apostila sobre controladores progrmáveis

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CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS – CURSO BÁSICO – TÓPICOS AVANÇADOS DE AUTOMAÇÃO - 1 - APOSTILA SOBRE CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS Prof. Eng. Antonio Geraldo Stéfano Revisão: Maio / 2007 Curso baseado no CP Altus

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  • CONTROLADORES PROGRAMVEIS CURSO BSICO TPICOS AVANADOS DE AUTOMAO

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    APOSTILA SOBRE CONTROLADORES PROGRAMVEIS

    Prof. Eng. Antonio Geraldo Stfano

    Reviso: Maio / 2007 Curso baseado no CP Altus

  • CONTROLADORES PROGRAMVEIS CURSO BSICO TPICOS AVANADOS DE AUTOMAO

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    Introduo

    Objetivos O curso de programao bsica dos CPs aborda conceitos bsicos da utilizao de controladores programveis, sistemas de numerao (binrio, octal, decimal, hexadecimal), varredura de entradas e sadas, forma de execuo de programas no CP (lgicas), sistema de endereamento, conceitos bsicos de hardware, operao do terminal de programao, apresentao com exerccios das instrues bsicas da linguagem dos CPs. So ressaltadas as diferenas da linguagem de programao, apresentando o conceito de programao estruturada, embora no utilizando intensamente o mesmo para no tornar complexo o curso que pretende ser introdutrio. O objetivo fixar nos alunos os conceitos bsicos de CPs e de sua programao, atravs apresentao de exemplos e da soluo de exerccios simples que permitem conhecimento da operao do terminal de programao. O aluno deve ser estimulado a consultar os manuais dos produtos aprendendo o seu contedo e fixando locais onde pode solucionar dvidas.

    Pr-requisitos Os pr-requisitos mnimos para que os alunos possam cursar satisfatoriamente o curso bsico, so:

    Conceitos de eletricidade bsica; Conceitos de lgicas de rels;

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    Histrico dos CPs

    Os primeiros controladores programveis foram introduzidos em controle industrial, no incio da dcada de 60, para substituir painis de controle a rels. Quando era necessrio inserir novos requisitos de controle, no era econmico modificar a lgica destes painis, o que acarretava, freqentemente, o projeto e aquisio de novos painis. CPs foram desenvolvidos para serem reprogramados, quando as alteraes de controle so necessrias, sem grandes modificaes no hardware, sendo ento equipamentos reutilizveis. Os CPs passaram a ser utilizados primeiramente na indstria automobilstica e, a partir da, nos outros segmentos industriais. Assim como a sua aceitao, tambm a demanda por mais funes, tais como maior capacidade de memria e de pontos E/S, cresceu. A maioria dos fabricantes respondeu positivamente a estes requisitos, introduzindo novos modelos de CPs, cobrindo aplicaes de pequeno (50-100 rels), mdio (150-500 rels) e grande (500-3000 rels) nmero de pontos. Geralmente estes vrios modelos no eram compatveis uns com os outros; os mdulos de E/S no eram intercambiveis, exceto adicionando-se adaptadores, o que aumentava os custos e os problemas de manuteno. O advento do microprocessador, das facilidades de desenvolvimento de software e uma maior maturidade do mercado, deu aos CPs novo impulso. Na dcada de 80 surgiram microprocessadores e memrias mais compactos, permitindo a reduo de custos e tamanhos, com aumento de confiabilidade. Esta nova gerao de microprocessadores trouxe consigo a capacidade de interligao dos CPs entre si e com outros equipamentos (computadores) em redes industriais de comunicao, permitindo a informatizao das fbricas.

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    Conceitos Bsicos de CPs

    Ponto de entrada

    Considera-se cada sinal recebido pelo CP, a partir de dispositivos ou componentes externos (sensores), como um ponto de entrada para o CP. Ex.: microchaves, botes, termopares, rels, etc.

    Ponto de sada

    Cada sinal produzido pelo CP para acionar dispositivos ou componentes do sistema de controle (atuadores) constitui um ponto de sada. Ex.: lmpadas, solenides, motores, etc.

    Programa

    A lgica existente entre os pontos de entrada e de sada e que executa as funes desejadas, de acordo com o estado das entradas no CP, o programa.

    Controlador programvel (CP)

    um equipamento eletrnico digital com hardware e software compatveis com aplicaes industriais (conceito ABNT).

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    Conceito de bit, byte, nibble e palavra

    Bit

    Bit (Binary DigiT) a unidade para o sistema de numerao binrio. Um bit a unidade bsica de informao e pode assumir o valor "0" ou "1".

    1 bit

    Nibble

    Nibble a unidade formada por 4 bits consecutivos. 1 nibble = 4 bits

    Byte

    Byte uma unidade constituda de 8 bits consecutivos. Em um CP por exemplo o estado das entradas de um mdulo digital de 8 pontos pode ser armazenado em um byte.

    1 byte = 8 bits = 2 nibbles

    Palavra / Word

    um conjunto de bytes que correspondem ao tamanho da palavra. No CP por exemplo, os valores numricos resultados de operaes aritmticas, contagens ou temporizaes so armazenados em palavras de 16 bits.

    1 palavra / Word pode Ter : 8, 16, 32 ou 64 bits

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    Sistemas de Numerao

    Os CPs, como todos os computadores, somente conseguem manipular valores representados no sistema binrio.

    Nmeros decimais

    Dgitos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 Base: 10 Posio do algarismo no nmero: potncias de 10 Exemplo: n 456 = (4 x 102 )+(5 x 101 )+(6 x 100)

    Nmeros binrios

    Dgitos: 0,1 Base: 2 Posio do algarismo no nmero: Potncias de 2 Exemplo: n 110011 = (1 x 25)+(1 x 24)+(0 x 23)+(0 x 22)+(1 x 21)+(1 x 20) = 51D

    Nmeros Hexadecimais

    Dgitos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E, F Base: 16 Posio do algarismo no nmero: Potncias de 16 Exemplo: n 1CD = (1 x 162)+(12 x 161)+(13 x 160) = 461D

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    Nmeros BCD ( decimais codificados em binrio)

    Dgitos: Nmeros Decimais

    Nmeros Binrios

    0 0000 1 0001 2 0010 3 0011 4 0100 5 0101 6 0110 7 0111 8 1000 9 1001

    Exemplo:

    0000 0101 0001 0011 0 x 10 3 5 x 10 2 1 x 10 1 3 x 10 0

    0 500 10 3 = 513D

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    Componentes de CP

    Programao

    Fonte de Alimentao

    Proces-sador

    Memriade

    Programa Fonte de Alimentao

    Externa

    Memriade

    Dados

    Interna

    Sadas

    EntradasDispositivo

    de

    Campo

    Terminal de

    Figura 0-1 Componentes de um CP.

    Terminal de Programao

    O terminal de programao um dispositivo que conectado temporariamente ao CP permite introduzir o programa de usurio. Utiliza-se o terminal de programao para efetuar modificaes em programas ou para permitir ao pessoal de manuteno o exame do estado dinmico de um sistema de controle. possvel, atravs deste equipamento, verificar a operao prpria ou imprpria de qualquer parte do sistema de controle, acompanhando todos os passos do programa em tempo real.

    Unidade Central de Processamento (UCP)

    A UCP a unidade "inteligente do CP. Na UCP so tomadas todas as decises para controle da mquina ou processo, ela recebe os dados de entrada, realiza as decises lgicas baseada no programa armazenado e atualiza as sadas.

    Entradas e sadas (E/S)

    Elementos (mdulos) responsveis pela interface dos CPs com o ambiente externo realizando tarefa de filtragem dos sinais adaptao de nveis de tenso e corrente.

    Dispositivos de campo

    So os elementos do sistema de controle necessrios para obteno de informaes (sensores) e atuao ( atuadores ) do processo.

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    Princpio de funcionamento de um CP

    Um CP realiza continuamente um ciclo de varredura que consiste em: 1. Leitura de entradas; 2. Execuo do programa, que consiste em calcular novas sadas em funo das

    entradas, de acordo com a seqncia de instrues; 3. Atualizao das sadas. A figura 1.2, mostra o ciclo bsico de varredura de um CP, o tempo mnimo para execuo de uma varredura de 20 ms.

    Figura 0-2 Ciclo de varredura de um CP

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    Princpio de funcionamento de um CP

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    Linguagens de rels e blocos

    Caractersticas

    Representao grfica Facilidade de compreenso Linguagem mais utilizada no mundo

    Exemplo

    Exemplo de programa "ladder

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    Linguagens Estruturadas

    Ciclo de varredura linguagens estruturadas

    Vantagens da utilizao de linguagens estruturadas

    Organizao; Desenvolvimento de bibliotecas de rotinas utilitrias para utilizao em vrios

    programas; Facilidade de manuteno; Simplicidade de documentao e entendimento por outras pessoas alm do

    autor do software.

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    Redes de Comunicao

    Conectividade Altus

    Em uma fbrica existem trs nveis de conectividade: o nvel de planta, o nvel de controle e o nvel de campo:

    A rede na planta No nvel de planta necessrio manter uma base de dados global e coletar, processar, armazenar e gerenciar diversos tipos de dados. Alm disso, este nvel o que estabelece o plano bsico de produo e onde so realizados os diagnsticos dos elementos do prprio nvel e dos nveis inferiores. Aqui o nmero tpico de ns de 2 a 20 e as transferncias se do em uma velocidade de 10/s a 1/minuto. As mensagens trafegam aos megabytes e no h necessidade de determinismo na rede (o tempo para completar as mensagens no precisa ter um limite mximo).

    A rede em nvel de planta deve ter alta confiabilidade, ser de arquitetura simples e com imunidade a rudo dentro de padres razoveis. As tecnologias aplicveis aqui so a Ethernet (IPX, TCP/IP) de acordo com a norma IEEE 802.3, Nvel 1.

    A rede Altus Ethernet TCP/IP Atravs de uma interface adequada, os Controladores Programveis Altus podem conectar-se a redes do tipo Ethernet TCP/IP permitindo um completo acesso s informaes de planta via este tipo de standard. Com isto, utilizando "workstations" ou sistemas de computao de maior hierarquia, as aplicaes de controle podem ser acessadas de forma padronizada aumentando-se com isto o seu potencial de conectividade. A Altus disponibiliza "drivers" de software para a maioria dos supervisrios existentes no mercado, facilitando completamente a aplicao desta opo.

