apostila tj-sp 2012

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Escrevente Técnico Judiciário 1 TJ-SP TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Escrevente Técnico Judiciário ÍNDICE Nível Médio Língua Portuguesa ORTOGRAFIA - Sistema oficial (anterior ao Decreto Federal nº 6.583, de 29.09.2008). ..............................01 MORFOLOGIA - Estrutura e formação de palavras .........................................................................................02 Classes de palavras, seu emprego e seus valores semânticos. Flexão nominal e verbal. Emprego de tempos e modos verbais ...............................................................................................................................................03 SINTAXE - Processos de coordenação e subordinação. Equivalência e transformação de estruturas. Uso de nexos. Concordância nominal e verbal. Regência nominal e verbal. Crase. Pontuação e outros recursos específicos da língua escrita. ..........................................................................................................................21 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - Estruturação do texto: relações entre ideias e recursos de coe- são. Compreensão global do texto. Significação contextual de palavras e expressões. Informações literais e inferências possíveis. Ponto de vista do autor. ...............................................................................................30 Conhecimentos em Direito DIREITO PENAL: Código Penal - com as alterações vigentes - artigos 293 a 305; 307; 308; 311-A; 312 a 317; 319 a 333; 335 a 337; 339 a 347; 350 e 357. ............................................................................................................................01 DIREITO PROCESSUAL PENAL: Código de Processo Penal - com as alterações vigentes Artigos 251 a 258, 261 a 267, 274, 351 a 372, 394 a 497, 531 a 538, 541 a 548, 574 a 667...........................................................................................................07 Lei nº 9.099 de 26.09.1995 (artigos 60 a 83; 88 e 89). ...................................................................................37 DIREITO PROCESSUAL CIVIL: Código de Processo Civil - com as alterações vigentes Artigos 134 a 144; 154 a 242, 270 a 475, 496 a 538 ....................................................................................................................................................................40 Lei nº 9.099 de 26.09.1995 (artigos 3º ao 19) .................................................................................................62 Lei 12.153 de 22.12.2009 .................................................................................................................................63 DIREITO CONSTITUCIONAL: Constituição Federal - com as alterações vigentes - Título II; Capítulos I; II e III; Título III; Capítulo VII; Se- ções I e II e artigo 92 ........................................................................................................................................66

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  • Escrevente Tcnico Judicirio 1

    TJ-SP

    TRIBUNAL DE JUSTIA DO

    ESTADO DE SO PAULO

    Escrevente Tcnico Judicirio

    NDICE

    Nvel Mdio

    Lngua Portuguesa

    ORTOGRAFIA - Sistema oficial (anterior ao Decreto Federal n 6.583, de 29.09.2008). .............................. 01

    MORFOLOGIA - Estrutura e formao de palavras ......................................................................................... 02

    Classes de palavras, seu emprego e seus valores semnticos. Flexo nominal e verbal. Emprego de tempos e modos verbais ............................................................................................................................................... 03

    SINTAXE - Processos de coordenao e subordinao. Equivalncia e transformao de estruturas. Uso de nexos. Concordncia nominal e verbal. Regncia nominal e verbal. Crase. Pontuao e outros recursos especficos da lngua escrita. .......................................................................................................................... 21

    LEITURA E INTERPRETAO DE TEXTO - Estruturao do texto: relaes entre ideias e recursos de coe-so. Compreenso global do texto. Significao contextual de palavras e expresses. Informaes literais e inferncias possveis. Ponto de vista do autor. ............................................................................................... 30

    Conhecimentos em Direito

    DIREITO PENAL:

    Cdigo Penal - com as alteraes vigentes - artigos 293 a 305; 307; 308; 311-A; 312 a 317; 319 a 333; 335 a 337; 339 a 347; 350 e 357. ............................................................................................................................ 01

    DIREITO PROCESSUAL PENAL:

    Cdigo de Processo Penal - com as alteraes vigentes Artigos 251 a 258, 261 a 267, 274, 351 a 372, 394 a 497, 531 a 538, 541 a 548, 574 a 667 ........................................................................................................... 07

    Lei n 9.099 de 26.09.1995 (artigos 60 a 83; 88 e 89). ................................................................................... 37

    DIREITO PROCESSUAL CIVIL:

    Cdigo de Processo Civil - com as alteraes vigentes Artigos 134 a 144; 154 a 242, 270 a 475, 496 a 538 .................................................................................................................................................................... 40

    Lei n 9.099 de 26.09.1995 (artigos 3 ao 19) ................................................................................................. 62

    Lei 12.153 de 22.12.2009 ................................................................................................................................. 63

    DIREITO CONSTITUCIONAL:

    Constituio Federal - com as alteraes vigentes - Ttulo II; Captulos I; II e III; Ttulo III; Captulo VII; Se-es I e II e artigo 92 ........................................................................................................................................ 66

  • Escrevente Tcnico Judicirio 2

    DIREITO ADMINISTRATIVO:

    Estatuto dos Funcionrios Pblicos Civis do Estado de So Paulo (Lei 10.261/68) - com as alteraes vigen-tes - artigos 239 a 331 ...................................................................................................................................... 95

    Lei Federal n 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa) ....................................................................... 103

    NORMAS DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIA

    Tomo I - Captulo II: Seo I; Seo II - Subseo I; Seo III - itens 33 a 50 e 84 a 114 ............................ 107

    Conhecimentos Gerais

    Atualidades

    Questes relacionadas a fatos polticos, econmicos e sociais, ocorridos a partir do primeiro semestre de 2012. ............................................................................................................................................................ 01/24

    Matemtica

    Quatro operaes com nmeros inteiros, fracionrios e decimais .................................................................. 01

    Sistema mtrico (medidas de comprimento, rea, volume, capacidade, massa e tempo) ............................. 11

    Nmeros pares e mpares (primos e compostos) ........................................................................................... 03

    MMC e MDC ..................................................................................................................................................... 05

    Divisibilidade ..................................................................................................................................................... 03

    Juros ................................................................................................................................................................. 16

    Percentagem .................................................................................................................................................... 16

    Razes e propores ........................................................................................................................................ 12

    Regras de trs simples e composta ................................................................................................................. 15

    Divises proporcionais ...................................................................................................................................... 13

    Sistema do 1 grau; potenciao; radiciao; equao do 2 grau .................................................................. 17

    Informtica

    Uso de correio eletrnico, preparo de mensagens (anexao de arquivos, cpias) ...................................... 01

    Microsoft Word XP: estrutura bsica dos documentos, edio e formatao de textos, cabealhos, pargra-fos, fontes, colunas, marcadores simblicos e numricos, e tabelas, impresso, ortografia e gramtica, con-trole de quebras, numerao de pginas, legendas, ndices, insero de objetos, campos predefinidos, cai-xas de texto ...................................................................................................................................................... 14

    Microsoft Excel XP: estrutura bsica das planilhas, conceitos de clulas, linhas, colunas, pastas e grficos, elaborao de tabelas e grficos, uso de frmulas, funes e macros, impresso, insero de obje-tos, campos predefinidos, controle de quebras, numerao de pginas, obteno de dados externos, classi-ficao............................................................................................................................................................... 21

    Microsoft Windows XP: conceito de pastas, diretrios, arquivos e atalhos, rea de trabalho, rea de transfe-rncia, manipulao de arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interao com o conjun-to de aplicativos Microsoft Office ...................................................................................................................... 06

    Navegao Internet, conceitos de URL, links, sites, impresso de pginas .................................................... 29

  • AVISO (TODAS AS APOSTILAS) 10/05/2012

  • Lngua Portuguesa 1

    NOVA ORTOGRAFIA A nova ortografia entrou em vigor em 1/1/2009, porm teremos um pe-

    rodo de quatro anos para a adaptao. A nova ortografia j poder ser cobrado em selees para cargos pblicos nas questes objetivas.

    O edital poder ou no exigir que as perguntas de portugus tenham como base as novas regras. De qualquer forma, o examinador precisar deixar claro no edital o que pretende, pois o que constar no documento servir como base para o direcionamento da prova.

    Nas provas discursivas, porm, as bancas de correo sero orienta-das a aceitar ambas as formas de escrita durante o perodo de transio, pois as duas sero consideradas oficiais at 31 de dezembro de 2012.

    ORTOGRAFIA - Sistema oficial As dificuldades para a ortografia devem-se ao fato de que h fonemas

    que podem ser representados por mais de uma letra, o que no feito de modo arbitrrio, mas fundamentado na histria da lngua.

    Eis algumas observaes teis:

    DISTINO ENTRE J E G 1. Escrevem-se com J: a) As palavras de origem rabe, africana ou amerndia: canjica. cafajeste,

    canjer, paj, etc. b) As palavras derivadas de outras que j tm j: laranjal (laranja), enrije-

    cer, (rijo), anjinho (anjo), granjear (granja), etc.

    c) As formas dos verbos que tm o infinitivo em JAR. despejar: despejei, despeje; arranjar: arranjei, arranje; viajar: viajei, viajeis.

    d) O final AJE: laje, traje, ultraje, etc. e) Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR, os quais

    mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, reja; dirigir: dirijo, dirija. 2. Escrevem-se com G: a) O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem, vertigem,

    ferrugem, etc. b) Excees: pajem, lambujem. Os finais: GIO, GIO, GIO e GIO:

    estgio, egrgio, relgio refgio, prodgio, etc. c) Os verbos em GER e GIR: fugir, mugir, fingir.

    DISTINO ENTRE S E Z 1. Escrevem-se com S: a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, etc. b) O sufixo S e a forma feminina ESA, formadores dos adjetivos ptrios

    ou que indicam profisso, ttulo honorfico, posio social, etc.: portu-gus portuguesa, campons camponesa, marqus marquesa, burgus burguesa, monts, pedrs, princesa, etc.

    c) O sufixo ISA. sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc. d) Os finais ASE, ESE, ISE e OSE, na grande maioria se o vocbulo for

    erudito ou de aplicao cientfica, no haver dvida, hiptese, exege-se anlise, trombose, etc.

    e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: coisa, Neusa, causa.

    f) O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo radical termina em S: pesquisar (pesquisa), analisar (anlise), avisar (aviso), etc.

    g) Quando for possvel a correlao ND - NS: escandir: escanso; preten-der: pretenso; repreender: repreenso, etc.

    2. Escrevem-se em Z. a) O sufixo IZAR, de origem grega, nos verbos e nas palavras que tm o

    mesmo radical. Civilizar: civilizao, civilizado; organizar: organizao, organizado; realizar: realizao, realizado, etc.

    b) Os sufixos EZ e EZA formadores de substantivos abstratos derivados de adjetivos limpidez (limpo), pobreza (pobre), rigidez (rijo), etc.

    c) Os derivados em -ZAL, -ZEIRO, -ZINHO e ZITO: cafezal, cinzeiro, chapeuzinho, cozito, etc.

