apresentação cenários político e econômico julho 2014

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1 BRASIL: CENARIOS ELEITORAL E ECONÔMICO

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Economy & Finance


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Análise do que deve acontecer no país nos cenários político e econômico para 2015

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BRASIL: CENARIOS ELEITORAL E ECONÔMICO

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Brasil

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Panorama Geral

Mercado atento às pesquisas eleitorais. Mostram a candidata Dilma Rousseff em

torno de 38/40%, Aécio Neves 20/22% e Eduardo Campos 8/10%. Campanha ainda

está muito amarrada. Deve ganhar impulso com os candidatos nas ruas e a

propaganda de TV.

Segundo turno. Há esta possibilidade, pelo diferencial entre Rousseff e Aécio estar

se estreitando e a intenção de votos para a candidatura Dilma empatada com o total

dos opositores.

Mudanças já. Pesquisas mostram forte rejeição (35/40%) à estratégia econômica do

governo Dilma, indicado a necessidade de mudanças pelo próximo presidente

eleito. Um ajuste forte se faz urgente para 2015, independente de quem seja eleito.

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Panorama Geral

Rejeição x candidato conhecido. Uma visão é de que os outros dois candidatos são

menos conhecidos, sendo a rejeição menor. A partir do momento que eles se tornem

mais conhecidos....

Potencial de crescimento. Outra visão é de que o potencial de crescimento da

candidata Dilma é baixo. Este indicador apura os eleitores que não votam no candidato,

mas o conhecem e não o rejeitam. Neste caso, Dilma tem 18%, Aécio 53% e Campos

73%. Ou seja, cenário é mais favorável para os candidatos da oposição.

Eduardo Campos. Em pesquisa que mostra as prioridades dos eleitores e a visão de cada

candidata a cada tema, Campos é o de maior aderência. Campos, no entanto, é pouco

conhecido. Sua rejeição é menor do que a dos outros dois.

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Fundamentos Econômicos

Fundamentos econômicos FRAGILIZADOS

Atividade econômica de lado e confiança em patamar baixo. Desemprego começa a aparecer.

Contas externas deficitárias, próximas a US$ 80 bilhões, 3,6% PIB.

Gestão fiscal leniente, abusando do uso de “maquiagens fiscais”, como dividendos das estatais.

Inflação passando do teto (6,52% pelo IPCA), taxa de juros se mantendo em 11% e taxa de câmbio sob controle, ainda mais com a prorrogação de venda de divisas no “futuro” (leilões diários de swap).

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CRESCIMENTO BASEADO NO CONSUMO

“ Modelo baseado no consumo ” fracassou, reduzindo a poupança interna, esvaziando os investimentos e pressionando o déficit em conta corrente (poupança externa). Investimentos não se materializaram pelas várias intervenções desastradas do governo.

% PIB 2010 2011 2012 2013 1º tri/14Poupança Interna 17,5 17,2 14,8 15,5 12,7Déficit em conta corrente 2,7 2,5 2,9 3,7 3,7Investimento 20,2 19,7 17,7 18,3 17,7Fonte: Bacen

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CONFIANÇA EM BAIXA: ÍNDICES DE SERVIÇOS, ICS; CONSUMIDOR, ICC; E INDÚSTRIA, ICI

Perda de confiança dos agentes

é uma realidade, dada a

deterioração das expectativas e o

baixo crescimento da economia.

Agentes econômicos estão

cansados, sendo forte a

demanda por mudanças.

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PREÇOS DA ECONOMIA: IPCA, TAXA SELIC E DÓLAR

Preços da economia

Taxa de Juros Selic mais alta atrai recursos

externos, derrubando o dólar, já em torno de

R$ 2,20/2,25. Juro deve se manter em 11%

neste ano.

Política de swap cambial será mantida no

segundo semestre. Ofertas de contratos de

swap, US$ 200 milhões ao dia.

No curto prazo as perspectivas são de redução

da inflação, primeiro no atacado, pelos IGPs,

depois no varejo, pelos IPCs.

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COMPORTAMENTO DO IPCA E DA TAXA SELIC

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DESEMPENHO DO IPCA POR CATEGORIAS DE USO (% 12 meses)

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EVOLUÇÃO DA TAXA DE JURO REAL (IPCA PARA OS PRÓXIMOS DOZE MESES)

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ESTABILIDADE DA TRAJETÓRIA DA TAXA DE CÂMBIO, R$ / 1 US$

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GESTÃO FISCAL DOMÉSTICA, % DO PIB

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DÉFICIT EXTERNO, INVESTIMENTOS E NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO EXTERNO, % PIB

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Panorama Político

Campanha no rádio e TV. Tem início em agosto (dia 18), devendo favorecer mais

a candidata Dilma pelo maior tempo (12 minutos). Aécio possui 5 minutos e

Eduardo Campos em torno de 2 minuto.

Indecisos e votos em branco representam 26/30%, mais do que nas últimas

eleições (média 16%). Este eleitor, geralmente, decide em cima da hora e pode

migrar para o candidato que estiver na frente. Seu perfil, de baixa renda e

pouca escolaridade, mais se aproxima do eleitor da Dilma.

Pontos favoráveis à candidata Dilma são: tempo de TV, “máquina pública”,

capilaridade nacional pelo arco de alianças com o PMDB e outros partidos,

forte política de transferência de renda, com destaque no Nordeste, programas

de governo voltados para baixa renda (Minha Casa, Minha Vida, Pronatec) e

Lula como “cabo eleitoral”.

