apostila nova de ruido -engenharia

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1- RUDO O som parte to comum da vida diria que raramente, ns apreciamos todas as suas funes. Ele nos permite experincias agradveis, como ouvir msicas ou o canto dos pssaros. Possibilitando-nos a comunicao falada com familiares e amigos. O som nos alerta ou previne em muitas circunstncias; o tintilar do telefone, uma batida porta, ou o toque de uma sirene, e at nos permite fazer avaliaes de qualidade e diagnstico como, o bater das vlvulas de um carro, o chiado de uma roda, o sopro de um corao e etc. Contudo, com muita freqncia na sociedade moderna, o som nos incomoda. Muitos sons so desagradveis ou indesejados, por isso chamamos rudo. Devemos levar em considerao que a sensibilidade humana fator muito importante, pois os indivduos reagem de formas diferentes ao rudo existente. Podemos citar os seguintes exemplos: Uma torneira pingando, um assoalho rangendo, podem incomodas mais que um forte rudo. Uma onda snica pode destruir vidraas, quebrar o reboco das paredes e at mesmo danificar, destruir o ouvido humano. 1.1- O QUE SOM? O QUE RUDO ? SOM - fenmeno fsico causado por qualquer vibrao ou onda mecnica que se propaga (no ar, gua, ou algum outro meio) , capaz de produzir excitaes auditivas no homem. RUDO - vibrao sonora, indesejvel , que, de acordo com sua intensidade, durao ou intermitncia, se torna irritante, dolorosa e nociva ao ouvido. 1.2- ALCANCE DA AUDIO O organismo humano pode perceber uma vibrao sonora quando ela apresenta valores especficos de amplitude de oscilaes e de numero de oscilaes por unidade de tempo. -udio-frequncia - a audio humana se estende aproximadamente 20 a 20000 Hertz. - Ultra-Som - apresenta freqncia superior a 20.000 Hertz. -Infra-Som- apresenta freqncia inferior a 20 Hertz..2

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As faixas em que so divididas as freqncias so chamadas de bandas. As bandas mais utilizadas em avaliao de rudo so as de oitava e teras de oitava. Banda de oitava -Cada freqncia central superior o dobro da freqncia anterior. 31,5 ; 63 ; 125 ; 250 ; 500 ; 1000 ;2000 ; 4000 ; 8000 ; 16 000 Hz. QUAL A FAIXA DE MEDIO DE CADA OITAVA CENTRAL? Freqncia Inferior =Freqncia central /2 x raiz quadrada de 2 Freqncia Superior = Freqncia central x raiz quadrada de 2 Exemplo: Qual o valor da freqncia inferior e superior para a freqncia central de 500 Hz? Freqncia inferior = 500/2 x raiz quadrada de 2 = 354 Hz Freqncia Superior = 500 x raiz quadrada de 2 = 707 Hz COMO CALCULAR A FREQNCIA CENTRAL DE POSSE DA FREQNCIA INFERIOR E SUPERIOR DA BANDA DE OITAVA? Atravs da raiz quadrada do produto da freqncia inferior e superior Tera de oitava o intervalo onde a freqncia superior da banda (f2) igual raiz cbicade 2 multiplicada pela freqncia inferior da banda (f1). F2 = 2 1/3 f1 COMO CALCULAR A FREQNCIA CENTRAL DE POSSE DA FREQNCIA INFERIOR E SUPERIOR DA TERA DE OITAVAS? Atravs da raiz quadrada do produto da freqncia inferior e superior

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1.3-PROPAGAO DO SOM:

Compresso do ar

Comprimento da onda

+Distncia da fonte Amplitude

Variao na Presso do Ar

Como j foi definido anteriormente, o som pode ser propagar no ar, e este sendo formado por molculas distribudas uniformemente no espao, que se movimenta no acaso, provocando sobre os demais objetos uma presso conhecida como presso atmosfrica. Quando um objeto vibra, ou se movimenta, altera o valor da presso normal, provocando compresses e depresses. As zonas da compresso correspondem aos picos positivos da onda enquanto que as zonas de depresso aos picos negativos, abaixo da presso atmosfrica normal. A distncia percorrida pela onda em cada oscilao completa chamada de comprimento de onda, representada pela letra grega (lambida). A velocidade de propagao da onda ( c ) depende da temperatura do ar, o que significa que, se a temperatura por uniforme, a velocidade do som do ar uma constante. Podemos relacionar a velocidade da propagao do som, com o comprimento da onda e a freqncia, atravs da frmula: C= x

C Velocidade do som, para a acstica de espessura com 340 metros por segundo ( 340 m / s ). Comprimento da onda ( m ) Freqncia ( Hz) Exemplo: Para = 20 Hz, C = 340 m / s, qual ser o comprimento da onda ( ) ? C= x 340 = x 20 = 340 = 17 m 205

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Para 20.000 Hz, C = 340 m / s, qual ser o novo comprimento da onda ? C= x 340 = x 20.000 = 340 = 0,017 m ou 1,7 cm 20.000 Os valores do comprimento da onda de um determinado som so importantes na avaliao ambiental.

Exerccios: 1-Calcular o comprimento de onda para as seguintes freqncias: a) 100 Hz

b) 200 Hz

c) 1000 Hz

d) 2000 Hz

e) 4000 hz

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2-DECIBEL ( dB ) Medir presso sonora no e tarefa simples. O aparelho auditivo consegue ouvir variaes de presso numa faixa de 0,00002 N / m2 (2 x 10-5) a 200 N / m2 . A presso de 0,00002 N/ m2 to pequena que causa, na membrana do ouvido humano, uma deflexo infinitesimal. . Sendo assim, para medir o som , teramos uma escala aritmtica muito extensa, com valores variando de 0,00002 a 200, tornando-a impraticvel. Para evitar isto, foi criada outra escala, a escala Decibel ( dB ). O meio criado foi uma relao logartmica, expressa em decibis ( dB ), entre uma presso de referncia adotada e a presso sonora real que existe no local. A relao conhecida como nvel de presso sonora ( NPS) e calculada pela seguinte frmula: NPS = 10 log ( P 2 ) ( P o 2) P Presso sonora do local Po Presso sonora de referncia NPS = 10 log ( P / Po ) 2 NPS = 20 log P Po Adota-se, 0,00002 N / m2 ( 2 x 10-5 N / m 2 ) como sendo o ponto de partida ou presso de referncia, e para corresponder a 0 dB. 2.1- Calcular o nvel de presso sonora , em dB, para: a) P= 2x10-5 N / m 2 NPS = 20 log P Po No caso: P= 2x10-5 N / m 2 e Po adotado em, = 2x10-5 N / m 2 NPS = 20 log 2x10-5 N m 2 / 2x10-5 N / m 2 Fazendo as operaes fica : NPS= 20 log 10-5 x105 N / m 2 NPS= 20 log 100 N / m 2 NPS= 0 x 20 NPS= 0 dB

b)

