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Instituto de Preparação de Líderes 2018 {Riquezas Reais} 1 Sumário Palavra de boas-vindas 2 As verdadeiras riquezas do Reino de Deus 3 Programação 5 Estudos bíblicos indutivos 8 Exposições bíblicas 17 Silêncios reflexivos 34 Palestras 50 Agenda pessoal 54 Construindo pontes 57 Parte prática 62 Avaliação pessoal 65

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Instituto de Preparação de Líderes 2018 {Riquezas Reais}

1

Sumário Palavra de boas-vindas 2

As verdadeiras riquezas do Reino de Deus 3

Programação 5

Estudos bíblicos indutivos 8

Exposições bíblicas 17

Silêncios reflexivos 34

Palestras 50

Agenda pessoal 54

Construindo pontes 57

Parte prática 62

Avaliação pessoal 65

Instituto de Preparação de Líderes 2018 {Riquezas Reais}

2

Palavra de boas-vindas Queridos participantes do Instituto de Preparação de Líderes (IPL) 2018,

Sejam muito bem-vindos!

Depois de vários meses de preparação, é uma alegria recebê-los para caminharmos juntos nas próximas três semanas neste estratégico encontro de formação. Dizer que o IPL é um encontro de formação significa enfatizar o valor de cada momento, cada conversa, cada atividade, cada experiência. Vamos ser “formados” por tudo isso, e não apenas durante as programações “oficiais”. Estamos convencidos de que precisamos de “formação” mais do que de “informação”. Sim, teremos muito conteúdo a ser absorvido no IPL, mas desejamos profundamente que você saia de Vila Velha “sendo” mais do que “sabendo”!

Neste IPL vamos nos debruçar sobre as narrativas emocionantes do Evangelho de Lucas. Esperamos que você tenha se dedicado a ler e estudar este livro, não apenas para preparar seus EBI’s, mas para mergulhar nos ensinamentos e conhecimento sobre Jesus. Também esperamos que você tenha confrontado suas posturas, erros e acertos, e que o Senhor já esteja direcionando a sua atenção para temas e questões que ele irá trabalhar em você nos próximos dias.

Buscamos cobrir, dentro da programação, áreas fundamentais para que a formação seja potencializada: área bíblico-teológica (conhecimentos), área ministerial (ferramentas), área pessoal (valores) e área diaconal (serviço). Portanto, procure aproveitar ao máximo cada aprendizado e experiência! A seriedade deste encontro e a profundidade da formação dependem muito do seu comprometimento e de sua disposição para ouvir a voz do Senhor e obedecê-lo.

Que o Deus todo poderoso e gracioso possa nos livrar das tentações; purificar os nossos corações de todo mal e nos acolher em nossas limitações e fraquezas, pois em seus braços amorosos somos despidos de nossas máscaras e transformados pela sua graça! Que sigamos anunciando o seu reinado e soberania sobre as nossas vidas e sobre a missão estudantil para que o nosso testemunho possa impactar as escolas, universidades, a igreja e a sociedade para a glória de Cristo, o Filho de Davi, a quem pertence toda glória e todo o poder.

Equipe de apoio do IPL

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As verdadeiras riquezas do Reino de Deus

No ano de 2017 estudamos a temática da “riqueza”, que envolve reflexões acerca do dinheiro, da ganância e cobiça humanas e do valor que conferimos a tudo o que se encontra ao nosso redor. Em nossos Cursos de Férias, com o tema “Curta Vida”, nos debruçamos no livro de Eclesiastes, no qual aprendemos que “quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas jamais ficará satisfeito com os seus rendimentos” (Eclesiastes 5:10) e que as coisas que batalhamos para ajuntar na verdade devem ser dons de Deus, e é ele, e somente ele, que nos enche o coração de alegria. E para encerrar o nosso ciclo formativo no AV e IPL 2018 estudaremos o Evangelho de Lucas sob o tema “Riquezas Reais”.

Veremos que Lucas volta sua atenção especialmente para a humanidade de Jesus, sua compaixão para com os fracos, os aflitos e os marginalizados. O autor também trata da relação com o dinheiro em parábolas como a do “rico tolo” (Lucas 12:13-21), do “administrador infiel” (Lucas 16:1-13) e do “rico e Lázaro” (Lucas 16:19-31), nas quais, apesar de reconhecer que as pessoas têm necessidades materiais, Cristo enfatizou que a nossa maior prioridade deve ser sempre Deus.

"Ninguém pode servir a dois senhores: com efeito, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro" (Lucas 16:13).

A intenção de Jesus aqui é transmitir um ensinamento sobre fidelidade e honestidade. Duas palavras que caminham de mãos dadas. E o que Jesus quer dizer é que se um cristão consegue se comportar de maneira fiel negando algo de procedência injusta, é provável que ele seja capaz de se comportar bem diante de uma riqueza que provém de Deus. O nosso comportamento em relação ao dinheiro é o termômetro que mede como nos comportamos com as coisas essenciais da vida, pois revela o nosso caráter e afeta o nosso relacionamento com Deus.

"E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui." (Lucas 12:15)

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Há algo importante aqui que parece não ser levado em consideração por muitas pessoas: não nos será permitido partir desta vida com nenhum bem material. O dinheiro, o poder, os bens materiais, não são as “Riquezas Reais” que devemos buscar. No Reino de Deus as pessoas são mais importantes que as posses. Os relacionamentos são as verdadeiras riquezas. Então eu te pergunto: quais tesouros você tem ajuntado? Qual o real desejo do teu coração?

Devemos tomar cuidado com a ganância, e manter o nosso coração nos tesouros do Reino de Deus. Em muitas ocasiões, somos alertados quanto ao perigo de termos um coração exercitado pela avareza, pois fazer das riquezas, para além do dinheiro, o propósito das nossas vidas é um erro fatal que nos leva à perdição eterna. Portanto, “seja a vossa vida isenta de ganância, contentando-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: não te deixarei, nem te desampararei” (Hebreus 13:5).

Ivanilsa de Oliveira Secretária de formação da ABUB

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Programação

Primeira semana

14 domingo

15 segunda

16 terça

17 quarta

18 quinta

19 sexta

20 sábado

07:00

Chegada

Café

08:00 Oração 08:30 EBI 09:15 Louvor 09:30 Exposição Bíblica 10:30 Respondendo à palavra (expositor, silêncio reflexivo, pequenos grupos e oração)

11:10 Intervalo 11:30 Palestra 12:30 Almoço

14:00 Livre 15:00 Inscrições Oficinas Grupos da parte prática Livre 16:30 Boas-vindas Livre 18:30 Jantar

19:30

Louvor Filme

Louvor Apresentação

da parte prática (AV)

Sarau 20:00

Exposição bíblica

Construindo pontes Construindo

Pontes Resenhando

21:30 Chá 23:00 Silêncio

Palestras 1 - Universidade Brasileira e contradições do modelo educacional (Esdras Bispo) 2 - O ministério da saúde espiritual adverte… (Luiz Felipe Xavier) 3 - Transformando indiferença em compaixão (Luiz Felipe Xavier) 4 - Justiça social, fiscal e tributária - Ame a Verdade 5 e 6 - Somos todos iguais? Desvelando racismos, machismos e outras discriminações (Meyrieli Carvalho) Oficinas 1 - Justiça socioambiental (Heitor Barboza) 2 - A Palavra entre nós (Pablo Gomes) 3 - Artes e apologética (Juliana Botelho) 4 - O pecado dos relacionamentos consumistas e abusivos (Morgana Boostel e Deborah Vieira) 5 - Missão integral (Karen Aquino) 6 - As dores do corpo invisível (Lia do Valle) Construindo pontes 1 - Consumismo X modelo do Reino (Morgana Boostel) 2 - Refugiados (Priscila Rangel) 3 - Debate sobre o filme

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Segunda semana

21 domingo

22 segunda

23 terça

24 quarta

25 quinta

26 sexta

27 sábado

07:00 Café

Parte prática

08:00

Descanso

Oração Saída parte

prática 08:30 EBI

Parte prática

09:15 Louvor 09:30 Exposição Bíblica 10:30 Respondendo à palavra 11:10 Intervalo 11:30 Palestra 12:30 Almoço

14:00

Descanso

Livre

15:00 Grupos da

parte prática Oficinas

Grupos da parte prática

16:30 Livre 18:30 Jantar

19:30 Descanso

Louvor

20:00 Noite ABUB

e IFES Agenda pessoal

Grupos da parte prática

Envio para parte prática

21:30 Chá 23:00 Silêncio

Palestras 1 - Saúde mental e suicídio (Júlia Gomes e Abigail Marinho) 2 - Diaconia: responsabilidade no cuidado do outro (Pastor Usiel Souza) 3 - Vida simples e generosidade (Tályta Alencar) Oficinas 1 - Redes sociais e ostentação (Jessica Grant) 2 - Sistemas econômicos e cristianismo (Thaynan) 3 - Diversidade sexual (Pedro Valenzuela) 4 - Mobilização de recursos no grupo local (Tályta Alencar) 5 - Relacionamento com a igreja local (Felippe Schmitt) 6 - Hermenêutica dos evangelhos (Josué Bratfich) Agenda pessoal 1 - Identidade vocacional e pressões da vida moderna (Ivanilsa de Oliveira)

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Terceira semana

28 domingo

29 segunda

30 terça

31 quarta

1 quinta

08:00

Parte prática

Retorno das equipes

Café 09:00 Oração e louvor 09:30

Relatos de riquezas acumuladas

Exposição Bíblica 10:30 Intervalo 11:00 Refletindo sobre... Santa ceia 12:30 Almoço

14:00 Livre Relatos de riquezas

acumuladas Refletindo sobre...

Saída

15:00 Grupos da parte

prática

17:00 Livre 18:30 Jantar 19:30 Louvor

Celebração 20:00 Culto de reentrada Relatos de riquezas

acumuladas

21:30 Chá 23:00 Silêncio

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Estudos Bíblicos Indutivos Segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

{Lucas 1:39-80} Duas grávidas, muitos

louvores, e o Reino que está chegando

Pedro Valenzuela – [email protected] Você gosta de cantar? Onde você canta habitualmente? Quais são os motivos que te levam a cantar?

Leia o texto.

1 - Olhem as personagens desse relato. Quem são eles? E qual é o sentimento transversal que todas as pessoas do relato estão sentindo?

Ontem nós vimos o anuncio do anjo Gabriel do nascimento de duas crianças: uma delas, o protagonista do evangelho. Hoje vamos ver como as pessoas reagiram à chegada desses bebês.

Duas grávidas, dois bebês concebidos de forma sobrenatural

2 - [O] Depois do anúncio do anjo, Maria foi visitar Isabel, que já tinha seis meses de gravidez. Só a saudação de Maria já desencadeou uma reação tanto do menino quanto de Isabel. Como foi essa reação? Quem inspirou essa reação neles?

3 - [O,I] Isabel, inspirada, declara várias bênçãos sobre a vida de Maria. O que ela destaca de Maria? E o que ela declara sobre Jesus (v. 43)? Como essas declarações confirmam os planos de Deus na vida da Maria?

Magnificat

4 - [O] “Minha alma engrandece ao Senhor”, é assim que começa o louvor com que Maria responde a Isabel e a Deus. E é um dos textos mais conhecidos dos cristãos e tem sido utilizado na arte, literatura, teologia e espiritualidade. O que esse louvor fala sobre Maria e sua resposta ao Senhor? O que esse louvor proclama sobre Deus e sobre a chegada do Messias?

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Benedictus

5 - [O] Maria ficou mais três meses com Isabel, e depois o filho de Isabel e Zacarias nasceu. Parentes e vizinhos vieram e se alegraram com eles. E na hora da circuncisão, participaram até na discussão do nome do menino. Zacarias teve que dar a última palavra sobre o nome, escrevendo numa tábua o nome João. O que aconteceu com Zacarias? (v. 64) Como o povo reagiu a tal sinal? (v. 65) O que o povo interpretou a partir daquele sinal? (v. 66)

6 - [O] A profecia e o louvor de Zacarias, também conhecido como Benedictus, irrompe nessa cena, também com a inspiração do Espírito Santo. O que ela proclama sobre Deus e suas intenções com seu povo (v. 68-75)? O que fala sobre o futuro do menino João (v. 76-77) e seu relacionamento com o Messias (v. 78-79)?

7 - [I] Depois de revisar o texto, qual seria o motivo em comum pelo qual todos estão se alegrando e louvando a Deus? Quais eram as expectativas pela chegada do menino Jesus?

O Rei entre nós

8 - [R] A passagem de hoje nos mostrou pessoas (e até um feto) que se alegraram na chegada do Messias que nem tinha nascido ainda, mas que já estava se gestando no ventre de Maria. Eles creram no anúncio do anjo Gabriel. O Rei já estava entre eles, e as expectativas eram grandes. Hoje nós também cremos em Jesus que se encarnou e veio como uma criança frágil, mas também sabemos daquele que viveu proclamando o evangelho, e morreu e ressucitou no terceiro dia por nossa salvação. Como nosso coração responde à boa nova de Jesus hoje? Cristo é nossa maior alegria? Ou existem outras coisas que nos dão uma “alegria” que não encontramos em Deus? Como o exemplo de Maria, Isabel, Zacarias e João confronta o nosso coração?

