apostila método numérico - 2007

64
Métodos Numéricos Métodos Numéricos com aplicações computacionais no Matlab ® Profa. Patrícia Guimarães Abramof Julho de 2007

Upload: cirilooo

Post on 01-Jul-2015

15.878 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Apostila Método Numérico -  2007

Métodos Numéricos

Métodos Numéricos

com aplicações computacionais no

Matlab®

Profa. Patrícia Guimarães Abramof

Julho de 2007

Page 2: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected]

MÉTODOS NUMÉRICOS

Apresentação do Curso

Objetivo

Estudar métodos numéricos seus fundamentos teóricos analisando suas vantagens e

desvantagens na resolução de problemas de aplicação da Matemática, Física e Engenharia.

Justificativa

Os métodos numéricos propostos para este curso auxiliam na resolução de

problemas de aplicação em engenharia como exemplo:

� Pesquisa Operacional

� Dimensionamento e Simulação de Sistemas

� Otimização de Sistemas

� Controle de Sistemas

Programa

Considerações Gerais sobre Métodos Numéricos

Erros e Aproximações Numéricas

Raízes de Funções Reais

Interpolação Numérica

Integração Numérica

Sistemas de Equações Lineares

Equações Diferenciais Ordinárias

Metodologia

Aulas de teoria

Aulas de exercícios

Aulas de aplicação

Page 3: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected]

Critério de avaliação

Trabalhos da aplicação, exercícios e avaliações individuais.

Pontuação

Nas U1 e U2:

80% Avaliações

20% Exercícios

AD1 e AD2: Trabalho de aplicação

Bibliografia

RUGGIERO, Márcia A.G.; LOPES, Vera L.R. Cálculo Numérico: Aspectos Teóricos e

Computacionais. MAKRON Books do Brasil Editora Ltda, 1996.

Page 4: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 4

ÍNDICE

AULA 1 ..................................................................................................................................6 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................6

Métodos Numéricos ............................................................................................................6 Resolução de Problemas .....................................................................................................7

AULA 2 ..................................................................................................................................9 NOÇÕES SOBRE ERROS.....................................................................................................9

ERRO ABSOLUTO ( ( )E A) ..................................................................................................9

ERROS DE TRUNCAMENTO............................................................................................10 EXERCÍCIOS .......................................................................................................................14 AULA 3 ................................................................................................................................15 DETERMINAÇÃO DE RAÍZES DE FUNÇÕES REAIS ...................................................15

Introdução .........................................................................................................................15 FASE 1: ISOLAMENTO DE RAÍZES.................................................................................15 FASE 2: REFINAMENTO...................................................................................................18 MÉTODO DA BISSECÇÃO................................................................................................18 MÉTODO DE NEWTON-RAPHSON.................................................................................21 MÉTODO DA SECANTE....................................................................................................25 EXERCÍCIO .........................................................................................................................27 AULA 4 ................................................................................................................................28 INTERPOLAÇÃO................................................................................................................28 O CONCEITO DE INTERPOLAÇÃO.................................................................................28 INTERPOLAÇÃO POLINOMIAL - POLINÔMIO DE LAGRANGE................................29 EXERCÍCIOS .......................................................................................................................33 FUNÇÃO SPLINE INTERPOLANTE.................................................................................34 SPLINE LINEAR INTERPOLANTE...................................................................................34 SPLINE CÚBICA INTERPOLANTE ..................................................................................36

Função de interpolação no Matlab ....................................................................................36 EXERCÍCIOS .......................................................................................................................38 AULA 5 ................................................................................................................................41 INTEGRAÇÃO NUMÉRICA ..............................................................................................41 REGRA DO TRAPÉZIO......................................................................................................41 EXERCÍCIOS .......................................................................................................................44 REGRA DE SIMPSON ........................................................................................................44 EXERCÍCIOS .......................................................................................................................46 AULA 6 ................................................................................................................................47 RESOLUÇÃO DE SISTEMAS LINEARES........................................................................47

Introdução .........................................................................................................................47 MÉTODO ITERATIVO DE GAUSS-JACOBI E GAUSS-SEIDEL ...................................47

Critério de convergência ...................................................................................................49 Critério de parada..............................................................................................................49 Programa em Matlab para solução por Gaus-Jacobi.........................................................51

Page 5: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 5

EXERCÍCIOS .......................................................................................................................52 AULA 7 ................................................................................................................................53 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS - EDO ........................................................53 PROBLEMA DE VALOR INICIAL – EDO DE PRIMEIRA ORDEM ..............................53 MÉTODO DE EULER .........................................................................................................53 EXERCÍCIOS .......................................................................................................................55 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS....................................................................56 MÉTODOS DE RUNGE-KUTTA .......................................................................................56

Métodos de Passo Simples................................................................................................56 PROBLEMA DE VALOR INICIAL – PVI..........................................................................56 MÉTODO DE RUNGE-KUTTA DE QUARTA ORDEM..................................................56 EXERCÍCIOS .......................................................................................................................59 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS DE ORDEM SUPERIOR..........................60 MÉTODO DE RUNGE-KUTTA .........................................................................................60

Método de Quarta Ordem .................................................................................................60 Exemplo de aplicação - Vibração Forçada a Um Grau de Liberdade...............................61

BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................64

Page 6: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 6

AULA 1

INTRODUÇÃO

Considerações Históricas

Os métodos numéricos são antigos e têm um das primeiras exemplares anotações do

século 12a.c que tratam de métodos de contagem em base quinária.

Os babilônios sintetizaram um sistema eficaz de numeração baseado na mudança de

posição dos símbolos, além disso, por volta do séc 4a.c, desenvolveram complexos

processos algoritmos como, por exemplo, a extração de raiz quadrada, o que é atribuída a

homens que viveram bem mais tarde (veja BOYER, Carl; História da Matemática).

Os hindus ficam com a criação do sistema decimal e do zero já que os babilônios

não chegaram a uma definição sobre o mesmo.

Modernamente surgiram os matemáticos: Gauss, D’Lambert, Laplace, Lagrange,

Paschoal, Newton, Stiling e outros.

Atualmente, com a invenção e o aperfeiçoamento das máquinas de cálculo e dos

aplicativos e programas computacionais, os métodos numéricos são aplicados em várias

áreas, entre elas, a engenharia.

Assim, pode-se dizer que o cálculo numérico visa diretamente aplicações e contenta-se com

métodos, valores e resultados aproximados, que não é tão rigoroso em relação aos conceitos

como o cálculo ordinário e que comete corretamente o erro, pois se tem o conhecimento da

ordem de grandeza do erro cometido.

Métodos Numéricos

São o conjunto de processos que, isolados ou combinados, nos conduzem a soluções

particulares de um certo problema, e esse conjunto de soluções particulares deve levar a

uma solução geral. Os métodos numéricos têm aplicações em Matemática, Física, Biologia,

economia, engenharia, etc.

O cálculo numérico tem uma infinidade de métodos numéricos para a resolução de

um mesmo problema. Para a escolha do mais eficiente, deve-se obedecer a três seguintes

critérios:

� Previsão de resultados

Page 7: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 7

� Capacidade de conduzir os resultados desejados

� Esforço de cálculo despendido para a obtenção dos resultados

Métodos numéricos de aparência inocente podem ser bem trabalhosos quando

executados manualmente. É aí que o computador se torna útil pela sua velocidade e pela sua

capacidade de executar automaticamente um conjunto de instruções chamado programa.

A qualidade dos resultados obtidos depende da capacidade e do bom senso de quem

utiliza os métodos. O acúmulo de erros de truncamento é agravado, geralmente, pelo

número elevado de operações, que pode chegar a inutilizar os resultados. Por isso se torna

imperativo a necessidade de criação de métodos cada vez mais eficientes.

Resolução de Problemas

A resolução de problemas utilizando métodos numéricos envolve várias fases que

podem ser assim estruturadas:

Page 8: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 8

Observamos que não é raro acontecer que os resultados finais de um processo desse

tipo estejam distantes do que se esperaria obter ainda que todas as fases de resolução

tenham sido realizadas corretamente. Isto pode ocorrer devido a motivos anteriormente

abordados como, por exemplo:

� Precisão de dados de entrada

� Forma de como estes dados foram representados no computador

� Tipo e ordem das operações efetuadas

Por outro lado os métodos numéricos apresentam-se como ricos instrumentos de

resolução de problemas de diversas áreas como a física, a matemática pura ou aplicada,

engenharia, economia biologia, computação aplicada etc.

Page 9: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 9

AULA 2

NOÇÕES SOBRE ERROS

Motivos que tornam o cálculo numérico aproximado

� Uso de dados provenientes de tabelas.

� Uso de dados inexatos pela própria natureza matemática dos mesmos, exemplo:

� números irracionais: 2 , π

� números transcendentes: xsin , xcos , xtan

� dízimas periódicas: 0,4545....

� Uso de dados provenientes de medidas com erros devido à constituição do aparelho.

� Uso de dados inexatos pela supressão de algarismos.

� Métodos ou fórmulas aproximadas.

� Ordem de cálculo nas operações.

� Uso de rotinas não adequadas.

