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Curso Tcnico em Transformao de Plsticos CEFET-RS / UNED Sapucaia do Sul

unidade 1 - MATERIAIS POLIMRICOS / BSICO1 INTRODUO - O QUE SO POLMEROS?Os materiais encontrados na natureza e os artificiais obtidos por diversos tipos de processos podem ser divididos em trs grandes grupos: Metais, Cermicos e Polmeros. Polmeros naturais orgnicos so aqueles criados ou desenvolvidos por seres vivos (biognese), ou seja, so materiais derivados de plantas e animais, como celulose (encontrada na madeira e no algodo), borracha natural (componente do ltex da seringueira), queratina (principal componente da unha, do pelos e do chifre de animais), colgeno (substncia encontrada no couro), quitina (material formador de conchas e casacas de tartaruga), cartilagem, seda, protenas e amido. Materiais inorgnicos como diamante, slica e grafite tambm so polmeros naturais. Um polmero uma grande molcula formada pela ligao de um grande nmero (freqentemente entre 1.000 e 500.000) de pequenas molculas do mesmo tipo, tendo, geralmente, forma semelhante a um fio enovelado. As pequenas molculas que do origem ao polmero so chamadas de monmeros. Algumas molculas muito grandes, como a da lignina (outro componente da madeira) e so macromolculas, como os polmeros, mas no um polmero, porque no so formadas pela repetio de uma unidade qumica ou mero. Assim, todo polmero uma macromolcula, mas nem toda macromolcula um polmero. De maneira anloga, nem toda pequena molcula um monmero. Um exemplo disso a molcula de gua, cujo peso molecular baixo (17 u.m.a), mas no forma um polmero, pois no consegue estabelecer ligaes covalentes primrias com outras molculas de gua. J o etileno, que um gs temperatura ambiente, formado por molculas pequenas e que podem reagir, formando o polietileno.

VRIAS MOLCULAS DE GUA

VRIAS MOLCULAS DE ETILENO

UMA MOLCULA DE POLIETILENO

A partir do final do sculo XIX teve incio uma srie de pesquisas visando determinar a estrutura molecular destes polmeros, para que se pudesse tentar produzir materiais sintticos em escala industrial, como a grande maioria dos plsticos, borrachas e fibras usados atualmente. O primeiro polmero sinttico com aplicabilidade industrial foi desenvolvido em 1907, pelo belga Leo Baekeland, e em sua homenagem, recebeu a denominao de baquelite. Esta resina utilizada at hoje, para formar cabos e pegadores de panelas, revestimentos e carcaas de componentes eltricos, entre outros. Os polmeros sintticos so obtidos a partir de pequenas molculas orgnicas extradas de matrias-primas orgnicas simples. Embora seja possvel process-los a partir de madeira, carvo e CO2, a fabricao com petrleo e gs natural reina absoluta, pois ela se torna muito mais barata. 2 monmeros iguais ligados entre si = Dmero 3 monmero iguais ligados entre si = Trmero Poucos monmeros iguais (at cerca de 100) ligados entre si = OligmeroIntroduo Transformao - verso 2004

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Muitos monmeros iguais ligados entre si = Polmero

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SNTESE DE POLMEROS : POLIMERIZAO

A matria-prima de muitos polmeros, o petrleo bruto, separado por destilao em vrios subprodutos, entre eles a gasolina, o GLP e a nafta. A nafta, ento, passa pelo craqueamento, um processo trmico de separao de onde se originam hidrocarbonetos como o etileno, o propileno, o butileno e, destes, ainda podem ser obtidos em processos subsequentes, molculas orgnicas (monmeros) como o estireno e o cloreto de vinila, por exemplo. Estes monmeros so a substncia bsica para a formao dos polmeros. Exemplos muito simples de monmeros so as molcula do etileno, do acetileno e do cloreto de vinila, representadas na figura 1. A formao de polmeros se d pela unio de sries de monmeros de um composto simples. Em condies especficas de temperatura, presso e meio, os as molculas insaturadas (monmeros) tornam-se disponveis para novas ligaes. Estas molculas so os meros, as unidades repetitivas que ao ligarem-se formam cadeias polimricas (poli = vrios; mero = unidade repetitiva; logo, polmero = muitos meros ligados em cadeia).

etileno

acetileno figura 1 - monmeros

cloreto de vinila

O nmero destas unies determina o grau de polimerizao, que quase sempre, excede a vrios milhares, influindo diretamente nas propriedades fsicas do produto. O objetivo da produo de materiais plsticos conseguir os chamados altos polmeros, pois, normalmente, as propriedades fsicas melhoram com o aumento do grau de polimerizao. Os traos entre os tomos representam as ligaes covalentes, que so caractersticas dos hidrocarbonetos. Elas podem ser simples (entre H e C e Cl ), duplas (como entre os dois tomos de carbono no etileno) ou, mais raramente, triplas (como entre os tomos de carbono no acetileno). As molculas que apresentam ligaes duplas ou triplas so ditas insaturadas, pois os tomos assim ligados ainda podem fazer mais uma ou duas ligaes (no caso de ligaes triplas) com outros tomos. Quando uma molcula insaturada tem a possibilidade de fazer mais duas ligaes covalentes com outras molculas ela dita bifuncional. No caso de ter trs ligaes ativas, a molcula chamada trifuncional. Com a efetivao destas duas ou trs ligaes com outros radicais, tais molculas tornam-se saturadas e nenhum outro tomo pode ser ligado estrutura sem que se remova algum outro j ligado. Apesar destas ligaes covalentes presentes dentro das molculas serem fortes, as ligaes de van der Waals e ligaes de hidrognio existentes entre cada molcula, so muito fracas, e, portanto, estes hidrocarbonetos possuem baixos pontos de fuso e ebulio. MOLCULA BIFUNCIONALQuando se rompe a ligao dupla do etileno este monmero se torna um mero bifuncional pois os dois eltrons compartilhados de uma das ligaes covalentes entre os tomos de carbono esto agora livres para fazer ligaes covalentes com outros tomos ou molculas.

MOLCULA TRIFUNCIONALO mero que origina o fenol-formaldedo (baquelite) trifuncional, pois tem trs tomos livres (ligaes ativas) para fazer trs ligaes covalentes.

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POLIMERIZAOAs linhas pontilhadas definem um mero ou unidade repetitiva derivada do etileno. Vrios deles formam uma cadeia linear longa, ou macromolcula. Vrias macromolculas destas formam o polmero chamado polietileno.

