apostila limpeza urbana

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LIMPEZA PBLICA

Prof. Eng. FERNANDO ANTONIO WOLMERAGOSTO/2002

RESDUOS SLIDOS DOMICILIARES1. INTRODUO Consideramos como lixo tudo aquilo gerado por atividades humanas que no possuam valor econmico, inteis, indesejveis e totalmente descartveis. A Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT, conceitua resduos slidos domiciliares como sendo todos os produzidos em edificaes residenciais, em estabelecimentos pblicos e do comrcio em geral, assim como aqueles resultantes das diversas atividades de limpeza urbana. Excluem-se os resduos industriais, de servios de sade, os de portos e aeroportos que exigem cuidados especiais quanto ao manuseio, acondicionamento, coleta e disposio final. Vale ressaltar que em qualquer dos estabelecimentos excludos, acima mencionados, existem a gerao de resduos considerados domsticos, ou seja, nas indstrias alm da atividade industrial propriamente dita h a gerao de resduos no refeitrio, escritrio e banheiros que so considerados resduos domsticos. Nos servios de sade tais como: hospitais, postos de sade, pronto socorros, centros de ortopedia, clnicas, laboratrios de anlises clnicas, clnicas mdico e odontolgicas, clnicas veterinrias e farmcias, existem tambm a parte sem contato com o paciente como escritrios, lanchonetes que devem ser segregados e dispostos como resduos domiciliares. Nos portos e aeroportos todos os resduos oriundos dos navios e avies, e dos locais em que os passageiros tenham contato, devem ter tratamento especial. 2. CLASSIFICAO DOS RESDUOS SLIDOS A ABNT editou um conjunto de normas para padronizar, a nvel nacional, a classificao dos resduos. Segundo a Norma NBR 10004 os resduos so agrupados em trs classes: RESDUOS CLASSE I PERIGOSOS: aqueles que apresentam periculosidade, conforme definio contida nessa norma, ou apresentarem caractersticas de: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. RESDUOS CLASSE II NO INERTES: aqueles que no se enquadram nas especificaes da Classe I perigosos ou Classe III inertes ou seja aqueles que podem apresentar propriedades como: combustibilidade, biodegradabilidade ou insolubilidade em gua.

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RESDUOS CLASSE III INERTES : como exemplo podemos citar: entulho e restos de construo. O Quadro a seguir mostra que o lixo pode ser classificado de acordo com a sua natureza, os riscos ao meio ambiente e sua origem.NATUREZA CARACTERIZAO DOS RESDUOS RISCOS AO MEIO AMBIENTE FSICA QUMICA CLASSE I CLASSE II CLASSE III DOMICILIAR COMERCIAL INDUSTRIAL PBLICOS(VARRIO, CAPINAO, RASPAGEM) FEIRAS LIVRES PARQUES E JARDINS SERVIOS DE SADE PORTOS E AEROPORTOS AGRCOLAS ENTULHOS DEMOLIES

ORIGEM

2. 1 Caractersticas Fsicas As caractersticas fsicas so determinadas atravs de sua composio qualitativa e quantitativa. A tabela a seguir mostra a caracterstica fsica do lixo no municpio de So Paulo.CONSTITUINTES Papel Papelo Madeira Trapos Couro Borracha Osso Plstico Frutas e verduras Folhagens Restos de comida Animais mortos Latas Metais Vidro Terra Matria orgnica Outros Peso Especfico (Kg/m) Ano 1972 (%) (1) 21,8 4,1 1,9 3,4 0,9 0,6 0,1 4,3 42,7 4,1 0,7 0,1 3,9 0,3 2,1 9,0 Ano 1992 (%) (2) 4,4 2,5 0,4 3,5 0,3 Ano 1998 (%) (2) 18,7 1,3 0,2

9,5

22,8

3,1 1,2 74,6 0,5 188

0,9 0,1 1,5 2,9 49,5 2,1

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Fonte : (1) Serete Engenharia

(2) Proema Engenharia

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2.1.1 Amostragem e Quartejamento Para se obter a quantidade em peso ou porcentagem em peso dos materiais contidos nos resduos gerados e coletados em um centro produtor existem algumas maneiras normalmente utilizadas. Os materiais necessrios so: encerado ou lona plstica, luvas, aventais, botas, ps, rastelos, tambores ou outro tipo de recipiente e uma balana de armazm. O encerado ou lona ser estendido no cho onde se despeja o lixo coletado pelo caminho. A partir da os braais comearam o processo de separao e armazenagem de cada tipo de material separado para posterior pesagem. Se for em cidades de pequeno porte, onde a gerao e coleta dos resduos perfazerem menos de um caminho por dia, a forma de se obter um dado mais prximo do real separando e pesando o total da carga. Se for em cidades de grande porte, onde a gerao e coleta de resduos perfazerem diversos veculos por dia, a forma de se obter um dado mais prximo do real misturando o contedo dos diversos caminhes e quartejando, isto , dividindo em quatro essa massa de lixo para posterior separao e pesagem. De uma forma ou de outra, essa tarefa dever ser repetida por diversos dias, nunca esquecendo as segundas-feiras que um dia que mostra o lixo gerado nos finais de semana onde normalmente no h coleta. 2.2 Caractersticas Qumicas As caractersticas qumicas dos resduos determinada por anlises realizadas em laboratrios especializados e seguem mtodos recomendados pelo Institute of Solid Wastes e pelo American Public Works Association. A tabela a seguir mostra as caractersticas qumicas dos resduos coletados nos municpios de Santo Andr e So Bernardo do Campo.CARACTERSTICAS N DE ANLISES PODER CALORFERO SUPERIOR ( KCAL/KG) SLIDOS VOLTEIS MATERIAL FIXO UMIDADE N P K C S H O FONTE: Serete Engenharia SANTO ANDR 25 2.644 57,32 20,55 53,13 1,13 0,23 0,71 29,38 0,18 3,35 44,87 SO BERNARDO DO CAMPO 19 3.606 74,27 10,27 62,41 1,53 0,25 0,93 38,62 0,17 3,31 45,22

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2.3 Caractersticas Fsico-qumicas A tabela a seguir mostra os parmetros fsico-qumicos dos resduos nos municpios de Santo Andr e So Bernardo do Campo.PARMETROS PH Fosfato total ( g/g ) Potssio ( g/g ) Nitrognio total ( g/g ) Enxofre ( % ) Carbono ( % ) Umidade ( % ) Resduo voltil ( % ) Cinzas ( % ) Poder calorfero superior ( cal/g ) Poder calorfero inferior (cal/g )FONTE: Proema

SANTO ANDR 6,6 3.380 4.400 8.250 0,3 29,0 61,0 67,0 33,0 2.783 637

MUNICPIOS SO BERNARDO DO CAMPO 6,5 9.000 6.000 9.500 0,3 25,0 58,0 59,2 40,8 3.026 834

2.4 Caractersticas por Nvel Social A tabela a seguir mostra a composio fsico-qumica dos resduos domiciliares do municpio de So Paulo por classe de renda familiar 1998.Parmetros Umidade (%) Mat. Orgnico (%) Mat. Inorgnico (%) Outros (%) FONTE: Ecolabor Ltda. ALTA Moema 49,1 37,0 50,0 13,0 ALTA Pinheiros 61,8 35,8 54,1 10,9 MDIA Butant 59,7 35,7 40,9 23,4 Classe MDIA Ipiranga 67,4 30,1 44,3 25,6 BAIXA S. Miguel 33,9 60,6 28,1 11,3 BAIXA Campo Limpo 48,2 57,2 30,4 12,4

3. GERAO DE RESDUOS SLIDOS A produo de resduos slidos domiciliares de uma cidade est relacionada com a condio socioeconmica da mesma. As cidades com rendas per capita maior produziram mais lixo que outras cidades com populao semelhante mas com renda per capita menor. Outras variveis como clima e costumes, tambm pode alterar a gerao de lixo. Para se obter um valor correto da gerao de resduos de um municpio devese utilizar da pesagem diria dos caminhes da coleta, em balanas tipo rodovirias. O critrio indicado para a execuo dessa pesagem de 7 (sete) dias corridos, de segunda a segunda. Em municpios com atividades sazonais, como por exemplo cidades do litoral no vero e climticas no inverno, a pesagem deve ser efetuada na poca considerada comum e em perodos de temporada.

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Quando no houver possibilidade da pesagem e existindo a necessidade de estimar a quantidade de lixo originado nos domiclios, considera-se a produo de lixo por n de habitante. A tabela a seguir mostra a produo domiciliar de resduos e a quantidade recebida nos locais de disposio final.POPULAO At 100.000 100.001 a 500.000 500.001 a 1.000.000 + 1.000.000 FONTE: CETESB RESDUO PRODUZIDO (Kg/dia) 0,40 0,60 0,70 0,80 RESDUO DISPOSTO (Kg/dia) 0,50 0,70 0,80 1,00

A diferena entre resduo domiciliar produzido e resduo disposto geralmente a quantidade a maior gerada nos estabelecimentos comerciais e nas reas domsticas das indstrias, coletados pelo servio de coleta regular. Geralmente em grandes municpios, de 5 a 10% do lixo produzido no coletado, devido aos acessos difceis, favelas, costumes inadequados da populao que queimam ou despejam em crregos e terrenos baldios. 4. PRODUO E PESOS ESPECFICOS O peso especfico ou densidade aparente do lixo, isto , no descontando o volume referente aos vazios, obtido por diferena de pesagem do veculo coletor, cheio e vazio, em relao ao volume da caamba. Esse valor constitui outro elemento bsico para o dimensionamento do servio de coleta e a forma ideal de acondicionamento do material a remover. Nas ltimas dcadas o peso especfico aparente tem decado em consequncia do teor de matria orgnica encontrada no lixo e pelo aumento da quantidade de plstico e alumnio em uso pela sociedade. A tabela a seguir mostra a produo de resduos e os pesos especficos.TIPO DE RESDUO SLIDO Domiciliar Comercial Industrial Varrio Feiras livres Servios de sade Capinao Raspagem Caminhes compactadores Aterro sanitrio FONTE: Serete Engenharia PRODUO 0,4 a 0,8 kg x hab./dia De 6 a 10 sacos de 100 litros x varredor 0,55 kg/m2 2,5 kg/leito 120 m2/ capinador x dia 260 m2/ raspador x dia Vc ( veloc. Mdia de coleta ) = 5 km/h PESO ESPECFICO ( Kg/m3) 160 a 180 150 320 80 a 120 120 a 500 200 a 250 230 a 300 1.000 500 a 580 700 a 900

Qm ( quant. Mdia coletada) = 0,88 t/h

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5. ASPECTOS EPIDEMIOLGICOS DOS RESDUOS SLIDOS Normalmente, o lixo no enfatizado por ser um risco a sade pblica e sim pelo aspecto esttico. Seres patognicos no sobrevivem na massa compactada e coberta do aterro sanitrio devido a decomposio biolgica que gera altas temperaturas. O pessoal que trabalha na coleta e processamento do lixo, no tem apresentado sintomatologia especial e as perturbaes normalmente so devido a esforos fsicos e viciosos. O comprometimento da sade humana est na presena de organismos que vivem ou so atrados aos lixes a cu aberto. Dentre esses vetores, os mais importantes so os insetos, roedores, sunos e aves que causam as mais diversas molstias aos seres humanos. O quadro abaixo mostra os principais vetores encontrados nos lixes e as doenas principais causadas pelos mesmos.VETORES Rato Mosca domstica e varejeira Barata e formiga Mosquito Escorpio e aranha Urubus, gaivotas Porcos FONTE: CETESB MODO DE TRANSMISSO Mordida, pulga e urina Contato das patas Patas, corpo e fezes Picada da fmea Picada Patas, piolho Carne DOENAS Tifo, peste e leptospirose Febre tifide, verminose e gastroenterite Febre tifide, giardase e diarrias Dengue, malria, febre amarela e leishmaniose Doenas cardacas, coma e morte Pestes, Salmoneloses

No podemos esquecer que os seres humanos so grandes AMIGOS desses vetores pois: Escolhemos lugares afastados dos grandes centros para esse tipo de vazadouro, portanto sem perturbao. Diariamente despejamos grande quantidade de matria orgnica coletada nos centros urbanos, portanto saciamos sua fome. Os resduos coletados so constitudos de vasilhames plsticos ou metal que acumulam gua de chuva, portanto saciamos sua sede. Esses mesmos resduos de plsticos ou metal que acumulam gua de chuva servem tambm para a sua proliferao e desenvolvimento. Os resduos coletados so constitudos de vasilhames de madeira e papelo que servem como abrigo contra chuva, ventos e outros animais, portanto damos proteo.