    As redes de controle O nvel de controle responde pelos equipamentos que compe a linha de produo e pela leitura e acionamento de todos os sinais de campo. neste nvel que so feitos os clculos de algoritmos de controle e otimizao, bem como a aquisio de dados, monitorao dos processos e registros de alarmes, dados de produo e manuteno. O prprio controle de qualidade da produo tem neste nvel o seu centro nervoso. As mensagens trafegam aos kilobytes e o determinismo necessrio para garantir tempo mnimo para as aes de controle. A freqncia de transferncia nestes casos de 1/10 ms a 1/10s.

    A rede em nvel de controle deve ter alta confiabilidade, no escapa de ter arquitetura mais complexa e com alta imunidade a rudo. As tecnologias aplicveis aqui so na sua maioria proprietrias mas que tendem a atender a MAC (ISO 802.3), LLC (IEE 802.2 classe I).

    A rede ALNET II Implantada a partir da srie de CPs AL-2000/MSP ("Multi-Station Processors") a rede ALNET II multi-mestre e permite o controle distribudo a partir de vrios processadores de forma determinstica. Ela atinge a velocidade de 1 Mbaud. Possui o conceito de sub-redes, ou seja, sua arquitetura permite distribuir e isolar o trfego de informao nas aplicaes. Seu desempenho permite a real distribuio das tarefas de controle entre vrios Controladores Programveis. Possui gateways para diversos tipos de conexes, o que permite a sua convivncia em ambientes j desenvolvidos com produtos de outras marcas.

    A rede ALNET I A rede ALNET I uma rede de superviso, do tipo mestre-escravo, extremamente til na aquisio e anlise de dados, utilizada em toda a linha de Controladores Programveis Altus. Ela pode auxiliar

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    em muito a implantao de redes de controle quando aplicada em conjunto com a rede ALNET II. Seu protocolo aberto e disponvel para o desenvolvimento de qualquer tipo de "driver" de software. Ela pode controlar at 31 CPs a partir de uma estao mestre.

    As redes de campo O nvel de campo utilizado para aquisio das variveis de processo, envio de programao de "set-points", aquisio do estado dos equipamentos, atuao sobre motores, vlvulas e/ou outros equipamentos. O nmero tpico de ns por nvel de 50 a 500 com tempos de transferncia da ordem de 1/ms a 1/100 ms. As mensagens variam de 1 bit a alguns bytes e o determinismo necessrio.

    A rede PROFIBUS PROFIBUS uma rede de campo aberta, padronizada na Europa e de uso internacional, definida na Norma EN 50170. Tem trs verses para atender diferentes requisitos de um sistema de controle:

    PROFIBUS-DP O PROFIBUS DP otimizado para conexo rpida e econmica. Esta verso destinada especialmente para comunicao entre sistemas de controle de automao e E/S distribudos. PROFIBUS-DP pode ser usado para substituir transmisso de sinais como 24 Vdc ou 4 a 20 mA. PROFIBUS-PA PROFIBUS-PA foi projetado especialmente para aplicao em processos contnuos. Possibilita a conexo de sensores e atuadores em barramento nico comum, em reas intrinsecamente seguras de acordo com o padro internacional IEC 1158-2. PROFIBUS-FMS PROFIBUS-FMS uma soluo de comunicao genrica. Os servios FMS abrangem uma larga faixa de aplicaes e proporcionam grande flexibilidade. PROFIBUS-FMS geralmente utilizado a nvel de controle conectando os equipamentos responsveis por este controle entre si.

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    Vantagens do uso de Controladores Programveis

    Os CPs oferecem um considervel nmero de benefcios para aplicaes na indstria. Estes benefcios podem resultar em economia que excede o custo do CP em si e devem ser considerados quando da seleo de um dispositivo de controle industrial. As vantagens da utilizao de CPs, se comparados a outros dispositivos de controle industrial incluem: Menor ocupao de espao; Potncia eltrica requerida menor; Reutilizao; Programvel, se ocorrerem mudanas de requisitos; Confiabilidade maior; Manuteno mais fcil; Maior flexibilidade, satisfazendo um nmero maior de aplicaes; Permite a interface atravs de rede de comunicao com outros CPs e com

    microcomputadores; Projeto do sistema mais rpido.

    Aplicaes tpicas de CPs Praticamente no existem ramos de aplicaes industriais onde no existam aplicaes de CPs, algumas aplicaes tpicas so: Mquinas industriais (operatrizes, injetoras de plstico, txteis, calados, etc.); Equipamentos industriais para processos (siderurgia, papel e celulose,

    pneumticos, dosagem e pesagem, fornos, etc.); Equipamentos para controle de energia (demanda, fator de carga); Controle de processos com realizao de sinalizao, intertravamento e laos

    PID; Aquisio de dados de superviso em: fbricas, prdios inteligentes,

    dispositivos que necessitem de controle remoto, etc.; Bancadas de teste automtico de componentes industriais.

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    INTRODUO A PROGRAMAO

    LGICAS DE PROGRAMA Chama-se lgica a matriz de programao formada por 32 clulas ( elementos da matriz ) dispostas em 4 linhas ( 0 a 3 ) e 8 colunas ( 0 a 7 ). E cada uma das clulas podem ser colocadas instrues, podendo-se programar at 32 instrues em uma mesma lgica. Cada lgica presente no programa simula um pequeno trecho de um diagrama de rels real. A figura abaixo mostra o formato de uma lgica do programa aplicativo. As duas linhas laterais da lgica representam barras de energia entre as quais so colocadas as instrues a serem executadas.

    Esto disponveis para a programao instrues simblicas tipicamente encontradas em diagramas, tais como contatos, bobinas, ligaes e instrues representadas em caixas, como temporizadores, contadores e aritmticas. A lgica deve ser programada de forma que bobinas e entradas das instrues de caixas sejam energizadas a partir do fechamento de um fluxo de corrente da esquerda para a direita entre as duas barras, atravs de contatos ou das sadas das caixas interligados. Entretanto, o fluxo de corrente eltrica simulado em uma lgica flui somente no sentido da barra de energia esquerda para direita, diferentemente dos esquemas eltricos reais. O conceito utilizado simplifica sobremaneira o projeto lgico de rels, uma vez que no necessrio a preocupao com caminhos de fuga de corrente.

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    O processamento das instrues de uma lgica realizado em colunas, desde a coluna 0 at a 7. Uma coluna processada na ordem seqencial de suas linhas, desde a linha 0 at a linha 3. A figura abaixo mostra a ordem de processamento de clulas da lgica. O nmero existente dentro de cada clula indica a sua ordem de processamento.

    Operandos da linguagem de rels Operandos so elementos utilizados pelas instrues do Mastertool na elaborao de um programa aplicativo. Os operandos podem definir valores constantes, definidos no momento da programao, ou variveis, identificados atravs de um endereo ou de um tag, com valores possveis de serem alterados durante a execuo do programa aplicativo. Identificao de um Operando pelo Endereo A identificao e utilizao de um operando pelo seu endereo caracterizada pelo caractere % como primeiro caractere do nome. O restante do nome utilizado deve seguir s regras de formatao de endereo de operandos. Identificao de um Operando pelo seu Tag A identificao e utilizao de um operando pelo seu tag caracterizada pela utilizao de um nome, com at 7 caracteres ( alfanumricos ), que pode ser atribudo a qualquer operando, exceto constantes. Este nome passa a representar o operando nos processos de programao, monitorao, depurao e documentao de um programa aplicativo. Ex.: Atribui-se o tag CONT1 ao operando % M0000. Sempre que o operando %M0000 necessite ser utilizado na edio do programa aplicativo, pode-se utilizar o tag CONT1.

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    Grupos de Instrues

    Os CPs Altus utilizam a linguagem de rels e blocos para a elaborao do programa aplicativo, cuja principal vantagem, alm de sua representao grfica, ser similar a diagramas de rels convencionais. A programao desta linguagem, realizada atravs do Mastertool, utiliza um conjunto de poderosas instrues apresentadas abaixo em 7 grupos:

    Conceitos de programao estruturada

    Funcionalmente, um projeto de programao, pode ser visto como uma coleo de mdulos utilizados para realizar uma tarefa especfica, tambm conhecido como programa aplicativo. Isto permite uma viso hierrquica do projeto com a criao de sub-rotinas e funes.

    Exemplo 1: Ligar e desligar uma lmpada

    Representao eltrica

    C 1 L 1

    Figura 0-3 Representao eltrica

    Equivalncia no diagrama de rels do CP

    C1 = E0000.0 L1 = S0002.0

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    Programa "ladder"

    Figura 0-4 Programa "ladder"

    O programador MASTERTOOL

    VISO GERAL

    O MASTERTOOL uma aplicao executada no ambiente operacional Windows, possuindo todas as facilidades e padronizaes oferecidas por este . Sua operao, como as demais , so orientadas a comandos de menus e caixas de dilogos que permitem a realizao das tarefas e escolha das opes. Com o intuito de facilitar os procedimentos mais utilizados no MASTERTOOL, existem diversos atalhos onde o pressionamento de duas teclas simultaneamente realizam um comando, bem como uma Barra de Ferramentas onde basta clicar no boto desejado para a rpida realizao do comando. O MASTERTOOL possui ainda janelas de edio especficas para Mdulo de Configurao, Modulo de Configurao de rede e Mdulos de Programa. Estas janelas permitem uma edio eficiente e uma visualizao adequada dos diversos componentes de cada mdulo especfico.

    Procedimentos de utilizao de projetos

    O QUE UM PROJETO ? Um projeto um conjunto de mdulos que so utilizados para a realizao das tarefas de um CP ou para a configurao de um dispositivo roteador. O nome do arquivo de projeto pode possuir at 6 caracteres de comprimento e finalizado com a extenso .MTL. Alguns caracteres possuem significado especial para o sistema operacional, sendo considerados caracteres invlidos para a formao do nome do projeto .

    CARACTERES INVLIDOS : , . / \ ? * | : ; [ ] = + - < >

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    Existem 2 tipos de projetos:

    Projeto de Programao. Um Projeto de programao utilizado para reunir todos os mdulos necessrios execuo das tarefas de um CP. Neste tipo de Projeto obrigatria a existncia de um mdulo de configurao e de um mdulo de execuo E001. Quando se cria um novo projeto de programao, o mdulo de configurao automaticamente criado e visualizado na janela de edio de mdulo C. O nome do mdulo de configurao formado pelo tipo do mdulo ( C - ), pelo nome do projeto e pela extenso .000. O nome do mdulo de execuo principal formado pelo tipo do mdulo ( E- ), por um nome de at 6 caracteres ( sugere-se o nome do projeto ) e pela extenso .001. o Mdulo de execuo pode ser criado com o comando Novo Mdulo ou pode ser inserido com a opo Inserir Mdulo do comando Edita Projeto.

