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FUNDAMENTOS EXEGÉTICOS DO NOVO TESTAMENTO Mestrado em Ministério Mestrado em Exposição Bíblica Professor: Joseph Arthur, PhD

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Apostila de Fundamentos Exegéticos do Novo Testamento

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  • FUNDAMENTOS EXEGTICOS DO

    NOVO TESTAMENTO

    Mestrado em Ministrio Mestrado em Exposio Bblica

    Professor: Joseph Arthur, PhD

  • 1

    FUNDAMENTOS EXEGTICOS DO NOVO TESTAMENTO Seminrio Batista Logos/Seminrio e Instituto Batista Bereiana Mestrado em Exposio Bblica 1 Semestre, 2015 Professor: Joseph Arthur, PhD I. DESCRIO DA MATRIA

    Uma investigao de vrios modelos de interpretao do Novo Testamento, com nfase na metodologia textual, literria, cultural, e teolgica de exegese. A matria focalizar o valor prtico de exegese na preparao de sermes.

    II. TEXTOS

    Carson, Donald A. Os perigos da interpretao bblica. So Paulo: Vida Nova, Cap. 2. Stuart, Douglas e Gordon D. Fee. Manual de exegese bblica. So Paulo: Vida Nova, 2008,

    pgs. 25-28, 205-365.

    III. OBJETIVOS

    1. Reconhecer a importncia do estudo do contexto histrico e literrio, da estrutura e dos

    elementos lxico, sinttico e gramatical na anlise e interpretao de passagens neo-testamentrias.

    2. Adquirir a capacidade de transformar os resultados de pesquisas em trabalhos escritos e pregaes acuradas e prticas do NT.

    3. Aprender a preparar uma pregao slida que trata da lngua original do NT dentro de um perodo razovel (8 horas), empregando bons mtodos de anlise exegtica.

    IV. TAREFAS

    1. Leitura do captulo 2 de Os perigos da interpretao bblica. 2. Leitura do Manual de exegese bblica, as pginas 25-28 (Introduo Geral) e 205-365

    (Captulos 5-8). 3. 3 trabalhos menores (veja as pginas 3-6 desta descrio). 4. 1 trabalho maior (veja as pginas 7-10).

    V. NOTAS

    As notas finais sero calculadas na seguinte base:

    Trabalhos Menores (3) 30% (10% cada) Trabalho Maior (1) 30% Leituras 15% Participao Online 25%

  • 2

    VI. PLANO DAS AULAS

    Data Assunto Leituras Tarefas, etc.

    23/03/15 (2-feira) 13:0017:20

    Introduo/Anlise Textual/Contexto Histrico

    - - - - - - - - - -

    23/03/15 (2-feira) 19:0021:50

    Contexto Literrio - - - - - - - - - -

    24/03/15 (3-feira) 13:0017:20

    Anlise Estrutural Carson, Cap. 2 - - - - -

    24/03/15 (3-feira) 19:0021:50

    Anlise Lxica - - - - - - - - - -

    25/03/15 (4-feira) 13:0016:40

    Gnero Literrio - - - - - Trabalho #1: Anlise do contexto de Apoc. 3:14-22

    27/03/15 (6-feira) 22:00

    - - - - - - - - - - Trabalho #2: Anlise estrutural e esboo de Col. 3:1-4

    04/05/15 - - - - - - - - - - Trabalho #3: Anlise lxica de kopia/w em 1 Tim. 5:17

    11/05/15 - - - - - Fee, 25-28, 205-365

    - - - - -

    11/05/15 - - - - - - - - - - Trabalho Maior: Pregao escrita de Col. 3:1-4, seguindo os passos do Captulo 7 do Manual

    VII. ENSINO ONLINE

    Para terminar este mdulo, o aluno obrigado a seguir as instrues providenciadas pelo professor para completar satisfatoriamente o segmento online da disciplina. Para ser aprovado, aluno deve iniciar o segmento online da matria durante a semana 07-13 de abril.

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    Fundamentos Exegticos do Novo Testamento Trabalho #1

    Contexto Histrico-Cultural: Apoc. 3:14-22 Consulte pelo menos 4 fontes e faa uma investigao do contexto histrico de Apocalipse 3:14-22. Coloque num relatrio as informaes histricas, culturais, e geogrficas que so precisas para pregar Apocalipse 3:14-22 com clareza e o maior entendimento da situao original. Seu relatrio deve ter pelo menos duas pginas datilografadas com espao 1,5. As fontes utilizadas devem ser indicadas em parnteses depois de cada citao ou aluso ao contedo das fontes [por exemplo: (Bright, Histria de Israel, p. 221)].

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    Fundamentos Exegticos do Novo Testamento Trabalho #2

    Anlise Estrutural: Colossenses 3:1-4 Ei oun sunhgerqhte tw Cristw, ta anw zhteite, Se, portanto, fostes ressuscitados juntamente com Cristo as cousas l do alto buscai, ou oJ Cristo/ estin en dexia touv qeouv kaqh/meno: ta onde Cristo est direita de Deus assentado. Nas cousas anw fronei te, mh\ ta epi thv ghv. apeqanete gar l do alto pensai, no nas (que esto aqui) na terra. Morrestes, pois, kai hJ zwh\ uJmw n kekruptai su\n tw Cristw en tw qew. e a vida sua est oculta juntamente com Cristo em Deus. otan oJ Cristo\ fanerwqhv, hJ zwh\ uJmw n, to/te kai Quando Cristo se manifestar, (que ) a nossa vida, ento tambm uJmei su\n aujtw fanerwqh/sesqe en do/xh. vs com ele sereis manifestados em glria. Faa desta passagem um diagrama de bloco da maneira seguinte: 1. Determine quais so as unidades semnticas (frases), colocando cada unidade numa linha

    separada no diagrama. Use o texto grego s, ou o texto grego com a traduo portuguesa nas parnteses depois da frase. Mas no use s a traduo portuguesa. Siga a ordem original das sentenas do texto e a ordem original das palavras dentro de cada orao ou frase.

    2. Identifique a orao principal do trecho e coloque-a na margem esquerda. Recue as outras

    oraes da margem esquerda para mostrar subordinao, com as oraes que representam subpontos recuados uma s posio e as oraes que dependem delas recuadas mais uma posio, e diante. Veja o exemplo da classe (Efs. 5:15-21).

    3. Indique, atravs de setas verticais no lado esquerdo da pgina, as dependncias entre as

    oraes e frases. 4. Faa um esboo homiltico da passagem, seguindo as informaes do diagrama completo. 5. No necessrio datilografar o diagrama. Pode colocar tudo numa pgina s. O diagrama deve aparecer como o diagrama final do exemplo na apostila. O professor no tem de ver os passos intermedirios.

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    Fundamentos Exegticos do Novo Testamento Trabalho #3

    Anlise Lxical: 1 Timteo 5:17 Problema: H duas maneiras de traduzir 1 Timteo 5:17b: #1 Os presbteros que lideram bem a igreja so dignos de dupla honra, especialmente aqueles

    cujo trabalho a pregao e o ensino. (NVI) #2 Devem ser considerados merecedores de dobrados honorrios os presbteros que presidem

    bem, com especialidade aqueles que se afadigam na palavra e no ensino. (ARA) A primeira traduo afirma sutilmente que h presbteros que no pregam ou ensinam. A segunda traduo deixa a impresso que o verdadeiro presbtero no s tem a responsabilidade fundamental de presidir, mas tambm de pregar e ensinar. Tudo depende da traduo do verbo grego kopia/w. Procedimento:

    1. Refera-se tabela Informaes Lxicas para o verbo grego kopia/w. Procure este

    verbo (KOPIA/W) na concordncia de Moulton e Geden, e note na tabela (sob o ttulo Passagem) todos os versculos do NT que tm este verbo.

    2. Indique o autor e o gnero de literatura bblica (evangelho, narrativa, parbola, epstola,

    apocalipse) de cada passagem. 3. Coloque a traduo portuguesa de sua verso na coluna devida. Identifique em algum

    lugar na folha a traduo da Bblia que utilizou. 4. Determine o assunto maior do uso do verbo kopia/w em todas as passagens, e o

    significado especial do verbo, notando estas informaes nas colunas correspondentes da tabela.

    5. Com base em sua pesquisa deste verbo, e uma considerao do contexto imediato de

    1 Timteo 5:17, responda a seguinte pergunta: O verbo kopia/w em 1 Timteo 5:17 significa tarefa, responsabilidade, posio, ou significa trabalhar duramente, trabalhar bem? O motivo por este estudo determinar se existem alguns presbteros na igreja de Cristo que tm e outros que no tm a capacidade de pregar e ensinar (por exemplo, o presbtero de administrao, de misses, etc.). Escreva uma concluso no verso da tabela ou em outra folha.

    6. No necessrio datilografar.

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    Fundamentos Exegticos do Novo Testamento Trabalho Maior

    Sermo Completo Colossenses 3:1-4 1. Leia as pginas 25-28 e 205-365 do Manual de Exegese Bblica, escrito por Gordon Fee

    (Edies Vida Nova, 2008). 2. Sob o Passo 1, faa pontos 1.1, 1.1.1, 1.1.2, 1.1.3. 3. Sob o Passo 3, faa os pontos 3.1 ou 3.3 e 3.3.1. 4. Sob o Passo 4, elabore um diagrama de bloco do texto em grego, ou com ou sem portugus,

    empregando o mtodo da apostila. 5. Sob o Passo 6, utilize o Novo Testamento Grego Analtico por Barbara e Timothy Friberg

    para analizar gramaticalmente os verbos da passagem que tem mais importncia. Analise os verbos sunhge/rqhte, fronei te, ajpeqa/nete, ke/kruptai, fanerwqhv e fanerwqh/sesqe).

    6. Sob o Passo 7, faa uma anlise lxica do verbo kru/ptw para explicar melhor o sentido do

    verbo para sua congregao. Veja o formulrio na pgina 10 desta apostila. 7. Sob o Passo 8, pesquise brevemente o cenrio da igreja em Colossos, explicando (1) a

    relao do apstolo Paulo para a igreja, (2) a situao geral dos destinatrios, e (3) o motivo pelo qual o apstolo escreveu esta passagem.

    8. Sob o Passo 12, investigue qualquer outra passagem da Bblia que trate da nossa posio

    como peregrinos na terra (como Filip. 3:17-21 ou Heb. 11:13-16, etc.) para tirar observaes para seu sermo.

