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Química dos Polímeros ETE CONSELHEIRO ANTONIO PRADO QUÍMICA DOS POLÍMEROS Prof a . Maria Cristina Tomasini Casado Prof. Luiz Gustavo Criado Gonçalves Nome: Série: Turno: Nº: Ano: Curso:

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Química dos Polímeros

ETE CONSELHEIRO ANTONIO PRADO

QUÍMICA DOS POLÍMEROS

Profa. Maria Cristina Tomasini Casado

Prof. Luiz Gustavo Criado Gonçalves

Nome:

Série: Turno:

Nº:

Ano:

Curso:

Índice

Química dos Polímeros

PRÁTICA PÁGINA

I – Sintetizando Polímeros

A – Obtenção do RAYON ....................................................................................... 01

B – Obtenção da “GELECA” (Amoeba) .................................................................. 03

C – Obtenção da resina URÉIA-FORMOL ............................................................. 04

D – Obtenção da resina ANILINA-FORMOL .......................................................... 05

E – Obtenção de POLIURETANO .......................................................................... 06

F – Obtenção de VISCO-ELÁSTICO ...................................................................... 07

II – Extração de Polímeros Naturais

A – Extração da Caseína do Leite ......................................................................... 08

B – Produção de Cola a partir da Caseína do Leite .............................................. 09

III – Propriedades dos Polímeros

A – Determinação da Densidade dos Polímeros ................................................. 11

B – Identificação de Polímeros através do Teste de Combustão ........................ 13

C – Mudando a Estrutura Física de um Polímero ................................................ 16

D – Solubilidade de um Polímero ........................................................................ 17

E – Diferenciação entre Polímeros Termoplásticos e Termorrígidos .................. 18

1

Química dos Polímeros

I – SINTETIZANDO POLÍMEROS A – Obtenção do RAYON

O rayon é um material têxtil artificial formado por celulose, substância vegetal, ou

por compostos de celulose purificados e constitui uma fibra semi-sintética.

Há vários processos de sintetizar rayon. Laboratorialmente, o processo mais

comum é a chamado síntese do rayon cupramônio. A fibra possui este nome porque é

obtido a partir da dissolução da celulose numa solução que contem o íon tetraminocobre.

Atualmente, a produção industrial destas fibras é escassa, uma vez que existem

processos mais econômicos. No entanto, estas ainda são utilizadas na fabricação de

certos tecidos, uma vez que são muito finas, macias e resistentes, e em aplicações

especiais.

1 – Material e Reagentes

- Béquer 100 mL

- Funil de Büchner

- Kitassato

- Suporte Universal

- Garra

- Rolhas

- Tubo de Vidro

- Seringa com Agulha

- Papel de Filtro

- Papel Absorvente

- CuSO4 P.A.

- NH4OH concentrado P.A.

- Solução 10% de H2SO4

- Solução 6N de NaOH

2 – Procedimento

- Num béquer de 100 mL, pesar 5 g de CuSO4 e adicionar 20 mL de NaOH 6N.

Agitar.

- Filtrar IMEDIATAMENTE a vácuo e lavar o precipitado com água destilada. Obs.: o

precipitado deve ser azul. NÃO PODE ESTAR VERDE ou ESVERDEADO.

- Transferir o precipitado retido no papel de filtro para um béquer de 100 mL e

adicionar, NA CAPELA, 20 mL de NH4OH concentrado. Agitar.

- Ainda na capela, adicionar, aos poucos, papel absorvente picado, sob agitação,

até obter uma solução ligeiramente viscosa.

2

Química dos Polímeros

- Aspirar somente a solução com uma seringa.

- Fixar verticalmente o tubo de vidro num suporte universal. Obs.: o tubo deve estar

fechado com uma rolha na parte inferior.

- Transferir para o tubo de vidro aproximadamente 150 mL de H2SO4 10%. Fechar o

tubo com uma rolha.

- Retirar a rolha superior do tubo e injetar a solução da seringa de forma contínua.

- Observar a fibra de rayon que se forma e o desaparecimento da coloração da

fibra.