ERRO ABSOLUTO ( ( )E A)

O erro absoluto E para um valor aproximado A de um número A exato, será:

Se ( ) AA 0A-A 0 ⟨→⟨→⟨AE (erro por excesso)

Se ( ) AAE ⟩→⟩→⟩ A 0A-A 0 (erro por falta)

Propriedade

Multiplicando-se ou dividindo-se o número aproximado A por um número inteiro, exato e diferente de zero, o erro absoluto fica multiplicado ou dividido por este número.

A e B=KA

A e B KA= onde k é inteiro

( )E B KA KA K A A= − = −( )

como ( )A A E A− =

então

Page 10: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 10

( ) ( )E B KE A=

ERRO RELATIVO (( )E AR )

O erro relativo ER para um valor aproximado A de um número A exato, será:

( ) ( )

A

AEAER =

ou

( )

A

AAAER

−=

Propriedade

Multiplicando-se ou dividindo-se o número aproximado A por um número inteiro, exato e diferente de zero, o erro relativo fica inalterado.

A e B=KA

A e B KA= onde k é inteiro

como ( )

A

AAAER

−=

então

( ) ( )

AK

AA.K

A

AKKABER

−=

−=

Portanto: ( )

A

AABER

−=

.

ERROS DE TRUNCAMENTO

São erros provenientes de utilização de processos que deveriam ser infinitos ou

muito grandes para a determinação de um valor e que, por razões práticas, são truncados.

Estes processos infinitos são muito usados, por exemplo, na determinação de valores

para funções matemáticas, tais como, exponenciais, logarítmicas, trigonométricas e outras.

São exemplos de processos infinitos, as séries de potência utilizadas para calcular

valores de uma grande variedade de funções.

A série de Taylor consiste em expandir uma função f(x) em uma série de potência em (x-a)

dada pela forma:

Page 11: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 11

.........).(!3

)().(

!2

)()).(()()( 32 +−

′′′+−

′′+−′+= ax

afax

afaxafafxf

Para que uma função seja representada pela série de Taylor é necessário que a

função e suas derivadas existam no ponto x=a .

A existência de tal função, no entanto, não assegura esta representação, é necessário que se

faça estudos de convergência da série para que o desenvolvimento da série seja garantido.

Para a=0 a série de Taylor transforma-se na série de McLaurin que é dada por:

.........x.!

)(fx.

!

)(fx).(f)(f)x(f +

′′′+

′′+′+= 32

3

0

2

000

Em se tratando de obter valores, processos infinitos deverão ser interrompidos e

portanto tornarem-se finitos. Ao interromper o processo infinito introduz-se então o que

chamamos de erro de truncamento. De modo geral, pode-se dizer que o erro de truncamento

deve ser avaliado e controlado a partir de uma precisão prefixada.

Exemplo:

a) Obtenha a série de McLaurin para a xexf =)( .

b) Considerando o intervalo [-1,1], faça o gráfico das aproximações n=2, 3 e 12 usando

Matlab.

c) Calcule o valor da f(x) em x=0,5 nas aproximações propostas acima.

d) Quantos termos do desenvolvimento devem ser utilizados para que o cálculo da função

com precisão 81050 −×≤ε , nos intervalos [0 , 1] e [1 , 10].

e) Calcule o valor da f(x) em x=0,5 com precisão 81050 −×≤ε , .

Solução

a) Desenvolvendo a função em série de potência temos:

+∞<<∞++++= x- 32

132

L!

x

!

xx)x(f

Page 12: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 12

ou ( )∑

=

+∞<<∞−

=1

1

x- 1i

n

!n

x)x(f

Para n=2 temos: x)x(f +≅1

Para n=3 temos: 21

2xx)x(f ++≅

Para n=12 temos: !

x

!

x

!

x

!

x

!

x

!

x

!

x

!

x

!

x

!

xx)x(f

1110982654321

111098765432

+++++++++++≅

b) Programa em Matlab para produção gráfica

Page 13: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 13

-1 -0.5 0 0.5 1 1.5 20

1

2

3

4

5

6

7

8

x

y

Funçao Exponencial

Funçao

n=2

n=3

n=12

Gráfico das aproximações n= 2, 3 e 12

c) Para n=2 x)x(f +≅1 portanto 5150 ,),(f ≅

Para n=3 21

2x

x)x(f ++≅ portanto ≅)x(f 1.64583333

Para n=12 !

x

!

x

!

x

!

x

!

x

!

x

!

x

!

x

!

x

!

xx)x(f

1110982654321

111098765432

+++++++++++≅ portanto

1.64872127 ≅)x(f .

d) A forma mais geral a série de Taylor para uma f(x) é dada por :

nn

axn

axafax

afax

afaxafafxf ).(

!

)).(().(

!3

)().(

!2

)()).(()()(

)(32 −

−θ+++−

′′′+−

′′+−′+= L onde 10 <θ< . O

último termo da expressão é chamado de termo remanescente ou resto da série para f(x) quando aproximamos a função por uma soma de finitos termos.

No caso da xe)x(f = a expressão geral da série será:

10 e x- !

)!1(

!3!2

1)( .132

<θ<+∞<<∞+−

+++++= θ−

xnn

en

x

n

xxxxxf L

O resto será portanto x.

n

e!n

x θ

. O limite superior no valor deste resto será com 1=θ , isto é: x

n

e!n

x

, mas

Page 14: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 14

queremos que

ε<

)x(f

e!n

x xn

ou

81050 −×<

,e

e!n

x

x

xn

ou

81050 −×< ,!n

x n

.

Para 1<x temos: n=12.

Para 10<x temos: n=41.

e) Para x=0.5, n=12 e 1.64872127 ≅)x(f .

EXERCÍCIOS

Dadas as funções:

1) xxf sin)( = , [ ]ππ− 2,2 , 4/π=x

2) xxf cos)( = , [ ]ππ− 2,2 , 4/π=x

3) xxf sinh)( = , [ ]ππ− 2,2 , 4/π=x

4) xxf cosh)( = , [ ]5,5− , 5,0=x

5) xxf 2)( = , [ ]5,5− , 5,0=x

6) xxf −= 2)( , [ ]5,5− , 5,0=x

7) ( )1ln)( −= xxf , [ ]10 , 5,1 , 2=x

8) ( )1log)( += xxf , [ ]10 , 5,0− , 5,2=x

Pede-se:

a) Obtenha a série de McLaurin em cada caso.

b) Faça o gráfico das aproximações n=2, 3 e 12 usando Matlab, no intervalo indicado.

c) Calcule o valor da f(x) nas aproximações propostas acima, nos pontos indicados.

c) Quantos termos do desenvolvimento devem ser utilizados para que o cálculo da função

com precisão 9100,1 −×≤ε .

d) Calcule o valor da f(x) com precisão 9100,1 −×≤ε no ponto indicado.

Page 15: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 15

AULA 3

DETERMINAÇÃO DE RAÍZES DE FUNÇÕES REAIS

Introdução

Nas diversas áreas das ciências exatas ocorrem situações que envolvem a resolução de equações do tipo f(x)=0.

Nosso objetivo será determinar as raízes reais da f(x), ou seja, determinar xi tal que f(xi)=0.

Para determinar estas raízes utilizaremos métodos numéricos que se apresentam em duas fases:

- Fase 1: isolamento de raízes

- Fase 2: determinação de raízes com ε precisão prefixada.

FASE 1: ISOLAMENTO DE RAÍZES

Esta fase consiste em localizar a raiz, isto é, obter o intervalo que a contém. Para esta fase utilizaremos análise numérica e/ou análise gráfica da função.

ANÁLISE NUMÉRICA

Para fazer a análise numérica da função com o objetivo de isolar as raízes utiliza-se o seguinte teorema:

TEOREMA

Seja f(x) uma função contínua num intervalo [a,b].

Se 0)().( <bfaf então existe um ponto ixx =

entre a e b que é raiz da função.

a b x

f(x)

ξ a b x

f(x)

ξ

Page 16: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 16

ANÁLISE GRÁFICA

A análise gráfica da f(x) é fundamental para obter boa aproximação. Nesta análise utilizaremos o seguinte processo:

- A partir da equação f(x)=0, obtém-se a equação equivalente g(x)=h(x) dada f(x)=g(x)-h(x), Esboça-se o gráfico da g(x) e da h(x) no mesmo eixo cartesiano e identifica-se o intervalo onde as duas funções se interceptam, isto é, o zero da f(x).

EXEMPLO: Dada 39)( 3 +−= xxxf determine os intervalos das raízes reais da função.

39

0)39(

0)( para

)39()(

)()()(

3

3

3

−=

=−−

=

−−=

−=

xx

xx

xf

xxxf

xhxgxf

f(a)<0

f(b)>0

⇒ f(a).f(b)<0

f(a)>0

f(b)<0

⇒ f(a).f(b)<0

a b x

f(x)

ξ

a b x

f(x)

ξ

Page 17: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 17

Determinação dos intervalos das raízes pelo método numérico

-7 -277

-6 -159

-5 -77

-4 -25

-3 3

-2 13

-1 11

0 3

1 -5

2 -7

3 3

4 31

5 83

6 165

7 283

Determinação dos intervalos das raízes pelo método gráfico

[-4,-3]

[0,1]

[2,3]

Page 18: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 18

FASE 2: REFINAMENTO

Para obter as raízes com aproximação prefixada ε , utilizaremos métodos numéricos iterativos: Método da Bissecção, Método de Newton-Raphison e o Método da Secante.