    DISTINO ENTRE X E CH: 1. Escrevem-se com X a) Os vocbulos em que o X o precedido de ditongo: faixa, caixote,

    feixe, etc. c) Maioria das palavras iniciadas por ME: mexerico, mexer, mexerica, etc. d) EXCEO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espcie de

    rvore que produz o ltex). e) Observao: palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar, en-

    chapelar, enchumaar", embora se iniciem pela slaba "en", so grafa-das com "ch", porque so palavras formadas por prefixao, ou seja, pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchente, en-cher e seus derivados: prefixo en + radical de cheio; encharcar: en + radical de charco; enchiqueirar: en + radical de chiqueiro; enchapelar: en + radical de chapu; enchumaar: en + radical de chumao).

    2. Escrevem-se com CH: a) charque, chiste, chicria, chimarro, ficha, cochicho, cochichar, estre-

    buchar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, sal-sicha, broche, arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachim-bo, comicho, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar, mochi-la, piche, pichar, tchau.

    b) Existem vrios casos de palavras homfonas, isto , palavras que possuem a mesma pronncia, mas a grafia diferente. Nelas, a grafia se distingue pelo contraste entre o x e o ch. Exemplos: brocha (pequeno prego) broxa (pincel para caiao de paredes) ch (planta para preparo de bebida) x (ttulo do antigo soberano do Ir) chal (casa campestre de estilo suo) xale (cobertura para os ombros) chcara (propriedade rural) xcara (narrativa popular em versos) cheque (ordem de pagamento) xeque (jogada do xadrez) cocho (vasilha para alimentar animais) coxo (capenga, imperfeito)

    DISTINO ENTRE S, SS, E C Observe o quadro das correlaes:

    Correla-es t - c ter-teno rg - rs rt - rs pel - puls corr - curs sent - sens ced - cess gred - gress prim - press tir - sso

    Exemplos ato - ao; infrator - infrao; Marte - marcial abster - absteno; ater - ateno; conter - conten-o, deter - deteno; reter - reteno aspergir - asperso; imergir - imerso; submergir - submerso; inverter - inverso; divertir - diverso impelir - impulso; expelir - expulso; repelir - repul-so correr - curso - cursivo - discurso; excurso - incur-so sentir - senso, sensvel, consenso ceder - cesso - conceder - concesso; interceder - intercesso. exceder - excessivo (exceto exceo) agredir - agresso - agressivo; progredir - progresso - progresso - progressivo imprimir - impresso; oprimir - opresso; reprimir - represso. admitir - admisso; discutir - discusso, permitir - permisso. (re)percutir - (re)percusso

    EMPREGO DAS INICIAIS MAISCULAS

    Escrevem-se com letra inicial maiscula: 1) a primeira palavra de perodo ou citao. Diz um provrbio rabe: "A agulha veste os outros e vive nua." No incio dos versos que no abrem perodo facultativo o uso da

    letra maiscula.

  • Lngua Portuguesa 2

    2) substantivos prprios (antropnimos, alcunhas, topnimos, nomes sagrados, mitolgicos, astronmicos): Jos, Tiradentes, Brasil, Amaznia, Campinas, Deus, Maria Santssima, Tup, Minerva, Via-Lctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc.

    O deus pago, os deuses pagos, a deusa Juno. 3) nomes de pocas histricas, datas e fatos importantes, festas

    religiosas: Idade Mdia, Renascena, Centenrio da Independncia do Brasil, a Pscoa, o Natal, o Dia das Mes, etc.

    4) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da Repblica, etc.

    5) nomes de altos conceitos religiosos ou polticos: Igreja, Nao, Estado, Ptria, Unio, Repblica, etc.

    6) nomes de ruas, praas, edifcios, estabelecimentos, agremiaes, rgos pblicos, etc.:

    Rua do 0uvidor, Praa da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colgio Santista, etc.

    7) nomes de artes, cincias, ttulos de produes artsticas, literrias e cientficas, ttulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os Lusadas, 0 Guarani, Dicionrio Geogrfico Brasileiro, Correio da Manh, Manchete, etc.

    8) expresses de tratamento: Vossa Excelncia, Sr. Presidente, Exce-lentssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.

    9) nomes dos pontos cardeais, quando designam regies: Os povos do Oriente, o falar do Norte.

    Mas: Corri o pas de norte a sul. O Sol nasce a leste. 10) nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o

    dio, a Morte, o Jabuti (nas fbulas), etc. Escrevem-se com letra inicial minscula: 1) nomes de meses, de festas pags ou populares, nomes gentlicos,

    nomes prprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, etc.

    2) os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando empregados em sentido geral:

    So Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua ptria. 3) nomes comuns antepostos a nomes prprios geogrficos: o rio

    Amazonas, a baa de Guanabara, o pico da Neblina, etc. 4) palavras, depois de dois pontos, no se tratando de citao direta: "Qual deles: o hortelo ou o advogado?" (Machado de Assis) "Chegam os magos do Oriente, com suas ddivas: ouro, incenso,

    mirra." (Manuel Bandeira)

    PALAVRAS COM CERTAS DIFICULDADES

    ONDE-AONDE Emprega-se AONDE com os verbos que do idia de movimento. Equi-

    vale sempre a PARA ONDE. AONDE voc vai? AONDE nos leva com tal rapidez? Naturalmente, com os verbos que no do idia de movimento empre-

    ga-se ONDE ONDE esto os livros? No sei ONDE te encontrar.

    MAU - MAL MAU adjetivo (seu antnimo bom). Escolheu um MAU momento. Era um MAU aluno. MAL pode ser: a) advrbio de modo (antnimo de bem). Ele se comportou MAL. Seu argumento est MAL estruturado b) conjuno temporal (equivale a assim que). MAL chegou, saiu c) substantivo: O MAL no tem remdio, Ela foi atacada por um MAL incurvel.

    CESO/SESSO/SECO/SEO CESSO significa o ato de ceder.

    Ele fez a CESSO dos seus direitos autorais. A CESSO do terreno para a construo do estdio agradou a todos os

    torcedores. SESSO o intervalo de tempo que dura uma reunio: Assistimos a uma SESSO de cinema. Reuniram-se em SESSO extraordinria. SECO (ou SEO) significa parte de um todo, subdiviso: Lemos a noticia na SECO (ou SEO) de esportes. Compramos os presentes na SECO (ou SEO) de brinquedos. H / A Na indicao de tempo, emprega-se: H para indicar tempo passado (equivale a faz): H dois meses que ele no aparece. Ele chegou da Europa H um ano. A para indicar tempo futuro: Daqui A dois meses ele aparecer. Ela voltar daqui A um ano.

    FORMAS VARIANTES Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer

    uma delas considerada correta. Eis alguns exemplos. aluguel ou aluguer alpartaca, alpercata ou alpargata amdala ou amgdala assobiar ou assoviar assobio ou assovio azala ou azalia bbado ou bbedo blis ou bile cibra ou cimbra carroaria ou carroceria chimpanz ou chipanz debulhar ou desbulhar fleugma ou fleuma

    hem? ou hein? imundcie ou imundcia infarto ou enfarte laje ou lajem lantejoula ou lentejoula nen ou nenen nhambu, inhambu ou nambu quatorze ou catorze surripiar ou surrupiar taramela ou tramela relampejar, relampear, relampeguear ou relampar porcentagem ou percentagem

    MORFOLOGIA - Estrutura e formao de palavras.

    ESTRUTURA DAS PALAVRAS

    As palavras, em Lngua Portuguesa, podem ser decompostas em vrios

    elementos chamados elementos mrficos ou elementos de estrutura das palavras.

    Exs.: cinzeiro = cinza + eiro endoidecer = en + doido + ecer predizer = pre + dizer Os principais elementos mficos so : RADICAL o elemento mrfico em que est a idia principal da palavra. Exs.: amarelecer = amarelo + ecer enterrar = en + terra + ar pronome = pro + nome PREFIXO o elemento mrfico que vem antes do radical. Exs.: anti - heri in - feliz SUFIXO o elemento mrfico que vem depois do radical. Exs.: med - onho cear ense

  • Lngua Portuguesa 3

    FORMAO DAS PALAVRAS

    A Lngua Portuguesa, como qualquer lngua viva, est sempre criando

    novas palavras. Para criar suas novas palavras, a lngua recorre a vrios meios chamados processos de formao de palavras.

    Os principais processos de formao das palavras so:

    DERIVAO a formao de uma nova palavra mediante o acrscimo de elementos

    palavra j existente: a) Por sufixao:

    Acrscimo de um sufixo. Exs.: dent - ista , bel - ssimo. b) Por prefixao :

    Acrscimo de um prefixo. Exs.: ab - jurar, ex - diretor. c) Por parassntese:

    Acrscimo de um prefixo e um sufixo. Exs.: en-fur-ecer, en-tard-ecer. d) Derivao imprpria:

    Mudana das classes gramaticais das palavras. Exs.: andar (verbo) - o andar (substantivo). contra (preposio) - o contra (substantivo). fantasma (substantivo) - o homem fantasma (adjetivo). oliveira (subst. comum) - Maria de Oliveira (subst. prprio).

    COMPOSIO a formao de uma nova palavra, unindo-se palavras que j existem na

    lngua: a) Por justaposio : Nenhuma das palavras formadoras perde letra. Exs.: passatempo (= passa + tempo); tenente-coronel = tenente + co-

    ronel). b) Por aglutinao: Pelo menos uma das palavras perde letra. Exs.: fidalgo (= filho + de + algo); embora (= em + boa + hora).

    HIBRIDISMO a criao de uma nova palavra mediante a unio de palavras de ori-

    gens diferentes. Exs.: abreugrafia (portugus e grego), televiso (grego e latim), zincogra-

    fia (alemo e grego).

    Classes de palavras, seu emprego e seus valores semnticos, Flexo nominal e verbal. Emprego de

    tempos e modos verbais.

    Na Lngua Portuguesa existem dez classes de palavras ou classes gra-maticais: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advr-bio, preposio, conjuno, interjeio.

    SUBSTANTIVOS

    Substantivo a palavra varivel em gnero, nmero e grau, que d no-me aos seres em geral.

    So, portanto, substantivos. a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra,

    Valria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado. b) os nomes de aes, estados ou qualidades, tomados como seres: traba-

    lho, corrida, tristeza beleza altura.

    CLASSIFICAO DOS SUBSTANTIVOS a) COMUM - quando designa genericamente qualquer elemento da espcie:

    rio, cidade, pais, menino, aluno b) PRPRIO - quando designa especificamente um determinado elemento.