    9. Sob o Passo 13, investigue pelo menos 4 comentrios ou outras fontes que tratam desta

    passagem da epstola. Inclua uma bibliografia. 10. No esquea de incluir aplicaes no seu sermo. 11. Passe para o professor seu trabalho escrito, inclundo o seguinte:

    a. Entregue seu sermo completo, com introduo, concluso, ilustraes, e aplicaes, palavra por palavra. Entregue digitado (5 pginas ou mais com espao um).

    b. Entrgeue seu trabalho sob os Passos 4, 6, 7, 8 e 12 (indique os comentrios consultados).

    No preciso digitar este itens, e os trabalhos podem ser breves. Mas, por favor, coloque o nmero do Passo (colocando um crculo ao redor do nmero) no prprio trabalho para facilitar sua identificao pelo professor.

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    TEXTO GREGO Colossenses 3:1-4 3:1 Ei oun sunhgerqhte tw Cristw, ta anw zhtei te, ou oJ Cristo/ estin en dexia touv qeouv kaqh/meno: 3:2 ta anw fronei te, mh\ ta epi thv ghv. 3:3 apeqanete gar kai hJ zwh\ uJmw n kekruptai su\n tw Cristw en tw qew. 3:4 otan oJ Cristo\ fanerwqhv, hJ zwh\ uJmw n, to/te kai uJmei su\n aujtw fanerwqh/sesqe en do/xh.

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    Informaes Gramaticais

    Texto de ____________________

    Vs Forma no Texto

    Forma Lxica

    Descrio Gramatical

    Explicao do Significado

    GUIA

    Substantivo/Pronome (forma lxica) caso, gnero, nmero funo do caso, antecedente

    Verbo (forma lxica) tempo, voz, modo, pessoa, nmero

    significado do tempo, voz, etc.

    Infintivio (forma lxica) tempo, voz tipo e/ou uso do infinitivo Particpio (forma lxica) tempo, voz, modo, caso,

    gnero, nmero tipo e/ou uso do particpio

    Adjetivo/Advrbio (forma lxica) caso, gnero, nmero palavra modificada Conjuno/Partcula - - - - - - tipo de conjuno, nuance da partcula Preposio - - - - - - objeto da preposio, nuance especial

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    A. INTRODUO

    1B. A Definio de Exegese

    1C. Etimologia

    1D. Da palavra grega ejxh/ghsi = explicao

    A forma verbal ejxhge/omai, que significa levar (ou trazer, dirigir) fora. O sentido explicar ou descrever, expondo os detalhes e elucidando.

    2D. O NT s utiliza este verbo 6 vezes

    Lucas 24:35 Os discpulos de Emas explicaram tudo o que tinha acontecido, provavelmente com muitos detalhes. O assunto: o encontro com Jesus ressurreto.

    Joo 1:18

    Cristo a exegese do Pai, a revelao, a explicao Dele. O assunto: Deus Pai. Atos 10:8

    Antes de enviar seus servos para Jope para buscar Pedro, Cornlio explicou tudo que tinha visto. O assunto: a viso do anjo.

    Atos 15:12

    Paulo e Barnab explicaram tudo que tinha acontecido no seu ministrio entre os gentios. O assunto: os sinais e prodgios.

    Atos 15:14

    Simo exps tudo que tinha acontecido na casa de Cornlio quando os gentios pela primeira vez receberam o Esprito Santo. O assunto: o batismo milagroso do Esprito Santo em Cesaria.

    Atos 21:19

    Paulo contou minuciosamente o que Deus tinha feito no seu ministrio na sia (feso), na Grecia (Filipos, Corinto, Tessalnica), e nos outros lugares do mundo. O assunto: a obra maravilhosa de Deus nos coraes dos gentios.

    2C. Ento, a exegese o processo de explicar ou iluminar um assunto importante,

    comunicando detalhadamente os fatos, para que o recipiente entenda as informaes dadas

    Na rea da exegese do Novo Testamento, o pregador tem a responsabilidade de

    comunicar para a sua congregao o significado que o autor bblico pretendeu para a audincia dele e comunicou atravs das suas palavras, frases e sentenas.

    Nosso alvo:

    comunicar para os nossos ouvintes os dados bblicos de tal maneira que eles entendem a mensagem que a audincia original entendeu.

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    Nosso assunto: nada menos do que as palavras da revelao de Deus.

    2B. O Desafio da Exegese

    1C. Entender o que uma passagem significou para os leitores originais Isto requer um bom entendimento dos seguintes assuntos: 1D. Contexto original (histrico, poltico, geogrfico, etc.) 2D. Sentido da linguagem original (gramtica, figuras, significado lxico) 3D. Convenes do escrever antigo (gnero, estrutura, citaes do AT) 4D. Afirmaes teolgicas 5D. Resposta desejada

    2C. Comunicar o que a passagem significa para ns hoje em dia necessrio um bom entendimento de: 1D. Contexto moderno 2D. Aplicaes legtimas 3D. Comunicao homiltica

    3C. O desafio maior a pregao equilibrada 1D. No focalize o passado sem aplic-la para a situao presente (descricionismo) 2D. No focalize o presente sem entender o cenrio original da passagem bblica

    (relativismo) 3D. Ligue o ento com o agora

    2A. ANLISE TEXTUAL

    Antes de analisar o texto grego de uma passagem, preciso que o pregador se familiarize com o documento bblico que contm a passagem:

    1B. Leitura do Livro em Portugus

    Leia em portugus o livro inteiro, ou nos casos de um livro muito comprido, leia pelo menos a seo inteira que tem a passagem. No caso de uma epstola breve, leia a epstola duas ou trs vezes. Depois, leia a sua passagem muitas vezes. Se for possvel, leia a passagem nas vrias verses portuguesas do Novo Testamento.

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    1C. Reconhecimento do tema do livro

    difcil, se no impossvel, analisar as partes de uma literatura, sem conhecer o todo. 2C. Identificao dos recipientes do livro

    So judeus? Gentios? Os dois? Qual a relao entre o autor e os recipientes? Eles so conhecidos pelo autor? So desconhecidos? Fazem parte da igreja dele?

    3C. Identificao (se for possvel) do propsito do autor no seu livro

    s vezes, o autor d o seu propsito explicitamente dentro do seu livro. Podemos ler o livro com mais entendimento luz do propsito. s vezes, temos de notar as idais, as frases, e as palavras que se repetem, para entender o propsito do autor.

    4C. Pesquisa dos comentrios para acertar que suas concluses so aceitveis

    Esta a etapa final deste passo, no a primeira. No necessrio pesquisar muitos comentrios2 ou 3 so suficientes.

    2B. Identificao dos Limites Corretos da Passagem

    necessrio pregar trechos da Bblia que comunicam conceitos completos. No divida uma passagem no meio. O resultado deste tipo de cirurgia a perda do impacto do autor original. Ele comunicou atravs de pargrafos. Temos de observar a estrutura dele, e as parcelas de informao que ele registrou. O pregador deve tratar detalhadamente pelo menos de um pargrafo inteiro do autor. possvel pregar uma frase s do pargrafo, mas temos de ter um entendimento suficiente do pargrafo que tem a frase. Para achar os limites dos pargrafos, o aluno deve fazer o seguinte:

    1C. Consultar o texto grego O UBS4 indica um sistema de pargrafos, tambm o Nestle27.

    2C. Consultar as Bblias portuguesas ou espanholas

    Elas mostram as opes para as divises.

    3B. Crtica Textual da Passagem

    Para fazer exegese correta de uma passagem, primeiramente temos de estabelecer qual a leitura correta da passagem. Este o trabalho da crtica textual.

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    1C. A necessidade da crtica textual 1D. Os escritos originais j desapareceram 2D. Poucos copistas antigos eram escribas profissionais

    Pelo menos at os anos 300-400 d.C., os copistas eram pessoas comuns. Por isso, nem sempre temos manuscritos de alta qualidade.

    3D. A igreja primitiva passou pela perseguio durante os primeiros sculos depois de

    Cristo Era difcil transmitir o texto com maior cuidado no meio de perseguio.

    4D. Existem hoje mais de 5.000 manuscritos gregos dos livros do Novo Testamento

    Estes mss. no concordam perfeitamente entre si. H mais de 200.000 variantes textuais dentro destes mss.

    5D. Somente as palavras dos autores originais foram inspiradas por Deus

    Temos de tentar determinar quais so as palavras originais dos 5.000 mss.

    2C. A prtica da crtica textual Consulte o material do mdulo Crtica Textual do NT.

    4B. Traduo Pessoal da Passagem

    1C. Note qualquer palavras desconhecidas num formulrio, indicando tempo, modo e voz

    dos verbos, e gnero e nmero dos substantivos, etc.

    Veja o formulrio no Apndice A no fim desta apostila. 2C. Faa a traduo no mesmo formulrio, incorporando as suas opinies a respeito das

    variantes textuais da passagem 3C. Indique quaisquer leituras alternativas usando parnteses dentro da traduo 4C. Utilize um tipo de vocabulrio na traduo que comunica bem com seus ouvintes 5C. Note mentalmente as palavras significantes que devem ser investigadas mais tarde

    H palavras com nfase teolgica? Que se repetem muitas vezes? Pode investig-las sob a categoria de Anlise Lxica.

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    6C. Faa comparaes entre sua traduo e as verses portuguesas modernas, alterando

    seu trabalho se for necessrio 7C. Esteja pronto para modificar sua traduo no decorrer do procedimento exegtico

    3A. CONTEXTO HISTRICO

    1B. As Fontes para a Investigao do Contexto Histrico

    1C. O Novo Testamento 1D. Sua passagem

    Comece aqui, e depois consulte as fontes primrias e secundrias. 2D. As passagens paralelas

    Os 4 evangelhos so paralelos. Tambm o livro de Atos explica o pano de fundo histrico de vrias epstolas de Paulo.

    2C. As histrias bblicas 1D. Bright, John. Histria de Israel. Edies Paulinas, 1978. 2D. Bruce, F. F. New Testament history. Doubleday, 1969. 3D. Jeremias, Joachim. Jerusalem in the times of Jesus. Fortress, 1969. 4D. Niswonger, New Testament history. Zondervan, 1988.

    3C. As Introdues ao Novo Testamento 1D. Hale, Broadus David. Introduo ao estudo do Novo Testamento. JUERP, 1983. 2D. Carson, Donald A., Douglas J. Moo e Leon Morris. Introduo ao Novo

    Testamento. Vida Nova, 1992.

    4C. As outras fontes 1D. Livros de arqueologia 2D. tlas (geografia) 3D. Livros de cultura e costumes 4D. Dicionrios e enciclopdias

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    5D. Comentrios crticos

    2B. A Investigao do Pano de Fundo Histrico e Cultural

    1C. As informaes preliminares 1D. O autor da passagem bblica

    s vezes a personalidade e experincias do escritor informam nossa exegese. Por exemplo, podemos entender melhor as palavras de Pedro (Pastoreai o rebanho de Deus, 1 Pedro 5:2) quando lembramos os acontecimentos de Joo 21:15-17, onde Jesus disse a ele, Apascenta os meus cordeiros, Pastoreia as minhas ovelhas, Apascenta as minhas ovelhas.

