apostila tecnicas de ensino

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CONTRIBUIÇÃO: Profª e Psicopedagoga JANE GOMES DE OLIVEIRA 2011

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Elaborado pela Professora Jane Gomes de Oliveira

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Page 1: Apostila Tecnicas de Ensino

CONTRIBUIÇÃO: Profª e PsicopedagogaJANE GOMES DE OLIVEIRA

2011

ÍNDICE NA ÚLTIMA PÁGINA.

Prezado(a) Professor(a) :

Page 2: Apostila Tecnicas de Ensino

Para contribuir com a sua prática pedagógica, lhe envio algumas técnicas ou estratégias que podem ser utilizadas durante as suas aulas, facilitando o processo

ensino-aprendizagem.

“Toda aprendizagem, para que realmente aconteça, precisa ser significativa par aprendiz, isto é, precisa envolvê-lo como pessoa, como um todo (idéias,sentimentos da cultura e

sociedade)”. Abreu e Masetto, 1987.

Seleção dos Grupos (Dependendo do objetivo do professor)

1- Por afinidade. ( Os próprios alunos se organizam).2- Por sorteio realizado pelo professor. (Número no diário – Sorteio por cores – Outros)3- Por seleção prévia do próprio professor. ( Objetivo : Grupos heterogêneos / Separação de

grupinhos - Mesclar alunos mais fortes com mais fracos / Outros)

Estratégias ou Técnicas usadas para apresentação de membros do grupo num primeiro encontro, para aquecimento ou para desbloqueio. Percepção diagnóstica do grupo.

Apresentação Simples

Cada membro do grupo, oralmente, se apresenta. É uma estratégia válida apenas para grupos pequenos, pois se torna cansativa. Pode ser combinada com perguntas feitas pelos outros membros do grupo ao companheiro que se apresenta.

Apresentação Cruzada em Duplas

Os participantes se reúnem em duplas, entrevista-se um ao outro e depois cada um apresenta ao grupo todo o seu entrevistado. Numa variação, pode falar na primeira pessoa, “assumindo” as características do entrevistado. Esta estratégia também funciona apenas em grupos pequenos.

Completando a Frase

O professor prepara uma folha para cada aluno, na qual escreve um início de frase, que será completada pelo aluno, livremente. A frase completada é lida e analisada com a classe, tendo como critérios para análise os objetivos para os quais foram utilizados. Numa variação, pode falar alguma palavra de expectativa em relação ao curso pelo aluno utilizando somente a primeira letra do nome.Exemplos:

Carlos - Curioso.

Frases:

O aluno desta Faculdade...Para aprender, é preciso...Planejar...Eu avalio...Vim para este curso...

Papel nas Costas

Page 3: Apostila Tecnicas de Ensino

A turma organizada de pé em círculo recebe em suas costas uma folha de ofício em branco pregado pelo professor com durex, e para o preenchimento uma caneta. Cada aluno terá uns minutos para observar o seu colega e em seguida colocar na folha de ofício de cada colega um adjetivo que evidenciou em sua aparência de imediato após observação. Neste momento a turma estará procurando os colegas para escrever as palavras. Cada aluno terá um adjetivo de cada colega escrito em suas costas, tanto quanto forem o número de alunos na sala.

Após a escrita de todos, os alunos se colocarão em círculo novamente e depois de descolar o seu papel das costas, falará sobre as palavras escritas por seus colegas e sua identificação por elas. Esta estratégia mostra exatamente como o aluno é visto pelo grupo. Aproxima as pessoas. E mostra um outro lado do primeiro encontro. Mobiliza as pessoas para pensar e olhar o outro. Humaniza o grupo que sempre se torna positivo e amigo.

Exposição com Transparências ou com Software de Apresentação

Oferece ao professor maior leveza em sua aula, consegue olhar mais para os alunos e ainda tem como apoio seu resumo objetivo e claro projetado.A transparência é um recurso bastante técnico e para isto deve seguir alguns passos:

Ser de preferência digitada.Escrita com letra de tamanho 14 a 16 e cor escura.Fontes claras como, por exemplo, ARIAL.Oferecer uma seqüência lógica de idéias. Deverá conter poucas frases, eliminando a poluição visual.

Durante a exposição o professor deverá seguir a projeção e não o projetor, para facilitar a observação de todos os alunos da sala.Evite enviar transparências / Slides para os alunos antes da sua aula expositiva. Este aluno poderá fazer julgamento negativo ou positivo sobre determinados temas, sem antes tê-lo conhecido.A apresentação é pessoal e técnica, deverá ser apresentada em tópicos, numa seqüência lógica de idéias, seguindo o roteiro do conteúdo.

Painel Interativo

É o modelo clássico de uma técnica para fixação de conhecimentos expostos pelos participantes e que, eventualmente, pode vir também a ser utilizado como técnica de verificação. Aplicável em salas de aula é extremamente válido para seminários sobre liderança, gerenciamento e recursos humanos. Pode ser aplicado em qualquer nível de escolaridade, exigindo, entretanto, um espaço de tempo nunca inferior à uma hora.Deve acontecer após conclusão de uma unidade ou a exposição do seminário. E deverá ocorrer com a formação e apresentação de grupos. Concluída a “fermentação”, o docente terá a oportunidade de fazer uma síntese geral dos temas debatidos e os participantes terão o direito de questionarem, ou aos outros grupos, para completarem seus esquemas. Está encerrado o Painel Integrado: cada participante deu algo de si a todos e de todos recebeu o produto de um esforço comum. Todos falaram, todos ouviram e todos aprenderam.

Exposição Dialogal

Page 4: Apostila Tecnicas de Ensino

Exposição teórica por parte do professor e tendo como participantes os alunos como numa conversa formal. É onde o professor busca através do diálogo a percepção do aluno em relação ao conteúdo tratado.Durante este tipo de técnica o quadro deve ser grande aliado do professor, pois nele serão colocadas às expressões técnicas e que não fazem parte do dia a dia do aluno.A expressão deverá ser falada e escrita ao mesmo tempo, para favorecer o entendimento do aluno.Exposição ou aula expositiva, por vezes duramente criticada, tem seu lugar, quando tratamos de formar os pré-requisitos de conhecimento, que vão alicerçar o trabalho prático posterior, ou alicerçar alguns conceitos. Como pretender que o aluno compreenda certas noções e conceitos importantes, se não os explicamos? Um bom material didático nem sempre substitui, completamente, a palavra do professor, que esclarece, complementa informações, elimina dúvidas, sugere fontes para enriquecimento.Ao utilizar a técnica de exposição, o professor não precisa ser um brilhante orador; basta que ele esteja atento às reações do aluno, cuidando para que as explicações o estejam atingindo, de forma interessante, objetiva e consistente.Passos:

Introdução (que inclui apresentação dos objetivos. O aluno precisa saber o porque de ter que conhecer tal conteúdo).Desenvolvimento – corpo da aula. (desenvolvimento lógico do assunto e realização de exercícios, discussão, etc.).Conclusão (sempre com a participação dos alunos).Verificação da aprendizagem (se o assunto ficou bem claro),Avaliação da aprendizagem (caso seja necessário, modificar algum aspecto desenvolvido).

Por ser muito utilizada hoje em nossas salas de aula, se faz necessário descrever as vantagens e desvantagens da aplicação da técnica.

Vantagens:

Economia de tempo.É preparada antes do momento da aula.Permite visão de conjunto de determinadas questões.Fornece informações que os alunos não obteriam de outra forma.Apresenta o conteúdo de modo ordenado e lógico e de forma clara.Permite uso de recursos didáticos.

Desvantagens:

Coloca o aluno no papel de ouvinte.Correção possível: estimular a participação através do relato de fatos históricos, exemplos e comparações de conhecimento dos alunos, ligados ao assunto.Quando os alunos fixam pouco, representa perda de tempo.Correção possível: Esquematizar a fala: tornar a fala atraente e rápida; fornecer textos escritos para estudo; construir com os alunos os textos para estudo; entremear a exposição com questionamentos ao grupo, a título de “feedback” da compreensão que está ocorrendo.- Pode tornar-se cansativa para a audiência, a menos que seja bem preparada e transmitida.

Aula Expositiva

Page 5: Apostila Tecnicas de Ensino

 Por que utilizar:

Possui alto grau de interatividade professor-aluno, se há ênfase no diálogo; Permite uma visão global e sintética do tema; O aluno necessita de um reator crítico para auxiliá-lo no processo reflexivo; Combina-se com muitas outras técnicas.

Quando utilizar: Quando se desejar uma introdução a determinado tema; Antes de iniciar debates em grupo; Para introduzir conceitos básicos.

Como realizar: A aula expositiva divide-se em três partes. a)     Introdução da aula 

Estabelecer um clima adequado entre professor e alunos: comentar fatos do dia na escola ou fora dela; passar entre as carteiras conversando

rapidamente com os alunos, etc; Obter a atenção do aluno para o conteúdo a ser apresentado: buscar a relação do conteúdo com os objetivos do aluno, que podem ser os mais

variados: satisfação da curiosidade, melhorar o desempenho, solução para um problema intelectual, etc;

Prover "dicas" que motivem: Relacionar o assunto a ser exposto com outros pontos que os alunos já tenham mostrado

interesse; Expor o conteúdo essencial: Apresentar as noções que são pré-requisitos para a compreensão das idéias essenciais

da aula, estabelecendo uma ponte entre o que o aluno já sabe e aquilo que precisa saber;

Despertar a consciência do conhecimento: Formular questões sobre o conhecimento ou experiências dos alunos relacionados ao

conteúdo a ser apresentado; Dar ou pedir exemplos; Relembrar conhecimentos anteriores aos alunos.

