apostila - metalurgia

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Metalurgia do P

1. Caracterizao 2. Produo de ps metlicos 3. Compactao e sinterizao 4. Tcnicas alternativas de compactao e sinterizao 5. Consideraes de projeto na metalurgia do p

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Metalurgia do PTecnologia de processamento de metais em que as peas so produzidas a partir de ps metlicos. Seqncia de produo de ps metlicos Compactao do p - so compactos compactados no formato desejado para a produo de peas verdes Realizado na prensa usando puno e matriz Sinterizao peas verdes so aquecidas para que haja a ligao das partculas em uma massa rgida Realizada em temperaturas abaixo do ponto de fuso do metal674N - FABRICAO MECNICA

Importncia da Metalurgia do P

Peas podem ser produzidas em massa, na forma final ou prxima, eliminando ou reduzindo a necessidade de usinagem subseqente. O processo deixa pouco resduo de material - ~ 97% a partir de ps so convertidos em produtos. Peas podem ser feitas com um determinado nvel de porosidade, para produzir peas de metal poroso. Exemplos: filtros, rolamentos, e engrenagens

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Importncia da Metalurgia do P Alguns metais que so difceis de fabricar com outros mtodos pode ser moldado por metalurgia do p Filamentos de tungstnio para lmpadas incandescentes so feitas por metalurgia do p Combinaes certas ligas e cermicas no podem ser produzidos por outros processos Compara-se favoravelmente maioria processos de fundio em relao ao controle dimensional. Mtodos de produo podem ser automatizadas para a produo econmica674N - FABRICAO MECNICA

Produtos Obtidos Atravs da Metalurgia do P

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Produtos Obtidos Atravs da Metalurgia do P

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Produtos Obtidos Atravs da Metalurgia do P

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Produtos Obtidos Atravs da Metalurgia do P

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Limitaes e Desvantagens Custo elevado de ferramental e equipamentos Ps metlicos so caros Problemas metlicos no armazenamento e manuseio de ps

Degradao ao longo do tempo, riscos de incndio com certos metais Limitaes geometria da pea, porque ps metlicos no fluem facilmente na lateral da matriz durante a prensagem Variaes de densidade em toda a parte pode ser um problema, especialmente para geometrias complexas674N - FABRICAO MECNICA

Materiais para Ps Metlicos

Maior quantidade de metais usados so ligas de ferro, ao e alumnio

Outros metais incluem o cobre, nquel e metais refratrios, tais como molibdnio e tungstnio

Carbonetos metlicos, como carboneto de tungstnio so freqentemente includos no mbito da metalurgia do p

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Medio do Tamanho das Partculas O mtodo mais comum utiliza telas de diversas medidas de malhas Contagem da malha - refere-se ao nmero de aberturas por polegada linear da tela A contagem de malha de 200 significa que existem 200 aberturas por polegada linear Uma vez que a malha quadrada, a contagem igual em ambos os sentidos, e o nmero total de aberturas por polegada quadrada 2002= 40000 Nmero de malha alto = partculas menores674N - FABRICAO MECNICA

Malha para Medio das Partculas

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Formas das Partculas

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Atrito Entre as Partculas e Fluxo do P O atrito entre partculas afeta a capacidade de um p de escoar facilmente e ter empacotamento fcil Um teste comum de atrito entre partculas o ngulo de repouso, que o ngulo formado por uma pilha de p quando estes passam por um funil estreito ngulos grandes indicam maior atrito entre as partculas

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Observaes Partculas menores geralmente apresentam maior atrito e ngulos de inclinao maiores Formas esfricas tm o menor atrito entre partculas Quanto mais a forma das partculas se desviam do formato esfrico, o atrito tende a aumentar entre elas A maior facilidade de escoamento de partculas est correlacionado com o menor atrito entre partculas Lubrificantes so muitas vezes adicionados aos ps para reduzir a frico entre partculas e facilitar o escoamento durante a prensagem674N - FABRICAO MECNICA

Medidas de Densidade das Partculas Densidade real densidade do volume real do material A densidade do material se o material fosse fundido em uma massa slida Densidade do substrato (Bulk density) densidade dos ps no estado solto aps a sua formao Por causa dos poros entre partculas, a densidade do substrato menor do que a densidade real