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ATIVIDADES DA LIMPEZA PBLICALimpeza Pblica ou Urbana um conjunto de atividades atribuda ao poder pblico, a fim de preservar a sade local e fornecer um meio ambiente agradvel para o bem estar comum da populao. 1. ADMINISTRAO DOS SERVIOS At pouco tempo atrs, o servio de limpeza pblica era efetuado exclusivamente com administrao direta, ou seja, pela Prefeitura Municipal. De uns tempos para c, esse servio foi sendo terceirizado, administrado indiretamente. Surgiro empresas especializadas no ramo que iniciaram suas atividades em cidades de grande porte, passando para as de mdio e agora at as pequenas comunidades repassam esses trabalhos. Na administrao indireta cabe a empreiteira executar as tarefas e a municipalidade fiscalizar e efetuar a medio (comprovar a realizao) dos servios contratados. O quadro abaixo mostra algumas vantagens de um ou outro tipo de administrao.ADMINISTRAO DIRETA VANTAGENS DESVANTAGENS No visa lucro No forma bom quadro de pessoal Aquisio de equipamentos com menor custo Dificuldade de premiar ou punir o quadro funcional Integrao mais perfeita com outros servios Demora no conserto e recuperao de pblicos equipamentos Cooperao dos muncipes com mais rapidez Reduo da vida til dos equipamentos Dependncia de transferncia de recursos Interferncia poltica Descontinuidade administrativa ADMINISTRAO INDIRETA VANTAGENS DESVANTAGENS Obteno de mo de obra eficaz Abuso por falta de fiscalizao Aquisio de equipamentos e Interferncias polticas nos servios peas com rapidez Melhor rendimento com incentivos ao pessoal Subornos a fiscalizao Modificaes com rapidez Difcil retorno para a administrao direta Continuidade administrativa Maior possibilidade de greves e paralisaes Melhor fiscalizao

Em resumo, com um bom edital de concorrncia e um contrato bem preparado possvel servir melhor a populao, utilizando-se o servio empreitado, vista do desembarao que o mesmo dispe para a execuo dos servios. Na redao do edital, no suficiente que funcionrios e advogados se concentrem procurando cercear o futuro contratado. necessrio que chefes e

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encarregados com experincia na execuo dos servios, participem sendo que eventuais interessados sejam consultados, examinando todas as possibilidades e alternativas para evitar concorrncias no correspondidas, ou contratos dando origens a situaes imprevistas, controvrsias e impasses que acabam condenando o sistema. 2. ATRIBUIES DA LIMPEZA PBLICA OU URBANA As principais atividades atribudas limpeza pblica de um municpio so: Coleta de lixo; Varrio de vias pblicas; Capinao; Raspagem; Pintura de guias e sarjetas; Limpeza de locais de feiras livres; Limpeza de bocas de lobo; Coleta seletiva; Coleta de resduos de servios de sade; Coletas especiais (bota-fora); Apreenso de animais; Limpeza de praias; Coleta de entulhos; Limpeza de logradouros pblicos; Operao de sistemas de transbordo de lixo; Operao de sistemas de tratamento de lixo; Operao de aterros sanitrios.

3. ACONDICIONAMENTO DOS RESDUOS 3.1 Recipientes Pequenos e Sacos Plsticos A forma de acondicionamento do lixo, isto , as condies em que os resduos devem ser apresentados na fonte de produo para o seu recolhimento pela coleta, de suma importncia para a eficcia da coleta. A primeira exigncia legal determinando o uso de recipientes padronizados que se tem notcia data de 07.03.1884, promulgada pelo prefeito de Paris, que denominou esses recipientes de vasilhames. Atualmente no Brasil, o acondicionamento de lixo para a coleta regular est dividido em duas formas: recipientes diversos de metal (latas) e madeira (caixotes) e o uso de sacos plsticos.

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O saco plstico, cuja primeira experincia em So Paulo foi em 1971, tornouse o mais utilizado em todo mundo e em muitas cidades j so exigidos por leis municipais. Esse tipo de acondicionamento apresenta as seguintes vantagens: Elimina a operao de recolher o vasilhame; Dispensa sua limpeza peridica; Reduz totalmente a atrao de vetores; Evita espalhamento do lixo por ces; Elimina mau cheiro; Evita rudos na descarga; Evita furtos; Reduz o tempo de coleta pois no tem retorno; Contribui para a limpeza do logradouro pois so fechados; Impede o acmulo de gua; Evita a permanncia do recipiente por longos perodos na calada.

O nico inconveniente o seu custo, razo pela qual o seu uso no obrigatrio em locais de baixa renda. As Normas Tcnicas NBR 9190 e 9191, nem sempre seguidas, so as que especificam os padres para fabricao de sacos descartveis As normas da ABNT exigem o uso exclusivo de polietileno, composto sem cloro podendo ter sua incinerao sem risco de emisso de contaminantes na atmosfera. Se considerarmos a mdia brasileira como sendo prxima de 5 habitantes por residncia, produzindo uma mdia de 0,7 kg/dia cada e o peso especfico mdio de 200 kg/m3, teremos: 5 X 0,7 : 200 = 0,0175 m 3 ou 17,5 litros de lixo por residncia/dia. Como comprovadamente no se justifica a coleta diria na grande maioria dos municpios e sim em dias alternados, temos que 17,5 x 2 = 30,0 litros. Na prtica, devido a excessos por festividades, grande nmero de embalagens descartveis, recomenda-se o uso de sacos plsticos de 50,0 litros. Muitos cdigos de postura municipais permitem um volume de at 100,0 litros que a capacidade mxima que pode ser manuseada sem maiores esforos pelos coletores. A maioria dos cdigos de postura municipais, para efeito de coleta regular de resduos slidos, determina que cada residncia ou estabelecimento comercial deposite para coleta at 100 litros diariamente. Muitas vezes isto no cumprido devido a falta de fiscalizao e interesse dos coletores, sempre acabam sendo compensados com gorjetas ou brindes.

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3.2 Contineres um recipiente utilizado nas fontes com elevada gerao de resduos para o acondicionamento, como o caso de estabelecimentos comerciais, prestao de servios, supermercados, shopping centers, edifcios, indstrias, condomnios e outros. O lixo pode ser acondicionado utilizando-se dispositivo compactador descarregado nos veculos coletores por equipamento basculador, acoplado ao chassis. H duas classes de contineres, os basculveis e os intercambiveis. Os basculveis, dotados geralmente de rodzios so deslocados at o veculo coletor que atravs de um dispositivo acoplado, realiza o basculamento da carga para dentro da caamba. As suas capacidades variam de 1,0 a 3,0 m3. Os intercambiveis ou estacionrios so removidos por caminhes dotados de guincho ou guindaste, devendo deixar um vazio enquanto leva o carregado (intercmbio). As capacidades destes ltimos so maiores variando de 3 a 30 m3. 3.3- Recipientes Hermticos Basculveis Esses recipientes caracterizam-se pela estanqueidade, pelo formato retangular, bonito visual e poder ser basculvel no caminho coletor. Possuem rodzios e so fabricados em polietileno e a sua capacidade varia de 25 a 700 litros. So conhecidos pela sigla RECHE, recipientes hermticos. muito difundida sua utilizao nos programas de coleta seletiva onde so juntados Reches com as cores padronizadas para armazenamento de materiais reciclveis.

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3.4- Contineres Estacionrios Compactadores So caixas metlicas retangulares, constitudas por duas partes: uma parte motora, que a prensa eltrica e uma parte passiva onde h armazenagem dos resduos. A parte do continer de armazenagem removido por caminho com dispositivo roll on roll off. Tambm existem alguns tipos onde o compactador monobloco formando um s corpo que removido por inteiro para esvaziamento. Esses contineres so muito utilizados nos grandes centros geradores de resduos.

4. COLETA REGULAR DE RESDUOS SLIDOS A coleta regular de resduos a atividade da limpeza pblica de maior preocupao do dirigente municipal ou de empresa privada em virtude do montante de recursos que absorve e do estreito relacionamento entre esse servio e a populao. Caso esse servio no seja equacionado corretamente, ocasionar gastos excessivos, desconfiana e reclamaes de imediato da populao. Os resduos quando no so coletados dentro de uma periodicidade adequada resultam em perodos longos de exposio e armazenamento nos passeios pblicos e o descarte dos mesmos em terrenos baldios, rios, eroses e outros, podendo trazer graves riscos a sade pblica alm de crticas e reclamaes administrao. Seu oramento estimado entre 35 a 50% de toda a verba destinada a limpeza pblica.

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Esse servio responsvel pelo recolhimento do lixo domiciliar das residncias, estabelecimentos comerciais, prestadoras de servios, reparties pblicas, pequenas fbricas e da ala domestica (cozinha, vestirio, w.c. e refeitrio) de indstrias de porte mdio. 4.1 - Frequncia da Coleta A frequncia usualmente recomendada para a grande maioria das cidades a de dias alternados. Isto est baseado no fato de que: O lixo pode ser perfeitamente acumulado em uma residncia de um dia para o outro sem grandes transtornos e riscos. No dobra de peso ou volume devido a uma melhor acomodao por parte dos muncipes para economia de recipientes. Gera uma economia de 30 a 40% nos gasto em comparao com a coleta diria pois um nico veculo pode atender at 3 reas diferentes.

A coleta com frequncia diria normalmente programada para locais de grande produo de resduos como por exemplo, a regio central do municpio onde est agrupado o comrcio, bancos e prestadoras de servio. Costuma-se tambm, em locais perifricos com pouca densidade demogrfica, efetuar a coleta peridica ou seja duas vezes por semana, 2 e 5 feiras , 3 e 6 feiras e 4 e sbados. Tanto na frequncia em dias alternados como na peridica, necessrio que se cumpram as tarefas nos sbados e feriados. 4.2 Horrio da Coleta Quando no h coleta noturna em um municpio o ideal reservar as primeiras horas da manh para atender a zona central onde, com o passar das horas, surgem grande concentrao de trfego tanto de veculos como de transeuntes. Deve-se considerar que horrios muito matinais podem no encontrar todos os vasilhames expostos, principalmente em locais de muito comrcio onde o incio das atividades so a partir das 08h, e com isso comprometer a eficincia do servio prestado. A coleta noturna a soluo ideal, deveria ser implantada em todos os lugares. a que apresenta um rendimento muito maior pois encontra as vias e passeios mais desimpedidos, o servio passa mais desapercebido, melhora a eficincia dos coletores devido ao clima mais ameno. Em lugares onde no so obrigados o uso de sacos plsticos a coleta noturna pode trazer a desvantagem do rudo e da exposio dos vasilhames at o incio do dia seguinte.