    Os substantivos prprios so sempre grafados com inicial maiscula: To-cantins, Porto Alegre, Brasil, Martini, Nair.

    c) CONCRETO - quando designa os seres de existncia real ou no, pro-priamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. Verifi-que que sempre possvel visualizar em nossa mente o substantivo con-creto, mesmo que ele no possua existncia real: casa, cadeira, caneta, fada, bruxa, saci.

    d) ABSTRATO - quando designa as coisas que no existem por si, isto , s existem em nossa conscincia, como fruto de uma abstrao, sendo, pois, impossvel visualiz-lo como um ser. Os substantivos abstratos vo, portanto, designar aes, estados ou qualidades, tomados como seres: trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza. Os substantivos abstratos, via de regra, so derivados de verbos ou adje-tivos trabalhar - trabalho correr - corrida alto - altura belo - beleza

    FORMAO DOS SUBSTANTIVOS a) PRIMITIVO: quando no provm de outra palavra existente na lngua

    portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal. b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da lngua portuguesa:

    florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro. c) SIMPLES: quando formado por um s radical: gua, p, couve, dio,

    tempo, sol. d) COMPOSTO: quando formado por mais de um radical: gua-de-

    colnia, p-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito, girassol.

    COLETIVOS Coletivo o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo

    de seres da mesma espcie. Veja alguns coletivos que merecem destaque: alavo - de ovelhas leiteiras alcatia - de lobos lbum - de fotografias, de selos antologia - de trechos literrios escolhidos armada - de navios de guerra armento - de gado grande (bfalo, elefantes, etc) arquiplago - de ilhas assemblia - de parlamentares, de membros de associaes atilho - de espigas de milho atlas - de cartas geogrficas, de mapas banca - de examinadores bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minrios bando - de aves, de pessoal em geral cabido - de cnegos cacho - de uvas, de bananas cfila - de camelos cambada - de ladres, de caranguejos, de chaves cancioneiro - de poemas, de canes caravana - de viajantes cardume - de peixes clero - de sacerdotes colmia - de abelhas conclio - de bispos conclave - de cardeais em reunio para eleger o papa congregao - de professores, de religiosos congresso - de parlamentares, de cientistas conselho - de ministros consistrio - de cardeais sob a presidncia do papa constelao - de estrelas corja - de vadios elenco - de artistas enxame - de abelhas enxoval - de roupas esquadra - de navios de guerra esquadrilha - de avies falange - de soldados, de anjos farndola - de maltrapilhos fato - de cabras fauna - de animais de uma regio feixe - de lenha, de raios luminosos flora - de vegetais de uma regio frota - de navios mercantes, de txis, de nibus girndola - de fogos de artifcio horda - de invasores, de selvagens, de brbaros junta - de bois, mdicos, de examinadores

  • Lngua Portuguesa 4

    jri - de jurados legio - de anjos, de soldados, de demnios malta - de desordeiros manada - de bois, de elefantes matilha - de ces de caa ninhada - de pintos nuvem - de gafanhotos, de fumaa panapan - de borboletas peloto - de soldados penca - de bananas, de chaves pinacoteca - de pinturas plantel - de animais de raa, de atletas quadrilha - de ladres, de bandidos ramalhete - de flores rstia - de alhos, de cebolas rcua - de animais de carga romanceiro - de poesias populares resma - de papel revoada - de pssaros scia - de pessoas desonestas vara - de porcos vocabulrio - de palavras

    FLEXO DOS SUBSTANTIVOS Como j assinalamos, os substantivos variam de gnero, nmero e

    grau. Gnero Em Portugus, o substantivo pode ser do gnero masculino ou femini-

    no: o lpis, o caderno, a borracha, a caneta. Podemos classificar os substantivos em:

    a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, so os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino: aluno/aluna homem/mulher menino /menina carneiro/ovelha Quando a mudana de gnero no marcada pela desinncia, mas pela alterao do radical, o substantivo denomina-se heternimo: padrinho/madrinha bode/cabra cavaleiro/amazona pai/me

    b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: so os que apresentam uma nica

    forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se em:

    1. Substantivos epicenos: so substantivos uniformes, que designam animais: ona, jacar, tigre, borboleta, foca. Caso se queira fazer a distino entre o masculino e o feminino, deve-mos acrescentar as palavras macho ou fmea: ona macho, jacar f-mea

    2. Substantivos comuns de dois gneros: so substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferena de gnero feita pelo arti-go, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estudante, a estudante, este dentista.

    3. Substantivos sobrecomuns: so substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferena de gnero no especificada por ar-tigos ou outros determinantes, que sero invariveis: a criana, o cn-juge, a pessoa, a criatura. Caso se queira especificar o gnero, procede-se assim: uma criana do sexo masculino / o cnjuge do sexo feminino.

    AIguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gnero:

    So masculinos So femininos o antema o telefonema o teorema o trema o edema o eclipse o lana-perfume o fibroma o estratagema o proclama

    o grama (unidade de peso) o d (pena, compaixo) o gape o caudal o champanha o alvar o formicida o guaran o plasma o cl

    a abuso a aluvio a anlise a cal a cataplasma a dinamite a comicho a aguardente

    a derme a omoplata a usucapio a bacanal a lbido a sentinela a hlice

    Mudana de Gnero com mudana de sentido Alguns substantivos, quando mudam de gnero, mudam de sentido. Veja alguns exemplos: o cabea (o chefe, o lder) o capital (dinheiro, bens) o rdio (aparelho receptor) o moral (nimo) o lotao (veculo) o lente (o professor)

    a cabea (parte do corpo) a capital (cidade principal) a rdio (estao transmissora) a moral (parte da Filosofia, con-cluso) a lotao (capacidade) a lente (vidro de aumento)

    Plural dos Nomes Simples

    1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S: casa, casas; pai, pais; im, ims; me, mes.

    2. Os substantivos terminados em O formam o plural em: a) ES (a maioria deles e todos os aumentativos): balco, balces; corao,

    coraes; grandalho, grandalhes. b) ES (um pequeno nmero): co, ces; capito, capites; guardio,

    guardies. c) OS (todos os paroxtonos e um pequeno nmero de oxtonos): cristo,

    cristos; irmo, irmos; rfo, rfos; sto, stos.

    Muitos substantivos com esta terminao apresentam mais de uma forma de plural: aldeo, aldeos ou aldees; charlato, charlates ou charlates; ermito, ermitos ou ermites; tabelio, tabelies ou tabelies, etc. 3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazm,

    armazns; harm, harns; jejum, jejuns. 4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar,

    lares; xadrez, xadrezes; abdmen, abdomens (ou abdmenes); hfen, h-fens (ou hfenes). Obs: carter, caracteres; Lcifer, Lciferes; cnon, cnones.

    5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, ani-mais; papel, papis; anzol, anzis; paul, pauis. Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cnsul, cnsules.

    6. Os substantivos paroxtonos terminados em IL fazem o plural em: fssil, fsseis; rptil, rpteis. Os substantivos oxtonos terminados em IL mudam o l para S: barril, bar-ris; fuzil, fuzis; projtil, projteis.

    7. Os substantivos terminados em S so invariveis, quando paroxtonos: o pires, os pires; o lpis, os lpis. Quando oxtonas ou monosslabos tni-cos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento grfico, portugus, portugueses; burgus, burgueses; ms, meses; s, ases. So invariveis: o cais, os cais; o xis, os xis. So invariveis, tambm, os substantivos terminados em X com valor de KS: o trax, os trax; o nix, os nix.

    8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o subs-tantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porm, o S do substantivo pri-mitivo: corao, coraezinhos; papelzinho, papeizinhos; cozinho, cezi-tos.

    Substantivos s usados no plural afazeres arredores cs confins frias npcias olheiras viveres

    anais belas-artes condolncias exquias fezes culos psames copas, espadas, ouros e paus (naipes)

    Plural dos Nomes Compostos 1. Somente o ltimo elemento varia: a) nos compostos grafados sem hfen: aguardente, aguardentes; clara-

    bia, clarabias; malmequer, malmequeres; vaivm, vaivns; b) nos compostos com os prefixos gro, gr e bel: gro-mestre, gro-

    mestres; gr-cruz, gr-cruzes; bel-prazer, bel-prazeres; c) nos compostos de verbo ou palavra invarivel seguida de substantivo

    ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; quebra-sol, quebra-sis; guarda-comida, guarda-comidas; vice-reitor, vice-reitores; sempre-viva, sem-pre-vivas. Nos compostos de palavras repetidas mela-mela, mela-melas; recoreco, recorecos; tique-tique, tique-tiques)

  • Lngua Portuguesa 5

    2. Somente o primeiro elemento flexionado: a) nos compostos ligados por preposio: copo-de-leite, copos-de-leite;

    pinho-de-riga, pinhos-de-riga; p-de-meia, ps-de-meia; burro-sem-rabo, burros-sem-rabo;

    b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalidade ou limitando a significao do primeiro: pombo-correio, pombos-correio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espada; banana-ma, bananas-ma.

    A tendncia moderna de pluralizar os dois elementos: pombos-correios, homens-rs, navios-escolas, etc.

    3. Ambos os elementos so flexionados: a) nos compostos de substantivo + substantivo: couve-flor, couves-

    flores; redator-chefe, redatores-chefes; carta-compromisso, cartas-compromissos.

    b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-versa): amor-perfeito, amores-perfeitos; gentil-homem, gentis-homens; cara-plida, caras-plidas.

    So invariveis: a) os compostos de verbo + advrbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pi-

    sa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo; b) as expresses substantivas: o chove-no-molha, os chove-no-

    molha; o no-bebe-nem-desocupa-o-copo, os no-bebe-nem-desocupa-o-copo;

    c) os compostos de verbos antnimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o perde-ganha, os perde-ganha.

    Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como o caso por exemplo, de: fruta-po, fruta-pes ou frutas-pes; guarda-marinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, pa-dres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate.

    Adjetivos Compostos Nos adjetivos compostos, apenas o ltimo elemento se flexiona.

    Ex.:histrico-geogrfico, histrico-geogrficos; latino-americanos, latino-americanos; cvico-militar, cvico-militares.

    1) Os adjetivos compostos referentes a cores so invariveis, quando o segundo elemento um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos amarelo-ouro, paredes azul-piscina.

    2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: sur-dos-mudos > surdas-mudas.

    3) O composto azul-marinho invarivel: gravatas azul-marinho.

