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1 Araticum Nome cientifico: Annona. Nome popular: Anona, pinha, fruta-do-conde, ata, coração-de-boi, cabeça-de-negro, condessa. Família botânica: Annonaceae. Origem: Antilhas. Como é: Árvore de tamanho variável, podendo atingir até 7 m de altura de acordo com a espécie. Folhas rígidas, dispostas caracteristicamente intercaladas na posição horizontal ao longo dos ramos ao longo de todo o ano. A família das Anonáceas engloba uma grande variedade de frutos. De maneira geral, as plantas dessa família caracterizam-se por apresentarem folhas simples, dispostas alternadamente em um mesmo plano, ao longo dos ramos e pela semelhança entre seus frutos. Aberta, a fruta oferece uma polpa suave e cremosa que se desmancha na boca, deixando um sabor bom e perfumado, além de várias pequenas sementes duras, lisas e brilhantes. Flor e fruto: Flores freqüentemente carnosas, de coloração esverdeada ou branco-amarelada. Floresce Globoso ou alongado que contém numerosas sementes presas a uma polpa branca, aquosa, mole, envolvida por uma casca de coloração amarelo- esverdeada, lisa ou recoberta por escamas carnosas. Frutificam durante quase todo o ano. Coleta: Propaga-se por sementes ou por garfagem. Prefere clima quente, porém com pouca chuva e estação seca bem definida. Começa há produzir três anos após o plantio. Plantio: Plante as sementes até três cm de profundidade na terra afofada, a pleno sol. Usos: A fruta é muito gostosa, apreciada em doces, sucose sorvetes. O gado também adora seus frutos, sendo indicada para consorciamento em pastagens. Entre as frutas nativas brasileiras que não se transformou em espécies cultivadas, o araticum-do-cerrado é uma das que apresenta o maior índice de aproveitamento culinário. Além do consumo in natura, são inúmeras as receitas de doces e bebidas que levam o sabor perfumado e forte de sua polpa, acrescida, muitas vezes, pelos sabores de outras frutas: batidas, licores, refrescos, bolachas, bolos, sorvetes,

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Araticum

Nome cientifico: Annona. Nome popular: Anona, pinha, fruta-do-conde, ata, coração-de-boi, cabeça-de-negro, condessa. Família botânica: Annonaceae. Origem: Antilhas.

Como é: Árvore de tamanho variável, podendo atingir até 7 m de altura de acordo com a espécie. Folhas rígidas, dispostas caracteristicamente intercaladas na posição horizontal ao longo dos ramos ao longo de todo o ano. A família das Anonáceas engloba uma grande variedade de frutos. De maneira geral, as plantas dessa família caracterizam-se por apresentarem folhas simples, dispostas alternadamente em um mesmo plano, ao longo dos ramos e pela semelhança entre seus frutos. Aberta, a fruta oferece uma polpa suave e cremosa que se desmancha na boca, deixando um sabor bom e perfumado, além de várias pequenas sementes duras, lisas e brilhantes. Flor e fruto: Flores freqüentemente carnosas, de coloração esverdeada ou branco-amarelada. Floresce Globoso ou alongado que contém numerosas sementes presas a uma polpa branca, aquosa, mole, envolvida por uma casca de coloração amarelo-esverdeada, lisa ou recoberta por escamas carnosas. Frutificam durante quase todo o ano. Coleta: Propaga-se por sementes ou por garfagem. Prefere clima quente, porém com pouca chuva e estação seca bem definida. Começa há produzir três anos após o plantio. Plantio: Plante as sementes até três cm de profundidade na terra afofada, a pleno sol. Usos: A fruta é muito gostosa, apreciada em doces, sucose sorvetes. O gado também adora seus frutos, sendo indicada para consorciamento em pastagens. Entre as frutas nativas brasileiras que não se transformou em espécies cultivadas, o araticum-do-cerrado é uma das que apresenta o maior índice de aproveitamento culinário. Além do consumo in natura, são inúmeras as receitas de doces e bebidas que levam o sabor perfumado e forte de sua polpa, acrescida, muitas vezes, pelos sabores de outras frutas: batidas, licores, refrescos, bolachas, bolos, sorvetes,

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cremes, geléias, gelatinas, compotas, quindim, docinhos, doces-de-coco, doces-de-leite, etc.

Função ecológica: Seus frutos são avidamente procurados por diversos animais. Curiosidades: Segundo Maria do Carmo C. Sanchotene, em língua guarani, araticum significa "fruto mole", que é como esses frutos de aparência áspera e rude ficam ao amadurecer, desmanchando-se facilmente. Araticum é, também, de fato, a denominação mais comum para as variedades silvestres das Ananáceas por todo o continente americano que fala português. Na América espanhola, por sua vez, a denominação genérica e mais comum para esses frutos é anone ou anona. Atualmente, no Brasil, em virtude de tantas andanças, o anón espanhol tem vários nomes em português: pode ser ata, no norte e no nordeste do país, no interior de São Paulo e em Minas Gerais; pode ser araticum, no Rio Grande do Sul; ou, então, I na Bahia, pode ser fruta-do-conde ou pinha. Como ata, pinha ou fruta-do-conde, ela é, atualmente, cultivada por todo o país.

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Bacaba Nome cientifico: Oenocarpus bacaba. Família: Das Arecáceas, como o buriti, o coco e todas as palmeiras.

