apostila pré vestibular geografia física 2

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  • 7/21/2019 Apostila Pr Vestibular Geografia Fsica 2

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    GEOGRAFIA FSICA/2012 PROFESSOR: DANILO PACHECO

    CAPTULO 01 - CARTOGRAFIA

    1- ORIENTAO

    Orientar-se no espao terrestre, do ponto de vista geogrfico e astronmico, sempre foi uma daspreocupaes bsicas do ser humano. Nos primrdios da humanidade, justificava-se pela necessidade delocalizao de alimento e abrigo. Com o passar do tempo, veio necessidade de traar rotas comerciais, rotas

    de navegao, evolues no campo de batalha, localizao de recursos no subsolo, etc. E, cada vez mais, asnecessidades iam se multiplicando. por isso que, desde o homem paleoltico, passando, pelos egpcios,babilnicos, chineses, gregos, rabes, pelos navegadores europeus, at a poca atual, marcada pela existnciade grandes grupos econmicos e poderosos Estados, a localizao dos fenmenos geogrficos sempre foi,muito mais que uma curiosidade, uma verdadeira necessidade.

    Os povos antigos se orientavam pelos astros, sol, lua, estrelas, rios, lagos, montanhas, etc. e sabiamque os astros nascem no leste e se pe no oeste. Depois de vrios anos, passou-se a utilizar a bssola (baseiano magnetismo terrestre) como um instrumento de orientao e recentemente ao GPS (Sistema dePosicionamento Global).

    ROSA DOS VENTOS

    Pontos Cardeais: ___________________________________________________________________ Pontos colaterais: __________________________________________________________________ Pontos subcolaterais: _______________________________________________________________

    2- MOVIMENTOS DA TERRANo se sabe exatamente quando o homem descobriu que a Terra redonda. Filsofos gregos

    chegaram a essa concluso a partir de observaes astronmicas. O desaparecimento progressivo dasembarcaes no mar, em um horizonte uniformemente circular, tambm fornecia argumentos aos defensoresda idia.

    Esse fato, to familiar nos dias de hoje, o responsvel pela existncia das diferentes zonas climticasem nosso planeta (polares, temperadas e tropicais), segundo uma lgica fcil de ser compreendida: quantomais nos afastamos do Equador, maior a inclinao com que os raios solares incidem na superfcie terrestre emaior, portanto, a rea aquecida pela mesma quantidade de energia, o que torna as temperaturas mais baixas.

    A Terra possui muitos movimentos. Os mais importantes so a rotao e a translao.Rotao o movimento que a Terra faz girando em torno de si mesma, tendo no centro um eixo

    imaginrio que atravessa de um plo a outro.

    Este movimento no sentido oeste-lestetem durao dos dias e das noites, exceto nas regies polares.Movimento de translao o movimento que a Terra executa em torno do Sol em, aproximadamente,365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos. A trajetria que a Terra descreve em torno do Sol chama-serbita.

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    O eixo da Terra inclinado em 23 27 30 em relao ao plano de rbita (obliqidade da eclptica), oque faz com que o plo norte, numa fase do ano, mantenha-se inclinado para o Sol e na outra, em direocontrria a ele, provocando as estaes do ano.

    O fenmeno do sol da meia-noite ocorre apenas nas regies polares sucesso dos dias e das noitesdepende das estaes do ano e da translao e no da rotao (nula ou quase nula).

    DADOS SOBRE AS ESTAES DO ANO

    SOLSTCIOS A luz solar perpendicular a um dos trpicos (dias e noites com duraes diferentes).21/12- vero no hemisfrio sul e inverno no hemisfrio norte.21/06- inverno no hemisfrio sul e vero no hemisfrio norte.

    EQUIN CIOS A luz solar perpendicular ao equador (dias e noites com durao iguais).21/03- outono no hemisfrio sul e primavera no hemisfrio norte.23/09- primavera no hemisfrio sul e outono no hemisfrio norte.

    Site interessante: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/14447/estacoesdoano.swf

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    3- CURVAS DE NVEL

    As curvas de nvel ou isopsas so linhas que no mapa unem pontos de mesma altitude. A distnciaentre as curvas de nvel, no traado geral, indica-nos o grau de declividade que ser: suave (quando ascurvas de nvel das cotas usadas estiverem distantes entre si) ou acentuada (quando as curvas de nvelestiverem muito prximas umas das outras). Atravs das curvas de nveis, tambm podemos traar o perfilde relevo.

    Obs:

    Isotermas Mesma temperaturaIsbaras Mesma pressoIsoalinas Mesma salinidadeIsopsas Mesma alturaisbatas Mesma profundidadeisoietas Mesma precipitaoisclinas Mesma declividade magntica

    4- PROJEES CARTOGRFICAS

    A necessidade de se orientar na superfcie do planeta levou os homens, ao longo da histria, aelaborar vrios tipos de mapas, desde as rsticas, representaes babilnicas at as mais modernas, feitas

    a partir de coleta de informaes obtidas por sensoriamento remoto e processadas pela informtica. Neleso usados signos convencionais, prprios da cartografia. Mas, por mais perfeito e detalhado que seja ummapa, ele sempre ser uma representao da realidade, nunca a prpria.

    Diante da complexidade da realidade, algumas informaes sempre so priorizadas em detrimentode outras. Seria impossvel representar todos os fenmenos fsicos, econmicos, humanos e polticos emum nico mapa. Por isso, alm dos mapas topogrficos, h os mapas temticos, nos quais se selecionamtemas que interessam ao usurio, entre as infinitas possibilidades de representao.

    importante lembrar que uma projeo cartogrfica nada mais do que o resultado de um conjuntode operaes que permite colocar no plano, fenmenos inscritos numa esfera ou, no caso da Terra, numgeide, que a forma especfica do nosso planeta.

    As projees cartogrficas, podem ser classificadas em trs categorias principais, dependendo dafigura geomtrica empregada em sua construo: cilndrica, cnica ou plana (azimutal).

    As propriedades das projees so: Conformes (mantm as formas originais), Equivalentes

    (mantm as reas originais), Eqidistantes (mantm as distncias originais) e Afilticas.

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    Projeo Cilndrica de Mercator

    Esta representao obtida com a projeo da superfcie terrestre, com os paralelos e osmeridianos,sobre um cilindro em que o mapa ser desenhado.

    Ao ser desenrolado, apresentar sobre uma superfcie plana todas as informaes que para eleforam transferidas.

    Nem todas as projees cilndricas so iguais. A projeo cilndrica conforme conserva a forma doscontinentes, direes e ngulos, mas altera a proporo das superfcies, como o caso da primeiraprojeo elaborada por Mercator.

    Gerard Mercator (1512-1594) desenvolveu seu trabalho, durante as grandes navegaes do sculo

    XIV. Do continente europeu partiram navios para africa,Amrica esia.A projeo a mais apropriada navegao martima e mostra uma viso eurocntrica do mundo.

    Projeo Cilndrica de Peters

    A projeo equivalente preserva o tamanho real da superfcie representada, mas no mantm asformas, direes e ngulos, como o caso da projeo de Peters.

    O mapa-mndi de Peters valoriza os pases subdesenvolvidos, colocando-os em destaque aorepresent-los com os seus tamanhos proporcionais. Ele projeta em linguagem cartogrfica a idia deigualdade entre as naes.

    O cartgrafo alemo Arno Peters (1916-2002) considerava que os mapas eram uma dasmanifestaes simblicas da submisso dos pases do Terceiro Mundo.

    Peters combateu a imagem de superioridade dos pases do Norte representada nos planisfriosderivados da projeo de Mercator. Seu pressuposto de que todos os pases deveriam ser retratados nomapa-mndi de forma fiel a sua rea, d destaque os pases subdesenvolvidos.

    Projeo Cilndrica de Robinson

    Com o objetivo de aperfeioar as caractersticas da projeo de Mercator nas superfcies dasregies de alta latitude, Arthur H. Robinson criou a sua projeo, em 1963. Com Robinson, os meridianosso colocados em linhas curvas, em forma de elipses que se aproximam quanto mais se afastam da linhado Equador. a projeo mais usada nos atlas atuais.

    http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u382.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u382.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/matematica/ult1692u45.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/geografia/africa-mapa.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u101.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u240.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u240.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u101.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/geografia/africa-mapa.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/matematica/ult1692u45.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u382.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u382.jhtm
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    Projeo Cilndrica de Mollweide

    um tipo de representao cartogrfica elaborada em1805 pelocartgrafoalemoKarl Mollweide,e foi criada para corrigir as diversas distores daprojeo de Mercator.Nesta projeo os paralelos solinhas retas e os meridianos, linhas curvas. A rea proporcional da esfera terrestre, tendo forma elpticae achatamento dos plos norte e sul. As zonas centrais apresentam grande exatido, tanto em rea comoem configurao, mas as extremidades ainda apresentam algumas distores. Na maioria dos Atlas atuaisos mapas-mndi seguem a projeo de Mollweide.

    Projeo Cnica

    Um cone imaginrio em contato com a esfera a base para a elaborao do mapa. Os meridianosformam uma rede de linhas retas convergentes nos plos e os paralelos formam crculos concntricos. Essaprojeo utilizada para representar partes da superfcie terrestre, como o trecho de um continente.

    Na projeo cnica, as distores prximas ao paralelo de contatocom o cone so pequenas e aumentam medida que assuperfcies representadas se distanciam desse paralelo.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/1805http://pt.wikipedia.org/wiki/Cart%C3%B3grafohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Mollweidehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Proje%C3%A7%C3%A3o_de_Mercatorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Proje%C3%A7%C3%A3o_de_Mercatorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Mollweidehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cart%C3%B3grafohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1805
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    Projeo plana ou azimutal

    O mapa numa projeo azimutal construdo sobre um plano tangente a um ponto qualquer daesfera terrestre. Este ponto ocupa sempre o centro do mapa. A projeo azimutal usada, em geral, pararepresentar as regies polares e suas proximidades e para localizar um pas na posio central, tornandopossvel o clculo de sua distncia em relao a qualquer ponto da superfcie terrestre. O emblema da ONU uma projeo azimutal.

    EXERCCIOS DE APLICAO:

    01)(SIMULAO ENEM/2009)

    O desenho do artista uruguaio Joaqun Torres-Garca trabalha com uma representao diferente da usual da AmricaLatina. Em artigo publicado em 1941, em que apresenta a imagem e trata do assunto, Joaqun afirma:

    Quem e com que interesse dita o que o norte e o sul? Defendo a chamada Escola do Sul por que na realidade, nossonorte o Sul. No deve haver norte, seno em oposio ao nosso sul. Por isso colocamos o mapa ao revs, desde j, eento teremos a justa ideia de nossa posio, e no como querem no resto do mundo. A ponta da Amrica assinalainsistentemente o sul, nosso norte.

