apostila enen ciências humanas e suas tecnologias - geografia
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O Que é Geografia?O Que é Geografia?O Que é Geografia?O Que é Geografia?O Que é Geografia?123451234512345123451234512345123451234512345
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Nesta aula, vamos aprofundar nosso conhecimentosobre a Geografia, pois o saber sobre o lugar e sua posiçãona superfície terrestre sempre foi fonte de conhecimento epoder. Iremos estudar a ciência geográfica na perspectivadas relações entre sociedade e natureza. Iremos aprenderque o espaço geográfico é um conceito fundamental parasintetizar as várias formas e os diversos processos queocorrem no meio natural, em um determinado período detempo.
A superfície da Terra é a camada do planeta de contatoe interação entre a Atmosfera, Biosfera, Hidrosfera eLitosfera. Esta camada permite através de seu equilíbrionatural o surgimento de minerais, água, solos diferentes,vida animal, vida vegetal e uma série quase infinita de outrosacontecimentos que tendem a mudar com o tempo. Sãode essencial importância para a Geografia o estudo destesfenômenos no espaço, no tempo, seu inter-relacionamentoe agrupamento em padrões e funções.
POR QUE ESTUDARGEOGRAFIA?
Estudar Geografia é uma forma de compreender omundo em que vivemos. Através desse estudo, podemosentender melhor tanto o nosso lugar de moradia — sejauma cidade, seja uma área rural — quanto o país do qualfazemos parte, assim como os demais países da superfícieterrestre, pois a Geografia sempre foi tratada como umamontoado de conhecimentos do tipo almanaque,meramente descritivos e informativos, sem nenhumarelação com a realidade. Precisamos mudar esse perfil!
Para nos posicionarmos inteligentemente frente a essemundo, temos de conhecê-lo bem. Para nele vivermos deforma consciente e crítica, devemos estudar os seusfundamentos, desvendar os seus mecanismos. Ser cidadãopleno em nossa época significa, antes de tudo, estarcriticamente integrado na sociedade, participando ativamentede suas transformações, o que exige constante reflexãosobre o nosso mundo, compreendendo-o desde o âmbitolocal até o nacional e o mundial. Nesse sentido, a Geografiaé um instrumento indispensável para empreendermos essetrabalho de reflexão e transformação do universo em quenos inserimos.
E o homem, onde se situa nesse amontoado deinformações? Há muito tempo ele vem transformando oespaço natural em seu benefício, mas o estudo destapaisagem continuou intocável, desvinculado da realidade.Os problemas da Geografia não dizem respeito apenas aosgeógrafos, mas, longe disso, refere-se a todos os cidadãos.
QUAL A IMPORTÂNCIA DAGEOGRAFIA HOJE?
A Geografia é a ciência do espaço produtivo e social,ou seja, é o estudo das características da superfície da Terrae das conseqüências econômicas, sociais, políticas e culturaisda sua ocupação pelo homem. Sua origem remonta à Gréciaantiga, onde Hipócrates estudou o gênero de vida dos Citas,pastores nômades, que habitavam a periferia de Atenas.Esse trabalho é reconhecido como a primeira sistematizaçãodo conteúdo de Geografia. Outros gregos tambémestudaram a Geografia; entre eles destacamos Alexandre,o Grande, Aristóteles, Anaximandro, Eratóstenes,Heródoto, Tales de Mileto, entre outros, embora
PlantuPlantuPlantuPlantuPlantu: Extraído de L’Etat du Monde, 1982, p. 5.
O mundo no século IV a.C.
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historicamente Estrabão seja reconhecido como o primeirogeógrafo, pelo conjunto e importância de sua obra.
Etimologicamente, geografia quer dizer geo geo geo geo geo = terra,grafia grafia grafia grafia grafia = escrita, marcas. Portanto, Geografia seria o estudode um povo, de uma civilização sobre um território; emúltima análise, a relação entre o homem e a naturezaa relação entre o homem e a naturezaa relação entre o homem e a naturezaa relação entre o homem e a naturezaa relação entre o homem e a natureza,mediada pelo trabalho, tendo como resultado o EspaçoEspaçoEspaçoEspaçoEspaçoGeográficoGeográficoGeográficoGeográficoGeográfico. A Geografia é definida como a ciência queciência queciência queciência queciência queestuda as re lações entre soc iedade e naturezaestuda as re lações entre soc iedade e naturezaestuda as re lações entre soc iedade e naturezaestuda as re lações entre soc iedade e naturezaestuda as re lações entre soc iedade e natureza .Sendo assim, o espaço geográficoespaço geográficoespaço geográficoespaço geográficoespaço geográfico é um produtoprodutoprodutoprodutoprodutohistóricohistóricohistóricohistóricohistórico da atividade humana.
