o

reservatório da ETA 3; a hipótese de aproveitamento do trecho ETA 5/Zona sul, atual,

para esse recalque foi desconsiderada porque esse trecho seria necessário para

continuar alimentando a zona sul e não teria capacidade hidráulica para veicular toda a

vazão (velocidades elevadas). Optou-se então por uma linha independente

ETA 5/Captação da ETA 3.

Quanto ao aproveitamento dos atuais conjuntos para interligar os sistemas

ETA5/Cidade e ETA5/ETA3, ou ETA5/Zona Sul e ETA5/ETA3, optou-se pela implantação

de unidades de recalque independentes, pois, no último caso seria necessário trocar

totalmente os conjuntos, e no primeiro caso seria necessária em 1ª etapa a troca de rotor

e motor dos conjuntos existentes, e em 2ª etapa a troca total dos conjuntos, além da

introdução de perda de carga na adutora para o reservatório Cidade (com desperdício de

energia), para equilíbrio com o tramo ETA 5/ ETA 3.

A ampliação da EEAT para o recalque ETA5/ETA3 requereria então (1+1)

conjuntos elevatórios para atender as seguintes características para 1ª e 2ª etapas,

respectivamente:

Q 1ªetapa = 77 l/s e H man = 137 mca

Q 2ªetapa = 97 l/s e H man = 165 mca

Para o recalque da EEAT-ETA5 para a zona sul, deveriam ser mantidos os

conjuntos motor-bomba existentes (1+1), que supririam o sistema, nessa 1ª etapa, apenas

com troca de rotor para atender as seguintes características:

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Q 1ªetapa = 52 l/s e H man = 105 mca

Ainda na 1ª etapa seria necessário um reforço na adutora de água tratada

que segue para o centro de reservação da ETA 4, com uma linha paralela à de Ø 200 mm

existente, com 2633 m de extensão e Ø 250 mm, com capacidade até o final de plano,

O restante da demanda da Zona Sul, em 1ª etapa, continuaria sendo

atendido pela captação no córrego José Avelino e ETA4, com as mesmas características

atuais.

Na 2ª etapa prevê-se a desativação da captação José Avelino e ETA 4, o

que provocaria a troca de conjuntos elevatórios na EEAT da ETA 5, para atender as

características citadas a seguir:

Q 2ªetapa = 94 l/s e H man = 140 mca

● Alternativa 2

Nessa alternativa que prevê a implantação de um sistema isolado para o

setor Sul, seria necessária em 1ª etapa a desativação das ETAs 2 (zona Norte) e 4 (zona

Sul) e suas respectivas captações, e dos pequenos mananciais localizados na região

norte da cidade, mantendo-se as ETA 3 e ETA 5. Na segunda etapa seria desativada a

ETA 3.

Os setores Norte-Leste e Oeste seriam abastecidos pelas ETAs 1, 3 e 5 em

1ª etapa e ETAs 1 e 5 em 2ª etapa, com a ampliação de um módulo da ETA 5 (105 l/s).

Essa alternativa provocaria uma sobra de 10 e 40 l/s em 1ª e 2ª etapas,

respectivamente.

A ETA 1 continuaria recebendo água proveniente da represa Saturnino de

Brito e do ribeirão da Serra, tratando os mesmos 185 l/s atuais e distribuindo-os para o

setor Norte-Leste, o que permaneceria até o final de plano.

A ETA 3 seria aproveitada em 1ª etapa e desativada em 2ª. Isso para evitar

a implantação de um módulo de tratamento da ETA 5 (105 l/s) já em 1ª etapa, além do

sistema completo de tratamento para o setor Sul, o que oneraria muito o investimento

inicial.

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A ETA 5 seria responsável pelo abastecimento da zona oeste. Com a

implantação de uma nova unidade de tratamento responsável pelo abastecimento do

setor Sul, os conjuntos elevatórios hoje responsáveis pelo recalque de água da EEAT-

ETA5 para a zona Sul, poderiam ser aproveitados para recalque ao reservatório da ETA3,

apenas com troca de rotor atendendo as seguintes características:

Q 2ªetapa = 22 l/s e H man = 115 mca

Na segunda etapa, com a desativação da ETA 3, deveriam ser trocados os

conjuntos elevatórios (1+1) por novos que atendessem as características citadas na

seqüência:

Q 2ªetapa = 97 l/s e H man = 162 mca

Os conjuntos elevatórios da EEAT-ETA5 para o reservatório Cidade

permaneceriam como se encontram, até o horizonte de planejamento.

Para recalcar a água da EEAT-ETA5 até o R1ETA3 foram estudadas

algumas hipóteses de caminhamento descritas na seqüência:

Como em 1ª etapa a ETA 3 continuaria operativa, tornar-se-ia necessária a

implantação de 3307 m de tubulação de Ø 200 mm para levar a água desde

as proximidades da captação da ETA 3 até o R1ETA3, caminhando

paralelamente à adutora existente de água bruta. Nesta hipótese, a AAT

existente, de Ø 300 mm, que sai da EEAT-ETA5 em direção ao setor Sul,

seria mantida no trecho de cerca de 1650 m ao longo da rodovia do

Contorno; próximo ao ponto em que desvia para o Jardim Kennedy, seria

interligada a um novo trecho de 1080 m e Ø 300 mm que se localizaria na

rodovia do Contorno até às proximidades da captação no córrego Várzea de

Caldas, onde se ligaria à nova tubulação de Ø 200 mm, paralela à AAB

existente (ETA 3/R1ETA3) como citado anteriormente. Em 2ª etapa a AAB

da ETA 3, após desativação e desinfecção da mesma, seria utilizada como

AAT interligando-se a ela o trecho de 1080 m de Ø 300 mm;

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Outra alternativa de caminhamento da adutora seria o aproveitamento da

AAT da ETA5 para a zona Sul, desde a estação elevatória da ETA 5 até o

cruzamento das ruas Mercúrio e Magnésio totalizando 2633 m de Ø 300 mm

e 785 m de Ø 200 mm; deste ponto, seguindo pela rua Mercúrio, seria

implantado um novo trecho, de 350 m de extensão e Ø 300 mm, até

interligar-se à nova tubulação de Ø 200 mm, paralela à AAB existente

(ETA 3/R1ETA3), em 1ª etapa. Para a 2ª etapa, a adutora de água bruta da

ETA3 após desinfecção, seria utilizada como adutora de água tratada

interligando-se ao sistema de recalque.

Uma terceira alternativa seria, na 1ª etapa, manter a mesma solução da

hipótese anterior, apenas alterando-se o diâmetro do trecho da rua Mercúrio

até a Rodovia do Contorno, para Ø 200 mm, enquanto que na segunda

etapa, seria repetido o esquema da primeira hipótese, aproveitando-se na

rede de distribuição, os trechos desnecessários, implantados ou

aproveitados na primeira etapa.

Para o setor Sul, com a desativação da ETA 4 em 1ª etapa, seria necessária

a implantação de um novo sistema, completo, denominado de ETA 6, composto de

captação e estação de tratamento de água anexa, e adução de água tratada, através de

recalque, até os centros de reservação existentes ou projetados.

Essa nova captação deveria ocorrer no córrego Várzea de Caldas a

montante da área urbana conforme sugestão do DMAEDMAE.

A água captada seria recalcada para uma nova ETA implantada na mesma

área, e bombeada para os reservatórios Jardim Esperança e R2ETA4.

A captação seria efetuada em um reservatório de regularização, para

permitir a captação das vazões requeridas, já que, ao fio d' água o manancial não

apresenta garantia de vazão mínima suficiente. Aliás, esse aproveitamento exigiria

cuidadoso estudo hidrológico, já que por correlação de bacias, os dados apontam para

vazão média inferior à que se precisaria captar no manancial, em ponto mais a jusante do

desejado.

Provavelmente seria necessária uma EEAB de baixo recalque, para

alimentar a ETA.

Esta estação de tratamento poderia ser implantada com moderna tecnologia

de flotação, dadas às características aparentes da bacia, ainda razoavelmente protegida.