    TORRES-GARCA, J. Universalismo constructivo. Buenos Aires: Poseidn, 1941. (com adaptaes).

    O referido autor, no texto e imagem acima,

    (A) privilegiou a viso dos colonizadores da Amrica.(B) questionou as noes eurocntricas sobre o mundo.

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    (C) resgatou a imagem da Amrica como centro do mundo.(D) defendeu a Doutrina Monroe expressa no lema Amrica para os americanos.(E) props que o sul fosse chamado de norte e vice-versa.

    02)(ENEM/2010) Pensando nas correntes e prestes entrar no brao que deriva da Corrente do Golfo para onorte, lembrei-me de um vidro de caf solvel vazio. Coloquei no vidro uma nota cheia de zeros, uma bolacor rosa-choque. Anotei a posio e data: Latitude 4949N, Longitude 2349W. Tampei e joguei na gua.Nunca imaginei que receberia uma carta com a foto de um menino noruegus, segurando a bolinha e a

    estranha nota.KLINK, A. Parati: entre dois polos. So Paulo: Companhia das Letras, 1998 (adaptado).

    No texto, o autor anota sua coordenada geogrfica, que A) a relao que se estabelece entre as distncias representadas no mapa e as distncias reais dasuperfcie cartografada.B) o registro de que os paralelos so verticais e convergem para os polos, e os meridianos so crculosimaginrios, horizontais e esquidistantes.C) a informao de um conjunto de linhas imaginrias que permitem localizar um ponto ou acidentegeogrfico na superfcie terrestre.D) a latitude como distncia em graus entre um ponto e o Meridiano de Greenwich, e a longitude como adistncia em graus entre um ponto e o Equador.E) a forma de projeo cartogrfica, usado para navegao, onde os meridianos e paralelos distorcem asuperfcie do planeta.

    03)(ENEM/2006)No Brasil, verifica-se que a Lua, quando esta na fase cheia, nasce por volta das 18 horas ese pe por volta das 6 horas. Na fase nova, ocorre o inverso: a Lua nasce s 6 horas e se pe s 18 horas,aproximadamente. Nas fases crescente e minguante, ela nasce e se pe em horrios intermedirios.

    Sendo assim, a Lua na fase ilustrada na figura acima poder ser observada no ponto mais alto de suatrajetria no cu por volta de:

    a) meia-noite.b) trs horas da madrugada.c) nove horas da manha.d) meio-dia.e) seis horas da tarde.

    04)(ENEM/2004) Entre outubro e fevereiro, a cada ano, em alguns estados das regies Sul, Sudeste eCentro-Oeste, os relgios permanecem adiantados em uma hora, passando a vigorar o chamado horrio devero. Essa medida, que se repete todos os anos, visa:

    a) promover a economia de energia, permitindo um melhor aproveitamento do perodo de iluminaonatural do dia, que maior nessa poca do ano.

    b) diminuir o consumo de energia em todas as horas do dia, propiciando uma melhor distribuio dademanda entre o perodo da manh e da tarde.

    c) adequar o sistema de abastecimento das barragens hidreltricas ao regime de chuvas, abundantesnessa poca do ano nas regies que adotam esse horrio.

    d) incentivar o turismo, permitindo um melhor aproveitamento do perodo da tarde, horrio em que osbares e restaurantes so mais freqentados.

    e) responder a uma exigncia das indstrias, possibilitando que elas realizem um melhorescalonamento das frias de seus funcionrios.

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    05)(UFLA/2008)Assinale a alternativa que apresenta a interpretao CORRETA do mapa abaixo.

    a) A regio de maior altitude do mapa localiza-se no quadrante C1.

    b) Os quadrantes A1 e B4 possuem terrenos de elevada declividade.c) O quadrante D2 possui maior altitude, ao ser comparado com o quadrante B3.d) O quadrante C3 pode ser caracterizado como um vale.e) todas as alternativas esto corretas.

    06)(FUVEST)A figura abaixo uma representao de um campo de futebol.

    Considerando os pontos cardeais e colaterais representados na figura acima, marque a alternativa que

    apresenta as direes em que uma bola deve ser lanada, em seqncia, pelos jogadores A, C, E, J, L, Ipara que chegue ao jogador 1.a) Oestenordestesudesteoestesulsudoesteb) Lestenordestesudestelestenortesudestec) Lestenoroestesudoesteoestesulsudested) Oestenordestesudestelestenortesudoeste

    07)(UFG/2001) O sistema de coordenadas geogrficas, adotado atualmente como uma conveno mundial,foi concebido na Grcia Antiga e visava a facilitar a localizao de qualquer ponto na esfera terrestre, apartir do cruzamento entre um paralelo e um meridiano. Considerando-se as caractersticas desse sistema,uma cidade fictcia, com coordenadas iguais a 7 00 de longitude Leste e 6o 50 de latitude Sul, estarialocalizada aa) 5 20 ao norte da latitude 12 10 Sul.

    b) 15 30 a leste da longitude 7 30 Leste.

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    c) 6 10 ao sul da latitude 13 00 Sul.d) 8 30 a oeste da longitude 15 30 Leste.

    08) (UFMG/2000) Observe os planisfrios, construdos a partir de projees diferentes.

    A partir da anlise e da interpretao dos planisfrios, todas as alternativas esto corretas, EXCETO:a) A representao correspondente ao Planisfrio 1 expressa as reais propores entre os diferentescontinentes que compem a superfcie terrestre.

    b) A representao correspondente ao Planisfrio 2 mostra deformaes de reas que so tanto maioresquanto mais elevadas altitudes.c) A representao correspondente ao Planisfrio 1 possibilita a percepo correta da configurao dasmassas continentais, principalmente nas regies intertropicais.d) A representao correspondente ao Planisfrio 2 utilizada intensamente na navegao area emartima, pela viabilidade de se traarem nela, com preciso, os rumos de uma rota.e) A cartografia das reas situadas nas latitudes superiores a 80 N e S invivel, nas duasrepresentaes, devido ao excesso de deformao decorrente do processo de projeo.

    09)(UFSJ/2009) Observe o mapa abaixo.

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    macio de Urucum (MS), mangans do Amap e formao da Chapada Diamantina eSerra do Espinhao. Formao das rochas magmticas e os primeiros escudos. Formaono Brasil dos escudos cristalinos e das serras do Mar e Mantiqueira. Existncia de doiscontinentes (Arqueo-rtico e Indo-Afro-Brasileiro). Formao dos oceanos.

    Azico Ausncia de vida. Perodo de maior durao da histria da Terra. Perodo de resfriamentoda Terra, solidificao dos minerais e formao das primeiras rochas, as magmticas.

    2- ESTRUTURA DA TERRATodos os estudos a respeito do interior da Terra apresentam, basicamente, uma estrutura

    concntrica constituda por trs camadas principais:- a camada externa (crosta terrestre)- o manto (camada intermediria)- o ncleo (nife)

    3- DERIVA DOS CONTINENTES

    Teoria da Deriva Continental1200 milhes de anos: nessa fase inicial da evoluo da superfcie do globo terrestre, a Pangea

    ou Pangia era, praticamente, uma nica e extensa massa continental.2 150 milhes de anos: nessa outra fase da Deriva dos Continentes, o supercontinente da

    Pangia j estava nitidamente separado em dois grandes continentes: o da Laursia e o de Gondwana.3 100 milhes de anos: o deslocamento dos blocos continentais continuou ao longo de muitos

    milhes de anos, dividindo Gonswana, nessa fase, nas terras da Amrica do Sul, da frica, da Austrlia eda Antrtida.

    4 50 milhes de anos: nessa ltima fase da Deriva dos Continentes, a Laursia j se haviadividido em Amrica do Norte e Eursia (Europa e sia), e assim ficou moldada a atual conformao doscontinentes.

    Formulada por Pratt em 1869, e aperfeioada por Hayford, em 1909, segundo a qual a Terra tende

    a tomar permanentemente uma forma de equilbrio isosttico, isto , de compensao de presses.Quando se faz uma sobrecarga numa regio a massa de sial obrigada a penetrar no sima. Como

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    compensao, outras regies prximas sofrem, necessariamente, uma elevao (...). Isostasia , portanto,uma condio de equilbrio que se realiza entre as diversas partes da crosta terrestre. o equilbriofundamental entre as massas continentais e ocenicas. Alm disso, ele relacionou a movimentao doscontinentes com a existncia de correntes convectivas ou foras subjacentes no sima ou manto.

    4- TECTNICA (DINMICA) DE PLACAS

    A teoria das placas tectnicas (1967), sugere que a crosta terrestre flutua, isto , movimenta-sesobre um substrato pastoso, magmtico ou fludo.

    Essa teoria considera que a massa continental est dividida em seis grandes placas, sendo que oslimites dos continentes no coincidem com os das placas.

    As placas realizam 3 tipos de movimentos: convergente, divergente e tangencial ou transformante.

    Limites de placas e feies caractersticasTipo de limite Tipos de placas envolvidas Eventos geolgicos

    Divergente Oceano-Oceano Expanso do assoalho ocenico, ascenso de magmabsico, vulces, terremotos rasos.

    Continente-Continente Fragmentao do continente, ascenso de magma,vulces, terremotos.

    Convergente Oceano-Oceano Subduco, ascenso de magma, vulces, terremotos,deformao crustal.

    Oceano-Continente Subduco, ascenso do magma, vulces, deformaocrustal, terremotos profundos.

    Continente-Continente Deformao crustal, metamorfismo, terremotosprofundos.

    Transformante Oceano-Oceano TerremotosContinente-Continente Deformao de rochas, terremotos.

    Fonte: GUERRA, 1998. p.70.

    5- AGENTES INTERNOS OU ENDGENOS (RELEVO TERRESTRE)

    Os fatores internos do relevo tm sua origem nas presses que o magma exerce sobre a crostaterrestre. Essas presses podem provocar vulcanismo e outros fenmenos chamados tectnicos, como aformao de dobras e fraturas e a criao de montanhas.

    A diferena entre a temperatura do magma, uma substncia quentssima e por isso fluda, e atemperatura da crosta, que mais baixa, pode resultar em dois fenmenos: em algumas regies, o magmaextravasa para a superfcie, pelos vulces, sob a forma de lavas; em outras, a crosta que se transformanovamente em magma, sugada para o interior do manto. Essa troca de calor, denominada movimento de

    conveco.

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    VULCANISMO

    O magma uma massa pastosa com uma temperatura de mais de 2.000C, desprendendo gasesque pressionam a crosta terrestre.

    Ao pressionar a crosta, o magma pode subir at perto da superfcie, originando fraturas na crosta.Por essas fraturas, ele pode atingir a superfcie, ocorrendo o vulcanismo.