    Graus do substantivo Dois so os graus do substantivo - o aumentativo e o diminutivo, os quais

    podem ser: sintticos ou analticos. Analtico Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuio do tama-

    nho: boca pequena, prdio imenso, livro grande. Sinttico Constri-se com o auxlio de sufixos nominais aqui apresentados. Principais sufixos aumentativos AA, AO, ALHO, ANZIL, O, ARU, ARRA, ARRO, ASTRO, ZIO,

    ORRA, AZ, UA. Ex.: A barcaa, ricao, grandalho, corpanzil, caldeiro, povaru, bocarra, homenzarro, poetastro, copzio, cabeorra, lobaz, dentu-a.

    Principais Sufixos Diminutivos ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, TIM, ZINHO,

    ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, NCULO, ULA, USCO. Exs.: lobacho, montculo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flautim, pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, glbulo, homncula, apcula, velhusco.

    Observaes: Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, adqui-

    rem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha, etc. Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaru, fogaru, etc.

    usual o emprego dos sufixos diminutivos dando s palavras valor afe-tivo: Joozinho, amorzinho, etc.

    H casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo meramente for-mal, pois no do palavra nenhum daqueles dois sentidos: cartaz, ferro, papelo, carto, folhinha, etc.

    Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e di-minutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, bon-zinho, pequenito.

    Apresentamos alguns substantivos heternimos ou desconexos. Em lu-

    gar de indicarem o gnero pela flexo ou pelo artigo, apresentam radicais diferentes para designar o sexo:

    bode - cabra burro - besta carneiro - ovelha co - cadela cavalheiro - dama compadre - comadre frade - freira frei soror

    genro - nora padre - madre padrasto - madrasta padrinho - madrinha pai - me veado - cerva zango - abelha etc.

    ADJETIVOS

    FLEXO DOS ADJETIVOS Gnero Quanto ao gnero, o adjetivo pode ser: a) Uniforme: quando apresenta uma nica forma para os dois gne-

    ros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mu-lher simples; aluno feliz - aluna feliz.

    b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, ou-tra para o feminino: homem simptico / mulher simptica / homem alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa

    Observao: no que se refere ao gnero, a flexo dos adjetivos se-

    melhante a dos substantivos.

    Nmero a) Adjetivo simples Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os

    substantivos simples: pessoa honesta pessoas honestas regra fcil regras fceis homem feliz homens felizes Observao: os substantivos empregados como adjetivos ficam in-

    variveis: blusa vinho blusas vinho camisa rosa camisas rosa b) Adjetivos compostos Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o ltimo ele-

    mento varia, tanto em gnero quanto em nmero: acordos scio-poltico-econmico acordos scio-poltico-

    econmicos causa scio-poltico-econmica causas scio-poltico-

    econmicas acordo luso-franco-brasileiro acordos luso-franco-brasileiros lente cncavo-convexa lentes cncavo-convexas camisa verde-clara camisas verde-claras sapato marrom-escuro sapatos marrom-escuros

    Observaes: 1) Se o ltimo elemento for substantivo, o adjetivo composto fica inva-

    rivel: camisa verde-abacate camisas verde-abacate sapato marrom-caf sapatos marrom-caf blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro 2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invari-

    veis: blusa azul-marinho blusas azul-marinho camisa azul-celeste camisas azul-celeste 3) No adjetivo composto (como j vimos) surdo-mudo, ambos os ele-

    mentos variam: menino surdo-mudo meninos surdos-mudos menina surda-muda meninas surdas-mudas

  • Lngua Portuguesa 6

    Graus do Adjetivo As variaes de intensidade significativa dos adjetivos podem ser ex-

    pressas em dois graus: - o comparativo - o superlativo Comparativo Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma

    outra qualidade que o prprio ser possui, podemos concluir que ela igual, superior ou inferior. Da os trs tipos de comparativo:

    - Comparativo de igualdade: O espelho to valioso como (ou quanto) o vitral. Pedro to saudvel como (ou quanto) inteligente.

    - Comparativo de superioridade: O ao mais resistente que (ou do que) o ferro. Este automvel mais confortvel que (ou do que) econmico.

    - Comparativo de inferioridade: A prata menos valiosa que (ou do que) o ouro. Este automvel menos econmico que (ou do que) confortvel.

    Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de intensi-

    dade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo: - Superlativo absoluto

    Neste caso no comparamos a qualidade com a de outro ser: Esta cidade poluidssima. Esta cidade muito poluda.

    - Superlativo relativo Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a a outros seres: Este rio o mais poludo de todos. Este rio o menos poludo de todos.

    Observe que o superlativo absoluto pode ser sinttico ou analtico: - Analtico: expresso com o auxlio de um advrbio de intensidade -

    muito trabalhador, excessivamente frgil, etc. - Sinttico: expresso por uma s palavra (adjetivo + sufixo) anti-

    qussimo: cristianssimo, sapientssimo, etc.

    Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, para o compara-tivo e o superlativo, as seguintes formas especiais:

    NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO ABSOLUTO RELATIVO

    bom melhor timo melhor

    mau pior pssimo pior

    grande maior mximo maior

    pequeno menor mnimo menor

    Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintticos:

    acre - acrrimo agradvel - agradabilssimo amargo - amarssimo amigo - amicssimo spero - asprrimo audaz - audacssimo benvolo - benevolentssimo clebre - celebrrimo cruel - crudelssimo eficaz - eficacssimo fiel - fidelssimo frio - frigidssimo incrvel - incredibilssimo ntegro - integrrimo livre - librrimo magro - macrrimo manso - mansuetssimo negro - nigrrimo (negrssimo) pessoal - personalssimo

    gil - aglimo agudo - acutssimo amvel - amabilssimo antigo - antiqussimo atroz - atrocssimo benfico - beneficentssimo capaz - capacssimo cristo - cristianssimo doce - dulcssimo feroz - ferocssimo frgil - fragilssimo humilde - humlimo (humildssimo) inimigo - inimicssimo jovem - juvenssimo magnfico - magnificentssimo malfico - maleficentssimo mido - minutssimo nobre - nobilssimo pobre - pauprrimo (pobrssimo)

    possvel - possibilssimo prspero - prosprrimo pblico - publicssimo sbio - sapientssimo salubre - salubrrimo simples simplicssimo terrvel - terribilssimo velho - vetrrimo voraz - voracssimo

    preguioso - pigrrimo provvel - probabilssimo pudico - pudicssimo sagrado - sacratssimo sensvel - sensibilssimo tenro - tenerissimo ttrico - tetrrimo visvel - visibilssimo vulnervel - vuInerabilssimo

    Adjetivos Gentlicos e Ptrios Arglia argelino Bizncio - bizantino Bston - bostoniano Bragana - bragantino Bucareste - bucarestino, -bucarestense Cairo - cairota Cana - cananeu Catalunha - catalo Chicago - chicaguense Coimbra - coimbro, conim-bricense Crsega - corso Crocia - croata Egito - egpcio Equador - equatoriano Filipinas - filipino Florianpolis - florianopolitano Fortaleza - fortalezense Gabo - gabons Genebra - genebrino Goinia - goianense Groenlndia - groenlands Guin - guinu, guineense Himalaia - himalaico Hungria - hngaro, magiar Iraque - iraquiano Joo Pessoa - pessoense La Paz - pacense, pacenho Macap - macapaense Macei - maceioense Madri - madrileno Maraj - marajoara Moambique - moambicano Montevidu - montevideano Normndia - normando Pequim - pequins Porto - portuense Quito - quitenho Santiago - santiaguense So Paulo (Est.) - paulista So Paulo (cid.) - paulistano Terra do Fogo - fueguino Trs Coraes - tricordiano Tripoli - tripolitano Veneza - veneziano

    Bagd - bagdali Bogot - bogotano Braga - bracarense Braslia - brasiliense Buenos Aires - portenho, buenairense Campos - campista Caracas - caraquenho Ceilo - cingals Chipre - cipriota Crdova - cordovs Creta - cretense Cuiab - cuiabano EI Salvador - salvadorenho Esprito Santo - esprito-santense, capixaba vora - eborense Finlndia - finlands Formosa - formosano Foz do lguau - iguauense Galiza - galego Gibraltar - gibraltarino Granada - granadino Guatemala - guatemalteco Haiti - haitiano Honduras - hondurenho Ilhus - ilheense Jerusalm - hierosolimita Juiz de Fora - juiz-forense Lima - limenho Macau - macaense Madagscar - malgaxe Manaus - manauense Minho - minhoto Mnaco - monegasco Natal - natalense Nova lguau - iguauano Pisa - pisano Pvoa do Varzim - poveiro Rio de Janeiro (Est.) - fluminense Rio de Janeiro (cid.) - carioca Rio Grande do Norte - potiguar Salvador salvadorenho, soteropolitano Toledo - toledano Rio Grande do Sul - gacho Varsvia - varsoviano Vitria - vitoriense

    Locues Adjetivas As expresses de valor adjetivo, formadas de preposies mais subs-

    tantivos, chamam-se LOCUES ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem ser substitudas por um adjetivo correspondente.

    CONCORDNCIA ENTRE ADJETIVO E SUBSTANTIVO

    O adjetivo concorda com o substantivo em gnero e nmero. Aluno estudioso; Aluna estudiosa. Alunos estudiosos; Alunas estudiosas. O adjetivo vai normalmente para o plural, quando se refere a mais de

    um substantivo, porm, vai para o masculino plural se os substantivos forem de gneros diferentes.

  • Lngua Portuguesa 7

    Face e boca lindas. Rosto e cabelo macios. Mo e nariz compridos Dedo e unha limpos. O adjetivo pode concordar em gnero e nmero com o substantivo

    mais prximo, quando os substantivos so sinnimos, ou mesmo quando um adjetivo os precede.

    Progresso e marcha humana. Como fizeste mau servio e tarefa! O adjetivo concorda com o mais prximo, quando se refere a vrios

    substantivos no plural. Mos e narizes compridos. Dedos e unhas limpas. Amores e iluses fantsticas. O substantivo permanece no plural, quando vem acompanhado de dois

    ou mais adjetivos no singular, exprimindo partes. O velho e novo Testamentos. Os acordos brasileiro e americano.

    CONCORDNCIA ENTRE VERBO E SUBSTANTIVO

    O verbo concorda com o sujeito em nmero e pessoa. Eu amo. Ns trabalhamos. Pedro tem uma linda casa.

    O sujeito composto leva o verbo para o plural. Paulo e Maria foram praia. Renata e Josefina estudam bastante para passar no concurso.

    PRONOMES

    Pronome a palavra varivel em gnero, nmero e pessoa, que repre-senta ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso. Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome substantivo.

    Ele chegou. (ele) Convidei-o. (o)

    Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a ex-tenso de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo.