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A implantao do sistema misto ou seja parte do municpio no horrio noturno e parte no diurno a forma correta pois reduz o nmero de veculos necessrios, pela metade. 4.3- Equipe de Coleta A velocidade com que se efetua a coleta um elemento bsico para o dimensionamento da frota, e esse fator depende em muito da equipe coletora que usualmente denominada de guarnio. Normalmente essa equipe de coleta composta de um motorista e trs ajudantes. Em cidades onde no h caamba compactadora de lixo nem a obrigatoriedade do uso de sacos plstico com recipiente, o nmero de ajudantes chega a quatro, pois um fica em cima da carroaria recebendo os vazilhames cheios e devolvendo-os vazios. 4.4- Projeto de Coleta Regular Um bom planejamento dos servios de coleta regular de resduos slidos domiciliares trar economia ao errio pblico, elogios da populao atendida e satisfao da mo-de-obra envolvida, dividendos polticos aos dirigentes municipais e lucro aos empresrios do ramo. Para a elaborao de um projeto de coleta regular devero ser levantados os seguintes dados: Pesagem do lixo coletado diariamente; Tempo e quilometragem para a carga completa da caamba em uso; Tempo despendido na coleta, na circulao na viagem e na descarga; Quilometragem de coleta circulao e viagem; Topografia local; Sistema virio demarcando ruas, avenidas, mo de direo, obstculos e outros; Tipo de calamento das ruas, avenidas e acesso a descarga; Tipo de ocupao territorial; Localizao de grandes centros geradores de resduos. Com base nos resultados da anlise dos dados levantados, o municpio dever ser dividido em setores que individualmente forneam carga de resduo suficiente para completar a viagem do caminho coletor, considerando-se todos os parmetros de influncia. A coleta a ser realizada em cada setor ser de responsabilidade de uma nica equipe que ira operar o veculo coletor. Aps a diviso do municpio em setores de coleta, dever ser elaborado os roteiros de trajetos com mapas e vias a serem percorridas. Esse traado deve: Ser contnuo para evitar interrupes e entrelaamentos dos trajetos; Ter seu incio o mais prximo da garagem ou ptio de guarda dos veculos;

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Ser concludo de possvel o mais prximo do acesso para a disposio final; Ter sentido descendente nas vias ngremes para poupar a guarnio e veculo coletor. 4.5 Dimensionamento da Frota de Caminhes Antes de falarmos em dimensionamento da frota de caminhes temos que mencionar que em muitos lugares do Brasil, principalmente em municpios de pequeno porte, a coleta ainda efetuada com carroas e carretas metlicas ou de madeira acoplada a um trator tipo agrcola. Nestas regies o no existe planejamento e sim, a prtica por parte do carroceiro ou tratorista que define os setores e a periodicidade do servio. Nas cidades maiores quando a gerao de lixo comporta a aquisio de um ou mais caminhes munidos de caambas coletoras e compactadoras de lixo, vrios so os cuidados que devem ser tomados para o dimensionamento da frota de caminhes. Dentre esses cuidados podemos destacar : Sempre que possvel adquirir caminhes equipados com caambas coletora e compactadoras de lixo pois: O volume de armazenagem muito maior, evitando vrias viagens ao local de disposio do lixo; A estanqueidade do lixo total evitando sua visualizao, queda e espalhamento; Possui um compartimento para armazenagem de chorume ou lquidos percolados da massa de lixo e com isso evita o derramamento dos mesmos nas vias pblicas; Compartimento de carga grande, o que permite a descarga de vrios recipientes ao mesmo tempo. Esse compartimento traseiro, proporcionando maior segurana guarnio evitando atropelamento; A borda de carga na cintura do coletor o que trs facilidade para descarga. Tomar como base a demanda de lixo em dias normais. mais econmico dimensionar os circuitos de forma que a capacidade de carga dos veculos coletores se complete durante a jornada de 08 horas de servio. Quando houver excesso de lixo ele ser coletado pela prestao de horas extra. Adotar como capacidade de coleta dos vrios modelos de caamba existente, somente 80% do valor nominal expresso nos catlogos do fabricante. Manter 10% da frota em reserva para que a frota sofra as manutenes peridicas e para casos de coliso ou quebra dos veculos titulares. Nos casos de municpios com grande demanda sazonal de turista, como por exemplo, cidades litorneas na temporada de vero, ou estncias climticas na temporada de inverno onde a gerao diria de lixo chega a quadruplicar, a administrao municipal dever prever servios temporrios com o aumento da frota e equipe coletora.

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Verificar a existncia de locais onde um veculo munido de caamba compactadora no capaz de circular como por exemplo favelas, ruas com declividade acentuada, nos quais a coleta de lixo ser efetuada com caambas estacionrias ou caminhes basculantes com trao nas quatro rodas. 4.5.1 Exemplo de Clculo do Dimensionamento da Frota Dimensionar a frota de veculos coletores de resduos slidos domiciliares e guarnio para uma cidade de 100.000 habitantes na zona urbana. a-) Clculo da quantidade diria de lixo gerado a ser coletado (Q)Q = R H G

Onde: R = porcentagem do lixo gerado no municpio que realmente coletado. H = populao urbana onde normalmente existe servio de coleta lixo. G = estimativa da quantidade diria gerada de lixo por habitante.Q = 0,95 100 .000 0,40 = 38 ,0 t / dia

b-) Clculo do tempo dispendido pelo transporte de cada viagem ao sistema de tratamento ou destinao finalTV = 2D + T1 Vt TV = 2 10 + 0,3333 = 0,9999 30

Onde: D = distncia mdia do centro gerador at o local de descarga. Adotaremos a mdia de 10 km. Vt = velocidade de transporte na viagem at o local de descarga. Adotamos a mdia de 30km/hora. T1 = tempo necessrio para a viagem, pesagem descarga do lixo e retorno Adotamos a mdia de 20 minutos = 0,3333 horas. c-) Clculo do nmero de viagens possveis de cada veculo realizar dentro de um perodo de 8 horas de trabalhoN = Q VC J ( L 2 C ) + (Q VC TV )1520 689 ,98

N =

38 5 8 ( 200 2 5) + (38 5 0,9999 )

N =

NV = 2,2

Onde: NV = nmero de viagens por dia. Q = quantidade de lixo a ser coletado por dia que foi calculado no item a-) dando o valor de 38 t/dia. VC = velocidade de coleta. Adotamos a mdia de 5 km por hora. J = jornada de trabalho de 8 horas. L = quilmetros de vias pblicas de uma cidade a serem atendidas pelo servio de coleta. Foi adotado a mdia de 200 km que por ser coleta em dias alternados dever ser dividido por 2 .

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C = capacidade de carga da caamba. Adotado a mdia de 5 toneladas por viagem TV = tempo de viagem que cada veculo executa para descarga do lixo. Calculado no item b-) em 0,9999. d-) Clculo da frotaF = 1 Q ( Y ) + K NV CF = 1 38 ( 2,2) +1 2,2 5F = 2,4 = 3

F =3

Onde:

NV = o nmero de viagens possvel de cada caminho realizar dentro de uma jornada de trabalho. Foi calculado no item c-) como sendo 2,2. Q = a quantidade de lixo coletado. Foi calculado no item a-) como sendo 38 t/dia. C = a capacidade de carga de uma caamba> foi adotado a mdia de 5 ton/viagem. Y = o nmero de viagens necessrias, por veculo, por setor em uma jornada de trabalho no perodo noturno. K = nmero de veculos de reserva. Foi adotado a quantidade de 1 caminho.

Se um caminho efetua 2,2 viagens por jornada normal de trabalho de 8 horas e o veculo tem capacidade de carga de 5 t de lixo por viagem temos que um caminho transporta 11 t de lixo por jornada de trabalho. Se o municpio produz 38 toneladas por dia e um caminho transporta 11 t de lixo por jornada de trabalho temos: 38 : 11 = 3,45 = 4 veculos na ativa. Porm, e propusermos um setor no perodo noturno temos que sero recolhidas diariamente 11 toneladas noite, utilizando-se um dos caminhes que fazem a coleta no perodo diurno sobraram 27 toneladas para recolhimento e portanto temos: 27 : 11 = 2,45 = 3 veculos. Para segurana do andamento adequado do sistema implantado ser necessrio mais 1 veculo de reserva. Portanto, a frota necessria para esse municpio, tomado como exemplo, ser de 4 veculos com capacidade para transportar 5 t/viagem, com caamba para 8 a 10 m3. Se conseguirmos dois setores no perodo noturno, e dois no perodo diurno poderemos economizar na aquisio de um veculo, pois teramos dois caminhes coletando diuturnamente. Na prtica, devido a falta de recursos, no se adquire um veculo para a reserva e quando por qualquer motivo houver necessidade da substituio temporria de um veculo da coleta regular, a administrao desloca um

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caminho basculante do departamento de obras da prefeitura. Essa regra no se aplica ao servio terceirizado onde o contrato reza que a coleta dever ser efetuada com veculos compactadores e neste caso normalmente o empreiteiro alugar esse veculo, quando necessrio. 4.6 Uniformizao da Equipe de Coleta O uso de uniformes um fator primordial no s para a manuteno da higiene e segurana dos coletores como tambm para a boa apresentao dos servidores da limpeza pblica que esto em contato muito prximos com os muncipes. Esses uniformes devem apresentar algumas caractersticas, tais como: Colorao facilmente identificvel pela populao; Resistncia que garanta a proteo do servidor; Leveza, conforto, mobilidade e boa absoro do suor; Luvas para proteo de materiais cortantes; Calados leves com solado antiderrapante; Capa de proteo contra chuvas; Coletes refletores.

4.7- Implantao do Projeto Para implantao de um projeto de coleta regular de resduos slidos domiciliares, devero ser programadas as seguintes fases: 1 - Divulgao do plano internamente. 2 - Treinamento do pessoal envolvido. 3 - Divulgao externa do sistema a ser implantado, junto populao, atravs de faixas, panfletos, imprensa, mostrando os dias da semana e horrio em que a coleta ser efetuada naquele bairro/setor. 4 - Implantao propriamente dita em toda a regio preestabelecida no projeto. 5 - Anlise do desempenho das equipes por meio de inspees de fiscais e informaes prestadas pela populao. 6 - Avaliao do sistema implantado, atravs de entrevistas com a equipe, vistoria nos setores e dados registrados em planilhas pelos motoristas dos veculos coletores. 7 - Reajustes necessrios atravs do compilamento dos dados corrigindo algumas distores existentes. Esse ajustamento deve ser sistemtico e contnuo devido a expanso municipal, construo de fontes com grande gerao de resduos e outros.

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Exemplos: a-) Desenho de um setor e trajeto de coleta

b-) Planilha de coletaDIA DA SEMANA..................DATA......../......./.........SETOR.................PERODO........................ NOME DO MOTORISTA................................................................................................................ NMERO DE COLETORES.....................PREFIXO..........................PLACA................................