 

b) corpo da aula

  Partir de idéias gerais e simples para as mais particulares e complexas; Historicizar o tema; Explorar o relacionamento entre as idéias, estabelecendo semelhanças e diferenças

entre elas; Estabelecer "encadeamentos": idéias básicas que ancoram idéias subsidiárias (afastar as

idéias sem importância maior); Repetir frases ou expressões-chave durante vários momentos diferentes da exposição; A articulação das partes com o todo deve ser sempre visível, clara para o aluno.

c)     conclusão da aula 

Chamar a atenção para as idéias mais importantes surgidas na aula; Pedir ao aluno para resumir o conteúdo apresentado ou dar exemplos; Responder a possíveis dúvidas;

Page 6: Apostila Tecnicas de Ensino

Indicar bibliografia ou outras fontes adicionais de pesquisa; Estabelecer relação entre o conteúdo que acabou de ser dado, o conteúdo anterior e as

idéias que ainda serão apresentadas.

Estudo de Caso (Case-based teaching)

O estudo de caso pode ser real ou fictício ou até uma adaptação.Identifique nas situações apresentadas em sala de aula aspectos que fundamentam a ação de ensino aprendizagem.Considere os casos específicos de uma empresa, situações problemas ou de sucessos e tente incluí-las nas ações pedagógicas na sala de aula.Transcreva vários casos para o papel e entregue aos alunos em grupos, para uma análise específica durante a sua aula. Busque respostas, soluções e aplicabilidade de técnicas específicas ao seu conteúdo.A fundamentação é a adoção do raciocínio baseado em casos, que permite que o processo de ensino – aprendizagem aconteça através de problemas colocados e resolvidos pela adaptação de soluções previamente apresentadas de problemas similares; situações similares, bem como resolução de problemas através da exploração de soluções de forma dirigida indiretamente. Praticamente, raciocínio baseado em casos que procura uma base de casos por um caso mais próximo (análogo) para aplicar sua solução no novo caso. A idéia do processo de ensino é utilizar a solução consensual do grupo e analisá-la através de regras, primeiramente. Após esta análise da solução são feitas as correções dos erros básicos. Se necessário, a solução nova ou antiga do grupo é analisada por um conjunto de novas regras que comparam a solução colaborativa com uma solução correta para determinar as diferenças. O sistema identifica os erros dos alunos e as regras ou princípios violados são mostrados para o grupo para análise. No caso em que os alunos não entendem a explanação dos seus erros, o sistema apresenta exemplos análogos para a compreensão da solução e determinação de seus erros através de outros casos. Os autores colocam que permitir que os alunos entenderam seus erros através de outras soluções é extremamente útil.

Objetivos:Aproximar a realidade acadêmica do mundo real.Desenvolver capacidade de analisar problemas e encaminhar soluções.Desenvolver empatia ou capacidade de desempenhar os papéis de outros. Não só do próprio ponto de vista, mas também do de outras pessoas envolvidas.Alcançar objetivos do tipo atitudinais.

Fórum.

A turma é dividida em grupos e o monitor faz uma breve apresentação do tema que será desenvolvido, levantando uma série de questões sobre o mesmo, sem respondê-las previamente.Convida um especialista, aluno de outra turma, profissional de uma área específica, professor que não trabalha com o grupo ou outro qualquer, para a apresentação de um tema aos grupos da turma.Concluída a apresentação do especialista, cada grupo do plenário formula uma questão, cabendo ao monitor o importante papel de mediador, tanto ao detalhar para o especialista mais claramente o que o grupo pretende saber, como ao adequar a resposta do especialista à compreensão do grupo.Durante o Fórum não são permitidas perguntas isoladas. Cada pedido de esclarecimento deve ser anotado pelo ouvinte durante a apresentação do especialista, para depois discuti-lo com seu grupo e, caso este o aprove, deverá dirigir ao monitor para o devido encaminhamento.

O período de tempo para a exposição e para as perguntas e respostas deve ser previamente estabelecido, assim como o tema que será abordado pelo especialista.

Page 7: Apostila Tecnicas de Ensino

Terminada a apresentação do Fórum o monitor pode solicitar ao especialista que discuta as perguntas ouvidas que caracterizaram uma idéia de melhor compreensão e, eventualmente, proponham questões ao plenário. A premiação ou não dos grupos pelas perguntas feitas ou respostas dadas ao especialista constitui uma livre decisão do professor.A contribuição de experiências profissionais vivenciadas mesmo por pessoas que desempenham atividades bastante simples, tem determinado a apresentação de Fórum de alto interesse e elevado grau de aproveitamento.

Seminário

Esta estratégia gira em torno de um tema a ser estudado em profundidade, a partir de diferentes ângulos, pelos alunos, que a seguir reúnem o resultado desses estudos parciais e o sintetizam, chegando a alguma conclusão. Em outras palavras, cada aluno se transforma em um especialista em parte de um problema e transmite ao resto da classe o seu conhecimento, relacionando-o com o de outros alunos, especializados em outras partes do problema.A escolha do tema e das partes componentes pode ser feita pelo professor ou pelos alunos orientados pelo professor.O tempo disponível, fora de sala de aula, para cada aluno (ou grupo) se preparar depende dos objetivos do curso, de sua duração etc.Outra decisão a ser formada é se haverá um único encontro para apresentação dos estudos feitos, ou vários encontros, com apresentações parciais e escolha dos próximos passos.É possível até que uma disciplina inteira seja dada sob forma de seminários; em cada aula, um aluno apresenta à classe seu projeto de pesquisa; a classe então, esclarece dúvidas, critica, sugere; as discussões envolvem à todos.Certamente, para o emprego do seminário exige-se do aluno independência intelectual e, do professor, capacidade para organizar, sintetizar e manter o nível geral de envolvimento da classe.

Seminário Relâmpago

São objetivos desta técnica:

. Desenvolver a atenção. . Desenvolver a capacidade de síntese e registro . Desenvolver o espírito crítico, a comunicação verbal, a socialização, a cooperação.

SÍNTESE :

Para treinar a atenção e a assimilação durante uma exposição, o professor distribui um roteiro na hora da aula expositiva para orientar as anotações dos alunos. Depois organiza grupos para sintetizar as idéias principais apresentadas e discutir as dúvidas que restaram.

Desenvolvimento:

1- O professor comunica aos alunos como se processa a técnica, destacando seu lado interessante distribuindo enquanto isso o roteiro abaixo para orientar a atenção e as anotações do aluno durante a exposição do tema. ( De 5 a 7 min)

Page 8: Apostila Tecnicas de Ensino

Roteiro :

Ouça com toda concentração a exposição que será feita e, durante a mesma registre por escrito:

A- Todas as informações veiculadas. Não resuma ! Qualquer exposição já é, ela mesma, um resumo feito pelo expositor. Anote tudo.

B- Assinale com um ponto de interrogação (?) o que não tiver ficado totalmente claro para você durante a exposição.

C- Ao final da exposição, anote informações que você acha que poderia acrescentar sobre o tema, exemplos, discordâncias , etc.

2- O(s) expositor (es) faz(em) sua apresentação. Cada aluno faz seu registro ao longo da exposição. O professor deve orientar para que todos anotem. 3- O Professor organiza grupos, nos quais deve haver a indicação de : * secretário relator : anota todas a idéias. Filtra as repetidas. Prepara, com o grupo, a síntese final. * Moderador / Coordenador: Garante o uso democrático do tempo para todos os grupos. Controla os super - falantes e estimula os discretos. Não deixa desviar o assunto.

Painel

Aqui, o tema é abordado por um pequeno grupo de pessoas, especialistas, convidados para falar sobre ele e debate-lo, sob a organização de um moderador (que tanto pode ser o professor como aluno), bem como responder a perguntas feitas pelos alunos. É muito importante que os painelistas tenham muito claro, antes do encontro com a classe, o que se espera deles, qual o tema, de quanto tempo disporão, etc.Uma maneira interessante de montar um painel é convidar especialistas com visões antagônicas do mesmo assunto, permitindo que os alunos percebam claramente que há diferentes posições e onde residem essas diferenças.Como fechamento do painel, o moderador faz uma breve síntese das discussões; o painel não necessariamente leva a conclusões; ao contrário, pode levantar muitos pontos que se apresentam à classe sob forma de perguntas.

PAINEL com Interrogadores

Objetivos :

. trocar de informações precisas sobre um assunto.

.expressar-se oralmente.

.desenvolver a capacidade de análise e síntese.

.desenvolver o espírito crítico.Síntese:

Uma espécie de programa de auditório em que uma equipe apresenta um tema e é interrogada por outra que preparou previamente questões sobre o assunto.

Desenvolvimento :

Page 9: Apostila Tecnicas de Ensino

.1ª Fase: ORGANIZAÇÃO DO GRUPO DE INTERROGADORES E DO PAINEL

OBS: O número de interrogadores deve ser igual ou menor que o nº de membros do painel que não deve ultrapassar a cinco para não ficar muito longo e cansativo o trabalho.Pode-se construir um outro grupo para síntese final, substituindo o relator.