P =2x10-4 N / m27

8

NPS = 20 log P Po NPS = 20 log 2x10-4 2x10-5 NPS = 20 log 2x10-4 N m 2 / 2x10-5 N / m 2 NPS= 20 log 10-4 x105 N / m 2 NPS= 20 log 101 N / m 2 NPS= 1 x 20 NPS= 20 dB

c) P =2x10-3 N / m 2 NPS = 20 log P Po NPS = 20 log 2x10-3 N / m 2 2x10-5 N / m 2 Nps= 40 dB d ) P = 2x10-2 N / m 2 NPS = 20 log 2x10-2 N / m 2 2x10-5 N / m 2 NPS = 60 dB Aps todos esses exemplos, podemos observar que ao multiplicarmos o nvel de presso sonora por 10, observa-se que soma-se 20 dB: 2x10-5 N / m 2 0 dB 2x10-4 N / m 2 20 dB 2x10-3 N / m 2 40 dB 2x10-2 N / m 2 60 dB

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2 .2- Calcular o nvel de presso sonora , em N/m2 , sendo dado o NPS em dB NPS = 20 log P Po NPS = 20 log P 20 log Po NPS = 20 log P 20 log (2x10-5 N / m 2) log (2x10-5 N / m 2) = - 4,698 NPS = 20 log P 20 (- 4,698 ) NPS = 20 log P + 94 dB

2.2.1 -Exemplo: Calcular o nvel de presso sonora , em N / m2, para os seguintes rudos: a)100 dB NPS = 20 log P + 94 100 = 20 log P + 94 100 - 94 = 20 log P 6 = 20 log P ; P=2N/m2 log P = 6 / 20 ; log P = 0,3 ; P = 10 0,3

b) 74 dB NPS = 20 log P + 94 74 = 20 log P + 94 74 - 94 = 20 log P -20 = 20 log P ; P = 1 X 10-1 N / m 29

log P = -20 / 20

; log P = - 1 ; P = 10 -1

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Exerccios 1- Calcular o nvel de presso sonora , em dB , sendo dado o NPS em N/m2 a) 0,002 N/m2 b) 2 N/m2 c) 1 N/m2 d) 20 N/m2 e ) 200 N/m2 2- Calcular o nvel de presso sonora , em N/m2 , sendo dado o NPS em dB a )80 dB

b ) 85 dB

c )90 dB

d ) 95 dB

e) 94 dB

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espao para figura

3-ADIO E SUBTRAO DE NVEIS DE RUDO 3.1 Adio de rudo As operaes em decibis no so lineares, devido o dB ser uma escala logartmica , logo teremos que transformarmos os rudos em escala aritmtica para depois somarmos , ou seja: A ----rudo de uma mquina = 92 dB B-----rudo de outra mquina = 86 dB 92 dB + 86 dB 178 dB

3.1.1-TRANSFORMANDO : dB para N / m211

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NPS = 10 log ( P 2 ) ( P o 2)

NPS = 10 log ( P / Po ) 2 Para 92 dB teremos: 92 =10 log ( Pa / Po ) 2 92 / 10 = log ( P a / Po ) 2 9,2 = log ( Pa / Po ) 2 ( Pa / Po ) 2 = 10 9,2 ( Pa / Po ) 2 = 15,85 x 10 8 Para 86 dB teremos: 86 =10 log ( P b / Po ) 2 86 / 10 = log ( Pb / Po ) 2 8,6 = log ( P b / Po ) 2 ( Pb / Po ) 2 = 10 8,6 ( Pb / Po ) 2 = 3,98 x 10 8 RAZO MDIA QUADRTICA TOTAL ( P tota l/ Po ) 2 = ( P a / Po ) 2 + ( P b / Po ) 2

( P tota l/ Po ) 2 = 15,85 x 10 8 + 3,98 x 10 8 ( P tota l/ Po ) 2 = 19,83 x 10 NPStotal

= 10 log ( P tota l/ Po ) 2

NPS total = 10 log 19,83 x 10 8 NPS total = 93 dB 3.1.2- UTILIZANDO O BACO

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13

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VERIFICAO: 92 86 = 6 dB ( diferena entre os dois rudos ) Entrando com o valor encontrado ( 6 dB ) no eixo horizontal e ao subirmos , encontramos a curva e ao deslocarmos em direo ao eixo vertical encontramos o valor aproximado 1,0 Somamos o valor encontrado ao maior nvel , logo o NPS ser de: 92 + 1,0 = 93,0 dB Para facilitar os trabalhos poderemos utilizar valores extrados do grfico de adio de rudo que segue abaixo: Diferena entre os nveis 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,5 2,0 valor a ser adicionado ao maior nvel 3,0 2,9 2,8 2,7 2,6 2,5 2,3 2,114

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2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 9,0 10,0 11,0 13,0 15,0

2,0 1,8 1,6 1,5 1,3 1,2 1,1 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1

EXEMPLO COM MAIS DE DUAS FONTES. Suponhamos que as fontes A, B , C , D , E , F e G produzam, isoladamente , no ponto O os seguintes nveis de presso sonora: FONTE A B C D E F G .a)