9 - [A] Eles creram, se alegraram e proclamaram a boa notícia da chegada do Messias. O Magnificat e o Benedictus são exemplos de como Maria e Zacarias anunciaram aos outros de quem era o Messias que ia vir. Como o exemplo deles, de se alegrar e louvar a Jesus, pode nos animar para proclamar com coragem o Evangelho em nosso contexto estudantil?

Para ouvir depois

● "Magnificat", do Johann Sebastian Bach ● "Emmanuel", o último disco da Melanie Penn

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Estudo Bíblico Indutivo - Terça-feira, 16 de janeiro de 2018

{Lucas 3:1-20} Sacerdócio, denúncia e

arrependimento

Thiago Rodgers ‘Mouse’ – [email protected] Dicas para quem irá aplicar: não se assuste com textos e tabelas. São apoios que têm como objetivo acelerar processos de observação e compreensão do texto bíblico. As perguntas 1, 4 e 6 (bem como parte da 3, 8 e 9) são para terem respostas rápidas mesmo! Perguntas 2, 5 e 7 exigem respostas mais elaboradas. Tudo bem gastar um pouco mais de tempo com elas, mas fiquem atentos para chegarem com tempo às perguntas de aplicação.

Leia o texto.

O evangelista encerra um arco em sua narrativa, que tratava do nascimento e infância de Jesus. Abre então outro arco, reapresentando um personagem já conhecido: João Batista. Interessante perceber como até aqui o autor segue fazendo esse paralelo entre João Batista e Jesus. Basta dar uma olhada nos subtítulos que as Bíblias costumam apresentar para perceber isto, o nascimento de ambos é predito, e em seguida narrado. Agora, o exercício do ministério de João Batista serve como uma bela narrativa de apoio que deverá introduzir o ministério do próprio Jesus.

Releia Lucas 3:1-6

1 - [O,I] Quais são os dados históricos apresentados pelo autor para nos situar no contexto de João Batista? Por que esses dados são importantes? (v. 1-2)

2 - [I] Leia o texto de apoio abaixo. A partir da leitura, como se pode compreender o que Lucas escreveu a respeito de Anás e Caifás, bem como do próprio João e do lugar de onde ele pregava? (v. 2-3)

Texto de apoio1: "Os romanos (...) descobriram que a melhor forma de controlar o povo (...) era influenciar a escolha do sumo sacerdote. Então Anás (...) fez um acordo com os romanos e se tornou o primeiro sumo sacerdote dessa nova safra. Cada um de seus cinco filhos foi sumo sacerdote e, quando ele não tinha mais filhos para

1 "Anjos de asas quebradas", de Ariovaldo Ramos, publicado na revista Ultimato, ed 315 (nov/dez 2008).

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nomear, nomeou o genro, Caifás. (...) Às vezes brinco, dizendo que Deus teria falado a João: “Já que é a turma de Anás que está usando vestes talares, você vai usar pele de camelo. Assim você fica diferente e ainda marca o meu protesto. São os romanos que estão comendo a comida sagrada que seria destinada a você; então você vai comer gafanhoto e mel silvestre”. Deus fez o protesto contra Roma da forma mais plástica possível. Levou seu sumo sacerdote2 com ele para o deserto e denunciava a perda da consciência do sagrado por parte de Israel. E contou com o corajoso Lucas para dar essa notícia."

3 - [O,I] O que João Batista pregava? Qual a relação entre sua mensagem/ministério e o texto que ele cita de Isaías? (v. 3-6)

Releia Lucas 3:7-14

4 - [O] Quem João chama de “raça de víboras”? (Leia Mateus 3:7 para ter ainda mais detalhes). O que João lhes diz? (v. 7-9)

5 - [I] Pense nessas questões: frutos que demonstrem arrependimento e filiação a Abraão. Que relação João faz entre elas? Qual a relação entre estas questões e a perspectiva de juízo colocada por João? (v. 9)

6 - [O] Nos versículos 10 a 14, João responde três vezes à pergunta “o que devemos fazer?”. A mesma pergunta parte de públicos diferentes, e as respostas também são diferentes. Preencha a tabela abaixo com a que público João responde e com que resposta:

Versos Público Resposta 10 e 11

12 e 13

14

7 - [I] Por que João dá respostas diferentes? Há algo de comum entre elas? O que denunciam?

2 Para ser sumo sacerdote era necessário ser da tribo de Levi, e descendente de Arão. João de fato cobria esses requisitos (vide Lucas 1:5). Há, portanto, uma linha interpretativa que aponta para a possibilidade de João ser o sumo sacerdote ‘de direito’ da sua época.

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Releia Lucas 3:15-20

8 - [O,I] Lucas nos mostra que o povo começa a pensar se João não seria o próprio Cristo (v. 15). Como João responde a eles? Sendo assim, qual a relação entre os ministérios de João e de Cristo? (v. 16-18)

9 - [O,I] Até que esferas vão as denúncias de João? Qual o preço dessas denúncias? (v. 19-20)

10 - [A] João parece denunciar um ‘orgulho’ em se ter Abraão como pai. Em muitos momentos, podemos nos apegar ao orgulho de sermos cristãos, orgulho de pertencer a determinada igreja/comunidade/denominação, orgulho de pertencermos a ABU ou ABP, e assim, não demonstrarmos frutos de arrependimento. Corremos ainda o risco de nos orgulharmos com nosso ministério a ponto de querer revelar mais de nós do que do próprio Cristo (de quem não somos dignos de desamarrar as sandálias). Como essa denúncia encontra eco em você e em seu contexto?

11 - [A] De que você precisa se arrepender, ou, que frutos de arrependimento você entende que deve demonstrar? Como João lhe responderia caso você perguntasse a ele “o que devo fazer”? (Caso você tenha alguma experiência de arrependimento com frutos em seu cotidiano, por favor, compartilhe com o grupo).

12 - [A] A mensagem de arrependimento é para nós e para todos que nos cercam. Essa mensagem parece ser intrínseca ao próprio evangelho. Como o chamamento ao arrependimento tem feito parte da mensagem proclamada pelo seu grupo de ABU ou ABP? De que forma você entende que isso pode ser feito?

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Estudo Bíblico Indutivo - Quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

{4:31-44} Autoridade e admiração,

milagres e fama

Thiago Rodgers ‘Mouse’ – [email protected]

Jesus deu início ao seu ministério, e é um início surpreendente, desafiador e até polêmico. Passou pelo batismo, protagonizando um dos grandes encontros trinitarianos narrados nas Escrituras. Enfrentou a tentação no deserto. Pregou em sinagogas. Jesus de agora em diante começa a realizar mais uma série de coisas surpreendentes, que são absolutamente novas no Evangelho de Lucas.

1 - [O,I] De que cidade Jesus vinha (v. 4:16) e para onde foi (v. 4:31) ? Por que Jesus saiu de onde estava antes?

2 - [O] O que Jesus fazia na cidade onde estava e que dia era? Como era a percepção das pessoas em relação a isso? Por que reagiam assim? (v. 31-32)

3 - [O,I] Como Lucas descreve o encontro com o homem possesso? De que formas Jesus é chamado pelo demônio? O que essas formas revelam sobre Jesus e sobre a relação entre ele e o demônio? (v. 33-34)

4 - [O] O que Jesus faz então? O que acontece com o homem possesso? Tente imaginar a cena acontecendo! (v. 35)

5 - [O,I] Como o povo reage ao que aconteceu? O que há de comum e de diferente em relação à percepção descrita na pergunta 2? Porque há essas diferenças? (v. 36-37)

6 - [O,I] Para onde Jesus vai saindo da sinagoga? Quem é seu anfitrião? (v. 38)

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7 - [O,I] O que ocorre na casa desse anfitrião? Como essas coisas ocorrem? Novamente, tente imaginar com detalhes a cena acontecendo. O que há de comum entre esta cura e a narrada anteriormente? (v. 38-39)

8 - [O,I] Ao fim daquele mesmo dia, o que passa a acontecer? O que isso revela a respeito o ministério de Jesus e a respeito de sua notoriedade? (v. 40)

9 - [O,I] O que há de comum entre essas curas e as que ocorrem anteriormente? Por que Jesus repreende os demônios desta forma? (v. 40-41)

10 - [O,I] Note que agora Lucas usa o termo ‘multidões’ para descrever a quantidade de pessoas que procuravam Jesus no dia seguinte. O que isso revela sobre a notoriedade de Jesus? O que essas multidões estavam fazendo, e por quê? Como Jesus responde a essa multidão? (v. 42-43)

11 - [A] Em muitos momentos essas curas narradas por Lucas (um médico) parecem estar distantes de nós. Sejam curas de enfermidades ou de possessões. Você crê que nosso Senhor é capaz de operar milagres e curas? Caso você tenha algum testemunho de cura, por favor, compartilhe com o grupo. Como isso é capaz de fortalecer nossa fé?

12 - [A] O termo ‘admirados’ aparece algumas vezes descrevendo a reação do povo ao que Jesus faz. Você tem sido capaz de ficar admirado com Jesus? Como você entende que essa capacidade de ficar admirado pode impactar nossa missão?

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Estudo Bíblico Indutivo - Quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

{Lucas 7:36-8:3} Um homão que não liga

para os padrões da época

Pedro Valenzuela – [email protected]

Em 2017, Rodrigo Hilbert entrou no panteão de memes brasileiros3. O “homão” tem feito algumas coisas que tem causado a admiração das mulheres e a inveja dos homens. Mas o que ele fez de especial? O que as pessoas viram de diferente que causou tanta repercussão nas redes sociais?“Os cegos veem, os aleijados andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os

mortos são ressuscitados e as boas novas são pregadas aos pobres”, Lucas 7:22. Hoje vamos continuar conhecendo a vida de um homem que causou e continua causando repercussão em nossa sociedade. Leia o texto.

1 - [O] No meio da sua atividade evangelizadora, Jesus aceita o convite para jantar na casa de um fariseu. Uma “pecadora”4 da cidade fica sabendo que Jesus está lá e entra na casa do fariseu. O que ela está levando? O que ela faz e como? (v. 37-38)

2 - [O,I] O fariseu vê aquela cena e faz um julgamento mental. O que ele julgou sobre a mulher? O que ele julgou sobre Jesus? Qual seria o motivo do fariseu convidar Jesus para jantar? (ver Lucas 7:16-17, 34).

3 - [O,I] Jesus viu a situação de uma maneira diferente. Pede a palavra para Simão (esse é o nome do fariseu) e lhe conta uma parábola para que ele julgasse. Observem a parábola: do que trata? como é sua elaboração e tamanho? Por que Jesus conta uma parábola com esse conteúdo e característica para o fariseu julgar?

4 - [I] “Vê esta mulher?” Jesus perguntou para o fariseu, e enumera uma série de coisas que ele não fez por ele mas que ela fez, só que de outra forma (v.44-46). Essas coisas eram normas básicas de hospitalidade no Oriente Médio, e desrespeitá-las era uma grande ofensa5. Pensando no versículo 47, por que ela faz isso? E por que o 3 Exemplo: a página “Alguém pare o Rodrigo Hilbert” https://www.facebook.com/paremrodrigohilbert/ 4 “Que esta mulher é uma "pecadora" deve implicar que é urna prostituta (...), ou pelo menos uma mulher que sabia ser moralmente desprendida e procurar alguma coisa desonrosa”. Craig S. Keener, Comentário histórico-cultural da Bíblia: Novo Testamento. Vida Nova. 5 “Tendo em mente esse gesto de gratidão profundamente comovente e tão significativo, ela foi testemunha do insulto cruel que Jesus recebera ao entrar na casa de Simão, pois este deliberadamente

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fariseu não fez? O que a mulher viu em Jesus? E o que o fariseu viu (ou não viu) em Jesus?

5 - [I] “Sua fé a salvou. Vá em paz” (v. 50). Jesus, além de reconhecer a expressão do amor da mulher como resposta ao (grande) perdão, ele reconhece o perdão dos pecados da mulher pela fé que ela teve na frente de um público religioso e masculino (v. 49). Qual era essa fé da mulher? Pensando nessas provocações de Jesus, como ele queria que o enxergassem?

6 - [O] A nossa passagem termina com Jesus proclamando o evangelho em todo lugar, acompanhado dos doze e de algumas mulheres (v.1-2a). Quem eram elas? O que elas tinham e não tinham em comum? De que forma contribuíram com o ministério de Jesus?

7 - [R] Como é o olhar da nossa sociedade hoje? Da mesma forma que naquela época, nossa sociedade tem categorias que influenciam a forma como valorizamos as pessoas (sexo, cor de pele, riqueza, orientação política, religião etc.). De que formas nós, como cristãos, também adotamos esse tipo de categorias? Como é que o olhar de Jesus questiona essas categorias?

