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Nome: _______________________________________________no. ______
Turma: _______________________
Módulo 2: Diversidade Biológica
Conteúdo:
Evolução
Diversidade
A importância da diversidade biológica
Causas das perdas das espécies
Animais em extinção
Parques Nacionais
Biodiversidade como conceito integrador na
conservação da natureza
Ecossistemas:
- Amazônia
- Pantanal
- Cerrado
- Mata Atlântica
- Campos Sulinos
- Zona Costeira
Unidades de conservação
Exercícios propostos
Referências bibliográficas
Evolução
Evolução é, essencialmente, a
alteração, nas populações, das frequências
dos alelos de um ou mais locos. Essas
alterações podem ser pequenas ou
grandes. Elas são determinadas por
fatores evolutivos: mutação, alteração dos
ambientes, seleção natural, deriva
genética, migração, barreiras geográficas
e pelas interações entre eles.
Mutação: as mutações são a fonte
primária da diversidade biológica. A
mutação se da de duas formas: Mutações
gênicas; quando os alelos com o passar
do tempo apresentam valor adaptativo;
Mutações cromossômicas; que alteram a
estrutura ou o número de cromossomos.
Alteração do Ambiente: um dos
principais fenômenos, responsável pela
diversidade atual, é o chamado Pangéia.
Este fenômeno geológico é caracterizado
pela separação dos continentes ocorridos
a aproximadamente 200 milhões de anos.
As novas condições climáticas como as
glaciações, formações florestais, deram
condições favoráveis e desfavoráveis para
a diversidade dos seres vivos.
Seleção Natural: há sempre
indivíduos que vivem mais e deixam mais
filhos, porque têm alelos melhores. Esses
alelos tendem a aumentar de frequência,
poruqe a seleção natural os “protege”,
portanto os indivíduos que estão mais
preparados, mais fortes geneticamente,
encontram condições mais favoráveis à
sobrevivência, perpetuando assim as
espécies.
A “Teoria da Evolução” de
Charles Darwing é baseada na seleção
natural.
Diversidade
Cerca de 1,4 milhões das espécies
vivas foram nomeadas e descritas pelos
cientistas. Aproximadamente 750.000 são
insetos, 41.000 são vertebrados e 265.000
são plantas; o restante inclui
invertebrados, fungos, algas e
microorganismo.
Ninguém sabe o número real de
espécies da terra; estimativas atuais
calculam entre 5 a 30 milhões, ou mais.
Estudos recentes nas florestas tropicais
sugerem que podem ate mesmo haver 30
milhões de espécies de insetos.
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Tel: 39584000
Tabela I – Diversidade conhecida e
estimada da Vida na Terra
Forma de vida
Espécies conhecid
a
Espécies totais conhecidas
Insetos e outros artrópodes
874.161 Estimativa de 30 milhões de espécies de; acredita-se que muitos são de florestas tropicais
Invertebrados1
116.873 Podem chegar a milhões; nematóides, helmintos e entozoários
Mamíferos 4.000
Microorganismo
36.600 Não disponível
Pássaros 9.040 As espécies correspondem a 98% das conhecidas
Peixes 19.056 21.000 assumindo que 10% dos peixes ainda não são conhecidos. Os rios Amazonas e Orinoco podem responder por 2.000 espécies
Plantas altas
248.400 Estimativas do total varia de 275.000 a mais de 40.000; sabe-se que, no mínimo 10 a 15% ainda não foram descobertas
Plantas2
baixas73.900 Não disponível
Répteis e Anfíbios
8.962 As espécies destas classes orrespondem a 95%
Total 1.390.992 10 milhões de espécies é uma estimativa moderada, não levando em consideração os insetos
Atualmente, foram criados 5 divisões
(reinos) para relacionar os seres vivos.
Reino Monera: englobam as
bactérias e as cianofíceas (algas azuis);
Reino Protista: é formado por
organismos unicelulares ou colônias;
Reino Fungi: representados por todos
os fungos;
Reino Plantae: compreende os
organismos fotossintetizantes, clorofíceas
(algas verdes) e os vegetais superiores;
Reino Animalia: é constituído por
todos os animais.
