apostila seminário razão da fé revisada

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___________________________________________________Seminário Apologético Razão da Fé Organizado por Prof. Wagner Quarti SEMINÁRIO APOLOGÉTICO RAZÃO DA FÉ 0

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Page 1: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

___________________________________________________Seminário Apologético Razão da Fé

Organizado porProf. Wagner Quarti

SEMINÁRIO

APOLOGÉTICO

RAZÃO DA FÉ

São Paulo - 2006

0

Page 2: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

___________________________________________________Seminário Apologético Razão da Fé

SUMÁRIO

Introdução ........................................................................................................................02

Como identificar uma seita..............................................................................................04

Relação de seitas e religiões orientais...........................................................................07

Relação de diversas práticas e seitas............................................................................08

Quadros comparativos das religiões..............................................................................09

Relação dos falsos profetas............................................................................................11

Trindade.............................................................................................................................12

Salvação............................................................................................................................15

Confissão Positiva............................................................................................................20

Igreja Universal.................................................................................................................23

Congregação Cristã no Brasil.........................................................................................29

Testemunhas de Jeová....................................................................................................39

Mormonismo.....................................................................................................................46

Adventismo do Sétimo Dia..............................................................................................51

Espiritismo........................................................................................................................58

Catolicismo........................................................................................................................69

Budismo.............................................................................................................................83

Islamismo..........................................................................................................................87

Judaísmo...........................................................................................................................90

Nova era.............................................................................................................................92

Maçonaria..........................................................................................................................98

Conclusão........................................................................................................................104

Glossário.........................................................................................................................105

Bibliografia......................................................................................................................106

1

Page 3: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

INTRODUÇÃO

Quero manifestar minha alegria e gratidão por realizar este seminário

apologético, pois a apologia, além de nos alertar sobre os perigos das seitas, também

concede-nos a sabedoria de interpretar e ensinar as doutrinas fundamentais das

Escrituras Sagradas, portanto com tão poderosa arma em nossas mãos, devemos nos

alistar no exército do Senhor, para juntos transformarmos nossa nação pelo poder da

palavra de Deus.

Desde tempos imemoriais o engano andou bem próximo da verdade, tem sido

assim com todos os povos do mundo, na época de Moisés, por exemplo, já havia

feiticeiros egípcios que imitaram alguns milagres de Deus, Daniel teve que se esforçar

para não comer do manjar do rei, pois isto implicava em aceitar sua cultura e religião,

Neemias o reformador, teve atitudes até mesmo de violência, para que o povo não se

contaminasse com outros povos, o próprio Cristo enfrentou os falsos ensinamentos dos

fariseus e saduceus, da mesma forma, os apóstolos combateram heresias, como aquela

que dizia que o Senhor já havia retornado, além do problema com o gnosticismo, relatado

em colossences, e a seita dos nicolaítas, esta denunciada no livro do Apocalipse.

Vivemos em uma época em que a falta de conhecimento ou o excesso dele

tem levado a muitos a perder sua fé, deixar o caminho da verdade, confundindo aos

incautos ao invés de esclarecer, ações estas que destroem a vida espiritual, e estes por

vezes, se tornam irremediavelmente perdidos, pois a decepção e o desânimo, acabam de

vez com a esperança destas almas voltarem ou se aproximarem de Cristo. Por isso,

devemos assumir nossa responsabilidade como despenseiros dos mistérios de Deus, e

nos munir com a Palavra de Deus, desta forma, este seminário tem como objetivo

principal capacitar o povo de Deus com a verdade que liberta, pois as seitas e religiões

deste mundo não poupam esforços em levar as nações suas mentiras, investem

pesadamente em literatura, sustento de missionários e programas de rádio e TV para

assim, atingir os objetivos do inimigo de nossas almas. Neste contexto, devemos lembrar

o que disse um grande apologista: “Estamos dispostos a fazer pela verdade, o que as

seitas estão fazendo pela mentira?”.

Outrossim, para que tal obra se realize, vamos aprender sobre as mais

recentes investidas do inimigo e de homens que, sem escrúpulos, envenenam aos

desavisados que não conhecem a verdade e até mesmo o seio da Igreja, com toda sorte

de heresias, tal como, as doutrinas modernas de cura interior, teologia da prosperidade,

ocultismo, medicina holística, técnicas de psicologia, quebra de maldição, astrologia,

Page 4: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

simpatia, superstições e etc. Tais práticas devem ser erradicadas de nosso meio e

também daqueles que ainda não conhecem a salvação em Cristo, lembrem-se da

advertência de nosso Senhor “...um pouco de fermento leveda toda a massa...”

Enfim, quero encerrar agradecendo, para não ser injusto com aqueles que

cooperaram com a realização deste seminário, imprescindíveis para a realização deste

trabalho, somente Deus pode recompensá-los por isto (Hb. 06:10). Meu ardente desejo é

que as pessoas que participarem deste seminário despertem para essa grande obra, e

estejam conscientes destes fatos perante Deus. Que o Espírito Santo esclareça isto em

vossas mentes. Em Cristo e com amor, Professor Wagner Quarti.

"TODA PESSOA TEM DIREITO À LIBERDADE DE PENSAMENTO, DE CONSCIÊNCIA E DE RELIGIÃO;

ESTE DIREITO INCLUI A LIBERDADE DE MUDAR DE RELIGIÃO OU DE CRENÇA, ASSIM COMO A

LIBERDADE DE MANIFESTAR SUA RELIGIÃO OU SUA CRENÇA, INDIVIDUAL E COLETIVAMENTE,

TANTO EM PÚBLICO COMO EM PARTICULAR, PELO ENSINO, PELA PRÁTICA, O CULTO E A

OBSERVÂNCIA"

-Artigo 18 da Declaração Universal de Direitos Humanos

Page 5: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

COMO IDENTIFICAR UMA SEITA E O OCULTISMO

Não poderíamos identificar um movimento heterodoxo se não conhecêssemos seus estigmas. É de suma importância o princípio pelo qual nós confrontamo-las com a palavra de Deus. Somente assim, nós podemos identifica-las por suas marcas. Uma seita se revela como tal por apresentar certas características em relação às verdades bíblicas. Eis alguns sintomas que caracterizam o quadro doentio das seitas.

1. Autoridade extra b í blica .

Geralmente as seitas apresentam uma nova autoridade doutrinal superior ou paralela à Bíblia sagrada para sua fé e prática. Esta autoridade pode apresentar-se em forma de livros ou revelações ou até mesmo na pessoa do líder da seita. Alguns poucos exemplos clássicos são: As Testemunhas de Jeová, os Mórmons, os Adventistas do Sétimo Dia, a Igreja da Unificação, Igreja Católica Romana entre outros.

2. Verdades que v ã o al é m da Palavra de Deus .

Há necessidade entre esses grupos de irem além do que está escrito nas sagradas escrituras, buscando novas revelações. Essas "novas verdades" no entanto, acabam-se por se chocar frontalmente com a palavra escrita de Deus e às vezes com suas próprias revelações. Casos típicos são os do profeta do mormonismo Joseph Smith, Sun Myung Moon, Charles T. Russel e outros. Para eles o evangelho precisa ser completado com suas revelações místicas  que somente eles possuem e mais ninguém.

3. Interpreta çõ es Particulares da B í blia.

Há muitos grupos que não reivindicam novas verdades, mas interpretam as verdades bíblicas ao seu bel prazer. Para esses, a Bíblia lhes pertencem e ninguém pode entende-la fora do padrão estabelecido pela seita. Muitos dessa categoria apóia-se em algumas passagens da Bíblia apenas por conveniência pois é mais fácil enganar um indivíduo que já está familiarizado ainda que nominalmente com este livro.  É o caso do Espiritismo e da igreja Católica Romana.

4. Rejei çã o ao Cristianismo Ortodoxo ou as Igrejas Estabelecidas.

Esses grupos nutrem verdadeiro ódio contra as igrejas estabelecidas que pregam o conceito histórico-ortodoxo de crença. O argumento quase unânime entre elas é que as igrejas se afastaram das verdades essenciais e se enveredaram para práticas pagãs. Essas seitas atacam como ensinamento pagão às doutrinas da Trindade, a imortalidade da alma e o inferno.

5. Pregam um outro Jesus.

O Jesus das seitas nunca é o mesmo Jesus da Bíblia. Para as seitas Jesus foi diversas coisas, mas nunca jamais o Deus encarnado que veio redimir o homem. Assim para as Testemunhas de Jeová Jesus é apenas uma criatura, um deus menor, para os mórmons Jesus é apenas um dos trilhões de deuses, foi casado e polígamo, já para os espíritas Jesus foi apenas o maior espírito de luz que já baixou nessa terra.

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6. Lavagem Cerebral.   

As seitas retiram o censo crítico de seus adeptos não permitindo que eles pensem por si mesmos deixando que o líder ou o grupo pensem por eles. As técnicas são variadas, mas sempre persuasivas indo das cessões de isolamento da família até jejuns forçados sem tempo de descanso, sendo que neste ínterim é o membro do grupo bombardeado com literaturas da seita, estudos e mais estudos até a exaustão psicológica. É o caso do reverendo Moon, Hare Khrisna, Testemunhas de Jeová e outros.

7. Salva çã o pelas Obras  

O estado legalista das seitas impedem-nas de aceitarem a livre graça de Deus. Como o âmago da seita é a heresia e toda heresia é obra da carne, sendo produto do homem sem o verdadeiro Deus, as seitas desenvolveram sua própria maneira de salvação. Oferecem uma falsa esperança aos seus adeptos que nunca sabem o quanto fizeram para merecerem a benevolência de um deus, cujo conceito forjado pela seita, foge radicalmente do apresentado na Bíblia. Para o adepto só existem leis a serem cumpridas seja elas de procedência bíblica ou mesmo criadas pela organização da qual pertencem. Podemos enquadrar aqui os Adventistas, mórmons, Testemunhas de Jeová, Espiritismo, Catolicismo etc.

8. Exclusivismo

Apesar da Bíblia ensinar que a salvação e a verdade só se encontram em Jesus, as seitas invertem essa verdade e apregoam que somente sua organização é a única correta tendo todas as demais apostatadas da fé. É o monopólio da fé e da verdade. Para a pessoa ser salvo é preciso pertencer ao grupo.

9. Sem â ntica Enganosa.

As seitas a fim de enganarem as pessoas, usam uma terminologia cristã, mas que na prática se revela totalmente falsa. Dizem crer nos mesmos pontos de fé dos cristãos ortodoxos apenas para uma aproximação pacífica visando sempre o proselitismo desleal. No entanto um exame mais atento, porém, revela que esta igualdade é apenas aparente e nominal. As Testemunhas de Jeová dizem acreditar no Espírito Santo, mas para elas esse Espírito não é o mesmo do credo cristão, sendo apenas (na concepção delas) uma mera força ativa. Os mórmons Dizem crer na trindade, mas a Trindade que eles pregam são três deuses que possuem um corpo de carne e osso.

10.Falsas Profecias.  

Nas seitas existem-nas em abundância. Para conseguirem impressionar seus membros, os líderes de seitas dizem receber supostas revelações de Deus sobre certos acontecimentos históricos - mundiais, escatológicos ou envolvendo o próprio grupo, que com o passar dos anos, se revelam fraudulentos provando ser o tal profeta um falso profeta. São os casos dos líderes dos Adventistas, Testemunhas de Jeová e Mórmons.

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11.Mudan ç as de Cren ç as.

As seitas possuem uma teologia volúvel. O que era verdade ontem já não é hoje. Com o passar dos anos as inconsistências das aberrações doutrinárias apregoadas por elas se tornam um tanto obsoletas entrando muitas vezes em contradição com os ensinamentos atuais de seus líderes, aí então, faz-se necessário o camaleão mudar de cor. Algumas até colocaram em seu bojo doutrinário o ensinamento de que é normalmente aceitável que sua teologia esteja em constante mutação, é o caso dos mórmons e das Testemunhas de Jeová. Os jargões geralmente empregados para justificarem isto são: "lampejos de luz" (TJ), "verdade presente" (ASD), "nova luz" (SUD). As características principais de uma seita foram expostas e resumidas acima, mas há ainda a questão financeira, o carisma do líder, ensinos sobre a Trindade dentre outras que por questão de espaço não colocamos aqui. Entretanto, estas servem para identificarmos eficazmente uma seita. 

Segue nas próximas páginas, duas relações das seitas mais comuns da atualidade.

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RELAÇÃO DE DIVERSAS PRÁTICAS E SEITAS Igreja de Boston A Verdade Que Marca Igreja de Deus do Sétimo Dia Ciência Cristã LBV Meninos de Deus Tabernáculo da Fé Igreja Apostólica da Santa Vó Rosa. Testemunhas de Yehoshua Evangelho de Marcion Ministério Internacional Creciendo en Gracias Ministério Graça e Apostolado A Voz da Pedra Angular Jeová Falso Deus Cristadelfianismo Igreja Voz da Verdade Cientologia Igreja Local Inri - Cristo Rev. Moon

New Life Movimento da Fé Ismos religiosos

Seitas Modalistas Seitas do Novo Testamento Unicismo Animismo Gnosticismo Hipnose Urinaterapia Satanismo Santo Daime Viver de Luz Lineamento Universal Superior Raelianos Maçonaria Cultura Racional Racionalismo Cristão Os Templários Nova Era Cabala Vodu Astrologia Saúde Holística Eubiose

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QUADRO COMPARATIVO DAS RELIGIÕES NO MUNDO

Page 11: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

QUADRO COMPARATIVO DAS RELIGIÕES NO MUNDO

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GALERIA DOS FALSOS PROFETAS 

A.C. Bhactivedanta Swami Prabhupada (O profeta dos Hare Krishna); Abulgasim Mohammad - Maomé (O profeta do Islamismo); Allan Kardec (O profeta do Espiritismo Moderno); Alziro Zarur (O profeta da Legião da Boa Vontade); Anton La Vey (O profeta da Igreja de Satanás); Bahá-Allah (O profeta do Bahaísmo); Bhagwam Shree Rajneesh (O profeta do Movimento Bhagwan); Charles Sherlock Fillmore & Myrtle Fillmore (Os profetas da Unidade); Charles T. Russell (O profeta das Testemunhas de Jeová); Christian Rosenkreuz (O profeta do Rosa Cruz), Confúcio (O profeta do Confucionismo), David Brandt Berg (O profeta dos Meninos de Deus ou Familiar do Amor); Ellen G. White (A profeta da Igreja Adventista do Sétimo Dia); Emanuel Swedenborg (O profeta da Igreja da Nova Jerusalém); Eurico Mattos Coutinho & Vó Rosa (Os profetas da Igreja Apostólica); Frank Shermann Land (O profeta da Ordem De Molay); Harvey Spencer Lewis (O profeta da AMORC) Helena P. Blavatsky & Annie Besant (As profetas da Teosofia); Herbert W. Armstrong (O profeta da Igreja de Deus em Worldwide); Iuri Thais - Inri Cristo (O profeta da Igreja da Suprema Ordem Universal da

Santíssima Trindade); Jasmuheen (A profeta do Viver de Luz).    John S. Scheppe (O profeta do Movimento Só Jesus); Joseph Smith (O profeta da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos

Dias); Kip McKean & Elena Mckean (Os profetas da Igreja de Boston) Lafayette Ron Hubbard (O profeta da Cientologia) Luiz de Mattos (O profeta do Racionalismo Cristão);  Maharishi Mahesh Yogi (O profeta da Meditação Transcendental); Manoel Jacintho Coelho (O Profeta da Cultura Racional); Mary Baker (A profeta da Ciência Cristã); Masaharu Tanigushi (O profeta da Seisho-No–Ie); Mokiti Okada (O Profeta da Igreja Messiânica), Raimundo Irineu Serra (O profeta do Santo Daime); SATANÁS (O inspirador dos falsos profetas) Shri Hans Maharaj Ji (O profeta da Missão da Luz Divina); Sidarta Gautama (O profeta do Budismo); Sun Myung Moon (O profeta da Igreja da Unificação); Toruchira Miki (O profeta da Perfecty Liberty); Victor Paul Wierville (O profeta do Caminho Internacional); Werner Erhard (O profeta do Est); William Marrion Branham (O profeta do Tabernáculo da Fé); Witness Lee (O profeta da Igreja Local);

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A TRINDADE

Autor(a): Rev. Josivaldo de França Pereira

A palavra “Trindade” é usada para expressar a verdade bíblica de que o ser divino existe em três pessoas distintas. Embora o vocábulo “trindade” não apareça na Bíblia, a idéia percorre todos os livros da mesma.

O primeiro a usar o termo foi o teólogo Tertuliano de Cartago em seu tratado “Contra Práxeas”, na última década do 2o século da era cristã, além de ter sido também o primeiro a formular esta doutrina. No entanto, sua definição foi deficiente, posto que ensinava uma injustificada subordinação do Filho ao Pai.

Não seria demais ressaltar que o verdadeiro sentido da doutrina da Trindade só pode ser entendido pelo estudo da Bíblia. E foi mediante o estudo sério da Palavra de Deus que encontramos a seguinte definição do Breve Catecismo de Westminster: “Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e estas três são um Deus, da mesma substância, iguais em poder e glória”.

1. A EXPOSIÇÃO DA DOUTRINA

Conforme a definição do Breve Catecismo, Deus é uma Divindade única, existente em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo.

Estas pessoas não são, como tantas pessoas entre os homens, três indivíduos inteiramente separados. “São antes três modos ou formas em que existe a essência divina” (L. Berkhof). “O termo ‘essência’ descreve Deus como uma soma total de infinitas perfeições” (W. G. T. Shedd).

O mistério real da Trindade consiste no fato de que as três pessoas são um em seu ser essencial e que a essência divina não está dividida entre as três pessoas, mas inteiramente, com todas as suas perfeições ou atributos em cada uma delas. Além disso, em seu ser essencial as três pessoas não estão subordinadas uma à outra, ou seja, o Pai não é o Filho, o Filho não é o Espírito Santo, e vice-versa, ao contrário do que ensinava a heresia conhecida como “patripassionismo”, combatida por Tertuliano. Pode-se dizer, no entanto, que na ordem de dispensações o Pai é o primeiro, o Filho o segundo e o Espírito Santo o terceiro, e essa ordem se reflete também na obra da criação e da redenção; a saber, na economia da Trindade.

Esta doutrina é um dos grandes mistérios da fé, e por isso está muito além de nossa compreensão humana. Portanto, não está ao alcance da Igreja explicar o mistério da Trindade; ela apenas sistematiza o que a Bíblia diz, formulando a doutrina de tal modo que se evite os erros e as heresias.

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2. PROVAS BÍBLICAS DA TRINDADE

a) No Antigo Testamento

Alguns são de opinião que o Antigo Testamento não contém quaisquer indicações da Trindade, mas isso não é verdade. É mais correto dizer que o Antigo Testamento não contém uma revelação completa da existência trinitária de Deus em relação ao Novo Testamento. Todavia, que o Deus Triúno está presente no AT é inquestionável.Há passagens que indicam que existe mais de uma pessoa em Deus, como por exemplo, naquelas em que Deus fala de si mesmo no plural (Gn 1.26; 11.7); quando o Anjo do Senhor é apresentado como uma pessoa divina, recebendo adoração (Ex 3.2-6; Jz 13.12-22; Ml 3.1); e também nas passagens em que se personifica a Palavra ou Sabedoria de Deus (Sl 33.4,6; Pv 8.12-31). Em alguns casos menciona-se mais de uma pessoa (Sl 33.6; 45.6,7 compare com Hb 1.8,9), e em outros Deus fala acerca do Messias e do Espírito Santo, ou o Messias fala de Deus e do Espírito (Is 48.16; 61.1; 63.9,10). Desse modo, o Antigo Testamento contém uma clara antecipação da revelação da Trindade, que no Novo Testamento aparece plenamente desenvolvida.

b) No Novo Testamento

É perfeitamente natural que as provas neotestamentárias sejam ainda mais claras que as do Velho Testamento, uma vez que o Novo registra a encarnação do Filho de Deus e o derramamento do Espírito Santo. Há diversas passagens em que as três pessoas são expressamente mencionadas, como em relação ao batismo de Jesus (Lc 3.21,22); no discurso de despedida de Jesus (Jo 14.16); na Grande Comissão (Mt 28.19); na bênção apostólica (2Co 13.13), e também em passagens como estas: Lucas 1.35; 1Coríntios 12.4-6; 1Pedro 1.2.

O Novo Testamento oferece a revelação clara do Deus que envia seu Filho ao mundo (Jo 3.16; Gl 4.4; Hb 1.6; 1Jo 4.9); e os dois, Pai e Filho, enviam o Espírito Santo (Jo 14.26; 15.26; 16.7; Gl 4.6). Encontramos o Pai dirigindo-se ao Filho (Mc 1.11; Lc 3.22), o Filho se comunicando com o Pai (Mt 11.25,26; 26.39; Jo 11.41; 12.27,28) e o Espírito Santo orando a Deus nos corações dos crentes (Rm 8.26). Dessa maneira, as pessoas da Trindade se perfilam melhor em nosso entendimento.

c) Comparação entre o Antigo e o Novo Testamentos

No Antigo Testamento Deus é apresentado como o Redentor e Salvador do seu povo (Jó 19.25; Sl 19.14; 78.35; 106.21; Is 41.14; 43:3,11,14; 47.4; 49.7,26; 60.16; Jr 14.3; 50.14; Os 13.3). No Novo Testamento o Filho de Deus claramente se destaca nessa obra (Mt 1.21; Lc 1.76-79; Jo 4.42; At 5.3; Gl 3.13; 4.5; Fp 3.30; Tt 2.13,14). No Antigo Iaveh habita no meio de Israel e nos corações dos que o temem (Sl 74.2; 135.21; Is 8.18; 57.15; Ez 43.7-9; Jl 3.17,21; Zc 2.10,11). No Novo o Espírito Santo é quem habita nos crentes (At 2.4; Rm 8.9,11; 1Co 3.16; Gl 4.6; Ef 2.22; Tg 4.5).

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3. CONCEITOS ERRADOS SOBRE A TRINDADE

Na Igreja Cristã Primitiva alguns apresentaram as três pessoas da Trindade como sendo três deuses.

Os sabelianos do 3o século negaram a existência das três pessoas na divindade, e afirmaram que Deus se revelou como Pai na criação e na transmissão da lei, como Filho na encarnação e como Espírito na regeneração e santificação. As três pessoas eram reduzidas em uma.

Paulo de Samosata, também do 3o século, os socinianos da época da Reforma e as Testemunhas de Jeová do presente, representam a Trindade como consistindo em Deus Pai, o homem Jesus Cristo e a influência divina chamada Espírito de Deus. Essa opinião também representa Deus como um, não só no ser, mas igualmente em pessoa; por isso ignoram o verdadeiro conceito de Trindade.

Que o Espírito Santo nos ajude a viver de maneira que expressemos o significado do Deus Trino de forma autêntica e segura.

Page 16: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

SALVAÇÃO

Para compreendermos a dimensão da graça de Deus, é importante que tomemos conhecimento da promessa que Ele fez ao homem de enviar o Salvador. Essa promessa está intimamente ligada ao conceito de salvação, de revelação e de história da salvação. Nosso objetivo neste capítulo é dar ênfase à salvação. No próximo capitulo abrangeremos a plena realização da salvação na pessoa de Jesus Cristo.

1. CONCEITO DE SALVAÇÃO 

Na Bíblia, o termo salvação tem diversos significados. Ë um substantivo que vem do verbo grego usado pela Septuaginta para traduzir palavras do hebraico, como: salvar, guardar isento e são, livrar de perigo ou destruição. o oposto de “apollumi”, que significa destruir, de onde vem “Apoliom”: Ap 9.11.

No Antigo Testamento é empregada, principalmente em Isaías e nos Salmos, para demonstrar a obra de Jeová ao livrar o seu povo das gentes, e antecipa sua salvação final na volta de Cristo. No Novo Testamento o termo é mais amplo em seu significado e parece representar toda obra de Deus em favor dos seus, até que cheguem à sua presença, livres para sempre do pecado e fora do alcance do Diabo e dos homens perversos. Assim, no Novo Testamento o termo salvação é empregado no sentido de salvar ou livrar de perigo ou destruição (Mt 8.25; 14.30; 24.22; At 27.20, 31; 2 Pe 4.18); no sentido de indicar cura (Mt 9.22; Mc 5.34), tanto física como espiritual: Lc 7.50.

O  uso mais constante do verbo é no sentido de libertação do julgamento messiânico (Jl 2.32); libertação de males que obstruem o livramento messiânico (Mt 1.21; Rm 5.9; Tg 5.20); tomar alguém participante da salvação oferecida por Cristo: Mt 19.25; Jo 3.17.

A forma nominal do hebraico transmite a idéia geral de segurança ou sossego, ou tranqüilidade (2 Sm 22.51), ao passo que a forma grega demonstra segurança ou saúde: Lc 1.69 em diante. Há duas palavras gregas que se referem à salvação: “soterios”, referindo-se àquele que traz a salvação (Tt 2.11; Lc 2.30; At 28.28); e “soteria, soterion”, significando livramento ou preservação de inimigos (At 7.25), preservação da vida física, libertação (At 7.34) ou saúde: Hb 11.7. Também é empregada muitas vezes para expressar salvação espiritual: Lc 19.9; Jo 4.22; Rm 10.10.

Como vimos, encontramos na Bíblia diversos significados para a palavra salvação. Os termos são diferentes em suas concepções, variando de livro para livro. Com base, no entanto, nas informações escriturísticas, cremos que o homem pode experimentar diversas fases na salvação e que cada uma delas contribui com algo, produzindo maior profusão de luz divina, quando tomadas em conjunto. Assim, podemos dizer que o vocábulo salvação pode expressar essas três idéias:

1.1. Salvação instantânea — A salvação da alma, uma vez significando libertação da condenação, é completa e segura a partir do momento em que o homem confia em seu Salvador (Jo 6.47); transmite a idéia de redenção do pecado (At 2.21; 16.31; Rm 10.10); traz no seu bojo a idéia de perseverança dos santos; é sinônimo de nascer de novo (Jo 3.3-7), matricular-se na escola de Jesus (Mt 11.29), de matrimônio espiritual (Jo 3.29) ou de adoção na família de Deus: Rm 8. 15-23. Outros textos que falam dessa salvação: Ef 2.8; 2 Tm 1.9; 1 Pe 1.9,10; Hb 5.9; Jd 3.

1.2. Salvação contínua — Transmite a idéia do crescimento em conhecimento, graça e serviço para o Senhor Jesus Cristo: 2 Pe 3.18; Fp 2.12; 2 Co 1.6. Neste sentido, a salvação está relacionada às boas obras que evidenciam nossa salvação: Ef 2.8-10; Fp

Page 17: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

2.12,13. Esta salvação contínua também é chamada de santificação, pela qual crescemos na semelhança de Jesus Cristo, tema que abordaremos mais adiante.

1.3. Salvação futura — Significa o clímax do processo redentor, ou seja, a vida que receberemos na eternidade em troca de nossa fidelidade ao serviço de Jesus Cristo. Diz respeito à totalidade de benefícios e bênçãos no Céu, herança dos remidos: Rm 13.11; 1 Ts 5.9; Hb 9.28; Ap 12.10. Haverá diferenças na recompensa. A esta fase final da salvação chamamos de glorificação, ou a realização completa para o cristão, tema que também abordaremos mais adiante. Gememos neste corpo, sentindo os impulsos da carne por dentro e a pressão do mundo por fora, mas somos “guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo”, 1 Pe 1..5. Essa salvação futura está relacionada também à volta de Jesus Cristo, abrangendo “toda a obra de Deus em relação à totalidade do homem, já que receberá, na primeira ressurreição, um corpo glorificado por meio do qual se cumprirá todo o propósito de Deus em relação ao homem”: 1 Co 15.42~55.6

Ë certamente sobre o tema da salvação que as opiniões divergem, umas colocando a salvação dentro dos moldes praticáveis na época do Novo Testamento e esquecendo que hoje o contexto é outro (a mensagem salvífica é a mesma, mas deve ser apresentada de forma diferente, atingindo às necessidades do homem atual); outras, colocando a salvação dentro de um contexto puramente humano, nada lhe atribuindo de divino, isto é, humanizando-a, permitindo que perca seu valor e efeitos divinos.

Uma das grandes carências da teologia atual é a ausência de profunda e lúcida reflexão sobre o tema da salvação. Temos aí uma grande verdade, pois, se existe um tema na teologia contemporânea que causa celeuma é a salvação. Muitos têm medo de abordá-lo, não que a salvação seja irreflexionável, mas por ter sido transformada em mera figura de expressão, em conceito filosófico. Quando alguns têm a felicidade de defini-la e colocá-la em prática (estendendo a salvação a outros através da pregação), aparecem outros dizendo que a definição e a prática estão erradas. Onde existe sinceridade para com Deus, através do Senhor Jesus Cristo, cremos que existe a salvação, existe a remissão dos pecados, pois “a salvação é um ato de Deus, iniciado por Deus, executado por Deus e por Deus sustentado”. Se é Deus quem comanda todo o processo da salvação, como aparecem algozes levantando-se para dizer que esta ou aquela religião não prega a salvação? Referimo-nos às religiões e denominações que se dizem fundamentadas na Bíblia e professam o Senhor Jesus Cristo como Salvador, dizendo-se salvos.

Não existe senso de julgamento individual ou coletivo. Se nossos semelhantes se dizem salvos devemos respeitar o testemunho de cada indivíduo.

A problemática humana sempre atrapalhou a pregação do Evangelho. Hoje, mais do que nunca, isso acontece porque as correntes teológicas se multiplicam e as doutrinas divergem; se peneirarmos todas elas, dois elementos hão de permanecer: um fundamento e um objetivo. A culpa recai sobre o próprio homem pois um critica o outro por causa do egoísmo, do orgulho, da falta de sabedoria e discernimento.

A salvação sempre foi o alvo da procura incessante do homem e é a chave para a interpretação de qualquer religião. A preocupação mais profunda do homem tem sido sua realização espiritual, sua completa libertação, vivendo ele na esperança de que, mesmo sendo a vida neste mundo socialmente desproporcional, uma vida de sofrimento e solidão, alcançará aquilo que não lhe é outorgado por homem algum, mas é fruto de seu relacionamento íntimo com Deus, o Criador e Salvador de todas as criaturas.

Page 18: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

2.  A HISTORIA DA SALVAÇÃO 

2.1. A Bíblia como história da salvação

Antes de entrarmos especificamente na revelação que nos é transmitida através da história da salvação, faremos breve-comentário sobre a Bíblia apresentando a mensagem da salvação encarnada numa história humana.

A história é o meio ambiente para a revelação de Deus aos homens. A Bíblia não é um documento da história profana, secular e sim da história sagrada, da história salvífica. A Bíblia nos relata uma história em que o Salvador é revelado por Deus.

Nesse sentido, a revelação e a inspiração estão intimamente ligadas. A revelação não se restringe ao campo da profecia; o próprio evento da história salvífica é uma revelação, pois esta se realiza durante e através da história. “A história sagrada é eminentemente uma presença salvífica de Deus no comportamento humano. Como presença divina, comporta uma carga de novidade. Ê uma história reveladora, o fato salvífico que descobre a Deus”.

Através da revelação contida na Bíblia, podemos observar que Deus se revela pouco-a-pouco porque Ele se mostra através dos fatos históricos que se sucedem no tempo e não em um instante; porque o homem vai progredindo cultural e espiritualmente e vai adquirindo aptidão cada vez maior para compreender as verdades superiores.

 2.2. Os elementos da história da salvação

Como vimos, de acordo com a Bíblia, a revelação é a ação de Deus em busca do homem em sua história: a libertação do povo de Deus do Egito, a presença divina no Sinai, a quebra da aliança, os sinais operados pelos servos de Deus e, finalmente, a manifestação do Filho de Deus encarnado.

A revelação real de Deus ocorre exclusivamente pela Palavra de Deus e pelas palavras dos homens, que podemos chamar de revelação verbal; ambas estão ligadas entre si, formando um só todo.

Podemos ainda denominar de revelação natural uma ação de Deus no mundo e na história, quando todo ser e ação dependem de uma causa transcendente; essa revelação natural não é uma história salvífica em sentido próprio e estrito.

Por isso, podemos afirmar que os elementos constitutivos da história da salvação são dois: a revelação e a graça. A Palavra de Deus só pode ser ouvida como Palavra de Deus, quando é ouvida mediante a sua presença. Quando a subjetividade humana se resume em ser humana, ela tira o poder da Palavra divina, rebaixando-a ao nível das palavras do homem, mesmo que contenha algo relacionado a Deus. Por isso, só pode haver história salvífica e revelação em sentido próprio, quando o receptáculo for um com Deus; isso equivale a dizer que a história da salvação é a história da graça. Somente a graça de Deus pode atuar na subjetividade do homem, a fim de que ele receba a Palavra de Deus como sendo de Deus mesmo. 

2.3. Relação entre história salvífica geral e especial

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Um dos problemas relacionados à história da salvação que preocupam os teólogos, os estudiosos da Bíblia e outros cristãos é o da salvação daqueles homens que não pertenceram à aliança de Deus com Abraão e Moisés, que viveram antes deles e que viveram alheios ao povo de Deus, os que não foram atingidos pela revelação do Antigo Testamento.

 Há algumas hipóteses a considerar, como: o homem daqueles tempos não precisava de fé para se salvar. A essa idéia se opõe claramente Hebreus 11.6. Segundo Straub, seria suficiente uma fé subjetiva; essa hipótese admite a salvação do homem sem a necessidade da revelação. Outra hipótese é o apelo à chamada revelação primitiva. Toda salvação é proveniente da fé fundamentada numa revelação divina. Não havendo a revelação divina, como no-la apresenta a Bíblia, haveria uma revelação primitiva. Nesse sentido, não podemos identificar o conhecimento da história primitiva com a revelação primitiva. Finalmente, podemos solucionar o problema da salvação da humanidade pré-cristã, com o pensamento de Tomás de Aquino: Deus comunicou a cada homem, por meio de uma revelação especial, o essencial daquilo que era necessário como condição para a possibilidade da fé salvífica. Neste caso, poder-se-ia afirmar que o homem primitivo não teve necessidade da oferta da revelação e da graça sobrenatural, uma vez que Deus tem uma vontade acerca da salvação universal do homem. 

Na realidade, sempre foi oferecida á humanidade pré-cristã, por toda parte, uma graça salvífica sobrenatural que lhe possibilitasse uma salvação real e efetiva. Essa oferta diz respeito à estrutura íntima do homem, com a intervenção da graça de Deus, que lhe possibilita a realização de um ato salvifico livre. Assim, admite-se que a graça salvadora sobrenatural foi oferecida a todos os homens pela vontade salvífica universal de Deus. Essa graça opera uma mudança na consciência.