8 - [R,A] Por meio da parábola, Jesus revela a essência da sua mensagem: todos nós somos devedores, com uma dívida impossível de pagar, e só ele é capaz de perdoar essa dívida. Como é que a realidade do perdão de Deus mudou sua vida? Pensando no caso da pecadora e do fariseu, como é que você tem respondido a essa graça imerecida de Jesus?

9 - [A] O evangelho de Jesus Cristo continua sendo anunciado por meio dos seus discípulos, homens e mulheres (8:1-2) Como é que essa passagem nos ajuda a ver nosso contexto estudantil com os olhos de Jesus? Como é que o grande perdão de Jesus nos impulsiona a evangelizar em nossas escolas e faculdades?

“As convenções sociais são jogadas pela janela, o perdão e o amor estabelecem novos padrões e levantam novas expectativas; os seres humanos aparecem, não como a sociedade os "construiu", mas como Deus os vê (...) a fé verdadeira é o que acontece quando alguém olha para Jesus e descobre o perdão de Deus; e o sinal e a prova da sua fé é amor”, N.T. Wright (Luke for Everyone. SPCK Publishing).

Músicas para ouvir depois:

● "La Mirada de Jesús", Santiago Benavides ● "Prelúdio para o Deus Homem", Stenio Március

omitira o beijo de saudação e a lavagem dos pés. O insulto cometido contra Jesus obrigatoriamente fora intencional, e impressiona os hóspedes reunidos. Fora declarada a guerra, e todos esperavam ver a reação de Jesus”. Kenneth E. Bailey, As Parábolas de Lucas. Vida Nova.

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Exposições Bíblicas Domingo, 14 de janeiro de 2018

{Lucas 1:1-38} Um evangelho em 3D: Lucas

e seus efeitos especiais

Josué Bratfich - [email protected]

Colocando os óculos: as ferramentas para ‘curtir’ Lucas

1 - Primeira dimensão: relatos verdadeiros

Quem escreveu ‘Lucas’?

Por que escrever uma introdução?

Posso confiar nesse relato? Que diferença isso faz?

2 - Segunda dimensão: sinta a história!

O ‘cheiro’ das histórias de Lucas

Como desfrutar dessas histórias?

Aprendendo a reconhecer as marcas do diretor nas obras contemporâneas

3 - Terceira dimensão: posso confiar no roteirista?

O relato de Lucas no espaço-tempo

A história de Jesus na história de Israel

A história de Israel na história do mundo

Quem é você na fila da sessão?

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Exposição bíblica - Segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

{Lucas 2:1-52} Do nascimento à infância de

Jesus: obediência, fé e adoração

Giovanna Amaral - [email protected]

2:1-6: Obediência, “não lugar” e nascimento

- José: obediência e renúncia.

- Maria: obediência e submissão.

- O Deus que trabalha na história para o cumprimento de suas promessas: o recenseamento de César Augusto.

- O local de nascimento de Jesus: interpretações diversas.

- O caminho da obediência para nós hoje.

2:8-20: Anúncio, adoração e proclamação

- Anjos adoram e proclamam: a salvação chegou à humanidade!

- Um bebê salvador na manjedoura: exercício necessário de fé para os adoradores.

- Ele chegou ao mundo sendo primeiramente adorado. Um bebê na manjedoura foi prontamente proclamado!

- Maria: um coração sem prontas respostas!

- O caminho da adoração e proclamação para nós hoje.

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2:21.40: Obediência, profecia e proclamação

- Cumprimento da Lei de Moisés: Purificando os puros? Consagrando ao Senhor aquele que ele mesmo havia entregado à morte pelos homens?

- Fidelidade e comunhão com Deus: os olhos de Simeão viram muito mais além. Por isso recebeu consolo.

- A cruz presente na adoração de Simeão.

- Fidelidade e perseverança: Ana anunciando a redenção.

- O caminho da obediência para nós hoje - a escolha pelo sofrimento.

Lucas e Mateus

- Ausência em Lucas da perseguição de Herodes, matança dos primogênitos e fuga para o Egito.

- Maior parte do capítulo 2: trechos exclusivos de Lucas.

2:41.52: Obediência, incompreensão, revelação e espera

- Obediência da família de Jesus na observação das festas judaicas.

- Pais “negligentes”? Como puderam se esquecer do menino?

- Um lugar não comum: no templo, com perguntas e respostas em que todos ficaram admirados (o “proto” ministério de Jesus nos templos, desafiando os religiosos).

- Aos 12 anos o relato da comunhão perfeita entre Jesus e seu Pai - desafiando o entendimento de Maria sobre sua responsabilidade como mãe e da paternidade de José.

- Ninguém entendeu a declaração de Jesus. Mas Lucas registra que Jesus volta com os seus pais e lhes era obediente.

- A resposta de Maria diante da situação: o coração vigilante.

- O caminho da obediência e da incompreensão para nós hoje - o papel da fé.

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Exposição bíblica - Terça-feira, 16 de janeiro de 2018

{Lucas 3:21 – 4:30} O Espírito prepara o

caminho e conduz à missão

Karen Aquino - [email protected]

Introdução

(3:21 a 23) “Tu és meu Filho amado; em ti me agrado”

(3:23 a 28) Filho de Adão, filho de Deus

(4: 1 e 2) Cheio do Espírito Santo, teve fome

(4:3 a 13) Se és o filho de Deus...

(4:14 a 26) No poder do Espírito, foi rejeitado

(4: 28 a 30) Jesus bate em retirada

(4: 18 e 19) O Espírito que prepara também conduz

Aplicações finais

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Exposição bíblica - Quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

{Lucas 5:1-6:49} Quem quer ser um

discípulo?

Karen Aquino - [email protected]

Introdução

(5:1 a 11) Confiar, largar e seguir

(5:12 a 26) Dois lados de uma história

(5:27 a 39) Um convite aos de fora

(6: 12 a 16) A escolha dos doze

(6:17 a 26) As bem-aventuranças e os ais

(6: 27 a 41) A nova lógica do Reino

(6: 43 a 49) O bom tesouro e o bom alicerce

Aplicações finais

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Exposição bíblica - Quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

{Lucas 9:1-50}

Pablo Gomes - [email protected]

1 - Introdução:

2 - Explorando o texto:

3 - Aplicação:

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Exposição bíblica - Sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

{Lucas 10: 25-42}

Pablo Gomes - [email protected]

1 - Introdução:

2 - Explorando o texto:

3 - Aplicação:

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Exposição bíblica - Sábado, 20 de janeiro de 2018

{Lucas 12:35-13:35}

Heitor Barboza - [email protected]

Introdução

Os capítulos 12 e 13 de Lucas trazem algumas das passagens mais duras do evangelho. Uma das principais temáticas é que a única resposta possível diante da chegada do Reino é o arrependimento e uma nova vivência moldada por este Reino. Esse conceito atacava diretamente a religiosidade da época.

Contexto: Ensinos acerca da chegada do Reino e chamada ao arrependimento.

A chegada do Reino muitas vezes é vista como uma mensagem de esperança e renovação. É claro que ela é! Porém, esse texto evidencia que esse Reino também tem outros aspectos que não podemos negligenciar: o juízo e a condenação.

Lucas 12:54-13:9

1 – Um problema terrível!

● Cegueira a respeito do Reino de Deus

● Todos são pecadores e fadados a perecer

● Uma luz no fim do túnel: arrependimento

2 – Os frutos do arrependimento:

● O arrependimento nos conclama ao serviço (12:35-48)

● O arrependimento provoca divisão (12:49-53)

● O arrependimento produz frutos (13:6-9)

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3 – Quem será salvo?

● A porta é estreita. Não é fácil passar por ela!

● Não existe passe VIP para o Reino.

Aplicações:

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Exposição bíblica - Segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

{Lucas 15}

Heitor Barboza - [email protected]

Introdução

O capítulo 15 de Lucas é certamente um dos textos mais conhecidos dos ensinos de Jesus. Ele traz uma sequência de três parábolas que possuem o mesmo sentido central. Essas parábolas são conhecidas como “A ovelha pedia”, “A moeda perdida” e “O filho pródigo”.

Na seção de texto anterior observamos Jesus ensinando acerca do preço do discipulado. Não era um caminho fácil! Jesus faz duras advertências a quem deseja segui-lo e termina com a contundente frase: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!". E quem se achegou para ouvir? Publicanos e "pecadores" (15:1). Porém, muitos fariseus criticavam a Jesus por andar em companhia destas pessoas. Diante deste cenário, Jesus conta três parábolas.

1 – Duas parábolas gêmeas

● A ovelha perdida (15:3-7) ● A moeda perdida (15:8-10)

2 – A parábola do pai e seus filhos

A primeira ruptura: o filho mais novo deixa o lar (15:11-13) Crise: fome e humilhação em terras estranhas (15:14-16) O brainstorm! Arrependimento e retorno (15:17-20a) A resposta do pai: alegria, reconciliação e restauração (15:20b-24) A segunda ruptura: a ira do filho mais velho (15:25-28a) A resposta do pai: cuidado e reconciliação (28b-32)

Aplicações

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Exposição bíblica - Terça-feira, 23 de janeiro de 2018

{Lucas 16} Vendaval ou solução?

Manual de instruções de Jesus para quando eu tiver muita grana

Josué Bratfich - [email protected]

No caminho para Jerusalém: como essa seção se encaixa no argumento de Jesus

“Contou essa parábola: um homem...”

O administrador desonesto [1-9]

Sentindo o ‘cheiro’ da parábola...

Por que Jesus foi contar essa história? (vergonha – Juliano, o apóstata)

Escola da graça: aprendendo em salas de aula ‘pagãs’

Esta é a lição:

Interlúdio: o dinheiro e a lei [10-18]

O teste da fidelidade que não passa na TV

O que lei e divórcio tem a ver com isso?

A parábola dos seis irmãos (ou do homem com nome e do homem sem nome) [19-31]

Sentindo o ‘cheiro’ da parábola...

Lázaro(s) em 2018

Os dois caminhos perigosos para interpretar a parábola – e o único caminho para obedecer

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Exposição bíblica - Quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

{Lucas 19:28-20:47}

Consuelo Oliveira - [email protected]

Introdução

Linguagem própria, com parábolas e ensino.

A) entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (v. 28) B) as pedras clamarão (v. 40) C) lamento sobre Jerusalém (v. 41) C) Jesus no templo (v. 45)

Narrativa

1 - controle sobre os fatos 2 - jumento virgem e limpo 3 - julgamento 4 - mercadores no templo

Discussão a respeito

✓ = jesus e a autoridade ✓ = jesus se nega a responder ✓ = jesus e a parábola do lavrador ✓ = jesus e o tributo ✓ = os saduceus e a ressurreição ✓ = cristo, o filho de Davi.

Aplicação

Bibliografia Lopes, Hernandes Dias. Lucas - comentários expositivos, Editora Hagos Almeida, João Ferreira de. Bíblia de estudo Shedd. São Paulo: Edições Vida Nova Cultura Cristã (Sociedade, 2000). Sproul, R. C. Bíblia de estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Editora Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil (1999). Novo Comentário da Bíblia, Comentário Bíblico Mattew Henry, vol. Iv, p. 127-128. Shedd, Russel. Comentários Bíblia Vida Nova.

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Exposição bíblica - Quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

{Lucas 21} Tudo o que era sólido se

desmancha no ar?

Pedro Valenzuela - [email protected]

Sobre a frase clássica de Karl Marx e nossos tempos: o século XX acabou?

A queda de Jerusalém em 70 d.C, e o olhar retrospectivo de Lucas com as palavras de Jesus.

O olhar escatológico de Jesus (e Lucas): entre fatos históricos pontuais e fatos cósmicos.

“A escatologia é a categoria que usamos para lidar com assuntos relativos ao fim. O futuro é aquele aspecto do tempo a respeito do qual os seres humanos muito se preocupam. Nosso destino é mais significativo para a maneira como vivemos do que nossa composição.

"O termo 'fim' tem duplo sentido em nossa língua: significa o término, mas também significa o objetivo, o propósito. Os dois significados não podem ser totalmente separados um do outro, mas é o segundo significado que predomina nas Sagradas Escrituras e no trabalho pastoral.” - Eugene Peterson.

A oferta da viúva pobre: símbolo de espiritualidade verdadeira em um templo decadente.

O templo será destruído, Jerusalém também

● Jesus chora ao chegar em Jerusalém ● Os investimentos da dinastia de Herodes no templo e na cidade ● A religiosidade superficial dos escribas e líderes religiosos ● A ostentação dos ricos ● Esconderijo de ladrões (Isaías 56:7) ● O que significa que o templo e Jerusalém fossem destruídas ● O impacto daquela afirmação para os discípulos.

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Cuidado para não serem enganados!