    Existe uma longa faixa da superfcie terrestre onde os fenmenos vulcnicos so muito comum,chamado de Crculo de Fogo do Pacfico.

    TECTONISMOO surgimento (assenso) e o afundamento da superfcie resultam da ao do tectonismo, ou seja, da

    movimentao das placas tectnicas. O tectonismo pode ser classificado em epirogentico e orogenticoQuando h uma grande presso interna vinda do manto, muito comum no limite entre as placas, o

    magma extravasa para a superfcie e se solidifica, o que provoca um afastamento entre duas placas. Mas,se de um lado ocorre afastamento, de outro, diferentes placas podem colidir. Quando essa coliso ocorre, eas rochas vizinhas so moles, d-se formao de montanhas. Essa a origem dos dobramentos dacrosta.

    Devido presso do magma, pode-se formar uma faixa ou zona de tenso e atrito junto ao limiteentre duas placas. Se as rochas vizinhas forem pouco resistentes e no maleveis, possivelmenteocorreram fraturas. Quando os blocos de rochas fraturados deslizam, deslocando-se um em relao aooutro, dizemos que houve falha ou falhamento.

    ABALOS SSMICOSOs abalos ssmicos so tremores que ocorrem no relevo continental ou insular (terremotos ou

    tremores de Terra) e no relevo submarino (maremotos). Os abalos ssmicos tm origem num local chamadohipocentroe se propagam, atravs de ondas ssmicas, at um local da superfcie, chamado de epicentro,onde se manifestam mais desastradamente.

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    6- AGENTES EXTERNOS OU EXGENOS (RELEVO TERRESTRE)

    O relevo terrestre encontra-se em permanente evoluo. Suas formas, criadas pelos agentesinternos, esto constantemente sofrendo a ao de agentes externos, que realizam um trabalho esculturalou de modelagem da paisagem terrestre. Esse trabalho de modelagem contnuo e incessante, e nele atuaum conjunto de agentes como o intemperismo, as guas correntes, o vento, as geleiras e a ao dosmares e dos seres vivos.

    7- MINERAIS E ROCHAS

    Minerais so substncias qumicas, geralmente slidas, encontradas na superfcie da Terra. Apesarde sua variedade, todos os minerais apresentam diversas caractersticas comuns: cada um deles umslido qumico determinado; cada um tem uma estrutura cristalina nica; e na sua maioria nunca fizeramparte de um organismo vivo.

    Diversos tipos de rochas existentes na Terra possuem na sua composio substncias minerais degrande aplicao econmica. Quando essas substncias so utilizadas economicamente, recebem o nomede minrios.

    Rocha um agregado natural formado por um ou mais minerais. De acordo com sua origem, asrochas so classificadas em trs tipos fundamentais: magmticas ou gneas, sedimentares emetamrficas.

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    As rochas magmticas ou gneas so formadas pela solidificao do magma e so antigas eresistentes. Podem ser intrusivas/plutnicas/abissais ou extrusivas/vulcnicas/efusivas. As rochas intrusivasformam-se no interior da Terra pela lenta solidificao do magma. Em funo desta lenta formao a rocha

    apresentar cristais de minerais. J as rochas extrusivas resultam de uma solidificao rpida do magmaquando este entra em contato com a atmosfera durante o vulcanismo. Em funo desta rpida formao osminerais no formam cristais.

    As rochas sedimentares so formadas a partir da destruio de outra rocha pr-existente. Estematerial ento transportado, depositado e posteriormente sofrer processos que iro determinar a suaconsolidao. O intemperismo, ao de agentes como a gua, vento, temperatura, etc, que iro promover adesagregao e decomposio da rocha.

    Fsico: diviso de blocos maiores em menores. Qumico: mudana da composio da rocha em funo de reaes qumicas entre a rocha e

    solues aquosas. Biolgico: ao de plantas que penetram nas fraturas das rochas, decomposio vegetal.Estes desgaste transformam as rochas em partculas ou pequenos detritos, chamados de sedimentos,

    iro ser transportados e depositados em locais mais baixos formando as bacias sedimentares.

    As rochas metamrficasso aquelas que sofrem mudanas na sua forma geral. Estas mudanasdecorrem de novas condies ou de alteraes de temperatura e presso no interior da Terra.

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    8- AS PRINCIPAIS FORMAS DO RELEVO TERRESTRECostuma-se definir as formas do relevo terrestre por seu aspecto, origem e composio, ou seja,

    pela natureza das rochas que as compem. Podemos diferenciar formas no relevo da terra: montanhas,serras, planaltos, plancies e depresses.

    Montanhas: so as maiores elevaes encontradas na superfcie terrestre. D-se o nome decordilheira a um conjunto de montanhas. Exemplo: Montanhas Rochosas (Amrica do Norte),Cordilheira dos Andes (Amrica do Sul), Alpes (Europa), Himalaia (sia) e montes Atlas (frica).

    Serras: so relevos alongados com topos irregulares, por vezes isoladas. Em geral soalinhamentos de montanhas antigas que foram erodidas e mais tarde falhada. As irregularidadesque apresentam se devem a movimentos de acesso e descendo de blocos das rochas fraturadas. Adenominao serras tambm pode se referir s reas de bordas de planalto (escarpas).

    Planaltos: so relevos aplainados que, por sua altitude (em geral superior a 300 metros), destacam-se em relao s reas circundantes. Suas bordas so irregulares e apresentam salincias e

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    reentrncias resultantes da ao de um ou mais agentes erosivos (chuva, rio, vento). Dependendoda natureza das rochas, os planaltos podem assumir diferentes formas. No Brasil, por exemplo,nossos planaltos apresentam: chapadas elevao com escarpas verticais e topo plano; escarpas

    representam a passagem de reas baixas para um planalto. Plancie: superfcie plana, formadas pelo acmulo recente de sedimentos trazidos pela ao do mar,

    dos rios, das chuvas ou mesmo de lagos. Depresses: so reas rebaixadas em relao aos relevos circundantes. Sua origem pode estar

    ligada a processos de eroso ou a afundamentos provocados por falhamentos. Pode ser: absoluta(abaixo do nvel do mar) e relativa (acima do nvel do mar).

    9- PRINCIPAL ESTRUTURA GEOLGICA DA TERRA

    Os escudos cristalinos ocupam cerca de 35% da superfcie brasileira, enquanto as baciassedimentares se estendem por cerca de 58%; o derrame de material vulcnico recobriu os restantes 7% doterritrio.

    No Brasil, as rochas cristalinas agrupam-se em estruturas ou provncias geolgicas chamadasescudos. De forma genrica, identificam-se dois grandes escudos no Brasil: o da Guiana e o Brasileiro, esteltimo dividido em uma srie de ncleos menores.

    Quando depresses dos escudos so preenchidas por detritos ou sedimentos, forma-se as baciassedimentares. Sua importncia econmica relaciona-se com a possibilidade de ocorrncia de combustveisfsseis, como o petrleo e o carvo mineral. No Brasil, identificam-se 8 bacias sedimentares, que ocupam amaior parte do seu territrio.

    As rochas vulcnicas, por vezes, sofrem intemperismo (desagregao fsico-qumica), dando origema um dos solos mais frteis do pas, a chamada terra roxa.

    10- CLASSIFICAO DO RELEVO BRASILEIRO

    Aroldo de Azevedo (dcada de 40)

    Diviso do relevo

    Planaltos: Guianas; Brasileiro (Central, Atlntico, Meridional).

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    Plancies: Amaznica, Pantanal, Costeira, Pampas.

    Critrio: Nvel AltimtricoPlanalto: superfcie levemente ondulada com mais de 200 m de altitude.Plancie: superfcie aplainada com menos de 200 m de altitude.

    Aziz Ab Saber (dcada de 50)

    Diviso do relevo:Planaltos: Guianas; Brasileiro (Maranho Piau, Nordestino, Central, Serras e Planaltos do Leste eSudeste, Meridional, UruguaioSulriograndense).Plancie e terras baixas associadas: Amaznia e Costeira.Plancie tpica: Pantanal.

    Critrios: Processos de eroso e sedimentaesPlanaltos: superfcie e aplainada (ou suavemente ondulada), onde atualmente se verifica o domnio doprocesso erosivo sobre o sedimentar.Plancie: superfcie onde o processo de sedimentao mais atualmente e independe do nvel altimtrico.

    Jurandyr L. S. Ross (dcada de 70 a 85)

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    Diviso do relevo:11 planaltos, 11 depresses e 6 plancies. As depresses ocupam a maior parcela do territrio; em

    segundo lugar esto as reas planlticas e, com uma participao mnima, em terceiro lugar, esto asplancies.

    CritriosAssociar informaes sobre o processo de eroso e de sedimentao dominantes na atualidade

    com informaes sobre a base geolgica-estrutural do terreno, bem como do nvel altimtrico.

    Segundo esse critrio, define-se planalto como uma superfcie irregular, com altitudes superiores a300 metros e originado a partir da eroso sobre rochas cristalinas ou sedimentares. Depresso umasuperfcie geralmente mais plana que os planaltos, com inclinao suave e com altitudes que variam entre100 e 500 metros, resultante de prolongados processos erosivos, tambm sobre superfcies cristalinas ousedimentares. Plancie uma superfcie extremamente plana originada pelo acmulo recente de sedimentosfluviais, marinhos ou lacustres.

    Alm dessas formas de primeira grandeza, a classificao de Jurandyr Ross destaca semelhana das classificaes anterioresformas de menor grandeza (como escarpas, serras e tabuleiros)embutidas nas primeiras.

    SITE INTERESSANTE:www.relevobr.cnpm.embrapa.br

    EXERCCIOS DE APLICAO:

    01)(ENEM/2010)

    http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/
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    TEIXEIRA, W. et. al. (Orgs.) Decifrando a Terra. So Paulo. Companhias Editora Nacional, 2009(adaptado).

    O esquema mostra depsitos em que aparecem fsseis de animais do Perodo Jurssico. As rochas em quese encontram esses fsseis soA) magmticas, pois a ao de vulces causou as maiores extines desses animais j conhecidas aolongo da histria terrestre.B) sedimentares, pois os restos podem ter sido soterrados e litificados com o restante dos sedimentos.C) magmticas, pois so as rochas mais facilmente erodidas, possibilitando a formao de tocas que foramposteriormente lacradas.D) sedimentares, j que cada uma das camadas encontradas na figura simboliza um evento de erosodessa rea representada.E) metamrficas, pois os animais representados precisavam estar perto de locais quentes.

