apresentação de guido mantega no cdes

Ministério da Fazenda

BRASIL: SUPERANDO A CRISE

Min.

1

Min. GUIDO MANTEGA

Setembro de 2009


DEIXANDO A CRISE PARA TRÁS

� A quebra do Lehman Brothers explicitava amaior crise dos últimos 80 anos

� Um ano depois o Brasil é um dos primeiros� Um ano depois o Brasil é um dos primeirospaíses a sair da crise

� E ainda sai fortalecido� Distinguindo-se da maioria dos países

2


CRESCIMENTO DO PIB EM 2009 *

Crescimento do PIB em relação ao trimestre imediatamente anterior, anualizado, com ajuste sazonal

7,8

5

10

15

3* dados preliminares.Fonte: IBGE. Elaboração: MF/SPE.

-3,8

-13,0-15

-10

-5

0

II.03

IV.0

3

II.04

IV.0

4

II.05

IV.0

5

II.06

IV.0

6

II.07

IV.0

7

II.08

IV.0

8

II.09


CRESCIMENTO DO PIB NO 2º TRI/09Comparação Internacional *

7,8

-5

0

5

10

15

4*/ Variação ante o trimestre anterior (t / t-1), com ajuste sazonal – taxas anualizadas.Fonte: GDW JP Morgan 11/09/2009 e IBGE para Brasil

-10

-5

Méx

ico

Can

adá

Áfr

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do

Su

l

Rei

no

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ia

Ch

ile

EUA

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ia

Ale

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Po

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Jap

ão

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strá

lia

Ind

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Rú

ssia

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ia

Bra

sil

Co

réia

do

Su

l

Ch

ina


NO CICLO ATUAL (2003-2008) A RETOMADA EM V

5*ProjeçõesFonte: IPEADATA Elaboração: MF/SPE

CRISES ECONÔMICAS


Por que o Brasil é um dos primeiros a sair da crise?

� MANTEVE UM CRESCIMENTO ELEVADOCOMBINADO COM SÓLIDOS FUNDAMENTOSMACROECONÔMICOSMACROECONÔMICOS


PRODUÇÃO INDUSTRIAL e VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTAÍndice com ajuste sazonal (jan/2007 = 100)

111,5

119,7

113,7

116,7

105

110

115

120

125

Fonte: IBGE. Elaboração: MF/SPE

89,0

99,6

80

85

90

95

100

105

jan07

mar07

mai07

jul07

set07

nov07

jan08

mar08

mai08

jul08

set08

nov08

jan09

mar09

mai09

jul09

PIM - indústria geral

PMC restrita

4o tri de 2008


NOVA CLASSE MÉDIA NAS GRANDES METRÓPOLES*(em proporção da população total - anual)

48,250,3

52,3 52,9

50

55Classe C**

Classe C**

42,4

44,446,1

40

45

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

*/ Regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

**/ Classe econômica com renda domiciliar per capita do trabalho habitual entre R$ 1.115 e R$ 4.807 a preços de

dez/08 por mês. ***/2009 até julho.

Fonte: FGV/CPS a partir dos microdados da PME/IBGE. Elaboração: MF/SPE.


261,2

242,0

256,0

288,2

244,8

268,7

239,3

194,5

271,5

234,4

247,0

285,4

258,1

Licenciamento de autoveículos total(mil unid)

300,1

9

177,8

194,5

197,4 199,4

abr-08 jun-08 ago-08 out-08 dez-08 fev-09 abr-09 jun-09 ago-09

Jan-ago: 2,7%

Fonte: ANFAVEA


ACESSO À HABITAÇÃO

363.540

436.139

327.054

494.562

Número de Unidades Habitacionais Financiadas(média por período)

10Fonte: BACEN, ABECIP, SAI, CI-CAIXA Elaboração: MF/SPE

Geisel (1974/1978)

Figueiredo (1979/1984)

Sarney (1985/1989)

Collor/Itamar (1990/1994)

FHC (1995/2002)

Lula (2003/2008)

155.468173.879


Balança Comercial Brasileira

140

160

180

200

Saldo Comercial Exportação Importação

REDUÇÃO DA VULNERABILIDADE EXTERNA

-20

0

20

40

60

80

100

120

1968 1973 1978 1983 1988 1993 1998 2003 2008

Fonte: MDIC Elaboração: MF/SPE

Saldo Comercial Exportação Importação

11


SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTES(em % do PIB)

-1,5

-1,0

-0,5

0,0

12

Fonte: Ipeadata Elaboração: MF/SPE

-4,0

-3,5

-3,0

-2,5

-2,0

-1,5

1950-59 1960-69 1970-79 1980-89 1990-99 2000-08


DÍVIDA EXTERNA LÍQUIDA(% do PIB)

13

Fonte: Banco Central Elaboração: MF/Gabinete


RESERVAS INTERNACIONAISLIQUIDEZ INTERNACIONAL

(US$ bilhões)220,2

170

190

210

230

14(*) Posição do dia 08 de set/09.Fonte: BCB. Elaboração: MF/SPE.