● Falsos cristos / falsos profetas do fim ● Os conflitos entre nações / os desastres naturais ● Não tenham medo! O fim ainda não vai chegar ● A sobrecarga pessimista de nossos dias

Lidando com a tribulação

● Antes de tudo isso… darão testemunho do meu nome ● Perseverando que obterão vida

Jerusalém será destruída. O que fazer quando a hora chegar?

O Filho do Homem que veio se manifestar - Daniel 7 e a vitória por sobre os impérios e poderes deste mundo.

Lidando com a trivialização

● Sinais de esperança são visíveis! A redenção está próxima ● As palavras que não se desmancham no ar ● “Comamos e bebamos, que o Reino está chegando”

Estar de pé diante do Filho do Homem. Olhando nosso destino hoje

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Exposição bíblica - Segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

{Lucas 10:17-24} Culto da reentrada da

Parte Prática

Luiz Felippe Schmitt - [email protected]

1 - A volta da missão

Verso 17 – A volta cheios de alegria

Verso 18 – A força do Reino de Deus

Verso 19 – A autoridade dos discípulos

Verso 20 – Um chamado a realidade

2 - Revelação aos Pequeninos

Verso 21 – Ao agrado de Deus

Verso 22 – Conhecimento que não vem do mundo

Verso 23 – Muito felizes

Verso 24 – Um chamado privilegiado

Ganhando forças para a Missão de Deus na Universidade!

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Exposição bíblica - Quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

{Lucas 22-23}

Gilvânia Ramos – [email protected]

Lucas 22

O traidor se manifestou (1-6)

A Ceia do Senhor e os traidores em potencial (7-23)

Quem é mesmo o maior? (24-40)

:( #SomosTodosPedro (22:31-38 e 54-62)

The will of the father (22:39-46)

“O beijo, amigo, é a véspera do escarro,

A mão que afaga é a mesma que apedreja.” (22:47-53)

Foi por mim e por você! (22:63-71)

Lucas 23

O silêncio ensurdecedor (23:1-12)

Não foram seis por meia dúzia (23:13-25)

Não chorem por mim! (23:26-31)

Ele é rei dos judeus?... (23:32-38)

... Não! Ele é o Rei da glória! (23:44-49)

Aplicação

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Exposição bíblica - Quinta-feira, 1º de fevereiro de 2018

{Lucas 24}

Ivanilsa de Oliveira - [email protected]

Introdução

Ontem foi falado sobre traição, prisão, acusação, julgamento, condenação, sofrimento, castigo, crucificação e morte de Jesus que ocorreram dentro de um período de mais ou menos doze horas, tudo numa sexta-feira daquela época. Mas agora, a morte que parecia vitoriosa, perdeu a sua “vítima”: Jesus ressuscitou!

A ressurreição (24.1-49)

A descoberta (1-12): as mulheres que estavam com Jesus, foram as primeiras a anunciarem a ressurreição dos mortos. Os discípulos ao ouvirem parecia-lhes um delírio e não acreditaram nelas.

No caminho de Emaús (13-35): foi ainda naquele mesmo dia que dois discípulos estavam no caminho de Emaús. Não se sabe a localização exata dessa aldeia. Eles conversavam sobre tudo que tinha acontecido nos últimos dias quando Jesus se aproxima deles e passa a acompanhá-los. Eles nada notaram. Parece indicar que Deus os estava impedindo de reconhecerem Jesus nesse momento.

O encontro com os discípulos (36-49): ao se encontrarem com os onze reunidos e mais alguns outros que já afirmavam que o Senhor tinha ressuscitado, aqueles dois do caminho de Emaús aproveitaram também para contarem o que tinham visto e presenciado. Os onze não acreditaram nas mulheres, mas o aparecimento a Simão Pedro transmitiu convicção.

Aplicação

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Silêncios Reflexivos Orientações

O Silêncio Reflexivo é um espaço na grade da maioria dos encontros de formação da ABUB. Olhamos para esse tempo com muito carinho e lhe damos a devida importância, pois ele tem por objetivo auxiliar você na “digestão” do que temos ouvido e aprendido durante o encontro. É um momento para silenciar, rever anotações, aprofundar conceitos, orar, assumir compromissos e, acima de tudo, ouvir a voz suave de Deus nos falando.

É provável que você se sinta um pouco desconfortável, pois nos silenciar não é um exercício que fazemos diariamente. Por isso, gostaríamos de dar algumas sugestões para que você aproveite bem esse tempo.

Utilize os primeiros minutos apenas para silenciar-se, respire fundo, descanse seu coração, tente esvaziar sua mente. Em seguida leia o material e suas anotações do dia com atenção, escrevendo suas percepções e orações. Colocamos um tema em cada dia, alguns textos e perguntas para ajudá-lo nessa reflexão.

Não tenha pressa! Esse é um momento único entre você e Deus! Se seu coração estiver ansioso lhe atrapalhará ao ouvir o que o Senhor tem para dizer ou tratar em você nessa manhã. Se for apenas ler e responder as perguntas não gastará nem 15 minutos. O objetivo é meditar, refletir e ouvir.

Bom encontro!

Equipe Silêncio Reflexivo 2018

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Silêncio Reflexivo - Segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Seja singular com Ele

Jessica Kelly Ribeiro – [email protected]

“A ORAÇÃO é uma experiência singular para cada ser humano. Como ela nasce da conexão com o Espírito Santo, em relação com o mundo de nossa intimidade pessoal, cada oração apresentará, também, o mistério da singularidade de cada pessoa. Portanto, não é possível criar um arquétipo único e fechado para a oração. Não podemos fechar as possibilidades criativas de nossas orações. Muito pelo contrário, precisamos entender que orar é se libertar de todas as algemas e dependência da religião e de seus controladores.” - Carlos Queiroz.

“Como dirigir a oração aquele que conhece todos os nossos segredos, nos ama incondicionalmente, sabe o que se passa no mais profundo do nosso coração? Diante do Senhor, podemos nos abrir, dizer quem realmente somos, confessar nossos pecados e torpezas, sem máscaras, sempre representações. Orar é entrar e participar da comunhão da Trindade. A verdadeira vida de oração é pessoal. Ela conta a história da vida, é afetiva, toca os sentimentos, é transformadora, muda o olhar, é movida pela saudade, não pela ansiedade. A oração é, ao mesmo tempo, uma graça de Deus a ser recebida e uma disciplina espiritual a ser exercitada e desenvolvida.” - Osmar Ludovico.

“Podemos transformar lugares hostis e barulhentos em pequenos momentos de oração e ações de graça. Um assento de ônibus, uma parada no trânsito, um intervalo entre reuniões, uma pausa no meio do dia. Quando aprendemos a criar esses espaços vazios, lugares que precisam ser preenchidos pela presença de Deus, nós os transformamos em lugares tranquilos.” - Ricardo Barbosa de Souza.

“A oração não consiste em você tentar comover a Deus. Orar, entre outras coisas é ser envolvido nos caminhos e nas atividades de Deus. Ele dirige os negócios do universo, e ele o convida a participar desse domínio através da oração.” - John White.

1 - Com quais expectativas você inicia este encontro? Registre aqui essas expectativas, desejos e possíveis ansiedades.

2 - O que mais te chamou a atenção na introdução e na primeira exposição do livro de Lucas?

3 - Registre aqui a sua primeira oração no encontro e gaste um tempo meditando nessas palavras.

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Silêncio Reflexivo - Terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Chegado ao Logos

Jessica Kelly Ribeiro – [email protected]

“O DEUS EM QUEM CREMOS É LOGOS, Palavra. Ele tem voz, fala face a face como um amigo, assim como fez com Moisés, e deseja se fazer conhecido. Falou através de profetas, veio ao mundo de forma encarnada em Cristo Jesus e a Bíblia o revela como sendo amoroso. Além disso, os céus proclamam a existência desse Deus criador...” - Osmar Ludovico.

“As Escrituras afirmam que somos o templo ou a morada do Espírito Santo. O templo é o local de encontro, onde o homem se vê diante de Deus. Dentro de nós, na intimidade da alma, está o Deus vivo e verdadeiro, que se faz acessível por meio de seu amor pelos homens.” - Osmar Ludovico

“A prática do silêncio é evitada porque é através dele que os fantasmas da alma, os medos e angústias que vivem nos esconderijos do coração, surgem com todo o seu poder e terror. Mas é através do silêncio que encontramos o poder de Deus que faz sucumbir os fantasmas e medos e que renova em nós a alegria da paz e comunhão íntima com o Senhor.” - Ricardo Barbosa de Sousa

“Quando nos dispomos a conhecer melhor a Deus, descobrimos que não podemos fazê-lo de forma completa e definitiva. Algo nos escapa, pois “olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2:9). Somos ofuscados ao nos aproximarmos dele, restando-nos cair de joelhos, atônitos, boquiabertos, pasmos diante do inescrutável, do inefável, do inominável, do incognoscível, do insondável de Deus.” - Osmar Ludovico.

1 - Ontem foi seu primeiro dia de oficina. O que chamou sua atenção para escolher esse tema?

2 - Qual o impacto do nascimento de Jesus em sua vida? Como você se relaciona com a infância de Jesus? Que aspectos dessa parte da vida de Jesus lhe remetem a sua própria infância?

3 - Que mudanças de atitude, pensamento e/ou caráter você percebe que precisa tomar a partir do que foi trabalhado no EBI e/ou na exposição do Evangelho de Lucas hoje?

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Silêncio Reflexivo - Quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Um nobre chamado Lia Do Valle Souza – [email protected]

“Deus não nos chamou para o sucesso, mas sim para a fidelidade.” - Oswald Chambers

“Todavia, as notícias a respeito dele se espalhavam ainda mais, de forma que multidões vinham para ouvi-lo e para serem curadas de suas doenças. Mas Jesus retirava-se para lugares solitários, e orava.” Lucas 5:15,16

“Nossa tarefa não é suprimir e ocultar nossos verdadeiros sentimentos, conforme estamos fazendo desde a infância, mas é desmascará-los diante dele, a fim de que ele possa curar-nos e tornar-nos pessoas inteiramente sadias. Quando isso ocorre, entramos na oração mais profunda do que nunca, sendo nossa velha personalidade novamente paternizada, descobrindo o Pai de Jesus como nosso próprio Pai. Não mais estarei adorando e servindo o deus de meus pais caídos, mas o Deus e Pai de Jesus. Eis o que significa ter nascido de novo. Essas palavras são completamente inúteis se são reais simplesmente como palavras, sem se tornarem uma parte de nossa própria experiência viva.” - James Houston

“Jesus lhes respondeu: 'Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento'.” Lucas 5:31,32

“Oração não é uma tentativa de impressionar, é o momento de finalmente relaxar e ser honesto.” - Don Everts

“Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.” Lucas 6:12

“No fundo, existem dois tipos de pessoas no mundo, as que dizem ‘Senhor seja feita a Tua vontade’ e aqueles a quem o Senhor diz ‘seja feita a sua vontade’.” - C. S. Lewis

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Refletindo um pouco mais...

1 - Hoje é o terceiro dia do Silêncio Reflexivo e creio que ainda é um grande desafio silenciar a alma. Então, tire os primeiros dez minutos para ficar em silêncio, feche os olhos e tente calar a voz da sua mente.

2 - O chamado mais nobre que recebemos no Reino de Jesus é o chamado à oração. Podemos ver o quanto Jesus orava e falava com o Pai. E esse chamado é nobre pois não somos nobres o suficiente para responder a esse chamado, por isso, Jesus nos chama como somos. Coloca em nós o sangue nobre, que veio de Jesus, para assim podermos achegar ao Pai. Comece a orar a ele, seja em silêncio, ou ajoelhado, ou escreva uma oração, ou sussurre em voz baixa, ou em voz alta (só fique atento para não atrapalhar o colega do lado). Ore a ele do seu jeito.

3 – Tire esses últimos minutos do Silêncio Reflexivo para fazer anotações do que mais lhe impactou nas palestras e rodas de conversa de ontem e na manhã de hoje.

