apostila financas corporativas v 300

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ARARUAMA 5º Período de Administração Apostila : FINANÇAS CORPORATIVAS - 5º Per.ADM - Versão 3.00 Prof.: CÉSAR VENTURA Sumário 1 - INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ...................................................................... 3 1.1 – A Contabilidade e a Administração: ................................................................................. 4 1.2 - Funções da administração financeira: .............................................................................. 5 1.2.1 - Planejamento Financeiro: .......................................................................................... 5 1.2.2 - Controle Financeiro (Análise dos Índices Financeiros): ............................................. 6 1.2.3 - Decisões de Investimento (aplicação dos recursos): ................................................. 8 1.2.4 - Decisões de Financiamento (capitação dos recursos): .............................................. 8 1.3 - Terminologias, Fórmulas e Conceitos: ............................................................................ 10 2 - CUSTO DO CAPITAL ................................................................................................................ 11 2.1 – Custo do Capital Próprio: ............................................................................................... 12 2.2 – Custo do Capital de Terceiros:........................................................................................ 12 2.3 – Fundamentos: Risco e Retorno ...................................................................................... 12 2.3.1 – O que é Risco?: ........................................................................................................ 12 2.3.2 – O que é Retorno?: ................................................................................................... 12 2.4 – Formas de Captação de Recursos: ................................................................................. 13 2.4.1 – Financiamento Bancário:......................................................................................... 13 2.4.2 – Subvenção Econômica: ............................................................................................ 13 2.4.3 – Capital Semente: ..................................................................................................... 14 2.4.4 – Venture Capital:....................................................................................................... 14 2.4.5 – Private Equity: ......................................................................................................... 14 2.4.6 – Crowdfunding: ......................................................................................................... 14 3 - CAPITAL DE GIRO.................................................................................................................... 14 4 - Balanço Patrimonial ............................................................................................................... 15 4.1 – Conceito e Composição: ................................................................................................. 15 4.2 – Análise Contábil: ............................................................................................................. 16 4.3 - Métodos de Análise Contábil: ......................................................................................... 16 4.4 - Aspectos das Demonstrações Passíveis de Análise:........................................................ 17 4.4.1 - Aspecto da estrutura:............................................................................................... 17 4.4.2 - Aspecto financeiro: .................................................................................................. 17

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A R A R U A M A 5º Período de Administração

Apostila : FINANÇAS CORPORATIVAS - 5º Per.ADM - Versão 3.00 Prof.: CÉSAR VENTURA

Sumário 1 - INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ...................................................................... 3

1.1 – A Contabilidade e a Administração: ................................................................................. 4 1.2 - Funções da administração financeira: .............................................................................. 5

1.2.1 - Planejamento Financeiro: .......................................................................................... 5 1.2.2 - Controle Financeiro (Análise dos Índices Financeiros): ............................................. 6 1.2.3 - Decisões de Investimento (aplicação dos recursos): ................................................. 8 1.2.4 - Decisões de Financiamento (capitação dos recursos): .............................................. 8

1.3 - Terminologias, Fórmulas e Conceitos: ............................................................................ 10 2 - CUSTO DO CAPITAL ................................................................................................................ 11

2.1 – Custo do Capital Próprio: ............................................................................................... 12 2.2 – Custo do Capital de Terceiros:........................................................................................ 12 2.3 – Fundamentos: Risco e Retorno ...................................................................................... 12

2.3.1 – O que é Risco?: ........................................................................................................ 12 2.3.2 – O que é Retorno?: ................................................................................................... 12

2.4 – Formas de Captação de Recursos: ................................................................................. 13 2.4.1 – Financiamento Bancário: ......................................................................................... 13 2.4.2 – Subvenção Econômica: ............................................................................................ 13 2.4.3 – Capital Semente: ..................................................................................................... 14 2.4.4 – Venture Capital: ....................................................................................................... 14 2.4.5 – Private Equity: ......................................................................................................... 14 2.4.6 – Crowdfunding: ......................................................................................................... 14

3 - CAPITAL DE GIRO .................................................................................................................... 14 4 - Balanço Patrimonial ............................................................................................................... 15

4.1 – Conceito e Composição: ................................................................................................. 15 4.2 – Análise Contábil: ............................................................................................................. 16 4.3 - Métodos de Análise Contábil: ......................................................................................... 16 4.4 - Aspectos das Demonstrações Passíveis de Análise:........................................................ 17

4.4.1 - Aspecto da estrutura: ............................................................................................... 17 4.4.2 - Aspecto financeiro: .................................................................................................. 17

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Apostila : FINANÇAS CORPORATIVAS - 5º Per.ADM - Versão 3.00 Prof.: CÉSAR VENTURA

4.4.3 - Aspecto econômico: ................................................................................................. 18 5 – Fluxo de Caixa Financeiro ...................................................................................................... 22

5.1 – Como montar um fluxo de caixa financeiro: .................................................................. 23 6 – Composição do Preço de Venda ............................................................................................ 23 7 - Demonstração do Fluxo de Caixa ........................................................................................... 24

7.1 – Conceito: ........................................................................................................................ 24 7.2 - COMPOSIÇÃO .................................................................................................................. 24 7.3 – Métodos de apresentação: ............................................................................................ 24 7.4 - FLUXO DE CAIXA – Método Indireto ............................................................................... 25 7.5 - FLUXO DE CAIXA – Método Direto .................................................................................. 26

8 - CADERNO DE EXERCÍCIOS ...................................................................................................... 27 REFERÊNCIAS: .............................................................................................................................. 34

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1 - INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

FINANÇAS é a ciência que tem por objetivo administrar fundos financeiros, ou seja, aplicar nas tomadas de decisões da administração, conceitos do valor do dinheiro ao longo do tempo (gestão do dinheiro), além de princípios econômicos e contábeis.

A Administração Financeira envolve a gestão de recursos financeiros. As Finanças Corporativas estudam os processos e métodos aplicados nas tomadas de decisão nas empresas (Criação de valor para empresa), mas entender essa área também é essencial para os indivíduos em suas vidas particulares.

A Administração precisa de uma visão global da empresa (interno) e do ambiente que a cerca (externo), principalmente do mercado em que está inserida, com o objetivo de detectar as possíveis ameaças (pontos negativos) e reconhecer as oportunidades (pontos positivos) que surgirem. Os gestores tem a atribuição de planejar, organizar, controlar e decidir os caminhos seguidos pelas organizações rumo aos seus objetivos.

Segundo Chiavenato (2000, p.5), a “Administração é o ato de trabalhar com e através de pessoas para realizar, tanto os objetivos da organização, quanto de seus membros”.

“Administração financeira é a arte e a ciência de administrar recursos financeiros para maximizar a riqueza dos acionistas. Finanças corporativas são aplicações estratégicas da administração às empresas.” (LEMES JÚNIOR, 2005).

Segundo Assaf Neto (2005), “A Administração Financeira é um campo de estudo teórico e prático que objetiva, essencialmente, assegurar um melhor e mais eficiente processo empresarial de captação e alocação de recursos de capital”.

Divisões de atuação do Administrador Financeiro:

Quais são os grupos dos agentes econômicos ativos que participam da economia de um país? Dê exemplos de cada grupo.

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Administração Financeira

Finanças Pessoais

Mercado Financeiro

Finanças Corporativas

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1.1 – A Contabilidade e a Administração:

Como é possível perceber administrar envolve "decisão". O administrador é o responsável pelas decisões que influenciarão a continuidade da organização.

A Contabilidade, de forma simplificada, podemos afirmar que é a ciência que estuda e controla o patrimônio, sendo ferramenta essencial para fornecer aos gestores dados e informações úteis para nortear suas decisões no processo de administrar seus empreendimentos. Sendo a informação contábil, principalmente no que se refere aos planos orçamentários, base fundamental para o planejamento empresarial.