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A adutora de água tratada teria em seu primeiro trecho, desde a ETA 6 até a

derivação para dois centros de reservação, 910 m de extensão em Ø 300 mm.

Do ponto de derivação até o centro de reservação do Jardim Esperança

seria implantada uma adutora de água tratada com 900 m de extensão e Ø 200 mm. Da

derivação em direção ao R2ETA4 seria implantado um primeiro trecho de 980 m em

Ø 250 mm e um segundo com 1300 m e Ø 200 mm, que operariam em paralelo com a

adutora de água bruta da ETA4, que após desinfecção seria utilizada como adutora de

água tratada.

Para esses recalques deverão ser definidos conjuntos elevatórios capazes

de atender as seguintes características:

Q 1ªetapa = 77 l/s e H man = 80 mca

Q 2ªetapa = 94 l/s e H man = 95 mca

Ainda nesse sistema deverá ser introduzida uma perda de carga de 8 e 13 m

para 1ª e 2ª etapas, respectivamente, na adutora que segue para o centro de reservação

Jardim Esperança.

Após avaliação das diferentes alternativas e suas variantes chegou-se à

alternativa escolhida descrita na seqüência.

7.1.5 Análise Comparativa das Alternativas

No item anterior foram descritas as diversas variantes em cada alternativa,

de aproveitamento das unidades do sistema existente e reforços de adução necessários,

e seus reflexos nos sistemas de bombeamento correspondentes.

Uma análise comparativa das diversas opções resulta em situações

bastante evidentes, que dispensam aprofundamento das comparações econômico-

financeiras, quais sejam:

Na Alternativa 2, duas variantes se apresentavam:

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a) Variante 1, pela qual a ETA 3 seria mantida em primeira etapa,

requerendo a implantação de 3307 m de tubulação de 200 mm de

diâmetro. Em segunda etapa, ampliação da ETA 5 e implantação de

350 m de tubulação de 300 mm de diâmetro. Desde a primeira etapa,

implantação do novo Sistema Várzea de Caldas, ampliado em segunda

etapa.

b) Variante 2, pela qual a ETA 3 seria imediatamente desativada, exigindo a

implantação imediata de 350 m de tubulação de 300 mm de diâmetro, e o

novo módulo da ETA 5, além do novo Sistema Várzea de Caldas,

ampliado em segunda etapa.

A comparação entre as variantes da Alternativa 2, se resumiria portanto, a

comparar os custos de implantação de 3307 m de tubulação de 200 mm de diâmetro

(variante 1), contra os de implantação e operação de um novo módulo da ETA 5, com

105 l/s de capacidade (variante 2). É claro que do ponto de vista econômico-financeiro, a

variante 1 é mais vantajosa. Teria contra si a operação da ETA 3, porém requereria

menor intervenção e menor gasto operacional na EEAT da ETA 5 (menor altura

manométrica).

Assim, a variante 1 seria a escolhida para representar A alternativa 2.

Restaria comparar as alternativas 1 e 2 .

Na primeira etapa essa comparação se resumiria a um módulo da ETA 5 e

2473 m de tubulação de 350 mm de diâmetro (Alternativa 1), contra uma nova ETA

(ETA 6) e 3307 m de tubulação de 200 mm de diâmetro, além de todas as unidades de

captação (barragem de acumulação, estação elevatória e adutora de água bruta) do

Sistema Várzea de Caldas.

Admitindo-se, para efeito de comparação, uma certa equivalência dos custos

de implantação de maior extensão de tubulação com menor diâmetro, e vice-versa, entre

as alternativas, a diferença, notória, a favor da Alternativa 1 seria a da ampliação e

operação de uma ETA existente, em confronto com todas as obras de implantação de um

novo sistema.

Portanto, do ponto de vista econômico-financeiro, não há dúvida da

vantagem da Alternativa 1.

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Do ponto de vista técnico, entretanto, a Alternativa 2 apresenta a grande

vantagem de eliminar a problemática captação atual da ETA 4, já próxima da área urbana,

deslocando-a mais para montante.

Entretanto, a análise das vazões médias do manancial, no ponto atual de

captação, portanto mais a jusante do ponto pretendido nesta alternativa, de acordo com

dados já constantes do Plano Diretor anterior, mostra que haveria grande risco de não se

conseguir a regularização pretendida, porque a demanda superaria as vazões médias

estimadas pelo método adotado no Plano Diretor anterior. Mesmo que tais dados

apresentassem alguma mudança alentadora, não parece provável que seriam suficientes

para garantir a regularização necessária com um mínimo de sobra a jusante.

Além disso, a Alternativa 1 representa o aproveitamento integral da solução

prevista na ETA Cipó, que em termos de manancial é bastante segura porque, mesmo na

hipótese de não manutenção da vazão mínima regularizada no ribeirão Cipó, está prevista

a possibilidade de desvio de parte do ribeirão das Antas para suprir qualquer deficiência

nesse particular.

A Alternativa 2 deve permanecer portanto como solução de reserva, não

eliminada, para ser adotada caso haja deterioração acentuada do manancial da ETA 4,

impedindo sua utilização (contra a eventual antecipação da construção de mais um

módulo de 105 l/s além do previsto na Alternativa 1), ou caso haja crescimento superior

ao previsto na zona Sul, como já ocorreu no período compreendido entre o Plano Diretor

anterior e o presente.

Nessas condições, recomenda-se a adoção da Alternativa 1, que

compreende:

Ampliação da ETA 5 com implantação de mais 1 módulo de 105 l/s;

Desativação do Sistema da ETA 3, aproveitando-se sua linha de recalque de

água bruta;

Implantação de cerca de 2500 m de tubulação de 350 mm de diâmetro,

entre a EEAT da ETA 5 e a linha de recalque de água bruta da ETA 3;

Desativação do Sistema da ETA 2;

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Na segunda etapa, implantação de mais um módulo de 105 l/s na ETA 5, e

desativação do Sistema da ETA 4; antes dessa decisão, voltar a avaliar a

conveniência da implantação do novo Sistema Várzea de Caldas, conforme

a alternativa 2.

Como poderá ser observado nos desenhos nº 238-00-006 e 238-00-007 do

sistema proposto (Volume III – Desenhos), após avaliação detalhada dos setores de

abastecimento existentes e capacidade de aproveitamento integral dessas unidades,

efetuou-se um ajuste no limite dos macro-setores, assim como resultou uma pequena

diferença nas demandas totais desses macro-setores, valores estes que não afetam as

decisões e a argumentação apresentadas para a definição da alternativa escolhida.

7.2 SISTEMA DE RESERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

7.2.1. Aspectos Gerais da Setorização Existente e Proposta

A setorização existente para o sistema de distribuição de água de Poços de

Caldas não difere muito da proposta, pois se procurou aproveitar as unidades existentes e

seus campos de atuação.

Foram integrados ao sistema proposto alguns novos limites devido à

implantação de novos centros de reservação e reservatórios, desativação de outros e

ampliação da área de planejamento.

Esses limites podem ser visualizados no desenho nº 238-00-006, do Volume

III - Desenhos.

7.2.2. Subadução, Elevação e Reservação de Água Tratada

A partir dos dados existentes de adutoras, estações elevatórias e

reservatórios com suas características obtidas junto ao DMAEDMAE e a nova setorização

proposta com o auxílio do SIPPCSIPPC, como descrito anteriormente, foi possível, a partir da

definição das demandas necessárias de cada setor de abastecimento, verificar a

capacidade das unidades existentes propondo-se assim, as alterações e/ou ampliações

necessárias.

Procurou-se aproveitar, sempre que possível, os projetos e/ou unidades

existentes, conforme solicitação do DMAEDMAE.

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A verificação das capacidades do sistema existente foi realizada para 1ª e 2ª

etapas, anos 2013 e 2023, respectivamente, e o resultado dessas análises podem ser

observados nos quadros Q7/4, Q7/5 e Q7/6.

O quadro Q7/4 mostra a reservação necessária em cada centro de

reservação, suas capacidade existente e proposta nas diferentes etapas, e a que sistema

produtor pertence.