    2D. A data da passagem Bblica

    O significado dos smbolos do livro do Apocalipse dependem da poca do escrever. Se Joo escrevesse nos anos 60 (antes da queda de Jerusalm), seus smbolos teriam significados diferentes do que um Apocalipse escrito nos anos 90.

    3D. Os destinatrios da passagem bblica

    A epstola aos Hebreus foi escrita para um povo gentio, judeu ou misturado? A exegese do livro influenciada pela resposta, especialmente, 6:1ss.

    4D. O propsito e o tema da passagem bblica

    Se no percebermos que um dos temas maiores da epstola aos filipenses a generosidade crist, perderemos o significado dos captulos 1 e 4. Veja 1:5,7; 4:10-19.

    2C. As informaes histricas

    1D. O que tinha acontecido antes do escrever desta passagem?

    H algum acontecimento tratado pelo autor? Por exemplo, 1 Tessalonicenses faz referncia fundao anterior da igreja l por Paulo. Os evangelhos e Atos constam em maior parte de acontecimentos passados.

    2D. O que estava acontecendo na hora do escrever?

    O autor descreve um acontecimento ou uma situao existente? Por exemplo, em 3 Joo, o apstolo Joo est avisando uma pessoa a respeito de um presbtero difcil. claro que 2 Timteo 4 trata dos ltimos dias da vida de Paulo.

    3D. O que aconteceu depois do escrever?

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    No fim do livro de Atos, Paulo ainda est na priso em Roma. E depois? Ele foi libertado? Foi executado? Veja tambm 2 Ped 1:12-15, antes do martrio do apstolo Pedro.

    3C. As informaes geogrficas

    1D. Os lugares mencionados na passagem

    Por exemplo, Jesus escolheu Cafarnaum como a sede dele na Galilia. Por qu? Possivelmente, porque Cafarnaum ficou na estrada maior (norte-sul) na Palestina. Cafarnaum era a cidade mais cosmopolitana da Galilia, e o ministrio de Jesus podia atingir mais pessoas de diversas origens. Antes de pregarmos pregaes sobre uma epstola do Novo Testamento, devemos investigar o melhor possvel a cidade da igreja destinatria (por exemplo, Corinto, feso, Roma, Tessalnica, etc.).

    2D. O clima da regio

    Um conhecimento melhor dos ventos e das estaes do mundo mediterrneo afeta nossa exegese de Atos 27-28 (Euro-Aquilo). Outros exemplos de assuntos que o pregador deve entender: a fora das tempestades no mar da Galilia, a habilidade de discernir o tempo e os tempos (Mat. 16:3), etc.

    3D. A topografia

    Sabendo da topografia da Palestina, impressionante a viagem dos dois discpulos de Emaus a Jerusalm (Lucas 24:32ss). Eles subiram uma montanha num caminho rochoso, noite (pelo menos depois da hora do jantar) sem comer o jantar, para anunciar a ressurreio de Jesus.

    4C. As informaes culturais

    1D. Determine o significado de conceitos, costumes, ou instituies

    Geralmente, os dicionrios bblicos tm boas informaes para orientar o intrprete. Exemplo: Que significa os ces de Filip. 3:2? H pelo menos 6 opes: 1. Um nome de desprezo, um insulto de Paulo, para deshonrar os judaizantes (1 Sam

    17:43) 2. O nome de um tipo de prostituto masculino (Deut. 23:18) 3. Um nome de gentios, fora da lei (Marc 7:27-28) 4. Uma descrio dos que esto separados da comunho de Deus (Apoc 22:15) 5. Uma descrio dos judaizantes que estavam ao redor de Paulo, gritando como ces

    figurativamente 6. Um nome dos cnicos de Paulo, porque as duas palavras vm da mesma raiz grega A opo melhor provavelmente o prostituto masculino do Velho Testamento. Paulo quis que os leitores dele vissem os judaizantes como prostitutos machos. Eles queriam

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    ser vistos como mais fiis lei de Moiss do que Paulo. Mas ao invz de serem fiis, Paulo disse que eles eram infiis.

    2D. Determine o ponto de vista do escritor, quer do mundo judeu quer do mundo

    grego-romano Parece que os evangelhos vm de uma mentalidade judaica, menos Lucas que foi escrito por um gentio. As epstolas de Paulo tm mais a ver com o mundo do helenismo, o mundo romano. O NT inteiro foi escrito em grego para a igreja que era, na maioria, gentia.

    3D. Avalie o significado das informaes culturais para sua passagem

    Talvz, os dados culturais sejam interessantes, mas no relevantes. No se preocupe com itens insignificantes. D nfase somente quelas coisas que valem na sua pregao.

    4D. s vezes, a prpria passagem tem explicaes de coisas culturais

    Por exemplo, veja Marcos 7:3-4.

    5C. Outras informaes

    Exemplos A poltica

    Um entendimento da poltica da Asia Menor e da administrao das provncias do governo romano preciso para entender os acontecimentos nas viagens de Paulo e seu encarceramento. O tribunal de Jesus mostra elementos da poltica da Palestina no primeiro sculo.

    A economia

    A economia da igreja primitiva afetou o livro de Atos muito. Exemplos incluem Atos 4:31ss (Barnab), Atos 5 (Ananias e Safira), Atos 18 (Paulo com Priscila e quila), e Atos 20 (a oferta levada para Jerusalem).

    O atletismo

    Paulo emprega as imagens do atletismo antigo em pelo menos dois lugares: 1 Cor 9:24-27 e 2 Tim 2:5.

    As religies

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    preciso estudar as idias religiosas do primeiro sculo para entender a pregao de Paulo em Atenas (religies pags), ou as discusses de Jesus contra os fariseus (judaismo rabnico).

    Os soldados, a guerra e a armadura

    Paulo menciona a armadura espiritual (Efs. 6), o cristo como o soldado fiel (2 Tim 2), e as foras espirituais que o crente enfrenta. necessrio entender a terminologia militar e a cultura belicosa da poca do NT.

    A agricultura

    Um entendimento dos animais, plantas, flores, e arvores, e dos mtodos do fazendeiro e do pastor nos ajudam a entender vrias passagens como Joo 15 (a videira e os ramos), Joo 10 ( o bom pastor), Mateus 13 (os quatro tipos de solo).

    4A. CONTEXTO LITERRIO

    1B. Introduo

    1C. A definio de contexto 1D. Etimologia

    con = com, juntos textus = tecido, txtil

    2D. Significado:

    As linhas de pensamento que ligam tudo dentro de uma passagem, fazendo de muitos

    termos individuais um produto literrio que comunica os propsitos do autor.

    2C. A importncia de contexto

    1D. Mostra os processos do pensamento do homem

    O homem cogita numa srie de idais ligadas. O intrprete pode seguir melhor o processo racional do autor quando ele considera o contexto literrio dos escritos dele.

    2D. Indica com mais preciso as definies dos termos que o autor emprega

    Exemplo: A palavra grega afihmi

    Joo 14:27 Eirh/nhn afihmi uJmi n, eirh/nhn th\n emh\n didwmi uJmi n:

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    Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou Joo 16:28

    exhvlqon para touv patro\ kai elh/luqa ei to\n ko/smon: palin afihmi to\n ko/smon kai poreu/omai pro\ to\n patera.

    Vim do Pai e entrei no mundo; todavia deixo o mundo e vou para o Pai

    1 Joo 1:9

    ean oJmologw men ta aJmartia hJmw n, pisto/ estin kai dikaio, ina afhv hJmi n ta aJmartia kai kaqarish hJma apo\ pash adikia.

    Se confessarmos os nossos pecados, ele fiel e justo para nos perdoar os

    pecados e nos purificar de toda injustia

    3D. Indica as intenes e propsitos gerais do autor

    til representar graficamente o contedo de um livro bblico para seguir melhor a corrente da argumentao do autor.

    4D. Limita a interpretao de uma passagem curta

    Se evitarmos o estudo do contexto de uma passagem bblica, podemos perder o significado especfico pretendido pelo autor. Por exemplo, no podemos aplicar literalmente Mat. 23:33 para todo o mundo (Serpentes, raa de vboras! Como escapareis da condenao do inferno?).

    2B. Os Nveis da Analise do Contexto Literrio (Veja o Diagrama)

    1C. O Contexto do Livro

    Precisa-se de um bom entendimento do livro bblico como um todo, onde se encontra sua passagem. Os seguintes passos tm prioridade em analisar o contexto do livro: 1D. L o livro inteiro em portugus vrias vezes

    No caso de preparar s um sermo de um livro grande, este passo no conveniente. Mas quando o pastor est pregando uma srie de sermes de um livro, a leitura inteira do livro indispensvel.

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    ImediatoSeo Maior

    LivroAutor

    TestamentoBblia

    Passagem

    Os Nveis do Contexto Bblico

    2D. Acerte o propsito do autor

    Qual foi a inteno do autor quando ele escreveu seu livro? 1E. Procure dentro do prprio livro uma declarao explcita do propsito do autor

    Exemplo: Joo 20:31 Estes [sinais] foram registados para que creais que Jesus o Cristo o Filho de Deus, e para que, crendo tenhais vida em seu nome. A declarao explcita assim muito rara. Geralmente, necessrio ler o livro inteiro para chegar ao propsito do autor.

    2E. Considere o contedo do livro para determinar o propsito do autor

    O que o autor incluiu? O que ele omitiu? Como ele arranjou as informaes? 3E. Faa uma tabela do contedo do livro para seguir melhor a argumentao do

    autor

    Exemplo: Filipenses (veja a tabela na pgina seguinte)

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    Cap. 1 Cap. 2 Cap. 3 Cap. 4

    Tabela do Contedo de Filipenses

    1-2 Saudaes3-8 Aes de graapela comunho eparticipao9-11 Orao peloamor e discerni-mento deles12-14 O encarcera-mento de Paulopromove o evan-gelho15-18a Ele exultaquando seus inimi-gos pregam18b-26 Exultarquer libertado querexecutado27-30 Unidade ape-sar das perseguies

    1-4 Unidade ehumildade ao invzde arrogncia5-11 O exemplo deCristo na humilha-o e exaltao12-13 Resposabili-dade e habilitaode Deus14-18 Dar teste-munho ao invz dese queixar e brigar19-24 Timteoelogiado por seuinteresse genuno25-30 Epafroditoelogiado por estardisposto a dar aprpria vida

    1-4a Admoestaocontra os judai-zantes4b-6 As credenciaismelhores de Paulo7-11 Tudo perdidopara ganhar aCristo12-14 Prosseguindopara ter mais deCristo15-16 Chamarpara vigilncia17-21 Contrasteentre os falsos pro-fetas e os verda-deiros crentes

    1 Fique firme2-3 Apelo paraharmonia4-7 Exortaespara se alegrar, sermoderado, e orarpelas ansiedades8-9 Pense nascoisas boas e faa-as10-13 Alegria esatisfao pela gen-erosidade deles e aproviso de Cristo14-19 Alegria esatisfao expli-cadas ainda mais20-23 Doxologia esaudaes finais

    O pargrafo a chave para a comunicao das idias da Bblia. preciso utilizar uma Bblia moderna que tem pargrafos. Todos os pargrafos devem ser indicados pela extenso dos versculos. Uma nica linha separa seces que tm seus prprios assuntos. Uma dupla linha separa sees maiores do livro que tm seus prprios temas. No utilize mais de 8-10 palavras para delinear o contedo de cada pargrafo.

