apostila resoluc¸a~o te´cnico ok - andresan - …§ão de questões fcc 2 resolução de questões...

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www.professorandresan.com.br Resolução de Questões FCC SUMÁRIO PROVA 01 - TRF 3 - 2014 ........................................................................................................... PROVA02 - TRT 12 - 2013 .......................................................................................................... PROVA03 - TRT 15 - 2013........................................................................................................... PROVA04 - TRE RO - 2013 ........................................................................................................ PROVA05 - TRT 2 - 2014............................................................................................................. PROVA 06 - TÉCNICO DO TRABALHO - METRÔ - SP - 2014................................................... PROVA 07 - CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO - 2014....................................................... PROVA08 - TRT9 - 2013.............................................................................................................. GABARITO................................................................................................................................... 04 10 18 24 30 40 46 56 62 1

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Resolução de Questões FCC

SUMÁRIO

PROVA 01 - TRF 3 - 2014 ...........................................................................................................

PROVA02 - TRT 12 - 2013 ..........................................................................................................

PROVA03 - TRT 15 - 2013...........................................................................................................

PROVA04 - TRE RO - 2013 ........................................................................................................

PROVA05 - TRT 2 - 2014.............................................................................................................

PROVA 06 - TÉCNICO DO TRABALHO - METRÔ - SP - 2014...................................................

PROVA 07 - CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO - 2014.......................................................

PROVA08 - TRT9 - 2013..............................................................................................................

GABARITO...................................................................................................................................

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Técnico Judiciário TRF

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Atenção: Para responder às questões de números 1 a 11,

considere o texto abaixo.

Texto I

O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais

luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. As versões

da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.

As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de

extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Medi-

terrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes,

graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos

por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes

submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então

devoravam impiedosamente os tripulantes.

Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida

do canto das sereias? A literatura grega registra duas soluções

vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o in-

comparável gênio da música e da poesia.

Quando a embarcação na qual ele navegava entrou

inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu

impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma música

ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio

atravessou incólume a zona de perigo.

A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para

vencer as sereias foi o reconhecimento franco e corajoso da sua

fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus inesca-

páveis limites humanos.

Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza

para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que

a embarcação se aproximou da ilha, mandou que todos os

tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o

amarrassem ao mastro central do navio. O surpreendente é que

Ulisses não tapou com cera os próprios ouvidos − ele quis ouvir.

Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez

de tudo para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir

juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram fiel-

mente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da

zona de perigo.

Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses,

como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante do

herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de

um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida −

prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar Penélope −, do

outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi

contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante

que ele soube reconhecer em sua própria alma.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)

1. Há no texto

(A) rivalidade entre o mortal Ulisses e o divino Orfeu,cujo talento musical causava inveja ao primeiro.

(B) juízo de valor a respeito das atitudes das sereias em relação aos navegantes e elogio à astúcia de Orfeu.

(C) crítica à forma pouco original com que Orfeu decide enganar as sereias e elogio à astúcia de Ulisses.

(D) censura à atitude arriscada de Ulisses, cuja ousadia quase lhe custou seu projeto de vida.

(E) comparação entre os meios que Orfeu e Ulisses usam para enfrentar o desafio que se apresenta a eles.

_________________________________________________________

2. Depreende-se do texto que as sereias atingiam seus obje-tivos por meio de

(A) dissimulação.

(B) lisura.

(C) observação.

(D) condescendência.

(E) intolerância._________________________________________________________

3. O navio atravessou incólume a zona de perigo. (4o pará-grafo)

Mantém-se o sentido original do texto substituindo-se oelemento grifado por

(A) inatingível.

(B) intacto.

(C) inativo.

(D) impalpável.

(E) insolente.

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4. Doce o caminho, amargo o fim. (3o parágrafo)

A frase acima

(A) contrapõe a natureza singela das sereias à vio-lência do mar.

(B) assinala a vitória de Ulisses sobre o poder mágico das sereias.

(C) descreve a principal consequência do confronto entre Ulisses e as sereias.

(D) introduz a razão pela qual Orfeu venceu o embate contra as sereias.

(E) sintetiza o percurso dos navegantes quando eram seduzidos pelas sereias.

_________________________________________________________

5. O desfecho positivo para a situação enfrentada por Orfeuadveio

(A) de seu talento musical.

(B) do reconhecimento de suas inabilidades.

(C) da ajuda que recebeu de seus tripulantes.

(D) do fato de sua embarcação ser bastante resistente.

(E) do acordo a que ele e as sereias chegaram._________________________________________________________

6. Estão flexionados nos mesmos tempo e modo os verbosque se encontram em:

(A) ... os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar... / ... a escolha diante do herói era clara...

(B) Quando chegou a hora... / As versões da fábula variam...

(C) ... que ele e seus homens não teriam firmeza... / ... que todos os tripulantes tapassem os ouvidos...

(D) ... e fez de tudo para... / ... até que estivessem longe da zona de perigo.

(E) Ulisses sabia que ele e seus homens... / O navio atravessou incólume a zona de perigo.

_________________________________________________________

7. Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a or-dem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona deperigo. (6o parágrafo)

Sem prejuízo para o sentido original e a correção gra-matical, o elemento grifado acima pode ser substituído por

(A) embora.

(B) entretanto.

(C) portanto.

(D) onde.

(E) por isso.

8. As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes.

... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça...

... e fez de tudo para convencer os tripulantes...

Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos gri-fados acima foram corretamente substituídos por um pro-nome, na ordem dada, em:

(A) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes

(B) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes

(C) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los

(D) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los

(E) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los _________________________________________________________

9. Uma redação alternativa para um segmento do texto,mantendo-se a correção gramatical e a lógica, está em:

(A) Remontam às mais luminosas fontes da mitologia eda literatura gregas a imagem do canto das sereias.

(B) As sereias, ninfas de beleza extraordinária, que viviam sozinhas em uma ilha do Mediterrâneo. Tinham o dom de chamar a si os navegantes graças a irresistível melodia do seu canto.

(C) Existem diferentes versões para a fábula das se-reias. Porém, o sentido geral da trama é comum a todas elas.

(D) Os navios nos quais se deixavam atrair por aquela melodia divina, naufragavam. Na medida que batiam nos recifes, eram submersos a beira-mar.

(E) Após os navios que batiam nos recifes submersos da beira-mar, os tripulantes impiedosos, os quais naufragavam, eram devorados pelas sereias.

_________________________________________________________

10. Quando a embarcação na qual ele navegava entrouinadvertidamente no raio de ação das sereias... (4o pará-grafo)

Sem prejuízo para a correção e o sentido original, o segmento grifado acima pode ser corretamente substituído por:

(A) à qual

(B) em que

(C) cuja

(D) a que

(E) da qual

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Atenção: Para responder à questão de número 11, considere também o texto II abaixo.

Texto II

O consultor de empresas americano Herb M. Greenberg chegou à conclusão de que o autoconhecimento é a base do sucesso de profissionais bem-sucedidos. Ele garante que esses profissionais “conseguem compreender a si mesmos e sabem o que fazem de melhor; conhecem exatamente quais são suas fraquezas e seus pontos fortes e por isso se destacam dos demais”.

(Adaptado de: GRINBERG, Renato. A estratégia do olho de tigre. São Paulo: Gente, 2011. p.51)

11. Atente para o que se afirma abaixo.

I. Depreende-se do Texto II que o comentário so-bre profissionais feito pelo consultor citado aplica-se a Ulisses (Texto I), pois foi por meio do autoconhecimento que ele desenvolveu a engenho-sa estratégia que o salvou das sereias.

II. Ao se contrapor o Texto II à fábula das sereias(Texto I), percebe-se que as estratégias realistasde um funcionário de uma empresa nada têm emcomum com as decisões tomadas por Orfeu eUlisses, pois foi a intervenção sobrenatural que mu-dou o curso do destino dos heróis.

III. A atitude de Orfeu não é um exemplo válido para oque se afirma no Texto II sobre profissionaisbem-sucedidos, pois fica evidente que Orfeu nãoconhecia seus pontos fracos.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) II e III. (B) II. (C) I e II. (D) I e III. (E) I.

_________________________________________________________

Atenção: Para responder às questões de números 12 a 14, considere o texto abaixo.

Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos anéis, baseia-se, essencialmente, no que está acontecendo no mundo no momento em que o filme foi feito. Não no futuro ou numa galáxia distante, muitos e muitos anos atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em projeções que nos confor-tam e tranquilizam ao nos oferecer uma adequada distância de tempo e espaço.

Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus piores problemas: desumanização, superpopulação, totalitaris-mo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realidade, mas imagina-se, sonha-se, cria-se outra realidade onde possamos colocar e resolver no plano da imaginação tudo o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial para guiar a lógi-ca interna do gênero, cuja quebra implica o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essencial ao gênero. Parte do poder desse tipo de magia cinematográfica está em concretizar, diante dos nossos olhos, objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs inteligentes. Como parte dessas coisas imaginadas acaba se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de que estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades coletivas futuras.

(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.)

12. Considere:

I. Segundo o texto, na ficção científica abordam-se, com distanciamento de tempo e espaço, questões controversas e moralmente incômodas da socie-dade atual, de modo que a solução oferecida pela fantasia possa ser aplicada para resolver os problemas da realidade.

II. Parte do poder de convencimento da ficção cientí-fica deriva do fato de serem apresentados aoespectador objetos imaginários que, embora nãoexistam na vida real, estão, de algum modo, co-nectados à realidade.

III. A ficção científica extrapola os limites da realidade,mas baseia-se naquilo que, pelo menos em teoria,acredita-se que seja possível.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e II.

(B) I e III.

(C) II e III.

(D) II.

(E) III. _________________________________________________________

13. Sem prejuízo para o sentido original e a correção gramatical,o termo sonhar, em ... a sociedade se permite sonhar seuspiores problemas... (2o parágrafo), pode ser substituído por:

(A) desprezar.

(B) esquecer.

(C) fugir.

(D) imaginar.

(E) descansar. _________________________________________________________

14. O verbo flexionado no singular que também poderia estarcorretamente flexionado no plural, sem que nenhumaoutra alteração fosse feita na frase, está sublinhado em:

(A) Parte do poder desse tipo de magia cinematográficaestá em concretizar...

(B) Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos anéis, baseia-se, essencialmente...

(C) ... tudo o que nos incomoda no cotidiano.

(D) Como parte dessas coisas imaginadas acaba se tornando realidade...

(E) ... a sociedade se permite sonhar seus piores problemas...

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Atenção: Para responder às questões de números 1 a 9, con-sidere o texto abaixo.

Um ano de ausência

A porta aberta, você dava logo de cara com um azulejo

na parede: “Aqui mora um solteiro feliz”. Uma pitada de humor

com um toque popular. Essa graça espontânea que a tudo dá

gosto. Do contrário, a vida é só enfado e mormaço. Era de fato

um solitário. Precisava de ser só. Nisso, sua personalidade era

feita de uma peça só. Incapaz de simulação, ou até, em certos

casos, de uma ponta de hipocrisia que se debita à polidez so-

cial.

Nunca vi solitário de porta tão aberta. Nesse sentido,

falando de Minas, do tempo em que lá viveu, observava o re-

cato, a quase avareza com que os mineiros tratam o forasteiro.

Talvez por isso nunca se esqueceu de um almoço em Caeté,

que lhe deu uma página antológica do ponto de vista das duas

artes − a culinária e a literária. Sendo de um temperamento en-

colhido, sobretudo na mocidade, gostava desse clima de intimi-

dade que cria laços de confiança e amizade para sempre.

À primeira vista, ou de longe, parecia, sim, o que os

franceses chamam de um urso. Sempre metido consigo mesmo,

fabricava o seu próprio mel. Espécie de ruminante, que se ali-

mentava da matula que traz de nascença. Fugia da cilada senti-

mental, ou da emoção, pelo atalho do senso de humor. Sabia

manejar a lâmina da ironia, nunca a usava a seco. Sempre com-

pensada por uma tirada de forte teor humano. Horror ao pedan-

tismo, à afetação. Não impostava a voz, nem a pena.

Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem

sensível à beleza fugaz deste mundo. Na sua relação com a na-

tureza, não havia intermediação de ordem intelectual. O cora-

ção da vida pulsava no seu coração. Era um ser livre e lírico.

Seu claro olhar de sabedoria espiava o Brasil com algum tédio.

País sem jeito, que trata mal as crianças e os pobres. O sen-

timento de justiça sem apelo ideológico. Muito antes do modis-

mo conservacionista, pleiteou a causa do macaco carvoeiro e

de todo e qualquer ser ameaçado. Tinha uma disponibilidade

fundamental para ver e escrever. Um senhor poeta, o cronista

Rubem Braga.

(Adaptado de: Otto Lara Resende. Bom dia para nascer: crô-nicas publicadas na Folha de S.Paulo. São Paulo: Cia. das Letras, 2011, p. 259 e 260)

1. Rubem Braga é caracterizado pelo autor como um

(A) poeta que acabou se tornando cronista, o que fezcom que seu lirismo e sensibilidade dessem lugar à ironia dirigida contra a sociedade e à recusa a agir de acordo com as normas e convenções sociais.

(B) homem tímido e solitário, que não abria mão da fran-queza sob o pretexto de guardar as conveniências, e ao mesmo tempo uma pessoa acolhedora e capaz de amizades duradouras, sendo ainda grande aman-te da natureza.

(C) homem que nasceu em Minas Gerais e detestava os mineiros e um brasileiro que não gostava do Brasil, aspectos de sua personalidade que Otto Lara Resende lamenta, por mais que pudessem ter ori-gem em justas preocupações.

(D) verdadeiro urso, a ponto de viver isolado dos ho-mens, preocupado apenas com a natureza e com a preservação do meio ambiente, tornando-se o gran-de inspirador do movimento conservacionista no Brasil.

(E) homem extremamente engraçado, a ponto de fazer piada da própria solidão, mas que se deixava levar por momentos de tristeza e abatimento ao experi-mentar uma de suas diversas desilusões amorosas.

_________________________________________________________

2. Considerado o contexto, o segmento cujo sentido estáadequadamente expresso em outras palavras é:

(A) se alimentava da matula (3o parágrafo) = se nutria daprovisão

(B) pelo atalho do senso de humor (3o parágrafo) = atra-vés de um muxoxo

(C) tratam o forasteiro (2o parágrafo) = referem-se ao salteador

(D) manejar a lâmina da ironia (3o parágrafo) = lidar com o cortante da blasfêmia

(E) sem apelo ideológico (4o parágrafo) = desprovido de ideias revolucionárias

_________________________________________________________

3. Do contrário, a vida é só enfado e mormaço. (1o parágrafo)

A palavra empregada no texto que tem o mesmo sentidoda grifada na frase acima é:

(A) pedantismo.(B) simulação.(C) tédio.(D) recato.(E) emoção.