A importância da diversidade biológica
A matéria orgânica que cai no solo
das florestas é continuamente decomposta
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em nutrientes minerais disponíveis para a
reutilização pelas plantas. O solo da
Floresta Amazônica, por exemplo, é
pobre: sem a cobertura vegetal, deixa de
ocorrer a reciclagem da matéria,
fundamental para a sobrevivência da
floresta. O solo, exposto ao impacto
direto da água da chuva, sofre erosão e
empobrece ainda mais. Áreas florestais
desmatadas e não cuidadas
posteriormente passam por um acelerado
processo de desertificação.
Alterações ambientais são mais
facilmente corrigida em ecossistema s
com maior biodiversidade; em locais com
poucas espécies, a redução drástica de
uma delas pode afetar rapidamente todos
os elos da cadeia alimentar. Assim, a
biodiversidade é o fator de estabilidade e
manutenção do equilíbrio ecológico.A
preservação de áreas com grande
biodiversidade é importante para:
A) manutenção do turismo ecológico,
fonte promissora de recursos, no entanto
se utilizada incorretamente, poderá
agravar a degradação.
B) O fornecimento de insumos
industriais, medicamentos, corantes,
resinas, etc.
C) A manutenção de um banco de
genes, enorme potencial pela
biotecnologia e da Engenharia genética.
Animais em Extinção
Cientistas do Plano das Nações Unidas
para o Meio Ambiente calculam que
existam entre 10 e 100 milhões de
espécies de seres vivos no planeta. Hoje,
somente 1,4 milhões são conhecidos e
25% estão ameaçados de extinção. Todo
dia, no mundo inteiro, desaparecem quase
trezentas espécies animais e vegetais
devido à destruição de seus habitats.
Colômbia, Indonésia e Brasil são os
países com o maior nível de
biodiversidade do planeta. Infelizmente,
vários fatores têm contribuído para a
destruição de grandes áreas dos
ecossistemas mais ricos do país:
Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica e
Cerrado. Dentre as atividades que
ameaçam estes ecossistemas estão a
agricultura e pecuária, a extração de
madeira, a mineração e a indústria
poluente.
Em 1990 o IBAMA compilou uma
lista de animais em extinção no Brasil. A
maioria das espécies é oriunda da
Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal. Estrada Municipal do Limoeiro, 250 – Jardim Dora
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Entre eles estão: 57 mamíferos, 108 aves,
9 répteis e 32 invertebrados.
Causas das perdas de Espécies
A perda mais séria da diversidade
biológica esta ocorrendo nos trópicos, em
virtude do explosivo crescimento
populacional, pobreza generalizada,
demanda crescente por carvão vegetal e
falhas nos métodos de agricultura
sustentável e florestamento.1
As regiões úmidas representam os
ecossistemas mais importantes e
biologicamente diversos do planeta. Entre
25 e 50 dos Pântanos mundiais foram
perdidos. Os E.U.A. haviam perdido 54%
de suas terras úmidas originais em
meados da década de 70. Esses estuários
e área marinhas, que servem de berço a
muitos mariscos comercializados, estão
sendo danificados com a sedimentação,
drenagem e a poluição com petróleo e
outros produtos químicos.
Parques Nacionais
1 CORSON, W.H. Manual global da ecologia. São Paulo. Editora Augustus. 1996, p.2.
Os 42 Parques Nacionais Brasileiros
foram criados para preservar a fauna e
flora do país e proteger as suas belezas
naturais. Estas áreas podem ser usadas
para recreação, educação e pesquisa
científica, e não é permitida nenhuma
forma de exploração dos recursos
naturais. O site do IBAMA (Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente) tem muitas
informações sobre estes parques e
também sobre as outras unidades de
conservação do país.
A Biodiversidade como Conceito
Integrador na Conservação da
Natureza
Nos últimos anos tem acontecido
uma mudança de perspectiva no âmbito
global da proteção aos recursos naturais,
gerada pelo alerta causado por alguns
fatores como o avanço muito rápido da
utilização dos recursos naturais e a
apropriação dos espaços antes ocupados
por estes recursos, para o estabelecimento
e o desenvolvimento de atividades
econômicas variadas.