    02)(UFLA/2009)

    03)(UFMG/2009) Leia estes trechos:O interior do Cear voltou a ser atingido por tremores de terra na madrugada de ontem, com abalosssmicos que alcanaram at 3,9 graus na escala Richter. Folha de S. Paulo, 10 mar. 2008. p. C1.(Adaptado)

    A terra voltou a tremer na regio de Carabas, no Norte de Minas Gerais. O abalo ssmico de 4,0 graus naescala Richter ocorreu anteontem noite, onde, em dezembro de 2007, terremoto causou a morte daprimeira vtima de um tremor de terra no Pas. Estado de Minas, 21 de mar. 2008. p. 22. (Adaptado)

    Por volta das 21h de anteontem, um tremor de terra de 5,2 graus na escala Richter assustou moradores deSo Paulo, Rio, Paran e Santa Catarina. Com epicentro na costa brasileira, a cerca de 270 km da capital

    paulista, o terremoto foi considerado moderado por cientistas e gelogos do Pas. Folha de S. Paulo, 24 abr.2008. p. C4. (Adaptado)

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    Considerando-se essas informaes e outros conhecimentos sobre o assunto, INCORRETO afirmar que:A) a ausncia de vtimas no terremoto que afetou parte de So Paulo, Rio de Janeiro, Paran e SantaCatarina explicada pelo fato de, no Centro-Sul do Pas, a construo civil empregar tcnicasantiterremotos eficazes em pases como o Japo.B) a escala Richter utilizada para quantificar a magnitude ssmica de um terremoto ocorrido em continenteou em oceano, desde aqueles registrados somente pelos sismgrafos, at aqueles outros sentidos pelohomem e causadores de grande destruio.C) a mdia, ao fazer uso das expresses tremor de terra, abalo ssmico eterremoto, est-se referindo aum fenmeno geolgico, que tem sua origem associada mobilidade e ao deslocamento das placaslitosfricas.D) as reas continentais distantes das bordas de placas tectnicas como o caso de grande parte doterritrio brasileiro , se revelam, tambm, sismicamente instveis, embora, nelas, os terremotosapresentem magnitude e freqncia reduzidas.

    04)(UFMG/2000)Analise o mapa.

    05)(PUC-MG/2000) Responda a esta questo com base no desenho abaixo:

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    06)(CTU/2008.2) Sobre o relevo brasileiro, marque a alternativa correta.A) muito antigo, por isso apresenta grandes cadeias de montanhas no planalto das Guianas.B) Sua formao, em mares de morro, favorece um clima mais ameno e com vegetao predominante dearaucrias.C) A chapada da Borborema, no Nordeste, facilita a passagem da massa tropical atlntica, ocasionandochuva na regio.D) A ausncia de vulces no territrio brasileiro se deve ao baixo grau geotrmico da Amrica do Sul.E) formado, em sua maioria, por bacias sedimentares, sendo muito antigo e baixo em funo do processoerosivo ao longo dos anos.

    07)(UFOP/2005-2) A figura a seguir apresenta a rea de ocorrncia do tsunami, provocado por terremotos,no fim de dezembro ltimo (2004), o que vitimou milhares de pessoas. Com base no mapa e em seusconhecimentos, incorreto afirmar:

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    A) Considerando a rea afetada, pode-se dizer que o tsunami ocorreu em regio tropical e atingiu somentepases do continente asitico.B) Considerando a localizao geolgica, foi um fenmeno originado pelo choque das placas tectnicas

    localizadas sob o Oceano ndico e seu epicentro ocorreu no norte da ilha de Sumatra.C) Considerando as caractersticas econmicas dos pases atingidos, pode-se afirmar que o fenmenoatingiu pases subdesenvolvidos.D) Considerando as coordenadas geogrficas, pode-se afirmar que o fenmeno atingiu pases localizadosno sul e sudeste da sia e no leste da frica.

    08)(CTU/2007.2) Analisando a distribuio geogrfica das placas tectnicas, vulces e zonas sujeitas aterremotos, pode-se concluir que:A) a grande maioria est nos pases do Sul.B) esses fenmenos ocorrem nas chamadas plancies sedimentares.C) todas as regies de atividade ssmica intensa esto sobre os limites de placas tectnicas.D) nas zonas de contato das placas tectnicas, a crosta se torna mais rgida, favorecendo o escape demagma.

    E) o deslocamento das placas tectnicas sempre causa um choque, seguido de um terremoto e/ouvulcanismo.

    09)(PASES I/2009) Observe as figuras ao lado, que representam, respectivamente, os recursos naturais eas caractersticas geolgicas do territrio brasileiro.

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    Com base na leitura das figuras e em conhecimentos de Geomorfologia, CORRETO afirmar:a) Nas bacias sedimentares situadas ao longo do litoral brasileiro, observa-se a formao de reservasminerais de bauxita, calcrio e fosfato.b) A explorao do carvo se concentra na regio Sul, em funo de sua estrutura geolgica formada deembasamentos cristalinos no perodo do quaternrio.c) A estrutura geolgica da regio Nordeste possibilitou a concentrao de reservas minerais de grandevalor comercial, como amianto, chumbo, calcrio, ferro e carvo.d) A estrutura geolgica do Sudeste propiciou a concentrao de importantes jazidas minerais, como o ferroem Minas Gerais e o petrleo no Rio de Janeiro.e) Nenhuma das Anteriores.

    10)(CTU/2007.2)Trata-se de uma rea relativamente plana, com profundidade mdia de 200 metros e bastante favorvel explorao de petrleo e gs natural. Essa a definio do compartimento do relevosubmarino denominado:A) crosta ocenicaB) regio pelgica ou abissalC) fossa submarinaD) talude marinhoE) plataforma continental

    GABARITO:

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    01-B 02-D 03-A 04-D 05-C06-E 07-A 08-C 09-D 10-E

    CAPTULO 3: SOLOS

    1- FORMAO DOS SOLOS

    Uma rocha qualquer, ao sofrer intemperismo, transforma-se em solo, adquire maior porosidade e,como decorrncia, h penetrao de ar e gua, o que cria condies propicias para o desenvolvimento deformas vegetais e animais. Estas, por sua vez, passam a fornecer matria orgnica superfcie do solo,aumentando cada vez mais sua fertilidade. Assim, o solo constitudo por rocha intemperizada, ar, gua ematria orgnica, formando um manto de intemperismo que recobre superficialmente as rochas da crostaterrestre.

    A matria orgnica, fornecida pela fauna e pela flora decompostas, encontra-se concentradaapenas na camada superior do solo. Essa camada chamada de horizonte A, o mais importante para aagricultura, dada a sua fertilidade. Logo abaixo, com espessura varivel de acordo com o clima, responsvelpela intensidade e velocidade da decomposio da rocha, encontramos rocha intemperizada, ar e gua, queformam o horizonte B. Em seguida, encontramos rocha em processo de decomposio (horizonte C) e,finalmente, a rocha matriz (horizonte D), que originou o manto de intemperismo ou o solo que a recobre.Sob as mesmas condies climticas, cada tipo de rocha origina um tipo de solo diferente, ligado sua

    constituio mineralgica: do basalto, por exemplo, originou-se a terra roxa; do gnaisse, o solo de massap,e assim por diante. importante destacar que solos de

    origem sedimentar, encontrados em baciassedimentares e aluvionais, no apresentamhorizontes, por se formarem a partir doacmulo de sedimentos em umadepresso, e no por ao dointemperismo, mas so extremamentefrteis, por possurem muita matriaorgnica.

    O principal problema ambientalrelacionado ao solo a eroso superficial

    ou desgaste, que ocorre em trs fases:intemperismo, transporte e sedimentao.

    Os fragmentos intemperizados darocha esto livres para seremtransportados pela gua que escorre pelasuperfcie (eroso hdrica) ou pelo vento

    (eroso elica). No Brasil, o escoamento superficial da gua o principal a ser desgastado, a eroso acabacom a fertilidade natural do solo.

    A intensidade da eroso hdrica est diretamente ligada velocidade de escoamento superficial dagua: quanto maior a velocidade de escoamento, maior a capacidade da gua de transportar material emsuspenso; quanto menor a velocidade, mais intensa a sedimentao.

    A velocidade de escoamento depende da declividade do terreno e da densidade da coberturavegetal. Em uma floresta a velocidade baixa, pois a gua encontra muitos obstculos (razes, troncos,

    folhas) sua frente e, portanto, muita gua se infiltra no solo. Em uma rea desmatada, a velocidade deescoamento superficial alta e a gua transporta muito material em suspenso, o que intensifica a eroso ediminui a quantidade de gua que se infiltra no solo.

    Assim, para combater a eroso superficial, h dois caminhos: manter o solo recoberto porvegetao ou quebrar a velocidade de escoamento utilizando a tcnica de cultivo em curvas de nvel, sejaseguindo as cotas altimtricas na hora da semeadura, seja plantando em terraos.

    Para a conservao dos solos, deve-se evitar a prtica das queimadas, que acabam com a matriaorgnica do horizonte A. Somente em casos especiais, na agricultura, deve-se utilizar essa prtica paracombater pragas ou doenas.

    Um problema natural relacionado aos solos de clima tropical, sujeitos a grandes ndicespluviomtricos, a eroso vertical, representada pela lixiviao e pela laterizao. A gua que se infiltra nosolo escoa atravs dos poros, como em uma esponja, e vai, literalmente, lavando os sais mineraishidrossolveis (sdio, potssio, clcio, etc.), o que retira a fertilidade do solo. Essa lavagem chama-se

    lixiviao. Paralelamente a esse processo, ocorre a laterizao ou surgimento de uma crosta ferruginosa, a

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    Os servios pblicos de fornecimento de gua encanada e tratada e o de coleta e tratamento doesgoto domiciliar (saneamento bsico) esto diretamente ligados a sade das pessoas porque evitam variasdoenas. Tambm est ligada a preservao ambiental porque evitam a poluio das guas. Na maioriadas cidades, o saneamento bsico realizado por empresas estatais, controladas pelo governo estadual oumunicipal. Mas em alguns lugares realizado por empresas privadas, fiscalizadas pelo poder pblico.

    Muitas famlias, no entanto, principalmente no meio rural, onde no h servios pblicos desaneamento bsico, precisam conseguir gua por conta prpria. Tambm so elas que decidem o que fazercom o esgoto. A gua costuma ser retirada de poos, fontes ou rios. Para o esgoto, deve-se construir umafossa sptica, evitando seu lanamento em crregos ou rios. Em todos esses casos, importante tomarvrios cuidados. Observe as ilustraes.

