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CURSO ESPECIALIZADO PARA OPERADOR DE PONTE ROLANTE E PÓRTICO Aluno(a):

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CURSO ESPECIALIZADO PARA OPERADOR DE PONTE ROLANTE E PÓRTICO

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CURSO ESPECIALIZADO PARA OPERADOR DE PONTE ROLANTE E PÓRTICO | 3

SUMÁRIO

1. SAÚDE ............................................................................................................................ 5

2. SEGURANÇA EM PÓRTICOS E PONTES ROLANTES ................................................ 7

2.1 CONCEITOS .................................................................................................................. 7 2.2 REGULAMENTAÇÃO LEGAL ............................................................................................. 8 2.3 RESPONSABILIDADES ................................................................................................... 10

3. CARACTERÍSTICAS E TIPOS ..................................................................................... 12

3.1 PONTE ROLANTE LEVE ................................................................................................ 16

3.2 PONTES ROLANTES EMPILHADEIRAS ................................................................... 16

4. PROFISSÃO .................................................................................................................. 22

4.1 RESPONSABILIDADES ................................................................................................... 22 4.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ....................................................................................... 23 4.3 CONCEITOS OPERACIONAIS ......................................................................................... 27 4.4 CHECK LIST DA PONTE ROLANTE .................................................................................. 29

5. SEGURANÇA ................................................................................................................ 30

5.1 VANTAGENS OPERACIONAIS DAS PONTES ROLANTES ..................................................... 30 5.2 DESVANTAGENS OPERACIONAIS DAS PONTES ROLANTES ............................................... 31

5.3 ACIDENTES ................................................................................................................ 31

5.4 USO DOS EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE ............................................... 32 5.5 PREPARAÇÃO DA ÁREA PARA OPERAÇÃO DE PONTES ROLANTES .................................... 33 5.6 MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA O OPERADOR ............................................................... 33 5.7 CINTAS ....................................................................................................................... 35 5.8 CABOS DE AÇO E ACESSÓRIOS (ESTROPOS) ................................................................. 37 5.9 SINALIZAÇÃO MANUAL ................................................................................................. 38

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1. SAÚDE

Um HOMEM é constituído de corpo, mente e espírito, e cada uma destas partes

tem necessidades próprias, que precisam ser atendidas para uma boa qualidade de vida.

Essas necessidades devem ser atendidas de acordo com as leis que determinam o que é

o melhor para esse Homem. O desequilíbrio de uma ou mais dessas partes acarreta o

mau funcionamento geral desse organismo, provocando prejuízo e sofrimento que são

mantidos pelos maus hábitos de vida criados pelo indivíduo, e que provocam doenças.

A ergonomia é o estudo da adaptação dos equipamentos ao homem, de aspectos

do trabalho e sua relação com o bem-estar do trabalhador, respeitando os limites de

capacidade do ser humano, apontando pontos críticos de inadequação, avaliando

padrões de comportamento, e na interação adequada e confortável do homem, assim

como quando se preocupa com a melhoria e conservação da saúde.

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2. SEGURANÇA EM PÓRTICOS E PONTES ROLANTES

2.1 CONCEITOS

QUALIFICAÇÕES NECESSÁRIAS

CAPACITAÇÃO Curso

Formação (para adquirir conhecimentos).

Atender Norma Regulamentadora nº 11.

Reciclagem (rever e atualizar conceitos).

É preventivo.

SAÚDE Exames Médicos Condição física.

HABILIDADE Treino/Prática Gera aperfeiçoamento com o passar do tempo.

Vícios, mudança na forma de trabalhar e pensar devido adaptação à nova realidade.

ATITUDE

Capacitação + Habilidade

Gera um trabalho com qualidade e com Segurança. Segurança???

Atenção Observar o Ambiente de trabalho + Equipamento ao mesmo tempo.

Previsão Prever situações adversas através do conhecimento, experiência e bom senso.

Decisão Capacidade de agir no momento exato de uma ocorrência ou de uma situação adversa.

