apostila romanos

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Em todas estas coisas, porm, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou

Apostila Romanos3 Perodo

Instituto Bblico Elo

Introduo ao Livro de RomanosA Epstola aos Romanos, tambm conhecida apenas como Romanos, como conhecida a epstola de Paulo aos romanos. Ela considerada o sexto livro do Novo Testamento e a primeira das epstolas paulinas, na ordem em que aparecem na Bblia, e a terceira das epstolas de Paulo em ordem cronolgica. Circunstncia do Livro Paulo nos d algumas informaes sobre a circunstncia da carta. Ele fala de planos para visitar Roma depois de terminar a sua viagem (1:10-15). Estava se preparando para levar as ofertas das igrejas da Macednia e da Acaia aos santos necessitados em Jerusalm. Depois de visitar Jerusalm, queria iniciar outra viagem para a Espanha, parando algum tempo na Itlia no caminho (15:22-33). Conclumos que Paulo teria escrito essa carta durante o tempo citado em Atos 20:2-3, quando permaneceu na Grcia por trs meses, provavelmente, em 57 d.C. Segundo a tradio, foi lendo esta carta que Martinho Lutero se inspirou para lanar sua tese da salvao gratuita, fazendo-o insurgir-se contra a venda de indulgncias que se disseminava entre a classe eclesistica de ento, culminando com a Reforma. Pois em Romanos 1:17 l-se: "Porque nele se descobre a justia de Deus de f em f, como est escrito: Mas o Justo viver da f". A Mensagem aos Romanos Romanos um livro de ensinamento profundo e rico. Nela Paulo mostra o problema de todos os homens: No h justo, nem um sequer (3:10); ...pois todos pecaram e carecem da glria de Deus (3:23); ...o salrio do pecado a morte (6:23); ...a morte passou a todos os homens, pois todos pecaram (5:12). Mas a mensagem esperanosa, no pessimista. Paulo descreve o evangelho como o poder de Deus para a salvao de todo aquele que cr (1:16). Pecadores so justificados gratuitamente, por sua graa (3:24). Mas Deus prova o seu prprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por ns, sendo ns ainda pecadores (5:8). ...o dom gratuito de Deus a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor (6:23). A carta aos Romanos anima os santos nas suas batalhas dirias contra a tentao e outras provaes: Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.... muito mais, estando j reconciliados, seremos salvos pela sua vida (5:9-10). ...muito mais os que recebem a abundncia da graa e o dom da justia reinaro em vida por meio de ... Jesus Cristo (5:17). Paulo afirma que todas as trs pessoas divinas lutam para o nosso bem: ...o mesmo Esprito intercede por ns (8:26-27). ...Cristo Jesus...tambm intercede por ns (8:34). Se Deus por ns, quem ser contra ns? (8:31). A participao ativa de Deus em nossa salvao leva a concluso vitoriosa: Em todas estas coisas, porm, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou (8:37). Mesmo tratando de alguns fatos complexos e difceis de serem compreendidos pelos leitores (at hoje), Paulo comunica sua confiana total na sabedoria de Deus: profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quo insondveis so os seus juzos, e quo inescrutveis, os seus caminhos (11:33). Como o costume nas cartas de Paulo, os ltimos captulos de Romanos oferecem diversas aplicaes prticas dos princpios apresentados. Reconhecendo a grandeza da graa salvadora de Deus, devemos nos conduzir como servos fiis, mostrando reverncia para com o Senhor, e bondade para com os outros homens.

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Compartilhando o Evangelho (Romanos 1:1-15)Paulo descreve a sua relao a todos em termos do evangelho. Deus o separou para o evangelho (1) que o poder divino para salvar os homens (16). Paulo se viu como devedor a todos, e queria compartilhar as boas novas com todas as classes de homens (14-15). Quando pensou nos irmos romanos, ele queria anunciar o evangelho e ser edificado por eles (15,12).

Fatos FundamentaisPara comunicar bem a rica mensagem do evangelho, foi necessrio definir alguns fatos. Paulo introduz nos primeiros versculos de Romanos vrios temas que sero explicados no decorrer do livro. Ciente das dvidas e at das divises entre cristos da poca sobre o valor do Velho Testamento, ele mostra que sua mensagem confirma, e no contradiz, as profecias antigas. O evangelho foi prometido anteriormente por Deus e fala a respeito de Jesus, o Filho de Deus. Segundo a carne, Jesus foi descendente de Davi. Mas tambm o Filho de Deus que se ressuscitou de entre os mortos, se tornando o Cristo (Messias no hebraico, aquele que veio para cumprir as profecias) e Senhor (com toda a autoridade sobre ns). Paulo, como apstolo, pregou por amor do nome de Jesus para mostrar aos gentios a necessidade da obedincia por f (5). Ironicamente, algumas pessoas hoje usam o livro de Romanos para defender doutrinas de salvao por f sem nenhuma participao ativa (obras) do homem. Paulo deixa claro desde o incio do livro que a f exige a obedincia. Os santos em Roma foram chamados para pertencer a Jesus. Deus os amou, e os chamou para serem santos (6).

As Oraes de PauloEste apstolo falou das suas oraes constantes em relao aos irmos romanos (8-15). Agadecia a Deus pela f desses discpulos, que se tornou conhecida em todo o mundo. Paulo pedia que Deus permitisse sua visita a Roma (10). Este exemplo nos ensina uma lio importante sobre a orao. Paulo escreveu esta carta perto do final de sua terceira viagem, pouco antes de levar ofertas dos gentios aos irmos necessitados em Jerusalm. Ele falou dos seus planos e da sua vontade de fazer outra viagem depois, passando por Roma e continuando at a Espanha (15:25-28). Naturalmente, ele orava a respeito desses planos. De fato, Paulo chegou a Roma aproximadamente trs anos depois de enviar esta carta, mas no da maneira que ele imaginava. Ele foi preso em Jerusalm, ficou mais dois anos na priso em Cesaria, e chegou a Roma depois de uma viagem cheia de calamidades e perigos. Quando oramos, devemos lembrar que Deus sempre atende as oraes dos fiis, mas nem sempre da maneira que imaginamos! Paulo tambm comunicou o motivo da visita que planejava: a edificao mtua (11-12). Quando ele fala de dar e receber, descreve bem a natureza da relao entre irmos em Cristo (veja 1 Corntios 12:14-27; Efsios 4:15-16; Hebreus 10:24-25). Ele reafirmou o desejo que tinha durante muito tempo de fazer uma visita aos romanos, pois queria lhes anunciar o evangelho (13-15). Considerou-se devedor aos gregos e brbaros (os no gregos, normalmente menosprezados pelas pessoas cultas da sociedade grega), mostrando que o mesmo evangelho serve para os sbios e os ignorantes. A aplicao universal do evangelho o tema que Paulo defender nos prximos captulos.

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A Necessidade Universal (Romanos 1:16-32)Todos, sejam judeus ou gentios, precisam crer no evangelho de Jesus Cristo. a tese enunicada por Paulo em Romanos 1:16 e defendida nos captulos seguintes. Pois no me envergonho do evangelho, porque o poder de Deus para a salvao de todo aquele que cr, primeiro do judeu e tambm do grego.

O Evangelho para TodosNesse versculo chave, encontramos vrios pontos essenciais para compreender a carta aos Romanos e o propsito eterno de Deus para nossa salvao. Observe: - O evangelho o poder de Deus. A mensagem pregada por Paulo e outros, no primeiro sculo, no foi inveno do homem. Veio de Deus como o meio escolhido para salvar pecadores. - A salvao para aqueles que crem. Embora o evangelho inclua mandamentos para serem obedecidos (2 Tessalonicenses 1:8; 1 Pedro 4:17), ele no um sistema de justificao por obras de lei. O contraste que Paulo introduz aqui e explicar nos prximos captulos entre lei e f. Nenhuma lei jamais salvou um pecador. A salvao vem pela f. - Para judeus e gentios. Deus trabalhou por meio da nao judaica para cumprir suas promessas, e a pregao do evangelho comeou entre os descendentes de Abrao. Mas, o evangelho e a salvao que ele oferece so accessveis a todos judeus e gregos.

A Ira de Deus contra o PecadoO resto do primeiro captulo mostra o motivo de Deus em ficar irado com o pecado do homem. Note os pontos principais neste trecho: Deus se revela. A vontade dele se revela na palavra das Escrituras, mas o carter e o poder de Deus se revelam pelas obras da criao (17-20). Este fato traz a responsabilidade sobre todos de buscar a Deus, e deixa os desobedientes sem desculpa. - Um erro leva a outros. Uma vez que o homem nega a existncia de Deus ou perverte a verdade sobre a natureza do Criador, outros pecados brotam dessas razes (21-25). Pessoas impressionadas com a sua prpria inteligncia e capacidade de raciocinar inventam deuses feitos imagem de homens, ou at de animais. Assim, negando a santidade e a perfeio do Deus justo, justificam todo tipo de perversidade, incluindo relaes homossexuais. Esses versculos mostram que falsas doutrinas sobre Deus andam de mos dadas com os pecados da carne. - Deus deixa os pecadores caminharem para sua prpria punio. Deus no autoriza o pecado, mas deixa o homem pratic-lo, at piorando cada vez mais. A justia nem sempre imediata, mas os pecadores que no voltam para Deus recebero a merecida punio (26-27). - Mentes corrompidas se entregam morte. O primeiro passo foi desprezar o conhecimento de Deus. O destino a morte. Os passos intermedirios so vrios. Nos versculos 29-31, Paulo cita vrios exemplos das coisas inconvenientes que merecem a sentena de morte. Muitas pessoas consideram alguns desses pecados comuns e at aceitveis, mas Deus disse que pessoas invejosas, avarentas ou desobedientes aos pais merecem a morte. Devemos pensar bem sobre a nossa conduta diante do Criador! A resposta de Deus necessidade de todos ns se encontra no evangelho.

