apostila terminais

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UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.1/62TERMINAIS DE TRANSPORTE DE CARGASUMRIO1.- Definies Bsicas............................... ........................51.1 - Terminais de Carga: Conceitos Gerais1.2 - Taxonomia dos Terminais1.2.1 - Quanto localizao1.2.2 - Quanto propriedade1.2.3 - Quanto tipologia das cargas1.2.4 - Quanto ao objetivo funcional2.- Concepo da Localizao dos Terminais......................72.1 - Macrolocalizao2.2 - Microlocalizao2.2.1 - Funo do uso do solo2.2.2 - Funo do sistema virio2.2.3 - Funo da topohidrogeologia2.2.4 - Funo do mercado2.2.5 - Funo de incentivos governamentais3.- Operaes e Receitas Usuais de um Terminal.................83.1 - Operaes Usuais3.2 - Principais Receitas3.3 - Termos Comerciais Relativos a Cargas Passando porTerminais3.3.1 - Clusulas comerciais e INCOTERMS3.3.2 - Terminologia de cargas internacionais3.4 - Cargas, Construes, Instalaes e Equipamentos dos Terminais3.4.1 - Classificao geraldas cargasUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.2/623.4.2 - Estruturao dos terminais de carga3.4.3 - Componentes construtivos3.4.4 - Instalaes e equipamentos genricos3.5 - Bases para Dimensionamento de Instalaes3.5.1 - Mercadorias de ptio3.5.2 - Mercadorias de estocagem fechada4.-Terminais Porturios.......................................................184.1 - Tipologia e Componentes de um Porto Organizado4.2 - Dimensionamento Operacional de Beros e Retroporto5.- Terminais Ferrovirios....................................................255.1 - Tipologia5.2 - Funes Operacionais dos Ptios5.3 - Anlise dos Vages no Ptio5.4 - Etapas do Planejamento de um Terminal Ferrovirio6.- Terminais Rodovirios....................................................296.1 - Anlise Sistmica6.2 - Planejamento dos Terminais Rodovirios Complexos6.3 - Principais Partes Componentes6.4 - Armazns Rodovirios6.5 - Ptios Rodovirios de Estocagem6.6 - Estocagem em Silos para Graneis Slidos6.7 - Equipamentos de Movimentao de Cargas de Ptio6.8 - Correias Transportadoras7.- Terminais Aeroporturios...............................................407.1 - Conceitos Gerais da Aviao Civil7.2 - Bases Primrias do Planejamento Aeroporturio7.3 - Parametrizao de Pistas, Ptios, Acessos e EstacionamentosUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.3/627.4 - Interface de Coordenao8. - Terminais Multimodais......................................54 8. - Terminais Multimodais......................................54 8. - Terminais Multimodais......................................54 8. - Terminais Multimodais......................................548.1 Conceito Implcito de Multimodalidade8.2 Conceito Operacional de Multimodalidade8.3 Conceito Multimodal e Intermodal8.4 Conceito Logstico8.5 Conceitos Tericos e Pragmticos8.6 Conceito Atual de Multimodalidade8.7 Realidades do Dia a DiaAnexo A - Bibliografia..........................................................58I.a GenricaI.b PorturiaI.c FerroviriaI.d RodoviriaI.e AeroporturiaI.f MultimodalObservao Importante: Comomuitosequipamentoseinstalaessocomunsadiferentesterminaismodais,paraevitardescriesrepetitivasemcadacaptulo,osdadosbsicosrespectivosseencontramnoCaptulo6-TerminaisRodovirios, por serem os terminais mais comuns no Pas.UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.4/62Captulo 1 - Definies Bsicas1,1 - Terminais de carga: conceitos geraisConceito histrico: pontos iniciais ou finais de percursos modais, com instalaes eequipamentosparapartida,chegada,cargaedescargadeveculosservindootrecho, com nfase na maximizao da operao de transporte;Conceito moderno: pontos da via de uma modalidade de transporte em que fluxossignificativos tem origem, destinoousofremtransfernciadeveculo,comboiooumodalidade,comnfasenacaptaodeusuriospelasatisfaodesuasexpectativas quanto qualidade de servio e sua tempestividade;Conceitoeconmico:interfaceentresetoresprodutoresouconsumidoreseotransportedeseusprodutosouinsumos.Osprimeirosgeramaofertaeossegundosademanda,quepodeserounosazonal,istocomconcentraesexpressivas,bemacimadamdia,emperodosdetempoinferioresaumano,contribuindo o terminal para o atendimento satisfatrio do mercado;Fluxossignificativos:conceitosubjetivo.NosPlanosdeTransportedoGEIPOT,porexemplo,representavamummnimodeumveculopordia,oquecorrespondia,porexemplo,aaproximadamenteumafaixaentre5e10miltoneladas/ano, no caso dos modais terrestres.Terminais de ponta: situados na extremidade de um trecho de via ou rota;Terminais intermedirios: situados em pontos entre osextremos de um trecho devia ou rota;Terminaisunimodais:osqueatendemafluxostransportadosporumanicamodalidade, com ou sem transferncia de veculos deste modal;Terminaismultimodais:operamcommaisdeummodaldetransporte,sejamosfluxosintercambiveisouno,masnocasodeempregodemaisdeummodal,com conhecimentos de carga ( bill of lading) separados para cada modalidade;Terminais intermodais: acessam diferentes modais e os fluxos intercambiveis soregidos por um nico conhecimento de carga, evitando o redespacho.1.2 - Taxonomia dos terminais:1.2.1 - quanto localizao:difusa: espalhada aleatoriamente pela rea de influncia direta;concentrada: situada em parcela restrita da rea de influncia direta;UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.5/62 perifrica: localizada no contorno da rea de influncia direta;marginal: situada nas margens de via troncal de acesso rea de influncia direta;adjacente: nas cercanias de via troncal de acesso rea de influncia direta;irregular: distintos segmentos do conjunto de terminais de uma rea se se enquadram em diferentes classificaes de localizao;1.2.2 - quanto propriedade:dotransportador:pertencenteadministraodaempresadetransporte,embora possa atender outras empresas do setor e at outras modalidades;dousurio:pertenceaumaempresausuria,quenormalmentereservaousoaseusprodutose/ouinsumosexclusivamente,aindaquetransportados por diferentes modalidades;dergospblicos:administradospeloPoderPblicoemseusdiferentesnveis,comafinalidadedepromoverefacilitarousodosmodaisacessados, bem como seu planejamento e coordenao;de empresas de armazenagem: visam captar a armazenagem de fluxos deusurios que no tem instalaes prprias e podem ser servidos por um oumais modais, cobrando por seus servios;de empresas ou cooperativas produtoras: para embarque de seus produtosou descarga de seus insumos em um ou mais modais;deempresasconsumidorasoudistribuidorascomerciais:pararecepoeposterior consumo ou distribuio dos produtos desembarcados.1.2.3 - quanto tipologia das cargas: o mais usual no meio transportista para qualificar o terminal, enquadrando-os em uma das seguintes categorias:gerais: que manuseiam qualquer tipo de carga, ou seja, carga geral, graneisslidos, lquidos e gasosos, cargas frigorificadas e cargas unitizadas;tipolgicos: que operam com um tipo particular de carga,comoporexemplograneis slidos minerais, ou petrleo e seus derivados, etc.;especficos:quemanipulamdeterminadoproduto,comoosterminaisparags liqefeito de petrleo (GLP);UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.6/621.2.4 - quanto ao objetivo funcional:concentradores de produo: situam-se em regies produtoras ou geradorasdecarga,concentrando-asparacarregamentoeassimfacilitamseutransportedelongadistnciaapartirdeumnicopontodeembarque,servindo ainda de pulmes para os fluxos;beneficiadores:almdeconcentrarcargas,emparticularasagrcolas,beneficiam os produtos antes do embarque, melhorando sua qualidade, a fimde alcanarem as especificaes exigidas pelo mercado;reguladores/estocadores:armazenamquantidadessignificativasdeumoumais produtos, particularmente os sazonais, deformaaatenuarospicosdetransporteehomogeneizaradistribuioaolongodeperodomaiordetempo;distribuidores:concentramproduto(s)vindo(s)paradistribuioaoconsumode determinada rea, de forma a facilitar a distribuio para comercializao.UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.7/62Captulo 2 - Concepo da Localizao dos Terminais2.1 - Macrolocalizao: a seleo de uma microrregio para os terminais uni ou multimodais, funo dademandaedaoperaodetransporte.Casosejamconcentradoresoudistribuidores, por exemplo, deve-se buscar que se situem no entorno imediato docentrodegravidadedosfluxosdareadeinfluncia,deformaaminimizarostransportescomplementaresdecoletaoudedistribuio.Maissofisticadamente,localizao de terminais em redes virias pode ser encaminhada por algortmos dePesquisa Operacional, como "Branch and Bound" e o de "p-medianas"2.2 - Microlocalizao:aseleodeumlocalnaregioapontadapelamacrolocalizao,queumamultifunodecomponentesnaturais,modais,mercadolgicoselegais,quedevemserestudadosemconjuntonabuscadeumasoluootimizante.Tm-secomo principais fatores:2.2.1 - funo do uso do solo a forma de se enquadrar harmoniosamente com as prescries administrativas arespeito, inclusive com as que se referem proteo ambiental;2.2.2 - funo do sistema virioDecorredamaneiradeestareficientementeintegradocomaoperaodomodalou dos modais que o acessam, sem prejudicar outros usurios;2.2.3 - funo da topohidrogeologiaDeterminaaspossibilidadesconstrutivasdaspartescomponentesdoterminal,comoptios,armazns,tancagem,silos,equipamentosdemanuseioetransferncia, etc., particularmente no que tange ao impacto construtivo gerado nosolo por cargas pesadas, perigosas e poluentes;2.2.4 - funo do mercadoImplantardemodoqueaacessibilidadedeusuriosdoterminalsejafacilitadaeeconmica;2.2.5 - funo de incentivos governamentaisTaiscomoconcessodereaseisenooureduotemporaldeimpostosetaxas.UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.8/62Captulo 3 - Operaes e Receitas Usuais de um Terminal.3.1 - Operaes usuaisUmterminalefetuaumaoumaisdasoperaesaseguirdefinidas,conformeosprodutosquemanipule.Naordemdeexecuoapartirdachegadadacargaaoterminal seriam:recepodacarga,verificaodesuadocumentaoeintegridade,autorizao de ingresso ao terminal, conforme a modalidade;pesagemdecontrole,podendoserautomtica,manualouporestimativa; verificao de merma;classificao do produto, podendo ser documental ou experimental;pr-tratamentofsico,qumicooubiolgico,comcertificaoseforocaso, podendo ser total, parcial por amostragem, ou nulo;armazenagem, operada automtica, mecnica ou manualmente;conservaoparaevitaradeterioraoeperdas,naturais,pornegligncia, ou criminosas, podendo ser automtica ou por verificao;retirada para embarque, automatizada, mecnica ou manual;contrapesagem e controle, por estimativa, amostragem ou automtica;manejo e carregamento, manual, mecnico ou automatizado;emisso de conhecimento de embarque e anexos;despacho do(s) veculo(s) para a operao de transporte.3.2 - Principais receitas.So resultantes da cobrana de um ou mais dos seguintes eventos:1. taxasdemovimentaodoprodutoentreveculosouentreesteseaarmazenagem,envolvendocargae/oudescarga,evariando,segundoocaso,compeso,volume,valor,periculosidade,utilizaodeequipamentoespecial, e necessidade de acomodao;2. taxasdearmazenagem,funodepesoe/oureaocupada,valor,periculosidade tipo de instalao (armazm ou ptio) e perodo de uso;3. taxasporserviosconexos,comopesagem,desinfeo,secagem,reparao