    4- Classificao do Solo quanto granulometria

    Solos arenososSo aqueles que tem grande parte de suas partculas classificadas na frao areia, de tamanho

    entre 2mm e 0,05mm, formado principalmente por cristais de quartzo e minerais primrios. Os solosarenosos tm boa aerao e capacidade de infiltrao de gua. Certas plantas emicroorganismos podemviver com mais dificuldades, no entanto, devido pouca capacidade de reteno de gua.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Granulometriahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Plantahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Microorganismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Microorganismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Plantahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Granulometria
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    A preservao do solo, principalmente em reas de encostas, pode ser uma soluo para evitar catstrofesem funo da intensidade de fluxo hdrico. A prtica humana que segue no caminho contrrio a essasoluo A) a arao. B) o terraceamento. C) o pousio. D) a drenagem. E) o desmatamento.

    03)(ENEM/2010) Muitos processos erosivos se concentram nas encostas, principalmente aquelesmotivados pela gua e pelo vento. No entanto, os reflexos tambm so sentidos nas reas de baixada,onde geralmente h ocupao urbana. Um exemplo desses reflexos na vida cotidiana de muitas cidadesbrasileiras

    A) a maior ocorrncia de enchentes, j que os rios assoreados comportam menos gua em seus leitos.B) a contaminao da populao pelos sedimentos trazidos pelo rio e carregados de matria orgnica.C) o desgaste do solo em reas urbanas, causado pela reduo do escoamento superficial pluvial naencosta.D) a maior facilidade de captao de gua potvel para o abastecimento pblico, j que maior o efeito doescoamento sobre a infiltrao.E) o aumento da incidncia de doenas como a amebase na populao urbana, em decorrncia doescoamento de gua poluda do topo das encostas.

    04)(ENEM/2009)As queimadas, cenas corriqueiras no Brasil, consistem em prtica cultural relacionada comum mtodo tradicional de limpeza da terra para introduo e/ou manuteno de pastagem e campos

    agrcolas. Esse mtodo consiste em: (a) derrubar a floresta e esperar que a massa vegetal seque; (b) atearfogo, para que os resduos grosseiros, como troncos e galhos, sejam eliminados e as cinzas resultantesenriqueam temporariamente o solo. Todos os anos, milhares de incndios ocorrem no Brasil, em biomascomo Cerrado, Amaznia e Mata Atlntica, em taxas to elevadas, que se torna difcil estimar a rea totalatingida pelo fogo. Um modelo sustentvel de desenvolvimento consiste em aliar necessidades econmicase sociais conservao da biodiversidade e da qualidade ambiental. Nesse sentido, o desmatamento deuma floresta nativa, seguido da utilizao de queimadas, representaa) mtodo eficaz para a manuteno da fertilidade do solo.b) atividade justificvel, tendo em vista a oferta de mo de obra.c) ameaa biodiversidade e impacto danoso qualidade do ar e ao clima global.d) destinao adequada para os resduos slidos resultantes da explorao da madeira.e) valorizao de prticas tradicionais dos povos que dependem da floresta para sua sobrevivncia.

    05)(UFG/2005)

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    06)(UFJF/2009) Observe o mapa e as figuras a seguir.

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    Correlacionando-se os elementos que atuam na formao dos solos, assinale a alternativa queCORRETAMENTE associa o perfil de solo sua respectiva localizao no mapa.a) X1; Y2; Z3.b) X2; Y1; Z3.c) X3; Y1; Z2.

    d) X2; Y3; Z1.e) X1; Y3; Z2.

    07)(UFJF/2008.2) Observe a gravura.

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    Ela representa o processo de formao do solo. De acordo com a gravura e a pedognese CORRETOafirmar que:a) a baixa capacidade de drenagem de um solo identificada pela cor avermelhada, porque os xidos deferro so levados para o lenol fretico.b) a natureza e o nmero de horizontes permanecem os mesmos em todos os tipos de solos, variandoapenas a espessura dos horizontes.c) o horizonte C o horizonte onde ocorre grande atividade biolgica, por isso tem colorao clara pelapresena da rocha consolidada.d) o solo substrato onde evoluem outros sistemas, tais como os componentes da paisagem: relevo,vegetao, comportamento hdrico.e) o tipo de solo representado nesse perfil o litossolo, porque o horizonte A est assentado diretamentesobre a rocha.

    08)(Centro Universitrio Serra dos rgos/2000)

    09)(UFMG)Analise os perfis de solo caractersticos de alguns domnios morfoclimticos brasileiros.

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    A partir da anlise dos perfis, A, B e C, possvel afirmar-se que esses representam, respectivamente,configuraes dos solos desenvolvidos nos domnios morfoclimticos.a) Amaznico, da Caatinga e do cerrado.

    b) Amaznico, do Cerrado e da Caatinga.c) Caatinga, do Cerrado e Amaznico.d) Cerrado, da Caatinga e Amaznico.e) Nenhuma das Anteriores.

    10)(PUC-MG) Os deslizamentos de encostas podem ser definidos como:a) Movimento lento e imperceptvel dos vrios horizontes do solo.b) Ao erosiva da gua em forma de sulcos.c) Deslocamentos de uma massa do regolito sobre um embasamento ordinariamente saturado de

    gua.d) Movimento que comea com a queda livre de uma massa rochosa que pulverizada no impacto

    produzido.e) Deslocamento rpido de um bloco de terra, quando o solapamento criou um vazio na parte inferior

    da encosta.GABARITO:

    01-A 02-E 03-A 04-C 05-A06-A 07-D 08-B 09-D 10-E

    CAPTULO: CLIMA

    1- CONCEITO DE CLIMAO clima de um lugar determinado pelos elementos e fatores climticos. Os elementos agem

    diretamente sobre o clima. So eles: a temperatura, a chuva (e outros tipos de precipitao), a umidade doar, os ventos e a presso atmosfrica. Esses elementos sofrem alteraes devido ao dos fatores

    climticos, dentre os quais podemos destacar a latitude, a altitude, as correntes martimas, acontinentalidade, vegetao e o relevo.

    Da atuao dos fatores sobre os elementos climticos resulta o tempo, que a combinaomomentnea dos elementos do clima.

    Para se determinar o clima de um lugar qualquer, deve-se analisar as variaes do tempo nesselocal e qual a sua sucesso habitual, resultante da atuao dos fatores sobre os elementos do clima.

    Sendo assim, pode-se aceitar como conceito de clima a definio de Max Sorre. Clima asucesso habitual dos tipos de tempo num determinado lugar da superfcie terrestre.

    2- TIPOS DE NUVEM

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    Influenciado pela sistemtica de Lineu, para classificar plantas e animais, L. Howard, em 1803,produziu o primeiro sistema de classificao das nuvens realmente utilizvel. Contribuiu muito, para suaaceitao geral, no s o uso de uma terminologia latina, muito em moda na poca, como a constataocientfica de que as mesmas formas de nuvens aparecem sobre toda a Terra.

    Na classificao internacional das nuvens incluem-se dez gneros, cujos nomes, aportuguesadosna sua grafia (embora seja de uso quase universal a grafia latina), so:

    1) CirrosCi (vem de cirrus, cacho de cabelo, franja como a penugem de aves )so as nuvens maisaltas, so delicadas, brancas, fibrosas, geralmente esbranquiadas, com aspecto de penas ou flocos de l.Para alguns, lembra um rabo de galo. Pairam altura mdia de 9 km.

    2) CirrocmulosCc aparecem sob forma de bolinhas muito pequenas e brancas, ordenadas em bancosou campos de nuvens. So tambm constitudas por cristais de gelo, mas aparecem raramente.

    3) Cirrostratos Cs mostram-se como vu esbranquiado, fibroso ou liso, mais espesso que os cirros,constitudo predominantemente por cristais de gelo.

    4) Altocmulus Ac so as nuvens denominadas vulgarmente de carneirinhos, como que novelos,habitualmente formadas por gotas de gua lquida, com os bordos claros e zonas sombreadas no interior,reunidas em faixas alongadas.

    5) Altostratos As so, na maior parte das ocorrncias, nuvens em forma de vu uniforme, cinzento-azulado, raramente fibroso, atravs das quais o Sol e a Lua surgem enfraquecidos na sua luminosidade,como se os vssemos por um vidro fumaado. Os altostratos contm gotculas de gua e cristais de gelo,alm de flocos de neve e gotas de chuva.

    6) NimbostratosNs : espessas camadas de nuvens cinzentas-escuras, que tapam por completo a Lua ouo Sol e cuja base inferior reforada por nuvens esfarrapadas, que do chuva ou neve contnuas. A

    precipitao pode no atingir o solo, por se evaporar antes. Os nimbostratos compem-se, como regrageral, de gotas de gua em temperaturas mais baixas que aquela em que ocorre a solidificao (chamado

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    TroposferaCamada inferior da atmosfera, em contato com a superfcie da Terra. Concentra cerca de75% do volume dos gases atmosfricos e onde ocorrem fenmenos como ventos, chuvas, nuvens,etc.

    EstratosferaPossui ar bastante rarefeito e com baixa umidade, o que explica a quase ausncia denuvens. Nela, o ar se movimenta.

    MesosferaTambm chamada de camada intermediria, famosa pela presena do gs oznio quefiltra os raios ultravioletas, nocivos aos seres vivos.

    IonosferaCamada superior da atmosfera, muito rarefeita. rica em partculas de ons e responsvelpela reflexo das ondas longas )de rdio), enviando Terra certas ondas eletromagnticas.

    Exosferaespao sideral.

    4- FATORES DO CLIMA

    Latitudes-A temperatura varia na razo inversa da latitude. Assim, quanto mais baixa for a latitude,mais elevada ser a temperatura.

    Altitude-A temperatura tambm varia na razo inversa da altitude. Assim, quanto maior a altitude,menor a temperatura do ar atmosfrico.

    Massas de Ar -As variaes do tempo atmosfrico, que podem ser normalmente muito bruscas numnico dia ou em perodos mais longos, so causadas pelo deslocamento das massas de ar. Apesar deas massas de ar se localizar numa imensa regio ocenica ou continental, elas se movimentam, entraem choque e empurram umas s outras. Quando uma massa de ar se afasta de sua rea de origem,ela leva consigo, suas caractersticas originais (umidade, temperatura). por isso que massas de armidas tendem a provocar chuvas nas reas que atingem em seu deslocamento. E massas de ar friascostumam provocar queda de temperatura nas reas para onde se deslocam.

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    Continentalidade/Maritimidade-As reas prximas ao mar apresentam, em geral, amplitude trmicapequena, ou seja, sofrem pequenas variaes de temperatura. J as reas localizadas no interior docontinente, onde a influncia martima menor, apresentam oscilaes de temperatura bem maisacentuadas. Cidades com latitudes iguais ou muito prximas, situadas no litoral e no interior doscontinentes, apresentam amplitudes trmicas bastante diferenciadas.

    Correntes Martimas - So grandes massas de gua que se deslocam pelo oceano com condiesprprias de temperatura, salinidade e presso. Possuem grande influncia no clima, alm defavorecerem a atividade pesqueira em reas de encontro de correntes quentes e frias, nas quais h aressurgncia de plncton.

