apostila- ética e cidadania otima

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Curso: Programador Web Integração e orientação profissional Prof. Célio Santiago

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Curso: Programador Web

Integração e orientação

profissional

Prof. Célio Santiago

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PLANO DE DISCIPLINA

CURSO: Programador Web DISCIPLINA: Integração e orientação profissional PROFESSOR: Célio Santiago CARGA HORÁRIA: 20 h

EMENTA Apresentação do Pronatec: conceito e finalidade; acesso, permanência, êxito, apresentação e conteúdo do curso programador Web e suas perspectivas profissionais; inserção no mercado de trabalho, emprego formal, a importância da qualificação profissional e empreendedorismo individual; a importância da sustentabilidade; Inteligência Emocional: como utilizá-la na vida profissional e pessoal; compreensão do multiculturalismo: reconhecimento das diferenças e individualidades; Ética: conceitos, importância para as relações familiares e profissionais;

OBJETIVOS Conhecer o Pronatec e a estrutura do curso programador web. Compreender conjunto de temas norteadores do mundo do trabalho. Entender o exercício da ética e da cidadania, do multiculturalismo, a sustentabilidade e as formas de geração de renda.

METODOLOGIA DE ENSINO Aulas expositivo-dialogadas, acompanhadas de debates, leituras e produção de textos, vídeos, músicas e ainda trabalhos individuais e de grupo.

CONTEÚDOS O que é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec. Conceito de trabalho e emprego; qualificação e empreendedorismo; sustentabilidade; características da inteligência emocional e sua importância para inserção no mercado de trabalho; geração de renda; introdução à Ética e cidadania.

RECURSOS DIDÁTICOS Quadro branco, Datashow, vídeos de motivação e de orientação profissional e violão.

AVALIAÇÃO A avaliação será contínua, com predomínio dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A avaliação considerará a participação do aluno nas atividades propostas através dos debates, dissertação e apresentação.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2000. BOCK, Sílvio Duarte. Orientação profissional: a abordagem sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2002. GERBER, M. E. Empreender fazendo a diferença. São Paulo: Fundamento Educacional, 2004. GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional – a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995 KUPSTAS, Marcia. Trabalho em debate. São Paulo: Ed. Moderna, 1997. MOURA, Cynthia Borges de. Orientação profissional sob o enfoque da análise do comportamento. Campinas, SP: Alínea, 2004. WEIL PIERRE. Relações Humanas na Família no Trabalho. Ed. 54. Petrópolis: Vozes, 2008.

Tianguá, agosto de 2013 Prof. Francisco Célio da Silva Santiago

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1 PRONATEC

PRONATEC é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego

(Pronatec) foi criado pelo Governo Federal, em 2011, com o objetivo de ampliar a oferta de

cursos de educação profissional e tecnológica.

1.1 Formas de ingresso

O candidato deve estar matriculado no ensino fundamental ou no ensino médio e

participar da seleção por meio de inscrições. Para os cursos Formação Inicial e Continuada

(FIC) o candidato deverá ser beneficiário de algum programa social do governo e estar entre

18 e 59 anos. O Instituto Federal do Ceará – IFCE – Campus Tianguá divulga previamente a

abertura dessas seleções por meio do seu portal e de outras mídias disponíveis.

1.2 O Curso Programador Web

O curso visa fornecer capacitação inicial, através do PRONATEC, para formar

profissionais capazes de realizar atividades de programação para Web, de forma a contribuir

para o desenvolvimento da região da Ibiapaba.

O objetivo geral do curso é proporcionar a atuação dos egressos como Programador

Web, priorizando-se a elevação da escolaridade.

Os objetivos específicos do curso compreendem:

• desenvolver sistemas Web Simples;

• contribuir para a formação crítica e ética frente às inovações tecnológicas, avaliando seu

impacto no desenvolvimento e na construção da sociedade;

1.3 Requisitos e Formas de Acesso

O curso Programador Web oferecido pelo IFCE – Campus Tianguá é de na

modalidade presencial. É destinado a estudantes e/ou trabalhadores que estejam cursando ou

tenham concluído o ensino fundamental.

O acesso ao curso deve ser realizado por meio de processo de seleção, conveniado ou

aberto ao público.

1.4 Perfil Profissional ao Concluir o Curso

O estudante egresso do curso Programador Web deve ter demonstrado avanços na

aquisição de seus conhecimentos básicos, estando preparado para dar continuidade aos seus

Você sabe o que é Pronatec?