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O Justo Juzo de Deus (Romanos 2:1-16)L endo as fortes palavras do final do captulo 1, alguns cristos especialmente judeus poderiam ser tentados a concordar com Paulo e condenar aqueles pecadores que praticam e aprovam coisas dignas de morte. Esses religiosos facilmente lamentariam o estado depravado dos outros, sem perceber que estavam no mesmo lamaal do pecado. Nos captulos 2 e 3, Paulo afirma que o problema do pecado universal, atingindo igualmente judeus e gentios.

O Perigo de Auto-Justia muito fcil enxergar e condenar as falhas dos outros. O homem que confia na sua prpria justia no reconhece a sua prpria necessidade da graa de Deus (1-4). Durante o seu ministrio na terra, Jesus batalhava contra a arrogncia e auto-justia de seitas como os fariseus (veja Mateus 23:27-28). Paulo, um ex-fariseu, agora luta contra o mesmo orgulho religioso de seus compatriotas. A auto-justia traz conseqncias gravssimas. Quando a pessoa recusa a ajuda oferecida por Deus, no h outro remdio. Vai caminhando para a morte, incapaz de se livrar dos laos da iniqidade. Tal pessoa acha algum conforto em ver os pecados maiores dos outros, e no reconhece que o Deus justo rejeitar todos que praticam a injustia (5-11).

A Justia de DeusAo mesmo tempo que Paulo tira as desculpas das pessoas que se julgam boas, ele oferece esperana. Deus oferece a glria, honra, incorruptibilidade e paz (7,10). Mais adiante explicar melhor as condies para receber essas bnos (veja 3:24; 4:16; 5:2; 6:14; 11:6; etc.). Por enquanto, ele simplesmente se refere bondade, longanimidade e tolerncia de Deus para com os arrependidos (4). A esta altura, ele enfatiza a igualdade de judeus e gentios. Os pecadores de qualquer nao sero condenados, e os justos de qualquer povo sero glorificados. Deus julgar cada um conforme os seus atos (6), e no mostra acepo de pessoas (11).

A Igualdade de Judeus e GentiosOs judeus confiaram na lei que Deus lhes deu por intermdio de Moiss. Por terem recebido essa revelao especial, acharam-se superiores aos gentios. Mas possuir a lei no salva. Ser ouvinte da lei no salva. Para serem justificados, teriam de obedecer lei. Paulo ainda mostrar que nenhum judeu obedeceu a lei perfeitamente. Aqui ele ousa dizer que um gentio que respeite os princpios de justia, mesmo no tendo a lei escrita, seria aceito por Deus. Tal afirmao seria, para muitos judeus, praticamente blasfmia! Para apreciar a importncia e a necessidade do evangelho, preciso primeiro descartar falsas bases de confiana. O homem que confia em sua prpria justia no ser salvo. A pessoa que se acha segura por fazer parte do povo escolhido sofrer uma grande decepo. Cada um ser julgado no por ser judeu ou gentio mas de acordo com seu procedimento. O julgamento ser feito por um Deus onisciente, usando como base o mesmo evangelho pregado por Paulo (16; Joo 12:47-48).

O Justo JuizCom Deus, no h acepo de pessoas. Pedro entendeu esse fato quando pregou, pela primeira vez, aos gentios (Atos 10:34). Aqui, Paulo reafirmou a mesma verdade quando falou da necessidade universal do evangelho (11). Deus um juiz justo. Cabe ao homem se conformar com a vontade do Senhor.

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A Culpa dos Judeus (Romanos 2:17-29)Depois de mais de 1.500 anos de superioridade espiritual, os judeus no acharam fcil aceitar as palavras de Paulo. Eles eram iguais aos gentios? Igualmente culpados diante de Deus? Os Judeus No Tm Desculpa Mesmo tendo a lei especial que Deus lhes deu, se mostram desobedientes. Paulo descreve a auto-justia dos judeus, certamente a mesma confiana que ele tinha anteriormente quando era fariseu: Tem por sobrenome judeu (17) Repousa na lei (17) Gloria-se em Deus (17) Conhece a vontade de Deus (18) Aprova as coisas excelentes (18; compare 2:3 e 1:32) instrudo na lei (18) Considera-se guia dos cegos (19) Luz aos que esto nas trevas (19) Instrutor de ignorantes (20) Mestre de crianas (20) Tem a sabedoria e a verdade na lei (20) Os judeus receberam e at ensinaram os princpios da lei. O problema foi de no praticar o que pregavam (21). Ser que cometemos o mesmo erro? Ensinamos os outros que devem respeitar a palavra de Deus, mas somos, de fato, obedientes? Paulo mostrou a culpa dos judeus que pregavam que no se deve furtar, mas furtavam (21); condenavam o adultrio, mas o praticavam (22); abominavam os dolos, mas roubavam os templos deles (22; veja a proibio em Deteuronmio 7:25-26, a citao em Josu 6:18 e a conseqncia da desobedincia de Ac em Josu 7).

Judeu Carnal X Judeu EspiritualPaulo define a diferena entre o judeu carnal e o judeu espiritual (25-29). Ele amplia o argumento de Jesus sobre a necessidade de agir como o povo de Deus. Enquanto os judeus geralmente confiavam muito na sua posio como descendentes de Abrao (Joo 8:33), a verdadeira descendncia determinada pela atitude e a conduta espiritual (Joo 8:39-40,47). A circunciso a marca de distino do judeu teria valor somente acompanhada por obedincia perfeita lei (25). O gentio que guarda a lei seria igual ao judeu (26), at capaz de julgar o judeu desobediente (27). O verdadeiro judeu no aquele que fez a circunciso da carne, e sim aquele que fez a circunciso do corao (28-29). Observe a srie de contrastes aqui: O Judeu Verdadeiro Um Judeu Interiormente Circunciso do Corao Esprito Louvor Procede de Deus O Judeu Falso Um Judeu Exteriormente Circunciso da Carne Letra Louvor Procede dos Homens

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Essa definio do judeu verdadeiro se torna importante no nosso estudo do resto do livro de Romanos. Sempre devemos prestar bem ateno para discernir o sentido de palavras como judeu e israelita. Ns, hoje, devemos ser judeus verdadeiros!

Os Judeus Tm Vantagem? (Romanos 3:1-18)Uma vez que Paulo mostrou que a atitude e a conduta de cada pessoa distingue entre o judeu verdadeiro e o falso, poderia concluir que os judeus, os descendentes naturais dos patriarcas, no gozaram nenhum benefcio especial. Paulo negaria a posio favorecida dos israelitas no plano de Deus? Qual a vantagem dos judeus? Paulo faz praticamente a mesma pergunta duas vezes (versculos 1 e 9), e responde de dois pontos de vista diferente. Primeiro, ele fala sobre a vantagem que Deus deu aos judeus (1-8). Depois, ele olha da perspectiva da realidade do pecado (9-18). Qualquer vantagem que Deus deu foi desperdiada quando os judeus pecaram. A Vantagem Dada por Deus (1-8) Ao revelar a sua vontade numa aliana especial, Deus deu aos judeus uma grande vantagem (2). O problema dos judeus no veio da parte de Deus. A incredulidade deles trouxe a condenao (3-5). Independente da falta de f por parte dos homens, Deus continua sendo fiel. Ele verdadeiro, mesmo se todo homem for mentiroso. Quando reconhecemos o nosso pecado, exaltamos a justia de Deus. Se h alguma falha na relao de Deus com os homens, a culpa certamente dos homens. O final do versculo 4 vem da verso grega de Salmo 51:4, uma passagem que mostra que a confisso do pecado do homem glorifica a Deus e reala a santidade e a justia dele (compare Josu 7:19-20). Deus justo em castigar os judeus (5-8). Foi fcil para os israelitas enxergar a injustia dos gentios e concluir que aqueles pecadores merecessem o castigo. Reconhecer o seu prprio pecado foi muito mais difcil. Se Deus no aplicar a sua lei com justia aos judeus, ele no teria direito de castigar os gentios (5-6). Entendendo que a santidade de Deus fica mais evidente quando comparada injustia do homem, algum poderia tentar justificar o pecado para dar mais glria a Deus. Paulo rejeita tal raciocnio, dizendo que pessoas que pensam assim merecem o castigo (7-8). O Pecado Deixou o Judeu

sem Vantagem (9-18)

Paulo pergunta outra vez sobre a vantagem do judeu (9). Mesmo recebendo tratamento preferencial de Deus (3:2), o judeu no manteve a sua vantagem. Ele, como tambm o gentio, se entregou ao pecado. Paulo cita vrios versculos do Antigo Testamento para mostrar que o homem ou melhor, todos os homens se condena pelo pecado. Entre as citaes so referncias aos Salmos (14:1-3; 53:1-3; 5:9; 140:3; 10:7; 36:1) e ao livro de Isaas (59:7-8). Quando consideramos os contexto dessas citaes, observamos que falam da insensatez de homens que negam a Deus, at imaginando que os seus atos pecaminosos no sero descobertos ou no recebero castigo. Como os judeus, todos ns temos recebido vantagens imensas pela bondade de Deus. Ele enviou o seu Filho, e revelou a sua palavra para o benefcio de todos os homens. Mas se ns nos enganarmos, ignorando os princpios de Deus ou achando que os nossos pecados no tero conseqncias, anularemos estas grandes bnos. Se continuarmos praticando pecados, imaginando que esses erros no traro castigo, negamos a justia de Deus e a verdade da palavra dele. Se alguns no creram, a incredulidade deles vir desfazer a

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fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem... (3:3-4).