Anteriormente buscava-se a
conservação de amostras representativas
de ecossistemas frente ao avanço da
destruição do ambiente natural pelas
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exigências do desenvolvimento. Hoje o
enfoque principal e aquele da
conservação da biodiversidade.
A postura defensiva inicial deu
lugar a um trabalho ativo no qual deve-se
procurar satisfazer as necessidades da
humanidade em relação aos recursos
biológicos da .natureza, ao mesmo tempo
em que se assegure a sustentabilidade à
longo prazo da riqueza biótica da Terra.
São quatro os principais
argumentos pela necessidade da
conservação da biodiversidade: por suas
contribuições econômicas diretas, por
suas participações nos ciclos ambientais
gerais, por seu valor estético e por
justificativas éticas inerentes às próprias
espécies.
A diversidade biológica contribui
diretamente para a vida humana
através da imensa quantidade de
produtos alimentares, farmacêuticos e
de uso industrial derivados da fauna e
da vegetação que a humanidade já
utiliza e também garante o uso
potencial de outros, hoje ainda
desconhecidos.
A diversidade biológica participa
da manutenção dos grandes ciclos
ambientais da Terra, como o ciclo da
água, dos climas, dos nutrientes e
outros.
Conservando-se a diversidade
biológica estarão sendo conservados
os valores estéticos paisagísticos que
atraem as pessoas por sua beleza e seu
"poder de fascinação", sentimento de
admiração pela complexidade e
variedade das inúmeras interligações
das diferentes formas de vida.
E ainda, justifica-se a necessidade
da conservação da biodiversidade
pelo valor intrínseco inerente a cada
espécie, isto é, seu valor por ela
mesma e seu próprio direito de existir.
Ecossistemas Brasileiros
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Fonte: Catálogo do IBAMA - 2000
Ecossistemas : Amazônia
Aprender sobre a Floresta Amazônica é
se surpreender a cada nova descoberta.
Tudo aqui é um exagero! A floresta em si
cobre uma área de mais de 5 milhões de
km quadrados, quase do tamanho da
Austrália ou dos Estados Unidos. Ela se
estende por 9 países: Brasil, Colômbia,
Venezuela, Equador, Peru, Bolívia,
Suriname, Guiana Francesa e Guiana. A
parte brasileira da floresta é calculada em
3.5 milhões de km quadrados, o que
representa mais de 50% da floresta e
quase 47% do território nacional. Hoje,
um terço de todas as florestas existentes
no mundo está no Brasil e a região
Amazônica é a maior área preservada de
floresta tropical no mundo.
O Rio Amazonas tem 6.868 km de
extensão (quase a mesma distância que
separa o Rio de Janeiro de Lisboa,
Portugal). O ponto mais profundo do rio
chega a 120 m de profundidade, o que
equivale a um prédio de 30 andares. A
Bacia Amazônica é o maior reservatório
de água doce do planeta, contendo quase
1/5 de toda a água do mundo.
A quantidade e variedade de plantas,
animais e microrganismos existentes em
uma região é denominada de
BIODIVERSIDADE. Atualmente, são
conhecidas mais ou menos 800 espécies
de mamíferos e entre 2.500 e 3.000
espécies de peixes na região Amazônica.
Em apenas um hectare da Floresta
Amazônica (mais ou menos a medida de
um quarteirão da cidade) podemos
encontrar mais de 200 espécies de
árvores. Em algumas áreas de apenas 20
cm quadrados podem ser encontradas até
1500 espécies de plantas. Mais de 30 mil
plantas já foram catalogadas na
Amazônia, mas acredita-se que existam
outras 20 mil desconhecidas. Muitas
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destas plantas podem ser úteis para a
Humanidade. De todas as essências
farmacêuticas utilizada atualmente pela
medicina, 25% foram extraídas de matas
tropicais como a Floresta Amazônica.
Apesar de sua riqueza e beleza, a
Amazônia está ameaçada de destruição.
No mundo inteiro 12 a 20 hectares de
floresta são completamente destruídos a
cada minuto e uma espécie animal é
extinta a cada meia hora. Na Amazônia
hoje a taxa anual de desmatamento já
ultrapassa 14.800 km quadrados.