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Silêncio Reflexivo - Quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

A riqueza da fé

Lia Do Valle Souza – [email protected]

“Ao ouvir isso, Jesus admirou-se dele e, voltando-se para a multidão que o seguia, disse: 'Eu lhes digo que nem em Israel encontrei tamanha fé'.” - Lucas 7:9

“Os dons espirituais são válidos, mas seu verdadeiro propósito não é impulsionar nossos próprios egos ou estabelecer nossa credibilidade, mas edificar a outros na fé cristã.” - James Houston

“Então Jesus disse a ela: 'Seus pecados estão perdoados'. (...) 'Sua fé a salvou; vá em paz'.” - Lucas 7:48,50

“O discípulo é aquele que, dedicado a tornar-se como Cristo e permanecer em sua ‘fé e prática’, reorganiza sistemática e progressivamente sua vida com vistas a esse objetivo. O discipulado pode concretizar-se hoje quando amamos os inimigos, abençoamos os que nos amaldiçoam, andamos a segunda milha com um opressor, ou seja, quando praticamos as transformações interiores da fé, da esperança e do amor.” - Dallas Willard

“Os discípulos foram acordá-lo, clamando: 'Mestre, Mestre, vamos morrer!' Ele se levantou e repreendeu o vento e a violência das águas; tudo se acalmou e ficou tranquilo. 'Onde está a sua fé?', perguntou ele aos seus discípulos. Amedrontados e admirados, eles perguntaram uns aos outros: 'Quem é este que até aos ventos e às águas dá ordens, e eles lhe obedecem?'.” - Lucas 8:24,25

“O principal exercício que os filhos de Deus têm a fazer é orar; portanto, dessa maneira, eles dão uma verdadeira prova de sua fé. E a oração é o resultado inevitável da presença da fé no coração humano, pois sempre que a fé se manifesta, a oração não pode ser preguiçosa.” - João Calvino

“Então a mulher, vendo que não conseguiria passar despercebida, veio tremendo e prostrou-se aos seus pés. Na presença de todo o povo contou por que tinha tocado nele e como fora instantaneamente curada. Então ele lhe disse: 'Filha, a sua fé a curou! Vá em paz'.” - Lucas 8:47,48

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“Uma fé que depende daquilo que fazemos esqueceu-se de suas raízes. No próprio coração da fé cristã temos Deus tomando a iniciativa para mostrar-nos misericórdia e para salvar-nos. Nosso relacionamento com Deus não depende das boas coisas que fazemos, mas da misericórdia de Deus para conosco. Portanto, a oração nunca pode funcionar automaticamente, pressionando-se os botões certos e seguindo as técnicas certas. Nenhum relacionamento humano funciona nesse nível, e nem nosso relacionamento com Deus.” - James Houston

Refletindo um pouco mais...

1 - Depois das leituras acima, fale a Deus em oração o que mais impactou seu coração e o que você deseja mudar.

2 - Releia todas as suas anotações que você fez desde o primeiro dia e tire um momento para refletir sobre elas, e o que elas dialogam com o tema do Silêncio Reflexivo de hoje.

3 - Escreva uma oração de entrega ao Senhor, desafiando sua vida de fé.

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Silêncio Reflexivo - Sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

O bom samaritano em terras brasileiras

Gilvânia Ramos – [email protected] O texto a seguir é uma paráfrase de Lucas 10:25-37, que narra a parábola do bom samaritano. Recomendamos a leitura do texto bíblico antes de ler abaixo.

"E eis que se levantou certo professor de uma faculdade teológica brasileira e, para experimentar Jesus, disse: 'Mestre, que farei para herdar a vida eterna?'. Perguntou-lhe Jesus: 'Que está escrito na lei? Como lês tu?' Respondeu-lhe ele: 'Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo'. Tornou-lhe Jesus: 'Respondeste bem; faze isso, e viverás'. Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: 'E quem é o meu próximo?'. Jesus, prosseguindo, disse: 'Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões, os quais o despojaram e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. Casualmente, descia pelo mesmo caminho certo pastor de uma grande igreja que se proclama falsamente reformada; e vendo-o, pensou logo no atraso que teria o lançamento de seu novo livro Em seus passos, que faria Calvino?, e passou de largo. De igual modo, um oficial eclesiástico chegou àquele lugar, viu-o, pensou no atraso que teria sua reunião secreta, marcada em uma pizzaria logo mais à noite, em que trataria de como puxar o tapete do pastor sem ficar mal com a igreja, e passou de largo. Porém, um obreiro simples, que ia de viagem, e que havia acabado de pregar em sua congregação de madeira que 'a Briba é a Palavra do Deuzo Vivo', chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão; e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre sua CG 125 usada, levou-o para um hospital e cuidou dele. No dia seguinte tirou dinheiro da carteira, deu-o ao enfermeiro e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu te pagarei quando voltar.

"'Qual, pois, destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?' Respondeu o teólogo: 'Aquele que usou de misericórdia para com ele'. Disse-lhe, pois, Jesus: 'Vai, e faze tu o mesmo'." - Rodrigo de Lima Ferreira, Ultimato, 2017.

Hoje nosso silêncio reflexivo será um pouco diferente. Convidamos você a parafrasear a parábola do bom samaritano, assim como fez o autor do texto acima. Mas antes de escrever a paráfrase, reflita sobre o seu contexto: escola, universidade, ambiente de trabalho, família, igreja, amigos, grupos ou comunidades das quais você participa. Leve tudo isso em consideração e escolha os personagens que serão inseridos na sua versão da parábola. Sinta-se à vontade para compartilhar o seu texto em outro momento com alguém aqui no IPL. Esperamos que esta seja uma ótima e edificante experiência!

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Silêncio Reflexivo - Sábado, 20 de janeiro de 2018

Vigiando a casa

Gilvânia Ramos – [email protected]

“Estejam prontos para servir, e conservem acesas as suas candeias, como aqueles que esperam seu senhor voltar de um banquete de casamento; para que, quando ele chegar e bater, possam abrir-lhe a porta imediatamente. Felizes os servos cujo senhor os encontrar vigiando, quando voltar. Eu lhes afirmo que ele se vestirá para servir, fará que se reclinem à mesa, e virá servi-los. Mesmo que ele chegue de noite ou de madrugada, felizes os servos que o senhor encontrar preparados. Entendam, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não permitiria que a sua casa fosse arrombada. Estejam também vocês preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que não o esperam.” - Lucas 12:35-40

Vigiando a casa

"Quando eu era criança, ou melhor, adolescente, eu vigiava a casa. A gente morava à beira da Rio-Bahia, Manhuaçu/MG, e eu era incumbido de ficar vigiando a casa. Eu aproveitava para, entre outras coisas, desenhar e escrever. 1969. Às vezes saía, dava uma olhada na estrada, no movimento, para ver se vinha alguma pessoa suspeita. Depois entrava em casa, fechava tudo e ficava bem quietinho olhando de uma greta para ver se tinha alguém estranho no terreiro. E às vezes tinha! (...) Essas lembranças hoje me vieram à mente assim que eu me levantei e mexeram comigo nessas alturas da minha vida. Aos 62 anos bem vividos, escolado, aposentado e muitas vezes criticado continuo "vigiando a casa", não mais como um menino medroso e curioso, mas um brasileiro chateado e decepcionado que se fez jornalista 'na raça'. Poeticamente, o tempo não mudou, o tempo parou, mas eu mudei muito, principalmente na aparência, na cabeça e no conhecimento. Naquele tempo, meus pais e meus irmãos iam pra roça trabalhar, ou iam para algum outro lugar e eu ficava incumbido de vigiar a casa. Não bastava apenas fechar a casa, era preciso mais, era preciso ter alguém para vigiar, olhar e proteger. Quanta ingenuidade! Um adolescente não vigia nada, mas era uma presença constante ali. A Bíblia fala muito em vigias, vigiar, torre de vigia, vigilância, estar de prontidão e bem atento, muitas vezes se referindo sobre a volta de Jesus. Eu penso: por que a igreja hoje raramente fala sobre a volta de Jesus? Não entendo, pois hoje ela está mais iminente do que antes e os sinais são cada vez mais evidentes e claros. Hoje, os assuntos são outros (...). Chego a questionar e até a duvidar, não da volta de Jesus, mas das prioridades da Igreja. Estamos vigiando a nossa casa, o nosso templo, que na verdade é o templo

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do Espírito Santo? 'Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir'." - Cícero Alvernaz, aposentado e jornalista

1 - Reflita sobre como você tem lidado com a certeza da breve vinda do Senhor Jesus e sobre a necessidade de estarmos em vigilância. Esse tema tem sido encarado como prioridade em sua vida? Por quais razões?

2 - Em que esse texto de Lucas te desafia na sua caminhada missionária na universidade/ambiente de trabalho?

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Silêncio Reflexivo - Segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Em direção à sanidade

Morgana Boostel – [email protected]

“Compreender o evangelho é vivê-lo de novo, reinventá-lo a cada situação que surge, recebê-lo como resposta a uma interrogação da vida no presente.” - José Comblin

“A devoção é a escola onde aprendemos a aquietar nossa alma, saindo da agitação da tagarelice, do ativismo, das ambições, da insatisfação e das preocupações para nos relacionarmos, pela ação do Espírito Santo, com o Pai de Jesus Cristo que nos perdoa, aceita, apazigua, alegra e enche de santo temor.” - Osmar Ludovico

“A prática do silêncio é evitada porque é através dele que os fantasmas da alma, os medos e angústias que vivem nos esconderijos do coração, surgem com todo o seu poder e terror. Mas é através do silêncio que encontramos o poder de Deus que faz sucumbir os fantasmas e os medos que renova em nós a alegria da paz e comunhão íntima com o Senhor”. - Ricardo Barbosa

“A solitude e a comunhão representam um movimento espiritual. E na solitude me encontro com Deus e comigo mesmo, e é na comunhão que me encontro com meus irmãos. Torno-me mais livre para amar meus irmãos na medida em que me nutro com o amor de Deus nos lugares secretos.” - Ricardo Barbosa

“A espiritualidade é aquilo que produz no ser humano uma transformação interior [...]. Essa transformação não começa nem termina com o interior de cada ser, mas, a partir desse interior, desencadeia toda uma rede de transformações na sociedade, nas relações com a natureza e com o universo inteiro.” - Leonardo Boff

“Ao afirmar: ‘Miserável homem que sou...’ Paulo não se torna vítima, mas protagonista. A responsabilidade é dele, não dos outros. Esta é a diferença. Paulo não responsabiliza os outros pelas escolhas erradas que fez, pelas oportunidades que deixou escapar, pela formação que deixou de obter, pela influência nociva que sofreu. O cenário principal do seu conflito não é externo, mas interno a luta entre fazer o bem que conhecia e desejava e se deixar levar pelo mal que não desejava, era uma luta da sua alma e Paulo a enfrentou com honestidade e coragem.” - Ricardo Barbosa

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“Confissão não é apenas a declaração daquilo que fizemos ou deixamos de fazer, mas é o confronto com a nossa própria natureza, com os vícios que foram incorporados ao nosso caráter. Quando tratamos o pecado apenas na perspectiva do que fazemos ou deixamos de fazer, não somos confrontados com nosso caráter, mas apenas com certas atitudes.” - Ricardo Barbosa

1 - Olhando sinceramente para dentro de si, que pecados você encontra em seu caráter? Você se sente autossuficiente ou mesmo depende demais de alguém? Liste esses pecados, os confesse diante de nosso Pai!

2 - Como anda sua saúde mental e espiritual? Você tem pessoas que te ajudam a caminhar em direção à sanidade? Se sim, ore por elas. Se não, clame para que Deus te mostre quem são essas pessoas que podem caminhar com você. Liste possíveis pessoas que você pode se aproximar para lhe auxiliar nesse processo, e ore por elas.

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Silêncio Reflexivo - Terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Espiritualidade e simplicidade

Morgana Boostel – [email protected] “A espiritualidade cristã é um processo de ser conformado à imagem de Cristo para benefício dos demais.” - Robert Mulholland

“A vida e os ensinamentos de Jesus nos trazem a memória a centralidade da oração. Para ele, a oração era a forma de manter-se em contato permanente com o Pai, de submeter-se ao escrutínio da sua vontade, e de receber a inspiração para continuar anunciando e tornando presente a realidade do reino de Deus e da sua justiça.” - Harold Segura

“Espiritualidade é [...] seguir a Jesus, [...] é motivação, impulso, utopia, causa pela qual viver e lutar. A espiritualidade é vista em um testemunho coerente: ser o que se é, falar o que se crê. Crer o que se prega. Viver o que se proclama. Até as últimas consequências e nas coisas pequenas do dia a dia.” - Pedro Casaldáliga

“Os sábios tomam a atitude dos mestres e ficam fechados a luz de Deus. Os simples seguem a atitude dos discípulos, que estão por aprender.” - José Comblin

“Nossa obediência cristã exige um modelo de estilo de vida simples, mesmo sem levar em consideração as necessidades dos outros. Entretanto, o fato de 800 milhões de pessoas estarem na pobreza mais absoluta e 10 mil morrerem de fome todo dia, torna inviável qualquer outro estilo de vida.” - John Stott

“A falta do pão na mesa do pobre é um reflexo da falta de espiritualidade no altar dos cristãos. [...] O pão passa a ser um sinal de nossa falta de espiritualidade quando o outro não o tem. Arrepender-se, pedir perdão por esta ofensa e mudar o quadro de miséria que tem afetado tantas pessoas é uma obrigação ética dos seguidores do Jesus Cristo de Nazaré. Que o Pai do céu nos ajude a socializar o pão da terra.” - Carlos Queiroz

“Para os cristãos, entretanto, a resistência à sociedade de consumo, um sistema construído sobre falsos pressupostos e valores distorcidos, não é opcional. Os problemas que o capitalismo global coloca não são meramente, nem mesmo principalmente, econômicos ou técnicos, mas morais e espirituais.” - René Padilla

“Viver o papel profético na sociedade de hoje significa viver os valores de Jesus, o Cristo: serviço, justiça, amor, liberdade, paz, honestidade, solidariedade, respeito pela vida, enfim, valores cristãos que hoje não passam de slogans usados pelos especialistas do mercado político como legendas para as fotos de seus candidatos mentirosos.” - Harold Segura

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1 - Quais desejos mais profundos você tem para seu futuro? Eles são o que Deus deseja de você?