Justo e Justificador (Romanos 3:19-31)A justia de Deus exige pagamento justo pelo pecado (e o salrio do pecado a morte 6:23). Pelo amor, ele paga o preo, oferece perdo e se torna justificador dos pecadores.

O Que a Lei Faz? (19-20)A lei no traz a salvao, pois ningum consegue se justificar por obras de mrito. O que, ento, a lei faz? Ela cala a boca de todos os judeus; Mostra que todo o mundo culpvel diante de Deus; Traz pleno conhecimento do pecado, mas no resolve o problema. A lei pode ser comparada a um mdico que diagnostica uma doena, mas no d nenhum remdio.

Jesus Cristo e a Justia de Deus (21-26)A lei e os profetas olharam para a justia de Deus, mas ela se manifestou sem lei. Mediante a f em Cristo Jesus, todos que crem tm acesso justia divina (21-22). E todos judeus e gentios precisam da ajuda do Senhor, pois todos pecaram (22-23). Paulo destaca a igualdade de judeus e gentios, mostrando que no h diferena: Na culpa: Todos pecaram (23) Na necessidade: Carecem da glria de Deus (23) Na salvao pela graa: Sendo justificados gratuitamente (24) Na salvao por Jesus: Mediante a redeno que h em Cristo Jesus (24)

A salvao em Jesus maravilhosamente complicada. Deus ofereceu o sangue de Jesus como propiciao (algo que satisfaz a ira divina) pelo pecado (25; veja 1:18,27,32). Mas, para ser eficaz contra o pecado, o sangue de Jesus ainda depende da reao do homem: mediante a f (25). A salvao se torna possvel somente quando junta a graa e a f (Efsios 2:8-9). Em Jesus, Deus manifestou a sua justia (25). A tolerncia no mostrou a justia. Quando Deus deixou os pecados do homem sem castigo, ele estava segurando a sua justia. Na morte de Jesus, ele mostrou a sua justia pois seu Filho recebeu a merecida punio dos erros dos homens (veja 1:27). Deus manifestou a sua justia e, ao mesmo tempo, tornou-se justificador (26). Aqui encontramos uma das mais ricas expresses do carter de Deus: para ele mesmo ser justo e o justificador.... A santidade de Deus exige a justia, e o amor dele oferece a justificao. Em Cristo Jesus, ele conseguiu conciliar os dois lados essenciais do seu carter. Foi justo em insistir no pagamento de sangue. Torna-se justificador em oferecer o sacrifcio de Jesus no lugar dos homens pecadores.

Orgulho Excludo (27-31)O homem no tem direito de se gabar, pois no merece nada (27-28). Se Deus tanto justo como justificador, o homem sem Deus no nem um nem o outro. Nenhum homem se justifica pelas suas prprias obras. A justificao vem pela f, independente das obras da leis. Ningum se salva por obras de mrito em obedincia perfeita lei. O nico meio da salvao a f em Jesus Cristo. Para ser agradvel a Deus, esta f tem de ser ativa e obediente (veja 1:5).

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Paulo volta, mais uma vez, igualdade de judeus e gentios (29-30). Se a lei no justifica, Deus no o Deus somente dos judeus. Ele oferece a salvao a todos nos mesmos termos. Nem a lei nem a circunciso justificar algum. Deus justifica mediante a f. A f anula a lei? No! A lei confirmada pela f. A lei mostrou o problema, e a f traz a soluo!

A Justificao de Abrao (Romanos 4:1-25)Paulo encerrou o captulo 3 com a afirmao que a f confirma e no anula a lei. Ele continua o seu argumento, citando o exemplo do pai do povo da aliana, Abrao. Todos os judeus respeitavam profundamente o pai de sua nao. Mostrando que Abrao foi justificado por f, e no por obras de lei, Paulo refora a sua defesa do evangelho entre os judeus. Abrao justificado por f (1-8) Abrao foi justificado por obras de mrito, recebendo o salrio justo por suas obras? No! Deus aceitou a f dele no lugar de perfeita justia. Assim Abrao recebeu o favor (graa) de Deus, e no recebeu um salrio devido por servio prestado ao Senhor (1-4). Quando a pessoa confia em Deus, crendo que ele justifica o mpio, Deus aceita a f no lugar da justia (5). Davi, outro homem muito respeitado entre os judeus, entendeu que um homem abenoado aquele que recebe o benefcio da graa de Deus, o perdo dos seus pecados (6-8). Lembramos que Paulo citou vrios salmos para mostrar a culpa do homem (3:10-18); agora cita o salmista para mostrar a dependncia de todos na graa de Deus. Gentios salvos pela f (9-15) O pai dos judeus foi justificado pela f. Como, ento, os gentios seriam justificados? Pela lei? No! Eles tambm podem ser salvos pela f. A circunciso no salva (9-12). Abrao recebeu a graa de Deus pela f antes de ser circuncidado (veja Gnesis 12, onde recebeu as promessas, e Gnesis 17, onde recebeu a ordenana da circunciso 24 anos depois). A circunciso por si s no serve para nada diante de Deus. necessria a obedincia, andando nas pisadas da f que teve Abrao...antes de ser circuncidado (12). A lei no salva (13-15). Nem Abrao nem sua descendncia receberam o favor de Deus mediante a lei. Se a herana pertencia exclusivamente aos da lei, a promessa e a f seriam anuladas (compare Glatas 3:16-18). A lei suscita a ira (15), trazendo conhecimento do pecado (3:20) e encerrando tudo sob o pecado (Glatas 3:22). Veremos mais sobre isso a partir de 5:13. Pai daqueles que crem (16-25) Abrao o pai de todos que so da f, e no apenas daqueles que receberam a lei (16-20). O mesmo Deus que levantou uma nao a um homem amortecido (19; veja Hebreus 11:12) poder levantar uma nao santa de povos j considerados mortos pelos judeus. (O mesmo texto que traz a ordem original da circunciso, tambm inclui a promessa ao velho Abrao que seria pai do filho da promessa, e que seria pai de muitas naes Gnesis 17). Abrao creu, mesmo nas promessas que pareciam impossveis, porque confiou em Deus Todo-Poderoso (20-21). Deus aceitou a f de Abrao como justia (22).

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O mesmo princpio aplica a todos que crem nas promessas impossveis de Deus, especificamente na ressurreio de Jesus Cristo (23-25). Ele foi: Entregue por causa das nossas transgresses. Ressuscitado por causa de nossa justificao. As nossas transgresses causaram a morte de Jesus. Num sentido, a nossa justificao, feita pelo sacrifcio dele, causou a sua ressurreio. Uma vez cumprida a sua misso, ele foi ressuscitado de entre os mortos, mostrando para todos a base da esperana dos crentes.

Jesus Vive para Salvar (Romanos 5:1-21)No captulo 5, Paulo destaca o poder de Jesus vivo para ajudar os discpulos perdoados, e apresenta uma srie de pontos de contraste entre Ado e Jesus. O Poder de Jesus Vivo (1-11) O pecado nos separou de Deus. Agora o resultado da nossa justificao a comunho e paz com ele (1). Por intermdio de Jesus, temos a esperana da glria de Deus (2). Tambm gloriamos nas coisas que nos levam esperana: tribulaes, perseverana e experincia (3-4). Se, pelo sofrimento da morte, Jesus chegou glria, ns podemos encarar sofrimento em nossa vida com a mesma confiana ( Hebreus 12:1-3). Temos convico da esperana, porque ela se baseia em Deus (5-8): Deus derramou o seu amor (5) O Esprito Santo revelou este amor (5) Cristo morreu por ns quando ramos ainda pecadores (6-8) Na morte de Jesus, o amor de Deus foi revelado (8). Que amor sobrenatural! Quando ramos pecadores, lutando contra a santidade e a bondade de Deus, Cristo morreu por ns. Muito mais agora (9-11). Preste ateno nesses versculos. O ensinamento de Paulo aqui conforta e anima o servo de Deus. No passado, Cristo demonstrou seu poder para salvar os pecadores (inimigos) pela sua morte. No presente, ele demonstra ainda mais poder para salvar os justificados (reconciliados, amigos) pela sua vida. Paulo no v a obra redentora de Cristo como apenas o sacrifcio feito na cruz. Jesus vive e age ao nosso favor. Ele nosso Advogado (1 Joo 2:1) e intercede por ns (8:34). Jesus morreu para nos salvar, e vive para nos salvar! Ado e Jesus (12-21) Vamos observar primeiro o contedo deste trecho, e depois fazer algumas observaes sobre as distines apresentadas. Ado trouxe o pecado ao mundo, e o pecado trouxe a morte. Todos morrem, porque todos pecam (12). O pecado j existia antes da Lei dada por intermdio de Moiss, provando que j havia lei governando todos os homens (13-14). A morte j reinou de Ado a Moiss, mostrando que Deus levou em conta o pecado naquela poca. Mas, os pecados dos outros no eram o mesmo cometido por Ado. Ele violou uma lei (Gnesis 2:16-17); eles violaram outras. Ado prefigurava aquele que havia de vir (14). Pelo ato nico de violar uma lei especial, ele trouxe conseqncias sobre todos. Jesus, como Paulo mostrar nos versculos seguintes,

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por um ato nico de obedecer o Pai, trouxe bnos para todos. Como a ofensa trouxe a morte a muitos, o sacrifcio de Jesus trouxe a vida a muitos (15). O dom superior ofensa. Uma ofensa causou o sofrimento de muitos. A graa responde a muitas ofensas e traz a justificao (16). Pela ofensa de Ado, a morte reinou sobre os homens. Pelo ato de Jesus, os homens reinam sobre a morte (17). Participao de morte e de vida (18-19). Neste trecho, Paulo fala de dois sentidos de morte e dois sentidos de vida. Pelo pecado de Ado, a morte fsica passou a todos os homens. Pela ressurreio de Jesus, todos os homens sero ressuscitados (fisicamente veja 1 Cornitos 15:20-22). Todos que participaram do pecado participam tambm da morte espiritual. E todos que participam da obedincia de Cristo se tornam discpulos e participam tambm da vida espiritual. A lei enfatiza o pecado, mas a graa maior ainda (20). O pecado reinou na morte, mas a graa reina pela justia (de Cristo) para a vida eterna (21). A graa e sua recompensa so superiores ao pecado e sua conseqncia!

