apostila libras semed módulo ii

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  • 8/18/2019 Apostila Libras Semed Módulo II

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     Apostila de Libras – Curso Básico - Semed/2013 Instrutores: Wallace & Lucinéia 

    ESTADO DO ESPIRITO SANTO

    PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARAPARISECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO

    Curso de

    Semed 2013

     Módulo

    DIANA MÁRGARA RAIDAN CHÁCARASECRETÁRIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO

    WALLACE MIRANDA BARBOSALUCINÉIA DE SOUZA OLIVEIRA

    INSTRUTORES

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     Apostila de Libras – Curso Básico - Semed/2013 Instrutores: Wallace & Lucinéia 

    MÓDULO 

    MODELOS EDUCACIONAIS NA EDUCAÇÃO DOS SURDOS

    IDENTIDADE SURDA

    CARACTERÍSTICAS DAS PESSOAS

     ADJETIVOS NA LIBRAS

    SINAIS PARA CORES E TONALIDADES

    TIPOS DE FRASES NA LIBRAS

    FAMÍLIA E SINAIS RELACIONADOS

     ANIMAIS

    PRONOMES PESSOAIS

    PRONOMES DEMONSTRATIVOS E ADVÉRBIO DE LUGAR

    PRONOMES POSSESSIVOS

    PRONOMES INTERROGATIVOS

    PRONOMES INDEFINIDOS

    VERBOS

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    MODELOS EDUCACIONAIS NA EDUCAÇÃO DOS SURDOS

    Historicamente a educação dos surdos inicia-se por volta do século XV,

    naquela época não havia escolas especializadas na educação de surdos, mashouve a dedicação de alguns educadores como Ivan Pablo Bonet (Espanha),

     Altoé Charles Michael de L’Épeé (França); Samuel Heinicke e Moritz Hill

    (Alemanha); Alexandre Graham Bell (Canadá e EUA); Ovide Dulory (Bélgica).

    Esses educadores ficaram duvidosos quanto ao método certo para a

    alfabetização de surdos, alguns acreditavam que a melhor opção era a Língua

    oral, outros a Língua de Sinais que já era utilizada.

    Em busca de metodologias específicas para o ensino de surdos, surgiu o

    oralismo, que vê a surdez como uma deficiência, onde deve-se trabalhar a

    estimulação auditiva a fim de minimizar a deficiência dando a criança uma

    personalidade ouvinte.

     A filosofia oralista, de acordo com Goldfield (1997), tem a finalidade de integrar

    a criança com surdez na comunidade de ouvintes, dando-lhe condições de

    desenvolver a língua oral, ou seja, no Brasil o Português. Alguns defensores do

    oralismo acreditam que para o surdo a única forma de se comunicar

    efetivamente é através da língua oral, sendo por isso mesmo esta, a única

    forma de comunicação dos surdos.

    O objetivo do oralismo é reabilitação da criança surda para uma vida normal,

    como se ela não fosse surda, vê na comunicação gestual prejuízo para a

    aquisição da Língua oral. Não valoriza a Língua de Sinais nem a comunidade

    surda. Sendo assim, a criança necessita ser trabalhada através de estimulação

    auditiva possibilitando o aprendizado da Língua Portuguesa, levando a criança

    surda a uma melhor integração na comunidade ouvinte, desenvolvendo sua

    personalidade como a de alguém que ouve. Na verdade é uma tentativa de

    normalizar o surdo reabilitando-o.

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    Para que o surdo seja oralizado é necessário uma participação integral entre

    escola, família e o próprio surdo. Isso requer envolvimento e dedicação

    daqueles que convivem com a criança durante sua reabilitação. Para se obter

    sucesso nesse processo, é importante começar quando a criança nasce ou

    quando se descobre a deficiência. Segundo a filosofia oralista, a criança deve

    ser privada de qualquer outro meio de comunicação que não seja a oral e a

    família grande parceira nesse sentido, não deve apoiar qualquer tentativa de

    sinalização por parte da criança.

    O oralismo enfatiza a língua oral. QUADROS em seu livro Educação de Surdos

     – Aquisição da Linguagem (1997), levanta uma questão importante e que deve-

    se refletir sobre ela (...)”é possível o surdo adquirir de forma natural a língua

    falada, como acontece com a criança que ouve?” (QUADROS, 1997, P.22). 