Como é:

É uma palmeira monocaule de porte alto, estirpe liso. Pode atingir até 20 metros

de altura e 20 a 25 cm de diâmetro.

Aonde vive: é uma palmeira nativa da Amazônia. Distribui-se por toda Bacia Amazônica, com maior freqüência noAmazonas, Pará, Acre e Tocantins. Possui como habitat a mata virgem alta de terra firme. Também se acha na floresta do Pacífico no oeste da Colômbia. Flor e Fruto: Floresce mais de uma vez por ano, mas com maior intensidade nos meses de junho-julho; os frutos amadurecem principalmente de julho a dezembro. Entre 600 e 800 sementes formam 1 kg e quase todas germinam. Coleta: Colha as sementes na árvore quando iniciara queda de frutos maduros, ou no chão. Armazenagem: Seu período de armazenamento é curto. Para guardar ou transportar, despolpe com água fria epeneira e mantenha as sementes com umidade como, por exemplo, em um saco com serragem umedecida. Dessa forma, começarão a germinar em meio à serragem, ficando prontas para o plantio. Germinação: Deixe 10 minutos na água morna ou embeba em água fria por 12 horas. Plantio: Enterre a semente raso na terra afofada, somente até tocar no nível da terra. Tolera meia sombra. Usos:

É arredondada, de casca roxa e polpa branco-amarelada, rica em um óleo, de cor

amarelo-clara, usado na cozinha.A polpa do fruto é utilizada no preparo do "vinho

de bacaba", extraída do fruto desta palmeira, que dá frutos em cachos com dezenas

de caroços. Os cachos pesam normalmente 6 a 8 quilos, podendo ocorrer acima de

20 quilos. Para a obtenção da bebida procede-se da mesma forma que no preparo

do açaí. Obtém-se assim um líquido de cor parda, servido gelado

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com açúcar, farinha de tapioca ou farinha-d'água. Deliciosa e refrescante, a bacaba

é, no entanto, menos popular que o açaí. Muito usada também para fazer sorvetes.

Função ecológica:

As amêndoas e os restos de macerado da polpa são utilizados na alimentação de

suinos e aves. As folhas são usadas pela populaçao do interior como cobertura de

moradias, enquanto o tronco serve como esteio,viga e cabo de ferramentas.

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Bacuri

Nome cientifico:

Platonia esculenta.

Nome popular:

landirana, bacury, bakuri, pacuri, pakuri, pakouri, packoeri, pakoeri, maniballi,

naranjillo.

Familia:

Clusiaceae.

Origem:

Nativa da região das Guianas, do Brasil (da Amazônia ao Piauí), Paraguai e partes

da Colômbia.

Como é:

É uma árvore decídua de estação seca, de 25 a 40 metros de altura. Tem folhas de 8

a 15 centímetros de comprimento, lanceoladas, coriáceas.

Flor e fruto:

Flores rosadas de 5 a 7 centímetros, com 5 pétalas e numerosos estames. O fruto

são bagasgrandes, globosas e amarelas, com polpa amarelada e epicarpo amarelo.

Usos:

Possui muito fósforo, ferro e vitamina C. Do bacuri é

feito refrescos e doces, cremes as sementes fornecem óleo que é utilizado

como remédio caseiro no tratamento de doenças de pele.Sua casca

exsuda resina usada em veterinária e sua madeira é nobre.Também foi usada na

receita de fabricação de um chopp.

Função ecológica:

O papagaio Pionites leucogaster foi visto polinizando-o, portanto o bacurizeiro é

uma espécie ornitófila.

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Baru

Nome cientifico:

Dipteryx alata.

Nome popular:

baru, barujo, bugueiro, cambaru, castanha-de-bugre, coco-feijão, cumari, cumaru,

cumarurana, cumbaru, feijão-baru, feijão-coco, imburana-brava e pau-cumaru.

Família:

fabaceae.

Como é:

A árvore, de até 25 metros de altura com tronco podendo atingir 70 cm de

diâmetro, possui copa densa e arredondada. Sua madeira é resistente.

Folhas compostas por 6 a 12 folíolos, glabras, de coloração verde intensa.

Aonde vive:

O baru é nativo da vegetação do cerrado brasileiro e das faixas de transição

da Mata Atlântica para o cerrado (na floresta latifoliada semidecidual). Ocorre nos

estados de Minas Gerais (Triângulo Mineiro), São Paulo(norte do estado), Mato

Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Ocorre também na Bolívia, Paraguai e Peru.

Flor e fruto:

Flores pequenas, de coloração esverdeada que surgem de outubro a janeiro.

Floresce de outubro a janeiro.O fruto (baru) é um legume lenhoso, castanho com

uma única amêndoa comestível, que amadurece de setembro a outubro. As

sementes são uma iguaria cada vez mais apreciada e muito nutritiva, embora a

dureza do fruto dificulte sua obtenção.

Germinação:

A semente germina em cerca de 20 a quarenta dias, e a taxa de germinação é baixa.

Usos:

O preparo das amêndoas para consumo é simples. Depois de tiradas da polpa, é só

torrar. Podem ser consumidas sozinhas ou usadas no preparo de pé-de-moleque,

rapadura e paçoca.O óleo extraído da amêndoa é de excelente qualidade, e costuma

ser utilizado pela população local como aromatizante para o fumo e como anti-

reumático.