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TIPOS DE POLMEROS

As resinas polimricas podem ser classificadas segundo inmeros critrios. Genericamente, uma classificao inicial pode ser feita de acordo com sua estrutura qumica, que vai implicar em propriedades complemente diferentes. Os polmeros so divididos, desta forma, entre os que no possuem ligaes fortes cruzadas entre as suas macromolculas, ditos termoplsticos e os que as possuem, os termofixos (muitas ligaes) e os elastmeros (poucas ligaes). A forma mais aceita, porm, para classificar-se as resinas quanto aos seus comportamentos mecnicos e trmicos. Quanto ao comportamento trmico, as resinas podem ser classificadas em TERMOPLSTICAS, que so fusveis e solveis, e TERMOFIXAS, que no podem ser fundidas nem solubilizadas aps sua polimerizao. Relativamente ao comportamento mecnico, dividem-se em ELASTMEROS, que podem ser deformados elasticamente, e PLSTICOS, cujas propriedades elsticas so muitssimo inferiores.TERMOPLSTICOS

Constituem a maior parte dos polmeros existentes. So fusveis, podendo ser conformados em formas que so mantidas aps seu resfriamento, mas podem ser refundidos seguidas vezes e solubilizados por vrios solventes. Dependendo de suas estruturas, temperatura ambiente os termoplsticos podem ser maleveis, rgidos ou frgeis.TERMOFIXOS

Tambm so chamados de termorrgidos, duroplsticos, durmeros e termoestveis. Devido estrutura intermolecular estreitamente encadeada em todas as direes, so extremamente estveis a variaes de temperatura e, no podendo ser fundidos. As ligaes intermoleculares dos termofixos so produzidas a partir de um pr-polmero (resina de base, resina-). Ao ser aquecido, o pr-polmerogeralmente slidoamolece, podendo ser moldado. Porm, ao se continuar o aquecimento iniciam-se as reaes de cura, que tornam o polmero cada vez mais rgido. A cura um processo de reao qumica que iniciada no molde, em que as molculas reagem entre si, formando complexos irreversveis que impedem que o material possa ser novamente moldado. temperatura ambiente so rgidos e quebradios. Destes polmeros so fabricadas, por exemplo tomadas eltricas e cabos de panela (de baquelite).ELASTMEROS X PLSTICOS

Os materiais polimricos podem ser deformados elstica ou plasticamente. A deformao dita plstica quando irreversvel e elstica quando reversvel. A diferena bsica entre os elastmeros e os plsticos (sejam termofixos ou termoplsticos), que o campo de deformao elstica muito amplo. Os elastmeros possuem uma razo deformao elstica/tenso muito grande, ou seja, pequenas tenses produzem grandes deformaes. Tanto plsticos quanto elastmeros sofrero ruptura quando tensionado acima dos seus limites. A ruptura dos materiais termofixos plsticos geralmente frgil, ou seja, h pouca ou nenhuma deIntroduo Transformao - verso 2004

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formao visvel antes do rompimento. Os termoplsticos plsticos muito rgidos tambm comportam-se de forma diferente, mas outros, mais flexveis, apresentam deformaes plsticas bastante acentuadas antes da ruptura. Os elastmeros podem ser termofixos ou termoplsticos. Os elastmeros termofixos no so fusveis nem solveis, justamente por sua estrutura apresentar ligaes entre as macromolculas. Em relao, aos termofixos plsticos, porm, o nmero destas ligaes menor. Este encadeamento espaado o responsvel pelas propriedades elsticas que os elastmeros possuem temperatura ambiente. Exemplos so as vedaes de borracha (gaxetas), solados de calados e pneus de veculos. J os elastmeros termoplsticos, como a TR, so copolmeros em bloco, onde um bloco de material muito flexvel temperatura ambiente e outro de material rgido temperatura ambiente. No existem ligaes cruzadas entre as cadeias polimrica, contudo a aglutinao de blocos rgidos de cadeias diferentes em determinados pontos age como um freio no movimento de deslizamento das cadeias quando o material tensionado, no permitindo deformaes plsticas sob determinadas tenses. Portanto, os blocos flexveis das cadeias polimricas permitem uma grande deformao (comparada aos materiais rgidos), e os blocos flexveis de mais de uma cadeia agrupados fornecem a propriedade elstica da deformao, ao no permitir o deslizamento permanente das cadeias.

Unidades repetitivas de vrios polmeros (ver nomenclatura mais adiante)

PESO MOLECULAR

Em ambos processos de polimerizao so formadas vrias macromolculas ao mesmo tempo. O comprimento de cada uma delas dado pela probabilidade estatstica de um outro monmero ou cadeia se ligar a elas terminando ou continuando com a sua propagao. Assim, cada macromolcula formada dever ter um comprimento varivel dentro de uma certa faixa, fazendo com que um polmero no tenha um peso molecular especfico e sim uma distribuio dos seus valores. Esta uma das mais distintas caractersticas dos polmeros. Produtos de peso alto so mais tenazes, porm o maior efeito do peso molecular est nas propriedades reolgicas dos polmeros. Altos pesos moleculares resultam em temperaturas de processamento maiores e maiores viscosidades, caractersticas importantes para moldagem por sopro de objetos ocos, bem como perfis e placas. J os polmeros de baixo peso so mais apropriados para extruso de monofilamentos e injeo de peas de paredes finas.

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44.1

ARRANJO DOS POLMEROSESTRUTURA MOLECULAR

A maneira como se desenvolve a propagao das cadeias durante a polimerizao define quatro tipos bsicos de estruturas que um polmero pode assumir, as quais influenciam suas propriedades fsicas. Um polmero pode ter uma estrutura predominante, mas apresentar traos de outras estruturas ao mesmo tempo. As estruturas descritas abaixo so mostradas na figura 2: Lineares Polmeros deste tipo possuem cadeias simples, longas e flexveis, com muitas foras secundrias intermoleculares. Ramificados Estes polmeros so menos densos que os lineares, pois o grau de empacotamento das cadeias menor devido formao de cadeias laterais (ramos) durante a sintetizao. Reticulados (em rede) Enquanto os monmeros bifuncionais se agrupam em cadeias lineares (ramificadas ou no), os trifuncionais formam redes tridimensionais, como se fossem polmeros cruzados com ramos muito curtos. Esta estrutura tpica de resinas termofixas aps a cura, com um nmero muito grande de ligaes intercruzadas. Um caso especial de polmeros reticulados so os elastmeros termofixos. Nesses materiais, cadeias lineares adjacentes so unidas em vrios pontos por ligaes covalentes durante a sntese ou por uma reao qumica no reversvel. Nas borrachas esta reao o princpio do processo de vulcanizao. A diferena para os plsticos termofixos est no menor nmero de ligaes cuzadas (cross-links).

figura 2 Estruturas moleculares de polmeros.

4.2

CONFIGURAO MOLECULAR

Hidrocarbonetos diferentes podem ter a mesma composio ao variar seus arranjos atmicos. Este fenmeno chamado de isomerismo. Abaixo esto representadas as molculas de dois ismeros do butano:

butano isobutano

O isomerismo pode influenciar algumas propriedades mecnicas dos hidrocarbonetos, expliIntroduo Transformao - verso 2004

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cando, por exemplo, os diferentes pontos de fuso do butano normal (-0.5C) e do isobutano (-12.3C). Assim como nos hidrocarbonetos, a regularidade e a simetria dos grupos que se ligam espinha dorsal das macromolculas podem influenciar as propriedades dos polmeros.

ESTEREOISOMERISMO

Acontece quando os tomos ou grupos que, substituindo o hidrognio, se ligam espinha de carbonos na mesma ordem (alternados ou em seqncias) mas diferem quanto ao posicionamento relativo cadeia. Quando os grupos se situam todos no mesmo lado da cadeia, tem-se uma configurao isottica, enquanto quando eles aparecem alternado de lado tem-se um configurao sindiottica. Uma terceira configurao, a attica, existe quando os grupos se posicionam aleatoriamente segundo a espinha da cadeia. A configurao predominante em um polmero depender do mtodo de sntese.