Por que o espaço geográfico é um conceito tãoimportante para a Geografia? O conhecimento geográfico é
uma iniciação ao raciocínio espacial, hoje tão necessário naformação do cidadão. A mídia transmite informaçõesprocedentes de todos os países do mundo. Dessa maneira,precisamos ter uma visão crítica dos fatos, e não só umasimples indiferença de espectador. Para que isso sejapossível, é preciso ter uma representação integrada doplaneta, suficientemente precisa e diferenciada. Para queesse mecanismo de desnudamento e desvelamento darealidade opere, o espaço deve ser considerado o espaço deve ser considerado o espaço deve ser considerado o espaço deve ser considerado o espaço deve ser considerado comoum conjunto indissociável de que participam, de um lado,certo arranjo de objetos geográficos (objetos naturais eobjetos sociais), e, de outro, a vida que os preenche e osanima, ou seja, a sociedade em movimentosociedade em movimentosociedade em movimentosociedade em movimentosociedade em movimento.
As transformações no espaço geográfico, portanto,nem sempre são resultantes da revolução tecnocientífica,mas provêm da intervenção simultânea de redes deinfluência que operam ao mesmo tempo em umamultiplicidade de lugares espalhados pela superfície da Terra.Isso vem revolucionando nossa noção de tempo e develocidade. Chegando finalmente a um mundo onde,melhor do que em qualquer outro período histórico,podemos falar de um espaço total espaço total espaço total espaço total espaço total em tempo realtempo realtempo realtempo realtempo real.
ESCOLAS DE GEOGRAFIA
AlemãAlemãAlemãAlemãAlemã:Teve como expoentes Karl Ritter, Friedrich Ratzele Alexandre Von Humboldt, criadores dos primeirosprincípios científicos, ficou conhecida comoDeterministaDeterministaDeterministaDeterministaDeterminista, pois muitos de seus seguidoresacreditavam que o homem era um ser submisso ànatureza.
FFFFFrancesarancesarancesarancesarancesa: Foram seus expoentes Paul Vidal La Blache,Jean Brunhes e Pierre George, escola PPPPPossibilistaossibilistaossibilistaossibilistaossibilista, poisseus seguidores acreditavam que o homem é capaz detransformar o meio onde vive.Geografia Dialética ou RadicalGeografia Dialética ou RadicalGeografia Dialética ou RadicalGeografia Dialética ou RadicalGeografia Dialética ou Radical: Cujos maioresexpoentes são Yves Lacoste, David Harvey e MiltonSantos. A Geografia contribui para a formação dacidadania, o cidadão não é o consumidor: é o indivíduoinformado, capaz de articular conceitos, refletir sobre ocontexto no qual vive, pode optar. Nesse sentido, aGeografia é uma “gramática do mundo”.
Centro do mapa: 6°51’S 43°43’W, Largura 36 graus
Mapa Mundi visto do espaço - 27 de maio de 2003, 12:34 UTC
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Algumas características da organização do espaço medieval: (1) Igreja dominando toda a cena, e a construçãomais alta, demonstrando o poder da Igreja Católica; (2) a biblioteca junto às instalações da capela, para melhorcontrolar as idéias; (9) escola anexa à Capela, entre outras funções.
Ao organizar sua produção ou seu sistema produtivo,o homem decide qual área do espaço natural será utilizadapara a agricultura, criação de gado, construção de cidades,vilas, localização de indústrias, estradas etc.
Portanto, ao organizar seu sistema produtivo noespaço natural e ao implantá-lo, o homem está organizandoo espaço.
Vê-se, assim, que a organização do espaço significapara as pessoas a organização de sua própria vida econômica,social, política e cultural, ou seja, da sociedade, em todosos níveis.
É importante perceber que a organização do espaçogeográfico se modifica à medida que a própria sociedade setransforma.
OS PRINCÍPIOS DAGEOGRAFIA
O estudo da Geografia deve levar em conta algunsprincípios comuns a qualquer análise geográfica. A Geografiadurante o século XIX passa por uma grande ruptura, umatransição da geografia tradicional para a Geografia científicaou moderna.
Os mais importantes são:
extensãoextensãoextensãoextensãoextensão: todo fenômeno geográfico tem suaocorrência numa determinada porção do território, quepode ser delimitada; Friedrich Ratzel (1844-1904).localizaçãolocalizaçãolocalizaçãolocalizaçãolocalização: todo fenômeno geográfico pode serlocalizado, delimitado e, portanto, pode ser cartografado;Friedrich Ratzel (1844-1904).analogiaanalogiaanalogiaanalogiaanalogia: todo fenômeno geográfico deve sercomparado a outros do mesmo tipo, para estabelecersemelhanças e diferenças e facilitar a sua compreensão;Karl Ritter (1779-1859)causalidadecausalidadecausalidadecausalidadecausalidade: todo fenômeno geográfico tem uma oumais causas, que devem ser buscadas e explicadas;Alexandre Von Humboldt (17769-1859).atividade e conexidadeatividade e conexidadeatividade e conexidadeatividade e conexidadeatividade e conexidade: todo fenômeno geográficotem um caráter dinâmico, portanto, seu estudo devecompreender sua extensão e conexidade com o tempo,pois nunca os fatos estão isolados. Jean Brunhes (1869-1930).
Organização do espaço no feudalismo.
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O PLANETA TERRA
“O principal objetivo de Apollo não era ciência. Nemera o espaço. Apollo lidava com o confronto ideológico e aguerra nuclear – quase sempre descritos por eufemismoscomo ‘liderança’ e ‘prestígio’ nacional.”