No quadro Q7/5 observam-se as características gerais das estações

elevatórias existentes, que permanecem no sistema e das propostas, com respectivas

linhas de recalque e suas características.

E finalmente no quadro Q7/6 mostram-se as adutoras existentes e

propostas e suas características.

Na Memória de Calculo de adução, elevação e reservação apresentada no

Anexo 5 do Volume II - Anexos, podem ser observadas todas as alternativas aventadas

para a montagem do sistema proposto.

Dentre o proposto tem-se:

Para o reservatório Bortolan, que possui uma capacidade muito pequena e

trata-se de uma unidade em fibra de vidro, e para o reservatório Alto da Boa

Vista, ainda não construído, propô-se a implantação de novas unidades com

capacidades de atendimento até final de plano;

O déficit de capacidade no reservatório Maria Imaculada e todo o volume

necessário para o setor Véu das Noivas será armazenado no reservatório

Cidade;

O déficit de volume para o reservatório Vila Rica Alto será armazenado no

reservatório Vila Rica que apresenta sobra, o mesmo ocorrendo nos

reservatórios Sta. Rosália e Sta. Rosália Alto;

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Inserir quadro Q7/4, localizado em Contrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q7-4.xls

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Inserir quadro Q7/5, localizado em Contrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q7-5.xls

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Inserir quadro Q7/6, localizado em Contrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q7-6.xls

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O reservatório Sta. Maria deverá voltar a ser atendido pela EEAT localizada

no reservatório Sta. Augusta, ficando uma pequena parcela do volume

necessário atendida pelo sistema do Jd. Europa. Se o reservatório Sta.

Maria permanecesse vinculado ao sistema do reservatório Cidade isso

acarretaria: aumento no diâmetro de recalque da EEAT Jd. Europa com

alteração de seus conjuntos elevatórios, implantação de duplicação da linha

de recalque da EEAT ETA5/Cidade (5355 m de Ø 250 mm) com alteração

de seus conjuntos elevatórios; enquanto que atendido pelo sistema Sta.

Augusta significa trocar as bombas do sistema existente e ampliar as

adutoras por gravidade em cerca de 1700 mm de Ø 250 mm, 390 m de

Ø 100 mm e 360 m de Ø 200 mm. Comparativamente as alterações de

conjuntos elevatórios são menores na alternativa de abastecimento via Sta.

Augusta assim como as ampliações na adução;

Será agregada ao sistema Jd. dos Estados, a demanda necessária ao setor

José Alves, sem alterações ao sistema existente, salvo a implantação de

uma adutora por gravidade desde o reservatório Jd. dos Estados até o

reservatório José Alves;

Conforme solicitação do DMAEDMAE, foi previsto para o centro de reservação

Morada dos Pássaros um acréscimo de vazão igual ao existente em ambas

às etapas, referente a um possível abastecimento de bairros do município de

Caldas, que topograficamente seriam mais bem atendidos por Poços de

Caldas. Com isso a capacidade do booster Eldorado, assim como a adutora

existente e a capacidade do reservatório Morada dos Pássaros sofrerão

ampliações;

Com a desativação dos reservatórios apoiado e elevado do Pq. Pinheiros,

deverá ser ampliada a capacidade do centro de reservação Jd. Itamaraty

implantando-se um reservatório apoiado e uma estação elevatória de

recalque para o reservatório elevado existente, suprindo assim a demanda

necessária;

Na área do reservatório Alvorada deverá ser implantada nova unidade para

atender a demanda do setor;

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O setor Jd. Paraíso, a exemplo do Jd. Itamaraty, deverá ser ampliado com a

implantação de um reservatório apoiado e uma estação elevatória para

recalque ao reservatório existente. A nova unidade será responsável pelo

abastecimento do novo setor Pontal de Sta. Clara através de booster a ser

implantado na nova linha ao longo da rodovia do Contorno, para suprir as

necessidades locais;

Deverá ser implantado um novo centro de reservação São Sebastião Alto

que receberá a água através de uma nova EEAT a ser implantada na área

da ETA4. Foi estudada a possibilidade de bombeamento desde a EEAT

existente na ETA4 até o novo centro de reservação São Sebastião Alto,

abastecendo no caminho os centros Cohab e São Sebastião, mas o sistema

poderia se tornar muito instável, e como opera satisfatoriamente, definiu-se

por implantar um sistema independente de recalque;

Para o setor São Sebastião previu-se troca de rotor nos equipamentos

existentes e duplicação da linha de recalque com Ø 100 mm devido à

velocidade excessiva;

O déficit de volume do reservatório da ETA 4 (operativo) em 1ª etapa será

suprido com o recalque de vazão máxima horária; em 2ª etapa com a

desativação da ETA 4, deverá ser implantada uma nova unidade de

reservação no local;

A adução para o reservatório da ETA 4 deverá ser reforçada no trecho

desde a derivação para o setor Jd. Esperança até a ETA 4 com Ø 200 mm;

Os déficits dos setores Sta. Augusta e Bandeirantes deverão ser

armazenados no reservatório R1 da ETA3;

Nos setores Planalto e Quisisana deverão ser implantadas novas unidades

de reservação para suprir as demandas necessárias;

Conforme solicitação do DMAEDMAE, foram verificadas as capacidades de alguns

sistemas para atender a sazonalidade, avaliada em cerca de 3 horas; isso resultou em

ampliação dos centros de reservação Dom Bosco, Aquarius e Morro do Chapéu, além do

reforço de algumas linhas de adução.

Demais alterações podem ser observadas nos quadros Q 7/4, Q 7/5 e Q 7/6.

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Nos desenhos 238-00-301, 238-00-401 e 238-00-402, do Volume III –

Desenhos, podem ser observados os esquemas típicos da ampliação da ETA 5 e dos

reservatórios e estações elevatórias previstas.

7.2.3. Sistema Distribuidor

A partir das demandas necessárias, características das unidades de

reservação existentes e propostas, do cadastro da rede existente e do SIPPCSIPPC, foi possível

a verificação da capacidade da rede de distribuição.

Para isso determinaram-se as redes primárias, considerando-se como tais

aquelas com diâmetros iguais ou maiores a 100 mm, e algumas menores chegando até a

Ø 50 mm, quando necessário para atender ao setor.

Primeiramente calculou-se a capacidade das redes primárias existentes para

as demandas de 1ª e 2ª etapas, propondo-se reforços, implantação de vrps e boosters

quando necessários, e em seguida obtiveram-se os resultados com a implantação das

unidades necessárias.

Os quadros Q7/7 e Q7/8 apresentam as vrps e boosters, respectivamente,

com suas características.

As ilustrações I 7/1 a I 7/44 apresentam os resultados desses cálculos,

assim como a proposição de vrps e boosters com pontos de operação existentes e

propostos.

No Anexo 6, do Volume II - Anexos é possível se observar o resultado dos

cálculos da rede primária.

