apostila transform an do carnes de segundas e carnes nobres

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Transformando carnes de segundas e carnes nobres As carnes de segunda Afinal, o que é uma carne de segunda? Para generalizar, podemos definir que são carnes bovinas ou bubalinas (búfalo) que estão no dianteiro do animal, como o corte feito ate a quinta vértebra de sua espinha dorsal, ou aquelas mais duras do traseiro (perna) do animal (chão-de-fora ou coxão duro). São também as carnes que possuem um teor de colágeno mais alto em relação aquelas ditas de primeira, que possuem um teor de colágeno moderado. A melhor palavra, porem, para definirmos carne de segunda seria DUREZA. Entende-se por carne de segunda: carne dura. Há os que dizem que não existe carne de segunda, pois, se pegarmos um novilho precoce, todos os cortes dele retirados estarão macios, o que realmente se justifica, pois o animal viveu pouco e não desenvolveu/enrijeceu muito o tecido muscular, que conhecemos popularmente como carne. Só que essa não é a realidade da maioria do gado ofertado no Brasil e em muitos outros países do mundo. Esse gado precoce é comercializado no mercado com um afio entre 30% a 50%, fazendo com que apenas uma pequena camada da população e/ou alguns restaurantes consigam adquiri-lo.

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Page 1: Apostila Transform an Do Carnes de Segundas e Carnes Nobres

Transformando carnes de segundas e carnes nobres

As carnes de segunda

Afinal, o que é uma carne de segunda?

Para generalizar, podemos definir que são carnes bovinas ou bubalinas (búfalo) que

estão no dianteiro do animal, como o corte feito ate a quinta vértebra de sua espinha

dorsal, ou aquelas mais duras do traseiro (perna) do animal (chão-de-fora ou coxão

duro). São também as carnes que possuem um teor de colágeno mais alto em relação

aquelas ditas de primeira, que possuem um teor de colágeno moderado.

A melhor palavra, porem, para definirmos carne de segunda seria DUREZA.

Entende-se por carne de segunda: carne dura.

Há os que dizem que não existe carne de segunda, pois, se pegarmos um novilho

precoce, todos os cortes dele retirados estarão macios, o que realmente se justifica, pois

o animal viveu pouco e não desenvolveu/enrijeceu muito o tecido muscular, que

conhecemos popularmente como carne. Só que essa não é a realidade da maioria do

gado ofertado no Brasil e em muitos outros países do mundo. Esse gado precoce é

comercializado no mercado com um afio entre 30% a 50%, fazendo com que apenas

uma pequena camada da população e/ou alguns restaurantes consigam adquiri-lo.

Há alguns fatores que influenciam a qualidade e a dureza da carne, como:

Idade do animal – Animais precoces, menos erados, ou seja, abatidos com idade

entre 18 e 24 meses, fornecem carnes mais macias.

Formação de criação – O fato de o animal ser criado extensivamente (solto),

intensivamente (confinado) ou semi-intensivamente. Determina o ponto de maciez de

carne. Como estamos lidando com músculos, quanto maior o deslocamento do gado,

mais desenvolvidos, estará os músculos e, por conseguinte, mais dura estará a carne.

Topografia da fazenda – Se o fado é criado em local plano, ele não ira fazer grandes

esforços para subir e descer, influenciando também o FAU de maciez final da carne.

Melhoramento Genético – A melhoria genética é, hoje, uma realidade entre os

criadores de gado, haja vista o milionário mercado de semens e embriões de gados

campeões, na busca sempre de melhorar e aumentar a produtividade e a qualidade do

plantel e, conseqüentemente, das carnes fornecidas pelo animal.

Page 2: Apostila Transform an Do Carnes de Segundas e Carnes Nobres

Abate humanitário – A forma de abate também tem papel preponderante na

qualidade final de carne, pois faz baixar o nível de estresse do animal, sem o excesso de

violência muitas vezes praticado em abates clandestinos.

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