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estudos. Do ponto de vista da qualificação profissional, deve estar qualificado para atuar nas

atividades relativas à área do curso para que possa desempenhar, com autonomia, suas

atribuições, com possibilidades de inserção positiva no mundo trabalho. O perfil do aluno

será:

• desenvolver e realizar a manutenção de sistemas para web codificando programas

• utilizar os serviços e funções de sistemas operacionais;

• utilizar softwares aplicativos e utilitários;

• compreender o funcionamento das estruturas de dados básicas;

• aplicar boas técnicas de programação;

• conhecer o processo de desenvolvimento de software;

Além das habilidades específicas da qualificação profissional, estes estudantes devem

estar aptos a:

• adotar atitude ética no trabalho e no convívio social, compreendendo os processos de

socialização humana em âmbito coletivo e percebendo-se como agente social que intervém

na realidade;

• saber trabalhar em equipe; e

• ter iniciativa, criatividade e responsabilidade.

1.5 Estrutura Curricular

A matriz curricular do curso está organizada por disciplinas em regime modular, com

uma carga-horária total de 250 horas e com duração de 10 módulos: Informática Básica,

Fundamentos de Lógica e programação, Autoria Web, Aplicativos Web, Programação Web,

Projetos de sites, Leitura e Produção de Texto, Inglês Instrumental, Ética e Cidadania,

Integração e Orientação Profissional.

As disciplinas que compõem a matriz curricular estão articuladas, fundamentadas na

integração curricular numa perspectiva interdisciplinar e orientadas pelos perfis profissionais

de conclusão, ensejando ao educando a formação de uma base de conhecimentos científicos e

tecnológicos, bem como a aplicação de conhecimentos teórico-práticos específicos de uma

área profissional, contribuindo para uma formação técnico-humanística.

2 Conceito de trabalho e emprego

2.1Emprego e Trabalho

A maioria das pessoas associa as palavras trabalho e emprego como se fossem a

mesma coisa, mas não são. Apesar de estarem ligadas, essas palavras possuem significados

diferentes. O trabalho é mais antigo que o emprego, o trabalho existe desde o momento que o

homem começou a transformar a natureza e o ambiente ao seu redor, desde o momento que o

homem começou a fazer utensílios e ferramentas.

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Por outro lado, o emprego é algo recente na história da humanidade. O emprego é um

conceito que surgiu por volta da Revolução Industrial, é uma relação entre homens que

vendem sua força de trabalho por algum valor, alguma remuneração, e homens que compram

essa força de trabalho pagando algo em troca, algo como um salário.

Trabalho: De acordo com a definição do Dicionário do Pensamento Social do Século XX,

trabalho é o esforço humano dotado de um propósito e envolve a transformação da natureza

através do dispêndio de capacidades físicas e mentais.

Emprego: É a relação, estável, e mais ou menos duradoura, que existe entre quem organiza o

trabalho e quem realiza o trabalho. É uma espécie de contrato no qual o possuidor dos meios

de produção paga pelo trabalho de outros, que não são possuidores do meio de produção.

2.2 O trabalho através dos tempos

Ao longo da história da humanidade, variando com o nível cultural e com a evolução

de cada sociedade, o trabalho tem sido percebido de forma diferenciada. No ocidente, a

dignidade do trabalho foi falsamente louvada por muito tempo. O segundo texto grego mais

antigo é um poema de Hesíodo (800 a.C.), intitulado "Os Trabalhos e os Dias", que canta o

trabalho de um agricultor. Porém, tanto no ocidente como no oriente esses gestos de louvor

eram puramente simbólicos.

O trabalho não merecia a atenção de pessoas educadas, abastadas ou com autoridade.

Trabalho era o que os escravos faziam. Mas o trabalho é mais do que um instrumento criador

de riqueza. Além do valor intrínseco, serve também para expressar muito da essência do ser

humano (o homo faber). O trabalho está intimamente relacionado à personalidade. (Quando

dizemos que fulano é um carpinteiro, um médico ou um mecânico, estamos, de certa forma,

definindo um ser a partir do trabalho que ele exerce).

No começo dos tempos, o trabalho era a luta constante para sobreviver (acepção

bíblica). A necessidade de comer, de se abrigar, etc. era que determinava a necessidade de

trabalhar. O avanço da agricultura, de seus instrumentos e ferramentas trouxe progressos ao

trabalho. O advento do arado representou uma das primeiras revoluções no mundo do

trabalho. Mais tarde, a Revolução Industrial viria a afetar também não só o valor e as formas

de trabalho, como sua organização e até o aparecimento de políticas sociais. A necessidade de

organizar o trabalho, principalmente quando envolve muitas pessoas e ou muitos instrumentos

e muitos processos, criou a ideia do "emprego". Nos tempos primitivos, da Babilônia, do

Egito, de Israel, etc., havia o trabalho escravo e o trabalho livre; havia até o trabalho de

artesãos e o trabalho de um rudimento de ciência, mas não havia o emprego, tal como nós o

compreendemos atualmente.