Carl Sagan, astrônomo da NASA
INTRODUÇÃOA Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar em
ordem de proximidade do Sol, do qual dista 150 milhõesde km, em média. É uma posição privilegiada, consideradosos limites de variação da temperatura, que permitiu odesenvolvimento da vida no planeta.
Sua idade é estimada em 5 bilhões de anos, emboraas rochas mais antigas encontradas em seu território tenham3,4 bilhões de anos. Visto do espaço, tem o aspecto de umglobo azulado, efeito da difração da luz do Sol pela atmosfera.
Tem sido representada como uma esfera levementeachatada nos pólos, mas medições feitas por satélitesespaciais indicaram duas depressões no hemisfério Norte,dando ao planeta uma forma semelhante à de uma pêra(geóide). Há também outros pequenos abaulamentos, queproduzem quatro “cantos”: um na Irlanda, outro ao largodo Peru, um ao sul da África e outro perto da Nova Guiné.
A maior parte da superfície, 70%, é coberta por águas– 97% concentradas em mares e oceanos. As águas docesdos rios, lagos e lençóis freáticos representam apenas 3%de toda a massa líquida do planeta.
A Terra vista do espaço, colhida por satélite, é um geóide, ou seja, cheia de ondulações.
A profundidade média nos oceanos é de 3.795 m,mas o relevo submarino não é homogêneo. Apresentadesde grandes cadeias de montanhas com picos superioresa 3.000 m até depressões profundas como as fossasabissais. A maior delas fica nas ilhas Marianas, no oceanoPacífico, Vitiaz, a 11.033 m abaixo do nível do mar.
As terras firmes, que compõem 30% da superfície,são distribuídas em continentes e ilhas. Sua altura média éde 840 m. O ponto mais elevado é o pico Everest, com8.848 m. O mais baixo está no mar Morto, um mar interior,a 394 m abaixo do nível do oceano.
AAAAA Terra encontra-se mergulhada no espaço sideraldentro do que se estabeleceu denominar Sistema SolaSistema SolaSistema SolaSistema SolaSistema Solar,um entre vários bilhões de prováveis sistemas apenas emnossa galáxia, a Via LácteaVia LácteaVia LácteaVia LácteaVia Láctea. É o terceiro planeta na ordemde afastamento do Sol. Verifique na ilustração a seguir
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MOVIMENTOS
Por muito tempo o homem acreditava que nossoplaneta era fixo e ocupava o centro do universo, mas, aospoucos, fomos descobrindo que estas afirmativas estavamincorretas e hoje sabemos que a Terra possui váriosmovimentos no espaço. Os movimentos mais conhecidose que nos influenciam mais são dois.
Rotação
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O movimento de Rotação é o movimento da Terraao redor de seu próprio eixo. Assim como um pião elaroda sem parar. Sempre de Oeste para Leste aaproximadamente 1600 km/h. Parece rápido, mas mesmonesta velocidade ela gasta cerca de 24 horas, ou seja, umdia. Se observarmos nosso planeta com atenção notamosque ele é achatado nos pólos e dilatado na região doEquador, isto ocorre como conseqüência da mesmarotação. Basta imaginarmos uma bola girando rapidamenteao seu redor que podemos responder por que destadilatação.
Ainda como conseqüência deste movimento teremoso desvio dos ventos para oeste.
Não podemos deixar de lembrar a importância domovimento de Rotação; já pensou se ele não existisse?Seria impossível a vida em nosso planeta.
Translação
É o movimento realizado pela Terra ao redor do Sol;ele ocorre a mais de cem mil quilômetros horários. Estemovimento também é de grande importância para a Terra.Mesmo nesta velocidade devido ao grande espaçopercorrido ele gasta aproximadamente 365 dias e 6 horas.
Nosso planeta está girando meio inclinado, conformepodemos observar:
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Esta inclinaçãoinclinaçãoinclinaçãoinclinaçãoinclinação corresponde a 23°27’30” e a elachamamos de obliqüidade da eclípticaobliqüidade da eclípticaobliqüidade da eclípticaobliqüidade da eclípticaobliqüidade da eclíptica. Esta inclinaçãoé responsável pela distribuição irregular da luz solar em nossoplaneta. A inclinação mais o movimento de translação éresponsável pela ocorrência das estações do ano.
ESTAÇÕES DO ANO
Embora não se manifestem em todas as partes do globo da mesma maneira, são quatro: primavera, verão, outonoe inverno. São regidas pelos equinócios e pelos solstícios.
EquinócioEquinócioEquinócioEquinócioEquinócio: são os instantes em que o Sol, no seumovimento aparente, corta o equador celeste. O equinócioda primavera marca o instante em que o Sol passa dohemisfério Sul para o hemisfério Norte. Essa data (20 ou21 de março) é que marca o início da primavera nohemisfério Norte e do outono no hemisfério Sul. Oequinócio do outono é o instante inverso, em que o Solpassa do hemisfério Norte para o Sul, em 22 ou 23 desetembro, marcando, portanto, o início do outono nohemisfério Norte e da primavera no hemisfério Sul.