ISOMERISMO GEOMTRICO

Quando um monmero possui uma ligao dupla entre seus carbonos, o lado em que os grupos (radicais) se posicionam em relao cadeia pode modificar as propriedades de um material. O isoprene, por exemplo, pode ter duas configuraes para seu monmero, resultando em dois materiais com caractersticas diferentes, o cis-isoprene (borracha natural) e o trans-isoprene.

4.3

FORMA MOLECULAR

As ligaes entre os tomos de carbono formam a espinha dorsal ou o eixo de uma cadeia polimrica. O ngulo entre duas ligaes subsequentes nesta espinha , normalmente, 109 e quanIntroduo Transformao - verso 2004

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do um novo monmero deve se ligar a uma extremidade da cadeia, ele pode ocupar qualquer posio da base de um cone imaginrio cuja geratriz respeite tal ngulo (figura 3). Com isso, a macromolcula se torna no uma linha reta, mas sim um zig-zag que pode se curvar e inclinar tridimensionalmente, formando uma estrutura emaranhada como a da figura 4. O comprimento da cadeia muito maior do que a distncia (D) entre suas extremidades. Cada carbono da espinha dorsal de uma macromolcula possui tomos ou grupos ligados a si, que se posicionam no espao de modo a gerar a configurao de menor potencial energtico possvel. Isto influi diretamente nas propriedades mecnicas e trmicas de um polmero, pois de acordo com a posio e principalmente com o tamanho destes tomos ou grupos um cadeia pode ter maior ou menor liberdade para rotacionar quando o material sofre carregamentos ou vibraes trmicas. J cadeias que possuem ligaes duplas ficam impossibilitadas de qualquer rotao nesta regio.

figura 3 forma molecular: ngulos entre ligaes

figura 4 forma molecular: emaranhamento da macromolcula

4.4

COPOLMEROS

As cadeias formadas pela repetio de uma mesma estrutura (mero) so chamadas de homopolmeros. Porm, a polimerizao pode ser dirigida de maneira a formar cadeias compostas por mais de um tipo de mero, constituindo os chamados copolmeros. Dependendo da conduo do processo, quatro tipos de copolmeros podem ser diferenciados (considerando os compostos por somente dois meros diferentes). Aleatrio: quando no h regularidade na distribuio dos tipos de mero nas cadeias. Alternado: um tipo de mero est sempre entre dois monmeros do outro tipo na seqncia da cadeia. em Bloco: sries de meros de mesmo tipo se alternam em seqncia. Enxertado: a cadeia principal composta por um s tipo de mero e os seus ramos por outro.

figura 5 tipos de copolmeros.

4.5

CRISTALINIDADE

Nos metais e nas cermicas os tomos agrupam-se de vrias formas, podendo ou no formar estruturas organizada, os reticulados cristalinos. Materiais que formam tais estruturas so, por isso, ditos cristalinos, enquanto os que se organizam aleatoriamente so ditos amorfos, como, por exemIntroduo Transformao - verso 2004

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plo, os lquidos. Os polmeros tambm podem ser classificados pelo seu grau de cristalinidade. Alguns podem atingir at 95% de cristalinidade, mas no existem polmeros totalmente cristalinos. Isto se explica pela caracterstica molecular destes materiais que, ao contrrio da caracterstica atmica e inica de matais e cermicas, torna o arranjo atmico muito mais complexo. Qualquer desordem ou desalinhamento na cadeia polimrica resulta em uma regio amorfa. Deste modo, quanto cristalinidade pode-se classificar os polmeros como amorfos ou semicristalinos. Polmeros Amorfos: So aqueles cujo grau de cristalinidade zero, pois so formados por meros de estruturas muito complexas. Polmeros podem ser deste tipo se os tomos ligados lateralmente ao eixo da cadeia forem de tamanhos muito diferentes, como no caso do Teflon (tomo de flor muito maior que o de hidrognio) ou quando possuem grupos (radicais) ligados ao eixo, como o poliestireno (estrutura do benzeno muito grande). Os termofixos e os elastmeros, sempre por causa da complexidade estrutural, no possuem alinhamento molecular. Uma das principais caractersticas dos materiais amorfos, que os difere dos semicristalinos, a transparncia. Comportamento dos polmeros amorfos Abaixo da sua temperatura de transio vtrea (Tg), as macromolculas de um plstico amorfo esto com um nvel de agitao muito baixo, e portanto, o material encontra-se rgido. Elevando-se a temperatura, as macromolculas movimentam-se cada vez mais, e, por isso, crescem a ductilidade e a tenacidade. Como ilustrado na figura 6, quando a temperatura ao ultrapassa a faixa de temperatura de transio vtrea, a intensidade das foras intermoleculares diminui de tal forma que as macromolculas podem deslizar umas nas outras sob efeito de foras externas. A estabilidade cai abruptamente, enquanto a elongao cresce enormemente. Continuando a elevar-se a temperatura, as forcas intermoleculares diminuem cada vez mais. O plstico varia continuamente entre o estado elstico e fundido. Esta passagem caracterizada pela faixa de temperatura de fluidez (Tf). No se trata aquela de uma temperatura definida precisamente. Se o plstico for aquecido ainda mais. a sua estrutura qumica ser degradada. Este limite caracterizado atravs da temperatura de degradao (Tz). Um exemplo de termoplstico amorfo PVC rgido (RPVC). A temperatura de utilizao do PVC rgido situa-se entre cerca de -10 0C e 50 C. Por volta de 150 0C este material passa ao estado de escoamento, no qual pode ser processado por injeo ou extruso, por exemplo.

esistncia trao

Introduo Transformao - verso 2004longamento

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figura 6 Comportamento alterao da forma de um termoplstico amorfo

Polmeros Semicristalinos: So os que possuem molculas arranjadas ordenadamente em algumas regies, envoltas por regies amorfas. Quanto mais regies cristalinas maior o ndice de cristalinidade do polmero. As propriedades dos materiais semicristalinos tais como polietileno, polipropileno, etc. so afetadas pela quantidade de material amorfo, a quantidade e natureza da fase cristalina e a orientao destas. Convm salientar que a velocidade e temperatura de resfriamento de uma resina so extremamente importantes. A maneira com que uma resina resfriada ira contribuir para a cristalinidade do produto final. Com um resfriamento rpido, tanto a cristalinidade como o tamanho dos cristais podem ser reduzidos. A extenso destes efeitos depender do polmero e da rapidez de resfriamento, afetando suas propriedades ticas e mecnicas.