Ressuscitados com Cristo (Romanos 6:1-23)Se a abundncia do pecado possibilitou a superabundncia da graa (5:20), algum poderia deduzir, por uma lgica destorcida, que Deus seria glorificado ainda mais pelo pecado do homem. Paulo responde a essa idia no captulo 6, mostrando que o propsito da graa a libertao do pecado.

Ressuscitados com Cristo (1-7)O servo de Cristo deve viver no pecado para que a graa se torne ainda mais abundante? (1) Absolutamente no! O discpulo de Cristo j morreu para o pecado (2). O processo de morrer para o pecado o mesmo que possibilita a vida em Cristo (3-6). Estes versculos so importantes para entender como Deus nos d a vida, e como participamos da nossa prpria salvao. Paulo usa a morte, o sepultamento e a ressurreio de Cristo para explicar a nossa salvao. Jesus morreu, foi sepultado e depois ressurgiu para uma nova vida. Ns imitamos o exemplo dele. Morremos para o pecado, somos sepultados no batismo e ressuscitados para uma nova vida. Neste texto, o Esprito Santo colocou o batismo entre o pecado e a vida em Cristo. O batismo no obra de mrito pela qual a prpria pessoa ganha a salvao. obra de obedincia pela qual recebemos o perdo dos pecados pela graa de Deus. Isso no nos surpreende, pois ele falou atravs do livro sobre a necessidade da obedincia (1:5; 2:7-8; 6:16-17; 10:16; 15:18; 16:19,26). Outros textos mostram a importncia do batismo para o perdo dos pecados (Atos 2:38; 22:16), para obter a salvao (Marcos 16:16; 1 Pedro 3:21) e para entrar em comunho com Cristo (Glatas 3:27). Esse ensinamento sobre o batismo importante, mas o argumento principal aqui visa a nova vida da pessoa j ressuscitada. Paulo escreve a cristos, mostrando a importncia de viver como pessoas resgatadas do pecado. O velho homem do pecado foi crucificado com Jesus (6). Deixamos a escravido ao pecado quando recebemos a justificao (6-7).

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A Vida em Cristo (8-11)Participamos da vida espiritual em Cristo. Ele nos d: 1. A esperana da vida eterna (8); 2. A vitria sobre a morte (9). 3. A comunho com Deus (10-11). O Pecado No Domina (12-14) Uma vez ressuscitados com Cristo, cabe a ns rejeitar o pecado. Na nova vida, no devemos deixar o pecado reinar (12). No devemos nos oferecer ao pecado como servos da iniqidade (13). O novo homem, ressusci-tado, deve ser servo de Deus (13). O pecado no domina a pessoa que vive debaixo da graa, como dominava as pessoas que viviam sob a lei (14).

A Liberdade dos Servos (15-23)A liberdade da lei no autoriza a libertinagem (15). Todos ns somos servos, ou do pecado ou da justia (16-18). O servo do pecado livre (no participa) da justia e da vida. O servo da justia livre do pecado e da morte (veja versculos 20-23). Da mesma maneira que dedicamos os nossos corpos ao pecado, no passado, devemos nos dedicar justia e santificao em Cristo (19). O escravo do pecado se afasta da justia (20). Os resultados so a vergonha e a morte (21,23). O servo de Deus, porm, foi libertado do pecado (22). O caminho dele leva santificao e vida eterna (22-23). O salrio (merecido pelo homem) do pecado a morte. O dom gratuito de Deus (no merecido pelo homem) a vida eterna. Esta vida vem somente por meio de Jesus Cristo (23). Paulo frisa, de novo, o ponto principal desses primeiros captulos. Tanto judeu como grego depende de Cristo para a salvao. Sem Jesus, ningum ser salvo.

Libertados da Lei (Romanos 7:1-11)Tanto o pecado como a lei so associados morte (5:12,21; 6:14; 7:10-11; veja Glatas 3:10). Por outro lado, a f em Cristo leva ressurreio e vida (6:4,8,9,23). somente em Cristo que morremos lei e ao pecado para ter a vida.

No Sujeitos Lei (1-6)De modo nenhum: Esta resposta aparece sete vezes no livro (6:2,15; 7:7,13; 9:14; 11:1,11). uma expresso forte que Paulo usa para evitar concluses falsas por parte de seus leitores, e normalmente para introduzir uma nova fase do argumento. Os mortos no so sujeitos lei (1). Para ilustrar esse fato, Paulo introduz aqui a lei do casamento (2-4). A morte interrompe o lao de lei. As pessoas que j morreram em relao lei no so mais obrigadas a guard-la. No meio da ilustrao, ele muda o sentido um pouco, mostrando que a pessoa viva (a viva, neste caso) fica livre para ser ligada a outro (marido). Uma vez morta lei, a pessoa pode ser ligada a Cristo, mas no pode continuar com a lei e com Cristo ao mesmo tempo. Esta ilustrao serve, tambm, para frisar a vontade de Deus para o casamento. O casamento para a vida toda, e deve ser interrompido somente pela morte de um dos cnjuges. O outro (vivo ou viva) pode casar-se de novo sem pecar. Mas, se casar de novo enquanto o primeiro marido vive, torna-se adltera. Neste trecho ele no trata da exceo dada por Jesus em Mateus 19:9. Podemos observar, tambm, que o lao de obrigao com a lei conjugal (de Deus), e no somente com o cnjuge. Por isso, a pessoa divorciada geralmente ainda no tem

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autorizao de Deus para casar de novo, e o segundo casamento se caracteriza como adultrio (Lucas 16:18; Marcos 10:2-12; veja Marcos 6:17-18; Malaquias 2:14,16). Antes de uma pessoa morrer para o pecado, o pecado produzia o fruto da morte (5). Depois de ser libertada do pecado e da lei, a mesma pessoa passa a servir a Deus (6). Vive na novidade de esprito (a f, o evangelho, Cristo), no na caducidade da letra (a lei, o pecado, a morte). Embora todos ns estivssemos sujeitos ao pecado, somente os judeus estavam sujeitos lei que Paulo cita aqui. Ele mostrar no prximo pargrafo a qual lei se refere.

A Lei Pecado (7-11)Uma vez que a liberdade da lei comparada liberdade do pecado, algum poderia concluir que so a mesma coisa. Paulo tira essa dvida: a lei pecado? De modo nenhum! (7). A lei no pecado, mas ela torna o pecado conhecido. Paulo cita o exemplo de cobia (7). Qual lei? Alguns ensinam que alguma parte da lei dada no Monte Sinai continua em vigor hoje. s vezes, sugerem uma distino artificial entre a lei de Deus (moral) e a lei de Moiss (cerimonial), dizendo que esta foi removida enquanto aquela permanece. Paulo acabou de dizer que os judeus no estavam mais sujeitos lei (6) e agora cita um dos mandamentos da mesma lei: No cobiars. Este mandamento um dos dez mandamentos (veja xodo 20:17), parte da suposta lei moral. Ainda pecado cobiar, mas no por causa da lei antiga. condenada na Nova Aliana que nos guia (Efsios 5:3). A lei traz a conscincia do pecado (8-9) e ligada morte (10-11). Quem busca a vida ter que procurar em outro lugar, pois a lei no traz a salvao.

O Homem Desventurado (Romanos 7:12-25)Paulo era pecador. A lei era contrria a ele e, porm, realmente santa e justa. O que santo e justo , necessariamente, bom. No resto deste captulo, Paulo procura explicar a relao do pecador lei, frisando claramente a necessidade de um Salvador.

A Lei Boa (12-14)Foi a lei em si que matou Paulo? No! O pecado causou a sua morte (12-13). O pecado maligno, enquanto a lei boa. A lei espiritual, mas o homem pecador carnal (14).