    Segundo QUADROS (1997), apesar de se investir anos da vida do aluno surdo

    em sua oralização, ela só capta, através da leitura labial 20% da mensagem e

    sua produção oral normalmente não é compreendida por aquele que não tem

    convivência com surdo.

    “O oralismo é considerado pelos estudiosos como umaimposição social de uma maioria linguística (os falantesdas línguas orais) sobre uma minoria linguística semexpressão diante da comunidade ouvinte (os surdos)”.(QUADROS, 1997, p. 26).

    Sendo a proposta oralista uma forma de supressão do sinal e

    consequentemente de não ocultação da comunidade surda, ela não foi bem

    vista e seus resultados não foram satisfatórios. Diante disto surgiu então uma

    nova proposta que era a comunicação total. Ela diz que a Língua de Sinais e

    a Língua oral são línguas autônomas e de igual importância, porém o objetivo

    maior da comunicação total não é o aprendizado de uma língua, mas, a

    comunicação.

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     A Língua Brasileira de Sinais-Libras não é utilizada de forma plena. A utilização

    de duas línguas concomitantemente é impossível, pois a estrutura gramatical

    da Língua Brasileira de Sinais-Libras e do Português são diferentes.

     A comunicação total acaba por desestruturar tanto a Libras quanto o

    Português. Este método mostrou-se também ineficaz, pois os surdos

    continuavam com defasagem tanto na leitura e escrita, quanto nos

    conhecimentos de conteúdos escolares.

    Conforme estabelecido na Resolução do CNE N.º 02/2001, a educação dos

    alunos surdos pode ser bilíngue, facultando-lhes às famílias a opção pela

    abordagem pedagógica que julgarem adequado. Diante da preocupação de

    tornar acessível à criança duas línguas no contexto escolar. Surgiu então o

    bilinguismo, propiciando o surdo o direito de ser ensinado através da Língua

    Brasileira de Sinais  –  Libras e a Língua Portuguesa, com profissionais

    diferentes em momentos distintos, a depender da escolha pedagógica da

    escola e da família. Sendo sua língua natural Libras e a partir dela o ensino do

    Português deve ser ministrado.

    O bilinguismo é uma proposta que vai de encontro com os anseios das

    comunidades surdas no Brasil e dos educadores que se preocupam com uma

    formação integral do aluno surdo. A proposta bilíngue parte do pressuposto que

    a Língua de Sinais é uma língua natural do surdo e é a partir dela que a Língua

    Portuguesa deve ser ensinada, sendo esta sua Segunda língua. Parece

    apropriada a afirmação de que

    (...) é um oxioma afirmar que a língua materna –  língua natural  –  constitui a forma ideal paraensinar a uma criança (...) obrigar um grupo autilizar uma língua diferente da sua, mais doque assegurar a unidade nacional contribuipara que esse grupo, vítima de uma proibição,segregue-se cada vez mais da vida nacional(...) (QUADROS apud UNESCO, 1954).

    Segundo Quadros (1997), a proposta bilíngue para o ensino da Língua

    Portuguesa é baseada em técnicas de segundas línguas. Ou seja, partindo das

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    habilidades cognitivas adquiridas pelo surdo, através de sua interação e

    experiências naturais com a Libras, ensina-se o português. Para tanto é preciso

    proporcionar a criança surda esse contato, mesmo que ela tenha nascido em

    famílias de ouvintes ela não terá condição de aprender de forma natural o

    Português, de uma forma particular ela usará sinais para demonstrar seus

    desejos e necessidades e o quanto antes ela tiver contato com outros surdos,

    melhor e mais fácil será seu desenvolvimento.

    O bilinguismo envolve também a diglossia que é a relação entre duas línguas,

    onde uma língua é usada em determinados momentos em que a outra não é,

    como no caso da Libras e do Português. Os surdos normalmente só utilizam o

    Português para o contato com ouvintes e para a leitura e escrita. Enquanto a

    Libras é usada nos demais momentos.

    De acordo com estudos feitos por Ronice Muller de Quadros, Pedagoga,

    Mestre, Doutorada em Linguística e Interprete de língua de sinais, as crianças

    surdas, filhas de pais surdos tem um melhor desempenho escolar, pois tiveram

    acesso a uma língua natural desde cedo, tendo maior facilidade em

    desenvolver a escrita e a leitura, diferente de crianças de pais ouvintes. Isso se

    dá também porque tiveram como referência de normalidade a comunidade

    surda.”(...), para os surdos que nascem em famílias de surdos não há

    problemas, pelo contrário há identificação”.(...) (QUADROS, 1997, p. 32). 