    Esta casa antiga. (esta) Meu livro antigo. (meu)

    Classificao dos Pronomes H, em Portugus, seis espcies de pronomes: pessoais: eu, tu, ele/ela, ns, vs, eles/elas e as formas oblquas

    de tratamento: possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexes; demonstrativos: este, esse, aquele e flexes; isto, isso, aquilo; relativos: o qual, cujo, quanto e flexes; que, quem, onde; indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, v-

    rios, tanto quanto, qualquer e flexes; algum, ningum, tudo, ou-trem, nada, cada, algo.

    interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases in-terrogativas.

    PRONOMES PESSOAIS Pronomes pessoais so aqueles que representam as pessoas do dis-

    curso: 1 pessoa: quem fala, o emissor.

    Eu sai (eu) Ns samos (ns) Convidaram-me (me) Convidaram-nos (ns)

    2 pessoa: com quem se fala, o receptor. Tu saste (tu) Vs sastes (vs) Convidaram-te (te) Convidaram-vos (vs)

    3 pessoa: de que ou de quem se fala, o referente. Ele saiu (ele) Eles sairam (eles) Convidei-o (o) Convidei-os (os)

    Os pronomes pessoais so os seguintes:

    NMERO PESSOA CASO RETO CASO OBLQUO singular 1

    2 3

    eu tu

    ele, ela

    me, mim, comigo te, ti, contigo

    se, si, consigo, o, a, lhe plural 1

    2 3

    ns vs

    eles, elas

    ns, conosco vs, convosco

    se, si, consigo, os, as, lhes

    PRONOMES DE TRATAMENTO Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tra-

    tamento. Referem-se pessoa a quem se fala, embora a concordncia deva ser feita com a terceira pessoa. Convm notar que, exceo feita a voc, esses pronomes so empregados no tratamento cerimonioso.

    Veja, a seguir, alguns desses pronomes: PRONOME ABREV. EMPREGO Vossa Alteza V. A. prncipes, duques Vossa Eminncia V .Ema cardeais

    Vossa Excelncia V.Exa altas autoridades em geral Vossa Magnificncia V. Mag a reitores de universidades Vossa Reverendssima V. Revma sacerdotes em geral Vossa Santidade V.S. papas Vossa Senhoria V.Sa funcionrios graduados Vossa Majestade V.M. reis, imperadores

    So tambm pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, voc, vo-cs.

    EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS

    1. Os pronomes pessoais do caso reto (EU, TU, ELE/ELA, NS, VS, ELES/ELAS) devem ser empregados na funo sinttica de sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento: Convidaram ELE para a festa (errado) Receberam NS com ateno (errado) EU cheguei atrasado (certo) ELE compareceu festa (certo)

    2. Na funo de complemento, usam-se os pronomes oblquos e no os pronomes retos: Convidei ELE (errado) Chamaram NS (errado) Convidei-o. (certo) Chamaram-NOS. (certo)

    3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipados de preposi-o, passam a funcionar como oblquos. Neste caso, considera-se cor-reto seu emprego como complemento: Informaram a ELE os reais motivos. Emprestaram a NS os livros. Eles gostam muito de NS.

    4. As formas EU e TU s podem funcionar como sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento: Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado) Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo)

    Como regra prtica, podemos propor o seguinte: quando precedidas de

    preposio, no se usam as formas retas EU e TU, mas as formas oblquas MIM e TI:

    Ningum ir sem EU. (errado) Nunca houve discusses entre EU e TU. (errado) Ningum ir sem MIM. (certo) Nunca houve discusses entre MIM e TI. (certo)

    H, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas EU e

    TU mesmo precedidas por preposio: quando essas formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo.

    Deram o livro para EU ler (ler: sujeito) Deram o livro para TU leres (leres: sujeito)

  • Lngua Portuguesa 8

    Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU obri-gatrio, na medida em que tais pronomes exercem a funo sinttica de sujeito. 5. Os pronomes oblquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados

    somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construo em que os referidos pronomes no sejam reflexivos: Querida, gosto muito de SI. (errado) Preciso muito falar CONSIGO. (errado) Querida, gosto muito de voc. (certo) Preciso muito falar com voc. (certo)

    Observe que nos exemplos que seguem no h erro algum, pois os

    pronomes SE, SI, CONSIGO, foram empregados como reflexivos: Ele feriu-se Cada um faa por si mesmo a redao O professor trouxe as provas consigo

    6. Os pronomes oblquos CONOSCO e CONVOSCO so utilizados normalmente em sua forma sinttica. Caso haja palavra de reforo, tais pronomes devem ser substitudos pela forma analtica: Queriam falar conosco = Queriam falar com ns dois Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vs prprios.

    7. Os pronomes oblquos podem aparecer combinados entre si. As com-binaes possveis so as seguintes: me+o=mo te+o=to lhe+o=lho nos + o = no-lo vos + o = vo-lo lhes + o = lho

    me + os = mos te + os = tos lhe + os = lhos nos + os = no-los vos + os = vo-los lhes + os = lhos

    A combinao tambm possvel com os pronomes oblquos femininos

    a, as. me+a=ma me + as = mas te+a=ta te + as = tas

    - Voc pagou o livro ao livreiro? - Sim, paguei-LHO.

    Verifique que a forma combinada LHO resulta da fuso de LHE (que

    representa o livreiro) com O (que representa o livro). 8. As formas oblquas O, A, OS, AS so sempre empregadas como

    complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas LHE, LHES so empregadas como complemento de verbos transitivos indiretos: O menino convidou-a. (V.T.D ) O filho obedece-lhe. (V.T. l ) Consideram-se erradas construes em que o pronome O (e flexes)

    aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as construes em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de verbos transitivos diretos:

    Eu lhe vi ontem. (errado) Nunca o obedeci. (errado) Eu o vi ontem. (certo) Nunca lhe obedeci. (certo)

    9. H pouqussimos casos em que o pronome oblquo pode funcionar

    como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblquo ser sujeito desse in-finitivo: Deixei-o sair. Vi-o chegar. Sofia deixou-se estar janela.

    fcil perceber a funo do sujeito dos pronomes oblquos, desenvol-

    vendo as oraes reduzidas de infinitivo: Deixei-o sair = Deixei que ele sasse.

    10. No se considera errada a repetio de pronomes oblquos:

    A mim, ningum me engana. A ti tocou-te a mquina mercante.

    Nesses casos, a repetio do pronome oblquo no constitui pleonas-mo vicioso e sim nfase. 11. Muitas vezes os pronomes oblquos equivalem a pronomes possessivo,

    exercendo funo sinttica de adjunto adnominal: Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro. No escutei-lhe os conselhos = No escutei os seus conselhos.

    12. As formas plurais NS e VS podem ser empregadas para representar

    uma nica pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de mo-dstia: Ns - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes. Vs sois minha salvao, meu Deus!

    13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando

    nos dirigimos pessoa representada pelo pronome, e por SUA, quando falamos dessa pessoa: Ao encontrar o governador, perguntou-lhe: Vossa Excelncia j aprovou os projetos? Sua Excelncia, o governador, dever estar presente na inaugurao.

    14. VOC e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE,

    VOSSA ALTEZA) embora se refiram pessoa com quem falamos (2 pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como pronomes de terceira pessoa: Voc trouxe seus documentos? Vossa Excelncia no precisa incomodar-se com seus problemas. COLOCAO DE PRONOMES Em relao ao verbo, os pronomes tonos (ME, TE, SE, LHE, O, A,

    NS, VS, LHES, OS, AS) podem ocupar trs posies: 1. Antes do verbo - prclise

    Eu te observo h dias. 2. Depois do verbo - nclise

    Observo-te h dias. 3. No interior do verbo - mesclise Observar-te-ei sempre.

    nclise Na linguagem culta, a colocao que pode ser considerada normal a

    nclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento direto ou indireto.

    O pai esperava-o na estao agitada. Expliquei-lhe o motivo das frias.

    Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a

    nclise a colocao recomendada nos seguintes casos: 1. Quando o verbo iniciar a orao: Voltei-me em seguida para o cu lmpido. 2. Quando o verbo iniciar a orao principal precedida de pausa: Como eu achasse muito breve, explicou-se. 3. Com o imperativo afirmativo: Companheiros, escutai-me. 4. Com o infinitivo impessoal: A menina no entendera que engorda-las seria apressar-lhes um

    destino na mesa. 5. Com o gerndio, no precedido da preposio EM: E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo. 6. Com o verbo que inicia a coordenada assindtica. A velha amiga trouxe um leno, pediu-me uma pequena moeda de meio

    franco.

    Prclise Na linguagem culta, a prclise recomendada:

    1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos, interrogativos e conjunes. As crianas que me serviram durante anos eram bichos. Tudo me parecia que ia ser comida de avio. Quem lhe ensinou esses modos? Quem os ouvia, no os amou. Que lhes importa a eles a recompensa? Emlia tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.

  • Lngua Portuguesa 9

    2. Nas oraes optativas (que exprimem desejo): Papai do cu o abenoe. A terra lhes seja leve.

    3. Com o gerndio precedido da preposio EM: Em se animando, comea a contagiar-nos. Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse.

    4. Com advrbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja pausa entre eles. Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova. Antes, falava-se to-somente na aguardente da terra.

    Mesclise Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente

    e do futuro do pretrito do indicativo, desde que estes verbos no estejam precedidos de palavras que reclamem a prclise.

    Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris. Dir-se-ia vir do oco da terra. Mas: No me lembrarei de alguns belos dias em Paris. Jamais se diria vir do oco da terra. Com essas formas verbais a nclise inadmissvel: Lembrarei-me (!?) Diria-se (!?) O Pronome tono nas Locues Verbais

    1. Auxiliar + infinitivo ou gerndio - o pronome pode vir procltico ou encltico ao auxiliar, ou depois do verbo principal. Podemos contar-lhe o ocorrido. Podemos-lhe contar o ocorrido. No lhes podemos contar o ocorrido. O menino foi-se descontraindo. O menino foi descontraindo-se. O menino no se foi descontraindo.

    2. Auxiliar + particpio passado - o pronome deve vir encltico ou procltico ao auxiliar, mas nunca encltico ao particpio. "Outro mrito do positivismo em relao a mim foi ter-me levado a Des-cartes ." Tenho-me levantado cedo. No me tenho levantado cedo.

    O uso do pronome tono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o

    auxiliar e o gerndio, j est generalizado, mesmo na linguagem culta. Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, o da colocao do pronome no incio da orao, o que se deve evitar na lingua-gem escrita.

    PRONOMES POSSESSIVOS Os pronomes possessivos referem-se s pessoas do discurso, atribu-

    indo-lhes a posse de alguma coisa.