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Panorama Político

Pontos favoráveis ao Aécio. Capacidade de articulação política (Tancredo Neves);

adesão de parte da dissidência do PMDB (RJ e SP); Sudeste como região mais

importante para impulsionar sua candidatura;

Pontos favoráveis ao Eduardo. Menor rejeição (12%), até por ser pouco conhecido;

Transferência de parte dos 20 milhões de votos dados a Marina em 2010; outsider,

não estando envolvido com nenhum escândalo. Pode ser considerado o apoio mais

importante para o segundo turno. Dilma e Aécio vêm tentando se aproximar. Dilma

tem palanque duplo no RJ, Amapá e SP.

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Panorama Político

Nas pesquisas eleitorais recentes merece atenção a evolução dos candidatos de

oposição para o segundo turno e Dilma Rousseff perdendo apoio.

Devemos salientar, também, a disputa acirrada nos cinco maiores colégios

eleitorais do Brasil, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande

do Sul.

Estes colégios eleitorais representam 53,4% do eleitorado no Brasil. Aécio

equilibra nestas regiões, com Dilma em vantagem folgada no NE.

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Cenário Político Eleitoral

Somente nos três maiores estados do Sudeste - São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – o

governo conseguiu costurar sete candidaturas com os governos locais, quatro no Rio de

Janeiro, duas em São Paulo e uma em Minas Gerais.

Já o candidato tucano, Aécio Neves, possui cinco candidaturas que defenderão seu nome nos

cinco maiores estados do País, sendo que em São Paulo o tucano terá que dividir o palanque

para a reeleição do atual governador do Estado, Geraldo Alckmin, com o pernambucano

Eduardo Campos (PSB). São os chamados “palanques abertos”.

O fraco desempenho da economia deve ter papel decisivo nestas eleições, azedando (ou não)

o humor dos eleitores. A inflação mais comportada por estas semanas, no entanto, joga a

favor da candidata governista, mas caso a economia se mantenha parada, aparecendo

desemprego, Aécio Neves ou Eduardo Campos serão beneficiados.

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Estatísticas do eleitorado

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EVOLUÇÃO DOS QUADROS POLÍTICO E ECONÔMICO

Fonte: MCM / * Datafolha, ** FGV (Jun14), *** BACEN.

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DATAFOLHA

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IBOPE

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Cenário Político Eleitoral e Econômico

Como resultado desta eleição tracemos dois cenários. O primeiro com a

candidata Dilma reeleita e o segundo com um candidato da oposição vencendo

(maior a probabilidade de ser Aécio Neves).

Na vitória de Dilma, os ajustes devem ser mais moderados, ainda refratários ao

mercado, com reajustes tarifários graduais, postergação de despesas e busca de

novas fontes de receita, com destaque para as chamadas ""extras, como

dividendos de estatais, dívidas dos REFIS, ou alguma alíquota (ou novo imposto)

a ser elevado.

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Cenário Político Eleitoral e Econômico

Na hipótese da vitória do candidato Aécio, a hipótese é de um ajuste mais rigoroso,

visando uma reversão de expectativas (de negativas para favoráveis). Isto pode significar

uma retração da economia no curto prazo, mas uma retomada mais consistente no médio

e longo prazos. Os agentes econômicos devem retomar os investimentos, dada a maior

confiança nas ações de um possível vencedor da oposição que implemente reformas

(tributária e previdenciária). Sistema de metas pode ser ampliado em 2015.

Plano de governo. Autonomia operacional do BACEN; preservar (ou resgatar) o tripé de

política econômica (câmbio flutuante, gestão fiscal responsável e meta de inflação);

Reformas estruturais, com destaque para a tributária com simplificação do sistema;

despesas só crescendo abaixo do PIB; mudança no cálculo do salário mínimo;

aperfeiçoamento dos programas de transferência de renda.

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Cenário Doméstico

No primeiro cenário, vitória de Dilma, o juro iria a 12%, o câmbio se depreciaria, indo acima de R$ 2,40 por

dólar e a inflação ultrapassaria 8% ao ano em algum momento. A economia continuaria empacada na

“armadilha do baixo crescimento”, com os fundamentos ainda deteriorados.

No segundo, com Aécio Neves, haveria um “freio de arrumação” mais forte da economia no curto prazo, com a

taxa de juros elevada a 12%, mas com câmbio se apreciando a R$ 2,10 e a inflação recuando, depois de um breve

repique. Colocaria a agenda de reformas para ser debatida logo no primeiro ano do governo.

Nesta segunda opção, os indicadores de atividade já começariam a se recuperar no segundo semestre de 2015 e

no ano seguinte (2016), assim como os ajustes resultariam numa melhoria ex-post dos resultados fiscal e

externo.

Na formação da equipe econômica do governo Dilma, é possível o retorno de Nelson Barbosa (ex-secretário de

Política Econômica) e o fortalecimento de Alexandre Tombini e Marcio Holland. Na gestão Aécio Neves, caso

eleito, Armínio Fraga seria o homem forte (junto com Edmar Bacha, Mansueto Almeida, Samuel Pessoa e

outros quadros da PUC). Eduardo Campos tem a assessoria de Giannetti da Fonseca.

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Obrigado a todos !! Me coloco à disposição para

esclarecimentos e dúvidas.