Passo a passo com a história salvífica sobrenatural e geral existe a história geral e sobrenatural da revelação e da graça, que existe por sua vez paralelamente à história geral do mundo. A história da revelação (desde Abraão a Moisés) que denominamos como revelação primitiva deve ser considerada então como história especial da revelação e da salvação.

Outrossim, a história geral da salvação, da revelação e da fé exerce uma influência imediata e real sobre a história profana. E mais ainda:a história geral da salvação não é outra coisa senão o caminho para a salvação individual.

Em Romanos, capítulos um e dois, notamos que Paulo afirma que os pagãos são culpados diante de Deus, embora não tivessem ouvido nada da revelação do Velho Testamento. Uma vez responsabilizando o homem diante de Deus, independentemente dessa revelação, Paulo admite a revelação natural. Admite que o homem pode ter um comportamento salvífico diante de Deus pela observância da lei escrita no coração. Essa salvação só é possível mediante a graça divina.

Sem dúvida alguma, assim como vem expresso na carta aos Romanos, todos os homens estariam perdidos sem a graça que justifica mediante Jesus Cristo.

“A glória da graça incomparável do Cristo não aceita que todos os homens de antes dele, de fato, se tenham perdido. Antes se pode admitir que, em razão desta graça... também a humanidade de antes de Cristo conheceu uma real possibilidade de salvação”.

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Finalizando o tema da história da salvação, podemos resumir as verdades expostas na seguinte afirmativa: a história da salvação e da revelação não pode ser aplicada indistintamente a todos os fatos da história salvífica: a plenitude da história da salvação pode ser encontrada somente em Jesus Cristo, meta, objetivo final e causa dessa mesma história. Todas as fases anteriores devem ser compreendidas como preparação da história que nos foi dada em Jesus Cristo, por Deus. Em Jesus Cristo, a história da salvação atinge sua perfeição total e sua meta última. As diversas etapas de tempo participam da mesma essência da história salvífica única; são períodos distintos uns dos outros, cada um deles fazendo parte da fase definitiva.

Em relação às profecias do Antigo Testamento que anunciavam a vinda do Messias, isto é, as profecias messiânicas, podemos afirmar que Cristo já existia como “causa finalis” na história geral do Antigo Testamento, isto é, na história salvífica. As profecias veterotestamentárias sobre a nova e eterna aliança, a idéia do Messias, as idéias de que Deus quer salvar o resto de Israel, tudo indica que na Antiga Aliança havia uma dinâmica em perspectiva rumo a uma fase histórico-salvífica mais ampla e mais elevada. Os homens antes de Cristo e através de sua auto-revelação viveram em Cristo e, de Cristo, tiveram uma fé que pode ser comparada à fé cristã, pois tais elementos são indispensáveis para a salvação.

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CONFISSÃO POSITIVA - OS ENSINAMENTOS FUNDAMENTAIS DO MOVIMENTO DA FÉ

O Movimento da "Fé" acredita que a mente e a língua humanas contêm uma habilidade ou poder sobrenatural. Quando alguém fala, expressando a sua fé em leis supostamente divinas, seus pensamentos e expressão verbal positivos produzem uma "força" supostamente divina que irá curar, proporcionar riqueza, trazer sucesso e, de outras maneiras, influenciar o ambiente. Kenneth Copeland ensina que "a força poderosa do mundo espiritual, o qual cria as circunstâncias que nos rodeiam, é controlada pelas palavras pronunciadas pela boca humana. Essa força vem de nosso interior".[1] Portanto, "não há nada nesta terra tão grande ou poderoso... que não possa ser controlado pela língua... É até possível controlar Satanás, aprendendo a controlar a própria língua".[2]

Segundo os pregadores da "Fé", Deus responde automaticamente e realiza o que ordenamos quando confessamos nossas necessidades e desejos pela fé, de maneira positiva.[3]

Por isso os cristãos devem supostamente aprender a operar seu homem interior ou "homem espiritual" no poder do mundo espiritual, mediante leis sobrenaturais, leis que irão funcionar para qualquer indivíduo, quer crente ou incrédulo.[4]

Segundo observa Charles Capps: "As palavras são a coisa mais poderosa do Universo"; "Isso não é teoria, é fato. É uma lei espiritual"; e: "Esses princípios de fé são baseados em leis espirituais. Eles funcionam para quem quer que aplique essas leis. Você os faz funcionar pelas palavras da sua boca".[5] A não ser que os cristãos obedeçam a essas leis e as apliquem com sucesso, o próprio Deus fica prejudicado em Sua possibilidade de agir na vida deles. Por quê? Porque tanto Deus como os cristãos são limitados por essas leis. Fred K. C. Price e outros ensinam que da mesma forma que o poder de Deus tem origem na fé que Ele exerce nas palavras que profere, o mesmo se aplica aos cristãos.[6] Por exemplo, "Deus criou o universo pelos métodos que você acabou de colocar em prática pelas palavras de sua boca. Deus liberou a Sua fé em palavras".[7]

Isso significa que tanto o homem quanto Deus são limitados em sua capacidade de agir sobrenaturalmente, a não ser que as fórmulas de fé adequadas sejam ditas, permitindo que o seu poder opere.[8] Só quando homens e mulheres imitam a Deus e Suas leis, eles podem realizar milagres.

Por exemplo, "Deus criou o universo dizendo que este viesse a existir. Ele deu a você essa mesma habilidade na forma de palavras."[9] Deus é, portanto, um Deus de "palavra de fé", que criou o homem à Sua imagem e lhe deu o potencial de usar o poder que Ele manifestou na criação.[10] "O homem é então um espírito, perfeitamente capaz de operar no mesmo nível de fé que Deus."[11] Como resultado, "você tem o poder de Deus à sua disposição".[12] Tudo isso explica porque a maioria dos pregadores da Fé pensa que o homem é um deus literal – nas palavras de Copeland, um ser "da classe de Deus".[13] Ao imitar o uso das leis cósmicas por Deus, o homem pode realizar atos sobrenaturais como os dEle.

Mas os pregadores da Fé também afirmam haver perigo em tudo isso. Essas leis cósmicas operam indiscriminadamente. Se os cristãos não tiverem cuidado, Satanás pode enganá-los porque tem igualmente condições de operar, usando as línguas de

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homens da classe de Deus.[14] Por exemplo, a "confissão negativa" – qualquer coisa dita que negue os princípios do Movimento da Fé – permite que Satanás entre na vida dos cristãos e os engane.

Em qualquer caso, até a missão do próprio Cristo é adequada à filosofia da Fé. Por que Jesus veio? Segundo o Movimento da Fé, uma razão da vinda de Jesus foi transformar-nos em "Cristãos da Fé" fortes, que pudessem fazer as coisas que Ele fez – e coisas maiores ainda. Jesus veio a este mundo por causa do poder da palavra proferida por Deus e por causa da fé que Deus tem na Sua fé.[15] De fato, Jesus foi a síntese do verdadeiro homem de "Fé". Ele sabia como usar perfeitamente as leis espirituais do Universo[16] e, portanto, tinha imensos poderes e fazia milagres incríveis. Assim sendo, Jesus foi um exemplo do Homem Bem-Sucedido. Robert Tilton ensina: "Jesus veio para livrar a humanidade do fracasso e nos levar ao sucesso".[17] E: "Deus criou o homem para ter sucesso, mas ele falhou... Deus enviou então Jesus para resgatar-nos do fracasso e restaurar-nos à posição de sucesso... (Por causa do nosso fracasso) Deus preparou um novo plano. Esse plano foi enviar Jesus. Mediante Jesus recebemos força e poder para sermos bem-sucedidos..."[18]

No livro Commanding Power (Poder Que Comanda), Kenneth Hagin Jr. ensina que a expiação de Cristo trouxe aos cristãos o "poder de comandar" ou a habilidade de ordenar que as coisas que nos rodeiam se conformem aos nossos desejos. "Nosso problema é que oramos e confessamos muito, mas não mandamos. É gostoso mandar!... Jesus já pagou o preço para fazermos isso..."[19]

Além disso, na cruz e no inferno, Jesus não só derrotou Satanás e sofreu o castigo pelo pecado, como também levou sobre Si a maldição da lei (Gl 3.12), pagando o preço pelas nossas fraquezas, pobreza e doença, a fim de que cristão nenhum tenha de experimentá-las.[20]

Isso significa que, para o Movimento da Fé, Jesus não é simplesmente nosso Salvador do pecado. Ele é o Redentor da nossa Fé, o exemplo perfeito dos "princípios da Fé" em ação. Como "pequenos cristos" e "pequenos deuses", devemos ser imitadores dEle.

Qual a relação entre os ensinos do Movimento da Fé e a teologia das seitas?

A maioria dos pregadores da Fé afirmou publicamente que não ensina a "Ciência Cristã", "Poder da Mente" ou o "Novo Pensamento".[21] Isso parece indicar que até os próprios pregadores da Fé reconhecem suas similaridades com sistemas heréticos ou, pelo menos, têm conhecimento das acusações feitas por outros.

Não obstante, apesar dos desmentidos, em muitos pontos seus ensinamentos são semelhantes ou quase idênticos aos encontrados nas religiões do "Poder da Mente".[22] Os conceitos de confissão positiva, prosperidade e sucesso, saúde divina, manipulação da criação, negativa sensorial, e rejeição implícita da medicina científica podem ser todos encontrados nas teologias do "Poder da Mente" dos séculos dezenove e vinte, tais como a "Unity School of Christianity" ("Escola Unitária do Cristianismo"), "New Thought" ("Novo Pensamento"), e "Science of Mind" ("Poder da Mente"). [Esses três grupos, juntamente com o Movimento da Fé, também ensinam que a "confissão negativa" pode produzir doenças, tragédia e até a morte.]

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De fato, alguns ensinos e práticas contidos no Movimento da Fé também são encontrados em outras religiões e seitas não-bíblicas. Por exemplo, o conceito dos crentes serem "deuses" ou terem poderes divinos é encontrado no mormonismo e no "armstronguismo" (Igreja de Deus Universal – N. R.). A prática de "decretar" a existência de coisas pode ser vista em alguns grupos ocultistas e orientais, tais como a Igreja Universal e Triunfante, e o budismo Nichiren Shoshu.

Talvez seja por isso que o historiador carismático D. R. McConnel documenta tão prontamente a origem pagã do Movimento da Fé através de E. W. Kenyon:

[O Pai moderno do Movimento da Fé, Kenneth] Hagin plagiou E. W. Kenyon, em palavras e conteúdo, na maior parte da sua teologia. Todos os pregadores da Fé, inclusive Kenneth Hagin e Kenneth Copeland, quer admitam ou não, são filhos e netos espirituais de E. W. Kenyon. Foi Kenyon, e não Hagin, que formulou as principais doutrinas do moderno Movimento da Fé... Os alicerces da teologia de Kenyon foram formados nas seitas metafísicas, especialmente no "Novo Pensamento" (New Thought) e na "Ciência Cristã"... Kenyon tentou forjar uma síntese dos pensamentos metafísico e evangélico... O resultado na teologia da Fé é uma estranha mistura de fundamentalismo bíblico e metafísica do Novo Pensamento.[23]

Por exemplo, considere como as influências das seitas no Movimento da Fé se entrelaçaram na doutrina da cura:

A teologia da cura do Movimento da Fé não está baseada na capacidade de detectar sintomas, mas em negá-los. Os sintomas físicos não são reais. Mas eles irão tornar-se reais se o crente reconhecer a sua existência e deixar de aplicar os princípios da cura espiritual. Só quem não sabe crer em Deus para a cura espiritual irá recorrer à medicina científica. A visão da "Fé" quanto à medicina científica é pagã... e é a mesma visão pregada pelo fundador da metafísica do século dezenove, P. P. Quimby.[24]

Conclusão

Em seu confronto com a Igreja de Roma, Martim Lutero confessou que, a não ser que fosse "convencido pelos testemunhos das Sagradas Escrituras ou razão evidente", ele estava "obrigado pela Escritura" a manter os princípios da Reforma. Não era "seguro nem correto" agir contra a sua consciência nesse aspecto. Para Lutero, a Escritura estava acima de toda experiência e acima de todas as afirmações extra-bíblicas de revelação divina – e, por causa dessa sua posição, a igreja tem uma dívida incomensurável para com ele. Do mesmo modo, ao examinar o Movimento da Fé, só as Escrituras devem ser o nosso padrão – e não a experiência ou novas alegações de revelação divina. (Os Fatos Sobre o Movimento da Fé - John Ankerberg e John Weldon)

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IGREJA UNIVERSAL - QUE REINO É ESTE?

AutoresPr. João Flávio Martinez

Pr.  Afonso Martins

INTRODU ÇÃ O

        Antes de tanger meus comentários sobre a referida Igreja, gostaria de manifestar minha admiração pelo trabalho e desempenho da maioria dos obreiros da “Universal”. Cremos que existem pessoas nesta igreja salvas e abençoadas por Deus. Entretanto, como profeta de Deus, não posso me calar diante de tantos abusos e desrespeitos contra a Igreja de Jesus, a qual não é uma determinada denominação, mas um povo que se chama pelo nome do Senhor. Não posso me assentar em um trono de juiz para julgar se uma obra é de Deus ou não. Não podemos nos esquecer que a Igreja Católica Romana já foi uma autêntica obra de Deus. E o que virou? O que é a Igreja Romana hoje? Não precisamos tanger comentários sobre a Igreja Católica, sua história está ai para quem quiser ver. Meu alerta, nesse estudo, é para que a referida denominação não entre pelo mesmo caminho. As minhas observações serão feitas com bases no que eu mesmo tenho observado nesta denominação e o que tem sido vinculado pelos meios de comunicação. Alguns me disseram que tanger comentários negativos contra a referida seria pecado, pois só uma obra de Deus cresce tanto. A minha pergunta é a seguinte: Toda religião que cresce é de Deus? E os centros de macumbas são de Deus? Eles têem crescido. E o espiritismo moderno que tem se alastrado pelo mundo afora, é de Deus? E o que dizer do crescimento dos muçulmanos? Nem tudo que cresce pode ser definido como de Deus. Só que não estamos colocando a “Universal” no mesmo patamar das religiões citadas, mas tentando mostrar que obras de Deus tornaram-se malignas e que há muitas seitas que também estão crescendo. Acredito que, se alguém não tiver coragem de exortá-los, eles se tornarão como outras obras que começaram bem, mas terminaram na carne (Gl.3:3). Não estamos escrevendo este livrete para ser o tal que irá repreendê-los, mas para abrir os olhos de nossos irmãos.

Pr. João Flávio Martinez

          Segue abaixo uma relação de motivos que, de acordo com a Palavra de Deus, nos deixa preocupados com esta denominação:

SECTARISMO

          Sectarismo significa: partidarismo ou esp í rito de seita (dicionário Língua Portuguesa – Carvalho). Observamos esse partidarismo muito facilmente ao ligarmos a emissora da “Universal”. Pôr exemplo, a rede Bandeirantes exibe programas de outras denominações, a rede Manchete também, e a rede Record? É impressionante como pode uma emissora comprada com o dinheiro dos servos de Deus(essa informação foi vinculada pelos meios de comunicação) ser tampouco usada para os próprios membros, imagine para as outras denominações!  Os pastores de outras Igrejas só participam da Rede Record quando a Receita Federal ou a Rede Globo se voltam contra a “Universal”. Aí, meu amigo, eles são “evangélicos”. Convidam os seus “colegas” para participar da defesa da “Igreja de Cristo”.

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         Outro fato é que quando um membro sai da sua denominação, as vezes excluído, e vai para “Universal”, não há a preocupação em saber do estado que aquela pessoa saiu de sua igreja e muito menos mandam a pessoa voltar lá e se consertar, obedecendo assim a determinação da Bíblia (Ap.2:5). Convidam descaradamente membros de outras denominações para participarem dos seus cultos. Outro dia, ouvia um programa de rádio e o pastor dizia: “Meu amigo e minha amiga venha à” Universal “não importa qual seja a religião; católico, espírita, macumbeiro ou até mesmo evangélico. É isso mesmo meu amigo e minha amiga, você que tem freqüentado até mesmo uma igreja evangélica e a sua vida não tem mudado (falava isso como que se a culpa fosse da outra igreja evangélica) vem para a Universal que  nós garantimos que a sua vida vai mudar”.

Veja, isso passa e extrapola a casa do sectarismo e chega a ser proselitismo. Se isso não é falta de respeito com os demais eu não sei mais o que seria ética.

  CONVERSAS COM OS DEM Ô NIOS

          A Bíblia é clara, o Diabo e seus demônios são mentirosos e neles não há verdade (Jo.8:44) e que nos últimos dias, alguns religiosos, dariam ouvidos a espíritos de demônios. Leiamos:

 “Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”. (ITm4:1)

“Mas Jesus o repreendeu (o demônio), dizendo: Cala-te, e sai dele”.(Mc. 1:25)

         Ficar conversando com demônios não é recomendável e nem neo-testamentário.  Há sempre o perigo de estarmos sendo enganados pelo inimigo. Veja, o próprio Senhor Jesus não dava lado para esses espíritos imundos e os mandava sair logo de uma vez. Quando oramos pela libertação de uma pessoa quanto mais rápido melhor. Devemos entender que para o possesso aquela situação é constrangedora e sofrível. Devemos nos preocupar com o estado do endemoninhado e usarmos toda nossa fé e empenho para a libertação ocorrer rapidamente. O que vemos, entretanto na prática, é muito triste. Pessoas sendo arrastadas por corredores enormes e as vezes até de joelhos, iniciando assim o diálogo com o demônio. Nesse período a pessoa fica cansada e até machucada pela luta corporal que acontece. Muitas vezes tudo isso poderia ser resolvido com o uso de uma frase determinada pelo pastor, que é: “Sai em o nome de Jesus”(Mc.16:17) e pronto, o sofrimento terminaria. Fico pensando como fica a pessoa possessa diante da família e dos amigos que vão com ela ou até mesmo assistem pela TV. Tudo isso poderia ser evitado com amor e carinho e sem abuso da autoridade que Deus nos dá, mas preferem o sensacionalismo.

         Muitos, dos que vão até lá, nem vão para ouvir a Palavra de Deus, mas para ver os demônios se manifestarem com se fosse um espetáculo. Bom seria se as pessoas fossem a igreja para ver a manifestação do Espírito de Deus, manifestação essa, considerada do diabo por alguns líderes da “Universal”, pois dizem que só endemoninhado é que vão para o chão. Que Deus nos ajude!

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INVOCA ÇÃ O DE DEM Ô NIOS

         Certa feita nossa Igreja mudou-se para muito longe da casa de uma de nossas obreiras e por causa da distância e dos filhos, ela pediu permissão para congregar em uma denominação perto de sua casa. Ficamos sabendo que a mais próxima era a “Universal” e com alegria, por ser a mais próxima, liberamos a nossa irmã. Depois de algum tempo a irmã voltou para a nossa igreja e procuramos saber o motivo. Ela nos narrou o seguinte: “Pastor, Deus me livre daquilo. Estávamos no meio do culto, quando foi colocada uma música estranha que parecia música de terror. O pastor começou a dizer: “Exu-caveira, pomba-gira, tranca-rua, venham aqui e se manifestem. Manifestem agora, saiam da encruzilhada e manifestem-se nesse corpo agora”. Eu comecei a sentir uma aproximação de algo ruim perto de mim e como sou serva de Deus e aprendi que todos os filhos de Deus tem autoridade, levantei as minhas mãos e disse que não aceitava aquilo na minha vida. De repente a mulher ao meu lado caiu possessa. Fiquei pensando que se eu não tivesse conhecimento da Palavra de Deus aquilo ia me pegar”.

         Quando ouvi esse testemunho de nossa irmã fui lá algumas vezes para ver se era assim e confirmei a história. A Bíblia nos mostra que devemos evitar o nome dessas entidades e procurarmos nem mencioná-los em nossas bocas.

          Leiamos:  “Aqueles que escolhem a outros deuses terão as suas dores multiplicadas; eu não oferecerei as suas libações de sangue, nem tomarei os seus nomes nos meus lábios”.(Sl.16:4). No começo do nosso ministério aprendemos a ficar dando nomes a esses espíritos, mas com a revelação da Palavra de Deus evitamos agora cometer esse sacrilégio. O pior disso tudo é que isso é invocação a demônios praticado por centros de macumba e exorcismo  (diferente de libertação, pois exorcismo é a manipulação de espíritos malignos).

Veja o que fala, sobre este assunto, o Dr. Romero:

“Em alguns círculos evangélicos, os pregadores da libertação chegam a instigar os demônios para que se manifestem, dando-lhes ordens como: “Comece a manifestar aí, Exu Tranca-rua, comece a manifestar, Exu Caveira”,(...) e uma lista de nomes de orixás da umbanda e do candomblé são mencionados. Parece até ser uma reuni ã o de invoca çã o aos dem ô nios . Não vemos tal modelo na Bíblia. Nem Jesus nem os discípulos mandaram os demônios se manifestarem. As manifestações demoníacas na Bíblia foram espontâneas (veja: Mc.1:23,24: 3:11). A simples presença de Jesus era o bastante para que o inimigo se manifestasse. O mesmo acontecia com os discípulos. Quando esteve em Filipos, Paulo não mandou que o espírito que possuía uma jovem se manifestassem. Muito ao contrário, sentiu-se incomodado com as declarações e o demônio foi expulso (At.16:17-18). Basta a presença do Senhor na Igreja ou na vida do cristão para o inimigo ficar incomodado. O culto cristão deve ser centralizado no Senhor. O objetivo principal do povo de Deus ao se reunir é adorar a Deus em espírito e em verdade”.

A Ê NFASE EXAGERADA SOBRE D Í ZIMOS E OFERTAS

          Gostaria de deixar claro que o dízimo e as ofertas são santos e do Senhor (Ml.3:7-18). Essas contribuições são tiradas em todas as Igrejas que realmente crêem na Palavra de Deus. A “Universal” de maneira alguma erra em ensinar isso ao povo, entretanto tudo o que é em demasia foge do propósito e padrão divino (Ec.7:16). Certo pastor disse com

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razão que: “heresia não é totalmente uma mentira, mas um exagero da verdade”. Há, com certeza, fundamentos nessa afirmação fazendo com que nos preocupemos com nossas igrejas e seu nível espiritual. É como nos alimentarmos só com um tipo de comida, por melhor que ela seja, trará prejuízos a nossa saúde, ficaremos sem as vitaminas e proteínas necessárias. Certa feita foi dito por um dos líderes dessa igreja, algo parecido como: “Temos que saber tirar as ofertas, ou dá ou desce, mas tem que dá”. Suas reuniões, na maioria das vezes, se resumem na mensagem dos “dízimos e ofertas”. Devemos ensinar essas coisas sem se esquecer das demais. Veja o que o Senhor Jesus fala: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas” (Mt.23:23).   O Senhor mostra nesse versículo que não basta só pregarmos sobre o dízimos, temos que falar sobre a justiça, sobre a misericórdia e sobre a fé. Não basta termos uma igreja que só dízima, mas temos que ter uma Igreja santa (Ef.5:27) que conheça o juízo e exerça misericórdia com fé no seu coração. Espero que um dia, a referida igreja, consiga atingir todos os seus alvos e tenha temperança nessa área, pois Jesus está a porta e vem buscar a sua Igreja, pior do que a situação financeira do nosso país é o estado espiritual que nos encontramos.

         Que possamos nos levantar e espremermos a ferida do pecado que tanto nos assola e traz miséria. (Leia: Is.1; ITs.5:23; Heb.12:14).

A CONFIAN Ç A EM AMULETOS

          Acreditamos que a fé das pessoas deve e tem que ser estimulada. Infelizmente, vemos que nessa tentativa a “Universal” está usando um sistema não ensinado pela Bíblia. Sistema este cuja a base é a troca da fé genuína, pela fé no visível e palpável. Nós, que somos protestantes, somos conhecidos por crer no Deus invisível e não aceitar o palpável (Jo.20:29). Como aceitar essa doutrina dos amuletos? Cornetas, espadas, sal grosso, arruda, rosa, enxofre e muito mais. Isso tudo é inaceitável, visto não ter bases bíblicas e nunca ter sido praticado pela Igreja primitiva. Devemos ter em mente o nosso verdadeiro alvo, a fé viva em Cristo Jesus, invisível, mas real (ITm.1:17).

“...fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé...”(Hb.12:2). Esse desvio de alvo tornou-se tão sério que as pessoas da “Universal” precisam quase sempre de um objeto para que sua fé funcione. Certo dia encontrei um irmão, amigo meu, que lá congregava. Nesse nosso encontro ele mostrou-me uma corneta e tocou bem forte. Após isso me perguntou: “Você sentiu?”. “Senti o que?”. “O poder” - disse ele. Demonstrei na minha fisionomia que não havia entendido nada e então ele explicou-me: “É uma corneta ungida e o pastor nos disse que tem poder, poder tão forte que expulsa até demônios.” Chocado eu lhe expliquei que só no nome de Jesus havia poder para tal(Mc.16:17) e que eu não sabia que a “Universal” estava dando aquilo para seus membros. Ele, um tanto chateado, disse: “Dando não, eu paguei cem reais!”. Depois  dessa conversa, disse até logo e fui embora. Relatei esse fato para mostrar que se não for feito nada a coisa não vai ficar  boa. Uma vez ou outra nos deparamos com estes amuletos dependurados nas casas dos seus membros.

         O Senhor JESUS nos deu autoridade para ordenar, e não usar de amuletos, e artimanhas, não nos esquecendo que estes amuletos não são de graça, custam caro. 

OVELHAS QUE N Ã O CONHECEM SEU PASTOR

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          As ovelhas da “Universal” não conhecem os seus pastores; como vivem, se são casados e vivem bem no casamento; onde moram e o que faziam antes... Enfim, as ovelhas desconhecem quem está ministrando. É vetado às suas ovelhas a mesma dedicação que os irmãos de Beréia tinham ao examinar aquilo que lhes era ministrado, isto é, quando o Apóstolo Paulo pregava aos irmãos na cidade de Beréia, eles tinham a liberdade de examinarem nas escrituras se estas coisas eram mesmo assim como era pregado (Atos 17:10 e 11). Isto inclui a vida moral e social que Paulo tinha, pois como crer na palavra de alguém que eu nem sei quem é? Não digo que deva se fazer uma investigação, chamar um detetive para saber da vida do pastor, mas tenho que saber pelo menos o básico. Essas ovelhas são como ovelhas que não têm pastor, pelo fato de não conhecê-los, pois a Palavra de Deus nos diz que “... a ovelha conhece o seu pastor” (Jo.10:4 e 14) .A “Universal”, mais poderia ser comparada a uma empresa, assim também  como a um banco. Você reconhece que aquele homem, da mesa mais bonita, é o gerente. Sabe que  o gerente esta ali para te ajudar, ainda que pensando no seu dinheiro e naquilo que você pode dar como lucro, só que você não o conhece além do balcão do banco. Será que é assim que a Igreja de Jesus deve ser pastoreada? Claro que não! Acreditamos que deve haver um relacionamento concreto entre as ovelhas e o pastor, pois foi isso que o Senhor Jesus, o supremo pastor, nos ensinou. Ainda assim afirmam que seus membros têm que se firmar na Igreja e não no pastor, tirando de si todo o compromisso pastoral. (Leia: Jr.3:15; Jo.10:4)

BATIZAM AS PESSOAS V Á RIAS VEZES

 “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um s ó batismo ; um só Deus e

Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos”(Ef.4:4-6).

         O batismo na Bíblia é simbolismo de morte e ressurreição com Cristo (Cl.2:12; Rm.6:4), por isso deve ser único. O Senhor Jesus morreu uma única vez por todos nós e não muitas vezes.

Quando eles praticam, o que poderíamos chamar de rebatismo, estão crucificando varias vezes o filho de Deus: “Porque é impossível que os que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; visto que, quanto a eles, estão crucificando de novo o Filho de Deus, e o expondo ao vitupério”(Hb.6:4-6). Notem que o autor da carta “Aos Hebreus” deixa claro que Jesus morreu uma única vez e que todos nós devemos valorizar isso. Como? Não desprezando o nosso primeiro compromisso e valorizando o nosso batismo. Na “Universal” não são só as pessoas não salvas que são batizadas, mas também todos aqueles que querem fazer um “novo voto com Deus”. Quando vemos aquela grande multidão a passar belo batismo nem imaginamos que lá no meio há um grande grupo de membros batizados em outras denominações e gente que já foi batizado ali mesmo. Sabemos disso, pois ali esta prática é comum a quem quiser ver. Só que isso, é inaceitável de acordo com a Palavra de Deus que diz bem explicitamente: “um só Senhor, uma só fé, um s ó batismo ” . Não devemos brincar com a graça de Deus, batismo é coisa séria e deve ser único, caso contrário é zombaria ao nome do Senhor.

ESC Â NDALOS

Escrito por Pr. Afonso Martins

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“Jesus, porém, disse: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não estás pensando nas coisas que são de Deus, mas sim nas que são dos homens” (Mt.16:23).

         Temos visto inúmeros escândalos que deturpam e envergonham o nome do Senhor Jesus, é  claro que os servos de DEUS são perseguidos e injuriados, mas seria ridículo usar desta desculpa para encobrir os escândalos. No Congresso Nacional surgiu o pedido de CPI para investigar como a “Universal” se enriqueceu. Estima-se que seu faturamento gira em torno de 800 milhões de dólares, são comparados a uma empresa de grande porte como  Pirelli e Alcoa (Veja - Ano 28/N 43). O ex-pastor Carlos Magno, afirmou que chegou a receber cerca de 40 mil dólares por mês por bonificações geradas pelas igrejas de sua responsabilidade, e podem receber algo em torno de R$ 5 mil por mês, mais percentual de acordo com o crescimento das ofertas. E aqueles que conseguem aumentar a arrecadação utilizando-se de várias campanhas, passam a ter seu trabalho recompensado também com aparições em programas de Rádio e TV (Vinde - Ano 3/n33). Tudo isto nos dá a entender que, para se crescer como pastor nesta denominação tem que se produzir, mas produzir o quê? Ovelhas? Não!, dinheiro mesmo, e muito dinheiro ! O ex-pastor Mário Justino, desta Igreja, recebeu asilo político do governo dos EUA, ao declarar-se ameaçado pela cúpula da denominação, ele escreveu o livro NOS BASTIDORES DO REINO fazendo graves denuncias contra líderes desta Igreja, inclusive escândalos sexuais e desvios de recursos oriundos das ofertas dos fiéis(Vinde).  Um dos seus Bispos afirmou que o diabo é um sujeito barbudo, que fala com a língua presa e tem um dedo a menos numa das mãos, arrebentando contra o ex-candidato Lula.

           É assim que devemos tratar as pessoas?(Ex-Revista Vinde) Você já notou como eles tem o poder de abafar aqueles que saíram do seu reino? Onde se encontram hoje o bispo Renato Suet , o bispo Ronaldo Didini, e muitos outros que deixaram aquele reino. E o escândalo do chute na imagem da Aparecida? E muitos outros escândalos que dia a dia surgem e atrapalham aqueles que querem fazer a obra com sinceridade. Leiamos: “ Disse Jesus: É imposs í vel que n ã o venham esc â ndalos, mas ai daquele por quem vierem! Melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pesco ç o uma pedra de moinho e fosse lan ç ado ao mar, do que fazer trope ç ar um destes pequeninos ” (Lc.17:1,2).

FINALIZA ÇÃ O

Não queremos ser polêmicos, nem causar controvérsias, nem ferir alguém ou alguma instituição, mas apenas alertar os mais incautos. Oramos para que Deus possa iluminar a liderança desta denominação para que possamos servir a Deus num espírito fraterno e humilde. O que não é o caso na referida igreja que possui um orgulho denominacional em detrimento as outras denominações. Que possamos unir nossas forças para ganharmos almas para o reino de Deus - o céu.

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CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL (CCB)

"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores." Mateus 7:15

I  - Dados Históricos:

Fundada em 20 abril de 1910, pelo italiano Louis Francescon, na cidade de Santo Antonio da Platina, no Estado do Paraná, Brasil. O nascimento de Francescon deu-se em 29 de março de 1866, em Cavasso Nuovo, Província de Udine - Itália, e sua morte em 07 de setembro de 1964, na cidade de Oak Park, Illinois - Estados Unidos.

Tendo imigrado para os E.U.A em 03-03-1890, Francescon filiou-se a igreja Presbiteriana Italiana de Chicago, onde foi eleito diácono e posteriormente ancião. Separou-se da igreja por ter tido uma "revelação divina" de que o batismo desta estava errado. Vem para o Brasil e funda a seita no Paraná, e em fins de junho do mesmo ano vem a São Paulo, e batiza 20 pessoas oriundas de denominações evangélicas e alguns católicos. Em 1943 é publicada a primeira edição em português do hinário de uso exclusivo da CCB - "Hinos de Louvores e Súplicas a Deus", até então só se cantava em italiano.

Francescon antes de falecer abriu trabalhos na Argentina e nos Estados Unidos, que com o tempo se transformaram em denominações evangélicas. Na Argentina o trabalho de Francescon foi incorporado a Igreja Cristã Pentecostal da Argentina, e nos Estados Unidos uniu-se as Assembléias de Deus Pentecostais Italianas formando assim uma nova denominação evangélica - a Igreja Cristã da América do Norte. O que aconteceu nesses países infelizmente não foi o que aconteceu no Brasil. Com sede na cidade de São Paulo, a CCB apresenta doutrinas seriamente questionáveis, verdadeiras heresias mantidas em prejuízo da integridade do evangelho.

II - Fontes de autoridade

(1) Mensagens recebidas no momento do culto ("buscar a palavra")

(2) Literatura da Congregação *Histórico da Obra de Deus revelada pelo Espírito Santo, no século atual: conta a origem e desenvolvimento da CCB.

*Pontos de Doutrina e Fé que uma vez foi dada aos santos: É o manual de doutrinas da CCB.

*Mensagens: Uma série de "profecias" dadas aos adeptos da CCB.

*Histórico e instruções as orquestras: Instruções aos músicos da CCB. (3) A Bíblia: Somente na tradução de João Ferreira de Almeida Atualizada (ARA), e de acordo com a visão dos anciãos.

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III - Doutrinas

1.Afirmação de serem a única igreja verdadeira de Deus na Terra

  A CCB é exclusivista, rejeita e ataca as denominações cristãs, e não as reconhecem.