Solstício: Solstício: Solstício: Solstício: Solstício: a época em que o Sol atinge seu maiorafastamento do equador. Isso ocorre em duas épocas noano: em 22 ou 23 de dezembro, quando ele se afasta emdireção ao pólo Sul e marca o verão no hemisfério Sul e oinverno no hemisfério Norte; e, em 21 de junho, quandoo Sol se afasta do equador em direção ao pólo Norte,marcando o início do inverno no hemisfério Sul e do verãono hemisfério Norte.
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Espaço Geográfico
“Se o Espaço Geográfico é produto da relação dasociedade com a natureza, se mudamos a sociedade,mudamos a geografia, ou seja, o conteúdo do EspaçoGeográfico é a realidade social, portanto, os agentes, osconstrutores desse espaço são a sociedade da época,em cada época uma sociedade, isto é, uma geografia. Aessência do Espaço Geográfico é a produção histórica/social/econômica/política e cultural. Diversos elementosdo espaço geográfico são expressões do trabalhosocialmente elaborado pelos homens na natureza. Ohomem que entra em contato com a natureza não é umhomem isolado, mas um homem que está em relaçãocom outros homens. Assim, é importante ressaltar arelação homem-natureza. É por isso que podemos dizerque o espaço geográfico revela a sociedade porque é oproduto do trabalho desta sociedade.”
Zeno Crocett i in : Zeno Crocett i in : Zeno Crocett i in : Zeno Crocett i in : Zeno Crocett i in : Céus CinzentosCéus CinzentosCéus CinzentosCéus CinzentosCéus Cinzentos , Agb-informa nº 21, Curitiba; outubro de 1995, pp. 7-8.
OS FOGUETES V-1 e V-2Wemer Von Braun (1912-1977), engenheiro
alemão, desempenhou importante papel na SegundaGuerra, desenvolvendo os foguetes V1 e V2. Terminadoo conflito, emigrou para os Estados Unidos e naturalizou-se estadunidense em 1955. Foi fundamental para odesenvolvimento do projeto espacial dos Estados Unidos,coordenou vários projetos e ocupou um alto posto nocomando da NASA.
Os projéteis de longo alcance com elevado poderdestruidor= as “bombas voadoras” - utilizados pelaAlemanha no final da Segunda Guerra Mundial eram, naverdade, foguetes de pilotagem automática. Cada umadessas bombas correspondia a um pequeno avião sempiloto que transportava em seu interior uma poderosacarga explosiva. Esses pequenos objetos voadores eramdotados de motores de retropropulsão com autonomiade vôo de, no máximo, duas horas no início as V-1.Embora tivessem seu curso controlado por dispositivosautomáticos localizados em bases terrestres, suacapacidade de acerto nos alvos era boa, sendo muito útilpara objetivos militares de grande extensão, a exemplodo bombardeamento de cidades.
A primeira série desses projéteis - os foguetes V-1-tinha um limite de alcance em um raio de 250 km, e osfoguetes se deslocavam a velocidades da ordem de 650km/h, transportando uma carga de 840 kg de explosivos.A segunda série - os foguetes V-2 - ampliava muito avelocidade de deslocamento, que atingia valoressupersônicos ampliando o seu alcance e poder dedestruição. O desenvolvimento dos projéteis V-1 e V-2serviu de base para o posterior avanço tecnológico quecriou os atuais mísseis, como o ScudScudScudScudScud e o PPPPPatriotaatriotaatriotaatriotaatriota,considerados armas muito eficazes nos conflitos a longadistância.
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(CEFET(CEFET(CEFET(CEFET(CEFET-PR)-PR)-PR)-PR)-PR) Atualmente, calcula-se que o volume deágua existente na Terra é, aproximadamente, de 1350milhões de km3. Essa água está assim distribuída:
a) Nos oceanos e mares concentra-se metade desse totale o restante está nos rios.
b) Os oceanos e mares têm aproximadamente 70% dessevolume e o restante está concentrado nas geleiras (10%)e nos rios (20%).
c) As geleiras concentram a maior quantidade de águaexistente. Em seguida, vêm os oceanos e, por último, osrios.
d) Os oceanos concentram em torno de 97% do total; asgeleiras 2,5% e o restante estão nos rios e nos solos.
0 10 10 10 10 1 e) As geleiras, os mares e os oceanos concentram em tornode 60% da água existente e o restante está nos rios e novapor atmosférico.Resposta: d
Julgue as opções a seguir, e assinale as corretas.
(((((X X X X X ))))) A ação humana é a que mais modifica as paisagens naturais.( )( )( )( )( ) Uma das facilidades que se encontra para dividir um
território em paisagens naturais é que elementos comoo clima, o relevo, a vegetação etc. possuem limites emcomum, isto é, superpõem-se perfeitamente.
( )( )( )( )( ) Para se dividir um território em paisagens naturais, temosque tomar sempre o clima como o elemento determinante.
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( )( )( )( )( ) O termo zonazonazonazonazona é melhor que domíniodomíniodomíniodomíniodomínio, já que este últimoestá ligado à latitude e o primeiro não.
(((((XXXXX ) ) ) ) ) O termo domínio morfo-climáticodomínio morfo-climáticodomínio morfo-climáticodomínio morfo-climáticodomínio morfo-climático é utilizado paradesignar paisagens naturais diferenciadas devido àimportância do relevo e do clima para individualizá-las,
embora outros elementos (vegetação, hidrografia e solo)também entrem na classificação de cada conjunto naturalou domínio.