RESPONSABILIDADE...

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2.2 REGULAMENTAÇÃO LEGAL

As Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NRs, regulamentam e

fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e

medicina do trabalho, tendo como objetivo proteger o trabalhador brasileiro.

NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

-11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes,

transportadores industriais e máquinas transportadoras.

-11.1.3. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como

ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas,

empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão

calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de

resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho.

-11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes,

roldanas e ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se

as suas partes defeituosas.

-11.1.3.2. Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima

de trabalho permitida.

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-11.1.3.3. Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão

exigidas condições especiais de segurança.

-11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador

deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função.

-11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser

habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de

identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível.

-11.1.6.1. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a

revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do

empregador.

-11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de

advertência sonora (buzina).

-11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente

inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser

imediatamente substituídas.

-11.1.9. Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por

máquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar concentrações, no ambiente

de trabalho, acima dos limites permissíveis.

-11.1.10. Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de máquinas

transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se providas de

dispositivos neutralizadores adequados.

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2.3 RESPONSABILIDADES

O artigo 30 da Lei de introdução ao Código Civil Brasileiro, diz:

“Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”.

O QUE É RESPONSABILIDADE?

- Obrigação geral de responder pelas consequências dos próprios atos ou pelos de outros.

O QUE É RESPONSABILIDADE CIVIL?

- Obrigação imposta pela lei de reparar o dano causado a outrem, por seus atos ou

de terceiros ou por animal.

Ação: quando se pratica o ato de violar a lei;

Omissão: quando se deixa de praticar um ato legal obrigatório, mesmo que seja

momentâneo.

A AÇÃO OU OMISSÃO SE DÁ POR:

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ATO DOLOSO = quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;

ATO CULPOSO = quando o agente deu causa ao resultado por: imprudência,

negligência ou por imperícia.

RESPONSABILIDADE CRIMINAL

- Em caso de morte do acidentado:

Art 121 = homicídio culposo

§ 3º detenção de 1 a 3 anos;

§ 4º aumento da pena de um terço se o crime foi resultante de inobservância de

regra técnica de profissão.

- Em caso de lesão corporal ao acidentado:

Artigo 129 = Lesão corporal

§ 6º detenção de 2 meses a 1 ano;

§ 7º aumento de um terço da pena se o crime foi resultante de inobservância de

regra técnica de profissão.

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3. CARACTERÍSTICAS E TIPOS Principal Característica EQUIPAMENTOS DE LEVANTAMENTO, E MOVIMENTAÇÃO (HORIZONTAL OU

VERTICAL) DE CARGAS.

Utilização Toda a elevação e transporte de cargas com tonelagens elevadas que não podem

ser transportadas manualmente em ambientes internos.

Construção Esse é constituído basicamente de uma viga principal apoiada em cada

extremidade por apoios rolantes. Esses apoios se deslocam sobre trilhos elevados.

Movimentação O deslocamento da viga principal é tanto para a direita como para a esquerda,

geralmente em planos horizontais. Os trilhos da ponte rolante podem seguir trajetória

curva ou os planos podem ser levemente inclinados.

As pontes rolantes são usadas nas indústrias, empresas e portos para viabilizar e

facilitar a movimentação de cargas. Acidentes, intervalos para manutenção ou problemas

operacionais pode gerar a paralisação dos processos de trabalho.

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Indústrias, galpões e armazéns.

Os tipos de pontes rolantes podem variar de acordo com o sistema operacional do

modelo e do fabricante.

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Exemplos:

velocidades,

dispositivos de segurança,

células de carga,

dispositivos de pega,

amarra das cargas.

TIPOS CARACTERÍSTICAS

Ponte rolante convencional

Movimentação de materiais – é um equipamento fixo, dentro de um espaço fixo pré-determinado com capacidade de carga variável; • Vão de trilhos: variável conforme projeto do galpão; • Vigas: podem ser simples ou duplas; • Botoeira: pode ser independente ou com controle remoto.