_________________________________________________________

4. Se considerarmos a substituição dos elementos grifadospelos elementos entre parênteses ao final da frase, o ver-bo que deverá permanecer no singular está em:

(A) Incapaz de simulação, ou até, em certos casos, deuma ponta de hipocrisia que se debita à polidez so-cial. (das tendências hipócritas)

(B) Seu claro olhar de sabedoria espiava o Brasil com algum tédio. (Seus olhos cheios de sabedoria)

(C) “Aqui mora um solteiro feliz”. (pessoas felizes)

(D) Essa graça espontânea que a tudo dá gosto. (Esses divertimentos espontâneos)

(E) Na sua relação com a natureza, não havia interme-diação de ordem intelectual. (interferências do inte-lecto)

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5. A substituição do elemento grifado pelo pronome cor-respondente, com os necessários ajustes, foi realizada cor-retamente em:

(A) que cria laços = que nos cria (2o parágrafo) (B) Não impostava a voz = Não lhe impostava (3o pará-

grafo) (C) manejar a lâmina = manejá-la (3o parágrafo) (D) tratam o forasteiro = tratam-lo (2o parágrafo) (E) espiava o Brasil = espiava-lhe (4o parágrafo)

_________________________________________________________

6. ... clima de intimidade que cria laços de confiança e ami-zade para sempre.

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está empregado em:

(A) Não impostava a voz, nem a pena. (B) Talvez por isso nunca se esqueceu de um almoço

em Caeté...

(C) Essa graça espontânea que a tudo dá gosto. (D) Era um ser livre e lírico. (E) Fugia da cilada sentimental, ou da emoção, pelo ata-

lho do senso de humor. _________________________________________________________

7. Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem sen-sível à beleza fugaz deste mundo.

A crase empregada acima pode ser corretamente mantida caso, sem qualquer outra alteração da frase, o segmento sublinhado seja substituído por:

(A) muitas formas belas e efêmeras. (B) toda sorte de formas belas e fugazes.

(C) determinada categoria de beleza. (D) efêmera graciosidade das formas.

(E) tudo o que é fugazmente formoso. _________________________________________________________

8. Muito antes do modismo conservacionista, pleiteou a cau-

sa do macaco carvoeiro e de todo e qualquer ser amea-çado.

A transposição para a voz passiva da frase acima resul-tará na forma verbal:

(A) foi pleiteado. (B) pleitearam-se.

(C) era pleiteada. (D) foram pleiteados.

(E) foi pleiteada. _________________________________________________________

9. Fugia da cilada sentimental, ou da emoção, pelo atalho dosenso de humor.

O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima está em:

(A) ... a quase avareza com que os mineiros tratam o fo-rasteiro.

(B) ... você dava logo de cara com um azulejo na pa-

rede... (C) Talvez tivesse qualquer coisa de bicho... (D) ... uma ponta de hipocrisia que se debita à polidez

social.

(E) Nunca vi solitário de porta tão aberta.

Atenção: Para responder às questões de números 10 a 12, considere o texto abaixo.

Sucesso renovado

A previsão inicial de movimentar um público de 45 mil

espectadores foi superada pelo FEMUSC − 8o Festival de

Música de Santa Catarina. Na avaliação final realizada pela

organização, chegou-se ao total de 50 mil e 100 pessoas

durante os 13 dias de realização do evento (20 de janeiro a

2 de fevereiro) nos palcos fixos da programação, no Centro

Cultural de Jaraguá do Sul, e nos espaços alternativos.

Para o diretor executivo do Instituto FEMUSC, o resul-

tado não chega a surpreender. “Estamos satisfeitos com a res-

posta do público, que este ano lotou todas as noites dos con-

certos, nos teatros da Sociedade Cultura Artística, mas também

marcou presença em outros ambientes do Centro Cultural”, as-

sinala.

Para o próximo, a organização já prevê mudanças no

sentido de oferecer maior comodidade ao público, seguindo

uma evolução natural do Festival. Estas inovações serão discu-

tidas ao longo do desenvolvimento da nona edição, cuja data

de realização já foi definida para o período de 19 de janeiro a

1o de fevereiro de 2014 − as inscrições para as turmas de alu-

nos serão abertas no dia 15 de agosto deste ano.

(Adaptado de: Ronaldo Corrêa, 07/02/2013, disponível em www.femusc.com.br/2013/02/07/sucesso-renovado/)

10. A afirmação que está de acordo com o que informa otexto é:

(A) O 8o Festival de Música de Santa Catarina teve um público muito maior do que aquele inicialmente es-perado pelos organizadores do evento, que foram pegos de surpresa.

(B) O 8o Festival de Música de Santa Catarina trans-correu sem surpresas, pois o público foi exatamente aquele que era esperado pelos organizadores do evento.

(C) As mudanças previstas para o próximo Festival de Música de Santa Catarina, que já estão em discus-são, incluem grande aumento do público presente nos concertos.

(D) O 8o Festival de Música de Santa Catarina teve um público maior do que aquele esperado pelos organi-zadores, fato que, entretanto, não foi capaz de sur-preendê-los.

(E) A 8a edição do Festival de Música de Santa Catarina foi marcada por reclamações relacionadas à comodi-dade do público presente nos concertos.

_________________________________________________________

11. O emprego das aspas no 2o parágrafo indica:

(A) síntese das ideias principais do texto.

(B) citação das palavras de outra pessoa.

(C) ressalva ao que foi dito anteriormente.

(D) realce irônico atribuído ao segmento.

(E) valor particularmente significativo da expressão.

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12. Estas inovações serão discutidas ao longo do desenvolvi-

mento da nona edição, cuja data de realização já foi de-

finida...

Mantém-se a correção da frase acima caso, sem qualqueroutra alteração, os segmentos grifados sejam substituídos,respectivamente, por:

(A) de cuja − foi dada notícia

(B) na qual − se divulgou

(C) a cuja − foi noticiada

(D) pela qual − foi feita divulgação

(E) a qual − se noticiou _________________________________________________________

13. O diretor artístico ressalta a qualidade que o Festival al-

cançou em sua oitava edição, e diz que o projeto pedagó-

gico, a exemplo dos anos anteriores, ...... grandes talen-

tos. Segundo ele, há alunos que ...... ao FEMUSC com o

objetivo específico de serem ouvidos pelos mestres e as-

sim poderem concorrer a bolsas. O diretor artístico estima

que, somados os valores das bolsas dos mais de 30 alu-

nos do FEMUSC, ...... a algo em torno de 3 a 4 milhões de

dólares.

(Adaptado de: Ronaldo Corrêa, 07/02/2013, www.femusc.com.br /2013/02/07/sucesso-renovado/)

Preenchem corretamente as lacunas do texto acima, na ordem dada:

(A) mostrou − vem − chega-se

(B) mostraram − vem − chegam-se

(C) mostrou − vem − chegam-se

(D) mostraram − vêm − chega-se

(E) mostrou − vêm − chega-se _________________________________________________________

Atenção: Para responder às questões de números 14 a 20, considere o texto abaixo.

O estilo é o modo particular com que um compositor or-

ganiza suas concepções e fala a linguagem de sua arte. Essa

linguagem musical é o elemento comum a compositores de uma

determinada escola ou época. Certamente as fisionomias musi-

cais de Mozart e Haydn são bem conhecidas, e esses composi-

tores estão obviamente vinculados um ao outro, embora seja fá-

cil aos que estão familiarizados com a linguagem do período

distingui-los.

A indumentária que a moda prescreve aos indivíduos

de uma mesma geração impõe a seus usuários um modelo es-

pecial de gestos e uma determinada postura que são condicio-

nados pelo corte das roupas. Da mesma maneira, a indumen-

tária musical utilizada por uma época deixa sua marca na lin-

guagem e, em sentido figurado, no gestual dessa música, assim

como na atitude do compositor em relação ao material sonoro.

Esses elementos são fatores imediatos na massa de detalhes

que nos ajudam a determinar como se formam o estilo e a lin-

guagem musical.

O que se denomina estilo de uma época resulta de

uma combinação de estilos individuais, uma combinação domi-

nada pelos métodos dos compositores que exerceram influência

preponderante em seu tempo.

Podemos notar, voltando ao exemplo de Mozart e

Haydn, que eles se beneficiaram da mesma cultura, beberam

nas mesmas fontes, e aproveitaram as descobertas um do

outro. Cada um deles, entretanto, efetua um milagre totalmente

pessoal.

(Adaptado de: Igor Stravinsky. Poética musical em 6 lições. Trad. de Luiz Paulo Horta. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996. p. 70)

14. De acordo com o texto,

(A) o estilo de um compositor, sem deixar de ser origi-nal, está intimamente ligado ao estilo da época em que viveu, que por sua vez é constituído pela reu-nião dos estilos individuais dos principais composi-tores do período.

(B) a produção de compositores contemporâneos pode ser tão semelhante que se torna difícil, mesmo para os especialistas, diferenciar o que foi criado por um grande compositor e o que foi criado por um com-positor menor do mesmo período.

(C) Haydn e Mozart só teriam se tornado grandes com-positores por terem sido beneficiados pela riqueza cultural do período em que viveram, o que é compro-vado pela presença na música de ambos das mes-mas fontes que os teriam inspirado.

(D) o estilo de época impõe-se indistintamente a todos os compositores de um determinado período, e inde-pende da vontade de cada um deles o fato de, por um verdadeiro milagre, encontrarmos em sua músi-ca marcas pessoais e intransferíveis.

(E) a composição musical de cada época está inextrica-velmente ligada à produção da moda do mesmo pe-ríodo, o que faz com que as duas artes, a indumen-tária e a musical, não possam ser compreendidas uma sem a outra.

_________________________________________________________

15. O estilo é o modo particular com que um compositor or-

ganiza suas concepções e fala a linguagem de sua arte.

(1o parágrafo)

De acordo com o contexto, os elementos grifados na frase acima têm, respectivamente, o sentido de:

(A) especial − inspirações

(B) oculto − composições

(C) singular − ideias

(D) habitual − percepções

(E) privativo − influências

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16. A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva

é:

(A) ... com que um compositor organiza suas con-cepções...

(B) ... eles (...) beberam nas mesmas fontes...

(C) ... compositores que exerceram influência...

(D) Cada um deles (...) efetua um milagre totalmente pessoal.

(E) ... a indumentária musical (...) deixa sua marca... _________________________________________________________

17. ... e esses compositores estão obviamente vinculados um

ao outro, embora seja fácil aos que estão familiarizados

com a linguagem do período distingui-los.

Sem qualquer outra alteração da frase, o elemento subli-nhado acima pode ser corretamente substituído por:

(A) de modo que

(B) desde que

(C) ainda que

(D) visto que

(E) à medida que _________________________________________________________

18. Atente para as afirmações abaixo sobre o emprego da vír-gula.

I. Em Certamente as fisionomias musicais de Mozart e Haydn são bem conhecidas... (1o parágrafo), uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois de Certamente, sem prejuízo para o sentido e a correção.

II. Em uma combinação dominada pelos métodos doscompositores que exerceram influência preponde-rante em seu tempo (3o parágrafo), uma vírgula po-deria ser colocada imediatamente depois de com-positores, sem prejuízo para o sentido e a correção.

III. Em Podemos notar, voltando ao exemplo de Mozarte Haydn, que eles se beneficiaram da mesma cultu-ra, beberam nas mesmas fontes, e aproveitaram asdescobertas um do outro (4o parágrafo), a vírgulacolocada imediatamente depois de fontes poderiaser retirada, sem prejuízo para o sentido e a corre-ção.

Está correto o que se afirma em

(A) II, apenas.

(B) III, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I e III, apenas.

(E) I, II e III.

19. O que se denomina estilo de uma época resulta de uma

combinação de estilos individuais, uma combinação domi-

nada pelos métodos dos compositores que exerceram in-

fluência preponderante em seu tempo.

Uma redação alternativa para a frase acima, em que semantêm a correção e a clareza, está em:

(A) A soma de estilos individuais resultam no que sechama estilo de uma época, porém, devem preva-lecer os métodos dos compositores que exerceram mais influência em seu tempo.

(B) O que resulta dos estilos individuais combinados é o que chamamos estilo de uma época, todavia, preva-lecem os métodos dos compositores cuja influência tinha-se conhecimento.

(C) Estilo de uma época é o que designa uma combi-nação de estilos individuais, aonde os métodos dos compositores definem uma maior influência em seu tempo.

(D) Ao resultado de uma combinação de estilos indivi-duais, na qual prevalecem os métodos dos compo-sitores que exerceram maior influência em seu tem-po, chama-se estilo de uma época.

(E) Uma combinação dos métodos dos compositores que exerceram a maior influência em seu tempo ge-ram estilos individuais que são designados estilo de época.

_________________________________________________________

20. Essa linguagem musical é o elemento comum a compo-

sitores de uma determinada escola ou época.

... embora seja fácil aos que estão familiarizados com a

linguagem do período distingui-los.

Os verbos que estão conjugados na terceira pessoa do sin-gular e nos mesmos tempos e modos em que o verbo “ser”aparece grifado nas frases acima são, respectivamente:

(A) faz − faça

(B) tem − tivesse

(C) pôde − puder

(D) deixe − deixou

(E) saía − saia_________________________________________________________

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Atenção: Considere o texto abaixo para responder às ques-tões de números 1 a 9.

Com alguma surpresa de quem me escuta, desde há al-

gum tempo venho a dizer que cada vez me interessa menos

falar de literatura. Pode parecer isto uma provocação, a atitude

do escritor que, para se tornar mais interessante, lança declara-

ções inesperadas e gratuitas. E não é assim. A verdade é que

duvido mesmo que se possa falar de literatura como duvido,

com mais razões, que se possa falar de pintura ou que se possa

falar de música. É claro que se pode falar de tudo, como se fala

dos sentimentos e emoções, seria absurdo pretender reduzir ao

silêncio aqueles que escrevem, ou aqueles que leem, ou aque-

les que sentem, ou aqueles que compõem música ou que pin-

tam ou que esculpem, como se a obra em si mesma já

contivesse tudo quanto é possível dizer e que tudo o que vem

depois não fosse mais do que interminável glosa. Não é isso.

Acontece, no entanto, que por vezes experimento o desejo de

limitar-me a uma muda contemplação diante de uma obra

acabada, pela consciência que tenho de que, de certa maneira,

nos domínios da arte e da literatura estamos lidando com aquilo

a que damos o nome de inefável. [...]

Quero dizer, não obstante, que antes de começar a

escrever sustentava como uma evidência palmária (por outro

lado nada original) que somos herdeiros de um tempo, de uma

cultura e que, para usar um símile que algumas vezes empre-

guei, vejo a humanidade como se fosse o mar. Imaginemos por

um momento que estamos numa praia: o mar está ali, e conti-

nuamente aproxima-se em ondas sucessivas que chegam à

costa. Pois bem, essas ondas, que avançam e não poderiam

mover-se sem o mar que está por detrás delas, trazem uma

pequena franja de espuma que avança em direção à praia onde

vão acabar. Penso, continuando a usar esta metáfora marítima,

que somos nós a espuma que é transportada nessa onda, essa

onda é impelida pelo mar que é o tempo, todo o tempo que ficou

atrás, todo o tempo vivido que nos leva e nos empurra.