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Inserir quadro Q7/7, localizado em Contrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q7-7.xls

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Inserir quadro Q7/8, localizado em Contrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q7-8.xls

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A seguir apresenta-se uma breve descrição das redes primárias de cada

setor, sendo que todas elas podem ser visualizadas no desenho nº 238-00-008 e

verificados seus valores de extensão e diâmetro nos desenhos da série nº 238-00-009,

do Volume III – Desenhos, para os reforços foi considerado PVCPBA para tubulações até

75 mm e acima disto PVCDEFºFº:

Setor Bortolan: este setor localiza-se à oeste da cidade, o reservatório

Bortolan recebe água proveniente do setor Cidade através da estação

elevatória de água tratada Bortolan. Definiu-se como rede primária àquela

com diâmetro superior a Ø 100 mm ou inferior quando supôs-se necessário

para cobrir toda a área de estudo. Inicialmente analisou-se a situação da

rede existente para as demandas de 1ª e 2ª etapas, o resultado obtido pode

ser observado nas Ilustrações I7/2 –A e B, respectivamente, onde se

observam pressões negativas seguindo pela avenida João Pinheiro em

direção ao Chiqueirão e pressões excessivas em outros trechos. Com a

implantação de alguns reforços e de duas válvulas redutoras de pressão

(VRPs), sendo uma delas para atendimento da zona baixa do setor, foi

possível atender a demanda de 1ª etapa (ano 2013), como pode ser

observado na Ilustração I7/2-C. Para a 2ª etapa, após verificar-se a

necessidade de um novo reforço, vide ilustração I7/2-D, previu-se o reforço

de pequenos trechos na avenida João Pinheiro, onde o resultado vê-se na

ilustração I7/2-E. Os diâmetros e extensões desses reforços, assim como de

toda a rede primária, podem ser observados no desenho nº 238-00-009, do

Volume III – Desenhos. O desenho nº 238-00-008 mostra uma visão geral da

rede primária de todos os setores com os reforços de 1ª e 2ª etapas,

respectivamente;

Setor Bortolan Alto: o reservatório Bortolan Alto é abastecido pelo booster

localizado no setor Bortolan e distribui água para uma pequena região como

pode ser observado no desenho nº 238-00-009 do Volume III, os cadastros

existentes não contemplavam essa região com rede de distribuição, portanto

propôs-se uma pequena rede primária que pode ser observada no desenho

citado anteriormente e seu comportamento para as demandas de 1ª e 2ª

etapas pode ser visualizado nas ilustrações I7/1-A e B, respectivamente;

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Setor Alto da Boa Vista: o reservatório a ser implantado deverá atender o

loteamento de mesmo nome, utilizou-se toda a rede existente no loteamento

como primária, analisando-a para as demandas futuras o resultado pode ser

observado nas ilustrações I7/3-A e B, para 1ª e 2ª etapas respectivamente,

será necessário pequenos reforços para as demandas de 2ª etapa conforme

pode ser visto na ilustração I7/1-C, a rede primária e suas características

podem ser observadas no desenho nº 238-00-009 do Volume III –

Desenhos;

Setor Cidade: pode ser considerado um dos setores mais importante do

sistema. O reservatório Cidade recebe água da ETA 5, as subadutoras que

partem dele abastecem: a rede local; os setores Bortolan Alto, Bortolan e

Alto da Boa Vista via EEAT Bortolan; Véu das Noivas e zona baixa do setor

cidade via boosters Véu das Noivas e Ferrero, ambos existentes; Jd.

Esmeralda via rede; EEAT Gama Cruz que recalca água ao setor Vila Rica

e deste para o Vila Rica Alto; Novo Mundo e deste para os setores Novo

Mundo Alto e Jd. Europa e finalmente a EEAT Jd. dos Estados, responsável

pelo abastecimento dos setores Jd. dos Estados, Jd. dos Estados Alto, Sta.

Rosália e Sta. Rosália Alto. Foi analisada a rede primária para as demandas

de 1ª e 2ª etapas que podem ser observadas nas ilustrações I7/4-A e B,

respectivamente,.Delas observou-se que grande parte da rede primária

encontra-se com pressões acima de 60 m.c.a. mas é possível dizer também

que na maior parte desses locais essas rede não possuem derivação para a

rede secundária, sendo consideradas, portanto, subadutoras, como é o

caso, por exemplo, da rede que segue para o setor Véu das Noivas. Em

outros casos, a rede primária encontra-se com pressões abaixo de 10 m.c.a.

ou até negativa indicando a necessidade de reforço, como é o caso de parte

do bairro Country Club. Para atender com pressões satisfatórias a região

entre o Jardim dos Estados e Jardim Ginásio é necessária a implantação de

uma VRP nas imediações da avenida Emidio Rezende com a rua José

Bernardo que não afete o abastecimento do reservatório Novo Mundo e que

permita a chega da de água na EEAT Jd. dos Estados. Com a implantação

da VRP as pressões na rede na região à margem direita do ribeirão de

Caldas passa a ser insatisfatória, mas como a perda de carga na rede é

muito alta torna-se necessário a implantação de reforços, que podem ser

observados no desenho nº 238-00-009 do Volume III.

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Outros reforços tornaram-se necessários para a operação dos boosters Véu

das Noivas e Ferrero e a EEAT Bortolan; o resultado da implantação de

reforços e VRPs pode ser observado nas ilustrações I7/4-C e E , para 1ª e 2ª

etapas, na situação de horária de pico e as ilustrações I7/4-D e F para fora

do horário de pico. As análises do comportamento da rede para fora do

horário de pico foram realizadas para verificar a pressão de chegada no

reservatório Novo Mundo, concluindo-se que é necessário perder cerca de 2

m.c.a. antes da entrada no reservatório que pode ocorrer em uma válvula de

controle;

Setor Maria Imaculada: o reservatório do setor recebe água pela EEAT

Maria Imaculada através do reservatório Cidade; a rede primária existente

não possui capacidade para atendimento das demandas de 1ª e 2ª etapas,

como pode ser observado nas ilustrações I7/5-A e B, respectivamente,

sendo necessário reforços que podem ser vistos no desenho nº 238-00-009

com resultados mostrados nas ilustrações I7/5-C e D;

Setor Vila Rica: recebe água através da EEAT Gama Cruz via setor Cidade.

Como pode ser observado nas ilustrações I7/6-A e B, relativas ao

comportamento da rede primária existente para as demandas de 1ª e 2ª

etapas, respectivamente, observa-se que serão necessárias a implantação

de duas VRPs para atender com pressões satisfatórias, isso devido à

topografia acidentada da região, portanto com a implantação das VRPs o

resultado encontrado pode ser visto nas ilustrações I7/6-C e D;

Setor Vila Rica Alto: a água é proveniente originalmente do setor Cidade, a

rede primária proposta apresenta-se no desenho nº 238-00-009 e o

resultado pode ser visto nas ilustrações I7/7-A e B;

Setor Novo Mundo: este setor é abastecido pelo via setor Cidade, o

comportamento da rede primária para as demandas de 1ª e 2ª etapas, pode

ser observado nas ilustrações I7/8-A e B, mostrando que não há

necessidade de reforços;

Setor Novo Mundo Alto: o reservatório é abastecido pelo reservatório Novo

Mundo. Nas ilustrações I7/9-A e B, observa-se que não há necessidade de

reforços na rede primária existente para as demandas de 1ª e 2ª etapas;

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Setor Jardim Europa: como não foi observada rede de água existente para o

setor Jd. Europa nos diversos cadastros do DMAEDMAE, propôs-se uma rede

primária que pode ser observada no desenho nº 238-00-009 com o

comportamento para 1ª e 2ª etapas conforme ilustrações I7/10-A e B;

Setor Planalto: a água chega ao reservatório Planalto via R1ETA3 e a partir

daí abastece a rede do setor. Nas ilustrações I7/11-A e B, observa-se o

comportamento da rede primária existente para as demandas de 1ª e 2ª

etapas, como as pressões observadas apresentam valores inferiores a 10

m.c.a., tornou-se necessária a proposição de alguns reforços, que conforme

implementados gerarão as pressões apresentadas nas ilustrações I7/11-C e

D;

Setor Santa Augusta: também abastecido pelo R1ETA3, como o anterior

apresenta pressões muito baixas e até negativas, como pode ser observado

nas ilustrações I7/12-A e B, portanto, implantando-se reforço na saída do

reservatório é a rede passa a operar satisfatoriamente como vê-se nas

ilustrações I7/12-C e D;

Setor Santa Maria: conforme se observa na ilustração I7/13-A a rede

primária existente atende à demanda de 1ª etapa, com poucos pontos com

pressão em torno de 10 m.c.a., o que não ocorre para 2ª etapa, conforme

I7/13-B, sendo necessário reforço em um trecho próximo ao reservatório

resultando em pressões satisfatórias conforme I7/13-C;

Setor Bandeirantes: o reservatório é abastecido por recalque vindo do

R1ETA3, possui duas zonas de pressão uma média e outra baixa. Para as

demandas de 1ª e 2ª etapas pode-se observar a rede existente conforme

I7/14-A e B, para o atendimento adequado da zona baixa é necessária a

implantação de uma VRP com as características apresentadas na tabela

Q7/7 e alguns reforços que quando implantados atenderão a rede com

pressões adequadas conforme vê-se nas ilustrações I7/14-C e D;