NPS em dB ( A ) 85 81 82 D 80 87 94 C 94 B

E

F

G O

A

S G e F esto funcionado

NPS F NPS G 94 94 = 0 Entrando com o valor na curva , encontramos 3 dB. Logo NPS TOTAL= 94 + 3 = 97 dB b) S D e G funcionado15

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NPS G NPS D 94 80 = 14 Para 14 dB encontramos, no grfico, o valor aproximado de 0,2 dB. Logo NPS TOTAL = 94 = 0,2 = 94,2 dB Ac)

A , B . C , E e F funcionando B 81 86,5 C 82 88,2 2) C e E 95,1 87 80 = 5 correo = 1,2 NPS = 87 + 1,2 NPS = 88,2 E F 87 94

A 85

1) AeB 85 81 = 4 correo = 1,5 NPS = 85 + 1,5 NPS = 86,5 dB

3) VALOR DE 88,2 dB COM O PONTO F 94 88,2 = 5,8 95,6 dB NPS = 94 + 1,1 NPS = 95,1 dB 4 ) VALOR DE 95,1 dB COM 86,5 dB NPS = 95,1 86,5 correo = 0,5 NPS = 95,1 + 0,5 NPS = 95,6 dB d ) Todas funcionando A 85 B 81 86,5 88,5 97,9 correo = 3 NPS = 97 C 82 D 80 E 87 94 97 97,4 3 )F e G 94 94 = 0 F G 94 1)AeB 85 81 = 4 NPS = 86,5 correo = 1,1

correo = 1,5 2) C e D

84,1

82 80 = 2 NPS = 84,1

correo = 2,1

4 ) 97 com valor de E 97 87 = 10 NPS = 97,416

correo = 0,4

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5 ) 86,5 com 84,1 86,5 84,1 = 2,4 NPS = 88,5 6 ) 97,4 com 88,5 97,4 88,6 = 8,9 NPS = 97,9 correo = 0,5 correo =2,0

4- EXEMPLO DE SUBTRAO DE RUDO Uma lixadeira pneumtica est colocada no meio de outras mquinas. O NPS quando todas esto em funcionamento de 100 dB. Desligando-se a lixadeira ( o resto continua funcionando ), o NPS 96 dB. Determine o NPS produzido no ponto de medio pela lixadeira isoladamente. 4.1- TRANSFORMANDO : dB para N / m2 Rudo de todas as mquinas = 96 dB 96 =10 log ( P / Po ) 2 96 / 10 = log ( P / Po ) 2 9,6 = log ( P / Po ) 2 ( P / Po ) 2 = 10 9,6 ( P / Po ) 2 = 3981071706 Rudo total =Para 100 dB :

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100 =10 log ( P / Po ) 2 100 / 10 = log ( P / Po ) 2 10 = log ( P / Po ) 2 ( P / Po ) 2 = 10 10 ( P / Po ) 2 = 10 000 000 000 RUDO TOTAL= RUDO DE TODAS AS MQUINAS + RUDO DA LIXADEIRA 10 000 000 000 = 3 981 071 706 + RUDO DA LIXADEIRA 10 000 000 000 - 3 981 071 706 = RUDO DA LIXADEIRA 6 018 928 294 = RUDO DA LIXADEIRA TRANSFORMANDO presso em dB NPS = 10 log ( P l/ Po ) 2 NPS = 10 log 6 018 928 294 NPS = 97,795 dB aproximando fica: NPS = 98 dB

4.2 UTILIZANDO O BACO NPS TOTAL = 100 dB NPS MQ = 96 dB (com a lixadeira desligada ) NPS TOTAL - NPS MQ = 100 96 = 4dB correo para a diferena de 4 dB segundo a curva = 2 dB O LIXADEIRA NPS LIXA. = NPS TOTAL 2 dB NPS LIXA. = 100 dB - 2 dB NPS LIXA. = 98 dB

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19

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Exerccios 1- Achar o rudo total, em dB , para os seguintes valores: a) 82 dB ; 85 dB ; 86 dB

b) 90 dB ; 91 dB

; 92 dB

; 93 dB

c) 100 dB ; 90 dB

; 80 dB

d) 81 dB ; 87 dB

; 88 dB ; 94 dB

e) 80 dB ; 85 dB ; 85 dB

; 90 dB

2- Achar o rudo da mquina, sendo dado o rudo total , para os seguintes casos: a) Rt = 90 dB A = 83 dB B=?

b ) Rt = 93 dB

A = 90 dB

B=?

c ) Rt = 90 dB

A= ?

B = 86 dB

d) Rt = 100 dB

A=

?

B = 97 dB

e) Rt = 90 dB A = 89 dB

B=?20

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5-OBJETIVOS DA AVALIAO DE RUDO O rudo pode ter vrias fontes, podendo ser de origem: mecnica - engrenagem de mquina; aerodinmica - dutos e ventiladores; hidrodinmica - fechamento e abertura de vlvulas hidrulicas;e etc. . Os benefcios obtidos com as medies so muitos, ou seja melhoraria nos tratamentos acsticos dos prdios, mquinas, aeroportos e etc, e com isto melhorando a qualidade de vida. Com as medies poderemos indicar quando um rudo poder causar danos a audio, permitindo que sejam tomadas medidas corretivas. O teste audiomtrico permite avaliar a sensibilidade auditiva do indivduo. Tambm deve-se levar em consideraes que o ouvido humano no igualmente sensvel a todas as freqncias, mas mais sensvel nas faixas de 2 Khz a 5 Khz ( 2000 Hz a 5000 Hz ). O efeito danoso do rudo depende dos seguintes fatores: NPS e distribuio de NPS por frequncia (espectro sonoro) - Durao da exposio - Nmero de vezes que a exposio se repete por dia - Suscetibilidade individual-