Ponte rolante leve

As pontes rolantes leves apresentam capacidades menores, variando geralmente entre 120 kg e 1,5 toneladas. Seus componentes são todos aparafusados, não necessitando, portanto de soldas.

Ponte rolante empilhadeira

Este é um equipamento desenvolvido principalmente para transporte de material paletizado. As pontes rolantes empilhadeiras também podem ser utilizadas para o transporte de materiais cilíndricos (bobinas de aço, rolos de tecido, rolos de papel etc.), para o manuseio e movimentação de moldes ou para a movimentação e armazenagem de fardos de chapas paletizadas.

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Dimensionadas para atender as capacidades de 1 a 10 toneladas, cobrindo vãos

de até 20 metros. Os modelos mais comuns possuem dupla velocidade, que proporciona

maior segurança na operação e um aumento na produtividade em até 40%.

VIGAS UTILIZAÇÃO

Única viga Setor de comércio e de distribuição de aço. Capacidade média: 6 toneladas.

Dupla viga Fabricação de torres para antenas de telecomunicação.

Suspensas Possuem menor capacidade e são utilizadas na indústria automobilística.

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3.1 PONTE ROLANTE LEVE

Movimentação suave, translação e giro podem ser manuais proporciona maior

cuidado no transporte do material. Nestes equipamentos os movimentos de translação e

giro podem ser manuais.

Estas pontes permitem movimentos elétricos ou manuais e são muito silenciosas

devido ao revestimento de nylon do trolley (carro). São equipamentos de fácil montagem e

eletrificação, sendo que, em geral, podem ser estendidas ou reconfiguradas facilmente.

3.2 PONTES ROLANTES EMPILHADEIRAS

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As principais características são:

• Máximo aproveitamento do espaço;

• Facilitam a organização de materiais (porta-paletes ou cantilever);

• Fácil adaptação a corredores estreitos;

• Movimentos suaves;

• Permitem giro 360º contínuo;

• Facilitam uma melhor conservação do piso industrial.

Principais Componentes:

A movimentação de cargas realizada através dos sistemas estruturais, de

translação e de elevação, que possuem equipamentos como: carro, rodas da ponte e do

carro, vigas da ponte, cabeceiras, controle de acionamento da ponte, redutor de elevação,

tambor de guincho, moitão, controles.

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CARRO

Também chamado de trolley, é um elemento que consiste em uma peça estrutural

soldada, de alta rigidez e alta resistência.

O controle de acionamento do trolley é semelhante ou conjunto ao controle da

própria ponte rolante.

RODAS (PONTE E CARRO)

São fabricadas em aço forjado. Os eixos das rodas são de aço de alta resistência.

As rodas motoras são prensadas e chaveadas aos eixos.

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VIGAS DA PONTE

As vigas são do tipo caixa fechada com nervuras internas. Possuem um passadiço

de manutenção (corredor de manutenção) com corrimão. Nas empilhadeiras as vigas são

apoiadas sobre as travessas da estrutura “porta paletes”, através de componentes de

fixação projetados para permitir segurança e rapidez de montagem.

CABECEIRAS

As cabeceiras das vigas são construídas em chapas perfilados de aço estrutural

soldado, montadas rigidamente para assegurar um rodar livre da ponte com mínimo de deflexão e vibração.

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ACIONAMENTO DA PONTE

Conjunto de motor e redutor, localizados no centro do vão da ponte ou junto das

cabeceiras. O redutor possui engrenagens de aço, lubrificados em banho de óleo. Os

pinhões e os eixos do redutor são montados em rolamentos de esferas ou em rolos.

REDUTOR DE ELEVAÇÃO

Unidade de redução, fechada e lubrificada em banho de óleo. O redutor é equipado

com conjuntos de engrenagens de alta precisão, apresentando dentes helicoidais (em

formato de hélice) e retos. Podem ser fabricados com freio de carga mecânico.