A Lei X O Pecado (14-24)Este trecho desafia o estudante. Paulo fala aqui sobre a sua situao na poca que escreveu ou sobre a sua situao no passado, antes de ser salvo por Jesus? Considere: 1. H uma batalha na vida do cristo, em que este peca e no faz tudo que quer em servio a Deus (veja Glatas 5:17; 1 Joo 1:8-10; Efsios 6:12). Se Paulo falasse aqui apenas desta batalha, daria para entender como a circunstncia atual do cristo. 2. Mas Paulo no fala somente de batalha. Fala da escravido, do domnio do pecado, do fracasso, etc. Estas palavras sugerem a situao dele antes de conhecer Cristo. Note os contrastes na tabela abaixo. Conclumos, ento, que Paulo refere-se, aqui, ao problema do homem pecador sem Cristo. Mesmo o homem que quer fazer o bem no tem fora suficiente para vencer o pecado e

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guardar a lei. No h justo, nem um sequer (3:10). O homem que procura se justificar pelos atos de mrito ser vencido pelo pecado e consumido pela morte. Qual a soluo? O entendimento do problema do pecado, que Paulo conseguiu pela lei, leva o pecador ao grito desesperado: Desventurado homem que sou! Quem me livrar do corpo desta morte? (24)

A nica Resposta (25)A resposta, a nica resposta, a nica resposta para qualquer pessoa (tanto judeus como gregos): Graas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor (25). Deixado sozinho, Paulo ainda serviria a Deus com a mente, mas no se livraria do pecado. Mas ele no foi deixado sozinho. O captulo 8 mostra como Deus (Pai, Filho e Esprito Santo) ajuda o cristo a fazer a vontade de Deus. Antes (sob o pecado/no regime da lei) Sou carnal (7:14) Agora (sob a graa de Cristo) No andamos segundo a carne, mas segundo o Esprito (8:4) Os que esto na carne no agradam a Deus (8:8) Vivamos segundo a carne (7:5) Se est na carne, no de Cristo! (8:9) No somos constrangidos a viver segundo a carne, que leva morte (8:12-13) Nada disponhais para a carne (13:14) Vendido escravido do pecado (7:14) Outrora, escravos do pecado (6:17,20) Servos da justia (6:19) Escravido da impureza (6:19) O pecado habita em mim e controla as minhas aes (7:15-23) O Esprito habita no cristo e o guia (8:9-15) No somos escravos do pecado (6:6) Libertados do pecado (6:18,22)

O Esprito X A Carne (Romanos 8:1-17)No final do captulo 7, Paulo disse que Jesus Cristo a resposta necessidade mais urgente do homem: a libertao da morte espiritual (7:24-25). O captulo 8 afirma que Deus (Pai, Filho e Esprito Santo) trabalha para a salvao dos fiis. um captulo que consola todos que lutam contra o pecado no servio ao Senhor.

Livres em Cristo (1-4)

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Aqueles que esto em Cristo foram libertados de: (a) Condenao (1) (b) A lei do pecado (2) (c) A lei da morte (2) Em Cristo, Deus fez o que a lei no podia fazer (3-4). Jesus veio na carne para fazer o que a lei no fez por causa da fraqueza da carne. Deus, atravs de Jesus, condenou o pecado. Assim ele cumpre o propsito da lei em ns. A lei era oposta ao pecado (condenou o pecado), mas no venceu o pecado. As pessoas sujeitas lei ainda andavam na carne, sujeitas morte. Em Jesus, Deus condenou e venceu o pecado. Aqueles que participam dessa vitria andam segundo o Esprito, no segundo carne.

Esprito X Carne (5-17)Este trecho apresenta vrios pontos de contraste entre a carne e o Esprito (estude a tabela abaixo).

Carne

Esprito

Os que inclinam para a carne Os que inclinam para o Esprito cogitam das coisas cogitam das coisas carnais (5) espirituais (5) O pendor (inclinao ou tendncia) da carne leva morte (6) Inimizade contra Deus (7) No sujeito lei de Deus (7) No agrada a Deus (8) No pertence a Cristo (9) O pendor do Esprito leva vida e paz (6)

Os fiis esto no Esprito (9) hhh hhh Cristo habita nos fiis (10)

Corpo morto por causa do O esprito vida por causa da justia (10) pecado (10) hhhh O Esprito de Deus ressuscitar o corpo daqueles em que ele habita (11)

Aqueles que vivem segundo a Aqueles que, pelo Esprito, matam os feitos da carne, carne caminham para a morte caminham para a vida (12) (12) hhh Os filhos so guiados pelo Esprito (13)

Aqueles que andam segundo a Os filhos andam segundo o Esprito e gozam intimidade carneso escravos, com Deus (14-16) atemorizados (14) hhh Os filhos de Deus so seus herdeiros, e sero glorificados com Cristo (17)

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Sofrimento e Esperana (Romanos 8:18-25)No versculo 17 (veja o artigo sobre Romanos 8:1-17 na edio anterior), Paulo falou do nosso sofrimento em relao ao sofrimento de Cristo, e tambm em relao esperana da glria. Neste pargrafo, ele desenvolve este tema, confortando os discpulos com o conhecimento do poder ativo de Deus em nossas vidas. Apesar das angstias na vida presente, o servo do Senhor tem esperana e confiana da glria por vir. Considere os contrastes apresentados na tabela abaixo.

A Ardente ExpectativaA expresso "ardente expectativa" usada no versculo 19 vem de uma palavra grega que significa "olhar ou vigiar com a cabea separada (ou com o pescoo estendido)", como uma pessoa olha em grande esperana para a chegada de algum. Se a criao em geral aguarda com tanta expectativa a glria preparada por Deus, como ns devemos nos esforar para alcanar a bno da presena eterna do Senhor!

Mais Que Vencedores! (Romanos 8:2639)Se Deus por ns, quem ser contra ns? (31). O homem precisa de livramento (7:24) que vem somente em Jesus Cristo (7:25). Uma vez resgatado da escravido na carne, anda segundo o Esprito (8:1-4) como um filho e herdeiro de Deus (8:14-17). Ainda depois de receber a grande bno da redeno, os filhos de Deus sofrem num mundo corrompido pelo pecado, esperando com pacincia a libertao final (8:17-25). Na situao atual do discpulo de Jesus, o que Deus faz para ajudar? Lembramos que ele faz muito mais agora para nos levar salvao eterna (5:6-11). Estes ltimos versculos de Romanos 8 nos asseguram que Deus Pai, Filho e Esprito Santo continua ativo para nos proteger e nos salvar.

O Esprito Intercede por Ns (26-27)

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H momentos em que no achamos as palavras para expressar os nossos sentimentos. Se acontece na comunicao entre seres humanos, muito mais quando o homem tenta comunicar com Deus. O Esprito vai alm das palavras para comunicar a Deus o que ns no conseguimos.

Deus D Tudo para Nos Salvar (28-33)Em momentos de angstia, difcil ser otimista. Mas, o servo de Deus pode olhar para alm das dificuldades atuais e confiar na sabedoria do Deus eterno que o ama. Desde a eternidade, ele trabalha para o nosso bem. E ele no mede esforo! Deu seu prprio Filho para nos salvar e obviamente no recusar qualquer outra coisa que seja necessria para a nossa salvao. O terrvel acusador foi expulso da presena de Deus (Apocalipse 12:10), e ningum consegue condenar os herdeiros de Deus.

Jesus Tambm Intercede por Ns (34-39)Jesus morreu, ressuscitou-se e est destra do Pai intercedendo por ns! Ele venceu os inimigos, at a prpria morte. Sabendo do poder ilimitado de Jesus, Quem nos separar do amor de Cristo? (35). Mesmo na hora de ser entregue ao matadouro, o cristo tem a confiana da vitria. Nenhum sofrimento e nenhuma criatura podem nos separar do amor de Cristo. Em todas estas coisas, porm, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou (37).

Deus: Fiel e Justo (Romanos 9:1-18)O captulo 8 nos assegura do poder e do desejo de Deus de salvar o pecador. Como, ento, seria possvel algum israelita, algum do povo escolhido, no ser salvo? Neste captulo, Paulo mostra por que alguns descendentes (segundo a carne) de Abrao seriam perdidos.

Os Judeus Incrdulos (1-5)A condio espiritual de alguns parentes de Paulo causou-lhe dor constante. Se fosse possvel, ele at daria a sua prpria alma para salv-los (1-3). Mas no podemos tomar decises por outros, nem obrigar algum a ser salvo. Os parentes e compatriotas dele eram israelitas. Receberam todas as vantagens dadas por Deus aos judeus. Mesmo assim, no aceitaram a salvao em Cristo (4-5).

Deus No Falhou (6-13)O problema no a palavra de Deus (6). O problema que alguns israelitas no so israelitas! (7). Aqui Paulo faz a mesma distino que encontramos em passagens como Joo 8:39-40,44, Romanos 2:28-29 e Glatas 3:26-29. Israelitas verdadeiras so os descendentes espirituais (da promessa) de Abrao, e no os descendentes segundo a carne (7-8). Deus escolheu os filhos da promessa. Escolheu Isaque e Jac, assim rejeitando Esa (9-13). Nenhum judeu reclamaria porque Deus escolheu um filho (Jac) e rejeitou o outro (Esa). Mas se ele escolher gentios e rejeitar judeus, alguns o acusariam de injustia!

Deus Justo (14-18)

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Deus tem direito de mostrar misericrdia para qualquer um, conforme a sua prpria vontade. Quando ele exerce esse direito, ele continua sendo justo (14-18). Ele no foi injusto por condenar os judeus incrdulos. Estes versculos so facilmente distorcidos para ensinar que Deus simplesmente decidiu condenar alguns e salvar outros, e que a pessoa no pode fazer nada para efetuar a sua prpria salvao. Ironicamente, o contexto argumenta ao contrrio. Ao invs de defender um sistema diferenciado em que Deus salva e condena conforme seu prprio capricho, o argumento de Paulo que ele salva judeus e gentios igualmente. O pecado do homem culpa do homem (3:23), e a morte do homem conseqncia do pecado (5:12). A justia de Deus destruiria todos, se Jesus no tivesse se oferecido para aplacar a ira divina (3:26). Quando Deus mostra a sua misericrdia e salva todos que aceitam o evangelho, ele continua sendo justo. Deus o mesmo e o evangelho um s. A diferena se encontra na reao dos homens mensagem de Deus. Considere a injustia dos prprios judeus. Se Paulo tivesse escrito um livro dizendo que os gentios seriam rejeitados como Ismael, Esa ou o Fara, os judaizantes no teriam nenhuma diferena com ele. Mas quando ele defendeu a salvao dos gentios nos mesmos termos dos judeus, ficaram totalmente revoltados!