    Projeto de Roteador.

    Um projeto de roteador utilizado para definir a configurao de rede e roteamento que deve ser realizado pelo dispositivo roteador. Neste tipo de projeto somente permitida a utilizao de um mdulo de configurao de roteamento. Quando se cria um novo projeto de roteador, o mdulo de configurao de roteamento automaticamente criado e visualizado na janela de edio de mdulo R. O nome do mdulo de configurao de roteamento formado pelo tipo do mdulo ( R- ), pelo nome do projeto e pela extenso .000.

    CRIANDO UM PROJETO :

    Para a criao de um Projeto devem ser indicados o nome do projeto, o subdiretrio do projeto e o tipo do projeto a ser criado. Para criar um novo projeto:

    1. A partir do menu Arquivo, escolher Novo Projeto. 2. No Item Nome do Projeto, digitar o nome do Projeto a ser criado. 3. No item Tipo de Projeto, escolher Programao ou Roteadores conforme o

    projeto a ser criado. 4. No item Diretrio, digitar o caminhamento completo do subdiretrio onde deve

    ficar localizado o novo projeto

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    Procedimentos de utilizao de mdulos de programa

    ABRINDO UM MDULO : Para que um mdulo possa ser editado ou visualizado necessrio que ele esteja aberto.

    Para abrir um mdulo : 1. Utilizar um dos seguintes mtodos: Na Barra de Ferramentas, clicar sobre o Boto Abrir. A partir do Menu Arquivo, escolher Abrir Mdulo . Utilizar o Atalho de Teclado CTRL + L 2. No item Nome do Arquivo, digitar ou selecionar o nome do mdulo. 3. No item Diretrios, selecionar o subdiretrio onde esta localizado o mdulo. 4. No item Listar Arquivos do Tipo, selecionar o tipo mdulo. 5. No item Unidades , selecionar a unidade de disco onde esta localizado o

    mdulo. 6. Quando todos os parmetros estiverem indicando o mdulo, selecionar o

    Boto OK.

    Salvando um Mdulo : Aps a edio de um mdulo deve-se salvar o mesmo em disco para que as alteraes realizadas possam ser realmente efetivadas. O nome e a localizao em disco permanecem as mesmas. Sugere-se que o arquivo seja salvo freqentemente. Para salvar um mdulo no disco:

    1. Utilizar um dos seguintes mtodos: Na Barra de Ferramentas, clicar sobre o Boto Salvar. A partir do menu Arquivo, escolher Salvar Mdulo. Utilizar o atalho de teclado CTRL + S.

    Ao abrir um mdulo que faa parte do projeto corrente ele poder ser visualizado e editado. Caso o mdulo sendo aberto no faa parte do projeto corrente, exibida a caixa de dialogo MASTERTOOL onde deve ser indicado se o mdulo deve ser inserido no projeto ou no. Se o mdulo no for inserido no projeto, somente poder ser visualizado.

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    Configuraes do Sistema

    O que um mdulo C: Mdulo C o mdulo que possui todas as configuraes necessrias para o uso de um projeto de programao.

    Configurando o Modelo de UCP : O mdulo de configurao deve estar declarado de acordo com o controlador a ser utilizado. P ara isto deve-se configurar o modelo de UCP. Para configurar o modelo de UCP deve-se: Selecionar como mdulo corrente o mdulo C a ser configurado. No item Modelo de UCP, selecionar o modelo de UCP a ser utilizado na lista de UCPs

    Configurando Operandos Simples:

    Deve ser declarado no mdulo C a quantidade de operandos simples usada pelos demais mdulos que compe o programa aplicativo. A quantidade total de memria para operandos depende do modelo de UCP. medida que os operandos so declarados, a quantidade de memria disponvel pode ser visualizada no item Bytes Livres. Os operandos memria so alocados em blocos de 128 operandos. Caso o valor digitado no seja mltiplo deste valor, arredondado para o primeiro valor mltiplo de 128 maior que o nmero digitado. Os operandos decimal so alocados em blocos de 64 operandos. Caso o valor digitado no seja mltiplo deste valor, arredondado para o primeiro valor mltiplo de 64 maior que o nmero digitado.

    Para configurar operandos simples.

    No item Total de Operandos, Memria, digitar o nmero de operandos memria a serem utilizados. O item ao lado mostra automaticamente o intervalo dos operando memria que esto disponveis para serem utilizados. No item Total de Operandos, Decimal, digitar o nmero de operandos decimal a serem utilizados. O item ao lado mostra automaticamente o intervalo dos operandos decimal que esto disponveis para serem utilizados.

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    Configurando Barramento :

    Deve ser declarado no mdulo C a configurao de mdulo C a configurao de mdulos de entrada e sada localizados em todos os barramentos possveis para cada modelo UCP. Na configurao do barramento so alocados operandos de entrada e sada ( % E e % S ) para os mdulos digitais e indicado o endereo dos operandos de endereo no barramento (% R No item Primeiro Octeto de Sada possvel a definio do endereo do operando % S a partir do qual sero reservados os pontos de sada. Este valor automaticamente alterado com as declaraes dos mdulos de E/S nos barramentos, s precisando ser modificado pelo usurio para reservar endereos % E para futuras inseres de mdulos de entrada..

    Para configurar o barramento. 1. Selecionar o boto Barramento. exibido um quadro de dilogo para a

    configurao dos barramentos. 2. No item Primeiro Octeto de Sada, digitar o nmero do primeiro octeto de

    sada. 3. No item Troca de Mdulo Energizado, deve-se selecionar o item caso seja

    utilizada a troca de mdulos com CP energizado. Este item s existe na UCP Al-2002/MSP.

    4. Selecionar o boto Barramento 0. exibido uma tabela para a configurao do barramento 0. Cada linha da tabela corresponde a uma posio no barramento indicado pela coluna Posio. A coluna PA indica o valor a ser configurado na ponte de ajuste do mdulos, ver Manual de Utilizao do CP utilizado, Manuais de Caractersticas Tcnicas AL-1000/AL-2000 e Manuais de Caractersticas Tcnicas QUARK.

    5. Na coluna Mdulo, digitar ou selecionar o mdulo de entrada ou sada que deve ocupar aquela posio. Se o mdulo for de entrada ou sada digital so configurados os operandos %E ou %S de acordo com o nmero de octetos do mdulo. A coluna Endereo indica o endereo no barramento a ser utilizado para acesso aos mdulos analgicos e especiais.

    6. Repetir este item para todos os mdulos a serem inseridos no barramento 0. 7. Repetir o item 4 selecionando cada barramento a ser configurado. Repetir os

    item 5 para configurar os mdulos de cada barramento. O nmero de barramentos varia de acordo com o modelo de UCP utilizado.

    Os botes podem ser utilizados durante a configurao de um barramento para exibir diretamente a caixa de dilogo de configurao do barramento anterior ou do prximo barramento.

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    Edio de lgicas

    Editando um Mdulo de Programa O que um mdulo de programa : Mdulo de programa um mdulo que possui rotinas desenvolvidas para serem executadas em um CP. Modificando um mdulo de programa : Para modificar um mdulo de programa:

    1. Selecionar o mdulo a ser modificado para a janela ativa. 2. Utilizar um mtodo dos seguintes

    Na Barra de Ferramentas, clicar sobre o boto modificar. A partir do menu Edio, escolher Modificar (ALT,E,M). Realizar um duplo clique em qualquer ponto da rea de Edio. O menu passa a ser o menu de modificao de mdulos possuindo 2 itens com comandos para edio e busca e vrios itens contendo os grupos de instrues disponveis.

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    Inserindo uma Lgica:

    Para inserir uma lgica: 1. Utilizar um dos seguintes mtodos:

    Na Barra de Ferramentas, clicar sobre o boto inserir nova lgica. A partir do menu Edio, escolher Nova Lgica. 2. No item Lgica, digitar o nmero da lgica a ser inserida. 3. No item Tag, digitar o tag para a lgica. Pode possuir at 7 caracteres. 4. No item Descrio, digitar a descrio para a lgica. Pode possuir at 60 caracteres. 5. No item Observaes, digitar as observaes a respeito da lgica. Pode possuir at 280

    caracteres.

    Inserindo uma instruo:

    O procedimento para a insero de uma instruo o mesmo para todas. Para as instrues que possuem operandos, apresentada uma caixa de dialogo para a edio dos mesmos.

    Para inserir uma instruo: 1. Posicionar o cursor de lgica na clula onde deve ser inserida a instruo. 2. Selecionar no menu de instrues o grupo de instrues desejado. 3. Selecionar a instruo dentro do grupo. exibida uma caixa de dilogo com o formato da caixa

    da instruo. 4. Editar os operandos correspondentes a instruo selecionada indicando o endereo ou tag do

    operando. 5. Caso o tag indicado no existir, exibida uma mensagem indicando a inexistncia do tag e

    solicitando o endereo do operando e sua descrio na caixa de dilogo Criar Tag. Digitar o endereo e a descrio do operando e escolher o boto OK. Caso no seja desejado editar o tag, escolher o boto Cancelar.

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    Seqncia de operaes para transferir um programa para o CP

    Figura Seqncia de operaes para envio de programa para o CP

    Caso o CP esteja em estado de erro, antes de transmitir o programa, deve-se passar o CP para o modo programao, enviar os mdulos E-.001 e C-.000 aps passar o CP para o modo execuo .

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    Instrues de Rels

    Instrues Contato RNA e RNF, Ligaes Horizontal, Vertical e Negada e Bobina

    LISTA DAS INSTRUES

    Os CPs ALTUS utilizam a linguagem de reles e blocos para a elaborao do programa aplicativo, cuja principal vantagem, alm de sua representao grfica, similar a diagramas de rels convencionais. A programao desta linguagem, realizada atravs do MASTERTOOL, utiliza um conjunto de poderosas instrues apresentadas nas seguintes sees: RELS MOVIMENTADORES ARITMTICOS CONTADORES CONVERSORES GERAIS LIGAES Instrues do Grupo de Rels: As instrues do grupo de Rels so utilizadas para o processamento lgico dos diagramas de rels. Atravs das mesmas pode-se manipular os valores dos pontos digitais de entrada ( %E ) e sada ( %S ), bem como pontos de operandos auxiliares ( %A ), memria ( %M ) e decimal ( %D ). So usadas tambm para desvio do fluxo e controle do processamento do programa aplicativo.