3 – Questões

1. Represente as reações ocorridas na síntese da fibra de rayon.

2. Por que se utiliza papel na síntese laboratorial do rayon?

3

Química dos Polímeros

B – Obtenção da GELECA (amoeba)

O álcool polivinílico é um polímero contendo grupos OH polares ao longo da

cadeia. Os átomos de boro do ácido bórico atuam como ácidos de Lewis e interagem com

alguns grupos OH formando um complexo que altera a estrutura tridimensionalmente

mudando as propriedades do polímero.

1 – Material e Reagentes

- Béquer 400 mL

- Bagueta

- Proveta 100 mL

- Tripé e Tela de Amianto

- Álcool Polivinílico P.A.

- Solução de Ácido Bórico 4%

2 – Procedimento

- Adicionar 4 g de álcool polivinílico em 100 mL de água, num béquer de 400 mL.

Aquecer com agitação até dissolução máxima, SEM DEIXAR EBULIR.

- Adicionar LENTAMENTE ácido bórico 4%, mantendo agitação e aquecimento

FRACO. Obs.: caso queira a sua geleca colorida, adicionar corante orgânico assim

que observar a formação de uma massa.

- Retirar a geleca da solução utilizando a bagueta.

- Estique e modele a sua geleca por várias vezes, até esfriar.

3 – Questões

1. Represente as reações ocorridas na preparação da geleca.

2. A que se deve a elasticidade da geleca? Por que, com o passar do tempo,

ocorre perda de elasticidade?

4

Química dos Polímeros

C – Obtenção da resina URÉIA-FORMOL

A resina uréia-formol é uma resina amídica, ou seja, é obtida através da reação de

condensação do formaldeído com um composto que contenha grupos aminos, nesse caso

a uréia.

1 – Materiais e Reagentes

- Pipeta Graduada

- Copos Descartáveis de Café

- Palitos de Sorvete

- Ácido Clorídrico PA

- Uréia P.A.

- Formol P.A.

2 – Procedimento

- Num copo descartável para café, misture 5 g de uréia e 15 mL de formol.

- Agite vigorosamente até dissolução da uréia.

- Adicione, GOTA A GOTA, 1,5 mL de HCl concentrado – faça isso na capela. Agite

e deixe em repouso até a formação da resina.

- Esperar aproximadamente 120 minutos para remover o molde plástico (copo

descartável).

3 – Questões

1. Represente as reações ocorridas na síntese da resina URÉIA-FORMOL.

2. O que se pode observar sobre a elasticidade da resina formada?

3. Qual a principal aplicação deste tipo de resina?

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Química dos Polímeros

D – Obtenção da resina ANILINA-FORMOL

A resina anilina-formol é uma resina amínica, ou seja, é obtida através da reação

de condensação do formaldeído com um composto que contenha grupos aminos, nesse

caso a anilina.

1 – Materiais e Reagentes

- Pipeta Graduada

- Copos Descartáveis de Café

- Palitos de Sorvete

- Ácido Clorídrico PA

- Anilina P.A.

- Formol P.A.

2 – Procedimento

- Num copo descartável para café, dissolver 1 mL de anilina em 1,5 mL de ácido

clorídrico concentrado– faça isso na capela.

- Agite e esfrie em água.

- Agite vigorosamente até dissolução da anilina.

- Adicione, GOTA A GOTA, 2 mL de formol. Deixe em repouso até a formação da

resina.

- Esperar aproximadamente 120 minutos para remover o molde plástico (copo

descartável).

3 – Questões

1. Represente as reações ocorridas na síntese da resina ANILINA-FORMOL.

2. O que se pode observar sobre a elasticidade da resina formada?

3. Qual a principal aplicação deste tipo de resina?

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Química dos Polímeros

E – Obtenção do POLIURETANO RÍGIDO

O Poliuretano pertence a um grupo de plásticos que aliam características de

elastômero com possibilidade de transformação, devido à grande variação de durezas

possíveis de se estabelecer na sua formulação.

Possui alta resistência à tração e compressão e é ideal na produção de peças que

exijam grande durabilidade.