    O bilinguismo deve respeitar a diferença, aceitar a cultura e a língua dos

    surdos, deve incluir os conteúdos das escolas normais. “(...) A escola deve ser

    especial para surdos, mas deve ser, ao mesmo tempo, uma escola regular deensino”.(...) (QUADROS, 1997, P.32). Todo o conteúdo deve ser trabalhado em

    Libras, a língua portuguesa deve ser ensinada em momento específico,

    colocando sempre para o surdo o objetivo de desenvolver a língua. A

    oralização, segundo Quadros (1997), deve ser trabalhado por profissionais

    especializados fora do horário escolar.

    Sobretudo a educação do surdo deve ser feita por um professor que tenha odomínio da Libras e do Português.

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     A inclusão de alunos com surdez leve e moderada, em princípio pode ocorrer

    naturalmente em creches e classes comuns, onde a Língua Portuguesa é a

    língua de instrução e onde ele possa contar com o apoio do professor em sala

    de recursos para a aquisição da Libras e para o desenvolvimento da Língua

    Portuguesa (oral e escrita).

    No caso de crianças com surdez severa e profunda, sugere-se que a língua

    instrucional para o desenvolvimento curricular deva ser a Língua de Sinais,

    garantindo o desenvolvimento da Língua Portuguesa oral em outro momento

    específico, de preferência com outro profissional.

    O trabalho, numa proposta bilíngue,

    “quer dar o direito e condições ao indivíduosurdo de poder utilizar duas línguas; portantonão se trata de negação, mas de respeito; oindivíduo escolherá a língua que irá utilizar emcada situação linguística em que se encontrar”(Kazlo Wski, 1998).

    Essa proposta leva em consideração as características dos próprios surdos,incluindo a opinião dos surdos adultos com relação ao processo educacional da

    criança surda.

    Educação bilíngue, em essência, não é uma proposta educacional em si

    mesma, mas uma proposta de educação onde o bilinguismo atua como uma

    possibilidade de integração do indivíduo no meio sócio cultural a que

    naturalmente pertence, ou seja, as comunidades de surdos e de ouvinte.Educar com o bilinguismo é cuidar para que, através do acesso a duas línguas,

    se torne possível garantir que os processos naturais de desenvolvimento do

    indivíduo, sejam preservados, nos quais a língua se torne instrumento

    indispensável.

    O bilinguismo não é uma nova forma de educação. É um modo de garantir uma

    melhor possibilidade de acesso à educação.

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    IDENTIDADE SURDA

     A partir da oficialização da Língua Brasileira de Sinais – Libras, pela Lei 10.436

    de 24 de abril de 2002, trouxe a possibilidade de afirmação da identidade

    surda, identidade até então anulada e silenciada durante muito tempo, através

    das práticas oralistas imposta por uma sociedade ouvinte. Por não dominarem

    a oralidade, os surdos eram excluídos e considerados incapazes de

    desenvolver qualquer atividade.

    Se o surdo não domina a Língua de Sinais, traz sérias consequências para o

    fortalecimento da comunidade surda. O reconhecimento da Libras como língua

    oriunda das comunidades surdas brasileiras, trouxe sem dúvida contribuições

    para seus usuários, tornando-os indivíduos biculturais. Por isso é importante

    que ele estabeleça o contato com a comunidade surda, a fim de se identificar

    com a cultura, os costumes e a língua. A identidade cultural ou social é o

    conjunto dessas características pelas quais os grupos sociais se definem como

    grupos, são essas características que os fazem diferentes.

    No decorrer de sua história os surdos desenvolveram diferentes identidades,

    sendo estas: Identidade Política, Hibrida, Flutuante, Embaçada, de Transição,

    Intermediária, Incompleta e Diáspora. Durante a leitura teremos a oportunidade

    de conhecer a definição de cada uma.

    Conforme Nídia Limeira de Sá (2001) a Identidade Surda(identidade política) refere-se a uma identidade marcada fortemente pela

    política surda. Ela possui características culturais regionais e é adquirida

    através de experiências visuais determinando comportamentos, aceitando-se e

    assumindo como surdos, lutando politicamente como cidadãos com suas

    especificidades.

    Quando se trata da Identidade Surda Híbrida, refere-se aos surdos quenasceram ouvintes e devido a fatores como doenças, acidentes, dentre outros,

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    se tornaram surdos após o aprendizado da Língua oral. Estes conhecem a

    estrutura do Português falado.

