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A revolução burguesa no Brasil Florestan Fernandes

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Power point da obra A Revolução Burguesa no Brasil

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A revoluo burguesa no Brasil

A revoluo burguesa no BrasilFlorestan Fernandes

A obra: contexto e questes propostasA continuao do debate da gerao de 30O ttulo sugere generalidade e especificidade. Questo: como o Brasil confere um estilo prprio implantao do capitalismo em seu interior? Em que condies isso se d? Como se constitui historicamente o cenrio? Quais os protagonistas e como atuam?No os traos gerais do capitalismo, mas os particulares. Como o processo se manifesta aqui.

O modelo paradigmtico de revoluoEstamentoClasseNobrezaBurguesiaEstado AbsolutoEstado ModernoMonarquia absolutistaA democracia, a repblicaServidoMercado (campo aberto)A pessoaO indivduoPrivilgio e restrioCompetio e mrito

O modelo paradigmtico de revoluoA burguesia, organizada, age como classe revolucionria. Imposio, transformadora, de sua organizao, de suas bases produtivas e de sua ideologia. Reorganizao de grupos e relaes.Emergncia de novas instituies (Estado, democracia, mercado). Ascenso poltica burguesa. Estado como comit de seus interesses. A hegemonia burguesa: impor-se social, econmica, poltica e ideologicamente.

E o caso brasileiro?Persistncias estamentais no so reminiscncias, mas traos estruturais de nossa burguesia.

A emergncia de uma classe organizada conforme o principio estamental .

A lgica da casa-grande nas instituies modernas.

Na polticaOrientao particularista, voltada para o privado, apesar da Independncia e da revoluo de 30. A camada senhorial colonial assenhora-se do poder, sem promover mudanas sociais, limitando-se ao que lhe interessava no plano econmico. No desconstruir, mas reforar a ordem social imperante na sociedade colonial. Novas estruturas de poder adaptadas ao funcionamento daquela ordem.

Na polticaIndependncia: jurdico-poltica; continuao material, social e moral. A fora do passado solapou seu potencial revolucionrio. Traos modernos e democrticos, mas privilgios herdados. Tendncia para formas antidemocrticas de poder. O senhor-cidado: manuteno de privilgios coloniais. Oligarquias. EMANCIPAO POLTICA NO SUPS AUTONOMIA NACIONAL.

Na economiaObstruo do liberalismo necessrio ordem social competitiva. A individualizao atrofiada pelo escravismo e relao senhorial. Um capitalismo dependente: autonomia interna, dependncia externa. Sujeio dominao imperialista. Dupla articulao: arcaico/moderno e agroexportador/mercado externo. Acomodao de formas econmicas opostas. Descolonizao mnima, modernizao mxima.A emergncia de uma classe organizada conforme o principio estamental! A lgica da casa-grande nas instituies modernas!

Consideraes finaisA oportunidade histrica perdida. Uma revoluo no levada a cabo pela burguesia. No concretiza a ordem social competitiva em sua plenitude: Democraticamente organizadaOrdem capitalista autnomaMecanismos internos de deciso eficazesEsta a revoluo burguesa concreta no Brasil: revoluo autocrtico-burguesa, e no democrtico-burguesa. E no avano autnomo e progressivo dessa classes, mas acelerao confinada num circuito fechado.