Comportamento dos polmeros semicristalinos Como j mencionado, os plsticos semicristalinos diferenciam-se dos amorfos pela existncia de duas configuraes. De um lado a regio cristalina, na qual as molculas esto densamente agrupadas e no outro a regio amorfa, na qual as molculas encontram-se distantes umas das outras. As foras intermoleculares, que mantm unida a regio cristalina, so consideravelmente maiores que as da regio amorfa. O limite de temperatura onde a regio amorfa do plstico se torna termoplstica e caracterizado pela faixa de temperatura de fluidez (Tf) e a da regio cristalina pela temperatura de fuso do cristalito (Tk ou Tm). Abaixo da temperatura de transio vtrea (Tg) todas as zonas do plstico esto solidificadas e praticamente em mobilidade molecular, sendo assim rgidas e muito frgeis. Dentro desta faixa de temperatura o plstico no consegue ser moldado. Ultrapassando-se a temperatura vtrea inicia-se a movimentao das cadeias moleculares na regio amorfa, na qual as foras intermoleculares no so to fortes como na regio cristalina, que se mantm firme. Esta temperatura situa-se abaixo da temperatura ambiente nos plsticos semicristalinos comuns. O plstico possui agora simultaneamente tenacidade e estabilidade. Com a elevao da temperatura a movimentao das cadeias moleculares da regio amorfa torna-se cada vez mais intensa. Tambm na regio cristalina as molculas comeam lentamente a se movimentarem. Em seguida atingida a faixa de temperatura de fluidez (Tf) na regio amorfa do termoplstico semicristalino, onde as foras intermoleculares cessam totalmente. Continuando a elevar-se a temperatura, aproxima-se da temperatura de fuso de cristalitos (Tk). Acima desta temperatura as foras de ligao so to fracas que no conseguem evitar o deslizamento de cadeias moleculares tambm nas regies cristalinas do termoplstico semicristalino. O plstico inteiro comea ento a fundir. Introduzindo-se ainda mais calor, o plstico ser destrudo quando for ultrapassada a temperatura de degradao (Tz). O comportamento a alterao de forma de um termoplstico semicristalino pode ser visto na figura 7

Introduo Transformao - verso 2004cia trao

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ento

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figura 7 Comportamento alterao da forma de um termoplstico semicristalino

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ADITIVOS

Muitas das propriedades dos polmeros puros so indesejveis para o seu processamento e/ou utilizao. Vrios tipos de materiais podem ser adicionados ao polmeros industriais para modificar suas propriedades fsicas, qumicas e mecnicas. Estes aditivos costumam ser enchimentos, plastificantes, estabilizantes, corantes, diluentes, agentes de crosslink, retardadores de chama, etc... Cargas, Enchimentos ou Reforos: Aumentam resistncias trao e compresso, resistncia abraso, tenacidade, estabilidade dimensional e trmica, modificam mdulo de elasticidade e vrias outras caractersticas. Os materiais usados como enchimentos so, normalmente, mais baratos que o polmero, o que ajuda a diminuir o custo do material final. Os materiais comumente usados so ps de madeira, slica, areia, microesferas de vidro, talco, argila, pedra calcria, termoplsticos reciclados, ps de termofixos reciclados, fibras de vibro, carbono e kevlar e ainda polmeros sintticos. Plastificantes: So lquidos com baixa presso de vapor e baixo peso molecular que aumentam flexibilidade, ductilidade e tenacidade e reduzem a dureza dos polmeros. Suas pequenas molculas penetram entre as cadeias polimricas aumentando a distncia entre elas e diminuindo o nmero de ligaes intermoleculares (lubrificam o contato entre cadeias). Isto permite um aumento na processabilidade do polmero, pois ao diminuir sua temperatura de transio vtrea, um material anteriormente frgil a temperatura ambiente (como o PVC) pode ser transformado em tubos, filmes, etc... Lubrificantes: A ao destes aditivos supre na realidade dois tipos de lubrificao, classificadas como lubrificao interna e externa. A lubrificao interna aumenta a facilidade com que as molculas do polmero deslizam uma sobre as outras, resultando em menor viscosidade, melhor fluxo, e menor energia requerida no processo. Obviamente, a lubrificao interna se aplica somente ao termoplstico fundido, no estgio pastoso em que processado. A lubrificao externa se aplica tanto ao termoplstico no seu estado pastoso quanto ao mesmo quando slido. Visa facilitar a movimentao do termoplstico na rosca do cilindro da mquina injetora, inclusive a movimentao interpartculas dos pellets na primeira regio da rosca, bem como a movimentao do material j plastificado nos canais de distribuio e na cavidade do molde, desta forma, influindo na qualidade de superfcie da pea injetada. Visa tambm diminuir o atrito da pea com o molde, por ocasio da extrao. Na pea pronta, acrescenta propriedades superficiais que facilitam o deslizamento sobre outros termoplsticos ou sobre metais.Introduo Transformao - verso 2004

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Os lubrificantes mais usados so steres e lcoois graxos, cidos graxos, amidas graxas, estearatos metlicos, que tem a capacidade de migrar para a superfcie do produto e reduzir o atrito e a aderncia entre a superfcie do plstico e aquela com a qual estiver em contato, como as paredes de um molde ou de uma matriz. Embora alguns termoplsticos como o ABS, o PS e o PVC, muito se beneficiem com o uso de lubrificantes, outros como o PE e PP prescindem totalmente dos mesmos. Estabilizantes: Quando um polmero se degrada ao entrar em contato com luz, calor, oxignio ou oznio, so adicionados a ele agentes fotoestabilizantes, termoestabilizantes, antioxidantes e antiozonizantes. Alguns agentes atuam na proteo dos terminais das macromolculas, impedindo a reverso da polimerizao e a conseqente degradao do polmero. Corantes e pigmentos Usados para produo de produtos coloridos, diferentes da cor natural das resinas ou para reduzir sua transparncia (por isso muitos produtos de polmeros amorfos no apresentam transparncia). Geralmente o transformador adquire o chamado masterbatch, que so gros da resinas plstica a ser processada, mas com grande concentrao de pigmento/corante (ou algum outro tipo de aditivo). No funil da mquina ou em equipamentos mais apropriados (misturadores), o transformador mistura o masterbatch aos gros da resina. Retardadores de Chama: A exceo dos que possuem quantidades significantes de cloro ou flor, os polmeros costumam ser inflamveis. Os agentes retardadores de chama interferem no processo de combusto atravs da fase gasosa ou por iniciarem uma reao qumica que refrigera a regio da combusto. Agentes de Cross-Link ou de Cura: O processo de cura dos polmeros termofixos e dos elastmeros ocorre quando so adicionados materiais cujas molculas reagem com as macromolculas da resina. Formam-se ligaes cruzadas entre as cadeias polimricas, gerando a estrutura de rede ou cruzada destes materiais. Conforme j citado no item 6.5 os elastmeros devem sofrer um processo de vulcanizao para adquirir maiores propriedades elsticas. Este processo reage componentes, como alguns sulfurados, com as macromolculas polimricas de forma a criar ligaes entre cadeias adjacentes (mas no em excesso). Agentes Expansores: Estes aditivos se decompem a altas temperaturas gerando um gs que provoca a expanso do polmero j devidamente plastificado. Atravs deste processo produz-se espumas e esponjas com as mais variadas densidades. Um exemplo muito comum o poliestireno expandido, que comercialmente conhecido como isopor. Agentes Antiestticos: So materiais levemente incompatveis com os polmeros, que migram para sua superfcie reduzindo a carga eletrosttica do material. Isto importante para que peas e filmes plsticos no atraiam poeira.