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    Apresentao das instrues :

    A descrio de cada instruo feita da seguinte maneira: 1. A instruo descrita com um ttulo contendo o nome da instruo e a descrio do nome. Uma

    figura apresentando como a instruo visualizada no diagrama de rels contendo seus operandos, entradas e sadas. Abaixo da figura, exibida uma breve descrio do significado de cada operando.

    2. O item Descrio contm informaes descrevendo o funcionamento da instruo conforme as entradas habilitadas e os tipos de operando utilizados. Neste item tambm so descritas as sadas que sero acionadas aps a execuo da instruo.

    3. O item Sintaxe descreve as combinaes de operandos que podem ser utilizados na instruo. Esse item somente esta presente nas instrues que possuam operandos.

    4. O item Exemplo fornece um exemplo de utilizao da instruo descrevendo seu comportamento. Este item somente esta presente nas instrues que requeiram um detalhamento maior de seu funcionamento.

    5. Podem existir outros itens descrevendo uma caracterstica especfica da instruo caso haja necessidade.

    Instrues do Grupo Rels. As instrues do grupo Rels so utilizadas para o processamento lgico dos diagramas de rels. Atravs das mesmas pode-se manipular os valores dos pontos digitais de entrada (%E) e sada (%S), bem como pontos de operandos auxiliares (%A), memria (%M) e decimal (%D).

    So usadas tambm para desvio do fluxo e controle do processamento do programa aplicativo.

    Descrio: Estas instrues refletem, logicamente, o comportamento real de um contato eltrico de um rel no

    programa aplicativo. O contato normalmente aberto fecha conforme o estado do seu operando associado. Caso o ponto do operando esteja no estado lgico 1 ou 0, o contato normalmente aberto est fechado ou aberto, respectivamente.

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    O contato normalmente fechado possui comportamento oposto ao normalmente aberto. Caso o ponto do operando associado esteja no estado lgico 1 ou 0, o contato normalmente fechado est aberto ou fechado, respectivamente. Quando um contato est fechado, a instruo transmite o estado lgico da sua entrada para a sua sada. Se estiver aberto, o valor da entrada no colocado na sada.

    Descrio: As instrues bobina modificam o estado lgico do operando na memria imagem do controlador programvel, conforme o estado da linha de acionamento das mesmas. A bobina simples liga ou desliga o ponto do opernado conforme a linha de acionamento, enquanto que as bobinas do tipo desliga somente ligam ou desligam os operandos quandoa linha est energizada (set/ reset). Estas instrues somente podem ser posicionadas nacoluna 7 da lgica.

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    Bobina Liga e Bobina Desliga

    Descrio: Instruo Bobina de Salto

    A instruo bobina de salto serve para controlar a sequncia de execuo de um programa aplicativo, sendo usada para desviar o processamento do mesmo para uma lgica determinada. Seu operando uma constante que determina o numero de lgicas a serem saltadas a partir da energizao da bobina. A determinao da lgica destino realizada pela soma da constante que acompanha a instruo com o nmero da lgica onde a mesma se encontra. Quando a linha de acionamento da bobina de salto estiver desenergizada, o salto no ocorre, e a instruo seguinte aquela em que esta bobina est declarada executada. Exemplo: Supondo que a instruo a seguir esteja na lgica 2, a execuo do programa aplicativo desviada para a lgica 7 se a linha de acionamento estiver energizada, ou seja, se o valor do ponto %A0009.3 for 1. Se o valor deste ponto for 0, a execuo continuar normalmente na lgica 003.

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    Pode ser utilizada nesta instruo uma constante %KM com valor zero ou mesmo com valor negativo. Se programada com o valor zero, a lgica destino a mesma que contm a bobina de salto, quando esta energizada. Ou seja, o processamento desviado para o incio da prpria lgica da bobina. Se o valor programado negativo, o processamento desviado para uma lgica anterior lgica que contm a bobina de salto.O controle da execuo nestas situaes deve ser realizada atravs de um intertravamento que desligue o salto para a lgica anterior, aps um certo nmero de laos executados no trecho de retorno.

    Descrio: Instruo Rele de Pulso

    A instruo rel de pulso gera um pulso de uma varredura em sua sada, ou seja, permanece energizada durante uma varredura do programa aplicativo quando o estado da sua entrada passar de desenergizado para energizado. O rel auxiliar declarado serve como memorizador, evitando limitaes quanto ao nmero de instrues de pulso presentes no programa aplicativo.

    ATENO: O uso de constante zero ou negativo corresponde a um uso no convencional da instruo. Caso deseje-se utiliz-la, deve-se tomar os cuidados necessrios para evitar a entrada em lao infinito de execuo loop ou o aumento excessivo do tempo de ciclo do programa aplicativo. Recomenda-se, contudo, a utilizao da bobina de salto somente com constantes positivas maiores que zero.

    Caso a lgica destino ultrapasse a ltima lgica do programa aplicativo, o CP salta para o final do programa e continua seu ciclo normal.

    Caso a lgica destino de um salto de retorno seja menor do que a primeira lgica do programa aplicativo, a execuo reiniciada a partir da lgica 0.

    ATENO: O valor do rel auxiliar no deve ser modificado em nenhum outro ponto do programa aplicativo.

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    Exemplo 4: Rel de Pulso

    Descrio: Instruo Rele Mestre e Fim de Rele Mestre

    As instrues rel mestre e fim de rel mestre so utilizados para delimitar trechos de programas aplicativos, energizando ou no a barra lgica de alimentao nos mesmos, conforme o estado da sua linha de acionamento. Estas instrues no necessitam de operandos, podendo ser posicionadas somente na coluna 7 da lgica. Quando a entrada da instruo RM estiver desenergizada, a barra lgica de alimentao desenergizada desde a lgica seguinte at a lgica que contm a instruo FRM. Como estas instrues atuam sempre na lgica seguinte a que esto contidas aconselhvel o seu posicionamento sempre como ltimas instrues da lgica em que estiverem presentes. Assim sendo, o trecho de programa aplicativo delimitado visualmente pelas instrues no diagrama corresponde exatamente ao controlado pelas mesmas, evitando assim m interpretao de seu funcionamento.

    ATENO: As instrues COM, COB, TEE e TED contm sadas energizadas mesmo sem o acionamento das suas entradas. Estas sadas permanecem energizadas mesmo dentro de um trecho sob comando de um rel mestre desenergizado, podendo causar acionamentos indesejveis.

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    Rel Mestre e Fim de Rel Mestre

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    Intertravamento bsico de um motor

    Representao eltrica

    Equivalncia no diagrama de rels do CP

    Boto liga = E0000.0 Nvel OK = E0000.1 Presso OK = E0000.2 Boto desliga = E0000.3 Motor M1 = S0002.0

    Programa "ladder"

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    Modelos de UCP AL-2000/MSP

    AL-2000/MSP

    AL-2002/MSP

    Nmero de Mdulos de E/S 32 142 Nmero de E/S Digitais 512 512 Nmero de E/S Analgicas 512 * Memria de Programa RAM 128 k 128 k Memria de Programa "Flash" 128 k 128 k Memria de Dados 15,5 k 15,5 k Multiprocessamento No Sim Rede ALNET I Sim Sim Rede ALNET II Sim Sim Registro de Eventos No Sim

    Modelos de UCP AL-600 AL-600/4 AL-600/8 AL-600/16 Frequncia de Clock 15 MHz 15 MHz 15 MHz Entradas Integradas 24Vdc 16 16 16 Sadas Int. (24 VDC / 0,5 A) 8 8 8 Nmero Mx. de Mdulos 4 8 16 Contadores at 10 KHz Int. 2 2 2 Total de Pontos de E/S 90 156 284 E/S Analgica Integrada - 2 (0 a 10 VDC) 2 (0 a 10 VDC) Memria de Programa "Flash" 16 kbytes 32 kbytes 64 kbytes

    Memria de Programa RAM 16 kbytes 16 kbytes 16 kbytes Mdulos Funo No Sim Sim Memria de Dados 8 kbytes 8 kbytes 8 kbytes

    Modelos de UCP QUARK QK800 QK801 QK2000/MSP Frequncia de Clock 14,7456 MHz 14,7456 MHz 14,7456 MHz Nmero Mximo de E/S 256 512 512 Nmero Mx. de Mdulos 16 32 32 Interface de Comunicao ALNET I Sim Sim Sim

    Interface de Comunicao ALNET II No No Sim

    Capacidade padro de memria

    32kb RAM 32kb FLASH

    32kb RAM 64kb FLASH

    32kb RAM 64kb FLASH

    Capacidade mxima de memria

    32kb RAM 32kb FLASH

    128kb RAM 128kb FLASH

    128kb RAM 128kb FLASH

    Modelos de UCP PICCOLO PL101/R

    PL101/T PL102/R PL102/T

    PL103/R PL103/T

    Frequncia de Clock 14,7456 MHz 14,7456 MHz 14,7456 MHz Entradas Integradas 24Vdc 8 14 16 Sadas R (rel) T (transistor) 6 10 16 N Mx. Mod. E/S digitais. - - 3 E/S Analgicas Integradas - - 2 (0 a 10 Vdc) Contadores at 10kHZ int. - - 2 Interface de Comunicao ALNET I

    RS-232C RS-232C RS-232C e EIA-485

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    Seqncia de operaes para soluo de exerccios

    Seqncia de operaes para soluo de exerccios

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    Transportador de peas com expulso automtica

    Transportador de peas com expulso automtica

    Ao apertar o boto de Start o motor energizado. 1 A pea ser transportada at encostar no fim de curso 1 (FC1). Ao

    encostar no FC1 o motor desligado parando a esteira e o solenide S1 deve ser energizado para empurrar a pea.

    2 Quando a pea passar pelo fim de curso 2 (FC2) o pisto deve ser recuado desenergizando o solenide S1. Nesse momento o motor deve ser ligado iniciando o transporte de uma nova pea.

    3 Em qualquer momento que for pressionado o boto de Stop, o motor deve ser desligado e o pisto recuado (desenergizando S1).

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    Controle de nvel de lquido

    Controle de nvel de lquido no reservatrio

    Elaborar um software aplicativo que implemente o controle do processo de enchimento de um reservatrio. Sempre que o nvel cair abaixo de um mnimo permitido (chave de nvel F1), liga vlvula Y1 e desliga a vlvula Y2. Por outro lado, quando o nvel atingir a chave de nvel F2, a vlvula alimentadora Y1 deve ser desligada, permitindo o acionamento de Y2. Prever uma chave manual/automtico CH1.