    Quando digo, por exemplo, meu livro, a palavra meu informa que o livro pertence a 1 pessoa (eu)

    Eis as formas dos pronomes possessivos: 1 pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS. 2 pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS. 3 pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS. 1 pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS. 2 pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS. 3 pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS.

    Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referir-se 3 pessoa (seu pai = o pai dele), como 2 pessoa do discurso (seu pai = o pai de voc).

    Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem margem a ambigi-dade, devem ser substitudos pelas expresses dele(s), dela(s).

    Ex.:Voc bem sabe que eu no sigo a opinio dele. A opinio dela era que Camilo devia tornar casa deles. Eles batizaram com o nome delas as guas deste rio.

    Os possessivos devem ser usados com critrio. Substitu-los pelos pro-nomes oblquos comunica frase desenvoltura e elegncia.

    Crispim Soares beijou-lhes as mos agradecido (em vez de: beijou as suas mos).

    No me respeitava a adolescncia. A repulsa estampava-se-lhe nos msculos da face. O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos. Alm da idia de posse, podem ainda os pronomes exprimir: 1. Clculo aproximado, estimativa: Ele poder ter seus quarenta e cinco anos 2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se personagem de uma histria O nosso homem no se deu por vencido. Chama-se Falco o meu homem 3. O mesmo que os indefinidos certo, algum Eu c tenho minhas dvidas Cornlio teve suas horas amargas 4. Afetividade, cortesia Como vai, meu menino? No os culpo, minha boa senhora, no os culpo No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de paren-

    tes de famlia. assim que um moo deve zelar o nome dos seus? Podem os possessivos ser modificados por um advrbio de intensida-

    de. Levaria a mo ao colar de prolas, com aquele gesto to seu, quando

    no sabia o que dizer.

    PRONOMES DEMONSTRATIVOS So aqueles que determinam, no tempo ou no espao, a posio da

    coisa designada em relao pessoa gramatical.

    Quando digo este livro, estou afirmando que o livro se encontra perto de mim a pessoa que fala. Por outro lado, esse livro indica que o livro est longe da pessoa que fala e prximo da que ouve; aquele livro indica que o livro est longe de ambas as pessoas.

    Os pronomes demonstrativos so estes: ESTE (e variaes), isto = 1 pessoa ESSE (e variaes), isso = 2 pessoa AQUELE (e variaes), prprio (e variaes) MESMO (e variaes), prprio (e variaes) SEMELHANTE (e variao), tal (e variao)

    Emprego dos Demonstrativos 1. ESTE (e variaes) e ISTO usam-se: a) Para indicar o que est prximo ou junto da 1 pessoa (aquela que

    fala). Este documento que tenho nas mos no meu. Isto que carregamos pesa 5 kg. b) Para indicar o que est em ns ou o que nos abrange fisicamente: Este corao no pode me trair. Esta alma no traz pecados. Tudo se fez por este pas.. c) Para indicar o momento em que falamos: Neste instante estou tranqilo. Deste minuto em diante vou modificar-me. d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas prximo do

    momento em que falamos: Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile. Esta noite (= a noite que passou) no dormi bem. Um dia destes estive em Porto Alegre. e) Para indicar que o perodo de tempo mais ou menos extenso e no

    qual se inclui o momento em que falamos: Nesta semana no choveu. Neste ms a inflao foi maior. Este ano ser bom para ns. Este sculo terminar breve. f) Para indicar aquilo de que estamos tratando: Este assunto j foi discutido ontem. Tudo isto que estou dizendo j velho. g) Para indicar aquilo que vamos mencionar: S posso lhe dizer isto: nada somos. Os tipos de artigo so estes: definidos e indefinidos.

  • Lngua Portuguesa 10

    2. ESSE (e variaes) e ISSO usam-se: a) Para indicar o que est prximo ou junto da 2 pessoa (aquela com

    quem se fala): Esse documento que tens na mo teu? Isso que carregas pesa 5 kg. b) Para indicar o que est na 2 pessoa ou que a abrange fisicamente: Esse teu corao me traiu. Essa alma traz inmeros pecados. Quantos vivem nesse pais? c) Para indicar o que se encontra distante de ns, ou aquilo de que dese-

    jamos distncia: O povo j no confia nesses polticos. No quero mais pensar nisso. d) Para indicar aquilo que j foi mencionado pela 2 pessoa: Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde. O que voc quer dizer com isso? e) Para indicar tempo passado, no muito prximo do momento em que

    falamos: Um dia desses estive em Porto Alegre. Comi naquele restaurante dia desses. f) Para indicar aquilo que j mencionamos: Fugir aos problemas? Isso no do meu feitio. Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia no est muito distan-

    te. 3. AQUELE (e variaes) e AQUILO usam-se: a) Para indicar o que est longe das duas primeiras pessoas e refere-se

    3. Aquele documento que l est teu? Aquilo que eles carregam pesa 5 kg. b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante. Naquele instante estava preocupado. Daquele instante em diante modifiquei-me. Usamos, ainda, aquela semana, aquele ms, aquele ano, aquele

    sculo, para exprimir que o tempo j decorreu. 4. Quando se faz referncia a duas pessoas ou coisas j mencionadas,

    usa-se este (ou variaes) para a ltima pessoa ou coisa e aquele (ou variaes) para a primeira:

    Ao conversar com lsabel e Lus, notei que este se encontrava nervoso e aquela tranqila.

    5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela preposio DE, pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural:

    Voc teria coragem de proferir um palavro desses, Rose? Com um frio destes no se pode sair de casa. Nunca vi uma coisa daquelas. 6. MESMO e PRPRIO variam em gnero e nmero quando tm carter

    reforativo: Zilma mesma (ou prpria) costura seus vestidos. Lus e Lusa mesmos (ou prprios) arrumam suas camas. 7. O (e variaes) pronome demonstrativo quando equivale a AQUILO,

    ISSO ou AQUELE (e variaes). Nem tudo (aquilo) que reluz ouro. O (aquele) que tem muitos vcios tem muitos mestres. Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames. A sorte mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela no ama os

    homens superiores. 8. NISTO, em incio de frase, significa ENTO, no mesmo instante: A menina ia cair, nisto, o pai a segurou 9. Tal pronome demonstrativo quando tomado na acepo DE ESTE,

    ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO. Tal era a situao do pas. No disse tal. Tal no pde comparecer.

    Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitu-des tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompanha QUE, formando a expresso que tal? (? que lhe parece?) em frases como Que tal minha filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo DE QUAL ou OUTRO TAL:

    Suas manias eram tais quais as minhas. A me era tal quais as filhas. Os filhos so tais qual o pai. Tal pai, tal filho.

    pronome substantivo em frases como: No encontrarei tal (= tal coisa). No creio em tal (= tal coisa)

    PRONOMES RELATIVOS Veja este exemplo: Armando comprou a casa QUE lhe convinha. A palavra que representa o nome casa, relacionando-se com o termo

    casa um pronome relativo. PRONOMES RELATIVOS so palavras que representam nomes j re-

    feridos, com os quais esto relacionados. Da denominarem-se relativos. A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente.

    No exemplo dado, o antecedente casa. Outros exemplos de pronomes relativos: Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos. O lugar onde paramos era deserto. Traga tudo quanto lhe pertence. Leve tantos ingressos quantos quiser. Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do concurso? Eis o quadro dos pronomes relativos:

    VARIVEIS INVARIVEIS

    Masculino Feminino o qual

    os quais a qual

    as quais quem

    cujo cujos cuja cujas que quanto quantos

    quanta quantas onde

    Observaes:

    1. O pronome relativo QUEM s se aplica a pessoas, tem antecedente, vem sempre antecedido de preposio, e equivale a O QUAL. O mdico de quem falo meu conterrneo.

    2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem sempre um substantivo sem artigo. Qual ser o animal cujo nome a autora no quis revelar?

    3. QUANTO(s) e QUANTA(s) so pronomes relativos quando precedidos de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. Tenho tudo quanto quero. Leve tantos quantos precisar. Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou.

    4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a EM QUE. A casa onde (= em que) moro foi de meu av.

    PRONOMES INDEFINIDOS Estes pronomes se referem 3 pessoa do discurso, designando-a de

    modo vago, impreciso, indeterminado. 1. So pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUM, FULANO,

    SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUM, OUTREM, QUEM, TUDO Exemplos: Algo o incomoda? Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve. No faas a outrem o que no queres que te faam. Quem avisa amigo . Encontrei quem me pode ajudar. Ele gosta de quem o elogia.

    2. So pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, CERTA CERTAS. Cada povo tem seus costumes. Certas pessoas exercem vrias profisses. Certo dia apareceu em casa um reprter famoso. PRONOMES INTERROGATIVOS Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de

    modo impreciso 3 pessoa do discurso. Exemplos: Que h? Que dia hoje?

  • Lngua Portuguesa 11

    Reagir contra qu? Por que motivo no veio? Quem foi? Qual ser? Quantos vm? Quantas irms tens?

    ARTIGO

    Artigo uma palavra que antepomos aos substantivos para determin-los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gnero e o nmero.

    Dividem-se em definidos: O, A, OS, AS indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS.

    Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular. Viajei com o mdico. (Um mdico referido, conhecido, determinado).

    Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral.

    Viajei com um mdico. (Um mdico no referido, desconhecido, inde-terminado).

    lsoladamente, os artigos so palavras de todo vazias de sentido.

    NUMERAL

    Numeral a palavra que indica quantidade, ordem, mltiplo ou frao.

    O numeral classifica-se em: - cardinal - quando indica quantidade. - ordinal - quando indica ordem. - multiplicativo - quando indica multiplicao. - fracionrio - quando indica fracionamento.

    Exemplos: Silvia comprou dois livros. Antnio marcou o primeiro gol. Na semana seguinte, o anel custar o dobro do preo. O galinheiro ocupava um quarto da quintal.