Refutação:

Jesus não aceita tal tipo de exclusivismo (Marcos 9:38-41; Mateus 23:13). A salvação não está em uma organização religiosa, mas somente no Senhor Jesus (João 14:6; Atos 4:12; Colossenses 1: 14,18; I Timóteo 2:5). Jamais uma organização religiosa poderá gloriar-se de ser o "caminho", pois esta posição há muito já está ocupada! Somente Jesus Cristo pode salvar o homem. Ele não é apenas um caminho, mas o caminho, a verdade e a vida (João 14:6). Todo aquele que crê no Senhor é salvo, e faz parte de Sua Igreja (Romanos 10:9-10,13; I Coríntios 1:2; João 1:12;Efésios 1:13,22-23).

A Igreja do Senhor é um organismo espiritual, invisível, universal, composta por todos os crentes em Cristo, do mundo todo, de todos os tempos, desde seu início no Pentecostes até consumação dos séculos.(Mateus 16:18; Romanos 10:11-13;I Coríntios 1:2; Efésios 3:21,5:25; Hebreus 12:23;etc). O exclusivismo religioso da CCB prova que seus adeptos estão contra o Espírito Santo de Deus, cuja principal obra é a da unidade espiritual (I Coríntios 12:13; Efésios 2:16-22, 4:3-6). Confiar em uma organização religiosa para a salvação é uma espécie de idolatria (Jeremias 7:1-14, Atos 19:24,27,35). Nas reuniões da "irmandade" até mesmo os testemunhos que dão exaltam sua organização religiosa. Essa atitude é totalmente contrária ao Espírito Santo de Deus, que exalta, testifica e glorifica somente o Senhor Jesus Cristo( João 15:26-27, 16:14). A característica de todo aquele que serve a Deus, ou seja, de um cristão, é de ter comunhão com outros cristãos (I João 1:7; Salmo 133:1). Assim como no judaísmo havia a seita dos fariseus, que era extremamente exclusivista e legalista a ponto de "fechar o reino dos céus aos homens” (Mateus 23:13), assim procedem os adeptos da CCB, incorrendo na reprovação do Senhor Jesus por tal prática.

2.Regeneração batismal

Para a CCB o batismo é necessário para a salvação, e somente o administrado pelos anciãos é verdadeiro e válido.

Refutação:

Pregar o batismo salvífico, é pregar outro evangelho (Gálatas 1:6-9; Atos 15:1,9,11; Romanos 1:17; II Coríntios 11:4). Quem regenera é o Espírito Santo, quando a pessoa se arrepende de seus pecados e crê em Jesus (Tito 3:5-7; I Pedro 1:18-19). O batismo não lava pecados e sim o sangue de Cristo (I João 1:7; Apocalipse 1:5, 5:9-10). Pergunta-se então ás seitas que apregoam a regeneração batismal - "Se o batismo é essencial para a salvação, então o que acontece com alguém que recebe Jesus como Salvador, e ainda não é batizado, e sofrendo um acidente vem a falecer? Ele vai para o céu, ou para o inferno? Se ele vai para o céu, então o batismo não é uma exigência para a salvação? Se ele vai para o inferno, então a fé em Jesus não é suficiente para salva-lo?" O ladrão na cruz foi salvo sem ser batizado (Lucas 23:42-43). O batismo assim como

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a ceia do Senhor são apenas simbólicos, a salvação está na realidade que eles apontam - o Senhor Jesus (João 14:6; Atos 16:31; Romanos 10:9-10,13; Efésios 2:8,9; compare Mateus 3:15 com Tito 3:5). Cornélio e sua família receberam o Espírito Santo como selo de salvação antes do batismo (Atos 10:44-48). O evangelho de salvação é distinto do batismo (I Coríntios 1:17; Romanos 1:16). A doutrina do batismo salvífico adotada pela CCB é a mesma da Igreja Católica Apostólica Romana, ambas as seitas interpretam falsamente João 3:5 - "nascer da água" como sendo o batismo nas águas. A palavra "água" de João 3:5 refere-se à Palavra de Deus (João 4:14, 6:63, 15:3;I Pedro 1:23; Efésios 5:26; Tiago 1:18).

Os adeptos da CCB se assemelham aos judaizantes que perturbavam a igreja primitiva, enquanto os judaizantes pregavam que sem a circuncisão a salvação não era efetuada (Atos 15:1), os adeptos da CCB pregam que sem o batismo a salvação não é efetuada. O interessante é que o batismo cristão é comparado por Paulo a circuncisão judaica (Colossenses 2:11-12). Essa pregação da CCB é um outro evangelho (Gálatas 1:7-9)

3.Rejeição do estudo da Bíblia

A CCB rejeita o estudo da Bíblia, e taxa os que a estudam de "carnais".

Refutação: Veja as definições de estudar de acordo com o dicionário Aurélio:

[De estudo + -ar2.] V. t. d. 1. Aplicar a inteligência a, para aprender: 2. Dedicar-se à apreciação, análise ou compreensão de; examinar, analisar: 3. Observar atentamente: 4. Procurar fixar na memória; esforçar-se para saber de cor: 5. Freqüentar o curso de; cursar: 6. Examinar ou observar atentamente: 7. Exercitar-se ou adestrar-se em: 8. Ensaiar previamente (uma atitude, um gesto, um acessório, a posição dum objeto, etc.), para ter idéia do efeito: V. int. 9. Aplicar o espírito, a memória, a inteligência, para saber, ou adquirir instrução ou conhecimentos. 10. Exercitar-se, adestrar-se. 11. Ser estudante: 12. Ser estudioso: 13. Meditar, pensar; assuntar: 14. Bras. N.E. Ficar em pé, diante da manjedoura, sem comer (o animal cavalar ou bovino). V. p. 15. Aprender a conhecer-se; observar-se; analisar-se. Devemos estudar tudo, o que inclui a Bíblia (I Tessalonicenses 5:21;I Timóteo 4:13,15; II Timóteo 2:15, 4:13;Mateus 13:52; Atos 6:2,4;Provérbios 9:9, 4:20-22;Salmo 1:2, 119:97-99). Deve se desconfiar de qualquer grupo ou instituição religiosa que proíba o estudo da Bíblia pelos seus membros. Pois, isso mostra que se o estudo é proibido, existe fragilidade doutrinária no seu corpo doutrinário, e que suas doutrinas de inspiração humana e muitas vezes diabólicas não podem ser avaliadas, julgadas ou criticadas por um juízo maior - a Palavra de Deus. Aquele que lê a Bíblia é bem-aventurado (Apocalipse 1:3; Isaías 34:16; Efésios 3:4). Devemos meditar e decorar (guardar no coração) a Bíblia (Salmo 1:2,119:11). A característica de todo aquele que pertence a Deus é dar valor à Sua Palavra (I Pedro 1:25-2:2; Salmo 119:47,48,97, 105,167; Provérbios 10:14). O estudo da Bíblia produz vida, porque a Bíblia é a própria Palavra do Espírito Santo de Deus (João 6:63; Hebreus 4:12; I Pedro 1:23; Efésios 6:17;Tiago 1:18,21; Josué 1:8; Salmo 1:2-3, 19:7-10, 119:6,25,50,93,97-100,107,148,154; Provérbios 5:20-22, 15:14; João 15:7; Atos 6:2,4; I Timóteo 4:13-15; II Timóteo 2:15, 3:15-17;etc). O antiintelectualismo (irracionalismo) apregoado pela CCB é uma forma de conformação com o mundo, um mundanismo, semelhante ao paganismo, e uma válvula de escape para fugir à responsabilidade, dada por Deus, do uso cristão de nossas mentes (II Coríntios 4:4; Efésios 4:17-21; Atos

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17:23;Salmo 32:8-9,73:22; Provérbios 6:6-11; Isaías 1:3,18, 26:3; Jeremias 8:7; Jó 38:3, 40:7; etc). Uma mente cristã é uma mente treinada, informada, e equipada para manusear os dados bíblicos. (Romanos 10:2; Jeremias 4:22; Provérbios 30:2; Oséias 4:6; Isaías 5:13; Provérbios 1:2, 3:13-15; I Pedro 1:5; I Coríntios 2:6, 3:1-2; Hebreus 5:11 a 6:3; Filipenses 1:9-11; Colossenses 1:9-10; Lucas 10:27; I Coríntios 14:20; Romanos 12:1-2; Filipenses 4:8; II Coríntios 5:11; Atos 17:2-4, 19:8-10; Isaías 34:16; Daniel 10:13; Provérbios 2:1-6; Deuteronômio 17:19; I Pedro 3:15; II Pedro 3:18;etc) A forma como a CCB apresenta o Espírito Santo sendo contra o conhecimento e estudo da Palavra de Deus, revela que eles crêem em outro "Espírito" (II Coríntios 11:4; I João 4:1) diferente daquele que é apresentado na Bíblia (II Timóteo 3:16-17; II Pedro 1:11-12, 23-25, 2:1-2; II Pedro 1:20-21, 3:18). O Espírito Santo é chamado de Espírito da Verdade e nos guiará a toda a verdade (João 16:13), e de acordo com Jesus a Palavra de Deus é a Verdade (João 17:17). Não é de Deus o ensino de que não se deve estudar ou examinar a Bíblia, certamente essa rejeição do estudo bíblico é muito apropriada para a seita, visto que se os adeptos começarem a estudar a Bíblia verão que suas crenças estão muito distantes e contrárias ao ensino bíblico (Salmo 119:9,11,15,45,67; Isaías 8:20; Mateus 22:29; João 8:31-31; Efésios 4:13-15; Colossenses 3:16). Os hereges gnósticos no primeiro século tão combatidos pelos apóstolos, propagavam que o conhecimento era adquirido por meio da "gnose", que era um conhecimento adquirido não pelo estudo e meditação racional, mas por meio de uma iluminação mística espiritualista. Tal heresia está mascarada com uma roupagem "cristã", e é propagada pela CCB. Como a Igreja Católica, na época de Martinho Lutero, temia perder o controle das pessoas, se elas estudassem e conhecessem a Bíblia, assim age o "ministério espiritual" da CCB proibindo seu estudo.

4.Uso de um "pedacinho de pano" ou lencinho como véu

As mulheres da CCB são obrigadas a usarem um "pedaço de pano" ou lencinho durante o culto, que equivocadamente chamam de véu.

Refutação:

O véu no Antigo Testamento não era um "pedaço de pano" ou "lencinho" em cima do cabelo, mas envolvia toda a cabeça, o que incluía o rosto, cobrindo-o (Gênesis 24:65; Isaías 25:7; II Coríntios 3:13).O pedacinho de pano que as mulheres da CCB usam é idêntico ao que é usado pelas seitas Católicas. O assunto de Paulo em I Coríntios é o cabelo das mulheres e dos homens em relação a sociedade de Corinto(I Coríntios 11:14 e 15).Em tal sociedade o cabelo comprido para as mulheres e o curto para os homens denotava decência (versos 6 e 14). Entre os judeus não havia problemas no uso do cabelo comprido para os homens, visto que até mesmo foi instituído por Deus a lei dos nazireus onde os mesmos não passavam navalha na cabeça (Veja Números 6:1-8; Juízes 16:17-19; II Samuel 14:25-26)e alguns homens judeus até mesmo tinham o costume de usarem uma cobertura material para a cabeça(Levítico 16:4; Ezequiel 24:17; Daniel 3:21), e no caso das mulheres judias haviam ocasiões em que elas precisavam raspar os cabelos,isso sem haver nenhuma implicação moral (Levítico 13:29-33; Números 6:1-2,8-9,18-19).

Não é possível que Paulo tivesse insistido em que as mulheres gentias de Corinto seguissem uma prática distintamente judaica do uso do véu, já que seria contra o seu próprio ensino de não impor costumes e leis judaicas (tais como a circuncisão) aos crentes gentios (Atos 15:1,19-20,28-29, 21:25). O uso do véu na sociedade greco-romana

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do primeiro século não era comum, sendo entretanto uma prática distintamente oriental da época. Nos círculos gentios a questão girava em torno do penteado e cabelo das mulheres (Veja I Timóteo 2:9). No verso 15 de I Coríntios 11 a palavra grega traduzida "em lugar de" ou "em vez de" ("anti") transmite a idéia de substituição, ela é usada para indicar que uma pessoa ou coisa é, ou deve ser substituída por outra, então temos que "o cabelo foi dado em lugar de véu". Em resumo vemos que: a. O pedaço de pano usado pelas mulheres da CCB é o mesmo adotado pelas Igrejas Católica Apostólica Romana e Católica Ortodoxa, e não o véu tais como as mulheres judias usavam. b. O texto de I Coríntios 11 trata do comprimento do cabelo para homens e mulheres tendo em vista o costume da sociedade gentia de Corinto. c. Paulo não impôs nenhuma prática judaica para os cristãos a não ser as mencionadas em Atos 15:19-20. Quando Maria de Betânia ungiu a Jesus, isto é, seus pés e depois os enxugou, não o fez com um véu, mas com seus cabelos, e o Mestre não a condenou por isso (João 12:1-3). Pedro recomendou ás irmãs que deviam cobrir , não a cabeça, "mas o homem encoberto no coração; no trajo incorruptível de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus".(I Pedro 3:3,4).

5.Rejeição do cargo de pastor

A CCB ataca e repudia o cargo de pastor.

Refutação:

Jesus foi quem instituiu os pastores na igreja (Jeremias 3:15, 23:4;João 21:15-17; Efésios 4:11). A Igreja cristã possui pastores (Efésios 4:11; I Pedro 5:2;Hebreus 13:7,17). Jesus é o Sumo Pastor (I Pedro 5:4), se há o Sumo Pastor, há também os sub pastores ou apenas pastores (Jeremias 3:15, 23:4; Efésios 4:11). Se o fato de Deus ter sido chamado Pastor anula o ministério pastoral, então também não poderiam haver os anciãos já que Deus é também chamado de Ancião(Daniel 7:9,13, 22) Deus tem seus pastores que fazem sua santa vontade na terra (Isaías 44:28). Jesus Cristo é reconhecido na Bíblia como Apóstolo, Profeta, Evangelista, Bispo, Pastor e Mestre (Hebreus 3:1; João 7:40; Deuteronômio 18:15; Efésios 2:17; I Pedro 2:25; João 10:11; João 3:2). Todavia os líderes na Igreja poderiam ser chamados de apóstolos, profetas, evangelistas, bispos, pastores e mestres (Efésios 4:11; Hebreus 13:7,17; Atos 13:1, 21:8; I Coríntios 1:1; Filipenses 1:1). A CCB ao combater os pastores que Deus deu à Igreja, combate e luta contra o próprio Deus. (Atos 5:37-38; Lucas 10:16)

6. O ataque ao sustento pastoral

A CCB ensina que é errado o sustento pastoral.

Refutação:

O sustento pastoral é bíblico (2 Coríntios 11:8; I Timóteo 5:17-18; I Coríntios 9:4-14; Filipenses 4:15-19; II Timóteo 2:4). Jesus e os apóstolos viviam das ofertas que recebiam. Em João 12:6 lemos que existia uma bolsa onde eram depositadas as contribuições para o sustento deles (João 13:29; Lucas 8:3;Mateus 10:10; Lucas 10:7). Ao se opor ao sustento dos pastores consagrados ao ministério, a CCB se opõe a própria determinação da Palavra de Deus. (II Coríntios 4:2; Jó 24:13)

7.Rebatismo "em nome de Jesus"

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A CCB criou uma fórmula batismal estranha ao cristianismo, e que impõe como única verdadeira. Os adeptos da CCB são batizados "em nome de Jesus" e "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", uma quaternidade de nomes. Os que não são batizados dessa maneira, devem rejeitar a sua experiência anterior, e serem rebatizados "em nome de Jesus".

Refutação:

Essa doutrina é diabólica porque faz com que os evangélicos que se unem a CCB neguem a Jesus, pois a experiência anterior é negada (Mateus 10:33; II Timóteo 2:12).

A fórmula adotada pela igreja cristã, e que Cristo ensinou é "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", em nome de uma trindade, e não de uma quaternidade (Mateus 28:18-20). Quando Pedro em sua pregação disse que os que se converteram deveriam se batizar "em nome de Jesus", estava querendo mostrar que a ordem ou autoridade do batismo vinha de Jesus, e a fórmula que ele ordenou é "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Atos 2:38; Mateus 28:18-20). A menção do batismo em nome de Jesus encontra-se em passagens bíblicas que não tratam de fórmula batismal, e ,sim, de atos ou eventos do batismo. A prova disso é que em Atos 2:38 diz: "em nome de Jesus Cristo"; Atos 8:16 diz: "em o nome do Senhor Jesus"; Atos 10:48 diz: "em nome do Senhor"; e em Atos 19:5 se lê: "em nome do Senhor Jesus". Se essas passagens revelassem a fórmula batismal, seriam iguais, pois toda fórmula é padronizada, ademais não é possível que Pedro, dez dias depois da ordem de Jesus em Mateus 28:19, agisse de modo tão diferente alterando a fórmula batismal. Nada se deve acrescentar ou retirar da Palavra de Deus (Apocalipse 22:18-19; Deuteronômio 4:2; Provérbios 30:6). O rebatismo adotado pela CCB mostra que ela é uma seita herética, e não uma denominação cristã (Mateus 12:30, 23:15).

8. A expressão "te batizo" ao invés de "eu te batizo"

A CCB entende que ao dizer "eu te batizo" é a carne que opera e o homem se coloca na frente de Deus.

Refutação:

A CCB além de não conhecer a Bíblia, desconhece também, a língua portuguesa, quando afirma que deve-se dizer no ato do batismo "te batizo" ao invés de "eu te batizo". Que diferença há em dizer: "Eu te batizo" ou "Te batizo"?! O sujeito não está oculto? O oficiador do batismo é o homem, não se trata de presença sobrenatural para o efetuar (João 4:1-2; Mateus 28:19; Atos 8:38). Imagine você: se um homicida, na hora de matar alguém, disser: "te mato", e atirar. Será que o juiz não o condenará pelo fato de ele ter dito "te mato", pensando com isso não ter sido ele? Além do mais, se, pelo fato de utilizar a expressão "eu te batizo", estivermos aborrecendo a Deus, então João Batista teria ofendido a Deus, pois ele dizia "eu vos batizo com água" (Mateus 3:11)? Será que a CCB acha que João Batista era carnal e se colocava na frente de Deus?(Marcos 1:8; João 1:26).

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9.Rejeição do sistema de contribuição do dízimo

A CCB rejeita o sistema de contribuição do dízimo afirmando que ele apenas vigorou na lei.

Refutação:

O dízimo é anterior a lei (Gênesis 14:18-22). O dízimo é adotado pela lei (Levítico 27:32; Malaquias 3:8-10). O dízimo foi adotado na dispensação da graça pela igreja cristã (Hebreus 7:1-8). Abraão é chamado de pai da fé (Romanos 4:16; Gálatas 3:7-9), logo os cristãos de todo o mundo são filhos de Abraão. Melquisedeque por sua vez é um tipo de Jesus Cristo (Hebreus 7:1-3). O sacerdócio de Cristo tem a ver com o sacerdócio de Melquisedeque (Hebreus 7:17-21) e é um sacerdócio eterno, logo Abraão reconhece a superioridade de Melquisedeque, e dá-lhe o dízimo de tudo (Gênesis 14:20), assim o crente em relação a Cristo (Hebreus 7:8). Jesus não é contra o dízimo (Mateus 23:23).

Ao contrário do que se possa pensar, na CCB existem vários tipos de contribuições, que são: (1) oferta da piedade, (2) oferta para compra de terrenos, (3) oferta para fins de viagem,(4) oferta para conservação de prédios e,(5) oferta de votos, tais contribuições não são feitas publicamente, mas deveriam (Lucas 21:1-3). O texto de Mateus 6:1-4 refere-se a esmolas e não as ofertas, as ofertas devem ser dadas publicamente, e não as ocultas. Publicamente a CCB não faz coleta, de modo que a pessoa que lá adentra pela primeira vez tem a impressão de que na CCB não se fala em dinheiro, funciona tudo como com as Testemunhas de Jeová que fazem convites ao povo em geral e imprimem nos seus folhetos, "NÃO SE FAZ COLETA", o certo é que já fizeram de porta em porta quando venderam suas revistas. Como se recolhem todas essas ofertas se não são feitas publicamente? Tudo é colocado na mão do porteiro, logo na entrada do templo, onde os envelopes indicam o destino que se deve dar ao dinheiro. É assim que, hipocritamente, fazem-se contribuições mais numerosas e mais pesadas do que o dízimo, mas de modo oculto para os de fora.

10.Blasfêmia contra o Espírito Santo ligado ao adultério e a prostituição

O adepto da CCB que comete o pecado de adultério ou prostituição não tem mais perdão, porque "blasfemou contra o Espírito Santo".

Refutação:

Esse estranho ensino é antibíblico (I João 1:9; João 8:1-11). A blasfêmia contra o Espírito Santo é a rejeição absoluta de um coração endurecido ao rogo final de Deus (Marcos 3:28-30; Mateus 12:22-32; Lucas 11:14-22; João 10:37-38).É a rejeição deliberada e derradeira da obra especial do Espírito Santo que testemunha diretamente ao coração do pecador à respeito de Jesus como Salvador e Senhor, resultando assim na recusa total de crer, fechando então a porta para a salvação(João 16:7-11). Não existe nenhuma menção nas Escrituras que ligue o adultério a blasfêmia contra o Espírito Santo. O adultério e a prostituição de acordo com os apóstolos estão no mesmo nível de outros pecados (Romanos 2:21-23; I Coríntios 6:10-11; II Coríntios 12:19-21;Gálatas 5:3-5; Colossenses 3:5; Tiago 2:11-13; Apocalipse 21:8). Jesus ensinou que o adultério é cometido interiormente, antes mesmo do ato (Mateus 5:28;Marcos 7:20-23). O cristão que

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cometeu um pecado de natureza sexual na igreja de Corinto, foi disciplinado severamente, mas depois de seu arrependimento foi perdoado (I Coríntios 5:1-5,13 compare com II Coríntios 2:5-11). Esse ensino da CCB é notadamente de inspiração maligna e farisaica, pois leva o adepto da CCB que cometeu adultério ou algum pecado de natureza sexual a perder toda a esperança em Deus.(João 10:10; I João 2:1-2)

11.Sono da alma após a morte

A CCB ensina que após a morte o homem cai em um estado de inconsciência, semelhante ao sono, a que denominam em relação aos seus adeptos de "repouso dos santos", e que só após a ressurreição conhecerá o seu destino.

Refutação:

Após a morte, a existência é consciente, o cristão vai para junto de Jesus no céu, e o ímpio para o inferno (II Coríntios 5:1-8; Filipenses 1:21-25; Atos 7:56-59; Salmo 9:17; Provérbios 5:5; Mateus 18:9, 23:23; Lucas 12:5; 16:19-31; II Pedro 1:13-15) O erro fundamental desse ensino da CCB é de tomar a "morte" como extinção e aniquilação, enquanto que "morte" na Bíblia é separação(Eclesiastes 12:7). Deus é Espírito incorpóreo dotado de inteligência e vontade. Os anjos são igualmente incorpóreos, porém, inteligentes, ativos e perceptivos. Também as almas e espíritos humanos após a morte levam para a existência, no estado intermediário entre a morte a ressurreição, a vitalidade consciente e a expressividade volitiva, isto é, conservam todos os elementos racionais de um ser inteligente e espiritualmente dinâmico. A expressão bíblica "dormir" ou "adormecer" é usada quando se refere a morte como uma figura de linguagem, e apenas em relação ao corpo(Mateus 27:52;Eclesiastes 12:7; Gênesis 35:18; I Tessalonicenses 4:13-17; João 11:11-14). "Dormir" ou "adormecer" são figuras de linguagens apropriadas para o corpo, uma vez que a morte é apenas temporária, aguardando apenas a ressurreição, ocasião em que o corpo será "despertado". Além disso, tanto o ato de dormir quanto a morte possuem a mesma postura - o corpo permanece deitado. A palavra de Cristo na cruz ao ladrão arrependido: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso" (Lucas 23:43) é uma das muitas provas da consciência da alma imediatamente após a morte. A morte física é a separação da natureza imaterial do homem de sua natureza material (Gênesis 35:18; I Reis 17:22; Eclesiastes 12:7;Lucas 8:55). Paulo dá outros títulos à natureza material do homem (corpo) chamando de "homem exterior" e a natureza imaterial do homem (alma e espírito) chama-a de "homem interior" (Veja 2 Coríntios 4:16-18, 5:1-9). Destarte que a doutrina do sono da alma é antibíblica.

12.Rejeição da certeza de salvação

A CCB ensina que não podemos ter a certeza da salvação.

Refutação:

A Bíblia afirma que podemos ter certeza de salvação (João 3:16,18,36; Romanos 8:16; I Coríntios 1:18, 5:1; Filipenses 1:21 e 23; I João 5:12-13). Os que ensinam que não podemos ter a certeza de salvação, chamam Deus de mentiroso, negando o Seu testemunho (I João 5:9-13). A certeza de salvação do cristão está no fato de que ela não depende de seus méritos, mas dos méritos de Jesus Cristo alcançados na cruz do Calvário (João 10:28-29, 11:25-26; Romanos 4:24-25, 5:1,11,17, 8:1,4, 29-

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39;Filipenses 1:6 Apocalipse 1:5-6, 5:9-10). Você consegue imaginar os crentes do primeiro século, sendo devorados por leões e outras feras, sofrendo verdadeiro martírio nas arenas romanas, e não possuindo sequer certeza de salvação?! A história registra que o fato de possuírem segurança eterna, fazia-os louvar e exaltar o nome do Senhor, quando martirizados, o que enfurecia em demasia os imperadores romanos. Uma das características principais daqueles que pertencem a uma seita herética é a falta de certeza de salvação, isso porque, somente aqueles que crêem realmente em Cristo e possuem o Espírito Santo tem a convicção de que são salvos (Veja: Romanos 8:1,9-10,16; II Coríntios 5:1-2; Efésios 1:13-14; Filipenses 1:23; Colossenses 3:4; I Tessalonicenses 4:17; II Timóteo 1:12).

13.Oração somente de joelhos

A CCB ensina que a oração só é aceitável a Deus se for feita de joelhos.

Refutação:

Jesus orou em pé (João 11:32,41-43; Lucas 23:34-46). O publicano orou em pé e sua oração foi ouvida (Lucas 18:13-14). Temos diversos exemplos bíblicos que mostram orações sendo feitas em pé, andando, sentado, deitado e em outras posições (Mateus 9:27, 15:22,23; Jonas 2:1,2; Gênesis 18:22-33; Mateus 14:30; Lucas 18:13,14, 23:42-43,46; João 17:1;Atos 7:59,60; II Crônicas 20:5,6, 13-15; Isaías 38:1-5; Mateus 20:30-34; Atos 2:2; Salmo 4:4; Neemias 9:4-38;etc). Devemos orar em todo lugar , em todo tempo e sem cessar (I Timóteo 2:8; Efésios 6:18; I Tessalonicenses 5:17;Gênesis 18:22; Atos 2:1-4; I Reis 18:42; Jonas 2:1-3; Isaías 38:2-3; Salmo 4:3-4,8). Não é a posição do corpo que influi na resposta da oração, mas a situação do coração (Salmo 51:17, 66:18;Isaías 1:15-16; 59:1-2). Se formos seguir a linha de raciocínio da CCB as orações dos paraplégicos e doentes graves não seriam ouvidas, pois não podem se ajoelhar.

14.Rejeição da pregação do evangelho em lugares públicos

Os adeptos da CCB não pregam o evangelho, eles fazem proselitismo, e condenam todos aqueles que pregam em lugares públicos.

Refutação:

Essa doutrina coloca a CCB contra o maior pregador ao ar livre de todos os tempos - o Senhor Jesus! Jesus pregou muitas vezes o evangelho em lugares públicos (Lucas 13:26, 14:21,23; Marcos 1:14-16,20, 2:13, 6:56; Mateus 5:1, 9:35, 13:1-3, 8:1, 28:16-20, etc). Os apóstolos pregavam em lugares públicos (Atos 16:13, 17:17,34, 20:20, 28:1). A intenção dos adeptos da CCB ao se aproximarem dos evangélicos é desencaminha-los para a "verdadeira graça de Deus" que ao ver deles é sua organização religiosa, tal atitude revela a verdadeira face desse movimento, bem como quem está por trás dele. (Deuteronômio 13:1-4;Jeremias 2:11; Mateus 7:15; 23:15, 24:23-24; Efésios 4:14; II Coríntios 11:3-4,13-15) A pregação dos discípulos era para os que não conheciam Jesus como Salvador pessoal, e a mensagem que pregavam era o evangelho de Deus, o próprio Jesus, e nunca sua "organização religiosa" ou um "conjunto de doutrinas de homens" (Marcos 13:10;Lucas 2:10-11; I Coríntios 15:1-4;I Coríntios 2:1-2; II Coríntios 4:5; Romanos 15:20;Atos 2:22-24,36, 3:12-15,20, 4:10-12,17-18, 5:29-31,42, 8:35). Jesus jamais disse ao pecador: "Vinde ao templo para serdes salvos" pelo contrário diz à Igreja: "Ide por todo mundo, e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15).

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15.O uso de um beijo ritualístico como "ósculo santo"

A CCB insiste em afirmar que a saudação deles é o ósculo santo bíblico, e que somente eles obedecem a Bíblia integralmente. Contudo o "ósculo santo" praticado pela CCB é com distinção (homem beija homem e mulher beija mulher) e só em caso de viajem ou na despedida do culto.

Refutação:

O ósculo santo que a Bíblia mostra é dado em todo lugar e indistintamente (Gênesis 27:27, 29:11; I Samuel 20:41; Lucas 7:38-45, 15:20; Atos 20:37; Romanos 16:1,5-7,12-16; Gálatas 3:28-29). Seguindo o raciocínio da CCB deveríamos também praticar o lava-pés (João 13:14), mas tanto o ósculo santo como o lava-pés são costumes com raízes orientais, o cristão deve ater-se aos princípios que eles nos ensinam: o ósculo santo - o amor fraternal; e o lava-pés - a humildade(João 13:12-15; Romanos 16:16; I Pedro 5:5; Hebreus 13:1). Se os apóstolos quisessem que o ósculo santo fosse incorporado como doutrina, eles teriam dito o ósculo santo, assim como falamos do batismo e da ceia. Quando mencionado em algumas epístolas trata-se de apenas uma referência afetuosa, tendo o mesmo sentido de uma saudação nossa, quando por exemplo escrevemos à pessoas íntimas e pedimos para dar beijos nas crianças e um abraço neste ou naquele, e por isso é sempre mencionado no final das epístolas nas seções de despedidas, e não no começo ou no meio (I Coríntios 16:20-21; Filipenses 4:21; Colossenses 4:18; II Tessalonicenses 3:17; II Timóteo 4:19; Tito 3:15; Filemom 23).

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TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

Charles Taze Russell (1852-1916) Joseph Franklin Rutherford (1869-1942)

As Testemunhas De Jeová São Uma Seita?

Para sabermos isto precisamos perguntar: O que é uma seita? O Dicionário Aurélio – Século XXI define entre outras como: “Comunidade fechada, de cunho radical”. Ainda falando sobre o assunto A Sentinela de 15 de fevereiro de 1994 define: “São as Testemunhas de Jeová uma seita? Os membros de seitas com freqüência se isolam da família, dos amigos e até da sociedade em geral. Dá-se isso com as Testemunhas de Jeová?” Deixemos então que as próprias TJ’s  respondam através de suas revistas.

Será que elas se isolam da família e dos amigos?

 “Ainda há aqueles que pensam que podem permitir a si mesmos buscar associação com amigos ou familiares mundanos para entretenimento” (A Sentinela 15 de fevereiro de 1960 – em inglês)

Será que elas se isolam da sociedade?

“Não deve haver nenhuma parceria, nenhuma associação, nenhuma parte, nenhuma partilha com incrédulos. Por outras palavras, nenhuma associação com eles...” (A Sentinela 15 de fevereiro de 1960 – em inglês)

Será que se isolam daqueles que não concordam com seu ponto de vista?

“Não queremos confraternizar com pecadores deliberados, porque não temos nada em comum com eles.”  (A Sentinela 15 de Março de 1996)

São de cunho radical?

As TJ’s odeiam aqueles que têm pontos de vista diferente e se apartaram da Organização? Como elas os tratam?

“nunca os receba em seu lar nem os cumprimente...Estas são palavras enfáticas, orientações claras.” (A Sentinela 15 de Março de 1986 pág.13)

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Então ela é ensinada a odiá-los?

“Queremos ter a lealdade que o rei Davi evidenciou ao dizer: Acaso não odeio os que te odeiam intensamente, ó Jeová...?Odei-os com ódio consumado...” (A Sentinela 15 de Março de 1996 pág.16)

Agora preste atenção na hipocrisia:

“É verdade que as pessoas talvez discordem veementemente entre si nas suas crenças religiosas, mas não existe base para odiar uma pessoa só porque ela tem um ponto de vista diferente...” (o Homem em busca de Deus, pág. 10)

Então porque elas ensinam a odiá-los?

“Não tem sido culpadas de representar uma farsa por dizerem ‘amamos a Deus’ ao passo que odeiam seus irmãos de outra nacionalidade, tribo ou raça.” (Poderá Viver para sempre no Paraíso na Terra, pág. 189/90)”

O que temos lido acima pode ser chamado de amor?

Creio que já deu para perceber o perigo que corre os que se filiam a esta religião.Quanto a isto não precisamos nem de literatura para provar, pois os fatos falam por si. Olha para a vida de uma TJ, não permitem transfusões de sangue, não participam de feriados ou festas como natal, ano novo, aniversários. Não servem à pátria nos serviços militares e ainda se consideram a única religião verdadeira. Precisa mais para saber se eles são realmente radicais? Você gostaria de levar uma vida assim?

Sim, as Testemunhas de Jeová é realmente uma seita e como tal deve ser evitada. Jesus nos adverte quanto a este de religião ao dizer “Acautelai-vos dos falsos profetas”.

Histórico

Sobre a história das Testemunhas de Jeová, recomendo a leitura dos livros Como Responder às Testemunhas de Jeová, Testemunhas de Jeová - Comentário Exegético e Explicativo, e Provas Documentais, ambos os três publicados pela Editora Candeia, e de autoria de Esequias Soares da Silva. Também recomendo Desmascarando as Seitas, da Editora CPAD, de autoria de Paulo Romeiro/Natanael Rinaldi, O Império das Seitas Vol I, de Walter Martim, Editora Betânia e Deve-se Crer na Trindade, de Robert Browman Jr, editora Candeia. Todos são excelentes livros, e a maioria pode ser comprada em uma livraria evangélica, ou pela internet.