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ANEXO 1 HISTRICO DOS POLMEROSO quadro abaixo foi extrado de A Evoluo dos materiais Polimrico ao Longo do Tempo, de Antonio Augusto Gorni, que pode ser encontrado em www.gorni.hpg.ig.com.br/hist_pol.htm.1000 Os chineses descobrem o verniz extrado de uma rvore (Rhus vernicflua), aplicado na forma de reA.C. vestimentos impermeveis e durveis. Ele seria usado em mveis domsticos at a dcada de 1950. Descoberta do mbar, uma resina termoplstica proveniente de rvores fossilizadas. Ele encontrado 79 principalmente na costa do Mar Bltico. Ele permite a fabricao de pequenas peas atravs de molA.C. dagem por compresso. Plnio, o Velho (23-79 A.C.) cita esse material em sua obra Histria Natural. Descoberta do chifre como material conformvel. Ele se comporta como uma chapa de material termoplstico, podendo ser cortado e moldado aps ter sido aquecido em gua quente. Lminas desse 0 material podem ser sobrepostas de forma a se produzir peas com maior espessura. Antigamente boA.C. tes de roupa e outros produtos eram feitos com chifre modo aglomerado com um ligante (como, por exemplo, sangue) atravs de moldagem por compresso. 400 Moldagem e corte de cascas de tartaruga, de forma similar ao chifre. At a algumas dcadas eram comuns os culos feitos com esse material.

800 Surgimento da gutta-percha, uma resina natural presente na casca de rvores da Malaia. 1550 Primeira meno borracha natural feita por Valdes aps uma expedio Central Amrica. Os nativos usavam esse material como artigos esportivos e impermeveis h milhares de anos.

1596 John Huyglen von Linschoeten relata usos da goma laca aps uma visita ndia. John Tradescant introduz o uso da gutta percha no Ocidente aps suas viagens para coleta de plantas 1650 no Oriente. Esse material foi usado para fabricar desde mangueiras de jardim at mveis, tendo sido substitudo como revestimento de cabos submarinos na dcada de 1940. 1770 1820 1838 Priestley atribui o nome de rubber borracha, uma vez que ela consegue remover marcas em um papel (em ingls, "to rub" significa raspar, rasurar). Thomas Hancock (Inglaterra) descobre que a borracha vigorosamente plastificada se torna plstica e capaz de fluir. Descoberta do nitrato de celulose Regnault descobre o PVC na Frana, mas como uma curiosidade de laboratrio.

Charles Goodyear (E.U.A.) descobre a vulcanizao, processo que consiste na adio de enxfre borracha natural, tornando-a mais forte e resiliente. Isso viabilizou seu uso como importante material 1839 de engenharia Descoberta, em laboratrio, do poliestireno. Contudo no havia condies plenas para sua fabricao na poca. 1840 Alexander Parkes (Inglaterra) desenvolve a Parkesina, um resina moldvel a base de nitrato de celulose, material extremamente inflamvel.

1845 Robert William Thompson inventa o pneu de borracha. Nelson Goodyear patenteia e comercializa a ebonite, material produzido pela vulcanizao da borracha usando excesso de enxfre. uma resina dura, escura e brilhante usada por mais de 100 anos na 1851 fabricao de bolas de boliche e placas para uso dentrio, neste caso com cor rosada. O surgimento deste material um marco fundamental na histria dos polmeros, pois foi o primeiro material termofixo usado comercialmente e tambm envolveu a modificao de um polmero natural. Introduo Transformao - verso 2004

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1854 1858

Uma mistura de goma-laca com serragem patenteada como material para moldagem por Samuel Peck (E.U.A.), para uso em estruturas e maletas. Os qumicos Friedrich Kekul e Archibald Couper demonstram que as molculas orgnicas so constitudas de tomos de carbono combinados quimicamente em diferentes formatos.

1859 Butlerov descreve os polmeros a base de folmaldedo. 1865 Descoberta do acetato de celulose. John Wesley Hyatt, dos E.U.A., vence uma competio para fabricar uma bola de bilhar melhor. Ele 1869 usou um novo material chamado celulide, uma verso comercial do nitrato de celulose ou nitrocelulose com adio de cnfora para reduo de fragilidade. 1870 Os irmos Hyatt patenteiam o uso do nitrato de celulose e cnfora, obtendo-se um material semelhante ao chifre, o celulide.

1872 Adolph Bayer, da Alemanha, registra reaes entre fenis e aldedos, gerando substncias resinosas. 1876 Sementes de seringueiras do Brasil so contrabandeadas por Sir Henry Wickham e mandadas posteriormente sia, onde constituram a base da indstria mundial de borracha.

Uma gravadora berlinense comeou a usar goma-laca para a fabricao de discos fonogrficos, devido 1880 capacidade desse material em reproduzir detalhes finos de formato. De fato, a goma-laca foi usada at 1952 na fabricao de discos fonogrficos, quando foi substitudo pelo P.V.C. 1884 Bernigaud produz fibras a partir da celulose, que posteriormente receberiam o nome de rayon. 1885 George Eastman Kodak patenteia a mquina para produzir filme fotogrfico contnuo. 1887 Goodwin inventa o filme fotogrfico de celulide e seu processo de fabricao. 1891 Chardonnet, na Frana, regenera celulose via nitrato. Primeira sntese do celofane, um filme transparente produzido a partir da regenerao da viscose, ou 1892 seja, celulose dissolvida. Contudo, somente na dcada de 1910 esse material atingiria maturidade comercial 1894 Cross e Bevans introduzem o acetato de celulose aps desenvolverem pesquisas sobre steres de celulose para se encontrar alternativas no-inflamveis ao nitrato de celulose (celulide).

Adolph Spitteler, da Bavria (Alemanha), descobre (provavelmente por acidente) e patenteia resinas a 1897 base de casena. Este material feito a partir de leite batido e coalhado, curado por imerso em formaldedo. Seu nome comercial era galatita. 1899 Arthur Smith, da Inglaterra, patenteia resinas de fenol-formaldedo, que substituem a ebonite como isolador eltrico.

1900 Descoberta do silicone por Frederic Stanley Kipping. 1903 Stern & Topham desenvolvem mtodo para se produzir seda artificial, a chamada viscose. 1908 Charles Frederick Cross inventa o celofane, mistura de acetato de celulose e viscose rayon. Leo Baekeland, dos E.U.A., patenteia a Baquelite, a primeira resina termofixa a substituir materiais tradicionais como madeira, marfim e ebonite. Baquelite se tornou sinnimo deste material. 1909 Hermann Staudinger inicia o desenvolvimento da borracha sinttica (isopreno) Hugh Moore funda a Dixie Cup Co., fabricante de copos descartveis, especialmente para atender a uma lei promulgada no estado de Kansas (E.U.A.), a qual proibia o uso de xcaras comunitrias em trens. Seu objetivo era restringir a disseminao de doenas como a tuberculose.

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1910

Iniciada a produo de meias femininas na Alemanha. Construda a primeira fbrica de rayon nos E.U.A.