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Função ecológica: Árvore de crescimento muito rápido e que dá frutas a partir de 4 anos de idade. Frutos consumidos por muitos animais. Potencial de melhorar a fertilidade da terra devido à formação de nódulos de algas azuis em suas raízes, capazes de disponibilizar no solo nitrogênio que retiram do ar.

Curiosidade:

O primeiro equipamento para facilitar a abertura do fruto foi construido por

Gilmar Moreira, técnico da Emater GO em Fazenda Nova, por volta do ano de 1993.

Era constituido por uma foice adaptada em um pedaço de vigota. Está ameaçada de

extinção devido a: destruição de seu bioma nativo, ocupado pela expansão agrícola,

corte devido a sua excelente madeira, consumo de suas sementes na alimentação e

como medicinal.

Armazenagem: Guarde os frutos. Se tiver retirado as castanhas dos frutos, guarde em local protegido da luz e da água. Use folhas secas e moídas de nim, mata-menino, eucalipto, ou cinza-de-fogão, como repelente de insetos.

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Buriti

Nome cientifico: Mauritia flexuosa.

Nome popular:

Coqueiro-buriti, buritizeiro, miriti, muriti, muritim, muruti, palmeira-dos-brejos,

carandá-guaçu e carandaí-guaçu.

Família:

Arecáceas (antigas palmáceas).

Origem:

Nativa de Trinidad e Tobago e das Regiões Central e Norte da América do Sul,

especialmente de Venezuela e Brasil.

Como é:

Palmeira muito alta.

Aonde vive:

Neste país, predomina nos estados de Roraima,Rondônia, Pará, Maranhão e Piauí,

mas também encontra-se nos estados

do Ceará,Bahia, Goiás, Amazonas, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato

Grosso do Sul,Acre, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal

Usos:

Seu fruto, além de rico em vitamina A, B e C, ainda fornece cálcio, ferro e proteínas.

Consumido tradicionalmente ao natural, o fruto do buriti também pode ser

transformado em doces, sucos, picolé, licor, vinho, sobremesas de paladar peculiar

e ração de animais.

Fornece palmito saboroso, fécula, seiva e madeira.O óleo extraído da fruta é rico

em caroteno e tem valor medicinal para os povos tradicionais do Cerrado que o

utilizam como vermífugo, cicatrizante e energético natural. Também é utilizado

para amaciar e envernizar couro, aroma e qualidade a diversos produtos de

beleza, como cremes, xampus, filtro solar e sabonetes. As folhas jovens produzem

uma fibra muito fina, a "seda" do buriti, usada pelos artesãos na fabricação de

peças de capim-dourado. Sua fibra é transformada no

artesanato em bolsas, tapetes, toalhas de mesa, brinquedos, bijuterias, redes,

cobertura de teto,cordas e etc. O talo das folhas se presta ainda à fabricação de

móveis, que se destacam pela leveza e durabilidade.

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Função ecológica: Árvore muito importante em brejos, várzeas e nascentes, pois tolera inundações por longos períodos. Frutos consumidos por grandes peixes e mamíferos terrestres, como a anta e o porco-queixada. É de grande importância na manutenção de olhos d'água naturais, chegando até a conservar locais alagadiços, de água pura e permanente.

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Cagaita

Nome cientifico:

Stenocalyx dysentericus.

Família:

Myrtaceae.

Como é:

Até 10 m de altura, copa compacta avermelhada quando com predominância de

folhas jovens. Tronco com casca de cor castanha acinzenta, com fissuras

longitudinais e cristais sinuosos e descontinuas veios castanhos. Tem folhas

simples, opostas, glabras (sem pelos), de margem lisa.

Aonde vive:

Nos estados brasileiros de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas

Gerais e São Paulo.

Flor e fruto:

A cagaiteira floresce entre os meses de agosto e setembro e frutifica nos meses de

setembro e outubro. O fruto é uma Braga de 2-3 cm de diâmetro, amarelo quando

maduro, com 1-4 sementes, normalmente com remanescente do cálice floral seco.

Usos:

Seu uso pode ser alimentar, medicinal e, por ser muito bonita na época de floração,

também é utilizada para arborização paisagística. Os frutos são bastante

consumidos, tanto ao natural como na forma de doces, geléias, sorvetes e sucos,

podendo ter sua polpa congelada por até um ano. A árvore é também medicinal,

melífera, ornamental e madeireira. A casca serve para curtumes, sendo uma das

corticeiras do Cerrado, com até mais de 2 cm de espessura. E também tem uma

ação anti-diarréica das suas folhas.

Curiosidade:

Atenção quanto à quantidade de frutos ingeridos, principalmente quando quentes

ao sol, grande quantidade gera efeito laxante, responsável tanto pelo nome popular

como pelo científico.

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Cajazinho Nome cientifico: Spondias mombin. Família:

Anacardiáceas, como o caju, a manga e a aroeira.