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Como podemos definir solstício:
a) movimento da Terra ao redor do sistema solar;b) quando os dias são iguais às noites;c) quando o dia tem exatamente 24h;d) quando é verão ou inverno, alternadamente nos
hemisférios Norte e Sul da Terra;e) quando a primavera é maior que o outono.
Com base na ilustração abaixo e levando emconsideração conhecimento relativo aos movimentos daTerra, assinale a (s) proposição(ões) verdadeira (s):
I– As estações do ano são conseqüência das diferentesposições que a Terra ocupa em relação ao Sol, durante omovimento de rotação, realizado em 24 horas.
II– A ilustração acima demonstra que a distribuição de luz ecalor sobre a superfície do nosso planeta varia conformea época do ano.
III– A posição da Terra, indicada pelo no 2, mostra a épocado ano em que o hemisfério Norte está recebendo maiorintensidade de radiação que o hemisfério Sul.
São afirmações certas:a) II e III;b) I e II;c) I e III;d) I, II e III;e) todas estão erradas.
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0 20 20 20 20 2
Sobre os principais movimentos da Terra, a proposiçãoverdadeira é:
a) O movimento da translação é resultante do giro da Terraem torno de si mesma.
b) As estações do ano resultam do movimento de rotaçãoda Terra.
c) A duração do movimento do nosso planeta em torno daLua é aproximadamente 28 dias.
d) A inclinação do eixo de rotação da Terra, (somado aomovimento de translação), é responsável pelo fenômenodas estações do ano.
e) O movimento das placas tectônicas é igual aodeslocamento para o Apex.
Faça coincidir as informações da coluna AAAAA com os itensda coluna BBBBB. Assinale a alternativa correspondente àseqüência obtida:
A1. Ilha cortada pelo Circulo Polar Ártico.2. Ilha cortada pelo Trópico de Câncer.3. Cidade situada sob a linha do Equador.4. Ilha cortada pelo Trópico de Capricórnio.5. Cidade situada perto do Primeiro Meridiano.
BBBBB( ) Macapá( ) Madagascar( ) Formosa( ) Acra( ) Groenlândia
a) 3-4-2-5-1b) 5-2-1-3-4c) 1-5-3-4-2d) 3-2-4-5-1e) 5-4-2-3-1
Sobre as relações da Terra com o Sistema Solar, é corretoafirmar que:
( ) Ptolomeu formulou a teoria dos epiciclos, segundo aqual os planetas descreviam um movimento circular noespaço e outro em torno da Terra.
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0 40 40 40 40 4
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( ) A rotação da Terra interfere na circulação atmosférica eno movimento das correntes marítimas.
( ) Tempestades magnéticas, auroras boreais e fenômenosque ocorrem na Ionosfera são manifestações devidas àinfluência da Lua.
( ) O movimento de translação e a inclinação do eixo daTerra determinam a desigualdade na distribuição deinsolação e calor no planeta.
( ) O achatamento dos pólos e a dilatação da região equatorialterrestre são conseqüência do movimento de translaçãoda Terra.
Em relação aos movimentos da Terra, é correto afirmarque:
( ) A Terra realiza em torno de si mesma o movimento derotação, que dura 23 horas, 56 minutos e 4 segundos.Sua velocidade é de 1666 Km/h na altura do Equador enula nos pólos.
( ) Os solstícios correspondem às épocas do ano cujoshemisférios Norte e Sul da Terra são desigualmenteiluminados.
( ) No dia 21 de julho o Sol encontra-se sobre o Trópico deCapricórnio.
( ) Os equinócios correspondem às épocas do ano em queos hemisférios Norte e Sul são igualmente iluminados.
( ) No dia 23 de setembro o Sol encontra-se sobre oTrópico de Câncer.
( ) O dia 21 de dezembro marca o solstício de verão nohemisfério Sul.
(UFPR) No Equador tanto os dias como as noites duramdoze horas. Nos Hemisférios Norte e Sul esta duraçãoé variável. Indique as proposições verdadeiras sobre ascausas desses fatos.
( ) O eixo da Terra se mantém sempre inclinado quando aTerra executa seu movimento de translação.
( ) O eixo da Terra é perpendicular ao plano da eclíptica.( ) O eixo da Terra é inclinado. Durante seis meses o Sol
ilumina o Pólo Norte e nos outros seis meses, o PóloSul.
( ) O eixo da Terra é paralelo ao Equador.( ) O eixo da Terra é paralelo ao Meridiano de Greenwich.
Um dos princípios geográficos, formulado por FriedrichRatzel, afirma que todo fenômeno geográfico tem suaocorrência numa determinada porção do território, quepode ser delimitada. O texto refere-se ao princípio da:
a) causalidade;b) analogia;c) conexidade;d) extensão;e) atividade.
Um dos princípios da Geografia Moderna, formuladopor Alexandre Von Humboldt, “todo fenômenogeográfico tem uma ou mais causas, que devem serbuscadas e explicadas” é o princípio da:
a) conexidade;b) atividade;c) causalidade;d) analogia;e) extensão.