Ecossistemas : Pantanal
O Pantanal é uma grande planície
inundável que ocupa partes dos Estados
do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e
se estende pelo leste da Bolívia e norte do
Paraguai. Sua área total é de 239,000 km
quadrados, dos quais 139,000 se
encontram no Brasil. O clima da região se
divide em dois períodos: as águas, época
de chuva abundante que vai de novembro
a março, e a seca, de abril a outubro,
quando as águas baixam revelando
campos ricos em vegetação,
especialmente gramíneas.
Na época das chuvas, os rios se
enchem e transbordam. Algumas áreas
ficam embaixo de 4 metros de água.
Somente pequenas ilhas de terras mais
altas, chamadas cordilheiras, ficam
expostas. As planícies do pantanal têm
uma declividade variando de 1 a 3 cm por
quilômetro. Por isso, as águas escoam
mansamente de volta para o leito dos rios,
deixando para trás baías e lagoas cheias
de peixes, e uma rica camada de matéria
orgânica que fertiliza as terras
pantaneiras.
A flora do pantanal é rica e variada.
Existe uma grande variedade de plantas
aquáticas, vários tipos de capins e matas
ciliares beirando os rios. Folhas e frutos
que caem destas árvores servem de
comida para a enorme quantidade de
peixes de 260 espécies que povoam os
rios e baías do pantanal. Estes peixes, por
sua vez, alimentam pássaros e répteis,
abundantes na região. Acredita-se que
existam quase 700 espécies de pássaros
no Pantanal que são atraídos à região pela
abundância de peixes e insetos.
Outros animais também vivem no
Pantanal. Nas baías e corixos (pequenos
riachos por onde a água escoa) se
encontram capivaras, ariranhas, jacarés e
várias cobras, incluindo a sucuri. Nos
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campos, se encontram o veado- campeiro,
o veado-mateiro e o cervo-do-pantanal.
Tamanduás-bandeira e mirins convivem
com cotias, quatis, pacas, tatus,
queixadas, lobos-guará e o maior felino
brasileiro: a onça pintada.
Ecossistemas : Cerrado
O cerrado é o segundo maior bioma
brasileiro depois da Floresta Amazônica,
cobrindo uma área de 2 milhões de km
quadrados espalhados por 10 estados. No
total, esta região cobre 20% do território
brasileiro. Na região do cerrado
predomina o clima tropical com duas
estações bem definidas: uma seca e a
outra de chuvas. O solo é arenoso, plano e
profundo. Em geral, tem baixa fertilidade
e altos níveis de ferro e alumínio.
A vegetação típica do cerrado é
composta de gramíneas, plantas rasteiras
e árvores com troncos e galhos retorcidos.
No entanto, existe muita variedade dentro
do bioma Cerrado. Em um extremo estão
os campos limpos do cerrado, planícies
onde quase não se encontram árvores ou
arbustos. No outro extremo, existem áreas
com alta concentração de árvores de porte
maior, os "cerradões". Estas diferenças de
vegetação são determinadas
principalmente por dois fatores:
fertilidade do solo e regime de queimadas
(freqüência, época e intensidade).
Árvores do cerrado são dotadas de
longas raízes pivotantes que atingem 10-
15 m de profundidade, abastecendo a
planta com água das camadas
permanentemente úmidas durante os
longos períodos de seca. A vegetação
herbácea possui órgãos subterrâneos de
resistência, como bulbos, xilopódios e
sóboles que lhes permitem sobreviver à
seca. Algumas espécies de árvores nativas
do cerrado são ipê, sucupira, aroeira,
cagaita, copaíba, mama-cadela, mangaba,
buriti, guariroba e pequi. A fauna do
cerrado inclui o lagarto teiú, a ema,
seriema, urubú-rei, araras, tucanos, tatus,
tamanduás bandeira e mirim, veado
campeiro, lobo-guará e onça parda, entre
outros.