    Ligar e desligar um motor com apenas um pulso

    Diagrama de sinais do exerccio 2

    Acionamento e reverso de um motor

    Elaborar um software aplicativo que permita o acionamento e a reverso no sentido de rotao de um motor atravs de um comando manual. As condies de desligamento ou no acionamento do motor devem ser:

    boto stop presso baixa no sistema temperatura elevada

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    Exercicio: Engarrafamento de Bebidas

    Desenvolver um software aplicativo que realize as seguintes funes de controle: E0.0 = START - NA - PULSO S2.0 = SISTEMA LIGADO E0.1 = PARADA - NF - NORMAL S2.1 = MANUAL E0.2 = MANUAL=0 / AUTO=1 S2.2 = AUTO E0.4 = MOVIMENTO P/ FRENTE S2.3 = ABASTECENDO E0.6 = PRESENA DE GARRAFA (S1) S3.4 = ESTEIRA E0.7 = GARRAFA CHEIA (S2) - O sistema e iniciado atravs da entrada E0.0. - O sistema e desligado atravs da entrada E0.1. - A sada S2.0 liga a lmpada quando o sistema e ligado. - O modo de operao dever ser sinalizado por: S2.1 = manual ; S2.2 = auto. - O modo de operao manual/auto s poder ser selecionado se o sistema estiver desligado. - Durante a operao manual, a correia transportadora pode ser movimentada para frente (E0.4). - Em operao automtica, o motor de transportador (S3.4) ligar e permanecer ligado at quando a chave

    de parada (E0.1) abra, ou at que o sensor (E0.6) detecte a presena de garrafa. - Depois que a garrafa abastecida (temporizador) o transportador dever partir automticamente e

    permanecer ligado at que outra garrafa seja detectada ou at que a chave parada (E0.1) seja acionada. - Quando a garrafa esta localizada embaixo do dispositivo de abastecimento (E0.6), o procedimento de

    abastecimento iniciado, simulando 05 (cinco) segundos e sinalizado atravs da sada (S2.3). - O sensor (E0.7) dever ser usado para registrar garrafas cheias, somente se o sistema estiver ligado. - Para resetar o contador a maquina dever estar em Auto (E0.2 = 1) e apertar ( E0.4 ).

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    Instrues Temporizador e Contador

    Instruo Temporizador na Energizao

    Descrio:

    Esta instruo realiza contagens de tempo com a energizao das suas entradas de acionamento. A instruo TEE possui dois operandos. O primeiro ( OPER1 ) especifica a memria acumuladora da contagem de tempo. O segundo operando ( OPER2 ) indica o tempo mximo a ser acumulado. A contagem de tempo realizada em dcimos de segundos, ou seja, cada unidade incrementada em OPER1 corresponde a 0,1 segundo. Enquanto as entradas libera e ativa estiverem simultaneamente energizadas, o operando OPER1 incrementado a cada dcimo de segundo. Quando OPER1 for maior ou igual a OPER2, a sada Q energizada e Q desenergizada, permanecendo OPER1 com o mesmo valor de OPER2. Desacionando-se a entrada libera, h a interrupo na contagem do tempo, permanecendo OPER1 com o mesmo valor. Desacionando-se a entrada ativa, o valor em OPER1 zerado. Se OPER2 for negativo ou o acesso indireto for invlido , OPER1 zerado e a sada Q energizada. O estado lgico da sada Q exatamente o oposto da sada Q . mesmo estando a instruo desativada.

    .

    Temporizador na Energizao ou "on delay"

    Ateno: Com a entrada ativa desativada, a sada Q permanece sempre energizada, mesmo quando a instruo estiver em um trecho comandado pela instruo RM ( rel mestre ). Deve-se Ter cuidado para no realizar acionamentos indesejveis na lgica devido a este fato.

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    Instruo Temporizador na Desenergizao

    Temporizador na Desenergizao ou "off delay"

    Programa "ladder"

    Diagrama de tempo

    Temporizador Monoestvel

    Programa "ladder"

    256

    Diagrama de tempo

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    Temporizador Astvel

    Programa "ladder"

    Diagrama de tempo

    OBS : SE SUBSTITUIRMOS O OPERANDO SADA S0002.0 POR UM OPERANDO AUXILIAR A00010.0 , TEREMOS UM AUXILIAR PULSANTE A CADA 2 SEGUNDOS PARA SER APLICADO EM QUALQUER PARTE DO PROGRAMA QUE SE DESEJE UM SISTEMA DE PISCA PISCA. EXEMPLO: A SADA S0002.5 UMA LMPADA SINALIZADORA DE EMERGNCIA ACIONADA.

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    Temporizadores em Cascata

    Programa "ladder"

    Diagrama de tempo

    Exerccio 1) Faa uma partida automtica estrela-tringulo, utilizando-se dos conhecimentos adquiridos at o momento.

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    Instruo Contador

    Descrio : Esta instruo realiza contagens simples, com o incremento de uma unidade em cada acionamento. A instruo contador simples possui dois operandos. O primeiro, sempre do tipo %M, especifica a memria que contabiliza os eventos. O segundo estabelece o valor limite de contagem para energizao da sada superior e pode ser do tipo %KM ou operando %M referenciado indiretamente. Se a entrada ativa esta desenergizada, a memria em OPER1 zerada, a sada no limite energizada e a sada limite desenergizada. Quando a entrada ativa est energizada, cada transio de ligao na entrada incrementa aumenta o valor do operando contador ( OPER1 ) de uma unidade.

    Programa "ladder"

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    Multiplicao de Bases de Tempo

    Programa "ladder"

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    COB - Contador Bidirecional

    OPER1 - contador

    OPER2 - passo de contagem

    OPER3 - limite de contagem

    Descrio

    Esta instruo realiza contagens com o valor de incremento ou decremento definido por um operando. A instruo contador bidirecional permite contagens em ambos os sentidos, isto , incrementa ou decrementa o contedo de um operando do tipo memria. O operando OPER1 contm a memria acumuladora do valor contado, enquanto que OPER2 especifica o valor do incremento ou decremento desejado. O operando OPER3 contm o valor limite da contagem. A contagem ocorre sempre que a entrada ativa est energizada e as entradas incrementa ou decrementa sofrerem uma transio de desligadas para ligadas. Se ambas as entradas sofrem a transio no mesmo ciclo de varredura do programa, no h incremento nem decremento no valor da memria declarada em OPER1.Caso o valor do incremento seja negativo, a entrada incrementa provoca decrementos e a entrada decremento provoca incrementos no valor da contagem. Se o valor de OPER1 tornar-se maior ou igual ao valor de OPER3, a sada limite superior energizada, no havendo incremento. Se o valor de OPER1 tornar-se igual ou inferior a zero, a sada limite inferior acionada, sendo armazenado zero em OPER1.Se o valor de OPER1 est entre zero e o limite, a sada no limite acionada. Se a entrada ativa no est energizada, a sada limite inferior energizada e o primeiro operando zerado. Em caso de acesso indireto invlido para qualquer um dos operandos da instruo, a sada limite inferior energizada.

    ATENO:

    Com a entrada ativa desativada, a sada limite inferior permanece sempre energizada, mesmo quando a instruo estiver em um trecho comandado pela instruo RM (rel mestre). Deve-se ter cuidado para no realizar acionamentos indesejveis na lgica devido a este fato.

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    INSTRUO PARA MOVIMENTAO DE OPERANDOS SIMPLES

    OPER 1 OPERANDO ORIGEM OPER 2 OPERANDO DESTINO DESCRIO: Esta instruo move o contedo de operandos simples, sem realizar converses entre tipos De operandos diferentes, quando a entrada habilita acionada. O operando que ocupa a primeira clula da instruo ( oper 1 ) o operando origem, cujo valor movimentado para o operando destino, especificado na Segunda clula ( oper 2 ). Se o formato do operando destino for menor que o de origem, os octetos mais significativos do valor origem so Desprezados. Se o formato do destino for maior, seus octetos mais significativos so zerados. Se a movimentao for realizada , a sada sucesso acionada. Se os ndices indiretos excederem os limites de operandos declarados no mdulo de configurao, a movimentao no efetuada e a sada sucesso no ligada. No permitida a movimentao de subdivises de operandos. Para isto, deve ser usada a instruo MOP. EXEMPLO DE UTILIZAO DA INSTRUO MOV:

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    Instruo CAB Carrega Bloco

    Oper1 operando inicial ou tabela a ser carregada Oper2 nmero de operandos ou posies de tabela Oper3 tabela de constantes a serem carregadas

    Descrio: Esta instruo permite a carga de at 255 valores constantes em um bloco de operandos ou tabelas. O operando inicial ou tabela a ser carregada especificado no primeiro parmetro (oper1 ), O nmero de operandos ou posies da tabela a serem carregados no segundo operando ( oper2 ) e o valor das constantes no terceiro ( oper3 ).O valor do segundo operando deve ser positivo, menor ou igual a %KM+128. O terceiro operando ( oper3 ) composto por uma tabela de valores constantes a serem carregados. Estes valores so declarados selecionando o boto Bloco, sendo aberta uma janela de edio no MasterTool. As constantes so do tipo %KM se o tipo do primeiro operando for %E, %S , %A, %M, %T ou so do tipo %KD se o primeiro operando for %D ou %TD. Caso o primeiro operando seja um octeto ( %E, %S ou %A ), somente sero movimentados os valores dos octetos menos significativos de cada constante declarada. Quando o boto Bloco selecionado, exibida a caixa de dilogo CAB Valores:

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    Dispositivo de Separao e Contagem

    Elaborar software aplicativo que faa a separao automtica das caixas pequenas, conforme figura abaixo:

    Figura -5 Dispositivo de Separao e Contagem

    Considerar as seguintes condies: Velocidade da esteira: 5 m/min; Comprimento da caixa grande: 0,8 m; Comprimento da caixa pequena: 0,2 m; Tempo de acionamento do pisto: 0,5 s.

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    DISPOSITIVO DE PRENSAGEM COM MORSA PNEUMTICA

    Dispositivo de prensagem de peas

    Descrio das entradas e Sadas:

    Entradas: Sadas:

    Start Sol . 1

    Emergncia Sol. 2

    Fc1 Lmp. Emerg.

    Fc2

    Fc3

    Fc4

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    Dispositivo de Furao

    Seqncia de funcionamento do dispositivo de furao

    1. Para ligar a mquina, a broca deve estar recuada (SW3 ligada) e o fim de curso 1 ativado (FC1).

    2. Ao acionar o boto de partida (START), o motor que d rotao broca ligado, desligado o recuo (SW3) e ligado o avano rpido (SW1).