Para GITMAN (2005, p.10) “A função primordial do contador é produzir e divulgar dados para a mensuração do desempenho da empresa, avaliando sua posição financeira”.

A contabilidade reconhece as receitas e despesas no momento da realização da operação, independente de se ter recebido ou efetuado o pagamento. Está prática é denominada Regime de Competência.

Já na Administração Financeira a prática utilizada e o Regime de Caixa , onde se dá maior destaque aos fluxos de caixa (entrada e saída de numerário), para manter o planejamento e garantir as aquisições de ativos, bem como o cumprimento das obrigações (dívidas) assumidas.

De acordo com ROSS (2000) ao iniciar uma empresa, seja de qual área de atuação for, três perguntas precisariam de resposta:

1) Quais os investimentos am ativos precisam ser feitos?

2) Como obter os recursos necessários para esses investimentos?

3) Como seria administrado o fluxo de caixa do negócio?

Para responder a 1ª pergunta é necessário a elaboração do ORÇAMENTO DE CAPITAL , que nada mais é que o plano de investimentos de longo prazo da empresa, onde se identificará o retorno financeiro do capital empregado e o prazo para que o investimento passe a gerar fluxos de caixa positivos (planejamento financeiro de longo prazo).

A 2ª pergunta refere-se à composição da ESTRUTURA DE CAPITAL utilizada para os investimentos necessários. Essa composição é formada por Capital Próprio e Capital de Terceiros, utilizando-se da melhor estrutura disponível.

Já a 3ª pergunta está ligada a forma de gestão do CAPITAL DE GIRO do negócio (planejamento financeiro de curto prazo). Como o administrador estruturará os ativos e passivos de curto prazo, como: estoques, contas a

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receber, saldo de caixa e bancos (ativos), além de fornecedores e contas a pagar (passivo).

1.2 - Funções da administração financeira:

É comum simplificarmos as funções básicas do administrador financeiro em:

a) Alocação eficiente dos recursos da empresa - determinando os ativos e sua composição, além do perfil de risco do negócio;

b) Obtenção de recursos - obter recursos nas condições mais favoráveis possíveis.

Tais funções podem ser agrupadas em: Planejamento financeiro, Controle financeiro, Decisões de investimento e Decisões de financiament o.

1.2.1 - Planejamento Financeiro:

O planejamento financeiro para um determinado período estabelece as diretrizes e metas almejadas pela organização, fornecendo informações técnicas que possibilitam aos responsáveis pelas decisões, uma análise do investimento e financiamento necessários para o des envolvimento do negócio , além de visualizar situações adversas que permitirão a adoção de medidas corretivas quando necessárias.

É um instrumento indispensável à estratégia empresarial. É através do planejamento financeiro que as metas traçadas pela administração, atingem os resultados esperados.

Assim podemos afirmar que o planejamento financeiro e a administração financeira são responsáveis por dar à sustentação necessária a atividade da organização, contribuindo para a sua continuidade.

Segundo Caravantes (2005):

"Planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas sim ao futuro impacto das decisões que são tomadas hoje. O planejamento implica avaliar o futuro e preparar-se para ele, ou mesmo criá-lo, pois, é o ponto de partida para qualquer ação de parte da gerencia voltada para resultados."

Plano Financeiro de Longo Prazo (Estratégicos):

São as ações planejadas para o futuro (mais de um ano), incluindo seus reflexos financeiros. Planos financeiros de longo prazo são parte de um plano estratégico integrado que, focalizam os dispêndios de capital, atividades de pesquisa e desenvolvimento, ações de marketing e de desenvolvimento de produtos, estrutura de capital e importantes fontes de financiamento.

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Plano Financeiro de Curto Prazo (Operacionais):

Os planos financeiros de curto prazo são ações planejadas para um período de até dois anos, incluindo a previsão de seus reflexos financeiros. Incluem a necessidade de matérias primas, a previsão de vendas e a previsão de gastos necessários ao desenvolvimento das atividades da empresa. Os planos financeiros de curto prazo mais comuns são os orçamentos operacionais, o orçamento de caixa e demonstrações financeiras projetadas.

1.2.2 - Controle Financeiro (Análise dos Índices Fi nanceiros):

Faz o acompanhamento e avaliação do desempenho financeiro das empresas. Comparando os resultados previstos com os realizados e identificando as causas dos desvios para propor medidas corretivas.

Segundo ASSAF (2014, p.11), Controle Financeiro:

"Se dedica a acompanhar e avaliar todo o desempenho financeiro da empresa. Análises de desvios que venham a ocorrer entre os resultados previstos e realizados, assim como propostas de medidas corretivas necessárias, são algumas das funções básicas da controladoria financeira."

Uma dos métodos utilizados pelo Controle Financeiro é a análise dos índices das demonstrações financeiras da empresa, que são de fundamental importância para os investidores, financiadores, bem como para a própria administração da empresa.

Os Investidores são os acionistas atuais e os em potenciais que estão interessados nos níveis atuais e futuros de risco e retorno da empresa.

Os Financiadores são os credores interessados na liquidez à curto prazo e na capacidade da empresa em efetuar os pagamentos de juros e do principal, bem como na lucratividade, pois querem assegurar-se da continuidade dos negócios.

A Administração , está preocupada com todos os aspectos da situação financeira da empresa. Trabalhando para obter índices financeiros favoráveis tanto para os acionistas quanto para os credores. Assim a análise dos índices financeiros serve para monitorar o desempenho da empresa identificando e corrigindo possíveis desvios do planejamento. O objetivo dos administradores é maximizar a riqueza dos investido res , assim é preciso considerar além da maximização do lucro, os riscos envolvidos no negócio.

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Responsabilidade Social e Ambiental : Mesmo tendo como seu principal indicador de eficiência o aumento da riqueza de seus investidores (acionistas/proprietários), a administração não deve se esquecer de suas responsabilidades sociais para com os clientes (proteção do consumidor), para com seus funcionários (segurança do trabalho) e para com a comunidade, participando ativamente, inclusive com apoio a educação e o meio ambiente.

Governança Corporativa : Diante dos diversos escândalos financeiros ocorridos no mundo, o mercado anda dando mais atenção a forma como os negócios estão sendo conduzidos. Nesse cenário surgiram diversas questões que envolvem a ética empresarial, transparência e a forma de trato que envolve as empresas e seus stakeholders.

Para ASSAF (2014, p. 7) Stakeholders são todos os agentes que atuam em uma organização e apresentam alguma capacidade de participar de seus esforços no sentido de atingir os objetivos traçados. De forma resumida, stakeholders é todo individuo ou grupo que pode influenciar os objetivos de uma empresa, e também ser influenciado por suas decisões. Exemplos: acionistas, empregados, fornecedores, clientes, governo, etc. ATENÇÃO: Princípios econômicos que devem ser sempre observados:

1) Recursos são sempre escassos, portanto é necessário fazer escolhas; 2) O custo real de uma operação é o que se deve dispor para concretizá-la

(custo de oportunidade); Os indicadores econômico-financeiros mais comuns podem ser divididos em quatro grupos:

a) Índices de liquidez, que são: Liquidez Corrente; Liquidez Seca; Liquidez Imediata e Liquidez Geral;

b) Índices de atividade, que são: Prazo Médio de Estocagem; Giro do Estoque; Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores; Prazo Médio de Cobrança;

c) Índices de endividamento, que são: Índice de Endividamento Geral; Composição do Endividamento; Relação do Exigível de Longo Prazo e o Patrimônio Líquido; Imobilização do Patrimônio Líquido;

d) Índices de lucratividade, que são: Margem Bruta; Margem Líquida; Margem Operacional; e

e) Índices de Rentabilidade, que são: Retorno sobre o Ativo (ROA); Retorno sobre o Investimento (ROI); Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE); Giro dos Ativos.