Apesar de seus solos fracos, o cerrado
é cortado por três das maiores bacias
hidrográficas da América do Sul
(Tocantins, São Francisco e Prata). Por
isso, a biodiversidade do cerrado é
surpreendente. Estima-se que o cerrado
tenha quase 10.000 espécies de plantas
nativas e 160 mil espécies, entre plantas,
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animais e fungos. Muitas das plantas do
cerrado são usadas para a produção de
fibras, óleos, cortiça, artesanato, produtos
medicinais e alimentos. Durante os
últimos 25 anos o cerrado tem sido
intensamente explorado pela agricultura e
pecuária e 40% de sua área já foi
transformada em pastos e plantações. As
maiores ameaças para o cerrado são a
contaminação dos seus rios por
agrotóxicos das lavouras e mercúrio dos
garimpos e o desmatamento
descontrolado. É importante lembrar que
no interior do cerrado nascem os rios do
Pantanal e muitos rios da Amazônia.
Ecossistemas : Mata Atlântica
A Mata Atlântica é o ecossistema
brasileiro mais ameaçado de destruição.
Na época do descobrimento esta floresta
cobria uma área equivalente a um terço da
Amazônia, mais de 1 milhão de km
quadrados, estendendo-se por 17 estados
e 15% da área do país. Hoje, o que restou
da floresta cobre somente 8% desta área
original.
A variedade climática da Mata
Atlântica é muito grande, pois é a floresta
com a maior extensão latitudinal do
mundo, transpondo as latitudes sul de 6 a
32 graus. O seu clima vai de temperado
úmido no extremo sul a tropical úmido e
semi-árido no nordeste. Estas diferenças
climáticas e de altitude, pois parte da
floresta acompanha a serra do mar no
extremo leste brasileiro, contribuíram
para que a Mata Atlântica tenha níveis de
biodiversidade entre os mais altos do
mundo. Muitas espécies de animais
ameaçados de extinção habitam a Mata
Atlântica, dentre os quais estão os micos-
leões, a onça-pintada e a arara-azul-
pequena.
As árvores da mata são de grande
porte e muitas têm alto valor comercial, o
que contribuiu e contribui para o
desmatamento. Entre estas estão os ipês,
o cedro, o jequitibá-rosa, o pau-brasil e o
pinheiro-do-paraná.
Vários fatores históricos contribuíram
para a vasta destruição da Mata Atlântica.
Durante o século XVI o pau-brasil foi
extraído para o uso da madeira e a
produção de tintura. Durante os séculos
seguintes imensas áreas de solo fértil
foram desmatadas para a agricultura e
pecuária, principalmente a produção de
cana-de-açúcar e mais tarde do café. Hoje
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em dia, mais de 70% da população
brasileira vive na região da Mata
Atlântica, onde estão localizados os
maiores pólos industriais, petroleiros e
portuários do Brasil.
Ecossistemas : Caatinga
A Caatinga engloba uma área de
aproximadamente 835,000 km2 no
Nordeste brasileiro e inclui áreas dos
estados de Piauí, Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas,
Sergipe, Bahia e o norte de Minas Gerais.
A região tem um clima semi-árido com
altas temperaturas e pouca chuva (de 250-
1000 mm/ano) que geralmente se
concentra durante 3-5 meses e é muito
irregular.
O solo da Caatinga é raso, pedregoso e
alcalino e não armazena a chuva que cai.
As altas temperaturas causam uma
evaporação intensa e a salinização do
solo. A vegetação nativa da Caatinga é
adaptada a estas condições de solo e
clima: as folhas são pequenas ou
modificadas em espinhos; algumas
plantas têm raízes praticamente na
superfície do solo para absorver o
máximo da chuva; espécies como os
cactos e bromélias armazenam água;
muitas espécies têm folhas caducas (que
caem na época seca). Algumas das
espécies nativas da Caatinga são:
"barriguda" (Cavanillesia arbórea) [foto],
amburana, aroeira, umbu, baraúna,
maniçoba, macambria, mandacaru e
juazeiro. A fauna nativa inclui o sapo
cururu, asa-branca, cotia, preá, veado-
catingueiro, tatu-peba, sagui-do-nordeste
e cachorro-do-mato.
Espalhados pela Caatinga existem
regiões úmidas e do solo fértil chamadas
de "brejos" onde vários produtos
agropecuários, como gado, frutas
tropicais e café são produzidos, às vezes
com o uso de irrigação.
O sertão Nordestino é uma das regiões
semi-áridas mais populosas do mundo.