1 – Materiais e Reagentes

- Copos Descartáveis de Café

Médios

- Palitos de Sorvete

- Isocianato

- Poliol

2 – Procedimento

- Num copo descartável para café do tipo grande, adicionar 3 mL do isocianato.

- Adicionar 2 mL do poliol e agitar RÁPIDO e VIGOROSAMENTE por alguns

segundos, até notar a homogeneização da mistura e a formação de espuma.

- Não agitar mais. Deixar em repouso até que se complete a polimerização.

- Esperar aproximadamente 120 minutos para remover o molde plástico (copo

descartável).

3 – Questões

1. Represente as reações ocorridas na síntese do POLIURETANO.

2. O que se pode observar durante a reação de polimerização em relação à

expansão do polímero em formação?

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Química dos Polímeros

F – Obtenção do POLIURETANO VISCOELÁSTICO

Material viscoelástico ou visco-elástico é uma classe de materiais que apresenta

reologia viscoelástica, ou seja, são materiais que, ao deformar-se, sofrem

simultaneamente deformações elásticas e viscosas.

Deformações elásticas são deformações reversíveis sofridas por um corpo sob

tensão. Ao cessar a tensão o corpo retorna à sua forma e volume originais.

Deformações viscosas são deformações contínuas e irreversíveis sofridas pelo

material enquanto submetido a uma tensão de cisalhamento. Esta deformação é também

conhecida como escoamento.

1 – Materiais e Reagentes

- Copos Descartáveis de Água

Grandes

- Palitos de Sorvete

- Isocianato

- Poliol

2 – Procedimento

- Num copo descartável para água, adicionar 2,5 mL do isocianato.

- Adicionar 5 mL do poliol e agitar RÁPIDO e VIGOROSAMENTE por alguns

segundos, até notar a homogeneização da mistura e a formação de espuma.

- Não agitar mais. Deixar em repouso até que se complete a polimerização.

- Esperar aproximadamente 120 minutos para remover o molde plástico (copo

descartável).

3 – Questões

1. Represente as reações ocorridas na síntese do Poliuretano VISCOELÁSTICO.

2. O que se pode observar durante a reação de polimerização em relação à

expansão do polímero em formação?

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Química dos Polímeros

G – Preparo de Resina FENOL – FORMALDEÍDO: Baquelite

A resina fenol-formaldeído é uma resina termorrígida, tridimensional, obtida

através da reação de condensação do formaldeído com fenol.

1 – Materiais e Reagentes

- Banho-maria

- Tubo de ensaio

- Estufa

- Béquer de 100 mL

- NH4OH conc. P.A.

- Ácido Acético Glacial P.A.

- Fenol P.A.

- Formaldeído P.A.

2 – Procedimento

- Em um béquer de 100 mL, adicione cerca de 1,7 g de fenol, 4,3 mL de formaldeído

e 1,3 mL de hidróxido de amônio concentrado.

- Transfira imediatamente para um tubo de ensaio.

- Aqueça, com agitação, o tubo de ensaio em um banho-maria a 90°C, até que se

observe a formação, no fundo do tubo, de uma massa amarela resultante da

condensação do fenol com o formol. A seguir, deixe o tubo em repouso até que se

complete a deposição do polímero. Decante totalmente o líquido sobrenadante.

- Adicione ao sólido, no tubo, cerca de 10 gotas de ácido acético glacial. Aqueça

novamente o tubo de ensaio do banho-maria por cerca de 45 minutos. Retire o

tubo de ensaio do banho-maria e decante novamente o líquido sobrenadante, se

houver.

- Para completar a polimerização e formar um polímero termorrígido, coloque o tubo

numa estufa a 80°C por 60 minutos.

3 – Questões

1. Represente as reações ocorridas na síntese da resina FENOL-

FORMALDEÍDO.