Os Vasos de Misericrdia (Romanos 9:19-33)A primeira parte deste captulo mostra que Deus, sendo justo, pode mostrar misericrdia para qualquer homem at para os gentios. Quando Deus, na sua misericrdia, oferecia algumas vantagens grandes aos judeus, eles no reclamaram. Agora que ele oferece bnos espirituais a todos judeus e gentios alguns podem distorcer o sentido da misericrdia e acusar Deus de injustia. Neste trecho, Paulo responde a estas objees. Devemos lembrar do princpio j estabelecido nos primeiros captulos do livro. Se for aplicar apenas a justia de Deus, todos os homens seriam perdidos, pois todos pecaram (3:23) e o pecado leva morte (6:23). Quando se trata de misericrdia, o pecador poupado e no sofre a conseqncia de seu erro, pela bondade no merecida que Deus lhe oferece. Nem judeu nem gentio pode se justificar e satisfazer a justia de Deus. Ambos dependem da graa, da misericrdia, demonstrada no sacrifcio de Jesus, pelo qual Deus se mostra justo e justificador (3:25-26).

O Oleiro e os Vasos (19-29)Aqui Paulo reconhece que algum, na arrogncia humana, poderia culpar Deus por exercer seu direito de mostrar misericrdia. Uma possvel objeo: Se Deus aceita e rejeita quem ele quer, como ele pode condenar algum? No foi o prprio Deus que decidiu tudo? (19). Esta objeo no to diferente da doutrina, muito difundida hoje, da predestinao, que sugere que a salvao e a condenao dos homens dependem somente do capricho de Deus. Pessoas que defendem tais idias precisam ler a repreenso dada aqui por Paulo. Da mesma maneira que o oleiro decide que tipo de vaso fazer, Deus tem todo direito de definir quais pessoas ou grupos de pessoas recebero a sua misericrdia. Quando ele decidiu salvar os crentes (judeus e gentios) e condenar os descrentes (judeus e gentios), ele agiu dentro de sua soberania (20-21). Deus tem direito de determinar a hora para castigar os malfeitores, como tambm para salvar os fiis (22-23). Os cristos, sejam judeus ou gentios, so aqueles que receberam a misericrdia dele (24). Deus fez, na salvao dos gentios, exatamente o que Osias previu na sua profecia (25-26). Osias jamais sugeriu a salvao sem obedincia. Os que receberam a misericrdia de Deus foram os mesmos que se arrependeram e se converteram ao Senhor (Osias 14:1-4). Nessas condies, Deus mostrou a sua misericrdia.

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Quanto aos judeus, Deus salvou o restante que se converteu, e castigaria os outros, que o rejeitaram, exatamente como profetizou Isaas (27-29). Isaas 1:9, citado no versculo 29 aqui, mostra que a justia de Deus teria destrudo todos os judeus. Foram salvos pela graa. Quem depende da graa no pode se queixar da salvao dos outros!

Salvao pela F (30-33)A concluso: - Os gentios no buscavam a salvao, mas alguns a alcanaram pela f (30). - Os judeus buscavam a salvao na lei, mas no a encontraram (31). Por que? Porque a salvao no vem pelas obras da lei. Quando tentaram se salvar pela lei, rejeitaram a salvao em Cristo, a pedra de tropeo (32-33).

Um Povo Rebelde (Romanos 10:1-21)Para os israelitas que procuravam ser justificados pela lei, a justia ficou fora de seu alcance (9:31). Mas em Cristo, a justia chega perto e pode ser alcanada pela f. Paulo deseja a salvao dos israelitas, mas entende que possvel somente por meio de Jesus.

Zelo sem Entendimento (1-4)Paulo no negou a perdio daqueles que confiavam na lei, mas ele queria que todos fossem salvos (1). Os israelitas mostraram zelo por Deus, mas no segundo o entendimento do plano do Senhor. Ao invs de aceitar a justia de Deus, eles procuraram, em vo, estabelecer o seu prprio sistema de justia (2-3). Essa descrio dos judeus se aplica bem a muitas pessoas religiosas hoje. Muitas pessoas zelosas ainda andam conforme doutrinas humanas. Da mesma maneira que os judeus precisavam abrir os seus coraes para examinar as suas crenas, todos ns devemos ser abertos para aprender melhor e mudar as nossas convices para fazer a vontade de Deus. Coraes orgulhosos e mentes fechadas impedem a salvao de muitos. Muitos judeus no compreenderam a relao de Cristo lei. Jesus veio em cumprimento da lei, e apenas aqueles conduzidos a ele sero salvos (4).

A nica Salvao (5-15)Conforme a lei, aquele que praticar a justia viveria, mas ningum (exceto Jesus, claro) alcanou a perfeio sob a lei. Deus enviou Cristo pela graa (5-8). A salvao no depende da obedincia perfeita lei, e sim da f em Cristo (9-11). A nfase neste contexto est na f em Cristo, em contraste com a confiana na lei. Usar este trecho para criar um falso contraste entre a f e a obedincia a Cristo (batismo, etc.) distorcer o sentido e esquecer do contexto. A mesma mensagem salvadora que vale para os judeus tambm vale para os gentios (12-13). questo da natureza de Deus. O mesmo Senhor bondoso oferece a salvao a todos. Homens iguais com pecados iguais merecem a mesma morte. O Senhor oferece um nico meio para salv-los: a f em Cristo.

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A compreenso da natureza universal do evangelho exige que ele seja pregado a todos (1415). Os servos de Deus tm a responsabilidade de divulgar a boa nova.

A f em Cristo (16-21)Se o Criador de todos oferece um nico meio de salvao igualmente a todos, podemos imaginar que todos seriam salvos? No. Porque nem todos reagem ao evangelho do mesmo modo. At o Velho Testamento testemunha a esse respeito (16; veja as citaes dos profetas, salmos e dos livros da Lei nos versculos seguintes). A f cresce somente quando a palavra pregada, e a palavra que precisa ser pregada a de Cristo (17). Todos ouvem a palavra de Deus atravs da criao (18; Salmo 19:4; Romanos 1:18-21). Os israelitas no devem se admirar que Deus tenha oferecido a salvao aos gentios, pois ele falou disso por meio das profecias do Velho Testamento (19- 20). Deus no esqueceu Israel. Os israelitas se mostraram rebeldes e esqueceram de Deus (21).

A Rejeio de Israel (Romanos 11:1-16)Paulo continua a sua explicao da posio dos judeus diante de Deus.

O Remanescente (1-5)Deus no rejeitou os judeus, porque um resto foi salvo. Os judeus no acharam Deus injusto quando rejeitou a maioria na poca do profeta Elias, pois sabiam que os injustos no mereciam estar com Deus. Deus mostrou a sua bondade poupando 7.000 fiis que no serviam aos dolos. Aqueles que mostraram a sua f foram poupados. Em Cristo, os judeus que acreditam em Cristo so salvos. A eleio no foi aleatria, um ato do capricho de Deus. Os eleitos so aqueles que aceitam a palavra de Deus.

A Eleio da Graa (5-10)O remanescente alcanou a salvao pela graa (6). O ponto difcil para os judeus no foi a ideia de eleio em si, pois gozavam a posio de eleitos desde as promessas a Abrao e, mais ainda, desde a libertao do Egito. Eles tropearam em dois pontos: (a) Quem seria eleito (a incluso de gentios em igualdade com judeus), e (b) Qual seria a base da eleio (graa X obras da lei). Paulo divide os judeus em duas categorias (7): (a) A eleio e (b) Os endurecidos. Este contraste mostra que a eleio conforme a resposta do homem, e no pelo capricho de Deus. Ele cita passagens do Velho Testamento para descrever os endurecidos (8-10): Deuteronmio 29:4 fala dos coraes duros, mesmo depois de todas as provas que Deus lhes deu durante 40 anos no deserto; Salmo 69:22-23 fala das atitudes erradas daqueles que crucificaram o Messias. Deus no rejeitou Israel. Israel (com exceo do remanescente) rejeitou Deus.