Convertidos numa apoteose de luz e de cor entre o espaço e o

mar, somos, os seres humanos, essa espuma branca brilhante,

cintilante, que tem uma breve vida, que despede um breve

fulgor, gerações e gerações que se vão sucedendo umas às

outras transportadas pelo mar que é o tempo. E a história, onde

fica? Sem dúvida a história preocupa-me, embora seja mais

certo dizer que o que realmente me preocupa é o Passado, e

sobretudo o destino da onda que se quebra na praia, a huma-

nidade empurrada pelo tempo e que ao tempo sempre regressa,

levando consigo, no refluxo, uma partitura, um quadro, um livro

ou uma revolução. Por isso prefiro falar mais de vida do que de

literatura, sem esquecer que a literatura está na vida e que

sempre teremos perante nós a ambição de fazer da literatura

vida.

(SARAMAGO, José. Da estátua à pedra. Belém: ed. ufpa; Lis-boa: Fundação José Saramago, 2013. p. 25-27)

1. No 1o parágrafo, o autor deixa claro que

(A) é possível qualificar com precisão uma obra de arte considerando sua originalidade ou beleza, qualquer que seja a modalidade escolhida por seus autores para manifestar suas ideias.

(B) as verdadeiras obras de arte, principalmente as que compõem a literatura, somente serão assim consi-deradas, se conseguirem esgotar tudo aquilo que se possa dizer sobre a vida humana.

(C) sempre é possível aos artistas, em qualquer área de criação, expor novas ideias e sentimentos em suas obras, pois nenhuma delas deve ser vista como algo completo e definitivamente acabado.

(D) vem se decepcionando com a superficialidade de certas obras de arte, não só as que compõem a literatura, pois seus autores se mostram incapazes de revelar os verdadeiros sentimentos humanos.

(E) a criação artística, à semelhança dos sentimentos humanos, supera qualquer tentativa de análise, cabendo, no mais das vezes, uma atitude contemplativa diante de algo por si indescritível.

_________________________________________________________

2. O texto se apresenta como

(A) defesa do necessário respeito à natureza, por ser ela a imagem perfeita dos sentimentos e dos valores em toda a história da humanidade.

(B) depoimento do escritor, de que se depreende que o ser humano constitui sua prioridade absoluta, como objeto da criação artístico-literária.

(C) relato em que o autor expõe as bases da criação ar-tística em todas as suas manifestações, defendendo a importância da literatura como registro da história da humanidade.

(D) desabafo em que se dilui certo desencanto com as artes, em geral, por se mostrarem incapazes de reproduzir a totalidade da vida humana.

(E) exposição teórica de algumas formas de expressão artística, inclusive da criação literária, principalmente as que transmitem uma beleza incontestável.

_________________________________________________________

3. É correto afirmar, considerando-se o teor do texto, que

(A) a obra de arte, para ser assim considerada, deve es-gotar em si mesma todas as infinitas possibilidades de criação que constituem a natureza humana, ao longo da história.

(B) a verdadeira arte, por exemplo, de uma pintura, deve despertar no observador sentimentos contraditórios, que vão da admiração à incompreensão.

(C) a vida humana, com suas variadas manifestações a todo tempo e em todos os lugares, constitui matéria fundamental para a criação literária.

(D) a literatura, que reproduz sentimentos humanos, não deve se sujeitar a eventuais definições, pois estas tendem a reduzir a originalidade que a valoriza.

(E) as diversas formas de manifestação artística, exceto a literatura, levam a situações que escapam a uma avaliação crítica mais objetiva.

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4. ... sustentava como uma evidência palmária (por outrolado nada original) que somos herdeiros de um tempo...

O comentário isolado pelos parênteses deve ser entendidocomo

(A) especificação de elementos que devem constituir abase da elaboração de uma obra de arte.

(B) constatação de que a evidência sustentada era de conhecimento geral e amplamente aceita.

(C) citação de interlocutor alheio ao contexto, para facilitar o entendimento da ideia exposta.

(D) reconhecimento do escritor de que sua obra, ao reproduzir a vida, nada tem de particular e diferente.

(E) observação crítica a respeito da presença do senso comum em algumas obras de arte atuais.

_________________________________________________________

5. A verdade é que duvido mesmo que se possa falar deliteratura como duvido, com mais razões, que se possafalar de pintura ou que se possa falar de música.

É claro que se pode falar de tudo, como se fala dos senti-mentos e emoções...

A insistência no emprego do verbo falar, nas afirmativasacima, demonstra

(A) complementaridade entre uma atitude crítica e umposicionamento contemplativo perante uma obra de arte.

(B) atribuição de diferentes sentidos a um único verbo, pois a linguagem de uma obra de arte deve sempre valer-se de imagens originais, que lhe dão valor.

(C) alguma inconsistência nos argumentos de que se vale o autor, que se contradiz na referência às for-mas de expressão de emoções.

(D) intencionalidade em acentuar as diferentes formas de expressão artística e de sentimentos humanos, nem sempre sujeitas a uma interpretação objetiva.

(E) desconsideração a certas criações artísticas que tratam com superficialidade, por vezes, toda a ampli-tude das emoções na vida humana.

_________________________________________________________

6. ... a humanidade empurrada pelo tempo e que ao temposempre regressa, levando consigo, no refluxo, uma parti-tura, um quadro, um livro ou uma revolução.

A imagem criada pela afirmativa acima traduz, em síntese,

(A) a noção de que o tempo deverá assinalar sempre oeterno retorno do ser humano ao início de sua história e de suas primeiras manifestações artísticas.

(B) a incapacidade humana de superar os limites impos-tos pelo tempo, que dificulta a criação de obras de arte que possam ser valorizadas pelas gerações seguintes.

(C) a visão de que o homem, que ocupa um breve ins-tante na história, será sempre um criador, sujeito às influências de sua época.

(D) toda a história da humanidade representada no vai-vém das ondas marítimas que, apesar de sua bele-za, trazem também destruição e dor.

(E) a impotência do ser humano, pequeno diante da força da natureza, em reproduzir com profundidade todas as características de seu tempo.

7. ... que somos nós a espuma que é transportada nessaonda, essa onda é impelida pelo mar que é o tempo, todoo tempo que ficou atrás, todo o tempo vivido que nos levae nos empurra.

Uma redação alternativa para o segmento acima, respei-tando-se o sentido original e mantendo-se a coesão e aclareza, está em:

(A) que nós somos a espuma transportada pela onda,impelida pelo mar − o tempo anterior, vivido em sua totalidade, a nos levar e empurrar.

(B) essa onda, que transporta a espuma, que é todos nós, vai impelindo o tempo − que é o mar − esse que nos leva e empurra, assim como essa espuma.

(C) como somos nós a espuma do tempo levado na onda do mar, a quem este tempo − que vem vivido de muito antes −, está levando e empurrando.

(D) que a espuma que se transporta nessa onda, é ela impelida ao mar − ou seja − o tempo que ficou atrás sendo vivido, nos levando e empurrando.

(E) o mar é o tempo, todo o tempo − atrás e vivido − o qual o mar vai impelindo, nos levando e empurrando, ainda, nessa onda que se transporta.

_________________________________________________________

8. Dentre as possíveis acepções da palavra MAR, encontra-das em dicionários, a que corresponde fielmente à metá-fora marítima criada por Saramago é:

(A) extensão de água salgada, de dimensõesrelativamente limitadas.

(B) conjunto que ondula, se agita, apresenta flutuações.

(C) local próximo à praia, em que é pequena a profundi-dade das águas.

(D) grande extensão, a perder de vista, ou grande quan-tidade de qualquer coisa.

(E) o que absorve, especialmente pelo mistério, pela imensidade.

_________________________________________________________

9. Nos segmentos abaixo, a relação sintático-semântica es-tabelecida entre as orações está indicada corretamenteem:

(A) ... aqueles que escrevem, ou aqueles que leem, ouaqueles que sentem, ou aqueles que compõem mú-sica ou que pintam ou que esculpem... − a con-junção que se repete une segmentos semelhantes que exprimem equivalência de conceitos.

(B) Por isso prefiro falar mais de vida do que de litera-tura... − identifica-se uma condição no exemplo transcrito.

(C) ... não obstante, que antes de começar a escrever... − o segmento se inicia por uma locução que introduz sentido explicativo.

(D) ... para se tornar mais interessante, lança declara-ções inesperadas e gratuitas. − a conjunção introduz noção de comparação entre duas situações dis-tintas, com oposição de sentido.

(E) ... como se a obra em si mesma já contivesse tudo quanto é possível dizer... − o exemplo denota noção de tempo.

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10. Hora de ter saudade

Houve aquele tempo...

(E agora, que a chuva chora,

Ouve aquele tempo!)

(ALMEIDA, Guilherme de. Poesia vária. Cultrix: São Paulo, 3 ed., p.45)

A afirmativa correta, considerando-se o poema acima, é:

(A) A alternância no emprego dos verbos haver, no pre-térito perfeito do indicativo, e ouvir, na forma de imperativo, confere sentido ao título do poema.

(B) A saudade expressa na chuva que chora remete a um tempo passado, embora traga no seu bojo a es-perança de retomada no presente, como a planta que reverdece.

(C) A oposição entre aquele tempo e agora atesta a ma-nutenção de um sentimento que supera todas as intempéries, sobrevivendo ao tempo que passa.

(D) O título do poema traduz certa estranheza, como es-tímulo à leitura, ao sugerir a vivência contida em todo aquele tempo que passou naturalmente.

(E) A repetição da expressão aquele tempo cria inten-cionalmente uma ambiguidade de sentidos dentro do poema, relacionando-a com a hora a que se faz re-ferência no título.

_________________________________________________________

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Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 1 a 8.

"Temos de agir agora para evitar o pior", comentou o

agrônomo Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa, ao

apresentar as conclusões de um dos capítulos do primeiro

relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas − PBMC.

Os pesquisadores esperam que as informações sirvam para

nortear a elaboração e a implantação de políticas públicas e o

planejamento das empresas.

Os desafios apontados no relatório são muitos. Ele in-

dica que as consequências da elevação da temperatura média

global serão dramáticas no Brasil. De acordo com os modelos

computacionais de simulação do clima, a agricultura será o

setor mais afetado, por causa das alterações nos regimes de

chuva. "Mesmo que a quantidade de chuva fique inalterada, a

disponibilidade de umidade do solo deve diminuir, em conse-

quência da elevação da temperatura média anual, que intensifica

a evapotranspiração", diz outro especialista. Segundo ele, esse

fenômeno deve prejudicar os cultivos agrícolas em regiões onde

a escassez de água é constante, como o semiárido nordestino.

Uma provável consequência da redução da produ-

tividade agrícola e da área de terras aptas à agricultura é a

queda na renda das populações, intensificando a pobreza e a

migração da área rural para as cidades que, por sua vez, deve

agravar os problemas de infraestrutura (habitação, escola,

saúde, transporte e saneamento).

Os efeitos na agricultura já podem ser dimensionados.

"De 1990 a 2010, a intensidade da precipitação dobrou na

região do cerrado", diz Assad, "e o padrão tecnológico atual da

agricultura ainda não se adaptou a esses novos padrões".

Agora, segundo ele, torna-se imperioso investir intensivamente

em sistemas agrícolas consorciados, e não somente na pro-

dução agrícola solteira, de modo a aumentar a fixação biológica

de nitrogênio, reduzir o uso de fertilizantes e aumentar a rotação

de culturas. "Temos de aumentar a produtividade agrícola no

Centro-Oeste, Sudeste e Sul, para evitar a destruição da Ama-

zônia. A reorganização do espaço rural brasileiro agora é

urgente."

Cheias e secas mais frequentes e intensas devem causar

uma redução na produção agrícola também por outra razão.

Pesquisadores da Embrapa concluíram que algumas doenças −

principalmente as causadas por fungos − e pragas podem se

agravar em muitas culturas analisadas, em decorrência da

elevação dos níveis de CO2 do ar, da temperatura e da radiação

ultravioleta, acenando com a possibilidade de aumento de

preços e redução da variedade de cereais, hortaliças e frutas.

Cheias e secas devem também alterar a vazão dos rios

e prejudicar o abastecimento dos reservatórios das hidrelétricas,

acelerar a acidificação da água do mar e reduzir a biodiver-

sidade dos ambientes aquáticos brasileiros. A perda de biodi-

versidade dos ambientes naturais deve se agravar; alguns já

perderam uma área expressiva − o cerrado, 47%, e a caatinga,

44% − a ponto de os especialistas questionarem se a recupe-

ração do equilíbrio biológico característico desses ambientes

seria mesmo possível.

(Adaptado de: FIORAVANTI, Carlos. Revista FAPESP, agosto de 2013, p. 23 e 24)

1. A afirmativa correta, condizente com o teor do texto, é:

(A) Novos padrões de tecnologia vêm sendo atualmenteimplantados em áreas agrícolas, especialmente no cerrado, como medida tomada por empresas e pelo governo para diminuir os prejuízos à produção de alimentos, previstos em relatório sobre mudanças climáticas no Brasil.

(B) O conteúdo de um relatório, que traz algumas con-clusões sobre mudanças climáticas, induz à neces-sidade de tomada de decisões e de medidas, dire-cionadas para as políticas agrícola, industrial e urba-na, tanto em âmbito governamental quanto no pri-vado.

(C) Especialistas em eventos climáticos e suas conse-quências, principalmente secas na região nordes-tina, propõem políticas públicas de prevenção aos riscos a que está sujeita a produção agrícola bra-sileira, no sentido de garantir alimentos necessários à população.

(D) A redução dos prejuízos causados ao cultivo diver-sificado de alimentos nas áreas sujeitas a períodos intensos de seca exige a expansão das áreas des-tinadas à agricultura, atingindo, inclusive a região amazônica.

(E) Estudos recentes buscam desenvolver tecnologia voltada para as características da agricultura brasi-leira, com áreas em regiões sujeitas tanto a secas prolongadas quanto a cheias catastróficas, para evi-tar comprometimento da produção de alimentos, com consequente elevação de preços.

_________________________________________________________

2. Infere-se corretamente do texto, especialmente do queconsta do 4o parágrafo: (A) As conclusões dos especialistas apontam para a

necessidade de buscar-se a sustentabilidade na pro-dução agrícola, como forma de minimizar os efeitos provocados por eventos climáticos extremos.

(B) As medidas tomadas em relação à ocorrência de eventos climáticos extremos ainda não surtiram os efeitos benéficos referentes à agricultura brasileira, previstos nas conclusões de especialistas.

(C) A ocorrência de eventos climáticos extremos tem-se concretizado no país, resultando em amplo desen-volvimento tecnológico destinado especialmente a ampliar a agricultura em todo o território nacional.

(D) O descontrole de doenças que atingem algumas plantações, especialmente no cerrado, tem tornado a Amazônia uma das soluções prioritárias para a ampliação da produção agrícola no país.

(E) Os resultados apresentados têm sido determinantes no sentido de diminuir os prejuízos da agricultura brasileira, apesar da ocorrência de cheias e secas frequentes em algumas regiões.

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3. O texto deixa evidente que os pesquisadores se preo-cupam, especialmente, com

(A) a necessidade de investir em obras de infraestrutura nas cidades, pouco preparadas para atender ao ele-vado número de migrantes que as procuram.

(B) a possibilidade, que se torna cada vez mais real, de a população vir a sofrer ciclos de fome, com a re-dução da oferta de produtos agrícolas.

(C) a impossibilidade de controle de doenças que vêm afetando a produção agrícola, trazendo prejuízos para a preservação ambiental.

(D) a ausência de investimentos em tecnologia des-tinada a melhorar as condições do ambiente aquá-tico brasileiro, cada vez mais ácido e reduzido.