.2ª Fase : DEBATES, COM PERGUNTAS POR INTERROGADORES E RESPOSTAS DO PAINEL.

.3ª Fase: DEBATES COM A PARTICIPAÇÃO DO PLENÁRIO

.4ª Fase: Apresentação de uma súmula final,pelo relator ou grupo síntese.

Objetivo da Técnica :.aproveitar o maior conhecimento e a experiência de alguns membros do grupo..desenvolver a capacidade de raciocínio rápido..capacidade de se expressar.desenvolver o senso de responsabilidade

Ação do Moderador:

.selecionar com o grupo, os membros do painel e os interrogadores.

.apresentar ao grupo o assunto a ser discutido

.explicar a técnica a ser seguida para que o painel e o grupo não se percam

.intervir, quando necessário, para esclarecer algum detalhe

.encerrar o interrogatório após a súmula final.

Ação dos Interrogadores :

.organização de pequenas perguntas, que toquem nos pontos de interesse do assunto

.exercer as boas maneiras,usuais no debate

.representar os interesses do grupo, fazendo o maior nº possível de perguntas

Ação dos Membros do Painel – “EXPERTS”

.estudar o assunto profundamente, preparando-se para executar a tarefa que lhe corresponde

.responder as perguntas de maneira clara, precisa e concisa

.exemplificar, com base em sua experiência, sempre que possível.

POSSÍVEIS APLICAÇÕES NA ESCOLA.estudo de um assunto, favorecendo a fixação do mesmo.apresentação de um grande nº de informações à turma, sem maior

aprofundamento: distribui-se diferentes textos,cada um para dois grupos: um será o grupo de experts e o outro o de interrogadores. Pode-se, na metade do tempo, inverter as posições. Depois esses grupos se retiram e ocupam o painel de alunos. Outro grupo que leu outro texto.

.Como a platéia só irá ouvir o debate, não permite que toda a turma aprofunde igualmente, mas se o professor quer apenas fornecer um grande volume de informações que não precisam necessariamente de um maior aprofundamento, É UMA ÓTIMA TÉCNICA.

POSIÇÃO IDEAL PARA A TÉCNICA

PAINELISTAS INTERROGADORES

Page 10: Apostila Tecnicas de Ensino

PLATÉIA

Simpósio

Cada expositor prepara uma faceta de um tema e depois, diante da classe, cada expositor dispõe de um tempo limitado, curto, para apresenta-lo. As perguntas da classe são feitas apenas após cada exposição, nunca interrompendo-a, e também há um tempo limitado para elas; são questões de esclarecimento, uma vez que a finalidade principal do simpósio é de transmitir informações, muito mais do que de reflexão. Ao final das exposições, pode-se abrir para uma discussão dos temas ou, simplesmente, fazer uma síntese do que ocorreu. O papel do professor é muito mais de organizar do que de transmitir o conhecimento.

Pesquisa e Projetos

São técnicas tão ricas quanto complexas. Podem ser utilizadas para alguma aula apenas, bem como constituírem a estratégia básica de todo um semestre. Entretanto, o professor precisa orientar cuidadosamente seu andamento, devendo discutir e analisar cada parte cuidadosamente seu andamento, devendo discutir e analisar cada parte dela com seus alunos, sob pena de ver desvirtuado seus objetivos. Requer-se, ainda, que se crie com a classe um clima de co-responsabilidade de trabalho, no qual o aluno se perceba assumindo sua aprendizagem de uma forma significativamente ativa.São objetivos desta técnica:

Tomar iniciativa na busca de informações, dados e materiais necessários, bem como quanto a formas de apresentá-los.

Selecionar, organizar, comparar, analisar, correlacionar dados e informações. Fazer inferências a partir de dados, informações, idéias. Levantar hipóteses checa-las, comprova-las. Concluir. Comunicar dados e conclusões com clareza, ordem, precisão científica, oralmente e/ou

por escrito.

Etapas desta atividade:

1. Motivar os alunos.2. Discutir os critérios para escolha do assunto.3. Escolha.4. Apresentar e discutir.5. Conclusão a partir de uma exposição oral sintética dos resultados para toda classe.

Pesquisa de Campo

Definição :

Page 11: Apostila Tecnicas de Ensino

A pesquisa é uma técnica essencialmente ativa, visando levar o aluno a conquistar e não receber, passivamente os conhecimentos.

Todo ensino deve ter como um dos objetivos principais conferir aos alunos o espírito de pesquisa. A pesquisa procura mostrar e não persuadir; é um processo mais amplo de que a experimentação, uma vez que compreende direção planificada de trabalho muito mais ampla do que a da experiência.

A pesquisa pode funcionar como uma fonte de motivação, quando o professor indica tema de estudo e reparte a turma em grupos para estuda-lo.

O QUE PESQUISAR :

A pesquisa pode lançar mão de experiências, inquéritos,visitas,excursões, consultas a autoridades em determinados assuntos, buscas em arquivos e bibliotecas, consultas a entidades científicas, culturais e administrativas nacionais e estrangeiras.

A pesquisa como técnica de ensino,para ser realmente útil, precisa sensibilizar o educando para questões fundamentais tais como:

. O QUE PESQUISAR : Esta questão tem por fim levar o educando a conceituar adequadamente o objeto de pesquisa, delimitar precisamente o campo de trabalho, ou seja ter consciência do campo pesquisado.

. POR QUE OU PARA QUE : Esta questão implica no ato de reflexão, de valorização teórica e prática, uma vez que visa dar um sentido à pesquisa, pesquisar com um fim.

. COMO PESQUISAR : Esta última questão se refere ao aspecto metodológico da pesquisa, uma vez que procura encaminhar para a consecução dos objetos almejados.

ORIGEM DA PESQUISA :

A pesquisa poderia ter origem :1- Em dúvidas surgidas em discussões e debates.2- Estudo preliminar de um tema a ser tratado em classe e que tenha, principalmente

viculação com a comunidade, o que ajudaria o estudante a tomar consciência dos problemas do meio.

3- Em preferências e aptidões dos próprios alunos.

Reflexão a ser feita, para se fazer uma pesquisa :

1- Analisar os informes que tenha sobre o problema2- Localizar lacunas3- Identificar conclusões sem demonstração4- Seguir indícios5- Encontrar contradições6- Ler e recolher o máximo de informações a respeito do tema de preocupação7- Criticar todo e qualquer dado a respeito8- Caracterizar e delimitar dados do problema9- Fazer o roteiro da pesquisa10- Iniciar o trabalho da pesquisa

DADOS DE UMA PESQUISA

Os dados podem ser :

-Quanto ao Controle : OBJETIVOS (Podem ser controlados ) SUBJETIVOS : ( Não sofrem controle)

Page 12: Apostila Tecnicas de Ensino

-Quanto a mensuração : Qualitativos ( Não são passíveis de mensuração) Qualitativos: (Podem ser submetidos a uma escala mediana )-Quanto ao tempo: Antigos e Novos

-Quanto a origem : Naturais: (Fornecidos pela Natureza) – Sociais ( Fornecidos pela comunidade)Psicológicos ( Fornecidos pelo comportamento)

-Quanto ao tipo : Históricos (dados através do tempo vem mostrar conseqüências presentes) Experimentais ( Dados são recolhidos através da experiência ou observações controladas)Filosóficas ( Dados são recolhidos através da reflexão sobre todos os setores que impressionam o homem. ) Sociólogos : (Dados resultantes da vida do grupo)Religiosos: (Dados são providos dos fenômenos religiosos e que se localizam em faixas além dos dados experimentais e filosóficos) .

COMO PESQUISAR :

Para se realizar uma pesquisa deve-se :

.delimitar um problema

.formular uma possível solução

.fornecer dados e argumentos para a solução

.anotar as idéias, à medida que forem surgindo

.anotar todas as dúvidas

.anotar o que se comporta de forma imprevista.

.Nas leituras,registrar os trechos mais significativos para identificação de autor, texto, obra, etc.

.após recolhidos os dados iniciar a redação

.dividir o trabalho em : Introdução (Equacionar o problema ) Desenvolvimento (Argumentos e material colecionado) – Conclusão .

TEMAS PARA SE PESQUISAR :

1- Pesquisas de fontes bibliográficas, com indicação de livros que tratem dos temas necessários e locais onde encontra-los.

2- Pesquisa de outras fontes de informações.3- Técnica de organização de questionários sobre temas de natureza educacional, política,

psicológica ou de caráter sociológico em geral.4- Iniciação estatística.5- Fichas resumos de um determinado(s) livro (s).6- Estudo de um autor.7- Confronto de idéias de autores ou de livros que tratam do mesmo assunto.8- Confronto de teorias.9- Estudo, com coleta de dados, de problemas de uma determinada disciplina.

ATENÇÃO ESPECIAL DO PROFESSOR NO TRABALHO COM PESQUISA DE MANEIRA GERAL .

Page 13: Apostila Tecnicas de Ensino

1- Selecionar temas sempre de interesse da turma ou relacionado ao seu conteúdo, esclarecendo à turma os objetivos da pesquisa e sua utilidade para sua vida acadêmica e/ou profissional.

2- “Preferencialmente”escolher temas cuja bibliografia seja encontrada na própria faculdade facilitando assim, o acesso do aluno à bibliografia.