Setor Quisisana: atendido pelo reservatório Quisisana, que recebe a água

via R1ETA3. A rede primária apresenta pressões baixas e até negativas

indicando a necessidade de reforço como pode ser observado nas

ilustrações I7/15-A e B, após implantação do reforço observam-se nas

ilustrações I7/15-C e D as pressões necessárias para o bom desempenho da

rede de distribuição;

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Setor R1ETA3: apesar da desativação da ETA proposta, o reservatório

existente continuará em operação, a água virá da ETA 5, o setor está

dividido em zonas alta, média e baixa. Nas ilustrações I7/16-A e B observa-

se a rede primária sem reforços, VRPs e boosters, com a implantação dos

reforços, VRPs e boosters a rede passa a operar satisfatoriamente conforme

ilustrações I7/16-C e D;

Setores R1ETA2 e R2ETA2: apesar da desativação da ETA, os

reservatórios existentes continuarão em operação recebendo água vinda do

R1ETA3. O reservatório R2 é o apoiado e o R1 o elevado, responsável pelo

atendimento da zona alta, próxima ao centro de reservação. Em nenhum

dos dois setores serão necessários reforços como pode-se observar nas

ilustrações I7/17-A e B e I7/18-A e B, relativas aos R2 e R1,

respectivamente;

Setor Jd. dos Estados: recebe água via EEAT Jd. dos Estados (setor

Cidade), nas ilustrações I7/19-A e B apresentam-se o comportamento da

rede primária do setor para as demandas de 1ª e 2ª etapas, observa-se que

a topografia acidenta provoca pressões elevadas em quase todo o setor,

portanto tornou-se necessária a implantação de VRP para operação do setor

conforme ilustrações I7/19-C e D;

Setor Jd. dos Estados Alto: o reservatório recebe água via setor Jd. dos

Estados. A rede primária foi verificada para as demandas de 1ª e 2ª etapas,

na~necessitando de reforço conforme observa-se nas ilustrações I7/20-A e

B;

Setor José Alves: o reservatório existente recebe água do reservatório Jd.

dos Estados e a rede primária existente foi verificada para as demandas de

1ª e 2ª etapas, conforme ilustrações I7/21-A e B, onde observa-se que a

rede tem capacidade de atendimento até final de plano;

Setores Sta. Rosália e Sta. Rosalia Alto: a água de ambos os setores

provém do setor Cidade via Jd. dos Estados. As redes primárias foram

verificadas para as demandas de 1ª e 2ª etapas não necessitando de

reforços, conforme se observam nas ilustrações I7/22-A e B e I7/23-A e B,

sendo que para o último foi proposta uma rede primária pois os cadastros

existentes não contemplavam o setor Sta. Rosália;

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Setores R1ETA1 e R2e3ETA1: estes setores são responsáveis pelo

abastecimento da região próxima a ETA 1, a água do setor é proveniente da

ETA 1. O R1 localiza-se na cota 1250,00 e abastece a região mais alta

ficando o restante para os reservatórios R2 e R3. Em ambos os setores será

necessário o reforço de trechos para atendimento da rede de distribuição,

como pode ser observado nas ilustrações I7/24-A e B e I7/25-A e B, que

apresentam os resultados sem os reforços e as ilustrações I7/24-C e D e

I7/25-C e D, com as pressões já com os reforços necessários;

Setor Aquarius: a água chega no reservatório através da EEAT-Aquarius

localizada na ETA 1. Basicamente este setor possui subadução que

encaminha a água para a EEAT Alvorada/Primavera e Setor Serra do Irai.

Conforme observam-se nas ilustrações I7/26-A e B, há a necessidade de

reforços em alguns trechos, para que a água alcance tanto a EEAT quanto o

setor Serra do Irai; com os reforços implantados, que podem ser

visualizados nas ilustrações I7/26-C e D, parte da subadução ficará com

pressões acima de 60 m.c.a., mas como nesses pontos não há distribuição a

pressão pode ser acima do permitido para distribuição;

Setor Aparecida: a água chega no reservatório via setor Aquarius. A rede

primária foi verificada para as demandas de 1ª e 2ª etapas e conforme as

ilustrações I7/27-A e B, verificou-se a necessidade de um pequeno reforço,

que após implantado resultou nas ilustrações I7/27-C e D;

Setor Serra do Irai: conforme dito anteriormente recebe água via setor

Aquarius; a rede primária foi verificada para as demandas de 1ª e 2ª etapas,

conforme ilustrações I7/28-A e B, onde observou-se a necessidade de

pequenos reforços para atendimento desde início até fim de plano, a rede

com os reforços pode ser vista nas ilustrações I7/28-C e D;

Setor Morro do Chapéu: este setor recebe água via setor Serra do Irai,

dividi-se em zonas alta, média e baixa. A rede primária existente foi

verificada para as demandas de 1ª e 2ª etapas, onde observou-se, conforme

ilustrações I7/29-A e B, a necessidade de reforços, VRps para atendimento

da zona baixa e Booster para a zona alta. Foram implementadas essas

singularidades e verificada novamente a rede primária, que pode ser vista

nas ilustrações I7/29-C e D. Uma das VRPs proposta já existe, portanto é

necessário apenas ajustar o ponto de operação da mesma;

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Setor Dom Bosco: após receber água da EEAT Alvorada/Primavera distribui

para diversos centros de reservação (setores: Alvorada, Alvorada Alto, Jd.

Itamaraty, Jd. Itamaraty Alto e Morada dos Pássaros) além da rede local.

Nas ilustrações I7/30-A e B verificam-se as condições da rede primária para

as demandas de 1ª e 2ª etapas, respectivamente. Observa-se que alguns

trechos possuem pressões muito altas enquanto que outros muito baixas,

isso devido às zonas existentes (ex: Campos Elíseos refere-se a zona baixa)

e à operação de algumas linhas como subadução. A rede que sai do

reservatório e segue até o booster Eldorado (existente) próximo à divisa do

município com Caldas trata-se de uma subadutora que deverá trabalhar com

pressões acima de 60 m.c.a., sendo reforçada em 1ª e 2ª etapas. As VRPs

existentes (Campos Elíseos e Jardim Philadelphia) deverão ser mantidas

alterando-se apenas seus pontos de operação, deverá ser implantada uma

nova VRP entre o Jd. Philadelphia e os Campos Elíseos e alguns reforços

de rede, como pode ser observado nas ilustrações I7/30-C, D e E;

Setor Primavera: recebe água da EEAT Primavera/Alvorada, a rede primária

foi verificada para as demandas de 1ª e 2ª etapas, conforme ilustrações

I7/31-A e B, não necessitando de reforço e sim de VRP para que as

pressões alcancem os valores permitidos para distribuição. Após a

implantação da VRP verificou-se novamente a rede resultando nas

ilustrações I7/31-C e D;

Setor Alvorada: o reservatório é abastecido pelo setor Dom Bosco. A rede

primária existente foi verificada para as demandas de 1ª e 2ª etapas,

conforme ilustrações I7/32-A e B, respectivamente, mostrando a

necessidade de reforço em alguns poucos trechos e uma VRP para

atendimento de uma pequena região, os resultados da implantação dessas

singularidades na rede primária para as etapas de estudo podem ser

observadas nas ilustrações I7/32-C e D;

Setor Alvorada Alto: a água chega através da EEAT Alvorada Alto,

localizada junto ao reservatório Alvorada. A rede primária existente foi

verificada para as demandas de início e fim de plano e o resultado pode ser

visto nas ilustrações I7/33-A e B, respectivamente. Verificou-se a partir das

ilustrações que um trecho chega a pressões de cerca de 68 m.c.a. o que

resultou na implantação de VRP pois o local em questão não conseguiria ser

abastecido pelo setor Alvorada, portanto com a implantação da VRP o

resultado da rede primária pode ser observado nas ilustrações I7/33-C e D;