(E) os problemas ambientais resultantes da elevação da temperatura, que põem em risco a biodiversidade brasileira, já extremamente comprometida.

_________________________________________________________

4. Segundo ele, esse fenômeno deve prejudicar os cultivosagrícolas em regiões onde a escassez de água é cons-tante, como o semiárido nordestino. (final do 2o pará-grafo)

É correto concluir da expressão grifada acima que

(A) a tecnologia deverá ser o instrumento a ser adotadopor órgãos responsáveis pela produção agrícola, para diminuir os efeitos prejudiciais da elevação da temperatura mundial.

(B) a simulação do clima por computadores deverá ser o instrumento ideal para prever a ocorrência de even-tos climáticos extremos, evitando suas consequên-cias catastróficas para a agricultura.

(C) o clima da região nordestina deverá ser tomado co-mo estudo para ampliar o fornecimento de água e, dessa forma, corrigir a aridez do solo, que impede produção maior de alimentos.

(D) o aumento da temperatura e a escassez de água em algumas regiões brasileiras propiciam a aridez do solo, resultando na redução da quantidade de pro-dutos agrícolas.

(E) a reorganização das áreas destinadas à agricultura é um dos maiores desafios para os responsáveis pela produção de alimentos destinados a suprir todas as regiões brasileiras.

_________________________________________________________

5. Os segmentos isolados por travessões, no 5o e no 6o pa-rágrafos,

(A) referem-se a dados coletados em estudos atuais que indicam solução de possíveis problemas para a agri-cultura brasileira.

(B) indicam, respectivamente, especificação e enume-ração de fatores determinantes da situação apon-tada em cada um.

(C) apresentam informações de sentido explicativo, em relação ao que consta imediatamente antes de cada um deles.

(D) introduzem, como exemplos, um dado resultante de pesquisas anteriores e a fala de um especialista, respectivamente.

(E) reproduzem comentários de caráter pessoal, como juízos de valor a respeito de algumas conclusões apresentadas no texto.

6. "Mesmo que a quantidade de chuva fique inalterada, adisponibilidade de umidade do solo deve diminuir, emconsequência da elevação da temperatura média anual,que intensifica a evapotranspiração", diz outro espe-cialista. (2o parágrafo)

Redigida de modo diverso, mantém-se o sentido original da fala do especialista, com clareza e articulação lógica correta, em:

(A) Tendo-se elevado a temperatura média anual, com a perda de água do solo, a quantidade de chuva permanece ainda sem alteração e ainda mais, a umidade do solo não se mantém disponível.

(B) Contanto que se mantenha a precipitação de chuvas nas áreas destinadas à agricultura, com intensi-ficação da perda de água do solo, haverá uma dimi-nuição, como resultado do aumento da temperatura média anual.

(C) Enquanto que, com a manutenção da quantidade de chuva, o aumento da perda de água é consequência da elevação da temperatura média anual, com intensidade maior no solo.

(D) Ainda que se mantenha a precipitação pluvial, ha-verá diminuição de áreas aptas à agricultura, re-sultante da intensificação da perda de água do solo, devido ao aumento da temperatura média anual.

(E) Sem redução da quantidade de chuva, no entanto, o solo permanece menos úmido, mesmo com o aumento da temperatura média anual, ampliando a perda de água por transpiração.

_________________________________________________________

7. ... que as informações sirvam para nortear a elaboração ea implantação de políticas públicas e o planejamento dasempresas. (1o parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que seencontra o grifado acima está em:

(A) “Mesmo que a quantidade de chuva fiqueinalterada...

(B) ... que as consequências da elevação da tempe-ratura média global serão dramáticas no Brasil.

(C) "De 1990 a 2010, a intensidade da precipitação dobrou na região do cerrado"...

(D) Pesquisadores da Embrapa concluíram que algumas doenças...

(E) ... se a recuperação do equilíbrio biológico carac-terístico desses ambientes seria mesmo possível.

_________________________________________________________

8. Nos segmentos adaptados do texto, a concordância verbale nominal está correta apenas em:

(A) Os cultivos agrícolas em algumas regiões, como o semiárido nordestino, será prejudicado pela eleva-ção da temperatura média anual.

(B) Existe muitos desafios apontados no relatório.

(C) Uma das prováveis consequências da redução de terras aptas à agricultura é a queda na renda das populações.

(D) Os atuais padrões tecnológicos da agricultura ainda não se encontra adaptado a essas novas ocor-rências.

(E) Investimentos intensivos em sistemas agrícolas con-sorciados, e não somente na produção agrícola sol-teira, torna-se imperiosos.

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Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 9 e 10.

Muita coisa se poderia fazer em favor da poesia:

a − Esfregar pedras na paisagem.

b − Perder a inteligência das coisas para vê-las. (Colhida em Rimbaud)

c − Esconder-se por trás das palavras para mostrar-se. ............................................

g − Nos versos mais transparentes enfiar pregos sujos, teréns de rua e de música, cisco de olho, moscas de pensão...

h − Aprender a capinar com enxada cega.

i − Nos dias de lazer, compor um muro podre para os caramujos.

(BARROS, Manoel de. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010. p.148 e 149)

9. É correto concluir do texto que o poeta considera

(A) a impossibilidade de se fazer poesia diante dasdificuldades que se encontram cotidianamente, o que seria Aprender a capinar com enxada cega.

(B) a simplicidade das coisas como matéria pronta a ser transformada em poesia mediante a capacidade de Esconder-se por trás das palavras para mostrar-se.

(C) a inutilidade do fazer poético, que pouco acrescenta à vida cotidiana, marcada por imperfeições como a existência de um muro podre para os caramujos.

(D) o conteúdo prosaico e desvalorizado da poesia que pode comprometer a realidade das coisas, ao Es-fregar pedras na paisagem.

(E) a falta de objetivos do fazer poético, que denota a alienação de quem se dispõe a esse propósito, sen-do necessário Perder a inteligência das coisas para vê-las.

_________________________________________________________

10. Considerando-se a forma com que se apresenta o texto, écorreto depreender dele:

(A) avaliação depreciativa da criação artística de algunspoetas que, motivados geralmente por sentimentos de caráter pessoal, se distanciam da realidade, sem-pre passível de se transformar em poesia.

(B) atitude desdenhosa em relação à pequenez de signi-ficado nas coisas do cotidiano que, muitas vezes, são tomadas como elementos poéticos, confun-dindo-se, dessa forma, realidade e imaginação.

(C) posicionamento crítico contra aqueles que tentam criar poesia a partir de situações diárias e de objetos triviais, não condizentes com a criação poética, baseada principalmente na beleza e na perfeição.

(D) desencanto pessoal perante a constatação de uma realidade triste e imperfeita, incapaz de despertar emoções que conduzam à produção artística re-criada por palavras que deem sentido a essa emo-tividade.

(E) natureza instrutiva, no sentido de que é importante perceber a poesia em tudo aquilo que está à nossa volta e recriar esse universo, transfigurando-o e apresentando-o de modo particular.

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Instruções: Para responder às questões de números 1 a 7, considere o texto a seguir.

Reduzido a um clique

1

5

10

15

20

25

30

RIO DE JANEIRO − A notícia é alarmante: "Amazon

se prepara para vender livros físicos no Brasil". O alarme

não se limita à iminente entrada da Amazon no mercado

brasileiro de livros − algo que lembrará o passeio de um

brontossauro pela Colombo.

A ameaça começa pela expressão "livros físicos". É

o que, a partir de agora, o diferenciará dos livros digitais.

Pelos últimos mil anos, dos manuscritos aos

incunábulos e aos impressos a laser, os livros têm sido

chamados de livros. Nunca precisaram de adjetivos para

distingui-los dos astrolábios, das guilhotinas ou das

cenouras. Quando se dizia "livro", todos entendiam um

objeto de peso e volume, composto de folhas encader-

nadas, protegidas por papelão ou couro, nas quais se

gravavam a tinta palavras ou imagens.

Há 200 anos, os livros deixaram de ser privilégio das

bibliotecas públicas ou particulares e passaram a ser

vendidos em lojas especializadas, chamadas livrarias.

Desde sempre, as livrarias se caracterizaram por

estantes altas, vendedores atenciosos, uma atmosfera

de paz e a ocasional presença de um gato. Foi nelas

que leitores e escritores aprenderam a se encontrar e

trocar ideias, gerando uma emulação com a qual a

cultura teve muito a ganhar.

A Amazon dispensa tudo isso. Ela vende livros

"físicos", mas a partir de um endereço imaterial − nada

físico −, acessível apenas pela internet. Dispensa as

livrarias. Se você se interessar por um livro (certamente

recomendado por uma lista de best-sellers), basta o

número do seu cartão de crédito e um clique. Em dois

dias, ele estará em suas mãos − e a um preço mais em

conta, porque a Amazon não tem gastos com aluguel,

escritório, luz, funcionários humanos e nem mesmo a

ração do gato.

35 Com sorte, os livros continuarão "físicos".

Mas os leitores correm o risco de ser reduzidos a um

número de cartão de crédito e um clique.

(CASTRO, Ruy, Folha de S.Paulo, opinião, 7 de ag. de 2013. p. A2)

Observações: 1. brontossauro / espécie de dinossauro;

2. Colombo / tradicional confeitaria do Rio de Janeiro, comsua refinada arquitetura e mobiliário, seus requintadoscristais e jogos de porcelana, hoje patrimônio cultural eartístico da cidade;

3. incunábulo / livro impresso que data dos primeirostempos da imprensa (até o ano de 1500).

1. O modo como o autor desenvolve seu texto sobre a no-tícia citada

(A) legitima a hipótese de que defende a busca de lucro pelos empresários ligados à indústria dos livros físi-cos, como o atesta o segmento a Amazon não tem gastos com aluguel, escritório, luz, funcionários hu-manos e nem mesmo a ração do gato.

(B) justifica que se considerem como marcados pelo tom da ironia os segmentos (certamente recomendado por uma lista de best-sellers) e Com sorte, os livros continuarão "físicos".

(C) revela sua indiferença pelas bibliotecas públicas ou particulares e a consideração que tem pelas livra-rias, como se observa no segmento Há 200 anos, os livros deixaram de ser privilégio das bibliotecas pú-blicas ou particulares e passaram a ser vendidos em lojas especializadas, chamadas livrarias.

(D) explica o tom alarmante nele impresso, reconhecí-vel, por exemplo, nos segmentos A notícia é alar-mante: "Amazon se prepara para vender livros fí-sicos no Brasil e A Amazon dispensa tudo isso.

(E) atesta o tom didático do texto, centrado em divulgar a história do livro e seduzir leitores, como se nota em Pelos últimos mil anos, dos manuscritos [...] aos impressos a laser, os livros têm sido chamados de livros e Se você se interessar por um livro [...], basta o número do seu cartão de crédito e um clique.

_________________________________________________________

2. Considerado os primeiro e segundo parágrafos, é corretoafirmar:

(A) Em É o que, a partir de agora, o diferenciará dos livrosdigitais, a retirada da primeira vírgula é opção que não contraria as normas gramaticais.

(B) Em É o que, a partir de agora, o diferenciará dos livros digitais, o uso do pronome destacado está cor-reto, pois retoma a expressão o mercado brasileiro de livros.

(C) As aspas em "Amazon se prepara para vender livros físicos no Brasil" constituem recurso linguístico para evidenciar que a frase não é da autoria de Ruy Castro.

(D) Em A notícia é alarmante: "Amazon se prepara para vender livros físicos no Brasil", os dois-pontos equivalem a "pois".

(E) A palavra destacada em a partir de agora indica que o autor toma como ponto de referência o exatoinstante em que a Amazon passará a vender livros físicos no Brasil.

Técnico JudiciárioÁrea Administrativa

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Resolução de Questões FCC

3. Nunca precisaram de adjetivos para distingui-los dos astrolábios... (3o parágrafo)

A forma pronominal acima, em negrito, será também encontrada em uma das frases abaixo, quando o termo nela sublinhado forsubstituído pelo pronome que lhe corresponde. Essa frase é:

(A) Sabia que os nadadores estariam lá e realmente chegou a encontrar os rapazes.

(B) Reconheceram o valor do auxiliar e indicaram o jovem para promoção.

(C) Convocou todos os funcionários para agradecer a eles a especial colaboração.

(D) O sagaz lutador tem enfrentado seu adversário com coragem.

(E) Viu o filho da vizinha e não cumprimentou o menino pelo seu aniversário.

4. Comentário adequado sobre aspecto do texto encontra-se na seguinte alternativa:

(A) (linha 16) Se, em vez de Há 200 anos, a formulação fosse "Deveriam fazer uns duzentos anos,”, as orientações dagramática normativa estariam respeitadas.

(B) (linha 25) Transposta a frase A Amazon dispensa tudo isso para a voz passiva, tem-se a seguinte forma "Tudo isso será dispensado pela Amazon".

(C) (linhas 2 a 4) Em O alarme não se limita à iminente entrada da Amazon no mercado brasileiro de livros, o acento indicativo da crase está corretamente empregado, assim como o está em "Pediu àquela velha amiga que lhe emprestasse o livro de edição já esgotada".

(D) (linhas 4 e 5) A analogia estabelecida em algo que lembrará o passeio de um brontossauro pela Colombo revela o traço comum aos elementos comparados, a “iminência”.

(E) (linhas 23 e 24) O segmento gerando uma emulação com a qual a cultura teve muito a ganhar exemplifica o emprego do gerúndio com valor causal.

5. É correta a seguinte informação: (A) (linhas 6 e 25-26) Nas frases A ameaça começa pela expressão "livros físicos" e Ela vende livros "físicos", nota-se distinta

colocação das aspas, grafia que exigiria uniformização, pois não haveria prejuízo de matiz algum de sentido.

(B) (linhas 23 e 24) Em gerando uma emulação com a qual a cultura teve muito a ganhar, a substituição do segmentodestacado por "que" preserva a correção e o sentido originais.

(C) (linhas 16 e 17) Em Há 200 anos, os livros deixaram de ser privilégio das bibliotecas públicas ou particulares, o sentido daexpressão destacada sinaliza, por uma questão de lógica, a presença de uma ideia não explícita na frase.

(D) (linhas 33 e 34) No contexto, o segmento nem mesmo a ração do gato revela que, para o autor, a Amazon teria de assumirgastos com esse item, ainda que não o fizesse com aluguel, escritório etc.

(E) (linha 33) Não havendo no texto a construção de algum sentido que justifique o emprego da expressão, a caracterizaçãode funcionários − humanos −, com evidente redundância de informação, deve ser considerada inadequação de linguagem.

6. A construção destacada que, devido ao tempo e modo verbais empregados, expressa fato iniciado no passado e que seprolonga até o momento em que se fala é:

(A) Pelos últimos mil anos, dos manuscritos aos incunábulos e aos impressos a laser, os livros têm sido chamados de livros.(3o parágrafo)

(B) Com sorte, os livros continuarão "físicos". (último parágrafo)

(C) ...todos entendiam um objeto de peso e volume, composto de folhas encadernadas, protegidas por papelão ou couro. (3o parágrafo)

(D) Foi nelas que leitores e escritores aprenderam a se encontrar e trocar ideias. (4o parágrafo)

(E) ...leitores e escritores aprenderam a se encontrar. (4o parágrafo)

7. Quando se dizia "livro", todos entendiam um objeto de peso e volume, composto de folhas encadernadas, protegidas porpapelão ou couro, nas quais se gravavam a tinta palavras ou imagens. (3o parágrafo)

A expressão acima destacada é equivalente à sublinhada na seguinte frase:

(A) O livro de onde retirei a citação está emprestado.