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Segundo Hoji (2004):

"O sistema orçamentário é um instrumento de planejamento e controle de resultados econômicos e financeiros. É um modelo de mensuração que avalia e demonstra por meio de projeções, os desempenhos econômicos e financeiros da empresa, bem como as unidades que o compõem."

1.2.3 - Decisões de Investimento (aplicação dos rec ursos):

Refletem as aplicações de recursos temporários ou permanentes, por meio da seleção dos ativos mais rentáveis e condizentes com os negócios da empresa. Determinando a composição e os tipos de ativos da empresa, além de considerar os riscos financeiros . Segundo Assaf Neto (2005), “a decisão de investimentos envolve todo o processo de identificação, avaliação e seleção das alternativas de aplicações de recursos na expectativa de se auferirem benefícios econômicos futuros.”

A administração de ativos deve procurar a melhor estrutura dos investimentos, em termos de risco e retorno, realizando um gerenciamento eficiente e eficaz de seus valores.

1.2.4 - Decisões de Financiamento (capitação dos re cursos):

Refletem as decisões tomadas para definir o tipo, forma e prazo dos financiamentos captados. Volta-se para a aquisição de fundos para o gerenciamento de sua composição, procurando definir a estrutura mais adequada em termos de liquidez, redução de seus custos financeiros e risco financeiro . Cabe a administração financeira obtenção de recursos nas condições mais vantajosas. Determinando a composição e os tipos de recursos financeiros a serem utilizados pela empresa

Balanço Patrimonial Ativo Circulante Passivo Circulante

Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante Segundo Assaf Neto (2005):

“as decisões de financiamento, por outro lado, preocupam-se principalmente com a escolha das melhores ofertas de recursos e a

Decisões Financiamento

Decisões de Investimento

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melhor proporção a ser mantida entre capital de terceiros e capital próprio.”

Observação: Notem que os fluxos de caixa (resultados) e as análises de risco são fundamentais para as decisões dos administradores, uma vez que essas duasvariáveis são importantes para a maximização das riquezas dos investidores.

Fonte: Silva (2013)

Algumas das funções do Administrador (Atividades de análise e planejamento financeiro)

a) Análise dos registros das informações contábeis;

b) Projeção do Fluxo de Caixa;

c) Análise das perspectivas financeiras futuras;

d) Elaboração dos Planos de Investimento e Financiamento.

Posições destaque na Administração Financeira

Carreira

Analista Financeiro

Gerente de Investimentos

Gerente de Financiamentos

Gerente de Caixa

Gerente de Crédito

Fonte: Adaptado de Gitman, 2005.

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Apostila : FINANÇAS CORPORATIVAS - 5º Per.ADM - Versão 3.00 Prof.: CÉSAR VENTURAmelhor proporção a ser mantida entre capital de terceiros e capital próprio.”

Observação: Notem que os fluxos de caixa (resultados) e as análises de risco são fundamentais para as decisões dos administradores, uma vez que essas duasvariáveis são importantes para a maximização das riquezas dos investidores.

funções do Administrador Financeiro consistem em: (Atividades de análise e planejamento financeiro)

das informações contábeis;

b) Projeção do Fluxo de Caixa;

c) Análise das perspectivas financeiras futuras;

d) Elaboração dos Planos de Investimento e Financiamento.

Posições destaque na Administração Financeira

Função

Responsável pelos planos financeiros e orçamentários das empresas.

Avalia e recomenda compra de ativos.

Gerente de Financiamentos Obtém financiamentos para os investimentos aprovados pela direção da empresa.

Controla os saldo de caixa da empresa. Podendo gerir as atividades de recebimento e pagamento, além das aplicações financeiras de curto prazo.

Gere a política de crédito, avaliando as solicitações de crédito dos clientes.

do de Gitman, 2005.

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melhor proporção a ser mantida entre capital de terceiros e capital

Observação: Notem que os fluxos de caixa (resultados) e as análises de risco são fundamentais para as decisões dos administradores, uma vez que essas duas variáveis são importantes para a maximização das riquezas dos investidores.

consistem em:

Responsável pelos planos financeiros e orçamentários das empresas.

Avalia e recomenda compra de ativos.

Obtém financiamentos para os investimentos aprovados pela direção da

Controla os saldo de caixa da empresa. Podendo gerir as atividades de recebimento e pagamento, além das aplicações financeiras de curto prazo.

Gere a política de crédito, avaliando as solicitações de crédito dos clientes.

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1.3 - Terminologias, Fórmulas e Conceitos: CICLO ECONÔMICO – É o período em que o produto ou mercadoria (bem de venda), fica estocado até a venda. Compreende o período entre a data da compra até a data da venda do produto (Prazo médio de estoque);

Ciclo Econômico = PME (Prazo Médio de Estoque)

PME = Giro do Estoque x 360 Giro do Estoque = (Estoque Médio / CMV) Estoque Médio = (Estoque Inicial + Estoque Final) / 2

Siglas: PME (Prazo Médio de Estoque) # CMV (Custo da Mercadoria Vendida)

CICLO OPERACIONAL - Compreende o período entre a data da compra até a data do efetivo recebimento pela venda do produto;

Ciclo Operacional = Ciclo Econômico + PMR (Prazo Médio de Recebimento das Vendas).

PMR = 360 / Giro do Contas a Receber

Giro do Contas a Receber = (Vendas Brutas / Saldo de Dup.a Receber)

CICLO FINANCEIRO ou CICLO DE CAIXA - Compreende o período entre a data do pagamento efetivo da compra até a data do recebimento efetivo da venda do produto;

Ciclo Financeiro = CO – PMP (Prazo Médio de Pagamento)

GIRO DE CAIXA – É calculado dividindo o Ciclo de Financeiro por 360 dias (ano comercial).

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Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm

2 - CUSTO DO CAPITAL

Uma das questões fundamentais da administração financeira é o custo do capital total (capital próprio + capital de terceiros). Qual a melhor estrutura de capital a ser mantida ao longo do tempo, é uma constante preocupação dos gestores.

Segundo Ross (2000), “O Capital não é gratuito e para tomar decisões financeiras às empresas precisam conhecer os custos associados ao capital requerido”

Para se estabelecer a melhor estrutura de capital possível é necessário conhecer, principalmente, o quanto a empresa está gastando e o custo de oportunidade do curto e longo prazo.

CUSTO DE OPORTUNIDADE: Em termos simples consiste em saber do que abriremos mão (deixaremos de ter ou fazer) para executar outras tarefas ou adquirir outro bem que possam nos trazer benefícios.

Exemplo: Você está no último semestre da faculdade e seus recursos financeiros só lhe permite fazer apenas uma matéria eletiva, mas existem duas matérias que você gostaria de fazer: Libras e Relações Internacionais. Sendo assim você opta por Relações Internacionais. Qual o custo dessa decisão?

Para GITMAN (2005, p.164):

“O valor do dinheiro no tempo é uma ferramenta importante que os administradores financeiros e outros participantes do mercando utilizam para avaliar o impacto de alternativas de ação prop ostas . Como as empresas possuem longa duração e suas principais decisões afetam os fluxos de caixa no longo prazo, a avaliação eficaz das técnicas de cálculo do valor do dinheiro no tempo é de extrema importância.” (os grifos são meus)

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2.1 – Custo do Capital Próprio:

É definido pelo retorno que os sócios ou acionistas desejam ter sobre o capital investido na empresa.

Em termos simples é a remuneração mínimo exigida pelos sócios ou acionistas.

2.2 – Custo do Capital de Terceiros:

É definido pelo custo dos financiamentos de curto e longo prazo, incluindo, além dos juros, os impostos sobre as operações financeiras. É preciso conhecer os custos reais da empresa pra obter esses financiamentos que podem vir de instituições financeiras particulares ou até mesmo recursos oficiais (do governo) que em geral são subsidiados.

