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A APLICAÇÃO DO MODELO ANDRAGÓGICO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS MEC – SETEC MEC – SETEC INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO GROSSO CAMPUS CÁCERES CAMPUS CÁCERES DEPARTAMENTO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Por: Edileuza da Silva Oliveira Orientadora: Profª Ms. Maria Domingas de Souza

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A APLICAÇÃO DO MODELO ANDRAGÓGICO NA EDUCAÇÃO DE

JOVENS E ADULTOS

MEC – SETECMEC – SETECINSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE

MATO GROSSOMATO GROSSOCAMPUS CÁCERESCAMPUS CÁCERES

DEPARTAMENTO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃODEPARTAMENTO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Por: Edileuza da Silva Oliveira

Orientadora: Profª Ms. Maria Domingas de Souza

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É importante que o adulto compreenda o que está sendo ensinado e que saiba aplicar em sua vida o conteúdo aprendido na escola. (Freire, 2002)

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INTRODUÇÃO

A EJA É UMA EDUCAÇÃO BÁSICA VOLTADA PARA INCLUSÃO DE PESSOAS EM CONTEXTO SOCIAL, ECONÔMICO,CULTURAL E FAIXA ETÁRIA DIFERENCIADA QUE NÃO PUDERAM OU NÃO TIVERAM COMO ESTUDAR EM IDADE PRÓPRIA.

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para o que a ele não tiveram acesso na idade própria.

(Constituição Federal, 1988)

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Os cursos de Licenciatura nem sempre preparam o acadêmico para o ensino a jovens e adultos. E, por isso, quando se formam e vão para a EJA não sabem como trabalhar com essa modalidade. Linderman (1926) corrobora com essa afirmação quando diz:

Nosso sistema acadêmico se desenvolveu numa ordem inversa; assuntos e professores são os pontos de partida, e os alunos são secundários... O aluno é solicitado a se ajustar a um currículo pré-estabelecido... Grande parte do aprendizado consiste na transferência passiva para o estudante da experiência e conhecimento de outrem. [...] nós aprendemos aquilo que nós fazemos. A experiência é o livro-texto vivo do adulto aprendiz.

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A ANDRAGOGIA E A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Para Marquez (1988):A Andragogia significa, portanto, “ensino para adultos”. Um caminho educacional que busca compreender o adulto desde todos os componentes humanos, e decidir como um ente psicológico, biológico e social.

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Pensando neste adulto e na sua aprendizagem que Linderman (1926), em “The meaning of Adult Education” (O significado do ensino para adultos) fundamentou a Educação de adultos com declarações,dentre as quais se destacam:

- A educação de adultos será através de situaçoes e não de disciplinas;- A fonte de maior valor na educação de adultos é a experiência do aprendiz.Se educaçao é vida, vida é educação.- A experiência é o livro vivo do aprendiz.- A aprendizagem é um processo pelo qual o adulto aprende a tornar-se consciente e avaliar a sua aprendizagem.

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Em 1960, Knowles, pela primeira vez, teve contato com a palavra Andragogia através de um educador iugoslavo, que participava de um Workshop de Verão na Universidade de Boston. Foi então que ele entendeu o significado da palavra e a adotou como a mais adequada para expressar a "arte e ciência de ajudar adultos a aprenderem".ou o caminho educacional que busca compreender o adulto.

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Considerando os ideais básicos da educação de adultos propostos por Linderman, Knowles cita cinco pressupostos-chave para essa educação. São eles:

1. Adultos são motivados a aprender à medida em que experimentam que suas necessidades e interesses serão satisfeitos. Por isto estes são os pontos mais apropriados para se iniciar a organização das atividades de aprendizagem do adulto.

2. A orientação de aprendizagem do adulto está centrada na vida; por isto as unidades apropriadas para se organizar seu programa de aprendizagem são as situações de vida e não disciplinas.

3. A experiência é a mais rica fonte para o adulto aprender; por isto, o centro da metodologia da educação do adulto é a

análise das experiências.. 