de avarias, reembalagem, etc.;4. taxasporserviosadministrativoscomodocumentaodetransporte,certificaes, emisso de warrants negociveis, etc.5. comisso, no caso de agenciar a colocao de produtos no mercado.UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.9/623.3 - Termos comerciais relativos a cargas passando por terminais.3.3.1 Clusulas comerciais e INCOTERMS.A comercializao domstica ou internacional de mercadorias envolve a utilizaodecertostermos,queemrealidaderepresentamclusulascomerciaisousejaentrecompradorevendedordoprodutoemcausa,padronizadasparadefiniouniforme em todo o Mundo, e deste modo facilitam o entendimento e a resoluode conflitos, independente do idioma que falem os contratantes, e que devem serconhecidosdostcnicosqueplanejam,constrem,operamouusamterminais,pelo estreito vnculo que guardam com as polticas mercadolgicas dos mesmos earesponsabilidadepelosgastosderivadosdautilizaodas"facilidades"detransporte. .Estestermos,hojeemnmerode14,surgiramem1936esodenominadosINCOTERMS,acrnimoeminglsdeINternationalCOmmerceTERMS.Os13usuais(o14paracargaarea),frutodaediode2000daCmaraInternacional de Comrcio, ICC em ingls, so:EXW EX WORKS (... local citado)FCA FREE CARRIER (... local citado)FAS FREE ALONGSIDE SHIP (... porto de embarque citado)FOB FREE ON BOARD (...porto de embarque citado)CFR COST AND FREIGHT (... porto de destino citado)CIF COST, INSURANCE AND FREIGHT (...porto de destino citado)CPT CARRIAGE PAID TO (...local de destino citado)CIP CARRIAGE AND INSURANCE PAID TO (...local de destino citado)DAF DELIVERED AT FRONTIER (... local citado)DES DELIVERED EX SHIP (...porto de destino citado)DEQ DELIVERED EX QUAY (...porto de destino citado)DDU DELIVERED DUTY UNPAID (...local de destino citado)DDP DELIVERED DUTY PAID (...local de destino citado)Emrealidade,comovistoanteriormente,estasclusulasregulampagamentosentrecompradorevendedor;aotransportadoreaogerentedeterminalsinteressam para saber quem o responsvel pela despesa incorrida no transporte,carga/descarga, manuseio, armazenagem, e obrigaes fiscais, de forma a poderassegurar seus direitos de receber corretamente pelos servios prestados.3.3.2 - Terminologia de cargas internacionaisUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.10/62 regida pela Nomenclatura Aduaneira de Bruxelas - NAB, de aceitao universal,quesedifundiucomadaptaesregionais,comoaNABALADI,ex-NABALALC,entre os pases-membros latino-americanos da ALADI, e mesmo nacionais, comoaNomenclaturaBrasileiradeMercadorias-NBM,ouaNADEdoUruguai,todaspormmantendoaestruturados4primeirosdosoitodgitosdoscdigosdeidentificao da NAB e adaptando os 4 restantes a suas necessidades prprias.3.4 - Cargas, construes, instalaes e equipamentos de terminais.Antesdeestudarespecificamenteosterminaismodais,convmconhecercomponentescomunsaosdiferentestipos.Emprimeirolugar,aclassificaouniversal das cargas que por eles transitam, de vez que construes, instalaes eequipamentos so selecionados, encomendadosepostosparaoperarsegundooque vo armazenar, abrigar ou manejar.3.4.1 Classificao universal das cargas1. cargageral:conhecidatambmporcargaseca,formadademodogeralpelasmercadoriasembaladas,comosacaria,engradados,caixotesecaixas,fardos, tambores e amarrados;2. graneis:mercadoriastransportadassemembalagemindividual,constituindooveculooelementodeconteno.Podemsergraneisslidos,mineraisouagrcolas, como gros e minrios, graneis lquidos, minerais ou vegetais, comoderivados claros e escuros de petrleo e leos vegetais, e graneis gasosos, quepodem ser de alta ou baixa presso, como o GLP e o cloro;3. cargasunitizadas:quepormeiodeequipamentoscontentores,diferentesdasembalagensindividualizadas,asmantmcomoumaunidadeparamanuseiodetransferncia.Osmaiscomunsso:contineres,padresouespecficos,estradosoupallets,pr-lingadasesistemasespeciaisemqueoveculosemtraoconstituioelementounificador,comopiggyback,TOFC(trailer on flat car),LASH( lighter aboard ship), etc;4. cargasfrigorficas,queemborapudessemserclassificadasemumadascategoriasacima,formamumaclasseapartepelomanejodiferenciadoqueexigem, com manuteno permanente de temperaturas baixas e controladas.5. "break bulk", termo que vem se tornando usual em transporte martimo paradesignarprodutosquesotransportadosagranel,mascujoselementosapresentamindividualmentevolumeexpressivo,comobobinasdepapeledeUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.11/62ao, produtos siderrgicos em barras longas, tubos metlicos, toras de madeira,etc.3.4.2 Estruturao dos terminais de cargaA estruturao de um terminal de carga, constituda por construes, instalaes eequipamentos, compe-se normalmente dos seguintes elementos:interfaces externas,com o acesso s vias dos modais que nele operam;interfacesinternas,intraeintermodais,permitindooperaesdetransferncia, carga/descarga e armazenagem;elementosdeapoiooperacional,comoabastecimento,manuteno,reparao e estacionamento de veculos;elementosdeapoioadministrativo,profissionalesocial,comogerncia,tesouraria, restaurante/lanchonete, banheiros, lojas de convenincia, etc.;elementosdevedao,controleeseguranapessoal,operacionalepatrimonial, como cercas, portarias, ambulatrio, policiamento, bombeiros, etc.:sistemas virios internos, para acessibilidade s diferentes reas do terminale estacionamento de veculos de transporte e de servio;conexesaserviosdeutilidadepblica,comoenergia,telecomunicaes,gua potvel e industrial, esgotos pluviais e sanitrios e remoo de lixo;elementosdeproteoambientalinternaeexterna,comodispositivosanti-rudos, deposio de poeiras, reteno e/ou filtragem de poluentes, etc.elementos de paisagismo, de forma a integrar o terminal ao ambiente urbanoou rural exterior, sem choques estticos.3.4.3 Componentes construtivosQuanto s construes, pode-se classific-las como de:operaodetransporte:asqueserelacionamespecificamentecomaoperao dos modais que acessam o terminal, como postos de abastecimento eUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.12/62reviso,estaesderecepo,controleedespachodeveculosoucomposies, oficinas de manuteno, etc.;armazenagensdecarga:quesesubdividememcobertas,aoarlivreetancagens.As COBERTAS se agrupariam em:- armazns tradicionais, fechados e com plataformas de acesso;- galpes fechados ou abertos, em prticos estruturais;- silos verticais e horizontais, com carga por gravidade de graneis. As AO AR LIVRE se classificariam em:- ptios pavimentados, com ou sem vedao interna;- reas terraplenadas, com ou sem vedao interna.As TANCAGENS seriam:- fechadas, podendo ser comuns ou de presso;- abertas, ainda que, em certos casos, com tampa removvel;administrao: abrigando as funes de gerenciamento do terminal;complementares:comoportarias,segurana,postosdecomunicao,lanchonetes,lojas de convenincia, bancos, etc.3.4.4 Instalaes e equipamentos genricosQuanto s instalaes e aos equipamentos, podem ser de dois tipos: vinculadosdiretamente ao transporte e armazenagem, edecorrentes das interfaces com oambiente externo.Entre os tipos vinculados diretamente ao transporte e armazenagem, podem sercitados:1. deembarque,comoplataformasfixasemveis,recuperadoras(reclaimers), bicas, esteiras rolantes, guindastes, prticos e tubulaes;2. dedesembarque.comomoegas,guindastesdeganchooudecaamba,prticos, car e truck dumpers, empilhadoras (stackers), etc.;UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.13/623. demovimentaohorizontal:tratores,locomotivasdemanobra,cavalosmecnicosecarretas,plataformas,correiastransportadoras,prticos,pontesrolantes, roletes, parafusos sem fim, redlers, etc.;4. de movimentao vertical:guindastes, prticos, guinchos, chutes, elevadoresde prancha e de caneco, caambas, empilhadeiras, etc.;5. demovimentaomista:bombas,telefricos,sistemaspneumticosemecnicos;6. de movimentao especial: como as ps aeradoras.7. depesagemfracionada(mecnicaoueletrnica,estticaoudinmica)eintegradora (eletrnica);8. de embalagem: comandada por unidade, ou automtica;9. desecagem:comandadaportempoouautomtica,resultantedecombustveisslidos,lquidosegasosos,poreletricidade,aeraoouporenergia solar;10. de desinfeo: como fumigadores, injeo de gases, lavagem, etc.;11.deseleooumistura:pordimenso,atributosfsico-qumicosouporformulao.Quanto s de conexo com interfaces externas, tem-se:subestao transformadora e distribuidora;central de telecomunicao portelefone, telex, fax, rdio e rede interna;hidrmetros, reservatrios,, hidrantes e rede de abastecimento interno e rede anti-incndio;bueiros, caixas de inspeo, rede de drenagem pluvial;de despoluio ambiental: como filtros, drenos retentores, aspersores contra difuso area, purificadores de emisso de gases.UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.14/62Quantoaosequipamentosemsi,seromelhorvistosaosetratarespecificamente de terminais de cada modal, em particular os rodovirios;Attulodeexemplificao,noprojetodoTerminalIntermodaldoRiodeJaneiro,projetoestenoconcretizado,haviaumareatotalde1,7milhesdemetrosquadrados para uma primeira fase, que teria a seguinte distribuio:- acessos modais 10,59%- reas operacionais modais48,98%- reas de apoio tcnico, administrativo, social 10,47%- sistema virio interno e redes de utilidades 13,89%- reas de segurana e controle 0,31%- reas para expanso 15,76%3.5 - Bases para dimensionamento de instalaes3.5.1 Mercadorias de ptioGeralmenteasmercadoriasdeptio,formadasporgraneisslidosno-higroscpicos,nemsolveis,soestocadasporempilhamentoemformasgeomtricasquetemcomodeterminanteseunguloderepouso().Asformasmaisusuaisso:cone,troncodecone.pirmidedebasequadrada,troncodamesmapirmide,prismatriangularecunha,queumprismatriangulararrematadonasduasextremidadespormeiapirmidequadrada.Osvolumescalculadosdemercadoriaempilhadaparacadaumadestasformassedonasfrmulas a seguir, relativas s Figuras 3.01 e 3.02.:1. cone:Vc = 0,00423.C.tg onde C a circunferncia; outras frmulas:Vc = 0,262 D H = 0,131.D.tg; Ddimetro da base eHaltura do cone2. troncodecone:Vtc=Vcr1-Vcr2=0,131(D-d)tgondeDdimetrodabaseeddimetrodaseosuperior;3. pirmide quadrada: Vp = 1/3 A H onde A o lado da base e H a altura ou ainda Vp = 1/6 A tg ;Figura 3.01UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.15/624. troncodepirmidequadrada:Vtp=Vpa1-Vpa2ousejaovolumedo que seria a pirmide maior menos o da pirmide menor superior, :Vtp = 1/6(A - a) tg ; 5.prismatriangular:Vpt=CLondeLocomprimentodo prisma e C = 1/2 AH, onde A a largura e H a altura,ouaindaVpt = 1/4 A tg ; 6.prismatriangulartruncado:umprismatriangularsecionadoporumplanoparalelobase,eliminandoumprismatriangular superior menor. Vptt = (C-c) L ou Vptt = L/4 (A - a) tg .As duas ltimas formas so as mais usuais para o empilhamento de minrios e decarvo,pelafacilidadecomquesoexecutadaspelasempilhadorasdegrandeporte - stackers - e agilizao das medies.Deve-seevitarsempreoempilhamentoanrquico,quedificultaaestimativademedio,amovimentaodoproduto,almdedarumtoqueindesejveldedesarrumao aos ptios do terminal.Nocasoparticulardocarvo,empasescomtemperaturaselevadascomoonosso, necessria a colocao de aspersores de gua - splinkers - para evitarcombustoexpontneaalmdadifusoelicapoluidora,comumemtodososclimas; no caso de minrios pulverulentos