     As  Identidades Surdas Flutuante  refere-se aos surdos que possui ou não

    consciência de sua surdez, porém se acomodam à ideologia ouvintista,

    trazendo prejuízo pela falta de comunicação tanto da Língua de Sinais quanto

    da Língua Portuguesa. Quanto a Identidade Surda Embaçada esta se torna

    uma representação estereotipada da surdez ou do desconhecimento da

    mesma por conta da questão cultural dominante que o sujeito surdo estar

    inserido. Neste sentido os surdos são dominados pela comunidade ouvinte,

    que determina seus comportamentos, sua forma vida e seu aprendizado,

    levando-o a não valorização bem como a privação do aprendizado da sua

    língua natural, muitas vezes desconhecendo-a totalmente, sendo também

    considerados incapazes e dignos de assistencialismos.

    Na Identidade Surda de Transição são surdos que foram oralizados e

    mantidos até certa idade numa comunicação puramente oral, sendo estes

    filhos de pais ouvintes, tem o contato tardiamente com a comunidade surda, e

    a partir desse contato há uma transição, os surdos passam do mundo auditivo

    para o visual, porém nesse processo ocorre rejeição da representação da

    identidade ouvinte, em busca da identidade surda. Para os surdos ficam

    sequelas da representação ouvinte e evidencia uma identidade surda em

    construção.

    Na Identidade Intermediária  estão inseridos os surdos que possuem

    determinada porcentagem de surdez, mas vivem como determinam os ouvintesutilizam e valorizam os aparelhos auditivos para amplificação sonora, fazem

    treinamento oral, não utilizam ou não aceitam o profissional intérprete, e não

    consideram comunidade surda e os surdos seus pares. Apresentando assim

    dificuldades de encontrar sua identidade, visto que não se aceitam como

    surdos, e de fato não são ouvintes.

    Dentro de um quadro parecido estão àqueles que possuem a IdentidadeSurda Incompleta, são surdos que estão debaixo do poder dos ouvintes que

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    fazem de tudo para medicalizá-los, negam a identidade surda como uma

    diferença. São surdos estereotipados, se veem inferiores aos ouvintes.

    E a Identidade surda de Diáspora é aquela que apresenta divergências da

    identidade de transição, pois estão presentes entre os surdos que passam a

    viver em outro país ou Estado. Ou ainda, de um grupo surdo a outro podendo

    ser identificados como surdo carioca, surdo brasileiro, surdo norte-americano.

    Tendo este que se adaptar a nova comunidade ou grupo. É uma identidade

    muito presente e marcada.

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    CARACTERISTICA DAS PESSOAS/SENTIMENTOS

    Quando uma pessoa aprende uma língua, apreende também os hábitos

    culturais e os contextos aos quais certas expressões estão vinculadas. Diante

    de situações como apresentações de pessoas, cumprimentos, saudações,

    cerimônias religiosas, casamentos, velórios, entre outros eventos, as pessoas

    assumem comportamentos distintos e se comunicam de acordo com estas

    situações.

    Para todas as situações há formas de expressões diferenciadas mais formais e

    informais. Por exemplo, o cumprimento e saudações de duas pessoas que são

    amigas são diferentes daquelas que são apenas conhecidas e diferentes aindade pessoas que estão sendo apresentadas pela primeira vez.

    Geralmente, aqui no Brasil, quando as pessoas são apresentadas umas às

    outras, elas dizem seus primeiros nomes após os cumprimentos (aperto de

    mãos - contexto formal, e/ou beijo(s) no rosto, contexto informal). É uma

    característica dos surdos, além de dizer o nome em datilologia, ela, primeiro, se

    apresenta pelo seu sinal, que lhe foi dado pela comunidade a qual faz parte.O sinal pessoal é o nome próprio, o "nome de batismo" de uma pessoa que é

    membro de uma comunidade Surda. Este sinal geralmente pode: 

    a- Representa iconicamente uma característica da pessoa. Por exemplo:

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    b- Representar a profissão de uma pessoa e uma característica. Por exemplo:PROFESSORA MAGRA;

    c- Representar um número, que a pessoa passou a ter na caderneta de suaturma de escola, ou a primeira letra do nome da pessoa. Por exemplo:

    O sinal pessoal pode ser, portanto, uma representação visual de uma pessoaou um atributo. 

