aprendendo a ensinar matemática

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Aprendendo a ensinar Matemática ALAN JOSIAS DE SOUZA Orientadora: Prof.ª Me. Jane Gomes de Oliveira FUNDAÇÃO DE EDUCAÇÃO PARA O TRABALHO DE MINAS GERAIS UTRAMIG CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA Belo Horizonte/MG - 2014

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Relatório de estágio supervisionado de matemática em escolas públicas do governo de Minas Gerais

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  • 1. FUNDAO DE EDUCAO PARA O TRABALHO DE MINAS GERAISUTRAMIGCURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMTICAAprendendo a ensinar MatemticaALAN JOSIAS DE SOUZAOrientadora: Prof. Me. Jane Gomes de OliveiraBelo Horizonte/MG - 2014

2. Mas o que ENSINAR?Ensinar dar orientao oueducao.Vale salientar que podemos ensinarpor instinto ou atravs de tcnicasde didtica.O professor o mediador daaprendizagem e estimula os alunos reflexo. 3. INTRODUO O trabalho foi desenvolvido em duas escolas estaduais da capitalmineira: Jos Heilbuth Gonalves e Maria de Lourdes de Oliveira, coma finalidade de visualizar a realidade da educao no ensinoFundamental, Mdio e EJA. Bem como, aprender na prtica asmelhores maneiras de ensinar. 4. INTRODUO O relato apresenta experincia de estgio em Matemtica evidenciandoa proposta pedaggica desenvolvida que utilizou recursos pedaggicospara abordar o contedo de trigonometria no Ensino Mdio, como:tpicos de histria da matemtica, jogos, material concreto e situaesproblemas, bem como, os nmeros naturais no Ensino Fundamental II. 5. OBJETIVOS Objetivo Geral:Compreender sobre a docncia nas escolas pblicas mineiras, bem comoa sua aplicao no cotidiano do educando. 6. OBJETIVOS Objetivos Especficos:Demonstrar aos educandos a importncia da matemtica com exemplosda sua vivncia.Valorizar as experincias de vida na aplicao do contedo.Elaborar aulas condizentes ao exerccio da reflexo e investigao.Prever as demandas das turmas com a observao.Intervir na constatao de fatos inconsistentes ou incoerentes. 7. Escola Estadual Jos Heilbuth Gonalves Fundada em 1969, regio norte deBelo Horizonte, nas proximidades daLagoa da Pampulha. Perda de 1/3 da sua rea paraimplantao do MOVE. Ensino Fundamental, 1 ao 5 ano,Mdio, EJA e Normal Mdio, em 3turnos, com cerca de 1.100 educandos. 8. Escola Estadual Jos Heilbuth Gonalves Parte FsicaA escola atualmente conta com 13 salas de aula, 1 sala de aula para o PIP, 1gabinete de diretoria, 1 sala de secretria, 1 biblioteca, 1 sala de informtica, 1sala de professores, 8 instalaes sanitrias (masculino e feminino), 1 sala dacoordenao pedaggica, 1 cantina, 1 dispensa, 1 quadra poliesportiva e 49colaboradores. Diretora: Eliamar de Almeida Melo Professora Orientadora: Jnia Martins S. Freitas 9. Escola Estadual Maria de Lourdes Oliveira Fundao: 1985. Parte FsicaLocalizada no bairro Maria Goretti, regionordeste, em uma rea total de 6340 m, reaconstruda de 2275 m, e 18 salas.Com exatos 1805 alunos, nos trs turnos, aescola oferece as sries finais do ensinofundamental, o ensino mdio e a EJA. 10. Escola Estadual Maria de Lourdes Oliveira Conta com 154 profissionais a servio da educao. Diretora: Marlia Dias Avelar Professora Orientadora: Inez de Vasconcellos Escola Viva Comunidade Ativa. 120 jovens participam do programa Aluno de Tempo Integral e, nosfinais de semana, 6 oficinas so oferecidas comunidade no AbrindoEspao. 11. Referencial Terico O Porque de Observar:A observao lanar um olhar sobre uma situao, sobre algo importante com ainteno de tentar compreender. Nas palavras de Freire (1996, p.14) observar no invadir o espao do outro, sem pauta, sem planejamento, sem devoluo, e muitomenos sem encontro marcado.... Neste sentido, entende-se a observao comoferramenta para a busca de objetivos a serem alcanados, portanto ao observar aspropostas pedaggicas da escola e da professora surgiro ideias, questionamentosque iro facilitar uma ao a respeito do que foi observado, assim com a intenso dedesenvolver um projeto onde venha contribuir para o desenvolvimento dos alunos. 12. Referencial Terico O Porque de Estagiar:A LDB 9394/96, artigo 13, aponta que os profissionais da educao deverovivenciar a vida escolar de um modo geral, desde atividades de elaborao deproposta pedaggica da escola, at elaborao e cumprimento de planos de trabalho,seguido de atividades, como zelo pela aprendizagem do aluno, estabelecimento deestratgias de recuperao para alunos de menor rendimento, participao nosperodos de planejamento, avaliao e desenvolvimento profissional e a colaboraoem atividades de articulao da escola com as famlias e a comunidade (BRASIL,1996). 