    2C. O Contexto da Seo Precisa-se de um bom entendimento das diversas sees do livro para saber como sua passagem encaixa no livro. Os limites da seo, s vezes, so indicados por: 1D. Frases-chave (ou termos-chave) que se repetem no decorrer do livro

    Exemplo #1: Mateus

    7:28 Kai egeneto ote etelesen oJ Ihsouv tou\ lo/gou tou/tou, E aconteceu que, quando Jesus acabou [de proferir] estas palavras

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    11:1 Kai egeneto ote etelesen oJ Ihsouv diatasswn toi dwdeka maqhtai aujtouv,

    E aconteceu que, quando Jesus acabou de dar estas instrues a seus doze

    discpulos 13:53 Kai egeneto ote etelesen oJ Ihsouv ta parabola tau/ta, E aconteceu que, quando Jesus acabou [de proferir] estas parbolas 19:1 Kai egeneto ote etelesen oJ Ihsouv tou\ lo/gou tou/tou, E aconteceu que, quando Jesus acabou [de falar] estas palavras 26:1 Kai egeneto ote etelesen oJ Ihsouv panta tou\ lo/gou

    tou/tou E aconteceu que, quando Jesus acabou [de dar] todos estes ensinamentos

    Exemplo #2: Apocalipse 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 7, 14

    Tw aggelw thv {en Efesw, en Smu/rnh, en Pergamw, en Quateiroi, en Sardesin, en Filadelfeia, en Laodikeia } ekklhsia grayon: Ao anjo da igreja [em feso, em Esmirna, em Prgamo, em Tiatira, em Sardes,

    em Filadlfia, em Laodicia] escreve

    2D. Construes gramaticais, como as conjunes de transio 1E. oun (portanto, consequentemente, ento, pois)

    Col. 3:5 Nekrwsate oun ta melh ta epi thv ghv Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena Col. 3:12 Endu/sasqe oun, wJ eklektoi touv qeouv Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus

    2E. de/ (mas, ora, ento) 3E. meta/ (depois, aps)

    Atos 18:1 Meta tauvta cwrisqei ek tw n Aqhnw n hlqen ei Ko/rinqon.

    Depois disto, deixando Paulo Atenas, partiu para Corinto

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    4E. tote/ (ento, naquele tempo) 5E. di/o (portanto, por isso, por esta razo)

    3D. Perguntas retricas do livro Exemplos:

    Rom. 6:1-2 Ti oun erouvmen; epimenwmen thv aJmartia, ina hJ cari pleonash; mh\ genoito.

    Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graa mais

    abundante? De modo nenhum! Rom. 6:15 Ti oun; aJmarth/swmen, oti oujk esmen uJpo\ no/mon alla uJpo\

    carin; mh\ genoito.

    E da? Havemos de pecar porque no estamos debaixo da lei, e, sim, da graa? De modo nenhum!

    Rom 7:7 Ti oun erouvmen; oJ no/mo aJmartia; mh\ genoito: Que diremos, pois? a lei pecado? De modo nenhum!

    4D. Mudanas do tempo, lugar ou ocasio

    1E. Tempo

    Exemplos: Apocalipse

    4:1 Meta tauvta eidon Depois destas coisas olhei 7:1 Meta touvto eidon Depois disto vi 7:9 Meta tauvta eidon Depois destas coisas vi

    2E. Lugar

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    Exemplos: Atos

    18:24 Ioudai o de ti Apollw ojno/mati, Alexandreu\ tw genei, anh\r lo/gio, kath/nthsen ei Efeson

    E um judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloquente, chegou em feso

    19:1 Egeneto de en tw to\n Apollw einai en Korinqw Pauvlon

    dielqo/nta ta anwterika merh [kat]elqei n ei Efeson E aconteceu que, estando Apolo em Corinto, Paulo, tendo passado pelas

    regies mais altas, chegou a feso

    3E. Cenrio

    Exemplo: Os captulos de Apocalipse

    1 (no cu), 2-3 (na terra), 4-5 (no cu), 6 (na terra), 7 (no cu), 8-9 (na terra), 10 (no cu), 11-13 (na terra), 14-15 (no cu), 16-18 (na terra), 19:1-10 (no cu), 19:11-22:3 (o cu na terra).

    5D. Declaraes vocativas Exemplo: 1 Joo

    tekni/a (filhinhos) 2:1, 28 ajgaphtoi (amados) 2:7; 4:1, 7 paidi/a (filhinhos) 2:18

    6D. Mudanas do sujeito/objeto, ou do verbo (modo, voz, pessoa, etc.)

    Exemplo: Hebreus: a mudana do modo do indicativo para o subjunctivo

    4:14 Econte oun arcierea megan dielhluqo/ta tou\ oujranou/, Ihsouvn to\n uio\n touv qeouv, kratw men thv oJmologia.

    Tendo, pois, como grande sumo sacerdote que penetrou os cus, Jesus o Filho de

    Deus, conservemos firmes a nossa confisso 6:1 Dio\ afente to\n thv archv touv Cristouv lo/gon epi th\n teleio/thta

    ferwmeqa, Por isso, pondo de parte os princpios elementares da doutrina de Cristo,

    deixemo-nos levar para o que perfeito

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    12:1 Toigarouvn kai hJmei tosouvton econte perikeimenon hJmi n nefo

    martu/rwn, ... di uJpomonhv trecwmen to\n prokeimenon hJmi n agw na Portanto, tambm ns, visto que temos a rodear-nos to grande nuvem de

    testemunhos,corramos com perseverana a carreira que nos est proposta

    7D. Conceitos ou palavras-chaves que se repetem Exemplo: 1 Corntios

    7:1 Peri de wn egrayate, kalo\n anqrwpw gunaiko\ mh\ aptesqai: Com respeito ao que me escrevestes: bom que o homem no toque mulher 7:25 Peri de tw n parqenwn epitagh\n kuriou oujk ecw,

    Com respeito s virgens, no tenho mandamento do Senhor 8:1 Peri de tw n eidwloqu/twn, Com respeito s coisas sacrificadas a dolos 12:1 Peri de tw n pneumatikw n, Com respeito aos dons espirituais 16:1 Peri de thv logeia Com respeito coleta

    8D. Declarao de um novo assunto

    Exemplo: Veja 1 Corntios 12:1 (em cima)

    3C. O Contexto do Pargrafo (Contexto Imediato)

    preciso entender o melhor possvel: Qual a razo porque o autor escreveu esta passagem? Por que ele diz o que ele diz? E porque ele diz o que diz aqui mesmo?

    1D. Determinar a lgica e o contedo do seu pargrafo Qual o interesse absolutamente central do autor na passagem? O que ele diz a respeito deste interesse? Para quem? Escreva a sua concluso brevemente.

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    2D. Determinar como o pargrafo se encaixa no argumento maior do autor

    Como o seu pargrafo se relaciona com os pargrafos anteriores, e os pargrafos posteriores? O que a passagem contribui ao argumento geral do livro?

    4C. Um exemplo interpretativo: 1 Corntios 4:5

    wste mh\ pro\ kairouv ti krinete ew an elqh oJ ku/rio, o kai fwtisei ta krupta touv sko/tou kai fanerwsei ta boula tw n kardiw n: kai to/te oJ epaino genh/setai ekastw apo\ touv qeouv.

    Portanto, nada julgueis antes de tempo, at que venha o Senhor, o qual no somente

    trar plena luz as coisas ocultas das trevas, mas tambm manifestar os desgnios dos coraes; e ento cada um receber o seu louvor da parte de Deus

    Sem entender o contexto literrio, este versculo pode ser utilizado para provar que, no julgamento de Cristo dos crentes, cada um receber o seu louvor da parte de Deus.

    Uma das palavras-chave neste versculo e contexto eJka/sto (cada um) Esta palavra-chave aparece seis vezes no contexto imediato deste versculo (1 Cor.

    3:14:5) 3:1 Eu, porm, irmos, no vos pude falar como a espirituais; e, sim, como a carnais,

    como a crianas em Cristo 4 Quando, pois, algum diz: Eu sou de Paulo; e outro: Eu, de Apolo; no evidente que andais segundo os homens?

    3:5 Quem Apolo? e quem Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto

    conforme o Senhor apontou a cada um [seu prprio trabalho]. 6 Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. 7 De modo que nem o que planta alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que d o crescimento. 8 Ora, o que planta e o que rega so um; e cada um receber o seu galardo, segundo o seu prprio trabalho. 9 Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus,

    edifcio de Deus sois vs. 10 Segundo a graa de Deus que me foi dada, lancei o

    fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porm, cada um veja como edifica. 11 Porque ningum pode lancar outro fundamento, alm do que foi posto, o qual Jesus Cristo. 12 Contudo, se o que algum edifica sobre o fundamento ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, 13 manifesta se tornar a obra de cada um; pois o dia a demonstrar, porque est sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o prprio fogo o provar. 14 Se permanecer a obra de algum que sobre o fundamento edificou, esse receber galardo; 15 se a obra de algum se queimar, sofrer ele dano; mas esse mesmo ser salvo, todavia, como que atravs do fogo

    4:1 Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e

    despenseiros dos mistrios de Deus 3 Todavia, a mim mui pouco se me d de ser julgado por vs, ou por tribunal humano; nem eu to pouco julgo a mim mesmo. 4 Porque de nada me argi a conscincia; contudo, nem por isso me dou por justificado, pois quem me julga o Senhor. 5 Portanto, nada julgeis antes do tempo, at que venha o Senhor, o qual no somente trar plena luz as coisas ocultas das trevas, mas tambm manifestar os desgnios dos coraes; e ento

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    cada um receber o seu louvor da parte de Deus. 4:6 Estas coisas, irmos, apliquei-as figuradamente a mim mesmo e a Apolo por

    vossa causa, para que por nosso exemplo aprendais isto: No ultrapasseis o que est escrito; a fim de que ningum se ensoberbea a favor de um em detrimento de outro

    Paulo fala de uma situao particular, a dele e de Apolo, simbolizando a situao daquele que est involvido no trabalho do Senhor, edificando igrejas. Aqueles que fazem esta obra com esforo, humildade, e com Cristo como verdadeiro fundamento vo receber galardes. Mas no podemos aplicar esta promessa (4:5) para todo crente. possvel que alguns crentes sofram a disciplina de Deus no tribunal de Jesus (3:15).