    3. Quando ativado o fim de curso 2 (FC2), desligado o avano rpido (SW1) e ligado o avano lento (SW2) para corte.

    4. Quando ativado o fim de curso 3 (FC3), desligado o avano lento (SW2) e ligado o recuo (SW3).

    5. No recuo, quando ativar o fim de curso 1 (FC1), desliga o motor e permanece ligado apenas o recuo (SW3), deixando a maquina parada na condio de partida.

    Obs.: O Boto de STOP deve em qualquer passo da mquina: Desligar o motor. Desligar avano rpido (SW1). Desligar avano lento (SW2) Ligar Recuo (SW3)

    Dispositivo de Furao

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    Fresadora

    Elaborar um software aplicativo da fresadora (figura 10-5) na qual a pea colocada manualmente. Acionando start e a pea estando na posio (sensor atuado), a vlvula Sol. 2 (cilindro A) fixa a pea na mesa, ligando a serra circular. Aps 5s a vlvula Sol. 1 avana o cilindro B at o ponto desejado para a fresagem. O tempo de fresagem de 8s. Aps, a vlvula Sol. 1 desacionada retornando o cilindro B e desligando a serra. A vlvula Sol. 2 recua o cilindro A para soltar a pea, que retirada manualmente. Em qualquer momento que for acionado o boto de emergncia deve desligar a serra circular recuar cilindro A e B .

    Figura -6 Fresadora

    Descrio das entradas e sadas:

    Entradas: Sadas: Start Sol. 1 Emergncia Sol. 2 Sensor de pea Lmp. Emerg. Acionada Contator do Motor da Fresadora

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    Folha deixada em branco propositalmente

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    Instrues de Chamada CHP e CHF

    Descrio - CHP Esta instruo realiza o desvio do processamento do mdulo corrente para mdulo Procedimento especificado nos seus operandos, se o mesmo estiver presente no CP. Ao final da execuo do mdulo chamado, o processamento retorna para a instruo seguinte a CHP. No h passagem de parmetros para o mdulo chamado. O contedo do primeiro operando documentacional e especifica o nome do mdulo a ser chamado. O contedo do segundo operando especifica o nmero deste mdulo, sendo implcito o fato do mdulo chamado ser do tipo procedimento. Caso o mdulo chamado no exista, a sada sucesso desenergizada e a execuo continua normalmente aps a instruo. O nome do mdulo no considerado pelo CP para a chamada, mas apenas o seu nmero. Descrio - CHF A instruo chama mdulo funo realiza o desvio do processamento do mdulo corrente para o mdulo especificado na mesma, se este estiver presente no CP. Ao final da execuo do mdulo chamado, o processamento retorna para a instruo seguinte a CHF. Devem ser declarados o nome e o nmero do mdulo, sendo implcito o fato do mdulo chamado ser do tipo funo. Caso o mdulo chamado no exista no controlador, a execuo continua normalmente aps a instruo de chamada, com a sada sucesso da mesma desligada. O nome do mdulo no levado em considerao pelo CP, estando no programa aplicativo apenas como referncia documentacional, sendo considerados para a chamada apenas o seu tipo e nmero.

    Tecla de atalho

    Chama Procedimento Chama Funo Sintaxe

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    F-ANLOG.006 FUNO PARA CONVERSO A/D OU D/A

    Introduo:

    A funo F_ANLOG.006 realiza a converso A/D ( analgico / digital ) ou D/A ( digital / analgico ) dos dois canais analgicos disponveis na UCP. Utilizando-se duas instrues CHF, possvel realizar a converso A/D em um dos canais e D/A no outro ou o mesmo tipo de converso em ambos. Programao : Operandos As clulas da instruo CHF utilizada para chamada da funo so programadas do seguinte modo: OPER1 Especifica o nmero de parmetros que so passados para a funo OPER3. Este

    operando deve ser obrigatoriamente uma constante memria com valor 3 ( %KM+00003 ). OPER2 Deve ser um operando do tipo constante memria com valor 0 ( %KM+00000 ).

    Determina o nmero de parmetros possveis de serem programados na janela de edio de OPER4. Como esta funo no necessita de nenhum parmetro em OPEr4, o valor de OPER2 0.

    OPER3 Contm os parmetros que so passados para a funo, declarados atravs de uma janela visualizada no MASTERTOOL quando a instruo CHF for editada. O nmero de parmetros editveis especificado em OPER1, sendo fixo em 3 para este mdulo.

    %KM+XXXXX Especificao do canal a ser convertido. Deve-se utilizar %KM+00000 para DAC 1 e %KM+00001 para DAC 2.

    %KM+XXXXX Tipo de converso a ser realizada no canal definido pelo parmetro anterior. Deve-se utilizar %KM+00000 para converso A/D e %KM+00001 para converso D/

    %MXXXXX Especificao do operando onde armazenado o valor a ser escrito no conversor em caso de converso D/A ou valor lido em caso de converso A/D.

    OPER4 No utilizado. Entradas e Sadas Descrio das Entradas:

    Habilita quando esta entrada esta energizada a funo chamada, sendo analisados os parmetros programados na instruo CHF.

    Descrio das Sadas: Sucesso energizada quando a funo foi corretamente executada. Erro energizada caso ocorra erro na especificao dos operandos ou tentativa de acesso a

    operandos no declarados.

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    F-CONT.005 - Funo para Acesso s Entradas de Contagem Rpida Introduo A funo F-CONT.005 realiza o interfaceamento do programa aplicativo com as entradas de contagem rpida integradas na UCP AL-600 e PL103. A UCPs AL-600 e PL103 possuem no painel frontal duas entradas de contagem rpida, possibilitando a contagem de pulsos com elevada freqncia (at 10 KHz), quando se torna inadequada a contagem por meio de pontos de entrada convencionais. Programao Operandos As clulas da instruo CHF utilizada para a chamada da funo so programadas do seguinte modo: - OPER1 - Especifica o nmero de parmetros que so passados para a funo em OPER3. Este operando deve ser obrigatoriamente uma constante memria com valor 3 (%KM+00003). - OPER2 - Deve ser um operando do tipo constante memria com valor 0 (%KM+00000). Determina o nmero de parmetros possveis de serem programados na janela de edio de OPER4. Como esta funo no necessita de nenhum parmetro em OPER4, o valor de OPER2 0. - OPER3 - Contm os parmetros que so passados para a funo, declarados quando a instruo CHF for editada. O nmero de parmetros editveis especificado em OPER1, sendo fixo em 3 para este mdulo: %KM+XXXXX - Nmero da entrada contadora (0 ou 1). %DXXXX - Operando que armazena o valor de contagem. %MXXXX - Operando utilizado pela funo para o controle interno do seu processamento. ATENO: O operando de controle no deve ter seu contedo alterado em nenhuma parte do programa aplicativo, sob pena de prejudicar a execuo correta da funo. Cada CHF para este mdulo F deve possuir um operando de controle exclusivo, diferente dos demais. - OPER4 - No utilizado.

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    Entradas e Sadas Descrio das entradas: - habilita - quando esta entrada est energizada a funo chamada, sendo analisados os parmetros programados na instruo CHF. Caso os mesmos estejam incorretos, a sada de erro energizada. - zera - causa o zeramento do valor de contagem, quando habilitada. - carrega - quando ativada, faz com que o valor armazenado no operando %D seja o novo valor de contagem. Descrio das sadas: - contagem zero - energizada quando o valor do operando %D de contagem possui valor zero. - limite de contagem - energizada quando o valor do operando %D de contagem possui valor +9999999. - erro - energizada caso ocorra erro na especificao dos operandos ou tentativa de acesso a operandos no declarados. Quando se passa o CP de programao para execuo a entrada ZERA das funes F-CONT.005 devem ser acionadas por uma varredura, de forma a permitir o referenciamento da funo, visto que seus operandos de contagem e de controle foram zerado na troca de estados. Utilizao Esta funo pode ser utilizada somente nas UCPs da srie AL-600, QK600, PL102, PL103 e PL104. Descrio do Funcionamento Cada contador realiza uma contagem incremental, de 0 a +9999999 pulsos, armazenada em um operando %D. Quando a contagem atinge o valor limite, o operando no mais incrementado, ligando a sada limite de contagem na instruo CHF. O valor no operando de contagem pode ser inicializado com o acionamento da entrada zera da instruo. Para comear a contagem com um valor diferente de zero, basta mover o valor desejado para o operando %D e acionar a entrada carrega da instruo. A funo deve ser chamada periodicamente, no ciclo de varredura normal ou no mdulo executado por interrupo de tempo E018. A freqncia mxima de contagem depende do perodo de chamada, sendo mostrada na tabela 6-4. Freqncia Mxima de Contagem Perodo de Chamada da Funo 2,5 Khz 100 ms 3,4 Khz 75 ms 5,0 Khz 50 ms 10,4 Khz 25 ms

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    SOM - Adio OPER1 - primeira parcela OPER2 - segunda parcela OPER3 - total

    Descrio: Esta instruo realiza a soma aritmtica de operandos. Quando a entrada habilita energizada, os valores dos operandos especificados nas duas primeiras clulas so somados e o resultado armazenado no operando nas terceira clula. Se o resultado da operao for maior ou menor do que o armazenvel, a sada estouro energizada e o mximo ou mnimo valor armazenvel atribudo a varivel total como resultado. Se a entrada habilita no est energizada, todas as sadas so desernegizadas e o valor de OPER3 no alterado.

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    SUB -Subtrao OPER1 - primeira parcela OPER2 - Segunda parcela OPAR3 - resultado

    Descrio:

    Esta instruo realiza a subtrao aritmtica entre operandos. Quando habilita energizada, o valor do operando da segunda clula subtrado do valor do operando da primeira clula. O resultado armazenado na memria especificada na terceira clula. As linhas de sada resultado > 0, resultado = 0 e resultado < 0 podem ser usadas para comparaes e so acionadas de acordo com o resultado da subtrao. Se a entrada habilita no est energizada, todas as sadas so desernegizadas e OPER3 permanece inalterado. Se o resultado da operao excede o maior ou menor valor armazenvel no operando, o respectivo valor limite considerado como resultado.