Na Antiguidade, não existia a noção de emprego. A relação trabalhista que existia

entre as pessoas era a relação escravizador-escravo. Podemos tomar as três civilizações mais

influentes de sua época e que influenciaram o Ocidente com sociedades escravistas, a egípcia,

a grega e a romana. Nessa época, todo o trabalho era feito por escravos. Havia artesãos, mas

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estes não tinham patrões definidos, tinham clientes que pagavam por seus serviços. Os

artesãos poderiam ser comparados aos profissionais liberais de hoje, já que trabalhavam por

conta própria sem ter patrões. Para os artesãos não existe a relação empregador-empregado,

portanto não podemos falar que o artesão tinha um emprego, apesar de ter uma profissão.

Na Idade Média também não havia a noção de emprego. A relação trabalhista da época

era a relação senhor-servo. A servidão é diferente da escravidão, já que os servos são

ligeiramente mais livres que os escravos. Um servo podia sair das terras do seu senhor e ir

para onde quisesse, desde que não tivesse dívidas a pagar para o senhor das terras. Na

servidão, o servo não trabalha para receber uma remuneração, mas para ter o direito de morar

nas terras do seu senhor. Também não existe qualquer vínculo contratual entre os dois,

mesmo porque senhor e servo eram analfabetos.

Na Idade Moderna as coisas começam a mudar. Nessa época, existiam várias empresas

familiares que vendiam uma pequena produção artesanal, todos os membros da família

trabalhavam juntos para vender produtos nos mercados; não podemos falar de emprego nesse

caso. Além das empresas familiares, havia oficinas com muitos aprendizes que recebiam

moradia e alimentação em troca e, ocasionalmente, alguns trocados. É por essa época que

começa a se esboçar o conceito de emprego.

Com o advento da Revolução Industrial, êxodo rural, concentração dos meios de

produção, a maior parte da população não tinha nem ferramentas para trabalhar como

artesãos. Sendo assim, restava às pessoas oferecer seu trabalho como moeda de troca. É nessa

época que a noção de emprego toma sua forma. O conceito de emprego é característico da

Idade Contemporânea.

Hoje, século XXI, as mudanças que vêm ocorrendo graças à tecnologia,

principalmente a tecnologia da computação-telecomunicação, estão modificando as relações

econômicas entre empresas, empregados, governos, países, línguas, culturas e sociedades.

Essas mudanças parecem estar caminhando para uma situação tão diferente da existente no

final da Segunda Guerra Mundial, que podemos dizer que um novo período da História está se

esboçando.

2.3 Por quê estudar o Trabalho e o Emprego?

O trabalho é essencial para o funcionamento das sociedades. O trabalho é responsável

pela produção de alimentos e outros produtos de consumo da sociedade. Sendo assim, sempre

existirá o trabalho. O conceito, a classificação e o valor atribuído ao trabalho são sempre

questões culturais. Cada sociedade cria um conceito próprio, divide o trabalho em certas

categorias e atribui-lhe um determinado valor. Quando essas condições se alteram, o trabalho

também se altera, seja pela forma como se realiza (manual, mecânico, elétrico, eletrônico,

etc.).

A forma como uma sociedade decide quem vai organizar o trabalho e quem o

realizará; e a forma como o produto, a riqueza, produzida pelo trabalho é distribuída entre os

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membros da sociedade, determina as divisões de classes sociais. O trabalho é, talvez, o

principal fator que determina a sociedade, suas estruturas e funcionamento; o inverso também

é verdadeiro. Assim, enquanto existir uma sociedade, existirá trabalho, pois aquela não pode

existir sem esta (o mesmo pode não ser verdadeiro em relação ao emprego).

3 Qualificação profissional

Hoje em dia, com o grande número de profissionais que se forma a cada ano, é

importante priorizar a qualificação profissional, estando ligados a tendências de mercado e o

quê este tem exigido dos trabalhadores, e não só a aquisição de um diploma.

Ninguém dá emprego para quem não buscou estudar, mesmo que de forma gratuita,

mas com a intenção de adquirir maiores conhecimentos e começar a por em prática os

recursos aprendidos nos cursos que participou.

Aos poucos, ao fazer um estágio, o estudante vai se qualificando, tendo a oportunidade

de pôr em prática toda teoria vista na faculdade ou em curso profissionalizante, além de

passar por novas experiências enquanto profissional.