    SORRIDENTE BRAV@ ALEGRE TRISTE

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    BARULHENT@(GRITA) 

    DESCONFIAD@ CHORAN@ZANGAD@

    ASSUSTAD@MEDROS@ 

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    ADJETIVOS NA LIBRAS

    Os adjetivos são sinais que formam uma classe específica na Libras e sempre

    estão na forma neutra, não havendo, portanto, nem marca para gênero

    (masculino e feminino), nem para número (singular e plural).

    Muitos adjetivos, por serem descritivos, apresentam iconicamente uma

    qualidade do objeto, desenhando-a no ar ou mostrando-a a partir do objeto ou

    do corpo do emissor.

    Em português, quando uma pessoa se refere a um objeto como sendo

    arredondado, quadrado, listrado, entre outros, está também descrevendo mas,na Libras, esse processo é mais "transparente" porque o formato ou textura

    são traçados no espaço ou no corpo do emissor, em uma tridimensionalidade

    permitida pela modalidade da língua.

    Em relação à colocação dos adjetivos na frase, eles geralmente vêm após o

    substantivo que qualifica. Seguem, abaixo, alguns exemplos de adjetivos na

    Libras:

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    EXEMPLOS:

    (1) EU PASSADO GORD@ PORQUE COMERmuito, AGORA EUEMAGRECER PORQUE EU COMER POUCO COMER EVITAR.

    (2) ME@ CARRO BONIT@ 1sVER CARRO veículoMOVER FEI@.

    (3) EU VER MULHER BONIT@ CABELO-CREP@. MAS ME@ ESPOS@

    CABELO-LIS@ LIS@.

    (4) LEÃ@ ENORME CORPO AMARL@. É PERIGOS@.

    (5) RAT@ PEQUEN@, PRET@, ESPET@.

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    VOCABULÁRIO

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    SINAIS PARA CORES E TONALIDADES

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    TIPOS DE FRASES NA LIBRAS

     As línguas de sinais utilizam as expressões faciais e corporais para estabelecer

    tipos de frases, como as entonações na língua portuguesa, por isso para

    perceber se uma frase em Libras está na forma afirmativa, exclamativa,

    interrogativa, negativa ou imperativa, precisa-se estar atento às expressões

    facial e corporal que são feitas simultaneamente com certos sinais ou com toda

    a frase, exemplos:

    FORMA AFIRMATIVA: a expressão facial é neutra.•NOME ME@ M-A-R-I-A•El@ PROFESSOR. 

    FORMA INTERROGATIVA: sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento da

    cabeça inclinando-se para cima.

    interrog•NOME QUAL? (expressão facial interrogativa feita simultaneamente ao sinalQUAL)

    interrog•NOME? (expressão facial feita simultaneamente com o sinal NOME) •VOCÊ CASAD@? 

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    FORMA EXCLAMATIVA: sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento dacabeça inclinando-se para cima e para baixo. Pode ainda vir também com umintensificador representado pela boca fechada com um movimento para baixo.

    •EU VIAJAR RECIFE, BO@! BONIT@ LÁ! CONHECER MUIT@ SURD@

    •CARRO BONIT@! 

    FORMA NEGATIVA: a negação pode ser feita através de três processos:a- com o acréscimo do sinal NÃO à frase afirmativa:

    negação•BLUSA FEI@ COMPRAR NÃO, •EU OUVIR NÃO 

    negação

    •PRECISAR / PRECISAR NÃO 

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    b- com a incorporação de um movimento contrário ou diferente ao do sinalnegado:

    •GOSTAR / GOSTAR-NÃO

    negação•GOSTAR-NÃO CARNE, PREFERIR FRANGO, PEIXE;

    negação•EU TER-NÃO TTD;

    c- com um aceno de cabeça que pode ser feito simultaneamente com aação que está sendo negada ou juntamente com os processos acima:

    •PODER / PODER-NÃO

    não•EU VIAJAR PODER-NÃO.

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    FORMA NEGATIVA/INTERROGATIVA: Sobrancelhas franzidas e aceno dacabeça negando.

    •CASAD@ EU NÃO? 

    FORMA EXCLAMATIVA/INTERROGATIVA:

    •VOCÊ CASAR?! 