(B) As janelas sob as quais foram gravadas as cenas eram pintadas de verde.

(C) As folhas rubricadas, as quais entreguei à secretária, foram anexadas ao prontuário.

(D) As urnas em que foram depositados os votos foram lacradas pela diretoria do clube.

(E) Os rapazes de quem foram gravados os depoimentos foram entrevistados ontem.

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Resolução de Questões FCC4

Instruções: Para responder às questões de números 8 a 13, considere o texto a seguir.

1

5

10

15

20

25

30

35

Para ver uma cidade não basta ficar de olhos aber-

tos. É preciso primeiramente descartar tudo aquilo que

impede vê-la, todas as ideias recebidas, as imagens pré-

constituídas que continuam a estorvar o campo visual e

a capacidade de compreensão. Depois é preciso saber

simplificar, reduzir ao essencial o enorme número de

elementos que a cada segundo a cidade põe diante dos

olhos de quem a observa, e ligar os fragmentos espa-

lhados num desenho analítico e ao mesmo tempo uni-

tário, como o diagrama de uma máquina, com o qual se

possa compreender como ela funciona.

A comparação da cidade com uma máquina é, ao

mesmo tempo, pertinente e desviante. Pertinente porque

uma cidade vive na medida em que funciona, isto é,

serve para se viver nela e para fazer viver. Desviante

porque, diferentemente das máquinas, que são criadas

com vistas a uma determinada função, as cidades são

todas ou quase todas o resultado de adaptações suces-

sivas a funções diferentes, não previstas por sua funda-

ção anterior (penso nas cidades italianas, com sua his-

tória de séculos ou de milênios).

Mais do que com a máquina, é a comparação com o

organismo vivo na evolução da espécie que pode nos

dizer alguma coisa importante sobre a cidade: como, ao

passar de uma era para outra, as espécies vivas

adaptam seus órgãos para novas funções ou desapa-

recem, assim também as cidades. E não podemos es-

quecer que na história da evolução toda espécie carrega

consigo características que parecem de outras eras, na

medida em que já não correspondem a necessidades

vitais, mas que talvez um dia, em condições ambientais

transformadas, serão as que salvarão a espécie da ex-

tinção. Assim a força da continuidade de uma cidade

pode consistir em características e elementos que hoje

parecem prescindíveis, porque esquecidos ou contradi-

tos por seu funcionamento atual.

(CALVINO, Italo. Os deuses da cidade. Assunto encerrado: discurso sobre literatura e sociedade. Trad. Roberta Barni. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 333-334)

8. A comparação entre a cidade e a máquina

(A) relaciona um elemento abstrato e um concreto, mo-tivo pelo qual a semelhança entre eles não pode ser total, o que não impede que a aproximação facilite a análise dos dois.

(B) é um cotejo pertinente e instrutivo, na medida em que a expressão serve para se viver nela e para fazer viver, evidência do traço comum a uma e outra, traduz a funcionalidade de ambas.

(C) tem sua funcionalidade comprometida, quanto a fa-cilitar a compreensão do primeiro termo, quando se considera que a analogia tem um caráter desviante.

(D) ocorre pela aproximação de fatores de natureza complementar, que, ao formarem uma unidade, evi-denciam a identidade dos elementos comparados.

(E) representa uma aproximação de elementos cuja di-ferença permite caracterizar, com ressalvas, o pri-meiro termo, segundo certa perspectiva apresentada pelo autor.

_________________________________________________________

9. O segmento do texto que, em outra formulação, mantém acorreção gramatical e o sentido originais é:

(A) (linhas 19 e 20) não previstas por sua fundação an-terior / não presumidas por sua edificação pre-cedente.

(B) (linhas 29 a 31) na medida em que já não correspon-dem a necessidades vitais / desde que estejam alienadas dos preceitos da vida secular.

(C) (linha 2) É preciso primeiramente descartar tudo aquilo / Em relação a todas aquelas coisas, fazem-se mister prioritariamente abandoná-las.

(D) (linhas 13 e 14) Pertinente porque uma cidade vive na medida em que funciona / Legítima, pois uma cidade existe desde que assegure a prosperidade das pessoas.

(E) (linhas 18 e 19) adaptações sucessivas a funções diferentes / acomodações intermitentes a utilidades distintas.

_________________________________________________________

10. Afirma-se com correção que, no primeiro parágrafo, oautor

(A) expõe a ideia de que é necessário, de modo aparen-temente contraditório, representar numa totalidade as frações correspondentes aos componentes bási-cos e simples de uma cidade, para conseguir com-preendê-la.

(B) propõe que aquele que deseja ver e compreender uma cidade deve guiar-se por desenhos explicativos de como ela se dispõe, esquema concebido por quem conhece como realmente é ou funciona.

(C) rejeita a acepção dicionarizada de que "ver" é "per-ceber pela visão", pois propõe que a compreensão de uma cidade independe da capacidade de per-ceber o mundo exterior pelos olhos.

(D) reitera que, para apropriar-se de uma cidade, há a necessidade de descartar tudo aquilo que impede vê-la, entendida essa expressão como conjunto de coisas que atrapalham, de modo específico, o cam-po visual propriamente dito.

(E) comenta que o processo de compreensão de uma cidade implica a recusa das informações redundan-tes que são oferecidas, segundo a segundo, aos que a observam com o desejo de conhecê-la.

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11. O comentário correto sobre o emprego do sinal de pon-tuação no trecho citado é:

(A) (linhas 23 a 27) pode nos dizer alguma coisaimportante sobre a cidade: como, ao passar de uma era para outra, as espécies vivas ... as cidades / os dois-pontos introduzem a síntese do que foi tratado com mais detalhes anteriormente na frase.

(B) (linhas 29 a 31) parecem de outras eras, na medida em que já não correspondem a necessidades vitais / a vírgula introduz expressão que, em consequência do emprego de na medida em que, expressa ideia de "em conformidade com".

(C) (linhas 20 e 21) (penso nas cidades italianas, com sua história de séculos ou de milênios) / os parên-teses abrigam lembrança cuja presença no texto sugere que elas sejam o exemplo mais expressivo das adaptações referidas.

(D) (linhas 2 a 4) descartar tudo aquilo que impede vê-la, todas as ideias recebidas, as imagens pré-constituídas / a substituição das duas vírgulas por parênteses, seguidos por vírgula, não altera a relação original entre os segmentos.

(E) (linhas 14 e 15) uma cidade vive na medida em que funciona, isto é, serve para se viver nela e para fazer viver / a segunda vírgula, por ser optativa, pode ser retirada sem que haja prejuízo da correção gramatical.

_________________________________________________________

12. Elementos do texto inspiraram as frases abaixo, que, en-tretanto, devem ser consideradas em sua independência.A que está redigida em conformidade com a norma-pa-drão escrita é:

(A) O estudioso já prevera o desaparecimento daquelacidade muitas décadas antes de ela se tornar uma cidade-fantasma.

(B) Em suas considerações, o autor, de certa forma, explica por que aquela célebre cidade desapareceu.

(C) Para conhecer uma cidade não basta os guias com que as empresas de turismo inundam as lojas.

(D) Se alguém se contrapor às ideias do autor do texto, que as combata em espaço próprio para isso.

(E) A máquina de cujo o diagrama podemos nos valer é a mais moderna do lote recém-adquirido pela empresa.

_________________________________________________________

13. Infere-se corretamente do terceiro parágrafo:

(A) traços de uma espécie que se assemelham aos deoutras épocas é mera ilusão de óptica, pois as es-pécies estão em constante evolução.

(B) aspectos de uma cidade são prescindíveis se con-têm organismos que, depois de várias atualizações, não conseguem readquirir sua funcionalidade ori-ginal.

(C) a aproximação da cidade com a máquina é um ar-tifício de raciocínio que nada informa de relevante sobre a primeira.

(D) o juízo acerca da importância de uma característica ou elemento de uma cidade para sua continuidade é sempre relativo, pois envolve contingências.

(E) a história da evolução determina que espécies em extinção serão salvas por componentes obsoletos sempre presentes em indivíduos dessas espécies.

Instruções: Para responder às questões de números 14 a 16, considere o texto a seguir.

1

5

10

15

20

O americano Herbie Hancock, provavelmente o

maior pianista de jazz em atividade, apresentou-se no

Brasil em agosto de 2013. Ele relembra que estava em

lua de mel no Rio, em 1968, quando Eumir Deodato,

compositor e arranjador que havia conhecido em Nova

York, quis lhe apresentar um então novo cantor, Milton

Nascimento. "Quando Milton sentou e começou a tocar

'Travessia', fiquei louco", diz Herbie. "Peguei meu

gravador. Que belas harmonias e melodias! Agora me

pergunta se eu sei onde está essa fita?". Recentemente,

o pianista reviveu aquele encontro casual no Rio de

1968, no dia internacional do jazz, 30 de abril: em

Istambul, apresentou-se com Milton e outros músicos

tocando justamente "Travessia".

A experiência de Hancock no Brasil, em 68, veio

também num momento de travessia em sua carreira.

Tinha acabado de deixar o quarteto de jazz liderado por

Miles Davis (1926-1991), com o qual havia gravado e

feito inúmeros shows, de 1963 a 1968. Ainda que já

tivesse uma carreira solo de sucesso − basta pensar nas

tão celebradas "Watermelon Man" (1962) e "Cantaloupe

Island” (1964) −, sentiu que era a hora de formar seu

próprio grupo.

(Adaptado de: BENEVIDES, Daniel. serafina, Folha de S.Paulo, 2013. p.28)

14. Considere as linhas iniciais do trecho e as afirmações queseguem.

I. No segmento provavelmente o maior pianista de jazz em atividade, a palavra destacada indica que o autor faz uma ressalva quanto à avaliação do mé-rito do artista, considerando-a hipótese pouco pro-vável.

II. No segmento provavelmente o maior pianista dejazz em atividade, a expressão destacada marca oslimites da avaliação do mérito do artista.

III. em Ele relembra que estava em lua de mel [...]quando Eumir Deodato, compositor e arranjadorque havia conhecido em Nova York, quis lhe apre-sentar um então novo cantor, as formas verbaisassinaladas indicam que as ações se deram nomesmo momento do passado.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e II.

(B) II.

(C) III.

(D) I e III.

(E) II e III.

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15. Ainda que já tivesse uma carreira solo de sucesso [...],sentiu que era a hora de formar seu próprio grupo.

Outra redação para a frase acima, iniciada por "Já tinhauma carreira..." e fiel ao sentido original, deve gerar o se-guinte elo entre as orações:

(A) desde que.

(B) de maneira que.

(C) por isso.

(D) mas.

(E) embora._________________________________________________________

16. Afirma-se com correção:

(A) Em A experiência de Hancock no Brasil, em 68, veiotambém num momento de travessia em sua carreira, a palavra destacada foi empregada com o mesmo valor notado em "Isso que estão inventando sobre ele também é demais".

(B) Em apresentou-se com Milton e outros músicos to-cando justamente "Travessia", a palavra destacada está empregada com o mesmo sentido que tem na frase "A pena foi justamente aplicada, considerada a gravidade do crime".

(C) Consideradas as normas da gramática, a forma ver-bal quis está inadequadamente grafada.

(D) O deslocamento da palavra americano, produzindo a forma “Herbie Hancock, provavelmente o maior pia-nista americano de jazz em atividade”, não altera o sentido original da frase.

(E) Consideradas as normas da gramática, o ponto de interrogação, à linha 10, está impropriamente empre-gado.

_________________________________________________________

17. A frase em que as ideias estão expressas de modo claro eem conformidade com a norma-padrão escrita é:

(A) Afirmou, diante as câmeras de várias televisõesdo país, que as ações do governo mais condenam a marginalização do que acolhem os jovens ca-rentes.

(B) Não só a valorização mas igualmente o respeito a seu trabalho lhe moviam na luta por melhores con-dições, motivo que justificou o prêmio tão cobiçado e ganho com orgulho.

(C) A fim de que toda uma geração de jovens não veem a desistir de sonhar mundos melhores, é necessário aos mais velhos abdicar os excessos e rejeitar o consumismo.

(D) Consideradas pela oposição contagens fraudulentas, elas foram logo anuladas, e nova apuração foi mar-cada para o dia imediatamente posterior às de-núncias.

(E) Resolveu dedicar-se ao magistério porque concebia que já a atividade docente por si só exerce uma fun-ção de liderança nata.

18. A frase em que a concordância respeita as regras da gra-mática normativa é:

(A) Procede, por uma questão técnica, segundo os es-pecialistas entrevistados, as medidas divulgadas on-tem, pois a urgência de saneamento é indiscutível.

(B) É bilateral, sem dúvida alguma, os interesses pela exploração desse tipo de negócio, por isso os países envolvidos terão de fazer concessões mútuas.

(C) Cada um dos interessados em participar dos pro-jetos devem apresentar uma proposta de ação e uma previsão de custos.

(D) Acordos luso-brasileiros têm sido recebidos com en-tusiasmo, o que sugere que haverá de serem cum-pridos fielmente.

(E) Quanto mais discussão houver sobre as questões pendentes, mais se informarão, com certeza, os que têm de decidir os próximos passos do processo.

_________________________________________________________

19. Está redigida com clareza e em consonância com as re-gras da gramática normativa a seguinte frase:

(A) Estudantes e professores são entusiastas de ofereceraos jovens ingressantes no curso o compartilhamento de projetos, com que serão também autores.

(B) Queremos, ou não, ele será designado para dar a palavra final sobre a polêmica questão, que, diga-se de passagem, tem feito muitos exitarem em se pronunciar.

(C) Consultaram o juíz acerca da possibilidade de voltar atraz na suspensão do jogador, mas ele foi categó-rico quanto a impossibilidade de rever sua posição.

(D) Vossa Excelência leu o documento que será apre-sentado em rede nacional daqui a pouco, pela voz de Sua Excelência, o Senhor Ministro da Educação?

(E) A reportagem sobre fascínoras famosos não foi nada positiva para o público jovem que estava presente, de que se desculparam os idealizadores do pro-grama.

_________________________________________________________

20. Observadas a regência e a flexão verbal, está correta aseguinte frase:

(A) Medio, sim, seu encontro com esse advogado maisexperiente, pois sei como você está temeroso pelo poder de argumentação do promotor.

(B) Ressentiu-se, com razão, da oposição da prima, e pensou que, se expusesse com calma seus motivos, poderia obter sua concordância.

(C) A casa que, na época, nos instalamos era a que po-díamos pagar, mas tínhamos um pacto: se todos se mantessem firmes em seus empregos, moraríamos melhor.

(D) Aborreceu-se de tanta conferência de abaixo-assi-nados e requis transferência para outro setor da administração.

(E) Dizem que é ele que obstroi a discussão, por isso, para defender-se, aludiu o nome do responsável pelo atraso.

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Resolução de Questões FCC

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 1 a 6.