Outra forma de buscar se destacar no mercado de

trabalho é fazer pequenos cursos, paralelos, onde possa

reforçar os conceitos universitários, ou mesmo na praticidade

de um curso técnico. Para isso, o estudante pode procurar os

órgãos que oferecem estágios, que costumam promover cursos

gratuitos e de grande qualidade.

Participar dos eventos propostos pela universidade

também é uma boa forma de comprovar seu interesse em se

tornar um bom profissional. Busque se envolver com as

palestras e mini cursos, cumprir com as famosas horas extras

que são exigidas para a formação. Alguns alunos deixam para participar desses eventos

somente ao final do curso, ficando com responsabilidades acumuladas, perdendo a

oportunidade de reforçar seus conhecimentos e de se envolver com pessoas que possam lhe

ajudar durante a carreira estudantil.

Toda experiência é válida e conta

como ponto na hora de se avaliar um

currículo. Portanto, ao iniciar uma faculdade

busque o máximo de conhecimentos

possível, pois tudo aquilo que for registrado

com diplomas e carga horária a mais, servirá

como prova da capacidade, da qualificação

do profissional.

3.1 Entrevista para Estágio e Emprego

Entrevista de estágio ou emprego, por natureza, tende a colocar o entrevistado em

situação desconfortável perante o entrevistador. O seu diferencial pode começar aí!

Não faça como esse aluno

Estude e se qualifique

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A melhor postura a ser adotada - mesmo sob o risco de não ser contratado - é ser

absolutamente autêntico. Na entrevista seja exatamente você, confie nos seus predicados

pessoais, morais e intelectuais. No presente e no futuro, o sucesso na sua atividade

profissional e pessoal depende fundamentalmente da perfeita adequação da sua personalidade

com o que você vier a fazer profissionalmente. Portanto na sua entrevista seja simples e haja

naturalmente, respeitando e se fazendo respeitar, não é difícil ser você mesmo, lembre-se que

"vender" uma falsa imagem pode ser trabalhoso, artificial e não será bom para você nem para

a Empresa que o irá contratar.

Algumas "dicas", contudo, podem ser úteis e resumem-se à sua apresentação pessoal:

Homem ou mulher devem vestir-se com sobriedade para uma entrevista de estágio;

Asseio e cuidados pessoais do tipo barba, cabelos e maquiagem bem cuidados somam

pontos na sua primeira impressão, perfumes, se usados, devem ser discretos;

Mantenha desligado o celular antes e durante a entrevista;

Mesmo sendo permitido, não fumar nas dependências da empresa;

Procure estar informado sobre as notícias do dia num jornal diário da sua cidade, é

bastante comum elas fazerem parte da sua entrevista.

3.2 As 12 Perguntas Mais Frequentes Numa Entrevista de Estágio ou Emprego

1. Fale sobre si.

Esta pergunta é quase obrigatória em uma entrevista de emprego e deverá ser muito

bem praticada para uma resposta sucinta, direta e, acima de tudo, que valorize o seu perfil

profissional.

2. Quais são seus objetivos a curto prazo? E a longo prazo?

Seja específico e tente aproximar, de alguma forma, os seus objetivos aos da própria

empresa. Respostas como "ganhar bem" ou "aposentar-se" são totalmente proibidas.

3. O que o levou a enviar o seu curriculum a esta empresa?

Aproveite esta deixa para demonstrar que fez o seu "trabalho de casa" e fale sobre a

atividade da empresa e a forma como o posicionamento desta a torna uma empresa de elevado

interesse para qualquer profissional. Naturalmente, para responder a esta pergunta, é preciso

fazer previamente uma pesquisa sobre a empresa. Vá ao site institucional, faça pesquisas

usando mecanismos de busca, leia revistas da especialidade e converse com pessoas que

trabalham ou já trabalharam lá.

4. Qual foi a decisão mais difícil que tomou até hoje?

O que é pretendido com esta questão, é que os candidatos sejam capazes de identificar

uma situação em que tenham sido confrontados com um problema ou dúvida, e que tenham

sido capazes de analisar alternativas e consequências e decidir da melhor forma.

5. O que procura num emprego?

As hipóteses de resposta são várias: desenvolvimento profissional e pessoal, desafios,

envolvimento, participação num projeto ou organização de sucesso, contribuição para o

sucesso da sua empresa, etc.

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6. Você é capaz de trabalhar sob pressão e com prazos definidos?

Um "não" a esta pergunta pode destruir por completo as suas hipóteses de ser o

candidato escolhido, demonstre-se capaz de trabalhar por prazos e dê exemplos de situações

vividas em trabalhos anteriores.