Como é: Árvore de copa densa com até 25m de altura, tronco bem ramificado, com casca muito rugosa. As frutas são amarelas, em alguns locais são muito doces, em outros, bastante ácidas. Onde vive: Na Floresta amazônica aberta e na mata de transição (Floresta estacional perenifólia). No cerrado, pode ocorrer nas beiras de rios. Flor e fruto: Floresce entre final de agosto e dezembro, junto com o surgimento de nova folhagem. Frutos do cajazinho amadurecem de janeiro a março. Produz todo ano grande quantidade de frutas de 2-3 cm, com uma semente cada. Um quilo de sementes de cajazinho tem perto de 800 sementes, das quais maioria germina.

Coleta: Corte ou derrube as frutas dos galhos assim que iniciarem a queda espontânea, ou apanhe no chão. Armazenagem: Despolpe com peneira e água, e seque a sombra e armazene em papel ou papelão, até 180 dias. Folhas secas e moídas de eucalipto e nim ou cinza-de-fogão repelem os insetos. Germinação: A germinação já é rápida, entre 20 e 40 dias. Plantio: Enterre até 3 cm na terra afofada. Boa de plantar também por estacas. Tolera meia sombra.

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Usos:

Pode ser consumida pelos os humanos, como: sucos, picolés e sorvetes. E também

pode ser consumida pelos os animais.

Função ecológica: Árvore rústica precoce de crescimento rápido e que produz muita fruta, avidamente consumida pela fauna.

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Cajú do Cerrado

Nome cientifico:

Anacardium humile.

Nome popular:

O cajuzinho-do-cerrado, caju-do-cerrado, cajuí ou cajueiro-do-campo, cajuzinho-

do-campo e cajuzinho-azedo.

Família:

anacardiáceas.

Origem:

É uma planta nativa do Brasil com ocorrência mais comum no cerrado.

Como é:

Caracteriza-se por vários ramos eretos com base num xilopódio (caule

subterrâneo) desenvolvido. Tem folhas ovado-lanceoladas.

Aonde vive:

Está presente em Estados como Tocantins, Piauí, Goiás, Distrito Federal, Mato

Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná (mais comum no

cerrado).

Flor e fruto:

As flores podem ser brancas, róseas ou amarelas, com estrias roxas na base.

O fruto verdadeiro é uma noz de cor cinzenta e com forma de rim. Tem, contudo,

um pseudofruto (tal como o caju), vermelho e claviforme, com polpa branca e

suculenta. Tanto o fruto como o pseudofruto são comestíveis, embora o fruto

apresente alto teor de acidez. No estado de Goiás onde é ambundante, é mais

conhecido por cajuzinho-do-campo e cajuzinho-azedo.

Coleta:

Derrubar quando estão maduros, ou colher no chão.

Usos:

É comido puro quando maduro, usado para fazer licores, sucos e doces. O cajú ao

natural é excelente no combate ao reumatismo e eczemas de pele. E o óleo de

castanha de cajú é considerado potente anti-séptico, limpando feridas e ajudando

na sua cicatrização. Esse óleo é também indicado no combate a vermes intestinais.

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As folhas novas do cajueiro, quando cozidas e colocadas sobre feridas promovem

sua cicatrização. Cem gramas de cajú fornecem 46 calorias.

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Gabiroba

Nome cientifico:

Campomanesia pubescens.

Nome popular:

Gabiroba, guabiroba, guabirova, guavirova, gavirova, araçá-congonha ou guavira.

Família:

Myrtaceae.

Origem:

É uma planta nativa do Brasil.

Como é:

Arbusto médio.

Aonde vive:

Encontrada nos cerrados das regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. Sendo

disseminada para outros países da América do Sul, é muito encontrada

na Argentina e Uruguai.

Flor e fruto:

Fruto arredondado, de coloração verde-amarelada, com polpa esverdeada,

suculenta, envolvendo diversas sementes muito parecido com uma goiabinha.

Coleta:

A colheita geralmente ocorre no mês de novembro.

Armazenagem:

Os frutos podem ser conservados em sacos plásticos na geladeira ou congelador.

Germinação:

A propagação se dá através de sementes, que devem ser semeadas logo após a

extração do fruto porque perdem rapidamente a capacidade germinativa.

Plantio:

A gabirobeira vive em clima tropical quente, com baixo índice pluviométrico,

devendo estar sempre exposta ao sol. Não é exigente quanto ao solo, crescendo

inclusive em terrenos pobres. No entanto, quando é cultivada, apresenta maior

preferência pelos solos do tipo vermelho-amarelo. A necessidade de água é

moderada.

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Usos:

Composição química: proteínas, carboidratos, niacina, sais minerais, vitaminas do

complexo B. Partes usadas: frutos, folhas e brotos. Propriedades medicinais:

adstringente e antidiarréica. A infusão das folhas é relaxante para aliviar dores

musculares, através de banhos de imersão. Usos na culinária: os frutos são

consumidos ao natural e usados no preparo de geleias, sucos, doces, sorvetes,

pudins, licores, batidas ou curtidos na cachaça.

Função ecológica:

Alimento para a fauna.

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Jatobá

Nome cientifico:

Hymenaea courbaril.

Nome popular:

Jatobá da mata, jataí, jutaí e pão-de-ló-de-mico e farinheira.

Família: Fabaceae.

Como é:

Com altura entre quinze e trinta metros (até 45 metros na Amazônia) e um tronco

que pode ultrapassar um metro de diâmetro, suas folhas têm

dois folíolos brilhantes com de seis a catorze centímetros de comprimento.