A época que corresponde à passagem da GeografiaDescritiva para a Geografia Científica:
a) Durante as grandes navegações.b) Na época da Revolução Industrial.c) Durante o maior desenvolvimento da Geografia na Grécia
Antiga.d) No século XIX.e) A partir do descobrimento do Brasil.
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(UFPR) Analise as proposições a seguir:
a) A Terra gira em torno de si mesma sobre um eixoimaginário.
b) Em relação ao Sol o eixo imaginário da Terra apresenta-se um pouco inclinado.
c) A Terra gravita em redor do Sol percorrendo uma órbitade forma elíptica.
Considerando essas proposições, assinale a soma dasafirmações que estiverem corretas:
01) O movimento “A” denomina-se Rotação e tem a duraçãode 24 horas.
02) O movimento “C” denomina-se Rotação e tem a duraçãoaproximadamente de 365 dias e 6 horas.
04) A posição “B” explica por que em cada 24 horas temosum período iluminado (dia) e um período escuro (noite).
08) Os raios solares iluminam e aquecem de maneiradiferente a superfície da Terra no decorrer do ano emconseqüência do movimento “C” e da posição “B”.
16) Os movimentos “A” e “C” explicam as diferenças deduração dos dias e das noites nos diversos pontos dasuperfície terrestre, no sentido pólo a pólo, em ummesmo dia.Soma:
(PUC-SP) Quanto ao movimento de Rotação da Terra,podemos afirmar que se dá de:
a) leste para oeste, com duração de 24 horas;b) oeste para leste, à velocidade de 1.666 km/h;c) leste para oeste, à velocidade variada;d) leste para oeste, a uma velocidade constante;e) oeste para leste, a uma velocidade variável.
(UEM-PR) A Lua, satélite da Terra, influencia grandementeos seres vivos. Devido a sua proximidade com a Terraexerce grande atração sobre o nosso planeta,provocando:
a) a elevação da temperatura;b) o vento;c) as marés;d) as vagas;e) as correntes marítimas.
(PUC-RS) Leia as afirmações a seguir, e assinale a opçãocorreta:
I - Os equinócios ocorrem a 21 de março e 23 desetembro, quando se iniciam de maneira alternada, noshemisférios, as estações do outono e primavera.
II - Os solstícios correspondem aos períodos em que, emrelação ao Equador, temos uma duração idêntica de horasdo dia e da noite.
III - A forma achatada dos pólos é uma das conseqüências domovimento de rotação da Terra.
a) Estão corretas as afirmações I e II;b) Estão corretas as afirmações I e III;c) Estão corretas as afirmações II e III;d) Todas as afirmações são corretas;e) Todas as afirmações são incorretas.
(PUC-MG) O trópico de Câncer, no Brasil, atravessa:
a) São Paulo;b) Recife;c) Belém;d) não atravessa o Brasil;e) o Norte do Paraná.
(ACAFE-SC) Em relação aos movimentos da Terra, écorreto afirmar que:
a) a Terra realiza em torno de si mesma o movimento derotação, que dura 23 horas, 56 minutos e 4 segundos.Sua velocidade é de 1.666 km/h na altura do Equador enula nos pólos.
b) os solstícios correspondem às épocas do ano em queos hemisférios Norte e Sul da Terra são igualmenteiluminados.
ccccc) no dia 21 de junho o Sol encontra-se sobre o Trópico deCapricórnio.
d) os equinócios correspondem às épocas do ano em queos hemisférios Norte e Sul são desigualmente iluminados.
eeeee) no dia 23 de setembro o Sol encontra-se sobre o Trópicode Câncer.
(UNESP) – “É preciso que a política controle a técnica.Nós estamos às vésperas de uma grande revolução, quevai agravar os efeitos da revolução industrial: é a revoluçãoinformacional, que significará o desemprego em massa,o fim do trabalho, da força do homem (...) Nós entramosem um período de desemprego em massa, que éestrutural e não conjuntural”.Paul Virílio, urbanista francês, Folha de S. Paulo, 28/09/97.Esse urbanista, ao fazer essas afirmações, referia-se,provavelmente, só:
a) à França, onde já se verifica um afluxo grande de migrantesde outras partes do país;
b) aos países que primeiramente fizeram a revoluçãoindustrial e hoje vêem modificar-se as relações de trabalho
0 10 10 10 10 1
0 20 20 20 20 2
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pela introdução da Internet, do robô e de todos osmétodos informatizados cada dia mais rápidos;
c) aos países já atingidos pela informatização, que produziuuma massa de desempregados e fez com que estesafluíssem para as metrópoles dos países desenvolvidose até mesmo dos subdesenvolvidos;
d) aos países que não têm participação efetiva da sociedadecivil e que estão sendo subjugados pelo desenvolvimentotécnico;
e) aos países da União Européia, em futuro mais distante,porque existem poucos sinais para se afirmar que essespaíses possam ter desemprego estrutural.