Financiamentos de Curto Prazo: Descontos de títulos nos bancos e financeiras; Cheque especial; Crédito rotativo; Antecipação de Cartões de Crédito, etc.

Financiamentos de Longo Prazo: Empréstimos com prazos de 24 meses ou mais; Financiamentos do BNDES; Captação de recursos no exterior (bancos estrangeiros); Arrendamento Mercantil (Leasing);

2.3 – Fundamentos: Risco e Retorno

Pelo apresentado até aqui, fica claro que é responsabilidade do administrador financeiro avaliar os riscos e retorn os que as decisões imporão aos investidores.

2.3.1 – O que é Risco?:

Para simplificar o entendimento podemos definir risco como a possibilidade de perda financeira. Quanto maior forem os riscos (incerteza) envolvidos em uma operação, maior é a possibilidade de perda financeira.

2.3.2 – O que é Retorno?:

O retorno é o resultado do investimento em um determinado período, podendo ser representar um ganho ou uma perda.

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Fórmula comumente utilizada:

Onde:

Kt = taxa de retorno durante o período de tempo analisado (t). Ct = fluxo de caixa recebido entre a data final (t) e a data inicial (t – 1) do período analisado. Pt = valor do investimento na data final (t). Pt-1 = valor do investimento na data inicial (t-1).

Exemplo:

Você comprou uma máquina de fabricar fraldas descartáveis, há um ano atrás, por R$ 22.000,00. O valor dessa máquina no mercado hoje é de R$ 23.500,00. Durante esse período de um ano sua receita líquida com essa máquina foi de R$ 900,00. Qual a taxa de retorno gerado por este investimento?

2.4 – Formas de Captação de Recursos:

2.4.1 – Financiamento Bancário:

Trata-se de captação de recursos nas instituições financeiras atuantes no mercado, sejam públicas ou privadas. Tendo como principal característica a devolução do capital inicial captado, acrescido de juros.

2.4.2 – Subvenção Econômica:

Apoio financeiro dado pelo poder público diretamente às empresas, seja através de aporte monetário direto ou através de renuncia fiscal/tributária, independente da forma os recursos não são reembolsáveis, ou seja, não precisam ser restituídos pelas empresas.

Kt = Ct + (Pt – Pt-1) Pt-1

K1 = 900 + (23.500 – 22.000) = 2.400 = 0,109 (10,9%) 22.000 22.000

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2.4.3 – Capital Semente:

Investidores bancam o início da empresa que, muitas vezes, ainda são só ideias ou projetos (empreendedores).

2.4.4 – Venture Capital :

Investidores bancam o crescimento de empresas de pequeno ou médio porte que já atuam no mercado, mas que apresentam bom potencial de expansão.

2.4.5 – Private Equity :

Para impulsionar os negócios e até para que se preparem para a abertura de capital na bolsa, os empresários vendem ações de suas empresas (participação acionária), que já estão consolidadas no mercado, em busca de apoio a gestão estratégica do empreendimento, além do capital é claro.

2.4.6 – Crowdfunding :

Também chamado de financiamento coletivo, o investimento é realizado a partir de contribuições de doadores (realizadas pela internet, na maioria das vezes), que com o intuído de ajudar o empreendedor a atingir seus objetivos, realizam aporte de capital sem terem assegurados direitos legais sobre o objeto financiando.

3 - CAPITAL DE GIRO

É o capital necessário para a composição dos ativos correntes ou circulantes, chamado Capital de Giro ou Capital Circulante. É o capital que gira constantemente dentro do ciclo operacional da empresa.

ATIVOS CIRCULANTES : São os bens e direitos cujos valores são realizáveis até o final do exercício seguinte, em geral compreendem os saldos das contas do Disponível, Investimentos de Curto Prazo, Contas a Receber e Estoques. Após esse prazo (após o final do exercício seguinte) são classificados no ATIVO NÃO CIRCULANTE (Longo Prazo).

PASSIVOS CIRCULANTES : São as obrigações que devem ser quitadas até o final do exercício seguinte, em geral compreendem os saldos das contas de Fornecedores, Empréstimos de Curto Prazo, Impostos a Pagar e demais contas a pagar de Curto Prazo. Após esse prazo (após o final do exercício seguinte) são classificadas no PASSIVO NÃO CIRCULANTE (Longo Prazo).

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De forma geral o Capital de Giro representa o montante total dos recursos necessário para a empresa financiar seu ciclo operacional.

CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO: É a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante.

Para Vieira (2008), capital de giro líquido é:

“A expressão capital de giro é comumente definida como montante total investido no ativo circulante (caixa, bancos, aplicações financeiras, estoques e contas a receber de clientes), enquanto a expressão capital de giro líquido é definido como sendo a diferença entre ativo circulante e o passivo circulante, ou seja: Capital de giro = Ativo circulante; Capital de giro líquido = Ativo circulante - Passivo circulante. Dessa forma, a expressão capital de giro se refere ao total de investimentos de curto prazo realizado pela empresa, enquanto a expressão capital de giro líquido se refere ao saldo líquido de aplicações e fontes efetuados neste horizonte de tempo.”

Otimização do Capital de Giro:

1) Conhecer o giro de cada produto para adequar os saldos de estoque em relação as vendas;

2) Realizar programação de compras;

3) Aumentar as vendas de produtos de giro rápido;

4) Organização do contas a receber;

5) Reduzir o custo do capital de giro;

4 - Balanço Patrimonial

4.1 – Conceito e Composição:

O balanço patrimonial é a demonstração que tem por finalidade apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, representando, portanto uma posição estática (foto). COMPOSIÇÃO

O balanço patrimonial é composto de três grupos básicos (Fig.1):

ATIVO - Compreende os recursos controlados por uma entidade e dos quais se esperam benefícios econômicos futuros (BENS e DIREITOS)

PASSIVO - Compreende as exigibilidades (OBRIGAÇÕES)

PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Representa a diferença entre o Ativo e o Passivo, ou seja, o valor líquido da empresa.

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As contas do Ativo Não Circulante são dispostas nos grupos: Ativo Realizável a Longo Prazo; Investimentos; Imobilizado e Intangível.

ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Passivo Circulante Disponível Contas a Receber Passivo Não Circulante Estoques Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo Patrimônio Líquido Investimentos Imobilizado Intangível (Fig.1)

4.2 – Análise Contábil:

A análise de balanço permite avaliar de forma geral a situação econômica e financeira de uma entidade, determinando, entre outras coisas, sua capacidade de gerar riquezas, avaliando o tempo de retorno do investimento.

Pode ser classificada em:

Análise temporal : É desenvolvida com o objetivo de acompanhar a evolução patrimonial ou de resultado da empresa em determinados períodos de tempo (analise de dois ou mais exercícios sociais).

Análise comparativa : É desenvolvida com o objetivo de comparar índices, contas específicas, orçamentos e outros elementos da mesma natureza.

4.3 - Métodos de Análise Contábil:

Os tipos de análise mais comuns, são:

Análise vertical: é a análise da estrutura que compõe um grupo ou subgrupo de determinados elementos patrimoniais ou de resultado em um determinado período. Servindo para identificar o quanto representa cada item em relação a um totalizador.

Exemplo: relação percentual do imobilizado em relação ao ativo total.

Análise horizontal : é a análise da variação (crescimento ou redução) de um elemento, ou mesmo um grupo de elementos, em determinados períodos, visando encontrar tendências de crescimento ou queda.

Exemplo: Comparação da vendas de um exercício, com as vendas do exercício anterior;

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Análise horizontal nominal: não leva em conta a inflação do período analisado;

Análise horizontal real: desconta a inflação geral do país, gerando uma variação real dos itens.

Análise por quociente: é a análise da relação numérica entre dois elementos patrimoniais ou de resultado.