Para avaliarmos o rudo deve-se conhecer: o tipo de rudo, o tipo de exposio ,numero de empregados expostos, a freqncia do rudo. DEFINIES RUDO CONTNUO aquele cujo NPS varia de at 3 dB durante um perodo longo ( mais de 15 minutos ) de observao. RUDO INTERMITENTE - aquele cujo NPS cai ao valor de fundo ( rudo de fundo ) vrias vezes durante o perodo de observao , sendo o tempo em que permanece em valor constante acima do valor de fundo da ordem de segundos ou mais. Neste caso o nvel constante dever manter fixo durante mais de 1 segundo antes de voltar a cair novamente. O NPS varia de at 3 dB . RUDO DE IMPACTO aquele que apresenta picos de energia acstica de durao inferior a 1 (um) segundo em intervalos superiores a 1 (um) segundo. TWA ; Average Level (Lavg ) o nvel ponderado sobre o perodo de medio , que pode ser considerado como o nvel de presso sonora contnuo , em regime permanente , que apresenta a mesma energia acstica total que o rudo real , flutuante , no mesmo perodo de tempo. .21

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CICLO DE EXPOSIO Conjunto de situaes acsticas ao que submetido o trabalhador , em seqncia definida , e que se repete de forma contnua no decorrer da jornada de trabalho. SITUAO ACSTICA Cada poro da jornada de trabalho em que as condies ambientais se mantm constantes, de forma que os parmetros a serem medidos possam ser considerados definidos.

6-LIMITE DE TOLERNCIA PARA RUDO CONTNUO OU INTERMITENTE NVEL DE RUDO dB ( A ) 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 98 100 102 104 105 106 108 110 112 114 115 MXIMA EXPOSIO DIRIA ( T ) PERMISSVEL 8 horas 7 horas 6 horas 5 horas 4 horas e 30 minutos 4 horas 3 horas e 30 minutos 3 horas 2 horas e 40 minutos 2 horas e 15 minutos 2 horas 1 hora e 45 minutos 1 hora e 15 minutos 1 hora 45 minutos 35 minutos 30 minutos 25 minutos 20 minutos 15 minutos 10 minutos 8 minutos 7 minutos

6.1.1- CLCULO DO TEMPO EM RELAO A UMA INTENSIDADE TEMPO DE EXPOSIO = 16 HORAS ( L 80 ) / 5 222

23

Exemplo: Calcular o tempo de exposio para o rudo de 90 dB T == 16 HORAS ( L 80 ) / 5 2 16 HORAS (90 80 ) / 5 2 16 HORAS 2 2

T ==

T ==

T= 4 horas 6.1.2-CLCULO DA INTENSIDADE A PARTIR DE UM TEMPO Log (16 / T ) L= ------------------ X 5 + 80 Log 2 Exemplo: Calcular o nvel mximo permitido para uma jornada diria de 8 horas. Log (16 / 8 ) L=------------------ X 5 + 80 Log 2 Log (16 / 8 ) L=------------------ X 5 + 80 Log 2 L = 85 dB Os limites de tolerncia devem ser entendidos como conjunto de nveis de presso sonora e as duraes de exposio diria a cada um deles , aos quais a maioria dos trabalhadores podem estar expostos dia aps dias, durante toda uma vida til de trabalho, sem resultar efeito adverso na sua habilidade de ouvir ou entender uma conversao normal.23

24

No representam linha separatria do nvel perigoso com o seguro, dependendo da susceptibilidade individual Os tempos de exposio aos nveis de rudo no devem exceder os nveis de tolerncia fixados no quadro acima citado. Para os valores encontrados de nvel de rudo intermedirio, ser considerada a mxima exposio diria permissvel relativa ao nvel imediatamente mais elevado. As atividades ou operaes que exponham os trabalhadores a nveis de rudo, contnuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteo adequada, oferecero risco grave e iminente. No permitida exposio a nveis de rudo acima de 115 dB(A) para indivduos que no estejam adequadamente protegidos. Os nveis de rudo contnuo ou intermitente devem ser medidos em decibis (dB) com instrumento de nvel de presso sonora operando no circuito de compensao A e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas prximas ao ouvido do trabalhador. O aparelho usado para medir rudo : Medidor de nvel de presso sonora, conhecido vulgarmente e erroneamente como decibelmetro. Este aparelho possui um circuito eletrnico e j fornece o resultado em decibeis ( dB ) e tambm possui curvas de composio na escala A, B, C e dependendo da sofisticao, escala linear e respostas lentas e rpidas e rudo equivalente. Normalmente a mais usual a escala A. OBS: Para valores compreendidos entre 80 e 84 dBA tempos de exposio: 80-------------------- 16 horas 81--------------------14 horas 82--------------------12 horas 83--------------------10 horas 84 ------------------ 9 horas teremos os seguintes

24

25

Exerccios 1) Calcular o tempo de exposio para o rudos abaixo:

a) 90 dB

b) 95 dB

c) 100 dB

d) 110 dB

e) 84 dB

2) Calcular a intensidade do rudo para os seguintes tempos de exposio: a) 5 horas

b) 2 horas

c)

10 horas

d) 7 horas

e)

30 minutos25

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7-CLCULO DA DOSE DE RUDO QUANDO SE FALAR EM DOSE TEM QUE TEM ESPECIFICAR A JORNADA REFERENTE A ESTA DOSE. 7.1- UTILIZANDO O MEDIDOR DE NVEL DE PRESSO SONORA. 7.1.1- Empregado exposto jornada de trabalho. D= C /T a um nvel de presso sonora durante a sua

C indica o tempo total em que o trabalhador fica exposto a um nvel de rudo especfico T indica a mxima exposio diria permissvel segundo anexo 1 da NR 15. Exemplo: 1-Empregado exposto a 85 dB A durante 8 horas. D= 8 / 8 D = 1 ou 100% para 8 horas de exposio

2-Empregado exposto a 90 dB A durante 8 horas. D= 8 / 4 D = 2 ou 200% para 8 horas de exposio

7.1.2 - Empregado exposto a vrios nveis de presso sonora durante a sua jornada de trabalho Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais perodos de exposio a rudo de diferentes nveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, aplicando-se a equao. D = C1 / T1 + C2 / T2 + C3 / T3 + .............................. + Cn / Tn Dose menor que 1 ATIVIDADE SALUBRE Dose igual a 1 ATIVIDADE SALUBRE Dose maior que 1 ATIVIDADE INSALUBRE 7.1.2.1- EXEMPLOS 1 - Um trabalhador executa sua atividade num determinado local com NPS = 84 dBA durante 6 horas . Aps um certo tempo , o NPS sobe para 95 dBa e ele permanece durante 2 horas . O limite de tolerncia foi excedido ? 84 dBa 95 dBa ------- durante 6 horas= 360 minutos (C1) ------- durante 2 horas=120 minutos (C2)