2. O que se pode dizer sobre as propriedades da resina formada?

3. Qual a principal aplicação deste tipo de resina?

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Química dos Polímeros

H – Preparo de BIOPOLÍMERO

O amido é um polímero natural presente em diversos alimentos vegetais, usado

como fonte de energia, por pertencer ao grupo dos carboidratos. Comercialmente, pode

ser encontrado no amido de milho, na fécula de batata ou no polvilho de mandioca, na

forma de amilose e amilopectina. É possível alterar essas estruturas, formando um

material plástico, que pode ser biodegradado muito rápido na natureza, em comparação

com outros materiais sintéticos.

1 – Materiais e Reagentes

- Aquecedor / Agitador magnético

- Placa de Petri

- Filme de polietileno (magipack)

- Béquer de 100 mL

- NaOH 0,1 M

- Glicerina P.A.

- HCl 0,1 M

- Fécula de batata comercial

2 – Procedimento

- Em um béquer de 100 mL, adicione 25 mL de água destilada e 2,5 g da fécula de

batata.

- Leve ao agitador magnético, adicione 3 mL de HCl 0,1 M e 2 mL de glicerina.

- Aqueça à ebulição e deixe agitando, sob aquecimento brando, durante 15 minutos,

tomando cuidado para não secar muito.

- Neutralizar utilizando NaOH 0,1 M, medindo o pH com papel indicador universal.

- Cubra o fundo da placa de Petri com filme de polietileno e despeje o bioplástico

formado, deixando secar à temperatura ambiente por 24 horas. Retire o bioplástico

e observe.

4 – Questões

1. Represente as estruturas da amilopectina e da amilose.

2. Porque o pH deve ser neutralizado?

3. Porque se usa a glicerina?

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Química dos Polímeros

II – EXTRAÇÃO DE POLÍMEROS NATURAIS

A – Extração da Caseína do Leite

A caseína é uma proteína conjugada do grupo das fosfoproteínas que se encontra

no leite. É a proteína mais importante do leite. No leite de vaca encontra-se na proporção

de cerca de 3%, sob a forma de sal de cálcio.

Pode ser extraída do leite por precipitação em meio ácido, por via enzimática ou

com fermentos (coalho).

É uma substância sólida, branca e higroscópica. Utiliza-se a caseína no fabrico de

queijo, plásticos (galalite), adesivos, colas e pinturas (corantes e caseína).

1 – Materiais e Reagentes

- Béquer 500 mL

- Tela de Amianto e Tripé

- Filtro de Tecido

- Pipeta Graduada

- Leite Integral

- Ácido Acético P.A.

2 – Procedimento

- Num béquer, colocar 250 mL de leite intergal.

- Adicionar 2,5 mL de ácido acético p.a. – utilizar a capela.

- Aquecer brandamente, sem deixar entrar em ebulição, até coagulação visível.

- Resfriar à temperatura ambiente e filtrar em tecido.

- Remover o excesso de água, espalhar a massa sobre papel alumínio e cortar com

moldes.

- Deixar secar.

3 – Questões

1. A caseína é uma proteína. Que tipo de polímero é a caseína?

2. Pode-se dizer que os queijos, de uma maneira geral, são polímeros? Explique?

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Química dos Polímeros

B – Produção de Cola a partir da Caseína do Leite

As colas têm sido utilizadas por milhares de anos para uma grande diversidade de

aplicações, sendo que até o início deste século as principais matérias primas utilizadas

eram de origem animal ou vegetal, como o sangue de alguns animais ou resinas naturais

extraídas de folhas e troncos de algumas árvores. Atualmente uma grande variedade de

colas é produzida industrialmente a partir de substâncias sintéticas, com a finalidade de

se obter propriedades adequadas aos novos materiais, como polímeros, cerâmicas

especiais e novas ligas metálicas.

As colas naturais ainda são recomendadas para aplicações consideradas não

especiais, como para colar papéis ou peças de madeira na construção de pequenos

objetos de uso doméstico. A cola de caseína, por exemplo, tem um grande poder de

adesão e pode ser facilmente preparada.

Na Primeira Guerra Mundial esta cola era muito utilizada na construção de aviões

que tinham sua estrutura montada quase exclusivamente por peças de madeira. Uma

desvantagem que esta cola apresentava, assim como outras colas "naturais", era a

possibilidade de absorver umidade e assim, desenvolver fungos que se alimentavam dela.