1911 Brandenberger, na Sua, inicia a produo comercial do celofane Ostromislensky, na Rssia, patenteia um processo de polimerizao do cloreto de vinila, obtendo-se PVC. Contudo, a decomposio do polmero durante o processo inviabiliza seu desenvolvimento comercial. Fritz Klatte patenteia um mtodo para a produo de seu monmero, cloreto de vinila; ele lo1912 gra polimeriz-lo em PVC, mas essa resina ainda teria de esperar at a dcada de 1930 para ser produzida em escala comercial La Cellophane S.A. a primeira empresa a produzir comercialmente celofane na Frana. 1914 Incio do uso de solues de acetato de celulose como verniz para avies e de madeira compensada para fuselagens.

1918 Hans John prepara resinas atravs da reao de uria com formaldedo. 1919 Introduo comercial do acetato de celulose. 1921 O rayon comea a ser produzido comercialmente. 1922 Hermann Staudinger, da Alemanha, sintetiza a borracha. 1924 Fibras de acetato de celulose. Hermann Staudinger inicia o trabalho que provar que os polmeros so constitudos de molculas em 1926 forma de longas cadeias formadas a partir de molculas menores a partir de polimerizao. Anteriormente se acreditava que os plsticos eram compostos de anis de molculas ligados. A descoberta de plastificantes adequados para o acetato de celulose viabiliza esse material como alternativa para o celulide, que bem mais inflamvel. 1927 Aparece o PVC W. Semon, da B.F. Goodrich (E.U.A.), descobre como plastificar facilmente o PVC Otto Rohm, na Alemanha, desenvolve o poli(metilmetacrilato) e inicia sua produo, em escala limitada, em Darmstadt. 1928 Incio da produo de PVC nos E.U.A. 1930 A BASF/I.G. Farben (Alemanha) desenvolve o poliestireno. A Dow Chemical Co. (E.U.A.) iniciou o desenvolvimento dessa resina nesse mesmo ano, mas a produo comercial s se iniciou em 1937. J.A.Hansbeke desenvolve o neoprene. A Imperial Chemical Industries - I.C.I. (Inglaterra) desenvolve o polietileno, quase por acidente, quando E.W. Fawcett e R.O. Gibson observam uma pequena quantidade de uma cera produzida aps experimentos com etileno. 1931 Surge o neoprene, outro tipo de borracha sinttica A empresa Formica patenteia o material homnimo (ncleo de papel fenlico revestido superficialmente de uria-formaldedo), iniciando um negcio de enorme sucesso Incio da produo do P.V.C. na Alemanha Aperfeioamentos em compostos de uria-tiouria-formaldedo na British Cyanides Co. gera a produ1932 o de resinas de uria-formaldedo Incio da produo comercial de neoprene nos E.U.A., pela Du Pont

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Pesquisadores da I.C.I. (R. Hill e J.W.C. Crawford) iniciam o desenvolvimento do poli(metil metacrilato) - PMMA, que seria mais tarde comercializado com os normes comerciais de lucite, plexiglas, 1933 acrlico, etc. Produo dos primeiros artigos de poliestireno moldados por injeo. 1934 Wallace Hume Carothers, da Du Pont (E.U.A.) desenvolve o nylon, originalmente na forma de fibra. A I.C.I. patenteia a polimerizao do polietileno a partir do etileno. 1936 Uso do PVA, poli(acetato de vinila), e do poli(vinilbutiral) em vidros laminados de segurana Iniciada a produo em larga escala de poliestireno na Alemanha. Otto Bayer comea o desenvolvimento dos poliuretanos na I.G. Farben. 1937 A Alemanha comea a produo comercial de borrachas sintticas, estireno-butadieno (Buna S) e butadieno-acrilonitrila (Buna N). Inicia-se a produo de poliestireno nos E.U.A. 1938 Surgem fibras de nylon 66, fabricadas nos E.U.A. pela Du Pont Iniciada a produo comercial de melamina. A mesma empresa inicia a produo comercial de polietileno de baixa densidade 1939 Iniciada a produo de resinas de melamina-formaldedo e poli(cloreto de vinilideno) Iniciada a produo industrial de PVC nos E.U.A. Mangueiras de gasolina feitas de neoprene, fornecido pela Du Pont, tornam-se comum nos E.U.A. Resinas de acrlico (PMMA) comeam a ser largamente usadas em janelas de avies. 1940 Produo de borracha butlica nos E.U.A. Incio da produo de PVC na Inglaterra. A I.G. Farben (Alemanha) comea a produo de poliuretanos. 1941 A Kinetic Chemical Ltd patenteia o teflon. J.R. Whinfield e J.T. Dickson (Calico Printers Association) conseguem produzir fibras de PET - poli(tereftalato de etileno), sendo lanado com o nome comercial de Terylene. Alemanha: desenvolvimento de silicones e resinas a base de fluorcarbono 1942 E.U.A.: borachas de estireno-butadieno (SBR). Incio da produo industrial de silicone A Becton Dickinson Co. desenvolve a primeira embalagem "blister" termoformada. Comeam os estudos sobre o uso de fibras de vidro como agentes de reforo para resinas plsticas. 1943 Primeiros usos industriais do poliuretano Introduo do poliisopreno nos E.U.A. A Chrysler usa, pela primeira vez, lentes de acrlico nas lanternas traseiras de seus veculos 1946 Earl S. Tupper comea a produzir copos de polietileno, dando incio famosa Tupperware Co. Valdes Kohinoor Inc., dos E.U.A., inicia a produo de "zippers" de nilon. 1947 Surgimento das resinas epxi 1948 Surgimento dos polmeros ABS e fibras de acrlico. 1949 Brasil: Fundada a primeira fbrica de poliestireno, a Bakol S.A., em So Paulo.

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Iniciada a produo comercial do poliestireno de alto impacto. 1950 Surgimento das fibras de polister Incio da produo de PTFE (Teflon) em larga escala pela Du Pont A mesma firma introduz o polietileno clorossulfonado e fibras de acrlico no mercado americano 1951 Desenvolvimento do processo para produo de espuma de poliestireno, material mais conhecido pelo nome comercial de isopor.