TAMBOR DE GUINCHO

Possui ranhuras helicoidais para receber todo o cabo de aço sem sobreposição.

Ambas as extremidades do cabo de aço são fixadas ao tambor para assegurar um

levantamento realmente vertical do gancho. O cabo de aço é dimensionado para o

coeficiente de segurança indicado pelo fabricante.

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MOITÃO

Este elemento é fabricado todo em aço, equipado com polias em ferro ou aço

fundido, com rolantes de esferas ou buchas de bronze. O gancho em aço forjado é

montado em rolamento axial de esferas para permitir plena rotação.

CONTROLES

São totalmente magnéticos e montados em painéis instalados em armários de

chapa de aço.

Todos os movimentos são controlados por pontos, através da inserção de

resistência no enrolamento do rotor dos motores de anéis.

Opcionalmente podem possuir comandos por botoeira pendente ou comando

remoto via rádio frequência.

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4. PROFISSÃO

• Operador de Ponte Rolante - CBO - código 7821 – 30

4.1 RESPONSABILIDADES

Esses profissionais são responsáveis por operar máquinas e equipamentos de

elevação, ajustando comandos e acionando movimentos das máquinas.

Além disso, devem:

• Avaliar condições de funcionamento das máquinas e equipamentos;

• Interpretar painel de instrumentos de medição, verificando fonte de

alimentação, testando comandos de acionamento;

• Preparar área para operação dos equipamentos que transportam materiais em

máquinas e equipamentos de elevação;

• Trabalhar seguindo normas de segurança, higiene, qualidade e proteção ao meio ambiente.

É requerido desse profissional ensino médio concluído e curso básico de

qualificação profissional. O pleno desempenho das atividades ocorre entre 1 e 2 anos de

experiência. Esses trabalhadores atuam em diversas áreas, trabalhando de forma

individual sob supervisão ocasional.

Estão sujeitos a longas jornadas de trabalho em uma mesma posição,

permanecem em posições desconfortáveis durante longos períodos e trabalham sob

pressão, o que pode levá-los ao estresse.

Podem ficar expostos a materiais tóxicos, radiação, ruído intenso, altas e baixas

temperaturas, pó, odores e intempéries.

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Precisam ter conhecimento nas ferramentas, dentre elas podemos citar: chaves

(combinada, fenda, "allen", inglesa), manômetro, termômetro, martelo, nível e talha elétrica.

4.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

OPERAÇÃO

• Adequar a cabine de acordo com ambiente de trabalho;

• Regular assento e encosto do banco;

• Ajustar comandos e apoios das máquinas e equipamentos;

• Posicionar máquinas e equipamentos de elevação para operação;

• Travar máquinas e equipamentos de elevação;

• Acionar movimentos conforme os procedimentos operacionais;

• Conferir capacidade de máquinas e equipamentos;

• Interpretar recomendações dos fabricantes;

• Nivelar máquinas e equipamentos.

AVALIAÇÃO DE FUNCIONAMENTO

• Interpretar painel de instrumentos de medição;

• Verificar fonte de alimentação do equipamento (elétrica e combustível);

• Testar comandos de acionamento;

• Testar deslocamento e frenagem (rotação, vertical, horizontal);

• Verificar condições e conservação de acessórios (gancho, mangueira,

sinalizadores, friso de roda);

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• Inspecionar nível, alinhamento e verticalidade de cabos e correias;

• Inspecionar dispositivos de segurança;

• Vistoriar a manutenção das máquinas e equipamentos de elevação.

PREPARAÇÃO DA ÁREA

• Inspecionar visualmente a área de operação do equipamento no solo, ar, água e

vias de acesso;

• Respeitar a legislação ambiental e as normas técnicas;

• Solicitar limpeza do local de trabalho;

• Solicitar isolamento da área de trabalho;

• Verificar iluminação na área de trabalho;

• Interpretar programação de trabalho.