Um método iterativo consiste em uma seqüência de instruções que são executadas passo a passo, algumas repetidas em ciclos.

MÉTODO DA BISSECÇÃO

Seja a função f(x) contínua no intervalo [a,b] tal que f(a).f(b)<0 , e no intervalo [a,b] contenha apenas uma única raiz da f(x).

O método consiste em aproximar para o valor da raiz xi pela bissecção do intervalo até que ε≤)( ixf

. (Critério de Parada)

Se 0

2

0

0

0

000

<

+=

>

<

)x(f

bax

)b(f

)a(f

então 010 e bbaxa ===

Se 02

0

0

1

011

1

>

+=

>

<

)x(f

bax

)b(f

)a(f

então 111 e bxbaa ===

Page 19: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 19

Se 02

0

0

2

112

1

1

>

+=

>

<

)x(f

bax

)b(f

)a(f

então 221 e bxbaa ===

Se 0

2

0

0

3

213

2

1

<

+=

>

<

)x(f

bax

)b(f

)a(f

então 223 e bbaxa ===

Se 02

0

0

4

224

2

2

<

+=

>

<

)x(f

bax

)b(f

)a(f

então 234 e bbaxa ===

M

M

M

EXEMPLO

Determine as raízes da função pelo método da bissecção 23 10 com 39 −≤ε+−= xx)x(f

Solução:

Os intervalos das raízes já foram anteriormente determinados: [-4,-3], [0,1] e [2,3].

Raiz no intervalo [-4,-3]

f(ai)<0 e f(bi)>0 teste: f(a)*f(b)<0

i ai bi xi=(ai+bi)/2 f(xi)

1 -4 -3 -3,5 -8,375

Page 20: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 20

2 -3,5 -3 -3,25 -2,078125

3 -3,25 -3 -3,125 0,607421875

4 -3,25 -3,125 -3,1875 -0,697998047

5 -3,1875 -3,125 -3,15625 -0,03604126

6 -3,15625 -3,125 -3,140625 0,28799057

7 -3,15625 -3,140625 -3,1484375 0,126551151

8 -3,15625 -3,1484375 -3,1523438 0,045399249

9 -3,15625 -3,1523438 -3,1542969 0,004715092

Raiz no intervalo [0,1]

f(ai)>0 e f(bi)<0 teste: f(a)*f(b)<0

i ai bi xi=(ai+bi)/2 f(xi)

1 0 1 0,5 -1,375

2 0 0,5 0,25 0,765625

3 0,25 0,5 0,375 -0,322265625

4 0,25 0,375 0,3125 0,218017578

5 0,3125 0,375 0,34375 -0,053131104

6 0,3125 0,34375 0,328125 0,082202911

7 0,328125 0,34375 0,3359375 0,014474392

8 0,3359375 0,34375 0,33984375 -0,019343913

9 0,3359375 0,3398438 0,33789063 -0,002438627

Raiz no intervalo [2,3]

f(ai)<0 e f(bi)>0 teste: f(a)*f(b)<0

i ai bi xi=(ai+bi)/2 f(xi)

1 2 3 2,5 -3,875

2 2,5 3 2,75 -0,953125

3 2,75 3 2,875 0,888671875

Page 21: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 21

4 2,75 2,875 2,8125 -0,065185547

5 2,8125 2,875 2,84375 0,403411865

6 2,8125 2,84375 2,828125 0,167041779

7 2,8125 2,828125 2,8203125 0,050411701

8 2,8125 2,8203125 2,81640625 -0,007515848

Resposta: As raízes são -3,15±0,01 , 0,34±0,01 e 2,82±0,01

MÉTODO DE NEWTON-RAPHSON

Seja a função f(x) contínua no intervalo [a,b] tal que f(a).f(b)<0 , e no intervalo [a,b] contenha apenas uma única raiz da f(x).

O método de Newton-Raphson consiste em escolher uma função iteração que acelere a convergência na determinação das raízes da f(x).

O método de Newton-Raphson é mostrado geometricamente:

Dado ponto (xk,f(xk)) traçamos uma reta Lk(x) tangente à curva de f(x).

Neste caso )( onde )( kk xfabaxxL ′=+=

então )()( bxxfxL kk +′= substituindo (xk,f(xk))

teremos )()( bxxfxf kkk +′= portanto )()( kkk xxfxfb ′−= .

A reta tangente será : )()()()( kkkkk xxfxfxxfxL ′−+′= isto é:

) )(()()( kkkk xxxfxfxL −′++= .

Para determinar a raiz de )(xLk fazemos

0 )( =xLk teremos:

Page 22: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 22

)(

)(

k

kk

xf

xfxx

′−=

onde x será a raiz de )(xLk .

A seqüência numérica {xk} gerada pelo processo iterativo )(

)(1

k

kkk

xf

xfxx

′−=+

converge

para a raiz da f(x) com aproximação prefixada ε .

RESUMO

Passo 1: Localizar os intervalos que contenham as raízes, uma a uma.

Passo 2: Determinar os valores dos extremos de cada intervalo [a,b], que contém uma única raiz.

Passo 3: Escolher um valor dentro do intervalo como o primeiro número da seqüência {xk}.

Passo 4: Calcular )(

)(1

k

kkk

xf

xfxx

′−=+ .

Passo 5: Verificar se 1+kx está dentro do intervalo [a,b].

Passo 6: Repetir o procedimento até que ε≤−+ kk xx 1 ou até que

ε≤+ )( 1kxf onde ε é a

tolerância.

EXEMPLO

Determine as raízes com aproximação prefixada ε pelo método de Newton-Raphson.

23 10 com 39)( −≤ε+−= xxxf

Solução:

Os intervalos das raízes já foram anteriormente determinados: [-4,-3], [0,1] e [2,3].

Raiz no intervalo [-4,-3]

x y erro

-3.00000000 3.00000000 3.0000e+000

-3.16666667 -0.25462963 2.5463e-001

-3.15458937 -0.00138392 1.3839e-003

Resposta: -3,15±0,01

Page 23: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 23

Raiz no intervalo [0,1]

x y erro

0.00000000 3.00000000 3.0000e+000

0.33333333 0.03703704 3.7037e-002

0.33760684 0.00001834 1.8341e-005

Resposta: 0,34±0,01

Raiz no intervalo [2,3]

x y erro

2.00000000 -7.00000000 7.0000e+000

4.33333333 45.37037037 4.5370e+001

3.37480438 11.06343569 1.1063e+001

2.93521945 1.87144693 1.8714e+000

2.82413154 0.10729556 1.0730e-001

2.81694359 0.00043737 4.3737e-004

Resposta: 2,82±0,01

PROBLEMAS COM O MÉTODO DE NEWTON

O chute inicial deve estar suficientemente próximo da solução:

O processo iterativo passa por um ponto de máximo ou mínimo local:

Page 24: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 24

O processo iterativo pode entrar em um ciclo que não converge:

Esses problemas podem ser resolvidos com um chute inicial perto da solução, com uma combinação de um método com convergência global boa (mas lenta) com o método de Newton (convergência global ruim, mas extremamente rápido quando perto da solução) ou ainda com a utilização de outro método.

Page 25: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 25

MÉTODO DA SECANTE

Seja a função f(x) contínua no intervalo [a,b] tal que f(a).f(b)<0 , e no intervalo [a,b] contenha apenas uma única raiz da f(x).

O método de Newton-Raphson apresenta uma grande desvantagem que é a necessidade de se obter a derivada da função envolvida e calcular seu valor a cada iteração. O método da secante é uma modificação do método de Newton com o propósito de contornar este problema.

O método da secante é mostrado geometricamente:

No método da secante a derivada é substituída pelo quociente das diferenças:

)()(

)(1

1

−≈′

kk

kkk

xx

xfxfxf

onde 1 e −kk xx são duas aproximações para a raiz.

Neste caso a função de iteração fica:

)-()()(

)(1

11 −

−+ −

−= kk

kk

kkk xx

xfxf

xfxx

OBSERVAÇÃO

A partir das duas aproximações kx e 1−kx

o ponto 1+kx é obtido como sendo a abscissa do ponto de

intersecção do eixo x e da reta secante que passa por ))(,( 11 −− kk xfx

e ))(,( kk xfx

.

RESUMO

Passo 1: Determinar os valores dos extremos de cada intervalo [a,b], que contém uma única raiz.

Passo 2: Escolher dois valores dentro do intervalo para as primeiras aproximações da seqüência {xk}..

Passo 3: Calcular

)-()()(

)(1

11 −

−+ −

−= kk

kk

kkk xx

xfxf

xfxx

.

Page 26: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 26

Passo 4: Verificar se 1+kx está dentro do intervalo [a,b].