13. Referencial Terico O Porque do PPP:Na construo do PPP percebesse que todos trabalham juntos, ou seja, tantofuncionrios, professores, gestores e comunidade buscam o melhor para ainstituio. Como refere o autor:O projeto poltico-pedaggico pode ser comparado, de formaanloga, a uma rvore. Ou seja, plantamos uma semente que brota,cria e fortalece suas razes, produz sombra, flores e frutos que doorigem a outras rvores, frutos... Mas, para mant-la viva, no bastareg-la, adub-la e pod-la apenas uma vez (LIBNEO, 2004, p.152) 14. Referencial Terico A Relevncia da Prtica no Estgio:Silva (2009) aponta que h algum tempo havia uma rgida diviso entre teoria eprtica no processo de estgio, mas vem sendo superado, especialmente pelaslacunas que esse tipo de metodologia apresentava. Na atualidade, o estgiopossibilita um maior envolvimento do estagirio com a escola e com as suasresponsabilidades profissionais. 15. Metodologia Poltica e Gesto das Escolas:Nas duas instituies, o PPP encontra-se em processo de elaborao, com algunsdados a serem preenchidos, e algumas anotaes feitas a caneta.A escola deve ser transparente no que diz respeito a toda sua funcionalidade,princpios e concepo, e o Regimento Escolar cumpre este papel, na medida emque torna explcitas as decises institucionais. 16. Metodologia Poltica e Gesto das Escolas:A Secretaria Escolar a porta de entrada da escola para a comunidade externa. Ela a responsvel por receber e orientar a comunidade escolar referente s suasnecessidades.As instituies contam com as verbas pblicas, doaes dos comerciantes locais ede fundos oriundos das receitas de eventos. Os eventos so organizados pela escolae os seus alunos, contando com a participao da comunidade escolar, como: festastpicas, feira de cincias e apresentaes de trabalhos dos educandos. 17. Metodologia Poltica e Gesto das Escolas:A relao da coordenao junto equipe muito amistosa. Tudo realizado de umaforma respeitosa e democrtica, as decises so tomadas coletivamente.As diretoras so muito bem quistas e levam a gesto escolar com muitaresponsabilidade e rigidez. 18. Metodologia Observao de Sala de Aula:As professoras levam na bagagem longos anos de vida na educao pblica deMinas Gerais.So disciplinadoras, rgidas e determinadas em desempenhar um belo papel comointerlocutor de conhecimentos e saberes. 19. Metodologia Observao de Sala de Aula:As suas performances alteram deacordo com o pblico. Osadolescentes so desinteressadose conversam muito, j os adultosda EJA so atenciosos,interessados, mas cansados portrabalharem durante todo o dia. 20. Alunos em Sala de Aula EEMLO 21. Metodologia Observao de Sala de Aula:Recursos didticos: filmes, computao, redes sociais, jogos interativos, entreoutros, no intuito de prender a ateno dos educandos e ensinar o contedo dematemtica.O material didtico, adotado pelo P.N.L.D., escolhido pelos professores no anoanterior ao letivo. So seguidos os contedos dos captulos dos livros comoreferncia a progresso do contedo. A E.J.A. adota material impresso, elaboradopela professora que consulta vrios autores. 22. Metodologia Observao de Sala de Aula:Os exerccios e provas, muitas das vezes, so retiradosde exemplos oriundos da internet, em sites prprios daeducao ofertados pelo governo mineiro e brasileiro,como o C.R.V. e M.E.C., bem como do ENEM evestibulares. 23. Metodologia Pensando a Avaliao da Docncia:Os temas foram escolhidos de acordo com as dvidas encontradas pelos alunossobre diversos temas da matemtica. Foram apontados pelo 3 ano do Ensino Mdioe EJA, a trigonometria, e o 8 ano do Ensino Fundamental, os nmeros naturais.A maior dificuldade foi marcar horrio para a utilizao do Datashow ou sala deinformtica, devendo ser agendado com antecedncia em ambas escolas. 24. Metodologia Pensando a Avaliao da Docncia:Ficou evidente a grande dificuldade dos alunos de escola pblica em aprender,refletir e questionar. So receosos e desinteressados. Cabendo ao professor tentarcontornar os empecilhos com tarefas e explanaes, que os faam pensar.As professoras, Jnia e Inez, foram de suma importncia na elaborao e criao domaterial para a concretizao das aulas. Dando sugestes e conselhos nas prticasempregadas. 