3- Comunicar à bibliotecária sobre a pesquisa para que ela já selecione o material.4- Apresentar um roteiro para a pesquisa. Este procedimento é essencial para que o

aluno não se perca no conteúdo do trabalho.

Demonstração

A técnica de demonstração é sem dúvida, a mais usada na educação do profissional. É a técnica didática mais utilizada no treinamento operacional. Ela permite ao professor descrever, passo a passo, detalhes de vários processos, procedimentos e técnicas envolvidas em diversas tarefas, associadas com as ocupações específicas.Demonstrar como se executa uma tarefa significa, do ponto de vista didático, mais que a mera execução. Ao aluno que observa o desempenho de um trabalho, podem escapar muitos detalhes importantes, se não se chamar sua atenção para os mesmos. Por isso, toda demonstração deve ser cuidadosamente planejada, preparada, atendendo algumas condições fundamentais, como:

1º Passo: Pré – demonstração.Escolher a forma de demonstração adequada.Organizar o local onde se dará a demonstração.Preparar os alunos, informando-lhes o que vai acontecer e os objetivos específicos, antes de iniciar a demonstração.

2º Passo: Demonstração.Explicar detalhadamente todos os passos da operação, durante a sua demonstração.Usar material e equipamento de uso normal do aluno, prevendo que seu desempenho estará, até certo ponto, vinculado ao uso do material com o qual foi treinado.Conduzir a experimentação com bastante atenção, evitando, tanto quanto possíveis erros.Permitir interação livre (incentivar questionamentos a qualquer hora, durante o curso da demonstração).Estar plenamente seguro do trabalho que desempenha.

3º Passo: Pós –demonstração.Colocar à disposição dos alunos os pontos básicos da atividade desenvolvida, através de uma folha de informação, facilitando sua observação e entendimento.Fazer uma avaliação informal, através de questionamentos ao grupo, a título de reforço, assegurando a aprendizagem pelos alunos. (Este tipo de avaliação torna-se indispensável à técnica de demonstração, sem a qual, se perde parte do processo de ensino. A demonstração não reforçada poderá cair no esquecimento).

Proceder à auto-avaliação. Após a demonstração, o professor deve:. Analisar procedimentos que reforçam a demonstração;. Listar as fases do processo que devem ser reforçadas;. Assegurar-se de seu desempenho, se possível, convidando um colega para observar criticamente enquanto faz a demonstração. (Estas atitudes fornecem informações, para que se possa melhorar futuras demonstrações).

Faz-se necessário esclarecer algumas vantagens e desvantagens a fim de colaborar com a boa aplicação da técnica.

Vantagens:

Page 14: Apostila Tecnicas de Ensino

Permite a observação de um procedimento ou procedimentos, como eles realmente acontecem, através do uso de equipamentos, ferramentas e materiais adequados.Ideal para ensinar procedimentos corretos e com a segurança com que devem ser seguidos, para se completar a experimentação de uma tarefa.Permite, através da demonstração correta da técnica, o uso de materiais de forma adequada, demonstrando também como podem ser conservados e, desta forma, reduzir gastos e estragos dos equipamentos.

Desvantagens:

(Estas poderão ser mínimas, se o professor estiver sempre atento).Dificuldade de todos os alunos observarem a demonstração, caso a turma seja numerosa.Correção possível: dividir a turma em pequenos grupos, dispondo-os de forma a garantir perfeita visão de todos os detalhes da demonstração.O tempo gasto para a demonstração, geralmente, é muito grande.Correção possível: dividir a demonstração em fases, quando possível, com ma demonstração completa, ao final do procedimento.Interação e “feedback” limitados:Correção possível: 1) criar paradas durante a demonstração dando chance ao aluno de perguntar. 2) encorajar os alunos a fazerem perguntas em qualquer momento da demonstração.

Projetor de “Slides”

Os projetores de slides são práticos, portáteis, leves, de fácil manuseio e econômicos na manutenção. Por todos esses motivos, o uso de ilustrações, através dos slides, tem sido muito freqüente.Como qualquer aparelho, o projetor precisa ser usado segundo recomendações técnicas de fábrica, que o acompanham.

Utilização de slides:

Tendo bem claros os objetivos que importam para a aprendizagem e a seleção do assunto a ser desenvolvido:

1. Selecionar os slides a serem utilizados.2. Colocar, em seqüência de ensino, os slides para serem explorados, durante a aula.3. Colocar, um a um, na cabine ou magazine, na posição invertida.4. Testar o uso dos slides e o próprio aparelho projetor, recolocando-os, quando estiverem

na posição correta.5. Prever a distância da tela e controlar o foco da imagem.

No momento da utilização, durante a aula, os slides devem estar, rigorosamente, na ordem indicada, para evitar a dispersão dos alunos.O tempo gasto na focalização de cada imagem deve ser suficiente para que os alunos percebam os detalhes. No entanto, não se poder deixar o aparelho ligado, durante uma longa exposição, para evitar o desgaste da lâmpada e o aquecimento excessivo.

Projeto Portfólio

Apresentação:

Page 15: Apostila Tecnicas de Ensino

Na escola, o ato de avaliar ficou por muito tempo restrito a provas e testes. Hoje, sabemos que avaliar é muito mais que isso. É preciso considerar todo o desenvolvimento da aprendizagem e não só verificar momentos estanques. Como o conhecimento é resultado de todo um processo, devemos avaliar também esse processo. Para avaliar o portfólio, o aluno deve registrar diariamente suas aulas em seu caderno, fazendo todas as atividades e participando de tudo o que for proposto.A partir deste registro, inicia-se a organização do seu portfólio, (pode ser caderno, pasta, agenda, etc.) semanalmente.O portfólio será, então, um documento contendo registros de atividades e ações, experiências de aulas, textos, dúvidas, certezas, relações com outros temas, representações visuais e notas pessoais (impressões, opiniões e sentimentos despertados pelo assunto ou pela forma de trabalho).O que particulariza o portfólio é o processo constante de reflexão, no qual o aluno pode explicar o desenvolvimento de sua aprendizagem e os momentos em que você localizou ou superou um problema.“O portfólio pode muito mais que uma prova”.

Objetivos:Considerar a aprendizagem do aluno em todas as etapas do processo de construção do conhecimento;Oportunizar aos professores e alunos a uma reflexão sobre suas trajetórias, interagindo e redefinindo coordenadas para a caminhada;Detectar o nível e aprendizagem e compreensão do aluno;Possibilitar a comunicação entre aluno e professor para análise do portfólio;Promover a elaboração mental e a sistematização escrita das atividades realizadas e de tudo àquilo que o aluno vem aprendendo / apreendendo.

Roteiro:

Para elaborar o portfólio, é importante muita dedicação, criatividade, compromisso e organização.No portfólio, o aluno NÃO vai colocar as atividades feitas em sala ou em casa e NÃO vai escrever em forma de perguntas e respostas.No portfólio o aluno deverá escrever em forma de textos, semanalmente.Para ajudá-lo colocamos aqui alguns itens que facilitarão o seu trabalho, mas lembre-se de que o aluno poderá ir muito, além disso.Sugestões e temas para seus textos e portfólio:O que aprendeu.O que não aprendeu (dúvidas).Relações que se pode fazer com o que já estudou, viveu ou imaginou;Uso de textos, reportagens, músicas, imagem, poemas, resenhas e/ou comentários. Esses complementos devem ser seguidos de seus comentários e conclusões;Auto-avaliação e avaliação das aulas (fichas).

Critérios de avaliação:

Para avaliar e comentar sobre o portfólio dos alunos, os professores deverão observar os seguintes critérios:Participação.Organização.Criatividade.Pontualidade e assiduidade.Material complementar.Textos e comentários.Compreensão e aplicação do conteúdo estudado.

Observação:

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Nos textos e comentários dos alunos, estaremos observando se suas idéias são claras, se consegue escrever sobre o que aprendeu e também sobre o que não conseguiu entender, se seleciona e ordena seus registros e atividades, seus questionamentos a respeito dos temas desenvolvidos e de como foram trabalhados.

Sugestões de avaliação das aulas:

Eu elogio...Eu critico...Eu sugiro...Eu gostaria...

Roteiro Para Auto-Avaliação do Portfólio.O aluno deverá:Fazer uma lista das atividades realizadas na sala de aula, em casa ou no campo de trabalho indicando as que lhe possibilitaram aprender novos conteúdos.Descrever como percebeu o aprendizado.Descrever como amplia os seus conhecimentos.Entender qual atividade teve mais dificuldade e por quê?Comentar a participação da turma na sua aprendizagem e sua participação na aprendizagem de seus colegas.Comentar os problemas que atrapalharam sua aprendizagem e apresentar propostas para resolvê-los.Identificar o que pesquisou e em que material, para completar seu portfólio?Identificar o que aprendeu utilizando esse material complementar?Determinar o que deixou de fazer? Porquê?Identificar sua contribuição para o bom andamento das aulas, das atividades em grupo e da turma? Justificando.

Obs: O aluno deve responder com consciência a essas questões e colocá-las em seu portfólio. A auto-avaliação é um instrumento que permite ao aluno monitorar seu desenvolvimento, exercitar a reflexão sobre seu processo de aprendizagem e aprender a fazer uma auto-análise, formando um conceito de si mesmo. Além disso, ela apontará o que precisa ser melhorado, a partir do seu próprio empenho, e dará pistas para o professor sobre como ele deverá encaminhar as atividades.