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4. Adultos têm uma profunda necessidade de serem autodirigidos; por isto, o papel do professor é engajar-se no processo de mútua investigação com os alunos e não apenas transmitir-lhes seu conhecimento e depois avaliá-los.

5. As diferenças individuais entre pessoas cresce com a idade; por isto, a educação de adultos deve considerar as diferenças de estilo, tempo, lugar e ritmo de aprendizagem.

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Passam a esperar uma imediata aplicação prática do que aprendem, reduzindo seu interesse por conhecimentos a serem úteis num futuro distante. 

Preferem aprender para resolver problemas e desafios, mais que aprender simplesmente um assunto. 

Passam a apresentar motivações internas (como desejar uma promoção, sentir-se realizado por ser capaz de uma ação recém-aprendida, etc), mais intensas que motivações externas como notas em provas, por exemplo.

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No modelo Andragógico o professor é chamado de Facilitador e o aluno de Participante (Aprendiz) e o processo de ensino-aprendizagem se dá na horizontalidade tendo como principal característica o diálogo, o respeito, a colaboração, a confiança, o conforto, a informalidade, garantindo, assim, que o aluno se sinta seguro e confiante, propiciando um clima propício para a aprendizagem.

A metodologia é voltada para a participação ativa dos alunos com uma organização curricular flexível, visando atender às especificidades de cada adulto. O docente, envolvido nesse modelo, necessita conhecer o desenvolvimento e as necessidades de diferentes faixas etárias com as quais vai lidar.

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Adriana Marquez complementa ainda:

As regras são diferentes, o mestre (Facilitador) e os alunos (Participantes) sabem que tem diferentes funções, mas não há superioridade e inferioridade, normalmente não é o mesmo que acontece na educação com crianças”.

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Comparação entre o modelo pedagógico e o modelo andragógico

  Modelo Pedagógico

Modelo Andragógico

Papelda

Experiência

A experiência daquele que aprende é considerada de pouca utilidade. O que é importante, pelo contrário, é a experiência do professor.

Os adultos são portadores de uma experiência que os distingue das crianças e dos jovens. Em numerosas situações de formação, são os próprios adultos com a sua experiência que constituem o recurso mais rico para as suas próprias aprendizagens.

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  Modelo Pedagógico

Modelo Andragógico

Vontadede

Aprender

A disposição para aprender aquilo que o professor ensina tem como fundamento critérios e objetivos internos à lógica escolar, ou seja, a finalidade de obter êxito e progredir em termos escolares.

Os adultos estão dispostos a iniciar um processo de aprendizagem desde que compreendam a sua utilidade para melhor afrontar problemas reais da sua vida pessoal e profissional.

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  Modelo Pedagógico

Modelo Andragógico

Orientaçãoda

Aprendiza-gem

A aprendizagem é encarada como um processo de conhecimento sobre um determinado tema. Isto significa que é dominante a lógica centrada nos conteúdos, e não nos problemas.

Nos adultos a aprendizagem é orientada para a resolução de problemas e tarefas com que se confrontam na sua vida cotidiana (o que desaconselha uma lógica centrada nos conteúdos)

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  Modelo Pedagógico

Modelo Andragógico

Motivação

A motivação para a aprendizagem é fundamentalmente resultado de estímulos externos ao sujeito, como é o caso das classificações escolares e das apreciações do professor.

Os adultos são sensíveis a estímulos da natureza externa (notas, etc), mas são os fatores de ordem interna que motivam o adulto para a aprendizagem (satisfação, auto-estima, qualidade de vida, etc).

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Considerações Finais

A Educação de Jovens e Adultos deve ser sempre uma educação multicultural, uma educação que desenvolva o conhecimento e a integração na diversidade cultural, como afirma Gadotti (1979), uma educação para a compreensão mútua, contra a exclusão por motivos de raça, sexo, cultura ou outras formas de discriminação e, para isso, o educador deve conhecer bem o próprio meio do educando, pois somente conhecendo a realidade desses jovens e adultos é que haverá uma educação de qualidade.