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BAIRROS COLETADOS................................................................................................................ ........................................................................................................................................................PRIMEIRA VIAGEM KM HORA SADA DA GARAGEM PARA O SETOR COLETA DO PRIMEIRO RECIPIENTE 1 VIAGEM COLETA DO LTIMO RECIPIENTE CHEGADA AO LOCAL DE DESCARGA SAIDA DO LOCAL DE DESCARGA COLETA DO PRIMEIRO RECIPIENTE 2 VIAGEM COLETA DO LTIMO RECIPIENTE CHEGADA AO LOCAL DE DESCARGA SAIDA DO LOCAL DE DESCARGA COLETA DO PRIMEIRO RECIPIENTE 3 VIAGEM COLETA DO LTIMO RECIPIENTE CHEGADA AO LOCAL DE DESCARGA SAIDA DO LOCAL DE DESCARGA CHEGADA GARAGEM PRIMEIRA VIAGEM PESO BRUTO DO CAMINHO SEGUNDA VIAGEM TERCEIRA VIAGEM SEGUNDA VIAGEM KM HORA TERCEIRA VIAGEM KM HORA

c-) Folheto de orientao populao

PERODO DIURNOSEGUNDA, QUARTA E SEXTA-FEIRA.PASSA O CAMINHO DE LIXO 1- SOMENTE PONHA O LIXO NA CALADA NOS DIAS INDICADOS NESTE FOLHETO. 2- OBSERVE O HORRIO QUE O COLETOR PASSA EM SUA RUA. ASSIM VOC SABER O PERODO DE COLETA: MANH OU TARDE.d-) Fotos de caminhes munidos com caambas coletoras/compactadores

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5. COLETAS ESPECIAIS Considera-se coleta especial a remoo de resduos no tidos como lixo pela coleta regular. A seguir so apresentados os principais tipos de coletas especiais. 5.1. Coleta de Resduos Volumosos Na grande maioria das cidades os resduos considerados volumosos so removidos pelo prprio produtor. Porm, existem em muitos municpios coletas bancadas pela municipalidade denominadas Operao Bota-fora, Cata Bagulho, Cata treco. Essas operaes funcionam em dias predeterminados, em itinerrios preestabelecidos, com muita campanha de esclarecimento e orientao a populao envolvida. A administrao coloca caminhes de carroaria de madeira ou basculante munidos de guindaste tipo Munck, que fazem o recolhimento desses entulhos constitudos geralmente por mveis, geladeiras, foges restos de mudanas em geral, colches, mquinas de lavar roupas e outros. Esses resduos so levados para alguma entidade assistencial e aps triagem, so recuperados e doados s camadas menos favorecida da populao. bom lembrar que alguns desses objetos quando jogados no fundo do quintal, pode ser reservatrio de gua de chuva e contribuir em muito para a proliferao da Dengue. 5.2 Poda So resduos originrios da poda da vegetao existente nos jardins, praas, vias e logradouros pblicos e at em quintais particulares. Normalmente, para a realizao dessa tarefa, utilizam-se caminhes munidos de carroaria de madeira. Em funo das caractersticas do material a ser transportado (galhos, pequenas rvores e arbustos) necessrio efetuar diversas viagens ao local de disposio, devido aos espaos vazios que sobram na carga. Hoje em dia est muito difundido o uso de picadores de galhos. Esses equipamentos so um conjunto formado por um rotor provido de lminas acionados, por gerador, por motores combusto ou acoplados no terceiro eixo de fora de um trator tipo agrcola e a carreta que serve em parte para o transporte dos equipamentos e tambm para armazenamento dos cavacos. Esses cavacos so levados carreta ou carroaria de outro caminho, pela impulso da prpria fora centrfuga do rotor, por intermdio de duto ou tubulao.

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Os picadores atualmente existentes no mercado variam de potncia dependendo da finalidade do seu uso. Normalmente se reduz o volume de poda em at 1/15 do original. O cavaco originrio serve como forrao de canteiros agrcola, cama de frango e outros. Em algumas cidades, como j verificado destinam esse tipo de resduo para olarias, onde utilizado como lenha e em contrapartida, esses estabelecimentos doam tijolos e telhas para a manuteno de escolas e creches municipais. Foto de um picador de galho

5.3 Coleta de Animais Mortos Um dos problemas que ocorre nos centros urbanos o aparecimento de animais mortos nas vias pblicas, vitimados geralmente em acidentes de trnsito (atropelamento) e cuja remoo tem que ser de imediato. Podemos classific-los de duas maneiras: 5.3.1 Coleta de Animais de Grande Porte A maioria dos animais de grande porte mortos em vias pblicas so os equinos. Quando grande o nmero de acidentes e posteriormente a remoo desses animais, recomenda-se a aquisio de um equipamento especialmente projetado para esse fim, ou seja, de um veculo munido de guincho acionado por tomada de fora do chassis, carroarias hermeticamente fechadas, com dispositivo para armazenagem do sangue, e com tampa traseira que baixa ficando como estrado inclinado. Com o uso do guincho, o animal puxado sobre o estrado (tampa traseira) e posteriormente, para dentro da carroaria. Essa mesma operao feita para a descarga do animal nos incineradores ou aterrados em vala.

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Animais vivos abandonados ou perdidos so recolhidos pela municipalidade, transportados em veculos apropriados com rampa na parte traseira e enviados a cocheiras pblicas, onde aguardaro sua retirada pelo proprietrio ou leiloados. 5.3.2 Coleta de Animais de Pequeno Porte A maioria dos animais mortos de pequeno porte (ces e gatos), quando encontrados em vias pblicas, so recolhidos da mesma forma que a descrita acima, para animais maiores. Outra atividade o recolhimento de ces vivos que ficam perambulando pelas vias e logradouros pblicos. Para isso so utilizados veculos tipo jaula denominados carrocinhas que aps a apreenso levam os animais para o Servio de Apreenso de Animais para posteriormente, se no forem reclamados e retirados pelos donos em trs dias, serem sacrificados. Os animais, depois de mortos, so colocados em sacos plsticos e transportados em veculos hermeticamente fechados, para os incineradores de resduos de servios de sade. Em cidades pequenas onde a quantidade de animais mortos bem menor, e devido a falta de um sistema de incinerao, os mesmos so levados e enterrados nos aterros sanitrios, em valas especiais. 5.4. Coleta de Resduos de Servios de Sade Os resduos de servios de sade gerados em: hospitais, postos de sade, prontos-socorros, ambulatrios, clnicas, farmcias, servios veterinrios e outros, normalmente so recolhidos de duas maneiras. A primeira so nos centros de grande e mdio porte que contratam empresas especializadas neste tipo de atividade, que coletam esses resduos em furges com carroarias especialmente projetadas e fabricadas para esse fim, que no permitem qualquer visualizao da carga e tambm no deixam o sangue ou outro lquido escorrer pelas vias pblicas. Aps o seu recolhimento os mesmos so transportados para serem tratados em incineradores, sistema de microondas, autoclaves e outros. Nesses locais pode ser adaptado um dispositivos pneumtico que ergue a frente do veculo fazendo com que a carga deslize para traz. No podemos esquecer que este tipo de coleta especial caro em comparao com a coleta normal de resduos domiciliares e portanto deve ser cobrado um valor diferenciado da fonte geradora. Esses estabelecimentos, por conseguinte, faro uma segregao dos resduos, diferenciando o que realmente lixo sptico (do paciente ou que teve contato com o mesmo) do lixo tipo domstico (material de escritrio, recepo, refeitrio de visitantes) que pode ser coletado pelo servio de coleta regular.

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A segunda forma so em cidades de pequeno porte onde a produo desse tipo de resduo no comporta a aquisio de um veculo especial ou a contratao de empresas especializada nesse recolhimento. Neste caso o lixo ainda misturado com o resduo domstico e recolhido pela coleta regular. O que recomendado, se possvel, que esses resduos sejam acondicionados em sacos plsticos na cor branca (mais resistentes), para posterior disposio em pequenas valas impermeabilizadas com manta de PEAD e com cobertura, escavadas no prprio aterro sanitrio. 5.5. Coleta de Entulhos e Restos de Construes Normalmente a coleta e transporte desses resduos, resultantes de reformas residenciais ou de trabalhos na construo civil efetuada com a contratao de empresa especializada, que efetua essa atividade atravs do intercmbio de caixas metlicas padronizadas (contineres) conhecidas como caixas brooks, transportadas atravs de caminhes poliguindastes. O gerador particular aluga essa caixa, e a mesma permanece defronte a obra por dois ou mais dias at seu esgotamento. O destino desse material inerte, nas grandes cidades, so os aterros especialmente construdos para esse tipo de resduo nos prprios aterros sanitrios, em locais reservados para esse fim. No aconselhado a mistura do lixo domstico com esse tipo de resduo pois em muitas vezes este ltimo constitudo de grandes blocos e lajes de concreto, que ocasionar danos no equipamento ou dificuldade na operao do aterro sanitrio. Hoje, j existe no mercado, um equipamento tipo moinho, utilizado em pedreiras, que faz a moagem desses restos de construo, constitudos especialmente de telhas e paredes de tijolos ou blocos, desde que no possuam em seu meio vigas ou outro elemento de concreto. O material resultante desta moagem serve para nivelamento de terrenos e vias pblicas.

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5.6. Coleta de Resduos de Indstrias Existem trs tipos de resduos que podem ser gerados em estabelecimentos industriais. Esses so divididos em trs classes, conforme segue: Resduos classe I - perigosos, gerados na rea fabril. Resduos classe II - no inertes, gerados na rea fabril e nos refeitrios, banheiros, vestirios e administrao. Resduos classe III inertes, gerados na rea fabril ou demolies. A coleta desse lixo industrial gerado por grandes estabelecimentos no atribuio do servio de limpeza urbana. Os geradores normalmente contratam empresas especializadas para coleta e transporte at o destino final. Esses resduos so acondicionados em caambas estacionrias e intercambiveis nas quais so armazenados todos os resduos gerados, tanto na rea fabril como nos refeitrios, banheiros, vestirios e administrao. Quando uma indstria gera resduos de classe 2 no inertes e de classe 1 perigosos, esses ltimos devem ser separados dos demais devido as formas especiais de tratamento e disposio que normalmente cobrado por peso com um valor muito alto.

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Para cada tipo de resduo gerado na linha de produo, classificado como classe 1 ou 2, a empresa dever, para sua remoo, obter o CADRI Certificado de Autorizao Para Disposio de Resduos Industriais, emitido pelo rgo ambiental. Nele ser mostrado o tipo de resduo, sua classificao, a quantidade gerada e local de tratamento ou disposio final do mesmo. Pequenas indstrias que geram muito pouco resduo, normalmente colocam os mesmos em recipientes para serem coletados pelo servio de coleta regular do municpio. Os resduos qumicos oriundos de laboratrios de centros de pesquisas, escolas e particulares no industriais, tm os mesmos procedimentos dos resduos industriais Classe 1, abrangido neste item. 5.7 Coleta de Resduos Gerados em Fossas Spticas Em regies onde ainda no possuem rede coletora de esgotos, a populao envolvida se utiliza de fossas spticas como forma de tratamento dos dejetos. Esse tipo de tratamento exige limpezas peridicas. Para executar essa tarefa existem empresas especializadas denominadas limpa-fossa, que dispem de veculos vcuo para suco desse lodo, da fossa para o tanque. Esse resduo deve ser levado para a ETE Estao de Tratamento de Esgoto municipal ou da empresa concessionria do sistema. Deve-se ter muito cuidado na contratao dessas empresas pois algumas empresas no idneas pode coletar o esgoto da fossa e dispor em terrenos baldios ou beiras de estradas secundrias causando srio efeito destrutivo ao meio ambiente. 5.8 Coleta de Resduos Radioativos Os chamados lixos atmicos, potencialmente perigosos, exigem tcnica e cautela para o seu manuseio, transporte e tratamento. A maior parte desses resduos provm de reprocessamento em usinas nucleares ou em laboratrios de pesquisa. Em nosso pas, cabe a unio, com exclusividade, a remoo e tratamento desse lixo. Todo e qualquer material ou equipamento onde em seu contedo houver elemento radioativo deve ter seu cadastro no CNEN Comisso Nacional de Energia Nuclear que deve ser comunicado em caso de translado. 5.9 Coleta pelo Prprio Produtor Todo material que no se enquadra na definio legal de lixo, deve ser removido para tratamento e disposio pelo prprio produtor. As remoes pelo prprio produtor ou seus prepostos aliviam a coleta regular, mas exigem uma rgida fiscalizao a fim de disciplinar as condies de transporte e evitar descargas em terrenos baldios e beiras de estradas.