Exemplo: O valor do ativo circulante representa 1,20 em relação ao valor do passivo circulante, no mesmo exercício.

Exercício: Com base nos dados do quadro abaixo, calcular a análise horizontal nominal e a análise horizontal real das vendas realizadas nos últimos 5 anos, sendo o ano 1 (ano atual) a base da análise.

Período Vendas Inflação

Índice de Inflação

AcumuladoAH -

Nominal AH - RealAno 1 R$ 20.000,00 0 1,00 1,000 1,000Ano 2 R$ 25.000,00 20% 1,20 1,250 1,042Ano 3 R$ 28.000,00 25% 1,50 1,400 0,933Ano 4 R$ 40.000,00 40% 2,10 2,000 0,952Ano 5 R$ 68.000,00 50% 3,15 3,400 1,079

4.4 - Aspectos das Demonstrações Passíveis de Análi se:

4.4.1 - Aspecto da estrutura:

ESTRUTURA DE CAPITAIS: Representa as origens dos recursos colocados à disposição da administração, se próprios ou de terceiros, bem como as aplicações dos recursos, suas classificações na estrutura patrimonial, as participações dos valores circulantes e não circulantes no patrimônio;

ENDIVIDAMENTO: Análise do endividamento da empresa para com terceiros, com a posição de curto e longo prazo.

4.4.2 - Aspecto financeiro:

LIQUIDEZ: Os indicadores que demonstram a capacidade da empresa de honrar seus compromissos para com terceiros, especialmente os de curto prazo; Esses índices quando demonstram baixa liquidez, são indicativos de dificuldades financeiras e possíveis problemas de fluxo de caixa.

SOLVÊNCIA: Análise dos índices que permitem avaliar a capacidade de solvência da empresa a médio e longo prazos;

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4.4.3 - Aspecto econômico:

Envolvem giro (quanto a empresa consegue vender com os ativos que possui) e margem (quanto a empresa "ganha" em cada unidade comercializada). PADOVEZE (2010) afirma que quanto maior o giro menor a margem necessária para recuperar o investimento. Assim os gestores devem procurar a maior margem e o maior giro para obter a maior rentabilidade possível.

RENTABILIDADE: Análise da capacidade do negócio remunerar o capital investido (geração de lucros);

PRODUTIVIDADE: Análise do potencial dos elementos ativos da empresa em gerar receita;

ROTATIVIDADE: Análise de índices que medem a capacidade de giro dos elementos patrimoniais;

Para GITMAN (2005, p.63):

“Os administradores financeiros reveem e analisam periodicamente as demonstrações financeiras da empresa, tanto para identificar possíveis problemas como para avaliar o progresso em direção às metas estabelecidas. Esses procedimentos visam à preservação e à criação de valor para os proprietários da empresa.”

Cuidados na análise dos índices :

1) Os índices que apresentam discrepâncias em relação aos níveis considerados ideais são apenas sintomas de algum problema, ou seja, os índices devem ser utilizados como orientadores para possíveis situações adversas. É necessário que se verifique as causas do problema.

2) Análises de índices de forma isolada, não costuma fornecer dados suficientes para um julgamento mais amplo da situação da empresa. É necessário que se analise os índices em conjunto de no mínimo três índices e até grupos de índices diverso.

3) Ao comparar índices de demonstrações financeiras de diversos períodos, atentar para os possíveis efeitos da sazonalidade, que é comum em diversos setores e regiões, que poderão levar a conclusões equivocadas.

4) Atenção para os efeitos inflacionários sobre as demonstrações financeiras, que também podem distorcer as comparações.

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Os indicadores econômico-financeiros:

Segundo GITMAN (2005, p.63):

“Os índices financeiros permitem aos administradores financeiros monitorar o pulso da empresa e o caminho percorrido em direção a suas metas estratégicas... Eles podem dar uma noção útil de aspectos importantes de risco e retorno (fluxo de caixa). ”

1) ÍNDICES DE LIQUIDEZ:

Com os índices de liquidez procura-se verificar a capacidade da empresa de saldar seus compromissos (pagar suas dívidas).

Resultado da análise:

Menor que 1: O resultado expressa a falta de disponibilidade, ou seja não existe direitos suficientes para quitar as obrigações a curto prazo no atual momento.

Igual a 1: O resultado expressa equivalência entre dos direitos e as obrigações;

Maior que 1: O resultado expressa disponibilidade para liquidação das obrigações;

OBS: É preciso considerar o setor no qual a empresa analisada está inserida. Já que quanto mais previsíveis forem os fluxos de caixa, mais baixo será o índice aceitável pelas normas.

Resultado: Quanto maior melhor.

a) Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante Representa o quanto a empresa tem de recursos no curto prazo para saldar compromissos de curto prazo.

b) Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante Representa o quanto a empresa tem de recursos no curto prazo, eliminando a incerteza da venda dos estoques, para saldar compromissos de curto prazo.

c) Liquidez Imediata = Ativo Disponível / Passivo Circulante Representa o quanto a empresa tem de dinheiro em "caixa" e "equivalentes de caixa" para saldar os compromissos de curto prazo.

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d) Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante) Representa a situação financeira da empresa no longo prazo. É preciso analisar com cautela já que os prazo podem ser diferentes para o Ativo e o Passivo e isso distorce a análise.

2) ÍNDICES DE ATIVIDADE:

Os índices de atividade buscam mensurar (medir) os prazos médios das principais atividades operacionais da entidade (como: comprar e vender).

a) Prazo Médio de Estocagem = (Estoque Médio / CPV) x 360

b) Giro do Estoque = (CPV / Estoque)

c) Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores =

(Fornecedores / Compras) x 360

d) Prazo Médio de Cobrança = (Contas a Receber / Vendas) x 360

3) ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO:

Com os índices de endividamento procura-se avaliar a estrutura de capital, a maior ou menor participação de capital de terceiros nas fontes de recursos.

a) Índice de Endividamento Geral ou Solvência Geral =

(Ativo Total / (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo)) (Capital de Terceiros / Ativo Total) x 100

b) Composição do Endividamento de Curto Prazo= (Passivo Circulante / (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo)) x 100

c) Relação do Exigível de Longo Prazo e o Patrimônio Líquido (Grau de Endividamento) = (Exigível a Longo Prazo / Patrimônio Líquido) x 100

d) Imobilização o Patrimônio Líquido = Ativo Imobilizado / Patrimônio Líquido

4) ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE :

a) Margem Bruta = (Resultado Bruto / Vendas) x 100

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b) Margem Líquida = (Resultado Líquido / Vendas) x 100

c) Margem Operacional = (Resultado Operacional / Vendas) x 100

5) ÍNDICES DE RENTABILIDADE (retorno sobre o investime nto):

Estes índices são mais representativos quando utilizamos somente os valores do Ativo Operacional

a) Retorno sobre o Ativo (ROA) = (Resultado Líquido / Ativo Total) Representa a lucratividade da empresa como um todo, sem se preocupar de onde vieram os recursos.

b) Retorno sobre o Investimento (ROI) = (Resultado Operacional / Ativo Total)

c) Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) = (Resultado Operacional / Patrimônio Líquido)

d) Giro dos Ativos = (Vendas / Ativo Total)

e) Margem Operacional = (Resultado Operacional / Vendas)

f) Quociente de Retorno sobre o Investimento Operacional = Margem Operacional x Giro dos Ativos Operacionais Essa combinação de Índices retrata melhor a situação operacional da empresa, no que diz respeito ao retorno dos investimentos. Exemplo de Análise de Retorno sobre o Investimento:

BALANÇO PATRIMONIAL 2014 2013 2014 2013

ATIVO PASSIVO Disponibilidades 140,00 80,00 Fornecedores 120,00 100,00 Estoques 220,00 150,00 Empréstimos 250,00 200,00 Créditos a Receber 280,00 240,00 Imobilizado 494,00 411,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (-) Depreciação -2,00 -1,00 Capital Social 300,00 300,00 Intangível 1,00 1,00 Reservas de Lucros 463,00 281,00 1.133,00 881,00 1.133,00 881,00

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DRE - Demonstração do Resultado do Exercício VENDAS 1.500,00 Retorno sobre o Investimento = 0,1807349 (-) Impostos s/Vendas -100,00 Resultado Operacional = 182,00

(-) CMV -

1.000,00 Ativo Total (Médio) ( 1.133,00 + 881,00 )/2 = Resultado Líq.Vendas 400,00

Retorno sobre o PL = 0,2708333 DESPESAS GERAIS Resultado Operacional = 182,00

(-) Administrativas -184,00 Patrimônio Líq.