Como Utilizar o Texto.

Um dos erros mais comuns, no que se refere ao uso de material impresso, é superestimá-lo. Às vezes, vai-se ao estremo de considera-lo quase como a alma do curso, obrigando-se o professor a obedecer-lhe em tudo. Ora, isto representa uma inversão de valores, quer dizer, o meio auxiliar passa a comandar o processo didático. Não fiscalize o desenvolvimento de sua aula, em função do que está escrito no texto. Seria um desperdício da preciosa oportunidade que o convívio com os alunos lhe oferece, para enriquecer o programa de ensino. É nesse convívio que você vai falar-lhes da sabedoria que construiu, ao longo de sua vida profissional, e que eles não vão encontrar em lugar algum.O material didático não é um substituto do professor, a não ser naqueles casos específicos em que ele for elaborado para tal fim, como acontece na “Técnica de Instrução Programada”, ou nos cursos por correspondências, no ensino a distância.E há quem incorra o extremo oposto, esquecendo-se do material didático, ignorando-o. O professor que assim procede desprestigia um aliado, que lhe acena com tantas sugestões para exercícios de aprendizagem, incentivo à pesquisa, estudo dirigido, trabalhos de grupo, sem falar no seu valor como roteiro para os trabalhos práticos, que constituem a parte mais forte e consistente dos cursos.Planeje a utilização da apostila, do livro, do texto, seja você o seu autor ou não. E desenvolva o plano de utilização de maneira que o aluno perceba a integração entre o texto e os objetivos do curso. Ele perceberá então que, concluído o curso, o texto

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continuará sendo uma fonte de consulta, um pouco de você e dos ensinamentos que suas aulas proporcionaram.

Trabalho com Textos 

Alguns autores não consideram o simples fato do professor trabalhar com textos uma técnica de ensino. De fato, o trabalho com textos geralmente vem embutido na técnica de ensino em grupos. Entretanto, são tantas as maneiras de se trabalhar com textos, buscando objetivos de aprendizagem diferentes, que me pareceu interessante incluir algumas aqui. Vamos a elas.

Por que utilizar:Nada – equipamento algum – substitui a leitura. Saber ler bem é condição sine qua non para a aprendizagem de conteúdos científicos;Ler nem sempre é um ato agradável, nem sempre é um prazer. Mas sempre é necessidade, em se tratando de textos acadêmicos;Desenvolve o hábito de ler sistematicamente.  Quando utilizar:Sempre que se deseje aprofundar, em sala de aula, aspectos da teoria;Quando se procura exercitar, no aluno, habilidades de interpretação, crítica, observação e rigor científico;Não transformar o trabalho com textos em uma panacéia, utilizando-o em quase todas as aulas.  

Como realizar:

As instruções sobre as técnicas a seguir devem ser colocadas antes da leitura do texto, porém sem determinar seus executores;

Solicitar que cada aluno (ou cada grupo) informe aos demais um aspecto importante do texto, que será debatido pelo grupo maior. As informações não podem se repetir. Quando o professor perceber que se tornou difícil à apresentação de uma nova informação, a técnica será encerrada;

O professor pede a um aluno que complete, com suas palavras, a frase: “O que o texto me diz:...”; depois, solicita a outro aluno que complete esta frase: “O que eu digo ao texto:...”; em seguida um terceiro aluno, escolhido pelo professor, dirigindo-se aos colegas anteriores, completa a frase: “O que eu digo a vocês:...”. Pode-se continuar a técnica com outros alunos completando as frases, nesta seqüência;

O professor apresenta questões sobre o texto, a serem respondidas individualmente, por escrito, solicitando em seguida a dois alunos que leiam suas respostas em voz alta. Em seguida, pede que um terceiro aluno aponte os elementos comuns e os diferentes nas respostas dos dois colegas. Continuar a técnica com outros alunos;

O professor pede a um aluno para: 1) elaborar uma pergunta sobre o texto; 2) indicar um colega para responder à pergunta. Em seguida, o professor solicita a um terceiro aluno que repita a pergunta e a resposta dos colegas, acrescentando, ao final, um comentário pessoal quanto à clareza e à importância, tanto da pergunta quando da resposta. Continuar a técnica com outros alunos;

O professor pede a um aluno para: 1) elaborar uma pergunta sobre o texto; 2) indicar um colega para responder à pergunta. Em seguida o professor diz que o próprio aluno que elaborou a pergunta deverá respondê-la. O professor pode dar continuidade, alternando entre esta técnica e a anterior;

O professor solicita a um aluno que fale, sem consultar o texto lido, uma idéia ou informação que considerou significativa. Em seguida, pede a outro aluno que, consultando o texto, leia o trecho que, na sua opinião, melhor expressa a idéia ou informação emitida pelo colega.

Trabalho em Grupo

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Consistem no estudo de um tema ou realização de uma tarefa qualquer por dois ou mais alunos.

Organização do grupo:Pode ser, ora heterogêneo, ora homogêneo.Deve atender às necessidades e interesses do treinando.Pode ser constituído de 4 a 6 elementos.

Estrutura do grupo: (sugestão).Coordenador (escolhido pelo grupo).RelatorParticipantes

Objetivos do trabalho em grupo:

Completar, fixar e enriquecer conhecimentos. Enriquecer experiências. Atender as diferenças individuais. Desenvolver o senso de responsabilidade. Treinar a capacidade de liderança e aceitação do outro. Analisar e discutir pontos divergentes. Desenvolver o senso crítico e a criatividade. Proporcionar condições de segurança e socialização. Desenvolver iniciativa e espírito de cooperação. Desenvolver a capacidade de síntese.

No trabalho em grupo, o papel do professor é o de guiar, orientar a melhor forma de resolver problemas, encontrar informações, seleciona-las e estimular as conclusões acertadas.Um bom trabalho de grupo é fruto de um esforço contínuo. Os resultados serão melhores na medida em que o professor fizer um trabalho de preparação, determinando os objetivos, orientando quanto à organização e estrutura dos grupos e avaliando a aprendizagem, ao final.

Vantagens:

Permite o diálogo. (conversa entre pessoas que se esforçam para se entenderem).Propicia a substituição da competição pela cooperação.Estimula a iniciativa, autonomia e a criatividade, devido ao empenho do grupo em descobrir ou elaborar o conhecimento, ao invés de simplesmente recebe-lo.Enriquecer intelectualmente os participantes, pois, uma questão pode ser apreciada de diversos ângulos, difíceis de serem enfocados por uma só pessoa.

Desvantagens:

O predomínio de uma ou mais pessoas na discussão, prejudicará a participação dos demais elementos como poderá afetar na eficácia do trabalho.Pode demandar muito tempo para se chegar a uma solução satisfatória de um determinado problema.

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Se o professor não mostrar habilidade adequada, ao grupo, o estudo poderá converter-se em mera conversação, desviando-se de seu objetivo.

 Por que utilizar:Favorece o debate e a crítica; Favorece a participação de alunos que, muitas vezes, não o fazem no grupo maior;Desenvolve habilidades de síntese, coordenação, colaboração, análise, aceitação de opiniões divergentes e autodisciplina.  Quando utilizar:Quando se deseja aprofundar determinado tema;Para executar uma tarefa específica;Para resolução de casos e problemas;Para leitura e análise de textos;Quando se deseja maior participação e envolvimento dos alunos.Para separar grupos negativos em sala.  

Como realizar: Trabalhando no grupo maior (grupão) Brown e Atkins1[1] propõem estratégias básicas para aumentar a participação dos alunos no grupão: Arranjo dos assentos: (conforme a interação que se queira entre o grupo e o professor): É aconselhável que o professor varie de lugar, no círculo, a cada sessão. Estudantes “falantes” sentados perto do professor às vezes sentem-se inibidos, e quem senta em oposição ao professor faz contribuições mais facilmente se encorajado a fazê-lo. À distância entre os alunos e o professor, bem como os móveis, pode influenciar a interação. Expectativas e regras gerais: Os estudantes muitas vezes não sabem o que se espera deles no grupo, por isso é importante discutir as expectativas do professor e deles, de forma a se obter um contrato informal. Devem ser permitidas quaisquer perguntas e encorajada a colocação de idéias, mesmo que estas possam não estar corretas. Segurança: Os membros do grupo têm que se sentir seguros a correr riscos e não terem medo de contribuir. Se um estudante fizer uma observação importante, ou adotar uma abordagem criativa a um problema, o professor deve mencioná-lo, deixar claro o que é esperado dos estudantes e propor perguntas ou tarefas que estejam dentro da capacidade do grupo, ou dos recursos. O professor também deve ser hábil no sentido de evitar que a conversa degenere para discussões superficiais ou inócuas.

 Trabalhando com grupos menores

 Como dividir os alunos em grupos (DIVERSIFICAR CONFORME OBJETIVOS) a) colocando juntos aqueles alunos que manifestam afinidade e simpatia mútua;b) por heterogeneidade deliberada;

1[1] BROWN, G.; ATKINS M. Effective Teaching in Higher Education. London: Routlege, 1988.