    QUADRO BSICO DOS NUMERAIS

    Algarismos Numerais

    Roma-nos

    Arbi-cos

    Cardinais Ordinais Multiplica-tivos

    Fracionrios

    I 1 um primeiro simples -

    II 2 dois segundo duplo dobro

    meio

    III 3 trs terceiro trplice tero

    IV 4 quatro quarto qudruplo quarto

    V 5 cinco quinto quntuplo quinto

    VI 6 seis sexto sxtuplo sexto

    VII 7 sete stimo stuplo stimo

    VIII 8 oito oitavo ctuplo oitavo

    IX 9 nove nono nnuplo nono

    X 10 dez dcimo dcuplo dcimo

    XI 11 onze dcimo primeiro

    onze avos

    XII 12 doze dcimo segundo

    doze avos

    XIII 13 treze dcimo terceiro

    treze avos

    XIV 14 quatorze dcimo quarto

    quatorze avos

    XV 15 quinze dcimo quinto

    quinze avos

    XVI 16 dezesseis dcimo sexto

    dezesseis avos

    XVII 17 dezessete dcimo stimo

    dezessete avos

    XVIII 18 dezoito dcimo oitavo

    dezoito avos

    XIX 19 dezenove dcimo nono dezenove

    avos

    XX 20 vinte vigsimo vinte avos

    XXX 30 trinta trigsimo trinta avos

    XL 40 quarenta quadrag-simo

    quarenta avos

    L 50 cinqenta qinquag-simo

    cinqenta avos

    LX 60 sessenta sexagsimo sessenta avos

    LXX 70 setenta septuagsi-mo

    setenta avos

    LXXX 80 oitenta octogsimo oitenta avos

    XC 90 noventa nonagsimo noventa avos

    C 100 cem centsimo centsimo

    CC 200 duzentos ducentsimo ducentsimo

    CCC 300 trezentos trecentsimo trecentsimo

    CD 400 quatrocen-tos

    quadringen-tsimo

    quadringen-tsimo

    D 500 quinhen-tos

    qingent-simo

    qingent-simo

    DC 600 seiscentos sexcentsi-mo

    sexcentsi-mo

    DCC 700 setecen-tos

    septingent-simo

    septingent-simo

    DCCC 800 oitocentos octingent-simo

    octingent-simo

    CM 900 novecen-tos

    nongentsi-mo

    nongentsi-mo

    M 1000 mil milsimo milsimo

    Emprego do Numeral Na sucesso de papas, reis, prncipes, anos, sculos, captulos, etc.

    empregam-se de 1 a 10 os ordinais. Joo Paulo I I (segundo) ano lll (ano terceiro) Luis X (dcimo) ano I (primeiro) Pio lX (nono) sculo lV (quarto) De 11 em diante, empregam-se os cardinais: Leo Xlll (treze) ano Xl (onze) Pio Xll (doze) sculo XVI (dezesseis) Luis XV (quinze) capitulo XX (vinte)

    Se o numeral aparece antes, lido como ordinal. XX Salo do Automvel (vigsimo) VI Festival da Cano (sexto) lV Bienal do Livro (quarta) XVI captulo da telenovela (dcimo sexto)

    Quando se trata do primeiro dia do ms, deve-se dar preferncia ao emprego do ordinal.

    Hoje primeiro de setembro No aconselhvel iniciar perodo com algarismos 16 anos tinha Patrcia = Dezesseis anos tinha Patrcia

    A ttulo de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos ordi-nais. Ex.: casa vinte e um (= a vigsima primeira casa), pgina trinta e dois (= a trigsima segunda pgina). Os cardinais um e dois no variam nesse caso porque est subentendida a palavra nmero. Casa nmero vinte e um, pgina nmero trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever tambm: a folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense, vemos o numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas.

    VERBOS

    CONCEITO As palavras em destaque no texto abaixo exprimem aes, situando-

    as no tempo. Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a re-

    ceita de como mat-las. Que misturasse em partes iguais acar, farinha e gesso. A farinha e o acar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas. Assim fiz. Morreram.

    (Clarice Lispector)

  • Lngua Portuguesa 12

    Essas palavras so verbos. O verbo tambm pode exprimir: a) Estado: No sou alegre nem sou triste. Sou poeta. b) Mudana de estado: Meu av foi buscar ouro. Mas o ouro virou terra. c) Fenmeno:

    Chove. O cu dorme.

    VERBO a palavra varivel que exprime ao, estado, mudana de estado e fenmeno, situando-se no tempo.

    FLEXES O verbo a classe de palavras que apresenta o maior nmero de fle-

    xes na lngua portuguesa. Graas a isso, uma forma verbal pode trazer em si diversas informaes. A forma CANTVAMOS, por exemplo, indica:

    a ao de cantar. a pessoa gramatical que pratica essa ao (ns). o nmero gramatical (plural). o tempo em que tal ao ocorreu (pretrito). o modo como encarada a ao: um fato realmente acontecido no

    passado (indicativo). que o sujeito pratica a ao (voz ativa).

    Portanto, o verbo flexiona-se em nmero, pessoa, modo, tempo e voz. 1. NMERO: o verbo admite singular e plural: O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular). Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural). 2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as trs pessoas gramaticais: 1 pessoa: aquela que fala. Pode ser a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeo. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NS. Ex.: Ns adorme-

    cemos. 2 pessoa: aquela que ouve. Pode ser a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VS. Ex.:Vs adormeceis. 3 pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela

    adormece. b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.: Eles

    adormecem. 3. MODO: a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do falante

    em relao ao fato que comunica. H trs modos em portugus. a) indicativo: a atitude do falante de certeza diante do fato. A cachorra Baleia corria na frente. b) subjuntivo: a atitude do falante de dvida diante do fato. Talvez a cachorra Baleia corra na frente . c) imperativo: o fato enunciado como uma ordem, um conselho, um

    pedido Corra na frente, Baleia. 4. TEMPO: a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no tempo,

    em relao ao momento em que se fala. Os trs tempos bsicos so: a) presente: a ao ocorre no momento em que se fala: Fecho os olhos, agito a cabea. b) pretrito (passado): a ao transcorreu num momento anterior quele

    em que se fala: Fechei os olhos, agitei a cabea. c) futuro: a ao poder ocorrer aps o momento em que se fala: Fecharei os olhos, agitarei a cabea. O pretrito e o futuro admitem subdivises, o que no ocorre com o

    presente.

    Veja o esquema dos tempos simples em portugus: Presente (falo)

    INDICATIVO Pretrito perfeito ( falei) Imperfeito (falava) Mais- que-perfeito (falara) Futuro do presente (falarei) do pretrito (falaria) Presente (fale) SUBJUNTIVO Pretrito imperfeito (falasse)

    Futuro (falar)

    H ainda trs formas que no exprimem exatamente o tempo em que se d o fato expresso. So as formas nominais, que completam o esquema dos tempos simples.

    Infinitivo impessoal (falar) Pessoal (falar eu, falares tu, etc.) FORMAS NOMINAIS Gerndio (falando)

    Particpio (falado) 5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser: a) agente do fato expresso. O carroceiro disse um palavro. (sujeito agente) O verbo est na voz ativa. b) paciente do fato expresso: Um palavro foi dito pelo carroceiro. (sujeito paciente) O verbo est na voz passiva. c) agente e paciente do fato expresso: O carroceiro machucou-se. (sujeito agente e paciente) O verbo est na voz reflexiva. 6. FORMAS RIZOTNICAS E ARRIZOTNICAS: d-se o nome de

    rizotnica forma verbal cujo acento tnico est no radical. Falo - Estudam. D-se o nome de arrizotnica forma verbal cujo acento tnico est

    fora do radical. Falamos - Estudarei. 7. CLASSIFICACO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em: a) regulares - so aqueles que possuem as desinncias normais de sua

    conjugao e cuja flexo no provoca alteraes no radical: canto - cantei - cantarei cantava - cantasse.

    b) irregulares - so aqueles cuja flexo provoca alteraes no radical ou nas desinncias: fao - fiz - farei - fizesse.

    c) defectivos - so aqueles que no apresentam conjugao completa, como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fe-nmenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc.

    d) abundantes - so aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, essa caracterstica ocorre no particpio: ma-tado - morto - enxugado - enxuto.

    e) anmalos - so aqueles que incluem mais de um radical em sua conju-gao.

    verbo ser: sou - fui verbo ir: vou - ia

    QUANTO EXISTNCIA OU NO DO SUJEITO 1. Pessoais: so aqueles que se referem a qualquer sujeito implcito ou

    explcito. Quase todos os verbos so pessoais. O Nino apareceu na porta. 2. Impessoais: so aqueles que no se referem a qualquer sujeito implci-

    to ou explcito. So utilizados sempre na 3 pessoa. So impessoais: a) verbos que indicam fenmenos meteorolgicos: chover, nevar, ventar,

    etc. Garoava na madrugada roxa. b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer: Houve um espetculo ontem. H alunos na sala. Havia o cu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos

    claros. c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenmeno meteorolgico. Fazia dois anos que eu estava casado. Faz muito frio nesta regio?

    O VERBO HAVER (empregado impessoalmente) O verbo haver impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente na

    3 pessoa do singular - quando significa: 1) EXISTIR

    H pessoas que nos querem bem. Criaturas infalveis nunca houve nem haver. Brigavam toa, sem que houvesse motivos srios. Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores.

    2) ACONTECER, SUCEDER Houve casos difceis na minha profisso de mdico. No haja desavenas entre vs. Naquele presdio havia freqentes rebelies de presos.

  • Lngua Portuguesa 13

    3) DECORRER, FAZER, com referncia ao tempo passado: H meses que no o vejo. Haver nove dias que ele nos visitou. Havia j duas semanas que Marcos no trabalhava. O fato aconteceu h cerca de oito meses. Quando pode ser substitudo por FAZIA, o verbo HAVER concorda no pretrito imperfeito, e no no presente: Havia (e no H) meses que a escola estava fechada. Morvamos ali havia (e no H) dois anos. Ela conseguira emprego havia (e no H) pouco tempo. Havia (e no H) muito tempo que a policia o procurava.

    4) REALIZAR-SE Houve festas e jogos. Se no chovesse, teria havido outros espetculos. Todas as noites havia ensaios das escolas de samba.

    5) Ser possvel, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e seguido de infinitivo): Em pontos de cincia no h transigir. No h cont-lo, ento, no mpeto. No havia descrer na sinceridade de ambos. Mas olha, Tomsia, que no h fiar nestas afeiezinhas. E no houve convenc-lo do contrrio. No havia por que ficar ali a recriminar-se.

    Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locuo adverbial de h muito (= desde muito tempo, h muito tempo):

    De h muito que esta rvore no d frutos. De h muito no o vejo.

    O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com ele formam locuo, os quais, por isso, permanecem invariveis na 3 pessoa do singular:

    Vai haver eleies em outubro. Comeou a haver reclamaes. No pode haver umas sem as outras. Parecia haver mais curiosos do que interessados. Mas haveria outros defeitos, devia haver outros. A expresso correta HAJA VISTA, e no HAJA VISTO. Pode ser

    construda de trs modos: Hajam vista os livros desse autor. Haja vista os livros desse autor. Haja vista aos livros desse autor.

    CONVERSO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o

    sentido da frase. Exemplo: Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa) A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva)

    Observe que o objeto direto ser o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passar a agente da passiva e o verbo assumir a forma passiva, conser-vando o mesmo tempo.