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    FAMÍLIA E SINAIS RELACIONADOS

    FAMÍLIA MULHER HOMEM

    MENINA MENINO BEBÊ

    CASAMENTO CASAL NOIVO

    MÃE PAI FILH@

    FILH@ ADOTIV@ MADRASTA PADRASTO

    GENRO NORA AVÔ/AVÓ

    NOIVADO NET@ PADRINHO/MADRINHA

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    IRMÃ@ TI@ PESSOA

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    ANIMAIS

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    PRONOMES PESSOAIS

     A Libras possui um sistema pronominal para representar as pessoas dodiscurso:

    Primeira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural):EU;NÓS-2, NÓS-3, NÓS-4,NÓS- GRUPO,NÓS/NÓS-TOD@S;

    •Primeira Pessoa do Singular: EU  Apontar para o peito do enunciador ( a pessoa que fala )

    •Primeira Pessoa do Plural: NÓS-2, NÓS-3, NÓS-4, NÓS/NÓS-TOD@

    segunda pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural):

    VOCÊ, VOCÊ-2, VOCÊ-3,VOCÊ-4, VOCÊ-GRUPO, VOCÊS/VOCÊS-TOD@S;

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    •Segunda Pessoa do Singular: VOCÊ  Apontar para o interlocutor ( a pessoa com quem se fala ) 

    •Segunda Pessoa do Plural: VOCÊ-2, VOCÊ-3, VOCÊ-4, VOCÊ-TOD@ 

    Terceira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural):

    EL@, EL@-2, EL@-3, EL@-4,EL@S-GRUPO, EL@S/EL@S-TOD@S

    •Terceira pessoa do singular: EL@  Apontar para uma pessoa que não está na conversa ou para um lugarconvencionado para uma pessoa. 

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    •Terceira Pessoa do Plural:EL@-2, EL@-3, EL@-4, EL@S/EL@S-TOD@, EL@S-GRUPO. 

    No singular, o sinal para todas as pessoas é o mesmo, o que difere uma das

    outras é a orientação da mão: o sinal para "eu" é um apontar para o peito do

    emissor (a pessoa que está falando), o sinal para "você" é um apontar para o

    receptor (a pessoa com quem se fala) e o sinal para "ele/ela" é um apontar

    para uma pessoa que não está na conversa ou para um lugar convencionado

    para uma terceira pessoa que está sendo mencionada.

    No dual, a mão ficará com o formato do numeral dois (quantidade), no trial o

    formato será do numeral três (quantidade), no quatrial, o formato será do

    numeral quatro (quantidade). Para o plural há dois sinais: um sinal composto,

    formado pelo sinal para a respectiva pessoa do discurso (1a, 2a. 3a), mais o

    sinal GRUPO; e outro sinal para plural que é feito pela mão predominante

    com a configuração em “d”, fazendo um semicírculo à frente do sinalizador,

    apontando para as 2as pessoas ou 3as pessoas do discurso.

    Como na Língua Portuguesa, na Libras, quando uma pessoa surda está

    conversando, ela pode omitir a primeira pessoa porque, pelo contexto, as

    pessoas que estão interagindo sabem a qual das duas o contexto está

    relacionado, por isso, quando esta pessoa está sendo utilizada pode ser

    para dar ênfase à frase.

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    Quando se quer falar sobre uma terceira pessoa que está presente, mas

    deseja-se uma certa reserva, por educação, não se aponta para esta pessoa

    diretamente. Nesta situação, o enunciador faz um sinal com os olhos e um leve

    movimento de cabeça para a direção da pessoa que está sendo mencionada,

    ou aponta para a palma da mão encostando o dedo indicador da mão esquerda

    na mão direita um pouco à frente do peito do emissor, estando o dorso desta

    mão direita voltada para a direção aonde se encontra a pessoa referida.

    Diferentemente do Português, os pronomes pessoais na terceira pessoa não

    possuem marca para gênero (masculino e feminino).

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    PRONOMES DEMONSTRATIVOS E ADVÉRBIOS DE LUGAR

    Na Libras, como em Português, os pronomes demonstrativos e os advérbios de

    lugar estão relacionados às pessoas do discurso e representam, na perspectiva

    do emissor, o que está bem próximo, perto ou distante. Eles têm a mesma

    configuração de mãos dos pronomes pessoais, mas os pontos de articulação e

    as orientações do olhar são diferentes.

    Os pronomes demonstrativos e os advérbios de lugar relacionados à 1a.

    pessoa, EST@ / AQUI, são representados por um apontar para o lugar perto e

    em frente do emissor, acompanhado de um olhar para este ponto. EST@

    também pode ser sinalizado ao lado do emissor apontando para a essoa/coisamencionada.