(Médio) ( 763,00 + 581,00 )/2 (-) Financeiras -34,00 Total Despesas -218,00

= Lucro Líquido 182,00

Fonte: Adaptado de IUDÍCIBUS (2013, p.94)

5 – Fluxo de Caixa Financeiro

O Fluxo de Caixa Financeiro demonstra uma projeção da evolução e do comportamento, em um determinado período, dos saldos monetários (entradas e saídas) da empresa. É uma das ferramentas mais utilizadas no dia-a-dia das organizações de todos os portes.

É um instrumento de gestão, muito utilizado para as tomadas de decisões, e, até certo ponto, de fácil elaboração. O objetivo é projetar a saúde financeira da empresa e analisar os possíveis caminhos a serem seguidos para obter os resultados esperados (planejamento).

Independente da empresa o fluxo de caixa tem a mesma dinâmica, representa a entrada e a saída de dinheiro no decorrer do tempo, e é justamente o tempo que diferencia o fluxo de caixa de uma empresa de outro, uma vez que a movimentação financeira, de uma organização para outra, ocorre em prazos distintos. Empresas distintas possuem prazos de recebimento e pagamentos diferentes entre si.

As empresas que possuem controles financeiros bem estruturados e em ordem, encontrarão certa facilidade para montar um fluxo de caixa que demonstre a realidade da instituição, evitando projeções subestimadas ou superestimadas, ou ainda não prever alguns recursos necessário para o desenvolvimento dos objetivos da empresa.

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Um fluxo de caixa realista, baseado nas expectativas da empresa e em seus objetivos, responde as questões:

1) Tenho dinheiro suficiente para o desenvolvimento das atividades que foram planejadas?

2) Estou trabalhando com prazos de recebimentos corretos? 3) Necessito obter prazos de pagamentos mais alongados? 4) Preciso obter empréstimos? 5) Os gastos que estou realizando estão em consonância com o meu

planejamento?

Segundo GITMAN (2005, p.108):

“O fluxo de caixa, ou seja, o sangue da empresa , é fator determinante básico do valor dela. O administrador financeiro deve planejar e gerir – criar, alocar, conservar e monitorar – esse fluxo de caixa. A meta é assegurar a solvência da organização cumprindo as obrigações financeiras nas datas previstas e gerando fluxo de caixa positivo para seus proprietários. Tanto a magnitude quanto o risco dos fluxos de caixa gerados para os donos determinam o valor da empresa.” (os grifos são meus).

5.1 – Como montar um fluxo de caixa financeiro: Passos para elaboração de um fluxo de caixa financeiro:

1) Estimar as vendas do período e os prazos para recebimento; 2) Determinar os impostos incidentes sobre as vendas; 3) Estimar as compras (fornecedores) do período e os prazos para

pagamento; 4) Estimar as despesas diretas sobre as vendas e os prazos para

pagamento; 5) Projetar os valores a receber dos clientes das vendas já realizadas; 6) Levantar os valores das dívidas existentes e seus prazos de vencimento; 7) Projetar as despesas gerais e seus prazos de pagamento; 8) Levantar os numerários disponíveis;

6 – Composição do Preço de Venda

Independente do seu ramo de atividade ou a que tipo de mercado pertença uma empresa, seja ela pequena, média ou grande, precisa determinar com a maior precisão possível seus preços de venda.

Os principais riscos que envolvem a precificação de produtos ou serviços sem os devidos critérios são:

a) perda de mercado, devido a preços em desalinho (acima) com a concorrência;

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b) prejuízos financeiros, devido a vendas realizadas abaixo do preço de custo ou reposição;

A forma mais simplificada para determinação do Preço de Venda é:

Preço de Venda = Custos + Despesas + Lucro A contabilidade tem papel fundamental na tarefa de determinação do preço de venda, já que ela é a principal fonte de dados para o cálculo da equação acima.

7 - Demonstração do Fluxo de Caixa

7.1 – Conceito:

A Demonstração do Fluxo de Caixa objetiva informar como ocorreram as movimentações das entradas e saídas de caixa da empresa em um determinado período. A análise dessa demonstração permite aos gestores verificar, principalmente:

1) Capacidade da empresa de gerar caixa e equivalentes de caixa;

2) Se os fluxos de caixa gerados são positivos ou negativos;

3) Necessidade de financiamento para suas operações;

4) A origem e o destino do dinheiro investido;

7.2 - COMPOSIÇÃO

A DFC - Demonstração do Fluxo de Caixa é dividida em três grupos:

1) Fluxos derivados das atividades operacionais;

2) Fluxos derivados das atividades de investimento;

3) Fluxos derivados das atividades de financiamento;

7.3 – Métodos de apresentação:

A Demonstração do Fluxo de Caixa pode ser elaborado por dois métodos: 1) Método Direto: Este método objetiva discriminar todas as variações de entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa;

2) Método Indireto: Este método parte do lucro líquido do exercício, sendo ajustado em determinados valores para justificar a variação ocorrida na conta caixa e nos equivalentes de caixa.

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7.4 - FLUXO DE CAIXA – Método Indireto DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Exercício Findo em 31/12/X1

Fluxo de Caixa Proveniente Lucro Líquido (-) Aumento de Estoques (+) Depreciação (-) Aumento de Clientes (+) Pagamento a Funcionários (+) Contas a Pagar (+) Pagamentos de Impostos e Tributos (+) Aumentos de Fornecedores (=) Fluxo de Caixa Operacional Líquido Das Atividades de Investimentos (+) Recebimento de venda de Imobilizado (-) Aquisição de Ativo Permanente (+) Recebimento de Dividendos (=) Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) atividades de investimentos Das Atividades de Financiamentos (+) Novos Empréstimos (-) Amortização de Empréstimos (+) Emissão de Debêntures (+) Integralização de Capital ( -) Pagamento de Dividendos (=)Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) atividades de Financiamento AUMENTO/DIMINUIÇÃO NAS DISPONIBILIDADES

DISPONIBILIDADES- no início do período DISPONIBILIDADES- no final do período

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7.5 - FLUXO DE CAIXA – Método Direto DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Exercício Findo em 31/12/X1

Fluxo de Caixa Proveniente

Das Atividades Operacionais (+) Recebimento de Clientes e outros (-) Pagamentos a Fornecedores (-) Pagamento a Funcionários (-) Recolhimentos ao governo (-) pagamentos a credores diversos (=) Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) atividades operacionais

Das Atividades de Investimentos (+) Recebimento de venda de Imobilizado (-) Aquisição de Ativo Permanente (+) Recebimento de Dividendos (=) Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) atividades de investimentos

Das Atividades de Financiamentos (+) Novos Empréstimos (-) Amortização de Empréstimos (+) Emissão de Debêntures (+) Integralização de Capital ( -) Pagamento de Dividendos (=) Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) atividades de Financiamento AUMENTO/DIMINUIÇÃO NAS DISPONIBILIDADES

DISPONIBILIDADES- no início do período DISPONIBILIDADES- no final do período

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8 - CADERNO DE EXERCÍCIOS 1) A empresa ALFA Móveis está necessitando de uma melhor gestão de seu caixa, para tanto ela contrata seus serviços. Com base nos dados disponíveis você deverá fornecer as informações para a administração:

DADOS:

a) O prazo médio do giro de estoque está em 100 dias; b) O prazo médio de recebimento das contas a receber está em 30 dias; c) O prazo médio do pagamento das contas a pagar está em 70 dias; d) A empresa investe em seu ciclo operacional anualmente a importância

de R$ 45.000.000,00, a uma taxa constante; e) Considere, para efeito de cálculo, o ano comercial;

Forneça a administração as seguintes informações:

1) O que representa para a empresa o prazo médio de estoque e qual o seu ciclo em dias?