Aonde vive:

É uma árvore originalmente encontrada na Amazônia e Mata Atlântica brasileiras,

onde ocorre naturalmente desde o Piauí até o norte do Paraná, na floresta

latifoliada semidecidual. No cerrado, ocorre a espécie H. stigonocarpa, também

conhecida como jatobá.

Flor e fruto:

O fruto é um legume indeiscente, de casca bastante dura. Cada legume costuma ter

duas sementes e é preenchido por um pó amarelado de forte cheiro, comestível,

com grande concentração de ferro, indicado para anemias crônicas. Doces feitos

com esta farinha eram muito comuns até o século XIX.

Coleta:

Se faz frequentemente a coleta com os frutos já caídos no chão, pois o legume está

mais seco do que colhido direto no na árvore.

Usos: A madeira é empregada na construção civil em vigas, caibros, ripas, acabamentos internos (marcos de portas, tacos e tábuas para assoalhos), na confecção de artigos para esportes, cabos de ferramentas, peças torneadas, esquadrias, joias, objetos de arte e peças de decoração, bem como móveis de alto luxo. A polpa do legume é comestível e muito nutritiva. Entre seringueiros e moradores de regiões próximas das florestas onde se encontram, é comum se utilizar a casca da árvore para fazer um chá, também chamado de "vinho de jatobá". Acreditam que este chá é um poderoso estimulante e fortificante. Como planta medicinal, diferentes partes são usadas por indígenas do Brasil, Guianas e Peru contra diarreia, tosse, bronquite, problemas de estômago e fungos nos pés. Estudos recentes indicam que jatobás antigos podem produzir substâncias com eficácia no combate a alguns tipos de câncer.

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Dentro dos frutos e ao redor das sementes encontra-se uma farinha muito nutritiva e saborosa, usada em vitaminas, bolos, pudins e sorvetes. É recomendado que se coma todo dia uma colher de farinha de jatobá dissolvida em leite ou água, principalmente para casos de osteoporose. Função ecológica: É usada como alimento também pela fauna. A dispersão das sementes - de duas a quatro em cada legume - se dá, em grande parte, por morcegos. Tem sido usada na recomposição de matas degradadas e, com este fim, suas sementes são comercializadas pelas redes de sementes oficiais de seus biomas de origem. Pode ser plantada em solos de baixa fertilidade, pois tem potencial de melhorar a fertilidade da terra devido à simbiose com algas azuis em suas raízes, capazes de disponibilizar no solo nitrogênio que retiram do ar. Produz anualmente quantidade enorme de frutos, de cuja farinha adocicada se alimentam muitos animais.

Curiosidades:

O jatobá é um fruto muito conhecida dos índios da América Latina por ser uma das

frutas místicas. Por assim ser, os índios pesquisavam seus efeitos antes de

consumi-lo. Este fruto trazia equilíbrio de anseios, desejos, sentimentos e

pensamentos. Os índios costumavam, em tempos remotos, comer um ou dois

pedaços de jatobá e, logo após, fazer rodas de meditação. Ao longo do tempo, as

pessoas foram se perguntado se a polpa do fruto fazia mesmo efeito sobre a saúde

mental e sentimental. Com isso, muitos cientistas passaram a estudar seus efeitos.

Estes concluíram que o jatobá traz alguns benefícios importantes, como a

organização mental e a purificação dos sentimentos. Já o quanto tempo a pessoa

precisa se alimentar disso para se sentir bem ainda é contestável. Também foi

descoberto que o exagero no consumo diário pode gerar efeito contrário, deixando

a pessoa atordoada.

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Mangaba

Nome cientifico:

Hancornia speciosa.

Nome popular:

Mangaba, mangaba-ovo.

Família:

Apocynaceae.

Origem:

Origem indígena apreciado principalmente no Nordeste é proveniente da

mangabeira, planta nativa do Brasil.

Como é:

A mangabeira é uma árvore que pode atingir os sete metros de altura, pertencendo

à família das apocináceas.

Aonde vive:

Predominante no cerrado, Regiões do Nordeste e Centro Oeste.

Flor e fruto:

O fruto da mangabeira quando e colhido sai um látex da parte superior. Existem

vários tipos de mangaba, e um que se destaca pela quantidade de frutos é o “Peito

de moça”, pelo formato quem tem. folhas em formato elíptico e flores grandes

Coleta:

Colher o fruto no pé ou no chão.

Plantio: Pode ser plantado em solos arenosos, secos e de baixa fertilidade. Começa a produzir a partir de três anos de idade e produz anualmente grande quantidade de frutas.

Usos:

É comestível e utilizado na fabricação de sucos, sorvetes, doces e bebida vinosa.

Seu látex é usado para fazer uma borracha de cor rosada. Sua madeira é de cor

avermelhada. Nesta fruta pode-se encontrar vitaminas A, do complexo B e C. A

mangaba também apresenta em sua composição fibras, minerais como ferro, cálcio

e fósforo. Ela é considerada uma excelente fonte de ferro e vitamina C. 100 g de

mangaba possui cerca de 43 calorias. Combate úlceras, herpes e tuberculose. A

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infusão das folhas da mangabeira são eficazes contra problemas na pele (uso

externo em forma de banho) e gripe (uso interno em forma de chá).

Eficaz contra problemas hepáticos. Atua como purgativo e laxante. E também atua

contra mucos proveniente de gripe ou resfriado.