    4C. Concluso: A necessidade do passo de analisar o contexto literrio est evidente, lendo as palavras de Virkler (Hermenutica, Vida, p. 67):

    Embora nossa tendncia seja a de rir da tolice de aplicar um texto sem relacion-lo com seu contexto, significativo o nmero de cristos que adotam esse mtodo a fim de descobrir a vontade de Deus para suas vidas.

    5A. ANLISE ESTRUTURAL

    1B. Introduo

    1C. A unidade para analisar: o pargrafo

    necessrio que entendamos a estrutura da seo e do livro inteiro. Porm, j tratamos destes assuntos sob a categoria de Contexto Literrio (veja acima). Aqui no nos preocupamos com o tema do livro e as sees maiores; temos de analisar a estrutura do prprio pargrafo que vamos pregar.

    2C. As metodologias de analisar pargrafos

    1D. O diagrama de linha 2D. O diagrama de bloco

    3C. Os elementos da anlise

    1D. Oraes 1E. Definio

    A orao um grupo de palavras que tem sujeito e predicado e que forma parte de uma sentena.

    2E. Orao independente (ou principal)

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    Comunica uma idia completa e pode ficar em p sozinza. Exemplo: E no vos embriagueis com vinho

    3E. Orao coordinada

    Faz parte de uma sentena composta. Exemplo: mas enchei-vos do Esprito

    4E. Orao subordinada (ou dependente)

    No comunica uma idia completa e no pode ficar em p sozinha. Exemplo: no qual h dissoluo

    2D. Frases

    A frase um grupo de palavras relacionadas, que no tem sujeito e predicado s vezes uma frase tem um verbo, como as frases de infinitivo. Mas no tem sujeito e predicado. H trs tipos de frases: 1E. Frase de preposico

    Sempre esta frase comea com preposio e nunca tem verbo. Exemplos: em nome de nosso Senhor Jesus Cristo

    2E. Frase de particpio

    Esta frase tem um particpio no comeo que atua como adjetivo. Exemplos: falando entre vs com salmos entoando e louvando de corao ao Senhor dando sempre graas por tudo

    3E. Frase de infinitivo

    Sempre esta frase comea com infinitivo. H trs tipos:

    1F. Adverbial, modificando ou completando o verbo

    Exemplo: Ns devemos acolher esses irmos

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    O infinitivo completa a idia do verbo dever. Tambm se pode usar o infinitivo com os verbos desejar, ir (no sentido futuro), e poder.

    2F. Adjetival, modificando um substantivo

    Exemplo: deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus

    O infinitivo explica o contedo do substantivo poder.

    3F. Substantival, com a funo de um substantivo

    Exemplo: Porquanto, para mim o viver Cristo, e o morrer lucro

    Neste caso, o infinitivo quase sempre tem o artigo definito.

    2B. O Diagrama de Linha (veja Principles and practice of Greek exegesis por John D.

    Grassmick) 1C. Explicao

    Um diagrama que identifica a categoria gramatical de todas as palavras de uma sentena, e que indica as relaes gramaticais entre as palavras.

    2C. Vantagem do mtodo

    O mtodo obriga o pregador a identificar gramaticalmente cada palavra na sua passagem.

    3C. Desvantagens

    Quando o pregador analisa as sentenas de uma passagem uma por uma, mais difcil ver a passagem inteira, sentindo o tema maior do escrito. Tambm este diagrama no indica a ordem das palavras no original, que s vezes ajuda a resolver perguntas exegticas.

    4C. Metodologia

    A orao independente da sentena representada como sujeito/verbo/objeto direto ou indireto na primeira linha. Todas as oraes subordinadas so indicadas em baixo da orao principal, ligadas com a parte da orao principal que elas modificam.

    Exemplo: 3 Joo 2-3 (veja na pgina seguinte)

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    3 Joo 2 !Agaphte, peri pantwn eucomai se eujodouvsqai kai uJgiainein, kaqw eujodouvtai sou hJ yuch/. (Amado, acima de tudo, eu desejo que voc prospere e tenha boa sade, como tambm a sua alma prspera.)

    ecarhn gar lian ercomenwn adelfwn kai marturou/ntwn sou thv alhqeia, kaqw su\ en alhqeia peripatei . (Pois, alegrei-me muito vindo os irmos e testemunhando da sua verdade, assim como voc anda na verdade.)

    3 Joo 3

    "Diagrama de Linha" de 3 Joo 2-3

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    3B. O Diagrama de Bloco 1C. Explicao

    Um diagrama que indica os relacionamentos sintticos entre todas as oraes e frases de um pargrafo.

    2C. Vantagens do mtodo

    1D. Conserva a ordem original das palavras da passagem

    mais fcil reconhecer as nfases do autor num diagrama de bloco. 2D. Indica o tema e as oraes independentes e subordinadas da passagem

    Isto o alvo da anlise estrutural! 3D. Ilumina o pargrafo inteiro, ao invz de uma sentena do pargrafo por vez

    Isto necessrio para entender a corrente de argumentao do autor.

    4D. mais fcil fazer e ler o diagrama de bloco

    No se precisa de um entendimento perfeito da gramtica para fazer este diagrama.

    3C. Metodologia

    1D. Escreva cada orao e frase na ordem natural do texto grego 2D. Coloque cada unidade semntica na sua prpria linha

    Uma unidade semntica significa aquela parte menor do texto que tem sua prpria identidade. O prprio pregador tem a liberdade de determinar o tamanho destas unidades.

    3D. Alinhe a orao-tema com a margem esquerda

    Geralmente a declarao do tema do pargrafo estar numa orao independente. 4D. Recue da margem esquerda cada orao que modifica diretamente o tema

    Estas oraes podem ser independentes ou subordinadas.

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    Diagrama de Bloco de Efsios 5:15-21 Passo Preliminar

    | | | | oun (portanto)

    | | | | Blepete akribw pw peripatei te (vede prudentemente como andais) | | | | mh\ wJ asofoi (no como nscios)

    | | | | all wJ sofoi (e, sim, como sbios) | | | | exagorazo/menoi to\n kairo/n (remindo o tempo)

    | | | | oti ai hJmerai ponhrai eisin (porque os dias so maus)

    | | | | dia touvto (por esta razo)

    | | | | mh\ ginesqe afrone (no vos torneis insensatos)

    | | | | alla suniete ti to\ qelhma touv kuriou (mas procurai compreender a vontade do Senhor)

    | | | | kai mh\ mequ/skesqe oinw (e no vos embriagueis com vinho)

    | | | | en w estin aswtia (no qual h dissoluo)

    | | | | alla plhrouvsqe en pneu/mati (mas enchei-vos do Esprito)

    | | | | lalouvnte (falando)

    | | | | eautoi (entre vs)

    | | | | [en] yalmoi kai (com salmos e)

    | | | | umnoi kai ([com] hinos e)

    | | | | wdai pneumatikai ([com] cnticos espirituais)

    | | | | adonte kai yallonte (entoando e louvando)

    | | | | thv kardia uJmw n (de corao)

    | | | | tw kuriw (ao Senhor)

    | | | | eujcaristouvnte (dando graas)

    | | | | pantote (sempre)

    | | | | uJper pantwn (por tudo)

    | | | | en ojno/mati touv kuriou hJmw n Ihsouv Cristouv (em nome do nosso Senhor Jesus Cristo)

    | | | | tw qew kai patri (ao nosso Deus e Pai)

    | | | | Upotasso/menoi (sujeitando-vos)

    | | | | allh/loi (uns aos outros)

    | | | | en fo/bw Cristouv (no temor de Cristo)

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    Diagrama de Bloco de Efsios 5:15-21 Passo Final

    oun

    Blepete akribw pw peripatei te

    mh\ wJ asofoi

    all wJ sofoi exagorazo/menoi to\n kairo/n

    oti ai hJmerai ponhrai eisin

    dia touvto

    mh\ ginesqe afrone

    alla suniete ti to\ qelhma touv kuriou

    kai mh\ mequ/skesqe oinw

    en w estin aswtia

    alla plhrouvsqe en pneu/mati

    lalouvnte

    eautoi

    [en] yalmoi kai

    umnoi kai

    wdai pneumatikai

    adonte kai yallonte

    thv kardia uJmw n

    tw kuriw

    eujcaristouvnte

    pantote

    uJper pantwn

    en ojno/mati touv kuriou hJmw n Ihsouv Cristouv

    tw qew kai patri

    Upotasso/menoi

    allh/loi

    en fo/bw Cristouv

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    5D. Recue ainda mais cada unidade semntica que modifica estas oraes, etc. Continue com esta conveno at que todas as unidades sejam no diagrama. claro que todas as oraes e frases subordinadas sero ligadas com outras unidades gramaticais que elas modificam ou qualificam.

    6D. Coloque setas no lado esquerdo das oraes e frases subordinadas, indicando as

    conexes semnticas com as oraes independentes do pargrafo Agora deveria ser possvel, atravs de uma olhada breve, entender as relaes entre as sentenas, oraes e frases da passagem.

    7D. Exemplo

    Efsios 5:15-21 (veja os diagramas nas pginas 23-24) 4B. O Uso de (Micro-)Estrutura para Comunicar nfase

    1C. Ordem das palavras

    Exemplo: Joo 13:6-7

    13:6 ercetai oun pro\ Simwna Petron: legei aujtw: ku/rie, su/ mou niptei Aproximou-se, ento, de Simo Pedro. Disse- lhe, Senhor, tu meus lavas

    tou\ po/da; os ps? A nfase semntica destas palavras de Pedro indicam que ele achasse que a ordem correta foi invertida.

    13:7 apekriqh Ihsouv kai eipen aujtw: o egw poiw su\ oujk oida arti, Respondeu Jesus e disse- lhe, O que eu fao, tu no sabes agora, gnwsh de meta tauvta. mas compreender depois.