A Esperana (11-16)Ainda houve esperana pelos judeus que rejeitaram Jesus (11). Da mesma forma que Deus usou a lei para conduzir o homem f, ele usou a rejeio pelos judeus para conduzir muitos salvao (11-12). Quando os judeus rejeitaram a palavra, a porta foi aberta aos gentios. Quando os gentios aceitaram o evangelho, os judeus sentiram cimes (11). Mas a histria no terminou ali. Se a rejeio por parte dos judeus abriu uma oportunidade para os gentios, a volta dos judeus mostraria ainda mais a grandeza da graa de Deus (12). Paulo queria usar o

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exemplo da obedincia dos gentios para incentivar a obedincia de alguns judeus (13-14). Mesmo sendo apstolo aos gentios, ele no esqueceu dos seus compatriotas (cf. 9:1-5). A rejeio pelos judeus trouxe salvao ao mundo? Paulo se refere aqui (15) ao seu prprio ministrio de levar a palavra aos gentios. Quando os judeus o rejeitaram, ele se dedicou pregao aos gentios (cf. Atos 13:46-49; 28:24-29; Romanos 1:16). Como seria maravilhosa a salvao dos judeus (15-16). Duas ilustraes mostram que o povo ainda pode ser aceito: (a) A aceitao das primcias sugere a santificao da massa toda; (b) Se a raiz for santa, os ramos tambm seriam santos. Quem so as primcias ou a raiz aqui? Quando consideramos o argumento maior de Paulo sobre a f de Abrao (veja 4:1 em diante), parece provvel que a raiz seja Abrao e os patriarcas. Ele foi justificado por f. Qualquer outro judeu justificado por f faria parte do ramo santificado. Novamente, o exemplo da f de Abrao oferece esperana a todos!

Quebrados e Enxertados (Romanos 11:17-36)Uma vez que Paulo defendeu a salvao dos gentios e mostrou que muitos judeus haviam rejeitado Cristo, h perigo de os gentios se acharem superiores aos judeus. Vamos ver os comentrios de Paulo para prevenir a arrogncia entre os crentes gentios.

Ramos Enxertados (17-24)Alguns ramos (judeus) foram quebrados, e ramos bravos (gentios) foram enxertados na mesma oliveira (17). Os novos ramos no tm direito de se orgulhar, pois eles dependem da raiz, e no vice-versa (18). O fato de serem enxertados no sugere algum mrito dos gentios e no os coloca acima dos judeus (19). A diferena questo de f, no de mrito: alguns judeus foram quebrados por falta de f e alguns gentios foram enxertados por causa de f (20). Para ficar na oliveira, os gentios teriam que manter o seu temor de Deus. Ele no poupou os judeus incrdulos e rejeitar os gentios se eles se tornarem incrdulos (21). Paulo frisa os dois lados do carter de Deus (22): a severidade para com aqueles que caram e a bondade para com os que crem. Mas essa bondade condicional. Qualquer noo da impossibilidade da apostasia cai aqui. Para alcanar a vida eterna, a pessoa tem de manter a sua f ativa. Se voltar ao pecado, ser cortada da fonte da vida. E agora uma mensagem de esperana. Mesmo aqueles que j rejeitaram Jesus podem mudar e ainda receber a salvao (23). Se no permanecerem na incredulidade, os judeus ainda tero a salvao em Cristo! Uma aplicao: Deixe a porta aberta! Muitas vezes, sentimos frustrados quando ensinamos a palavra e a pessoa no se converte a Cristo. Mesmo depois de ensinar tudo que podemos, devemos deixar a porta aberta. Se a pessoa, futuramente, mudar de idia, ainda pode alcanar a salvao. Se Deus achou lugar para os ramos bravos na oliveira, certamente estaria disposto a enxertar de novo os ramos naturais que se arrependerem (24).

Israel Salvo (25-32)Paulo ainda combate ao orgulho dos gentios, mostrando que a incredulidade dos judeus abriu a porta para eles (25). Assim, todo o Israel ser salvo (26-27). H muitas interpretaes erradas desta frase, por falta de considerao do contexto. Paulo estaria dizendo aqui que todos os judeus carnais ainda sero salvos? O contexto prova que no. Ele j mostrou que Israel no o povo carnal, e sim o povo espiritual (2:28-29; 9:6-8; compare Glatas 3:29). A salvao de judeus seria possvel somente atravs da f deles, como mostram as citaes do Velho Testamento (26-27; veja Isaas 59:20-21, que mostra a salvao daqueles que se

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convertem num contexto que demonstra a culpa dos judeus rebeldes). E os judeus carnais? So inimigos em termos do evangelho, pois o rejeitaram, mas ainda foi atravs deles que Deus cumpriu as promessas aos patriarcas (28-29). A salvao de judeus seria possvel nos mesmos termos da salvao dos gentios: aqueles que deixarem a sua desobedincia e confiarem na misericrdia de Deus sero salvos (30-32).

A Sabedoria Divina (33-36)Tudo isso ainda difcil de compreender? Devemos lembrar que vem de Deus, que muito superior a ns (33-36). Leia Isaas 55:8-9; 40:13-14.

Sacrifcios Agradveis (Romanos 12:1-21)Judeus e gentios so salvos somente pela graa de Deus. Por isso, todos os remidos devem se entregar ao Senhor como sacrifcios vivos e agradveis. Transformados (1-2) A misericrdia de Deus em salvar pecadores exige uma resposta de gratido. O cristo deve se apresentar a Deus como sacrifcio vivo. No deve se conformar com o mundo, pois se transforma pela vontade de Deus. Funes Diferentes (3-8) Os membros de um corpo so diferentes, mas interligados para cooperar para o bem do organismo. Cada membro do corpo de Cristo diferente, mas todos tm seus papis para cumprir. Paulo cita exemplos de alguns dons daquela poca e de outros permanentes, mas o ponto o mesmo: cada um deve usar o que recebeu de Deus para lhe servir, e para servir aos outros membros do corpo. Neste trecho encontramos um princpio importante sobre o nosso servio. No devemos agir com orgulho, nos achando melhores que os outros (3). O mesmo versculo mostra que devemos evitar o outro extremo, de pensar que somos incapazes de fazer algo importante. A abordagem certa uma perspectiva realista e equilibrada: pense com moderao. Mesmo quando reconhecemos a habilidade de fazer alguma coisa, devemos lembrar que dom que Deus nos deu! Servir com Amor (9-21) Este trecho um dos mais prticos da carta aos Romanos. As orientaes dadas aqui vm como aplicao natural dos fatos doutrinrios apresentados nos primeiros onze captulos. Todos os discpulos de Cristo, judeus e gentios, devem as suas vidas misericrdia de Deus. Devemos viver como servos gratos, dedicando-nos ao servio humilde. Observemos algumas caractersticas desta atitude de servo: O amor sincero Sem hipocrisia (9) Cordial e humilde (10,16) Ajudar aos necessitados (13) Simpatia para com os outros (15) Abenoar os inimigos (14,17-21) Procurar viver em paz (18) A justia

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Detestar o mal (9) Apegar-se ao bem (9) O zelo Fervoroso, constante (11) Servir ao Senhor (11) A perseverana Regozijar-se na esperana (12) Paciente (12) Orar com perseverana (12) Pelo amor e pelo sacrifcio de Jesus, o nosso Deus misericordioso nos oferece a vida eterna com ele. Em gratido, devemos nos oferecer como sacrifcios ao Senhor, e como servos humildes dedicados ao povo dele. Esta A boa, agradvel e perfeita vontade de Deus (12:2).

A Dvida do Amor (Romanos 13:1-14)O princpio dominante deste trecho o amor. Paulo falou da importncia do amor antes de oferecer exemplos de como devemos nos portar (12:9-10) e voltar ao mesmo tema em 13:810. Jesus citou o amor nos dois grandes mandamentos, e Paulo o v como a qualidade fundamental em todo o nosso servio a Deus.

Sujeio ao Governo (1-7)O cristo no procura a vingana (12:19-21), pois ela pertence a Deus. Mas ele emprega os governos para trazer a vingana divina contra os malfeitores. Devemos ser submissos ao governo, pois Deus lhe deu seu poder (1; cf. Daniel 4:32; Joo 19:11). Resistir aos governantes desrespeitar a autoridade de Deus (2). O governo deve apoiar os que fazem bem e castigar os que fazem mal. Se fizermos o bem, no teremos motivo para temer (3-4; cf. 1 Pedro 2:13-17). Paulo no afirmou que os governos sejam sempre bons. Ele identifica a funo bsica do governo e, mais ainda, a obrigao do cristo de ser submisso s autoridades. Mesmo quando escreveu esta carta, o imprio romano foi dominado por um dos piores lderes da histria, Nero. Nessa situao, no coube aos cristos se rebelar contra o governo. A vingana pertence a Deus! O governo, com autorizao divina, traz a espada para castigar os malfeitores. Surpreende algumas pessoas encontrar a pena de morte no contexto do amor do Novo Testamento. Lembremos:

O Velho Testamento, tambm, ensinava o amor como a responsabilidade principal, e claramente inclua a pena de morte para os israelitas.

Desde o incio, Deus proibia que os homens matassem um ao outro, mas deu a pena demorte, executada pelos homens, como consequncia do homicdio (Gnesis 9:6). Ele ligou a pena de morte santidade da vida humana.

A voz do sangue no vingado chega a Deus (Gnesis 4:10-11; Isaas 26:21).22

Mesmo no Novo Testamento, Paulo reconheceu o direito do governo de aplicar a pena demorte (Atos 25:11). Deus deu autoridade ao governo. Devemos ser obedientes, pagando impostos e respeitando as autoridades (5-7).

Amor ao Prximo (8-10)O dever primordial do cristo o amor, um fato fundamental para entender as aplicaes dos prximos captulos. Por exemplo, o amor fraternal exige considerao de irmos fracos (cap. 14). Toda a lei de Deus se resume no amor. Adultrio, homicdio, furto, cobia, etc., so atos contra outros que ferem o princpio de amor.

Revestidos do Senhor (11-14)A vida do cristo deve ser vivida no contexto da eternidade. Cada um de ns est se aproximando ao nosso encontro com Deus. No devemos brincar com o pecado, nem praticar as obras das trevas que o mundo faz. Jesus usou apelos bem parecidos com estes quando avisou os judeus do castigo iminente em Lucas 17:26-33. Quem vive despreocupado com a eternidade certamente no estar preparado para o seu encontro com o Senhor.