para reduzir ou eliminar a difuso area,fontedepoluioambiental,especialmenteondereinamventosfortesefreqentes.3.5.2 - Mercadorias de Estocagem FechadaSoaquelasqueutilizaminstalaesfechadasparasuaarmazengemnosterminais,emedificaestaiscomoarmazns,silos,tanquesegalpes.Odimensionamento destas instalaes depende do conhecimento que se tenha dosfluxos a serem recebidos, em termos de produto, embalagem, veculo de chegada,calendriodeentrega,enecessidadestcnicasdemanipulaoearmazenagemdoladodasentradasemestoque;doladododespechodesada,dependedoveculo de sada, quantidades a movimentar, calendrio de partida e necessidadestcnicas de movimentap e carga. Figura 3.02UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.16/62Emtermostericos,estimadososfluxosdeentradaedesadaaolongodeumperodo, a capacidade necessria de armazenagem funo do grfico bsico daFigura 3.03 a seguirFigura 3.03 - Previso da Capacidade de Estocagem FechadaPara maior segurana, tendo em vista a probabilidade de atrasos dos veculos oudeavariasnossistemasdoterminal,usa-seumcoeficientedesegurananadeterminaodovalordeimplantao,valorestequeserfunodecadasituaoemparticular,baseadonapolticamercadolgicadaempresaenasuaexperincia operacional..Ostradicionaisarmaznsparacargageral,emespecialosdesacariacommanipulao manual,tempisoplanoeportasamplasdecorrer,comfechamentoexternoseguronasfacesdeacesso,deumladoparacargaeoutroparadescarga,geralmentecomplataformasexternascobertas.Alarguradoarmazmnestahiptesedevesernomximode12m.Devemteralturasuficienteparaabrigar aspilhasadmissveisparaaqueleprodutocomaquelaembalagem,tendoademaisumtirantedearparamanteracorretaventilao,naturalouinduzida..Cuidadoespecialdeveserdadoiluminao,fatorimprescindvelparauma operao eficiente e segura. Corredores internos de manipulao devem serpintadosnopiso,comdimensessuficientesparaaoperaodemovimentoeempilhamento previsto.Vai-setornandousualnosdepsitosfechadosdemaiormovimentao,especialmentequandoestocamcaixasoupeasdedimensespequenasoumdias, a colocao de conjuntos paralelos de prateleiras metlicas, com acessopor empilhadeiras automatizadas, comandadas ou no por computador, operandoUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.17/62nas trs dimenses do espao entre os conjuntos de armazenagem e as portas deacesso, podendo operar de forma totalmente automtica.NoCaptulo6referenteaTerminaisRodovirios,comofoiditoanteriormente,encontram-se outros detalhes sobre construes e equpamentos para terminais decarga.UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.18/62Captulo 4 - Terminais Porturios4.1 - Tipologia e componentes de um porto organizadoNamodalidadeaquaviria,seusterminaisrecebemumaprimeiraclassificaosegundo o corpo de gua em que se situam. Desta forma, tem-se:1. terminaismartimos:situadosemreademar,podendoseraolongodacosta,perpendicularmesma,plataformaafastadacompassareladeacesso,emilhaartificialafastadadacostaouemformadebaciainterna,fechadaouaberta;2. terminais fluviais:construdos nas margens de um rio ou a elas ligados;3. terminaislacustres:implantadosnasmargensdeumlagoouaelasvinculados.Quanto finalidade, os portos se agrupam nas seguintes categorias:- comerciais: podendo ser de passageiros, carga ou mistos;- de servio: como os pesqueiros, os de reparos e os de abastecimento;- militares: que so as bases navais e de guardas-costeiras;- de lazer: representados principalmente pelas marinas.Umportoformadopordistintoscomponentes,naturaisouconstrutivos,queseclassificam em 4 blocos:anteporto: constitudo essencialmente por duas partes:canal de acesso; fundeadouros;porto propriamente dito, englobando: bacia de evoluo; cais com faixa de atracao e movimentao terrestre; estao de servios (local de atracao de rebocadores, cbreas, pontes de servio e embarcaes de polcia e de bombeiros);retroporto: que por sua vez se subdivide em:UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.19/62armazenagem,quepodeserexternaoudeptio,einternaemarmazm ou galpes, silos e tancagem;acessos terrestres, com os diferentes modais que se conectam;instalaes auxiliares, como as redes de utilidades, v.g. gua potvel eindustrial,eletricidadeemaltaebaixatenso,telecomunicaes,incndio, segurana, manuteno, estiva e capatazia;administrao,emseusdiferentessegmentoscomoAutoridadePorturia, fazendria (SRF), naval( DPC), policial( PF), trabalhista (DTM)e sanitria (MS e MA); e operadores porturios e OGMO;obras complementares: que compreendem entre outras partes:balizamento das rotas, com bias, faroletes, refletores de radar, rdio-ajudas, etc.;quebra-mares, para proteo contra o impacto das ondas;margrafos, para registro da amplitude das mars ao longo dos anos,de forma a facilitar sua previso.No que tange concepo do projeto de engenharia, os tipos principais de portosmartimos so:1. aolongodacosta,podendoserparalelosmesma(oscaistradicionais),ouperpendiculares("piers),emambososcasoscomousem proteo contra ondas;2. nomar(offshore),quesesubdividemnossubtiposplataformafixa-passarela e de ponto ou flutuante;3. no interior da costa (inshore), cujo acesso ao mar pode ser por canallivre ou por eclusa;4. ilhas artificiais, com transferncia costa por alvarengas ou chatas;5. duquesdAlbaoudolphins,estruturaispontuaisdeatracao,nomar, usadas por vezes para transferncia a embarcaes menores, paracarga ou descarga;UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.20/626. bias fixas ou monobias, para carga ou descarga de graneis lquidos,atravs de bombeamento por tubulaes;7. fundeadourosoperacionais,ondeonavioancoranaesperadetransbordo,eentoexecutacargaoudescargaportransfernciaaembarcaes de menor porte.AConfernciadasNaesUnidasparaoComrcioeoDesenvolvimento,conhecida mais por suasiglaemingls_UNCTAD,adotaumaclassificaoquevincula o terminal porturio com o seu entorno scio-econmico, dividindo-os em 3grupos, a saber:portosdeprimeiragerao-antenadosapenasnaexecuodesuasfunes bsicas de acesso, carga, descarga e estocagem;portos de segunda gerao - que, ademais se preocupam em gerar em seuentornousurioscomerciaiseindustriaisdesuasfacilidades,tornando-seum centro porturio regional;portos de terceira gerao - empenhados em se entrosar estreitamente comseuhinterland,visandotornar-seomotordeseudesenvolvimentoeumcentro de servios logsticos para a comunidade envolvida.Desde a chegada da embarcao ao acesso porturio at sua sada do mesmo, seprocessam geralmente as seguintes operaes:recepodoavisodechegadadonavioporcomunicaoviardioadministrao do porto;execuodapraticagem,comenviodoprticoaonavio,seguidodaconduo da embarcao ao interior do porto, com ou sem rebocagem;inspeo pelos representantes dos rgos de controle do cumprimentodas exigncias legais por parte do navio;manobra de aproximao na bacia de evoluo;UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.21/62atracao ao bero designado;preparao da operao de carga ou descarga;operao de movimentao da carga;preparao para o zarpe;liberao do navio para o zarpe pela Capitania;desatracao;praticagem e rebocagem, se necessria,. para sada do porto.Paraqueasoperaesdemanobradosnaviosseefetuememsegurana,precisoquecanal,baciadeevoluo,fundeadouroecaistenhamdimensesmnimassegundoonaviodeprojetoquetenhaservidodepadroaodimensionamentodoporto.Chamandodebabocadestenavio,lseucomprimentototalecseucaladomximo,asdimensesmnimasdeveriamseras seguintes:- largura do canal: 5b ou seja b + b + 2b + b + b ;- dimetro da bacia de evoluo: 1,8 l ;- largura de cada fundeadouro: 3b ;-profundidadedecais,canal,baciaefundeadouro:c+1,5mnamarvazante de sizgia, ou seja em novilnio o plenilnio.Os beros de atracao devem ter de comprimento 10% mais que o comprimentototal do navio de projeto, de modo a permitir boa fixao das espias aos cabeosde amarrao.ParaseterumaidiadestasmedidasnasTabelasaseguirsedovaloresdimensionais de navios martimos (Tabela 4.01) e chatas fluviais (Tabela 4.02):Tabela 4.01 - Dimenses de Graneleiros OcenicosTPB(*)COMPRIMENTO BOCA CALADO CUSTO MDIO/DIA(10) (m) (m) (m) (US$)30 185 25 10 14900,0050 205 27 11 21100,00UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.22/62100 255 37 15 31500,00150 285 43 18 44800,00200 300 50 25 52800,00250 330 53 28 60800,00Fonte: Estatsticas de construo naval da revista Fairplay da Inglaterra.(*)" tonelagem de porte bruto": carga + combustvel + gua + rancho + tripulao + bagagens + paiol(em ingls "tdw" ou tonnage of dead weight). .Tabela 4.0 2 - Dimenses de Chatas FluviaisPRODUTO TPB COMPRIMENTO BOCA CALADO BACIAbauxita 2000 61 m 11 m 3.4 m Amazonascimento 2200 75 m 14 m 3.5 m Paranmin. ferro 4000 80 m 16 m 4.0 m Docecalcrio 900 50 m 11 m 2.3 m Tietsoja 3500 90 m 16 m 3.6 m Jacu(automotor) 2000 85 m 14 m 2.5 m JacuFONTE: PROJETOS DIVERSOS DE NAVEGAO INTERIOR PARAAS RESPECTIVAS BACIAS.Oscanaisfluviaisdevemtercomodimensesmnimasdelargura4bedeprofundidade c+1,0 m. Tem que se examinar a inscrio em curvas.Tantonocasomartimocomonofluvialelacustre,sedeveteremmenteparaodimensionamento do terminal quais as cargas com origem oudestinonomesmo,atravs de pesquisa de mercado em seu hinterland, quais so os navios de projetodosterminaisnooutroextremodasrotasprevistas,paraseevitartantoosobredimensionamentocomoosubdimensionamentodasinstalaesnesteterminal em implantao.2 -Dimensionamento Operacional de Beros e RetroportoAtualmenteestedimensionamentosebaseiaemmodelosdesimulaodigital,que podem ser especficos para portos como o SIMPORT, ou aplicativos genricoscomo o Arena Profissional, ou os diversos procedimentos que usam o Mtodo deMonte Carlo ou das frequncias relativas.DeummodooudeoutrotodostemcomofundamentocentralaTeoriadeFilas,temadeoutrosegmentodesteCursodeExtenso.AquelesterminaisporturiosUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.23/62emquetemsignificativaproporoosnavios"tramps",comosucedenosexportadoresdegranisagrcolas,tendematercomomodelagemchegadasaletriasdecortepoissoniano,emquantoqueostemposdeserviodosequipamentosdecarga,descargaemovimentaonormalmentesedistribuemcomoexponenciais.Osterminaiscomchegadasmaisregulares,comoosdeempresasprivadascomfrotaprpriaerotasbemdefinidastendemaseremexpressosporchegadaserlanguianasetemposdeservioqueseguemumadistribuionormal.Emqualquerdoscasos,asfalhastcnicastendemaseajustaraumadistribuiodeWeibull,commaiorfreqncianasfasesde"infncia" e "velhice" dos equipamentos, e menor na "maturidade" de sua vida til,pela escolha adequada de seus trs parmetros variveis: de forma, de escala, deposio..Assimqueparaasituaomaiscomum,quede1berogenrico,comchegadaspoissonianasetemposdeserviodistribuidossegundoumaexponencial, podem ser aplicadas as seguintes variveis, com as frmulas que asregem em Teoria das Filas:razo de chegada dos veculos: razo de servio de postos: fator de utilizao: = / conversor para Erlang de ordem k : = (1+k) / 2kprobabilidade de estar livre o posto: P0 = 1 - probabilidade de n usurios no sistema:Pn = P0 . ncomprimento mdio da fila de espera: Lq = / (1- )tempo mdio de espera na fila:Wq = / ( - )Se houver vrios postos de atendimento ou estaes de servio, tem-se mais:nmero de estaes de servio:sfator de utilizao das s estaes: = / s probabilidade de nenhum usurio:probabilidade de n usurios no sistema:se 0 = (trfegoexistente + trfego desviado +trfego gerado)) preservar nvel de servio e mantera acessibilidade da populao cativa.6.2 - Esquema de Planejamento dos Terminais Rodovirios Complexosa) Planejamento fsico e arquitetnico:adequao ao uso do solo e ao sistema virio;adequao ao padro urbano;definio do partido arquitetnico;pr-dimensionamento das unidades em funo da demanda;esquema fsico preliminar.b)Anteprojeto civil:anlise topohidrogeolgica;definio estrutural e pr-dimensionamento;sistema hidrulico (gua potvel, industrial e de combate a incndio);sistema sanitrio (guas pluviais, esgotos sanitrios, resduos industriais);sistema virio de acesso e interno.c)Anteprojeto eletromecnico:rede de Alta Tenso de entrada/subestao/rede de Baixa Tenso deSistemaurbanoSistema viriointerurbanoSistema viriourbanoSistemaTerminalrodovirioUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.30/62distribuio;sistema de bombeamento;equipamentos mecnicos fixos e mveis;oficina de reparao:iluminao.d)Anteprojeto de sistemas:comunicaes:telefone;fax/telex;rdio;teleprocessamento;ar condicionado;controle ambiental;segurana via eletrnica (em especial contra incndio e roubo).6.3 - Principais Partes Componentesa) acesso virio: aproximao e espera de entrada:- padres AASHO ou similar de uso local;- aproximao em nvel ou no ( funo dos fluxosdireto ou de passagem ecativo);- espera de entrada paralela e perpendicular; chegadas em geralpoissonianas;- atendimento na portaria quase sempre exponencial. Separar entradas paraveculosde carga / automveis / pedestres = razo mdia de chegada de caminhes ( caminho/hora ) = razo mdia de recepo e pesagem ( caminho/hora) < : 1 guarita : mais de uma guaritaMeta mnima de atendimento: 80% dos casos:probabilidade de no haver fila em 1 guarita:P01 = probabilidades consecutivas: P Pnn0=|\

||.Exemplo: = 20 caminhes/hora = 30 caminhes/horaProbabilidades: Freqncia simples Freqncia acumuladaP0 = 1 - 0,67= 0,33 0,33P1 = 0,67 x 0,33 = 0,22 0,55P2 = 0,672 x 0,33 = 0,15 0,70P3 = 0,673 x 0,33 = 0,10 0,80Frmula para k entradas, chegadas poissonianas e atendimento exponencial.Pn kkknkn k00111 1=|\

||

(((+|\

||

((( =! !.. UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.31/62Para n < k ocupao mdia Pke PnPk nn= =|\

|| . !.10Para n k ocupao mdia igual ePk kPn n k=|\

||10!.Exemplo: n=8 caminhes/dia, ou = 8/24=0,333 ; k=3 descargas ; 6horas/caminho ou =1/6=0,167( )( )Pk===0 3333 0 167 30 66682416,,, ou P0 = 1 - 0,666 = 0,333 e P8 = 5.85%6.4 - Armazns Rodoviriosa)Estrutura mais econmica possvel, de preferncia modular;b)Tirar partido da altura (empilhadeira vertical: 10 a 12m);c)Reduziraomximoviasinternas(equipamentosdetrilhosroletes,pontesrolantes);d)Arquiteturarespeitandoamovimentaonaturaldamercadoria(recepoedespacho em faces distintas);e)Permitir expanso sem interrupo da operao;f)Respeitar condies de ventilao, iluminao e anti-incndio;g)Minimizar impactos ambientais, como sons e emisses.As figuras 3 e 4 da continuao mostram concepes genricas e prticas destesconceitos.EstocagemePreservaoConferncia,Pesagem eAssignaoBusca,Pesagem eEmissoEntrada DistribuioExpansoMduloFigura 3 - Terminal de Coleta de Carga em MdulosUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.32/62Entrada SadaDistribuioSP Resto doBrasilPR/MG/GO/MTRecepoVia UrbanaFigura 4 -Terminal de Coleta na Grande So Paulo e Distribuio no Resto do PasDados Mdios de Manuseioa)Terno Simples (3 homens);700 sacos 3 horas( mdia do dia ).b)Terno Composto (7 homens = 2 x 3 + 1 arrumador); 700 sacos 1 1/3 horas( mdia do dia.)c)Servios mecanizados:(10 a 20% do tempo para manuteno).Guindaste com lingada: 100 t/h;Transportadores mveis de correia para sacaria: 200 t/h;Pallets: 300 a 500 t/h;Graneis slidos:Ps carregadeiras: 800 a 3.000 t/h;Stacker/reclaimer: 1.000 a 16.000 t/h;Clamshell: 800 a 1.600 t/h;Graneis lquidos: 1.000 a 10.000 t/h;Em geral: carga mais rpida que descarga (investimento regular).6.5) Exemplo de Problema de Armazns RodoviriosEm um armazm geral rodovirio se recebem caminhesde soja de 3 tipos comsacaria:A: 600 sacos de 50kg e 48% da frota;B: 400 sacos de 50kg e 32% da frota;C: 300 sacos de 50kg e 20% da frota;Simularotempodedescargade2000temfunodeumamo-de-obradetrsternos simples, em turnos de 6 horas e trabalhando de 06:00 s 18:00hs e h umintervalo de 15 min entre atendimentos consecutivos, no havendo outra demora,pois h fila permanente.Comear calculando as faixas de nmeros aleatrios do tipo de caminho aempregar em uma simulao Monte Carlo (NA1):600 sacos de 50 kg ou 30 t:000 a 479UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.33/62400 sacos de 50 kg ou 20 t:480 a 799300 sacos de 50 kg ou 15 t 800 a 999Rota metodolgica:Montar uma planilha, por exemplo no Excel, com primeiros atendimentos s06:00,tipologiadoscaminhespordistribuiouniforme,variaodaprodutividadedosternosentre-15%e+5%,variaode-5%e+10%nosintervalos consecutivos, intervalo de 20 min entre 11:50 e 12:10 paratrocade turnos.6.6 - Ptios Rodovirios de Armazenagemfrequentequeosterminaisrodoviriosdecargatrabalhemcomaschamadasmercadoriasdeptio,ousejaaquelasqueficamdepositadasaoarlivreooumesmo, em alguns casos, em galpes com as laterais abertas. So principalmenteconstituidas por graneis slidos e ficam armazenadas por empilhamento, em geralmecanizado, em formas geomtricas que se utilizam do ngulo de repouso destesprodutos, como forma de evitar seu deslisamento,UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.34/626.6.1- Formas Geomtricas em funo do ngulo de repouso( ):a) cone e tronco de cone:D = 2R Vc= 0,00423 C3 tg d = 2r = 0,262 D2 H= 0,131 D3 tg = 1,047 H3 C tg2 Vtc= VCR - Vcr= 0,131(D3-d3) tgb) pirmide e tronco de pirmide:Vp = (1/3)A2H= (1/6) A3 tg= (4/3) H3 cotg2Vtp = VpA - Vpa= (1/6)(A3 -a3) tgc) prisma triangular inteiro e truncado: Vpt= C LC = (1/2)AH= (1/4)A2tg= H2cotgVptt = (C-c)L = (L/4)(A2 - a2)tgd) cunha: [prisma triangular(l,A,H)]+[pirmide quadrada(A,A,H)]ou [cone(r = A/2)] HLhAaH A rHhRC UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.35/62VcL= Cl + Vp = CL-(1/2)VpVCA= Cl + Vc = CL - 0,91 VcC = (1/2) AH= (1/4)A2tg = H2cotVp= (1/3) A2H = (1/6)A3tg= (4/3) H3cotVc= 0,262 D2H = 0,131 D3tg = 1,047 H3 cot6.7 - Estocagem em Silos para Graneis Slidos:1) presso do fundo segue leis dos semifluidos;2) presso lateral 0,3 a 0,6 da presso vertical e uniforme quando hs 3d;3) presso dinmica = 1,10 presso esttica;4) orifcios de sada pelo fundo: centrais;5) orifcios de sada laterais: presso 2 a 4x presso na parede oposta;6) presso lateral mxima no enchimento rpido;7) descarga constante independente da presso e proporcional a 3 daabertura;8) presso livre: p = hs tg2 (45 -/2)6.8 - Equipamentos de Movimentao de Cargas de PtioDada a extrema variabilidade destes equipamentos, todos os dados deste item someramente indicativos, de forma a dar uma primeira aproximao a esta questo.Em cada caso, dever-se- consultar os catlogos dos fabricantes ou pesquisar assolues em instalaes similares proposta, como uma primeira avaliao dealternativas de execuo.Convmtersemprepresentequeasprodutividadesindicadaspelosfabricantessoemcircunstnciasdeperfeitaoperao,tantodoequipamentocomodascondicionantes que lhe so exteriores, fato de extrema raridade na vida prtica dosptios. A experincia indica comopragmticotomaremmdiavaloresentre75e80% da produtividade nominal.tambmnormalqueascapacidadeseprodutividadessoframumareduosegundoascondiesdatarefaaexecutar,comonafigura6.05semostraavariao da capacidade de iamento de um guindaste de 30 t conforme o raio deao de sua lana.A/2H lLlAA/2dhUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.36/620510152025300 10 20 30 40 50 60 70Raio deAo(m)Carga (t)Figura 6.05 - Variao da capacidade de carga da lana de guindasteATabela6.02,aseguirmostraindicadoresdealgunsdosequipamentosmaisusuais em ptios, em aplicaes feitas no Pas.Tabela 6. 02Equipamento CapacidadenominalPeso(t) Observaestruck dumper 1 caminho/60seg.car dumper dpl. 2vages/30seg. 480 hpp carreg. Cat.9201,2m3/caamba consumo 12l/h- vida 5 anosguindaste c/ grab 75t/h/caamba3tvida:20 aManut. 3%p carreg. Cat.966 Ccaamba de 3m316 alt.oper.=2,95m172 hpp carreg. Cat.988 Bcaamba de 4,6m339caminhes off road 170 ttrator pneus Cat.824400 hp consumo 45 l/htrator esteira D8 KCat.300 hp 32,5empilhadora 5.000 t/hrecuperadora detamborstacker reclaimer 4.500 t/hrecuperador decaamba8.000 t/h 1.945 1.800 hp lana50 mUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.37/626.9 - Correias transportadoras:Consideradas parte por sua importnciaem ptios de graneis slidos.Tabela de Peso por Metro das Partes Mveis:Q=2.Pc+Ps/L1+Pr/L2Pc = peso/metro de correiaPs = peso dos suportes com intervalo L1Pr = peso dos retornos com intervalo L2Clculo das Resistncias a VencerR Rp Rc Rg= + + Rp = resistncia passiva = CQ(L+Lo), onde:Cresist.moveisinst. fisicasL:comp.realLo:comp.virtual dos terminais0.0140.010Loportateisfixas45 7560 300a ma mRc=resistncia carregada=[CP/60V](L+Lo)P=kg/h de carga; V=m/minCapacidade Efetiva de Transporte para V =1,0 m/s em t/ht/m3pol0.5 0.8 1.2 2.0 2.516 24 40 60 100 12030 86 144 214 360 43048 236 390 584 976 117060 376 626 938 1564 1878Potncia movimentao da correia vazia para V =1,0 m/s em hpLargura (pol) 120m 360m 480m 720m16 1.5 4.0 5.5 8.030 3.5 8.5 11.0 15.548 6.0 14.5 19.0 27.560 7.5 19.0 24.5 36.0Acrscimo pela elevao: 0,366 hp / m / 100 t/hFundaes :terreno firme: (2,00x0,60x0,30)m3 / 3 melevado: 4 sapatas de 0,9 m3/12 mvida til: 15 anosvida correia: 106 tdisponibilidade: 0,70 a 0,85manuteno: 0,01 I0 / anoLargura daCorreiaQcm pol kg/m40.6 16 6.450.8 20 8.261.0 24 10.976.2 30 14.191.4 36 17.7121.9 48 27.7152.4 60 38.6L1L2WTr.UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.38/62Capacidade de Movimentao de Correias (ver Tabela 6.03):Tendo = ngulo de repouso do produto a transportar s =margem de segurana= 0,05L+3cmTabela 6.03Largura S reaBsica-A1rea de SobrecargaA2rea Total(cm2)Q(t/h)V=1m/spol cm cm cm2 =10 =20 =30 =10 =20 =30 =1 t/m316 40,64 5,00 65,45 26,36 53,63 81,81 91,81 119,08 147,26 43,0018 45,72 5,30 87,23 34,54 70,90 107,26 121,77 158,13 194,49 57,0020 50,80 5,50 110,90 43,63 89,08 136,35 154,53 199,98 247,25 72,0024 60,96 6,00 168,17 65,45 132,72 204,53 233,62 300,89 372,70 108,0030 76,20 6,80 275,43 107,26 216,35 331,79 382,69 491,78 607,22 177,0036 91,44 7,60 409,06 158,17 319,07 490,87 567,23 728,13 899,93 262,0042 106,68 8,30 569,96 219,07 443,60 680,86 789,03 1013,56 1250,82 365,0048 121,92 9,10 757,22 291,80 589,96 901,75 1045,02 1347,18 1658,97 485,0054 137,16 9,90 970,84 370,88 750,85 1149,00 1341,72 1721,69 2119,84 620,0060 152,40 10,60 1211,73 463,60 933,57 1431,71 1675,33 2145,30 2643,44 772,00Fontedosdadosdebase:Peurifoy,R.L.:ConstructionPlanning,EquipmentandMethods - Editora Mc Graw Hill, New York.Complementos das correias com 30 a 100 t de peso prprio:Alimentadores (chutes): US$ 1,850.00/tCasas de transferncia: US$ 1,350.00/tCorreias: (Jan.98)30 - US$ 2,600.00/m48 - US$ 2,800.00/m54 - US$ 3,300.00/m78 - US$ 5,000.00/mTabela 6.04 - Velocidade Mxima em Correias(m/s)Material e suas condies Largura das correias (pol)14 16 18 