    Vegetao As plantas retiram umidade do solo pela raiz e a enviam atmosfera pelas folhas(evapotranspirao). Alm disso, a vegetao impede que os raios solares incidam diretamente sobrea superfcie. Assim, com o desmatamento, h uma grande diminuio da umidade e, portanto, daschuvas, alm de um aumento significativo das temperaturas mdias.

    Relevo Alm de estar associado altitude, que um fator climtico, o relevo tambm influi natemperatura e na umidade, ao facilitar ou dificultar a circulao das massas de ar. Por exemplo, noBrasil, a disposio longitudinal das serras no Centro-Sul do pas formam um corredor que facilita acirculao da massa polar atlntica e dificulta a circulao da massa tropical atlntica.

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    5- ELEMENTOS DO CLIMA

    TemperaturaAs temperaturas no so iguais em toda a superfcie terrestre. Em geral, variam emfuno da latitude, da altitude e da maritimidade e continentalidade.

    Precipitao A precipitao varia principalmente em funo da latitude e da maritimidade econtinentalidade.

    Presso Atmosfrica A presso atmosfrica no igual em todo o planeta. As diferenas de

    presso atmosfrica ocorrem porque a Terra recebe quantidades desiguais de radiao solar.

    6- PRECIPITAES ATMOSFRICASA chuva, a neve e o granizo so formas de precipitao atmosfrica. A geada e o orvalho so

    tambm hidrometeoros, mas no so formas de precipitao. Todas essas formas resultam inicialmente dacondensao ou da sublimao do vapor dgua. Orvalhocondensao do vapor de gua atmosfrica sobre a superfcie. Geada a solidificao do vapor dgua sobre a superfcie pelo processo de sublimao. O orvalho

    congelado , tambm chamado de geada, mas trata-se de outra formao fsica. Neve precipitao de cristais de gelo que tiveram sua origem na cristalizao da umidade

    atmosfrica a 0C ou a temperaturas inferiores a esta e em condies calmas (sem ventos). A neve seforma pela sublimao do valor dgua.

    Granizoso as pedras de gelo que caem durante chuvas fortes e rpidas, normalmente originrias

    de nuvens do gnero cumulonimbos. Neblina originada da condensao de vapor dgua junto superfcie terrestre, devido ao

    resfriamento noturno. Chuva precipitao de gotas dgua, oriundas da juno de milhes de gotculas que formam as

    nuvens.

    A trs tipos fundamentais de chuva. Chuva frontal: quando causada pelo encontro de uma massa fria com outra quente (e mida).

    Chuva de convectiva: provocada pela ascenso do ar que se aquece em contato com a superfcie dosolo.

    Chuva orogrfica: quando os ventos midos se elevam resfriam pelo encontro de uma barreiramontanhosa, como normal nas encostas voltadas para o mar.

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    Semirido ndice pluviomtrico relativamente baixo, entre 300 e 600 mm anuais, a temperaturamdia anual superior a 25C.

    SubtropicalTemperatura mdia entre 15 e 20C nos meses de vero e, no inverno entre 0 e 10C;as chuvas concentram-se mais no vero sem apresentar grandes diferenas.

    Tropical Clima apresenta ndice pluviomtrico entre 1.000 e 2.000 mm anuais, concentrando aschuvas no vero e com maior ndice nas reas litorneas; temperatura mdia anual superior a 20C,sendo nos meses de inverno inferior a 18C.

    Tropical de AltitudeApresenta temperatura amena, com mdias trmicas entre 17 e 22C, sendo asmenores temperaturas nas reas litorneas de posio barlavento, com ndice pluviomtrico mdio de1.500 mm.

    9- CLIMA DO MUNDO

    Equatorial Chuvas abundantes, acima de 2.000 mm anuais, temperatura mdia anual em torno de25C ; possui pequena amplitude trmica anual.

    Polar Regies com gelo e neve permanente e mdia de temperatura inferior a 0C; a precipitaoocorre em forma de neve variando entre 100 e 200 mm ao ano, apresenta inverno durante 7 a 8meses.

    Temperado Dividido em dois tipos: Continental onde a influncia dos mares e oceanos no grande, apresenta elevada amplitude trmica com veres quentes e invernos frios. A temperatura

    mdia anual varia de 8 a 13C com ndice pluviomtrico entre 800 e 2.000 mm nas reas litorneas e inferior a 600 mm nas reas interioranas. Martimo sofre grande influncia dos mares e oceanos,com temperatura regular, sendo o inverno relativamente quente e vero ameno.

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    Desrtico Apresenta baixo ndice pluviomtrico, inferior a 250 mm ano concentradas no vero, atemperatura mdia anual varia de 20 a 30C com acentuada queda durante a noite.

    Mediterrneo Clima de latitude mdia do hemisfrio norte, nas reas banhadas pelo MarMediterrneo, apresenta veres secos e invernos chuvosos.

    10- FENMENOS CLIMTICOS PARTE I

    EL NIO E LA NIA

    El Nio eLa Nia so alteraes significativas de curta durao (12 a 18 meses) na distribuio datemperatura da superfcie da gua do Oceano Pacfico, com profundos efeitos no clima. Estes eventosmodificam um sistema de flutuao das temperaturas daquele oceano chamado Oscilao Sul e, por essarazo, so referidos muitas vezes como OSEN (Oscilao Sul-El Nio ver abaixo). Seu papel noaquecimento e resfriamento global uma rea de intensa pesquisa, ainda sem um consenso.

    O El Nio foi originalmente reconhecido por pescadores da costa oeste da Amrica do Sul,observando baixas capturas, associadas ocorrncia de temperaturas mais altas que o normal no mar,normalmente no fim do ano da a designao, que significa O Menino, referindo -se ao Menino Jesus,relacionado com oNatal.

    Durante um ano normal, ou seja, sem a existncia do fenmeno El Nio, osventosalseos sopramna direo oeste atravs do Oceano Pacficotropical,originando um excesso de gua no Pacfico ocidental,de tal modo que a superfcie do mar cerca de meio metro mais alta nas costas da Indonsia que noEquador. Isto provoca a ressurgncia de guas profundas, mais frias e carregadas de nutrientes na costaocidental da Amrica do Sul, que alimentam oecossistema marinho, promovendo imensas populaes depeixesa pescaria deanchoveta noChile ePeruj foi a maior do mundo, com uma captura superior a 12milhes de toneladas por ano. Estes peixes, por sua vez, tambm servem de sustento aos pssarosmarinhos abundantes, cujas fezes depositadas em terra, oguano,servem de matria prima para a indstriadefertilizantes.

    Quando acontece um El Nio, que ocorre irregularmente em intervalos de 2 a 7 anos, com umamdia de 3 a 4 anos os ventos sopram com menos fora em todo o centro do Oceano Pacfico resultando

    http://pt.wikipedia.org/wiki/La_Ni%C3%B1ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Temperaturahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_Pac%C3%ADficohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Climahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_globalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sulhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Marhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Natalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ventohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ventohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Al%C3%ADseohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tropicalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Indon%C3%A9siahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Equadorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ressurg%C3%AAnciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Nutrientehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ecossistemahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Peixehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Anchovetahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Chilehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Peruhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Guanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fertilizantehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fertilizantehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Guanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Peruhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Chilehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Anchovetahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Peixehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ecossistemahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Nutrientehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ressurg%C3%AAnciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Equadorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Indon%C3%A9siahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tropicalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Al%C3%ADseohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ventohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Nino.gifhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Natalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Marhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sulhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_globalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Climahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_Pac%C3%ADficohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Temperaturahttp://pt.wikipedia.org/wiki/La_Ni%C3%B1a
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    numa diminuio da ressurgncia de guas profundas e na acumulao de gua mais quente que o normalna costa oeste da Amrica do Sul e, conseqentemente, na diminuio da produtividade primria e daspopulaes de peixe.

    Outra conseqncia de um El Nio a alterao do clima em todo o Pacfico equatorial: as massasde ar quentes e midas acompanham a gua mais quente, provocandochuvas excepcionais na costa oesteda Amrica do Sul e secas na Indonsia e Austrlia.Pensa-se que este fenmeno acompanhado peladeslocao de massas de ar a nvel global, provocando alteraes do clima em todo o mundo. Por exemplo,durante um ano com El Nio, o inverno mais quente que a mdia nos estados centrais dos EstadosUnidos, enquanto que nos do sul h mais chuva; por outro lado, os estados do noroeste do Pacfico(Oregon,Washington,Colmbia Britnica)tm um inverno mais seco. Os veres excepcionalmente quentesnaEuropa e as secas emfrica parecem estar igualmente relacionadas com o aparecimento do El Nio.

    La Nia o fenmeno inverso, caracterizado por temperaturas anormalmente frias, tambm no fimdo ano, na regioequatorial do Oceano Pacifico, muitas vezes (mas no sempre) seguindo-se a um El Nio.Tambm j foi denominado como El Viejo (O Velho, ou seja, a anttese do menino) ou ainda o Anti -ElNio.

    O inicio e fim do El Nio e determinado pela dinmica do sistema oceano-atmosfera, e umaexplicao fsica do processo complicada para que o leitor possa entender um pouco sobre isso, prope-se um "modelinho simples", extrado do livro El Nio e Voc, de Gilvan Sampaio de Oliveira.

    1) Imagine uma piscina (obviamente com guadentro), num dia ensolarado;2) Coloque numa das bordas da piscina umgrande ventilador, de modo que este seja dalargura da piscina;3) Ligue o ventilador;4) O vento ir gerar turbulncia na gua dapiscina;5) Com o passar do tempo, voc observar umrepresamento da gua no lado da piscina oposao ventilador e at um desnvel, ou seja, o nveda gua prximo ao ventilador ser menor quelado oposto a ele, e isto ocorre pois o vento es

    "empurrando" as guas quentes superficiais pao outro lado, expondo guas mais frias daspartes mais profundas da piscina.

    exatamente isso que ocorre no Oceano Pacfico sem a presena do El Nio, ou seja, esse opadro de circulao que observado. O ventilador faz o papel dos ventos alsios e a piscina, claro, doOceano Pacfico Equatorial. guas mais quentes so observadas no Oceano Pacfico Equatorial Oeste.Junto costa oeste da Amrica do Sul as guas do Pacfico so um pouco mais frias.

    CONSEQUNCIAS DO EL NINO: Regio Norte: diminuio da precipitao e secas; aumento do risco a incndios florestais. Regio Nordeste: secas severas. Regio Sudeste: moderado aumento das temperaturas mdias; aumento das temperaturas no

    inverno; no h mudana no padro das chuvas. Regio Centro-Oeste: no h mudana no padro das chuvas; temperaturas acima da mdia. Regio Sul: precipitaes abundantes; aumento da temperatura mdia.