(CEFET-PR) “A Geografia - isso serve em primeiro lugarpara fazer a guerra”.Este é o nome de um famoso livro do geógrafo francêsYves Lacoste.Com base nesta informação podemos afirmar que:
a) a Geografia é um conhecimento que tem serventia apenaspara fazer a guerra;
b) as novas tecnologias como as imagens de satélite e ainformatização da Geografia dispensam o conhecimentodo espaço geográfico e pode-se fazer a guerra a distância;
c) a Guerra do Golfo reafirma que não há necessidade deum raciocínio geográfico para as estratégias ligadas àspráticas bélicas e militares;
d) a elaboração de estratégias de guerras implica uma análisede um raciocínio sobre o conhecimento geográfico, dascondições naturais, econômicas e da ocupação humanade um certo espaço.
e) quem faz a guerra não precisa recorrer ao saber geográfico,pois são conteúdos disparatados e fragmentados sobreo relevo, clima, vegetação, rios, população, etc.
(PUC-MG) Atualmente, uma corrente geográfica quevem se destacando é a chamada Geografia Crítica, queutiliza o método dialético, leva em conta a influência dainfra-estrutura econômica sobre a ação do homem eque se preocupa não somente com a análise do espaço,como também procura explicar quais os interessesenvolvidos na produção desse espaço; analisa aproblemática da crise em que vivemos, indicandocaminhos para a solução da mesma. Assinale a definiçãoque atenda aos pressupostos dessa corrente geográfica:
a) “Geografia é a ciência que estuda a distribuição dosfenômenos físicos, humanos e biológicos pela superfícieterrestre, as causas dessa distribuição e as relações locaisdesses fenômenos”.
b) “Geografia é a ciência que estuda a produção do espaçopela sociedade”.
c) “Geografia é a ciência de diferenciação de áreas”.d) “Geografia é a ciência que tem por objeto proporcionar a
descrição e a interpretação, de maneira precisa, ordenadae racional, do caráter variável da superfície terrestre”.
0 80 80 80 80 8
0 90 90 90 90 9
seõigeR seõigeR seõigeR seõigeR seõigeR litnafnIedadilatroMedaxaT litnafnIedadilatroMedaxaT litnafnIedadilatroMedaxaT litnafnIedadilatroMedaxaT litnafnIedadilatroMedaxaT)limrop( )limrop( )limrop( )limrop( )limrop(
adiVedaçnarapsE adiVedaçnarapsE adiVedaçnarapsE adiVedaçnarapsE adiVedaçnarapsE)soname( )soname( )soname( )soname( )soname(
latnedicOaporuE 9,4 5,87
anitaLacirémA 7,03 1,96
anairaasbuSacirfÁ 5,98 3,74
latneirOaporuE 7,31 2,27
acinôxaS-olgnAacirémA 2,81 1,47
Observe a tabela abaixo e responda à questão:
Fonte: U.S. Bureau, IDB. 2002
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a 1234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345
Os dados da tabela e seus conhecimentos sobre ascondições sociais e ambientais do planeta permitemdizer que:
a) o nível de poluição atmosférica na América Anglo-Saxônica é bem inferior ao da África Subsaariana, o quese reflete na diferença entre os valores de esperança devida de suas populações.
b) as condições assistenciais de natureza médico-hospitalarofertadas pelo poder público à população são muitosemelhantes nas áreas desenvolvidas e subdesenvolvidasdo planeta, determinando que suas taxas de mortalidadesejam muito parecidas.
c) o nível de controle da poluição hídrica e atmosféricanos países da América Anglo-Saxônica é muito superiorao da América Latina, contribuindo para que suas taxas
de mortalidade infantil sejam mais baixas do que as dospaíses latino-americanos.
d) as condições sanitárias e de saneamento básico dos paísesafricanos ao sul do Saara são em geral inferiores àscondições médias existentes nos países da EuropaOcidental, o que se reflete na diferença entre as respectivastaxas de mortalidade infantil.
e) o nível de controle da emissão de gases que agravam ofenômeno da chuva ácida é maior na América Latina doque na América Anglo-Saxônica, o que se reflete nadiferença existente entre as taxas de mortalidade infantilde ambas.
1234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345
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A guerra é um assunto de importância vital para o Estado— é a província da vida e da morte, o caminho que conduz à sobrevivência ou ao aniquilamento. É
indispensável estudá-la a fundo.”Sun TséSun TséSun TséSun TséSun Tsé, “A Arte da Guerra”
Nosso planeta é muito grande diante de nossaslimitadas medidas. Para que possamos nos localizar na Terraprecisamos saber onde estamos e onde está o lugar ao qualdesejamos ir. Quando nos dão um endereço normalmentese dá uma referência, ou seja, um local conhecido parafacilitar nossa localização. No caso de nosso planeta asreferências são os chamados pontos Cardeais ,Cardeais ,Cardeais ,Cardeais ,Cardeais ,Colaterais e SubcolateraisColaterais e SubcolateraisColaterais e SubcolateraisColaterais e SubcolateraisColaterais e Subcolaterais que compõem a “Rosa dosRosa dosRosa dosRosa dosRosa dosVVVVVentos”entos”entos”entos”entos” ou “R “R “R “R “Rosa Náutica”.osa Náutica”.osa Náutica”.osa Náutica”.osa Náutica”. Os pontos que compõemesta rosa foram convencionados pelo homem e estãodistribuídos conforme a figura a seguir.