Passo 5: Repetir o procedimento até que ε≤−+ kk xx 1 ou até que

ε≤+ )( 1kxf onde ε é a

tolerância.

EXEMPLO

Determine as raízes 23 10 com 39 −≤ε+−= xx)x(f utilizando o método da secante.

Solução:

Os intervalos das raízes já foram anteriormente determinados: [-4,-3], [0,1] e [2,3].

Raiz no intervalo [-4,-3]

x y erro

-3.15864622 -0.08614245 8.6142e-002

-3.15441917 0.00216531 2.1653e-003

Resposta: -3,15±0,01

Raiz no intervalo [0,1]

x y erro

0.20508744 1.16283919 1.1628e+000

0.35111112 -0.11671544 1.1672e-001

0.33779147 -0.00158019 1.5802e-003

Resposta: 0,34±0,01

Raiz no intervalo [2,3]

x y erro

2.82466394 0.11524520 1.1525e-001

2.81726706 0.00522737 5.2274e-003

Resposta: 2,82±0,01

Page 27: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 27

EXERCÍCIO

Dadas as funções:

210 com 5 −− ≤ε−= xex)x(f

210 com 1 −≤ε−= xlogx)x(f

210 com 25040 −≤ε−+= xcos,x,)x(f

210 com 25040 −≤ε−+= xsen,x,)x(f

2210 com −− ≤ε−= xcose)x(f x

210 com 4 −≤ε−= xexsen)x(f

Pede-se:

a) Faça o gráfico da função.

b) Determine os intervalos de raízes pelos métodos gráfico e numérico.

c) Estime o valor das raízes com tolerância indicada em cada caso, pelos métodos da bissecção, Newton-Raphson e secante.

d) Compare a resultado e comente.

Page 28: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 28

AULA 4

INTERPOLAÇÃO

A tabela a seguir relaciona calor específico da água e temperatura

T [oC] 20 25 30 35 40 45 50

C 0,99907 0,99852 0,99826 0,99818 0,99828 0,99849 0,99878

Suponhamos que se queira calcular:

O calor específico da água à 32,5oC.

A temperatura para a qual o calor específico é 0,99837.

A interpolação nos ajuda a resolver problemas deste tipo.

INTERPOLAR uma função )x(f consiste em aproximar essa função por uma outra função )x(g que será usada em substituição.

O CONCEITO DE INTERPOLAÇÃO

Consideremos 1+n pontos distintos nx,.....,x,x,x 210 chamados NÓS DA INTERPOLAÇÃO e os valores

da função nos pontos: )x(f),.....,x(f),x(f),x(f n210 .

A forma de interpolação da função )x(f consiste em obter )x(g tal que:

)x(f)x(g

)x(f)x(g

)x(f)x(g

)x(f)x(g

nn =

=

=

=

M

22

11

00

Page 29: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 29

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

4

4.5

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

x

yf(x)

g(x)

Observação: A função escolhida pode ser uma função polinomial, racional, trigonométrica ou outra.

INTERPOLAÇÃO POLINOMIAL - POLINÔMIO DE LAGRANGE

Dados os pontos experimentais:

))x(f,x(,..........)),.......x(f,x()),x(f,x()),x(f,x( nn 221100 , portanto 1+n pontos. Queremos

aproximar )x(f por um polinômio )x(pn . Para isso, determinaremos um polinômio que passe pelos

pontos dados, que funcionará como a função geradora dos dados.

Seja )x(pn o polinômio de grau menor ou igual a n. O polinômio poderá ser da forma:

)x(Ly........)x(Ly)x(Ly)x(Ly)x(p nnn ++++= 221100

onde: )( 00 xfy = , )( 11 xfy = , )( 22 xfy = ... e )x(Lk são de grau n e da forma:

)xx)........(xx)(xx)(xx(

)xx)........(xx)(xx)(xx()x(L

nkkkk

nk −−−−

−−−−=

210

210

Haverá sempre uma solução por ix tal que:

iinniiiin y)x(Ly........)x(Ly)x(Ly)x(Ly)x(p =++++= 221100

Page 30: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 30

FORMA RESUMIDA

∑=

=n

k

kkn xLyxp0

)()( onde:

≠=

≠=

=n

kjj

jk

n

kjj

j

k

xx

xx

xL

0

0

)(

)(

)(

Solução: i

n

k

ikkin yxLyxp ==∑=0

)()(

EXEMPLO

x -1 0 2

F(x) 4 1 -1

Como são n+1 pontos, então n=2.

Pela forma de LAGRANGE:

)x(Ly)x(Ly)x(Ly)x(p iiii 2211002 ++=

onde:

3

2)(

)21)(01(

)2)(0()(

))((

))(()(

2

0

02010

210

xxxL

xxxL

xxxx

xxxxxL

−=

−−−−−−

=⇒−−−−

=

2

2

2010

21

2

1

02101

201

−−−

=

−+−+

=⇒−−

−−=

xx)x(L

))((

)x)(x()x(L

)xx)(xx(

)xx)(xx()x(L

6

0212

01

2

2

01202

102

xx)x(L

))((

)x)(x()x(L

)xx)(xx(

)xx)(xx()x(L

+=

−+−+

=⇒−−

−−=

Sabendo que 1 e 1y 4 210 −=== yy , então

)x(Ly)x(Ly)x(Ly)x(p iiii 2211002 ++= será:

Page 31: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 31

22

222

2

3

2

3

71

62

2

3

24

xx)x(p

xxxxxx)x(p

+−=⇒

+−

−−−

+

−=

que é o polinômio interpolador.

Programa em Matlab

% interpolaçao por lagrange

clear

xe=[-1, 0, 2];

ye=[4, 1, -1];

n=3;

% calculo do denominador de L(x)

denLk(1:n)=ones;

for k=1:n

for j=1:n

if j~=k

denLk(k)=denLk(k)*(xe(k)-xe(j));

end;

end;

end;

% calculo de L(x) em cada intervalo

p=13; % partiçao+1 no intervalo entre xe(inicial) e xe(final)

for k=1:n

Lk(k,1:p)=ones;

for j=1:n

if j~=k

for i=1:p

x(i)=xe(1)+0.25*i-0.25;

Lk(k,i)=Lk(k,i)*(x(i)-xe(j));

end;

Page 32: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 32

end;

end;

Lkfinal(k,:)=Lk(k,:)/denLk(k);

end;

y(1:p)=zeros;

for i=1:n

y=y+ye(i)*Lkfinal(i,:);

end;

yteo=(1-7*x/3+2*(x.^2)/3)

figure

plot(x,y,'mp',x,yteo,'bo',xe,ye,'k+')

legend('Lagrange', 'Polinomio', 'Dados Iniciais' )

Page 33: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 33

OBSERVAÇÕES

Existem alguns métodos distintos para a determinação de polinômios interpoladores.

Existem casos em que o grau do polinômio que interpola os pontos tabelados pode levar a resultados desastrosos.

Casos em que os valores tabelados de x aparecem igualmente espaçados podem levar a divergências quando se utiliza polinômio interpolador de grau n.

Existem métodos de interpolação que utilizam interpolação polinomial de grau baixo utilizando grupo de pontos x tabelados. São as Funções Spline de Interpolação.

Exemplo de interpolação polinomial utilizando n pontos que apresenta resultado com divergência:

O gráfico apresentado abaixo representa a curva de uma função do tipo: 2251

1

x)x(f

+=

, tabelada no intervalo [-1,1] em 10 pontos igualmente espaçados.

O polinômio interpolador de grau 10 é representado na segunda curva.

EXERCÍCIOS

Determine o polinômio interpolador de Lagrange para os casos abaixo e faça o gráfico para a solução utilizando o Matlab.

1)

X 0 1 2 3 5

y 4 1 0 1 4

2)

X 20 25 30 35 40 45 50

y 0.99907 0.99852 0.99826 0.9981 0.99828 0.99849 0.99878

Page 34: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 34

FUNÇÃO SPLINE INTERPOLANTE

As funções spline utilizam grupos de pontos para realizar a interpolação polinomial por partes, de acordo com as imposições para as funções interpolantes.

SPLINE LINEAR INTERPOLANTE

A função spline linear interpolante de f(x), nos nós ix,....,x,x,x 210 pode ser escrita em cada intervalo

n,...,,i],x,x[ ii 21 1 =− como:

]x,x,xx

xx)x(f

xx

xx)x(f)x(s i

ii

ii

ii

iii 1-i

1

1

11 [x ∈∀

−+

−=

−−

onde: )x(si é um polinômio de grau 1 em cada intervalo

]x,x[ ii 1− , por definição.

Exemplo:

Achar a função spline linear que interpola a função tabelada:

x1 x2 x3 x4

x 1 2 5 7

F(x) 1 2 3 2,5

De acordo com a definição,

01

01

01

101

xx

xx)x(f

xx

xx)x(f)x(s

−+

−−

=

22212

12

12

211 −+−=

−−

+−−

= xxxx

)x(s

[1,2] xse 1 ∈= x)x(s

12

12

12

212

xx

xx)x(f

xx

xx)x(f)x(s

−−

+−−

=

( ) 253

2

25

23

25

522 −+−=

−−

+−−

= xxxx

)x(s

Page 35: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 35

( ) [2,5] xse 43

12 ∈+= x)x(s

23

23

23

323

xx

xx)x(f

xx

xx)x(f)x(s

−−

+−

−=

57

552

57

733 −

−+

−−

=x

.x

)x(s

( ) [5,7] xse 58502

13 ∈+−= .x.)x(s

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

0 2 4 6 8

x

y

f(x) spline linear

A spline linear apresenta a seguinte desvantagem: ter a derivada primeira descontínua nos nós.