O criador da mais conhecida e celebrada canção sertaneja, Tristeza do Jeca (1918), não era, como se poderia esperar, um sofredor habitante do campo, mas o dentista, escrivão de polícia e dono de loja Angelino Oliveira. Gravada por “caipiras” e “sertanejos”, nos “bons tempos do cururu autêntico”, assim como nos “tempos modernos da música ‘americanizada’ dos rodeios”, Tristeza do Jeca é o grande exemplo da notável, embora pouco conhecida, fluidez que marca a transição entre os meios rural e urbano, pelo menos em termos de música brasileira.

Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz grave, o Jeca surge humilde e sem vergonha alguma da sua “falta de masculinidade”, choroso, melancólico, lamentando não poder voltar ao passado e, assim, “cada toada representa uma saudade”. O Jeca de Oliveira não se interessa pelo meio rural da miséria, das catástrofes naturais, mas pelo íntimo e sentimental, e foi nesse seu tom que a música, caipira ou sertaneja, ganhou forma.

“A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. Moderna, sofisticada e citadina, essa música foi e é igualmente roceira, matuta, acanhada, rústica e sem trato com a área urbana, de tal forma que, em todas essas composições, haja sempre a voz exemplar do migrante, a qual se faz ouvir para registrar uma situação de desenraizamento, de dependência e falta”, analisa a cientista política Heloísa Starling.

Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira: “foi entre 1902 e 1960 que a música sertaneja surgiu como um campo específico no interior da MPB. Mas, se num período inicial, até 1930, ‘sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no interior do país, tendo como referência o Nor-deste, a partir dos anos de 1930, 'sertanejo' passou a significar o caipira do Centro-Sul. E, pouco mais tarde, de São Paulo.Assim, se Jararaca e Ratinho, ícones da passagem do sertanejo nordestino para o ‘caipira’, trabalhavam no Rio, as duplas dos anos 1940, como Tonico e Tinoco, trabalhariam em São Paulo”.

(Adaptado de: HAAG, Carlos. “Saudades do Jeca no século XXI”. In: Revista Fapesp, outubro de 2009, p. 80-5.)

1. Depreende-se do texto que o autor

(A) esclarece ao leitor, a partir do caso exemplar damúsica Tristeza do Jeca, o ambiente de crítica social relativo aos problemas da roça, permeado pelos sentimentos de melancolia e saudade.

(B) apresenta diferentes opiniões sobre a música ser-taneja, de maneira a mostrar como ela está presente nas mais diversas manifestações da MPB por sua versatilidade em tratar igualmente dos problemas da cidade e do campo.

(C) contrapõe a opinião de dois estudiosos sobre música sertaneja, chamando a atenção do leitor para seu aspecto mais característico, que é a profunda rela-ção entre compositor e música, sobretudo nas com-posições antigas.

(D) procura refletir sobre a singularidade da música Tristeza do Jeca em relação às composições de sua época, de maneira a traçar um perfil da música sertaneja, caracterizada, entre outros, pelo senti-mento de nostalgia.

(E) critica a particularização da música caipira, antes produzida e ouvida também no Nordeste, já que sua principal característica é de ordem sentimental, o que não deveria restringi-la ao contexto paulista.

2. O segmento “...de tal forma que, em todas essas compo-sições, haja sempre a voz exemplar do migrante, a qual sefaz ouvir para registrar uma situação de desenraizamento,de dependência e falta...” (3o parágrafo) expressa, em re-lação à primeira parte da mesma frase uma

(A) decorrência. (B) oposição. (C) condição. (D) causa. (E) explicação.

_________________________________________________________

3. ...'sertanejo' indicava indistintamente as músicas produzi-das no interior do país... (último parágrafo)

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a formaverbal resultante será:

(A) vinham indicadas.(B) era indicado.(C) eram indicadas.(D) tinha indicado.(E) foi indicada.

_________________________________________________________

4. O Jeca de Oliveira não se interessa pelo meio rural da mi-séria, das catástrofes naturais, mas pelo íntimo e senti-mental... (2o parágrafo)

Mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido ori-ginal, uma redação alternativa para o trecho acima está em:

(A) É no meio rural da miséria, com catástrofes naturais,no entanto íntimo e sentimental, que se interessa o Jeca de Oliveira...

(B) Não o meio rural em que há miséria e catástrofes naturais, mas sim o íntimo e sentimental é o que interessa ao Jeca de Oliveira...

(C) Ao Jeca de Oliveira importa o íntimo e sentimental pelo meio rural, todavia da miséria e das catástrofes naturais...

(D) O Jeca não se interessa pelo meio rural onde se encontram miséria e catástrofes naturais, mas pelo íntimo e sentimental de Oliveira...

(E) Íntimo e sentimental em relação à miséria e às catástrofes naturais do meio rural, é isso que importa ao Jeca de Oliveira...

_________________________________________________________

5. Os pronomes “que” (1o parágrafo), “sua” (2o parágrafo) e“a qual” (3o parágrafo), referem-se, respectivamente, a:

(A) exemplo − Jeca − composições(B) fluidez − Jeca − voz exemplar do migrante(C) Tristeza do Jeca − homem − canção popular(D) exemplo − homem − voz exemplar do migrante(E) fluidez − homem − canção popular

_________________________________________________________

6. Substituindo-se o segmento grifado pelo que está entreparênteses, o verbo que se mantém corretamente nosingular, sem que nenhuma outra alteração seja feita nafrase, está em:

(A) ...cada toada representa uma saudade... (todas astoadas)

(B) Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira... (os antropólogos)...

(C) A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. (As canções populares)

(D) Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz grave... (quase todos os homens)

(E) ...'sertanejo' passou a significar o caipira do Centro- -Sul... (os caipiras do Centro-Sul)

6

Técnico Segurança do Trabalho

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7. Considere as frases abaixo para responder à questão.

Como faziam parte de um mesmo contexto, para o sertanejo não havia razão para separar “sertanejo” de “caipira”.

Não se sabe ao certo como e quando precisamente a música country passou a ocupar o lugar da música sertaneja.

Mantendo-se o sentido original e a correção, os termos sublinhados acima podem ser substituídos, respectiva-mente, por:

(A) Uma vez que − de que modo

(B) Contanto que − conforme

(C) Quando − de que maneira

(D) Visto que − conforme

(E) Contudo − o que _________________________________________________________

8. ...... do preconceito ...... é objeto a música caipira, .......sua linguagem, vez ou outra, afastar-se da norma culta, ela é hoje reconhecida como uma das mais respeitadas manifestações musicais do país.

Mantendo-se a lógica e a correção, preenche as lacunas da frase acima, na ordem dada, o que está em:

(A) Em razão − a que − por

(B) Em virtude – a que – em razão de

(C) A despeito − em que − embora

(D) Não obstante − de que − embora

(E) Apesar – de que – por _________________________________________________________

Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 9 a 13.

Não há melhor representante da boemia paulistana do

que o compositor e cientista Paulo Vanzolini. Por mais incrível

que possa parecer, ele conciliava as noites de boemia com a ro-

tina de professor, pesquisador e zoólogo famoso.

A obra do zoólogo-compositor retrata as contradições da

metrópole. São Paulo, nos anos 1960, já era um estado que

reunia parte significativa do PIB brasileiro. No meio da multidão

de migrantes, imigrantes e paulistanos, Vanzolini usava a

mesma lupa de suas pesquisas para observar as peculiaridades

do dia a dia urbano: uma briga de bar, a habilidade de um ba-

tedor de carteira e, em Capoeira do Arnaldo, os fortes laços que

unem campo e cidade.

Em 1967, Paulo Vanzolini lança o primeiro LP. A história

desse disco é curiosa. Foi o primeiro trabalho feito pelo selo

Marcus Pereira. A música Volta por cima estava fazendo muito

sucesso. Só que o já lendário Vanzolini ainda não tinha disco

autoral e andava irritado com as gravadoras por ter sido pre-

terido pelo americano Ray Charles na escolha da confecção de

um LP. Aos poucos, Marcus Pereira ganhou a confiança do

compositor, que acabou cedendo ao lançamento do LP Onze

sambas e uma capoeira, com arranjos de Toquinho e Portinho e

participação de Chico Buarque, Adauto Santos, Luiz Carlos

Paraná, entre outros. As músicas eram todas de Vanzolini:

Praça Clóvis, Samba erudito, Chorava no meio da rua.

Vanzolini não era um compositor de muitos parceiros.

Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho

Nogueira. Só mesmo a pena elegante do crítico da cultura

Antonio Candido para sintetizar a obra de Vanzolini: “Como

autor de letra e música ele é de certo modo o oposto da loqua-

cidade, porque não espalha, concentra; não esbanja, economi-

za − trabalhando sempre com o mínimo para atingir o máximo”.

(Adaptado de DINIZ, André. Almanaque do samba. Rio de Janeiro, Zahar, 2012, formato ebook).

9. No contexto, verifica-se relação de causa e consequência,respectivamente, entre

(A) o fato de Vanzolini ter sido preterido por Ray Charlesna escolha da confecção de um LP e a irritação do primeiro com as gravadoras.

(B) a inauguração do selo Marcus Pereira, em 1967, e o sucesso sem precedentes da música “Volta por cima”, de Paulo Vanzolini.

(C) a dedicação de Vanzolini à pesquisa científica e o modo sagaz com que captava as peculiaridades do dia a dia urbano.

(D) a vinda de imigrantes para São Paulo e a des-coberta, da parte de Vanzolini, dos fortes laços que unem campo e cidade.

(E) o fato de Vanzolini conciliar as noites de boemia com a rotina de zoólogo famoso e o sucesso musical do compositor.

_________________________________________________________

10. ... ele conciliava as noites de boemia com a rotina deprofessor, pesquisador e zoólogo famoso.

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que ogrifado acima se encontra em:

(A) Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros ePaulinho Nogueira.

(B) As músicas eram todas de Vanzolini.

(C) Por mais incrível que possa parecer...

(D) ... os fortes laços que unem campo e cidade.

(E) ... porque não espalha... _________________________________________________________

11. Depreende-se do contexto que

(A) a erudição de Vanzolini, na opinião de AntonioCandido, é seu melhor atributo.

(B) São Paulo exerce um papel importante no desen-volvimento do trabalho artístico de Vanzolini.

(C) a participação de Chico Buarque foi determinante para o destaque concedido ao LP de Vanzolini.

(D) Marcus Pereira convence Vanzolini a gravar um LP por possuir uma gravadora ainda desconhecida.

(E) Vanzolini, apesar de preferir trabalhar sozinho, estabe-lece algumas parcerias por imposição das gravadoras.

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12. Em conformidade com o contexto, afirma-se corretamente:

(A) O termo Vanzolini em Só que o já lendário Vanzolini ainda não tinha... (3o parágrafo) pode ser isolado por vírgulas.

(B) O travessão em ...porque não espalha, concentra; não esbanja, economiza − trabalhando sempre... (último parágrafo) pode ser substituído por ponto final, fazendo-se as devidas alterações entre maiús-culas e minúsculas.

(C) No segmento As músicas eram todas de Vanzolini: Praça Clóvis, Samba erudito, Chorava no meio da rua..., (3o parágrafo) os dois-pontos introduzem uma enumeração.

(D) No segmento ...para sintetizar a obra de Vanzolini: “Como autor... (último parágrafo) os dois-pontos intro-duzem uma ressalva acerca do que se afirmou antes.

(E) Em ...para observar as peculiaridades do dia a dia urbano: uma briga de bar... (2o parágrafo), os dois-pontos podem ser substituídos por ponto e vírgula, sem prejuízo do sentido original.

_________________________________________________________

13. Uma redação alternativa para um segmento do texto, emque se mantêm a correção e a lógica, está em:

(A) Ainda nos anos de 1960, São Paulo, já era um esta-do onde reunia parte significativa do PIB brasileiro.

(B) Vanzolini, o qual não era compositor de muitos parceiros, compõem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho Nogueira.

(C) Apenas o crítico da cultura Antonio Candido, cuja escrita elegante podem sintetizar as obras de Vanzolini.

(D) Gradualmente, Marcus Pereira ganhou a confiança de Vanzolini, que concordou em lançar o LP Onze sambas e uma capoeira.

(E) Todas as músicas que fazia parte do LP, como Praça Clóvis, Samba erudito, Chorava no meio da rua, eram da autoria de Vanzolini.

_________________________________________________________

14. Nascido no bairro do Pari, em uma São Paulo em

construção após o levante constitucionalista de 1932,

Germano Mathias compõe a santíssima trindade do

samba paulistano, ...... Adoniran Barbosa e Geraldo Filme.

(Adaptado de: DINIZ, André, op. cit.)

Preenche corretamente a lacuna da frase acima:

(A) em face à

(B) lado a lado

(C) ao lado de

(D) lado à lado com

(E) junto à

15. Em 2005, Germano Mathias lançou o CD Tributo a Caco

Velho, compositor gaúcho radicado em São Paulo ......

Germano tinha grande admiração.

Preenche corretamente a lacuna da frase acima:

(A) no qual

(B) cujo

(C) o qual

(D) por quem

(E) perante à quem _________________________________________________________

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Atenção: Para responder às questões de números 1 considere o texto abaixo.

A verdadeira tarefa política é a reconstrução de nossos

afetos. Inebriados por discussões a respeito de sistemas de nor-

mas e instituições, demoramos muito tempo para perceber que

a política é, acima de tudo, uma questão de mobilização de afe-

tos. Discursos circulam e levam os corpos a sentirem de uma

determinada forma, a temerem certas situações.

A política é a arte de afetar os corpos e de levá-los a

impulsionar certas ações. Devido a isso, nunca entenderemos

nada das dinâmicas dos fatos políticos se esquecermos sua

dimensão profundamente afetiva.

Por exemplo, não é difícil perceber como, nas últimas

décadas, uma máquina de medo e ressentimento foi colocada

em funcionamento.

Esses são, há tempos, os principais afetos que circulam

no campo político. Medo do tempo que não conhecemos e que

pode ser diferente do passado e do presente. Medo de ficar

longe demais da segurança da "nossa terra", medo de ser

assaltado, de ter sua propriedade violada, medo da morte

violenta. Mas, principalmente, um ressentimento travestido de

pessimismo prudente a respeito dos acontecimentos e da er-

rância necessária a toda procura.

A política baseada no ressentimento é, de fato, algo que

deve ser pensado. Talvez possamos dizer que, em política, o

ressentimento é sempre o sentimento mobilizado contra a

errância.

Quando um acontecimento ocorre, muitas vezes ele não

instaura imediatamente uma nova ordem. Só em situações

muito amadurecidas, e por isso mesmo muito raras, vemos essa

passagem imediata de uma ordem a outra. Normalmente,

acontecimentos são aquilo que instaura uma nova errância, com

seus erros, suas perdas, seu tempo confuso.

Esse tempo confuso é, em certas situações, onde

acontecimentos ocorrem "cedo demais", praticamente inevitá-

veis. Contra ele, o ressentimento sempre dirá: melhor que nada

tivesse ocorrido, melhor ter ficado na situação passada, por

mais que ela fosse insatisfatória, ou seja, vamos dar um jeito de

voltar à antiga morada, mesmo que ela esteja em ruínas. Basta

ver o que hoje lemos a respeito das revoltas no mundo árabe.