Respeito entre Irmos (Romanos 14:1-23)Neste captulo, Paulo aplica o amor fraternal convivncia de irmos, quando surgem diferenas.

Acolher os fracos (1-12)Os que se julgam fortes devem acolher os fracos, mas no para discutir opinies (1). As questes que Paulo trata aqui envolvem a conscincia de irmos que ainda no reconhecem determinadas liberdades em Cristo. No so divergncias sobre doutrinas reveladas por Deus. No devemos usar este texto para justificar a cumplicidade no pecado, mas devemos ceder em questes de opinio para no ferir a conscincia de um irmo mais fraco na f. A primeira aplicao: comer carne (2-4). Deus no proibia que o cristo comesse carne (embora proba comer carne oferecida aos dolos Apocalipse 2:14), mas alguns tiveram dificuldade em aceitar esta liberdade. A deciso de comer carne ou no era uma questo particular. A segunda aplicao: fazer distino entre dias (5-6). bem possvel que alguns cristos judeus ainda acharam melhor descansarem no sbado, ou talvez ainda comemoraram alguns dias de festas, possivelmente como feriados nacionais. Paulo ensinou os irmos a tolerarem tais diferenas de conscincia. Nas instrues sobre tolerncia, Paulo diz que devemos: Aceitar o dbil (fraco), mas no para discutir opinies (1). Devemos ensinar as doutrinas bblicas, mas no devemos insistir em defender alguma liberdade no-essencial. Em questes onde Deus no definiu uma nica maneira de agir, respeitar as decises dos outros (3).

Lembrar

que o nosso irmo ,

primeiramente, um servo de Deus e, como tal, ser julgado por Deus (4,10-12). Respeitar a nossa prpria conscincia e, acima de tudo, a vontade de Deus, porque pertencemos ao Senhor na vida e na morte (5-9,12).

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Devemos evitar abusos desse trecho, tais como: questes difceis, alegando serem fracos na f.

Irmos

teimosos recusarem estudar

Aplicar esses princpios (onde h diversas opes lcitas) para tolerar doutrinas ou prticas que vo alm da permisso de Deus. No tolerar diferenas em questes de liberdade pessoal. Insistir em fazer as coisas do nosso jeito quando existem outras opes bblicas. Julgar os outros com base nas nossasopinies.

Conscincia e F (13-23)Aqui, Paulo leva os mesmos princpios adiante, mostrando o perigo de agir de uma maneira que prejudique um irmo. No devemos julgar os irmos, nem devemos fazer com que um deles tropece (13). Mesmo em casos de coisas lcitas, devemos evitar ferir a conscincia do irmo. Se insistir em usar todas as nossas liberdades, o nosso bem pode ser desprezado (1416). A nfase no reino de Deus no a liberdade de comer ou beber alguma coisa, e sim a de participar da justia e alegria no Esprito Santo (17). Quando servimos a Deus, agradamos ao Senhor e aos homens (18). Desta maneira, promo-vemos a paz e a edificao (19). Se insistirrmos em usar as nossas liberdades, sem considerar a conscincia do irmo, estara-mos destruindo a obra de Deus (20-21). melhor abrir mo de algum privilgio do que fazer um irmo tropear. importantssimo mantermos a nossa conscincia limpa diante de Deus, nada fazendo na dvida (22-23).

A Prtica do Amor (Romanos 15:1-21)A primeira parte do captulo 15 continua com as instrues dos captulos anteriores, mostrando a aplicao prtica nas relaes entre irmos. Da mesma maneira que Cristo agiu para agradar a outros e no a si mesmo, ns devemos colocar outros acima de ns, assim demonstrando o verdadeiro amor fraternal.

Edificar o Prximo (1-6)Os fortes devem suportar os fracos (1). Devem mostrar compaixo, compreenso, pacincia e tolerncia para com os irmos que no entendem algumas das liberdades que temos em Cristo. Quando se trata de edificao, devemos agir para agradar e ajudar o nosso prximo, colocando os interesses dele acima dos nossos (2). Jesus deu o perfeito exemplo quando colocou os interesses dos homens pecadores acima de seus prprios (3). Depois de citar a profecia de Salmo 69:9 no versculo 3, Paulo acrescenta um comentrio sobre o valor do Velho Testamento. As Escrituras servem para nos ensinar e nos dar consolao e esperana (4). Embora Paulo tenha mostrado que a Lei do Velho Testamento no salva, e no governa o homem hoje em dia, ele ainda defende a importncia do estudo desta parte das Escrituras. Ns no procura-mos um padro para a igreja no Velho Testamento, mas dele aprendemos muito sobre a importncia da f e obedincia do homem, e sobre o carter de Deus, incluindo a sua fidelidade em cumprir as suas promessas.

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O exemplo de Jesus deve ser aplicado na prtica em nossas vidas, para que possamos levantar uma voz para o glorificar (5-6; compare Joo 17:20-21).

Receber os Outros (7-13)No Esprito de Cristo, quem recebeu pecadores e os fez santos, devemos receber uns aos outros (7). Jesus veio como ministro da circunciso (dos judeus) para cumprir as promessas feitas aos patriarcas (8). Mas essas promessas incluam a salvao dos gentios, tambm! (912). As citaes aqui incluem passagens como Salmo 18:49; 2 Samuel 22:50; Deuteronmio 32:43; Salmo 117:1 e Isaas 11:10. Paulo acrescenta uma orao pedindo gozo, paz e esperana para os irmos romanos (13).

Admoestar com Amor (14-21)Paulo expressa sua confiana na capacidade dos irmos para admoestar uns aos outros, dizendo que eles demonstram: (a) bondade e (b) conhecimento para isso (14). O conhecimento no o suficiente para admoestar algum! Precisamos de conhecimento junto com um esprito de bondade, realmente querendo o melhor para a pessoa corrigida! Paulo explicou o motivo de falar com ousadia. Ele no queria deixar nada impedir o trabalho de Deus entre os gentios (15-16). Paulo se gloriou em Cristo nas coisas de Deus (17-21). Foi Cristo que trabalhou, por intermdio de Paulo, entre os gentios (18). O Esprito Santo confirmou a sua mensagem pelos milagres que Paulo realizou (19). Ele levou a palavra a lugares onde o nome de Cristo, anteriormente, foi desconhecido (20-21).

Cooperando em Cristo (Romanos 15:22 - 16:27)Nos primeiros 11 captulos desta carta, Paulo apresentou argumentos doutrinrios, mostrando a necessidade universal do evangelho. De 12:1 - 15:21, ele deu diversos ensinamentos prticos, destacando a importncia do amor entre irmos. Ele encerra o livro com comentrios sobre seus planos e algumas saudaes pessoais.

Planos de Viagens (15:22-29)A divulgao do evangelho aos gentios em lugares novos impedia a desejada visita de Paulo a Roma (22). Ele achou que a visita seria possvel num tempo prximo (23). Ele queria passar por Roma e ficar algum tempo antes de ir Espanha, mas faria essa viagem depois de voltar para Jerusalm (24-25,28-29). Paulo ia a Jerusalm levar a coleta oferecida pelos irmos da Macednia e da Acaia aos pobres dentre os santos naquela cidade (25-28; cf. Atos 24:17; 1 Corntios 16:1-4; 2 Corntios 8 e 9). Ao invs de ter conflitos entre judeus e gentios, devem reconhecer a sua interdependncia. Espiritualmente, os gentios deviam muito aos judeus. Materialmente, os judeus agora teriam uma dvida aos gentios.

Pedido de Orao (15:30-33)

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Paulo pediu as oraes dos romanos para que pudesse: (a) ser livre dos rebeldes na Judia, (b) fazer seu servio aos irmos com uma boa aceitao e, depois, (c) chegar em alegria a Roma.

Saudaes Finais (16:1-16)No captulo 16, Paulo comenta sobre vrios cooperadores no trabalho do reino, incluindo citaes de oito mulheres. Entre as pessoas citadas: Ele pediu que os irmos apoiassem Febe, que estava indo para Roma. Priscila e qila arriscaram a vida para proteger Paulo e abriam sua casa para as reunies de uma igreja (3-5; veja Atos 18; 1 Corntios 16:19; 2 Timteo 4:19). Andrnico (homem) e Jnias (mulher), parentes de Paulo, foram convertidos antes dele (7). Trifena, Trifosa e Prside: trs mulheres que serviam ao Senhor (12). Paulo acrescentou saudaes de todas as igrejas de Cristo (16). Encontramos aqui um nome ou uma descrio? Alguns grupos religiosos citam este versculo para estabelecer um nome prprio para a igreja (a Igreja de Cristo). uma descrio (as pessoas que pertencem a Cristo), mas nada no Novo Testamento apia a prtica de estabelecer um nome prprio e exclusivo para a igreja.

Cuidado: Perigo (16:17-20)Paulo adverte os irmos sobre o perigo de influncias ms. Mandou que notassem e se afastassem de pessoas que provocavam divises contra a vontade de Deus (17). Tais pessoas so egostas e induzem outros ao erro (18). Paulo queria proteger os romanos, servos obedientes, enquanto esperavam a justia de Deus contra Satans (19-20).

Mais Saudaes (16:21-23)Nestes versculos, Paulo inclui saudaes pessoais deTimteo e outros companheiros.

Orao (16:24-27)Orao de encerramento ao Deus eterno, que agira desde a eternidade para o benefcio dos homens.

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