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Segundo anexo 1 ( NR 15 ) Para 84 dBA T =9 horas = 540 minutosa Para 95 dBA T = 2 horas = 120 minutos Soluo: Dose = C1 / T1 + C2 / T2 + ............. + Cn / Tn D = 360 / 540+ 120/120 = 1,66 para 8 horas de exposio ultrapassado, logo a atividade in salubre. O limite foi

1,66 > 1 O limite de tolerncia foi ultrapassado, logo a atividade insalubre. 1,66 = 166% 2 - Se fosse: 95 dBA ------- durante 4 horas (C1) 85 dBA ------- durante 4 horas (C2) Na tabela anexo 1 da NR 15, limite tolervel de exposio: 95 dBA ------- durante 2 horas (T1) 85 dBA ------- durante 8 horas (T2) D = C1 / T1 + C2 / T2 D = 4 / 2 + 4 / 8

D = 2,5 ou 250 % para 8 horas de exposio 2,5 > 1 O limite de tolerncia foi ultrapassado, logo a atividade INSALUBRE. 3 - Se fosse: RUDO 95 dBA 85 dBA 90 dBA 82 dBA C 1 hora 4 horas 2 horas 1 hora T 2 horas 8 horas 4 horas 12

D = 1 / 2 + 4 / 8 + 2 / 4 + 1/12 D = 1,58 para 8 horas de exposio

LT foi ultrapassado

Exerccios 1 Um empregado est exposto aos seguintes rudos: 90dBA durante 1 hora ; 84dBA durante 5 horas ; 86 dBA durante 3 horas. O limite de tolerncia foi ultrapassado?

27

28

2- Um trabalhador est exposto aos seguintes rudos: 95 dBA durante 1 hora ; 100 dBA durante 1 hora ; 89dB durante 2 horas e 85 dBA durante 4 horas. O limite de tolerncia foi ultrapassado?

3- Um empregado est exposto aos seguintes rudos: 87dBA durante 2 hora; 91dBA durante 1hora e 30 minutos ; 94 dBA durante 2 horas; 96 durante 1 hora e 30 minutos ; 100 dBA durante 30 minutos e 102 dBA durante 30 minutos. O limite de tolerncia foi ultrapassado?

4- Um trabalhador est exposto aos seguintes rudos: 85 dBA durante 6 horas e 90 dBA durante 2 hora . O limite de tolerncia foi ultrapassado?

5-Um trabalhador est exposto aos seguintes rudos: 85 dBA durante 4 hora ; 90 dBA durante 2 horas ; 89dB durante 2 horas . O limite de tolerncia foi ultrapassado?

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7.2 UTILIZANDO O DOSMETRO s vezes, o empregado executa vrias atividades durante a sua jornada de trabalho, sendo difcil quantificar o tempo de exposio. Neste caso, para maior preciso, o dosmetro o instrumento mais adequado. Esse instrumento fornece, no perodo avaliado, a dose ou efeitos combinados ( Cn / Tn ) e o nvel equivalente de rudo . Existem dosmetros que fornecem o rudo equivalente diretamente e outros que necessitam de clculos em funo da dose e o tempo de medio. Neste caso o tcnico dever conhecer a equao do dosmetro 7.2.1- Como medir com dosmetro atendendo as normas legais brasileiras? PRECISO UTILIZAR OS SEGUINTES PARMETROS: Nvel critrio: 85 dB A Taxa de troca ( q ): 5 dB A Tempo critrio: 8 horas Limiar de deteco: 80 dB A 7.2.3- Qual o melhor? q= 3 ou q= 5? Tecnicamente q= 3 melhor , pois apresenta perda mdia, menor ou igual a 2 dB,aps 40 anos, para a mediana da distribuio, na freqncia 500;1000;2000 e 3000 Hz A taxa de troca ( q ) = 5 apresenta perda mdia, , menor ou igual a 25 dB, para 90 % dos expostos na freqncia 500;1000;2000 Hz. 7.2.3.1-O que devemos usar ? Para atender a NR 15 q= 5 Para atender o INSS Dever ser usado o mtodo proposto segundo suas Instrues Normativas ( IN ). 7.2.5-CLCULO DO TWA.a)

Para tempo de exposio de 8 horas:

TWA = 80 + 16.61 x log ( 9,6 x D /T )29

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D dose em percentagem para 8 horas de trabalho T - tempo de exposio estimado em minutos ( para 8 horas ) EXEMPLO: DOSE = 2,5 OU 250 % T = 480 MINUTOS (8 HORAS DE TRABALHO )

TWA = 80 + 16,61 X log ( 9,6 X 250 / 480 ) TWA= 91,95 dBA Exerccios:1-

Calcular o TWA para as seguintes doses, para 8 horas de exposio

a) D= 1,4

b) D= 1,2

c) D= 100%

d ) D= 3,0

e) D = 200 %30

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b) Para tempo de exposio diferente de 8 horas OBS: DEVEMOS FAZER UMA REGRA DE TRS, PARA ESTIMAR A DOSE PARA 8 HORAS. EXEMPLO: Dose igual a 100 % para um tempo de amostragem de 4 horas . Qual o rudo equivalente para 8 horas? 4 horas = 240 minutos 100 ------------------- 240 X ---------------------480 X = 200 % 8 horas = 480 minutos

TWA = 80 + 16,61 X log ( 9,6 X 200 / 480 ) TWA= 90 dBA Exerccios: 1 Calcular a dose projetada,para 8 horas ,nos seguintes casos: a) Dose parcial 50 % para o tempo de amostragem 4 horas.