2) O que representa para a empresa o prazo médio das contas a receber e qual o seu ciclo em dias?

3) O que representa para a empresa o prazo médio de pagamento dos fornecedores e qual o seu ciclo em dias?

4) Qual o tempo médio do Ciclo Econômico da empresa? 5) Qual o tempo médio do Ciclo Operacional da empresa? 6) Qual o tempo médio do Ciclo Financeiro da empresa? 7) Qual o montante de recurso financeiro necessário para sustentar o ciclo

de caixa da empresa? 8) Quantos Ciclos de Caixa completos a empresa tem por ano? 9) Sugira as medidas podem ser tomadas pela administração para reduzir

o ciclo de conversão de caixa da empresa.

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2) PRÁTICA DE FLUXO DE CAIXA SIMPLES – EXERCÍCIO

A Cia. XYZ, deseja realizar uma melhor administração financeira de seus recursos, o seu Diretor Administrativo solicitou ao departamento de contabilidade a elaboração do fluxo de caixa projetado para os próximos seis meses.

A Cia. XYZ apresenta as seguintes previsões de dados financeiros:

1 – Previsão de vendas: R$ 20.000,00 no 1º mês, com um incremento de 15% para cada um dos meses subsequentes.

2 - Das vendas mensais, 50% são à vista, 30% têm recebimento em 30 dias e os 20% restantes com 60 dias;

3 - Os impostos sobre vendas giram em torno de 9%, as comissões dos vendedores são de 3% e os gastos com propaganda e publicidade são de 4% sobre as vendas.

4 – As duplicatas a receber, referentes às vendas já efetuadas no passado, totalizam R$ 3.500,00 no 1º mês e R$ 4.200,00 no 2º mês.

5 – De acordo com o setor de compras, a previsão de pagamentos a fornecedores é de R$ 5.000,00 para o 1º mês, com um incremento de R$ 500,00 para cada um dos meses subsequentes.

6 – O setor pessoal informa a seguinte previsão de gastos com salários e encargos sociais: média mensal de R$ 1.600,00. No 1º mês haverá um acréscimo de R$ 700,00, referente a uma indenização trabalhista. No 6º mês haverá um acréscimo de 50% referente à segunda parcela da gratificação natalina.

7 - O valor mensal do aluguel do prédio é de R$ 1.000,00, com aumento de 10% a partir do 4º mês;

8 - As demais despesas administrativas (água, luz, telefone, correio, material de escritório e limpeza) estão orçadas em 1.300,00 para o 1º mês com um incremento de R$ 100,00 para cada um dos meses subsequentes.

9 – De acordo com o setor financeiro, o saldo de caixa inicial é R$ 2.100,00. A partir do 2º mês, a empresa deverá pagar as parcelas de um empréstimo bancário, no valor de R$ 3.000,00 cada parcela.

Com base nestas informações, elaborar o fluxo de caixa da Cia. XYZ.

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3) Com base no Balanço Patrimonial e DRE - Demonstração do Resultado do Exercício abaixo, calcule todos os índices estudados:

ATIVO PASSIVOATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE

DISPONÍVEL FORNECEDORESCaixa Titulos a PagarBancos c/movimento

CONTAS A PAGARCRÉDITOS Sa lários a Paga r

Dupl icatas a Receber Dupl icatas a Pagar(-) Prov.p/Cred.Liq.Duvidosa

IMPOSTOS A PAGARESTOQUES Contr.Prev.a Recolher

Estoques de Mercadorias Cofins a RecolherEstoques de Mat.Exped. PIS a Recolher

ICMS a RecolherADIANTAMENTOS DIVERSOS FGTS a Recolher

Adiant.a FornecedoresPROVISÕES a PAGAR

ATIVO NÃO CIRCULANTE Provisã o para IRPJREALIZÁVEL A L. PRAZO Provisã o para CSLL

Títulos a ReceberPASSIVO NÃO CIRCULANTE

INVESTIMENTOS EXIGÍVEL A L. PRAZOParticipações Societárias Empréstimos e Financ.

ATIVO IMOBILIZADO PATRIMONIO LÍQUIDOImóveis CAPITAL SOCIALVeículos CAPITAL INTEGRALIZADOMóveis e Utens íl ios Ca pita l Subs cri to

(-) Depreciação Acumulada (-) Capital a Integralizar

DIFERIDO RESERVAS DE LUCROSDespesas de Organização Res erva Legal

Res.p/Contingências

RESERVAS DE CAPITALRes.Incentivos Fiscais

Ano X12.621.000,00 2.621.000,00

50.000,00

90.000,00

BALANÇO PATRIMONIALAno X1

200.000,00

0,00

235.000,000,00

0,00

1.200.000,00

10.000,00

21.500,00

325.000,00

3.000,00

1.231.535,00834.915,00336.000,00

30.000,00 834.915,00

2.296.000,00

21.500,00

1.544.500,00 18.200,00

306.000,00

41.600,00

394.000,00 0,00

-6.000,00

219.013,00

94.159,000,00 41.848,00

136.007,00

400.000,00 219.013,00

10.000,004.400,00

1.534.500,00 6.000,00

1.200.000,001.200.000,00

1.389.465,00

0,00 0,00

0,000,00

425.700,00

0,000,00

82.123,00107.342,00

-15.000,00 0,00

189.465,0090.000,00

125.000,00

Ano X23.202.700,002.512.700,00227.700,00

12.500,00215.200,00

611.500,00620.000,00

-8.500,00

1.673.500,001.663.500,00

10.000,00

0,000,00

690.000,00120.000,00120.000,00

110.000,00110.000,00

375.000,00180.000,00200.000,00

55.000,00-60.000,00

85.000,0085.000,00

Ano X23.202.700,001.153.911,00745.658,00745.658,00

317.368,0042.000,00

275.368,00

25.600,0012.500,00

3.000,001.500,005.000,003.600,00

65.285,0045.200,0020.085,00

425.700,00

201.839,00201.839,00

425.700,00

1.623.089,001.200.000,001.200.000,001.200.000,00

0,00

221.250,0096.250,00

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Ano X2 Ano X1RECEITA OPERACIONAL BRUTA 8.200.000,00 5.500.000,00 Vendas de Mercadorias 8.200.000,00 5.500.000,00

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA -654.245,00 -446.250,00 Devoluções de Vendas -32.000,00 -25.000,00 Abatimentos -3.145,00 -6.250,00 Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas-619.100,00 -415.000,00

= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 7.545.755,00 5.053.750,00

(-) CUSTOS DAS VENDASCusto das Mercadorias Vendidas -5.915.000,00 -3.650.000,00

= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 1.630.755,00 1.403.750,00

(-) DESPESAS OPERACIONAIS -426.000,00 -207.000,00 Despesas Com Vendas -290.000,00 -125.000,00 Despesas Administrativas -136.000,00 -82.000,00

(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS 55.000,00 85.000,00 Despesas Financeiras -65.000,00 -95.000,00 (-) Receitas Financeiras 120.000,00 180.000,00

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS

Outras Receitas/Despesas 15.000,00 18.000,00

= RESULTADO OPERACIONAL antes do IR e da CSLL1.274.755,00 1.299.750,00

(-) Provisão para IR e CSLL -305.941,20 -311.940,00 Provisão para IR -191.213,25 -194.962,50 Provisão para CSLL -114.727,95 -116.977,50

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 968.813,80 987.810,00

DRE - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

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Trabalho Final - Prazo para entrega 10/11.