2 - Como o seu dinheiro tem sido de Deus? Confesse!

3 - Que pessoas ao seu redor podem precisar de sua ajuda para alcançar uma vida plena? Liste e ore por cada uma delas, peça para que Deus lhe ajude com oportunidades para ser “amigo”, “profeta” e “cuidador” na vida delas.

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Silêncio Reflexivo - Quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Você foi desmascarado

Jessica Kelly Ribeiro – [email protected]

“O Evangelho desmascara os ídolos da vida pública e pessoal, e subverte os poderes caídos por meio da fraqueza da cruz (Colossenses 2:15), dirigindo-se a indivíduos, mas também a todas suas atividades, seja na vida familiar, nas artes, ciência ou tecnologia, empresas ou governos.” - A mensagem da Missão

“Quanto maior nossa segurança em Cristo, mais decididos estaremos a fazer o que a verdade nos chama a fazer. Nossa singularidade e nosso crescimento em santidade andam juntos. Todavia, quanto menos percepção tivermos de nossa identidade singular em Cristo, mais indecisos, transigentes e vazios seremos, e mais aceitaremos o consenso popular. Ficaremos satisfeitos na multidão, fazendo o que os outros fazem e nos comportando dentro das normas da moralidade convencional.” - James Houston

“A instabilidade espiritual caracteriza-se pela nossa inquietação e incapacidade de perceber a presença de Deus em nós. Para muitos, Deus está presente em algum outro lugar: em alguma reunião abençoada, num culto ‘quente’ ou numa ‘vigília poderosa’. São pessoas que vivem sempre correndo atrás de algum lugar onde imaginam que Deus esteja, ou, na linguagem mais popular, onde a ‘bênção’ está. Tornamo-nos incapazes de olhar para dentro e encontrá-lo lá, onde ele escolheu habitar.” - Ricardo Barbosa de Sousa

“Quando os cristãos se importam uns com os outros, e com os pobres, Jesus Cristo se torna mais visivelmente atraente.” - John Stott.

1 - Como você tem percebido Cristo nestes dias ao estudar o Evangelho de Lucas?

2 - Como você tem vivido e experimentado estes momentos de oração tanto individual e como comunitário? Tem algo que você quer colocar em prática quando voltar para sua rotina?

3 - Hoje finalizaremos o segundo bloco de oficinas. Tem algo que tenho sido desafiado a mudar nas suas atitudes e práticas? E o que mais te marcou nesta manhã (EBI, exposição, palestra)? Liste e ore sobre isso!

4 - Já estamos quase chegando ao dia tão esperado: envio para a parte prática. Tente pensar nas situações de injustiça que poderá encontrar no lugar onde estará e se coloque diante de Deus como instrumento de transformação. Ore!

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Silêncio Reflexivo - Quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A segunda vinda

Gilvânia Ramos – [email protected]

“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações estarão em angústia e perplexidade com o bramido e a agitação do mar. Os homens desmaiarão de terror, apreensivos com o que estará sobrevindo ao mundo; e os poderes celestes serão abalados. Então se verá o Filho do homem vindo numa nuvem com poder e grande glória. Quando começarem a acontecer estas coisas, levantem-se e ergam a cabeça, porque estará próxima a redenção de vocês”. Ele lhes contou esta parábola: “Observem a figueira e todas as árvores. Quando elas brotam, vocês mesmos percebem e sabem que o verão está próximo. Assim também, quando virem estas coisas acontecendo, saibam que o Reino de Deus está próximo. Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que todas essas coisas aconteçam. Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão. Tenham cuidado, para não sobrecarregar o coração de vocês de libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vocês inesperadamente. Porque ele virá sobre todos os que vivem na face de toda a terra. Estejam sempre atentos e orem para que vocês possam escapar de tudo o que está para acontecer, e estar em pé diante do Filho do homem.” - Lucas 21:25-35

“Parafraseando o grande Agostinho, quem não amou a primeira vida do Rei, não suportará quando ele regressar. Da primeira vez, ele veio em fragilidade, pequenez, dependendo da ajuda de suas criaturas para sobreviver à nossa miserável condição. Ele se expôs no presépio, na irresistível beleza de uma criança nos braços da mãe. Cheio de graça, no tempo devido, se expôs voluntariamente no alto da cruz, agora deixando transparecer nele a fealdade do nosso pecado e a punição imputada. Quem não o amou nessa vinda primeira, quando em nossa vulnerabilidade, fez-se próximo, tão próximo que foi chamado de Filho do Homem, não o amará, antes, se encherá de medo, terror e angústia quando ele vier sobre as nuvens, em glória, para exercer a vingança e levar consigo os que lhe pertencem.” - Luiz Fernando Dos Santos

1 - As palavras desse capítulo de Lucas são muito impactantes. Coloque-se diante do Senhor e com sinceridade fale sobre que essas palavras dizem ao teu coração.

2 - Escreva uma oração pedindo ao Senhor para que encha teu coração de esperança e anseio por sua segunda vinda.

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Palestras Terça-feira, 16 de janeiro de 2018

O ministério da saúde espiritual adverte...

Luiz Felipe Xavier – [email protected]

Introdução

A estrutura de Lucas 12:13-21 é a seguinte:

- Narrativa inicial. - Parábola. - Declaração final.

Através da parábola do rico insensato, Jesus nos ensina que precisamos ficar de sobreaviso contra todo tipo de ganância, pois a nossa vida não consiste na abundância dos nossos bens.

Uma confissão, uma informação e um esclarecimento.

Texto: Lucas 12:13-21

Proposição

Deus deseja que desenvolvamos uma relação saudável com os bens materiais. Para tal, precisamos considerar três advertências de Jesus.

Primeira advertência: a ganância é uma enfermidade espiritual (13-15)

No meio de uma multidão, alguém diz a Jesus: “Mestre, dize a meu irmão que divida a herança comigo”.

E Jesus responde: “Homem, quem me designou juiz ou árbitro [melhor seria “partidor”, como na ARA] entre vocês?”.

Voltando-se para os demais presentes, Jesus declara: “Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens”.

Aqui está o princípio espiritual que será ilustrado pela parábola do rico insensato: É preciso ficar de sobreaviso contra todo tipo de ganância.

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Ganância é desejo ávido e insaciável de ter sempre mais.

Ela é uma enfermidade espiritual terrível.

Por que é necessário afastar-se ou proteger-se da ganância?

A resposta de Jesus é muito clara: Porque a vida [zoe] de um homem não consiste na quantidade dos seus bens.

Uma vez que estamos em uma zona de epidemia de ganância, precisamos tomar muito cuidado.

Segunda advertência: a acumulação para si mesmo é o sinal dessa enfermidade (16-20)

Para ilustrar o princípio espiritual, Jesus lança mão da parábola do rico insensato.

História da parábola: a terra produz por si mesma; o dono dessa terra é um homem rico; ele já tem e ainda terá mais do que o suficiente; a perspectiva de ter mais do que o suficiente traz-lhe um problema; o problema é o que fazer com o excedente; as duas alternativas são acumular ou partilhar; o homem rico faz opção de acumular; a acumulação para si mesmo é o sinal da enfermidade; ele quer proteger e desfrutar os seus bens, quer segurança e bem estar; Deus declara que a opção de acumular é uma expressão de loucura; é loucura porque o homem rico não tem domínio sobre a própria vida (psuche – fôlego de vida).

Quando acumulamos riquezas para nós mesmos, Jesus nos chama de loucos.

Terceira advertência: a partilha com o próximo é o tratamento dessa enfermidade (21)

Jesus conclui com as seguintes palavras: “Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus”.

Aqui Jesus aprofunda o princípio espiritual.

O que é ser rico para com Deus?

Ser rico para com Deus é partilhar o que se tem com o seu próximo.

Essa partilha com o próximo é o tratamento da enfermidade.

Pergunta final.

Conclusão

Oração

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Palestra - Quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Transformando indiferença em compaixão

Luiz Felipe Xavier – [email protected]

Introdução

Tanto a Parábola do Rico Insensato quanto a do Rico e Lázaro encontram-se na viagem de Jesus da Galileia à Judeia e retratam o conflito com os fariseus sobre o dinheiro.

Na viagem a Jerusalém, Jesus está ensinando que só há dois modos de vida possíveis: o viver baseado no amor ao dinheiro ou o viver baseado no amor a Deus. O primeiro é marcado por ansiedade, por ganância e, como veremos, por indiferença. O segundo é marcado por fé, por partilha e, como também veremos, por compaixão.

Como temos vivido, amando a Deus ou ao Dinheiro?

Texto: Lucas 16:19-31

Proposição

Os discípulos de Jesus são aqueles que vivem baseados no amor a Deus, transformando indiferença em compaixão. Para tal, eles precisam desenvolver três percepções.

Primeira percepção: do necessitado (19-21)

A parábola começa com a descrição dos seus personagens principais: o rico e Lázaro. O rico se veste de púrpura e de linho fino, e vive no luxo todos os dias. O mendigo Lázaro é coberto de chagas e anseia comer o que cai da mesa do rico.

Três detalhes: - Há um portão que separa o rico e Lázaro. - Lázaro é nomeado, mas o rico não. - Os cães se importam com Lázaro, porém, o rico não.

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Aqui, o que mais nos interessa é que Jesus denuncia a indiferença do rico em relação a Lázaro, o necessitado que diariamente é colocado à sua porta e ele não vê.

Como discípulos de Jesus, somos desafiados a perceber o necessitado.

Segunda percepção: da morte (22-23)

A parábola segue e chega o dia em que tanto o rico quanto Lázaro morrem.

O mendigo Lázaro morre e é levado pelos anjos para junto de Abraão.

O rico também morre, é sepultado e acha-se no Hades.

Aqui, o que mais nos interessa é que, depois da morte inevitável, a barreira invisível que separava o rico e Lázaro torna-se um abismo intransponível e definitivo.

Como discípulos de Jesus, somos desafiados perceber a morte.

Terceira percepção: da Palavra (24-31)

A parábola se encerra com um diálogo entre o rico e Abraão.

Esse diálogo começa com o rico expressando um desejo em relação a si mesmo.

Em resposta ao rico, Abraão anuncia uma inversão.

Em resposta a Abraão, o rico expressa um novo desejo em relação aos seus irmãos.

Em resposta ao rico, Abraão é incisivo: "Eles têm Moisés e os profetas; que os ouçam".

Levítico 19:9-10; Isaías 58:6-7.

Em resposta a Abraão, o rico insiste em relação ao seu segundo desejo.

Por fim, em resposta ao rico, Abraão reforça o que dissera.

Aqui, o que mais nos interessa é que ouvir a Palavra é sinônimo de obedecer a Palavra.

Como discípulos de Jesus, somos desafiados a perceber a Palavra.

Conclusão

Oração

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Agenda pessoal Identidade vocacional e pressões da vida

moderna

Ivanilsa de Oliveira - [email protected] O que é vocação?

Todos aqui sabem a sua vocação? Acham que estão cumprindo?

● Em geral, temos uma compreensão muito equivocada do que significa o chamado, ou a vocação. Para nós, hoje, dentro da nossa cultura, a vocação depende do que nós fazemos. Então, quando alguém encontra sua vocação, seu chamado, isso significa que encontrou alguma coisa com que se identifica e que lhe dá algum tipo de satisfação. Não é assim?

● Chamado ou vocação é algo que pode ser entendido de diferentes maneiras. Primeiro, para os que creem, significa uma convocação do Senhor para sermos agentes da reconciliação de todas as coisas por meio de Cristo. Segundo, tem a ver com aquilo que fazemos no cotidiano. Terceiro, há um sentido de vocação que diz respeito à realização, particular e única de cada pessoa, enfocando a sua vida, dons, talentos e habilidades.

● Para “encontrar a si mesmo” é bom estar atento a três elementos: “nossos dons e habilidades, as necessidades ao nosso redor e os nossos interesses”. A consideração dos três em conjunto não é em si uma garantia de paz, mas já nos ajuda a ir por bons caminhos para buscarmos sentido e realização.

Sobre as pressões da vida: coragem!

● Tudo passa em uma velocidade extremamente rápida, cada vez mais veloz, que muitas vezes nos sentimos tontos. Cobranças são das mais diversas sobre todos nós. É a vida de adulto, sem dúvida alguma.