Uma alternativa seria utilizar polinômio interpolante spline de grau acima.

S1(x)

S3(x)

S2(x)

Page 36: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 36

SPLINE CÚBICA INTERPOLANTE

A função spline cúbica interpolante de f(x) nos nós nn x,x,,.........x,x 121 − , S(x), é uma função polinomial por partes, contínua, onde cada parte, si(x), é um polinômio de grau 3 no intervalo

121 1 −=+ n,...,,i],x,x[ ii . No total serão gerados 1−n polinômios do tipo:

( ) ( ) ( ) ]x,xxxxxxxy)x(s iiiiiiii 1i3

12

1i11 [x +++++ ∈∀−γ+−β+−α+=

onde:

ii

ii

i

iii hh

h

yy

3611 ++ φ

+−

21+φ

=β ii

i

iii

h61 φ−φ

=γ +

onde iii xxh −= +1 ,

e a sela para a spline cúbica natural onde 01 == φφn será:

=

φ

φ

φ

φ

+

+

+

+

−−−−−− 21

34

23

12

1

4

3

2

122

4433

3322

221

2

2

2

2

nnnnnn bb

bb

bb

bb

*

)hh(h

h)hh(h

h)hh(h

h)hh(

MMM

onde:

6 1

−= +

i

iii

h

yyb

A spline cúbica si(x) tem a primeira e a segunda derivada contínuas, o que faz com que a curva S(x) não tenha picos e nem mude abruptamente de curvatura nos nós.

Função de interpolação no Matlab

INTERP1: Interpolação 1-D Sintaxe: YI = INTERP1(X,Y,XI) A função INTERP1 fornece os valores interpolados em YI dos valores da função Y nos pontos do vetor XI. O vetor X especifica os pontos nos quais os valores de Y são fornecidos.

Page 37: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 37

YI = INTERP1(X,Y,XI,'method') especifica métodos alternativos de interpolação. O método “default” é a interpolação linear. Os métodos disponíveis são: 'nearest' - interpolação pelos vizinhos mais próximos 'linear' - interpolação linear 'spline' - interpolação spline cúbica (SPLINE) 'pchip' - interpolação por polinômio de Hermite cúbico (piecewise cubic Hermite

interpolation - PCHIP) 'cubic' - o mesmo que 'pchip' Exemplo 1: >> x = 0:10; y = sin(x); xi = 0:.25:10;

>> yi = interp1(x,y,xi); plot(x,y,'o',xi,yi)

Exemplo 2: >> x = 0:10;

>> y = sin(x);

>> xi = 0:.25:10;

>> yi = interp1(x,y,xi,'spline');

>> plot(x,y,'o',xi,yi)

Alternativamente para o polinômio spline pode ser usada a função SPLINE: SPLINE: Interpolação por spline cúbica. Sintaxe: YY = SPLINE(X,Y,XX) A função SPLINE utiliza a interpolação por spline cúbica para calcular os valores interpolados YY da função Y nos pontos contidos no vetor XX. O vetor X especifica os pontos nos quais os valores de Y são dados. Exemplo 3: x = 0:10; y = sin(x);

xx = 0:.25:10;

yy = spline(x,y,xx);

plot(x,y,'o',xx,yy)

Exemplo 4: >> x = -4:4; y = [0 .15 1.12 2.36 2.36 1.46 .49 .06 0];

>> cs = spline(x,[0 y 0]);

>> xx = linspace(-4,4,101);

>> plot(x,y,'o',xx,ppval(cs,xx),'-');

Page 38: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 38

EXERCÍCIOS

1- Mostre que a função spline linear interpolante de f(x), nos nós ix,....,x,x,x 210 pode ser escrita em cada

intervalo n,...,,i],x,x[ ii 21 1 =− como:

]x,x,xx

xx)x(f

xx

xx)x(f)x(s i

ii

ii

ii

iii 1-i

1

1

11 [x ∈∀

−+

−=

−−

onde: )x(si é um polinômio de grau 1 em cada intervalo

]x,x[ ii 1− .

2- Mostre que a função spline cúbica interpolante de f(x) nos nós nni x,x,.....,x,....,x,x 121 − , S(x), é uma função polinomial por partes, contínua, onde cada parte, si(x), é um polinômio de grau 3 no intervalo

121 1 −=+ n,...,,i],x,x[ ii . No total serão gerados 1−n polinômios do tipo:

( ) ( ) ( ) ]x,xxxxxxxy)x(s iiiiiiii 1i3

12

1i11 [x +++++ ∈∀−γ+−β+−α+=

onde:

ii

ii

i

iii hh

h

yy

3611 ++ φ

+−

21+φ

=β ii

i

iii

h61 φ−φ

=γ +

onde iii xxh −= +1 ,

e a sela para a spline cúbica natural onde 01 == φφn será:

=

φ

φ

φ

φ

+

+

+

+

−−−−−− 21

34

23

12

1

4

3

2

122

4433

3322

221

2

2

2

2

nnnnnn bb

bb

bb

bb

*

)hh(h

h)hh(h

h)hh(h

h)hh(

MMM

onde:

6 1

−= +

i

iii

h

yyb

3- Problemas

3.1 Um veículo de fabricação nacional, após vários testes, apresentou os resultados abaixo, quando se analisou o consumo de combustível de acordo com a velocidade média imposta ao veículo. Os testes foram realizados em rodovia em operação normal de trafego, numa distancia de 72 Km.

Page 39: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 39

VELOCIDADE

[Km/h]

CONSUMO

[Km/l]

55 14.08

70 13.56

85 13.28

100 12.27

120 11.3

140 10.4

Utilizando a interpolação Spline linear, verifique o consumo aproximado para o caso de ser desenvolvida uma velocidade de 80Km/h.

O mesmo para o consumo aproximado no caso de ser desenvolvida uma velocidade de 108Km/h.

3.2- Uma corda foi tencionada sob a ação de pesos distintos, quando para os respectivos pesos foram calculadas as devidas velocidades de propagação que estão indicadas baixo.

PESO [gf] VELOCIDADE [cm/s]

6.000 13728.13

6.500 14288.69

7.000 14828.07

7.500 15348.51

8.000 15851.87

8.500 16188.39

Calcular a velocidade de propagação quando a corda está tencionada sob a ação de um peso de 7.250gf.

Calcular a velocidade de propagação quando a corda está tencionada sob a ação de um peso de 7.210gf.

3.3- A tabela abaixo dá o volume de água num tanque elástico, usado para transporte de óleo, leite etc, para várias cotas de água

X

[m]

Y

[m3]

0.1 1.1052

0.6 1.8221

1.1 3.0042

1.6 4.9530

2.1 8.1662

Page 40: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 40

Calcular Y(0.12).

Calcular Y(1.21).

4- Encontrar os polinômios interpoladores de Lagrange para as seguintes funções e utilizar

interpolação no Matlab:

(a) sin(x), para os valores de x = [0, 1.2, 3, 4.2, 5]

(b) exp(x), para os valores de x = [0, 0.5, 2, 3]

(c) ln(x), para os valores de x = [1, 1.5, 2, 3.8, 4]

Page 41: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 41

AULA 5

INTEGRAÇÃO NUMÉRICA

Integral definida: ∫ −=b

a

)a(F)b(Fdx)x(f

, tal que )x(f)x(F =′.

Para algumas funções como

2xe)x(f −= , pode não ser fácil expressar a função primitiva. Ainda existem casos em que apenas os valores da f(x) são conhecidos para alguns pontos e a expressão analítica não é conhecida.

Uma forma de obter uma aproximação para a integral, nestes casos, é através de métodos numéricos.

A idéia fundamental é que o polinômio de interpolação, ou aquele que aproxime da função passe por pontos igualmente espaçados dentro do intervalo [a,b] de definição da função. Considerando a partição do intervalo [a,b] em subintervalos de comprimento h, [xi,xi+1] i=0,1,2,...,n-1. Assim xi-xi+1=h ou seja h=(b-a)/n.

Nas fórmulas de Newton-Cotes, a integração definida da f(x) no intervalo [a,b] onde a=x0 e b=xn será:

∑∫∫=

=++++==n

i

iinn

nx

x

b

a

)x(fA)x(fA)x(fA)x(fA)x(fAdx)x(fdx)x(f0

221100

0

L

Onde: Ai são os coeficientes determinados de acordo com o grau do polinômio de aproximação.

REGRA DO TRAPÉZIO

Desenvolvendo as fórmulas de Newton-Cotes utilizando a=x0 e b=x1, e p1(x) o polinômio que interpola f(x) em x0 e x1. Neste caso teremos:

∫∫ =nx

x

b

a

dx)x(pdx)x(f

0

1

como p1(x) é dado por:

)x(fh

xx)x(f

h

xx)x(p 1

00

11

−+

−=

onde: h=x1-x0.