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Uma educação de qualidade perpassa muitas vezes pela compreensão de que se necessita buscar novas metodologias quando as utilizadas já não estão sendo eficazes. E após discussão sobre a Andragogia e o modelo andragógico com seus pressupostos e princípios metodológicos, pode-se dizer que esse modelo se não é o único – mas é o que melhor se adéqua a educação de jovens e adultos.

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Cabe a escola e aos educadores estarem atentos aos princípiso do aproveitamento de interesses e criar espaços de aprendizagens que mobilizem as vivências, as experiências e, sobretudo, as demandas específicas da população aprendente da Educação de Jovens e Adultos na aplicação do modelo andragógico. Pois, migrar do ensino clássico para os novos enfoques andragógicos é no mínimo, trabalhoso. O corpo docente envolvido nessa migração precisa ser muito bem preparado.

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Os jovens e adultos (principalmente) têm experiências de vida mais numerosas e mais diversificadas que as crianças. Isso significa que quando formam grupos, estes são mais heterogêneos em conhecimentos, necessidades, interesses e objetivos. Por outro lado, uma rica fonte de consulta estará presente no somatório das experiências dos participantes.

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Não se pode abandonar abruptamente os métodos clássicos, de currículos parcialmente estabelecidos e professores que orientem e guiem seus alunos, nem se pode, por outro lado, ceifar o amadurecimento do aluno jovem e adulto através da imposição de um currículo rígido, que não valorize suas iniciativas, suas individualidades, seus ritmos particulares de aprendizado. Precisa-se sim, encontrar um meio termo, onde as características positivas da Pedagogia sejam preservadas e as inovações eficientes da Andragogia sejam introduzidas para melhorar o resultado do processo educacional e alunos sejam os protagonistas de todas as ações que norteiam o processo ensino-aprendizagem.

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Referências Bibliográficas

ADIGO (2001) – Programa de Desenvolvimento de Líderes e Facilitadores. São Paulo.

Alcalá, Adolfo (1999) – Es la Andragogía una Ciencia?”. Ponencia. Caracas.

Canario, Rui (1999) – Educação de Adultos, um campo e uma problemática. Lisboa: Educa.

Cavacanti, Roberto de Albuquerque (1999) – Andragogia: A aprendizagem nos adultos. Revista de Clínica Cirúrgica da Paraíba.

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Freire, Paulo (1987) – Pedagogia do Oprimido. Paz e Terra. Rio de Janeiro.

Freire, Paulo (1996) – Pedagogia da Autonomia. Paz e Terra. Rio de Janeiro.

Marquez, Adriana (1998) – Andragogía: Propuesta Política para una Cultura Democrática en Educación Superior. Santo Domingo, República Dominicana.

Fernández S. Néstor (2001) - Andragogía. su ubicación en la educación continua. Universidad Nacional Autónoma de México.

Steiner, Rudolf (1988) – A Arte da Educação I e II – Antroposófica. São Paulo.

UNESCO (1997), La Declaración de Hamburgo. Memórias de la Conferencia Mundial de Educacion de Adultos. Bogotá

Referências Bibliográficas

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Referências BibliográficasPáginas da Internet: http://www.andragogia.com.br/Artigo de: Rodrigo Goecks, em janeiro de 2003 http://pedagogia.brasilescola.com/trabalho-docente/

andragogia.htm Artigo de: Amelia Hamze – Educadora - Profª UNIFEB/CETEC e

FISO – Barretoshttp://www.rau-tu.unicamp.br/nou-rau/ead/document/?view=2 Artigo: Andragogia: A Aprendizagem nos Adultos 

Prof. Roberto de Albuquerque Cavalcanti www.nead.ufpr.br/conteudo/artigos/andragogia.pdf www.geocities.com/sjuvella/Andragogia.html http://www.dynamiclab.com/moodle/mod/forum/discuss.php?d=431

Artigo: A Andragogia (Knowles)Autores: Paula de Waal e Marcos Telles - Junho, 2004