Na época da colonização brasileira,
fazendas de pecuária bovina e caprina se
instalaram na região. O clima árido, no
entanto, dificultou a sobrevivência da
população fora das poucas áreas férteis.
Na maior parte da Caatinga a população
mal consegue sobreviver através de uma
agricultura e pecuária de subsistência.
Ecossistemas : Campos
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Os campos brasileiros se encontram
em duas regiões distintas do país: os
campos de terra firme (savanas de
gramíneas baixas) são características do
norte da Amazônia, Roraima, Pará e ilhas
do Bananal e de Marajó; os campos
limpos (estepes úmidas) são típicos da
região sul.
Os campos limpos em geral não têm
árvores e são bastante uniformes com
arbustos espalhados. Os campos do norte
do país em geral têm árvores baixas e
espalhadas. Nas duas regiões o solo é
coberto por gramíneas, subarbustos e
ervas.
Na região do Rio Grande do Sul e
Santa Catarina os campos são compostos
de gramíneas e leguminosas nativas e se
estendem por mais de 200.000 km2. Estes
campos se denominam "pampas" e
representam 2,4% da cobertura vegetal do
país. A região se caracteriza por clima
ameno, chuvas distribuídas regularmente
por todo o ano e solos férteis. Estes
fatores favoreceram a colonização
acelerada por agricultores e pecuaristas
durante o século XX.
O litoral do Rio Grande do Sul é
marcado por banhados: ecossistemas
alagados com densa vegetação de juncos,
gravatás e aguapés onde vivem garças,
marrecos, veados, onças pintadas, lontras
e capivaras.
Ecossistemas : Zona Costeira
A Costa Atlântica brasileira se
entende por 8.000 km e é um dos maiores
litorais do mundo. É composto de várias
formações, incluindo dunas, ilhas, recifes,
costões rochosos, baías, estuários,
manguezais, brejos e falésias.
A Zona Costeira pode ser dividida em
quatro regiões:
O litoral Amazônico vai da foz do
Rio Oiapoque ao Rio Parnaíba e é
composto de manguezais, matas e várzeas
de marés. A sua fauna inclui jacarés,
guarás, aves e crustáceos. Os manguezais
funcionam como enormes filtros da água
marítima, pois suas raízes submersas
retêm os sedimentos.
O litoral Nordestino começa na foz
do Rio Parnaíba e vai até o Recôncavo
Baiano. A região é caracterizada por
recifes calcários e arenitos, além de
dunas, praias arenosas, falésias e
manguezais. Aqui se encontram o peixe-
boi marinho e tartarugas. No litoral
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nordestino também se encontram alguns
dos parques marinhos mais lindos do
Brasil nas ilhas de Fernando de Noronha
e Abrolhos. Nestes locais protegidos
existe uma fauna marinha exuberante,
incluindo várias espécies de peixes,
golfinhos e baleias.
O litoral sudeste cobre a costa entre
o Recôncavo Baiano e o sul de São Paulo.
É a área mais densamente povoada e
industrializada do país. A região é
dominada pela Serra do Mar e tem a costa
recortada por baías e pequenas enseadas.
Os ecossistemas mais importantes da área
são as matas de restingas habitadas por
vários animais em extinção, incluindo a
preguiça de coleira e o mico-sauá.
O litoral sul começa no norte do
Paraná e termina no Arroio Chuí, no Rio
Grande do Sul. Esta região é marcada por
banhados, manguezais e praias de dunas.
Nas dunas existem plantas adaptadas às
condições ambientais extremas como
salinidade, atrito de grãos e movimento
de areia e são fundamentais para manter o
equilíbrio ecológico destes ecossistemas.
Os banhados são riquíssimos em aves e
somente na costa do Rio Grande do Sul já
foram registradas aproximadamente 570
espécies.
Unidades de conservação
Desde o início do estabelecimento
das áreas protegidas no Brasil, as
unidades de conservação, seu objetivo
maior tem sido o de manter os recursos
naturais em seu estado original, para
usufruto das gerações atuais e futuras. As
atividades desenvolvidas vêm, desde
então, fundamentando-se nos princípios
metodológicos que norteiam a filosofia do
trabalho e nas bases conceituais que as
orientam.