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    MUL - Multiplicao OPER1 - multiplicando OPER2 - multiplicador OPER3 - produto

    Descrio:

    Esta instruo realiza a multiplicao aritmtica de operandos. Quando a entrada habilita est energizada, ocorre a multiplicao do contedo do operando especificado na primeira clula pelo especificado na segunda. O resultado armazenado na memria especificada na terceira clula. Caso este exceda o valor mximo armazenvel em uma memria, o resultado final este valor e a sada estouro energizada. Se a entrada habilita desernegizada, nenhuma sada ligada e OPER3 permanecer inalterado.

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    DIV - Diviso OPER1 - dividendo OPER2 - divisor OPER3 - quociente OPER4 - resto

    Descrio: Esta instruo realiza a diviso aritmtica de operandos. Quando a entrada habilita est energizada, ocorre a diviso do valor do operando da primeira clula pelo da segunda, sendo o resultado armazenado na memria especificada na terceira clula e o resto da operao colocado no quarto operando. Os operandos da primeira e segunda clulas podem ser do tipo memria ou constante. Se o valor do segundo operando for zero, a sada diviso por zero acionada e em OPER3 colocado o valor mximo ou mnimo armazenvel no operando, conforme o sinal de OPER1. Neste caso, em OPER4 (resto) ser armazenado zero. As sadas da instruo somente so energizadas se a entrada habilita estiver acionada. Se no estiver acionada, OPER3 e OPER4 permanecero inalterados.

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    CAR - Carrega Operandos OPER - operando a ser carregado

    Descrio: A instruo carrega operando realiza a carga do valor do operando especificado em registrador especial interno ao CP, para subseqente uso das instrues de comparao (maior, menor, igual). O operando permanece carregado at a prxima instruo de carga, podendo ser utilizado por vrias lgicas, inclusive em ciclos de varredura subseqentes. A sada sucesso acionada se a carga for realizada. Se algum acesso indireto a operando no for possvel (ndice invlido), a sada sucesso no acionada.

    Instrues de Comparao de Operandos - Igual, Maior e Menor

    Descrio: As instrues maior, menor e igual realizam comparaes do operando especificado com o valor previamente carregado no registrador interno com a instruo CAR (Carrega Operando), fornecendo o resultado da comparao em suas sadas. Caso algum acesso indireto seja invlido, a sada desacionada. Por exemplo, a instruo maior energiza a sua sada se o valor do seu operando for maior que o valor do operando presente na ltima instruo CAR ativa. As instrues igual e menor operam de forma idntica, mudando apenas o tipo de comparao realizada. Se os operandos a serem comparados so do mesmo tipo, so comparados conforme o seu formato de armazenamento (considerando o seu sinal). Se no so do mesmo tipo, so comparados ponto a ponto (como valores binrios sem sinal).

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    F-RELG.048 - Funo para Acesso ao Relgio de Tempo Real A funo F-RELG.048 realiza o acesso ao relgio de tempo real contido na UCP. O relgio possui horrio e calendrio completos, permitindo o desenvolvimento de programas aplicativos que dependam de bases de tempo precisas. A informao de tempo mantida mesmo com a falta de alimentao do sistema, pois a UCP alimentada por baterias. Esta funo possui caractersticas semelhantes funo F-SINC.049, pois ambas executam acessos ao mesmo relgio, diferindo apenas quanto aos mtodos de acerto. Elas podem ser utilizadas simultaneamente em um mesmo programa, caso necessrio. Programao Operandos As clulas da instruo CHF utilizada para a chamada da funo so programadas do seguinte modo: - OPER1 - Especifica o nmero de parmetros que so passados para a funo em OPER3. Este operando dever ser obrigatoriamente uma constante memria com valor 2 (%KM+00002). - OPER2 - Deve ser um operando do tipo constante memria com valor 0 (%KM+00000). Determina o nmero de parmetros possveis de serem programados na janela de edio de OPER4. Como esta funo no necessita de nenhum parmetro em OPER4, o valor de OPER2 0. - OPER3 - Contm os parmetros que so passados para a funo, declarados quando a instruo CHF for editada. O nmero de parmetros editveis especificado em OPER1, sendo fixo em 2 para este mdulo: %MXXXX ou %TMXXXX - Especificao dos operandos para onde so lidos os valores do relgio. Se este parmetro for especificado como memria, os valores so lidos para a memria declarada e as 6 (seis) subseqentes. Se for especificado como tabela, os valores so colocados a partir da posio 0 at 6. Caso os operandos no estejam declarados, a leitura dos valores de tempo no realizada e as sadas da instruo so desligadas. possvel o uso de tabelas com mais de 7 posies, sendo que a funo ignora as posies excedentes. Os valores so lidos dos operandos na seguinte seqncia: Operando PosioTabela Contedo Formato MXXXX 0 Segundos 000XX MXXXX+1 1 Minutos 000XX MXXXX+2 2 Horas 000XX MXXXX+3 3 Dia do ms 000XX MXXXX+4 4 Ms 000XX MXXXX+5 5 Ano 000XX MXXXX+6 6 Dia da semana 000XX O contedo destes operandos pode ser lido a qualquer momento, mas so atualizados com a hora real do relgio apenas quando a instruo for executada. No devem ser modificados em nenhum outro ponto do programa aplicativo. utilizado o formato 24 horas na contagem do tempo. Os dias da semana so contados com valores de 1 a 7: Valor Dia da Semana 1 Domingo 2 Segunda-feira 3 Tera-feira 4 Quarta-feira 5 Quinta-feira 6 Sexta-feira 7 Sbado

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    %MXXXX ou %TMXXXX - Especificao dos operandos de onde so acertados os valores do relgio, com o acionamento de alguma das entradas de acerto da funo. Se este parmetro for especificado como memria, os valores so copiados da memria declarada e as 6 subseqentes. Se for especificado como tabela, os valores so copiados da posio 0 at 6. Caso os operandos no estejam declarados, o acerto no realizado e as sadas da instruo so desligadas. Os valores a serem copiados para o relgio devem ser colocados nos operandos na mesma seqncia dos operandos de leitura (segundos, minutos, horas, dia do ms, ms, ano e dia da semana). - OPER4 - No utilizado. Entradas e Sadas Descrio das entradas: - habilita - quando esta entrada est energizada a funo chamada, sendo analisados os parmetros programados na instruo CHF. Caso os mesmos estejam incorretos, todas as sadas da instruo so desenergizadas. Se estiverem corretos, os valores de tempo do relgio so transferidos para os operandos memria ou para a tabela declarada como primeiro parmetro em OPER3, a sada sucesso energizada e a sada pulso um segundo ligada por uma varredura a cada segundo. - acerta relgio - quando energizada, os valores dos operandos declarados como segundo parmetro em OPER3 so acertados no relgio, caso estejam com valores corretos. Enquanto esta entrada estiver acionada o tempo no contado, permanecendo a sada pulso um segundo desenenergizada. Descrio das sadas: - sucesso - energizada quando a funo foi corretamente executada. - pulso um segundo - indica se houve uma mudana no contador de segundos do relgio. O pulso dura uma varredura e pode ser usado para sincronizar eventos do programa aplicativo. - perda de horrio - esta sada ligada caso o relgio tenha ficado sem a alimentao da bateria durante falha na alimentao principal. desacionada com o acerto do relgio. Utilizao Esta funo pode ser utilizada somente nas UCPs AL-2002/MSP, AL-2003, PL104 e PL105. ATENO: A alimentao de bateria fornecida para a UCP atravs do barramento. Portanto, a remoo da UCP AL-2002/MSP, AL-2003 ou AL-2004 do bastidor causa a perda do horrio do relgio. Sintaxe

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    Instrues de Movimentao Indexada

    Esta forma de acesso usada em conjunto com um operando memria (%M) para referenciar indiretamente outros operandos do sistema. O sinal *, colocado na frente de um tipo de operando, indica que este referenciado pelo endereo contido na memria especificada esquerda do sinal. Formatos: No MASTERTOOL, o acesso indireto s tabelas representado sem o asterisco. So utilizados em instrues de movimentao, comparao, contagem e de temporizao. Exemplos: %M0043*E octeto de entrada referenciada indiretamente pela memria 43 %M1824*A octeto auxiliar referenciado indiretamente pela memria 1824 %M0371TD tabela decimal referenciada indiretamente pela memria 371 %M0009*M operando memria referenciado indiretamente pela memria 9 Esta instruo movimenta o valor +431 para o operando memria cujo endereo o valor correntemente armazenado em %M0009. Se %M0009 conter o valor 32, ento o valor +431 ser armazenado em %M0032. Se %M0009 contiver o valor 12 ento o valor constante ser armazenado em %M0012. ATENO: responsabilidade do programa aplicativo que o valor contido na memria de referncia (%M0009, no exemplo) represente endereos vlidos, no contendo valores negativos ou muito altos, acima dos endereos existentes para o tipo de operando referenciado indiretamente. As instrues no realizam os acessos indiretos invlidos, normalmente possuindo um sinal de sada para a indicao do erro. Se no programa do exemplo anterior houvessem sido declarados 256 operandos %M, o valor de %M0009 deveria estar entre 0 e 255 para que a instruo fosse corretamente executada. Caso o valor no estivesse nesta faixa, o acesso no seria realizado.