No entanto, esse tempo confuso produzirá sua própria

superação, por mais que ela demore, por mais que refluxos

ocorram, mas à condição de produzirmos novos afetos.

(Adaptado de: SAFATLE, Vladimir. Uma política dos afetos. Disponível em: http://remediosdirce.blogspot.com.br/2014/01/ vladimir-safatle.html. Acesso em: 11/01/14)

1. Depreende-se do texto que

(A) a superação de um momento histórico se deve aoressentimento, como afeto dominante, que confere a necessária força à política.

(B) afetos como o medo levam aqueles que os conser-vam à errância, a qual os mantém presos à reali-dade do passado.

(C) a política deve pautar-se pela harmonia entre razão e afetos, de modo a evitar reviravoltas intempestivas no campo social.

(D) os sentimentos, ou afetos, a depender de sua natu-reza, são a fonte propulsora da ação política ou se coadunam com a estagnação social.

(E) as mudanças políticas, em uma sociedade consoli-dada, devem-se sobretudo à racionalidade e não aos sentimentos, difusos por natureza.

_________________________________________________________

2. Mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentidooriginal, uma redação alternativa para o último parágrafodo texto está em:

(A) Esse tempo, confuso todavia, produzirá sua própriasuperação, contanto que se produzam afetos novos, haja vista a demora de possíveis refluxos.

(B) No entanto, caso novos sentimentos sejam produzi-dos, muito embora isso demore, muito embora ocorram refluxos, hão de gerar a superação mesma desse tempo confuso.

(C) Esse tempo, confuso entretanto, produzirá ele mes-mo sua superação, por mais que tardios sejam os retrocessos, se acaso produzirmos novos afetos.

(D) No entanto, será a superação produzida por esse mesmo e confuso tempo, por mais que refluxos ocorram, por mais tardios que sejam; porém, com a condição de produzirmos afetos novos.

(E) Entretanto, caso se produzam novos afetos, a su-peração desse tempo confuso será por ele mesmo provocada, posto que demorada, posto que retro-cessos ocorram.

_________________________________________________________

3. Considere as afirmativas abaixo:

I. Sem prejuízo para a correção, pode-se isolar com vírgulas o segmento sublinhado em: Só em situa-ções muito amadurecidas, e por isso mesmo muito raras, vemos essa passagem imediata de uma ordem a outra. (6o parágrafo)

II. A reiteração do termo "medo" (4o parágrafo) visa aminorar o papel negativo desse afeto na políticacontemporânea.

III. Ao relacionar os termos “afeto” e “afetar”, o autor

sugere que o verbo “afetar” seja entendido no sen-tido de “gerar afetos”, “sensibilizar”.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e III.

(B) I e II.

(C) II.

(D) III.

(E) II e III.

Técnico Administrat ivo

CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

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4. A relação estabelecida entre as orações está indicadacorretamente em:

(A) Talvez possamos dizer que, em política, o ressen-timento é sempre o sentimento mobilizado contra a errância − A conjunção sublinhada introduz um com-plemento do verbo “dizer”. (5

o parágrafo)

(B) Basta ver o que hoje lemos a respeito das revoltas no mundo árabe − O pronome sublinhado antecipa o segmento “revoltas no mundo árabe”. (7

o parágrafo)

(C) ... acontecimentos são aquilo que instaura uma nova errância... − O pronome sublinhado substitui diretamente o termo “acontecimentos”. (6

o parágrafo)

(D) ... vamos dar um jeito de voltar à antiga morada, mesmo que ela esteja em ruínas. − A expressão sublinhada introduz uma condição relativa à oração precedente. (7

o parágrafo)

(E) A política baseada no ressentimento é, de fato, algo que deve ser pensado. − O pronome sublinhado retoma o termo “ressentimento”. (5

o parágrafo)

_________________________________________________________

5. A mobilização dos afetos ...... se refere o autor, relaciona-da ...... ações, remonta ...... uma noção procedente ...... ética grega antiga, para a qual a excelência é conquistada justamente pela injunção desses dois campos.

Preenche respectivamente as lacunas da frase acima o que está em:

(A) à qual − à − de − pela

(B) de que − com − de − à

(C) a que − às − a − da

(D) que − a − a − à

(E) em que − com − a − a _________________________________________________________

Atenção: Para responder às questões de números 6 a 10, considere o texto abaixo.

Surge um radioator

Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil que, para começar, era duas pessoas em uma: o ator e o cantor-com-positor. Primeiro surgiu o cantor-compositor, que fez pouco su-cesso; depois revelou-se o ator, fazendo um sucesso tão grande que, nos anos 1960, muita gente se surpreenderia ao descobrir que Adoniran era também cantor-compositor. Vejam o título que a revista Intervalo deu a uma nota de junho de 1964 em que comentava o lançamento do “Samba Italiano”: “ADONIRAN FAZ SAMBA”.

Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico, mas nos anos 1960, para o grande público, soava inusitado, já que Adoniran era mais conhecido como ator de rádio e televisão. Muito mais conhecido, aliás. Basta lembrarmos também que o selo de sua primeira gravação do “Samba do Arnesto”, de 1951, trazia um esclarecimento entre parênteses: “Adoniran Barbosa (Zé Conversa)”.

Na mesma época, mais precisamente na edição de 15 de outubro de 1955, a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução: Adoniran Barbosa, o popularíssimo ator, era também compositor. Vejam o título da matéria: “Só faltava fazer sam-bas... e Adoniran também fez”. E Adoniran estava tão estabe-lecido como ator que a referida nota da revista Intervalo, quase nove anos depois, ainda soava como grande notícia.

Dissemos que Adoniran era duas pessoas em uma? Na verdade, várias, se lembrarmos Zé Conversa, Charutinho, Mr. Richard Morris e os tantos outros personagens que viveu no rádio e televisão.

(MUGNAINI JR., Ayrton. Adoniran − Dá licença de contar... 2. ed., São Paulo: Editora 34, 2013. p. 43 e 45)

6. Depreende-se do texto que,

(A) por mais reconhecida que fosse sua trajetória como ator, Adoniran Barbosa preferia ser reconhecido como músico, o que vinha assinalado com letras maiúsculas pela imprensa da época.

(B) a despeito de sua fama atual, Adoniran Barbosa era, nos anos de 1960, mais conhecido como ator, razão pela qual sua atividade como músico era então noticiada como novidade.

(C) atrelada à popularidade de composições como “Samba do Arnesto”, a carreira de Adoniran Barbosa como ator atingiu destaque sobretudo na década de 1960.

(D) mesmo sendo aclamado como ator, a fama de Adoniran Barbosa no rádio e na televisão de nada serviu a alavancar sua carreira musical.

(E) apesar de não faltarem sambas famosos, compostos por Adoniran Barbosa, sua atividade artística como ator é que lhe proporcionava verdadeira satisfação.

_________________________________________________________

7. Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico, mas nosanos 1960, para o grande público, soava inusitado, já queAdoniran era mais conhecido como ator de rádio e te-levisão. (2o

parágrafo)

Uma redação alternativa para a frase acima, em que se mantêm a correção e, em linhas gerais, o sentido original, está em:

(A) Como Adoniran fosse célebre ator de rádio e televisão, esse título hoje parece, sim, repercutido, muito embora tenha causado desconfiança nos anos 1960.

(B) Embora fosse mais conhecido do grande público dos anos 1960 como ator de rádio e televisão, parece hoje depreciativo esse título, que à época soava um tanto diferente.

(C) Título excêntrico para o grande público dos anos

1960, hoje, por certo, soa incomum − em virtude de Adoniran ter sido famoso como ator de rádio e televisão.

(D) Atualmente, esse título soa, decerto, redundante; para o grande público dos anos 1960, todavia, era motivo de estranhamento, porquanto Adoniran era mais conhecido como ator de rádio e televisão.

(E) Mais conhecido como ator de rádio e televisão,

Adoniran − cujo título hoje parece redundante − repercutia com efusão ao grande público dos anos 1960.

_________________________________________________________

8. Verifica-se transposição correta de uma voz verbal paraoutra em:

(A) o selo de sua primeira gravação [...] trazia um esclarecimento // um esclarecimento vinha trazendo o selo de sua primeira gravação

(B) a referida nota [...] ainda soava como grande notícia // como grande notícia continuava a soar a referida nota

(C) a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução

// uma grande revolução era noticiada pela Revista do Rádio

(D) Adoniran era duas pessoas em uma // Adoniran

tinha sido duas pessoas em uma

(E) se lembrarmos Zé Conversa // se fomos lembrados

por Zé Conversa

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9. Na frase Só faltava fazer sambas... (3o parágrafo), o termo

em negrito exerce a mesma função sintática que o termosublinhado em:

(A) ... ainda soava como grande notícia.

(B) ... o popularíssimo ator, era também compositor.

(C) ... trazia um esclarecimento entre parênteses...

(D) Dissemos que Adoniran era duas pessoas em uma?

(E) ... e os tantos outros personagens que viveu norádio...

_________________________________________________________

10. ... muita gente se surpreenderia ao descobrir queAdoniran era também cantor-compositor.

O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que odestacado acima está empregado em:

(A) E Adoniran estava tão estabelecido como ator...

(B) Primeiro surgiu o cantor-compositor...

(C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico...

(D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil...

(E) ... a Revista do Rádio noticiava uma grande re-volução...

_________________________________________________________

Atenção: Para responder às questões de números 11 a 18, considere o texto abaixo.

A publicidade se estabeleceu nas economias capitalistas

como um recurso indispensável para o escoamento dos bens de

consumo; mas o desenvolvimento de suas técnicas de alicia-

mento do consumidor extrapolou o objetivo original de promover

a venda de certas mercadorias. Hoje a publicidade não serve

apenas para convencer o possível comprador de que um carro

é mais potente do que o outro. Junto com carros e cartões de

crédito acessíveis a uma parcela da sociedade, a publicidade

vende sonhos, ideais, atitudes e valores para a sociedade

inteira. Mesmo quem não consome nenhum dos objetos alar-

deados pela publicidade como se fossem a chave da felicidade,

consome a imagem deles. Consome o desejo de possuí-los.

Consome a identificação com o ‘bem’, com o ideal de vida que

eles supostamente representam.

Os publicitários descobriram que é possível fazer o in-

consciente do consumidor trabalhar a favor do lucro de seus

clientes. O inconsciente, como se sabe, não é ético ou antiético.

O inconsciente é amoral. Ele funciona de acordo com a lógica

da realização (imediata) dos desejos, que na verdade não é tão

individual quanto parece. O desejo é social. Desejamos o que

os outros desejam, ou o que nos convidam a desejar. Uma

imagem publicitária eficaz deve apelar ao desejo inconsciente,

ao mesmo tempo em que se oferece como objeto de satisfação.

Ela determina quais serão os objetos imaginários de satisfação

do desejo, e assim faz o inconsciente trabalhar para o capital.

Só que o sujeito do inconsciente nunca encontra toda a

satisfação prometida no produto que lhe é oferecido.

O que a publicidade propõe aos consumidores em po-

tencial é uma pseudoescolha. “Seja livre: escolha o melhor

modelo de automóvel do mercado − da marca x”. Aqueles que

podem comprar um carro naquela faixa de preço perceberão

que as marcas se equivalem; para os que não podem – a gran-

de maioria − a escolha não se coloca. Os que não se incluem

entre os que podem comprar ficam de fora. Fora da repre-

sentação. Fora do discurso. Ou são incluídos pela identificação

com as imagens: esta a “fabricação concreta da alienação” a

que se refere o escritor Guy Debord.

A publicidade dirige-se ao desejo e responde a ele com

mercadorias. Interessa-se pelos sonhos e fantasias para captá-

-los como “tendências de mercado”, e até mesmo os anseios

políticos por liberdade e democracia são vertidos na forma dos

“direitos de escolha do consumidor”.

(Adaptado de: KHEL, Maria Rita. Videologias. São Paulo, Boitempo Editorial, 2004. p. 61-62)

11. Depreende-se do texto:

(A) O principal argumento do texto é comprovar, pormeio de exemplos relativos à área da publicidade, que o inconsciente dos consumidores é imoral.

(B) O texto demonstra que a publicidade se interessa pelos sonhos e fantasias do consumidor, à medida que eles ajudem a vender uma mercadoria.

(C) A autora critica indivíduos que, movidos pelas ilu-sões criadas pelo mercado publicitário, desejam aquilo que se encontra no imaginário dos outros.

(D) Assinala-se no texto que o capitalismo, baseado na produção de bens, garante ao consumidor o poder de escolher o produto que deseja comprar.

(E) Embora restrita, a liberdade de escolha proporcio-nada pelas sociedades de consumo é preferível à falta de opção que se vê em regimes autoritários.

_________________________________________________________

12. De acordo com o contexto, a “fabricação concreta daalienação” refere-se

(A) à crítica que se faz contra a mecanização do modode produção capitalista, mecanização já incorporada pela publicidade.

(B) ao fato de o consumidor ser seduzido pela imagem de produtos que ele não tem condições financeiras de adquirir.

(C) ao modo impulsivo, ou seja, alienado, de alguns consumidores comprarem produtos de que não necessitam de fato.

(D) à técnica de venda mais usual do mercado de pro-paganda, que consiste em convencer o espectador dos filmes publicitários a comprar ‘sem pensar’.

(E) à oposição entre o modo como o consumidor ideali-za o produto que pretende adquirir, e a utilidade con-creta daquele produto para ele.

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13. ... mas o desenvolvimento de suas técnicas de aliciamento do consumidor extrapolou o objetivo original de promover a venda decertas mercadorias.

Mantendo-se o sentido original e a correção, os elementos sublinhados acima podem ser substituídos, respectivamente, por:

(A) envolvimento − apurou

(B) cumplicidade − excedera

(C) participação − prejudicou

(D) sedução − ultrapassou

(E) classificação − averiguara

14. Considere as afirmativas abaixo:

I. Hoje a publicidade não serve apenas para convencer o possível comprador de que um carro é mais potente do que o outro. (1o

parágrafo)

Uma vírgula pode ser inserida imediatamente após Hoje, sem prejuízo para a correção e o sentido original.

II. A publicidade se estabeleceu nas economias capitalistas como um recurso indispensável para o escoamento dos bens deconsumo; mas o desenvolvimento de suas técnicas... (1o

parágrafo)

O ponto e vírgula pode ser substituído por ponto final, fazendo-se as devidas alterações entre maiúsculas e minúsculas.

III. Ele funciona de acordo com a lógica da realização (imediata) dos desejos, que na verdade... (2o parágrafo)

A vírgula colocada imediatamente depois de desejos pode ser suprimida, sem qualquer alteração do sentido original.

Esta correto o que se afirma APENAS em

(A) II.

(B) II e III.

(C) III.

(D) I e III.

(E) I e II.