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Outros graves problemas causados quando das descargas pelo prprio gerador em aterros sem fiscalizao ou vazadouros no legalizado, a queima desses resduos para evitar identificao, ou a atrao de catadores que imaginam retirar materiais de valor para seu sustento. Como nos resduos gerados na construo civil, a coleta e transporte de resduos realizada com a contratao de empresa especializada que efetua essa atividade atravs do intercmbio das caixas metlicas transportadas por caminhes poliguindastes. No Estado de So Paulo, a empresa contratada pelo gerador dos resduos obrigada a ser cadastrada no rgo oficial de controle da poluio. A legislao vigente considera o gerador como responsvel pelos resduos at seu destino final e no s a empresa contratada para remov-lo. Portanto, qualquer penalidade recair sobre os dois. Como exemplo, vamos calcular quantos caminhes poliguindaste necessita uma cidade com os seguintes dados: Velocidade de deslocamento na cidade = 25 Km/h Velocidade de deslocamento na estrada = 35 Km/h Tempo de coleta de uma caixa brooks = 10 minutos Tempo de pesagem e basculamento no aterro = 15 minutos Distncia do centro ao incio da estrada do aterro = 3 Km Distncia do permetro urbano ao aterro = 7 Km Quantidade de lixo gerado em diversas obras = 9 t/dia Horas trabalhadas = 8 h/dia Capacidade de cada caixa = 1,5 t Distncia da garagem a 1 caixa = D1 = 1 KM Distncia da 1 caixa ao aterro = D2 = D3 = D4 = D5 = D6 = D7 = 3 + 7 = 10 KM Distncia do aterro a garagem = D8 = 11 KM Clculos: Quantidade de caixas necessrias: QD = 9 t/dia : 1,5 = 6 caixas Quilometragem percorrida pelo caminho poliguindaste: QC = D1 + 2D2 + 2D3 + 2D4 +2D5 + 2D6 + 2D7 + D8 Tempo de coleta: TC = T1 + 2T2 + 2T3 + 2T4 + 2T5 + 2T6 + 2T7 + T8 5.10 Outros Qualquer outro resduo no mencionado nos itens anteriores dever ter sua remoo a cargo do gerador, que providenciar seu transporte com a contratao de empresa especializada. A administrao s dever efetuar essa remoo se houver qualquer tipo de risco a populao. Aps isso, se o

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gerador for identificado, a municipalidade solicitar o ressarcimento do custo dessa operao. 6. VARRIO DE VIAS E LOGRADOUROS PBLICOS O servio de varrio de vias e logradouros pblicos dos municpios, que at bem pouco tempo era relegado a um plano secundrio, atualmente tido como extremamente importante e necessrio. Tal fato se deve a um aumento muito grande de ruas pavimentadas, elevao do padro social dos muncipes que exigem ambientes pblicos saneados, intensificao das atividades humanas, fluxo grande de veculos, falta de educao sanitria pela populao e a falta de fixao de pequenos cestos nas caladas para que o pblico acostume a descartar pequenos resduos em seu interior. Assim, como os demais servios da limpeza pblica, a varrio de ruas e outros logradouros constituem-se em condio fundamental para a beleza, higiene, segurana, sade pblica e desenvolvimento turstico do local e conseqentemente, deve ser encarado com muita seriedade e responsabilidade pela administrao municipal. Os resduos encontrados nas vias e logradouros ocorrem por dois fatores: Natural - como o caso das folhas e flores das rvores, terra e areia trazidas pelas guas de chuva, excremento de animais. Acidentais como o caso de papis, invlucros, tocos de cigarro e outros detritos jogados no cho pela populao. Muitos fatores intervm na produo do lixo recolhido pela varrio e dentre eles podemos destacar: arborizao, densidade de trnsito, populao flutuante, movimentao e concentrao de pedestres, poder aquisitivo, presena de animais domsticos, vendedores ambulantes, comrcio intenso, atraes tursticas e principalmente conscientizao da populao. No devemos esquecer que em muitos lugares, a populao quer se desfazer desses pequenos resduos e descart-los em cestos apropriados, mas no os encontra. Portanto, o departamento de limpeza urbana deve se ater a este fator e colocar o maior nmero de recipientes em reas de grande fluxo. 6.1 Tipos de Varrio Os servios de varrio nos municpios so caracterizados por uma ausncia de mecanizao que s existe nos grandes centros urbanos. Do ponto de vista financeiro, a varrio mecanizada se mostra mais econmica do que a manual. Entretanto, a varrio manual, com rendimentos menores e com inevitveis problemas de natureza empregatcia, apresenta a expectativa do benefcio social no que se refere ao emprego de mo-de-obra pouco qualificada, muito abundante nos dias atuais.

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6.1.1 Varrio Mecnica Sempre que se pensar em utilizar equipamentos para o servio de varrio pblica deve se considerar a necessidade de um adequado servio de manuteno e tcnicos qualificados, que em muitos lugares no existem. Alm disso, deve ser observado a restrio desses equipamentos, com rendimentos ideais em vias urbanas expressas de grande extenso, com condies favorveis de pavimentao. A seguir apresentamos as principais vantagens e desvantagens da varrio mecnica. VANTAGENS Eficincia maior na remoo de terra, areia e lama das sarjetas. Maior rapidez por rea varrida. Maior eficcia na remoo dos resduos, sem locais de acmulo. Rendimento excelente em grandes avenidas e calades. Menor riscos ao pessoal envolvido. Economia de mo-de-obra.

DESVANTAGENS Elevado investimento inicial com o equipamento e infra-estrutura. Causa descontentamento da populao que a considera desnecessria (causa desemprego). eficaz somente em vias com pavimentao de asfalto ou similar, e com poucos declives. ineficiente em vias onde permitido o estacionamento para veculos. No varre ou recolhe resduos dos passeios pblicos. Atrapalha o trfego natural. Problemas com reposio de peas, assistncia tcnica e mo-de-obra especializada para o seu manuseio e manuteno. Necessidade de reabastecimento de gua.

6.1.2 Varrio Manual A varrio manual um dos servios da limpeza urbana que envolve a maior quantidade de recursos humanos e de materiais para a sua execuo e portanto, requer a elaborao de projeto especfico com ajustes e expanses constantes. No se deve esquecer que se trata de um servio que atrai muito a ateno dos muncipes que de imediato percebe sua qualidade e eficcia. Esta forma de operao utilizada na totalidade dos municpios onde esse servio prestado populao. Mesmo que em algumas reas municipais as

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tarefas sejam efetuadas por varredeiras mecnicas, sempre haver setores onde os servios tero que ser efetuados manualmente. A seguir apresentamos as principais vantagens e desvantagens da varrio manual. VANTAGENS Possibilidade de varrer qualquer pavimentao. Possibilidade de varrer tambm o passeio e ilhas canteiros. Sem dificuldades de contornar obstculos. Pequeno investimento inicial. Baixo custo de manuteno e reposio de equipamentos. Facilidade de obteno de mo de obra. Mo de obra sem qualificao especfica. Treinamento inicial mnimo. Possibilidade de recolhimento de materiais fora dos padres.

DESVANTAGENS Dificuldade de remoo de terra, lama e areia. Necessidade de caminho para recolhimento dos recipientes cheios (sacos). Necessidade de veculo para o transporte das equipes aos seus respectivos setores. Possibilidade de paralisaes dos servios por causa de faltas, licenas e greves. Alta reposio de materiais (vassouras, sacos plsticos, carrinhos). 6.2 Formas de Varrio Para ambos os tipos citados, mas principalmente para a varrio manual, normalmente os servios ocorrem de duas maneiras: Varrio corrida, empregada em locais que devido as suas caractersticas de uso e ocupao, seja possvel a manuteno de intervalos mais longos entre um perodo e outro de limpeza. Esse servio efetuado em cada local uma nica vez no dia determinado. Varrio com repasse, adotada em trechos comerciais, tursticos ou outro local onde: seja intenso o fluxo de transeuntes e/ou muito arborizado. Esse servio efetuado normalmente de manh com repetio tarde quando a mesma equipe refaz o setor, diariamente.

-

6.3 Feqncia e Horrio de Varrio A frequncia da varrio determinada em funo da demanda local dos servios. Para reas comerciais, tursticas ou de maior produo de ciscos

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recomenda-se a varrio diria com repasse. Para reas circunvizinhas ao centro comercial, deve ser adotada a varrio diria corrida ou sem repasse. Nos bairros e reas mais distantes recomendvel a varrio corrida, em dias alternados ou ainda com freqncias ainda menores. A sua determinao ficar a critrio da equipe de fiscalizao dos servios. O horrio adotado para a varrio de vias e logradouros pblicos muito variado. Algumas cidades adotam o horrio diurno e outras tambm o noturno. Neste caso o servio noturno pode ser efetuado manualmente ou com varredeiras mecnicas que ter uma tima eficincia devido a queda no nmero de veculos, tanto em movimento como estacionados. 6.4 Equipes de Varrio Para a varrio mecanizada necessrio apenas o motorista da varredeira. J para o tipo manual, o mesmo pode ser executado por um nico elemento ou por grupos de serviais que distribuem as funes de varrer, coletar e remover os resduos. Em grande parte das cidades brasileiras a varrio executada por grupos de 2 ou 3 elementos subdivididos em 1 ou 2 varredores propriamente dito, que varrem e acumulam os resduos em pequenos montes ao longo das sarjetas, e de 1 elemento trabalhando um pouco atras, que coleta e armazena no carrinho os resduos, at o ponto de acumulao j predeterminado em projeto. Esse sistema, se possvel deve ser evitado, pois, alm de diluir a responsabilidade individual pela eficincia dos servios no setor, reduz o rendimento operacional por permitir muita conversa entre os elementos da equipe. 6.5 Equipamentos de Varrio Para a varrio mecanizada j existem no mercado brasileiro diversas marcas e modelos que atender a necessidade do projeto elaborado. Para a varrio manual os materiais e equipamentos fundamentais so: Vassouras que podem ser de confeco industrial como tambm, de forma artesanal com produtos caractersticos de regies (bambu, vassoura, folhas de palmeiras) e com reciclagem de PET. Pazinhas fabricadas em metal com cabo de madeira ou toda de plstico Carrinhos confeccionados metal ou de fibra de vidro tipo Lutocar (o melhor o de fibra de vidro por ser mais leve e de vida til mais prolongada). Sacos plsticos que servem para forrar os carrinhos e acumular os resduos.

6.6 Sistemas de Apoio

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Todo o servio de varrio dever contar com um sistema de apoio, principalmente dos setores de transporte e da coleta regular. De manh e tarde dever estar disponvel, veculos para o transporte das equipes de varrio, da garagem da prefeitura ou da empresa responsvel pelo servio at os seus respectivos setores. tarde dever ser programada a viagem de retorno. Normalmente os equipamentos (vassouras, ps e carrinhos) pernoitam em abrigos predeterminados em projeto (escolas, creches, reparties pblicas e outros). As refeies e lanches das equipes, geralmente pelo sistema quentinha ser fornecida por empresa contratada e so degustadas nos prprios setores. A coleta dos resduos da varrio, armazenados em sacos plsticos, so deixados pelas equipes em locais preestabelecidos. Se possvel coincidentes com os horrios e frequncias dos veculos da coleta regular, que efetuar concomitantemente o recolhimento dos resduos domiciliares e da varrio e o transporte at o local de tratamento e disposio existente. 6.7 Produo dos Servios H uma diversificao muito grande de dados sobre produo dos servios de varrio de uma cidade. Tal fato se deve s diferenas de condies e de caractersticas locais das reas a serem varridas e insuficincia, na maioria das cidades, de dados estatsticos e de controle desse tipo de tarefa. Os dois controles mais comuns so as medies em metros lineares de sarjeta e as medies de reas varridas. Em termos mdios, pode-se considerar que um trabalhador, atuando 8 horas exclusivamente na varrio manual, atinge uma produo diria de 500 metros de sarjeta varrida por hora de trabalho ou seja 4.000 metros por dia. No se deve esquecer que no tipo de varrio com repasse a produo a metade. Para a produo mdia em rea, um varredor consegue varrer em um turno de 8 horas, 1.500 metros quadrados por dia. Na varrio mecnica estes dados esto condicionados, alm dos mesmos fatores influentes na varrio manual, escolha do tipo de varredeira. Tomando como mdia, uma varredeira mecnica varre entre 6 a 8 quilmetros por hora trabalhada e portanto, em um turno de trabalho de 8 horas, esse equipamento executar o servio em: 8 horas x 6 km/h 20% de percurso = 38,4 km/dia de sarjetas. 6.8 Custos do Servio de Varrio