    Outros exemplos: Os calores intensos provocam as chuvas. As chuvas so provocadas pelos calores intensos. Eu o acompanharei. Ele ser acompanhado por mim. Todos te louvariam. Serias louvado por todos. Prejudicaram-me. Fui prejudicado. Condenar-te-iam. Serias condenado. EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS

    a) Presente Emprega-se o presente do indicativo para assinalar: - um fato que ocorre no momento em que se fala. Eles estudam silenciosamente. Eles esto estudando silenciosamente.

    - uma ao habitual. Corra todas as manhs. - uma verdade universal (ou tida como tal): O homem mortal. A mulher ama ou odeia, no h outra alternativa. - fatos j passados. Usa-se o presente em lugar do pretrito para dar

    maior realce narrativa. Em 1748, Montesquieu publica a obra "O Esprito das Leis". o chamado presente histrico ou narrativo. - fatos futuros no muito distantes, ou mesmo incertos: Amanh vou escola. Qualquer dia eu te telefono. b) Pretrito Imperfeito Emprega-se o pretrito imperfeito do indicativo para designar: - um fato passado contnuo, habitual, permanente: Ele andava toa. Ns vendamos sempre fiado. - um fato passado, mas de incerta localizao no tempo. o que ocorre

    por exemplo, no inicio das fbulas, lendas, histrias infantis. Era uma vez... - um fato presente em relao a outro fato passado. Eu lia quando ele chegou. c) Pretrito Perfeito Emprega-se o pretrito perfeito do indicativo para referir um fato j

    ocorrido, concludo. Estudei a noite inteira. Usa-se a forma composta para indicar uma ao que se prolonga at o

    momento presente. Tenho estudado todas as noites. d) Pretrito mais-que-perfeito Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ao passada em

    relao a outro fato passado (ou seja, o passado do passado): A bola j ultrapassara a linha quando o jogador a alcanou. e) Futuro do Presente Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apontar um fato

    futuro em relao ao momento em que se fala. Irei escola. f) Futuro do Pretrito Emprega-se o futuro do pretrito do indicativo para assinalar: - um fato futuro, em relao a outro fato passado. - Eu jogaria se no tivesse chovido. - um fato futuro, mas duvidoso, incerto. - Seria realmente agradvel ter de sair? Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretrito indica polidez e s

    vezes, ironia. - Daria para fazer silncio?!

    Modo Subjuntivo a) Presente Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar: - um fato presente, mas duvidoso, incerto. Talvez eles estudem... no sei. - um desejo, uma vontade: Que eles estudem, este o desejo dos pais e dos professores. b) Pretrito Imperfeito Emprega-se o pretrito imperfeito do subjuntivo para indicar uma

    hiptese, uma condio. Se eu estudasse, a histria seria outra. Ns combinamos que se chovesse no haveria jogo. e) Pretrito Perfeito Emprega-se o pretrito perfeito composto do subjuntivo para apontar

    um fato passado, mas incerto, hipottico, duvidoso (que so, afinal, as caractersticas do modo subjuntivo).

    Que tenha estudado bastante o que espero. d) Pretrito Mais-Que-Perfeito - Emprega-se o pretrito mais-que-perfeito

    do subjuntivo para indicar um fato passado em relao a outro fato passado, sempre de acordo com as regras tpicas do modo subjuntivo:

    Se no tivssemos sado da sala, teramos terminado a prova tranqui-lamente.

    e) Futuro Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato futuro j conclu-

    do em relao a outro fato futuro. Quando eu voltar, saberei o que fazer.

  • Lngua Portuguesa 14

    VERBOS AUXILIARES INDICATIVO

    SER ESTAR TER HAVER

    PRESENTE

    sou estou tenho hei

    s ests tens hs

    est tem h

    somos estamos temos havemos

    sois estais tendes haveis

    so esto tm ho

    PRETRITO PERFEITO

    era estava tinha havia

    eras estavas tinhas havias

    era estava tinha havia

    ramos estvamos tnhamos havamos

    reis estveis tnheis haves

    eram estavam tinham haviam

    PRETRITO PERFEITO SIMPLES

    fui estive tive houve

    foste estiveste tiveste houveste

    foi esteve teve houve

    fomos estivemos tivemos houvemos

    fostes estivestes tivestes houvestes

    foram estiveram tiveram houveram

    PRETRITO PERFEITO COMPOSTO

    tenho sido tenho estado tenho tido tenho havido

    tens sido tens estado tens tido tens havido

    tem sido tem estado tem tido tem havido

    temos sido temos estado temos tido temos havido

    tendes sido tendes estado tendes tido tendes havido

    tm sido tm estado tm tido tm havido

    PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES

    fora estivera tivera houvera

    foras estiveras tiveras houveras

    fora estivera tivera houvera

    framos estivramos tivramos houvramos

    freis estivreis tivreis houvreis

    foram estiveram tiveram houveram

    PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO

    tinha, tinhas, tinha, tnhamos, tnheis, tinham (+sido, estado, tido , havido)

    FUTURO DO PRESENTE SIMPLES

    serei estarei terei haverei

    sers estars ters haver

    ser estar ter haver

    seremos estaremos teremos haveremos

    sereis estareis tereis havereis

    sero estaro tero havero

    FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO

    terei, ters, ter, teremos, tereis, tero, (+sido, estado, tido, havido) FUTURO DO PRE-TRITO SIMPLES

    seria estaria teria haveria

    serias estarias terias haverias

    seria estaria teria haveria

    seramos estaramos teramos haveramos

    serieis estareis tereis havereis

    seriam estariam teriam haveriam

    FUTURO DO PRETRITO COMPOSTO

    teria, terias, teria, teramos, tereis, teriam (+ sido, estado, tido, havi-do)

    PRESENTE SUBJUNTIVO

    seja esteja tenha haja

    sejas estejas tenhas hajas

    seja esteja tenha haja

    sejamos estejamos tenhamos hajamos

    sejais estejais tenhais hajais

    sejam estejam tenham hajam

    PRETRITO IMPERFEITO SIMPLES

    fosse estivesse tivesse houvesse

    fosses estivesses tivesses houvesses

    fosse estivesse tivesse houvesse

    fssemos estivssemos tivssemos houvssemos

    fsseis estivsseis tivsseis houvsseis

    fossem estivessem tivessem houvessem

    PRETRITO PERFEITO COMPOSTO

    tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham (+ sido, estado, tido, havido)

    PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO

    tivesse, tivesses, tivesses, tivssemos, tivsseis, tivessem ( + sido, estado, tido, havido) FUTURO SIMPLES

    se eu for se eu estiver se eu tiver se eu houver

    se tu fores se tu estiveres se tu tiveres se tu houveres

    se ele for se ele estiver se ele tiver se ele houver

    se ns formos se ns esti-vermos

    se ns tiver-mos

    se ns hou-vermos

    se vs fordes se vs estiver-des

    se vs tiverdes se vs hou-verdes

    se eles forem se eles estive-rem

    se eles tiverem se eles houve-rem

    FUTURO COMPOSTO

    tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem (+sido, estado, tido, havido)

    AFIRMATIVO IMPERATIVO

    s tu est tu tem tu h tu

    seja voc esteja voc tenha voc haja voc

    sejamos ns estejamos ns tenhamos ns hajamos ns

    sede vs estai vs tende vs havei vs

    sejam vocs estejam vocs tenham vocs hajam vocs

    NEGATIVO

    no sejas tu no estejas tu no tenhas tu no hajas tu

    no seja voc no esteja voc

    no tenha voc

    no haja voc

    no sejamos ns no estejamos ns

    no tenhamos ns

    no hajamos ns

    no sejais vs no estejais vs

    no tenhais vs

    no hajais vs

    no sejam vocs no estejam vocs

    no tenham vocs

    no hajam vocs

    IMPESSOAL INFINITIVO

    ser estar ter haver

    IMPESSOAL COMPOSTO

    Ter sido ter estado ter tido ter havido

    PESSOAL

    ser estar ter haver

    seres estares teres haveres

    ser estar ter haver

    sermos estarmos termos havermos

    serdes estardes terdes haverdes

    serem estarem terem haverem

    SIMPLES GERNDIO

    sendo estando tendo havendo

    COMPOSTO

    tendo sido tendo estado tendo tido tendo havido

    PARTICPIO

    sido estado tido havido

    CONJUGAES VERBAIS

    INDICATIVO

    PRESENTE

    canto vendo parto

    cantas vendes partes

    canta vende parte

    cantamos vendemos partimos

    cantais vendeis partis

    cantam vendem partem

  • Lngua Portuguesa 15

    PRETRITO IMPERFEITO

    cantava vendia partia

    cantavas vendias partias

    cantava vendia partia

    cantvamos vendamos partamos

    cantveis vendeis parteis

    cantavam vendiam partiam

    PRETRITO PERFEITO SIMPLES

    cantei vendi parti

    cantaste vendeste partiste

    cantou vendeu partiu

    cantamos vendemos partimos

    cantastes vendestes partistes

    cantaram venderam partiram

    PRETRITO PERFEITO COMPOSTO

    tenho, tens, tem, temos, tendes, tm (+ cantado, vendido, partido)

    PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES

    cantara vendera partira

    cantaras venderas partiras

    cantara vendera partira

    cantramos vendramos partramos

    cantreis vendreis partreis

    cantaram venderam partiram

    PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO

    tinha, tinhas, tinha, tnhamos, tnheis, tinham (+ cantando, vendido, partido) Obs.: Tambm se conjugam com o auxiliar haver.

    FUTURO DO PRESENTE SIMPLES

    cantarei venderei partirei

    cantars venders partirs

    cantar vender partir

    cantaremos venderemos partiremos

    cantareis vendereis partireis

    cantaro vendero partiro

    FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO

    terei, ters, ter, teremos, tereis, tero (+ cantado, vendido, partido) Obs.: Tambm se conjugam com o auxiliar haver.

    FUTURO DO PRETRITO SIMPLES

    cantaria venderia partiria

    cantarias venderias partirias

    cantaria venderia partiria

    cantaramos venderamos partiramos

    cantareis vendereis partireis

    cantariam venderiam partiriam

    FUTURO DO PRETRITO COMPOSTO

    teria, terias, teria, teramos, tereis, teriam (+ cantado, vendido, par-tido)

    FUTURO DO PRETRITO COMPOSTO

    teria, terias, teria, teramos, tereis, teriam, (+ cantado, vendido, partido) Obs.: tambm se conjugam com o auxiliar haver.

    PRESENTE SUBJUNTIVO

    cante venda parta

    cantes vendas partas

    cante venda parta

    cantemos vendamos partamos

    canteis vendais partais

    cantem vendam partam PRETRITO IMPERFEITO

    cantasse vendesse partisse

    cantasses vendesse