20 24 30 36 42 48 54 60Carvo no bitolado, brita, minrio ou similares 1,5 1,5 1,8 1,8 2,0 2,3 2,5 2,8 3,0 3,0 3,0Carvo bitolado, coque ou outro material frivel 1,3 1,3 1,3 1,5 1,5 1,8 1,8 2,0 2,0 2,0 2,0Areia seca ou molhada 2,0 2,0 2,5 3,0 3,0 3,5 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0Coque britado, escria e materiais finos abrasivos 1,3 1,3 1,5 2,0 2,0 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5Minriogrado,rocha,escriasgrandesesimilares1,8 1,8 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0Tabela 6.05 - Potncia requerida para mover cargas em correias horizontais(hp)Comprimento dolance da correiaCarga em t / h(m) 150 200 250 300 400 500 600 800 100045 0,8 1,1 1,4 1,6 2,2 2,7 3,3 4,4 5,590 1,6 2,2 2,7 3,3 4,4 5,5 6,6 8,8 10,9150 2,7 3,6 4,6 5,5 7,3 9,1 10,9 14,5 18,2300 5,0 6,7 9,2 10,0 13,3 16,7 20,0 27,0 33,0600 9,6 12,7 15,9 19,1 25,0 32,0 38,0 51,0 64,0900 14,1 18,8 23,0 28,0 37,0 47,0 56,0 75,0 84,0UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.39/62Acrscimo de potncia por metro de elevao da correia:P= T/300 , onde P em hpe T em t/h.Tabela 6.06: Capacidade x velocidadeCapacidade de Transporte por Correia a Velocidade de 0,5 m/s - (ton/h)Largura Peso Especfico(t/m3 ou kg/dm3)pol cm 0,50 0,66 0,83 1,24 1,66 2,07 2,4812,0 30,5 6,4 9,1 10,9 16,3 21,8 27,2 32,714,0 35,6 9,1 12,7 15,4 22,7 30,8 38,1 46,316,0 40,6 11,8 16,3 20,0 29,9 39,9 49,9 59,918,0 45,7 15,4 20,0 25,4 38,1 50,8 63,5 76,220,0 50,8 18,1 24,5 30,8 46,3 61,7 77,1 92,524,0 70,0 27,2 36,3 45,4 68,0 90,7 113,4 136,130,0 76,2 42,6 57,2 71,7 107,0 143,3 179,6 215,036,0 91,4 62,6 82,6 103,4 155,1 206,8 258,6 310,342,0 106,7 88,0 117,9 147,0 220,4 293,9 367,4 440,948,0 121,9 117,9 156,0 195,0 292,1 390,1 488,1 585,154,0 137,2 147,0 195,0 244,9 367,4 489,9 612,4 734,860,0 152,4 187,8 249,5 313,0 469,0 626,0 782,0 939,0Fonte: Hudson, Wilbur G.:"Conveyors and Related Equipment"2nd ed., N. York, Jonh Wiley, 1949Tabela 6.07: Velocidades mximasVelocidade Mximas de Correias em Funo de sua Largura e do Produto Velocidades Mximas de Correias em Funo de sua Largura e do ProdutoLargura Material Leve Material Meio-Leve Material Meio-Pesado Material Pesadopol cm (gros, areia seca) (areia, carvo, cascalho) (pedra, minrios britados) (coque, minrio)12 a 14 30 a36 2,0 1,3 - -16 a 18 40 a 46 2,5 1,5 1,3 -20 a 24 51 a 70 3,0 2,0 1,8 1,330 a 36 76 a 91 3,8 2,5 2,0 1,542 a 60 107 a 152 4,3 2,8 2,3 1,8UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.40/62CAPTULO 7 - TERMINAIS AEROPORTURIOS7.1- Conceitos Gerais da Aviao CivilDeve-senotarqueporseucaractergeralmenteinternacionalaaviaocivilseestrutura embasada em normas e regulamentos internacionais, cujo rgo reitor aOrganizaodaAviaoCivilInternacionalOACI,porvezesreferenciadaigualmenteporsuasiglaemingls,ICAO,quepertenceaosistemadeNAESUNIDAS, tendo sede em Montreal, Canad. Estas normas mundiais tomam o feitiodemanuais,comcumprimentoobrigatriopelospasesmembros.Abrangemaspectosrelativosaavies,suasrotasouaerovias,terminaisouaeroportos,procedimentos operacionais, de segurana e de socorro.MuitoconsultadoseusadoscomorefernciassotambmestudosenormasdaFederal Aviation AAgency FAA, rgo diretivo da aviao civil norte americana,sobretudo quanto a novos equipamentos, instalaes e impactos ambientais.NoBrasil,otransporteareocomercialdirigidopeloMinistriodaAeronutica,atravsdoDepartamentodeAviaoCivilDAC,enquantoqueosaeroportosfederaissesubordinamEmpresaBrasileiradeInfra-EstruturaAeroporturia-INFRAERO, estatal no mbito do mesmo ministrio. Apenas aeroportos de mdiooupequenoporte,deinteresseregional,estonombitodeautoridadescivisestaduaisoumunicipais.AMedidaProvisria1549-39,de29/01/1998,emseuartigo14,definecomoreadecompetnciadoMinistriodosTransportesaparticipaonacoordenaodostransportesaerovirios,mantidosnarbitadaAeronutica.Quanto s empresas de transporte areo, sua maioria em todo o mundo privada,emboraemalgunspasesaindasubsistamempresasestataisoudeeconomiamista,comonaFrana.Emcadapasemqueoperemdevemcumprirasdeterminaesdorgogovernamentalquecontrolaaaviaocivilnoterritrio,combasenochamadoConvniodeChicago.Asquesejamdeoutropas,dependemdaexistnciadeacordosinternacionaisentreosgovernosenvolvidospara operar no pas estrangeiro . A nvel internacional, se agrupam na InternationalAir Transport Association IATA.Analogamente,osorganismosdirigentesdeaeroportoscomerciais,estataisouprivados,tmseurgoclassistamundialnoConselhoInternacionaldeOperadoresdeAeroportosCIOA,geralmentereferenciadoporsuasiglaemingls _ OCI, cuja ao maior a troca de experincias entre seus membros.A aviao civil comercial opera em trs ramos: passageiros, carga e servio postal.Em qualquer dos casos, a operao pode ser domstica ou internacional. Ademaisdosaeroportosemsiesuasinstalaes,estesserviosdependemparasuaexecuoseguradeinstalaescomplementaresdemeteorologia,telecomunicaes, centros de controle de trfego, ajudas terrestresdeorientaodos vos, assim como bases de manuteno e instalaes de abastecimento.7.2 - Bases Primrias do Planejamento AeroporturioUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.41/62O planejamento aeroporturio se distribui por trs tipos diferentes de interface, quedevemserharmonizadosparaseobterograudeeficinciaoperacionaleeconmica desejada:a.1) interfaceinternaentreveculoeterminal,quepartindodeumaanliseda demanda atual e previso da futura, estabelece bases que se assentamsobreastcnicasoperacionaisdaaviaocivilcomercial,tendocomofundamentodecisrioachamadaaeronavecrtica,cujascaractersticastcnicasserviroparadimensionarosvaloresbsicosdeparmetrosconstrutivosdepistasdepousoedecolagem,pistasdetaxiamentoourolamento,ptiosdemanobraeestacionamentodeaeronaves,quadrofuncional,estaesdepassageirosecargas,portes,boxesdasempresas areas e de servios pblicos obrigatrios e desejveis, reas daadministrao, de abastecimento, de bombeiros e prontosocorro, hangaresdeservio,deequipamentoscomoradaresdeaproximaoeacompanhamento,rdiosfaris,landmarks,delineamentodoplanejamento operacional e previso da fatia de mercado;a.2)interfaceexternaentreterminaleseuentornoimediatoesuareadeinfluncia,comosistemasterrestresdeacesso,conexescomosserviospblicos,comoenergiaeltrica,telecomunicaes,guaeesgoto,prevenoemonitoramentodedanosambientais,vedaodarea,controledeingressodepessoaseveculos,reservadereasparaampliaofuturaezonasnonedificandiparaaproximaoseguradeavies, etc.:a.3)interfacedecoordenaoentreequipeseprodutosderivadosdasinterfacesanteriores,afimdecompatibilizaremaximizaroresultadofinal,materializadoprimeiramenteemumplanodiretoraeroporturio,dandoorigemaumestudodeviabilidadetcnico-econmicaeambiental,paradesembocar em um projeto de engenharia final de implantao, de reformaoudeampliao.Assimsecompatibilizaomercado,queinduzamacrolocalizaodoaeroporto,comcondiesmeteorolgicas,topogrficas,geotcnicasedeusodosolo,quedeterminamaspossveismicrolocalizaes dentro da rea traadapelamacrolocalizao,levandoseleo da mais adequada, tcnica e economicamente.7.2.1- Interface Internaa.1.- Avaliao do mercado prospectivo de um aeroportoOmercadodepassageirosprevistosparaumdadoaeroportotemsidoestudadocom bastante xito em todo mundo, existindo mesmo metodologia estruturada pelaOACI,noseuManualonAirTrafficForecasting:MediumandLongTermForecasting,publicadoporseuSecretariadoGeral,emobedinciaaumaresoluodaAssembliaGeralem1972,comofimdeorientarosestadosmembrosnaefetivaodeseusprpriosestudos,emnvelregionaleinternacional, em previses dirigidas a horizontes normalmente entre 5 e 20 anos.Estatarefaconstituipassoinicialnosprocedimentosqueenvolvemasdecisesrelativas implantao ou ao melhoramento de um aeroporto.Este tipo de anlise conduz quase sempre a valores anuaisdedemandaparaasstrataescolhidas,queparaquantificaodasinstalaesaeroporturias,umaUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.42/62vezconhecidaspossveissazonalidades,levamaparmetrosdefinidoresdeuso,tais comodemanda anual, demanda da hora de pico ou dia mdio de operao.Asimplesextrapolaodetendnciashistricaspodenorefletirsequergrosseiramentepatamaresfuturosdedemanda,devezqueotransporteareo,porsuasprpriascaractersticasdecusto,tempoepsicologiasocial,tendeaserfortementeinfluenciadoporvariveisscio-econmicasdependentesdoestadoefetivo da Sociedade e da Economia afetada.Estaconstataolevouopopormodeloseconomtricosdepreviso.Foiadeciso adotada, por exemplo, no desenvolvimento do Plano de DesenvolvimentodoSistemadeAviaoCivildoBrasilPDSAC,quetiveaoportunidadeeasatisfao de coordenar pelo GEIPOT para o DAC. So deste trabalho pioneiro noPas rotas metodolgicas da demanda em aeroportos, via modelos economtricos.Aanlisedosdadosdisponveissobreaeroportosbrasileirosemdcadas,compesquisa de que variveis explicativas e modelo melhor se enquadravam em cadacaso, levou formao de quatro grupos de aeroportos, a saber:1) os cinco aeroportos de maior movimento na poca _ Rio de Janeiro, SoPaulo, Braslia, Belo Horizonte, Porto Alegre _ e mais Belm e Manaus, noapresentavamummodelogenrico,masparacadaumaseobteveummodeloespecfico,mesmoassimparaBelm,Manaus,BeloHorizonte,PortoAlegreeBraslia,noseconseguiucorrelaoaprecivelparanenhuma varivel independente significativa.Para o Rio de Janeiro, por exemplo, resultou uma correlao simples com arenda urbana da zona de trfego (RUZ), atravs da seguinte relao quantoao nmero de passageiros: PAX = e-15,26850 (RUZ)1,73918R2 = 0,978 para teste de aplicao ao perodo 1965/1973, observando-se nafrmula que a demanda elstica em relao renda urbana da zonaParaoutros5dosaeroportoscitados,aanliseresultouapenasemumaextrapolao de tendncia histrica, com as relaesmostradasnaTabelaseguinte:Tabela 7.01: Modelos de Demanda em 5 AeroportosAeroporto: Modelo: R2Belm PAX=e-144,50914 . e0,07962N;(N = ano a projetar) 0,829Manaus PAX=e-285,92721 . e0,15122N;(N = ano a projetar) 0,950Porto Alegre PAX=e-216,43888 . e0.11619N;(N = ano a projetar) 0,879Belo Horizonte PAX=e-259,95336. e0,13831N;(N = ano a projetar) 0,942Braslia No se ajustou a correlaes ...Fonte: PDSAC, volume 1UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.43/62Umgrupoformadopor6cidades,asaber:Aragaras,BoaVista,Carolina,Corumb,PontaPoreSantarm,comopesrodoviriassignificativas,trouxeumamudanadevariveisemrelaoaosanteriores,tendocomovariveissignificativasapopulaourbanadareadeinfluncia_(PUA),eafrotadeautomveisdareadeinfluncia_(VAA).ResultouumR2=0,845para21observaes entre 1968 e 1973.Para avaliar o tamanho e a capacidade de pagamento do mercado, para o trfegode passageiros em geral, aconselha a OACI o uso como variveis independentes,entre outras, de uma ou mais das seguintes grandezas:_populao;produtointernobruto;rendanacional;consumopessoal;ingresso per capita.No caso de um aeroporto em particular_acessibilidade,comofatiadomercadodentrodecertadistnciadomesmo;fatiadomercadoemoutrascidadescomrotadeacessodireto;tempodeacessodesdeouparaosaeroportoseacidade;freqnciadevosdisponveisnasrotasdemaiorprocura;tempodeblocoentreaeroportos;confiabilidadedosserviosemtermosdevoscancelados;competitividade de outros modais.Deummodogeral,parasechegaraofluxodeaviesomercadodevosdisponveis dividido em strata, como se detalha a