30

50

70

90

110

130

150

set 06 dez 06 mar 07 jun 07 set 07 dez 07 mar 08 jun 08 set 08 dez 08 mar 09 jun 09 set 09*


SISTEMA FINANCEIRO SÓLIDO

15

SÓLIDO


Percentual de capital sobre empréstimos 2008

1616


Rentabilidade Média sobre o Patrimônio

De janeiro a junho/2009, em %

* Considerando efeitos extrordináriosFonte: Banco Brasil


Brasil adquiriu capacidade de fazer política anti-crise

� Política monetária expansionista

�Compulsório

18

�Compulsório

�Redução de juros

�Comércio exterior (Reservas)

� Política fiscal de estímulo econômico


125,2125

130

IF Pública IF Privada Nacional IF Estrangeira

Índice do Saldo das Operações de Crédito(set/2008 = 100)

Bancos Públicos sustentaram o crescimento do crédito após a crise

Ação Contra-Cíclica

Desde o agravamento da crise,

em setembro de 2008, o saldo

das operações de crédito dos

19Fonte: Banco Central. Elaboração: MF/SPE.

103,9

102,6100

105

110

115

120

set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09

bancos públicos cresceram

25,2%, substancialmente acima

dos bancos privados nacionais

(3,9%) e estrangeiros (2,6%).

A participação dos bancos

públicos no saldo total de

créditos do SFN atingiu 38,6%

em junho de 2009.


250,0

300,0

350,0

400,0

450,0

SALDO LÍQUIDO E PRAZO A DECORRER DAS OPERAÇÕES COMPROMISSADAS - MÉDIA MENSAL - Jan/07 a 09/set/09- (em R$ bilhões)

SALDO DAS OPERAÇÕES COMPROMISSADAS

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

jan

/07

mar

/07

mai

/07

jul/0

7

set/

07

no

v/07

jan

/08

mar

/08

mai

/08

jul/0

8

set/

08

no

v/08

jan

/09

mar

/09

mai

/09

jul/0

9

set/

09

TOTAL


Política Fiscal Ativa� Expansão dos investimentos do PAC� R$ 100 bilhões para o BNDES� Programa Minha Casa Minha Vida: R$ 28 bi em

subsídios e R$ 60 bi em investimentos

21

subsídios e R$ 60 bi em investimentos� Plano Safra 2009/2010: R$ 107 bi (2009-10)� Programa de Expansão de Investimentos (BNDES)� Manutenção e expansão dos programas sociais� Espaço Fiscal para Estados e Municípios (2007-

2009) R$ 34,5 bilhões


DESONERAÇÔES TRIBUTÁRIAS EM 2009

� Redução da alíquota do IPI: automóveis, caminhões, material de construção, linha branca, bens de capital

� Redução da alíquota do IOF em operações de Crédito à PF (redução de 50%) e operações de câmbio

22

(redução de 50%) e operações de câmbio

� Alteração da Tabela do IRPF

� RET – Redução da alíquota de 7% para 1%, no caso de imóveis até R$ 100 mil, e de 7% para 6% nos demais casos –Programa Minha Casa Minha Vida

� Redução da Cofins incidente sobre a produção de motocicletas de até 150 cilindradas de 3,65% para 0,65%.