TRANSPORTE

• Examinar as condições climáticas;

• Conferir autorização de serviço;

• Definir equipamentos conforme sua capacidade;

• Conferir o peso de cargas;

• Selecionar acessórios conforme o tipo de carga e descarga;

• Utilizar acessórios compatíveis com a carga (cabo, cinta);

• Cumprir ordem de serviço.

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Antes do início das operações com a Ponte Rolante não é uma atividade

simplesmente mecânica é preciso que haja um planejamento prévio para a realização da

operação. O estudo de Rigging visa garantir que o içamento e movimentação das cargas

sejam realizados com segurança. O responsável pelo estudo é o profissional Rigger.

IÇAMENTO E MOVIMENTAÇÃO

Regras de Operação

Visão – caso o operador não tenha visão de toda a extensão do material a ser

içado deve-se solicitar a presença de auxiliar que deverá verificar:

• alinhamento dos cabos de aço ou fitas,

• alinhamento do objeto,

• orientar a passagem de pessoas e, se necessário, isolar o local por onde o

objeto está sendo conduzido.

IMPORTANTE

• Quando houver necessidade de subir na plataforma de manutenção para

execução de qualquer serviço, durante o qual o equipamento precise estar

energizado e funcionando, é importante que o técnico leve com ele o comando

(botoeira) de controle da ponte.

Tabela de Cargas

• A tabela de cargas é correspondente as máximas capacidades de carga

garantidas pelo fabricante para o equipamento de elevação.

• Cabe ao operador conhecer a tabela de cargas da ponte rolante específica com

a qual ele irá operar.

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26 | CURSO ESPECIALIZADO PARA OPERADOR DE PONTE ROLANTE E PÓRTICO

ATENÇÃO OPERADOR

• NUNCA consultar tabela de cargas de qualquer outro tipo de ponte rolante que não

seja a que está usando. A tabela de cargas deve ficar exposta para consulta.

Amarração de Cargas

É importante evitar que materiais com “cantos vivos” sejam içados diretamente por

cabos ou cintas de nylon, pois o atrito entre as eslingas e o equipamento pode causar

danos, tanto nos equipamentos como na carga a ser movimentada.

• Mantenha sempre reto os laços ou o conjunto de laços;

• Nunca diminuir os laços com nó;

• Os laços devem ser sempre utilizados com cuidados;

• Antes de efetuar as amarras das cargas é necessário verificar:

• Peso da peça ou do material a ser içado;

• A velocidade e distância de deslocamento;

• A capacidade do gancho;

• A capacidade dos dispositivos e/ou acessórios de içamento;

• A existência de cantos agudos ou cortantes (quinas vivas).

• Nunca utilizar estropos retorcidos ou com fios quebrados;

• Usar proteção nos cantos agudos das peças;

• Procure sempre que possível o centro de gravidade da peça.

• Aproxime-se da carga a ser movimentada;

• Avalie peso e demais condições da carga;

• Conheça a capacidade da ponte rolante;

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CURSO ESPECIALIZADO PARA OPERADOR DE PONTE ROLANTE E PÓRTICO | 27

• Consulte a tabela de pesos e capacidade dos cabos;

• Verifique ângulo dos cabos;

• Fixe a carga adequadamente;

• Use velocidade reduzida;

• Redobre a atenção ao operar da cabine e/ou controle;

• Utilizar aviso sonoro durante movimentação horizontal.

4.3 CONCEITOS OPERACIONAIS

CARGA E CAPACIDADE DE PONTES ROLANTES

• Carga Líquida Estática: é o peso real da peça, parada, a ser içada.

• Carga Bruta Estática: é a somatória de todos os pesos reais, parados, que são

aplicados no guincho.

• Carga Bruta Dinâmica: é a somatória da carga bruta estática e as cargas

eventuais originadas pelo movimento da peça.

• Capacidade Bruta: é a capacidade real máxima da ponte rolante, conforme sua

configuração, determinada pelo seu fabricante.