Mas acima destes livros, o melhor de todos, o qual você não pode perder, sabe qual é? A Bíblia! Nós, como seguidores de Cristo, temos de dar uma maior atenção ao conhecimento das Escrituras, observação e crítica de valores em desacordo com a Bíblia, e leitura de livros. O povo evangélico é o que menos lê. Será que se nós fôssemos Judeus ná época em que Cristo veio, não seríamos nós que o crucificaríamos por falta de conhecimento das Escrituras? Hoje, por falta de conhecimento das Escrituras, muitos cristãos são levados ao engano pelas seitas. Que Deus possa nos capacitar, e nos fortalecer, como corpo, para em Nome de Jesus, ser a luz do mundo, o sal da terra, e poder dar mais gosto à vida daqueles que trilham a vida sem sentido que é estar separado do Criador.

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O fundador da seita que conhecemos hoje como Testemunhas de Jeová, foi Charles Taze Russel. Russel nasceu em 1852, e teve ensinamento religioso em uma Igreja Congregacional. Russel porém, ainda bem jovem, rejeitou a doutrina do castigo eterno, e talvez por esse motivo se sentiu atraído pelas doutrinas adventistas. Russel mais tarde também abandonou o adventismo, e em 1870 fundou uma classe de estudos bíblicos, em Pittsburgh, Pensilvânia, EUA, da qual, em 1876, elegeu-se "pastor".

Russel passou a fazer discípulos e a publicar, em julho de 1879, uma revista chamada A Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo, com uma tiragem de 6.000 exemplares. Em 1884, Russel registrou a organização Zion´s Watch Tower Tract Society, que em 1886 publicou o primeiro de uma série de livros, cujo autor dos primeiros seis foi o próprio Russel. Hoje estes livros têm o nome de Estudos das Escrituras, mas primeiramente foram chamados de Aurora do Milênio. Para que você tenha uma idéia dos ensinamentos de Russel, observe este trecho da revista Watctower, de setembro de 1910, p. 298:

"Os seis tomos de Estudos das Escrituras constituem praticamente a Bíblia. Não são meramente um comentário acerca da Bíblia, mas praticamente a própria Bíblia... Não se pode descobrir o plano divino estudando a Bíblia. Se Alguém coloca de lado os Estudos, mesmo depois de familiarizar-se com eles e se dirige apenas à Bíblia, dentro de dois anos volta às trevas. Ao contrário, se lê os Estudos das Escrituras com as suas citações, ainda que não tenha lido sequer uma página da Bíblia, ao cabo de dois anos estará na luz"

    Aqui nós vemos a afirmação assombrosa de que não se pode ser salvo lendo a Bíblia. Os livros de Russel são postos acima da Bíblia. Hoje em dia não é muito diferente, pois as Testemunhas de Jeová (todas elas) lêem A Sentinela, e Despertai!, e aqueles que não fazem parte da Organização de Deus, segundo ela própria, serão destruídos. Esta é uma característica típica de seita exclusivista.

    Neste contexto, surgiu o mito de 1914.

Introdução

Uma das principais doutrinas da STV, é a que afirma que Jesus está presente desde 1914. Esta doutrina foi inventada por Charles Taze Russel, o fundador da seita. Neste estudo, eu não irei comentar sobre a história desta doutrina (para isto, eu recomendo o livro Testemunhas de Jeová - Comentário Exegético e Explicativo, vol. II, de Esequias Soares da Silva, Editora Candeia), mas explicarei como Russel chegou ao ano de 1914, e por que tal doutrina não está baseada na Bíblia.

Em primeiro lugar, nós não podemos calcular datas. Não nos cabe saber quando e onde as profecias se cumprirão. A única coisa que devemos saber, é que se cumprirão. Não podemos saber quando Jesus virá:

"Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai." Mateus 24:36

Como Russel Chegou a 1914

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    Mesmo com tantos textos, Russel fez cálculos surpreendentes. Vendo estes cálculos, nós percebemos que ninguém no mundo é capaz de se tornar Testemunha de Jeová somente lendo a Bíblia. É preciso fazer uma lavagem cerebral com as publicações da seita para assimilar o credo da STV.

    Para chegar a 1914, Russel usou o texto de Daniel 4:10-17. O texto fala sobre um sonho do rei Nabucodonosor:

"Eram assim as visões da minha cabeça, estando eu na minha cama: eu olhava, e eis uma árvore no meio da terra, e grande era a sua altura; crescia a árvore, e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até o céu, e era vista até os confins da terra. A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e dela se mantinha toda a carne. Eu via isso nas visões da minha cabeça, estando eu na minha cama, e eis que um vigia, um santo, descia do céu. Ele clamou em alta voz e disse assim: Derrubai a árvore, e cortai-lhe os ramos, sacudi as suas folhas e espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela, e as aves dos seus ramos. Contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes, numa cinta de ferro e de bronze, no meio da tenra relva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra. Seja mudada a sua mente, para que não seja mais a de homem, e lhe seja dada mente de animal; e passem sobre ele sete tempos. Esta sentença é por decreto dos vigias, e por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer, e até o mais humilde dos homens constitui sobre eles."

    Este texto, que não tem nada a ver com a vinda de Jesus, mas se referia ao próprio rei (leia os capítulos seguintes de Daniel), Russel usou para basear suas heresias. Veja como ele interpretou o texto:

"...sete tempos significam sete anos literais no caso de Nabucodonosor, privado que foi do seu trono. Os sete anos correspondem a 84 meses, ou, concedendo biblicamente 30 dias a cada mês, 2520 dias. Em Ap 12:16-14, são mencionados 1260 dias que são descritos com "um tempo, tempos e a metade de um tempo" , ou então três e meio tempos. Sete tempos seriam duas vezes 1260 dias ou 2520 dias. Por intermédio de seu fiel profeta Ezequiel, disse Jeová "... te dei, cada dia por um ano" (Ez 4:7). Aplicando-se essa regra divina, os 2520 dias significam 2520 anos. Portanto, desde que o reino típico de Deus com sua capital Jerusalém cessou de existir no outono de 607 (antes do nascimento de Cristo), então contando os tempos designados daquela data em diante, os 2520 anos se estendem até outono de 1914 (depois no nascimento de Cristo)."Seja Deus Verdadeiro p. 246.

    Vamos agora analisar o que Russel concluiu. Em seus cálculos sobre esse acontecimento, os sete anos durante os quais o rei Nabucodonosor esteve fora de si, indicam os 2520 anos em que "o diabo dominaria o mundo" (Do Paraíso perdido ao Paraíso Recuperado p. 171), e a recuperação da saúde do rei significa a recuperação do reino teocrático, isto é, o reino de Deus reinicia em 1914.

Regra Divina?

    Há um grande problema nas afirmações de Russel. Ele diz que "um dia por um ano" é uma regra divina. Isto é mentira! Somente três vezes Deus indicou que um dia fosse contado por um ano. A primeira vez o fez quando os espias, que durante quarenta dias

Page 44: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

estiveram na terra de Canaã, desanimaram (exceto Josué e Calebe) o povo de Israel. Quando não creram que para Deus fosse possível vencer os gigantes dos quais os espias falaram, o povo de Israel teve de permanecer 40 anos no deserto, correspondendo aos 40 dias em que espiaram a terra prometida (Nm 14:34).

    A segunda vez foi quando o profeta Ezequiel realizou uma demonstração durante 40 dias a respeito da educação que o povo de Israel deveria passar e que duraria 40 anos. Cada dia da demonstração significava para os israelitas um ano de sofrimento. (Ez 4:6). A terceira vez foi quando o profeta Daniel queria saber de Deus se a escola severa pela qual seu povo teria que passar terminaria com 70 anos de cativeiro. A resposta divina foi que não seriam somente 70 anos, mas sim 70 semanas. O contexto nos diz que cada dia dessas semanas correspondia a um ano.

    Esses três acontecimentos referem-se somente à educação ao povo de Israel. Nas demais passagens, quando a Bíblia fala de dias, isso de maneira nenhuma tem de significar anos, e quando deve ser compreendido assim, é explicado. Sendo assim, Russel erra dizendo que é regra divina contar um dia por um ano. Se fosse assim, segundo a lei judaica, nós teríamos que trabalhar seis anos, e descansar no sétimo (Dt 5:13-14). Se um dia por um ano é regra divina, Jesus levou três anos para ressuscitar. Assim nós verificamos uma das muitas falhas desta doutrina.

A Doutrina é Baseada em Material Extra-bíblico

    Mas o maior problema do mito de 1914, e o que provavelmente as TJ não se dão conta, é que toda a doutrina está baseada em uma data: 607 aC. Não se pode chegar a esta data pela Bíblia. A STV baseia-se em material pagão e extra-bíblico para dizer que Jerusalém foi destruída nesta data. Pode-se pensar que é somente uma data. Mas esta data é que sustenta todo o mito de 1914. E o pior de tudo é que nada indica que Jerusalém tenha sido destruída em 607 aC, mas sim em 587 aC. Todas as obras de História, enciclopédias entre outras apontam para 587 aC e não 607 aC. É só conferir.

    A datação da destruição de Jerusalém está baseada em dados contidos em uma tábua de escrita cuneiforme chamada de VAT 4956, e o ano de 539 aC. que é fornecido por um sacerdote caldeu chamado Beroso, que traça as linhagens dinásticas do império neobabilônico; e em Cláudio Ptolomeu(70-161 dC), um astrônomo e historiador grego, no Cânon de Ptolomeu. Dispondo das informações contidas nestas fontes, podemos datar eventos com exatidão. Só há um problema: se fundamentarmos uma doutrina nesses dados, estaremos nos baseando algo extra-bíblico, e é isso que a STV faz!

Algumas Doutrinas Estranhas, Proibições e Mudanças

É proibida a comemoração de aniversários e feriados;

É proibido o alistamento militar (hoje eles dizem que é voluntário, mas em alguns países ainda é proibido);

Era proibido o transplante de órgãos (hoje eles permitem);

Era proibido tomar vacinas (hoje eles permitem);

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É proibida a transfusão de sangue (hoje algumas partes do sangue são

permitidas e outras não, além disso em países como Portugal e Bulgária, a

transfusão pode ser feita);

É proibida a leitura de livros e material evangélico;

Armas de Fogo – A proibição alcança não só os militares, mas também os

que exercem atividades que exigem o uso de armas: “O cristão maduro deve

tentar achar emprego sem o uso de armas... não podemos mais considerar

exemplar o irmão que continuar num emprego armado. Podem-se-lhe

conceder seis meses para fazer a mudança. Se não, não estará em condições

de ter privilégios especiais de serviço e de responsabilidade na

congregação” (A Sentinela de 15.01.84, p.24);

Bandeira Nacional - Não se deve prestar qualquer homenagem à bandeira,

nem fazer juramento de lealdade a ela, ainda que seja uma saudação.

Também se proíbe cantar o Hino Nacional. As TJ podem hastear e arriar a

bandeira como dever de ofício, como no caso de empregados em repartições

públicas, mas não podem participar da cerimônia pertinente. Afirmam, ainda,

que prestar devoção à bandeira e cantar hinos são formas sutis de idolatria;

Cobrir a cabeça – “As mulheres Testemunhas batizadas, ao dirigirem estudos

“bíblicos” na presença dum varão batizado, fazem-no com a cabeça coberta

(A Sentinela de 1960, p. 478). Mas elas não têm de cobrir cabeça ao

interpretar para surdos (A Sentinela de 1977, p.640) nem fazer partes na

Escola do Ministério Teocrático (A Sentinela de 1961, p. 671-2). No entanto, as

mulheres são proibidas de orar na presença dum varão batizado (A Sentinela

de 1960, p. 478)”. Os surdos são inferiores aos varões batizados? Sem

comentários;

Guardar Luto pelos Mortos – Desaconselham a demonstração de “pesar em

público por meio de algum sinal externo” (A Sentinela 01.10.62, p.6-7-8). Dito

isto, as TJ não podem chorar a morte de seus entes queridos, pois as

lágrimas são sinais externos de pesar;

Marcaram várias datas para o retorno do Senhor Jesus e dos santos do A.T. e

em nenhuma delas a profecia se cumpriu (1878, 1914, 1918, 1925, 1941, 1975);

E a pior de todas, as TJ’s negam a divindade do Senhor Jesus e do Espírito

Santo.

Page 46: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

“Ai de vós também, doutores da lei, que carregais os homens com cargas difíceis

de transportar, e vós mesmos nem ainda com um dos vossos dedos tocais essas

cargas” (Lc 11.46).

Veja como as próprias TJ’S incentivam as pessoas a examinarem suas

religiões, para assim encontrarem a verdade:

“Não é forma de perseguição religiosa alguém dizer e mostrar que a religião de outrem é falsa. Não é perseguição religiosa uma pessoa informada expor

publicamente uma religião falsa, permitindo assim que outros vejam a diferença entre a falsa religião e a verdadeira."

Revista  A Sentinela de 15 de Maio de 1964, p. 304

"Não ajuda o silêncio a fazer com que a mentira passe por verdade?"

Revista  A Sentinela de 15 de Julho de 1974, p. 419

Page 47: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

MORMONISMO

O fundador dos Mórmons foi Joseph Smith Júnior, nascido em 23 de dezembro de 1805, em Sharom, nos Estados Unidos da América. Aos dez anos seus pais rumaram para Palmyra, e depois para Manchester, Estado de Nova York.

Naquele tempo as igrejas promoveram uma cruzada evangelística, onde quatro membros de sua família se filiaram a igreja presbiteriana. Era também o desejo de Joseph Smith filiar-se a uma igreja, mas ficou indeciso por causa da divergência e discordância que havia entre elas. o problema de determinar qual era a igreja reconhecida por Deus lhe incomodava muito, por isso ele orava intensamente, esperando uma resposta, para saber qual era a verdadeira, numa dessas orações, apareceram-lhes dois personagens, o qual mais tarde Smith, identificou como sendo o Pai e o Filho, dizendo que todas as igrejas existentes naquela época haviam apostatado da fé, esse tem sido o argumento de todas as seitas para poder legitimar a sua aparição, indo de encontro com o que a palavra de Deus diz: "As portas do inferno não prevalecerão contra a igreja" (Mt.16:18), e que mais tarde o evangelho pleno lhe seria revelado. Com 18 anos teve outra visão na qual lhe apareceu um anjo chamado Moroni, que o conduziu a um livro com lâminas de ouro, enterrado ali perto, que contava a história dos primeiros habitantes do Continente Americano, e a plenitude do evangelho eterno, junto com esse livro, também foi encontrado dois aros de metal, o Urim e o Tumim, que lhe ajudaram a traduzir o livro, ninguém sabe como. Para os Mórmons o livro traduzido é considerado a palavra de Deus assim como a Bíblia, na sua capa esta a seguinte inscrição "Um outro Testamento de Jesus cristo" ,em contraposição a isto encontramos em Gálatas capítulo 1 versículo 8 uma condenação a suposta alegação “Mas ainda que nós, ou mesmo um anjo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema, ou seja amaldiçoado".

No dia 6 de Abril de 1830, Joseph Smith e mais cinco homens organizaram a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias, durante a reunião ele recebeu outra revelação, na qual foi designado profeta e apóstolo de Jesus Cristo, sendo chamado desde então pelos mórmons de profeta. Com o crescimento dos mórmons, crescia também a oposição a eles, pois eles oprimiam o povo, assaltavam propriedades e por isso eram combatidos com violência. No dia 26 de junho de 1846, Joseph Smith e Hyrum Smith foram acusados do crime de traição contra o estado e foram confinados a uma cela da prisão de Catargo, no dia seguinte a sua prisão foram mortos por uma multidão enfurecida, contrariando ao que está escrito no livro de mórmom "Eis que o Senhor abençoará esse vidente; e aqueles que procuram destruí-lo serão confundidos, porque a promessa que obtive do Senhor, sobre o fruto de meus lombos, será cumprida"(2Nef i3:14).

As autoridades pensaram que com a morte de Smith, os mórmons se dissipariam, ao contrário, porém surgiu outro profeta que levou o trabalho deles adiante, Brigham Young que em 8 de agosto de 1844, foi eleito segundo presidente, foi um fiel seguidor das doutrinas de Smith. É claro que ouve divisão entre os mórmons, mais a maior parte, seguiu a Brigham.

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Mormonismo: Doutrinas Estranhas Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa

As doutrinas do Mormonismo ficaram mais estranhas à medida que a seita se desenvolveu. Atualmente, as doutrinas mórmons são as seguintes: “(Observação: Estas doutrinas são documentadas por escritores mórmons, não por opositores do mormonismo)”.1. O verdadeiro evangelho foi perdido na terra. O Mormonismo é a sua restauração, Doutrina Mórmon, por Bruce R. McConkie, p. 635. Eles ensinam que existiu uma apostasia e que a verdadeira igreja deixou de existir na terra.

2. Nós precisamos de profetas hoje, da mesma maneira que no Antigo Testamento, Doutrina Mórmon, p. 606.

3. O Livro de Mórmon é mais correto que a Bíblia, História da Igreja, 4:461.

4. Não existe salvação fora da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Doutrina Mórmon, p. 670.

5. Existem muitos deuses, Doutrina Mórmon, p. 163.

6. Existe uma deusa mãe, Artigos de Fé, por James Talmage, p. 443.

7. Deus foi um homem em um outro planeta, Doutrina Mórmon, p. 321.

8. Depois de você tornar-se um bom mórmon, você tem potencial para tornar-se um outro deus, Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pág. 345-347, 354.

9. Deus, o Pai, tem um pai (Orson Pratt in The Seer, page 132; Um dos propósitos do The Seer era “elucidar” a doutrina mórmon, The Seer, page 1, 1854).

10. Deus, o Pai, tem um corpo de carne e ossos, Doutrinas e Convênios, 130:22.

11. Deus tem a forma de um homem, Joseph Smith, Jornal dos Discursos, Vol. 6, pág. 3.

12. Deus é casado com a sua esposa-deusa e tem filhos espirituais, Doutrina Mórmon p. 516.

13; Nós fomos gerados primeiro como bebês espirituais no céu e então nascemos naturalmente na terra, Journal of Discourse, Vol. 4, p. 218.

14. O primeiro espírito que nasceu no céu foi Jesus, Doutrina Mórmon, pág. 129.

15. O Diabo nasceu como um espírito depois de Jesus "na manhã da pré-existência" Doutrina Mórmon, pág. 192.

16. Jesus e Satanás são espíritos irmãos, Doutrina Mórmon, p. 163.

17. Um plano de salvação era necessário para as pessoas na terra. Então, Jesus e Satanás apresentaram cada um o seu plano, e o plano de Jesus foi aceito. O Diabo quis ser o salvador da humanidade para "anular a identidade dos homens e destronar a deus." Mormon Doctrine, page 193; Journal of Discourses, vol. 6, page 8.

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18. Deus teve relações sexuais com Maria para produzir o corpo de Jesus, Journal of Discourses, Vol. 4, p. 218, 1857.

19. O sacrifício de Jesus não é suficiente para limpar-nos de todos os nossos pecados, Journal of Discourses, Vol. 3, p. 247, 1856.

20. As boas obras são necessárias para a salvação, Artigos de Fé, p. 92.

21. Não existe salvação sem aceitar Joseph Smith como um profeta de Deus, Doutrinas de Salvação, Vol. 1, p. 188.

22. Batismo pelos mortos, Doutrinas de Salvação, Vol. II, p. 141. Esta é a prática de alguém batizar-se em lugar de alguém, não-mórmon, que já tenha morrido. Eles crêem que, no após vida, a pessoa "nova batizada" esteja habilitada a entrar em um céu mórmon de maior nível.

23. Existem três níveis de céu: Telestial, Terrestrial e Celestial, Doutrina Mórmon, p. 348.

Comentários e Refutação

(01) “O verdadeiro evangelho foi perdido na terra. O Mormonismo é a sua restauração”. Eles ensinam que existiu uma apostasia e que a verdadeira igreja deixou de existir na terra”. Comentário: Onde está escrito? Quem tem autoridade moral e religiosa para fazer tal afirmação? A Bíblia Sagrada é a autoridade maior, inigualável. Ela não foi escrita por qualquer visionário, mas por santos homens sob inspiração divina. O Evangelho do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo não se perdeu: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15). Esse Evangelho vem sendo pregado há dois mil anos, sem interrupção pelas igrejas genuinamente cristãs. O evangelho pregado pelas seitas e anticristos é um evangelho fajuto, adulterado, descaracterizado. O Mormonismo não promove nem nunca promoveu a restauração de coisa alguma. A Palavra não precisa ser restaurada. Ela é a Verdade imutável (Jo 17.17). Na verdade, o Mormonismo prega “outro Testamento de Jesus Cristo”, conforme está escrito na capa do Livro de Mórmon, onde se lê: “E se quereis deturpar as escrituras, será para a vossa destruição” (Alma 13.20). Estão falando da escritura do seu livro. Porém, seja amaldiçoado todo aquele que não prega o genuíno Evangelho de Jesus (Gl 1.8).

(02) “Nós precisamos de profetas hoje, da mesma maneira que no Antigo Testamento”. Comentário: Sim, profetas por vocação; homens de Deus chamados e capacitados para a obra meritória de proclamar as verdades bíblicas, exortar e edificar a Igreja de Cristo.

(03) “O Livro de Mórmon é mais correto que a Bíblia”. Comentário: A Bíblia é a Palavra de Deus. O Evangelho segundo o Livro de Mórmon é espúrio. Não deve ser considerado meio legítimo para obter-se a Verdade. Não provém de inspiração divina (2 Tm 3.16).

(04) “Não existe salvação fora da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”. Comentário: Basta essa afirmação para que o Mormonismo se caracterize como uma seita. Todos os grupos heréticos, sem exceção, advogam ser depositários da verdade. A salvação está em Cristo Jesus (Jo 3.18; Rm 10.9; Ef 2.8).

(05) “Existem muitos deuses”. Comentário: Há muitos deuses pagãos, mas um só Deus verdadeiro (Mc 12.29; Is 44.8; 45.22). Os mórmons são politeístas e adoram muitos deuses? De acordo com o item a seguir, a resposta é afirmativa.

Page 50: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

(06) ”Existe uma deusa mãe”. Comentário: Seria a mãe de Jesus? Se os mórmons admitem existir uma deusa, com certeza prestam culto a essa suposta deusa. Essa doutrina está completamente em desacordo com a Bíblia. Nota-se que o deus dos mórmons não é o mesmo Deus dos cristãos. Satanás é chamado “deus deste século”.

(07) “Deus foi um homem em um outro planeta”. Comentário: Onde está escrito? Quem tem autoridade moral e religiosa para fazer tal afirmação, sem sentido à luz da Bíblia Sagrada? Se Deus foi homem, nunca foi Deus. No mistério da encarnação do Verbo, Ele se fez homem e habitou entre nós, na Pessoa bendita do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Jo 1.1,2, 3,14). A Bíblia declara que “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa” (Nm 23.19). “Deus é espírito” (Jo 4.24). Dizer que Deus foi um homem é o mesmo que dizer que um homem se transformou em Deus. Para ser isso mesmo o que os mórmons querem dizer. Vejam a questão seguinte.

(08) “Depois de você tornar-se um bom mórmon, você tem potencial para tornar-se um outro deus”. Comentário: Heresia das heresias. Somente depois que entra no Mormonismo o homem recebe poder suficiente para ser um deus? Significa dizer que os mórmons são deuses. Um absurdo do ponto de vista da teologia.

(09) “Deus, o Pai, tem um pai”. Comentários: Se o deus do Mormonismo foi gerado e tem um pai, então esse deus não é o Criador de todas as coisas.

(10). Deus, o Pai, tem um corpo de carne e ossos; (11). Deus tem a forma de um homem; (12). Deus é casado com a sua esposa-deusa e tem filhos espirituais.

Comentários: Uma forma de vulgarizar o Criador. Não merece qualquer comentário, além do que já dissemos acima.

(13). “Nós fomos gerados primeiro como bebês espirituais no céu e então nascemos naturalmente na terra”. Comentários: Quem afirmou isso? Onde está escrito? O que significa “nascer naturalmente na terra?” Quem gerou esses “bebês espirituais”? Nasceram de uma relação sexual entre Deus e sua esposa-deusa?

(14). “O primeiro espírito que nasceu no céu foi Jesus”; (15). “O Diabo nasceu como um espírito depois de Jesus na manhã da pré-

existência”. (16). “Jesus e Satanás são espíritos irmãos”. Comentários: Negar a Divindade

de Jesus é uma das características das seitas. A Bíblia diz que o Verbo, Deus, se fez carne e habitou entre nós; isto é, Jesus, o Salvador (Jo 1.1,2, 3,14). Para maiores detalhes, leia “A Divindade de Jesus”, no site www.palavradaverdade.com.

(17). “Um plano de salvação era necessário para as pessoas na terra. Então, Jesus e Satanás apresentaram cada um o seu plano, e o plano de Jesus foi aceito. O Diabo quis ser o salvador da humanidade para ”anular a identidade dos homens e destronar a deus.”Comentários: Onde está escrito que o diabo também apresentou um plano de salvação para os pecadores? Por acaso o Maligno preocupa-se ou preocupou-se em algum momento com nossa salvação? Não existe na Bíblia uma só linha que dê crédito a tal afirmação”.

(18). “Deus teve relações sexuais com Maria para produzir o corpo de Jesus”. Um espírito ter relações sexuais com um ser humano? A concepção de Jesus foi um ato milagroso. O anjo Gabriel disse a Maria: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35). Não houve penetração vaginal nem emissão de espermatozóide para que se realizasse a fecundação do óvulo. Maria conservou-se virgem até o nascimento de Jesus (Mt 1.25).

(19). “O sacrifício de Jesus não é suficiente para limpar-nos de todos os nossos pecados”;

Page 51: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

(20). “As boas obras são necessárias para a salvação”. Comentários: A Bíblia diz exatamente o contrário: “O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1 Jo 1.7). Somos salvos pela graça mediante a fé; não por obras (Ef 2.8-9).

(21). “Não existe salvação sem aceitar Joseph Smith como um profeta de Deus”. Comentários: Trata-se de uma piada de muito mau gosto. O culto à personalidade de seus gurus, líderes e profetas é uma prática peculiar das seitas. Adoram-nos como deuses. A Bíblia diz que só existe salvação em Cristo Jesus (Jo 3.18; Rm 10.9; Ef 2.8-9). Jesus nos ensinou a andar como ele andou, isto é, seguir seus passos e aprender com Ele (Jo 15.7; 1 Jo 1.6; 2.6). Cego guiando cego, os dois vão para o precipício.

(22). “Batismo pelos mortos”. Comentários: O batismo de defuntos não tem amparo na Bíblia. Para maiores detalhes, leia “Mormonismo: O Batismo pelos Mortos e Outras doutrinas Estranhas”, no site www.palavradaverdade.com

(23). “Existem três níveis de céu: Telestial, Terrestrial e Celestial”. Comentários: O apóstolo Paulo disse que foi arrebatado ao terceiro céu (2 Co 12.2). “As escrituras indicam que há três lugares chamados céu. (1) o primeiro céu é a atmosfera que circunda a Terra (Os 2.18; Dn 7.13). (2) O segundo céu é o das estrelas (Gn. 1.14-18). (3) O terceiro céu, também chamado paraíso (vv. 3,4; Lc 23.43; Ap 2.7), é a habitação de Deus e o lar de todos os salvos que já daqui partiram (2 Co 5.8; Fp. 1.23). Sua localização exata não está revelada” (Bíblia de Estudo Pentecostal). Se for essa interpretação do Mormonismo, concordamos.

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ADVENTISMO DE SÉTIMO DIApor Mariel Marra

Introdução

“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”. 2 Timóteo 3:1-5 (grifo do autor)

Guilherme Miller

Guilherme Miller foi um fazendeiro americano que nasceu no ano de 1787 em

Pittsfield, Massachutss, e morreu em Low-Hampton, em 1849. Era um pregador itinerante

da Igreja Batista que, usando uma chave bíblica, começou a estudar porções proféticas e

apocalípticas da Bíblia. Apaixonou-se por esse estudo de tal maneira, que passou a tirar

suas próprias conclusões dos estudos.

Uma de suas características era colocar datas nas profecias bíblicas. Dessa

maneira, chegou à conclusão de que os 2.300 dias de Daniel 8:13-14, começando com a

data do mandamento para a restauração de Jerusalém (dado de 457 Antes de Cristo) e

os 1355 dias do mesmo profeta em Daniel 12:12, que constituiriam a ultima parte dos

2.300 de Dn 8:14, se completariam por volta de 1843 da nossa era. Afirmou também, de

forma interpretativa, que a purificação do templo significava a purificação da terra na

época da volta de Cristo. De acordo com os dias-anos de Daniel, começou a pregar que a

volta de Cristo ocorreria entre 21 de março de 1843 de 21 de março de 1844. Como Cristo

não voltou dentro do tempo previsto e até agora não voltou (março de 2005), Miller alegou

naquela época erro de calculo por ter usado o calendário hebraico em vez do romano e

marcou outra data para 22 de outubro de 1844. Tendo se decepcionado novamente, teve

que fugir de uma multidão enfurecida e frustrada pela inútil espera. Depois disso, cessou

suas atividades, desistiu da nova religião e voltou à comunidade com a igreja Batista da

qual era membro.

Enquanto estudava as profecias, Miller chegou a escrever e publicar algumas

obras como: “O Grito da Meia Noite”, “Os Sinais dos Tempos”, “A Trombeta de Alarme –

obras que provocaram expectativas nas pessoas e que foram muito lidas no seu tempo.

Com a base da pregação era a volta de Cristo, Miller e suas seguidores receberam o

apelido de “adventistas”.

Ellen G. White

Page 53: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

Dentre os fiéis seguidores de Miller estava a Sra Ellen G. White que, depois de

ver fracassado outras tentativas de marcação de datas por parte de alguns adventistas

remanescentes, afirmou ter tido visões dos céus que lhes revelara toda a verdade.

Ellen Gold White nasceu em 1827 e morreu em 1915. Diante dos fracassos

das profecias de Miller, afirmou ter tido uma visão, na qual Cristo teria realmente voltado

em 1843. No seu livro “Spiritual Gilfts”, afirma: “Eis que vi que Deus estava na

proclamação do tempo em 1843”.

É aí que surge a sua famosa teoria do santuário. Afirmava ela que o santuário

de Daniel 8:13-14 está no céu e não na terra. Cristo teria vindo em 22 de outubro de 1844

a esse santuário do céu, para purifica-lo, o que ainda está fazendo; depois, sim viria à

terra. Sua vinda a esse santuário, por ser no céu, logicamente foi invisível aos homens. O

próprio Guilherme Miller não aceitou essas “boas novas” e continuou afastado do

movimento.

Muitas outras datas foram marcadas. Quase que uma por ano, até 1877,

quando finalmente desistiram, deixando a coisa por conta do próprio Cristo.

O grupo dos seguidores de Ellen White ficou conhecido como “adventistas” até

1860. A partir daí, devido às visões da Sra. White sobre a guarda do sábado, passou a

ser denominado de “Adventistas do Sétimo Dia”.

Em 1874, enviou seu primeiro missionário à Suíça; em 1894, outro foi enviado

à África do Sul; em 1863 já tinham uma organização nacional com cerca de 125 igrejas e

3500 membros. A guarda do sábado se iniciou no fim do ano de 1844.

Ellen White passou a ser considerada como mensageira do Senhor e profetisa

dos adventistas. Conquistou muitos adeptos, através dos seus escritos que são

divulgados até hoje. Junto com ela, muitos dos fundadores inventaram as mais diversas

doutrinas que, após a aprovação da Sra White, eram pregadas e ensinadas ao povo.

Os Adventistas do Sétimo Dia consideram os livros da Sra. White inspirados

por Deus, da mesma forma como a Bíblia o é. Seu livro “O Conflito dos Séculos” é

considerado sua obra-prima, uma verdadeira “bíblia” adventista, divulgado amplamente

em todo o mundo. Calculam já terem vendido mais de 5.000.000 exemplares somente

desta obra. Outros livros de muita importância para eles são: “Vida de Jesus”, “Patriarcas

e Profetas”, “Vereda de Cristo”, “O Desejado de Todas as Nações” e outros da autoria da

Sra. White.

O Adventismo do 7º Dia

Page 54: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

Como definir essa seita? Não podemos dizer que é uma denominação

evangélica. Também não podemos dizer que não prega o Evangelho de Jesus Cristo.

Afinal, fala muito de Jesus Cristo e prega grandes verdades do cristianismo. Os

adventistas têm uma rede hospitalar muito boa, um serviço social considerado como um

dos melhores do mundo, e procuram viver uma vida piedosa como convém ao bom

cristão.

Talvez possamos dizer que, no que pese as suas qualidades, não são um

povo que vive a verdadeira fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. Suas doutrinas e sua visão

do mundo destoam grandemente das doutrinas e da visão do mundo de todas as

denominações cristãs.

Eles se consideram como “a ultima igreja” de que fala a profecia bíblica. Dizem

ser mais do que um movimento eclesiástico. Consideram-se possuidores do juízo de

Deus para proclamar ao mundo. Interpretam sua missão como ajuda para preparar o

homem para a vinda do Senhor; isso explica o seu zelo pela evangelização, que é dirigida

mais aos evangélicos, na tentativa de “convence-los do erro” do que aos não crentes. É

por isso que, dificilmente encontramos um adventista que tenha tido um passado

mundano. Quase todos, ou são filhos de adventistas, ou são oriundos das mais diversas

denominações protestantes. Poucos são, também, os católicos que lá se encontram.

Os adventistas se acham donos da verdade absoluta. Por isso mesmo, não

conseguem trabalhar em harmonia com os demais e trabalham ativamente para conseguir

adeptos dentro das outras denominações: Nesse ponto podemos questionar o seu “zelo”

evangelístico. Pregam para quem já conhece o Evangelho e está comprometido com ele,

e sua mensagem não se fundamenta na verdade salvadora, que foi revelada por Deus,

nas Sagradas Escrituras.

As Doutrinas

Os Adventistas tem quatro pontos doutrinários principais e que são totalmente

diferentes da interpretação realmente bíblica:

1-     O ESTADO DA ALMA DEPOIS DA MORTE – Afirmam que, depois da morte, somos

reduzidos ao silêncio. Que morte é morte mesmo, incluindo a própria alma. Ao morrer, o

homem deixa realmente de existir. Vejamos o que diz a Bíblia a esse respeito em Lc

16:22-23, Fp 1:23, 2Co 5:1 e Sl 73:24-25. Em todas essas passagens notamos que após

a morte existe vida. Não existe silêncio após a morte.

2-    O ANIQUILAMENTO DOS IMPIOS – Os adventistas dizem que o pecados e os

pecadores serão exterminados para sempre, e tudo se fará limpo no universo quando

Page 55: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

acabar a controvérsia entre Cristo e Satanás; isso também é contrário ao que temos em

Romanos 2:6-9 e Apocalipse 20:10-14. Haverá um lugar destinado aos ímpios onde

haverá muito sofrimento e sofrimento eterno. Portando a Bíblia não diz que haverá

extermínio eterno como os adventistas dizem.