    CONSEQUNCIAS DO LA NINA: Regio Norte: aumento de precipitao e vazes de rios. Regio Nordeste: aumento de precipitao e vazes de rios. Regio Sudeste: rea com baixa previsibilidade. Regio Centro-Oeste: rea com baixa previsibilidade. Regio Sul: secas severas.

    INVERSO TRMICATrata-se de um fenmeno natural que pode ocorrer em qualquer parte do planeta. Costumaacontecer no final da madrugada e no incio da manh, particularmente nos meses de inverno. No fim damadr gada d se o pico de perda de calor do solo por irradiao q ando portanto registram se as

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Produtividade_prim%C3%A1riahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Chuvahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Austr%C3%A1liahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos_da_Am%C3%A9ricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos_da_Am%C3%A9ricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oregonhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Washingtonhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%BAmbia_Brit%C3%A2nicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Europahttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81fricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_do_Equadorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_do_Equadorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81fricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Europahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%BAmbia_Brit%C3%A2nicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Washingtonhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oregonhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos_da_Am%C3%A9ricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos_da_Am%C3%A9ricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Austr%C3%A1liahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Chuvahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Produtividade_prim%C3%A1ria
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    temperaturas mais baixas, tanto do solo quanto do ar. Assim prximo ao solo, o ar mais frio e mais denso,ficando retido junto ao solo. Camadas mais elevadas da atmosfera so ocupadas com ar relativamente maisquente; que no consegue descer. Ocorre, assim, uma estabilizao momentnea da circulao atmosfricaem escala local, caracterizada por uma inverso das camadas: o ar frio fica embaixo e o ar quente acima,fenmeno definido como inverso trmica. Logo aps, o nascer do sol, medida que vai havendo oaquecimento do solo e do ar prximo a ele, o fenmeno vai gradativamente desfazendo-se. O ar aquecidosobe e a inverso trmica se desfaz.

    EFEITO ESTUFA O efeito estufa, que consiste na reteno de calor irradiado pela superfcie terrestre, pelas partculas

    de gases e de gua em suspenso na atmosfera, garante a manuteno do equilbrio trmico do planeta e,portanto, a sobrevivncia das vrias espcies vegetais e animais. Sem isso, certamente, seria impossvel avida na Terra ou, pelo menos, a vida como a conhecemos hoje.

    Assim, feita essa importante ressalva, a intensificao do efeito estufa, de que tanto se falaultimamente, resulta, a rigor, de um desequilbrio na composio atmosfrica, provocada pela crescenteelevao da concentrao de certos gases que tm capacidade de absorver calor, como o caso dometano, dos clorofluorcarbonos (CFCs), mas principalmente do dixido de carbono (CO2). Essa elevaodos nveis de dixido de carbono na atmosfera se deve crescente queima de combustveis fsseis e dasflorestas, desde a Revoluo Industrial.

    11- FENMENOS CLIMTICOS - PARTE IIILHA DE CALOR

    Outro fenmeno climtico tpico das grandes cidades, que tambm colabora para aumentar osndices de poluio nas regies centrais da mancha urbana a ilha de calor.

    A ilha de calor um fenmeno tpico de grandes aglomeraes urbanas. Resulta da elevao dastemperaturas mdias nas zonas centrais da mancha urbana, em comparao com as zonas perifricas oucom as rurais. As variaes trmicas podem chegar at 7C e ocorrem basicamente devido s diferenasde irradiao de calor entre as regies edificadas e as florestas e tambm concentrao de poluentes,maior nas zonas centrais da cidade.

    A substituio da vegetao por grande quantidade de casas e prdios, ruas e avenidas, pontes eviadutos e uma srie de outras construes, que tanto maior quanto mais aproxima do centro das grandescidades, faz aumentar significativamente a irradiao de calor para a atmosfera em comparao com as

    zonas perifricas ou rurais, onde, em geral, maior a cobertura vegetal. Alm disso, nas zonas centrais dacidade, muito maior a concentrao atmosfrica de gases e materiais particulados, lanados pelosautomveis e fbricas, responsveis por um efeito estufa localizado, que colabora para aume ntar areteno de calor. Sem contar os milhares ou, dependendo da cidade, milhes de automveis, que so umagrande fonte de produo de calor, o qual se soma ao calor irradiado pelos edifcios, acentuando ofenmeno da ilha de calor.

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    AS CHUVAS CIDASAntes de qualquer coisa, importante ressaltar que as chuvas, mesmo em ambiente no-poludo, so

    sempre cidas. A combinao de gs carbnico (CO2) e gua (H2O) presentes na atmosfera produz cidocarbnico (H2CO3), que, embora fraco, j torna as chuvas normalmente cidas. Assim, as chuvas cidas, dasquais tanto se fala e que causam graves problemas, so resultantes da elevao exagerada dos nveis deacidez da atmosfera, em conseqncia do lanamento de poluentes produzidos pelas atividades humanas.

    As chuvas cidas so outro fenmeno atmosfrico causado, em escala local e regional, pela emissode poluentes das indstrias, dos transportes e de outras fontes de combusto. Os principais responsveis por

    esse fenmeno so o trixido de enxofre (SO3), que a combinao do dixido de enxofre (SO2), emitido apartir da queima de combustveis fsseis, e do oxignio (O 2), j presente na atmosfera e o dixido denitrognio (NO2).

    A concentrao de trixido de enxofre aumentou na atmosfera como resultado da ampliao do uso decombustveis fsseis nos transportes, nas termeltricas e nas indstrias. Cerca de 90% desse gs eliminadopela queima do carvo e do petrleo. J pelo menos 70%, aproximadamente, do dixido de nitrognio emitidopelos veculos automotores. Enquanto a concentrao do primeiro est gradativamente diminuindo naatmosfera, a do segundo est aumentando, em funo da maior utilizao do transporte rodovirio.

    Os pases que mais colaboram para a emisso desses gases so os industrializados do hemisfrionorte. Por isso, as chuvas cidas ocorrem com mais intensidade nesses pases, principalmente no nordeste da

    Amrica do Norte e na Europa Ocidental.

    PROBLEMAS DO LIXO

    Tradicionalmente, onde h servio de coleta, o lixo depositado em terrenos usados exclusivamentepara esse fim, os chamados lixes, que so depsitos a cu aberto, ou ento enterrado e compactado ematerros sanitrios. Ambos se localizam, em geral, na periferia dos grandes centros. Esses locais sofrem gravesimpactos ambientais. comum tambm o lixo ser depositado em terrenos baldios. Essa prtica muito comumnas grandes cidades do mundo subdesenvolvido, nos bairros onde no h o servio de coleta ou ele ineficiente.Vejamos os principais: Proliferao de insetos (baratas, moscas) e ratos, que podem transmitir vrias doenas, tais como a

    peste bubnica, a dengue etc. Decomposio bacteriana da matria orgnica (frao biodegradvel do lixo, predominante nos pases

    subdesenvolvidos), que alm de gerar um mau cheiro tpico, produz um caldo escuro e cidodenominado chorume, o qual, nos grandes lixes infiltra-se no subsolo, contaminando o lenol fretico.

    Contaminao do solo e das pessoas que manipulam o lixo com produtos txicos.

    Acmulo de materiais no-biodegradveis.Alm disso, como conseqncia de problemas sociais, os lixes tornaram-se palco de cenas quemostram at que ponto pode chegar a degradao humana: todos os dias, milhares de pessoas, os catadoresde lixo afluem para os lixes em vrias cidades do mundo subdesenvolvido, em busca de restos de alimentos ede alguns objetos teis para seu miservel dia a dia. Acrescente-se, ainda, um problema de ordem esttica,pois o lixo torna a paisagem urbana feia e suja, causando poluio visual.

    Para o lixo orgnico, predominante nos pases subdesenvolvidos, o ideal seria o retorno do lixo ao solo,para servir como adubo orgnico ou tambm para a produo de gs metano, resultante da fermentaoanaerbica, que pode ser usado como combustvel. Em muitos pases, foram construdas usinas decompostagem para o processamento do lixo orgnico destinado produo de metano e de adubo. No Brasil,como aproximadamente 70% do total do lixo domiciliar orgnico, essa uma boa sada para o pas.

    J para o lixo inorgnico, o ideal seria a coleta seletiva, que possibilitaria a reciclagem de grande partedos materiais contidos no lixo domiciliar e industrial. Materiais como vidros, plsticos, latas de alumnio e lato,papeis e vrios tipos de metais podem ser reciclados. Isso feito de forma significativa em pases europeus eno Japo. Na Frana, 25% do vidro reciclado, chegando a 50% na Alemanha, na Dinamarca e na Sucia.

    Ainda na Frana, recicla-se 3% do papel (excluindo o lixo domiciliar, esse ndice chega a 35%) e de 25 a 35%do ferro, porm apenas 1% das garrafas plsticas. Veja que ainda so ndices muito baixos (o que dizer entodos pases subdesenvolvidos, como o Brasil?)

    12 - FENMENOS CLIMTICOS - PARTE III

    POLUIO ATMOSFRICAProvocada pela emisso de poluentes pela indstria, pelos veculos ou queimadas, compromete a

    qualidade do ar que respiramos. Em algumas reas, como na cidade do Mxico, recentemente o governocondicionou a circulao de veculos para amenizar os efeitos da poluio. Em Roraima, as queimadas foi h

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    OS COMPROMISSOS DA ECO /92Na ECO /92, trs grandes documentos foram assinados, pela maioria dos pases.

    A Agenda 21Que define aes mundiais para o sucesso do desenvolvimento sustentvel. A Conveno das Mudanas Climticas Tem por objetivo estabelecer programas de proteo aatmosfera. A Conveno sobre a Biodiversidade Visava a preservao das espcies, mas com especial trato paraaquelas em extino. (?).

    RESULTADOS INSATISFTORIO

    Confira os principais tpicos da Declarao de Joanesburgo:gua e

    saneamentoMeta de reduo pela metade do nmero de pessoas sem acesso a gua potvel oua servio de saneamento bsico, at 2015.

    Energia Compromisso em favor do uso de energias renovveis, mas sem fixao de metas ouprazos, o que, na prtica, pode torna-lo sem efeito.

    Pesca Acordo que prev a recuperao, at 2015, de reservas de pesca comercialdeterioradas.

    Produtosqumicos

    Compromisso de que, at 2020, tais produtos devero ser fabricados e utilizados deforma a minimizar os impactos sobre o meio ambiente, no foi estabelecida meta dereduo.