7. Dê-nos um motivo para o escolhermos em vez dos outros candidatos.

Esta é sempre das perguntas mais complicadas mas o que se espera é que o candidato

saiba "vender" o seu produto. Isto é, deverá focar-se nas suas capacidades e valorizar o seu

perfil como o mais adequado para aquela função e a forma como poderá trazer benefícios e

lucros para a empresa.

8. O que você faz no seu tempo livre?

Seja sincero, mas sobretudo lembre-se que os seus hobbies e ocupações demonstram

não só a capacidade de gerir o seu tempo, preocupações com o seu desenvolvimento pessoal e

facilidade no relacionamento interpessoal.

9. Quais são as suas maiores qualidades?

Aponte aquelas características universalmente relacionadas com um bom profissional:

proatividade, empenho, responsabilidade, entusiasmo, criatividade, persistência, dedicação,

iniciativa, e competência.

10. E pontos negativos/defeitos?

Naturalmente que a resposta não poderá ser muito negativa, pois serão poucas as

hipóteses para um profissional que diga ser desorganizado, desmotivado ou pouco cumpridor

dos seus horários. Assim, o truque é responder partindo daquilo que normalmente é

considerado uma qualidade, mas agravando-o de forma a parecer um "defeito". Ou seja,

exigente demais, perfeccionista, muito auto-crítico, persistente demais, etc.

11. Que avaliação faz da sua última (ou atual) experiência profissional?

Não se queixe e, em caso algum, critique a empresa e respectivos colaboradores. Diga

sempre alguma coisa positiva, ou o ambiente de trabalho ou o produto/serviço da empresa. Se

começar a apontar defeitos ao seu emprego anterior correrá o risco de o entrevistador achar

que o mesmo pode acontecer no futuro relativamente aquela empresa.

12. Até hoje, quais foram as experiências profissionais que lhe deram maior

satisfação?

Seja qual for a sua escolha, justifique bem os motivos. Tente mencionar as mais

recentes e que sejam mais adequadas aos seus objetivos profissionais.

Atividade: Forme uma equipe e dramatize uma entrevista de emprego. Todos os participantes

da equipe têm que atuar na dramatização.

4 Empreendedorismo para se tornar um bom administrador

O empreendedor tem um novo olhar sobre o mundo à medida

que presencia a evolução. Valoriza suas experiências, valoriza seu

valor, tomando decisões e decisões acertadas. Abre novas trilhas,

explora novos conhecimentos, define objetivos e dá o primeiro passo.

O século XVIII foi marcado por grandes modificações nos processos industriais. A

revolução industrial teve início no século XVII, se caracterizando pela mudança dos processos

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produtivos que eram feitos manualmente e passaram a ser feitos por máquinas. Essa época

modificou ou transformou os meios de produção, as relações econômicas, as relações sociais e

as relações culturais. Como consequência aconteceu a divisão do trabalho, a produção em

série e a urbanização. O homem passou a ser visto como uma máquina produtiva e não como

gente.

Hoje, fala-se do “Capital Intelectual” que nada mais é do que: conhecimento,

experiência, especialização. Ferramentas ou estratégias utilizadas para se ter sucesso e ser

competitivo. A mão de obra passa a ser cabeça-de-obra. É o conhecimento e a capacidade

gerando novas ideias. O foco está nas pessoas. Assim, o perfil do profissional de sucesso que

lidera suas concepções e suas atitudes está em pessoas que conseguem harmonizar esforços

individuais ou coletivos e que criam algo novo e criativo.

Segundo Leite(2000), nas qualidades pessoais de um empreendedor, entre muitas,

destacam-se:

a) iniciativa;

b) visão;

c) coragem;

d) firmeza;

e) decisão;

f) atitude de respeito humano;

g) capacidade de organização e direção.

Traçar metas, atualizar conhecimentos ser inteligente, do ponto de vista emocional,

conhecer teorias de administração, de qualidade e gestão, são mudanças decorrentes da

globalização e da revolução da informação. O empreendedor deve focalizar o aprendizado nos

quatros pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e

aprender a ser, e com isso, ser capaz de tomar a decisão certa frente à concorrência existente.

Novas habilidades vêm sendo exigidas dos profissionais para poderem enfrentar a

globalização com responsabilidade, competência e autonomia.