Algumas ocorrências deste tipo levaram os construtores de aviões a abandonar a cola de

caseína, o que parece ter sido uma decisão bastante razoável.

1 – Materiais e Reagentes

- Béqueres 200 mL

- Proveta 50 mL

- Pipeta ou Seringa Descartável

- Bagueta

- Tela de Amianto e Tripé

- Filtro de Tecido

- Água destilada

- 125 mL de Leite desnatado

- 30 mL de Vinagre

- 1 g de Bicarbonato de sódio

2 – Procedimento

- Num béquer, colocar 125 mL de leite.

- Adicionar 30 mL de vinagre.

- Aquecer brandamente, sem deixar entrar em ebulição, até coagulação visível.

- Resfriar à temperatura ambiente e filtrar em tecido.

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Química dos Polímeros

- Remover o excesso de água e transferir a caseína para um béquer limpo e seco.

- Com o auxílio de uma bagueta, homogeneizar bem a caseína que deverá ficar

com a consistência de queijo cremoso.

- Adicione o bicarbonato de sódio e misture bem, até obter uma mistura

homogênea.

- Adicione cerca de 15 mL de água destilada. A reação do ácido residual com o

bicarbonato de sódio poderá produzir espuma.

- Se desejar, guarde a cola obtida em frasco plástico com tampa. Para conservá-la,

adicione algumas gotas de Merthiolate incolor.

3 – Questões

1. Por que se utilizou leite desnatado na produção da cola de caseína?

2. Qual a função do bicarbonato de sódio na produção de cola a partir da caseína

do leite?

3. Por que utilizar Merthiolate incolor como conservante?

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Química dos Polímeros

III – PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS

A – Determinação da Densidade dos Polímeros

Plásticos são constituídos de grandes moléculas (macromoléculas) chamadas

polímeros, que dependendo de sua composição (unidades formadoras ou monômeros)

apresentará propriedades físicas e químicas diferentes.

As estruturas químicas e a massa molar do polímero determinam suas

propriedades físico-químicas. Propriedades como resistência à chama, cristalinidade,

estabilidade térmica, resistência à ação química e propriedades mecânicas determinam a

utilidade do polímero.

Os materiais plásticos são cada vez mais utilizados no cotidiano, sendo que em

geral, sua incineração causa danos ao meio ambiente.

A reciclagem dos plásticos é viável do ponto de vista econômico e da preservação

do meio ambiente. Este método pode ser empregado desde que se faça uma coleta

seletiva do lixo, separando-se e identificando os diferentes materiais plásticos

descartados. Esta separação torna-se possível empregando-se uma das propriedades

físicas do plástico: a densidade. A diferença de densidade entre os diferentes polímeros é

importante na separação mecânica e reciclagem dos plásticos.

1 – Materiais e Reagentes

- Densímetro

- Alcoômetro

- Béqueres 500 mL

- Peneira pequena

- Proveta 250 mL

- Solução NaCl 30 %

- Solução Etanol 50 %

- Água destilada

- Amostras de polímeros (PP, PEAD,

PU, PVC, PET, PS)

2 – Procedimento

- Determinar a densidade das soluções de Etanol e NaCl.

- Colocar cerca de 300 mL de água em um béquer e acrescentar uma amostra de

cada um dos polímeros a ser estudado. Anote as amostras que flutuaram e as que

afundaram.

14

Química dos Polímeros

- Os polímeros que flutuarem em água deverão ser retirados com uma peneira e

transferidos para outro béquer contendo Etanol 50%. Anote as amostras que

flutuaram e as que afundaram.

- Os polímeros que afundarem devem ser retirados e colocados em solução de

NaCl 30%. Anote, novamente, as amostras que flutuaram e as que afundaram.

3 – Questões

1. Preencha a tabela a seguir, se os polímeros Afundaram ou Boiaram nas

soluções:

POLÍMEROS ÁGUA Etanol 50 % NaCl 30%

PP

PEAD

PU

PVC

PET

PS

2. Determine as densidades APROXIMADAS dos polímeros estudados e

compare com os valores obtidos através da literatura.