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Fator de EmpacotamentoDensidade do substrato dividida pela densidade real Valores tpicos dos ps soltos variam entre 0,5 e 0,7 Se ps de diferentes tamanhos estiverem presentes, ps menores iro preencher espaos entre os maiores, assim ser maior o fator de empacotamento real Empacotamento pode ser aumentado atravs da vibrao dos ps, gerando um empacotamento mais homogneo A presso aplicada durante o empacotamento aumenta fortemente o empacotamento dos ps atravs do rearranjo e deformao das partculas674N - FABRICAO MECNICA

PorosidadeRazo entre o volume dos poros ( espaos vazios) no p em relao ao volume do substrato Em princpio Porosidade + fator de empacotamento = 1.0

O problema complicado quando da existncia de poros fechados em algumas das partculas

Se o volume interno do poro for includo na porosidade acima, a equao ser exata

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Qumica e Filmes Superficiais

Ps metlicos so classificados tanto como Elementares - consistindo de um metal puro Pr ligado cada partcula uma liga Filmes superficiais possveis incluem xidos, slica, materiais orgnicos adsorvidos e umidade Como regra geral, estes filmes devem ser removidos antes do processo de conformao

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Produo de Ps Metlicos Em geral, os produtores de ps metlicos no so as mesmas empresas que fazem peas Qualquer metal pode ser transformado em p Trs mtodos principais pelo qual ps metlicos so produzidos comercialmente 1. Atomizao 2. Qumico 3. Eletroltico Alm disso, os mtodos mecnicos so ocasionalmente usados para reduzir o tamanho do p674N - FABRICAO MECNICA

AtomizaoO fluxo de gs em alta velocidade flui atravs do bocal de expanso, arrastando atravs de um sifo o metal fundido, a partir de baixo, pulverizando em um recipiente

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Prensagem e SinterizaoDepois de ps metlicos serem produzidos, a seqncia convencional composta por: 1. Mistura de ps 2. Compactao - pressionando a forma desejada 3. Sinterizao - aquecimento a temperatura abaixo do ponto de fuso para fazer a ligao de estado slido de partculas e dar resistncia a pea Alm disso, as operaes secundrias so, por vezes realizadas para melhorar a preciso dimensional, aumentar a densidade.674N - FABRICAO MECNICA

Prensagem e Sinterizao

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Combinao e Mistura de Ps

Para obter bons resultados na compactao e sinterizao, os ps de partida devem ser homogeneizados Misturando - Ps de mesma composio qumica, mas possivelmente de diferentes tamanhos de partculas so misturados Diferentes tamanhos de partculas so misturados frequentemente para reduzir a porosidade Mesclando - ps de qumicas diferentes podem ser combinados674N - FABRICAO MECNICA

CompactaoAplicao de alta presso ao p metlico para obter a forma desejada O mtodo de compactao convencional a prensagem, em que punes opostos comprimem o p contido em uma matriz O produto aps a prensagem chamado de compactao verde, o que no significa ainda totalmente processado A resistncia da pea verde quando pressionada adequada para a manipulao, mas muito menos do que aps a sinterizao674N - FABRICAO MECNICA

Prensagem Convencional

1. Enchimento 2. Posio inicial do puno 3. Posio final do puno 4. Ejeio

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Prensa Hidrulica de 50 t para Compactao Convencional

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Sinterizao o tratamento trmico para unir as partculas metlicas, aumentando assim a resistncia e dureza Normalmente realizado em entre 70% e 90% do ponto de fuso do metal (escala absoluta) consenso que a principal fora motriz para a sinterizao a reduo da energia superfcial A retrao da pea ocorre durante a sinterizao devido reduo do tamanho dos poros

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Tempo e Temperatura de Sinterizao

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Sinterizao em Escala Microscpica

(1) Unio das partculas inicia-se com pontos de contacto (2) Pontos de contacto convertem-se em "pescoos (3) O tamanho dos poros entre as partculas so reduzidos (4) Os contornos dos gros se desenvolvem entre as partculas em lugar das regies de pescoo.674N - FABRICAO MECNICA

Ciclo de Sinterizao e Forno

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Problemas Decorrentes da Sinterizao

Vazios

fuso incompleta

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Densificao e DimensionamentoOperaes secundrias so realizadas para aumentar a densidade, melhorar a preciso, ou realizar formao adicional da parte sinterizada Reprensagem prensar a pea sinterizada em uma matriz fechada para aumentar a densidade e melhorar suas propriedades Dimensionamento - prensar uma pea sinterizada para melhorar a preciso dimensional Cunhagem prensar uma pea sinterizada para adicionar detalhes em sua superfcie Usinagem criar caractersticas geomtricas que no podem ser obtidas por prensagem, tais como roscas , orifcios laterais e outros detalhes