Buscam-se profissionais que desenvolveram novas habilidades e competências, com

coragem de arriscar-se e de aceitar novos valores, descobrindo e transpondo seus limites. O

futuro é cheio de incertezas, por isso, é preciso refletir sobre: habilidades pessoais e

profissionais; criatividade; memória; comunicação; como enfrentar este século. Diferenciar-se

dos demais, revalidar seu diploma pessoal e profissional, rever convicções, incorporar outros

princípios, mudar paradigmas, sobrepor ideias antigas às novas verdades, este é o perfil do

profissional que, trocando informações, dados e conhecimentos, poderá fazer parte do cenário

das organizações que aprendem, das organizações do futuro. São mudanças socioculturais e

tecnológicas que fazem repensar hábitos e atitudes frente às novas exigências do mercado.

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Conquista-se a autonomia profissional quando se é perseverante, determinado,

aprendiz, flexível e quando se tem:

• Positividade

• Organização

• Criatividade

• Inovação

• Foco

Essas qualidades ajudam a vencer a competitividade dos tempos modernos. Pela

experiência pode-se afirmar que a maioria das pessoas, se estimuladas, podem desenvolver

habilidades empreendedoras.

Ouve-se e fala-se que o empreendedor precisa ter visão. Visão pessoal. Uma visão que

vem de dentro. A maioria das pessoas tem pouca noção da verdadeira visão, dos níveis de

significado. Metas e objetivos não são visão. Ser visionário é imaginar cenários futuros,

utilizando-se de imagens mentais. Ter visão é perceber possibilidades dentro do que parece

ser impossível. É ser alguém que anda, caminha ou viaja para inspirar pensamentos

inovadores.

Gerber (2004), apresenta algumas diferenças dos três personagens que correspondem a

papéis organizacionais, quais sejam:

a) o Empreendedor, que transforma a situação mais trivial em uma oportunidade excepcional,

é visionário, sonhador; o fogo que alimenta o futuro; vive no futuro, nunca no passado e

raramente no presente; nos negócios é o inovador, o grande estrategista, o criador de novos

métodos para penetrar nos novos mercados;

b) o Administrador, que é pragmático, vive no passado, almeja ordem, cria esquemas

extremamente organizados para tudo;

c) o Técnico, que é o executor, adora consertar coisas, vive no presente, fica satisfeito no

controle do fluxo de trabalho e é um individualista determinado.

Os riscos fazem parte de qualquer atividade, sendo necessário aprender a administrá-

los, pois eles são um dos fatores mais importantes que inibem o surgimento de novos

empreendedores. Um outro fator inibidor é o “capital social” que são valores e ideias que

sublimemente nos foram incutidos por nossos pais, professores, amigos e outros que

influenciaram na nossa formação intelectual e que, inconscientemente, orientam nossas vidas.

Dessa forma, um pai engenheiro desperta no filho o ideal de seguir a mesma carreira,

militares, pilotos, esportistas, até pessoas que raramente vão vislumbrar ou ter interesse numa

carreira de empreendedor exercem sua influência na formação das pessoas. É de se

considerar, porém, que a avaliação mais objetiva do preparo para empreender é a percepção

que a pessoa tem de si própria, refletindo na sua autoconfiança. Com o potencial

empreendedor também isso acontece.

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Decisões tomadas no cotidiano são inúmeras. Os processos de decisão nem sempre são

simples, objetivos e eficientes como deveriam ser, pois se a intuição está de um lado; a análise

racional está do outro.

Descrevem-se aqui os oito estilos de decisão, relatados por Cohen,(2001):

• Intuitivo: tenta projetar o futuro, com perspectiva ao médio e do longo prazo, imaginando o

impacto dessa ação.

• O planejador: situa-se onde está e para onde se deseja ir, com planejamento e tendo um

processo de acompanhamento, adequando à realidade sempre que for necessário.

• O perspicaz: diz que além da percepção é necessário conhecimento.

• O objetivo: sabe qual o problema a ser resolvido.

• O cobrador: tem certeza das informações, vê a importância de medir e corrigir quando o

resultado não foi o decidido.

• O mão–na–massa: envolve-se pessoal e diretamente, acredita em grupos para estudos

multidiciplinares.

• O meticuloso: junta opiniões de amigos, especialistas, funcionários, tentando se convencer

da solução a encontrar.

• O estrategista: decide cumprir sua estratégia de crescimento, tendo percepção do que

resolver. Diagnostica o problema para encontrar a solução e sua resolução com eficácia.

A decisão é de cada um. Interagir, refletir, deixar a cada um o momento de uma

descoberta e desenvolvendo habilidades específicas para o sucesso da sua escolha é de

responsabilidade única e exclusiva.