    2C. Quiasmo (paralelismo invertido)

    Exemplo: Mateus 6:24

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    A Oujdei du/natai dusi kurioi douleu/ein: Ningum pode a dois mestres servir B h gar to\n ena mish/sei porque ou de um aborrecer C kai to\n eteron agaph/sei, e ao outro amar C h eno\ anqexetai ou a um se devotar B kai touv eterou katafronh/sei. e ao outro desprezar A ouj du/nasqe qew douleu/ein kai mamwna. No podem a Deus servir e a riquezas

    3C. Repetio de palavras ou conceitos

    Exemplo: Filipenses 4:6

    No andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porm, sejam conhecidas diante de Deus as vossas peties (aith/mata), pela orao (proseuchv) e pela splica (deh/sei), com aes de graa (eujcaristia).

    Por qu quatro termos para orao? Devemos achar diferenas de sentido nas quatro palavras, ou o autor enfatiza o conceito de orao atravs de variedade de vocabulrio? Veja tambm Joo 21:15-17 (meus cordeiros = minhas ovelhas?).

    4C. Som das palavras

    Exemplo: Hebreus 1:1

    1:1 Polumerw kai polutro/pw palai oJ qeo\ lalh/sa toi Muitas vezes e de muitas maneiras, outrora, Deus tem falado aos

    patrasin en toi profh/tai pais pelos profetas

    Note a repetito das letras p (5x), l (5x), w (2x ).

    Exemplo: 1 Pedro 1:4

    1:4 ei klhronomian afqarton kai amianton kai amaranton para uma herana incorruptvel e sem mcula e imarcescvel

    6A. ANLISE LXICA

    1B. Ferramentas de Anlise Lxica

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    1C. Concordncias

    1D. Moulton, W. F. e A. S. Geden. Concordance to the Greek Testament. 5 edio. T.

    & T. Clark, 1978.

    Indica todas as passagens que tm a palavra, alistadas na ordem cannica Todas as passagens so citadas pela frase que tem a palavra s vezes, os usos so classificados em duas ou mais categorias com nmeros

    pequenos Exemplo: QUvRA (porta)

    (1) metaph. (2) ejpi; qu/ra, qu/rai Mt 6 6 kleisa t. qu/ran sou pro/seuxai t. patri sou fechando sua porta, ore para seu Pai 24 33 2ginwskete oti eggu/ estin epi qu/rai saibam que est perto, at s portas

    2D. Bachmann, H. e H. Slaby, eds. Computer-Konkordanz zum Novum Testamentum

    Graece. Walter de Gruyter, 1980.

    Esta concordncia foi produzida num computador. mais recente do que as outras concordncias, mas em alemo e cara.

    3D. Hatch, E. e H. A. Redpath. A concordance to the Septuagint. 3 vols. Baker, 1987

    rep.

    Trata da Septuaginta e os livros apcrifos do AT que foram escritos em grego.

    2C. Lxicos 1D. Bauer, W.; W. F. Arndt; F. W. Gingrich; e F. Danker. A Greek-English lexicon of

    the New Testament. 3 edio. University of Chicago, 1979.

    Tem informaes lxicas de todas as palavras do NT grego.

    Todas as vrias definies da palavra (em ingls) Passagens do NT que ilustram cada significado diferente da palavra As fontes em que se encontra a palavra na literatura extra-bblica s vezes cita artigos de revistas teolgicas que tratam dos diversos significados da

    palavra

    Exemplo: qu/ra (John 10:9) pgs. 365-66, 2d.

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    2D. Gingrich, F. W. e F. W. Danker. Lxico do Novo Testamento grego/portugus. Edies Vida Nova, 1983.

    super-resumida e tem poucas informaes sobre as palavras. Veja qu/ra.

    3D. Moulton, J. H. e G. Milligan. The vocabulary of the Greek Testament. Eerdmans,

    n.d. Tem muitas informaes relativas ao uso das palavras (por exemplo, qu/ra) no perodo helenstico nos documentos informais (ocasionais); a maioria so papiros.

    4D. Liddell, H. G. e R. Scott. A Greek-English lexicon. Oxford University Press, 1924-

    40.

    Focaliza a linguagem grega clssica do perodo de alguns sculos antes do NT. 5D. Trench, R. C. Synonyms of the New Testament. Eerdmans, n.d.

    Veja o ndice de palavras gregas para achar um artigo relevante.

    3C. Dicionrios teolgicos 1D. Kittel, G. e G. Friedrich. Theological dictionary of the New Testament. 10 vols.

    Eerdmans, 1964-76. Trata de uma maneira muito compreensiva a etimologia, a cronologia, os vrios

    significados, e as ligaes cognticas das palavras gregas do NT Tem artigos sobre os sinnimos aramaicos e hebraicos, e sobre o uso da palavra na

    Septuaginta Segue a ordem alfabtica da palavra no grego

    2D. Brown, C., ed. Dicionrio international de teologia do NT. 2 vols. Edies Vida

    Nova. Trata das palavras gregas do NT por assunto, colocando sinnimos juntos num

    artigo, como melo (membros) e swma (corpo) Cada artigo indica o uso da palavra na literatura clssica (secular), no AT (na LXX),

    e no NT (koine) Segue a ordem alfabtica da palavra em portugus

    3D. Vine, W. E. O dicionrio Vine. CPAD.

    Tambm segue a ordem alfabtica da palavra em ingls Explica teologicamente os vrios usos de uma palavra, colocando referncias bblicas

    para apoiar as designaes

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    2B. O Alvo da Anlise Lxica

    Estudar as palavras individuais de uma passagem, empregando uma metodologia legtima, para que se entenda com a maior preciso o que o autor bblico comunicou para sua audincia original

    3B. Duas Filosofias da Anlise Lxica

    1C. A anlise diacrnica

    1D. Definio A anlise diacrnica investiga os usos de uma palavra grega atravs dos sculos do

    mundo antigo, comeando com a prpria lngua grega (900 A.C.) e terminando com o fim do primeiro sculo D.C.

    2D. Quatro estgios da anlise 1E. O perodo clssico (900-330 A.C.): Liddell e Scott

    O estudo de palavras gregas deste perodo no tem muito valor para o pastor que prepara sermes do NT, com a exceo de palavras que se encontra raramente no NT.

    2E. O perodo helenstico: a Septuaginta

    1F. s vezes, a palavra hebraica que est traduzida na LXX pode ajudar o aluno a entender melhor uma palavra grega do NT; a ferramenta precisa Hatch e Redpath

    2F. Mas se deve proceder com cautela

    1G. Palavras em duas lnguas diferentes no podem ser completamente idnticas (history e histria)

    Exemplo: sa/rx

    Na Septuaginta, a palavra sa/rx traduz a palavra hebraica rcb que significa corpo humano, vida em geral, seres vivos, etc. No tem o significado da natureza pecaminosa do homem, como no NT.

    2G. A Septuaginta nem sempre traduziu literalmente o hebraico

    s vezes, a LXX uma parfrase mais do que uma traduo.

    3G. s vezes a Septuaginta mudou a linguagem do hebraico original para

    conformar com as tradies e prticas da leitura do AT nos anos 300 A.C.

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    3F. Os sentidos das palavras hebraicas traduzidas pela Septuaginta podem

    contribuir a um entendimento melhor da extenso dos significados de uma palavra grega

    Mas no podemos limitar o sentido de uma palavra grega atravs dos usos da mesma palavra na Septuaginta.

    3E. O perodo helenstico: a literatura secular

    Consulte Moulton e Milligan para ver o uso de sua palavra nos papiros deste perodo (escritos mais informais). Exemplo: ajrrabw/n (Efs. 1:14)

    o Santo Esprito da promessa; o qual o penhor da nossa herana = penhor, garantia

    Nos papiros h um relato de uma mulher que pagou 1000 dracmas para garantir a compra de uma vaca; outro relato de algum que pagou 160 dracmas para garantir a compra de um terreno; e outro relato de algum que pagou 8 dracmas para Lampon, o caador de ratos para matar as ratas enquanto elas ainda estavam grvidas.

    4E. O perodo helenstico: o Novo Testamento

    Pode se investigar a palavra nos escritos de um autor, ou nos escritos de um gnero literrio, ou cronologicamente pelo NT inteiro. Veja a metodologia sincrnica em baixo.

    2C. A anlise sincrnica

    A anlise sincrnica investiga o uso de uma palavra grega somente durante o perodo do escrever do NT (4495 D.C.)

    Esta metodologia preferida para evitar algumas falcias exegticas da parte da anlise lxica. Veja as falcias, em baixo.

    4B. A Metodologia da Anlise Lxica (Sincrnica)

    1C. Separe as palavras que precisam ser analisadas especificamente

    1D. Palavras que tm tradues ambguas em portugus

    Pode comparar as vrias verses portuguesas para ver quais so as palavras mais difceis para traduzir. Sua congregao ser grata por qualquer informao que esclarea uma situao ambgua nas Escrituras.

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    2D. Palavras que levam significado pesado em reas teolgicas

    Exemplo: ejlpi/, dikaiosu/nh, ajga/ph, ca/ri, sa/rx esperana, justia, amor, graa, carne

    3D. Palavras que parecem ser ambguas mas que so tambm palavras-chave da

    passagem

    Exemplos: parqe/nwn (1 Cor. 7:25-38) = virgens? skeuvo (1 Tess. 4:4) = corpo? ou esposa? dia/kono (Rom. 16:1) = ministro? ou servo? ou dicono?

    4D. Palavras que so repetidas, palavras-tema

    Exemplos: oijkodome/w (1 Cor. 14:4a, 4b, 17) = edificar arconte (1 Cor. 2:6, 8) = lderes, prncipes kauka/omai (1 Cor. 1:29, 31) = jactar

    2C. Estabelea a extenso dos significados legtimos da palavra no seu prprio contexto 1D. Pesquise todas as ocorrncias da palavra no NT, empregando Moulton e Geden

    Relate as passagens num formulrio. Veja o formulrio Informaes Lxicas no Apndice B no fim desta apostila.

    1E. Quais so os autores do NT que utilizaram a palavra? 2E. Quantas vezes o autor da passagem sendo investigada a utilizou? 3E. Considere as outras passagens nas quais o mesmo autor utilizou a palavra 4E. Considere outras passagens paralelas que empregam palavras diferentes para

    expressar a mesma idia Veja as notas de rodap na sua Bblia para achar as passagens paralelas.

    2D. No caso que o NT tem poucas informaes, considere os papiros

    Use o lxico Moulton e Milligan

    3D. No caso que o contexto da palavra tem ligaes claras com o AT, pesquise as

    informaes relativas ao uso da palavra na Septuaginta Para pesquisar a LXX, use a concordncia Hatch e Redpath. Geralmente, o pastor no pesquisa a LXX por causa dos limites de tempo.