    Biodiver-

    sidade

    Vago compromisso de reduo significativa da extino das espcies, no foi fixada

    nenhuma meta ou prazo a respeito da preservao de animais.Sade Acordo firmado no mbito da Organizao Mundial do Comrcio (OMC) garante aos

    pases pobres acesso a medicamentos.Ajuda aos

    pasespobres

    Confirmao do propsito de as naes desenvolvidas destinarem 0,7% do PIB paraassistncia ao mundo em desenvolvimento. Cinco pases j cumpriam: Dinamarca,Luxemburgo, Holanda, Noruega e Sucia.

    PESQUISE NA WEBwww.lixo.com.br

    FILME RECOMENDADO:O DIA, DEPOIS DE AMANH.

    EXERCCIOS DE APLICAO:

    01)(ENEM/2011) O fenmeno de ilha de calor o exemplo mais marcante da modificao das condies iniciaisdo clima pelo processo de urbanizao, caracterizado pela modificao do solo e pelo calor antropognico, oqual inclui todas as atividades humanas inerentes sua vida na cidade.

    BARBOSA, R. V. R. reas verdes e qualidade trmica em ambientes urbanos: estudo em microclimas em Macei. So Paulo: EdUSP, 2005.

    O texto exemplifica uma importante alterao socioambiental, comum aos centros urbanos. A maximizaodesse fenmeno ocorre

    A) pela reconstruo dos leitos originais dos cursos dgua antes canalizados.B) pela recomposio de reas verdes nas reas centrais dos centros urbanos.C) pelo uso de materiais com alta capacidade de reflexo no topo dos edifcios.D) pelo processo de impermeabilizao do solo nas reas centrais das cidades.

    E) pela construo de vias expressas e gerenciamento de trfego terrestre.

    02)(ENEM/2010) Os lixes so o pior tipo de disposio final dos resduos slidos de uma cidade,representando um grave problema ambiental e de sade pblica. Nesses locais, o lixo jogado diretamente nosolo e a cu aberto, sem nenhuma norma de controle, o que causa, entre outros problemas, a contaminao dosolo e das guas pelo chorume (lquido escuro com alta carga poluidora, proveniente da decomposio damatria orgnica presente no lixo).

    RICARDO, B.; CANPANILLI, M. Almanaque Brasil Socioambiental 2008. So Paulo, Instituto Sociambiental,2007.

    Considere um municpio que deposita os resduos slidos produzidos por sua populao em um lixo. Esse

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    procedimento considerado um problema de sade pblica porque os lixesA) causam problemas respiratrios, devido ao mau cheiro que provm da decomposio.B) so locais propcios a proliferao de vetores de doenas, alm de contaminarem o solo e as guas.C) provocam o fenmeno da chuva cida, devido aos gases oriundos da decomposio da matria orgnica.D) so instalados prximos ao centro das cidades, afetando toda a populao que circula diariamente na rea.E) so responsveis pelo desaparecimento das nascentes na regio onde so instalados, o que leva escassez de gua.

    03)(ENEM/2005)Em uma rea observa-se o seguinte regime pluviomtrico:

    Os anfbios so seres que podem ocupar tanto ambientes aquticos quanto terrestres. Entretanto, h espciesde anfbios que passam todo o tempo na terra ou ento na gua. Apesar disso, a maioria das espciesterrestres depende de gua para se reproduzir e o faz quando essa existe em abundncia. Os meses do anoem que, nessa rea, esses anfbios terrestres poderiam se reproduzir mais eficientemente so de:(A) setembro a dezembro.(B) novembro a fevereiro.(C) janeiro a abril.(D) maro a julho.(E) maio a agosto.

    04)(ENEM/2007)Um poeta habitante da cidade de Poos de CaldasMG assim externou o que estavaacontecendo em sua cidade:Hoje, o planalto de Poos de Caldas no

    serve mais. Minrio acabou.S mancha, nunclemais.Mas esto tapando os buracos, trazendo parac Torta II1,aquele lixo do vizinho que voc no gostariade ver jogado no quintal da sua casa.Sentimentos mil: do povo, do poeta e do Brasil.Hugo Pontes. In: M.E.M. Helene. A radioatividade e o lixo nuclear. So Paulo: Scipione, 2002, p. 4.

    1Torta IIlixo radioativo de aspecto pastoso.

    A indignao que o poeta expressa no verso Sentimentos mil: do povo, do poeta e do Brasil est relacionadacom:

    a) a extino do minrio decorrente das medidas adotadas pela metrpole portuguesa para explorar asriquezas minerais, especialmente em Minas Gerais.b) a deciso tomada pelo governo brasileiro de receber o lixo txico oriundo de pases do Cone Sul, o que

    caracteriza o chamado comrcio internacional do lixo.c) a atitude de moradores que residem em casas prximas umas das outras, quando um deles joga lixo no

    quintal do vizinho.d) as chamadas operaes tapa-buracos, desencadeadas com o objetivo de resolver problemas de

    manuteno das estradas que ligam as cidades mineiras.e) os problemas ambientais que podem ser causados quando se escolhe um local para enterrar ou

    depositar lixo txico.

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    Disponvel em: .Acesso em: 20 jun. 2009. Adaptado.

    A regio descrita :a) Campanha Gacha.b) Serto do Cariri.

    c) Serto dos Confins.d) Serto de Gois.e) Zona do Cacau.

    08)(PASES I/2009) A regio amaznica apresenta uma grande diversidade de fauna e flora e se caracterizapelo clima tropical mido. No entanto, durante o inverno, pode ocorrer uma brusca alterao nas condies detempo, causando a diminuio da temperatura do ar, o que modifica suas caractersticas ambientais. Assinale aalternativa que indica CORRETAMENTE o fenmeno vinculado a esta mudana temporria nas condies detempo da Amaznia:a) El Nio.b) La Nia.c) Friagem.d) Tempestade.

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    IV- O efeito estufa constitui um fenmeno natural, sua ausncia causaria resfriamento, prejudicando a vida noplaneta.

    Marque a alternativa correta.A) Todas as afirmativas esto corretas.B) Apenas as afirmativas I e II esto corretas.C) Apenas as afirmativas II e IV esto corretas.D) Apenas as afirmativas III e IV esto corretas.

    E) Apenas as afirmativas I e III esto corretas.

    GABARITO:

    01-D 02-B 03-B 04-E 05-A06-A 07-A 08-C 09-D 10-C

    CAPTULO: HIDROGRAFIA

    1- INTRODUOMuitas das principais cidades do Brasil e do mundo esto situadas s margens de rios ou cortadas por

    eles, como, por exemplo, Manaus. Alm de fornecer gua para o abastecimento das cidades e das indstrias,os rios so usados como vias de transporte e para gerar energia eltrica.

    Muitos deles servem de limite entre pases, como o Rio Grande, que separa os EUA do Mxico e o RioParan, que faz fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.

    Entretanto, os rios no so as nicas guas que existem nos continentes. Entre as guas superficiais,ou seja, que escoam sobre a superfcie terrestre existem ainda os lagos e as geleiras. Alm disso, as guaspodem se alojar em compartimentos subterrneos ou aqferos. So as guas subterrneas, que compreendemgrande parte dos recursos hdricos para o uso do homem, os chamados mananciais.

    2- AS GUAS SUBTERRNEASSo as guas que infiltram no solo aps as precipitaes. Entre as rochas que formam o solo existem

    espaos vazios, denominados poros, que so ligados entre si. Absorvida pelo solo, que funciona como umaesponja, a gua, graas fora de gravidade, passa por esses poros e atinge camadas mais profundas,armazenando-se em um reservatrio, onde circula lentamente.

    Toda formao geolgica capaz de armazenar gua em seus espaos vazios denominada aqfero.

    Existem dois tipos de aqfero. O primeiro, denominado livre ou fretico, est mais prximo dasuperfcie e pode ser facilmente aproveitado. No segundo tipo, a gua fica armazenada em profundidade epresa entre duas camadas de rochas impermeveis. So os aqferos confinados, explorados atravs depoos artesianos, que usam bombas e compressores para extrair a gua.

    Na Amrica do Sul, existe um enorme reservatrio de gua subterrnea o aqfero Guarani queocorre em terras do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e ocupa uma rea de 1.400.000 km2.

    No Brasil, compreende os estados de Mato Grosso do Sul, Gois, Minas Gerais, So Paulo, Paran,Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

    O aqfero Guarani contm cerca de 80% da gua acumulada na bacia sedimentar do Paran. Seusterrenos sedimentares, principalmente o arenito Botucatu, tm alta porosidade e alta permeabilidade e fazemdele um excelente reservatrio de gua.

    3- O CICLO DA GUA

    A gua est em movimento constante. Por causa da fora de atrao gravitacional da Terra e daenergia solar, que fornece calor ao nosso planeta, a gua muda constantemente de lugar e de Estado fsico: Evapora quando o calor intenso. Condensa-se e congela quando a temperatura cai. E no estado lquido, corre das reas mais altas para as mais baixas.

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    4- GUAS CONTINENTAISAs guas continentais compreendem os lenis subterrneos, fontes, giseres, geleiras, rios e lagos.Os riosso cursos de gua natural, intermitente ou permanente, que se deslocam atravs da superfcie

    terrestre graas fora de gravidade.D-se o nome de bacia hidrogrficaao conjunto de um rio principal, seus afluentese subafluentes.

    As bacias hidrografias so separadas entre si pelos divisores de gua ou interflvios, e a parte que se estendeentre dois interflvios, incluindo o leito do rio, as margens, as vrzeas, vertentes e encostas, chama-se vale dorio.

    O trajeto que percorre um rio de sua nascente at a sua foz constitui o seu curso ou caminho. O canalpor onde as guas escoam denomina-se leito, cujo ponto mais profundo recebe o nome de talvegue.

    Quando seguimos o curso de um rio em direo sua nascente, estamos nos dirigindo a montante;quando tomamos o sentido contrrio, ou seja, no sentido da sua foz, estamos ajusantedo rio.

    Ao longo do seu curso, os rios apresentam curvas em seu traado; so os meandros. O local em queum rio se une, ou seja, a juno entre dois ou mais rios constitui uma confluncia.

    Todos os rios so classificados de acordo com seutipo, que podem ser: perene ou intermitente.O escoamento das guas que caem sobre a superfcie terrestre e que podem dar origem aos rios,

    apresenta uma organizao ou traado, formando uma drenagem. Existem quatro tipos de drenagem fluvial:exorrica (quando as guas escoam para o oceano), endorrica (quando os rios desembocam em lagos oumares internos), arrica (quando as bacias hidrogrficas no apresentam nenhuma estrutura definida, tpica dasregies ridas) e criptorrica (drenagens subterrneas que se formam em solos de formao calcria)

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    5- HIDROGRAFIA BRASILEIRA

    Importncia dos rios O importante