    ESS@ / AÍ é um apontar para o lugar perto e em frente do receptor, acrescido

    de um olhar direcionado não para o receptor , mas para o ponto sinalizado com

    relação à coisa/pessoa que está perto da segunda pessoa do discurso.

     AQUEL@ / LÁ é um apontar para um lugar mais distante, o lugar da terceirapessoa, mas diferentemente do pronome pessoal, ao apontar para este ponto

    há um olhar direcionado para a coisa/pessoa ou lugar:

    Como os pronomes pessoais, os pronomes demonstrativos também não

    possuem marca para gênero: masculino e feminino.

    PRONOMES PESSOAIS PRONOMES DEMONSTRATIVOS OU ADVÉRBIOSDE LUGAR

    EU (olhando para o receptor: 2ª

    pessoa

    VOCÊ (olhando para o receptor:

    2ª pessoa

    EL@ (olhando para o receptor: 2ª

    pessoa

    EST@ / AQUI (olhando para a coisa/lugar apontado,

    perto da 1ª pessoa)

    ESS@ / AÍ (olhando para a coisa/lugar apontado, perto

    da 2ª pessoa)

     AQUEL@ / LÁ (olhando para a coisa/ lugar distante

    apontado)

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    EXEMPLOS:

    1- LIVRO ONDE?R- AQUEL@ MULHER SENTAD@ MESA EM-CIMA É.

    2- AH! CANETA ONDE?R- VER HOMEM EM-PÉ CANETA PENDURAR-BOLSO É!

    3- AQUEL@ AH! AQUI FRI@muito44- BANHEIRO ONDE?R- ESQUERD@ ENTRAR SÓ.

    5- AH! CERTO! S-A-L-A REUNIÃO ONDE?R- EM-CIMA SEGUND@-ANDAR.

    6- EM-CIMA? AH!R- ALI FRI@ A-R.

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    PRONOMES DEMONSTRATIVOS em Libras

    Pronome Demonstrativo Pessoa do Discurso Advérbio de LugarLocalidade da 1ª.Pessoa do

    discurso

    Localidade da 2ª.Pessoa dodiscurso

    Localidade da 3ª.Pessoa dodiscurso

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    PRONOMES INTERROGATIVOS

    Na LIBRAS, há uma tendência para a utilização, no final da frase, dos

    pronomes interrogativos QUAL, COMO e PARA-QUÊ, e para a utilização, noinício da frase, do pronome interrogativo POR-QUE, mas os primeiros podem

    ser usados também no início e POR-QUE pode ser utilizado também no final.

    O pronome interrogativo COMO também tem outra forma em datilologia:

    C-O-M-O, utilizada, geralmente, em contexto enfático.

    Não há diferença entre o "por que" interrogativo e o "porque" explicativo, o

    contexto mostra, pelas expressões faciais, quando ele está sendo usado em

    frase interrogativa ou em frase explicativa/causal. Exemplos:

    Os pronomes interrogativos QUE e QUEM geralmente são usados no início da

    frase, mas o pronome interrogativo ONDE e o pronome QUEM, quando está

    sendo usado com o sentido de "quem é" ou "de quem é" são mais usados no

    final. Todos os três sinais têm uma expressão facial interrogativa feita

    simultaneamente com eles.

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    Na variante do Rio de Janeiro, o pronome interrogativo QUEM, dependendo do

    contexto, pode ter duas formas diferentes, os sinais QUEM e o sinal soletrado

    QUM . Se se quer perguntar "quem está tocando a campainha", usa-se o sinal

    QUEM; se quer perguntar "quem faltou hoje" ou "quem está falando" ou ainda

    "quem fez isso", usa-se o sinal soletrado QUM , como nos exemplos abaixo:

    interrog.1- QUEM

    QUEM NASCER RIO?QUEM FAZER ISSO?PESSOA, QUEM-É? "Quem é esta pessoa?"CANETA, DE-QUEM-É "De quem é está caneta"(contexto: Telefone TDD tocar) QUEM-É?

    (contexto: Campainha tocar) QUEM-Éinterrog.

    2- Q-U-MQ-U-M TER LIVRO?Q-U-M FALAR? 