Função ecológica: Tem potencial de rebrotar após fogo ou seca prolongada.

Curiosidades:

No nordeste é muito apreciada. Sergipe é o maior produtor brasileiro, vindo quase

toda a produção da vegetação nativa, embora as primeiras áreas cultivadas estejam

entrando em produção. Neste estado, a mangaba é a fruta mais consumida na

forma de sorvete e polpa concentrada.

No estado do Ceará, há uma cidade que recebeu o nome dessa árvore, devido à sua

ocorrência natural na região, Lavras da Mangabeira, em área de cerrado e ecótonos

com a floresta caducifólia espinhosa.

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Marmelo

Nome cientifico:

Cydonia oblonga.

Nome popular:

Marmeleiro-da-europa, marmelo e pereira-do-japão.

Família:

Rosaceae.

Origem:

É originário das regiões mais amenas da Ásia Menor e Sudeste da Europa.

Como é:

É uma planta de porte médio (3 a 6 metros), de folhas oblongas e caducas, de

sistema radicular superficial e fasciculado, com tronco tortuoso e copa

arredondada.

Aonde vive:

Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Bahia, São Pauloe Espírito Santo

(cerrado).

Flor e fruto:

É uma árvore melífera, com flores alvas ou róseas. Os frutos são, normalmente,

amarelos quando maduros, grandes, bastante aromáticos e adstringentes.

Plantio:

O marmeleiro requer menos horas de frio do que a macieira e a pereira, por isso,

no Brasil, esta planta pode ser cultivada deste o Rio Grande do Sul até Minas

Gerais. O marmeleiro pode ser propagado vegetativamente por estaquia,

mergulhia (de cepa ou em sulcos) e por enxertia (borbulhia ou garfagem) sobre

porta-enxertos produzidos vegetativamente.

Usos:

Em Portugal é um fruto que não é normalmente consumido cru, mas cozido,

geralmente fazendo-se marmelada. Também se consome assado. No Brasil, é

consumido quase que exclusivamente na forma industrializada, para produção de

marmelada, e os frutos, tendo em vista a pequena produção local para a indústria,

são importados do Uruguai eArgentina.

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As sementes podem ser utilizadas como antidiarréico. Do marmeleiro também se

extrai avara de marmelo, instrumento de punição bastante usado no passado, e

ainda em uso em algumas localidades.

Curiosidades:

Acredita-se que os primeiros marmeleiros plantados no Brasil tenham sido

trazidos por Martim Afonso de Sousa na sua viagem de 1530. Os marmeleiros

teriam se habituado muito bem ao clima da Capitania de São Vicente,

principalmente a Serra da Mantiqueira, onde teria se tornado uma cultura

subespontânea. No século XX, chegou a ser uma cultura importante,

principalmente na década de 1930, quando a marmelada chegou a ser o doce

industrializado mais consumido no País.

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Murici

Nome cientifico:

Byrsonima crassifolia.

Nome popular:

Murici-da-praia ou murici-do-brejo, murici, murixi e fruta de jacu.

Família:

Malpighiáceas.

Origem:

Nativa do norte e nordeste do Brasil.

Como é:

Sua altura média é de 6 a 16 m, suas folhas são simples, lisas, e atingem em torno

de 13 cm. Suas sementes geralmente atingem o tamanho de 0,5 cm de

comprimento, e são de um marrom-claro. Esta árvore é freqüente nas regiões de

terrenos úmidos, próximos a rios e lagoas. Não é conhecida a utilização em

paisagismo, apesar de sua beleza, especialmente quando em floração. Existem

outras espécies de murici, inclusive arbustos, e a característica de todas elas é o

fruto pequeno e comestível, de sabor ácido.

Aonde vive:

É encontrada em regiões serranas e próximas ao litoral, no Nordeste, e tambem no

Centro Oeste (cerrado).

Flor e fruto:

Suas flores são em forma de cachos amarelos, seu fruto é pequeno, em torno de 0,8

cm e em cacho. Quando maduro fica mais macio, porém continua de cor verde. A

cor amarela, quando madura, chama a atenção. Apesar do tamanho pequeno

possui sabor e cheiro intensos e característicos, não se comparando a outro fruto.

Coleta:

A coleta é feita direta no cacho do murici.

Usos:

Pode ser usados na fabricação de sucos, doces, licores, cachaças, geléias e sorvetes.

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Função ecológica:

Alimento para a fauna.

Curiosidades:

Já é conhecida desde 1570 pelos indígenas como mureci.

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Pequi

Nome cientifico:

Caryocar brasiliense.

Nome popular:

Pequi, fruto goiano.

Família:

Caryocaraceae.

Origem:

Árvore nativa do cerrado brasileiro.

Como é:

Árvore característica do cerrado, galhos retorcidos, folhas veludas.

Aonde vive:

Símbolo da cultura do estado brasileiro de Goiás, o pequi pode também ser

encontrado em toda a região Centro-Oeste (considerada a capital da fruta) e nos

estados deRondônia (ao leste), Minas Gerais (norte e

oeste), Pará (sudoeste), Tocantins, Maranhão(extremo sul), Piauí (extremo

sul), Bahia (oeste), Ceará (sul), e nos cerrados de São Paulo e Paraná.