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Setores Jd. Itamaraty e Itamaraty Alto: a água destes setores é proveniente

do setor Dom Bosco. A rede primária desses setores e suas respectivas

pressões para as demandas de 1ª e 2ª etapas, podem ser observadas nas

ilustrações I7/34-A e B e I7/35-A e B, para Jd. Itamaraty e Itamaraty Alto,

respectivamente. Analisando-se as situações existentes definiu-se por

pequenos reforços a serem implantados já em 1ª etapa em ambos os

setores, que atenderão até final de plano como pode ser visto nas

ilustrações I7/34-C e D e I7/35-C e D, respectivamente;

Setor Morada dos Pássaros: a água que chega no reservatório é

proveniente do booster Eldorado, localizado no setor Dom Bosco. A rede

primária existente possui capacidade de atendimento apenas em primeira

etapa, como pode ser observado nas ilustrações I7/36-A e B, portanto, faz-

se necessário reforçar parte da rede existente para atendimento de 2ª etapa,

como vê-se na ilustração I7/36-C;

Setor ETA 4: em primeira etapa a água que chega no setor vem parte da

ETA5 e parte da ETA4. A rede primária existente foi verificada para as

demandas de 1ª e 2ª etapas, onde se observou a necessidade de reforços

em vários trechos da rede, como pode ser visto nas ilustrações I7/37-A e B.

Como os reforços são muitos, serão implantados em 1ª e 2ª etapas,

conforme a necessidade.,Nas ilustrações I7/37-C e D, observam-se os

reforços necessário em 1ª etapa e que não atendem completamente a 2ª,

respectivamente, e na ilustração I7/37-E vê-se os reforços necessários à 2ª

etapa;

Setor Jardim Esperança: a água para este setor vem da ETA5. Nas

ilustrações I7/38-A e B verifica-se que a rede primária existente tem

capacidade de atendimento até final de plano;

Setor Paraíso Alto: esse setor é responsável por abastecer a região próxima

a ele e ao reservatório Jd. Esperança. Nas ilustrações I7/39-A e B é possível

observar a rede primária existente para as demandas de 1ª e 2ª etapas, com

reforço em alguns trechos próximos ao reservatório e outro próximo a

rodovia do contorno, já em 1ª etapa, é possível atender as demandas até

final de plano, como pode ser visto nas ilustrações I7/39-C e D;

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Setor Paraíso: recebe a água a partir da EEAT-Paraíso localizada junto ao

reservatório Jd. Esperança. Esse reservatório será responsável pelo

abastecimento na rodovia do contorno em direção ao município de Caldas.

Será responsável também por abastecer o reservatório Pontal de Sta. Clara

a partir de booster a ser implantado junto ao Hotel na Estrada da

Cachoeirinha próximo à rodovia do Contorno, como pode ser observado nas

ilustrações I7/40-A e B;

Setor Pontal de Sta. Clara: conforme dito anteriormente a água chega no

reservatório a partir do setor Paraíso. Nas ilustrações I7/41-A e B apresenta-

se a rede primária proposta para as demandas de 1ª e 2ª etapas,

respectivamente;

Setor Cohab: a água chega ao reservatório a partir da EEAT-Cohab,

localizada na área da ETA4. Nas ilustrações I7/42-A e B apresentam-se os

resultados da rede primária existente para as demandas de 1ª e 2ª etapas,

onde se observa a necessidade de reforços, que quando implantados

resultam nas ilustrações I7/42-C e D;

Setor São Sebastião: a água do setor é proveniente da EEAT-São Sebastião

localizada junto ao reservatório Cohab que recalca para o reservatório São

Sebastião. Nas ilustrações I7/43-A e B, simulou-se o comportamento da rede

primária com as demandas de 1ª e 2ª etapas, resultando em pressões

inferiores a admitida para abastecimento levando à implantação de reforços.

Com os reforços implantados em 1ª etapa é possível atender até final de

plano como pode ser visto nas ilustrações I7/43-C e D;

Setor São Sebastião Alto: recebe água via elevatória implantada na área da

ETA 4. Como trata-se de um sistema proposto implantou-se uma rede

primária que atendesse as demandas de 1ª e 2ª etapas, como pode ser

observado nas ilustrações I7/44-A e B, respectivamente.

No Anexo 6, do Volume II – Anexos, como dito anteriormente, é possível se

observar o resultado dos cálculos da rede primária.

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8. SISTEMA PLANEJADO

D acordo com as hipóteses e considerações dos estudos relatados no

capítulo anterior, em resumo o sistema planejado será composto de:

1a. ETAPA:

4 captações: uma no ribeirão da Serra, uma no córrego do Cipó, uma no

córrego José Avelino, e a última na represa Saturnino de Brito, todas

existentes, sem alteração;

1 estação elevatória de água bruta, denominada EEAB ETA 5, existente;

3 ETAs, uma a ETA1 – São Benedito, outra a ETA 4, e a ultima a ETA 5 –

Cipó, ampliada nesta etapa em mais um módulo;

42 centros de reservação, sendo 39 existentes dos quais 9 deverão ser

ampliados e 3 novos;

23 estações elevatórias de água tratada existentes, sendo 14 mantidas, e 8

adaptadas;

5 novas estações elevatórias de água tratada;

36.701 metros de linhas de recalque, existentes, novas e reforços com

diâmetros variando desde Ø 75 a Ø 600 mm;

4.010 metros de adutoras de água tratada por gravidade existentes com

diâmetros variando de Ø 100 a Ø 300 mm;

32954 metros de redes de distribuição a serem implantados com Øs

variando desde Ø 50 a Ø 300 mm;

Para 2ª etapa deverá ser implantado:

mais um módulo de tratamento da ETA 5;

3 novas unidades de reservação em centros existentes;

2.633 metros de reforço de linha de recalque com Ø 200 mm;

6601 metros de redes de distribuição a serem implantados com Øs variando

desde 50 a 250;

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Nos desenhos 238-00-006 e 238-00-007 pode ser observado o sistema

proposto e suas características.

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9. ESTIMATIVA DE INVESTIMENTOS

A partir do pré-dimensionamento das unidades componentes do sistema

proposto, e de índices de custos disponíveis no banco de dados da SERECSEREC, efetuou-se

uma avaliação dos investimentos necessários para fazer frente ao crescimento urbano,

por etapas.

Para a determinação dos custos das unidades lineares (linhas de recalque e

redes primárias), foram levantados os quantitativos dos principais serviços e

fornecimentos envolvidos; para os serviços foram aplicados preços constantes do banco

de dados da SEREC SEREC, provenientes do banco de preços utilizados pela Sabesp, para a

praça de São Paulo. Os resultados para as linhas de recalque constam do quadro Q9/1, e

para as redes primárias do quadro Q9/2.

Para a avaliação do custo da ampliação da ETA, foi utilizada a taxa de

R$ 24.615,38/l.s, obtida em recente projeto desenvolvido pela SERECSEREC, para o Sistema

Rio Branco, litoral sul de São Paulo, cujos preços unitários seguem também o mesmo

banco de preços da Sabesp, para praça de São Paulo. Os resultados constam do quadro

Q9/3.

Para a estimativa dos custos de reservatórios, foram utilizadas curvas de

custo, em função do volume reservado, provenientes de estudos e planos diretores

desenvolvidos para a Sabesp, portanto com base no mesmo banco de preços, expressos

em dólares americanos. A taxa de conversão utilizada foi de R$ 3,00/US$, e a curva

adotada consta do Anexo 7 do Volume II – Anexos. Os resultados estão mostrados no

quadro Q9/4.

Para a estimativa dos custos de estações elevatórias e boosters, foram

igualmente utilizadas curvas de custo, em função da potência, provenientes dos mesmos

estudos, e com mesmas moeda e taxa de conversão. No caso das unidades que deverão

ser apenas ampliadas, sem alterações nas respectivas construções civis, foi aplicado ao

valor resultante, o redutor de 65%, recomendado no mesmo trabalho. A curva utilizada

consta do mesmo anexo citado, e o quadro Q9/5 resume o exposto.