b) Dose parcial 50 % para o tempo de amostragem 2 horas

c) Dose parcial 40 % para o tempo de amostragem 4 horas

d) Dose parcial 100 % para o tempo de amostragem 4 horas

e) Dose parcial 100 % para o tempo de amostragem 2 horas31

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NA FALTA DO DOSMETRO O TCNICO PODER CALCULAR O RUDO EQUIVALENTE PELAS SEGUINTES FRMULAS: TWA = ( log D + 5,117 ) / 0,06 D = dose para 8 horas ( no precisa estar em percentagem ) Ou TWA = 80 + 16.61 x log ( 9,6 x D /T ) D dose em percentagem para 8 horas de trabalho T - tempo de exposio estimado em minutos ( para 8 horas )

Exerccios:1-

Calcular o rudo equivalente (TWA) para as seguintes doses segundo a frmula: TWA = ( log D + 5,117 ) / 0,06

a) D= 1,4

d) D= 1,2

c) D= 100%

d ) D= 3,0

e) D = 200 %

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Outro instrumento que poder ser utilizado o analisador de frequncia . A avaliao de frequncia importante no sentido de orientar as medidas de controle como: atenuao dos protetores auriculares: seleo e tipo de material absorvente: e etc. so feitos em funo do espectro sonoro do rudo do ambiente ( NPS x Frequncia ) Numa avaliao dos nveis de rudo visando preveno do risco de dano auditivo, devemos proceder da seguinte maneira: Selecionar as funes a serem analisadas. Descrever as atividades executadas pelos empregados e respectivas funes e locais de trabalho Realizar as medies com o medidor de nvel de presso sonora e anotar as observaes sobre medidas de controle adotadas , principais fontes geradoras de rudo, etc. Analisar as frequncias das principais fontes de rudo para orientar as medidas de controle a serem adotadas. Fazer dosimetria do rudo em todas as funes analisadas registrando a DOSE e o nvel equivalente.. 8 -LIMITES DE TOLERNCIA PARA RUDOS DE IMPACTO Entende-se por rudo de impacto aquele que apresenta picos de energia acstica de durao inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo. Os nveis de impacto devero ser avaliados em decibis (dB), com medidor de nvel de presso sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas prximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerncia para rudo de impacto ser de 130 dB (LINEAR). Nos intervalos entre os picos, o rudo existente dever ser avaliado como rudo contnuo. No caso de no se dispor de medidor do nvel de presso sonora com circuito de resposta para impacto, ser vlida a leitura feita no circuito de resposta rpida (FAST) e circuito de compensao C. Neste caso, o limite de tolerncia ser de 120 dB(C). As atividades ou operaes que exponham os trabalhadores, sem proteo adequada, a nveis de rudo de impacto superiores a 140 dB(LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de respostas rpida (FAST), oferecero risco grave e iminente.

OBS: A norma brasileira no estabelece o mximo nmero de impactos ou impulsos por dia. A ACGIH ( American Conference of Governmental Industrial Hygienists ) estabelece o limite de tolerncia para rudo de impacto.

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LIMITE DE TOLERNCIA PARA RUDO DE IMPACTO NVEL DE SONORA 140 130 120 PRESSO NMEROS DE IMPACTOS PERMITIDOS POR DIA 100 1000 10000

O NMERO DE IMPACTOS CALCULADO PELA SEGUINTE FRMULA: L =160 10 Log 10 N VERIFICAO: Qual o nmero de impactos permitido para 120 decibeis ? 120 = 160 10 Log 10 N Log 10 N = 40 10 Exemplo: 1-Calcular segundo a frmula o nmero de impactos para os seguintes rudos: a )100 c ) 110 10 Log 10 N = 160 120 Log 10 N = 4 N = 10 4 10 Log 10 N = 40

N = 10000

b )90

d ) 105

9-CONSEQUNCIAS DO RUDO34

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Em relao ao sistema auditivo: Surdez temporria: ocorre aps a exposio do indivduo a um rudo intenso, mesmo que por um certo perodo de tempo, e ao sairmos dessa exposio logo aps algum tempo o nvel de audio volta ao normal. Surdez permanente: origina-se pela exposio repetida, durante longos perodos a rudos intensos. Esta perda irreversvel. Deve-se atentar que no incio do processo, os indivduos no percebem a alterao, porque no comeo esta alterao no atinge a sua comunicao verbal, com o passar do tempo, as perdas se progridem e as pessoas no mais conseguem se comunicar verbalmente, e quando isto ocorre, j tarde demais, o indivduo est surdo. Trauma acstico: a perda auditiva repentina aps a exposio a rudo intenso, causado por exploses ou impactos sonoros semelhantes. Alm dos problemas auditivos podemos citar: Alteraes no sistema cardiovascular, cansao, irritabilidade, fadiga e etc. Observao: 1. Ultra-Som Apresenta freqncia superior a 20.000 Hertz. Quando a freqncia superior a 31.500 Hertz s ocorre manifestao quando se entra em contato com o gerador da freqncia. Entre 20.000 e 31.500 Hertz podem ocorrer dor de cabea, fadiga, tonturas e desconforto geral. 2. Infra-Som (freqncia inferior a 20 Hz ) Os principais efeitos sobre o organismo so: . alterao de motricidade; . problemas neurolgicos; . necrose de ossos dos dedos; . deslocamentos anatmicos; . alterao da sensibilidade ttil. alteraes endcrinas,

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36

10-MAPEAMENTO DE RUDO bastante til quando se pretende uma viso geral do ambiente ruidoso e serve de motivao para desenvolvimento inicial de medidas e programas de conservao auditiva.MAPA DE RISCO DE RUIDO -

FONTE A

FONTE B

11-

MEDIDAS DE CONTROLE DO RUDO

11.1 - NA FONTE - Substituir o equipamento por outro mais silencioso - Balancear e equilibrar partes mveis - Lubrificar eficazmente mancais , rolamentos, etc - Modificar o processo de fabricao. - Regular os motores - Programar as operaes de forma evitar muitas mquinas funcionando simultaneamente - Reapertar as estruturas - Substituir engrenagens metlicas por outras de plstico ou celeron. 11.2 - NA TRAJETRIA - Isolamento acstico no meio - Aumento da distncia entre a fonte e o receptor.