● Independente de qual seja a sua profissão, sua graduação ou cargo no grupo da ABU ou ABP, o que é uma constante é que sempre você será pressionado, sempre será cobrado, não só pelo seu chefe, professor, colega de EBI, família, igreja. Será cobrado, e muito, principalmente por você mesmo.

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● Nesse correr, colocamos tudo em prioridade, e esquecemos daquilo que deve ser, sempre, prioritário para nós: nosso bem estar (estar bem com a gente e estar bem com Deus).

● A felicidade, de forma simples e direta, está naquilo que nós mesmos fazemos, naquilo que nós mesmos vivemos. A felicidade não está fora de mim, mas está em mim.

Roteiro:

“Todo cristão é chamado a seguir a Jesus Cristo e a comprometer-se com a missão de Deus no mundo. Os benefícios da salvação são inseparáveis de um estilo de vida missionário.” - René Padilla, O que é missão integral?

“Sempre teremos necessidade de deixar que suas palavras nos ‘absorvam’ de modo a podermos entender sua linguagem do Reino como participantes que se encontram do lado de dentro. Mas, a partir daí, precisamos descobrir novas maneiras de traduzir sua mensagem nas formas de pensamentos e na cultura de nosso mundo atual, para que possamos ‘ensinar o que Jesus ensinou, da forma como ele ensinou’. A busca por uma melhor tradução é uma busca tanto artística quanto teológica. Envolve não apenas uma profunda compreensão da mensagem de Jesus, como também uma compreensão substancial de nossa cultura contemporânea e de suas diferentes correntes e subcorrentes.” - Brian McLaren, A Mensagem Secreta de Jesus.

“Em uma sociedade que está mais inclinada a nos ajudar a esconder a dor que a crescer por meio dela, é necessário fazer um esforço muito consciente para sentir pesar.” - Henri Nouwen, In Memoriam.

“Estamos constantemente submetidos ao condicionamento da sociedade de consumo, muitas vezes somos tentados a adotar prioridades e metas que pouco ou nada têm a ver com os valores do Reino.” - René Padilla, O que é missão integral?

1 - Fale um pouco sobre a sua vida, como escolheu o seu curso/profissão e como tem sido a vida na universidade/trabalho.

2 - Quais pressões da sua vida hoje e o que você tem feito para lidar com elas?

3 - Compartilhe um pouco dos seus sonhos, expectativas para o futuro e estabeleça um passo para atingir uma meta.

4 - Gastem um tempo orando juntos!

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Bibliografia:

Brian McLaren, A Mensagem Secreta de Jesus. Editora Thomas Nelson Brasil, 2007. Henri Nouwen, In Memoriam. Editora Loyola, 2001. René Padilla, O que é missão integral? Editora Ultimato, 2009. E-Book: Vocação e Juventude. Org: Felipe Fulanetto e Lissânder Dias. Editora Ultimato. Textos usados: Ricardo Barbosa (nossa identidade, nossa vocação) e Ricardo Wesley (discernindo e exercendo a vocação). Site: obvious - http://obviousmag.org/caminho_entre_devaneios/2016/pressao-cobranca-felicidade-vida.html#ixzz4zw75gdH6

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Construindo Pontes Trechos do livro Apologética cristã no século XXI: ciência e arte com integridade, de Alister McGrath, publicado pela Editora Vida, em 2008. O título original do livro, em inglês, é Bridge-building.

“O que é apologética cristã? Em seu sentido primordial, é uma apologia da fé cristã, uma apresentação e defesa de suas reivindicações de verdade e importância no grande mercado das ideias. (…) O objetivo da apologética consiste em conferir integridade e profundidade intelectuais à evangelização, assegurando assim que a fé permaneça arraigada na mente e no coração. A fé cristã não lida apenas com sentimentos ou emoções; lida com crenças. Crer em Jesus Cristo não significa apenas amá-lo, adorá-lo ou confiar-se à ele. É crer em certas coisas bem definidas a seu respeito, as quais fundamentam e justificam esse amor, adoração e confiança nele. A crença em Deus acha-se inseparavelmente associada a crenças sobre Deus”. (página 9)

“O objetivo principal da apologética cristã é criar um clima intelectual e imaginativo que conduza ao nascimento e ao cultivo da fé em toda a sua plenitude e riqueza.

“No entanto, como isso deve ser feito? A apologética tradicional sempre se apoiou no elogio à racionalidade das declarações cristãs quanto à verdade. Ela sempre se lançou firmemente em meio às grandes disputas intelectuais que cada época tem apresentado como obstáculos à fé em Deus, tais como o enigma do sofrimento humano ou as dificuldades encontradas para provar a real existência de Deus.

“(…) A apologética tradicional tem um histórico honrado dentro da tradição cristã. Ela tem servido bem à igreja ao longo dos séculos e continuará a servi-la no futuro. Todavia, nem tudo está bem. A apologética tradicional parece muitas vezes radicada em um mundo moribundo, um mundo em que as reivindicações de verdade do cristianismo eram testadas, sobretudo nas salas de seminário de velhas universidades, onde a racionalidade era vista como critério máximo de justificação. Acreditava-se que as estratégias apologéticas não dependiam de tempo ou lugar”. (página 10)

“É nesse ponto que se torna possível discernir uma séria debilidade em determinados raciocínios apologéticos. Frequentemente, tais raciocínios parecem depender do senso comum ou da tradição filosófica ocidental, negligenciando os recursos filosóficos à sua disposição. Para citar apenas um exemplo, o imenso potencial teológico das doutrinas cristãs da criação e da redenção foi muito pouco explorado, resultando em um empobrecimento qualitativo da apologética cristã, tanto na substância quanto na forma. (…) A idéia de “ponto de contato”, rigorosamente

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fundamentada nas doutrinas da criação e da redenção, revela a importância da questão”. (página 11)

“A situação de fato mudou. O foro de discussões mudou radicalmente. Hoje, elas já não ocorrem no âmbito das universidades e dos livros-texto. É no mercado das ideias, e não nas salas de seminário das universidades, que o cristianismo deve pelejar por sua vida. O estúdio de televisão, a imprensa nacional, a lanchonete das universidades e o shopping center local constituem os novos palcos de debates nos quais as declarações de verdade por parte do cristianismo são julgadas e testadas. O cristianismo deve se distinguir por sua relevância para a vida, e não apenas por sua racionalidade intrínseca. Muito embora as grandes questões globais, como, por exemplo, o sofrimento, continuem na ordem do dia nessa nova geração, uma série de problemas locais exige respostas. As questões locais nos obrigam a desenvolver uma apologética de sabor local, pois só assim o cristianismo continuará a ser uma opção viva para toda e qualquer localidade. (página 12)

“Acima de tudo, devemos nos conscientizar de que a apologética é mais do que um louvor à atratividade cerebral oferecida pelo cristianismo. A apologética clássica sempre tratou o cristianismo simplesmente como um conjunto de ideias, defrontando-se com uma série de barreiras intelectuais que podem ser neutralizadas ou até mesmo sobrepujadas, por meio de argumentos aos quais não devem faltar sensatez. Quase sempre, a apologética tradicional buscou tecer elogios ao cristianismo sem nunca questionar por que tanta gente não é cristã. É inócuo enaltecer o apelo que tem a fé cristã, se isso não se fizer acompanhar de um sério esforço para descobrir por que tanta gente a considera tão pouco atraente. Existe uma relutância em ouvir aqueles que se acham fora da comunidade da fé, para entender (ouvindo deles) por que não se juntam a nós. Aqueles que ainda não descobriram o cristianismo e os que o rejeitam, inconsciente ou deliberadamente, geralmente o fazem por motivos que escapam totalmente à teia de interesses da apologética tradicional. É preciso identificar tais razões, bem como os expedientes a elas associados, para que possa desafiá-las.

“Que razões seriam essas? A História sempre conspira contra o cristianismo ao apontar para ligações passadas inaceitáveis entre a igreja cristã e situações de opressão política ou social. A cultura sempre joga seu peso contra o evangelho, deixando implícito que ser cristão não é algo que se possa considerar aceitável. Ser cristão consiste, quase sempre, em aceitar um conjunto de valores que se opõem ao da cultura dominante. Por conseguinte, os cristãos se veem tachados de alienados, outsiders culturais, gente que não pertence ao mesmo ambiente de seus companheiros. Isso pode resultar na formação de uma contracultura cristã.

“Em certo sentido, pressões desse tipo não são de natureza intelectual. Não se trata de “argumentos” no sentido de questões justificadas racionalmente em sua contraposição a fé cristã. Tais pressões existem de fato. Elas afetam as pessoas,

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moldam sua atitude em relação à fé e instilam nelas preconceitos. São parte de uma matriz mais ampla de argumentos, atitudes e valores, os quais, coletivamente, produzem um clima cumulativo hostil à fé. Deixar de considerá-las ou de avaliá-las resultará em uma apologética truncada, incapaz de satisfazer a seriedade que o desafio atual à fé nos coloca. Portanto, temos de aceitá-lo em toda a sua plenitude. Um desafio exige uma defesa, uma apologia”. (páginas 13, 14)

“A apologética é um recurso, a cabe ao apologista fazer as relações com a vida das pessoas, de carne e osso, do mundo atual. Sem essa ponte, as teorias não passam de teorias, nada são além de ideias abstratas suspensas no ar sem nenhuma fundamentação na realidade da vida. (…) Feitas as contas, concluímos que a apologética não tem que ver com a vitória de alguma argumentação sobre outra; seu objetivo é conquistar pessoas.

"O apologista eficaz é aquele que ouve antes de falar e que despende todo o esforço necessário para vincular os recursos de tradição apologética cristã tanto as necessidades do indivíduo quanto à sua capacidade de lidar com argumentos e imagens. A arte da apologética eficaz é trabalhosa, uma vez que exige a um só tempo o domínio da tradição cristã, a capacidade de ouvir sem preconceitos e a disposição de fazer o esforço necessário para expressar ideias nesse nível, e tudo isso de tal forma que o público possa se beneficiar dele. É trabalho árduo, mas os resultados justificam o investimento nesse tipo de rigor intelectual e preocupação pastoral”. (páginas 15, 16)

“O título deste livro evoca uma imagem que, por sua vez, nos oferece uma chave do método aqui utilizado. 'Construindo pontes” implica a existência de uma lacuna, de um abismo entre os dois lados de uma garganta. Estes ficarão permanentemente isolados, a menos que a lacuna seja interligada por uma ponte. A apologética cristã eficaz é aquela que tem como objetivo localizar os pontos onde se dá a separação entre o evangelho e os indivíduos e as comunidades do mundo todo, e que identifica os melhores pontos para a construção de pontes, para que o contato seja estabelecido. A natureza e a localização dessas lacunas variam de cultura para cultura e de um indivíduo para outro, assim como as localizações e os tipos das pontes a serem construídas. O apologista cristão descobrirá, encantado, que Deus já lançou os fundamentos dessas pontes no mundo e no coração humano; nossa responsabilidade consiste em construir sobre esses fundamentos, fazendo as ligações necessárias. O “ponto de contato” é um desses tais fundamentos”. (página 19)

“O primeiro grande insight encontrado pelo leitor das Escrituras é que Deus criou o mundo. Seria alguma surpresa, portanto, se essa criação carregasse um testemunho dele? Ou que o ponto alto da sua criação, o ser humano, trouxesse consigo a marca de sua natureza? E que essa marca tivesse um valor considerável como ponto de partida para a apologética? (...)

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“(…) Não deve, portanto, constituir motivo de espanto o fato de que podemos discernir “sinais de transcendência” (Peter Berger) na vida humana. Se já existe algum ponto de contato, a apologética não precisa estabelecer os fundamentos do conhecimento cristão de Deus; ela pode se valer do ponto de partida dado por Deus no âmbito da própria natureza da ordem criada. O testemunho de Deus em sua criação pode agir como uma espécie de gatilho, estimulando as pessoas a formularem perguntas sobre o significado da vida ou sobre a realidade de Deus. Esses pontos de contato não estão ali por acaso. Eles existem para serem usados.

"Por meio da graça de Deus, a criação é capaz de apontar para seu criador. Pela generosa graça divina, foi-nos deixada uma memória latente de Deus capaz de nos quebrantar para, então, nos religar a ele em toda sua plenitude. Embora exista uma ruptura entre o ideal e o empírico, entre o reino da criação decaída e o da redimida, a memória dessa conexão permanece viva, juntamente com a insinuação de sua restauração por meio da salvação.” (página 20)

“Antes de seguirmos adiante, devemos esclarecer um sério equívoco em relação à natureza e função desses pontos de contato. Os pontos de contato não são, em si mesmos, meios adequados para atrair pessoas só Reino de Deus; eles são pontos de partida para esse objetivo. Tampouco são adequados em si mesmos para atrair as pessoas especificamente à fé cristã. Podem, quando muito, apontar para a existência de um ser supremo criados e benevolente. A ligação com o “Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Pedro 1:3) é algo ainda por fazer.” (página 21)

“De certa forma, os pontos de contato criam um clima de receptividade ao teísmo, incluindo o cristianismo. Contudo, não são suficientes. Cabe ao apologista mostrar que o evangelho cristão é coerente com esses pontos, que ele é capaz de explicá-los e, mais do que isso. De proporcionar tudo o que prometem, transformando esses indícios em realidade.