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Impregnao e Infiltrao A porosidade uma caracterstica nica e inerente tecnologia da metalurgia do p Ela pode ser aproveitada para criar produtos especiais, preenchendo o espao poroso disponvel com leos, polmeros ou metais Duas categorias: Impregnao Infiltrao674N - FABRICAO MECNICA

Impregnao

o termo usado quando o leo ou outros fluidos so permeados nos poros de uma pea sinterizada Os produtos mais comuns so os rolamentos impregnados de leo, engrenagens e componentes similares As peas so impregnados com resinas de polmeros que escoam para os espaos dos poros na forma lquida e em seguida solidificam para criar uma presso uniforme e coesa na pea674N - FABRICAO MECNICA

Infiltrao Operao em que os poros da peas so preenchidos com metal fundido O ponto de fuso do metal de enchimento deve ser inferior ao da pea Consiste em colocar o metal de enchimento aquecido em contato com o componente sinterizado para o enchimento dos poros da estrutura A estrutura resultante relativamente no porosa e a parte infiltrada tem uma densidade mais uniforme bem como melhor dureza e resistncia674N - FABRICAO MECNICA

Processos de Prensagem e Sinterizao Alternativos Prensagem convencional e sinterizao so os mtodos mais utilizados na tecnologia da metalurgia do p Processos adicionais para processamento de peas so : Prensagem isosttica a frio Prensagem a quente combinam prensagem sinterizao Laminao Extruso674N - FABRICAO MECNICA

e

Processos de Prensagem e Sinterizao Alternativos

Prensagem isosttica a frio674N - FABRICAO MECNICA

Processos de Prensagem e Sinterizao Alternativos

Prensagem isosttica a quente674N - FABRICAO MECNICA

Processos de Prensagem e Sinterizao Alternativos

Laminao674N - FABRICAO MECNICA

Processos de Prensagem e Sinterizao Alternativos

Extruso674N - FABRICAO MECNICA

Classes de Peas em Metalurgia do P

(a) Classe I: simples, pouca espessura, prensagem de uma direo (b) Classe II: simples, mais espessa, prensagem em duas direes (c) Classe III: dois nveis de espessura, prensagem em duas direes (d) Classe IV: Mltiplos nveis de espessura, prensagem em duas direes, com controles separados para cada nvel674N - FABRICAO MECNICA

Orientaes Gerais em Metalurgia do P Em geral requerem grandes quantidades para justificar o custo de equipamentos e ferramentas Quantidade sugeridas mnima de 10.000 unidades so

o nico processo com capacidade de fabricar peas com um nvel de porosidade controlada Porosidades at 50% so possveis Pode ser usado para fazer peas de metais e ligas incomuns - materiais que so difceis ou impossveis produzir por outros meios674N - FABRICAO MECNICA

Orientaes Gerais em Metalurgia do P Geometria da pea deve permitir ejeo da matriz As peas devem ter os lados verticais ou quase verticais, embora degraus sejam permitidos As caractersticas de projeto, como furos e rebaixos nas laterais da pea devem ser evitados Canais e furos verticais so admissveis, porque no interferem na ejeo Furos verticais podem ter formas de seo transversal diferente da circular674N - FABRICAO MECNICA

Orientaes Gerais em Metalurgia do P

Procedimentos a serem evitados uma vez que reduzem a ejeo da pea: (a) orifcios laterais (b) rebaixos674N - FABRICAO MECNICA

Orientaes Gerais em Metalurgia do P Roscas no podem ser fabricados. Devem ser usinadas a parte Chanfros e raios de curva so possveis Problemas podem ocorrer devido a rigidez do puno quando os ngulos so muito agudos A espessura da parede deve ser no mnimo de 1,5 mm (0,060 in) entre furos ou um furo e a parede externa Dimetro mnimo recomendado para furos de 1,5 mm (0,060 in)

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Orientaes Gerais em Metalurgia do P

Chanfros e raios de canto so possveis, mas algumas regras devem ser observadas: (a) evitar ngulos agudos (b) Prefervel maiores ngulos para a rigidez do puno (c) raios internos so possveis (d) evitar raio de canto externo porque fragiliza o puno na borda, (e) problema resolvido atravs da combinao de raio e chanfro674N - FABRICAO MECNICA