Então:

dx)x(fh

xxdx)x(f

h

xxdx)x(p

x

x

x

x

x

x

∫∫∫−

+−

−=

1

0

10

1

0

01

1

0

1

( ) ( )dxxxh

)x(fdxxx

h

)x(fdx)x(p

x

x

x

x

x

x

∫∫∫ −+−−

=1

0

01

1

0

10

1

0

1

( ) ( ) 1

0

201

1

0

210

1

0

1 22

x

x

x

x

x

x

xx

h

)x(fxx

h

)x(fdx)x(p

−+

−=∫

Page 42: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 42

( ) ( )

−+

−=∫ 22

2011

2100

1

0

1

xx

h

)x(fxx

h

)x(fdx)x(p

x

x

como h=x1-x0, temos:

( ))x(f)x(fh

dx)x(p

x

x

10

1

0

1 2+=∫

Esta integral é a área do trapézio que aproxima a área sob o gráfico.

O erro para o método do trapézio pode ser estimado por:

( ) ( )1001

3

12

x,xcxxhcfh

ET ∈−=′′−=

Considerando o erro cometido o valor da integral será:

( ) ( )cfh

)x(f)x(fh

dx)x(f

x

x

′′−+=∫ 122

3

10

1

0

A regra do trapézio para um grande intervalo de integração pode levar a resultados com grande erro em relação ao resultado da integração exata. Para melhorar a aproximação será necessário, portanto, introduzir uma partição no intervalo a, b e a integração passará para:

( ) ( )∑∑∫−

=

=+ ′′−+=

1

1

31

01 122

m

i

i

m

i

ii

b

a

cfh

)x(f)x(fh

dx)x(f

com ( )1+∈ iii x,xc , assim:

( ) ( )cfh

m)x(f)x(f)x(f)x(f)x(fh

dx)x(f mm

mx

x

′′−+++++= −∫ 12222

2

3

1210

0

L

f(x)

p1(x)

f(x0)

f(x1)

a=x0 b=x0 x

y

x1 - x0

Page 43: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 43

RESUMO

A valor da integral pelo método do trapézio será:

( ))x(f)x(f)x(f)x(f)x(fh

I mmTR +++++= −1210 2222

L

E o erro será estimado por:

22

12Mh

abETR

−≤

com ( ) ( )b,accfM ε′′= dado máx2

Exemplo

Dada a integral

dxeI x∫=1

0 , pede-se:

Calcule a aproximação para I usando 10 subintervalos para a regra dos trapézios repetidos.

Estime o erro cometido.

Determine o número mínimo de divisões para que o erro seja inferior a 10-3.

Solução

Intervalo [0, 1], como m

abh

−=

então 10.h = .

( )1090807030201001

0

2222222

10eeeeeeee

.dxe ......x ++++++++≅∫ L

71971311

0

,dxe x ≅∫

Dado que o erro pode ser estimado por: 2

2

12Mh

abETR

−≤

onde ( ) máx2 cfM ′′=

1 dado 2 == ceM então e.ETR

21012

1≤

ou 31032 −×≤ .ETR .

Para 310−≤TRE temos:

32

2 1012

−≤−

Mhab

e 0664420.h ≤ . Assim como m é o número de

intervalos da partição h

abm

−=

então 15=m .

Page 44: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 44

EXERCÍCIOS

1) Calcule as integrais pelo método dos trapézios usando 4 e 6 divisões. Estime o erro em cada caso.

a)

dxeI x∫=2

1

b).

dxxI ∫=4

1

c)

∫=14

2 x

dxI

2) as integrais pelo método dos trapézios.

a)

0

dxeI xsen∫π

= com

2102 −×≤ε

b)

2

1

dxxsenI

/

∫π

= com

410−≤ε

REGRA DE SIMPSON

O princípio da aproximação para este método, tanto quanto a regra do trapézio, é a utilização de um polinômio interpolador que possa por pontos igualmente espaçados, no entanto o polinômio utilizado pelo método de Simpson é distinto daquele utilizado pelo método do trapézio. No caso do método de Simpson a integral numérica será dada por:

( )(

( )))x(f)x(f)x(f

)x(f)x(f)x(f)x(f)x(fh

I

m

mmRS

242

1310

2

43

++++

++++++=

L

L

E o erro será estimado por: 4

5

180M

h

h

abETR

−≤

com

( )( ) ( )b,accfM IV ε= dado máx4

Page 45: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 45

Exemplo

Dada a integral

dxeI x∫=1

0 , pede-se:

Calcule a aproximação para I usando 10 subintervalos para a regra de Simpson.

Estime o erro cometido.

Determine o número mínimo de divisões para que o erro seja inferior a 10-3.

Solução

Intervalo [0, 1], como m

abh

−=

então 10.h = .

( )( ( ))8060402090705030100101

0

243

10 ..........x eeeeeeeeeee.

dxe ++++++++++≅∫

7182827811

0

,dxe x ≅∫

Dado que o erro pode ser estimado por: 4

5

180M

h

h

abETR

−≤

com ( )( ) ( )b,accfM IV ε= dado máx4

1 dado 4 == ceM então e

.ETR 180

1010

2

≤ ou

61051 −×≤ .ETR .

Para 310−≤TRE temos:

34

5

10180

−≤−

Mh

h

ab

e 50.h ≤ . Assim como m é o número de intervalos da

partição h

abm

−=

então 2=m .

Page 46: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 46

EXERCÍCIOS

Calcule o valor aproximado para I com 310−≤ε usando a regra de Simpson

∫ +=

60

01

.

x

dxI

Qual o erro cometido na aproximação no valor calculado para

( )∫ +−=4

0

3 133 dxxxI

pela regra de Simpson com quatro subintervalos e pela regra dos trapézios?

Calcule I por Simpson nos casos:

a)

0

dxeI xsen∫π

= com

2102 −×≤ε

b)

2

1

dxxsenI

/

∫π

= com

410−≤ε

Calcule π a partir da relação

14

1

12∫ +

x

dx

com 310−≤ε por Simpson.

Considere

dxeI x∫ −=1

0

2

.

Estime I pela regra de Simpson com 250.h = .

Determine o erro para este caso.

Page 47: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 47

AULA 6

RESOLUÇÃO DE SISTEMAS LINEARES

Introdução

A solução de um sistema de equações é necessária em vários problemas de engenharia. Problemas de interpolação e ajuste de curvas e na solução de equações diferenciais na simulação de problemas de engenharia. Os métodos de solução de sistemas de equações lineares são chamados de:

Métodos diretos, quando a solução é exata (a menos de erros de truncamento do computador) e é determinada após um número finito de operações. Esses tipo requer mais memória de armazenamento pois é mais robusto;

Métodos iterativos, quando fornece uma sequência de soluções aproximadas que convergem quando o número de passos tende a infinito. Nesse caso, a necessidade de memória de armazenamento é menor e também os problemas de convergência.

MÉTODO ITERATIVO DE GAUSS-JACOBI E GAUSS-SEIDEL

A forma como o método de Gauss-Jacobi e Gauss-Seidel transforma o sistema linear bAx = em

sistema do tipo gCxx += , é apresentado abaixo:

Dado o sistema linear com n equações e n variáveis:

Seja um sistema linear do tipo bAx = :

=++++

=++++

=++++

=++++

nnnnnnn

nn

nn

nn

bxaxaxaxa

bxaxaxaxa

bxaxaxaxa

bxaxaxaxa

L

MMMMM

MMMMM

L

L

L

332211

33333232131

22323222121

11313212111

onde: ija são coeficientes nj,ni ≤≤≤≤ 1 1

jx são variáveis n,....,,j 21=

ib são constantes n,....,,i 21=

A matriz dos coeficientes A é uma matriz nn× , dada por:

=

nnnnn

n

n

n

aaaa

aaaa

aaaa

aaaa

A

L

MMMM

L

L

L

321

3333231

2232221

1131211

Page 48: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 48

O vetor das variáveis x é um vetor 1×n , dado por:

=

nx

x

x

x

x

3

2

1

M

O vetor dos termos constantes b é um vetor 1×n , dado por:

=

nb

b

b

b

b

3

2

1

M

As equações para determinação dos valores de x serão determinadas ao isolar x mediante separação diagonal, assim temos:

( )

( )

( )

( )

−−−−=

−−−−=

−−−−=

−−−−=

−− 112211

3232131333

3

2323121222

2

1313212111

1

1

1

1

1

nn,nnnn

nn

n

nn

nn

nn

xaxaxaba

x

xaxaxaba

x

xaxaxaba

x

xaxaxaba

x

L

MMMMM

MMMMM

L

L

L

.