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c) por ordem de chamada ou localização ("os 5 primeiros formam o grupo A; os 5 segundos o grupo B, etc.");d) quando se deseja quebrar "panelinhas": dividir o número de alunos da sala pelo número de alunos do grupo; encontrado o número X, agrupam-se os alunos de 1 a X (todos os números 1 em um grupo, os números 2 em outro, etc.).e) Chegar com papéis coloridos e pedir que a turma sorteie.Os grupos serão formados de acordo com as cores.     Os grupos devem possuir entre 3 e 5 integrantes.

Toda atividade de grupo deve ser seguida de uma ampla discussão no grupo maior, a fim de se ter uma visão global das discussões.

Os integrantes devem assumir papéis específicos, no mínimo de três: coordenador, secretário e relator. Ao coordenador cabe adequar o tempo disponível à progressão da discussão; evitar que se fuja do assunto enfocado, possibilitar que todos participem da discussão. O secretário deve tomar notas das principais idéias e/ou dúvidas surgidas a fim de municiar o relator. Este, por sua vez, será o responsável pela apresentação destas questões ao grupo maior.

A discussão em grupos jamais pode substituir o papel ativo do professor em auxiliar o aluno na introdução e compreensão dos principais conceitos que o tema envolve.

O professor deve estipular um tempo para a discussão em grupos pequenos e para a discussão plenária (no grupo grande)

Enquanto os alunos trabalham nos pequenos grupos, o papel do professor consiste em passar constantemente pelos grupos, checando:

Se os alunos compreenderam perfeitamente as instruções; Se a progressão das tarefas de cada grupo está em bom ritmo, a fim de terminar no

tempo previsto. Caso contrário, procurar saber porque um grupo está lento demais ou rápido demais, procurando corrigir estas distorções;

Se surgiram dúvidas sobre o conteúdo; Se foram definidos os papéis; Se há necessidade de estimular a discussão, para grupos pouco participantes; Se há necessidade de enriquecer a discussão, para grupos que simplificam o assunto, a

fim de terminar logo; Se há necessidade de retomar o tema, para grupos que se desviaram do tema principal.

 

Caracterização dos tipos de discussão em grupos pequenos: a) Grupos simples, tarefa única:

Pergunta ou proposição para ser discutida nos grupos em período X. O grupo nomeia um relator, que apresenta as conclusões em plenário, discutindo-as. b) Grupos simples, tarefas diversas:

Cada grupinho recebe uma questão ou tema diferente para discutir. O resto, igual ao item a. c) grupos simples, com funções diversificadas:

Cada grupo fica encarregado de trabalhar e desenvolver um aspecto específico da questão proposta pelo professor (pode ser um texto). O restante é idêntico ao item a. d)     grupos de integração vertical/horizontal (painel integrado): 

Os alunos são agrupados dentro da seguinte matriz-exemplo:

A A A AB B B BC C C CD D D D

 

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Inicialmente, reúnem-se os alunos em grupos com a mesma letra; em uma segunda fase grupos com letras diferentes. Nesta fase, cada aluno deve relatar as discussões e conclusões de seu primeiro grupo aos demais colegas. 

Pequenos grupos com uma só tarefa

Todos os grupos são submetidos ao mesmo tipo de estimulação; todos. Portanto, precisam alcançar os mesmos objetivos, inclusive lidam com as mesmas informações. Ao final, o professor pode recolher e dar feedback do produto/trabalho apresentado pelos grupos, individualmente; pode também, organizar um fechamento combinando esta com outra estratégia/técnica; por exemplo, formar um grupo de verbalização com um participante de cada pequeno grupo, os outros participantes mantendo-se num grupo de observação.

Laboratórios 

O ensino em laboratórios permite ao aluno obter a familiaridade necessária com instrumentos de trabalho em um ambiente sob acompanhamento especial do professor ou professores. A técnica possui um risco: o aluno pode deixar de se relacionar com o professor para relacionar-se com o recurso tecnológico. Desta forma, os instrumentos, de meios que são, transformam-se em fins, passando ao aluno a falsa idéia de que a aprendizagem não necessita da mediação docente. Os professores, muitas vezes, reforçam este comportamento, ao não intervirem de forma eficaz nos procedimentos adotados pelos alunos, especialmente explicando-lhes a relação da experimentação com a teoria aprendida. Por que utilizar:

A aprendizagem só se efetiva na prática; Facilita a articulação teoria-prática; Reforça a consciência da responsabilidade profissional; Permite a exploração, sem riscos, dos motivos que levam ao erro; Estimula a criticidade e criatividade.

 

Quando utilizar:

Quando houver a necessidade do fazer, do experimentar.  

Como realizar:

Checar pessoalmente, pelo menos uma vez por semana, o estado de todos os aparelhos e material necessário e, se for o caso, tomar providências para sua reposição ou conserto;

Nas primeiras aulas, levar o aluno a familiarizar-se bem com o local, ambiente, aparelhagem, explicando detalhadamente o funcionamento de cada máquina;

Orientar os alunos nos princípios de conservação dos aparelhos, normas de segurança e comportamento adequando ao ambiente;

Adotar uma postura ética compatível com suas orientações, ou seja, cuidar para mostrar, com o próprio exemplo, a conduta adequada no ambiente de laboratório;

Alertar aos alunos sobre o mau funcionamento de algum aparelho; Evite colocar encargos de natureza didática para o auxiliar de laboratório. Lembre-se: a

responsabilidade maior sobre o sucesso da aula é sua, e não do auxiliar; Procure orientar sempre grupos pequenos de cada vez. Não é possível, para um

professor, orientar em laboratório mais do que quinze ou vinte alunos com qualidade; Procure fazer os alunos trabalharem em duplas ou grupos, estimulando-os a discutirem

processos e resultados alcançados;

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No início da aula, procure caracterizar sua orientação de forma mais individualizada, deixando aos poucos que os grupos assumam os trabalhos, passando então à orientação por grupos;

Estimule o hábito da anotação e documentação, pelos alunos, do passos seguidos na prática de laboratório;

Os procedimentos a serem utilizados devem, preferencialmente, ser apresentados por escrito, no quadro ou em folhas entregues aos alunos;

Respeitar o ritmo de cada aluno, evitando que os mais “rapidinhos” ditem o ritmo da aula; Estimular os alunos a proporem outros usos, outras atividades para o laboratório, no

contexto da disciplina; Sempre que um procedimento implicar em maior dificuldade, o professor deve executá-lo

e então ressaltar suas partes críticas. Os alunos devem, então, repeti-lo; Caso a demonstração seja constituída de vários passos, realizá-la aos poucos ou em

blocos, nunca de uma vez só; Explorar nos alunos a capacidade de observação e a descoberta, procurando, sempre

que possível, sugerir ao invés de dizer logo certas particularidades da prática; Procurar sempre estimular, nos alunos, a capacidade de reflexão teórica sobre a prática,

como elemento científico essencial; Observe, observe, observe sempre o que seus alunos estão fazendo, com o objetivo de

aprender mais sobre seu processo de raciocínio; Experimente realizar um procedimento apenas até certo ponto, passando a questionar os

alunos sobre o que se deveria fazer em seguida. Peça para que elaborem outras possibilidades de execução do mesmo procedimento e o que aconteceria se o procedimento fosse mal realizado;

Peça para que seus alunos organizem “folhas de procedimentos”, pedindo-lhes que elaborem relatórios descrevendo:

O que constataram;O que compreenderam;O que presumiram;Que dúvidas surgiram.

Cartazes e /ou Desenhos em Grupo ( GV – GO )

MATERIAL Para cada grupo, foram providenciados:

Folhas grandes de papel do tipo cartolina ou papel manilha (dimensões aproximadas de 1 m x 1m )

pincel atômico.

MÉTODO Formaram-se grupos de, no máximo, cinco alunos. Deu-se o tema: Sensoriamento Remoto: “o que é”, “para que serve”, “como funciona”. Solicitou-se que conversassem sobre o tema, decidissem como expressá-lo, em

esquemas ou palavras, e depois, efetivamente, realizassem essa tarefa. Os alunos expressaram, assim, nos cartazes as suas idéias, opiniões e percepções. Em seguida, foi solicitado que um ou mais membros de cada grupo explicassem para

os demais o esquema feito. No segundo momento da técnica, o professor realizou análise do conteúdo dos

desenhos e respondeu às questões formuladas. Grupo de Verbalização “versus” Grupo de Observação (GV x GO)

MATERIAL

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Texto : “A Interação da radiação eletromagnética com a planta: região do visível (Formaggio et al., 1989)

DESENVOLVIMENTO

Distribuiu-se o texto com antecedência de uma semana para que o estudassem, extra-classe.

Dividiram-se os alunos em dois grupos, por simples sorteio, limitando-se o tamanho de cada grupo ao máximo de 15 alunos e dispondo-os em dois círculos concêntricos.

Atribuiu-se ao grupo interno, denominado Grupo de Verbalização (GV), a função de discutir

O texto. Este grupo foi bem orientado sobre o que deveria discutir e por quanto tempo. Atribuiu-se ao grupo externo, denominado Grupo de Observação (GO), a função de

apenas Observar, ouvir e anotar a discussão do Grupo de Verbalização, sem se comunicar entre

si.Os observadores foram instruídos para observarem, ouvirem e anotarem:

a) se os conceitos do texto discutido foram todos usados ou se houve alguma omissão;b) se houve o emprego adequado dos conceitos;c) se os verbalizadores forneceram elementos que tornaram a aprendizagem do temasignificativa (se relacionaram conceitos novos com conceitos já aprendidos).