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    Instrues de Manipulao de Tabelas

    Instruo CAB Carrega Bloco de Constantes Descrio Esta instruo permite a carga de at 255 valores constantes em um bloco de operandos ou em tabelas. O operando inicial ou tabela a ser carregada especificado em OPER1, o nmero de operandos ou posies da tabela a serem carregados em OPER2 e o valor das constantes em OPER3. O valor de OPER2 deve ser positivo, menor ou igual a %KM+00255. O operando OPER3 composto por uma tabela de valores constantes a serem carregados. Estes valores so declarados selecionando o boto Bloco, sendo aberta uma caixa de dilogo no MASTERTOOL. As constantes so do tipo %KM se o tipo do primeiro operando for %E, %S, %A, %M, %TM ou so do tipo %KD se o primeiro operando for %D ou %TD. Caso o primeiro operando seja um octeto (%E, %S ou %A), somente sero movimentados os valores dos octetos menos significativos de cada constante declarada. Quando o boto Bloco selecionado exibida a caixa de dilogo CAB Valores. Para realizar a edio das constantes 1 Posicionar o cursor no ndice a ser editado. Caso seja necessrio rolar as pginas podem ser utilizadas as teclas Page Down e Page Up ou a barra de rolagem vertical. 2 Digitar o valor da constante. A sada ndice destino invlido acionada quando algum operando no puder ser acessado ou uma posio de tabela no existir. Quando a sada ndice destino invlido acionada, nenhuma carga de constantes ocorreu. A sada sucesso acionada sempre que a instruo for executada corretamente. A carga dos valores constantes inteiramente realizada em uma s varredura do programa aplicativo, podendo ocasionar um tempo de ciclo excessivo quando o mesmo for extenso. Na maior parte dos programas aplicativos, a instruo CAB pode ser executada somente na inicializao do mesmo (carga de tabelas cujos contedos sero somente lidos) ou em alguns momentos especiais, no precisando ser chamada em todas as varreduras. Nestes casos, recomenda-se a sua programao no mdulo de programa aplicativo de inicializao (E000) ou que seja acionada apenas nos momentos de carga necessrios. Tecla de atalho

    Cab Sintaxe

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    Instruo MOT Movimentao de Tabelas Descrio Esta instruo permite duas operaes: transferir o valor de uma posio de tabela para um operando simples ou de um operando simples para uma posio de tabela. O operando OPER1 o operando origem, cujo valor movimentado para o operando destino especificado em OPER3. OPER2 contm a posio da tabela declarada em OPER1 ou OPER3. Leitura de contedo de tabela: Permite ler o contedo de uma posio de tabela e carreg-lo em um operando memria ou decimal. A instruo programada da seguinte forma: OPER1 - especifica o endereo da tabela a ser lida (%TM, %M*TM, %TD, %M*TD) OPER2 - especifica a posio (%KM) a ser lida ou a memria (%M) que contm esta posio OPER3 - especifica para onde o contedo da posio de tabela deve ser transferido (%M, %M*M, %D, %M*D) Se OPER1 referenciar indiretamente uma tabela no especificada, ou se o valor de OPER2 for negativo ou maior que a ltima posio definida para a tabela, a transferncia no realizada e a sada ndice origem invlido acionada. Se OPER3 referenciar indiretamente um operando no declarado, a transferncia no realizada e a sada ndice destino invlido acionada.

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    Escrita de valores em tabela: Permite escrever um valor constante ou o contedo de um operando memria ou decimal em uma posio de tabela. A instruo programada da seguinte forma: OPER1 - especifica o operando origem (%KM, %M, %M*M, %KD, %D, %M*D) OPER2 - especifica a posio (%KM) a ser escrita na tabela ou a memria (%M) que contm esta posio OPER3 - especifica o endereo da tabela para onde transferido o contedo (%TM, %M*TM, %TD, %M*TD) Se OPER1 referenciar indiretamente um operando no declarado, a transferncia do contedo no realizada e a sada ndice origem invlido acionada. Se o valor de OPER2 for negativo ou maior que a ltima posio definida para a tabela, ou se OPER3 referenciar indiretamente uma tabela no especificada, a transferncia do contedo no realizada e a sada ndice destino invlido acionada. Esta instruo simplifica a programao de uma srie de algoritmos envolvendo decodificaes, seqenciamentos, gerao de curvas, armazenamento e comparao de valores, entre outros.

    Tecla de atalho

    Mot

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    Instruo de Movimentao de Blocos de Operando MOB

    Descrio Esta instruo realiza a cpia dos valores de um bloco de operandos origem para um bloco destino. Especifica-se o primeiro operando do bloco origem em OPER1 e o primeiro operando do bloco destino em OPER4. O nmero total de transferncias a serem realizadas declarado no parmetro OPER2, devendo tambm ser especificados o nmero de transferncias por varredura em OPER5 e uma memria acumuladora para a contagem do nmero de transferncias em OPER3. Se o bloco origem ou destino for uma tabela, a transferncia tem incio na sua primeira posio. Se o formato do operando destino for menor do que o origem, os octetos mais significativos do valor origem so desprezados. Caso contrrio, os octetos mais significativos do destino so zerados. O nmero de transferncias por varredura limitado em 255 operandos. Na medida do possvel deve-se evitar um nmero elevado de transferncias na mesma varredura, para diminuir o tempo de execuo do programa. Em cada instruo MOB utilizada uma memria como operando de controle em OPER3, que deve estar zerada antes da primeira execuo. ATENO: O operando de controle no deve ter seu contedo alterado em nenhuma parte do programa aplicativo, sob

    pena de prejudicar a execuo correta da instruo. Cada ocorrncia desta instruo no programa deve possuir

    um operando de controle exclusivo, diferente dos demais. Este operando no pode ser retentivo.

    Quando ligadas, as sadas ndice origem invlido e ndice destino invlido indicam, respectivamente, que pelo menos um dos operandos componentes do bloco origem ou destino tem endereo superior ao nmero mximo declarado para o operando ou tabela utilizado, no sendo realizada nenhuma movimentao. Caso o valor de OPER2 seja negativo, a sada ndice origem invlido acionada. A sada movimentao concluda acionada na varredura em que a movimentao for completada. ATENO: A entrada habilita deve permanecer ativa at que a movimentao esteja concluda. Como esta instruo executada em mltiplos ciclos de execuo, no deve ser saltada enquanto no estiver terminada a movimentao. Tecla de atalho

    Mob

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    Sintaxe

    Exemplo

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    B/D - Converso Binrio/Decimal

    Descrio Esta instruo converte valores armazenados em formato binrio, contidos em operandos memria (%M), para o formato decimal (BCD), armazenando-os em operandos decimais (%D). O valor binrio contido em OPER1 convertido para valor decimal e armazenado em OPER2. A sada sucesso acionada se a converso for corretamente realizada. Se algum acesso indireto invlido a operando ocorrer, a sada sucesso no energizada. Tecla de atalho

    B/D Sintaxe

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    D/B - Converso Decimal/Binrio

    Descrio Esta instruo converte valores armazenados em formato decimal, contidos em operandos decimais (%D), para o formato binrio, armazenando-os em operandos memrias (%M). O valor decimal contido em OPER1 convertido para valor binrio e armazenado em OPER2. A sada sucesso acionada se a converso for corretamente realizada. Se algum acesso indireto invlido a operando ocorrer, a sada sucesso no energizada. Caso o valor convertido resultar em um valor maior do que os mximos armazenveis em operandos %M, a sada sucesso no energizada, sendo armazenado o valor limite no operando destino. Neste caso, a sada estouro energizada. Tecla de atalho

    D/B Sintaxe

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    Instruo SEQ - Seqenciador

    Descrio Esta instruo permite a programao de seqenciamentos complexos com condies de evoluo especficas para cada estado. Sua forma de programao semelhante a "mquinas de estado". A instruo pode ser executada em dois modos: Modo 1000 Modo 3000 Quando a entrada modo est desenergizada, a instruo executada no modo 1000, e quando ela est energizada, a instruo executada no modo 3000. No modo 3000 seqenciamentos mais complexos podem ser programados. Modo 1000 Neste modo ocorre uma seqncia de evoluo fixa dos estados. A evoluo sempre ocorre do estado atual para o seguinte, e do ltimo para o primeiro. O operando OPER1 especifica uma tabela onde cada posio contm o endereo de um ponto de operando auxiliar que testado como condio de evoluo para o prximo estado. O operando OPER2 especifica uma memria que armazena o estado atual e serve de ndice para a tabela especificada no primeiro operando. O operando OPER3 irrelevante, porm deve ser especificado um operando do tipo memria ou auxiliar nesta clula, pois o MASTERTOOL realiza a consistncia conforme o modo 3000. O operando OPER4 irrelevante, porm deve ser especificado um operando do tipo memria ou auxiliar nesta clula, pois o MASTERTOOL realiza a consistncia conforme o modo 3000. Quando a entrada habilita est desenergizada, as sadas pulso e ndice invlido ficam desenergizadas, independente de qualquer outra condio. Quando a entrada habilita estiver energizada, a sada de pulso fica normalmente energizada, e a sada de ndice invlido fica normalmente desenergizada. Alm disso, quando a entrada habilita est energizada, a posio da tabela OPER1 indexada pelo estado atual OPER2 acessada e o ponto de operando auxiliar referenciado nesta posio da tabela examinado. Se este ponto estiver energizado, o contedo de OPER2 incrementado (ou zerado, se estiver apontando para a ltima posio da tabela OPER1) e na sada pulso ocorre um pulso de desenergizao com durao de um ciclo de programa. Se o ponto examinado estiver desenergizado nada ocorre e o valor da memria em OPER2 permanece inalterado. A sada ndice invlido ativada se a memria OPER2 (estado atual) contiver um valor que indexa uma posio no existente na tabela especificada em OPER1. Isto pode ocorrer modificando-se a memria OPER2 em um ponto do programa aplicativo fora da instruo SEQ (na inicializao de OPER2, por exemplo). Deve-se ter o cuidado de definir e inicializar a tabela especificada em OPER1 com valores legais. Na tabela especificada em OPER1 devem ser carregados valores em formato decimal que especifiquem pontos de operandos auxiliares que devem ser testados como condies de evoluo. O clculo destes valores especificado pela equao: VALOR = (endereo do operando * 8) + endereo da subdiviso Exemplo Modo 1000 Se %A0030.2 o ponto que se deseja usar como condio de evoluo a partir do estado 4, ento: Endereo do operando = 30 Endereo da subdiviso = 2 VALOR = (30 * 8) + 2 = 242

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    O valor a ser carregado na posio 4 da tabela OPER1 deve ser 242 para que o ponto %A0030.2 cause a evoluo para o prximo estado, que o estado 5 (ou o estado 0, se a tabela tiver 5 posies). Tecla de atalho

    Seq Sintaxe

    Exemplo

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    Instrues de Converso A/D

    Descrio Esta instruo converte os valores lidos de um mdulo de entrada analgica para valores numricos armazenados em operandos. possvel efetuar a leitura de 1 ou 8 canais alterando-se apenas a especificao do primeiro operando, o qual indica o endereo no barramento ocupado pelo mdulo A/D. Este mdulo deve estar especificado na declarao do barramento. O endereo a ser programado em OPER1 pode ser obtido diretamente atravs da coluna Endereo na Declarao dos Barramentos. Os valores convertidos so colocados em operandos do tipo memria, definidos em OPER2. A converso realizada apenas se a entrada habilita estiver energizada. Caso OPER1 seja especificado com subdiviso do tipo ponto (%RXXXX.X), a converso realizada somente para o canal do mdulo relativo ao ponto. Os pontos .0 a .7 do operando correspondem aos canais 0 a 7 do mdulo, respectivamente. Neste formato, o tempo de execuo da instruo significativamente menor do que a converso dos 8 canais, sendo adequada, por exemplo, para uso em mdulos de programa E018, acionados por interrupo de tempo. Se OPER1 for especificado como %RXXXX (converso de 8 canais),