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    PRONOMES INDEFINIDOS

    Os pronomes indefinidos NINGUÉM (Pessoa) e NINGUÉM (acabar) são

    usados somente para pessoa; NINGUÉM/NADA/NENHUM (mãos abertas

    esfregando uma sobre a outra) é usado para pessoa, animal e coisa;

    NENHUM/NADA (dedo polegar e indicador com o formato oval e os outros

    dedos estendidos, mão com movimento balançando) é usado para pessoa,

    animal e coisa e pode, em alguns contextos, ter o sentido de "não ter";

    finalmente o pronome indefinido NENHUMPOUQUINHO (palma da mão virada

    para cima fazendo, com os dedos polegar e indicador em contato)

    é um reforço para a frase negativa e pode vir após o sinal NADA. O sinal

    soletrado "DE-N-AD-A" é usado como resposta para um agradecimento:

    EXEMPLOS:NINGUÉM (acabar)•TER-NÃO NINGUÉM CASA.

    nãoNENHUM

    •VOCÊ TER CARRO? EU, NENHUM CARRO

    •VOCÊ TER GAT@? EU, ME@ CASA NENHUM .

    NENHUM-POUQUINHO•EL@ COMER TUD@ TER-NÃO NENHUM-POUQUINHO

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    PRONOMES INDEFINIDOS E QUANTIFICADORES

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    VERBOS

    TIPOS DE VERBOS

      VERBOS DIRECIONAIS

      VERBOS NÃO DIRECIONAIS

      ANCORADOS NO CORPO

      VERBOS QUE INCORPORAM O OBJETO

    OBJETIVO:

      utilizar os verbos adequadamente nas frases dentro de um

    contexto.

      Verbos direcionais:

    São verbos que possuem marca de concordância.

     A direção do movimento demonstra o ponto inicial (o sujeito) e o final (o objeto).

      Verbos não direcionais; 

    São verbos que não possuem marca de concordância. Quando é feita uma

    frase, eles se apresentam como se estivesse no infinitivo.

    Eles acontecem de duas formas:

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      Ancorados no corpo – são sinais de verbos, realizados em contato

    muito próximo do corpo. Encontram-se na classe dos verbos

    cognitivos emotivos e de ações.

      Verbos que incorporam o objeto: 

    Quando o verbo incorpora o objeto, alguns parâmetros são modificados

    para especificar a informação.

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    ABAIXAR ABANDONAR ABENÇOAR

    ABRAÇAR(1) ABRAÇAR(2) MANDAR ABREVIAR

    ABSORVER ABSTER ACABAR(deixar pronto)

    ACABAR (basta) ACALMAR(1)

    ACALMAR(2) (pedir calma) ACAMPAR ACEITAR

    ACENDER (luz) ACHAR/ENCONTRAR ACHAR/SUPOR

    ACOMPANHAR ACONSELHAR ACONTECER

    ACORDAR ABRIR PORTA ABRIR OLHOS

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    AÇOITAR ACORDAR (compromisso) ACOSTUMAR

    ACREDITAR ACUSAR ADIVINHAR

    ADMIRAR(1) ADMIRAR(2) ADORAR

    ADORMECER AGENDAR AJUDAR

    ALUGAR AMAR AMARRAR

    ANDAR CAVALGAR APRENDER

    ARQUIVARAPITAR

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    REFERÊNCIAS

    BRITO. Lucinda Ferreira   –  Língua brasileira de sinais in BRASIL.MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTO. Secretaria de Educação

    Especial. Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC/SEE SP, 1998, p. 19 – 80.

    BRITO. Lucinda Ferreira. Por uma gramática de línguas de sinais. Rio deJaneiro: Tempo Brasileiro: UFRJ, Departamento de Linguística e Filologia,

    1995.

    FELIPE, Tanya A; MONTEIRO, Myrna S. Libras em Contexto: curso básico,livro do professor instrutor – Brasília : Programa Nacional de Apoio à

    Educação dos Surdos, MEC: SEESP, 2001.

    COPAVILLA, Fernando César. RAPHAEL, Walkiria Duarte. (2001). DicionárioEnciclopédico Ilustrado da Língua de Sinais brasileira: volume I: sinais deA a L. 2ª Ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: ImprensaOficial do Estado.

    COPAVILLA, Fernando César. RAPHAEL, Walkiria Duarte. DicionárioEnciclopédico Ilustrado da Língua de Sinais brasileira: volume II: sinaisde M a Z. 2ª Ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa

    Oficial do Estado, 2001.FELIPE. Tanya A.  –  Introdução à gramática da LIBRAS in BRASIL.MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESPORTO. Secretaria de EducaçãoEspecial. Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC/SEE SP, p. 81  – 117, 1998.

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