3-    A EXPIAÇÃO DE CRISTO – Aqui se encontra um dos erros mais cruciais da doutrina

adventista. Tentando corrigir o erro de Miller, a Sra White dizia que Ele voltou em 1844,

não para a terra, como pensava Miller, mas para algum outro lugar próximo da terra, e

esse lugar não poderia ser outro senão o céu. Ora, segundo ela, quando Cristo entrou no

santuário celeste, a porta foi fechada. Cristo está fazendo um “juízo investigativo”,

examinando tudo e mostrando ao Pai Celestial aqueles que têm os méritos de gozar dos

benefícios da expiação. Agora, somente os que já estão no santuário estão salvos. Os

demais, se não aceitarem as doutrinas da Igreja Adventista não têm chance de se salvar,

pois a verdade está com eles.

4-     A QUESTÃO DO SÁBADO – Diz a Sra White que teve uma visão onde havia uma

arca no céu e nela se destacavam os dez mandamentos. Dos mandamentos se

destacava o quarto, porque se apresentava dentro de um circulo de luz. Entendeu ela que

este quarto mandamento precisava receber maior atenção do que os demais, porque era

o mais negligenciado pelos cristãos da época.

Os adventistas, com isso estão preocupados em guardar um dia determinado

pela Lei de Moisés. Afirmam que o sábado é anterior à Lei, e que por isso mesmo não

pertence à Lei. Tomam, para esse argumento, o fato de ter Deus feito o mundo em seis

dias e descansado no sétimo.

Se partirmos do principio da criação, para construir o calendário, a historia

complica. Deus criou o homem no sexto dia. O sétimo dia da criação foi, portanto, o

primeiro dia da semana do homem. Não se justificaria o homem ser criado em um dia e já

descansar no próximo. Assim, o sétimo dia de Deus é o primeiro do homem. Seguindo a

semana, de acordo com essa lógica, o dia de descanso do homem seria na sexta-feira.

J. Cabral, no seu livro “Religiões, Seitas e Heresias”, apresenta-nos, com

muita propriedade, algumas razões pelas quais os cristãos não guardam o sábado.

Vejamos:

a)    Deus aborrece o sábado, porque envolve um preceito cerimonial carente da

verdadeira fé. Isaías 1:13

b)   O sábado faz parte da lei e esta foi cumprida por Cristo. Mateus 5:17

Page 56: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

c)     O sábado faz parte de um concerto ou pacto entre Deus e o povo israelita.

Êxodo 20:1-2

d)    Antes do concerto do Sinai Deus não ordenou a ninguém que guardasse o

sábado. Gn 3:17

e)    O sábado consta do Decálogo (os Dez Mandamentos), e esta não é a parte

mais importante da Lei de Deus. Mateus 22:36-40

f)     A palavra “lei” em nenhuma das 395 vezes que ocorre na Bíblia se refere

somente ao decálogo. Gálatas 5:4 e Gálatas 3:10

g)   Os Dez Mandamentos são apenas um resumo da Lei. Mateus 22:40

h)   O sábado não é uma instituição perpetua para outros povos, senão para os

judeus. Êxodo 31:17

i)    Jesus foi a ultima pessoa que teve obrigação de guardar o sábado. Gálatas

4:4-5

j)   Estamos em um novo concerto – Mateus 26:28

k)  Jesus nunca mandou ninguém guardar o sábado

l)  O Apostolo Paulo que era o apostolo dos gentios, nada ensinou acerca da

guarda do sábado.

m) A igreja primitiva guardava o domingo.(Não foi instituído pelo papa nem por

Constantino, como dizem os sabatistas. Constantino apenas oficializou algo

que existia desde os primórdios do cristianismo).

n)  Não estamos ligados a um lugar ou a um tempo para adorar a Deus. Jesus

deixou isso bem claro. João 4:24

o) Os crentes que começaram a guardar o sábado e outros dias foram alertados

pelo Ap. Paulo, pois poderiam se desviar do caminho. Gálatas 4:9

Outras Falsas Doutrinas

* Todos os grupos religiosos cristãos ou não, constituem “A Grande Babilônia”

e serão rejeitados por Deus. Somente os adventistas foram o verdadeiro povo de Deus.

* Os testemunhos ou escritos da Sra White são inspirados exatamente como a

Bíblia e têm o propósito de interpretar a Bíblia.

* Quando Cristo vier, levará apenas 144.000 crentes, e este número será

composto inteiramente daqueles que guardam o sábado.

* O “resto” de que se fala em Apocalipse 12:17, como aqueles que “guardam

os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo”, são os adventistas, a

única igreja verdadeira.

Page 57: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

* Os mortos tantos os santos como os pecadores, descansam nas sepulturas

completamente inconscientes até a ressurreição.

* Este mundo é o abismo onde Satanás será lançado durante mil anos.

É interessante como os adventistas ainda aceitam tais ensinamentos como

verdadeiras revelações. A história do adventismo mostra muito bem como as revelações

foram falhas:

* O líder Guilherme Miller marcou o ano de 1844 para o fim do mundo.

* Durante o ano de 1844 os adventistas deram gratuitamente suas

propriedades, porque criam que não teriam mais necessidade de cosias materiais, uma

vez que naquele mesmo ano, Jesus Cristo voltaria.

* Por muitos anos os adventistas disseram que plantar uma arvore era negar a

fé. Tampouco não colocavam as crianças nas escolas, por achar que seria inútil. Antes

mesmo que a arvore desse fruto ou as crianças aprendessem qualquer coisa, Jesus viria

ao mundo.

* A Sra White insistiu por muito tempo com uma mensagem de dizia ser uma

“revelação”, na qual as mulheres deveriam usar uma saia curta por cima das calças

compridas iam até os tornozelos (uma maneira reformada de vestir, segundo ela). Tal

revelação não pegou e ela ficou desacreditada.

* Por muito tempo, foi considerado um grande pecado entre os adventistas,

organizar ou escolher um nome para a igreja. Compreendiam que agir assim seria “A

Grande Babilônia”, ou seja, a igreja caída.

* Como já vimos, os sabatistas são abundantes nos seus erros e nas suas

heresias. O fato de, em determinadas doutrinas, misturarem verdade e erro, faz com que

enganem a muitas pessoas sinceras e interessadas em encontrar a verdade. Infelizmente,

tal mistura, por muitas vezes, têm desviado crentes sinceros de suas igrejas, pensando

terem encontrado uma doutrina inspirada por Deus.

* Qualquer pessoa que tenha um mínimo conhecimento de regras de

interpretação de textos bíblicos, certamente não terá dificuldade para compreender o

emaranhado de erros e interpretações falsas do adventismo. Os adventistas não

conseguem chegar a um verdadeiro entendimento, nesse sentido, porque lhes é feita uma

lavagem cerebral onde aprendem que os escritos da Sra White são tão inspirados quanto

a Bíblia. Se ela disse, simplesmente crêem e obedecem.

Page 58: Apostila Seminário Razão da Fé revisada

ESPIRITISMO

Um Pequeno histórico

O Espiritismo remota aos tempos mais antigos da Humanidade. Dele tomamos conhecimento através dos escritos da Bíblia, como advertência dos profetas de Deus para que não nos envolvamos com esta prática, pois ela esta em confronto com a Palavra de Deus. Os povos que adoravam a deuses estranhos e que não seguiam aos ensinos dados por Deus, eram usuários deste costume. Foi para que os adoradores do Verdadeiro Deus não se envolvessem com eles  que Moisés falou: "Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações." "Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;" "Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos;" "Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti." (Dt 18:9 a 12) O espiritismo é uma das heresias que mais cresce no mundo de hoje e está enraizada em quase todas as religiões, principalmente naquelas relacionadas com a Nova Era. O espiritismo é o mais antigo engano religioso que já surgiu. Porém, em sua versão moderna, começou no século XIX, ou pouco antes. Houve um avivamento, um recrudescimento ou um ressurgimento, com um fato que aconteceu com certa família, na América do Norte, em Hydesville (Nova Iorque), em 1848. Esta família se chamava Fox. O casal tinha duas filhas, Margarida (Margaret), de 14 anos, e Catarina (Kate), de onze, que foram protagonista de uma fatos que deram origem ao atual espiritismo. Em meados de março de 1848, começaram a ouvir-se golpes nas portas e objetos que se moviam de um lugar para outro, sem auxílio de mãos, assustando as crianças. Às vezes, a vibração era tamanha que sacudia as camas. Finalmente, na noite de 21 de março de 1848, a jovem Kate desafiou o poder invisível e repetiu o barulho como um estalar de dedos. O desafio foi aceito e cada estalar de dedos era repetido, o que surpreendeu toda a família. Dessa forma se estabeleceu contato com o mundo invisível, e a notícia alastrou-se por outras partes, admitindo-se que tais espíritos eram dos mortos. Partindo desse acontecimento, que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação da época, propagou-se o espiritismo por toda a América do Norte e na Inglaterra. Na época, outros países da Europa também foram visitados, com sucesso, pelos espíritas norte-americanos. As irmãs Fox passaram à História como as fundadoras do Espiritismo moderno. Na França, o figura máxima que deu força ao espiritismo é conhecida pelo nome de Allan Kardec. Chamava-se Hippolyte Léon Denizard Rivail, nascido em Lyon, em 3 de outubro de 1804. Era formado em letras e ciências, doutorando-se em medicina. Estudou com Pestalozzi, de quem se tornou fiel discípulo e cujo sistema educacional ajudou a propagar. Rivail tomou conhecimento de um algo extraordinário que acontecia no momento, e que causava um grande alvoroço na sociedade francesa: o fenômeno das mesas girantes e falantes, que afirmavam ser, um resultado da intervenção dos espíritos. A princípio ele não acreditou  e rejeitou esta idéia, por considerá-la absurda. Porém, assistiu a uma reunião na casa da Sra. Plainemaison, onde presenciou fenômenos que o impressionaram profundamente, como ele próprio relatou depois.

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Daí, foi um passo para manter contato com os espíritos que o orientaram a escrever e codificar seus ensinos. Dizia Kardec que havia recebido a missão de pregar uma nova religião, o que começou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano depois, publicou "O LIVRO DOS ESPÍRITOS", que contribuiu para propagação desta "doutrina". Dotado de inteligência e inigualável sagacidade escreveu outros livros que deram mais força ao espiritismo: O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Gênese, O Céu e o Inferno, e, O Livro dos Médiuns. Foi ele o introdutor no espiritismo da idéia da reencarnação. Fundou "A Revista Espírita", periódico mensal editado em vários idiomas. Rivail (Allan Kardec) morreu em 1869. Para aqueles que desejarem conhecer um pouco mais sobre a história do espiritismo, indicamos a leitura dos livros que citamos no final.

O Conceito de Deus no EspiritismoA doutrina espírita acerca de Deus é ambígua, ora assumindo aspectos deístas, ora aspectos panteístas, ora confundindo-se com a doutrina de Deus do Cristianismo histórico. Os autores espíritas parecem não conseguir estabelecer um consenso sobre esse assunto de vital importância. Até mesmos nas obras de um único autor encontram-se contradições flagrantes. Sobre as qualidades de Deus, Allan Kardec define: "Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom". (O Livro dos Médiuns,  cáp. I, 13) Mas, depois, definindo a alma, nega sua imaterialidade, alegando que o imaterial é o "nada", ao passo que a alma é alguma coisa. Diante disto,  será que o espiritismo acredita que Deus é nada? A fim de explicar a existência de Deus, Allan Kardec, se vale de argumentos clássicos do deísmo, de que "não há efeito sem causa". De acordo com o conceito deísta, Deus teria criado o universo e depois se retirado dele, deixando-o entregue à ação das leis físicas que, desde então, governam, como se o universo fosse um grande relógio. No Capitulo II, item 19, de "A Gênese" (Allan Kardec), lemos que são atributos de Deus: "Deus é, pois a suprema e soberana inteligência; é único, eterno, imutável, imaterial, todo poderoso, soberanamente justo e bom, infinito em todas as suas perfeições, e não pode ser outra coisa". Esta conceituação concorda com o que o Cristianismo histórico reconhece como alguns atributos divinos. Porém, o fato de uma determinada religião ou seita ter pontos em comum com o Cristianismo bíblico não é suficiente para lhe qualificar como cristã. Embora o conceito espírita de Deus tenha nuanças deístas e ao mesmo tempo uma certa semelhança com a doutrina bíblica, é inegável que ela às vezes também possui um forte sabor panteísta. Senão, vejamos o que León Denis escreveu: "Deus é a grande alma universal, de que toda alma humana é uma centelha, uma irradiação. Cada um de nós possui, em esta latente, forças emanadas do divino foco." (Léon Denis, Cristianismo e Espiritismo, 5a. ed., pág. 246). Conceito totalmente panteísta! Em outro lugar, Denis faz as seguintes assertivas acerca de Deus e sua relação com o universo (conceitos também panteísta): "Deus é infinito e não pode ser individualizado, isto é, separado do mundo, nem subsistir à parte... [Deus é o] Deus imanente, sempre presente no seio das coisas [sendo que] o Universo não é mais essa criação, essa obra tirada do nada de que falam as religiões. É um organismo imenso animado de vida eterna... o eu do Universo é Deus." (Léon Denis, Depois da Morte, pág. 114, 123, 124 e 349). Entretanto a Palavra de Deus (a Bíblia), refuta com veemência estes ensinos. Façamos um rápido confronto doutrinário, em conformidade com a inspiração bíblica:

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•Deus é um ser pessoal: "Ele é um ser individual, com autoconsciência e vontade, capaz de sentir, escolher e ter um relacionamento recíproco com outros seres pessoais e sociais." (Millard J. Erickson, Christian Theology, Baker Book House, Grand Rapids, 1986, p. 269). Citaremos a seguir algumas provas bíblicas da personalidade de Deus:             a) Ele fala: "E disse Deus: Haja luz; e houve luz." (GN 1:3) "HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho," "A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo." (HB 1:1 e 2)             b) Ele tem emoções (sentimentos):                 Misericórdia: "Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em benignidade." "Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem." (SL 103:8 e 13)                 Amor: "Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor." (1JO 4:8) "E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." (RM 5:5)             c) Ele tem vontade própria: "Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou." (SL 115:3) •Deus é transcendente e imanente e também distinto de sua criação: A Bíblia mostra claramente que Deus não é um ser distante, que teria criado o universo e depois se ausentado dele, como pensa o deísmo. "Faz crescer a erva para o gado, e a verdura para o serviço do homem, para fazer sair da terra o pão," (SL 104:14) "Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos." (MT 5:45) Pode-se ver, assim, que ele está presente na criação, tem interesse nela e cuida dela, principalmente do homem, criado à sua imagem e semelhança. Transcendência: "Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e até o céu dos céus, não te poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado." (1RS 8:27) Imanência: "Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o SENHOR. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o SENHOR." (JR 23:24) "ASSIM diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso?" (IS 66:1)

Cristo no EspiritismoPara falarmos na Divindade de Jesus Cristo, temos de falar também no assunto da Trindade, pois estas teses são básicas do Cristianismo bíblico e histórico e fazem parte do fundamento doutrinário que o distingue de todas as demais religiões e também da maioria das seitas pseudo-cristãs. O espiritismo, em geral,  através de suas autoridades exponenciais, negam tanto a Trindade, quanto a Divindade de Jesus. Isto porque, em sua tentativa de oferecer ao homem um sistema religioso de auto-salvação, isto é, em que ele se salva por seus próprios méritos, excluem e negam a existência do Deus trino. Entretanto, a revelação bíblica aponta para a impossibilidade de o homem efetuar sua própria salvação, e mostra como o próprio Deus se encarnou para tornar possível ao homem o acesso ao seu Criador.  No próximo item examinaremos a doutrina da salvação, do ponto de vista bíblico, em confronto com plano de salvação do espiritismo. Grande parte dos escritores espíritas assumem uma posição frontalmente contrária à crença da Trindade. Para eles, Deus é um ser monopessoal, existindo em forma de uma só pessoa, o Pai, e negam que o Filho seja Deus e até rejeitam a existência do Espírito Santo como ser pessoal. O Jornal Espírita de março de 1953 respondendo à pergunta

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sobre se há mais de uma pessoa em Deus, declara o seguinte: "Não; a razão nos diz que Deus é um ser único, indivisível; que o Pai celeste é um só para todos os filhos do Universo".  (Jornal Espírita, Rio de Janeiro, março 1953, p. 4) A Bíblia, a Palavra de Deus, revela-nos um Deus trino, isto é um Deus eternamente subsistente em três pessoas, iguais entre si em natureza, essência e poder. Muitos usam as passagens seguintes para dizer que Deus é um só, ou seja, uma unidade absoluta: •"Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR." (DT 6:4) •"Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá." (IS 43:10) •"Eu sou o SENHOR, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que tu não me conheças;" (IS 45:5) "Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro." (IS 45:6)Essas passagens bíblicas afirmam claramente a unidade de Deus e demonstram que a natureza divina é indivisível. Poderíamos acrescentar outras passagens para reforçar esse aspecto da natureza de Deus. Entretanto, devemos levar em consideração que muitas vezes as Escrituras, principalmente no Antigo Testamento, apresentam determinadas realidades como sendo constituídas de uma unidade composta. Por exemplo: o casamento. A Bíblia diz que "deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gn 2:24). É evidente que a unidade constituída por marido e mulher é uma unidade composta e não uma unidade simples ou absoluta. Da mesma forma, pode-se dizer que há no Antigo Testamento muitas evidências de que a unidade de Deus é uma unidade composta, como é indicado por muitas passagens, que revelam uma pluralidade de pessoas na Divindade. No Novo Testamento, por sua vez, a doutrina da Trindade é apresentada com clareza. (Para melhor compreensão, ver "A TRINDADE") O espiritismo não só nega a Divindade de Jesus, assim como defende a tese de que seu corpo não era real, de carne e ossos, mas fluídico, dando apenas a impressão de real. Léon Denis, seguindo a mesma linha de pensamento de Kardec, segundo a qual Jesus teria sido mero homem e elevado à categoria de Deus por seus seguidores. Diz ele: •"Com o quarto Evangelho e Justino Mártir, a crença cristã efetua a evolução que consiste em substituir a idéia de um homem honrado, tornado divino, a de um ser divino que se tornou homem. Depois da proclamação da divindade de Cristo, no século IV, depois da introdução, no sistema eclesiástico, do dogma da Trindade, no século VII, muitas passagens do Novo Testamento foram modificadas, a fim de que exprimissem as novas doutrinas." Assim se expressa Roustaing quanto à natureza do corpo de Jesus: •"A presença de Jesus entre vós, durante todo aquele lapso de tempo, foi, com relação a vós outros,   uma aparição espírita, visto que, pelas suas condições fluídicas, completamente fora dos moldes da   vossa organização, seu corpo era harmônico com a vossa esfera, a fim de lhe ser possível manter-se   longo tempo sobre a Terra no desempenho da missão com que a ela baixara." Não queremos aqui negar que Cristo veio em plena humanidade, pois Bíblia afirma reiterada vezes a plena humanidade do Filho de Deus. O apóstolo João condenou os ensinos gnósticos de sua época, que entre outros ensinos negavam que Jesus tivesse vindo em carne, dizendo que o seu corpo humano era mera aparência. Diz o apóstolo: •"AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." (1JO 4:1) "Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;" (1JO 4:2)

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Quanto ao corpo de Jesus, vejamos o que o relato bíblico nos diz: •"Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho." (LC 24:39) Embora o corpo ressuscitado de Jesus tivesse propriedades extraordinárias, como a capacidade de materializar-se e desmaterializar-se: •"Abriram-se-lhes então os olhos, e o conheceram, e ele desapareceu-lhes." (LC 24:31) "E falando eles destas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz seja convosco." (LC 24:36)Tinha também a propriedade de entrar em ambientes fechados: •"Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco." (JO 20:19) Apesar das características acima, seu corpo era constituído de carne e ossos: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho." (LC 24:39) Embora não seja nossa intenção nos aprofundarmos num estudo sobre a humanidade de Jesus, acrescento que Cristo experimentou sentimentos e necessidades humanos não pecaminosos, como: •Cansaço: "E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta." (JO 4:6) •Sede: "Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede." (JO 19:28) •Fome: "E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;" (MT 4:2) Quanto a divindade de Cristo, o testemunho das Escrituras é plenamente reconhecido. Tanto os espíritas quanto os Testemunhas de Jeová, negam a divindade de Cristo. Para uma melhor compreensão do assunto, convido-o a ler: A DIVINDADE.

Plano de Salvação do EspiritismoO espiritismo ensina que o homem, através de sucessivas reencarnações, pelos seus próprios esforços e pela prática das boas obras vai aprimorando-se a si mesmo, sem necessidade do sacrifício vicário de Jesus Cristo. A Bíblia nos diz que a nossa salvação é obra divina; o espiritismo diz que é esforço humano. A Bíblia diz que o sofrimento de Cristo visa a nossa expiação; o espiritismo diz que Jesus foi mero espírito adiantado, que nos serve apenas de exemplo. A Bíblia diz que o sangue de Cristo nos purifica de todo pecado e que o Espírito Santo nos ensina toda a verdade; o espiritismo, ignora a Trindade Divina, reduz toda a expiação à obra dos "espíritos" - os espíritos dos mortos, que nos orientam e aconselham, e o espírito de Cristo, que, tendo alcançado um nível superior, não obstante se encarnou para servir como exemplo. Diz-nos Kardec, sobre a graça: "... se fosse um dom de Deus, não daria merecimento a quem a possuísse. O espiritismo é mais explícito, porque ensina que quem a possui a adquiriu pelos próprios esforços em suas sucessivas existências, emancipando-se pouco a pouco das suas imperfeições." (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução, IV, XVII) Que contradição com as Escrituras! Deus não nos salva com base em quaisquer méritos pessoais nossos, mas unicamente por sua graça: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;" "Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus." (RM 3:23 e 24) O ensino espírita segundo o qual "Fora da caridade não há salvação" identifica a salvação com a prática de boas obras. Entretanto, as boas obras não salvam, nem ajudam ninguém a salvar-se. Paulo afirma em Efésios:

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"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus." "Não vem das obras, para que ninguém se glorie;" (EF 2:8 e 9) Ele declara que fomos criados em Cristo para as boas obras: "Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas." (EF 2:10). Portanto, não somos salvos pelas obras, mas para as boas obras. As boas obras são o resultado da nossa fé em Cristo, pois quando nos tornamos novas criaturas, mediante a fé nele, abandonamos as práticas más e nos voltamos para a prática do bem. "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." (2CO 5:17) Logo, as boas obras são a manifestação do amor que a pessoa tem a Deus. A Bíblia nos mostra claramente que todo o problema do homem é motivado pelo pecado, pois "todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Rm 3:23). Deus ama os pecadores, porém o pecado separa o homem de Deus: "EIS que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir." "Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça." (IS 59:1 e 2) O homem nada pode fazer para alcançar justificação diante de Deus. O sofrimento e as boas obras, como apregoa o espiritismo, jamais serão suficientes para vencer a distância que o separa de Deus, pois, como expressou o profeta Isaías, "... todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam." (IS 64:6) O estado do homem é profundamente desesperador, porém não irremediável, "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (JO 3:16) Jesus Cristo veio ao mundo com objetivo específico de "dar a sua vida em resgate de muitos" (Mc 10:45) Cristo se ofereceu a si mesmo a Deus pelos nossos pecados, para que possamos obter a salvação: •"Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;" (1PE 3:18) •"Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados." (1PE 2:24) Que contraste com o que ensina o espiritismo! Vejamos o que escreveu Léon Denis ao negar o valor do sacrifício de Cristo em nosso lugar: •"Não; a missão do Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal. Nada de exterior a nós poderia fazê-lo. É o que os espíritos, aos milhares afirmam em todos os pontos do mundo". Percebe-se aqui uma contundente tentativa de negar o valor da obra expiatória de Cristo na cruz. Ao dizer que o sangue, "mesmo de um Deus", não poderia resgatar ninguém, Denis está implicitamente, mais uma vez, negando a divindade de Jesus, a qual, como vimos, é afirmada pelas Escrituras. O conceito espírita de salvação é aquele que a Bíblia chama de "outro evangelho". Ele é tão contrário ao caminho da salvação de Deus que a Escritura o colocou sob a maldição divina: •"Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho;"O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e

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querem transtornar o evangelho de Cristo."    ” Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.”(GL 1:6-8)”. A salvação vem unicamente pela graça (favor imerecido) de Deus e não por qualquer coisa que a pessoa possa fazer para ganhar o favor de Deus, ou pela sua retidão pessoal. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie". (Ef 2:8,9).

A Bíblia  no EspiritismoO espiritismo nega textualmente a inspiração divina da Bíblia, ensina que o registro bíblico não deve ser tomado literalmente. Eis o que Kardec diz a respeito das Escrituras: •A Bíblia contém evidentemente narrativas que a razão desenvolvida pela ciência, não poderia aceitar hoje em dia; igualmente, contém fatos que parecem estranhos e repugnantes, porque se ligam a costumes que não são adotados... A ciência, levando suas  investigações até a entranhas da terra, e à profundeza dos céus, tem pois demonstrado de modo irrecusável os erros da Gênese mosaica tomada à letra, e a impossibilidade material de que as coisas se hajam passado tal com estão relatadas textualmente... Incontestavelmente, Deus, que é todo verdade, não pode induzir os homens ao erro, nem consciente, nem inconscientemente, pois então não seria Deus. E, pois, se os fatos contradizem as palavras que a ele são atribuídas, necessário se torna concluir, logicamente, que ele não as pronunciou, ou que elas foram tomadas em sentido diverso... Acerca desse ponto capital, ela [a ciência] pôde, pois, completar a Gênese e Moisés, e retificar suas partes defeituosas." (Allan Kardec, A Gênese, IV, 6, 7, 8 e 11). Léon Denis, outra autoridade do espiritismo, assim se expressa sobre o valor da Bíblia; •"... não poderia a Bíblia ser considerada "a palavra de Deus" nem uma revelação sobrenatural. O que se deve nela ver é uma compilação de narrativas históricas ou legendárias, de ensinamentos sublimes, de par com pormenores às vezes triviais". (Léon Denis, Cristianismo e Espiritismo, FEB, São Paulo, s.d., 7a. ed., pág. 267). Assim, o espiritismo, através de suas maiores autoridades, nega a revelação divina encontrada nas Escrituras, relegando-as ao nível de uma mera compilação de fatos históricos e lendários. É curioso, entretanto, que querendo dizer-se cristão, o espiritismo freqüentemente lance mão das Escrituras, citando-as com profusão quando lhe convém. Isto significa que para os espíritas não faz diferença se a Bíblia é ou não a Palavra de Deus - desde que possam usá-la quando desejam dar à sua crença uma aparência cristã, ou seja, citando passagens isoladas que parecem dar apoio à teorias espíritas. Quando, porém, o ensino claro das Escrituras refuta essas mesmas teorias, dizem então que elas não são a inerrante Palavra de Deus pela qual devemos testar o que cremos. Portanto, o espiritismo não é uma religião cristã, pois nega a inspiração do Livro que é a base do cristianismo, assim como os seus ensinos. Com o que concorda o escritor espírita Carlos Imbassy, quando escreveu: •"O espiritismo não é um ramo do Cristianismo como as demais seitas cristãs. Não assenta seus princípios nas Escrituras... a nossa base é o ensino dos espíritos, daí o nome - Espiritismo." (Carlos Imbassy, À Margem do Espiritismo, p. 126)

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ConclusãoPelo exposto, diante das evidências da Palavra de Deus, sigamos os seus ensinos, pois ela, positiva e enfaticamente, condena o espiritismo e proscreve-o em todas as suas formas, tanto antigas como modernas. Não poderíamos concluir nosso trabalho, sem informar a verdadeira identidade dos espíritos do espiritismo. Não resta dúvida que seres espirituais fazem suas aparições e manifestam seus poderes nas sessões espíritas. O que desejamos saber é quem são esses seres desencarnados, que vêm ao nosso mundo por convite especial ou invocação dos médiuns. Podem os mortos comunicarem-se com os vivos? Para responder a esta e as perguntas que se seguem, apenas as Sagradas Escrituras, a revelação máxima da vontade de Deus, esclarecem com autoridade essa questão, dando-nos a verdadeira e plena satisfação de ter encontrado a resposta. Gostaria que você lesse no evangelho, no livro de Lucas, a parábola do rico e Lázaro, que se encontra no capitulo 16, versículos de 19 a 31. Nesta passagem vemos claramente que os mortos não podem e não tem permissão para se comunicarem com os vivos. Demos ênfase ao versículo 26: "E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá." (LC 16:26) Não encontramos em nenhum lugar das Escrituras um só indicio de que o homem, em seu estado atual, possa ter qualquer tipo de relação com os espíritos dos mortos. Pelo contrário, como vimos, o Senhor tem "as chaves da morte e do inferno" (Apocalipse 1:18) e somente Ele tem poder para fazer sair dali os espíritos, o que fará nas duas únicas ocasiões, ou seja, na primeira ressurreição para os santos (1 Ts 4:16) e na ressurreição do juízo para os perversos (João 5:29). Enquanto aguardamos esse evento, os espíritos dos crentes que já morreram está com o Senhor, "ausente deste corpo e presente com o Senhor" (2 Coríntios 5:8); eles partiram para estar com Cristo (Filipenses 1:23), mas os espíritos dos perversos estão "em prisão" (I Pedro 3:19), motivo pelo qual não têm a liberdade de sair quando são "chamados". Se não resta dúvida que no espiritismo entra-se em contato com poderes sobrenaturais, com espíritos e forças extra-humanas e extraterrenas, capazes de manifestações surpreendentes, e se esses espíritos, segundo os ensinos das Escrituras, não pertencem aos mortos, então quem são eles? Qual é a sua história? Qual a sua missão? Onde habitam?

Quem são eles? A Bíblia nos fala de seres espirituais, invisíveis aos homens, que algumas vezes se materializam e exercem poderes sobrenaturais. Tais forças espirituais compõem de duas classes: a de seres bons, chamados de anjos, a quem Deus usa para proteção e auxílio ao homem, e a de seres maus, que assim se tornaram porque voluntariamente se afastaram do plano original de Deus e tomaram parte num movimento de rebelião contra o governo de Deus. Os anjos são seres espirituais criados por Deus, conforme está escrito: "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele." (CL 1:16) Mais ainda, as Escrituras afirmam que os anjos são uma ordem de seres mais elevada do que os homens: "Pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste." (SL 8:5)

Qual a sua missão?

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Sabemos existir duas categoria de anjos: os bons e aqueles que se tornaram maus. Os bons tem como missão sempre beneficiar o homem. São chamados na Bíblia "espíritos ministradores" ou mensageiros." Deus os envia para socorrer a humanidade em diferentes circunstâncias da vida. Anjos tem agido de modo maravilhoso em diferentes ocasiões, algumas vezes assumindo a forma humana, a fim de proteger a crianças e adultos. As Escrituras contem muitas histórias de tais ocasiões. É bastante conhecida esta  passagem que afirma esta realidade: "O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra." (SL 34:7) Falando dos "pequeninos" Jesus nos diz sobre os anjos de guarda destes: "Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus." (MT 18:10) Também é bastante conhecido o relato do acontecido com Daniel: "O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano." (DN 6:22) Então, se os espíritos não são os mortos que voltam, podem ser os anjos bons? A resposta é definitivamente Não, pela simples razão de que os espíritos que aparecem nas sessões são impostores. Afirmam ser os espíritos de seres humanos mortos, e em dizendo isto proferem uma falsidade. Conseqüentemente, não podem ser anjos de Deus. Os anjos, como Deus, não mentem. O próprio espiritismo admite que alguns dos espíritos são mentirosos. Allan Kardec assevera que  "os espíritos enganadores não tem escrúpulos em se abrigarem sob nomes que tomam emprestado, para fazerem aceitar suas utopias". (O Evangelho Segundo o Espiritismo, IDE, Introdução II,  p. 12) Mais adiante ele nos diz: "O espiritismo vem revelar uma outra categoria bem mais perigosa de falsos Cristos e de falsos profetas, que se encontram, não entre os homens, mas entre os desencarnados: a dos espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudo-sábios que da Terra, passaram para a erradicidade, e se adornam com nomes veneráveis para procurar, graças à máscara com a qual se cobrem, recomendar idéias, freqüentemente, as mais bizarras e as mais absurdas." (Idem, cap. XXI, pág. 261). Segundo as Escrituras, não somente alguns dos espíritos são mentirosos, como afirma Kardec, mas todos o são, porque mantém a falsidade e procuram passar por quem não são. A única coisa que nos resta é identificar tais espíritos com as potências do mal, as quais Paulo chama "hostes espirituais da maldade". Mas de onde vêm? Quem as criou? Pode um Deus perfeito e perfeitamente bom criar seres vis e enganadores? Qual  é a sua história? (A origem do mal) Segundo o espiritismo, "O mal, sendo o resultado das imperfeições do homem, e o homem, sendo criado por Deus, Deus, dir-se-á, se não criou o mal, pelo menos a causa do mal; se houvesse feito o homem perfeito, o mal não existiria". (Allan Kardec, A Gênese, cap. III, item 9). Em outras palavras, diz o espiritismo que Deus, que Deus, "se não criou o mal, pelo menos (criou) a causa do mal". No parágrafo seguinte desta citação encontramos: "Se o homem tivesse sido criado perfeito, seria levado fatalmente, ao bem". Se Deus tivesse criado o homem perfeito, conseqüentemente, ele seria igual a Deus, seriam Deuses em potencial e não homens. Diz-nos o relato bíblico que o homem foi criado "à sua imagem, conforme a sua semelhança" (Ver Gn 1:26 e 27). Deu também ao homem livre arbítrio. ou seja, a capacidade de resolução que depende só da vontade. Colocou a teste sua obediência quando disse: " De toda a árvore do jardim comerás livremente," "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." (GN 2:16 e 17). Bem sabemos o final desta história. O homem desobedeceu a Deus e começou toda a sua desgraça. (Ver Gn 3)

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Esta foi a história do pecado, a origem do pecado entre os homens. E a origem do mal? Onde teve seu princípio? Foi com a queda do homem? Certamente que não. Sua origem se deu muito antes da criação do homem. Deus jamais criou um diabo ou demônios. Mas criou seres perfeitos e bons, com pode de livre escolha: "Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas." (EZ 28:14) "Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti." (EZ 28:15) "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti." (EZ 28:17) Deus criou um ser de exaltada beleza, de absoluta perfeição, de maravilhoso poder. Mas a inveja, o orgulho e a ambição egoística corromperam a sua santidade. No Antigo Testamento, encontra-se registrada a triste história daquele que uma vez fora o ser mais exaltado do universo: "Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!" "E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte." "Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo." (IS 14:12 a 14) A soberba e a ambição o corromperam. Quis ser semelhante a Deus. Ao iniciar a rebelião contra Deus, foi aviltado e expulso de sua magnífica morada, arrastando, em sua queda, importante contingente da hoste celestial que conseguira enganar. O capítulo 12 de Apocalipse menciona uma grande batalho no Céu. Aí João, o revelador, fala da visão que Deus lhe deu: "E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos;" "Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus." "E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele." (AP 12:7 a 9) Na sua queda, o diabo, satanás, a antiga serpente, aquele que fora Lúcifer (filho da alva), arrastou a terça parte dos anjos com ele: "E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho." (AP 12:4) São eles que estão por trás do espiritismo, o diabo e seus anjos caídos! Onde habitam? Deixemos que a Palavra de Deus responda: "E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos;" "Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus." "E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele." (AP 12:7 a 9)

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ConclusãoAs forças misteriosas que produzem as estranhas manifestações sobrenaturais nas sessões se distinguem por três características, e a Bíblia as atribui a Satanás e seus anjos - os demônios: •São seres espirituais invisíveis, e só ocasionalmente se materializam, numa forma enganadora; •São mentirosos, impostores, pois se declaram espíritos de mortos, ao passo que a Bíblia afirma que os mortos não podem comunicar-se com os vivos e vice-versa. Jesus Declara a respeito de Satanás: "Não há verdade nele; quando fala mentira, fala do que lhe é próprio; pois é mentiroso, e pai da mentira". (Jo 8:44) Desde que lançado fora do Céu com os seus anjos, o principal objetivo de sua existência tem sido enganar, seduzir, impelir os homens para a ruína, e opor-se a toda verdade com respeito a sua própria natureza e a natureza de Deus. Os espíritos nas sessões mostram-se impostores porque declaram falsa identidade; •São inteligências poderosas e capazes de realizar coisas impossíveis ao homem. Investigações científicas têm provado que as manifestações espíritas são inexplicáveis na moldura de leis naturais conhecidas, e devem ser incluídas entre os fenômenos chamados em linguagem religiosa "milagres". Dizem as Escrituras que Satanás e seus espíritos malignos agem "com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira". O apóstolo João disse: "E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse." (AP 13:13 e 14) Jesus advertiu a todos os cristãos: "Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos." (MT 24:24) Muito embora tenhamos a mais sincera consideração pelos que ativamente promovem o espiritismo, sentimo-nos obrigados a afirmar, com a autoridade da Bíblia, que o espiritismo tem origem satânica, e sua prática não somente engana os homens, afastado-os do único caminho da salvação mediante o evangelho (que aponta para Jesus Cristo e seu sacrifício vicário), mas freqüentemente perturba a alma, confunde as faculdades mentais e precipita o ser humano numa escravizante dependência dos espíritos, levando à desorientação e ao desespero. É por isto que a Bíblia condena o espiritismo.