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37

-

11.3- NO HOMEM Teste audiomtrico - Limitao do tempo de exposio - Educao do trabalhador - Protetores auriculares

11-.CONTROLE DO RUDO AUMENTANDO A DISTNCIA ENTRE A FONTE E O RECPTOR Consiste quando possvel , afastar o empregado da fonte de rudo. A atenuao do rudo varia com a distncia, sendo calculada pela seguinte frmula: ( valores em dB ) L2 = L1 20 LOG ( R2 R1 ) L2 = Nvel de rudo distncia R2 do indivduo exposto aps o afastamento L1 = Nvel de rudo distncia R1 do indivduo exposto antes do afastamento R1 e R2 = Distncias EXEMPLO: Um motor est a 1metro de distncia de um empregado e o nvel de rudo que chega sua zona auditiva 91 dB( A ) . Com a mudana do arranjo fsico, a distncia passou para 6 metros .Calcular pela frmula o novo nvel de presso sonora que chega na zona auditiva do empregado. L1 = 91 dB ( A ) R1= 1 metro R2 = 6 metros L 2= ?

L2 = 91 20 LOG ( 6 1 ) L2 = 75,5 dB ( A ) OBSERVOU-SE QUE HOUVE UMA SIGNIFICATIVA REDUO ( NO ESTAMOS LEVANDO EM CONTA AS DEMAIS FONTES, PAREDES , REFLEXES SONOROS, ETC .) EXERCCIOS: 1-Um empregado recebe 100 dBA a 1 metro da fonte. Calcular o rudo nas seguintes distncias: a) 4 metros

b) 8 metros

c) 3 metros37

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d) 10 metros

e)

5 metros

CLCULO DA DISTNCIA SENDO CONHECIDO OS RUDO Log R 2 = Log R1 - ( L2 L1 )/20

Log R1= Log R 2 + ( L2 L1 )/20 Exemplo: A 1 metro de distncia foi encontrado o rudo no valor 95 d B.. Qual dever ser a distncia para o valor de 85 dB. O rudo 1 metro de dist do Log R 2 = Log 1- ( 85 95 ) /20 Log R 2 = 0 ( - 0,5 ) Log R 2 = 0,5 R 2 10 0,5 R 2 = 3,16 m EXERCCIOS 1) Um empregado recebe a 2 metros da fonte 110 dB A . Qual ser a distancia para os seguintes rudos: a)90 dB A.38

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b) 95 d B A

c)80 d B A

d)100 d B A

e) 105 d B A

2) Um empregado recebe a 4 metros da fonte 80 dB A . Qual ser a distancia para os seguintes rudos: a) 100 d B A a) 90 d B A

c) 95 d B A

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d) 88 d B A

e) 102 d B A

12-CONTROLE DO RUDO PELO USO DE PROTETORES AURICULARES 12.1- MTODO LONGO Devemos ressaltar que a simples utilizao do protetor no implica na eliminao do risco para o trabalhador , os mesmos devero ser usados corretamente e obedecer os requisitos mnimos de qualidade. Os protetores auriculares devem ser capazes de reduzir a intensidade do rudo abaixo do limite de tolerncia. Determinaremos o fator de proteo pela anlise de frerquncia, conforme exemplo abaixo. a) Com 84% de preciso 1- Frequncia ( HZ ) 2- Anlise de frequncia em dB ( escala linear) 3- Correo para escala A 125 100 16,1 250 102 8,6 93,4 19 6 500 105 3,2 101, 8 31 6 1000 2000 4000 8000 106 0 106 36 7 101 +1,2 102, 2 37 7 96 +1,0 97 48 7 90 1,1 88,9 40 8

4 -Nveis de rudo em dB ( linhas 2 e 3 ) 83,9 5- Atenuao do EPI ( fornecido pelo fabricante) 6- Desvio padro ( fornecido pelo fabricante) 14 5

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41

7 Desvio padro 1 ( preciso 84 % ) 8- Proteo assumida (linha 5 - linha 7 ) 9-Nveis de rudos atenuados (linha 4 linha 8 ) 10 NPS que atinge o trabalhdor com o EPI (soma da linha 9 ) 11- NPS que atinge o trabalhador sem EPI( soma da linha 4 )

5 9 74,9

6 13 80,4

6 25 76,8

7 29 77

7 30 72,2

7 41 56

8 32 56,9

84,2 109

A PROTEO FORNECIDA PELO PROTETOR AURICULAR , COM 84% DE CONFIABILIDADE A DIFERENA DA LINHA 11 COM A LINHA 10 ,

b) Com 98% de preciso 1- Frequncia ( HZ ) 2- Anlise de frequncia em dB(escala linear 3- Correo para escala A 4 -Nveis de rudo em dB (linha 2 e 3 ) 5- Atenuao do EPI ( fornecido pelo fabricante) 6- Desvio padro ( fornecido pelo fabricante) 125 100 16,1 83,9 14 5 250 102 8,6 93,4 19 6 500 105 3,2 101,8 31 6 1000 2000 106 0 106 36 7 101 +1,2 102,2 37 7 4000 8000 96 +1,0 97 48 7 90 1,1 88,9 40 8

41

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7 Desvio padro 2 ( preciso 98 % ) 10 8- Proteo assumida (linha 5 linha 7 ) 4

12 7

12 19

14 22

14 23

14 34

16 24 64,9

9-Nveis de rudos atenuados 79,9 86,4 79,8 84 79,2 63 (linha 4 linha 8 ) 10 NPS que atinge o trabalhdor com o 87,6 EPI (soma da linha 9 ) 11- NPS que atinge o trabalhador sem 109 EPI( soma da linha 4 ) A PROTEO FORNECIDA PELO PROTETOR AURICULAR , COM 98% DE CONFIABILIDADE A DIFERENA DA LINHA 11 COM A LINHA 10 .