E a seqüência de aproximação será dada por:

( ) ( ) ( ) ( )( )( ) ( ) ( ) ( )( )( ) ( ) ( ) ( )( )

( ) ( ) ( ) ( )( )

−−−−=

−−−−=

−−−−=

−−−−=

−−+

+

+

+

knn,n

kn

knn

nn

kn

knn

kkk

knn

kkk

knn

kkk

xaxaxaba

x

xaxaxaba

x

xaxaxaba

x

xaxaxaba

x

1122111

3232131333

13

2323121222

12

1313212111

11

1

1

1

1

L

MMMMM

MMMMM

L

L

L

Page 49: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 49

Obs: O vetor aproximação inicial ( )0x é um vetor arbitrário e pode ser considerado como ( )

=

nnn ab

ab

ab

ab

x

/

//

/

333

222

111

0

M

para o método de Gauss-Jacobi e para a método de Gauss-Seidel a aproximação inicial pode ser considerada

como ( )

=

0

00

0

0

M

x . No entanto, a convergência independe do valor inicial escolhido par ( )0x .

Critério de convergência

Apresentamos aqui um critério de convergência que estabelece condição suficiente para que o resultado obtido pelo sistema iterativo seja convergente para a solução do sistema original.

Dado o sistema linear bAx = e seja kk

n

kjj

kj

ka

a∑≠=

=α1

, se kα=α máx e

1máx <α k então o método

iterativo gera uma seqüência ( ){ }kx convergente, independentemente do valor inicial

( )0x . No caso de

1máx >α k , pode-se procurar a convergência fazendo permutações entre as linhas para que o critério de

convergência seja alcançado. No caso 1máx =α k , o critério não diz nada sobre a convergência do

sistema.

Critério de parada

Para determinar a solução aproximada, depois de verificada a convergência da solução, as equações do

processo iterativo deverão ser aplicada repetidamente até que ( )kx esteja suficientemente próximo de

( )1−kx ,

assim a distância entre a última aproximação e a anterior, ( )kd , deve ser menor que a tolerância ε ,

( ) ε<kd , onde:

( ) ( ) ( )1máx −−= kkk xxd.

Exemplo:

Resolva o sistema

=++

−=++

=++

61032

85

7210

321

321

321

xxx

xxx

xxx

por Gauss-Jacobi com 050.<ε .

Teste de convergência

Page 50: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 50

Dado que a matriz dos coeficientes é 1032

151

1210

=A

, então 301 ,=α , 402 ,=α e 502 ,=α .

Como 150máx <=α ,k então a solução é convergente.

Vetor aproximação inicial

Dado

( )

( )

( )

( )

=0

3

02

01

0

x

x

x

x

ou ainda

( )

=

333

222

1110

a/b

a/b

a/b

x

, então neste caso:

( )

−=

106

58

1070

/

/

/

x

.

Equações iterativas para a aproximação

( ) ( ) ( )( )( ) ( ) ( )( )( ) ( ) ( )( )

−−=

−−=

−−=

0232

01313

33

13

0323

01212

22

12

0313

02121

11

11

1

1

1

xaxaba

x

xaxaba

x

xaxaba

x

, ou seja,

( ) ( ) ( )( )( ) ( ) ( )( )( ) ( ) ( )( )

−−=

−−−=

−−=

02

01

13

03

01

12

03

02

11

23610

1

85

1

2710

1

xxx

xxx

xxx

Na primeira iteração teremos

( ) ( )( )

( ) ( )( )

( ) ( ) ( )( )

−−−=

−−−=

−−−=

702613610

1

607085

1

60612710

1

13

12

11

..x

..x

..x

ou apenas

( )

( )

( )

=

−=

=

940

861

960

13

12

11

.x

.x

.x

Para fazer o teste de parada temos:

( ) ( ) 26001

11 .xx =−

,

( ) ( ) 26002

12 .xx =−

e

( ) ( ) 34003

13 .xx =−

.

Como

( ) ( ) ( ) 340máx 011 .xxd =−= e é maior que a tolerância então o processo deve ser repetido até que

o erro seja menor que 0.05. O resultado será:

( )

( )

( )

=

−=

=

0003.1

9999.1

9985.0

33

32

31

x

x

x

já que ( ) ( ) ( ) 0143.0máx 233 =−= xxd .

x1 x2 x3 e1 e2 e3

0.9600 1.9120 0.9816 0.2600 0.3120 0.3816

Page 51: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 51

0.9842 1.9932 1.0011 0.0242 0.0812 0.0195

0.9985 1.9999 1.0003 0.0143 0.0068 0.0008

Programa em Matlab para solução por Gaus-Jacobi

Page 52: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 52

EXERCÍCIOS

Resolva o sistema pelos métodos iterativos de Gauss-Jacobi e Gauss-Seidel com 050.<ε .

a)

−=+

=++

−=++

686

3225

23

32

321

321

xx

xxx

xxx

. c)

−=+++

=++−−

−=−−+

=+−+

5.22.03.01.0

0.12.02.01.0

6.21.02.02.0

2.01.01.05.0

4321

4321

4321

4321

xxxx

xxxx

xxxx

xxxx

b)

=+−−

=++−

−=+−+−

=++−

1115446

2341969

996

725

4321

4321

4321

4321

xxxx

xxxx

xxxx

xxxx

d)

=++

=++

=++

303089

388307

169720

321

321

321

xxx

xxx

xx

Page 53: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 53

AULA 7

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS - EDO

Equações diferenciais ordinárias, EDO, ocorrem com muita freqüência na descrição de fenômenos da natureza.

Há vários métodos que resolvem analiticamente uma EDO, mas nem sempre é possível obter a solução analítica. Neste caso, a saída é encontrar uma solução aproximada utilizando métodos numéricos.

PROBLEMA DE VALOR INICIAL – EDO DE PRIMEIRA ORDEM

MÉTODO DE EULER

Dado um PVI:

=

=′

dado é onde )(

),(

000 yyxy

yxfy

O método consiste em calcular recursivamente a seqüência { }

jy

através das fórmulas:

)y,x(f.hyy

)a(yy

jjjj +=

=

+1

0

1 eq.

onde: )(ay é dado inicial

partição a é m

m

abh

−=

1.,,.........2,1,0 −= mj

y)y,x(f jj′=

Os problemas com solução numérica sempre apresentam erros de truncamento, no caso das EDO chamamos

de ELT ou erro local de truncamento, que para este método é dado por: jjj xx),(y

!

h<ξ<ξ′′=ε +1

2

2

EXEMPLO

Page 54: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 54

Achar as aproximações para a solução do PVI 2)0(

2

=

+−=′

y

yxy

na malha de [0,1] com h=0,1 e

determinar. )1(y .

Solução:

Usando as equações do método de Euler: ),(.

)(

1

0

jjjjyxfhyy

ayy

+=

η==

+

Sabendo que

01jhxx

j+=

+

Como a=0 e b=1 teremos: 2 ,0

00== yx

e m=10, faremos as aproximações para j=0,1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,9.

j xj=x0+jh yj Yj+1=yj+h(xj-yj+2)

0 0 2 2

1 0,1 2 2,01

2 0,2 2,01 2,029

3 0,3 2,029 2,0561

4 0,4 2,0561 2,09049

5 0,5 2,09049 2,131441

6 0,6 2,131441 2,1782969

7 0,7 2,1782969 2,2304672

8 0,8 2,2304672 2,2874205

9 0,9 2,2874205 2,3486784

1,0 2,3486784 -

Page 55: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 55

EXERCÍCIOS

ACHAR AS APROXIMAÇÕES PARA A SOLUÇÃO DO PVI E COMPARE COM A SOLUÇÃO ANALÍTICA:

a) 20

2

=

+−=′

)(y

yxy

na malha de [0,1] com h=0,05.

b) 20

2

=

+−=′

)(y

yxy

na malha de [0,1] com h=0,01.

c)

1)0(

12

=

+=′

y

y

xy

na malha de [0,1] com h=0,2.

d) 01

1

=

=′

)(y

xy

na malha de [1,2] com h=0,1.

Page 56: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 56

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS

MÉTODOS DE RUNGE-KUTTA

Métodos de Passo Simples

Um método para resolver o PVI é considerado de passo simples se a aproximação yj+1 depende apenas do resultado yj da etapa anterior.

Todos os métodos de passo simples são escritos na forma:

1210 ,1 −=φ+=+ m,.....,,,j)h;y,x(.hyy jjjj

onde );,( hyx

jjφ

é a função incremento e h o comprimento do passo.

PROBLEMA DE VALOR INICIAL – PVI

MÉTODO DE RUNGE-KUTTA DE QUARTA ORDEM

Dado um PVI:

=

=′

00 y)x(y

)y,x(fy

O método consiste em calcular recursivamente a seqüência { }

jy

através das fórmulas:

1210 0 −=+= m,....,,,jj.hxx j

partição a é onde mh

abm

−=

( )

1210 :onde

,226

143211

−=

++++=+

m,....,,,j

KKKKyy jj

)y,x(f.hK jj=1

)

Ky,

hx(f.hK jj 22

12 ++=

Page 57: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 57

)

Ky,

hx(f.hK jj 22

23 ++=

)Ky,hx(f.hK jj 34 ++=

EXEMPLO

Dado do PVI:

( )

=

+++

=′

30

1x1

2 3

)(y

x

yy

com h=0,125.