Flor e fruto:

Flor amarela, e o fruto é dividido em gomos, que no normal são quatro (caroços).

Coleta:

Em Goiás podem ser encontradas todas as variedades, cuja frutificação ocorre

entre os meses de setembro e fevereiro. São colhidos quando estão no chão, pois

esta apropiada para o consumo. Tambem pode ser colhidos diretos no pé, mas tem

que utilizar um processo de amadurecimento no fruto do pequizeiro, e o gosto dele

passa a ser apertento, não mantendo a qualidade do fruto.

Armazenagem:

Depois de retirado do pequizeiro, deve ser armazenado dentro da casca para

conservar.

Usos:

Embora muito utilizado na cozinha nordestina, em Goiás, Mato Grosso e norte

de Minas Gerais, é considerado tipicamente goiano. Dele é extraído

um azeite denominado azeite de pequi. Seus frutos são também consumidos

cozidos, puros ou juntamente com arroz e frango. Seu caroço é dotado de muitos

espinhos, e há necessidade de muito cuidado ao roer o fruto, evitando cravar nele

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os dentes, o que pode causar sérios ferimentos nas gengivas e no palato. O sabor e

o aroma dos frutos são muito marcantes e peculiares. Pode ser conservado tanto

em essência quanto em conserva.

O fruto pode ser apreciado em variadas formas: cozido, no arroz, no frango, com

macarrão, com peixe, com carnes, no leite, e na forma de um dos mais apreciados

licores de Goiás. Além de doces e sorvetes. O fruto do pequizeiro, por ser rico em

óleo já foi muito utilizado na fabricação de sabão caseiro pelos moradores rurais

do Tocantins, que não tinham fácil acesso ao produto industrializado.

Função ecológica:

Cresce bem em solos arenosos e de baixa fertilidade. Produz anualmente grande

quantidade de frutas que atraem grandes animais. Tem potencial de rebrotar após

queimada ou seca prolongada. Muito indicado para recuperação de áreas

degradadas.

Curiosidades:

No estado do Tocantins há uma cidade com o nome de Pequizeiro em homenagem

à árvore, onde se celebra a festa do pequi todos os anos. Recentemente, foi

descoberta uma propriedade do óleo de pequi que, antes mesmo de poder ser

explorada pelo Brasil, já foi patenteada por japoneses. Ela foi recentemente

batizada de CSL (chemical strengthener layer).

Flor do pequi.

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Sapoti

Nome cientifico:

Manilkara achras / Achras zapota.

Nome popular:

Sapoti, sapota.

Família:

Sapotaceae.

Origem:

Originário da América Central, desenvolvendo-se em regiões de clima subtropical

da Ásia, América e Oceania. Na índia existem cerca de vente variedades.

Como é:

Árvore cuja altura pode chegar até mais de 15m, com uma copa de folhagem densa

e muitos ramos.

Flor e fruto: Fruto de casca áspera.

Usos:

Seu látex é utilizado para fabricação de goma de mascar (chicle ou chiclete), cabos

de ferramentas e móveis. O fruto desta árvore, o sapoti, pode ser consumido ao

natural ou utilizado na produção de geléias, compotas e, ainda, para sucos. Em sua

composição encontramos as vitaminas B1, B2 e C, além de cálcio, ferro e fósforo. O

valor calórico do sapoti é de 96 calorias em cada 100gr da fruta.

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Seriguela

Nome cientifico:

Spondias purpurea.

Nome popular:

Seriguela, ciriguela ou ciruela.

Família:

Anacardiáceas.

Origem:

Originária da América Central e da América do Sul, é bastante comum na Região

Nordeste do Brasil

Como é:

É uma árvore de porte médio, podendo atingir até sete metros.

Aonde vive:

A ciriguela encontra-se no sul do México, na América Central, nas Antilhas e no

Brasil (cerrado e caatinga), do nível de mar até os 1 200 metros de altitude.

Ocorrem exemplares dessa árvore em cidades dos estados brasileiros do

Maranhão, do Rio de Janeiro, de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, de Minas

Gerais,da Bahia, de São Paulo e do Espírito Santo, sendo utilizada no paisagismo.

Há diversos exemplares da fruta vermelha em chácaras do Distrito Federal

brasileiro. A região sul do estado do Cearáé, hoje, o maior produtor de ciriguela

do Brasil.

Flor e fruto:

É uma drupa elipsoidal de cor amarelada ou mesmo avermelhada quando maduro,

com comprimento entre 2,5 e cinco centímetros. Pesa entre quinze e vinte gramas.

A camada de polpa é fina, com cerca de três milímetros, com um caroço do

tamanho de uma azeitona grande. É parecida com o cajámas, ao contrário desse, é

bastante doce.

Coleta:

Sua frutificação se dá nos meses de outubro e novembro, sendo colhida entre os

meses de dezembro e janeiro.

Germinação:

A ciriguela dificilmente se propaga por sementes, sendo, geralmente, multiplicada

por estacas com trinta a cinquenta centímetros de comprimento e de sete a doze

centímetros de diâmetro.

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A melhor época de plantio das estacas no semiárido nordestino brasileiro

compreende, empiricamente, do início do mês de outubro até o início de

novembro.

Plantio:

Está adaptada a solos fracos e com baixa pluviosidade. É lavoura permanente e de

uso pouco difundido. Não há utilização econômica senão para produção sazonal em

pequenas plantações.