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A anlise comparativa dos custos dos servios de varrio manual e mecnica a decomposio desses custos nas partes que os forma a fim de se obter uma melhor interpretao das vantagens de utilizao de uma ou outra modalidade. Para efeito de comparao entre a varrio manual e a mecnica, pode ser feito o confronto dos custos diretos nos dois sistemas em termos de varrio linear e varrio de reas. O quadro a seguir mostra os custos da varrio manual, tomando-se como base os componentes do custo direto dos servios.SALRIOS E ENCARGOS SOCIAIS ( R$) x N DE OPERROS POR EQUIPE 2 1 3 SALRIO MENSAL POR EQUIPE (R$) x CUSTO DIRIO POR EQUIPE (R$)

MO-DE-OBRA Varredor Carrinheiro Total (I)

EQUIPAMENTO Vassoura Vassouro Carrinho P Uniforme Total (II)

CUSTO UNITRIO

VIDA TIL (DIAS) 7 7 365 30 90 x

AMORTIZAO DIRIA

QUANTIDADE POR EQUIPE 1 2 1 1 3 x

AMORTIZAO DIRIA POR EQUIPE

x

x

CUSTO POR EQUIPE TOTAL I TOTAL II TOTAL GERAL

CUSTO E AMORTIZAO DIRIA (R$)

CUSTO DO KM VARRIDO/ DIA (R$)

Observao:1 - Custo do quilm etro custo dirio por equipe varrido = produo da equipe por dia

:

2 - Produo

da equipe por dia =8 km

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O quadro a seguir mostra os custos da varrio mecanizada, tomando-se como base os componentes do custo direto dos servios.GASTOS OPERACIONAIS Varredeira Combustvel Escovas (duas) Pneus Operador Total (I) GASTOS MANUTENO Reviso Retfica de motor Lubrificao motor Lavagem do equip. Lubrificao equip. Subst. peas motor Subst. peas equip. Total (II) CUSTO POR VARREDEIRA TOTAL I TOTAL II TOTAL GERAL PREO UNITRIO (R$) VIDA TIL OU CONSUMO DIRIO 10.000 horas 8 litros/hora 250 horas 5.000 horas x x PERIODICIDADE (HORAS) CUSTO HORRIO POR VARREDEIRA (R$) CUSTO DIRIO POR VARREDEIRA (R$)

x x PREO (R$)

CUSTO HORRIO POR VARREDEIRA (R$)

CUSTO DIRIO POR VARREDEIRA (R$)

x

x CUSTO HORRIO POR VARREDEIRA CUSTO DO QUILMETRO VARRIDO POR VARREDEIRA

CUSTO DIRIO POR VARREDEIRA

Observao :1 - Custo do quilmetro varrido = custo horrio por varred eira quilmetro varrido por hora

2 - Quilmetros

varridos por hora =8

6.9 Projeto de Varrio Para a elaborao do projeto criterioso de varrio de vias e logradouros pblicos, deve-se proceder a um levantamento e anlise cuidadosa de dados para a obteno de amplo conhecimento dos problemas pertinentes ao setor. Esses dados devem ser levantados no prprio local constando basicamente de: Apontamento das ruas que possuam guias e sarjetas; Especificao dos tipos de pavimentos; Condies das vias pblicas; Existncia de canteiros centrais nas vias pblicas; Densidade de trfego; Quantidade de logradouros (praas e jardins) existentes; Concentrao de pedestres;

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Quantidade e tipo de arborizao; Tipo de assentamento local; Quantidade e tipo de resduo a ser varrido; Locais disponveis para guarda dos equipamentos.

Nessa anlise dos dados deve-se considerar a freqncia de varrio (diria ou alternada), o perodo (diurno ou noturno) e o tipo (corrida ou com repasse). Aps o levantamento dos dados e em funo de uma pr anlise o projeto ser elaborado e dever atender os seguintes tpicos: Delimitao em planta da cidade, da rea que dever ser atendida pelos servios; Subdiviso da rea delimitada em setores de varrio com horrio, tipo e frequncia de varrio; Demarcao de praas, jardins e outros logradouros pblicos onde haver prestao dos servios; Estabelecimentos de pontos fixos para a descarga de sacos plsticos com resduos; Estabelecimento de pontos fixos para desembarque e embarque das equipes; Estabelecimento de pontos fixos para guarda dos equipamentos; Determinao do itinerrio de varrio a ser cumprido pelo operrio ou equipe de varrio; Determinao de itinerrios e horrios dos veculos coletores dos sacos plsticos com resduos da varrio. 6.10 Dimensionamento do Projeto 6.10.1 Varrio Manual Para dimensionar o nmero de varredores em um sistema de varrio manual, deve-se saber o quilmetro de vias aonde desejamos efetuar os servios mais a quantidade de elementos fixos para a limpeza das praas ou outros logradouros pblicos. Mesmo tendo os dados prticos, aps a implantao dos trabalhos e passado algum tempo o melhor ajustar o sistema com dados reais obtidos atravs de levantamentos nos setores. Na prtica observamos que ao aproximarmos da rea central da cidade a quilometragem de sarjetas varridas diariamente diminui. O nmero de varredores necessrios para um sistema de varrio manual pode ser dado pela seguinte equao:Nv = Kj + Cr Fv .Pd

Onde: Nv = n de varredores necessrios

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Kj = n de vias a serem varridas em km de sarjetas Fv = frequncia de varrio Pd = produo diria de cada varredor Cr = coeficiente de reserva (20%) Exemplo: Dimensionar o sistema de varrio de um municpio com os dados da tabela a seguir, que fazem parte do Anexo I do Edital. Os setores sero varridos por um nico funcionrio.SETORES S1 S2 S3 S4 S5 TOTAL KM 61,50 38,70 69,40 33,40 409,70 FREQUNCIA DIRIA ALTERNADA ALTERNADA SEMANAL MENSAL DIAS 26 12 12 4 1 PRODUO 1.599,00 464,40 832,80 133,60 409,70 3.439,50 N DE DIAS = Fv 1 2 2 6 26

Pela frmula temos:S1 = 61,50 = 15 ,37 = 16 1 4,0 69 ,40 = 8,67 = 9 2 4,0 409 ,70 = 3,93 = 4 26 4,0 S2 = 38 ,70 = 4,83 = 5 2 4,0 33 ,40 = 1,39 = 2 6 4,0

S3 =

S4 =

S5 =

Total de varredores necessrios para varrio das vias pblicas: 36 Reserva Tcnica: 36 x 20% = 7,2 = 7 Nmero de praas e logradouros: 5 Total geral: 32 + 5 + 7 = 44 varredores A prtica mostra a necessidade de 1 fiscal para cada turma de 20 varredores. 6.10.2. Varrio Mecnica Para dimensionar o nmero de varredeiras mecnicas em um sistema de varrio, deve-se saber o quilmetro de vias aonde desejamos efetuar os servios.

O nmero de varredeiras mecnicas, necessrias para um sistema de varrio pode ser dado pela seguinte equao:

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Nv =

Kv + Cr T .Ht .Vv .Fv

Onde: Nv = nmero de varredeiras Kv = quilometragem de vias a serem varridas T = quantidade de turnos de servio Ht = nmero de horas de trabalho Vv = Velocidade de varrio Fv = frequncia de varrio Exemplo: Dimensionar a quantidade de varredeiras mecnicas para a varrio mecanizada de 20 quilmetros de eixo de vias pblicas da zona central do municpio. O perodo de trabalho ser o noturno, aps s 22 horas. Considerando: hora trabalhada aps as 22 horas de 52 minutos e portanto, o turno ser de 6,33 horas; uma varredeira rebocvel gasta 1:00 hora de transporte; uma monobloco 33 minutos de deslocamento garagem/setor/garagem; perodo de trabalho ser o noturno, aps as 22:00 horas; velocidade de varrio para equipamento monobloco igual a 8km/hora; velocidade de varrio para equipamento rebocvel igual a 3km/hora; um turno noturno de trabalho; freqncia diria de varrio.Nv = Kv + Cr T .Ht .Vv .Fv

Para varredeiras monobloco temos:Nv = 2 20 + 1 = 0,83 +1 = 2 1 6 8 1

Para varredeiras rebocvel temos:Nv = 2 20 +1 = 2,50 +1 = 3 1 5,33 3 1

Obs.: Vale lembrar que uma varredeira rebocvel acoplada a um trator tipo agrcola custa R$ 80.000,00 e uma varredeira com trao prpria denominada monobloco custa 3 vezes mais. 6.11 Implantao, Avaliao e Ajustes do Projeto

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A implantao do projeto em termos de elementos humanos e materiais, deve obedecer as seguintes fases: Recrutamento e seleo de pessoal; Aquisio de equipamentos e uniformes; Treinamento do pessoal envolvido; Implantao do projeto; Acompanhamento, inspees aos setores e coleta de informaes dos muncipes; Reunies e entrevistas peridicas com os operrios da varrio; Anlise do desempenho do pessoal; Verificao in loco de metragem varrida, quantidade de lixo recolhido e tempo trabalhado. muito importante que o trabalho em cada setor seja o mais semelhante possvel; Qualidade dos servios prestados por cada equipe; Avaliao peridica dos equipamentos e uniformes utilizados; Avaliao atravs de entrevistas com os muncipes sobre o servio prestado.

Com esses dados o projeto implantado poder ser reajustado, corrigindo-se falhas e distores porventura verificadas. As avaliaes e reajustes devero ser procedimentos sistemticos e constantes para atualizao do projeto original. Vale lembrar que para um bom desempenho dos servios de varrio das vias e logradouros pblicos o departamento de limpeza urbana precisa contar com um suporte de outros setores como por exemplo: transporte, almoxarifado e vestirios.

Exemplos:

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a-) Desenho de um setor e trajeto de varrio

b-) Planilha de varrio

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DIA DA SEMANA ....................DATA......../......./.........SETOR................PERODO...................... NOME D0(S) VARREDOR(S) ....................................................................................................... RUAS VARRIDAS ...................................................................................................................... ........................................................................................................................................................