seguir:_domsticoregular:vosdotrfegorealizadoregularmentenaslinhasdomsticas,comnmeroidentificadorconstantedoHOTRAN(horrioeitinerrio das linhas areas), mesmo que provenientes de conexes internasde vos internacionais, mais os vos de carga efetuados com regularidade.No abarca a aviao regional;_regional: vos do trfego areo regional que tenham origem ou destino noaeroporto em anlise;_regionalalimentador(feeder):partedotrfegoareoregionalemqueofluxotransportadoseoriginouemoutrosvosparaesteaeroporto,ousedestina a vos que partirodo mesmo;_internacionalregular:vosrealizadosregularmentenaslinhasinternacionais,mesmoqueincluamtrechosdecabotagemouinternos,consideradostambmosdeaeronavescargueiras,masnoincluiosfretados em qualquer dos casos;_noregular:abrangendotrscategorias,asaber:aviaoprivada,txisareos e vos fretados, ou seja todos menos os regulares de qualquer dasclasses anteriores;_militares:trfegorealizadoporaviesmilitares,usandoaspistasdoaeroporto em tela.Oconjuntodepousosedecolagensefetuadospelostrfegosacima,quesoousero atendidos pelo aeroporto em estudo, constitui os chamados movimentos eafrotaqueaoperaformaodenominadomix,queagrupadeumaaquatroclasses de aeronaves:_classe A: pequenos monomotores, com peso at 5.700 kg (12.500 lb.);UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.44/62_classeB:pequenosbimotoresejatosexecutivos,pesando5.700kg(12.500 lb.) ou menos;_classeC:aeronavesdeportecompreendidoentre5.700kge136.000kg(300.000 lb.);_classe D: grandes aeronaves de peso acima de 136.000 kg (300.000 lb.).Na dcada de 80, nos 3 principais aeroportos de S. Paulo, por exemplo, os mixeseram:classeaeroporto A + B%C %D%Viracopos 33 31 36Cumbica 19 73 8Congonhas 45 55 0Fonte: Comisso Coordenadora do Projeto do Sistema Aeroporturio da rea Terminal de S. Paulo -COPASP Sistema Aeroporturio de So PauloNormalmente, segue-se o exame da demanda por pares de origem e destino nasrotas,tendocomoelementocomumoaeroportoemestudo,gerando-semodeloseconomtricosparacadacaso.Conhecendo-seoufixando-seostiposdeavioem cada conexo e seus horrios e tempos de servio em terra, pode-se analisarademandanaspistas,ptioeportes,bemcomonoespaoareocircundante,para poder se planejar ocupaes futuras e nveis de servio.7.2.2 - Interface ExternaAtualmente a principal preocupao com a interface externa se centra no impactodoruidodasaeronavesnoentornodoaeroportoesuasconseqnciassobreapopulaoresidenteedepassagem.AFAAtemaplicativosparadeterminaodoscontornossonorosparaasaeronavesusuaisnaaviaoamericana,quepermitemadiagramaodascurvasderuido,apartirdasquaissebuscaroassolues para anulao ou minimizao de feitos danosos.Outra vertente desta interface externa a conexo com os servios pblicos, quese estende desde a comunicabilidade com o sistema virio da regio, em especialourbanodocentroprincipalservido,atosserviospblicosdeutlidadescomogua, energia, telecomunicaes, saneamento, ou de entidades pblicas como asdeseguranapolicial,fazendrias,deassistnciamdicadedefesacivilebombeiros.Cabelembrarqueosgrandesaeroportossoimportantescentrosgeradoresecaptadoresdetrfego,exigindoconexesadequadasdeacessoeestacionamento interno.7.3- Parametrizao de pistas, ptios, acessos e estacionamentosA tendncia mundial em termos de aeroportos para grandes centros de atrao egeraodetrfegoareoumcomplexoaeroporturiodiversificado,comaeroportosnocontguos,masdestinadosbasicamenteatrfegosespecficos,emboraememergnciaspossamabsorver,emtodoouemparte,trfegonormalmentedestinadoaumdosoutros,queestejacomrestries.comosepode observar em New York (JohnKennedyeLaGuardia),Londres(HeathroweGatwick), Paris (Charles De Gaulle e Orly),Chicago (OHara e Lake), WashingtonUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.45/62( Dulles e National) no exterior, e em So Paulo (Congonhas e Guarulhos) e Rio deJaneiro (A,C, Jobim e S. Dumont), no BrasilEstesaeroportos apresentamnomnimo duas pistas independentes, paralelas (Congonhas)ouno(Galeo),tendocasos,porexemplooKennedy,com3formando um tringulo. Duas pistas, tendo em comum ou no as cabeceiras delas,podemserdivergentes_emVaberto_ouconvergentes_emVfechado_segundoonguloformadoporseuseixos.Alocalizaoconjuntadestaspistastemdeobedeceranormasconsagradasquantoaodistanciamentorelativo,condioqueinfluibastanteemsuacapacidadeprovveldemovimentosdeaeronaves (pousos e decolagens), podendo ser expresso, segundo norma da FAA,em termos anuais _ PANCAP (PracticalAnnualCapacity)_oudahoradepico_PHOCAP(PracticalHourCapacity).,definidasmaisadianteemfunodaconfigurao das pistas operacionais.Duasescolasprincipaisnorteiamestasdistncias,incluindoentreelasasquemedeiam entre pistas de taxiamento e as de movimentao do trfego: a da ICAOe a da FAA, resumindo suas normas na Tabela a seguir:Tabela 7.09Situao possvel: ICAO FAAlinha central da pista de taxiamento at obstculo fixo 50 m 61 mlinhacentraldepistadetaxiamentoatlinhacentraldapista de aterrissagem86 m 92 mlinha central da pista de taxiamento at a linha central depista de pouso por instrumento187 m 122 mFonte: ICAO e FAA respectivamente, convertendo os dados desta para metros.O comprimento das pistas operacionais de aterrissagem e decolagem funo daaeronave crtica, da temperatura mdiada rea do aeroporto e de sua altitude emrelaoaonveldomar.Osfabricantesnormalmenteosdivulgamamplamenteparaaschamadascondiesnormais,ousejapistasaonveldomaretemperatura ambiente mdia de 15 C, como se mostra a seguirTabela 7.10: Comprimentos de Pista para Aeronaves Selecionadas Aeronave: TOl ( Take-off lenght )Ll ( Landing lenght ) Boeing 767 2.315 m 1.450 mBoeing 727-200 2.938 m 1.430 mBoeing 737-200 2.073 m 1.341 mBoeing 747-200 3.338 m 2.103 mLockheed 1011 3.200 m 1.900 m C - 130 2.100 m 1.380 mFonte: especificaes dos fabricantesOcomprimentodapistadedecolagemsempremaiorqueodaaterrissagem,dada: a diferena das tonelagens de uma mesma aeronave nos 2 casos, e a maiordiferenadevelocidadeentreoestadoderepousoeodevelocidademnimadecada eventoUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.46/62Assim,aaeronavecrticanoestudoinicialdeGuarulhoseraoBoeing747-200B,tendocomorotaSoPauloManaus,umaetapadecercade2.000mn.Osparmetros para construo de pista adequada ao mesmo avio formam a Tabela7.11, a seguir.Tabela 7.11: Parmetros de Aeronave de Projeto em So PauloItem (valores em t): Decolagem: Pouso:Peso vazio : 166,322 166,322Combustvel da etapa: 57,858 0Combustvel reserva: 11,021 11,021Carga paga: 72,484 72,484Total: 307,395 249,837Fonte: COPASP: Sistema Aeroporturio de S. PauloAspistasdeveriamter3.525mparadecolageme2.060mparaaterrissagem.Osfatores de correo a serem aplicados aos comprimentos dados para as condiesde referncia ( nvel do mar, 15 C de temperatura ambiente e pista sem greide ),so respectivamente:+ 7% para cada 300 m de altitude acima do nvel do mar;+ 1% para cada grau centgrado acima de 15 C;+ 10% para cada 1% de greide.A converso da demanda do mercado em instalaes operacionais dos aeroportossefaz,emtermospragmticos,pelosconceitosdePANCAP(PracticalAnnualCapacity)ePHOCAP(PracticalHourlyCapacity),deempregouniversalnasavaliaespreliminaresdacapacidadedolayoutoperacionaldeumaeroportocomercial.Ambosconceitossebaseiamnalocalizaorelativadaspistasdepousoedecolagem,comresultadosderivadosdaprticamundialnaoperaodestasunidades, a partir dos procedimentos desenvolvidos pela FAA, tanto em situaesdevovisual(VisualFlightRulesVFR),comonasdevoporinstrumentos(InstrumentalFlightRulesIFR),levandoemconsideraoospossveismixesdafrotausuria.Osesquemasgrficosdaspistasdemovimentaomostramaseguir.UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.47/62As capacidades consideradas em cada caso, em termos de movimentos (pousos edecolagens) por ano, para pistas paralelas.formam a Tabela 12.Tabela 7.12 - Valores de PANCAP e PHOCAP da FAAEsquema: Condio: Mix 1 Mix 2 Mix 3 Mix 4A PANCAP 215.000 195.000 180.000 170.000PHOCAP/V 99 76 54 45PHOCAP/I 53 52 44 42B PANCAP 385.000 330.000 295.000 280.000PHOCAP/V 193 152 108 90PHOCAP/I 64 63 55 54C PANCAP 425.000 390.000 380.000 340.000PHOCAP/V 198 152 108 90PHOCAP/I 79 79 79 74D PANCAP 770.000 660.000 590.000 560.000PHOCAP/V 396 304 216 180PHOCAP/I 128 126 110 108Osmixescitadosnatabelaacimateriamcomoidealaseguintecomposiopercentual l::Tabela 13 -Composio Ideal dos Mixes1 90 10 0 02 40 30 30 03 20 20 40 204 0 20 20 60UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.48/62Asletrasindicativasdoscomponentesdosmixescorrespondemsclassesdescritas na pgina 6 destes apontamentos.No caso de pistas no - paralelas, como na ilustrao abaixo,os valores usadosso os seguintes:Deve-seconsiderarquedoladoexternodaspistasnecessriopreverumaviaparaveculosdeservio,comlarguramnimade5m,bemcomoasconexesentre cabeceiras, reas de espera e pistas de rolamento.Aspectodeparticularimportnciaoprojetodopavimentodestaspistas,principalmenteasqueoperamcomaviespesadoscomoosmultirreatoresmodernos.UmadasmelhoresfontesdeestudodotemaaFAA,quenestadcadavemdesenvolvendoumametodologiadeclculonova,denominadaLED(Layered Elastic Designs), baseada nas caractersticas tcnicas do Boeing 777,com possveis mixes de trfego,nomaisusandoapenasumaaeronavecrticamas um fator cumulativo de dano (CDF), induzindo falha por fadiga. Substitui oempregodoCBR(CaliforniaBearingRatio)dospavimentosflexveis,oudoparmetro k para os rgidos. Existem programas de converso automtica destasmetodologias tradicionais para a nova.Outra faceta dos pavimentos das pistas operacionais a camada porosa na partesuperior,afimdeevitaraformaodepoasdeguadechuva,pormeiodeescoamento interno para as laterais das pistas, ademais das ranhuras superficiais(grooving),prevenindoderrapagensdasaeronavespelachamadaaquaplanagem, e aumentando o atrito pavimento/pneus das aeronaves.No ptio de manobras (apron), a posio de parada final das aeronaves junto sedificaesdeembarqueedesembarquedeveserprevistacomumadistnciamnimade5mentreonarizdoaparelhoeasinstalaes,nocasodeficarperpendicular s mesmas, ou da ponta da asa, na configurao em paralelo.Todaareadoptiodevetrazerbemsinalizadanopavimentoasviasdepassagemdosveculosdeservio,comotratoresdeaeronavesedeporta-bagagens,tanquesdecombustvel,nibusdeportodeatendimentoafastadoecamionetas de catering, de forma a minimizar possveis interferncias com aviesem manobra, ou pessoas em trnsito obrigado.A iluminao do ptio deve seguir padres e valores dasnormasespecficas,emsistemaindependentedoconjuntodeluzesdeorientaoedemarcaodaspistas, contando ainda ambos sistemas com geradores de emergncia para evitarfalhas do abastecimento pblico.Quantoaoclculodonmerodeportes(gates),ousejadelocaisondeasaeronavesquechegamouvopartirsoatendidas,emtermosde PANCAP PHOCAP/V PHOCAP/IMix 1425.00019679Mix 2340.00013679Mix 3310.0009477Mix 4310.0008474UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.49/62embarque/desembarque de passageiros, movimentao debagagemepequenascargas,abastecimentodecombustvel,recebimentodevveresebebidas(catering) e limpeza, usa se a seguinte expresso: G = vt / sondeGonmerodeportes,vovolumehorriodeaeronaves,tsuapermannciamdianoportoemhora/aeronave,sfatormdiodeutilizaodecadaporto,normalmente0,5a0,8aeronave/porto.Ostemposgiramemtornode1/2horaparaosvosdomsticosede1horaparaosinternacionais.Acomposio mais comum dosserviosexecutadosnosportesaexemplificadaabaixo para um 737-200, depois dos calos (blocks):01 desligamento das turbinas1.002 - colocao das passarelas 0.503 desembarque passageiros 4.404 checagem do dirio1.5Desembarque da carga05 despachos avulsos 13.006 contineres centrais4.407 contineres dianteiros3.408 comissaria 7.909 limpeza banheiros8.510 abastecimento de gua12.711 servio de cabina16.012 abastecimento de combust. 