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CATOLICISMO

INTRODUÇÃO

“Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada, proibindo o casamento, e ordenando a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ações de graças pelos que são fiéis e que conhecem bem a verdade.” (1 Tm 4.1-3)

A palavra - “católico”, vem do grego katholikos, que quer dizer “universal”. No nome catolicismo romano já observamos uma contradição. Lorraine Boetner, em seu livro “Catolicismo Romano”, cita o Dr. John Gerstner que escreveu: “...rigorosamente falando, católica romana é uma contradição de termos. Católico significa universal; romano significa particular”. Quero, neste estudo, analisar as principais doutrinas católicas com as Escrituras e mostrar a total incompatibilidade que existe entre a fé dos evangélicos e a fé dos católicos. O profeta Amós perguntou: “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Am 3.3) Não estou pregando a intolerância religiosa, o respeito pelo próximo é uma marca cristã, o direito a escolha religiosa é um direito inegociável. Refiro-me a tentativa ecumênica de unir evangélicos e católicos numa só igreja. Um artigo na Internet divulgou que “João Paulo II vem manifestando interesse em aproximar-se de judeus e evangélicos”. A proposta ecumênica dos católicos é de mão única. Estes estão interessados que os evangélicos, por exemplo, aceitem o Papa como cabeça da igreja e muito mais. A meta do ecumenismo é a união de todas as igrejas em uma só Igreja Mundial. É impossível aceitar essa proposta sem abrir mão daquilo que é básico em nossa fé. Sabemos, pelas Escrituras, que o Anticristo virá sobre as asas do ecumenismo se colocando como líder religioso mundial dizendo ser o Cristo.

PEQUENO HISTÓRICO

A igreja católica, que conhecemos hoje, é o resultado de alterações feitas a partir da igreja primitiva. Segundo Aurélio, “...o catolicismo romano é a religião que reconhece o Papa como autoridade máxima, que se expande por meio de sacramentos, que venera a virgem Maria e os santos, que aceita os dogmas como verdades incontestáveis e fundamentais e que tem como ato litúrgico mais importante a missa”. O que essa igreja tem em comum com a igreja primitiva? Nada! Durante os primeiros séculos cristãos ocorreram muitas perseguições, isto cooperou para que a igreja se mantivesse fiel as Escrituras. Este período é chamado de era patrística, ou era dos pais da igreja. Halley fala de Policarpo (69-156 d.C.), discípulo de apóstolo João que foi queimado vivo por se recusar a amaldiçoar a Cristo. Policarpo falou: “oitenta e seis anos faz que sirvo a Cristo e Ele só me tem feito bem, como podia eu, agora, amaldiçoá-lo, sendo Ele meu Senhor e Salvador?” A corrupção no cristianismo começou já em meados do século III, onde houve o primeiro rompimento sério dos cristãos, por causa da introdução dos batismos de crianças. O rompimento foi chamado de “desfraternização”. No século IV, Constantino ascendeu ao posto de Imperador. Este apoiou o cristianismo e seu sucessor Teodósio (378/95) transformou o cristianismo em religião oficial do Império Romano. Assim sendo, muitos ímpios se tornaram cristãos por motivos políticos e escusos. Constantino convocou em 325 d.C. o Concílio de Nicéia onde começou a surgir o catolicismo romano influenciado por doutrinas pagãs, embora ainda houvesse muita pureza na maioria dos cristãos. Como

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pôde haver essa junção entre o cristianismo e Roma? Roma que sempre foi centro de idolatria em que seus imperadores eram considerados deuses. Alcides Peres conta que em 326 d.C., um ano depois do Concílio, Constantino vai a Roma para celebrar o vigésimo ano de seu reinado. Por intriga palaciana, manda prender seu filho Crispo, que é logo julgado, condenado e morto pelo próprio pai... Foi esse homem que deu origem a esta junção do catolicismo com o romanismo. Muitas doutrinas estranhas continuaram a penetrar no catolicismo romano. Fazendo que cada vez mais a igreja católica se distanciasse de sua origem. Citarei alguns exemplos dando datas aproximadas.1. A oração pelos mortos começou a ser aceita por volta de 300 d.C. 2. O começo da exaltação a Maria onde o termo “mãe de Deus” surgiu pela primeira vez em 431 d.C. 3. A doutrina do purgatório em 593 d.C. A adoração da cruz, imagens e relíquias em 786 d.C. 4. A canonização dos santos mortos em 995 d.C. O celibato do sacerdócio em 1079 d.C. E assim em diante... Até o descalabro da suposta assunção de Maria em 1950. No século XVI ocorreu a tão conhecida reforma protestante que é sempre lembrada no dia 31 de outubro por ser a data que Lutero em 1517 d.C. colocou suas 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Essas teses combatiam principalmente a compra de indulgências. Segundo Earle E. Cairns: “A indulgência era um documento que se adquiria por uma importância em dinheiro e que livrava aquele que a comprasse da pena do pecado.” O pecador deveria arrependendo-se, confessar o seu pecado ao sacerdote, e ainda pagar uma certa quantia para assim obter o perdão, tratando desta forma o sacrifício na cruz como nada. Lutero combateu isto com veemência baseando-se em Romanos 1:17, ensinando que só a fé em Cristo justifica. Com a reforma a Bíblia foi traduzida para a língua do povo. Antes a Bíblia era negada ao povo sob a desculpa que só o sacerdote podia interpretá-la corretamente. A supremacia da Bíblia em todas as questões de fé e prática foi enfatizada (sola scriptura) assim combatendo a idéia que a tradição e as interpretações dos clérigos teriam o mesmo valor que as Escrituras. Lorraine Boettiner escreveu: “O protestantismo como surgiu no século dezesseis não foi o começo de alguma coisa nova, mas o retorno ao cristianismo bíblico e à simplicidade da igreja apostólica da qual a igreja católica se afastou há muito tempo.”

A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS

Para começo de conversa é bom falarmos sobre a autoridade da Bíblia segundo o catolicismo. Segundo o catolicismo existem três grandes autoridades para o ensino: a tradição da igreja, o magistério e as Escrituras Sagradas. Para eles a Bíblia sozinha não é suficiente. Raimundo F. de Oliveira cita o Padre Benhard que em 1929 escreveu: “A Bíblia não é a única fonte de fé, como Lutero ensinou no séc. XVI, porque sem a interpretação de um apostolado divino e infalível, separado da Bíblia, jamais poderemos saber, com certeza, quais são os livros que constituem as Escrituras inspiradas, ou se as cópias que hoje possuímos concordam com os originais. A Bíblia em si mesma, não é mais do que letra morta, esperando por um intérprete divino... Certo número de verdades reveladas têm chegado a nós, somente por meio da tradição divina.” “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste livro.” (Ap. 22.18 e 19)

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Conforme temos visto, para o catolicismo romano, a Bíblia não é a única regra de fé. A revelação, segundo eles, está apoiada no seguinte tripé: as escrituras, a tradição da Igreja e o magistério. Ainda tiram da Bíblia o valor de ser a autoridade final. Observe a declaração do catecismo de 1994: “O ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou transmitida (tradição) foi confiado unicamente ao magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo, isto é, aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma”.Ou seja, para os católicos, a interpretação dos magistrados é superior as Escrituras Sagradas. Paulo nos advertiu: “Mas ainda a que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já tenho anunciado, seja anátema.” (Gl 1.8). E em Rm 3.4 está escrito “...sempre seja Deus verdadeiro e todo o homem mentiroso.” E ainda em I Cor. 4:6: “...Ora, irmãos, estas coisas eu as apliquei figuradamente a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito...” Além desse tripé errôneo, existe o fato da Igreja Católica possuir livros apócrifos em sua Bíblia. A palavra “apócrifo” vem do grego apokrupha que significa “coisas ocultas”. Porém com o decorrer do tempo foi adquirindo o significado de “espúrio” e “não-puro”. Os livros apócrifos estão inseridos no Velho Testamento fazendo que o Velho Testamento deles tenham 46 livros enquanto o nosso têm 39 livros. Os apócrifos são: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de Macabeus, seis capítulos e dez versículos acrescentados no livro de Ester e dois capítulos de Daniel. Foi no Concílio de Trento em 15 de abril de 1546, em sua quarta sessão que a Igreja Católica declarou estes livros sagrados. Na tradução Católica “A Bíblia de Jerusalém” – Ed. Paulinas, na página 11 é mostrado e confirmado a lista de apócrifos. Na Bíblia Católica das Edições Ave Maria” encontra o seguinte: “... Alguns escritos recentes lhe foram acrescentados (Os Apócrifos no Velho Testamento) sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados. São os seguintes livros: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de Macabeus, seis capítulos e dez versículos acrescentados no livro de Ester e dois capítulos de Daniel. A Igreja Cristã (Católica Romana) admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros”. (Pág.15 – parênteses do autor). Quero dar quatro razões para não aceitarmos esses livros como inspirados por Deus. 1ª) Esses livros não estão no cânon hebraico. A palavra “cânon” significa literalmente “cana” ou “vara de medir”. Esta palavra, com o tempo, passou a classificar os livros que são considerados genuínos e inspirados por Deus. Sendo assim os hebreus consideram os livros apócrifos como não inspirados por Deus. 2ª) Não há no Novo Testamento nenhuma citação desses livros. Jesus e os apóstolos não citaram uma vez sequer um trecho incluído nesses livros. Assim mostrando que não eram considerados genuínos por Cristo ou pelos apóstolos. 3ª) Doutrinas contrárias às escrituras são baseadas nesses livros, tais como: a intercessão pelos mortos, a intercessão dos santos, a salvação pelas obras, etc. 4ª) Os católicos não foram unânimes quanto à inspiração divina nesses livros. No Concílio de Trento houve luta corporal quando este assunto foi tratado. Lorraine Boetner (in Catolicismo Romano) cita o seguinte: “O papa Gregório, o grande, declarou que primeiro Macabeus, um livro apócrifo, não é canônico. O cardeal Ximenes, em sua Bíblia poliglota, exatamente antes do Concílio de Trento, exclui os apócrifos e sua obra foi aprovada pelo papa Leão X. Será que estes papas se enganaram? Se eles estavam certos, a decisão do Concílio de Trento estava errada. Se eles estavam errados, onde fica a infalibilidade do papa como mestre da doutrina?”

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A SALVAÇÃO NO CATOLICISMO

Como o Catolicismo Romano vê a salvação? Adolfo Robleto (in: O Catolicismo Romano) destaca: “Na Igreja Católica, no entanto, o tema da salvação não ocupa um lugar proeminente. Os esforços se encaminham para o sentido de que o povo católico, não falte à igreja e faça obras de caridade.” Segundo o catolicismo a salvação é adquirida de três formas básicas: 1ª- graça de Deus, 2ª- fé e obras e 3ª- a igreja e seus sacramentos.

1ª- Graça de Deus – A palavra graça significa favor imerecido e gratuito. É algo concedido por Deus de forma gratuita sem qualquer mérito humano. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie.” (Ef 2.8 e 9). Por sua vez, a Igreja Católica não vê a graça como um favor gratuito e imerecido. O fiel para receber a graça de Deus precisa ser ligado a Igreja Católica e participar dos sacramentos, sendo só desta forma que Ele pode receber a graça de Deus. Caso não receba a graça, o fiel não poderá ser salvo. Mas as Escrituras deixam bem claro que sendo a salvação pela graça, não pode ser ao mesmo tempo pelas obras. “E se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.” (Rm 11.6).

2ª- Fé e obras – Segundo o catolicismo a fé em Cristo não é suficiente para se adquirir a salvação. É necessário também realizar caridades, esmolas e participar dos sacramentos. No Concílio de Trento (1546-1563) saiu o seguinte decreto: “Se alguém disser que a fé é justificadora não é nada mais que confiança na misericórdia divina que cancela o pecado em nome de Cristo somente; ou que esta confiança sozinha basta para sermos justificados, que seja anátema.” O catolicismo chama de maldito aquele que crê que a fé em Cristo sozinha é suficiente para justificá-lo diante de Deus. Mas nas Escrituras está escrito: “Sendo, pois justificados pela fé, tenhamos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo.”(Rm.5:1) Cristo pouco antes de morrer na cruz disse: “...está tudo consumado”. Mostrando assim que o homem não precisaria fazer mais nada para adquirir a salvação. Pois Ele “veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10). A salvação não pode ser comprada pelas obras humanas. “Ou quem lhe deu primeiro a Ele, para que seja recompensado?” (Rm 11.35). Quem crê na salvação pela fé em obras está dizendo que Cristo morreu em vão (Gl 2.21).

3ª- A igreja e seus sacramentos – No catecismo de 1994 está escrito: “Toda salvação vem de Cristo–cabeça, através da igreja, a qual é o seu corpo; apoiado na Sagrada Escritura e na tradição (o Concílio) ensina que esta igreja, agora peregrina na terra, é necessária a salvação... Por isso não podem salvar-se, aqueles que, sabendo que a igreja católica foi fundada por Deus através de Jesus Cristo, como instituição necessária, apesar disso não quiserem entrar nela ou perseverar.” Nas Escrituras não há nenhuma indicação que alguém deve entrar numa igreja para obter salvação. A salvação só é por meio de Cristo (At 4.12; Jo 3.36; Jo 5.24; Jo 20.31; At 10.43; I Ts 5.9 etc.). Depois de salvo o cristão deve se ligar a uma igreja realmente cristã para ter comunhão com seus irmãos em Cristo (Hb 10.25, I Jo 1.5-7 e I Jo 4.20 e 21). A palavra sacramento vem do latim sacramentum que antigamente tinha dois significados básicos: 1.º- Algo que era separado para um propósito sagrado. 2.º- Era um juramento que o soldado fazia ao Imperador de Roma ao ingressar no exército. No século V, Agostinho começou a elaborar as doutrinas dos sacramentos, que ele definiu como “a forma visível de uma graça invisível” (signum visible de gratia invisible). Só no ano de 1439, no Concílio de Florença, foi que os sete sacramentos foram

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oficializados pelo catolicismo. Sendo os sete sacramentos: batismo, crisma ou confirmação, penitência, eucaristia ou missa, matrimônio, unção de enfermos ou extrema-unção e santas ordens. Segundo o catecismo de 1994, “a Igreja afirma que para os crentes os sacramentos da nova aliança são necessários à salvação.” Os sete sacramentos são nada menos que uma séria de boas obras que os católicos crêem que precisam fazer para alcançar a salvação. Mas em Rm 3.20 está escrito: “Por isso nenhuma carne será justificada diante Dele pelas obras...” Ao criar esta doutrina o catolicismo forma uma espécie de salvação sacerdotal, pois os sacramentos só podem ser ministrados pelos “sacerdotes” católicos. Transformando os sacerdotes católicos em mediadores entre Deus e os homens. O que é uma tremenda heresia: “Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.”(I Tm. 2:5) Analisaremos brevemente cada sacramento.

O BATISMO

Os católicos crêem que o batismo é necessário a salvação, que sem o batismo a pessoa está condenada ao inferno. No concílio de Trento foi decretado: “As crianças se não forem regeneradas para Deus através da graça do batismo, quer seus pais sejam cristãos ou infiéis, nascem para miséria e perdição eternas.” Quão terrível é esta doutrina! Já nós, evangélicos, cremos que estando a criança na fase da inocência vindo falecer esta irá para o céu. “Por que dos tais é o reino dos céus.” (Mt 19.14). O batismo é para quem crê. Enquanto a criança não tiver como decidir sobre a sua fé em Cristo, esta não pode ser batizada. A afirmação que o batismo salva é totalmente equivocada. O batismo é para os salvos e só a ausência de fé em Cristo é que condena. “Quem crer e for batizado será salvo, quem não crê será condenado.”(Mc 16.16)

CRISMA OU CONFIRMAÇÃO

Segundo eles, é um ato de aprofundamento em Cristo para todos aqueles que já foram batizados. No catecismo de 1994 está escrito: “a confirmação aperfeiçoa a graça batismal; é o sacramento que dá o Espírito Santo para enraizar-nos mais profundamente na filiação divina; incorporar-nos mais firmemente a Cristo, tornar mais sólida a nossa vinculação com a Igreja...” Preste atenção! Segundo eles, este sacramento concede o Espírito Santo. Por isto no crisma o bispo impõe suas mãos sobre a cabeça da pessoa com o propósito de transmitir o Espírito Santo. Não existem nenhum ritual, nas Escrituras, que aprofunde alguém espiritualmente. A filiação divina não é aprofundada por um ritual mas é conseguida plenamente no momento em que se crê em Cristo. É o que está escrito em João 1.12: “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome.” E é neste momento que recebemos o Espírito Santo. “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres e todos temos bebidos de um Espírito.”

PENITÊNCIA

Segundo o catolicismo é a maneira de remover a penalidade dos pecados cometidos depois do batismo e crisma. O padre depois de ouvir a confissão dos pecados recomenda aos fiéis penitências como: orações, ofertas, ajuda ao próximo ou algum tipo de privação. No catecismo de 1994 está escrito: “A absolvição tira o pecado, mas não remedia todas as desordens que ele causou. Liberto do pecado, o pecador deve ainda recobrar a plena saúde espiritual. Deve, portanto, fazer alguma coisa mais para reparar seus pecados; deve satisfazer de modo apropriado ou expiar seus pecados. Esta satisfação chama-se

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também penitência.” Esta doutrina é uma verdadeira aberração. O sacrifício de cristo é único e suficiente (Hb 10.12).

EUCARISTIA OU MISSA

Lorraine Boetner cita o catecismo de Nova York que diz o seguinte: “Jesus Cristo nos deu o sacrifício na cruz da missa para que a sua Igreja tenha um sacrifício visível que prolongue o Seu sacrifício na cruz até o fim dos tempos. A missa é o mesmo sacrifício que o sacrifício da cruz. A santa comunhão é participar do corpo e do sangue de Jesus Cristo sob a aparência de pão e vinho”. Vemos que para os católicos a eucaristia ou missa é onde Cristo volta a ser crucificado para que os benefícios da cruz se apliquem continuamente aos seus participantes. Na epístola aos Hebreus capítulo 9 vemos Jesus sendo comparado aos sacerdotes no templo. Porém o autor mostra que Cristo é superior aos sacerdotes, sendo Ele o Sumo Sacerdote perfeito que ofereceu-se uma vez. Observe: “Nem também para si mesmo oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio. Doutra maneira, necessário lhe fora padecer desde a fundação do mundo; mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos...” (Hb 9.25-28). No versículo 12 afirma que entrou “uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.” A redenção é eterna então não há necessidade de rituais para que a redenção continue. Ensina a teologia católica à transubstanciação (alteração de substância) durante a eucaristia. Após a consagração dos elementos, pão e vinho, e a recita feita pelo padre das palavras de Cristo, “isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue”, o pão se transforma na carne de Cristo e o vinho no sangue de Cristo. Esquecem os católicos que Jesus Cristo, em pessoa, institui a ceia do Senhor e pronunciou as palavras: “isto é o meu corpo e o meu sangue.” Se a transubstanciação fosse verdadeira, Cristo teria comido a sua própria carne e bebido do seu próprio sangue. Isso seria impossível, pois Cristo estava em pessoa celebrando a ceia e seria um absurdo comer o próprio corpo e beber do próprio sangue. Cristo foi bem claro “fazei isto em memória de mim”. Se é “em memória” é forçoso admitir que Cristo não estava presente nos elementos: pão e vinho. (Lc 22.19 e 20). Paulo ao instruir sobre a ceia do Senhor chamou o pão de pão e vinho de vinho. Note bem: “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha” (I Co 11.26). E ainda, em algumas passagens da Bíblia vemos a ceia do Senhor sendo chamada de “o partir do pão” e não o partir do corpo (At 2. 46). Os católicos costumam usar como base bíblica para a eucaristia, as seguintes palavras de Cristo: “Porque a minha carne verdadeiramente é comida e o meu sangue verdadeiramente é bebida” (Jo 6.55). É claro que Cristo falou estas palavras no sentido figurado, ou será, que Cristo pregou o canibalismo. Mas os católicos, ainda insistem, pois Cristo falou “verdadeiramente”. Como Cristo também falou: “Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o lavrador.” (Jo 15.1) Cristo é uma planta? Não. Fica evidente que Ele usou o sentido figurado como usou em Jo 6.55. O capítulo 6 de João é o registro da multiplicação de pães. A multidão começou a seguir a Jesus por causa do pão terreno. Mas Cristo queria lhes oferecer o pão espiritual: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede” (Jo 6.35). É claro que Jesus falou no sentido espiritual como também falou em Jo 6.55.

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Os católicos ainda crêem que ao participar da eucaristia os fiéis têm a purificação dos pecados presentes, preservação dos pecados futuros e ainda ajudam os mortos. No catecismo de 1994 está escrito: “O sacrifício eucarístico é também oferecido pelos fiéis defuntos que morreram em Cristo e não estão ainda plenamente purificados, para que possam entrar na luz e na paz de Cristo.” As Escrituras são claras ao dizer que todos os pecados são removidos através do sangue de Cristo (veja I Jo 1.7 e Ap 1.5.)

MATRIMÔNIO

Sem dúvida alguma Deus institui o casamento, sendo este a primeira instituição divina, quando uniu Adão e Eva (Gn 2.23 e 24). Uma coisa é considerar o casamento uma instituição divina. Outra coisa, totalmente diferente, é considerar o casamento como sacramento (meio de graça). Os católicos crêem que quando seus “sacerdotes” realizam seus casamentos, a graça de Deus vem através dos mesmos. Com este tipo de pensamento, os católicos só consideram os casamentos realizados pelos seus sacerdotes. O erro de considerar o casamento como um sacramento se deu por um erro de tradução da Vulgata (versão latina das Escrituras, traduzida por Jerônimo) que traduziu Efésios 5.32 como “Este é um grande sacramento” enquanto a tradução correta é “Este é um grande mistério”. Sabemos que a Igreja Católica costuma cobrar uma taxa para realizar casamentos.

UNÇÃO DOS ENFERMOS OU EXTREMA UNÇÃO

Segundo o catolicismo, é um meio de conferir graças aos enfermos, anciãos e moribundos, ajudando assim no perdão dos pecados. Normalmente é ministrado pelo “sacerdote” a pessoa que está à beira da morte. O “sacerdote” unge os olhos, nariz, mãos e pés enquanto recita uma “oração especial” em latim. Este ritual visa diminuir a quantidade de pecados da pessoa devendo o restante ser “pago” pelos parentes através das missas. Em nenhum lugar das Escrituras vemos a recomendação para a realização desse ritual. O sangue de Cristo é suficiente para perdoar os pecados e não precisa de “óleo sagrado” para aperfeiçoar este. Na Bíblia, existe a recomendação de orar pelo enfermo com o uso do óleo (sendo o óleo apenas um símbolo do Espírito Santo), mas não para o perdão dos pecados, e sim, para cura do corpo. (Tg 5.14-16)

SANTAS ORDENS

Segundo o catolicismo é ato de conferir graça especial e poder espiritual aos padres, bispos, arcebispos, cardeais e papas. Fazendo destes sacerdotes, portanto, representantes de Cristo na terra. A idéia do sacerdócio é do Antigo testamento, onde os sacerdotes basicamente exerciam três funções:

1.ª) Ofereciam sacrifícios no santuário diante de Deus em benefício do povo.

2.ª) Ensinavam a lei de Deus.

3.ª) Buscavam a vontade de Deus. O sacerdócio era uma sombra ou tipo daquele que haveria de vir – Cristo. Com a vinda de Cristo não há necessidade nenhuma de sacerdotes. Em Hb 9.11 e 12 está escrito: “Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito de mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue dos bodes e

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bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”. E em Hb 9.24 está escrito: “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos de homens, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer por nós perante a face de Deus.” O sacerdote era uma espécie de mediador dos homens diante de Deus. Hoje temos um único mediador: “Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (I Tm 2.5). Hoje cada crente pode ir a Deus através de Cristo. “Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e o que busca, encontra; e o que bate, se abre.” (Mt 7. 7 e 8). E Cada crente é um sacerdote (Ap.1:6). Diante dessas irrevogáveis verdades bíblicas, pasmem com que está escrito no Concílio de Trento: “O sacerdote é o homem de Deus, o ministro de Deus... Aquele que despreza o sacerdote despreza Deus; aquele que o ouve, ouve a Deus. O sacerdote perdoa pecados como Deus, e aquilo que ele chama de seu corpo no altar é adorado como Deus por ele mesmo e pela congregação... Está claro que a sua função é tal que não se pode conceber nenhuma maior. Portanto, eles não são simplesmente chamados de anjos, mas também de Deus, mantendo como fazer o poder e autoridade do Deus imortal em nós.” Pura blasfêmia! Ainda leia o que está escrito num livro romano citado por Lorraine Boettner: “Sem o sacerdote, a morte e a paixão de nosso Senhor não teria nenhum valor para nós. Veja o poder do sacerdote! Através de uma palavra dos seus lábios ele transforma um pedaço de pão em Deus! Um fato maior que a criação do mundo. Se eu me encontrasse com um sacerdote e um anjo, eu saudaria o sacerdote antes de saudar o anjo. O sacerdote ocupa o lugar de Deus.” - Pura blasfêmia!

PURGATÓRIO

A doutrina do purgatório teve o seu início no Concílio de Florença (1439). Lá foi estabelecida a diferença entre o pecado cometido e a tendência inata para o pecado. Chegando-se a conclusão que o perdão (conseguido através da confissão ao sacerdote e a participação dos sacramentos) acaba com o pecado, mas não acaba com a má tendência. Há, portanto, a necessidade do purgatório, um lugar intermediário entre o céu e a terra, onde os fiéis que ainda tenham alguma dívida e a má tendência para o pecado, irão sofrer no fogo do purgatório, até a purificação completa. O autor John M. Haffert (livro: Saturday in Purgatory) escreveu: “Não há menor dúvida que os sofrimentos do purgatório em alguns casos duram através de séculos inteiros.” Sobre o sofrimento do purgatório, o manual da sociedade do purgatório registra: “Segundo os santos padres da igreja, o fogo do purgatório não difere do fogo do inferno, exceto quanto à sua duração. É o mesmo fogo, diz S. Tomás de Aquino, que atormenta os réprobos no inferno e o justo no purgatório. A dor mais amena no purgatório, ele diz, ultrapassa os maiores sofrimentos desta vida. Nada além da duração eterna torna o fogo do inferno mais terrível do que o purgatório.” Segundo os católicos as orações e esmolas dos vivos e o “sacrifício da missa” ajudam a diminuir o tormento do purgatório. Como será que os católicos encaram a morte? Se eles pensam que depois da morte vão encarar o purgatório. Os teólogos tentam basear a doutrina do purgatório nos livros de Macabeus e em algumas passagens das Escrituras. Sabemos que Macabeus é um livro apócrifo e espúrio. Quanto às passagens das Escrituras, os católicos usam o fato de existir um pecado imperdoável (blasfêmia contra o Espírito Santo) e a passagem de I Co 3.15. Quando Cristo chama a blasfêmia contra o Espírito Santo de pecado imperdoável, não faz referência nenhuma ao purgatório, que segundo os católicos seria, o lugar onde este

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pecado seria perdoado. Pelo contrário, Jesus disse: “Não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro” (Mt 12.32) e “nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo.” (Mc 3.29). Quanto à passagem de Coríntios, Paulo trata da questão dos galardões e não da salvação. Tanto que mesmo que as obras se queimem “o tal será salvo, todavia como pelo fogo.” Quero destacar três argumentos bíblicos que liquidam a doutrina do purgatório:

1.º- A suficiência do sacrifício de Cristo.

Não há como crer na suficiência do sacrifício de Cristo e na doutrina do purgatório ao mesmo tempo. Só pode se crer em um e descartar o outro. Cristo falou: “Porque o filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10). Ele veio salvar, não se tem nenhuma necessidade do purgatório para aperfeiçoar a salvação que Cristo trouxe. Paulo escreveu: “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.” (I Tm 1.15). Cristo na cruz disse: “Está tudo consumado”, mostrando assim que cumpriu a sua missão.

2.º- Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo (Rm 8.1 e Jo 3.18).

3.º- É na presente vida que a salvação ou a condenação é definida (Hb 9.27).

Observamos que o catolicismo não fica satisfeito com nada. Não crê que o sacrifício de Cristo foi o suficiente para a nossa salvação, nem fica satisfeito com a sua própria mirabolante doutrina dos sacramentos. Para eles há necessidade do purgatório, enquanto a Bíblia é bem mais simples afirmando que Cristo satisfez a justiça divina (Rm 3.21-26), não havendo necessidade de mais nada.

O PAPADO

Os primeiros aspectos que quero analisar sobre o papado são os títulos que estes carregam e as reivindicações que fazem para si. A palavra “papa” vem do latim papa que significa “pai”. Cristo foi bem claro que ninguém poderia ser chamado de pai espiritual a não ser Deus: “E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso mestre, que é o Cristo.” (Mt 23.9 e 10). O papa também é chamado de “doutor supremo de todos os fiéis”, o que vai contra o que Cristo ordenou, citado logo acima. São muitos títulos equivocados e arrogantes que o papa carrega em seus ombros. Estarei comentando mais alguns, tais como: “vigário de Cristo”, “sumo-pontífice” e “santo padre”. A palavra “vigário” quer dizer “substituto”. O papa é chamado de “vigário de Cristo”, ou seja, “substituto de Cristo”. Cristo afirmou claramente que o seu substituto na terra seria a pessoa do Espírito Santo (Jo 14.16-18, Jo 15.26 e Jo 16.7 e 13). O título “pontífice”, que quer dizer literalmente “construtor de pontes”, não veio da Bíblia, mas do romanismo, onde o imperador declarava-se o elo de ligação a Deus. O papa é chamado de sumo-pontífice, ou seja, o máximo elo de ligação a Deus. É uma blasfêmia e arrogância um homem se colocar nesta posição. Só Cristo é a ponte para Deus (Jo 14.6 e I Tm 2.5) e o cabeça da Igreja (Ef 1.22 e 23 e Cl 1.18). O título “santo padre” quer dizer “santo pai”, ou obviamente “pai santo”. Sem dúvida alguma este título só deve ser dado a Deus (Ap 15.4). Pois Deus não divide a Sua glória com ninguém (Is 42.8). Para resumir as pretensões papais, quero citar o catecismo de New York citado por Lorraine Boettner:

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“O papa assume o lugar de Jesus Cristo sobre a terra... Por direito divino o papa tem poder supremo e total na fé e na moral sobre cada e todo pastor e seu rebanho. Ele é o verdadeiro vigário de Cristo, o cabeça de toda a igreja, o pai e o mestre de todos os cristãos. Ele é o governador infalível, o instituidor dos dogmas, o autor e o juiz dos concílios; o soberano universal da verdade, o árbitro do mundo, o supremo juiz do céu e da terra, o juiz de todos, sendo julgado apenas por um, o próprio Deus na terra.” No apogeu do papado, foi “consagrado” ao papado o monge Hildebrando que exerceu o papado no período de 1073 a 1075 como título de Gregório VII. Assim que assumiu, Gregório VII publicou as suas máximas que ficaram sendo conhecidas como “máximas de Hildebrando”. Segundo o autor Abraão de Almeida (in: Lições da História) essas máximas são consideradas a essência do papado. Este mesmo autor cita as máximas das quais transcrevi algumas: Nenhuma pessoa pode viver debaixo do mesmo teto com outra excomungada pelo papa. É o papa a única pessoa cujos pés devem ser beijados por príncipes e soberanos. A sua decisão não pode ser contestada por ninguém e que somente ele pode revisar. A Igreja Romana nunca errou nem jamais errará, como as Escrituras testifica (Leia Obadias nos versículos 3 e 4).