Iniciada a produo de discos LP (long-play) e compactos feitos de PVC, substituindo as resinas fen1952 licas e a base de goma laca que eram usadas at ento A Du Pont inicia a comercializao de filmes de PET orientados. Iniciada a produo do PEAD, sob a marca comercial Polithene, da Du Pont. Karl Ziegler (Alemanha) desenvolve catalisadores de ons metlicos para promover a polimerizao regular do polietileno. Giulio Natta (Itlia) desenvolve catalisadores de ons metlicos para a produo 1953 de polmeros isotticos, tais como o polipropileno. Ambos receberam um Prmio Nobel em 1963. Desenvolvimento do policarbonato por Hermann Schnell. A G.M., em associao com a Morrison Molded Fiberglass Products Co., produz 300 automveis Corvette com carroceria totalmente feita em polister termofixo reforado com fibra de vidro. Desenvolvimento de espumas de poliuretano nos E.U.A. 1954 A AT&T. aprova o uso de cabos revestidos de PE no primeiro cabo telefnico submarino entre os E.U.A. e a Europa A Mobay (que mais tarde receberia o nome de Miles Inc.) introduz o poliuretano nos E.U.A. Produo comercial de PEAD atravs dos processos Phillips (catalisadores de xido de metal) e Ziegler (catalisadores de alquila de alumina) 1955 Consegue-se a polimerizao do poliisopreno, a poro sinttica da borracha natural, pelo processo de Ziegler-Natta; a primeira aplicao comercial surgiu em 1959 Brasil: entra em operao a Eletrocloro (atual Solvay), em Rio Grande da Serra SP, produzindo PVC. 1956 Iniciada a aplicao em larga escala de resina epxi reforada com fibra de vidro na fabricao de circuitos impressos. Pesquisas sobre policarbonatos produzidos a partir do bis-fenol A na Alemanha (Bayer) e E.U.A. (General Electric Co.) levam produo comercial dessa resina. 1958 Brasil: Entra em operao a Union Carbide, em Cubato SP, produzindo polietileno de baixa densidade Surgimento da primeira embalagem comercial de PEAD moldada por sopro nos E.U.A. 1959 Iniciada a produo de poliacetais (POM) pela Du Pont (E.U.A.), sob a marca comercial Delrin Incio da produo de fibras de carbono pela Union Carbide.

1960 Surgimento da borracha de etileno-propileno e das fibras spandex. 1961 Construdo o primeiro vago-tanque ferrovirio com plstico reforado nos E.U.A. A Phillips lana o copolmero em bloco de estireno-butadieno, dando origem aos elastmeros termoplsticos. 1962 A Du Pont lana a poliimida, resina termoplstica que suporta at 400C A Pennwalt Co. lana o polivinilideno 1964 A General Electric (E.U.A.) lana o poli(xido de fenileno)

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1965

A Du Pont (E.U.A.) inicia a produo comercial das polissulfonas. Desenvolvimento do Kevlar, fibra de alta resistncia, por Stephanie Kwolek

A Shell Chemical lana o Kraton, um elastmero termoplstico estirnico usado em adesivos sens1966 veis presso e componentes de sapatos Introduo de fibras ticas feitas de polmero. Lanada a primeira garrafa de PVC para bebidas alcolicas nos E.U.A. Contudo, ela logo removida 1968 do mercado por no ter sido aprovada pelo governo. Isso no ocorreu na Europa, onde o PVC foi muito popular na fabricao de garrafas para gua e vinho 1960- Outros desenvolvimentos no perodo: adesivos de cianoacrilato, copolmeros de etileno-acetato de 1970 vinil (EVA), ionmeros, polibenzididazolas, tanques de combustvel feitos de PEAD. A Coca-Cola inicia testes de mercado usando garrafas de plstico transparentes. Tratava-se da primeira garrafa plstica do mundo para acondicionar bebidas carbonatadas, feita de metacrilonitrila/estireno - AN. A garrafa de AN, infelizmente, foi proibida em 1977 pela Food and Drug Adminis1970 tration para uso em bebidas carbonatadas. Foi a oportunidade para que o projeto de garrafa da Du Pont, que usava o PET como resina, ganhasse o mercado. A Hoechst lana o poli(tereftalato de butileno) - PBT na Alemanha As primeiras garrafas plsticas para leos comestveis nos E.U.A. so feitas de PVC Comea a funcionar, em Mau (SP), a Petroqumica Unio, que viabilizou a produo de resinas plsticas em grande escala no Brasil, com a criao da Poliolefinas (atual OPP, produtora de PEBD), Polibrasil (PP), Porquigel (PS), Trikem (PVC), etc. 1972 A I.C.I. lana a poli(tersulfona) na Inglaterra A Toyo Seikan, no Japo, desenvolve uma garrafa multicamada feita de polipropileno e poli(lcool etilenovinil) para aplicaes envolvendo produtos alimentcios 1973 A produo mundial de plsticos supera a de ao, tomando como base o volume de material fabricado. 1975 A Union Carbide comea a produo comercial de polietileno linear de baixa densidade - PELBD nos E.U.A. usando seu processo Unipol A Du Pont lana o Zytel ST (PA 6,6). As patentes sobre os catalisadores de Ziegler-Natta para a produo de PP, que eram propriedades da Montesidon, esto para vencer, motivando a construo de inmeras plantas na Europa para a produo dessa resina. Tal massificao far com que o PP seja apelidado de "o novo ao doce" nos anos 1976 seguintes... So lanados no mercado utenslios de plstico para uso em fornos de micro-ondas As primeiras garrafas de PET para refrigerantes so produzidas em escala comercial pela Amoco para a Pepsi-Cola 1977 A I.C.I. sintetiza, pela primeira vez, o PEEK. 1978 Atuando de forma independente, a Union Carbide e a Dow Chemical conseguem grandes redues no custo do PEBDL, viabilizando economicamente o filme feito com essa resina.

O incio de atividades do Polo Petroqumico de Camaari (BA) e a implantao de sua Central de Matrias Primas (COPENE) viabilizou o surgimento de outros fabricantes brasileiros de plsticos: Polite1979 no (PEBD e EVA), Polialden (PEAD), Trikem (PVC), EDN (PS), Polipropileno (atual Polibrasil, fabricante de PP), Policarbonatos (PC), CPB (ABS/SAN) e outras.

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Outros desenvolvimentos no perodo: polibuteno isottico, poli(tereftalato de butila), elastmeros termoplsticos baseados em copolisteres, poli(sulfeto de fenileno), borracha de polinorborneno, 1970poliarilatos, polifosfazenos, lentes de contato flexveis, moldagem por injeo reativa (RIM), garra1980 fas para bebidas feitas de PET, espumas estruturais, politersulfona, polimerizao em fase gasosa (Unipol), poliarilatos, sacos de supermercado feitos de PEAD. Lanamento comercial do polietileno linear de baixa densidade (PEBDL). 1980 Neste ano foram produzidas 2,5 bilhes de garrafas para refrigerante em PET; que eram virtualmente inexistentes em 1976. 1981 A Monsanto introduz o Santoprene, que foi o primeiro elastmero olefnico com vulcanizao dinmica a ser introduzidono mercado.

Pesquisadores da Bayer, em conjunto com os desenvolvedores da tecnologia de compact discs, desen1982 volvem novos graus de policarbonato de alta transparncia mais adequados para este tipo especfico de aplicao.