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    3C. Limite o significado da palavra considerando o contexto

    1D. Procure contrastes ou comparaes dentro do contexto

    Exemplo: Efsios 5:18

    E no vos embriagueis com vinhomas enchei-vos do Esprito

    O contraste entre o vinho e o Esprito indica que uma caraterstica de ser cheio do Esprito ser controlado pelo ES.

    2D. Procure argumentao dentro do contexto que limita o significado da palavra

    Exemplo: 2 Timteo 3:17

    para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente habilitado para toda boa obra

    O uso da palavra perfeito no significa sem pecado, mas significa habilitado.

    3D. Procure figuras de linguagem que empregam a palavra

    Exemplo: qu/ra Eu sou a porta. Se algum entrar por mim, ser salvo; entrar e sair e achar

    pastagem [metfora] (Joo 10:9) claro que esta palavra no pode ser interpretada literalmente. O intrprete deve investigar o smbolo apresentado no contexto para entender melhor a prpria palavra grega.

    5B. As Falcias da Anlise Lxica

    Veja Carson, Donald A. Os perigos da interpretao bblica, Edies Vida Nova. Todo pregador deve se esforar para evitar os vrios abusos da anlise lxica. H muitas tentaes que o pastor enfrenta nesta disciplina: 1C. Etimologia

    1D. Nem sempre se pode determinar com exatido o significado de uma palavra bblica atravs de um estudo da raiz

    1E. A raiz geralmente originou sculos antes da origem da palavra 2E. As palavras mudam de significado dentro de perodos curtos

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    2D. Exemplo: uJphre/th (servo, 1 Cor. 4:1)

    Etimologia: uma combinao da preposio uJpo/ (sob, debaixo de) e o verbo ejre/ssw (remar, com remos)

    uJphre/th = algum que est remando no mar? E a preposio?

    Significa que o servo est remando no nvel mais baixo de um trirreme? Quer dizer, ele est remando em baixo?

    No h nenhuma evidncia que este substantivo tem tanto significado A palavra uJphre/th no significa aquele que rema na literatura clssica, nem no NT O significado bvio no NT de uJphre/th simplesmente servo, quase igual a

    palavra dia/kono Muitas vezes, a presena de uma preposio no muda o significado do substantivo

    ou verbo

    2C. Anacronismo semntico

    1D. A substituio de uma palavra moderna ou recente no lugar de uma palavra bblica da mesma raiz

    2D. Exemplos

    1E. du/nami (Rom. 1:16)

    Pois no me envergonho do evangelho, porque o poder de Deus para a salvao de todo aquele que cr

    Hoje temos a palavra dinamite que vem desta raiz. Mas no conveniente dizer que o evangelho o dinamite para salvao. Seria mais correto dizer que o dnamo, quer dizer muito poder til, no muito poder destrutivo.

    2E. iJlaro/ (2 Cor. 9:7)

    Deus ama quem d com alegria. Apesar do fato de que esta palavra vem da mesma raiz como a palavra hilaridade, nos dias da igreja primitiva o significado era benevolncia, cortesia, bondade. Porm, j ouvi sermes dizendo que nossas ofertas devem ser feitas com hilaridade.

    3C. Significados tcnicos

    1D. O intrprete no deve ver determinadas palavras como palavras tcnicas, tendo o mesmo significado em todos os contextos

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    2D. Exemplo: santificao (aJgiasmo/) (1 Cor. 1:2) igreja de Deus que est em Cornto, aos santificados (hJgiasme/noi) em Cristo

    Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso

    Geralmente, consideramos que esta palavra santificao significa aquele processo de purificao do crente, ou purificao progressiva. Mas a igreja em Cornto no era muito puro e santo. Neste contexto, a palavra significa aquela purificao instantnea e posicional de toda pessoa que experimenta a regenerao. No podemos supor que aJgiasmo/ sempre signifique a mesma coisa em qualquer contexto da Bblia.

    4C. Concluso

    Para evitar estas falcias (e outras), o intrprete deve utilizar mais do que s uma concordncia ou lxico no estudo de palavras gregas. O estudo lingustico de uma palavra fora do seu contexto bblico necessrio. Mas depois deste primeiro passo, o aluno deve comparar os significados possveis com o contexto particular da sua passagem bblica.

    7A. GNERO LITERRIO

    1B. Introduo

    1C. Definio de gnero literrio

    Tipo maior da literatura do NT que geralmente cai em uma de cinco categorias: Por qu precisamos estudar os gneros do NT? Porque cada tipo de litertura tem suas prprias regras de interpretao legtima. No pretendemos aplicar igreja tudo que lemos no livro de Apocalipse, porque entendemos que h muitas vises que devem ser interpretadas como profecia, ao invs de interpret-las como epstolas.

    2C. Tipos de gnero literrio no NT

    1D. Epstolas (21)

    1E. Romanos, 1/2 Corntios, Glatas, Efsios, Filipenses, Colossenses, 1/2 Tessalonicenses, 1/2 Timteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, 1/2 Pedro, 1/2/3 Joo, e Judas

    2E. Atos 15:23-29; 23:26-30 3E. Apocalipse 2-3

    2D. Narrativa (Atos, sees dos evangelhos) 3D. Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas, Joo)

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    4D. Parbolas 5D. Apocalipse

    2B. Epstolas

    1C. Definio

    As epstolas do NT so comunicaes (ou cartas) pessoais, que tambm foram escritas

    para ser usadas pela igreja maior. 1D. Caratersticas pessoais

    Filemom 1, 22 1 Timteo 1:3, 18-19; 6:20-21

    2D. Caratersticas universais

    Filemom 2 1 Timteo 3:14-15

    2C. Elementos formais das epstolas

    As epstolas do NT tm vrias partes discernveis. Nem todas as epstolas tm todas as partes, mas em geral, as epstolas seguem a seguinte forma. 1D. Nome do escritor 2D. Nome do destinatrio 3D. Saudao 4D. Orao: um desejo ou aes de graas 5D. Corpo 6D. Saudao final e despedida

    Exemplo: 1 Corntios

    1:1 Paulo, chamado pela vontade de Deus, para ser apstolo de Jesus Cristo, e o irmo Sstenes [nome do escritor], 2 igreja de Deus que est em Corinto [nome do destinatrio]: 3 Graa a vs outros e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo [saudao].

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    1:4 Sempre dou graas a meu Deus a vosso respeito, a propsito da sua graa, que vos foi dada em Cristo Jesus[orao (aes de graas)].

    1:10 Rogo-vos, irmos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a

    mesma coisa[corpo]. 16:19 As igrejas da sia vos sadam. No Senhor muito vos sadam quila e

    Priscila 20 Todos os irmos vos sadam. Saudai-vos uns aos outros com sculo santo. 21 A saudao, excrevo-a eu, Paulo, de prprio punho [saudao final]. 22 Se algum no ama ao Senhor, seja antema. Maranata! 23 A graa do Senhor Jesus seja convosco. 24 O meu amor seja com todos vs em Cristo Jesus [despedida].

    Exerccio: Veja 2 Joo e identifique as partes da forma epistolria da carta 7D. Irregularidades

    H vrias epstolas que faltam uma ou mais partes desta forma exata.

    1E. Glatas 2E. 1 Timteo 3E. Tito 4E. Hebreus

    O que est faltando? O nome do escritor, do destinatrio, a saudao, e a orao. epstola? carta pessoal com valor para a igreja inteira? claro que Hebreus foi escrito para uma igreja particular (vj. 10:32-34 e 13:1-25), e tm muitas exortaes para os leitores (2:1-4; 3:7-19; 5:11-6:20;10:19-25).

    5E. Tiago 6E. 2 Pedro 7E. 1 Joo

    O que est faltando? O nome do escritor, do destinatrio, a saudao, a orao, e a saudao final! No tem nenhum elemento formal de uma epstola. Mas o autor se relaciona intimamente com os leitores (2:1, 7, 12-14, 19, 26).

    8E. 3 Joo

    9E. Judas 10E. 1 Tessalonicenses

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    Nada est faltando. Mas tem quase 3 captulos de aes de graa pela igreja (vj. 2:13). Por qu? Para que ele pudesse instruir a igreja nos ltimos captulos (4-5), corrigindo certos desentendimentos.

    8D. Concluso

    1E. A falta de uma ou mais caratersticas formais de uma epstola do NT pode indicar a atitude do escritor

    Por exemplo, por qu Paulo no colocou uma orao ou aes de graa na sua epstola aos glatas? Para comunicar seu desgosto melhor. Timteo? Para proceder rapidamente com sua comunicao? Tito?

    2E. A falta de uma ou mais caratersticas formais de uma epstola do NT pode

    indicar o propsito do escritor Por exemplo, por qu o escritor da epstola aos hebreus no tm o nome do autor, nem do destinatrio, nem a saudao? Possivelmente para enfatizar a natureza eterna do contedo? Ou para seguir o padro de uma homilia/pregao?

    3E. O intrprete deve prestar ateno aos elementos formais da epstola

    Tanto os elementos presentes como os que esto faltando.

    3C. Elementos da exegese das epstolas 1D. O primeiro passo: investigue o pano de fundo da epstola

    preciso entender as coisas introdutrias do livro. O alvo reconstruir a situao original da epstola.

    1E. Determine a identidade e carter dos destinatrios

    Tiago e 1 Corntios foram escritas a igrejas desobedientes e pecaminosas; 1 Tessalonicenses foi escrito para uma igreja que estava evangelizando sua regio com zelo.

    2E. Entenda a atitude do escritor

    Para entender melhor as passagens individuais de Filipenses, bom lembrar que o tom do autor mais leve e alegre. Mas o tom de Glatas diferente. As passagens das duas epstolas se tornam mais entendveis quando o pregador imita o tom bblico nas suas pregaes.

    3E. Determine a ocasio especfica da epstola

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    Por exemplo, o assunto maior de 1 Timteo o procedimento correto da igreja. As passagens individuais, at as passagens mais teolgicas do que prticas, devem ser explicadas com este assunto maior em mente.

    4E. Note a falta de qualquer elemento formal

    Exemplo: Hebreus 6:1-6

    Por causa da falta de vrios elementos formais no incio desta epstola, provvel que Hebreus fosse escrito como uma homilia, ao invs de um folheto doutrinrio. Por isso, tais passagens como 6:1-6 devem ser interpretadas honestamente, no como situaes hipotticas, mas como situaes possveis.

    2D. O segundo passo: estabelea a questo maior da sua passagem

    1E. Siga o esboo do livro, observando as divises do autor

    Antes de pregar uma passagem de Romanos, lembre de qual parte do livro vem sua passagem: dos caps. 1-4, 5-8, 9-11, ou 12-16. Todas estas sees da epstola tm suas prprias nfases e argumentao.