Obtenha y(1) e y(2).

Solução:

Utilizando as equações do método de Runge–Kutta de quarta ordem:

1210 0 −=+= m,....,,,jj.hxx j

partição a é onde m

h

abm

−=

( )

1210 :onde

,226

143211

−=

++++=+

m,....,,,j

KKKKyy jj

)y,x(f.hK jj=1

)

2,

2(. 1

2

Ky

hxfhK

jj++=

)

2,

2(. 2

3

Ky

hxfhK

jj++=

),(.

34KyhxfhK

jj++=

Como a=0 e b=2 teremos: 3 ,0

00== yx

e como h=0,125, ou seja, m=16, faremos as aproximações para j=0,1, 2, 3, 4, 5, ........,14,15.

Page 58: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 58

- Observe que yyxf ′=),(

j xj=x0+jh yj ( )43211 22

6

1KKKKyy jj ++++=+

0 0 3 3,964937

1 0,125 3,9649 5,126895

2 0,25 5,1269 6,513705

3 0,375 6,5137 8,156127

4 0,5 8,1561 10,08785

5 0,625 10,088 12,34551

6 0,75 12,34551 14,96864

7 0,875 14,96864 17,99972

8 1 17,99972 21,48417

9 1,125 21,48417 25,47033

10 1,25 25,47033 30,00946

11 1,375 30,00946 35,15577

12 1,5 35,15577 40,96638

13 1,625 40,96638 47,50136

14 1,75 47,50136 54,82369

15 1,875 54,82369 62,99928

16 2 62,99928

Page 59: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 59

EXERCÍCIOS

Dadas as equações diferenciais, achar as aproximações para a solução do pvi, pelo método de runge-kutta de quarta ordem:

a) 10

1

12

2

=+

−=′

)(y

x

yy

na malha de [0,1] com h=0,1.

b) 501

12

,)(y

x

xyy

=

++=′

na malha de [1,2] com h=0,1.

c) 10

2

=

−=′

)(y

yyxy

na malha de [0,2] com h=0,2.

d) 10

1

−=

+=′

)(y

xcosy

na malha de [0,2] com h=0,2.

Page 60: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 60

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS DE ORDEM SUPERIOR

MÉTODO DE RUNGE-KUTTA

Método de Quarta Ordem

É comum encontrarmos equações diferenciais de ordem m escritas na forma:

)y,.....,y,y,y,x(fy mm 1−′′′=

Para aplicar o método de RUNGE-KUTTA é necessário transformar a equação diferencial em um sistema de equações diferenciais de primeira ordem.

Aplicaremos o método para resolver EDO de segunda ordem. Dada a EDO de segunda ordem:

)y,y,x(fy ′=′′

As equações diferenciais de primeira ordem geradas para aplicação do método de RUNGE-KUTTA.

Fazendo yy =

1

Teremos: 21yyy =′=′

e )y,y,x(fyy 212 =′′=′

Então o sistema de EDO será:

=′

=′

),,(212

21

yyxfy

yy

Para o caso de um sistema de duas equações diferenciais de primeira ordem consideraremos:

)y,y,x(gy 211 =′

)y,y,x(fy 212 =′

Assim determinaremos uma seqüência numérica para y1 e uma seqüência para y2 da seguinte forma:

)22(6

14321

1

1

1kkkkyy

ji

++++=+

)22(6

14321

2

1

2ccccyy

jj

++++=+

onde:

k1 = h g(x,y1 ,y2 ) c1 =h*f(x,y1 ,y2 )

k2 =h*g(x+h/2, y1 +k1/2, y2 +c1/2) c2 =h*f(x+h/2, y1 +k1/2, y2 +c1/2)

k3 =h*g(x+h/2, y1 +k2/2, y2 +c2/2) c3 =h*f(x+h/2, y1 +k2/2, y2 +c2/2)

k4 =h*g(x+h, y1 +k3, y2 +c3) c4 =h*f(x+h, y1 +k3, y2 +c3)

Page 61: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 61

h: o passo é igual ao intervalo de solução dividido pelo número de divisões do intervalo.

Por exemplo: a variável independente x irá variar de zero á 1. Este intervalo será dividido em 100 partes iguais; logo o passo h será de 0,01 unidades de x.

Para iniciar o cálculo precisaremos das condições iniciais que serão: x0 , y1(x0) e y2(x0).

Exemplo de aplicação - Vibração Forçada a Um Grau de Liberdade

A figura 1 representa um modelo de vibração forçada a um grau de liberdade. Considerando a força elástica contrária e proporcional à deformação elástica, a força de amortecimento viscoso contrária e proporcional à velocidade e ainda uma força de excitação dependente do tempo.

A equação diferencial do movimento é dada por:

M

tFxxx

NN

)(2

2 =ω+ζω+ &&&

(1)

onde

M

kN=ω 2

cc

c=ζ

NcMc ω= 2

ωΝ : freqüência angular natural................................rad/s

ζ : fração de amortecimento......................adimensional

cc : constante de amortecimento crítica...............N/(m/s)

Para aplicar o método de RUNGE-KUTTA, é necessário transformar a equação diferencial (1) num sistema de equações diferenciais de primeira ordem.

Fazendo

x1 =x xx &=

2 e 1

2

222

)(xx

M

tFxx

NNω−ζω−== &&&

k: constante elástica.................................................................N/m

c: constante de amortecimento viscoso..................................N/(m/s)

F(t): força de excitação.................................................................N

x(t):deslocamento em torno da posição de equilíbrio.....................m

M:..............................................................................................kg

Page 62: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 62

encontramos

ω−ζω−=

=

12

22

21

2)(

xxM

tFx

xx

NN&

&

(2)

que corresponde a um sistema de 2 equações diferenciais de primeira ordem.

Consideremos as seguintes constantes: Μ =1 kg, ζ =0,2 e sradN /10=ω . Α força de excitação

F(t)=Focosωt, com Fo=50N, ω=2πf e f=10 Hz.

A solução numérica da equação diferencial (1), considerando os dados acima, foi obtida através do Método de Runge Kutta, utilizando-se equações apresentadas a seguir.

Da equação (1) temos:

txxx **20cos*50*100*10*1,0*2 π=++ &&& txxx π=++ 20cos501002 &&&

Fazendo

x1 =x xx &=

2 e 122100220cos50 xxtxx −−π== &&&

Montamos o sistema:

122

21

100220cos50

−−π=

=

xxtx

xx

&

&

O que significa:

1221221

221121

100220cos50),,( ),,(

),,( ),,(

xxtxxtfxxxtf

xxxtgxxxtg

−−π=⇒=

=⇒=

&

&

e

)22(6

143211

1

1kkkkxx

ji

++++=+

)22(6

143212

1

2ccccxx

jj

++++=+

onde:

k1 =h*g(t,x1 ,x2 ) c1 =h*f(t,x1 ,x2 )

k2 =h*g(t+h/2, x1 +k1/2, x2 +c1/2) c2 =h*f(t+h/2, x1 +k1/2, x2 +c1/2)

k3 =h*g(t+h/2, x1 +k2/2, x2 +c2/2) c3 =h*f(t+h/2, x1 +k2/2, x2 +c2/2)

k4 =h*g(t+h, x1 +k3, x2 +c3) c4 =h*f(t+h, x1 +k3, x2 +c3)

Page 63: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 63

Condições iniciais: t=0 , x1=0 e x2=0, isto é, no instante inicial t=0, o corpo de massa M sai da origem, x1=0, com velocidade inicial nula, x2=0. O movimento inicial é devido à força de excitação F(t). O intervalo de tempo: de 0 a 2 segundos.

A solução numérica pode ser apresentada na forma de tabelas ou ainda na forma de gráficos, tais como os da figura abaixo, que mostra o comportamento dinâmico do sistema vibrante a 1 grau de Liberdade, devido a uma excitação harmônica

Os gráficos mostram:

o comportamento no tempo da força de excitação F(t), gráfico (F X t)

o comportamento no tempo do deslocamento x=x1, gráfico (x1 X t)

comportamento no tempo da velocidade 2xx =& , gráfico (x2 X t)

o comportamento da velocidade com o deslocamento, gráfico (x2 X x1)

Observação:

Para uma boa reprodução de uma curva periódica, o passo h deve ser aproximadamente um décimo do período da componente de menor período, isto é, da componente de maior freqüência. Pode ser menor ainda, porém com o custo de um maior tempo de processamento.

Page 64: Apostila Método Numérico -  2007

[email protected] 64

BIBLIOGRAFIA

1- RUGGIERO, Márcia A.G.; LOPES, Vera L.R. Cálculo Numérico: Aspectos Teóricos e

Computacionais, MAKRON Books do Brasil Editora Ltda, 1996.

2- BURDEN, R.L., FAIRES, J.D. Análise Numérica, Editora Pioneira. Tomson Learning, SP, 2003.

3- MATSUMOTO, ÉLIA Y., MATLAB 6 Fundamentos de Programação, Editora ÉRICA

Ltda,2001,SP

4- LITTLEFIELD, B. & HANSELMAN D., MATLAB 6: Curso Completo, Prentice Hall,

SP,2003.