A sessão de verbalização foi de, aproximadamente, 30 minutos. Em seguida, os observadores leram em voz alta o que anotaram, sem que se permitissem debates, perguntas de esclarecimento ou outras intervenções.

Retomou-se a verbalização, com os grupos invertendo suas funções. O grupo que inicialmente se encontrava em verbalização ocupou agora a posição de

observação e vice-versa. O professor fechou as discussões, dando uma síntese do que ocorreu, tanto em termos

de funcionamento, como em termos conceituais, respondendo às questões formuladas, para que a aula se tornasse significativa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Concluiu-se que as técnicas, Cartazes em Grupo e Grupo de Verbalização “versus” Grupo de Observação (GV x GO), possibilitaram que o ensino-aprendizagem do sensoriamento remoto fosse mais eficiente e agradável em relação à técnica expositiva, anteriormente aplicada, além de despertar alto interesse dos alunos.Segundo Steffen et al., (1981), a eficiência na interpretação dos produtos do sensoriamento remoto depende da compreensão dos seguintes elementos: sensor, trajetória, alvo, fonte e energia radiante. Assim, por meio dos dados gerados pela técnica de Cartazes em Grupo apresentados, os alunos demonstraram que já compreendiam a importância:a) do sensor instalado em plataforma (satélite, avião, helicóptero, etc.);b) da trajetória (atmosfera) e que não havia contato direto entre o sensor e os alvos;d) da aplicação dos produtos do sensoriamento remoto no monitoramento de alvos oufenômenos sobre a superfície terrestre ou de outro planeta, como: determinação do uso eocupação da terra, estudo do relevo, identificação de culturas, detecção de doenças e pragas em culturas, queimadas e desmatamentos da vegetação natural, etc. Com uso desta técnica, observou-se também que os alunos não demonstraram conhecimento sobre a importância da fonte de radiação e da energia radiante, e que a energia radiante, após interagir com o alvo, transporta sua imagem até o sensor .Assim, o professor detectou, já no início das aulas, os níveis de conhecimentos prévios e das dificuldades que os alunos teriam na compreensão destes elementos. Pode então,antecipadamente, selecionar diferentes técnicas facilitadoras da aprendizagem.

Na técnica expositiva, a identificação das dificuldades dos alunos são, geralmente, detectadas somente após aplicação da avaliação, o que ocorre no meio do semestre.

Page 24: Apostila Tecnicas de Ensino

Além disso, observou-se que, por meio desta técnica, os membros dos grupos se entrosaram, se conheceram de modo descontraído e, assim, conseguiram expressar idéias, opiniões e percepções sobre o sensoriamento remoto, que, pela técnica expositiva, não eram claramente colocadas para o professor, coincidindo, assim, com os resultados apresentados por Abreu & Masetto, (1987). Na finalização da técnica, o professor comparou os cartazes que expressavam o que os alunos conheciam sobre este assunto com figura em transparência, que mostrava os caminhos percorridos pela energia radiante partindo da fonte, interagindo com os alvos, chegando ao sensor até a elaboração de um mapa (Crósta, 1996). Esta providência ajudou os alunos a perceberem, no início do semestre, todas as etapas que precisariam ser bem compreendidas para a correta utilização do sensoriamento remoto.

CONCLUSÕES

Assim, pela técnica de Cartazes em Grupo, o professor teve “feedback”, no início do semestre, do nível de conhecimento que os alunos possuíam sobre os elementos que compõem a fase de aquisição, e sobre o que é, para que serve e como funciona o sensoriamento remoto, bem como suas principais dificuldades.Além disso, concluiu-se que a técnica GV x GO possibilitou o aprofundamento da discussãoSobre temas que os alunos demonstraram não ter bons conhecimentos, como, por exemplo, a interação da radiação eletromagnética com o alvo, o que não sucedera na técnica expositiva anteriormente aplicada. Isto ocorreu porque:a) esta técnica forneceu aos alunos maior oportunidade de participação ativa, demonstrada pela diversidade de interpretações sobre o tema estudado;b) desenvolveu a capacidade de observação e crítica do desempenho grupal;c) desenvolveu a capacidade de estudar um assunto pouco conhecido, em equipe, de forma sistemática e assistida pelo professor que, aqui, atuou apenas como coordenador e facilitador da aprendizagem.Conclui-se, ainda, que, com o uso destas duas técnicas de ensino, alcançaram-se as seguintes conotações:“A qualidade mais desejável do eficiente professor universitário é a capacidade de despertar o interesse de seus alunos.” (Angeline et al., 1982).“Ensinar não é transmitir (aulas expositivas). Ensinar é diagnosticar, planejar, informar, orientar, sensibilizar, exemplificar, demonstrar, promover, atender, desafiar, acompanhar, discutir, comunicar, avaliar...” (Marques, 1967).De Bordenave & Pereira, (1977):“A finalidade da educação é facilitar a aprendizagem e a mudança. Facilitar a aprendizagem reside em certas qualidades e atitudes que residem na relação pessoal entre o facilitador e o aprendiz.”“Os dois grandes males que debilitam o ensino e restringem seu rendimento são a rotina, sem inspiração nem objetivos; a improvisação, dispersiva, confusa e sem ordem. O melhor remédio é o planejamento.”“A eficácia máxima da aprendizagem não é alcançada senão quando a mensagem do professor é compreendida pelos alunos.”“A aprendizagem realiza-se através da conduta ativa dos alunos, que aprendem mediante o que eles fazem e não o que faz o professor”.Segundo Abreu & Masseto, (1987):“Toda aprendizagem, para que realmente aconteça, precisa ser significativa para os alunos, e isso mexige que ela se relacione com seu universo de conhecimentos, experiências e vivências.” “Toda aprendizagem é pessoal e precisa ter objetivos realísticos, acompanhada de “feedback" “imediato e embasada em bom relacionamento interpessoal”.“O professor é o facilitador da aprendizagem de seus alunos: não ensina, mas ajuda os alunos a aprenderem; não transmite informações, mas cria condições para que seus alunos adquiram informações; não faz brilhantes preleções para divulgar sua cultura, mas organiza estratégias para que os alunos conheçam a cultura existente e criem cultura”.

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“Brainstorming”/ Tempestade Cerebral

O “Brainstorming” ou Tempestade Cerebral (de idéias, de palavras), mais que uma técnica de Dinâmica de grupo é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa do indivíduo, colocando-a a serviço de seus objetivos.O princípio no qual se apóia o “Brainstorming” é o de solicitar aos participantes que apresentem idéias as mais diversas e até mesmo descabidas, durante a apresentação dessas idéias, será a de registra-las, independente de qualquer juízo crítico sobre sua validade, e estimular a rápida sucessão de outras mais.Independente de terem ou não a sensibilidade do grupo para um problema concreto, a grande verdade é que, como professor, pudemos naquela ocasião levar um grupo de alunos a amadurecer de forma conclusiva e prática o conteúdo de um tema importante de nossos estudos.

Apóia-se em quatro preceitos fundamentais:

1- Toda crítica deve ser banida, todos os julgamentos devem ser adiados para o fim da atividade.

2- Aceitar de bom grado a “idéia louca”, quanto mais extremada uma idéia tanto mais útil.3- Procurar quantidade, quanto maior o número de idéias tanto mais fácil será seleciona-las.4- Aprovar sempre combinações de idéias e melhoramentos de outras já expostas. Todas

as idéias propostas devem ser mantidas por escrito e cada sessão será como um jogo onde a apresentação das idéias revela rivalidade competitiva, ainda que numa completa cordialidade.

Condução da Sessão:

a- Expor por escrito os preceitos fundamentais.b- Utilizar uma campainha ou tímpano toda vez que uma regra for violada.c- Enunciar o problema e lembrar que cada um pode apenas enumerar uma idéia de cada

vez.d- Animar bastante as idéias dominós, isto é, as que resultam de outras já propostas.e- Numerar consecutivamente cada uma das idéias apresentadas.

PHILLIPS 6 / 6 ou Fracionamento

Características :

1- 1ª Etapa : Divisão da classe em pequenos grupos (6 elementos) Discussão de um determinado tema. Escolha de um relator do grupo para anotar e socializar as conclusões do grupo.

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Duração de 6 a 10 minutos.

2- 2ª Etapa : Plenária com os grupos. Apresentação das conclusões dos grupos pelos relatores Durante as apresentações poderão ser feitas discussões. Conclusão final que poderá ser feita pelo professor ou por um secretário eleito que fará a Síntese final do trabalho . Esta síntese poderá ou não ser entregue posteriormente, como O grupo achar necessário.

Enriquecimento :

1- Leitura anterior sobre o tema a ser discutido: textos – pesquisas- relatórios – outros2- Apresentação das conclusões por escrito para o professor para seleção e agrupamento

por afinidades. Ao se adotar tal sistemática, as conclusões serão apresentadas e discutidas em outra sessão ( ou aula).

Cochicho ou Phillips 2/2

É uma redução quantitativa da técnica Phillips 6/6 .Realiza-se entre 2 ou 3 pessoas, durante 2 ou 3 minutos. É uma técnica onde as pessoas conversam baixinho. Ótima para aumentar o número de idéias e4 a participação de todos.