PEDRO COMO PRIMEIRO PAPA

Vimos os títulos equivocados e arrogantes que o papa carrega sobre si. Agora veremos que a própria existência do papado é uma deturpação das Escrituras. É impossível abordar este assunto sem falar a respeito do trecho bíblico em que os católicos se baseiam para firmar a doutrina do papado: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt. 16.13-20). Os católicos pegam esta afirmação de Cristo para afirmar que Pedro é a pedra ou rocha em que Cristo fundamentou a sua igreja, sendo assim o primeiro papa da igreja. Quando Cristo falou “...esta pedra...” não estava se referindo a Pedro, mas sim à anterior declaração de Pedro a respeito de Jesus – “Tu és o Cristo, O Filho do Deus vivo”. Cristo é a pedra fundamental da igreja. Paulo afirmou: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já esta posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Co 3.11). No grego, a palavra Pedro é petros, do gênero masculino, enquanto pedra ou rocha é petra, do gênero feminino. O que Cristo disse: “Tu és Petros (masculino), e sobre esta petra (feminino) eu edificarei a minha igreja.” Mostra-se assim que Cristo não estava falando de Pedro como a pedra ou rocha, mas sim a respeito da declaração de Pedro – “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Se Pedro fosse a rocha, Cristo teria dito: “sobre ti edificarei a minha igreja”, mas não disse. É interessante observar que na narrativa de Marcos a frase de Cristo: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”, é omitida (Mc 8.27-30). Marcos por muito tempo foi companheiro de Pedro e no seu evangelho há uma profunda influência do mesmo. Pedro chamava Marcos de filho (I Pe 5.13). Pedro em nenhum momento disse de si mesmo como a rocha ou pedra da igreja. Pelo contrário, sempre mostrou a Cristo como a pedra: “Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posto como cabeça de esquina” (At 4.11). Veja também I Pe 2.4-8. Há também a afirmação católica que Pedro teria recebido as chaves do céu. É outra deturpação das Escrituras, baseada em Mateus 16.19: “Eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” Não podemos entender a declaração de Cristo como se esta fosse somente dirigida a Pedro, mas esta é dirigida a toda igreja. Veja Mateus 18.15 a 18. Fica então patente aos nossos olhos que o ligar e desligar não refere-se apenas a um homem, mas à toda igreja, que têm a Cristo como cabeça , “...o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre” (Ap 3.7). O que seria abrir e

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fechar ou ligar e desligar que Cristo fala que a igreja realizaria com respeito às pessoas? O que se segue: quando a igreja prega o evangelho, abre o reino; quando deixa de pregar, o fecha. Isto fica bem claro quando observamos o “ai” de Cristo a respeito dos fariseus. “Mais ai de vós escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.” (Mt 23.13). Porque os fariseus fechavam o reino? Por não divulgarem corretamente as Escrituras, o Antigo Testamento, naquela época. Veja: “ai de vós, doutores da lei, que tiraste a chave da ciência; vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam.” (Lc 11.52). Assim observamos que quando a igreja prega o evangelho genuíno esta abre o reino dos céus, quando não, fecha o reino. Ao analisarmos o trecho bíblico de Mt 16.13-20, devemos partir para a análise da afirmação católica que Pedro foi o primeiro papa. Se ele realmente foi o primeiro papa, o foi de maneira totalmente diferente dos padrões papais. Há um abismo enorme entre Pedro e os seus pretensos sucessores. A verdade é que Pedro não foi o primeiro papa e a ordenação de um dirigente humano universal para a igreja está totalmente contrária às Escrituras. Jorge Buarque Lyra (in: Catolicismo Romano) argumentou muito bem: “Poderia, acaso, de alguma forma, um homem ser fundamento de uma obra divina? Se pudesse (admitindo-se o absurdo), tal obra deixaria de ser divina.” Vejamos as seguintes características de Pedro:

1.ª) Pedro não era celibatário. Tanto que teve sogra curada por Cristo (Mc 1.29-31). O papa é celibatário, sendo o celibato uma imposição a todo o clero. Em I Timóteo está escrito: “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demônios; ...proibindo o casamento.”

2.ª) Pedro era pobre. “E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro...” (At 3.6). O papa está cercado de riquezas.

3.ª) Pedro nunca esteve em Roma. Não é interessante observar que o chefe da igreja de Roma nunca esteve em Roma? Os católicos lançam mão de fontes extrabíblicas para afirmar que Pedro esteve em Roma. E mesmo que Pedro tenha estado em Roma ele não fundou ali a Igreja.

4.ª) Pedro nunca consentiu que ninguém se ajoelhasse a seus pés. “E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem.” (At 10.25 e 26). O papa constantemente recebe este tipo de reverência e adoração.

5.ª) Pedro não era infalível. “E, chegando Pedro a Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível. Porque antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartando deles, temendo os que eram da circuncisão.” (Gl 2.11 e 12). O papa é considerado infalível. A infalibilidade papal foi definida e aceita oficialmente em 1870 no Concílio do Vaticano I. A Igreja Católica demorou 1870 anos para considerar o papa infalível. É importante observar que não foi Deus que decidiu, mas foram homens pecadores reunidos que chegaram a conclusão que o papa era infalível. Na Bíblia está escrito: “porque todos pecaram e destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23) e ainda está escrito que quando dizemos que não temos pecado fazemos a Deus mentiroso. Veja: “Se dissermos que não pecamos fazemo-lo mentiroso, e a Sua palavra não está em nós.” (I Jo 1.10).

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6.ª) Pedro não tinha a primazia na igreja. Observe o que Pedro escreveu: “Aos presbíteros, que estão entre vós, que sou também presbítero como eles e testemunha das aflições de Cristo...” (I Pe 5.1). Em At 8.14 está escrito: “Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João.” Note bem: não foi Pedro que enviou alguns dos apóstolos, mas foram os apóstolos que lhe enviaram. Onde está a primazia de Pedro? Em At 11.1-18 vemos Pedro justificando-se perante a igreja. Quero destacar principalmente o versículo 2: “E subindo Pedro a Jerusalém, disputavam com ele os que eram da circuncisão.” Enquanto que a igreja Católica afirma que as decisões do papa não podem ser questionadas.

MARIOLATRIA

Entre os inúmeros pontos de divergências que existem entre Católicos Romanos e Evangélicos, um se destaca: Maria. Os católicos praticam a adoração à Maria, dando um maior destaque à mesma do que a Cristo. Já os evangélicos a consideram como um exemplo de vida cristã e humildade. Paulo deixou a advertência: “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.” (Rm 1.25) Maria é criatura. Cristo é Criador. “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam povos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado para Ele e por Ele.” (Cl 1.16) Veremos, neste estudo que as doutrinas católicas em relação à Maria carecem totalmente de base nas Escrituras. São doutrinas criadas por homens influenciados pelo paganismo. Adolfo Robleto escreveu bem: “Os egípcios tinham sua deusa Ísis; os fenícios, sua Astarte; os caldeus, sua Semíramis; os gregos, sua Ártemis; de maneira que o romanismo escolheu sua deusa feminina, e Maria foi a mais adequada para o caso.” A Mariolatria católica está sustentada no seguinte tripé:

1.ª) Imaculada Conceição de Maria,

2.ª) Perpétua virgindade de Maria

3.ª) Assunção de Maria.

IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA

Este dogma afirma que Maria nasceu sem pecado, ou seja, ela não herdou a mancha do pecado original, e ainda se manteve sem pecado por toda a sua vida. Atribuem assim à Maria um atributo divino – a impecabilidade. Maria não poderia pecar e nunca pecou, segundo o catolicismo. Este dogma só foi aceito oficialmente em 8 de dezembro de 1854, quando o papa Pio IX proferiu o seguinte:

“Declaramos e definimos que a bem-aventurada virgem Maria desde o primeiro momento de sua concepção, foi reservada imaculada de toda mancha do pecado original, por graça singular e privilégio do Deus Onipotente, em virtude dos méritos de Jesus Cristo, o Salvador da humanidade, e que esta doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser firmemente e constantemente crida por todos os fiéis.” Com base neste dogma, a Igreja Católica celebra a festa da Imaculada Conceição.

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É interessante observar que nem Maria sabia dessa sua suposta imaculada conceição. No seu cântico diz: “e o meu Espírito se alegra em Deus, meu Salvador.” (Lc 1.47). Só um pecador é que necessita de um Salvador. Ela falou “...Deus meu Salvador”. Quando depois do nascimento de Cristo, Maria levou as duas ofertas que a lei mandava, a oferta queimada e a oferta pelo pecado. (Lc 2.22-24 e Lv 12.6-8). Mas se não tinha pecado, para que levar as ofertas? Nas Escrituras, em nenhum momento, se afirma que Maria não cometeu pecado. Pelo contrário: “Pois todos pecaram e destituídos da glória de Deus.” (Rm 3.23); “Não há um justo, nem sequer um.” (Rm 3.10). Só Cristo é identificado como o único sem pecado. “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós: para que nele fossemos feitos justiça de Deus.” (II Co 5.21). Os católicos gostam de usar o texto de Gn 3.15: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”, para afirmar que Maria pisou a cabeça da serpente, ou seja, a cabeça do Diabo. Quando a promessa fala que é a semente da mulher (Jesus Cristo) que pisaria a cabeça da serpente. Veja Hb 2.14: “...para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o Diabo.” E I Jo 3.8: “...para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” Fica claro que a promessa de Gn 3.15 refere-se a Cristo, e não à Maria. Cristo é o que pisaria a cabeça da serpente.

A PERPÉTUA VIRGINDADE DE MARIA

O segundo pé de apoio à doutrina católica sobre Maria é a sua perpétua virgindade. Os católicos afirmam que Maria, em toda sua vida, nunca conheceu sexualmente o seu esposo José. Fica evidenciado, nas Escrituras, que até o nascimento de Jesus, Maria foi virgem. Mas afirmar que ficou sempre assim é afirmar o que a Bíblia não afirma. Em Mt 1.24 e 25 está escrito: “E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher: e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.” Há dois aspectos interessantes nestes versículos: 1º) O “...até...”; mostra que José conheceu sexualmente Maria depois do nascimento de Cristo; e 2º) Jesus é chamado de primogênito, ou seja, Jesus é chamado de o primeiro filho gerado por Maria, mostrando que Maria gerou outros filhos. Deus chama Jesus de unigênito (Jo 3:16), ou seja, o único filho gerado. Fica claro que Jesus é o único filho gerado por Deus e o primeiro filho entre os filhos de Maria. Em diversas passagens vemos que Jesus teve irmãos e irmãs. “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.” (Mc 6.3). Veja também Mt 13.54-56. Paulo chegou a afirmar que os irmãos do Senhor eram casados (I Co 9.5). Por sua vez, os católicos crêem que quando se fala em irmãos, na verdade, está se referindo aos primos de Cristo, e que estes são filhos de uma irmã de Maria. Os católicos identificam três dos irmãos de Jesus com três dos discípulos que tinham os mesmos nomes: Tiago, filho de Alfeu; Simão, o Zelote; e Judas, filho de Tiago (Lc 6.15 e 16). O que é um tremendo equívoco, porque as Escrituras sempre mostram diferenças entre os discípulos e os irmãos do Senhor (Jo 2.12, Mt 12.46 e 47 e At 1.14) e a mais clara diferença está em Jo 7.5: “Porque nem mesmo seus irmãos criam nele.” Isto é um cumprimento da profecia messiânica em Sl 69.8: “Tenho-me tornado como um estranho para com meus irmãos, e um desconhecido para com os filhos de minha mãe.” Como pessoas que eram os discípulos do Senhor não iriam crer no Senhor? Mostra-se assim que estes discípulos não eram irmãos do Senhor. Nas referências do N. T. sobre os irmãos de Cristo, a palavra grega que sempre é usada é adelfoV, adelphos (irmão), nunca se usou sungeneV, sungenes (parente) ou anhyioV, anepsiós (primos), para que a abstinência sexual entre o casal durasse pouco tempo, em

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I Co 7.5 está escrito: “Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência.”

A ASSUNÇÃO DE MARIA

A teologia católica é uma verdadeira colcha de retalhos, um remendo leva a outro. Como consideram que Maria foi concebida sem pecado, e ainda que viveu sem pecar, chegaram a mirabolante conclusão que seu corpo na morte não experimentou a decomposição e nem permaneceu na sepultura. “Um abismo chama outro abismo.” Enquanto a profecia a respeito de Cristo diz: “Nem permitiras que o teu santo veja corrupção” (Sl 16.11) com referências em At 2.27-32 e At 13.33-37, fala a respeito do santo não ver a corrupção e nunca a uma santa não ver a corrupção. Os católicos crêem que: “No terceiro dia depois da morte de Maria, quando os apóstolos se reuniram ao redor de sua sepultura, eles a encontraram vazia. O sagrado corpo fora levado para o paraíso celestial. O próprio Jesus veio para levá-la até lá, toda a corte dos céus veio para receber com hinos de triunfo a mãe do divino Senhor. Que coro de exultação! Ouçam como eles cantam: Levantai-vos as vossas portas, ó príncipes, ó portas eternas para que a Rainha da Glória possa entrar.” (descrição da tradição católica citada por Lorraine Boettner).

É de deixar pasmo o fato da Igreja Católica criar um dogma sem nenhuma base nas Escrituras. Nenhum dos apóstolos citam essa criação fraudulenta. Depois de At 1.14 há um profundo silêncio nas Escrituras a respeito de Maria, não se fala na morte e muito menos na assunção de Maria. Como pode criar-se um dogma sem base nas Escrituras? Um dogma que só foi elaborado em 1º de novembro de 1950 pelo mariólatra Papa Pio XII. As Escrituras deixam claro que a glorificação dos santos só acontecerá depois da volta de Cristo e não fala que Maria seria uma exceção. Veja I Co 15.20-23:

“Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo na sua vinda.”

Os católicos ainda crêem que ao chegar aos céus Maria foi coroada “Rainha dos céus”. Este título nunca foi dado à Maria nas Escrituras. Pelo contrário, a Bíblia condena este título, que tinha sido dado a uma falsa deusa. “Os filhos apanham a lenha, e os pais ascendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira.” (Jr 7.18) Veja também Jr 44.17-23. Observamos que esse título mariano foi tirado de uma prática pagã totalmente condenada pela Bíblia.

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BUDISMO

Sistema ético, religioso e filosófico fundado pelo príncipe hindu Sidarta Gautama (563-483 a.C.), ou Buda, por volta do século VI. O relato da vida de Buda está cheia de fatos reais e lendas, as quais são difíceis de serem distinguidas historicamente entre si.

O príncipe Sidarta nasceu na cidade de Lumbini, em um clã de nobres e viveu nas montanhas do Himalaia, entre Índia e Nepal. Seu pai, era um regente e sua mãe, Maya, morreu quando este tinha uma semana de vida. Apesar de viver confinado dentro de um palácio, Sidarta se casou aos 16 anos com a princesa Yasodharma e teve um filho, o qual chamou-o de Rahula.

Hist ó ria do Budismo

Aos 29 anos, Sidarta resolveu sair de casa, e chocado com a doença, com a velhice e a com morte, partiu em busca de uma resposta para o sofrimento humano. Juntou-se a um grupo de ascetas e passou seis anos jejuando e meditando. Durante muitos dias, sua única refeição era um grão de arroz por dia. Após esse período, cansado dos ensinos do Hinduísmo e sem encontrar as respostas que procurava, separou-se do grupo. Depois de sete dias sentado debaixo de uma figueira, diz ele ter conseguido a iluminação, a revelação das Quatro Verdades. Ao relatar sua experiência, seus cinco amigos o denominaram de Buda (iluminado, em sânscrito) e assim passou a pregar sua doutrina pela Índia. Todos aqueles que estavam desilusionados pela crença hindu, principalmente os da casta baixa, deram ouvido a esta nova faceta de Satanás. Como todos os outros fundadores religiosos, Buda foi deificado pelos seus discípulos, após sua morte com 80 anos.

Pr á tica de F é do Budismo

O Budismo consiste no ensinamento de como superar o sofrimento e atingir o nirvana (estado total de paz e plenitude) por meio da disciplina mental e de uma forma correta de vida. Também crêem na lei do carma, segundo a qual, as ações de uma pessoa determinam sua condição na vida futura. A doutrina é baseada nas Quatro Grandes Verdades de Buda:

A existência implica a dor -- O nascimento, a idade, a morte e os desejos são sofrimentos.

A origem da dor é o desejo e o afeto -- As pessoas buscam prazeres que não duram muito tempo e buscam alegria que leva a mais sofrimento.

O fim da dor -- só é possível com o fim do desejo.

A Quarta Verdade -- se prega que a superação da dor só pode ser alcançada através de oito passos:

Compreensão correta: a pessoa deve aceitar as Quatro Verdades e os oito passos de Buda.

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1. Pensamento correto: A pessoa deve renunciar todo prazer através dos sentidos e o pensamento mal.

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2. Linguagem correta: A pessoa não deve mentir, enganar ou abusar de ninguém.

3. Comportamento correto: A pessoa não deve destruir nenhuma criatura, ou cometer atos ilegais.

4. Modo de vida correto: O modo de vida não deve trazer prejuízo a nada ou a ninguém.

5. Esforço correto: A pessoa deve evitar qualquer mal hábito e desfazer de qualquer um que o possua.

6. Desígnio correto: A pessoa deve observar, estar alerta, livre de desejo e da dor.

7. Meditação correta: Ao abandonar todos os prazeres sensuais, as más qualidades, alegrias e dores, a pessoa deve entrar nos quatro graus da meditação, que são produzidos pela concentração.

Miss õ es do Budismo

Um dos grandes generais hindus, Asoka, depois do ano 273 a.C., ficou tão impressionado com os ensinos de Buda, que enviou missionários para todo o subcontinente indiano, espalhando essa religião também na China, Afeganistão, Tibete, Nepal, Coréia, Japão e até a Síria. Essa facção do Budismo tornou-se popular e conhecida como Mahayana. A tradicional, ensinado na India, é chamado de Teravada.

O Budismo Teravada possui três grupos de escrituras consideradas sagradas, conhecidas como “Os Três Cestos” ou Tripitaka:

·         O primeiro, Vinaya Pitaka (Cesto da Disciplina), contêm regras para a alta classe.

·         O segundo, Sutta Pitaka (Cesto do Ensino), contêm os ensinos de Buda.

·         O terceiro, Abidhamma Pitaka (Cesto da Metafísica), contêm a Teologia Budista.

O Budismo começou a ter menos predominância na Índia desde a invasão muçulmana no século XIII. Hoje, existem mais de 300 milhões de adeptos em todo o mundo, principalmente no Sri Lanka, Mianmá, Laos, Tailândia, Camboja, Tibete, Nepal, Japão e China. Ramifica-se em várias escolas, sendo as mais antigas o Budismo Tibetano e o Zen-Budismo. O maior templo budista se encontra na cidade de Rangoon, em Burma, o qual possui 3,500 imagens de Buda.

Teologia do Budismo

A divindade: não existe nenhum Deus absoluto ou pessoal. A existência do mal e do sofrimento é uma refutação da crença em Deus. Os que querem ser iluminados, necessitam seguir seus próprios caminhos espirituais e transcendentais.

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Antropologia: o homem não tem nenhum valor e sua existência é temporária.

Salvação: as forças do universo procurarão meios para que todos os homens sejam iluminados (salvos).

A alma do homem: a reencarnação é um ciclo doloroso, porque a vida se caracteriza em transições. Todas as criaturas são ficções.

O caminho: o impedimento para a iluminação é a ignorância. Deve-se combater a ignorância lendo e estudando.

Posição ética: existem cinco preceitos a serem seguidos no Budismo:

proibição de matar proibição de roubar proibição de ter relações sexuais ilícitas proibição do falso testemunho proibição do uso de drogas e álcool

No Budismo a pessoa pode meditar em sua respiração, nas suas atitudes ou em um objeto qualquer. Em todos os casos, o propósito é se livrar dos desejos e da consciência do seu interior.

Verdades B í blicas

Deus: Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, Dt 6.24; Mt 28.19; Mc 12.29.

Jesus: Cremos no nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal de entre os mortos, e em sua ascensão gloriosa aos céus, Is 7.14; Lc 1.26-31; 24.4-7; At 1.9.

Espírito Santo: Cremos no Espírito Santo como terceira pessoa da Trindade, como Consolador e o que convence o homem do pecado, justiça e do juízo vindouro. Cremos no batismo no Espírito Santo, que nos é ministrado por Jesus, com a evidência de falar em outras línguas, e na atualidade dos nove dons espirituais, Jl 2.28; At 2.4; 1.8; Mt 3.11; I Co 12.1-12.

Homem: Cremos na criação do ser humano, iguais em méritos e opostos em sexo; perfeitos na sua natureza física, psíquica e espiritual; que responde ao mundo em que vive e ao seu criador através dos seus atributos fisiológicos, naturais e morais, inerentes a sua própria pessoa; e que o pecado o destituiu da posição primática diante de Deus, tornando-o depravado moralmente, morto espiritualmente e condenado a perdição eterna, Gn 1.27; 2.20,24; 3.6; Is 59.2; Rm 5.12; Ef 2.1-3.

Bíblia: Cremos na inspiração verbal e divina da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé para a vida e o caráter do cristão, II Tm 3.14-17; II Pe 1.21.

Pecado: Cremos na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus, e que somente através do arrependimento dos seus pecados e a fé na obra expiatória de Jesus o pode restaurar a Deus, Rm 3.23; At 3.19; Rm 10.9.

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Céu e Inferno: Cremos no juízo vindouro, que condenará os infiéis e terminará a dispensação física do ser humano. Cremos no novo céu, na nova terra, na vida eterna de gozo para os fiéis e na condenação eterna para os infiéis, Mt 25.46; II Pe 3.13; Ap 21.22; 19.20; Dn 12.2; Mc 9.43-48.

Salvação: Cremos no perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita, e na eterna justificação da alma, recebida gratuitamente, de Deus, através de Jesus, At 10.43; Rm 10.13; Hb 7.25; 5.9; Jo 3.16.

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ISLAMISMO

Introdução ao Islamismo

Uma das quatro religiões monoteístas baseadas nos ensinamentos de Maomé (570-632 d.C.), chamado “O Profeta”, contidos no livro sagrado islâmico, o Corão. A palavra islã significa submeter, e exprime a submissão à lei e à vontade de Alá. Seus seguidores são chamados de muçulmanos, que significa aquele que se submete a Deus.

História do Islamismo

Maomé nasceu na cidade de Meca, na Arábia Saudita, centro de animismo e idolatria. Como qualquer membro da tribo Quirache, Maomé viveu e cresceu entre mercadores. Seu pai, Abdulá, morreu por ocasião do seu nascimento, e sua mãe, Amina, quando ele tinha seis anos. Aos 40 anos, Maomé começou sua pregação, quando, segundo a tradição, teve uma visão do anjo Gabriel, que lhe revelou a existência de um Deus único. Khadija, uma viúva rica que se casou com Maomé, investiu toda sua fortuna na propagação da nova doutrina. Maomé passou a pregar publicamente sua mensagem, encontrando uma crescente oposição. Perseguido em Meca, foi obrigado a emigrar para Medina, no dia 20 de Junho de 622. Esse acontecimento, chamado Hégira (emigração), é o marco inicial do calendário muçulmano até hoje. Maomé faleceu no ano 632.

Segundo os muçulmanos, o Corão contém a mensagem de Deus a Maomé, as quais lhe foram reveladas entre os anos 610 a 632. Seus ensinamentos são considerados infalíveis. É dividido em 114 suras (capítulos), ordenadas por tamanho, tendo o maior 286 versos. A segunda fonte de doutrina do Islã, a Suna, é um conjunto de preceitos baseados nos ahadith (ditos e feitos do profeta).

Os muçulmanos estão divididos em dois grandes grupos: os Sunitas e os Xiitas. Os Sunitas subdividem-se em quatro grupos menores: Hanafitas, Malequitas, Chafeitas e Hambanitas. Os Sunitas são os seguidores da tradição do profeta, continuada por All-Abbas, seu tio. Os Xiitas são partidários de Ali, marido de Fátima, filha de Maomé. São os líderes da comunidade e continuadores da missão espiritual de Maomé.

O Islamismo é atualmente a segunda maior religião do mundo, dominando acima de 50% das nações em três continentes. O número de adeptos que professam a religião mundialmente já passa dos 935 milhões. O objetivo final do Islamismo é subjugar o mundo e regê-lo pelas leis islâmicas, mesmo que para isso necessite matar e destruir os “infiéis ou incrédulos” da religião. Segundo eles, Alá deixou dois mandamentos importantes: o de subjugar o mundo militarmente e matar os inimigos do Islamismo -- judeus e cristãos. Algumas provas dessa determinação foi o assassinato do presidente do Egito, Anwar Sadat, por ter feito um tratado de paz com Israel e o massacre nas Olimpíadas de Munique em 1972.

A guerra no Kuweit, nada mais foi do que uma convocação de Saddam Hussein aos muçulmanos para uma “guerra santa”, também chamada de Jihad, contra os países do Ocidente (U.S.A.) devido à proteção dada a Israel. Vinte e seis países entraram em uma guerra, gastaram bilhões de dólares, levaram o Estados Unidos a uma recessão que se sente até hoje, para combater um homem que estava lutando por razões religiosas. Eles aparentemente perderam a guerra, mas, como resultado, houve 100 atos terroristas cometidos contra a América e Europa no mesmo mês. O “espírito” da liga muçulmana em

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unificar os países islâmicos e a demonstração do que podem fazer ficou bem patente aos olhos do mundo.

Artigos de Fé do Islamismo

O Islamismo crê que existe um só Deus verdadeiro, e seu nome é AláAlá não é um Deus pessoal, santo ou amoroso, pelo contrário, está distante e indiferente mesmo de seus adeptos. Suas ordens expressas no Corão são imperativas, injustas e cruéis. Segundo Maomé, ele é autor do bem e do mal. Num dos anais que descreve as mensagens de Alá para Maomé, ele diz: “Lutem contra os judeus e matem-nos”. Em outra parte diz: “Oh verdadeiros adoradores, não tenha os judeus ou cristãos como vossos amigos. Eles não podem ser confiados, eles são profanos e impuros”.

O Islamismo crê erroneamente em anjos Segundo eles, Gabriel foi quem transmitiu as mensagens de Alá para Maomé. É ensinado que os anjos são inferiores aos homens, mas intercedem pelos homens.

O Islamismo crê que exista um só livro sagrado dado por Alá, o Corão, escrito em Árabe Os muçulmanos crêem que Alá deu uma série de revelações, incluindo o Antigo e Novo Testamentos, que é chamado de Corão. Segundo eles, as antigas revelações de Alá na Bíblia foram corrompidas pelos cristãos, e, por isso, não são de confiança.

O Islamismo crê que Maomé é o último e o mais importante dos profetas Conforme o Islamismo, Alá enviou 124,000 profetas ao mundo, apesar de unicamente trinta estarem relacionados no Corão. Os seis principais foram: · · Profeta Adão, o escolhido de Alá · · Profeta Noé, o pregador de Alá · · Profeta Abraão, o amigo de Alá · · Profeta Moisés, o porta-voz de Alá · · Profeta Jesus, a palavra de Alá · · Profeta Maomé, o apóstolo de Alá

Islamismo crê na predestinação do bem e do mal Tudo o que acontece, seja bem ou mal, é predestinado por Alá através de seus decretos imutáveis.

O Islamismo crê que haverá o dia da ressurreição e julgamento do bem e do mal Neste grande dia, todos os feitos do homem, sejam bem ou mal, serão colocados na balança. Os muçulmanos que adquiriram suficientes méritos justos e pessoais em favor de Alá irão para o céu; todos os outros irão para o inferno.

Cinco Colunas do Islamismo

A vida religiosa do muçulmano tem práticas bastante rigorosas, as quais são chamadas de “Colunas da Religião”.

Recitação do credo islâmico: Não existe nenhum deus além de Alá e Maomé, o seu profeta.

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Preces cotidianas: chamadas de slãts, feitas cinco vezes ao dia, cada vez em uma posição diferente (de pé, ajoelhado, rosto no chão, etc), e virados em direção à Meca. A chamada para a oração é feita por uma corneta, denominada de muezim, desde uma torre chamada de minarete, a qual faz parte de um santuário ou lugar público de adoração conhecido como mesquita.

Observação do mês de Ramadã: o qual comemora a primeira revelação do Corão recebida por Maomé. Durante um mês, as pessoas jejuam desde o nascer até o pôr do sol. Segundo eles, os portões do paraíso abrem, os do inferno fecham, e os que jejuam têm seus pecados perdoados.

Pagamento do zakat: imposto anual de 2.5% do lucro pessoal, como forma de purificação e ajuda aos pobres. Também ofertam para a riquíssima Liga Muçulmana.

Peregrinação para Meca: ou Hajj, ao lugar do nascimento de Maomé, na época de Eid el Adha (festa islâmica que rememora o dia em que o profeta Abraão aceitou a ordem de sacrificar um carneiro em lugar de seu filho), pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano dotado de condições físicas e econômicas.

O Jihad, ou guerra santa: é a batalha por meio da qual se atinge um dos objetivos do islamismo, que é reformar o mundo. Qualquer muçulmano que morra numa guerra defendendo os direitos do islamismo ou de Alá, já tem sua vida eterna garantida. Por esta razão, todos que tomam parte dessa “guerra santa”, não têm medo de morrer ou de passar por nenhum risco.

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JUDAÍSMO

 Introdução

É reconhecida como a primeira religião da humanidade e cronologicamente a primeira das três religiões oriundas de Abraão, junto com o cristianismo e o islamismo. O judaísmo acredita em um Deus único, onipotente e onisciente, que criou o mundo e os homens. Esse Deus fez um pacto com os hebreus, tornando-os o seu povo escolhido, e prometeu-lhes uma terra. O judaísmo possui fortes características étnicas, nas quais nação e religião se mesclam.

A HISTÓRIA DOS JUDEUS - A Bíblia nos diz que, Abraão recebe uma revelação de Deus, abandona o politeísmo e muda-se para Canaã, atual Palestina, em torno de 1800 a.C. De Abraão descendem Isaque e o filho deste Jacó. Jacó um dia luta com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel. Seus doze filhos dão origem às doze tribos do povo judeu. Em 1700 a.C., os hebreus vão para o Egito, onde são escravizados por 400 anos. Libertam-se por volta de 1300 a. C., liderados por Moisés, descendente de Abraão, que recebe as tábuas com os Dez Mandamentos no monte Sinai. Por decisão de Deus, peregrinam no deserto por 40 anos, aguardando a indicação da terra prometida, Canaã.

O rei Davi transforma Jerusalém em centro religioso e seu filho, Salomão, constrói um templo em seu reinado. depois de Salomão, as tribos dividem-se em dois Reinos, o de Israel, na Samaria, e o de Judá, com capital em Jerusalém. Com a cisão, surge a crença na vinda de um messias ( o enviado de Deus para restaurar a unidade do povo judeu e a soberania divina sobre o mundo), que persiste até hoje. O Reino de Israel é devastado em 721 a.C. pelos assírios. Em 586 a.C., o imperador babilônico Nabucodonosor II invade o Reino de Judá, destrói o Templo de Jerusalém e deporta a maioria dos habitantes para a Babilônia, iniciando a diáspora judaica.

Os judeus começam a voltar a Palestina em 539 a.C., onde reconstroem o templo e vivem breves períodos de independência, interrompidos por invasões estrangeiras. No ano 6, a região torna-se província de Roma. Em 70, os romanos invadem Jerusalém e arruínam o segundo templo. Em 135, a cidade é destruída, iniciando o segundo momento da diáspora. Apesar de espalhados por todos os continentes, os judeus mantêm a unidade cultural e religiosa. A dispersão só termina em 1948, com a criação do Estado de Israel.

LIVROS SAGRADOS - O texto da Bíblia judaica é fixado no final do século I. Divide-se em três livros: Torá, a escritura sagrada, Os Profetas (Neviim) e os Escritos (Ketuvim). Os judeus acreditam que a Torá, ou Pentateuco, foi revelada pelo próprio Deus. Ela reúne os livros Gênesis, o Êxodo, o Levítico, Os Números e o Deuteronômio. A Torá e os Profetas são escritos antes do exílio na Babilônia; os textos de Os Escritos, depois. No inicio da Era Cristã, as tradições orais são registradas no Talmude, dividido em quatro livros: Mishnah, Targumin, Midrashim e Comentários.

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Um dos símbolos do Judaísmo: Com a Coroa e a Estrela de Davi ao fundo, o Profeta Samuel unge a Davi para ser Rei.

SÍMBOLOS E RITUAIS - Os serviços religiosos judaicos são realizados nos templos, chamados sinagogas, e conduzidos por um rabino, sacerdote habilitado a comentar textos sagrados. O símbolo do judaísmo é o menorá, candelabro sagrado com sete braços. Entre suas práticas estão a circuncisão dos meninos, aos 8 dias de vida, e a iniciação na vida adulta: Bar Mitzvah para os meninos (aos 13 anos) e o Bat Mitzvah para as meninas (aos 12 anos). Quando reza, um homem judeu habitualmente cobre a cabeça com a kippa, peça semelhante a uma pequena touca, em sinal de respeito a Deus. O templo, chamado Sinagoga, é o principal ponto de encontro da comunidade e abriga sempre uma Arca, armário em que são guardados os pergaminhos sagrados da Torá usados nas cerimônias.

FESTAS RELIGIOSAS - Elas são definidas por um calendário lunisolar e, por isso, têm datas móveis. As principais são Purim, Pessach, Shavuót, Rosh Hashaná, Yom Kipur, Sucót, Chanucá e Simchat Torá. No Purim comemora-se a salvação de um massacre planejado pelo rei persa Assucro. A Páscoa (Pessach) celebra a libertação da escravidão egípcia, em 1330 a.C. Shavuót homenageia a revelação da Torá ao povo de Israel, em aproximadamente 1300 a.C. Rosh Hashaná é o Ano-Novo dos judeus. A partir de Rosh Hashaná, começam os Dias Temerosos, em que se faz um balanço do ano terminado. Eles culminam no Yom Kipur, dia do perdão, quando os judeus jejuam 25 horas para purificar o espírito. Sucót rememora a peregrinação pelo deserto, após a saída do Egito. Chanucá homenageia a vitória contra o domínio assírio e a restauração do Templo de Jerusalém, no século V a.C. O Simchat Torá comemora a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.

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NOVA ERA - HISTÓRIA, DOUTRINAS, REFUTAÇÕES

Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa

Histórico

Embora esse sistema diabólico tenha sido iniciado na primeira sessão espírita do planeta, quando o diabo levou Adão e Eva ao pecado da desobediência, entende-se que o Movimento Nova Era (MNE) teve início em 1875 com a fundação da Sociedade Teosófica, em Nova York. A sua fundadora, a russa Helena Petrovna Blavatsky, ensinava que todas as religiões têm “verdades comuns”, e que existem seres espirituais ou homens que evoluíram acima dos demais, e por isso chamados de “mestres” ou “iluminados”. Alice Bailey (1880-1949), terceira presidenta da Sociedade, na qualidade de médium espírita, transmitia mensagens psicografadas de uma entidade chamada Djawal Khul. Essas mensagens, publicadas em vários livros, constituem o plano diabólico do Movimento, e até hoje são observadas por seus fiéis seguidores. Entretanto, a ideologia do MNE foi divulgada com maior repercussão a partir do livro “The Aquarian Conspiracy” (“A Conspiração Aquariana”), de Marilyn Ferguson, editado em 1980. Esse livro divulga o Plano Nova Era para a “Nova Ordem Mundial”. Por ordem secreta, esse plano só deveria vir a público a partir de 1975.