MEDIDAS DE DESONERAÇÃO TRIBUTÁRIA

Medidas Fiscais em 2009 Em R$ Bilhões

IRPF 4,9

IPI 5,8

23 Fontes: MF/SRFB. Elaboração: MF/SPE

TOTAL: 0,4% do PIB em 2009

IOF - crédito ao consumidor 2,5

Cofins das motocicletas 0,2

Regime Especial de Tributação (RET) 0,2

Total Geral 13,6


AUMENTO DOS GASTOS FISCAISR$ bilhões

PREVISTOS 2009

Compensação de FPM 2,0

Aumento do Seguro Desemprego

24

Aumento do Seguro Desemprego 0,4

Programa Minha Casa Minha Vida 6,0

Ampliação dos Investimentos 9,0

TOTAL 17,4

Fonte: MF/STN Elaboração: MF/SPETOTAL: 0,6% do PIB em 2009


ESTIMATIVA DE SUBSÍDIOS E DE DESPESAS COM EQUALIZAÇÃO DE JUROS

R$ bilhões

Principais gastos com equalização 2009

BNDES (R$ 100 bi) 1,6

25

BNDES (R$ 100 bi) 1,6

Agricultura (incremento em relação a 2008) 3,9

TOTAL 5,5

Fonte: MF/STN/COPEC/GERAGTOTAL: 0,2% do PIB em 2009


Impacto política anti-cíclica sobreo PIB

� Aumento de investimentos e gastos públicos� Desonerações e Renúncias� Equalização de juros com BNDES e outros� Total somente para 2009: 1,2% PIB� Efeitos diretos e indiretos + 2,5% do PIB� Ao invés de crescer, por exemplo, 1% em 2009,

cairia( – 1,5%).


PROGRAMA DE ESTÍMULO FISCAL

ESTÍMULO FISCAL * (% do PIB)

5

6

7

8

9

27

*/Medidas discricionárias relacionadas com a crise com efeitos fiscais em 2009 e 2010.Fonte: FMI Elaboração: MF/SPE

1,2

0

1

2

3

4

5

Itália

Turq

uia

Índia

Brasi

lFr

ança

Argen

tina

Reino

Unido

Indon

ésia

Méx

ico

Canad

áAle

man

ha

Estad

os Uni

dosJa

pão

Austrá

liaÁfri

ca d

o Sul

Rússia

China

Arábia

Sau

dita

Coréia


CUSTO FISCAL DA POLÍTICA ANTI-CÍCLICA BRASILEIRA FOI MENOR

-1,9-2,5 -2,9

-3,2 -3,3 -3,4 -3,6 -3,6

-0,8

-2,2

-3,2-2,8

-3,6 -3,6

-1,4

-4

-2

0

RESULTADO FISCAL DO G-20

(% PIB) - Estimativa FMI

28

-3,2 -3,3 -3,4 -3,6 -3,6 -3,8-4,3

-4,7-5,4

-5,9-6,2 -6,2

-7,5

-9,8 -9,9 -10,2

-13,6

-3,2

-4,7

-3,6 -3,6 -3,7

-5,3

-6,1 -5,9

-5,1

-6,5

-5

-7,5

-10,9

-9,8

-8,7

-9,7

-14

-12

-10

-8

-6

-4

%

2009 2010

Fonte: FMI Elaboração: MF/Gabinete


RESULTADO FISCAL – BALANÇO NOMINAL CONSOLIDADO DO SETOR PÚBLICO

(EXCLUINDO PETROBRAS - % PIB)

29Fonte: STN Elaboração: MF/STN


DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICOExcluindo Petrobras - % PIB

30

*/ Simulações do Bacen, considerando um superávit primário de 2,5% do PIB em 2009 e 3,3% do PIB de 2010 a 2012. Fonte: Bacen Elaboração: STN/CESEF


41 21

30

63

3334 30

2016

5354

818

3 5 3 7 10 115 7

15

60%

70%

80%

90%

100%

Poucos brasileiros sentiram os impactos negativos da crise mundial!

5261 67

32

64 59 6069

79

39 32

54

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Não Sei

Pouco + nada

Muito

Fonte: LatinPanel Elaboração: MF/Gabinete


138,4

50

200

350

CRIAÇÃO LÍQUIDA DE POSTOS DE TRABALHO(variação absoluta – em milhares)

32

-700

-550

-400

-250

-100

jul 07 set 07 nov 07 jan 08 mar 08 mai 08 jul 08 set 08 nov 08 jan 09 mar 09 mai 09 jul 09

Fonte: MTE/CAGED Elaboração: MF/SPE.


TAXA DE DESOCUPAÇÃO (% da PEA)

11,0

12,0

2005 2006 2007 2008 2009*

Fonte: IBGE/PME Elaboração: MF/SPE

8,88,1

8,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

11,0

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez


Crise está sendo superada mas hámuitos problemas a resolver

� Retomar o comércio exterior� Retomar o investimento

Contrabalançar a valorização cambial� Contrabalançar a valorização cambial� Reduzir custos e aumentar a competitividade

da economia brasileira� Ganhar mercados e expandir empresas

brasileiras� Entrada das reservas do Pré-sal


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