Para as válvulas redutoras de pressão, foram utilizados orçamentos

elaborados pela SERECSEREC em projeto anterior, de unidades semelhantes, em função dos

diâmetros dos tubos onde as válvulas serão instaladas e da gama de redução de pressão,

corrigindo-se os valores pela variação do dólar americano em relação ao real, no período.

Os resultados constam também do quadro Q9/5.

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Em uma época em que o dólar americano era convertido pela relação 1/2,90

(R$/US$), a estimativa resultou em cerca de R$ 12,6 milhões, ou US$ 4,34 milhões, a

serem investidos ao longo da primeira etapa, e R$ 4,9 milhões, ou US$ 1,7 milhões, a

serem investidos, adicionalmente, até o final do período de planejamento.

As atuais despesas de exploração (pessoal, energia elétrica, produtos

químicos, materiais de manutenção, etc.), deverão sofrer acréscimo proporcional ao

aumento da vazão produzida, porém em ritmo decrescente, dada a economia de escala

resultante da existência de sistema bem controlado, e em função dos avanços

tecnológicos a serem obtidos pelo DMAEDMAE ao longo do período.

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Inserir quadro Q9/1, localizado em Contrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q9-1 A 5.xls

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Inserir quadro Q9/2, localizado em Contrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q9-

1 A 5.xls

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Inserir quadro Q9/3, localizado em Contrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q9-

1 A 5.xls

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Inserir quadro Q9/4, localizado em Contrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q9-

1 A 5.xls

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Inserir quadro Q9/5, localizado em Contrato/C238pdp/PDA/Quadros/Q9-

1 A 5.xls

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10. PROGRAMA DE INTERVENÇÃO

A intervenção ao longo do período poderá ser adaptada à disponibilidade de

recursos financeiros do DMAEDMAE, visto que a situação atual é confortável, graças ao bom

controle do sistema, por parte dos responsáveis; porém jamais poderá ser negligenciada

a necessidade das ampliações recomendadas, sob risco da situação se deteriorar

rapidamente.

O sistema de abastecimento de água de Poços de Caldas é bastante

complexo, e há uma certa interdependência entre os diversos setores de distribuição,

muito difícil de ser contornada por exemplo com cinturões ou malhas externas de

alimentação, dada a peculiar configuração topográfica da bela cidade, e o elevado custo

de investimento que resultaria de uma solução como essa.

Por essa razão, propõe-se o seguinte cronograma de intervenção, adaptável

às circunstâncias, como forma de manter um registro das principais necessidades e sua

prioridade:

Fase Imediata:

Implantação das válvulas redutoras de pressão, porque contribuirão para a

redução do volume de perdas, uma das metas consideradas no

planejamento, e minimizarão os serviços de manutenção de redes nas áreas

correspondentes.

Implantação dos reservatórios Aquarius, Morro do Chapéu e Dom Bosco, e

correspondentes estações elevatórias, boosters e linhas de recalque, para

garantir o funcionamento intermitente da adução, sem risco de falta de

reservação nos setores por eles abastecidos.

Implantação do reservatório Alvorada e correspondente estação elevatória,

para possibilitar economia no gasto com energia elétrica, pela otimização do

setor de distribuição.

Implantação do reservatório Planalto, face ao aumento da demanda prevista.

Implantação dos reservatórios Jardim Itamaraty, Jardim Paraíso e Pontal de

Santa Clara, e correspondentes linhas de recalque, boosters e estações

elevatórias, face à alteração pretendida da setorização nessas regiões.

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Alteração no volume do reservatório do loteamento Alto da Boa Vista, e

implantação da estação elevatória e respectiva linha de recalque, face à

demanda prevista.

Implantação da estação elevatória ETA5/R1-ETA3, e respectiva linha de

recalque, para possibilitar a desativação da ETA3.

Ampliação da rede primária, principalmente nos setores Jardim Itamaraty,

Jardim Paraíso e Pontal de Santa Clara, onde a setorização será alterada, e

nos demais setores, de acordo com o comportamento acusado pelo controle

de pressões.

Desativação das ETAs 2 e 3.

Fase Complementar da Primeira Etapa:

Ampliação da ETA 5.

Implantação das estações elevatórias Maria Imaculada, Santa Maria, São

Sebastião e São Sebastião Alto, boosters R1-ETA3 e Eldorado, e

respectivas linhas de recalque.

Implantação dos reservatórios Quisisana, Bortolan Alto e São Sebastião

Alto.

Segunda Etapa:

Implantação dos reservatórios Morada dos Pássaros, R-ETA4 (ampliação) e

São Sebastião Alto.

Implantação das estações elevatórias ETA5/Zona Sul e Bortolan, e linhas de

recalque correspondentes.

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O programa de intervenção assim exposto, constitui apenas uma indicação

de prioridades, como uma fotografia que reflete um momento instantâneo, e deve ser

atualizado permanentemente, para tanto sendo de extrema utilidade os recursos

oferecidos pelo SIPPCSIPPC aa implantado no DMAEDMAE.

O acompanhamento do comportamento do sistema, vis a vis a ocupação

urbana e variações de consumo, possibilitará alterações de prioridades, e até

modificações em setores, redes, estações elevatórias, etc., como aliás ocorre com

qualquer planejamento de longo prazo. A diferença, neste caso, é que com a

disponibilidade do SIPPCSIPPC aa essas atualizações do planejamento podem se dar a qualquer

instante, portanto com horizontes bem mais curtos e conseqüentemente seguros.

Há também uma questão importante que deve estar sempre presente, no

que se refere à alternativa de produção de água escolhida: a idéia em curso no DMAEDMAE, de

exploração do córrego Várzea de Caldas através de um reservatório de regularização,

para atendimento prioritário da zona sul, sempre será atraente, dada a experiência

gratificante obtida com o Sistema Cipó, e merecerá sempre atenção cuidadosa, para

verificar se e quando tornar-se-á viável do ponto de vista hidrológico e econômico-

financeiro, em função do desenvolvimento urbano nessa região.

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11. O SIPPC COMO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO

O presente Plano Diretor foi elaborado com o apoio maciço do SIPPCSIPPC –

Sistema Integrado de Planejamento, Projeto e Controle de Redes de Distribuição de

Água, desenvolvido pela SERECSEREC e implantado no DMAEDMAE.

Concebido para operar sobre uma base AutoCad, o SIPPC SIPPC é um conjunto de

programas destinados a integrar o banco de dados de consumidores, com a base

cadastral do sistema de abastecimento de água, atualizada freqüentemente e

automaticamente com uso do próprio SIPPCSIPPC com modelos matemáticos de cálculo de

redes, e outras ferramentas digitais de planejamento, projeto e controle, que direcionam,

asseguram interpretação técnica correta, e eliminam erros de digitação e desenho, desde

a fase inicial de cálculo das vazões, até a obtenção de desenhos básicos de projeto e

orçamentos de ampliações e reforços.

A correta operação do SIPPC SIPPC foi demonstrada em várias sessões de

treinamento da equipe técnica, e está registrada em memória de exercícios efetuados ao

longo de sua implantação no DMAEDMAE. A seguir resumem-se e ilustram-se, de forma

simplificada, algumas das aplicações do SIPPC SIPPC úteis para as futuras atualizações do

Plano Diretor, e mesmo para pesquisa e análise do comportamento do sistema a qualquer

época.

a) Crescimento global das economias e parâmetros de consumo.

Nos estudos realizados no âmbito do capítulo 4 – Estudos Demográficos, procura-se

avaliar o comportamento passado do crescimento populacional global da cidade, com o

objetivo de entender sua evolução e permitir uma projeção da população futura, no

horizonte coberto pelo planejamento. O conhecimento dessa população projetada

permitirá então, que se avalie a quantidade de domicílios que deverão ser atendidos pelo

sistema em planejamento para, aplicando-se a essa quantidade o consumo médio por

domicílio avaliado por números conhecidos, obter-se a demanda de água que o sistema

deverá ser capaz de atender.