“Ponto de contato é um ponto de apoio dado por Deus para a auto revelação divina. É um catalisador, mas não um substituto da revelação divina.” (páginas 21, 22)

“De que modo, então, o pecado do homem se encaixa nisso? A doutrina cristã da redenção afirma que a natureza humana, como a vemos e entendemos hoje, não é a natureza humana que Deus planejou. Isso nos obriga a demarcar uma linha divisória muito clara entre a natureza humana original e a decaída, entre o ideal e o real, o protótipo e o que hoje existe. A imagem de Deus em nós acha-se desfigurada, mas não destruída. Continuamos a ser criaturas de Deus, mesmo em nossa condição decaída. Fomos criados para a presença de Deus; contudo, por causa do nosso pecado, sua presença tornou-se como que um sonho.

“(…) Aí reside a essência da dialética entre a doutrina da criação e a da doutrina da redenção, sobre as quais repousa a apologética cristã eficaz: existe uma relação com Deus, que foi rompida, e uma espera por Deus em nosso interior ainda insatisfeita. A

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criação estabelece uma potencialidade frustrada pelo pecado; contudo, a mágoa e a dor dessa frustração persistem em nossa experiência. É precisamente essa percepção de insatisfação que está por trás da ideia de um ponto de contato.

“(…) A consciência dessa percepção de vazio ressoa por toda a cultura secular. (…) Grande parte das pessoas reconhece que falta algo em sua vida, mesmo que não saiba que nome dar a essa coisa. E talvez se sinta incapaz de fazer algo a respeito. Todavia, o evangelho cristão é capaz de interpretar essa ânsia, esse sentimento de insatisfação como uma consciência da ausência de Deus, e assim preparar o caminho para sua reparação. No momento em que nos damos conta de nossa finitude, que nos falta algo, começamos a nos perguntar se esse vazio espiritual pode ser preenchido de algum modo.

“(…) As doutrinas da criação e da redenção combinam-se e interpretam esse sentimento de insatisfação e falta de realização como perda da comunhão com Deus, que pode ser restaurada.” (páginas 22, 23 e 24)

“O ponto de contato, portanto, é a percepção ou a consciência da presença passada de Deus e a atual debilidade dessa presença, suficiente para nos comover a ponto de nos sentirmos desejosos de recobrá-la em sua totalidade, por meio da graça divina. É como uma alavanca, um estímulo, um aperitivo daquilo que está por vir, revelando-nos também a insuficiência e a pobreza daquilo que agora possuímos.” (página 24)

“A criação é como uma placa de sinalização, que não aponta para si mesma, mas sim para uma direção ou sentido; no caso, para o seu Criador. Essa placa chama nossa atenção, porque trata de algo que podemos ver e sentir. Se não formos além da placa no poste, devotando a ela nossa adoração, e não àquilo para o que ela aponta, sucumbiremos à religião da natureza; mas, se seguirmos na direção indicada pela placa, chegaremos ao conhecimento verdadeiro do Deus vivo, anunciado na criação e manifesto em sua substância plena e gloriosa na Bíblia e em Jesus Cristo.” (página 25)

“'O verdadeiro conhecimento de Deus' (Calvino) só pode ser decorrência da revelação; Deus, contudo, por sua misericórdia, providenciou antecipações e pistas de tal conhecimento salvador no mundo. O conhecimento natural de Deus realiza plenamente seu propósito no momento em que sugere tanto a necessidade quanto a possibilidade de um conhecimento mais completo de Deus do que aquele insinuado pela ordem natural. Tal conhecimento, porém, trai a si mesmo quando se deixa perceber como um conhecimento completo em si mesmo.” (página 31)

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Parte prática Orientações

1 - Antes de ir

Escolham um(a) coordenador(a) para o grupo, um(a) tesoureiro(a) e um(a) redator(a).

Sobre o coordenador: não é quem manda, mas quem procura facilitar, ajudar, servir. É o responsável pelo grupo. Cabe a ele(a) zelar pelo grupo, pelo bom andamento das atividades e apoiar os outros membros da equipe em suas necessidades.

Sobre o redator: cabe a essa pessoa registrar o que acontecerá durante a parte prática. Poderá se basear nos diários pessoais de cada integrante do grupo e nas reuniões de avaliação diárias. A partir dessas anotações elaborará, com a ajuda do restante da equipe, o relatório final a ser entregue.

Sobre o tesoureiro: deve elaborar o orçamento do grupo, se responsabilizar pelo movimento de caixa (entradas e saídas – comprovadas, quando possível, por recibos e notas fiscais) e elaborar o relatório de prestação de contas.

Vocês devem entrar em contato com as pessoas responsáveis pela igreja ou local onde estarão na parte prática. Coletem todas as informações que julgarem necessárias além daquelas que já estão na ficha do seu grupo: número de pessoas esperadas na(s) reunião(ões) e atividades, perfil desses participantes (são líderes?, idade?, quantos universitários?, secundaristas?, profissionais?, conhecem a ABU?), tempo que terão, como será a acomodação e alimentação; condução para ir e voltar, expectativas das pessoas responsáveis quanto à maneira pela qual vocês podem servir melhor…

Dividam as responsabilidades quanto aos estudos e/ou atividades a serem realizados. Cada um deve preparar um esboço do estudo ou da parte do programa em que é responsável e depois apresentar ao grupo para sugestões e feedbacks. Dica: um estudo ou programa pode ser elaborado e ministrado por duas ou três pessoas, o que dinamiza a reunião/atividade e facilita a assimilação.

Quanto ao conteúdo dos estudos e atividades que dirigirão, vocês devem se aproveitar de sua experiência anterior em seu grupo local. Também podem utilizar algum conteúdo trabalhado durante o IPL, desde que com o cuidado de adaptá-lo ao novo público-alvo. Uma boa dose de criatividade (dinâmicas interativas, participativas; encenações) e um compartilhar que inclui as experiências que você e seu grupo têm vivido na faculdade também irão ajudar.

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Na última reunião antes de ir para o local da parte prática cada um deve escrever suas expectativas: o que espera aprender, que dons procurará desenvolver, medos, ansiedades. Compartilhem no grupo e intercedam uns pelos outros.

2 - Durante a parte prática

A primeira coisa a fazer é se apresentar à liderança da igreja ou projeto. Apresentem o que vocês irão fazer e coloquem-se à disposição para ajudar no que for preciso. Demonstrem que estão ali para servir.

Procurem enturmar-se, gastem tempo com as pessoas, sejam amigos e bons ouvintes.

O ideal é que diariamente sejam feitas anotações sobre o dia: como foi, suas impressões, a programação, conversas significativas, perspectivas.

Evitem trabalhar nos três períodos (manhã, tarde e noite). O ideal é trabalharem em dois e descansarem e se reunirem em um. Façam uma reunião diária de avaliação. Descubram o melhor horário dentro de sua programação e tentem priorizá-lo. Usem os seus diários pessoais nesse momento de compartilhar. O(a) redator(a) deve estar atento em suas anotações nessa reunião. Procurem desenvolver o saudável exercício de dar e receber feedback. Afirmar o que precisa ser afirmado, encorajar a mudança naquilo que precisa ser aperfeiçoado. Aproveitem esse tempo para interceder: uns pelos outros, pelas pessoas com quem vocês estão tendo contato e pelos outros grupos da parte prática.

Esbanjem as suas capacidades de adaptação e improvisação quando forem necessárias: se o público-alvo for muito maior ou menor do que o esperado, se o perfil dos participantes for diferente do imaginado, algum estudo ou atividade extra requeridos ou qualquer outra situação inesperada. O planejamento prévio não é uma camisa-de-força. Usem e abusem do seu potencial.

Não deixem de anotar os endereços e outras informações relevantes (onde estuda), principalmente daqueles que se mostrarem interessados em começar um grupo ou participar de um já existente. Passem para eles: nome e endereço dos contatos na região (assessores, liderança regional) e as datas e locais dos próximos eventos regionais de treinamento.

Na última reunião de avaliação do grupo, ou quando retornarem ao acampamento, retomem aquela folha onde escreveram suas expectativas. O que foi atingido? O que foi frustrante e por quê? O que aprenderam? O que foi novo e abençoador? Diante dessa experiência, o que colocam como alvo para aprender e/ou amadurecer daqui em diante?

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Livros da ABU Editora são bons e baratos, além de fazerem parte de nosso ministério de forma bastante estratégica. Escolham alguém da equipe para ficar responsável pela literatura. Mas lembrem-se que toda divulgação será bem-vinda. Usem bem essa ferramenta.

Estejam atentos à cultura do local em que estiverem hospedados. Percebam “detalhes” como vestimentas, vocabulário, hábitos e costumes. Mostrem total disposição e empenhem-se em colaborar sempre. Por exemplo, não deixem que seus hospedeiros façam tudo enquanto vocês apenas assistem. Deixem tudo em ordem e façam com aquele espírito de excelência!

Não se esqueçam de expressarem sua gratidão a seus hospedeiros. Sejam criativos, usem talentos manuais, e/ou comprem uma lembrancinha para aqueles que lhes acolheram.

3 - Depois da parte prática

No dia 29, no momento “Grupos de Parte Prática”, elaborem uma apresentação das experiências que o grupo teve aos demais participantes do IPL (inclua testemunhos e/ou apresente algumas fotos - distribua o tempo entre os participantes do grupo – não é necessário ser algo muito complexo, o ideal é serem simples na apresentação, mas profundos ao relatarem a experiência partilhada). Mas, atenção, o tempo é curto, portanto, apesar da euforia em repartir um bocado do que viveram, certifiquem-se de que não irão ultrapassar o tempo determinado.

O(a) redator(a) deve, com a ajuda do grupo, elaborar um relatório final a ser entregue à secretária de formação ([email protected]), providenciando cópias para cada integrante do grupo. A data limite para a entrega deste relatório é o dia 1º de março.

Correspondam-se com as pessoas com quem tiveram mais contato durante a parte prática. Lembrem-se dos líderes em potencial. Não se esqueçam de passar esses contatos para os líderes da região.

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Avaliação pessoal Refletindo sobre…

Você precisará verificar:

● A grade horária do IPL ● Todos os materiais e suas anotações ● O seu caderno de notas e seu diário

Faça agora um breve inventário do seguinte:

1 - Conversas significativas (quais foram? Sobre o que conversaram? Por que foram significativas?)

2- Exemplos e modelos (que pessoas ou coisas lhe impressionaram? Por quê?)

3- Sonhos que teve (teve algum sonho interessante? O que o impressionou?)

4- Perguntas perturbadoras (algumas das perguntas que ouviu em conversas ou estudos o perturbaram? Por quê?)

5- Dificuldades que enfrentou (falta de pontualidade? Indisciplina? Falta de concentração? Por que as teve? Como as enfrentou?)

Leia em sua apostila/diário quais eram suas expectativas no início do IPL. O que você esperava aconteceu? O que mudou? Que perspectiva adicional o Senhor lhe deu?

Numa folha separada, anote tudo que chama a sua atenção/que sente que Deus está falando ao seu coração. Não deixe nada de fora!

Passe um tempo refletindo sobre sua lista e orando. Identifique até cinco itens da lista que mais se destacaram durante suas reflexões e orações.

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Responda às seguintes questões:

● O que Deus está dizendo a mim? ● Ele está chamando a minha atenção, por meio de qual princípio bíblico? ● Como eu deveria responder/obedecer? ● Quais passos práticos vou tomar, daqui pra frente, para que eu obedeça a

Deus, naquilo que ele falou? Depois disso, avalie se esses passos práticos que você escreveu se adequam a esses critérios:

● São mensuráveis? (Não adianta decidir que vai orar mais se não definir quanto, quando e como)

● São significativos? (Tem de ser pessoal para você. Algo que toca no seu coração, que sabe que faria uma diferença. Evite decidir algo que não crê que faria diferença!)

● São atingíveis? (Não adianta decidir que vai ler a Bíblia por 4 horas por dia. Você faria por um dia, talvez dois e depois desistiria. É muito melhor, tomar um passo curto e pequeno, e depois tomar outro, e outro, do que tomar um passo muito grande e cair!)

● Sente com uma outra pessoa e compartilhe seus planos e ore um pelo outro. ● Quando você voltar, procure alguma pessoa com quem você possa

compartilhar seus planos e a quem você possa pedir que ore por você e que o(a) acompanhe.

Dicas práticas para a continuidade desse processo de formação

● Escolha duas datas neste ano para estar a sós e avaliar sua vida, estudos e ministério. Anote-as e reserve-as em sua agenda. Faça isso agora.

● Quais são os livros da Bíblia que penso em estudar neste ano? ● Em quais áreas/temas percebo que devo me aprofundar neste ano?