A I.C.I. e a Bayer lanam o PEED, PES e PPS como novos termoplsticos de engenharia.1983 A crescente popularizao dos fornos de micro-ondas promove o desenvolvimento das primeiras embalagens prprias para cozimento neste tipo de forno. Entrada em operao do Polo Petroqumico de Triunfo (RS) que, com sua Central de Matrias-Primas (COPESUL), viabilizou novas empresas produtoras de plsticos: Poliolefinas (atual OPP, produtora de 1985 PEBD e EVA), PPH (atual OPP, produtora de PP), Ipiranga Petroqumica (PEAD) e Petroqumica Triunfo (PEBD). Outros desenvolvimentos no perodo: polissilanos, polmeros de cristal lquido, fbras com alto m1980dulo, poli(ter-ter-cetona), polmeros condutores, poli(metilpenteno), conformao por pultruso, 1990 substituio dos agentes de expanso a base de fluorocarbono. Comea a era dos plsticos biodegradveis: a Warner Lambert desenvolve o Novon, resina a base de amido; a I.C.I. lana do Biopol. A Eastman Chemical Co. e a Goddyear conseguem reciclar com sucesso garrafas de PET psconsumo, transformando o polmero em monmero puro. Lanados as primeiras resinas polimerizadas usando-se os catalisadores de metaloceno Ocorre, no Brasil, a privatizao do setor petroqumico. Novas tendncias no desenvolvimento de polmeros. O desenvolvimento de resinas a partir do zero se torna bem mais raro. A nfase atual est na formulao de polmeros j existentes de forma a se obter materiais com propriedades otimizadas. A preocupao com a reciclagem dos polmeros torna-se assunto de mxima importncia, uma vez que seu desenvolvimento e uso sero inviveis caso esse problema no seja adequadamente resolvido. Comea a reciclagem em larga escala de garrafas de polister e PEAD.

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ANEXO 2 - NOMENCLATURA DOS POLMEROSSIGLAS DE MATERIAIS TERMOPLSTICOS E TERMOFIXOS SEGUNDO CONVENO INTERNACIONAL (EM INGLS)ABAK ABS ACS AEPDS AMMA ASA CA CAB CAP CF CMC CN COC CP CSF CTA EAA EC EEAK EMA EP E/P ETFE EVAC EVOH FF LCP MBS MC MF MABS MPF PA PA11 PA12 Acrylonitrile-butadiene-acrylate Acrylonitrile-butadiene-styrene Acrylonitrile-chlorinated polyethylene-styrene Acrylonitrile/ethylene-propylenediene/styrene Acrylonitrile-methyl methacrylate Acrylonitrile-styrene-acrylate Cellulose acetate Cellulose acetate butyrate Cellulose acetate propionate Cresol-formaldehyde Carboxymethyl cellulose Cellulose nitrate Cycoolefincopolymer Cellulose propionate Casein-formaldehyde Cellulose triacetate Ethylene-acrylic acid Ethyl cellulose Ethylene-ethyl acrylate Ethylene-methacrylic acid Epoxide; Epoxy Ethylene-propylene Ethylen-tetrafluoroethylene Ethylene-vinyl acetate Ethylene-vinyl alcohol Furan-formaldehyde Liquid-crystal polymer Methacrylate-butadiene-styrene Methyl cellulose Melamine-formaldehyde Methylmethacrylate-acrylonitrilebutadiene-styrene Melamine-phenol-formaldehyde Polyamide Homopolyamide based on 11aminoundecanoic acid Homopolyamide based on waminododecanoic acid or on laurolactam Homopolyamide based on tetramethylenediamine and adipic acid PA6 Homopolyamide based on ecaprolactam PA66 Homopolyamide based on hexamethylenediamine and adipic acid PA610 Homopolyamide based on hexamethylenediamine and sebacic acid PA612 Homopolyamide based on hexamethylenediamine and dodecanediacid (1,10Decanedicarboxylic acid) PA66/6 Copolyamide based on hexamethylenediamine, adipic acid and ecaprolactam PA66/6T Copolyamide based on hexamethylenediamine, adipic acid and terephthalic acid PA6T/XT Copolyamide based on hexamethylenediamine, 2-methyl pentamethylene diamine and terephthalic acid PAEK Polyaryletherketone PAI Polyamidimide PAK Polyacrylate PAN Polyacrylonitrile PAMXD6 Homopolyamide based on mxylylenediamine and adipic acid PAND/INDT Copolyamide based on 1,6diamino-2,2,4-trimethylhexane, 1,6diamino-2,2,4-trimethylhexane and terephthalic acid PAR Polyarylate PB Polybutene PBAK Poly(butyl acrylate) PBT Poly(butylene terephthalate) PC Polycarbonate PCCE Poly(cyclohexylene dimethylene cyclohexanedicarboxylate), glycol and acid comonomer PCT Poly(cyclohexylene dimethylene terephthalate) PCTA Poly(cyclohexylene dimethylene terephthalate, acid PCTG Poly(cyclohexylene dimethylene terephthalate), glycol PCTFE Polychlorotrifluoroethylene PDAP Poly(diallyl phthalate) PDCPD Polydicyclopentadiene

PA46

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Curso Tcnico em Plsticos CEFET-RS Unidade Sapucaia do SulPE Polyethylene (PEBA)TPA Poly(ether block amide) PEEK Polyetheretherketone PEEKK Polyetheretherketoneketone PEEST Polyetherester PEI Polyetherimide PEK Polyetherketon PEKEKK Polyetherketoneetherketoneketone PEKK Polyetherketoneketone PEOX Poly(ethylene oxide) PES Polyethersulfone (PESTUR)TPU Polyesterurethane PET Poly(ethylene terephthalate) PETG Poly(ethylene terephthalate), glycol (PEUR)TPU Polyetherurethane PF Phenol-formaldehyde PFEP Perfluoro(ethylene-propylene) Pl Polyimide PIB Polyisobutylene PIR Polyisocyanurate PK Polyketone (aliphatic) PMI Polymethacrylimide PMMA Poly(methyl methacrylate) PMMI Poly(N-methyl methylacrylimide) PMP Poly(4-methyl pentene-1) PMS Poly(methyl styrene) POM Poly(oxymethylene) PP Polypropylene PPE Poly(phenylene ether) PPOX Poly(propylene oxide) PPS Poly(phenylene sulfide) PPSU Poly(phenylene sulfone) PS Polystyrene PSU Polysulfone PTFE Polytetrafluoroethylene PUR Polyurethane PVAC PVAL PVB PVC PVDC PVDF PVF PVFM PVK PVP SAN SB Sl SMAH SMS TPA TPC TPO TPS TPU TPV TPZ UF UP VCE VCEMAK VCEVAC VCMAK VCMMA VCOAK VCVAC VCVDC Poly(vinyl acetate) Poly(vinyl alcohol) Poly(vinyl butyral) Poly(vinyl chloride) Poly(vinylidene chloride) Poly(vinylidene fluoride) Poly(vinyl fluoride) Poly(vinyl formal) Poly(vinyl carbazole) Poly(vinyl pyrrolidone) Styrene acrylonitrile Styrene-butadiene Silicone Styrene-maleic anhydride Styrene-a -methylstyrene Polyamide thermoplastic elastomer Copolyester thermoplastic elastomer Olefinic thermoplastic elastomer Styrenic thermoplastic elastomer Urethane thermoplastic elastomer Thermoplastic rubber vulcanisate Unclassified thermoplastic elastomer, not grouped above Urea-formaldehyde Unsaturated polyester Vinyl chloride-ethylene Vinyl chloride-ethylene-methyl acrylate Vinyl chloride-ethylene-vinyl acetate Vinyl chloride-methyl acrylate Vinyl chloride-methyl methacrylate Vinyl chloride-octyl acrylate Vinyl chloride-vinyl acetate Vinyl chloride-vinylidene chloride

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