15. Ele funciona de acordo com a lógica da realização (imediata) dos desejos... (2o parágrafo)

... no produto que lhe é oferecido. (2o parágrafo)

Os elementos grifados acima referem-se, respectivamente, a:

(A) desejo − capital

(B) consumidor − consumidores em potencial

(C) inconsciente − sujeito do inconsciente

(D) objeto de satisfação − produto

(E) clientes − objetos imaginários

16. Só que o sujeito do inconsciente nunca encontra toda a satisfação prometida... (2o parágrafo)

Acrescentando-se uma vírgula imediatamente antes de o sujeito, o trecho grifado acima pode ser substituído, sem prejuízo para

a correção e o sentido original, por:

(A) Contudo(B) Embora(C) Porquanto(D) Dado que(E) Conquanto

17. Os publicitários descobriram que é possível... (2o parágrafo)

Transpondo-se o segmento acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:

(A) descobriram-se(B) foi descoberto(C) era descoberto(D) foram descobertos(E) vinham descobrindo

18. Uma redação alternativa para um segmento do texto, em que se mantêm a correção e, em linhas gerais, o sentido original, estáem:

(A) Os objetos imaginários de satisfação do desejo são determinados pela publicidade, a qual, a partir deles geram o incons-ciente trabalhando, para o capital.

(B) Consome-se a identificação com aquilo que é considerado bom, um ideal de vida que deveriam ser representados. (C) Nas economias capitalistas, as quais a publicidade se estabeleceu, a qual é um meio indispensável para a venda de

mercadorias.

(D) Enquanto carros e cartões de crédito podem ser adquiridos apenas por uma parte da sociedade, sonhos, ideais, atitudes evalores são vendidos para a sociedade inteira.

(E) Além de carros e cartões de crédito, os quais estão acessível à certa parcela da sociedade, se comercializa, com apublicidade, sonhos, ideais, atitudes e valores para toda a sociedade.

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Atenção: Para responder às questões de números 19 e 20, considere o texto abaixo.

Longe de casa eu choro e não quero nada

Pois fora do chão ninguém quer e não pode nada

Sinto falta de São Paulo

De escutar na madrugada

Uns bordões de violões

E uma flauta a chorar prata

Dor de amor não me magoa

A saudade da garoa é que me mata

E eu saio pra rua

Assobiando comprido

Um samba comovido

Que Silvio Caldas cantasse

E me iludo que a garoa

Vem molhar a minha face

Mas é pranto e choro tanto

Quem me dera que hoje mesmo

Eu voltasse pro chão que eu adoro

Pois longe de casa eu choro e não quero nada.

(Longe de casa. Paulo Vanzolini. Disponível em: http://www.musica.com.br. Acesso em: 27/01/14)

19. Depreende-se da leitura do poema que o poeta

(A) atribui qualidades inverossímeis à sua terra natal.

(B) se esquece de sua cidade ao cantarolar um samba.

(C) sente-se nostálgico longe da terra natal.

(D) se entristece ao observar a garoa paulistana.

(E) perdeu a mulher amada, a quem dedica o poema._________________________________________________________

20. Mas é pranto e choro tanto

No contexto, o uso do elemento grifado acima

(A) enfatiza a satisfação ante uma determinada situação.

(B) confirma a semelhança entre duas coisas parecidas.

(C) introduz a causa que justifica uma ação anterior.

(D) denota a impossibilidade de ação do poeta.

(E) indica uma tomada de consciência.

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Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao

texto

Paulo Leminski foi um escritor múltiplo: além de poeta,

traduzia (indo de Petrônio a James Joyce) e escrevia ensaios

(concentrados nos dois volumes de Anseios crípticos), artigos e

romances, e também letras de música. Nascido em Curitiba, no

Paraná, em 1944, numa família em que o pai, de origem polaca,

era militar, e a mãe, de origem negra, era filha de um militar,

estudou para ser monge beneditino no Colégio São Bento, em

São Paulo, onde chegou a escrever um livro sobre a ordem. No

entanto, acabou seguindo o caminho da poesia − em meio à

agitação cultural e política dos anos 1960 e 1970.

No final da década de 70 e durante todos os anos 80,

considerava que os grandes poetas estavam na música popular

brasileira. Assim, era amigo de Caetano Veloso, Gilberto Gil,

Walter Franco e Jorge Mautner, entre outros. Associado à

diversão tropicalista ou pós-tropicalista, no entanto, seu tom de

melancolia era patente tanto nos poemas quanto nos textos em

prosa. Numa homenagem aos 80 anos de Edgard Braga,

escreveu: “Poeta que todos querem ser, se chegarmos até lá”.

Consciência de que não chegaria lá.

Entre seus maiores amigos, estavam também os irmãos

Haroldo e Augusto de Campos e Décio Pignatari. O poeta

paranaense conheceu esse grupo de poetas em 1963, na

Semana Nacional de Poesia de Vanguarda. Em seguida,

publicaria, em dois exemplares da revista Invenção, alguns

poemas, misturando, segundo a apresentação de Décio

Pignatari, “a pesquisa concreta da linguagem com um sentido

oswaldiano de humor”. Além disso, Leminski quis, à sua

maneira, dialogar com os concretos, com seu ousado Catatau,

um romance experimental na linha de Ulisses, de James Joyce,

e Galáxias, de Haroldo de Campos. Para Haroldo, Leminski é o

nome mais representativo “de uma certa geração”, “dono de

uma experiência poética de vida extraordinária, mescla de

Rimbaud e monge beneditino”.

(Adaptado de André Dick. Paulo Leminski e a flor ausente. www.cronopios.com.br/site/ensaios.asp?id=4027, 06/06/2009)

1. Do desenvolvimento do texto, é correto afirmar que,

(A) na obra de Paulo Leminski, muito variada quanto àforma, há espaço para a melancolia e o humor.

(B) devido à imposição da família, Paulo Leminski estu-dou para monge sem que tivesse a menor vocação.

(C) em seu livro Catatau, Leminski pretendeu fazer uma paródia do livro Galáxias, de Haroldo de Campos.

(D) nas décadas de 70 e 80, a melancolia de Leminski limitava sua admiração pela euforia tropicalista.

(E) ao longo da vida, Leminski só fez amigos entre poetas e escritores, e nenhum entre os monges beneditinos.

2. ... estudou para ser monge beneditino no Colégio SãoBento, em São Paulo, onde chegou a escrever um livrosobre a ordem. No entanto, acabou seguindo o caminhoda poesia – em meio à agitação cultural e política dos

anos 1960 e 1970. (1o parágrafo)

Considerado o contexto, o sentido dos elementos grifadosacima pode ser adequadamente reproduzido, na ordemdada, por:

(A) disposição − tumulto

(B) escola − confronto

(C) equilíbrio − burburinho

(D) congregação − efervescência

(E) prudência − radicalismo_________________________________________________________

3. ... além de poeta, traduzia...

O verbo empregado nos mesmo tempo e modo que ogrifado acima está em:

(A) Numa homenagem aos 80 anos de Edgard Braga,escreveu ...

(B) Paulo Leminski foi um escritor múltiplo ...

(C) ... Leminski é o nome mais representativo ...

(D) Em seguida, publicaria ...

(E) ... considerava que os grandes poetas ... _________________________________________________________

4. Associado à diversão tropicalista ou pós-tropicalista, no

entanto, seu tom de melancolia era patente tanto nos

poemas quanto nos textos em prosa.

Outra redação para a frase acima, em que se preservam aclareza e a correção, é:

(A) Seu tom de melancolia era do mesmo modo patentenos poemas como nos textos em prosa, embora ser associado à diversão tropicalista ou pós-tropicalista.

(B) Era associado à diversão tropicalista ou pós-tropi-calista, contudo fosse patente seu tom de melanco-lia, hora nos poemas, hora nos textos em prosa.

(C) Conquanto associado à diversão tropicalista ou pós-tropicalista, seu tom de melancolia era patente não apenas nos poemas como nos textos em prosa.

(D) Associado à diversão tropicalista ou pós-tropicalista, ainda que seu tom de melancolia fosse patente não menos nos poemas que nos textos em prosa.

(E) Todavia, associado à diversão tropicalista ou pós-tropicalista, seu tom de melancolia era patente, sejam nos poemas, sejam nos textos em prosa.

_________________________________________________________

5. Em seguida, publicaria, em dois exemplares da revistaInvenção, alguns poemas ...

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma

verbal resultante será:

(A) eram publicados.

(B) viria a publicar.

(C) seria publicado.

(D) seriam publicados.

(E) havia publicado.

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6. A frase que apresenta pontuação inteiramente adequada é:

(A) Ainda que tenha se aproximado, dos poetas concre-tos, Paulo Leminski deixou uma obra poética, que não se reduz ao concretismo, mas que é caracteri-zada antes de tudo, por uma dicção extremamente pessoal, avessa a todas as tentativas de rotulação.

(B) Ainda que tenha se aproximado dos poetas concre-tos, Paulo Leminski deixou uma obra poética que não se reduz ao concretismo, mas que é caracteri-zada, antes de tudo, por uma dicção extremamente pessoal, avessa a todas as tentativas de rotulação.

(C) Ainda, que tenha se aproximado dos poetas concre-tos, Paulo Leminski deixou uma obra poética que não se reduz ao concretismo, mas, que é caracteri-zada, antes de tudo por uma dicção, extremamente pessoal, avessa a todas as tentativas de rotulação.

(D) Ainda que tenha se aproximado dos poetas concre-tos, Paulo Leminski, deixou uma obra poética, que não se reduz ao concretismo mas que é caracteri-zada, antes de tudo, por uma dicção extremamente pessoal avessa, a todas as tentativas de rotulação.

(E) Ainda que tenha se aproximado dos poetas, concre-tos, Paulo Leminski deixou uma obra poética que, não se reduz ao concretismo, mas que é caracteri-zada antes de tudo por uma dicção extremamente pessoal, avessa a todas, as tentativas de rotulação.

_________________________________________________________

Atenção: As questões de números 7 e 8 referem-se ao poema abaixo.

esta vida é uma viagem

pena eu estar

só de passagem

(Paulo Leminski, La vie em close. 5a ed. S.Paulo: Brasiliense, 2000, p.134)

7. No poema de apenas três versos, o poeta

(A) lamenta-se da fugacidade da vida.

(B) demonstra preferir a vida espiritual à terrena.

(C) revolta-se contra o seu destino.

(D) sugere que a vida não tem sentido.

(E) abomina a agitação da vida. _________________________________________________________

8. esta vida é uma viagem / pena eu estar / só de passagem

O segmento em destaque nos versos acima transcritos equivale a: que eu

(A) estivera.

(B) esteja.

(C) estaria.

(D) estivesse.

(E) estava.

Atenção: As questões de números 9 a 12 referem-se ao texto abaixo.

Ninguém duvida de que as redes sociais alteram crenças

e comportamentos humanos. Desde que nossos ancestrais

andavam em bandos pelas estepes africanas, as redes sociais

serviam para trocar ideias, homogeneizar crenças e influenciar

atitudes.

Nessas populações, as redes operavam por meio de

conversas face a face, em volta de uma fogueira. Mais tarde,

nas cidades, havia discussões em praça pública, conversas nos

mercados e discursos de políticos. Foram essas redes sociais

que moldaram o pensamento e as ações das civilizações

antigas e das nações modernas.

Mas na última década surgiu a comunicação digital e

parte das interações sociais adquiriu um caráter virtual, a partir

de sistemas como o Facebook, o Twitter e outros, que nada

mais são do que as velhas redes sociais, agora na forma digital.

Muitos cientistas se perguntam qual o seu poder real. Exemplos

recentes, como a Primavera Árabe, sugerem que as novas

redes sociais influenciam comportamentos e crenças, mas é

difícil definir e medir separadamente a contribuição das redes

tradicionais e a das redes digitais para esse processo. Como

teria sido a Primavera Árabe sem e-mail, Twitter e Facebook?

(Adaptado de Fernando Reinach. Disponível em http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,facebook-e-indu cao-ao-voto-,939893,0.htm)

9. Leia com atenção as afirmações abaixo.

I. O autor usa a expressão redes sociais para de-

signar tanto as novas tecnologias de comunicação virtual como as formas ancestrais de socialização e troca de informações entre os seres humanos.

II. O ponto de interrogação empregado no último pa-

rágrafo é desnecessário e poderia ser dispensado,pois se trata de uma pergunta retórica, já que seinfere do texto que o movimento social conhecidocomo Primavera Árabe apenas se disseminou pelospaíses árabes porque houve ali acesso maciço àstecnologias de comunicação virtual.

III. Infere-se do texto que o comportamento de uma

pessoa é influenciado em alguma medida pelocomportamento daqueles com quem ela se comu-nica de alguma forma.

IV. O autor defende a tese de que, desde a época

primitiva, as crenças e os valores dos membros deuma determinada comunidade são moldados pelasideias dos que ostentam posição hierárquica su-perior.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e III.

(B) I, II e IV.

(C) III e IV.

(D) I e II.

(E) II e III.

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10. A substituição do segmento grifado por um pronome, com os necessários ajustes, foi realizada corretamente em:

(A) influenciam comportamentos e crenças = influenciam-lhes (B) moldaram o pensamento e as ações das civilizações antigas e das nações modernas = moldaram-os (C) alteram crenças e comportamentos humanos = alteram-nos (D) trocar ideias = trocar-nas (E) homogeneizar crenças = lhes homogeneizar

11. ...redes sociais que moldaram o pensamento...

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:

(A) ... que nada mais são do que as velhas redes sociais... (B) Nessas populações, as redes operavam por meio de conversas face a face... (C) Desde que nossos ancestrais andavam em bandos pelas estepes africanas... (D) ...na última década surgiu a comunicação digital... (E) ...as novas redes sociais influenciam comportamentos e crenças...

12. O verbo que pode ser corretamente flexionado no plural está grifado em:

(A) ...na última década surgiu a comunicação digital... (B) ...e parte das interações sociais adquiriu um caráter virtual... (C) ...é difícil definir e medir separadamente a contribuição... (D) Mais tarde, nas cidades, havia discussões em praça pública... (E) Como teria sido a Primavera Árabe sem e-mail, Twitter e Facebook?

13. Em artigo a respeito das várias redes sociais existentes, o colunista Alexandre Matias exprime-se com franqueza: “entrei em

redes sociais ...... nem mais lembro a senha”.

(http://blogs.estadao.com.br/alexandre-matias/2012/10/07/o-primeiro-bilhao-do-facebook-e-o-futuro-das-redes-sociais)

Preenche corretamente a lacuna da frase acima o que consta em:

(A) a qual (B) a que (C) aonde (D) de que (E) na qual

14. O acesso ...... redes sociais voltadas para a carreira pode ajudar o profissional ...... conseguir uma colocação no mercado detrabalho. Mas é preciso atenção ao se criar um perfil na internet, pois todo o conteúdo ali veiculado afetará positiva ou negativamente ...... imagem do profissional.

Preenchem corretamente as lacunas do texto acima, na ordem dada:

(A) às - a - a (B) as - à - a (C) as - à - à (D) às - a - à (E) às - à - a

15. Atualmente, ...... que o número de brasileiros conectados na internet já ...... ultrapassado a casa de 80 milhões, sendo que72.640.000 são usuários ativos de redes sociais, e 56% destes ...... um aparelho celular para acessar a internet.

(Dados publicados em www.agenciaopen.com/blog/perfil-do-brasileiro-nas-redes-sociais-o-que-ha-de-novo/).

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

(A) estima-se - tenham - usa (B) estima-se - tenham - usam (C) estimam-se - tenha - usa (D) estima-se - tenha - usam (E) estimam-se - tenham - usa

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