5 Sustentabilidade

Quando falamos em sustentabilidade no contexto

corporativo, este conceito deve estar embutido na estratégia

das companhias. Elas precisam compreender que provocam

impactos socioambientais e que necessitam, de alguma

maneira, criar medidas para eliminar ou minimizar estes

efeitos. É necessário buscar um equilíbrio de resultados

econômico/financeiros com respeito ao meio ambiente e

promoção do desenvolvimento social.

Ainda não existem muitas leis que obrigam as

empresas a aplicarem regras e conceitos sustentáveis em seus negócios. As medidas

socioambientais acabam sendo instaladas porque o universo corporativo criou a consciência

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que, de algum modo, tem esta responsabilidade de garantir “ecoserviços” essenciais às

gerações futuras, como solo fértil, clima equilibrado e água potável.

Existem diversos caminhos para uma empresa desenvolver uma cultura sustentável. O

primeiro passo em comum é romper algumas barreiras e inserir o compromisso ambiental na

estratégia da companhia. Em segundo, é determinante um grande líder (porta-voz) no

ambiente de trabalho que passe a mensagem e engaje os demais colaboradores nesta causa.

Aproveite essa oportunidade na empresa que você estagiar ou trabalhar.

Se as empresas estão reagindo e se reformulando pró-sustentabilidade é porque

respondem também à pressão da sociedade. Elas entenderam que se os recursos naturais

ficarem escassos e se as mudanças climáticas se intensificarem, o planeta e, por consequência,

os negócios, irão se prejudicar. O aumento do interesse do público em geral no tema também

aumentou, refletindo na cultura e nos valores, principalmente, das grandes companhias.

Responda: você conhece alguma empresa que tem ações de sustentabilidade?

6 A Inteligência Emocional como fator de desempenho profissional

Para entender melhor essa história nós precisamos retroceder no tempo para o início

dos anos 90, quando as empresas utilizavam como critério na contratação de profissionais os

aspectos técnicos. Nessa época eram contratados os alunos com melhores notas, com

currículos recheados de cursos técnicos, ou seja, os que tinham o maior QI (Coeficiente de

Inteligência).

Quem tornou o termo inteligência emocional conhecido foi o psicólogo americano

Daniel Goleman quando escreveu o livro “A Inteligência Emocional”.

Em seus estudos ele, Daniel Goleman observou que não eram os profissionais

tecnicamente mais preparados ou os que tinham as melhores notas na universidade os que

tinham o melhor desempenho em suas carreiras. Aprofundando mais sua pesquisa constatou

que a diferença entre as pessoas que obtinham grande sucesso pessoal e profissional e aquelas

com desempenho mediano, se devia a fatores relacionados a competências comportamentais e

não ao conhecimento técnico. Constatou ainda que as pessoas de sucesso tinham algo em

comum, essas pessoas tinham espírito de liderança, eram muito motivadas e proativas, tinham

uma boa comunicação, eram inovadoras, sabiam focar e perseguir objetivos, trabalhar em

equipe e se relacionavam bem com seus pares. Ele chamou esses comportamentos de

inteligência emocional.

Nessa época foi descoberto o que hoje é obvio, é preciso ter inteligência emocional

para fazer com que as competências técnicas sejam transformadas em sucesso.

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6.1 As características da Inteligência Emocional

Resumidamente, Inteligência emocional é a capacidade de identificar sentimentos

próprios e dos outros, de motivar a si mesmo e de gerenciar bem as emoções dentro de si e no

relacionamento com os outros.

De acordo com o autor as características da inteligência emocional que podem ser

desenvolvidas e são de grande relevância na formação emocional das pessoas, são:

Autoconhecimento: é nossa capacidade de nos conhecer em termos de comportamentos e

sentimentos na vida social e profissional e reconhecer nossos próprios sentimentos. Essa

autoconsciência é a base para as demais, pois por meio dela que conseguimos discriminar

nossas emoções.

Autocontrole: ou capacidade de gerir as próprias emoções, é saber lidar com os sentimentos

negativos como ansiedade, tristeza, raiva.

Automotivação: capacidade de motivar a si mesmo, e realizar as tarefas e ações necessárias

para alcançar seus objetivos, independente das circunstâncias.

Empatia: é compreender os sentimentos dos outros e se colocar no lugar, é compreender as

diferenças como as pessoas se sentem em relação a fatos e comportamentos.

Sociabilidade: é saber usar as habilidades do relacionamento interpessoal, ou seja, saber

conviver em equipe, ter autocontrole para driblar uma situação desagradável, dar atenção e se

interessar pelos outros.

As pessoas que demostram controle emocional, autoconfiança e autoestima têm mais

facilidade de identificar soluções para os problemas do dia-a-dia e, portanto se tornam mais

seguras e tomam decisões com mais facilidade. Isso contribui para uma vida mais feliz.