Ora, o SIPPC SIPPC permite que, utilizando-se o Menu Parâmetros, se avalie, a cada troca do

banco de dados (o que pode se dar mensalmente, de preferência, que é a freqüência com

que o banco é atualizado a partir da leitura dos hidrômetros), a quantidade de novas

economias agregadas ao sistema, ou seja, o ritmo de crescimento efetivo dos domicílios.

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Com a utilização mensal dessa ferramenta, pode-se construir um gráfico representativo

desse crescimento, e com o tempo dispensar-se a necessidade dos estudos

populacionais mais sofisticados, uma vez que o crescimento do consumo será um

indicador seguro, controlado e suficiente para o planejamento de curto e médio prazos.

O planejamento de longo prazo continuará demandando prospecções e hipóteses de

crescimento, principalmente na avaliação dos mananciais, porém esses estudos poderão

agora se beneficiar de dados muito mais apurados e específicos, uma vez que estarão

sendo monitorados de perto pelo planejador.

No mesmo Menu estarão disponíveis, com a mesma freqüência,. as avaliações dos

consumos médios por economia, e por categoria, permitindo também a utilização desses

parâmetros no planejamento com maior segurança, face ao monitoramento então

desenvolvido.

b) Crescimento regionalizado das economias, e parâmetros diferenciados de consumo.

Nos estudos realizados nos capítulos 4.3 – Zoneamento Demográfico, 6 – Estudos de

Demanda e 7.2 – Sistema de Reservação e Distribuição, procura-se analisar a repartição

da área a ser atendida em zonas de ocupação semelhantes (isodensas), e em zonas de

consumos médios semelhantes (isoconsumos), visando, através da análise dos dados

censitários passados, definir o ritmo de crescimento dos domicílios em cada zona, e

estabelecer uma densidade máxima (de saturação), para cada qual, permitindo avaliar a

futura demanda de água de cada setor, pela aplicação do consumo médio de cada área à

quantidade de domicílios prevista para a mesma área, no horizonte do planejamento ou

na saturação.

A utilização dos recursos do Menu Planejamento, associados aos do Menu Parâmetros,

permite que o planejador primeiramente verifique, através de simulações de limites, e de

alterações nas faixas de pesquisa, com incrível rapidez (considerando o trabalho que

antes do SIPPC SIPPC seria necessário para efetuar esses passos), qual agrupamento melhor

se adapta aos dados efetivos de economias cadastradas no sistema, melhorando portanto

a definição das zonas homogêneas (isodensas), e qual seria a densidade de saturação de

cada zona, tomando como base amostras de partes das zonas, consideradas saturadas,

sempre através de simulações com o uso dessas ferramentas.

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Permite igualmente que sejam estabelecidas da mesma forma, as zonas de isoconsumo.

A simples simulação das mesmas zonas, com a troca do banco de dados, permitirá a

análise do sistema – a seguir descrita – com dados atualizados, o que poderá ser feito

mensalmente ou em períodos mais longos, observando-se os reflexos na capacidade das

unidades do sistema em operação.

Mas tal atualização poderá ensejar também uma reformulação das zonas, seus limites e

parâmetros de planejamento, com automática análise de suas conseqüência no sistema.

O comportamento das densidades e dos consumos poderá também ser registrado

mensalmente em gráficos, permitindo análises de evolução desses parâmetros,

contribuindo para u controle completo do sistema pelo planejador.

c) Estudos de Setorização.

Nos estudos realizados no âmbito do capítulo 7 – Sistema Produtor e Distribuidor, são

analisados os limites de cada setor de distribuição, e avaliadas as demandas de água em

cada qual, para a verificação dos volumes a reservar e capacidades das linhas de adução

e subadução de água tratada.

A combinação dos Menus Planejamento e Parâmetros permite rapidamente avaliar

essas demandas, para diferentes hipóteses de delimitação dos setores, ao mesmo tempo

em que possibilita, para cada hipótese, que se avalie a área de influência das unidades de

reservação, sob diversas considerações, também variáveis, acerca de pressões máximas

e mínimas admissíveis e tolerâncias no seu entorno. A grande agilidade dessas análises

(quando comparada com o tempo requerido antes da implantação do Si), constitui fator

fundamental para permitir a otimização desses limites e áreas de influência. Alterações no

banco de dados de consumo, ou nos limites das zonas isodensas e de isoconsumo, ou de

seus parâmetros, podem ser facilmente (quando comparadas com o passado) avaliadas,

tornando o planejamento extremamente dinâmico nesse sentido. Também neste caso

podem ser arquivados resultados de simulações com a evolução dos dados do banco de

consumidores, permitindo análises do comportamento do crescimento da demanda em

cada setor, e assim por diante.

A combinação desses menus com o Menu Projeto, a seguir comentado, confere ao

planejador a possibilidade de verificar a capacidade das linhas adutoras e subadutoras,

utilizando o modelo matemático agregado ao SIPPC SIPPC (EPANet), para cada hipótese

formulada, com precisão técnica e rapidez.

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d) Análise de redes.

Nos estudos realizados no âmbito do capítulo 7.2.3 – Sistema Distribuidor, são analisados

os comportamentos das redes primárias de cada setor, em datas marco do planejamento,

e determinadas as necessidades de reforços ao longo do tempo.

O Menu Projeto contém ferramentas tanto para a escolha automática das redes

primárias, como para definição e cálculo das vazões nos nós, bem como a ligação com o

modelo matemático, e seu retorno, apontando os resultados das simulações, para cada

reforço estudado, quando necessário. Atualizações do banco de dados de consumos, ou

dos limites de zonas isodensas e de isoconsumos, seus parâmetros, dos limites dos

setores, das redes primárias a considerar, da definição dos nós, da escolha das áreas de

influência dos nós, e conseqüentemente das vazões dos nós, são automaticamente

repassadas ao modelo matemático, com reduzidas possibilidades de erros de informação,

e sempre com precisão técnica, em tempos muito reduzidos, quando confrontados com

prazos para tarefas semelhantes, antes da implantação do SIPPCSIPPC..

e) Projeto de Reforços ou de Redes Novas.

Demais recursos do Menu Projetos são utilizados para passos posteriores, como os de

projeto de reforços e de novas redes, em novas bairros ou ruas, com colocação de peças,

rótulos, etc., e obtenção de orçamentos estimativos dos trechos projetados, como

efetuado para obtenção dos valores correspondentes do capítulo 9 - Estimativa dos

Investimentos.

f) Cadastro.

Novas redes implantadas, ligações confirmadas, quadras aprovadas pela prefeitura

Municipal, interferências, seja por iniciativa externa, seja frutos de estudos e projetos

desenvolvidos pelo DMAEDMAE com a utilização do SIPPCSIPPC devem ser cadastrados na base

oficial do sistema.

O SIPPC SIPPC oferece um conjunto de ferramentas para esse mister, no Menu Cadastro, de

forma que o usuário atualize a base perfeitamente de acordo com as regras necessárias

para sua correta interpretação pelo Si.

g) Integração com GIS.

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Além desses recursos, foi desenvolvida no âmbito deste Plano Diretor, uma ferramenta

específica para integrar as bases do SIPPC SIPPC e do GIS implantado no DMAEDMAE, com os

dados atualizados pela Prefeitura Municipal ou pelo DMAEDMAE, de sorte que haja perfeita

sintonia entre as bases dos dois sistemas, automaticamente, eliminando a possibilidade

de desencontros de informações.

h) Investigações e Diagnósticos.

Quaisquer dos menus do SIPPC SIPPC apresentam possibilidades de identificar dados

cadastrais incorretos, resultados inconsistentes, parâmetros estranhos, etc., permitindo ao

usuário corrigir falhas cadastrais, e ao planejador incrementar pesquisas no próprio

SIPPC SIPPC e no campo, quando necessários, em busca de fatos extraordinários, levando a

alterações de rotinas, métodos, fiscalização, etc., com isso aprimorando aspectos até de

gestão do DMAEDMAE, e de operação e manutenção do sistema.

PLANO DIRETOR DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE POÇOS DE CALDAS

MARÇO DE 2004

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