• Capacidade Nominal: é a capacidade expressa comercialmente pelo

fabricante, a qual depende de condições especiais na operação.

CENTRO DE GRAVIDADE

• O centro de gravidade corresponde ao ponto de equilíbrio, ou seja, é onde está

determinada a resultante total das massas de um objeto.

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28 | CURSO ESPECIALIZADO PARA OPERADOR DE PONTE ROLANTE E PÓRTICO

• É importante observar que dependendo da geometria da peça, o Centro de

Gravidade pode se localizar fora do objeto.

TRABALHOS EM ALTURA E RESGATE

É obrigatória a utilização de EPC onde há risco de queda. Quando não for viável

torna-se obrigatório à utilização de EPI:

• Dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas

em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com

cinturão de segurança para proteção contra quedas;

• Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em

trabalhos em altura;

• Para trabalhos onde não há possibilidade de subir na ponte rolante utilizando

escada apoiada, deverá ser utilizado andaime ou Plataforma de Trabalho Aéreo

– PTA que atenda as exigências legais determinadas pela NR-18.

• A empresa que utilizar pontes rolantes deverá estar preparada com métodos e

técnicas de resgate, além de treinar e capacitar seus trabalhadores a executar o

resgate e prestar os primeiros socorros especialmente por meio de reanimação

cardiorrespiratória.

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CURSO ESPECIALIZADO PARA OPERADOR DE PONTE ROLANTE E PÓRTICO | 29

4.4 CHECK LIST DA PONTE ROLANTE

Para garantia das condições de operação, o operador deverá realizar um check list

verificando as condições de seus diversos acessórios. O check list deve ser programado para

realizações periódicas, sendo que alguns componentes são verificados a cada utilização,

enquanto outros componentes são verificados mensalmente ou bimestralmente.

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30 | CURSO ESPECIALIZADO PARA OPERADOR DE PONTE ROLANTE E PÓRTICO

5. SEGURANÇA

A projeção, construção pode oferecer riscos a segurança quando não são bem planejados.

Porém a operação é fundamental para proporcionar garantias de resistência e segurança.

Como qualquer outro equipamento de elevação a ponte rolante deve ter condições

de conservação e devem ser respeitados valores máximos de capacidade de carga

definidos pelo fabricante.

Uma operação eficiente e segura irá depender do cuidado e do conhecimento do

operador sobre o equipamento e atendimento aos procedimentos da operação

A operação de pontes rolantes pode gerar risco de acidentes com o próprio

operador, com pessoas ligadas à área de movimentação, bem como, à própria carga

movimentada. Para evitar que acidentes ocorram, o operador deve estar atento a uma

série de cuidados antes de iniciar as operações.

5.1 VANTAGENS OPERACIONAIS DAS PONTES ROLANTES

As pontes rolantes apresentam algumas vantagens operacionais, sendo que as

principais são:

• Possuem elevada durabilidade;

• Movimentam cargas ultrapesadas;

• Carregam e descarregam em qualquer ponto;

• Configuração com posicionamento aéreo.

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5.2 DESVANTAGENS OPERACIONAIS DAS PONTES ROLANTES

Apesar de serem amplamente utilizadas, as pontes rolantes apresentam algumas

desvantagens e restrições operacionais, dentre as quais podemos destacar:

• Exigem estruturas robustas;

• Investimento inicial elevado;

• Área de movimentação pré-definida e fixa.

5.3 ACIDENTES

A maioria dos acidentes envolvendo as pontes rolantes atinge trabalhadores que

estão localizados abaixo ou próximos às cargas suspensas.

Os acidentes ocorrem pela queda das cargas devido às falhas de amarração ou

ganchos colocados de forma insegura. Os cabos e os prendedores devem ser

examinados diariamente e inspecionados completamente pelo menos uma vez por

semana e com maior frequência ao se aproximarem do fim de sua vida útil.

O número de arames quebrados, a quantidade de desgaste dos arames externos e

a evidência de corrosão são indicadores de perigo.