Com base no Balanço Patrimonial e DRE - Demonstração do Resultado do Exercício abaixo faça as análises Horizontal e Vertical, além de calcular os índices (indicadores econômico-financeiros) solicitados e elabore a Demonstração do Fluxo de Caixa, referente ao exercício de 2014, pelo método indireto:

Balanço Patrimonial 2014 2013 2014 2013 ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE Disponibilidades Credores 32.000 28.000 Caixa 6.000 2.000 Fornecedores 31.000 29.000 Bancos c/Movimento 19.100 7.930 Apl.Financ.Liq Imediata 6.500 4.500

Tributos a Pagar 15.120 9.500

Impostos a Pagar 16.120 18.500 Créditos 31.312 15.500 Adiantamentos 2.000 3.000 Obrigações Trabalhistas 10.000 8.000 Dupl.a Receber 24.612 10.000 Salários a Pagar 10.000 8.000 (-) Prov.Dev.Duvidosos -2.800 -2.000 Despesas Antecipadas 7.500 4.500 Empréstimos a Pagar 39.000 29.000 Financiamentos 30.000 21.000 Estoques 21.000 32.000 Duplicatas Descontadas 19.000 8.000 Estoques de Mercadorias 21.000 32.000 PASSIVO NÃO CIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE Exigível a Longo Prazo 10.000 14.000 Realizável a Longo Prazo 9.000 6.000 Empréstimos a Pagar 10.000 14.000 Aplicações Financeiras 9.000 16.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Investimentos 5.000 5.000 Capital Social 19.410 19.410 Investimentos 15.000 5.000 Capital Integralizado 19.410 19.410 Imobilizado 31.500 36.000 Reservas 3.882 1.020 Veículos 45.000 45.000 Reservas de Lucro 3.882 1.020 (-) Depreciação Acumul. -13.500 -9.000 TOTAL do ATIVO 139.412 118.930

TOTAL do PASSIVO 139.412 118.930

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Trabalho de Finanças Corporativas DRE - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Ano 2014 Ano 2013

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 321.500,00 280.000,00 Vendas de Mercadorias 321.500,00 280.000,00

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA -39.830,00 -35.275,00 Devoluções de Vendas -15.000,00 -12.000,00 Abatimentos -2.500,00 -2.135,00 Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas -22.330,00 -21.140,00

= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 281.670,00 244.725,00

(-) CUSTOS DAS VENDAS

Custo das Mercadorias Vendidas -228.586,50 -199.080,00

= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 53.083,50 45.645,00

(-) DESPESAS OPERACIONAIS -16.303,80 -13.524,00 Despesas Com Vendas -10.231,80 -10.044,00 Despesas Administrativas -6.072,00 -3.480,00

(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS 37.550,00 26.500,00 Despesas Financeiras -11.000,00 -16.000,00 (-) Receitas Financeiras 48.550,00 42.500,00

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS

Outras Receitas/Despesas 5.500,00 3.000,00

= RESULTADO OPERACIONAL antes do IR e da CSLL 79.829,70 61.621,00

(-) Provisão para IR e CSLL -19.179,70 -14.789,04 Provisão para IR -11.988,92 -9.243,15 Provisão para CSLL -7.190,78 -5.545,89

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 60.650,00 46.831,96

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1) ÍNDICES DE LIQUIDEZ: Corrente; Seca; Imediata e Geral;

2) ÍNDICES DE ATIVIDADE: Prazo Médio de Estocagem; Giro do Estoque; Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores; Prazo Médio de Cobrança.

Dados adicionais:

Valor do Estoque Médio = R$ 26.500,00

Fórmulas:

a) Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores = (Fornecedores / Compras) x 360

b) Prazo Médio de Cobrança = (Contas a Receber / Vendas) x 360

3) ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO: Endividamento Geral; Endividamento de Curto Prazo; Relação do Exigível de Longo Prazo e o Patrimônio Líquido; Imobilização do Patrimônio Líquido;

4) ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE: Margem Bruta; Margem Líquida; Margem Operacional;

5) ÍNDICES DE RENTABILIDADE: Retorno do Ativo; Retorno sobre o Investimento; Retorno sobre o Patrimônio Líquido; Giro dos Ativos; Responda as seguintes perguntas: 1) Qual a finalidade da Demonstração do Fluxo de Caixa; 2) Qual a composição da Demonstração do Fluxo de Caixa; 3) Com base no Balanço Patrimonial, na DRE e na DFC elaborada neste trabalho, qual a sua avaliação da situação financeira da empresa em questão.

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REFERÊNCIAS:

OUTRAS REFERÊNCIAS: ASSAF NETO, Alexandre - Estrutura e Análise de Balanços: um enfoque econômico e financeiro. Atlas, São Paulo, 2002. __________., Alexandre. Finanças corporativas e valor. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2014. CARAVANTES, Geraldo R; PANNO, Cláudia C; KLOECKNER, Mônica C. Administração: teorias e processos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. CASAROTTO FILHO, Nelson - Análise de Investimentos. Atlas, São Paulo, 1996. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6. ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2000. FIPECAFI - Manual de Contabilidade Societária, Ano 2010 FREZZAT, Fábio - Orçamento Empresarial: planejamento e controle qerencial. Atlas, São Paulo, 2002. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 10. ed. São Paulo: Pearson, 2005 HOJI, Masakazu. Administração financeira: uma abordagem prática: matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, análise, planejamento e controle financeiro: livro de exercícios. São Paulo: Atlas, 2004.

BÁSICA: BRIGMAN, Eugene F., HOUSTON, Joel F.. Fundamentos da Moderna Administração Financeira, tradução de Maria Imilda da Costa e Silva – Rio de Janeiro: Campus 1999 GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de Administração Financeira; tradução técnica Antonio Zoratto Sanvicente. – São Paulo: Addison Wesley, 2004. ROSS, Stephen A., RANDOLPH W. Westerfield, BRADFORD D. Jordan. Princípios de Administração Financeira; revisão técnica Antonio Zoratto Sanvicente – São Paulo: Atlas 2000.

TREHERZ, Rolf M. Análise Financeira por Objetivos. São Paulo: Pioneira 1999 WESTON, J. Fred. Fundamentos da Administração Financeira. São Paulo: Makron Books, 2000.

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IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2013. KRUGMAN, Paul R.; WELLS Robin; OLNEY Martha L. Princípios de Economia. Rio de janeiro: Elsevier, 2010. LEMES JÚNIOR, Antônio Barbosa; RIGO, Cláudio Miessa; CHEROBIM, Ana Paula Mussi. Administração financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial - um enfoque em sistema de informação contábil. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010. SILVA, Bráulio Wilker. Artigo: Objetivos da Administração Financeira, 2013. Disponível em: < http://www.bwsconsultoria.com/2013/02/objetivos-da-administracao-financeira.html>. Acessado: 22/12/2014; VIEIRA, Marcos Villela, Administração Estratégica do Capital de Giro. 2 ed. - São Paulo: Atlas, 2008.

ZANLUCA, Jonatan de Sousa. Ciclos Econômico, Operacional e Financeiro. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm>. Acessado: 18/07/2014; http://www.ief.com.br/planfin.htm

http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/fluxo-de-caixa-financeiro/31204/

http://gestaoportal.sebrae.com.br/customizado/uasf/gestao-financeira/ferramentas-de-apoio/0%20Fluxo%20de%20Caixa.pdf http://www.portaldecontabilidade.com.br/