25. Metodologia Pensando a Avaliao da Docncia:Considervel evaso escolar pelo pblico do turno da noite, seja por questesfinanceiras ou trabalhistas.Na E.E.J.H.G. foi observado que a relao dos alunos no dirio era feita da seguinteforma: classificados de acordo com o gnero e em ordem alfabtica, primeiramenteos nomes masculinos e posteriormente os femininos. 26. ConclusesO Estgio Curricular um dos momentos mais importantes na formao doslicenciandos, pois denota o quanto o estagirio conhece o contedo que leciona e asua capacidade de compartilh-lo com o educando. Bem como, a sua habilidade emselecionar as metodologias pedaggicas mais apropriadas para o ensino dadisciplina.Alm disso, os acadmicos so sempre incentivados a inovar a ao docente commtodos diversificados e contextualizados que visam potencializar o processoensino-aprendizagem. 27. ConclusesA experincia possibilitou vivenciar uma infinidade de propostas, pois os gruposforam receptivos, desde o incio, com as atividades. Tambm, aproveitou-se doapoio dos regentes, solicitando opinies em relao ao que era proposto, visandounir as ideias de um aspirante com a sensatez de uma educadora experiente.Enfim, o trabalho teve resultados surpreendentes. Os estudantes aprenderam com aprtica para depois abstrair. As professoras repensaram suas aes e o estagirio,no somente enquanto educador em processo de formao, mas enquanto serhumano, foi beneficiado por esse espao de aprendizagens mtuas. 28. Importncia do EstgioO estgio supervisionado em matemtica fecha o ciclo com o aluno estagirioassumindo a regncia de aulas. Nesse estgio os alunos tm a oportunidade devivenciar o cotidiano da prtica educativa procurando inovar as metodologias deensino e constatando as dificuldades que o docente enfrenta no dia a dia escolar.Portanto, podemos concluir que o estgio supervisionado nos cursos de formaode professores um momento de extrema importncia para os acadmicos, poispossibilita pr em prtica os conhecimentos adquiridos na universidade, bemcomo refletir sobre a sua futura profisso. 29. RefernciasABRIL. Ser professor: uma escolha de pouco. Revista Nova Escola, jan. fev. 2010.. Acesso em: 07 ago. 2014.BRASIL. Constituio. Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988 (com a redaoatualizada)._______. Lei N. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educao Nacional.CRV. Disponvel em: Acessado em: 5 ago. 2014.FIORENTINI, Dario; CASTRO, Franciana Carneiro de. Tornando-se professor de matemtica: o caso de Allan emprtica de ensino e estgio supervisionado. In: FIORENTINI, Dario (Org.). Formao de Professores deMatemtica: explorando novos caminhos com outros olhares. Campinas: Mercado de Letras, 2003. p.121-156.LIBNEO, Jos Carlos. Organizao e Gesto da Escola: teoria e prtica. 5 ed. Goinia: Alternativa, 2004.OLIVEIRA, Zilma Morais (org.). Educao Infantil: muitos olhares. 5 ed. So Paulo: Cortez, 2001.PARONETO, Glaura Morais. A especificidade do trabalho do educador gestor: aspectos qualiquantitativos da gestoeducacional. In: Santos, Rocha (Org.). Pedagogia/ Universidade de Uberaba. Uberaba: Universidade de Uberaba,2008 (Srie pedagogia; etapa VII, v.2). 30. Referncias________. Planejamento de Ensino e Avaliao. In: Santos, Rocha (Org.). Pedagogia/ Universidade de Uberaba 1ed. Uberaba: Universidade de Uberaba, 2006 (Srie pedagogia; etapa II, v.4).Projeto Poltico Pedaggico. Escola Estadual Jos Heilbuth Gonalves. Belo Horizonte.Projeto Poltico Pedaggico. Escola Estadual Maria de Lourdes de Oliveira. Belo Horizonte.SCUSSEL, Denise Rodovalho. A identidade e a atuao do educador-gestor na escola bsica Prtica de Ensino. In:Santos, Fbio Rocha (Org.). Pedagogia/ Universidade de Uberaba- Caderno de Atividade. Etapa 4. C3. Uberaba:Universidade de Uberaba. 2008. v2. (Srie Licenciatura).VEIGAI. P. A; RESENDE, L.M.G. DE. Escola: espao do projeto poltico-pedaggico. 5. Ed. Campinas: Papirus,2001.WEFORT, Madalena Freire, (1996). Educando o olhar da observao (p.10-14) IN: Observao, registro, reflexo.Instrumentos Metodolgicos I. So Paulo: Espao Pedaggico. 31. ReflexoA principal meta da educao criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, nosimplesmente repetir o que outras geraes j fizeram. Homens que sejam criadores, inventores,descobridores. A segunda meta da educao formar mentes que estejam em condies decriticar, verificar e no aceitar tudo que a elas se prope.Piaget