Desses fundamentos derivam a
forma e o funcionamento das unidades de
conservação, as estruturas que as
sistematizam, o ordenamento que as
regulamenta e o relacionamento que as
integra.
Base conceitual, legislação
específica, ordenamento sistematizado e
os princípios do planejamento e do
gerenciamento das unidades de
conservação são mostrados neste
documento, que objetiva uma
apresentação concatenada destes
atributos, de forma a propiciar o
entendimento, a todos os segmentos da Estrada Municipal do Limoeiro, 250 – Jardim Dora
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sociedade que se interessam pela
conservação da natureza, da filosofia de
trabalho e do funcionamento intrínseco da
Diretoria de Ecossistemas do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA.
Ênfase especial é dada ao trato com as
unidades de conservação de uso indireto
dos recursos naturais, que são
fundamentais para a conservação da
natureza. A experiência mundial tem
mostrado que, embora existam outras
estratégias para a consecução deste
objetivo, nenhuma tem se evidenciado tão
eficiente quanto o estabelecimento e
manutenção de unidades de conservação,
notadamente aquelas onde são maiores a
preocupação e os cuidados com a
conservação integral dos recursos
naturais.
São também apresentados conceitos e
linhas de pensamentos sobre trabalhos
participativos em relação às unidades de
conservação os quais, ajudando a
integração destas unidades com a
sociedade geral e particularizada,
resultam em ganhos de qualidade para a
conservação da natureza. São ainda
indicados outros instrumentos de
planejamento integrado de proteção de
biomas sobre grandes regiões
biogeográficas.
O presente trabalho foi elaborado com
base em três documentos internos do
IBAMA: Documento de Informações
Básicas sobre as Principais Correntes
Filosóficas e Conceituais de Conservação
das Áreas Protegidas, com Ênfase na
América Latina; no Marco Filosófico e
Conceitual das Unidades de Conservação
de Uso Indireto, e ainda: Unidades de
Conservação - Conceitos e Diretrizes.
Foram também consultados e são
referendados outros documentos do
IBAMA e publicações externas ao órgão.
Exercícios propostos
1. Como esta
subdividido os Reinos que compõem a
biodiversidade do mundo e dê pelo
menos um exemplo de cada um deles.
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2. Como esta
relacionada a Biodiversidade pelo
mundo?
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3. Por quê demos nos preocupar com a
biodiversidade?
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4. Indique alguns fatores que estão
levando a biodiversidade à extinção.
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5. O mapa abaixo propõe a fitogeografia
brasileira. Identifique respectivamente as
regiões 1,2,3,4,5 e 6.
a) ( ) mata atlântica, cerrado, floresta
amazônica, caatinga, pantanal, campos.
b) ( ) floresta amazônica, caatinga,
cerrado, pantanal, mata atlântica, campos.
c) ( ) campos, cerrado, caatinga,
pantanal, mata atlântica, floresta
amazônica.
d) ( )floresta amazônica, mata atlântica,
cerrado, caatinga, pantanal, campos.
e) ( ) floresta amazônica, campos, mata
atlântica, cerrado, caatinga, pantanal.
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6. A alternativa que representa a ordem
crescente dos grupos taxonômicos é:
a) ( ) Reino; Filo; Classe; Ordem;
Família; Gênero; Espécie.
b) ( ) Família; Gênero; Espécie; Filo;
Classe; Ordem; Reino.
c) ( ) Filo; Reino; Classe; Ordem;
Família; Gênero; Espécie..
d) ( ) Espécie; Gênero; Família; Ordem;
Classe; Filo; Reino.
e) ( ) Espécie; Gênero; Ordem; Família;
Classe; Filo; Reino.