Usos:

O seu consumo é feito de diversas formas, desde in natura até na confecção de

sucos, sorvetes e doces. É rica em carboidratos,cálcio, fósforo e ferro. A ciriguela

possui, ainda, vitaminas A, B e C. É eficaz contra anemia, inapetência e diminuição

dos glóbulos brancos.

Função ecológica:

Alimento para a fauna.

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Sucupira Nome cientifico: Pterodon pubescens. Nome popular: Sucupira, sucupira-branca, faveira.

Família: Das Leguminosas, como o feijão, o ingá, as vagens e as favas em geral. Como é: Árvore de até 25 metros de altura, com tronco alto e casca clara, que solta em placas. Seu fruto é lenhoso e achatado, e tem uma asa dura ao redor. Tem óleo na casca do fruto e, às vezes, uma semente no interior. Olhe a folha contra o sol e veja pontinhos claros, que são glândulas de óleo essencial. Aonde vive: No cerrado, cerrado denso, cerrado e matas ciliares da região do cerrado. Flor e fruto: Floresce entre julho e outubro. Frutos amadurecem de junho a setembro. Um quilo tem 1.200 sementes. Germinam em média, 15% delas. Coleta: Junte no chão ou corte os frutos maduros dos galhos. Para retirar as sementes, corte as vagens com tesoura de poda. Poucas vagens têm semente dentro. Armazenagem: Pode guardar dentro do fruto por vários anos. Se retirar as sementes dos frutos,

guarde em embalagem bem fechada, longe da luz e do calor. Use as folhas secas e

moídas de nim, mata-menino, eucalipto ou cinza-de-fogão, como repelente de

insetos.

Germinação: Retire as sementes de dentro dos frutos, cortando as vagens com tesoura de poda. Lave o óleo das sementes com detergente ou suco de limão. Coloque na água a 60°C e depois na água fria ou lixe uma beirada da semente. Plantio: Plante as sementes bem raso na terra afofada. Usos: O óleo das vagens é utilizado na medicina popular para azia, gastrite e dor de garganta. Sua casca seca e moída é usada no sal do gado e também na medicina popular. A madeira é branca, mas resistente e durável

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Função ecológica: Árvore resistente à seca e ao fogo. Produz anualmente grande quantidade de vagens.

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Umbu

Nome cientifico: Spondias tuberosa.

Nome popular: Umbu.

Família: Anacardiaceae.

Origem: Árvore de pequeno porte (mede até seis metros de altura) de copa larga

(até quinze metros de largura).

Como é: Originária dos chapadões semi-áridos do Nordeste brasileiro, que se

destaca por sombra e aconchego.

Aonde vive: É predominante no Nordeste e Norte do Brasil (cerrado).

Flor e fruto: Fruto muito apreciado e consumido, tanto pelo homem como

pela fauna, o umbu possui um caroço revestido por uma suculenta polpa e, na

superfície, por uma película esverdeada, tendendo, à medida que amadurece, para

a cor amarela. O umbu tem, em média, de três a quatro centímetros de diâmetro.

Usos: Muito rico em vitamina C e com característico sabor azedinho, o umbu, além

de ser consumido ao natural, é utilizado em preparos culinários, como sorvetes,

geléias, doces e umbuzada, iguaria preparada com leite e açúcar, muito apreciada

no nordeste. Suas folhas, de grande valor alimentício, com gosto "azedinho",

também são usadas como alimento pelos seres humanos.

Função ecológica: Alimento para a fauna. Sua raiz conserva água, em época de

grande estiagem.

Curiosidades: Dada a importância de suas raízes, foi chamada "árvore sagrada do

Sertão" por Euclides da Cunha. Sua raiz conserva água e produz uma batata, que

em época de grande estiagem, é utilizada como alimento. O Umbuzeiro vive mais

ou menos 100 anos, e é um símbolo de resistência.

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Xixá Nome cientifico: Sterculia. Nome popular:

Xixá, castanha-do-macaco.

Família: Das Malváceas, antiga Sterculiaceae, como o hibisco, a guanxuma e a mutamba. Como é:

Árvores de tronco alto e liso, que pode viver muitas décadas. Uma folha Uma folha

por nó. Folhas de 30 a 60 cm, semi-divididas em 3-5 partes. Seus frutos de até 20

cm abrem quando maduros, mostrando o interior vermelho e as sementes

azuladas de 2-3 cm.

Aonde vive:

Nas matas ciliares do cerrado e na mata de transição.

Flor e fruto: Florescem de março a maio e frutificam de agosto a outubro. Aproximadamente 150 sementes formam 1 kg. Germinam até 70% delas.

Coleta: Corte os frutos dos galhos. Armazenagem: Seque os frutos na sombra e armazene em embalagem bem fechada, longe da luz e do calor. Pode usar folhas de eucalipto ou nim secas e moídas ou cinza de fogo para repelir insetos. Germinação: Sua germinação ocorre em até 60 dias. Pode deixar de molho para acelerá-la.

Plantio: Enterre até três cm na terra afofada. Tolera meia-sombra. Usos: Sua semente torrada é melhor, maior e mais nutritiva do que o amendoim.

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Função ecológica: Diversos animais comem sua semente, que é muito nutritiva.