LOCAL ENTRADA NA GARAGEM SADA DA GARAGEM PARA O SETOR INCIO DA VARRIO INTERVALO PARA REFEIO FIM DA VARRIO CHEGADA A GARAGEM SADA DA GARAGEM

HORA

PRIMEIRA VIAGEM TARA DO VECULO PESO BRUTO DO CAMINHO QUANTIDADE DE RESDUOS COLETADOS

SEGUNDA VIAGEM

TERCEIRA VIAGEM

c-) Folheto a ser distribudo populao

PERODO DIURNOSEGUNDA, QUARTA E SEXTA-FEIRA.HAVER VARRIO NA SUA RUA.Lembre-se: a limpeza do passeio ou da calada sempre de sua responsabilidade.

d-) Foto de carrinho de varrio

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e-) Varredeira mecnica

7. SERVIOS COMPLEMENTARES

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Alm das trs principais atribuies do Departamento de Limpeza Urbana de um municpio, que so: coleta regular de resduos domiciliares, varrio de vias e logradouros pblicos e tratamento e disposio dos resduos gerados e coletados, temos outros servios que tambm fazem parte das atribuies desse setor e consideradas, principalmente nos grandes centros urbanos, de suma importncia. Dentre essas outras tarefas podemos citar: capinao e roagem de ruas e terrenos baldios, limpeza de locais de feiras livres, limpeza de bocas-de-lobo, limpeza de praias e outros. 7.1 Limpeza de Locais de Feiras Livres Praticamente todos os municpios brasileiros possuem suas feiras livres, pelo menos uma vez por semana. A limpeza de ruas ou logradouros onde funcionam as feiras livres deve ter incio logo aps o trmino das atividades. Isso visa impedir o espalhamento dos detritos pelo vento, guerra de frutas e verduras e acabar com os odores dos locais de manuseio de pescado, e tambm ter seu encerramento o mais rpido possvel para liberar o local para o trnsito e circulao dos moradores. Os servios devem comear pelas extremidades da feira, fechando-se um crculo at atingir o seu centro. Em municpios pequenos, onde existe um ou dois locais para implantao da feira livre, pode-se deslocar varredores ou outros braais do departamento, para a sua limpeza. Mas, em cidades onde existem diversas feiras livres espalhadas diariamente em diferentes bairros, necessria a utilizao de trabalhadores permanentes, contratados para esse propsito. Nesse servio so empregados vassouras, vassoures, ps, forcados, rastelos e carrinhos de mo. Os resduos devero ser concentrados em montes, e da recolhidos para os veculos coletores que podero ser basculantes convencionais ou caminhes compactadores, quando a quantidade de lixo justificar a utilizao. Deve-se dispensar ateno especial aos locais em que ficam as barracas que vendem pescado, pois pelas suas condies peculiares, recomenda-se que sejam reservados os melhores lugares quanto a pavimentao, para facilitar a limpeza. recomendvel que os feirantes utilizem recipientes para armazenagem dos restos de suas barracas e os dirigentes coloquem contineres estacionrios em locais predeterminados que facilitar em muito a limpeza do local. Aps a feira, os locais onde funcionaram as barracas de peixes devem ser lavados sob presso, com o auxlio de caminho pipa equipado com conjunto de motobomba, neles se possvel, aplicar-se- algum composto com cloro, como por exemplo, soluo de hipoclorito de clcio diludo em gua (1kg do

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produto para 100 l de gua) que com a ao bactericida do cloro cessa o processo de decomposio da matria orgnica, eliminando os odores desagradveis. Hoje em dia, devido ao custo e escassez da gua, o nico local recomendvel de lavagem de vias e logradouros pblicos. Os resduos gerados e coletados nesses locais devero ser tratados e/ou dispostos em conjunto com o lixo domiciliar.

7.2 Capinao Os servios de capinao so realizados em reas no edificadas e em ruas sem pavimentao ou com calamento com paraleleppedos. O propsito evitar que o mato, capim e outras ervas daninhas prejudiquem o trnsito, tanto de pedestres como de veculos, segurana pessoal, a esttica e a sanidade dos logradouros pblicos e das reas residenciais prximas. Visa ainda impedir a transformao dessas reas em depsitos de lixo, esconderijo de animais e em focos de proliferao de mosquitos, baratas e roedores. Vale ressaltar que os terrenos baldios, sem edificaes, possuem donos e os mesmos devem ser notificados da necessidade da limpeza. Se no manifestarem interesse na realizao da limpeza a municipalidade executar os trabalhos e o custo do servio ser cobrado. A extenso das reas a serem capinadas, o grau de dificuldade e a periodicidade dos servios so os principais fatores para a formao ou no de equipes permanentes nesses trabalhos. Alm da capinao manual com o uso de enxadas, forcados e rastelos em grandes reas, hoje muito comum nas laterais e canteiro central de rodovias, os servios de capinao executado mecanicamente, com o uso de um implemento agrcola denominado capinadeira ou enxada rotativa. Esse implemento consiste de lminas na forma de L fixadas em um eixo

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longitudinal, acionado pela tomada de fora do trator tipo agrcola. Essas lminas, girando a alta velocidade, escarificam o solo. Existe tambm a capinao qumica com o uso de herbicidas aplicados com pulverizadores de costado. Tem por objetivo a erradicao do mato, sem prejuzo da vida animal ou de outros vegetais. 7.3 Roagem A roagem consiste, no na retirada da vegetao, mas sim no corte da mesma a uma altura desejvel. Apesar de ter os mesmos objetivos da capinao a raspagem apresenta algumas diferenas: mantm a cobertura vegetal sobre o solo, evitando eroses e oferece melhor efeito paisagstico em reas de grande extenso. H duas maneiras de executar os servios de raspagem, manual e mecnico. No primeiro caso o principal instrumento a foice do tipo bico de gavio. No segundo a tarefa executada com o uso de um implemento agrcola denominado roadeira de pasto. Esse equipamento tracionado por um trator de pneus, seu funcionamento d-se pela tomada de fora do trator, ligado a uma caixa multiplicadora, por correias que acionam o eixo vertical onde esto fixadas facas que giram em alta velocidade que dilaceram a vegetao em uma altura regulvel. Uma roadeira de pasto acoplada a um trator agrcola comum, em oito horas de trabalho roa at 30 hectares de rea, desde que a vegetao seja uniforme, no passe de um metro de altura e o terreno esteja desimpedido de pedras e mataces. 7.4. Limpeza de Praias As cidades que a natureza brinda com praias martimas tm, alm da beleza que enriquece seu patrimnio paisagstico, um local prprio para o lazer de sua populao e de turistas, principalmente nas frias de vero e feriados prolongados. Essa forma de lazer, se barata para seus frequentadores, representa para a administrao pblica um nus pesado, no esforo em manter as praias em condies higinicas de uso e sem nenhum tipo de risco. Os resduos comumente encontrados nas praias so deixados pelos banhistas ou so trazidos pelo mar. No primeiro caso, detritos constitudos na sua grande maioria por: papel, restos de alimentos, embalagens diversas, normalmente produtos de venda no prprio local por ambulantes. Quanto aos detritos lanados s praias pelo mar, os mais comuns so: pedaos de madeira, vegetais e animais mortos e os resduos provenientes de

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embarcaes atravs de lanamentos propositais ou de derramamentos acidentais. Algumas vezes, o mar pode trazer leo proveniente de vazamento por acidentes ou lavagem de tanques de embarcaes. Esse leo ou at mesmo petrleo cru que, devido a sua densidade, acaba no final sendo depositado na areia. Quando esse derramamento de grandes propores, contaminando uma quantidade razovel de praias, pode ser utilizado jateamento com detergentes, principalmente em costes de pedra. Deve-se ter o cuidado de verificar se esse produto no malfico a fauna e a flora. Outro material utilizado so mantas absorventes, ou p de madeira. Em ltimo caso essa areia ser removida para tratamento que efetuado atravs de lavagem ou queima. Em alguns acidentes, com enormes quantidade de petrleo derramado, a areia impregnada foi recolhida e utilizada para cobertura de aterros sanitrios. 7.4.1 Limpeza Manual A execuo dos servios de limpeza de praias, manualmente, exige que os trabalhadores, divididos em grupos e setores, rastelem a areia formando montes de resduos que sero colocados em sacos plsticos por outros braais, para posterior recolhimento por um caminho deslocado para essa tarefa. Tanto a limpeza como o recolhimento dos resduos devem ser efetuados no final da tarde e comeo da noite onde o fluxo de banhistas reduz consideravelmente evitando transtornos e acidentes. Atualmente existem campanhas cujo objetivo distribuir pequenos recipientes de plstico, no formato de sacolas, para os banhistas depositarem o lixo nos guarda-sis para posterior armazenagem nos recipientes estacionrios, na hora de se retirarem das praias. Por isso, recomenda-se a colocao por parte da municipalidade ou pelos vendedores ambulantes, de cestos, contineres ou sacos plsticos com suporte, em lugares estratgicos, e de fcil visualizao. 7.4.2 Limpeza Mecnica No Brasil no comum a limpeza de praias com o uso de equipamentos mecanizados. O uso de rastelos grandes puxados por tratores trazem srios inconvenientes por arrastarem, alem dos resduos, grande quantidade de areia. Em alguns pases j existem pequenas mquinas com trao independente que revolvem a areia e sugam atravs de aspiradores os resduos. 7.5. Limpeza dos Sistemas de Captao de guas Pluviais A limpeza dos sistemas de captao de guas pluviais uma atividade indispensvel preveno de inundaes em zonas urbanas, principalmente

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em municpios com proporo elevada de pavimentos, ou seja, com poucos lugares para infiltrao e consequentemente formando grandes volumes de gua. Parte integrante do sistema geral de drenagem, o sistema de captao de guas pluviais deve ser projetado, implantado e mantido de maneira a captar, conduzir e levar ao local de lanamento, adequadamente as guas da chuva principalmente no vero. A limpeza de galerias, ramais e bocas-de-lobo tambm uma atribuio do departamento de limpeza urbana por estar ligada a varrio de vias pblicas e no depender de obras abertura e reconstruo de pavimentao. Quando houver a necessidade de reparos e substituio de elementos dever tambm ser acionado o departamento de obras. O sistema de drenagem composto pelos pavimentos das vias, sarjetas, bocas-de-lobo, condutos, caixas de ligao, poos de visita e galerias . Para que esse sistema todo tenha bom desempenho, reduzindo os danos causados principalmente com as enchentes, no basta um bom projeto e sua implantao adequada. fundamental planejar e proceder a manuteno preventiva, isto , a desobstruo e limpeza dos elementos, antes da temporada de chuvas. Deve-se lembrar, que as outras atividades at aqui descritas, interferem diretamente no sistema de drenagem de guas pluviais. Uma adequada coleta de lixo, varrio, capinao e raspagem das vias pblicas, no deixam o arraste de resduos pela gua, e consequentemente evitar a interrupo do sistema, prevenindo inundaes. 7.5.1 Limpeza de Bocas-de-lobo Boca-de-lobo um dispositivo especial que tem por finalidade captar as guas que escoam pelas sarjetas, para em seguida conduzi-las s galerias ou tubulaes subterrneas. Normalmente feita de alvenaria, localizada sob o passeio pblico e com um vo na sarjeta para entrada da gua. Nessa construo normalmente colocado um recipiente de ferro com tela que tem por objetivo reter e armazenar os resduos arrastados pela enxurrada. Antigamente era muito utilizada a boca-de-lobo com tampo grelhado e barras metlicas que visava reter os materiais j na superfcie da sarjeta. Quando da existncia do recipiente de ferro com tela, os servios ficam mais fceis pois s retir-lo, fazer sua limpeza e coloc-lo de volta. Mas quando a boca-de-lobo no possui tal objeto, o servio mais difcil, pois o braal entra dentro desse pequeno espao e com uma p ou enxada comea a retirar os resduos e a lama com algum material em decomposio, causando fortes odores. Atualmente tambm se usa eductores para esse tipo de tarefa. So equipamentos aspiradores que, atravs de uma mangueira com a extremidade livre e serrilhada, quando atingi o fundo da boca-de-lobo, possibilita o remeximento da massa de resduo com posterior suco.

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7.5.2 Limpeza e Desobstruo de Ramais e Galerias Aps os trabalhos executados nas bocas-de-lobo, outro trabalho de igual importncia, a limpeza e desobstruo de condutores, ramais e galerias de guas pluviais Para incio dos trabalhos, de fundamental importncia o cadastro em planta da localizao dessas edificaes subterrneas. A partir da, com trabalhos preventivos bem planejados e executados, contribuiro em muito para se evitar enchentes. Em municpios pequenos o servio efetuado manualmente, com o operrio agachado no poo de visita ou numa abertura especialmente efetuada para esse fim, procura retirar o material da obstruo com ps e paus-de-engate que serve, como o prprio nome j diz, para alcanar um maior espao de galeria. O sistema mais freqente para esses servios o uso de pies adaptados no extremo de mangueiras de carros tanques e que so introduzidos nos ramais e galerias. Um orifcio dianteiro, d sada ao jato, que abre o caminho, enquanto outros na parte posterior o impulsionam, soltando a terra e a areia acumulada. Existem ainda outras forma de limpeza e desobstruo de galerias que utiliza sondas, cabos flexveis, rotorruter e com o uso de caminhes vacum. Muitas vezes aps esses servios, efetuada tambm a desinfeco, com produtos especiais que no tragam problemas aos corpos de gua receptores.