7. Entre as alternativas abaixo, qual
representa melhor os fatores que são
responsáveis pela alta biodiversidade em
ambiente terrestre, como o observado em
algumas regiões do Brasil e do Mundo:
a) ( ) Cidades com Pólos Industriais
com consciência ecológica;
b) ( ) regiões extensas de desertificação,
com temperaturas elevadas o ano
inteiro;
c) ( ) Temperatura abaixo de zero a
maior parte do ano, como ocorre na
Antártida;
d) ( ) Chuvas regulares, temperaturas
amenas, umidade relativa do ar em
torno 60-70%;
e) ( )
8. Qual a importância da Biodiversidade?
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9. O bioma Z é constituído por grande
quantidade de arbustos. Estes, no período
de seca, perdem suas folhas, adotando um
aspecto espinhoso e ressecado. No curto
período de chuvas, eles enchem-se de
folhas e flores, enquanto o solo fica
coberto de plantas herbáceas.
Neste texto, o bioma Z refere-se a:
a) ( ) Mata Atlântica
b) ( ) Pantanal
c) ( ) Campus Sulinos
d) ( ) Caatinga
e) ( ) Amazonas
10. ... são representadas por florestas
densas sendo elas: florestas de terra firme,
as florestas de várzea, periodicamente
alagadas, e as florestas de igapó,
permanentemente inundadas, apresenta
uma fauna e flora com 800 espécies de
mamíferos; entre 2.500 e 3.000 espécies
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de peixes; 30 mil plantas já catalogadas.
O texto refere-se a:
a) ( ) Mata Atlântica
b) ( ) Pantanal
c) ( ) Campus Sulinos
d) ( ) Cerrado
e) ( ) Amazonas
11. É constituído pelo conjunto de
formações vegetais de aspectos e
fisionomia variáveis, principalmente de
árvores baixas e retorcidas que se
misturam a um exuberante estrato
herbáceo rasteiro, (raízes pivotantes
com10-15m). Seu solo é arenoso, em
geral com baixa fertilidade e altos níveis
de ferro e alumínio. Ocorrência de
incêndio é um fato muito comum. Apesar
de solos fracos, é cortado por três das
maiores bacias hidrográficas da América
do Sul (Tocantins, São Francisco e Prata).
Daí a biodiversidade surpreendente,
estima-se que tenha quase 170.000 mil
espécies entre plantas, animais e fungos.
Muitas das plantas são usadas para a
produção de fibras, óleos, cortiça,
artesanato, produtos medicinais e
alimentos. O texto refere-se a:
a) ( ) Amazonas
b) ( ) Cerrado
c) ( ) Caatinga
d) ( ) Pantanal
e) ( ) Mata Atlântica
12. Qual é o principal problema de
degradação ambiental sofrido pelo
Cerrado?
a) ( ) Corte ilegal de Pau-brasil
b) ( ) exploração de espécies exóticas de
animais.
c) ( ) comércio ilegal de palmito.
d) ( ) transformação do território em
agricultura e pecuária, onde 40% já
foi transformado em plantações.
e) ( ) devido a sazonalidade do bioma,
que apresenta duas grandes estações:
chuvosa e de estiagem.
13. Entre as alternativas abaixo, qual
representa melhor os fatores que são
responsáveis pela alta biodiversidade em
ambiente terrestre, como o observado em
algumas regiões do Brasil e do Mundo:
a) ( ) Cidades com Pólos Industriais
com consciência ecológica;
b) ( ) regiões extensas de desertificação,
com temperaturas elevadas o ano
inteiro;
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c) ( ) Temperatura abaixo de zero a
maior parte do ano, como ocorre na
Antártida;
d) ( ) Chuvas regulares, temperaturas
amenas, umidade relativa do ar em
torno 60-70%;(
e) ( ) Poluição do ar, o que provoca
inversão térmica e chuva ácida.
14. Que tipo de florestas são a Amazônia
e a Atlântica?
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15. Que bioma brasileira tem solo
salgado, pobre em oxigênio e rico em
matéria orgânica?
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16. Associe cada estado brasileiro o tipo
de vegetação que seja comum.
1 – bromélia
2 – caatinga
3 – cerrado
4 – floresta de Araucária
( ) Maranhão
( ) Minas Gerais
( ) Santa Catarina
( ) Jacareí
Referências Bibliográficas
CORSON,W.H. Manual global da
ecologia. Editora:Augustus,1996.
FAVARETTO, J.A; MERCADANTE,C.
Volume único: biologia.Editora:
Moderna.São Paulo,1999.
CHEIDA, L. E. Biologia Integrada.
Editora FTD. São Paulo, 2002.
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