O que é o Movimento Nova Era

A dificuldade de definir o MNE resulta da falta de fronteiras definidas e de sua constante mutação. Na verdade, esse movimento “é um moderno reavivamento de antigas tradições religiosas, juntamente com uma miscelânea de influências, tais como o misticismo oriental, a filosofia e a psicologia modernas, a ciência e a ficção científica, etc.” O MNE é, portanto, uma mistura de várias práticas e crenças ocultistas, dentre elas a ufologia, a clarividência, astrologia, hipnose, reencarnação, meditação, ioga, técnicas de relaxamento, panteísmo e cura psíquica. Sobre isso, George A. Mather, disse que “a maneira mais útil de definir o Movimento Nova Era e talvez também a mais precisa, é vê-lo como uma “rede” de organizações, ou, usando a frase de dois membros da Nova Era, uma meta-rede de organizações autônomas, embora unidas, compostas por participantes auto-suficientes e autônomos”. Ou seja, muitas pessoas e organizações independentes em todo o mundo, sem estarem sujeitas a qualquer hierarquia, apóiam e difundem as crenças básicas do Movimento. O pensamento dominante dos adeptos desse Movimento é que: 1) O MNE é o começo de um redespertamento espiritual para muitos habitantes da Terra; 2) O MNE apresenta a consciência global e não hierárquica a respeito de nossos corpos e de quem somos; 3) O MNE é a aproximação de uma era que destaca o autodescobrimento, o conhecimento espiritual e a iluminação. Notem a expressão “consciência global não hierárquica”. Ou seja, ensinam que não há um Criador a quem devemos obedecer.

A doutrina do Movimento e a Palavra de Deus

Bruxos e Magos – São reconhecidos como pessoas que atingiram um nível elevado no plano místico.

Refutação: A Bíblia diz “... quanto aos feiticeiros a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte” (Ap 21.8), e que devemos evitar os bruxos (Dt 18.10-12). Filmes, livros, revistas e novelas da TV têm popularizado de tal forma a figura

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do bruxo, que muitas crianças desejam ser uma bruxinha. Os livros da coleção Harry Potter e o respectivo filme atraem milhões de crianças. A coleção ensina como fazer bruxaria. Ser um bruxo é a onda do momento. O diabo está atraindo nossas crianças através desses expedientes, e muitos pais, por desconhecerem o real perigo, satisfazem a curiosidade de seus filhos.

Deus – É um princípio supremo que se identifica com o Universo. Deus é tudo e tudo é Deus (panteísmo). Deus não é um Ser distinto do homem, nem do Universo. Deus é a Criação e a Criação é Deus. O MNE rejeita a idéia de Deus como um Ser com atributos pessoais, e diz que cada partícula do Universo é Deus. O MNE ensina que Deus é uma Força, tal como acontece nos filmes “Guerra nas Estrelas”. O Deus da Nova Era é impessoal, incapaz de pensar, de amar e ter misericórdia. Os novaerinos buscam a Deus dentro do próprio ser e no Universo.

Refutação: A Bíblia diz que Deus é um Ser pessoal, distinto da Criação, o Único Criador e Redentor (Gn 1.1-31; Is 44.24; Lc 1.46-47). O Deus do Cristianismo é transcendente e imanente, na medida em que se relaciona em caráter pessoal com cada um de nós (Jo 3.16).

Final dos tempos

O MNE ensina que com a chegada da Era de Aquário todas as calamidades do planeta terão fim. Nessa época surgirá o “Cristo” da Nova Era para iniciar uma nova ordem mundial, uma era de paz e prosperidade.

Refutação: A Bíblia diz que Jesus é Senhor de todas as eras, porque Ele “é o mesmo ontem, hoje, e eternamente” (Hb 13.8); diz que ninguém sabe quando se dará o final do mundo (Mt 24.36); que este mundo passará por uma Grande Tribulação (Mt 24.21); que paz verdadeira somente ocorrerá no reinado milenar de Cristo (Ap 20.4); que a nossa paz e a nossa salvação estão em Cristo Jesus (Rm 10.9; Jo 14.27).

Homem – O homem possui energia cósmica capaz de fazer milagres. Nele habita todo o bem e todo o mal do Universo. No MNE o homem é o centro (antropocentrismo). Cristo não é uma qualidade exclusiva de Jesus, mas um estado de consciência a dispor de qualquer um que queira evoluir. O homem carrega dentro de si tudo o que precisa para a eternidade, bastando desenvolver sua percepção cósmica pela meditação e outras práticas. Cada homem criará a sua própria realidade.

Refutação: A Bíblia diz que somos pecadores; que temos uma natureza corrupta; que precisamos nos reconciliar com Deus, mediante a fé no Senhor Jesus (Rm 5.12; 10.9; Ef 2.3). Exatamente o que disse a Eva, no Éden, o diabo continua dizendo através do seu plano Nova Era: você é igual a Deus. Mas sabemos que o homem é criatura e que Deus é Criador. Sabemos que a nossa salvação depende de nossa fé e da graça de Deus (Ef 2.8).

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JESUS CRISTO

Jesus era uma figura histórica, e o Cristo é uma energia divina, que está em todos nós. Enquanto no espiritismo Jesus foi a Segunda Revelação de Deus, substituída pela Terceira e última, o próprio espiritismo, no MNE Ele “foi o Mestre que implantou as bases da Nova Era”. Jesus teria sido um mestre cósmico, o avatar da Era de Peixes. O Jesus da Nova Era é um dos muitos mestres iluminados, que receberam a natureza crística. Jesus teria sido igual aos demais salvadores, como por exemplo, o quinto Buda dos budistas; o Iman Mahdi dos muçulmanos; Krishna dos hindus. Portanto, dizem que o Cristo que voltará será o próximo salvador da Nova Era, o Lord Maitreya (“Senhor” Maitreya), segundo Benjamim Creme.

Refutação: A Bíblia diz que Jesus é Deus e possui os atributos de onipotência, onisciência, onipresença, imutabilidade e eternidade (Mt 1.23; 28,18; Jd 25; Ap 22.13). Vejam: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus; o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.1,2,14). Jesus é o Senhor de todas as eras (Hb 13.8). Conforme a Bíblia, Jesus é o único Rei e Soberano, o Deus Todo-poderoso, nosso Salvador (Fp 2.9-11; Ap 1.8).

Lúcifer - Os adeptos do MNE evitam o termo satanás. Tratam-no pelo nome original, quando esse anjo servia a Deus. Segundo eles, Satanás é o estado normal do homem que ainda não descobriu o seu potencial divino. Lúcifer não é apresentado como um anjo caído, expulso da presença de Deus. Apresentam-no como um ser cósmico bom, superior a todos na hierarquia espiritual, que deseja ajudar a humanidade. “O Cristianismo cometeu um grande erro em atribuir caráter maligno a Lúcifer”, disse um novaerino. Pelo nome da principal entidade que dá apoio ao MNE, a Lucis Trust (Confiança em Lúcifer), criada em 1922, podemos deduzir que o diabo é o dirigente número um desse Movimento.

Refutação: Satanás e seus anjos estão condenados ao inferno, lugar já preparado para eles (Mt 25.41). Se Satanás fosse uma pessoa boa, Jesus não o teria repreendido e expulsado de Sua presença, como está escrito em Mateus 4.10.

Pecado – O pecado é a “ignorância do individuo quanto ao seu próprio potencial”. Na qualidade de Deus, o homem pode fazer o que quiser.

Refutação: A Bíblia diz que o salário do pecado é a morte, e que pela desobediência de Adão entrou o pecado no mundo (Gn 3.19; Rm 5.19, 6.23). Pecado é desobediência, rebelião contra Deus e contra a Sua Palavra. O único modo de termos domínio sobre nossa natureza pecaminosa é pelo arrependimento (At 2.38) e fé no Senhor Jesus (At 16.31; Rm 10.9,17; Jo 3.18).

Reencarnação – Significa o retorno do espírito humano à vida corpórea na Terra, com a finalidade de evoluir e aperfeiçoar-se. Todos alcançarão a purificação através de muitas mortes e renascimentos, conforme também ensinam o budismo, hinduísmo e espiritismo. A salvação na Nova Era não está em Jesus Cristo, mas na própria iluminação espiritual humana.

Refutação: Essa doutrina anula a graça de Deus e o ato expiatório de Jesus na cruz. A Bíblia diz que o sangue de Jesus nos lava e purifica de todo pecado (1 Jo 1.7) e que os homens só morrem uma vez, vindo depois o juízo (Hb 9.27). Não há várias mortes e

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vários nascimentos como querem os novaerinos e kardecistas. Além de Hebreus 9.27, que é um xeque-mate na reencarnação, temos a palavra de Jesus ao ladrão na cruz: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Pela doutrina da reencarnação aquele ladrão iria sofrer inúmeras reencarnações até se tornar um espírito puro, mas pelo arrependimento, graça e fé ele foi justificado.

Religião universal – Todos os caminhos são corretos e levam à Verdade, como muitos caminhos que levam ao cume da montanha. Com base nesse errôneo princípio, o MNE acolhe na sua malha todo tipo de heresia e práticas ocultistas.

Refutação: Jesus disse que Ele é a única Verdade e o único Caminho (João 14.6). A Bíblia diz que o caminho que ao homem parece perfeito, “conduz à morte” (Pv 14.12).

Transformação pessoal – O homem precisa mudar seu modo de pensar a fim de obter uma consciência cósmica ou cosmovisão.

Refutação: A Bíblia fala de uma regeneração pela aceitação de Jesus como Senhor e Salvador pessoal (2 Co 5.17; 1 Pe 1.23). É necessário nascer de novo, nascer da água e do Espírito (Jo 3.3,5). A regeneração dá-se somente mediante uma experiência pessoal com o Senhor Jesus.

Ufologia/extraterrestres – Os extraterrestres, na visão do Movimento, são seres mais evoluídos. Os que não se submeterem ao padrão do MNE serão retirados da Terra por um enorme disco voador.

Refutação: A Bíblia diz que a Igreja será arrebatada na segunda vinda de Cristo, e com Ele se encontrará nos ares (1 Ts 4.16-17). Diz também que a morada final dos crentes é no céu, não é em outros planetas: “... vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver, estejais vós também” (Jo 14.3). Até hoje os ufólogos não conseguiram provar a existência de Discos Voadores (OVNI’s) nem de vida em outros planetas.

Visão planetária – A Terra é a entidade mais importante, tem vida própria, é deusa e mãe (“mãe terra”). Tudo é Deus.

Refutação: A Bíblia rejeita a crença panteísta (Deus é tudo, tudo é Deus) e ensina que Deus é Criador e a Natureza é Criação dEle. Diz também que devemos adorar somente a Deus e só a Ele servir (Mt 4.10). Nosso amor a Deus deve estar acima de todas as coisas (Mt 22.37; Lc 14.26).

As eras da Nova Era – Entendem que a humanidade evoluiu dentro de “ciclos divinos”, ou eras astrológicas, compreendendo cada um desses ciclos um período de 2.150 anos, como segue:

· Era de Touro: de 4.304 a 2.154 a.C.

· Era de Carneiro: de 2.154 a 4 a.C.

· Era de Peixes: de 4 a.C. a 2.146 d.C.

· Era de Aquário: de 2.146 a 4.296 d.C.

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A Era de Touro diz respeito à vaca como deusa da fertilidade, na cultura egípcia. A Era de Carneiro relaciona-se, segundo os astrólogos, com Israel, devido aos rituais do sacrifício do cordeiro. A Era de Peixes estaria relacionada com o advento de Jesus Cristo, que chamou os apóstolos para serem pescadores de homens. O Cristianismo domina a Era Peixes. A palavra peixe, no grego, formava as iniciais de Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador. Observem: Peixe = Ichthys – Iésous Christos Theou Hyos Soter. A Era de Aquário é regida pelo planeta Urano, sétimo do sistema solar, do qual dista 2,8 milhões de quilômetros. Urano é um deus da mitologia grega. Sob a influência desse deus, que se casou com Gea (ou Gaia), entendem os aquarianos que Urano é o céu e a Terra é Gea. Daí acreditarem que a humanidade experimentará uma nova ordem mundial de paz e prosperidade, uma expansão da consciência com ajuda da meditação e de outras práticas. Com a entrada da Era Aquariana, a era cristã terminaria.

Refutação – Jesus Cristo é o Senhor de todas as eras, Ele é o mesmo ontem, hoje, e eternamente (Hb 13.8).

Os meios de influência do MNE - São múltiplos. O MNE é o mais avançado plano de Satanás para levar almas com ele para o inferno. Jogou nesse sistema todas as suas fichas para envolver os meios de comunicação, as áreas do pensamento humano, envolver crianças, jovens, homens e mulheres de qualquer idade; políticos, empresários, intelectuais, artistas. O diabo continua repetindo o que ele disse a Eva no Éden: desobedeça sempre!Mas se obedeceres ao meu plano serás igual a DEUS!

Fantasia e bruxaria – Uma onda de fantasia invadiu o mundo nos últimos 15 anos, através de filmes, revistas, vídeos, jogos, livros, brinquedos, todos trazendo mensagens ocultistas, tais como o poder da mente, os “mestres” iluminados, cinturões mágicos, levitação de objetos, clarividência, comunicação com os espíritos, feitiços, mágicos, espadas e amuletos mágicos; viagens a outros mundos, etc. Uma enorme quantidade de produtos está no mercado esotérico influenciando as pessoas, tais como cartas de tarô, incensos, pirâmides, estatuetas, encantamentos, ervas medicinais, vitaminas esotéricas, cristais, etc.

Filmes - Como parte desse Plano, surgiram os filmes de ficção científica, tais como o “E.T.” (a estória de um extraterrestre que esteve entre nós, confirmando a mensagem do espiritismo de que há vida em outros planetas), e “Star Wars” (“Guerra nas Estrelas”), de George Lucas, onde a “Força” é um campo de energia gerado por coisas vivas. “A Última Tentação de Cristo” (The Last Temptation of Christ), baseado no livro do escritor grego Nikos Kasantzákis, publicado em 1955, apresenta um Cristo fictício, atormentado por desejos carnais. A última investida vem através da coleção Harry Potter, e do respectivo filme, uma verdadeira escola de bruxaria. Após a leitura da coleção, as crianças e adolescentes sentem forte desejo de praticarem a bruxaria. A respeito de Harry Potter o escritor Jehiozadak A. Pereira escreveu: “Uma grande e crucial questão nos atinge: ou tomamos uma posição definitiva e partimos para alertar nossa gente numa ação rápida, ou seremos engolidos por tudo o que provém do mal. Devemos utilizar todos os recursos disponíveis para evitar que esta (e outras) literaturas cheguem aos nossos filhos e crianças. Lembro ainda da nossa responsabilidade de ensinar nossos filhos as verdadeiras histórias bíblicas e acerca da esperança redentora que nos move em direção ao céu - Provérbios 22:6”.

Terapia musical – Milhões de adeptos ouvem as músicas em novo estilo da Nova Era, as quais, dizem, servem como tranqüilizante. São utilizados computadores e sintetizadores

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modernos que emitem sons (palavras ou notas) repetitivos – conhecidos como mantras – capazes de alterar o estado de consciência. Como acontece com as drogas, o ouvinte da música New Age fica dependente dela.

Organizações políticas – Algumas entidades de alto nível possuem alguma forma de ligação com o MNE, porque nelas estão defensores do Movimento: Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Educacional, Científica e Cultural da ONU (UNESCO), Fundações, Comissões de alto nível. Um exemplo disso é a conexão com a Fé Bahá’’í uma organização que surgiu em 1844, no Irã, e está em todos os países. Prega a globalização do mundo em todos os setores e a formação de um governo mundial, tudo de acordo com a filosofia da Nova Era. “Desde 1948 a Comunidade Internacional Bahá’í é reconhecida oficialmente como uma organização não governamental internacional junto às Nações Unidas. Desde 1970 tem status consultivo no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) E no Fundo das Nações Unidas para as Crianças (UNICEF). Mantém também relação de trabalho com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e está associada ao Programa Mundial das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP)”. A literatura dessa organização – a Fé Bahá’í – está publicada em 700 idiomas. (19.07.2003)

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MAÇONARIA

Rev. Alberto Matos

Introdução

A Maçonaria é talvez um dos maiores alvos da curiosidade de várias pessoas há tempos. Sendo uma sociedade fechada, ela se auto define como segmento filantrópico, filosófico, educativo progressista. O interesse pelo que está oculto têm atraído muitos a ela como insetos em plantas carnívoras.

Esta sedução não se limita apenas a homens não evangélicos, mas infelizmente é algo que está alastrando a anos em alguns segmentos da nossa Igreja. Tamanha é a inocência de alguns líderes, que muitos não somente fecham os olhos para a coisa, como também participam como "bons maçons".

"Meu povo está sendo destruído porque lhe falta conhecimento". (Os. 4:6)

É preciso uma análise minuciosa acerca dessa entidade, para que se saiba com que ou que se está lidando. Um posicionamento contrário em meio a Ignorância não é o bastante. É necessário conhecimento de causa.

Portanto este é o intuito deste trabalho, onde analisaremos a Franco Maçonaria para que possamos rechaça-la. É preciso tirar a pele da suposta ovelha para que vejamos o lobo.

Origem e Fundadores

Pouco se sabe a respeito da origem e fundadores da Maçonaria. Porém, o que não faltam são "contos de fadas" acerca desse assunto. São personagens da antigüidade que são destacados como verdadeiros heróis neste meio.

Tubalcaim é citado como o primeiro maçom. Descendente de Caim, filho de Lamec com Seba, este homem que é dito pai dos que trabalham com cobre e ferro, viu em seu pai o exemplo de um homem homicida e polígamo (Gn. 4:22-24).

A lista segue com Ninrode, grande caçador diante do Senhor, esta figura é considerada fundador da Babilônia e arquiteto da Torre de Babel (Gn. 10:8,9; 11:1-9). Isso com certeza aproxima os ideais da Torre de Babel a Maçonaria.

Entretanto, o mais reverenciado de todos os "patriarcas" é Hiram Abif. Conta a Maçonaria que durante a construção do templo, Salomão contava com a ajuda do rei de Tiro Hiram, e contratou o filho de uma viúva chamado Hiram. Diga-se de passagem que este aparece nos relatos bíblicos apenas como bronzenista, mas aos olhos da Maçonaria, é visto como o arquiteto. É acrescentado a história o relato de sua morte. Hiram é tido como Mestre (3º grau maçom), e seus três ajudantes como companheiros (2º grau), os quais o assassinaram em busca do Segredo da Palavra. Os dois reis são informados da morte, e que o corpo fora enterrado. Após uma conturbada estória de ressurreição, entende-se que os segredos do Mestre são guardados até o seu descobrimento na Idade Média.

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Os Maçons (pedreiro em francês) são quase que um sindicato em seus primórdios. Chamada Maçonaria Operativa nesta época desenvolveu-se com o passar dos séculos, não se restringindo mais apenas a artesãos, mas tornando-se aberto a outros grupos da sociedade. Nasce assim a Maçonaria Especulativa.

Em 1717, quatro lojas na Inglaterra se uniram, formando a Grande Loja, da qual se originaram todas as lojas restantes no mundo.

Desenvolvimento Histórico

Ao passar de Operativa para Especulativa, a Maçonaria não mais se restringiu a artesãos, mas dispôs a estar aberta a outros membros (clérigos, políticos, cientistas, etc.). Todos estes tiveram papel importante na formação de doutrinas, rituais e graus de progressão. O que não isenta o fato de que muito do que há na Maçonaria foi herdado do paganismo antigo e religiões ocultistas medievais.

Logo a Maçonaria moderna é fruto dessas infusões ocultistas. Não anulando também os aspectos próprios do sindicato que ressaltam através de símbolos fustões morais (agora revestidos de aspectos espirituais).

Doutrina e Refutações Bíblicas

"Dizer que uma árvore não é árvore não anula a verdade".

Ainda que declaradamente a Franco Maçonaria não assuma ela é uma religião. Dotada de uma visão politeísta, ela é sincretista e monísta.Tem como base a Loja Azul, que podemos chamar de a "capa do livro". Dividida em três hierarquias (Aprendiz, Companheiro e Mestre), são rasos conhecedores da verdadeira doutrina. Saindo da loja, passamos a divisão em dois ritos, o de Iorque e Escocês. O grau mais elevado é o 33º, que no Brasil é chamado Grande Inspetor Geral.As doutrinas são chamadas Landmarks, e de forma geral resumem-se a três pontos: Paternidade de Deus, Fraternidade Universal e Imortalidade da alma.

Paternidade de Deus:

Com base na visão deísta, Deus é o Pai de toda humanidade, independente de crença religiosa. A estes não se revela de forma específica, mas tão somente através da natureza e da consciência do homem. Ele é inatingível, incognitível e distante. Tendo pouco a se dizer sobre Ele, pouco também haverá para se discordar a seu respeito.

Assim não depende em que você crê, pois em nada alterará sua posição para com o Pai (o grito é nosso). Está aberto um leque de escolhas onde você pode chegar-se a Ele através de Buda, Maomé, etc. (O grito é deles).

Desta forma a Maçonaria transforma Deus em algo genérico, que atende a todos os gostos. Como os bonés americanos, cujo tamanho é "One size fits all" (tamanho único, mas que serve a todos). Para isso dão o nome de Deus de Jabulon, Jeovah, Bel ou Ball e Om formam a "Trindade Maçônica".

Mas o que a Bíblia diz?

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A expressão "Filhos de Deus" não é encontrada no Antigo Testamento com referência a homens, mas a anjos. Quando observamos no Novo Testamento encontramos a relação desta identidade a homens regenerados em Cristo Jesus (Jo. 1:12; Rm. 8:14).

Com certeza Deus se revela através da natureza (Rm. 1:19-20; Sl.19:1) e da consciência humana (Rm. 2:15; Pv.20:27), porém não se limita a isso, mas se revela por meio das escrituras (Rm.15:4; II Tm.3:16), bem como ainda por seu Filho Unigênito (Jo.1:14; Hb. 1:2).

A consciência do homem está corrompida (Tt. 1:15) o que torna difícil o entendimento. Seus olhos foram cegados pelo Deus deste século (II Co. 4:4), fazendo que desta forma se multipliquem as religiões pagãs por sobre a terra, das quais a Maçonaria recebe em seu seio.

A associação do nome de Deus com outros deuses fere a integridade daquele que é o Altíssimo, ao qual ninguém se equivale e subsiste por si só (Ex.3:14;Jo.2:3;Is.40:18). Ele é zeloso e sempre se mostrou presente na história de seu povo (Ex.20:4; 33:14), o que desmente a teoria deísta.

Realmente o homem não pode chegar a Deus por si só, porém recebeu a revelação maior, através do qual pode chegar-se a Ele: Jesus Cristo, o filho do Deus Vivo, o único caminho (Jo. 14:6).

Fraternidade Universal

A conseqüência natural da paternidade de Deus, é a idéia de que todos os homens são irmãos espirituais ( o grito é nosso). Encontramos neste ensino a natureza humanista da Maçonaria. Através desta afirmação, os maçons fazem do homem um ser divino, que através do auto conhecimento pode chegar ao conhecimento de Deus. Com isso incentivam a fé no próprio homem, elevando-o ao nível de Deus, tornando-o passível de adoração.

Será Jovem?

Ao entrarmos na vida através do sangue de Jesus, passamos das trevas para a luz. Sabemos que não pode haver por isso jugo desigual, comunhão entre santos e os profanos (o grito é deles).

No Éden encontramos o autor da idéia de que o homem pode ser divino. A serpente trouxe essa proposta a Eva através do incentivo a desobediência. Sabemos muito bem a conseqüência (Gn. 3). Nem os anjos (Ap.22:9), nem os apóstolos (At. 10:25-26; 14:11-15), os finais convivem e conviveram tão perto de Deus, aceitaram adoração.

A fé depositada em si mesmo, traz ao homem apenas destruição ( Is.2:22; Jr. 17:5-6).

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Imortalidade da Alma:

Concluindo que Deus é o Pai de todos, e que assim somos todos irmãos, nada resta senão a salvação de toda a humanidade, rumo ao Oriente Eterno. Ser maçom leva o homem tão somente ao autoconhecimento, o qual como já foi dito, ao conhecimento de Deus. Isso os tornam detentores de segredos maiores, os quais os profanos não têm acesso. Trata-se de uma auto-justificação também, pois os mesmo se enxergam como puros. Para isso, o símbolo dos velos e aventais.

Eu acho que não...

A Bíblia deixa bastante clara a condenação para os que não aceitam a Jesus como único redentor (Jo. 3:18). Afirmar que o autoconhecimento oferecido pela Maçonaria é a luz, também não funciona (Jo. 3:19-21). Ao se auto intitularem como puros de mente e coração, justos e íntegros, contradizem a Palavra de Deus (Gn. 8:21; Is. 64:6; Rm. 3:10).

Estratégia de Crescimento

A Maçonaria tem em mãos um grande trunfo para crescimento numérico: os segredos.

A maioria dos adeptos adentram a Maçonaria por curiosidade. A promessa de revelação de grandes segredos atraem muitos como açúcar atrai formiga.Quando alguém detém mais conhecimento que outros, tem sobre este, certo poder. Não é por menos que a maioria dos maçons são homens de destaque social, o que constitui também um atrativo. A coisa toda funciona como uma teia de aranha, onde as moscas cada vez mais se prendem. (grito deles). Para que haja um alcance maior na sociedade criou-se segmentos entre as mulheres, moços e moças. São eles:

Estrela do Oriente - mulheres parentes de maçons.

Demolay - para rapazes.

Filhos de Jó - para moças.

Pontos Fortes e Fracos

Considero difícil frisar pontos fracos em grupos como a Maçonaria. Apesar de se mostrar por vezes contraditória, ela encontra na adversidade um forte poder de enlace aos demais grupos religiosos.

É óbvio que se trata de um risco, porém muito bem calculado. Expor-se a outros credos, trazendo-os para dentro, subjugando-os a sua cosmo visão, faz da Maçonaria a "perfeita massinha de modelar religiosa". Seu detentor molda-a como quer, mas não altera sua substância. Atendendo vários "gostos", alcança seu objetivo. Mal sabe seus usuários que, enquanto a consomem, são na verdade consumidos.

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Liturgia (Ritual)

O ritual maçônico é a vestimenta de sua doutrina. Ele não é fácil de se definir, pois varia de jurisdição e rito. Passando por uma evolução constante, não se prendeu mas a um, mas a muitos rituais.

As reuniões, ou capítulos, constituem-se em ima abertura com cânticos. Declara-se então postos e funções dos oficiais, os quais são honrosamente apresentados. São lidas as minutas, membros doentes são mencionados e se há algum a ser iniciado, assim se faz. Isso leva em média duas horas, sendo seguida de uma hora social. Estes rituais tem um claro intuito de aliciar mais membros. O que passar disso é secundário.

Metodologia para alcance

A Maçonaria é com certeza um ‘’osso duro de roer". O simples fato de haver cristãos ali envolvidos nos mostra o quão perigosa esta religião é. Creio no entanto, que alguns crentes que adentram nesta religião, o fizeram por ignorância. Muitos conhecem apenas a "capa do livro". Com amor e oração, mostrando-lhes a verdade acerca da Maçonaria, pode ser que, sendo realmente novas criaturas, deixarão este caminho. A partir do testemunho dos que já foram maçons, outros poderão enxergar a verdade. Afinal, ao abandonarem os pactos de sangue, feitos dentro da Maçonaria, para realmente viverem sob o sangue do Cordeiro, será provado que Jesus é maior que qualquer aliança. A prova concreta disso são ex- maçons e seus livros de alerta as Igrejas.

Fatos Curiosos

A participação histórica da Maçonaria no cenário dos últimos séculos é um fator muito interessante. De maneira bastante discreta, esta sociedade exerceu grande influência em vários acontecimentoos. A presença maçônica é vista na Revolução Francesa. Os ‘’ideais" da Maçonaria foram lema adotados neste episódio, mostrando que haviam interesses ocultos por detrás da revolução.

"Liberdade, Igualdade e Fraternidade"

Eles estiveram em foco no processo de Independência dos Estados Unidos da América. Ali pelo menos quatorze presidentes maçons governaram. Outras sociedades fechadas tiveram seu berço na Maçonaria. O fundador da Máfia, Giuseppi Mazzini (1805-1872), foi uma grande figura entre os maçons do século 19. Da sociedade formada na Silícia , cujo nome era Oblonica (que quer dizer: "Conto com um punhal"), surge um grupo de elite: A Máfia. Este nome é um acrônimo para Mazzinni autorizza turti, incendi, avvelenamenti - Mazzinni autoriza roubo, incêndio e envenenamento.

Do outro lado do oceano, na mesma época, o chamado "Irmão Gêmeo" do italiano, Albert Pike (1809-1891), dirigia o espetáculo nos Estados Unidos. Militar como Mazzinni, Pike era general do lado dos confederados, apesar de ser "Ianque", nascido em Boston. Foi um dos idealizadores que ajudou a criar a KU KLUX KLAN.

Na história brasileira, a Maçonaria também deixou sua marca. Na Inconfidência Mineira, temos o jovem Tiradentes, maçom iniciado na casa de Silva Alvarenga. Observamos as marcas na própria bandeira do estado, que estampa um triângulo com dizeres "Libertas quae seras tamem". Apesar de frustrada essa tentativa, a Maçonaria esteve no encalço da Independência do Brasil. José Bonifácio e D. Pedro I eram maçons. Sua colaboração também se esteve até a República, pois Marechal Deodoro também fazia parte da organização.

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Conclusão

A partir deste resumo podemos concluir que a Maçonaria não é um grupo interessado no bem estar do homem, voltada para ideais filosóficos, filantrópicos, educativos e progressistas. É uma sombra que, ao meu parecer, constitui uma das mais fortes religiões do globo, pois em si compreende membros de todas as outras (inclusive evangélicos). É abrangente em suas idéias como a Nova Era, mas também tão concreta quanto a Igreja Romana. Não é uma simples corrente filosófica, mas uma instituição, não se identifica como religião, mas como braço da mesma. Com essa camuflagem, têm a vantagem de crescer em qualquer campo, até mesmo em nossas Igrejas.

Sua ação discreta nos lembra Al Paccino, na auto descrição de seu personagem Milton em "O advogado do Diabo", o qual era o próprio Lúcifer : "Eu entro nos lugares sem ser notado". A Maçonaria está no mundo a alguns séculos, e sem que nós saibamos, tem sido o "Ventríloquo" de muitos personagens históricos. É preciso um posicionamento firme e declarado contra este "tumor maligno" dentro da Igreja Evangélica. Pois de pouco valerá lutar contra seitas e mais seitas, sendo que sua "Nave mãe" está aterrizada em nossos templos.

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CONCLUSÃO

Enfim, podemos dizer a célebre frase do Profeta Samuel : até aqui nos ajudou

o Senhor. Após tudo o que foi visto, concluímos com absoluta confiança, que o Senhor

tem nos livrado de todas essas doutrinas de demônios, que só vem para destruir nossa fé,

sejamos pois, perseverantes e destemidos nessa obra, afinal de contas, a Bíblia nos diz

que estamos perplexos, mas não desanimados.

Quero também, parabenizar a todos que participaram e concluíram este

seminário, Deus se agradou disto, pois somente aquele que persevera até o fim será

salvo, concluindo o curso você demonstrou a Deus que tem verdadeiro amor por aqueles

que ainda não conhecem a verdade e compromisso com o evangelho de Cristo. Deus o

recompensará naquele grande dia. Minha oração é que após ter adquirido este

conhecimento, você assuma sua posição como apologista de Cristo e entre nessa

batalha. Em Cristo, Prof. Wagner Quarti.

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GLOSSÁRIO

Adventismo: A crença de que a 2ª vinda pessoal de Cristo é iminente e que Ele inaugurará seu reino milenar e o fim da era.

Apologia: Defender, dar resposta.

Asceta: Aquele que se dedica inteiramente a exercícios espirituais, mortificando o corpo.

Celeuma: Discussão acalorada ou apaixonada.

Conceição: Concepção; nascimento.

Crístico: Relativa a ou próprio de Cristo

Dogma: Decreto, mandamento.

Estigma: Marca, pecha, fama.

Ecumenismo: União entre os crentes em Cristo (N.T.); atualmente é a tentativa de unir as religiões; sincretismo.

Gnosticismo: O produto da combinação entre a filosofia grega e o cristianismo; conhecimento.

Heresia: Opinião destruidora; ensinamento contrário as Escrituras; aceitação do erro.

Imaculada: Sem mácula; sem pecado; pura.

Mariano: Partidário de Maria; seguidor da mariologia; referente a Maria.

Néscio: Ignorante; inapto; estulto; sem conhecimento.

Nicolaítas: Uma seita na Igreja de Éfeso e de Pérgamo, ensinava o povo a idolatrar, como Balaão fez com Israel.

Ortodoxia: Síntese das verdades cristãs.

Prosélito: Pagão convertido à doutrina dos judeus.

Religião: Do latim “religare”, significa tornar a ligar a Deus.

Seita: Grupo que se separa; facção; sectário.

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BIBLIOGRAFIA

Livros e Bíblias

Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida/Brasil SBB 1998

Bíblia Apologética – ICP

As Novas Religiões – Jacob Needleman

As Novas Seitas – Alain Woodrow

As Religiões do Mundo – Irineu Wilges

Desmascarando as Seitas, Natanael Rinaldi e Paulo Romeiro, Casa Publicadoras das

Assembléias de Deus.

Forças Misteriosas Que Atuam Sobre a Mente Humana, Fernando Chaij, 

Grandes Verdades Sobre o Espiritismo, Reginaldo Pires Moreira, JUERP.

O Império das Seitas, Walter Martin, Editora Betânia.

Os Profetas das Grandes Religiões - R. R Soares

Religiones, Sectas Y Herejías – J. Cabral

Sabatismo à Luz da Palavra de Deus – Ricardo Petrowski

Seitas e Heresias, Raimundo F. de Oliveira, Casa Publicadoras das Assembléias de

Deus.

Sites

http://www.cacp.org.br

http://www.pensadorescristaos.com.br

http://www.palavradaverdade.com.br

http://www.portaldosevangélicos.hpg.com.br