23.013 servio de injeo 14.714 inspeo externa9.0Embarque de carga15 contineres dianteiros3.116 contineres centrais3.817 despachos avulsos 13.018 - checagem do dirio1.519 embarque dos passageiros5.620 partida das turbinas 3.021 remoo das passarelas 0.522 liberao da aeronave 1.0 MINUTOS0 510 15 20 25 30Fonte: COPASP, com base em R. M. Parsons CO.Nota: em azul o caminho crtico: desligamento das turbinas / desembarque dos passageiros / servio de cabina / embarque dos passageiros / partida das turbinas / liberao da aeronave.Notocantesinstalaesinternas,deve-sesepararemsistemasquesogeraisao conjunto das instalaes, como energia, iluminao, climatizao, gua potvel,industrial e de incndio, esgoto pluvial e sanitrio, telecomunicaes, cronometria,udio e segurana; e sistemas que so especficos de determinadas reas, comobloqueios de acesso, transportadores de pessoas e de cargas, quadros de avisos,indicativos multilngues, isoladores acsticos, etc.UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.50/62Especialcuidadodeveserdadoaoslocaisdeatendimentodepassageirosembarcando e desembarcando, suas bagagens, e seus possveis acompanhantes,pois esta interface que formar na coletividade a imagem principal do aeroportono chamado pblico externo.Sagues de check-in precisam ser previstos para demandas de sazonais de picoe para um horizonte ao menos de mdio prazo, partindo-se de uma pesquisa juntosempresasinteressadasesuasexpectativas,almdeumaprevisodeexpansodasmesmasoudaentradadenovascompanhias.Instalaesdedesembarque,controledepassageiros,coletadebagagem,recepodeacompanhantes,acessibilidadedesadarpida,formaaoutrafacedamoeda,comcondicionantessemelhantesaodoitemanteriorquantoaseusparmetrosarquitetnicos. e de projeto, bem como a formao de opinio.Acomodaesparaserviospblicosdepresenaobrigatria,comoInfraero,PolciaFederaleReceitaFederal(Alfndega),devemseresquematizadasemconjunto,paraevitarmaufuncionamentoequeixasposteriores.Outrosservios,comoPostoTelefnico,Correios,atendimentoturstico,agnciabancriacomcmbio,serviosmdicosedeacolhimentoameseinfantes,restauranteselanchonetes,lojasdeconvenincia,etc.,tambmsoitensaserematendidosedimensionados.Emquasetodoscasosdeatendimentoaopblico,emquesetenhaidiadademandaprovveledotempomdiodeservio,modelosbaseadosemTeoriadasFilaseaplicativosdesimulaosoimportanteferramentanaanliseeobtenodesoluesadequadas.Nocasodeestacionamentodeveculos,porexemplo, o clculo da rea necessria, quantificao dos controles de acesso e desada,formamentreoselementosemquetaisprocedimentossodecapitalimportncia.7.3.2.- Acessos terrestresAeroportoscostumamsergrandescentrosdeatraoegeraodefluxosdepessoasedecargas,fatoquelevaimportnciadeacessosterrestresdebomnveldeservioedecapacidade.Pessoascirculandonasdependnciaseportantonosacessos,sejaparaingressarsinstalaes,sejaparasairdasmesmas,podemserclassificadasem4tiposdistintos,cujapresenapodeserimprescindvel, tolervel ou at mesmo indesejvel, a saber:_usurios do transporte areo ( imprescindveis );_tripulantes,funcionriosdeempresasareas,doaeroportoede..prestadores locais de servios ( imprescindveis };_acompanhantes de viajantes partindo ou chegando ( tolerveis );_visitantes ( a evitar tanto quanto possvel).Para melhor avaliao se do alguns nmeros destas classes de freqentadores:_funcionrios: Heathrow 38,3 mil; Kennedy: 37 mil; Orly: 23 mil;_visitantes Orly: > 4 milhes por ano;_viajantes: Galeo: 6,4 milhes em 1996UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.51/62Esta movimentao toda gera uma demandaacentuadadeveculosnosacessosterrestres,fazendocomqueosaeroportosmaisimportantesbusquemintegraocom sistemas sobre trilho na conexo ao centro urbano gerador; normalmente sebuscaaimplantaodeumramodemetr,maspodehavermesmoramaisferroviriosdesuperfcie,comoemaeroportosalemes,permitindoatumaintegrao tcnica e tarifria com o transporte areo.Em termos de veculos rodovirios, verifica-se o acesso por:_autos particulares, txis, autos de aluguel: _nibus pblicos e especiais; _camionetas e caminhes do aeroporto, de servios pblicos, de empresasareas, de suporte operacional e de concessionrios.Quantoaosautomveis,aexperinciamundialregistraumarelaode1,1a2autosporviajante,conduzindoacifrastaiscomo50mil/dianoWashingtonNational.Estesvolumesemaisosveculosdeservioconduzemnecessidadedegrandesespaosdeestacionamentoeconsequentementedenumerosospostosdecontroledeentrada/sadaesuaautomao,paraevitarcongestionamentos.Mesmonaquelesaeroportosquedispemdeacessometroouferrovirio,aparticipao do modal rodovirio dominante, fato que gera deciso de implantarviasexpressasdeinterligaocomopolourbanogerador.Agrandecapacidadeinerente aos sistemas sobre trilhos faz com que permaneam sub-utilizados nesteservio.Possivelmenteestarejeiosedevaafatorestaiscomoincmodosnoacesso e na viagem com bagagem de maior volume, nveis de servio em termosde conforto individual, incompatibilidade de freqncia ou de horrios com os dosvos.Acaractersticadaaviaocivildeserummodalonderapidezotraodominante, conduz a solues em quatro nveis:_facilidade de conexo centro gerador aeroporto, em todos os horrios;_rapidez de transferncia na interface terrestre area;_menor distncia possvel entre aeronave e veculo terrestre ( < 300 m );_separao do fluxo de chegada de viajantes do fluxo de sada.Nocasoespecficodeapenasacessorodovirio,osaeroportosinternacionaisedomsticosdeRiodeJaneiroeSoPauloconstituemumaboaamostragemdoproblema a enfrentar, como sintetizam os percentuais da Tabela a seguir:Tabela 14: Tipo de Acessibilidade aos Aeroportos BrasileirosVeculo usado: GaleoS. DumontGuarulhos Congonhas- chegando auto estacionado 16,3 % 15,7 % ... ...- idem em auto voltando 32,9 % 11,9 % ... ...- idem em taxi 41,4 % 64,8 % ... ...- idem em nibus 7,6 % 2,1 % ... ...- idem em auto alugado 1,2% 0,7 % ... ...- outros 0,7 % 4,8 % ... ...- saindo em auto estacionado ... ... 15,9 % 18,8 %UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.52/62- idem em auto chegando ... ... 26,2 % 14,9 %- idem em taxi ... ... 37,2 % 62,2 %- idem em nibus ... ... 15,6 % 0,8 %- idem em auto alugado ... ... 2,7 % 0,6 %- outros ... ... 2,4 % 2,7 %Fonte: TRANSCORR RSC7.3.3.- Preveno e monitoramento de danos ambientaisNveis de rudo e de emisses de gases e partculas sempre foram preocupaesnosentornosdeaeroportos,masganharamaindamaiorrelevnciacomaintroduo dos jatos comerciais na dcada de 50.Normalmente aplicativos digitais especficos tem como insumos bsicos:_coordenadas das pistas operacionais;_aerovias de acesso, com nfase na glide slope e seu ngulo de uso;_perfis de vo;_planilha de operao prevista, e_mix da frota usuria.Geralmente os produtos resultantes so:_tempo acima do nvel A ponderado de rudo selecionado;_nvel de rudo equivalente ( em ingls Leq )_nvel de rudo dia - noite ( Ldn );_estimativa de exposio ao rudo ( NEF );_nvel de rudo equivalente para a Comunidade (CNEL).Quantoaospoluentes,suadispersofunodadireodoventoedesuavelocidade, estabilidade dos componentes e altura de mistura. Nocasodovento,comoaspistasoperacionaistemnormalmenteseueixonorumodoventodominante,maisumcomplicadordofato,propiciandomaioramplitudedadispersodepoluentes,embora,poroutrolado,tendaadiminuirsuaconcentrao.Uma tendncia de melhora do conjunto motor/combustvel nos novos jatosapontaparaumadiminuiosignificativadeCOeHC,comosdemaispoluentesmantendo-se mais ou menos no mesmo nvel. Entretanto, em geral a reduo donvelderudoperseguidonasaeronavesmodernasconduzaumamaiorqueimade combustvel7.4 - Interface de coordenaoEstabeleceaconciliaoentreamacrolocalizao,induzidapelomercadoepelaaeronavecrtica,comascondicionantesinerentesacadamicrolocalizaoproposta,demodoaseselecionarasoluomaximizantedosobjetivosperseguidos e minimizante de custos modais e sociais envolvidos nas alternativasemanlise.Nacontinuaoseregistramalgunstemasqueenvolvemproblemasoperacionaiscomcondicionantesqueindependemdogerenciamentodoterminalou do organismo diretivo da aviao civil.UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.53/627.4.1 - Condies meteorolgicasAaviao,deummodogeral,significativamentedependentedefatoresmeteorolgicos prevalecentes em seus terminais aeroporturios, particularmente aincidnciaeintensidadedeventoscruzadosemrelaospistasdepousoedecolagem,probabilidadedevisibilidade(distnciahorizontalaquesedistingueobstculos)edeteto(distnciaverticaldevisibilidadeacimadonveldosolo),persistncia de chuvas intensas e tempestuosas.As condicionantes pelo vento se representam por dois tipos de grficos:asrosasdeventoeosanemogramas,comlocalizao,intensidadeepersistnciadosventosreinantes,permitindoalocalizaodoseixosdaspistasemfunodosventos dominantes.7.4.2 - Acessos areosSo trs componentes bsicos:a)aerovias,ousejaoscanaisporondecirculamasaeronavesentrepontosdistintos,caracterizadosporrumo,largura,efaixadealtura,definidos normalmente pelos rgos diretivos da aviao civil, como a FAAnos Estados Unidos da Amrica, ou em outros pases ou mesmo em gruposde pases vizinhos, por organismos multinacionais controladores do espaoareo, como na Europa Ocidental com o EUROCONTROL.b) cone ou zona de aproximao, quando a aeronave recebe autorizao doControledeVodoaeroportoparaaterrissar.Baseia-senalocalizaodepistas, das aerovias edamorfologiatopogrficaedaocupaoresidencialdo solo abaixo do mesmo;c) reas de circulao e espera, onde as aeronaves que se destinam a umaeroporto circulam em altitudes distantes de 300 m entre si, geralmente emplanos entre 1.500 m e 300 m acima do nvel da pista, baixando para cadapatamarinferiornamedidaemqueosvosanterioresrecebemordemdeaterrissagem. Segundo o fluxo de trfego, podem existir vrias destas reaspara atender a um mesmo aeroporto, de modo que as aeronaves chegandoem horas de pico possam esperar sua vez com segurana.Estes componentes tem suas caractersticas definidas para duas situaesdeoperao:paracondiesdevovisual(visualflightrules-VFR)epara operao por instrumentos ( instrumental flight rules IFR )7.4.3 - Condies topogrficasAlocalizaodosaeroportosdependedatopografiaemdoissegmentosdeseuplanejamento:_nalocalizaodepistaseinstalaes,quandoaexistnciadereasaproximadamenteplanasfacilitasuaimplantaoediminuioscustosdeterraplenagem;_nainexistnciadeelevaessignificativasquepossaminterferirnaseguranadasmanobrasdeaproximao,particularmentenadisponibilidade sem obstculos da glide slope.7.4.4 - Condies geotcnicasUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.54/62As pistas operacionais e de rolamentoeosptiosdemanobrasofremaaodecargasimportantesedinmicas,emespecialasprimeiras,particularmentenaqueles aeroportos comerciais em que operam grandes jatos multirreatores.As condies de suporte do solo, naturais ou resultantes das tcnicas