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7. 6 Pintura de Guias Os servios de pinturas de guias por intermdio do sistema de caiao, vm dar um toque de requinte nas atividades da limpeza urbana, alm de ajudar na segurana do trnsito, devido a sua melhor visualizao. Os trabalhos devem ser executados, aps a capinao e raspagem das vias pblicas, com o recrutamento de pessoal tipo mutiro que executaro os trabalhos, geralmente aos sbados, quando diminui o trfego, em reas predeterminadas. 7.7 Limpezas Especiais (tneis, monumentos, escadarias, esttuas) Em municpios de mdio a grande porte, todo responsvel pelo Departamento de limpeza urbana dever prever os servios especiais de limpeza e manuteno de tneis, escadarias, monumentos, esttuas e obeliscos. Se a limpeza urbana for terceirizada, os mesmos devero serem previstos em contratos. A frequncia, equipe e equipamentos necessrios para esse tipo de atividade ser planejado conforme levantamento prvio. 8. LEGISLAO A legislao vigente para a limpeza pblica quase que de exclusividade municipal. A grande maioria dos municpios possuem cdigos de posturas, onde em um dos tpicos abordada as responsabilidades, exigncias e obrigaes de cada uma das partes envolvidas (poder executivo e cidado). As leis federais e estaduais sero envolvidas a partir do tratamento e disposio dos resduos. Portanto, muito importante para o dirigente municipal a atualizao e aprovao desses cdigos de postura e obrigaes pois, deles depender a limpeza, higiene e o saneamento do seu municpio. Para o cumprimento das leis e obrigaes trabalhistas, os sindicatos das categorias envolvidas faro a fiscalizao e exigncias. 1. UNIDADES DE MEDIDAS USADAS NA LIMPEZA URBANA A tabela a seguir mostra as unidades freqentemente utilizadas na limpeza urbana. Essas unidades so muito importantes principalmente para medio de servios terceirizados.ATIVIDADESColeta e transporte de resduos Varrio de vias pblicas manual/mecnica Varrio de logradouros manual/mecnica Capinao manual ou mecnica Raspagem Pintura de guias Limpeza locais de feiras-livres Poliguindastes caixas brooks

UNIDADES DE MEDIDAToneladas por dia (t/d) Quilmetros de sarjeta por dia (Km/d) Metros quadrados por dia (m2/d) Metros quadrados por dia Quilmetros de sarjeta por dia (Km/d) Quilmetros de guias por dia (Km/d) Metros quadrados por dia (m2/d) Toneladas por dia (t/d)

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ATIVIDADES (cont.)Limpeza de bocas de lobo Coleta seletiva Coleta resduos de servios de sade Mutiro ou bota-fora Apreenso de animais vivos Coleta e transporte de animais mortos Limpeza de praias Coleta de entulhos Limpeza especiais

UNIDADES DE MEDIDA (cont.)Unidades por dia (unid./d) Quilmetros percorridos por dia (Km/d) Toneladas por dia (t/d) Equipe padro por dia (equipa/dia) Unidades por dia (unid./d) Unidades por dia (unid./d) Metros quadrados por dia (m2/d) Toneladas por dia (t/d) Equipe padro por dia (equipa/dia)

2. CUSTOS DOS SERVIOS Os custos e preos dos sistemas de limpeza pblica diferem de regio para regio. Tal fato se deve s diferenas nos salrios dos operacionais e necessidades de equipamentos mais sofisticados para os servios. Geralmente na limpeza urbana prevalece o conceito da economia em escala, quanto mais lixo o municpio gerar, menores so seus custos e preos unitrios. Determinado nmero de profissionais do departamento pessoal por exemplo, com salrios estabelecidos, administram 100 braais que fazem a limpeza de uma cidade A que produz 20 t/dia de lixo. O mesmo departamento pessoal consegue administrar 150 braais de uma cidade B que produz 35 t/dia de lixo. Portanto, em relao ao custo X pago com o pessoal do departamento o mesmo ser diludo em X/20 no municpio A e X/35 no municpio B. A mesma coisa acontece comparando, por exemplo, o servio realizado com um veculo coletor, com capacidade de 12 m3 de lixo. Esse veculo, pelo mesmo custo, tem condies de atender uma cidade A com 30.000 habitantes, com frequncia diria e perodo diurno e uma cidade B com 60.000 habitantes, com a mesma frequncia e diuturnamente. Em municpios que no possuem os servios privatizados, entregues mediante licitao a uma empresa particular, para atravs de pagamentos efetuar os trabalhos, para calcularmos o custo de determinada atividade da limpeza urbana so necessrios inmeros parmetros tais como: Quantidade de mo-de-obra necessria operacional e administrativa com valores de salrios, leis sociais e benefcios; Aquisio de veculos e equipamentos; Operao e manuteno desses veculos (combustveis, pneus, lubrificantes, impostos, seguros, licenciamentos, depreciao do investimento); Vestimentas e uniformes; Materiais de consumo (vassouras, sacos plsticos); Administrao (contas de energia eltrica, telefnica, gua, material de escritrio e almoxarifado).

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Esses fatores so conhecidos como despesa. A tabela abaixo mostra o custo unitrio real dos servios em um municpio que possui 340.000 habitantes (Dados de Nov/2001).ITEM SERVIOS UNID t t km Viagem Viagem Equipe Equipe kg Equipe Equipe Eventos t PREO UNITRIO (R$) 51,13 56,83 1,97 178,91 651,92 716,56 1.375,57 1,43 701,47 653,49 10.672,21 23,20 QUANT. MENSAL 4.300 750 0 50 26 50 25 26.800 26 26 1 5.050 TOTAL MENSAL (R$) 217.859,00 42.622,50 0 8.945,50 16.949,92 35.828,00 34.389,25 38.324,00 18.238,22 16.990,74 10.672,21 117.160,00 557.979,34

01 Coleta de resduos domiciliares e de varrio 02 Coleta conteineirizada de resd. domiciliares 03 Transporte de resd. domiciliares alm 20 km 04 Coleta de resduos servios de sade 05 Coleta em hospitais 06 Coleta seletiva 07 Usina de reciclagem 08 Tratamento de RSS 09 Servios de poda 10 Servios de bota-fora 11 Educao ambiental 12 Disposio dos resd. domic. e de varrio TOTAL

Nessa tabela podemos verificar que: O custo per capita de R$ 1,64; 39 % do custo da limpeza urbana so com a coleta de lixo domiciliar; o gasto anual com esse tipo de servio um valor bastante razovel, da ordem de R$ 6.695.752,00.

A seguir, apresentamos, modelo de planilha para o levantamento dos custos com a coleta domiciliar.

PLANILHA DE CUSTO DA COLETA DE LIXO DOMICILIAR1. 2. Quantidade de lixo coletado: Frota de veculos: PERODO Diurno Noturno Reserva Total 3. VECULOS

Quilometragem total percorrida: = Km/ms

N de veculos X Dias/ms X Km/dia 4. Mo-de-obra direta

4.1 Nmero de pessoal

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PERODO EFETIVO Diurno Noturno Total 4.2. Salrio mensal

MOTORISTAS RES 4 1 2 0

TOTAL 5 2 7

EFETIVO 12 6

GARIS RES 3 1

TOTAL 15 7 22

Salrio motorista/hora x n horas/ms = salrio mensal Salrio gari/hora x n horas/ms = salrio mensal Adicional noturno = horas trabalhadas X dobro da normal Adicional de insalubridade = 20% do S.M. Ticket Alimentao = 20% do S.M.

Cesta bsica = 25 % do S.M. Vale transporte = 37 % do S.M. Desjejum = caf + leite + po = 2,5 % do S.M. 4.3. Uniformes Custo/Ms Cala + camisa + bota para motoristas = 6 jogos/ano = 0,5/ms = R$ 10% S.M. Cala + camisa para gari = 6 jogos/ano = 0,5/ms = R$ 6% S.M. Tnis para gari = 1/ms = R$ 4% S.M. Bon e capa para gari = 0,25/ms = R$ 0,5 % S.M. Luva para gari = 2,5/ms = R$ 0,5 % S.M 4.4. Contineres Preo mdio por unidade = 5 x S.M. Vida til + 36 meses 4.5. Combustvel Consumo mdio por veculo = 1,8 km/l Preo mdio por litro = 0,4 X S.M. Gasto total = n de Veculos x (km/ms : 1,8km/l) x (0,4 x S.M.) 4.6. Pneu Vida til : 30.000 Km com duas recapagens Custo de cada pneu : R$ 2 S.M. Custo total: R$ 2 S.M. X 4 = R$ 8 S.M. Para 30.000 km temos o acrscimo de mais 6cmaras + 6 protetores + 12 recapagens = R$ 5,6 S.M. Portanto custo total ser R$ 13,6 S.M. Custo mensal = R$ 13,6 S.M. : 30.000 x Quilometragem Mensal dos Veculos 4.7. Lubrificao Custo por km = R$ 0,1% do S.M. Custo mensal = R$ 0,1% do S.M. x Quilometragem Mensal dos Veculos 4.8. Manuteno Custo do chassis = R$ 325 S.M. Custo da caamba = R$ 150 S.M. Custo de manuteno = 65% do valor do veculo durante toda sua vida til (84 meses) Custo total de manuteno por ms = n de veculos X 0,65 : 84

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4.9. Depreciao Considerado como valor residual de 10% aps a sua vida til Custo de depreciao mensal = n de veculos x R$ 475 S.M. X 0,90 X 84 4.10. Custo do capital investido

Custo mensal do capital investido = n de veculos X R$ 475 S.M X 1 % 4.11. Licenas e seguros

Seguro obrigatrio = R$ 0,4 S.M. IPVA = R$ 3 S.M. Seguro total e contra terceiros = 5% do valor do veculo = R$ 5% x 475 S.M. = R$ 23,7 S.M. Custo mensal = n de veculos X R$ 27,1 S.M : 12 meses 4.9. Mo-de-obra indireta N de funcionrios = 2 escriturrios Custo mensal = Salrio + encargos + benefcios = R$ 12 S.M. 4.10. Veculo para superviso Uma perua tipo van custa em mdia R$ 20 S.M. mensais 4.11. Despesas administrativas Considerada 13% sobre todos os custos de operao + mo-de-obra indireta + veculo de superviso 4.12 . B.D.I. ( para empresas terceirizadas) ISS CONFINS PIS CPMF CONT. SOC LUCRO TOTAL = 5% do custo total = 3% do custo total = 0,65 % do custo total = 0,38 % do custo total = 1,20% do custo total = 5% do custo total = 15,23% do custo total = custo total mensal 1 0,1523 = Faturamento mensal total (Fmt) = R$ _______

Preo mensal cobrar

4.13 Preo por tonelada coletada (Ptc) Ptc = __Fmt_________ Quant. a coletar = R$ _________

OBSERVAO : S.M. = SALRIO MINMO = R$ 200,00 (Agosto/2002)

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12. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 1. LIMPEZA PBLICA Cetesb Cia de tecnologia de Saneamento Ambiental 1980 Autores: Diversos 2. MANUAL DE LIMPEZA PBLICA Metroplan Fundao Metropolitana de Planejamento de PortoAlegre1980 3. CURSO BASCO PARA GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE RESDUOS SLIDOS Cetesb Cia de tecnologia de Saneamento Ambiental 1982 Autores: Diversos 4. TREINAMENTO A DISTNCIA RESDUOS SLIDOS URBANOS E LIMPEZA PBLICA Cetesb Cia de tecnologia de Saneamento Ambiental 1984 Autores: Diversos 5. PROJETO PHENIX Pesquisa de Resduos Slidos em Campinas 1984 Autores : Diversos 6. SEMINRIO SOBRE ALTERNATIVAS TECNOLGICAS DE BAIXO CUSTO PARA LIMPEZA URBANA Ministrio da