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Química dos Polímeros

B – Identificação de Polímeros através do Teste de Combustão

Os polímeros também podem ser identificados a partir de um teste simples, porém

destrutivo: o teste de chama ou de combustão.

Esse teste consiste em submeter o material em questão a uma chama e observar

o comportamento da amostra, quanto à chama, odor, propagação ou não de chama, etc.

Em conjunto com outros testes, o teste de combustão é utilizado para caracterizar

um material polimérico.

1 – Materiais e Reagentes

- Bico de Bunsen

- Pinça de Metal ou Tenaz

- Amostras reais de alguns polímeros (copos, embalagens, etc)

2 – Procedimento

- Com o auxílio da pinça metálica ou da tenaz, colocar cada uma das amostras em

contato com a chama do bico de Bunsen.

- IMPORTANTE: tome cuidado para não deixar que as amostras, ao fundirem,

caiam dentro do bico de Bunsen.

- Observar o comportamento de cada uma das amostras quanto a:

o Propagação da chama;

o Extinção da chama;

o Características da chama (cor, fumaça, etc.);

o Comportamento do material (funde, amolece, goteja, etc.) e

o Odor

- Comparar seus resultados com a tabela abaixo e determinar o tipo de material de

cada uma das amostras analisadas.

16

Química dos Polímeros

3 – Tabela

Polímero Propagação

da chama

Extinção

da chama

Característica da

chama

Comportamento

do material Odor

Acetato de

Celulose Rápida Não

Amarela intensa,

pouca fumaça preta

durante a queima e

branca após a

queima

Funde, goteja e as

gotas continuam a

queimar.

Açúcar

queimado.

Acetal .Lenta Não Azul clara, sem

fumaça.

Funde, goteja e as

gotas continuam a

queimar.

Formaldeído,

mas somente

após a

queima.

Acrílico Rápida Não

Amarela no topo e

azul na base.

Fumaça preta e

crepita.

Amolece e

apresenta pouca

carbonização

superficial.

Acrílico

característico

(frutal).

ABS Rápida Não

Amarela com

desprendimento de

fuligem preta.

Amolece e

carboniza

superficialmente

(evidência de

porosidade).

Adocicado,

levemente

irritante no

final.

Nylon Lenta Sim

Amarela no topo e

azul na base, sem

fumaça.

Funde, goteja e

espuma.

Proteínas

queimadas.

Poliestireno Rápida Não

Amarela alaranjada,

com fumaça preta e

densa e fuligem.

Amolece, forma

bolhas e carboniza

superficialmente.

Após resfriamento,

fica com aparência

perolada.

Característico

do monômero

estireno.

Polietileno Lenta Não

Amarela no topo e

azul na base, com

fumaça branca

durante a após a

queima.

Funde e goteja.

Parafina

queimada

(vela).

Polipropileno Lenta Não Amarela no topo e

azul na base, com Funde e goteja.

Parafina

queimada,

17

Química dos Polímeros

fumaça branca

durante a após a

queima.

levemente

irritante.

Policarbonato Difícil Sim

Amarela, com

fumaça acinzentada

durante q queima.

Amolece, forma

bolhas e carboniza. Medicamento

PVC Difícil Sim

Amarela no topo e

verde na base, com

fumaça branca.

Crepita.

Amolece, forma

bolhas e carboniza. Cloretos.

SAN Rápida Não Amarela com forte

fuligem preta.

Funde, forma

bolhas e carboniza

superficialmente

após resfriamento

(porosidade).

Característico

do monômero

estireno.

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Química dos Polímeros

C – Mudando a Estrutura Física de um Polímero

A cola branca é formada por cadeias de um polímero sintético conhecido como

PVA (poliacetato de vinila) que podem deslizar umas sobre as outras em um meio

aquoso.

Quando são adicionadas certas substâncias (como o borato de sódio), a

determinados polímeros, estes podem ligar as cadeias dos polímeros formando estruturas

conhecidas como estruturas entrecruzadas. Esse procedimento altera significativamente

as propriedades físicas do polímero.