Procedimentos :

1- Dividir a turma em duplas2- Apresentar a situação problema3- Determinar um tempo para discussão informal.4- Apresentação do tema pelas duplas.5- Troca de informações sobre os participantes.

Dramatização

Técnica que vivencia uma situação artificialmente .

Mesa Redonda

Tipo de reunião onde se discute um tema por um número pequeno de pessoas.

Júri Simulado I

Objetivos :

. dinamizar o grupo para estudar profundamente um tema real.

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.analisar e avaliar um fato proposto com objetividade e realismo.

.criticar construtivamente uma situação determinada.

.aplicar conhecimentos adquiridos utilizando-os em uma situação analítica (de debate).

Síntese :

Uma simulação de um julgamento de um tema para fixar os argumentos e desenvolver habilidades gerais.

Procedimentos :

1- Apresentar um tema polêmico à turma, dividindo-a em 2 grupos. O tema pode ser de qualquer área de conhecimento – Ex: Prós e contra o imposto SIMPLES paraEmpresas:Defensores da corrente contínua x defensores da corrente alternada;defensores da química orgânica x defensores da química inorgânica, etc.O professor deve distribuir, com antecedência ou na hora, um texto defendendo cada uma das posições ou sintetizando os conteúdos necessários ao debate.

2- Dar um tempo para que os grupos se reúnam sintetizando suas argumentações.3- Enquanto os grupos se preparam, o professor registra no quadro ou distribui por escrito,

as regras e o esquema de funcionamento do Júri Simulado.3.1- Todos devem ter oportunidade de falar. Quanto maior o nº de pessoas que se manifestar, mais ponto o grupo terá.3.2- Respeitar a cronometragem do tempo pré estabelecida no início. O grupo que desrespeitar a marcação do tempo perderá pontos. (Deve prevalecer o bom senso do professor)3.3- Respeitar as falas dos colegas. Conversas paralelas acarretará perda de pontos ( A critério do prof).3.4- Argumentação ética : Não agredir pessoalmente o grupo oponente. O debate é de idéias.

Esquema de Funcionamento :

1ª RODADA : Apresentação das propostas . Cada grupo faz uma apresentação inicial de seus pontos positivos. 3 Minutos cada grupo. Total : 6 MINUTOS

2ª rodada: Ataque e DefesaGRUPO A ataca o Grupo B : 3 Min TOTAL : 6 MINUTOSGrupo B se defende : 3 Min

3ª RODADA : Ataque e defesaGrupo B ataca o Grupo A : 3 Min TOTAL : 6 MINUTOSGrupo A se defende : 3 Min

PAUSA PARA CONFABULAÇÃO : Grupos se reúnem para redimensionar intervenção.TEMPO : 5 MINUTOS

4ª RODADA:Grupo B ataca o Grupo A : 3 MINUTOSGrupo A se defende : 3 MINUTOS TOTAL : 6 MINUTOS5ª RODADA:Grupo A ataca o Grupo B : 3 MINUTOSGrupo B se defende : 3 MINUTOS TOTAL : 6 MINUTOS

4- Montar a sala com os grupos dispostos em filas em frente umas às outras como no esquema abaixo.

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5- Retirar 2 elementos de um grupo e 1 elemento de outro grupo para compor o corpo de juízes. Um deles será o cronometrista, assinalando os tempos e as rodadas. Esse deverá anunciar 20 segundos antes do término do tempo. O outro juiz deverá anotar quem participou de cada rodada assinalando o nº de diferentes interventores em cada grupo bem como sua postura ética.

6- Dar início ao debate.

7- Ao final do debate, dar 5 min para o corpo de juízes definir seu comentário final. O professor pode orienta-los para que não estabeleçam vencedor, mas que façam uma apreciação geral do debate. Se restar tempo, pedir à turma uma avaliação da atividade.

OBS: A DIVISÃO DO TEMPO PODERÁ SER REFORMULADA CONFORME A EXPERIÊNCIA DO PROFESSOR E CONFORME O TEMPO DISPONÍVEL PARA A ATIVIDADE.

POSICIONAMENTO NA SALA DE AULA.

DEFENSORES DA POSIÇÃO A

DEFENSORES DA POSIÇÃO B

Júri Simulado IIObjetivos :

. analisar e avaliar um fato proposto com objetividade e realismo

. criticar construtivamente uma situação determinada

. dinamizar o grupo para estudar profundamente um tema real.

Síntese:

Uma simulação de um julgamento de um tema para fixar os argumentos e desenvolver habilidades gerais.

Procedimentos:

1- Deve ser indicado um aluno para ser o juiz e dois para escrivãos.2- O restante da classe deve ser dividido em quatro partes

.Promotoria (acusação) de um a quatro alunos

.Defesa, com igual número

.Conselho de sentença, com sete alunos.

.Plenário, com o restante.3- A promotoria e a defesa devem ter alguns dias de prazo para a preparação, sob a

orientação do profesor.4- Concedem-se 15 min à promotoria de depois outros 15 min à defesa, quando for feito o

trabalho.5- Ao juiz, compete manter a ordem dos trabalhos e formular os quesitos ao conselho de

sentença.6- Aos escrivãos , compete fazer um relatório dos trabalhos.7- O conselho de sentença deve ouvir os argumentos de ambas as partes para dar sua

decisão final ( se parecer conveniente, o professor pode permitir a cada conselheiro ou a alguns fazer perguntas à promotoria ou à defesa).

8- O plenário, para não ficar inativo, pode receber uma incumbência observadora, como no Grupo de Verbalização e Grupo de Observação, para rápido comentário.

OBS: Sua aplicação é interessante em situações reais em suas áreas de trabalho para que os alunos emitam suas opiniões, apresentem soluções para uma situação

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complicada. Assim, estará desenvolvendo sua linguagem oral, criatividade, extrapolação, situações de conflito e outras.

Dossiê

Síntese:

Pesquisa de profundidade sobre algum tema em diferentes tipos de fontes, com ou sem roteiro prévio, conforme os objetivos do professor e a maturidade da turma.

Objetivos :

. Dominar um determinado volume de informações sobre um tema escolhido ou dado pelo professor. Adquirir independência intelectual ( autonomia).. Desenvolver o domínio do processo decisório. Analisar problemas reais, encontrados no dia a dia..Relacionar teoria o prática. Desenvolver as competências básicas altamente valorizadas tais como: iniciativa, pesquisa, tomada de decisões, comunicação escrita e oral, dentre outras.

Desenvolvimento :

1- O professor apresenta a proposta de trabalho aos alunos, sob a forma de um problema real sobre a qual eles deverão elaborar um dossiê contendo o maior nº possível de informações e apontando possíveis soluções para o problema.

2- O professor pode designar um tema único para toda a turma ou pode dar sub temas para não ficar repetitivo quando da apresentação dos mesmos, sempre sob a forma de um problema a ser investigado

3- O professor deverá distribuir as tarefas através de um cronograma.4- Cada grupo terá de 15 a 20 min de uma aula para se organizar e definir os próximos

passos.Em turmas inexperientes ou mais desinteressadas o professor deverá solicitar relatórios parciais para Acompanhar o desenrolar dos trabalhos, evitando trabalhados mal elaborados.

5- Os alunos apresentam os resultados dos trabalhos por escrito(com toda a orientação para a apresentação gráfica e acadêmica desse trabalho escrito)

6- O professor lê e corrige, pontua as falhas e devolve o trabalho com as devidas orientações marcando as datas para a apresentação oral.

7- No dia da apresentação oral dos grupos, distribuir para a turma um formulário onde irão tecer comentários sobre os trabalhos apresentados. O que achou, em que contribuiu , etc. Este exercício garantirá à atenção dos alunos para as apresentações.

BIBLIOGRAFIA

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Page 30: Apostila Tecnicas de Ensino

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Índice

_ Capa .......................................................................... ..01_ Introdução Seleção de Grupos Estratégias de apresentação .............................................................. ..02

Page 31: Apostila Tecnicas de Ensino

_ Exposição com transparência ou Software ........................................ . 03 _Painel Interativo Exposição Dialogal ................................................................................04_ Aula Expositiva ......................................................................................05_ Estudo de Caso (Case based teaching) ................................................06_ Fórum Seminário ................................................................................................07_ Seminário Relâmpago Painel .....................................................................................................08_ Painel com Interrogadores ................................................................... .09_ Simpósio_ Pesquisa e Projetos ............................................................................ .10_ Pesquisa de Campo ............................................................................ ..11_ Demonstração ..................................................................................... ..13_ Projetor de Slides .................................................................................. 14_ Portifólio ................................................................................................ 15_ Como utilizar textos ................................................................................16_ Trabalho com textos ...............................................................................17_ Trabalho em Grupo ................................................................................18_ Trabalhando grupos menores ................................................................20_ Laboratórios ......................................................................................... 21_ Cartazes e/ou desenhos (Gv – GO) ......................................................22_ Resultados e Discussões (Gv – GO) .....................................................23_ Brainstorming / Tempestade Cerebral ...................................................25_ PHILLIPS 6/6 ou Fracionamento Cochicho ou PHILLIPS 2/2 Dramatização ..........................................................................................26_ Mesa Redonda Júri Simulado I ....................................................................................... 27_ Júri Simulado II ......................................................................................28_ Dossiê ....................................................................................................29_ Bibliografia .............................................................................................30