Projeto Redigir – FALE/UFMGAtividade proposta por

Carla Coscarelli e Daiane Evelyn

APRENDENDO com a LINGUÍSTICA

(Material do aluno)

1) Você sabe o que é um linguista?2) O que faz um linguista?3) Como o linguista vê os fenômenos linguísticos?

Agora, assista a uma entrevista do linguista Sírio Possenti para Juca Kfouri.

http://www.youtube.com/watch?v=L4hbZYndovM – Parte 1

Após assistir à entrevista e com base em seus conhecimentos, tente responder novamente as seguintes perguntas:

1) Você sabe o que é um linguista?2) O que faz um linguista?3) Como o linguista vê os fenômenos linguísticos?

4) Qual a noção de certo e errado para os linguistas?

5) Por que Possenti, na entrevista, compara a língua às plantas? O que ele quis dizer com essa comparação?

6) Existem alguns usos da língua muito criticados pelos gramáticos tradicionais e pela mídia, como por exemplo: o uso do ONDE, o pleonasmo, o gerundismo, os estrangeirismos, os erros ortográficos, entre outros. Coloque-se no lugar de um linguista e analise um deles. Como você explicaria esses usos?

7) Ainda no papel de um linguista, veja abaixo algumas placas e faixas muito comuns de se ver por todo o Brasil. Tente analisá-las como um linguista (A informação/mensagem está clara? Houve eficácia na comunicação?). Comente os elementos que não seguem as regras da norma culta e tente explicar qual a lógica desses usos da língua.

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APRENDENDO com a LINGUÍSTICA

(Material do professor)

1) Você sabe o que é um lingüista?2) O que faz um linguista?3) Como o linguista vê os fenômenos linguísticos?

4) Qual a noção de certo e errado para os linguistas?

Para responder essas primeiras perguntas o professor pode se basear nas seguintes idéias:

Linguística é a ciência que estuda a linguagem verbal humana. Como toda ciência, ela baseia-se em observações conduzidas através de métodos, com fundamentação em uma teoria. Portanto, a função de um linguista é estudar toda e qualquer manifestação linguística como um fato merecedor de descrição e explicação dentro de um quadro científico adequado. Para um lingüista, as variações linguísticas e seus motivos sócio-culturais são, cientificamente, muito mais relevantes do que a norma padrão da língua, isto é, o jeito “correto” de falar. O linguista quer descobrir como a língua funciona, estudando várias dessas línguas, de forma empírica (através de dados baseados na experiência), dando preferência às variações populares faladas em diversas comunidades.

5) Por que Possenti, na entrevista, compara a língua às plantas? O que ele quis dizer com essa comparação?

Possenti faz esse tipo de comparação para mostrar que a língua não é tão exata como muitos pensam que é. Em se tratando de linguagem, não é tão fácil assim taxar algo como certo ou como errado. Não há a forma mais correta de se utilizar uma língua, conforme propõe a gramática tradicional, o que há são variações linguísticas, isto é, os diversos usos da língua estão pautados nos diversos contextos de comunicação.

6) Existem alguns usos da língua muito criticados pelos gramáticos tradicionais e pela mídia, como por exemplo: o uso do ONDE, o pleonasmo, o gerundismo, os estrangeirismos, os erros ortográficos, entre outros. Coloque-se no lugar de um linguista e analise um deles. Como você explicaria esses usos?

Para essa questão o professor pode pedir aos alunos que façam suas explicações oralmente. Os alunos podem ser divididos em grupos e cada grupo se responsabilizaria por um desses usos que são muito criticados pela mídia. Os alunos podem procurar esses usos em jornais, revistas, internet, reportagens, gramáticas e até mesmo encontrar exemplos em textos produzidos na sala de aula.

7) Ainda no papel de um linguista, veja abaixo algumas placas e faixas muito comuns de se ver por todo o Brasil. Tente analisá-las como um linguista (A

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informação/mensagem está clara? Houve eficácia na comunicação? Por que, então, considerar como erro?).

Nessa questão o professor deve explorar a questão da comunicação. Em nenhuma das placas abaixo, por exemplo, apesar dos “erros”, houve falha na comunicação. Pelo contrário, a informação/mensagem que se pretendia passar em cada uma delas foi efetivamente concretizada. Atingiu-se o público-alvo mesmo que houvesse erros gritantes em muitas dessas placas. Portanto, em se tratando de comunicação, quando há eficiência na mensagem/informação que se pretende passar, não há “erro” que prejudique o entendimento do leitor. Nem sempre o fato de se usar a língua diferentemente do que manda a gramática implicará problemas na comunicação.

Uma discussão que pode ser feita com os alunos é sobre o que deve ou não ser considerado um erro.

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