1 – Materiais e Reagentes

- Copo Plástico de Água

- Espátula ou palitos de Sorvete

- Micropipeta

- Bagueta

- Água

- Borato de Sódio P.A.

- Corante

- Cola Branca

2 – Procedimento

- Coloque 50 mL de água num béquer e acrescente cerca de 2 g de borato de sódio.

Agite até dissolução completa do sal e reserve.

- Num copo plástico, adicione aproximadamente 5 mL de cola branca, 5 mL de água

e corante. Agite a mistura.

- Adicione a essa mistura, 2 mL da solução de borato preparada anteriormente.

Agite.

- Observe as mudanças ocorridas. Se desejar, coloque o polímero formado nas

mãos.

- Guardar em sacos plásticos fechados.

3 – Questões

1. Explique as mudanças ocorridas quando se misturou:

a. Água e Cola

b. Água, Cola e Borato de Sódio

2. Por que o composto formado deverá ser guardado em recipientes fechados?

19

Química dos Polímeros

D – Solubilidade de um Polímero

Plástico, fibras e borrachas são insolúveis em água, que é um solvente polar, mas

dependendo da estrutura do polímero ela pode ser solúvel em outros solventes apolares.

Polímeros orgânicos podem ser: polares ou apolares; cristalinos ou amorfos,

lineares ou com ligações cruzadas.

Um polímero amorfo, não polar e linear é miscível em todas as proporções com

um solvente orgânico desde que haja coincidência entre as respectivas polaridades.

Um polímero cruzado e amorfo não pode dissolver-se em nenhum solvente, mas

seu grau de inchamento é uma medida de afinidade pelo solvente.

Polímeros cristalinos são muito menos solúveis que polímeros amorfos.

1 – Materiais e Reagentes

- Béqueres

- Acetona P.A.

- Acetato de Etila P.A.

- Clorofórmio P.A.

- Diclorometano P.A.

- Hexano P.A.

- Isopor

- Espuma de Poliuretano

- Borracha Natural

2 – Procedimento

- Colocar num béquer uma quantidade de acetona e imergir uma amostra de um

polímero.

- Repita o procedimento para as demais amostras.

- Proceda da mesma forma para os solventes restantes: testar cada uma das

amostras com cada um dos solventes.

3 – Questões

1. Faça uma tabela de solubilidade para o experimento acima.

2. Explique a solubilidade de cada uma das amostras nos diferentes solventes em

relação à estrutura dos polímeros.

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Química dos Polímeros

E – Diferenciação entre Polímeros Termoplásticos e Termorrígidos

Um material termoplástico pode ser refundido (transformação física) muitas vezes.

Isto é possível porque as cadeias não são interligadas e podem deslizar uma sobre as

outras. Nos plásticos termorrígidos este movimento não é possível por causa das ligações

cruzadas (entre cadeias) e o sólido não pode ser moldado.

1 – Materiais e Reagentes

- Bico de Bunsen

- Placas Metálicas

- Amostras Plásticas (garrafas de refrigerantes, sacolinhas de supermercado, cabos

de panelas, copos de água, etc.)

2 – Procedimento:

- Executar testes de aquecimento com os diversos materiais, com o intuito de

identificar quais amostras são de polímeros termoplásticos e quais são

termorrígidos.

3 – Questões

1. Faça uma tabela relacionando os polímeros termoplásticos e os polímeros

termorrígidos.

2. Explique, em termos estruturais, as diferenças observadas no teste de

aquecimento.

Bibliografia 21

Química dos Polímeros

BIBLIOGRAFIA

CRUZ, R.; GALHARDO Fº, E.; - Experimentos de Química: microescala, materiais

de baixo custo e do cotidiano – Ed. Livraria da Física – 1ª edição – São Paulo,

2004.

NOGUEIRA, J.S.; SILVA, A.L.B.B.; SILVA, E.O. – Introdução a Polímeros – minicurso –

universidade Federal de Mato Grosso – Deptº de Física, Grupo de Pesquisa em Novos

Materiais.