1- Frequncia ( HZ ) 2- Anlise de frequncia em dB( escala linear) 3- Correo para escala A 4 -Nveis de rudo em dB ( linha 2 e 3 )

125 101,5 16,1

250 105 8,6 20 3

500 105 3,2 33 3

1000 2000 4000 107 0 35 3 103 +1,2 38 3,5 95 +1,0 47 4

8000 88 1,1 41 4

5- Atenuao do EPI ( fornecido pelo 13 fabricante) 6- Desvio padro ( fornecido pelo 3 fabricante) 7 Desvio padro 2 ( preciso 98% )

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8- Proteo assumida ( linha 5 linha 7 ) 9-Nveis de rudos atenuados (linha 4 linha 8 ) 10 NPS que atinge o trabalhador com o EPI (soma da linha 9 ) 11- NPS que atinge o trabalhador sem EPI(soma da linha 4 ) 12.2 CLCULO DA PROTEO ASSUMIDA USANDO O NRR e NRRsf ) Falaremos da normas e suas particularidades: ANSI 3.19 /74( aps reviso ANSI S 12.6/84.) O valor da atenuao do EPI era obtido utilizando uma cabea artificial( mtodo objetivo ) ANSI S 12.16 -1997 parte- A O valor do Nvel de reduo do rudo obtido utilizando indivduos treinados e qualificados no uso de protetores auriculares, sendo orientados e supervisionados antes da realizao da anlise. (tambm chamado de mtodo objetivo ) ANSI S 12.16 -1997 partes B O valor do Nvel de reduo do rudo obtido utilizando indivduos que desconhecem o uso de protetores auriculares,seguindo apenas a instrues contidas nas embalagens. ( mtodo subjetivo ) At a utilizao da norma ANSI S 12.16 -1997 partes A e B , os valores dos NRR dos protetores auditivos eram obtidos atravs da norma ANSI 3.19 /74 ( ANSI S 12.6/84) OS EPIS S RECEBEM O CERTIFICADO DE APROVAO ENSAIADOS PELA NORMA ANSI S 12.16 -1997 B ( NRR SF ). 12.2.1-CLCULO DA ATENUAO UTILIZANDO O NRR NPS ( dB A ) = dB A ( f x NRR -7 ) NPS ( dB A ) Nvel de presso sonora global que chega no usurio dB A o nvel de presso sonora do ambiente, medido em dB A NRR- ndice fornecido pelo fabricante f- Fator de reduo para o tipo de EPi43

SE FOREM

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f=0,75 tipo concha

f=0,50tipo moldvel

f=0,30tipo plug

12.2.3-CLCULO DA PROTEO ASSUMIDA USANDO O NRRsf NPS ( dB A ) = d B A NRR sf NPS ( dB A ) Nvel de presso sonora global que chega no usurio dB A o nvel de presso sonora do ambiente, medido em dB A NRRsf - ndice fornecido pelo fabricante OBS: Mtodo objetivo aquele que dispensa o uso de pessoas para realizao de ensaios ou so baseados em critrios puramente objetivos. Mtodo subjetivo. No ensaio so utilizadas pessoas sem conhecimento do EPI. NRR NOISE REDUCTION RATE OU NVEL DE REDUO DE RUDO NRR sf NOISE REDUTION RATE ( subject fit ) OU NVEL DE REDUA DE RUDO MTODO SUBJETIVO

13 CONTROLE DE RUDO POR AUDIOMETRIA O QUE AUDIOMETRIA? um exame que tem por finalidade registrar as alteraes da audio em relao aos estmulos acsticos, resultados que se anotam em um grfico denominado audiograma. O aparelho utilizado o audimetro, um instrumento que emite tons puros de som; os quais no existem como tal na vida diria. COMO REALIZADO O EXAME?44

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Em uma cabine isolada acusticamente, a cabine audiomtrica. O audimetro deve ser calibrado regularmente e a cabine inspecionada e avaliada quanto ao isolamento. QUAIS AS UNIDADES UTILIZADAS? bandas oitavas para as freqncias e o dB para a intensidade. QUAIS AS FREQNCIAS ESTUDADAS? 500 1000 2000 3000 - 4000 6000 e 8000 Hz. QUEM REALIZA O EXAME? Segundo Nr 7 o exame dever ser realizado por profissional habilitado, ou seja, mdico ou fonoaudilogo , conforme resolues dos respectivos conselhos federais.

14-Programa de Conservao Auditiva (PCA) De acordo com a NR 9 toda empresa deve ter um programa de Preveno de Riscos Ambientais -PPRA. . Se houver nvel de presso sonora elevado levantado pelo PPRA, dever organizar um Programa de Conservao Auditiva - PCA. 14.1 Monitorar a exposio ao rudo elevado visando: a) avaliar a exposio de trabalhadores ao risco b) determinar se rudo pode interferir com a comunicao e a percepo audvel de sinais de alerta. c)priorizar as medidas de controle d) identificar os trabalhadores que iro participar do PCA e) avaliar o trabalho de controle do rudo 14.2 Controle de engenharia e administrativos So os elementos mais importantes no PCA Medidas de engenharia: Instalao de silenciadores, enclausuramento das mquinas , revestimento de paredes etc.45

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Medidas administrativas: Visam alterar o esquema de trabalho ou das operaes como por exemplo , o rodzio de empregados, selecionar as mquinas que devero funcionar. etc. 14.3- Indicao do EPI 14.4 Educao e motivao Orienta a utilizao de proteo auditiva em todas as reas necessrias. Ensina o uso correto. 14.5. Avaliaes audiomtricas. 14.6-. Avaliao do Programa 14.7-. Manuteno dos registros Mantm-se os registros 30 anos .

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS - SALIBA ,Tuffi Messias- Higiene do Trabalho e PPRA , ,ed LTR-1997 So Paulo- 242p - MORAES,Giovanni Arajo: REGAZZI, Rogrio Dias Percia e Avaliao de Rudo e Calor Passo a Passo- Teoria e Pratica- Rio de Janeiro (s.n ),2002 448 p. - PROTEO: Revista mensal de sade e segurana do trabalho, Novo Hamburgo / RS; MPF, publicao n 130, outubro /2002- ano XV

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