construtivasdeadensamentoedrenagemsubterrnea,socondiobsicaparaobomcondicionamento dos pavimentos das reas retrocitadas. Cuidadosa ateno deveser dada quanto resultantes de aterros de volume e altura significativas, sobretudoaosebuscarganharterrenonecessriosobreespelhosdegua,reaspantanosas e terrenos quaternrios de fraca capacidade de suporte.7.4.5 - Estrutura de uso do soloComoumgrandepologeradordetrfegoterrestre,porsuascaractersticasoperacionaisdeemissorimportantederudosegases,porsuaenormereadeocupaodosolo,secionandootecidourbanoemlongaextenso,tantodiretamente,comopelanecessidadedereasnonedificandi,sejapeloelevadonvelderudoabaixodosconesdeaproximao,sejapelanormadeeliminaode obstculos no prolongamento das cabeceiras das pistas operacionais.Aexistnciadeindstriascomoimportanteemissodegasesquentesnaatmosferacircundante,oudeinstalaesquesejamatrativasparaavesquepossam chocar com as aeronaves partindo ou chegando, como depsitos de lixo,constituem restries a serem consideradas no planejamento.UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.55/62CAPTULO 8 - TERMINAIS MULTIMODAIS8.1 -Conceito Implcito de MultimodalidadeDesdearemotaantiguidade,comotransporteaquaviriodepequenascargas,quehaviaimplcitoumconceitodemultimodalidade,emespecialpelosmercadores,quebuscavamportosprimitivosetradicionais,ondehaveriatransporte terrestre em animais de carga, como burros e camelos, para distribuiodemercadorias,aumentandoassimseumercado,e,emconseqncia,possibilidades de negcio e de lucro.8.2 - Conceito Operacional de MultimodalidadeCom a evoluo das economias, com a introduo de novos modais de transporteemelhoramentodosexistentes,passou-seaseencararoproblemadecoordenaotcnicaeoperacionalentremodaisdistintos,quandosefazianecessria a transferncia de cargasentre veculos de dois deles.Oproblemaeraenfocadodopontodevistadastransportadorasenodosusurios,buscando-sefacilitaraoperaodomodaldominante,comconsideraessecundriassobreocomplementar.Assimquedescarregavam-sedamelhorformapossvelosvageschegadoscarregados,afimdequesecumprisseosciclosquelheseramassignados,masoscaminhesdapernadedistribuioqueesperassempeloatendimento,nemsemprerpidoecomequipamento adequado.Foiumafasequeosterminais,aindanochamadosdemultimodais,queoperavam transbordos de carga entre veculos de modais diferentes, como trens ecaminhes, gerenciavam suas operaes segundo requisitos do modal dominante,seja pela ferrovia, ouportos pelas empresas de navegao.8.3 - Conceitos Multimodal e IntermodalApartirdadcadade70,agilizaramovimentaodasmercadoriasestimulouareduodasimpednciasentremodaisqueseconectavam,paramaximizaodas quatro coordenaes: tcnica, operacional, comercial e tarifria. A presso pormaiorprodutividadeemenorcustovinha,sobretudo,docomrciointernacional,fato que levou s Naes Unidas a promulgar em 1980 a Conveno Internacionaldo Transporte Multimodal.Esclarea-sequenaquelesprimrdiosdamultimodalidadeemtermosmaismodernossefaziaumadistinoentremultimodalidadeeintermodalidade,reservando-seesteltimotermoparaquandootransportedeumamesmacargapormodaisdiferenteseraregidoporumnicodocumentodotransporte,oconhecimento intermodal, que se fundamentava na figura de um operador que seresponsabilizava por todo o conjunto das operaes de transporte e transfernciaentre modais.UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.56/62Atualmente,osdoistermossotomadoscomopraticamentesinnimos,ignorando-se a diferena anterior. Assim a Conveno das Naes Unidas e a leibrasileira (vide Anexo B) chamam de multimodal, nos Estados Unidos da Amricaencontram-seosdoisnomes,porexemplo,aleiconhecidaporISTEAqueincentiva a multimodalidade tem esta denominao como acrnimo de IntermodalSurface Transportation Efficiency Act. Fato anlogo se encontra na Europa.Umexamemundialpareceprivilegiarotermomultimodal,emboraaUNCTADtenha adotado a seguinte classificao:Transporte combinado quando se transporta um veculo de um modal no deoutro modal, como no piggyback;Transporteintermodalnocasodoscontinerestransportadospormodaisdiferentes;Transporte multimodalquando um nico instrumento _conhecimento_ regeo mesmo transporte em modalidades diferentes.8.4 - Conceito LogsticoAcompetitividadeempresarialacirradapelaglobalizaodaeconomia,queestpresentenarealidademundial,acentuouaestratgiadasempresasemvalorizarsuaLogstica,sejanacaptaodeinsumos,sejanadistribuiodeprodutos.Organismosinternacionaisapontamqueoschamadoscustoslogsticosrespondementre10e15%dosprodutosnacionaisbrutos,sendo,pois,deponderao na atividade econmica.Istotemlevadooperadoresdetransporte,visandoconvertermerosusuriosemativos clientes, passarem a pensar em seus terminais como partes importantes dagernciadacadeiadesuprimentosempresariais(supplychainmanagement),devendoatendercomeficincianecessidadesdetransporteportaporta,aindaqueparaissotenhamdeadotarumasoluomultimodal,principalmentenosterminais,quecostumamserumpontodefricologstica,pelaperdadetempo(transittime)eporavariasedanosscargas.Surgeoconceitologsticodeterminal, com nfase nos clientes.Estaopomudaconceitosemetodologias,ondeprincpiosdasteoriasdelocalizao (Transporte um setor a servio da Economia), marketing, tcnicas demanejoautomatizado,qualidadedeservio,efidelizaopassamaconvivernasdecisesdostransportistas,emrelaoslocalizaeseoperaesdeseusterminais.8.5 Conceitos Tericos e PragmticosNo sculo XX, em especial na dcada de 60, a preocupao era centrada no quese chamava ento de coordenaes tcnica, operacional, comercial e tarifria, ouseja,aquestoeraencaradaemvistadaflunciadasoperaesdomodaldominante,geralmenteaferrovianosterminaisinterioreseanavegaonosportos martimos.Nasduasltimasdcadasdosculopassado,desenvolveu-seoexamedamultimodalidadedopontodevistadosclientesresponsveispelascargasUFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.57/62movimentadas,tomando-seoterminalcomoumelemento-chaveemsuacadeiadesuprimentosoudedistribuio,firmando-seoconceitologsticodamultimodalidade,ouseja,desuacontribuioreduodotransittimeequalidade do servio prestado ao mercado.8.6 Conceituao Atual da MultimodalidadeTrata-sederealizardamelhorformapossvelafunologsticadoterminalmultimodal, fato que apresenta vertentes tcnicas e gerenciais.Noladotcnico,oentrosamentooperacionaldosmodaisenvolvidos,pelaadequao de veculos e equipamentos, assegurando a fluidez das transfernciasdecarga,emtermosdetemposdeconflunciaeexecuo,bemcomodaeliminao de perdas e danos, dentro de uma concepo de qualidade total.No aspecto gerencial, pelo uso da Tecnologia da Informao, fato que redundarianoacompanhamentoemtemporealporadministraesmodaisparticipanteseclientes das cargas em foco, permitindo a tomada rpida e precisa de decises emcada uma das fases da execuo.8.7 Realidades do Dia a DiaAmultimodalidadetematingidoumestgioimportante,sobretudonosEstadosUnidos da Amrica, devido principalmente a uma srie de fatores locais, tais como:distncias grandes de origem a destino;desregulamentao modal bastante sedimentada no tempo e naAdministrao Pblica, como, por exemplo, nas ferrovias e nosaeroportos;aprecivelusointernodaunitizao,inclusivecomapossibilidadedetransportar contineres superpostos (double stacking) nos trens;incentivos governamentais federais (ISTEA) e estaduais.NaUnioEuropia(UE),opanoramarealdiferente,emboraasautoridadesdaComunidadedesejassemobteromesmoimpactodaAmricadoNorte,comaagravantedequeaspossibilidadesdeexpandiremsuainfra-estruturadetransportesobemmaiscomplexas.Entreosempecilhosprincipaisaousogeneralizado da multimodalidade nesta regio podem ser citados:distncias relativamente curtas de transporte;falta de desregulamentao das ferrovias;UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.58/62escassez de operadores multimodais;prticas do setor muito diferenciadas de pas para pas;unitizao interna por contineres pouco difundida.Sobre este ltimo item, existe no seio da EU e com apoio da Cmara InternacionaldeComrcio,GrupodeTrabalhoparacriaodenovosmodelosdecontineres,maisadaptadosaomercadoregionalqueosTEUseFEUsdeorigemnotransporte martimo internacional, como forma de uma melhor captao de cargas,tendocomotransporteprincipalaferrovia,eocaminhonaspontasdoportaaporta.Poroutrolado,hdificuldadeemreferenciascomparativasporfaltadeumbenchmarkingentreosmodais,quepudesseajudaradecisodosgerentesdeLogstica. Uma das propostas na UE formar este instrumento de avaliao comos seguintes itens:preos (custo por quilmetro, custo por tonelada)tempo (velocidade) e horrios (confiabilidade)regularidade dos servios (freqncia)ndices de segurana (perdas e danos)gernciamento de qualidade (atendimento amigvel, exatido documental).eficincia (v.g. pessoal empregado versus nmero de movimentos,quilmetros viajados em vazio)Outraquestomuitodiscutidaaautomaodasoperaesinternasdetransporte, inclusive o uso de veculos automatizados, principalmente no transportede contineres, que representam a maior parte da questo.E no Brasil? H pontos comuns com os dois antecedentes internacionais e outroscomimportantesdiferenas.Comonocasonorte-americano,asdistnciassograndes,mascomonaEuropaadesregulamentaonovaeaindanoestdifundidaumaculturapr-multimodalidade.Arecuperaodosportos,porviadaprivatizao,aindanototal,progridecomalgumalentidoetodavianoconseguiurevertercompletamenteaimagemdeineficinciaecarestiaqueonerava o sistema porturio, agravada na rea de cabotagem pela crise de nossasempresas de navegao.UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.59/62NaprpriaregulaodoOperadordeTransporteLegalaindafaltammelhoresdefinies,comonocasodosseguros.Estefatodificultaaindamaisaformaorpida de uma cultura de transporte multimodal entre os usurios em geral.ANEXO ABIBLIOGRAFIA DE TERMINAIS DE CARGAGenrica:AgenciaparaelDesarrolloInternacional-AID:EstudiosdeFactibilidadyAnalisisdelaSolidezEconmicayTcnicadeProyectosdeCapitalImportancia, Centro Regional de Ayuda Tcnica, Mxico, 1965;Alvarenga,AntonioCarloseNovaes,AntonioGalvo:"LogsticaAplicada",Livraria Pioneira Editora, So Paulo, 1995;Bustamante,JosdeC.:"CapacidadedosModosdeTransporte";InstitutoMilitar de Engenharia, Rio de Janeiro, 1998;Bustamante,JosdeC.:"TerminaisdeCarga";InstitutoMilitardeEngenharia, Rio de Janeiro, 1997;Colley Jr., John L.: Operations Planning and Control", Holden-Day Inc., SoFrancisco, 1978;EmpresaBrasileiradePlanejamentodeTransportes-GEIPOT:"AnurioEstatstico dos Transportes", Braslia, 1999;Manheim,MarvinL.:FundamentalsofTransportationSystemsAnalysisThe MIT Press, Cambridge, 1979;Morlok,EdwardK.:IntroductiontoTransportationEngineeringandPlanning, McGRaw-Hill Book Co., New York, 1978;Uelze,Reginald:"LogsticaEmpresarial",LivrariaPioneiraEditora,SoPaulo, !974;Weber,ricoA:"ArmazenagemAgrcola",KeplerWeberIndustrial,PortoAlegre, 1995.Wild,Friedmann:"EdificiosparaAlmacienamientoyDistribucindeMercancas"; Editorial Gustavo Gili S/A, Barcelona. sem data.Porturia:Andronov,L.P.:"EstudiodelMovimientodeMercanciasylasOperacionesde Estibacin", Editorial Mir, Moscou, 1977;Cornick,HenryF.:"DockandHarbourEngineering",CharlesGriffin&Co.Ltd, 4 vols., Londres, 1959;UFES NULTLogstica e Transportes Terminais de CargaProf. Eng. Jos de C. Bustamante, M.C.60/62Lazarev, N. F.: Clculos de Explotacin al Organizar los Trabajos de CargayDesca