    2E. Resuma o contedo das sees do livro (vj. Contexto Literrio, pgs. 10-18)

    Determine os assuntos maiores de todas as sees. 3E. Determine o lugar da sua passagem na argumentao maior do livro

    O pregador tem que entender qual a nfase maior do autor bblico na seo que est tratando.

    4E. Focalize a questo maior da passagem

    Exemplo #1: Tiago 2:24

    Por exemplo, quando pregamos Tiago 2:24 (Verificais que uma pessoa justificada por obras, e no por f somente), devemos resistir a tentao de focalizar a soteriologia, porque a seo maior se trata da obrigao do crente de manifestar a sua f suprindo as necessidades dos pobres (1:19-2:26).

    Exemplo #2: Filipenses 2:5-11

    Apesar do fato de ter nesta passagem muita cristologia, devemos lembrar que o assunto maior desta seo a humildade do crente (2:4).

    3D. O terceiro passo: faa aplicaes legtimas

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    1E. Acerte que a situao antiga realmente corresponde com a situao atual

    Exemplo: 1 Tessalonicenses 4:1-8

    Nada dentro desta passagem indica que o mandamento baseado numa situao temporria. Pelo contrrio, as razes so eternas (santidade de Deus, etc.). Por isso, podemos aplicar a passagem literalmente nos dias de hoje.

    2E. No caso de uma situao que envolve a cultura antiga, procure o princpio que

    fica atrs do mandamento

    Exemplo #1: 1 Corntios 9:9-10

    Paulo aqui est destacando um princpio eterno que fica atrs do mandamento sobre o boi, e ele est aplicando tal mandamento aos apstolos, afirmando o direito deles de receber sustento por seus trabalhos espirituais!

    Exemplo #2: 1 Corntios 8-10

    A questo de jantar nos templos de dolos no se aplica diretamente ao nosso contexto, pelo menos no Brasil. Mas podemos procurar um princpio dentro desta passagem que ainda tem relevncia: No faa qualquer coisa que se torna causa de tropeo para outro crente.

    4D. Instrues para as passagens mais difceis

    1E. Nem sempre temos todas as informaes necessrias para interpretar algumas passagens com toda certeza

    Exemplo: 2 Tessalonicenses 2:5-6

    Por exemplo, 2 Tess. 2:5-6 indica que os tessalonicenses tinham outras informaes, alm desta epstola, sobre a vinda de Jesus. Possivelmente temos estas informaes no decorrer do NT ou AT, mas no temos certeza disso.

    2E. Sempre temos as informaes para determinar a questo maior do escritor

    Exemplo: 1 Corntios 15:29

    Sabemos que os corntios estavam praticando este ritual estranho (batismo para os mortos). No sabemos porque, ou se o apstolo Paulo estava proibindo-o. Mas parece que ele utilizou esta informao para indicar que os corntios no eram consistentes, duvidando a resurreio do corpo, mas ao mesmo tempo batizando pessoas para os mortos.

    3E. Focalize a questo da passagem, admitindo nossa falta de informaes para

    determinar a interpretao exata do trecho difcil

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    O pregador pode se refereir a Deut. 29:29. 4E. Consulte os comentrios para ver as vrias opinies

    No caso de ter trs ou quatro opes interpretativas, podemos ter certeza que um problema que no podemos resolver facilmente.

    3B. Narrativas

    1C. Definio

    As narrativas do NT so histrias simples de eventos, com incio, meio e fim. O ponto de vista do autor pode ser 1 pessoa (como as sees ns de Atos) ou 3 pessoa (como o resto de Atos).

    2C. Passagens narrativas do NT 1D. O livro inteiro de Atos

    Menos as duas epstolas. Mas elas ficam dentro da narrativa e pertencem a histria maior das narrativas em que se encontram.

    2D. Sees maiores dos evangelhos

    Nos evangelhos, as partes que no tm ensinos de Jesus geralmente so narrativas.

    3C. Caratersticas das narrativas do NT 1D. Geralmente no ensinam diretamente as doutrinas

    No temos nenhuma declarao dentro do livro de Atos que o batismo deve ser por imerso. Tambm no temos mandamento nenhum do tipo do governo de igreja que Deus aceita.

    2D. No se pode interpretar rigidamente os detalhes individuais da narrativa

    No podemos buscar significado em todas os detalhes menores. Exemplo: Mateus 13:1

    Esta passagem foi interpretada com criatividade por um autor dos anos 1920. Ele disse que o significado deste versculo que Jesus saiu dos judeus naquela altura e comeou a pregar mais para os gentios.

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    3D. As narrativas empregam ilustraes da natureza de Deus para comunicar a verdade divina atravs de uma maneira prtica

    Geralmente as verdades ilustradas assim so afirmadas doutrinariamente em outras partes da Bblia. Exemplo: Atos 5:1-11

    Esta passagem ilustra que Deus santo (1 Ped. 1:16), que Ele odeia a falsidade (Prov. 6:17-18), e que disciplina forte vem da mo de Deus (1 Joo 5:16).

    4D. As narrativas no so completas, mas seletivas, dependendo muito do propsito do

    autor

    Lucas, por exemplo, no incluiu tudo o que aconteceu nas vidas dos apstolos depois da asceno de Jesus. Ele trata de somente Pedro e Paulo detalhadamente, deixando de relatar a morte dos dois. Mas ele relata a pregao de Estvo com muitos detalhes (cap.7).

    5D. Deus o personagem central das narrativas

    No AT, Deus Pai o heri, nos evangelhos o heri Jesus, e no livro de Atos o Esprito Santo.

    4C. Elementos da exegese das narrativas (com nfase no livro de Atos) 1D. Investigue as questes histricas da narrativa

    O intrprete deve entender o melhor possvel as personagens da passagem, as instituies, os lugares, e as idias apresentadas dentro da narrativa, to como a geografia e as outras influncias fsicas. Exemplo #1: hora sexta (Joo 4:6)

    Pesquisando as fontes secundrias, ns entendemos que Joo empregou um sistema diferente das horas do dia do que os outros evangelistas (Marcos, Lucas, Mateus). O dia de Joo comeou s 6:00 da manh. Assim, Jesus estava assentado ao lado da fonte ao meio dia, a hora mais quente do dia. Por isso ele estava cansado, e com sede.

    Exemplo #2: hebreus (Atos 6:1); helenistas (Atos 6:1); samaritanos (Atos

    8:5); e temente a Deus (Atos 10:2)

    preciso entender a diferena entre estes quatro conceitos para entender o progresso do evangelho, comeando com os hebreus e chegando at os gentios no decorrer do livro.

    2D. Determine o propsito geral de Lucas no livro de Atos

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    Este propsito, segundo Fee e Stuart, o seguinte: A chave para o entendimento de Atos parece estar no interesse de Lucas por este

    movimento, orquestrado pelo Esprito Santo, do Evangelho, a partir dos seus incios baseados em Jerusalm e orientados para o judasmo, at tornar-se um fenmeno de mbito mundial, predominantemente gentio (Entendes o que ls?, pg. 85).

    A determinao deste propsito preciso mais tarde no processo da exegese para avaliar as nossas observaes exegticas ao lado deste propsito. Se nossas observaes no tm nada a ver com o propsito maior de Lucas, elas provavelmente no so corretas.

    3D. Estabelea a estrutura geral de Lucas no livro de Atos

    1E. Identifique as divises maiores do livro H dois sistemas populares: 1F. Trs divises baseadas em Atos 1:8

    1G. O evangelho pregado em Jerusalm (Atos 1-7)

    Este trecho comea com o dia de pentecostes e termina com a perseguio da igreja e a saida dos cristos de Jerusalm.

    2G. O evangelho pregado em toda a Judia e Samaria (Atos 8-12)

    Comea com a evangelizao da Samaria e termina antes das viagens missionrias de Paulo e Barnab.

    3G. O evangelho chegando at os confins da terra (Atos 13-28)

    Comea com a obra de Paulo nas naes pags da Galcia e termina em Roma, a sede do imprio romano.

    2F. Seis divises baseadas nas declaraes sumrias do livro

    1G. Painel 1 (Atos 1:1-6:7)

    Crescia a palavra de Deus ese multiplicava o nmero dos discpulos (6:7)

    Uma descrio da igreja primitiva em Jerusalm, sua pregao primitiva, sua vida em comum, sua propagao e oposio inicial. Tudo judaico, inclusive as aluses ao templo e a sinagoga.

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    2G. Painel 2 (Atos 6:8-9:31)

    A igrejatinha paze crescia em nmero (9:31) A primeira expanso geogrfica foi gerada pelo martrio de Estvo, um helenista. Tambm, este trecho menciona os quase judeus (os samaritanos e o eunuco) e a converso de Paulo, um helenista.

    3G. Painel 3 (Atos 10:1-12:24)

    Entretanto a palavra do Senhor crescia e se multiplicava (12:24) AEste trecho traa a primeira expanso aos gentios, com Cornlio como a chave. Tambm, a igreja em Antioquia est fundada, estabelecendo a base do resto da expanso.

    4G. Painel 4 (Atos 12:25-16:5)

    Assim as igrejas eram fortalecidas na f e aumentavam em nmero dia a dia (16:5)

    Esta a primeira expanso geogrfica para dentro do mundo gentio, com Paulo na liderana. A chave o conclio dos apstolos judaicos em Jerusalm que aceita os irmos gentios, sem impr sobre eles as exigncias judaicas.

    5G. Painel 5 (Atos 16:6-19:20)

    Assim a palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente (19:20) A expanso continua, sempre em direo ocidental, agora entrando na Europa.

    6G. Painel 6 (Atos 19:21-28:31)

    Por dois anos permaneceu Paulopregando o reino de Deus, e, com toda a

    intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo (28:31)

    Esta uma descrio dos eventos que levam Paulo e o evangelho para Roma, com muita ateno nos julgamentos de Paulo. Trs vezes ele declarado inocente de qualquer culpa.

    2E. Localize sua passagem dentro da seo maior do livro

    Veja o propsito da sua passagem a luz do propsito maior da seo.

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    4D. Acerte a questo maior de Lucas em sua passagem

    O que ele est pretendendo comunicar atravs desta narrativa? Qual o ponto da passagem, a inteno do autor? Como esta narrativa encaixa na estrutura maior do livro? Por qu ele incluiu estas informaes? Sempre o intrprete deve lembrar o propsito maior de Lucas, e esta questo maior da prpria seo. Para interpretar uma passagem narrativa, queremos enfatizar as idias maiores de Lucas ilustradas pela