Portanto, para obter melhor inteligência emocional é necessário que a pessoa possa

desenvolver estas competências citadas.

Em 2006, o conceito da Inteligência Emocional se expande para as relações

interpessoais, mostrando que ser inteligente socialmente é usar todos os recursos da

inteligência emocional nas relações interpessoais, de forma a perceber e interpretar os sinais

não verbais do comportamento humano, e agir com "inteligência social" para obter um melhor

resultado desta interação e alcançar objetivos sociais mais satisfatórios.

Os aspectos relevantes da inteligência social seriam:

Empatia;

Captação de sinais não verbais do comportamento humano;

Harmonia nas relações interpessoais;

Respeito às emoções e sentimentos alheios;

Equilíbrio entre competitividade no trabalho e qualidade de vida.

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Um processo de comunicação interpessoal se dá através da linguagem verbal e

linguagem não verbal. Sendo que a linguagem não verbal engloba processos sutis como tom

de voz, expressão facial, postura corporal e metáforas incluídas na comunicação, entre outros

comportamentos. São formas de comunicar pensamentos que independem de uma decisão

consciente, e por isso expressam a verdade da pessoa que está se comunicando, de forma

muito mais real.

Aprender a interpretar a leitura deste tipo de comunicação é fundamental para

compreender o comportamento das pessoas, e, assim, poder utilizar estas informações de

maneira inteligente nas relações interpessoais.

O somatório destas competências, "Inteligência Emocional", "Inteligência Social" e

"Competência Técnica" conjugados e direcionados para um melhor desempenho profissional

poderia ser chamado de "Inteligência Profissional".

As principais características da inteligência profissional são:

Desenvolver competência técnica em setores essenciais de suas funções profissionais;

Desenvolver sua inteligência social para conquistar o apoio de colaboradores no

desempenho de suas funções;

Desenvolver sua inteligência emocional para otimizar seu próprio desempenho

profissional.

Um profissional para ser bem sucedido precisa desenvolver, além da competência em

sua área de especialização, também sua Inteligência emocional e inteligência social.

Por exemplo, encontramos diversos tipos de chefias desajustadas às características e

possibilidades profissionais de sua equipe e da organização, que provocam influências

negativas na produtividade do setor em que atuam. São chefes centralizadores ou

incompetentes, omissos ou paranoicos, irresponsáveis ou preguiçosos, enfim, profissionais

que demonstram baixo quociente de inteligência profissional. Prejudicam a si próprios, aos

seus colaboradores e a organização em que trabalham.

Também encontramos vários tipos de profissionais com baixo índice de Inteligência

Profissional, que não conseguem construir uma carreira de sucesso em sua organização,

porque lhes falta uma ou várias das competências necessárias para um desempenho

satisfatório. Por vezes, são capacitados tecnicamente, mas não conseguem trabalhar em

equipe, falta-lhes a inteligência social. Outras vezes, sua carência maior está no baixo grau de

inteligência emocional, pois são pessoas instáveis, mal humoradas ou desmotivadas.

Pessoas com inteligência profissional apresentam as seguintes características:

estabilizadas emocionalmente;

motivadas;

boa comunicação interpessoal;

bom relacionamento interpessoal,

dispensam atenção e interesse aos colegas de trabalho;

esforçam-se por trabalhar em equipe;

espírito de iniciativa e liderança;

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conseguem perceber as reações não verbais de colegas de trabalho;

têm objetivos pessoais e profissionais definidos;

têm um plano de gestão de carreira;

têm um plano de marketing pessoal;

orientam sua carreira profissional com se fossem uma empresa;

A inteligência profissional é uma nova maneira de pensar nossa condição profissional.

É uma forma inteligente de se utilizar o raciocínio, competências adquiridas, habilidades

natas, força interior e capacidade de nos relacionarmos com a sociedade de maneira

organizada e com planejamento, para alcançar objetivos profissionais.

7 Referências

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BOCK, Sílvio Duarte. Orientação profissional: a abordagem sócio-histórica. São Paulo:

Cortez, 2002.

GERBER, M. E. Empreender fazendo a diferença. São Paulo: Fundamento Educacional,

2004.

GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional – a teoria revolucionária que redefine o que é

ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995

KUPSTAS, Marcia. Trabalho em debate. São Paulo: Ed. Moderna, 1997.

MOURA, Cynthia Borges de. Orientação profissional sob o enfoque da análise do

comportamento. Campinas, SP: Alínea, 2004.

WEIL PIERRE. Relações Humanas na Família no Trabalho. Ed. 54. Petrópolis: Vozes,

2008.