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32 | CURSO ESPECIALIZADO PARA OPERADOR DE PONTE ROLANTE E PÓRTICO

PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES

Responsável Causa % de participação

Gerência

Planejamento e organização 12

46 Normas e procedimentos 7

Supervisão 27

Operação

Falta de concentração 14

48p Desobediência às normas e rocedimentos 8

Imperícia 26

Equipamentos Falha mecânica 6 6

TOTAL 100 100

5.4 USO DOS EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE

O equipamento de elevação deve ser operado de maneira que ofereça as

necessárias garantias de resistência e segurança:

• Devem ser utilizadas em condições ideais de iluminação;

• Antes de movimentar o equipamento de elevação, certificar-se de que o

gancho está suficientemente alto para evitar choques contra outros

equipamentos ou estruturas;

• Todo equipamento deve ser rigorosamente inspecionado no início de cada

jornada de trabalho;

• O operador não deve trabalhar se não estiver em perfeitas condições físicas;

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• Os limites da tabela de carga nunca devem ser excedidos;

• O operador deve certificar-se de que a carga está corretamente distribuída entre

os ganchos e eslingas antes de iniciar o içamento;

• Ao rebaixar a carga, certifique-se de que os equipamentos estão bem

posicionados, sem que haja o risco de deslizamento;

• Não mover o equipamento se não tiver certeza do sinal recebido;

• Nivelar o equipamento antes de iniciar as atividades de içamento;

• As operações devem ser realizadas com baixa velocidade.

5.5 PREPARAÇÃO DA ÁREA PARA OPERAÇÃO DE PONTES ROLANTES

• Inspecionar visualmente a área de operação do equipamento no solo, ar, água e

vias de acesso;

• Solicitar limpeza do local de trabalho;

• Durante a operação o local deve estar devidamente isolado e sem a presença

de pessoas não autorizadas no eixo de isolamento e movimentação;

• Verificar iluminação na área de trabalho;

• Avaliar a rede elétrica para evitar choque com o equipamento.

5.6 MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA O OPERADOR

RELACIONADAS À MANUTENÇÃO DO EQUIPAMENTO E DE PEÇAS

• Manutenção corretiva e preventiva do equipamento e dos itens como: elevação,

cabos, trilhos, roldanas e lubrificação dos freios;

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34 | CURSO ESPECIALIZADO PARA OPERADOR DE PONTE ROLANTE E PÓRTICO

• Tomar providências mediante irregularidades do equipamento, levantadas pelo

formulário de inspeção diária e/ou periódica;

• Manter atualizado o cadastro e o histórico de manutenção de equipamentos de

levantamento e movimentação de cargas no sistema de manutenção;

• Realizar testes periódicos em ganchos, correntes e cabos.

RELACIONADAS À OPERAÇÃO

• Utilizar o manual de operação do equipamento.

• Efetuar a inspeção diária, visual e/ou funcional, antes de ligar o equipamento e

ou durante o funcionamento, verificando:

Cabos, correntes e ganchos;

Parte elétrica;

Freio;

Travas;

Vazamentos.

RELACIONADAS AOS EPI’s

Utilizar os EPI (Equipamentos de Proteção Individual) necessários para exercício

da atividade, tais como:

• Capacete;

• Luvas;

• Óculos;

• Protetores auriculares;

• Botinas de segurança com biqueira de aço.

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5.7 CINTAS

Alguns tipos de cinta, sua composição e suas aplicações:

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5.8 CABOS DE AÇO E ACESSÓRIOS (ESTROPOS)

Verificar se há gambiarras como nós e emendas ou “mascaramento”.

Verificar “gaiolas de passarinho”, almas saltadas, dobras, amassamentos, corrosão

acentuada, arames ou pernas partidas, etc.

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Uma carga amarrada em mais de um ponto tem seu peso distribuído de acordo

com as forças resultantes que interagem no conjunto.

Observe a tabela abaixo:

5.9 SINALIZAÇÃO MANUAL

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