Para a localização destes pontos existem várias formas:
As naturais; que seriam pelos astros como o Sol, Lua ealgumas estrelas.As artificiais, ou culturais, criadas pelo conhecimentohumano, que seriam instrumentos como o astrolábio, abússola, os satélites.
Todas estas formas de localização têm por finalidadeindicar para as pessoas um rumo, ou seja, um caminho queindica a direção onde se encontram os pontos desejadosem nosso planeta.
Com a finalidade de facilitar ainda mais a localização naTerra foram criadas as coordenadas geográficas. Para seusar estas coordenadas é necessário conhecer as linhasimaginárias que possibilitam sua utilização.
Quais são essas linhas imaginárias? São linhas quedividem nosso planeta. Cada uma tem um nome e umnúmero que facilitam a localização.
Quando alguém lhe dá um endereço diz:
Nome da ruaNúmero da casaUma referência
As coordenadas geográficas fazem exatamente istoda seguinte forma:
A linha do Equador divide a Terra em duas metades(hemisférios), Norte e Sul. A partir do Equador são traçadosos paralelos, que, ao receberem a graduação (seu valor emgraus), passam a ser denominados de latitude, que varia de0° até 90°, ou seja, 90° para o Norte e 90° para o Sul.
Coordenadas GeográficasCoordenadas GeográficasCoordenadas GeográficasCoordenadas GeográficasCoordenadas Geográficas
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A linha do Meridiano inicial ou de Greenwich divide aTerra em dois hemisférios, Leste e Oeste. Além doMeridiano inicial existem vários outros que foram traçadosao seu lado e que também receberam uma graduação, quevaria de 0º no Greenwich até 180° para Leste e Oeste.Meridianos são linhas que partem de um pólo até o outro.
Note que cada paralelo possui um número quecorresponde à distância em graus do Equador, a esta distânciadenominamos de LatitudeLatitudeLatitudeLatitudeLatitude. O mesmo ocorre com osmeridianos, só que a esta distância nós chamamos deLongitudeLongitudeLongitudeLongitudeLongitude. Conhecendo a Latitude e a Longitude de umponto é o mesmo que conhecermos o endereço completode um local.
Nem todos os “endereços” de nosso planeta têmseus relógios marcando a mesma hora. Em alguns desteslocais a hora se encontra adiantada, já em outros a horaestá atrasada.
Por que isto ocorre?Já sabemos que a Terra é um geóide que gira ao
redor de si mesma de Oeste para Leste (movimento derotação). Desta forma o hemisfério oriental (leste) passaantes na frente do Sol, por isto quanto mais a leste estiveruma localidade mais adiantado será seu horário.
Nosso planeta possui 360 meridianos quecorrespondem a 360°. A Terra demora 24 horas paramostrar ao Sol seus 360 °, logo em uma hora ela mostra15° para nossa estrela. A esse intervalo ou espaço de 15°denominamos de fuso horário.
15°x24h = 360°
A cada fuso horário que temos na Terra a hora vaivariar. Se for para Leste vai adiantar, se for para oeste vaiatrasar. Quando no Meridiano inicial (Greenwich) 0° for 12horas a 15° leste temos 13 horas e ao mesmo tempo a15° oeste encontramos 11 horas. Isto acontece porque o15° oeste vai demorar uma hora para chegar onde seencontra o 0° e o 15° leste já passou onde está o 0° a umahora atrás.
Nem todos os endereços na Terra possuem asmesmas características. Podemos notar que as temperaturase a vegetação são muito diferentes conforme o local doplaneta. Por que isto acontece? Sabemos que a luz e o calorque chegam à Terra são provenientes do Sol; quandoobservarmos a Terra no espaço percebemos que os raiossolares não chegam da mesma maneira em toda a superfíciedo planeta.
Nas regiões próximas ao equador os raios solaressão mais diretos formando ângulos retos de 90º, e quantomais nos afastamos do Equador notamos que os raiossolares vão ficando mais inclinados, o que determina ummenor aquecimento da atmosfera. A estas áreas dei luminação di ferentes chamamos de Zonas deZonas deZonas deZonas deZonas deIluminação.Iluminação.Iluminação.Iluminação.Iluminação. Veja como elas estão distribuídas.
Não podemos confundir zonas de iluminação comzonas climáticas, que são muito diferentes. Vamos conhecerestas diferenças agora.
Zona de iluminação é o resultado apenas da incidênciados raios solares sobre o planeta Terra, e zonas climáticasdependem de vários fatores, tais como: quantidade dechuvas, variação de temperatura, massas de ar, latitude,altitude, proximidade do mar ou continentalidade, etc.
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12341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234
Explique o que é latitude.
Resposta:É a distância medida em graus de qualquer ponto dasuperfície da Terra em relação à linha do Equador.
0 10 10 10 10 1 0 20 20 20 20 2 Diferencie latitude de longitude.
RespostaA Longitude é medida em graus, cujo valor varia de 0º a180º e tem sua referência no Meridiano inicial deGreenwich, e a Latitude é medida em graus, e varia de 0ºa 90º e sua referência é linha do Equador.
12341234123412341234123412341234
Responda às questões de 01 a 03 com base na cartaabaixo, considerando os intervalos na escalacorrespondentes a 1 centímetro.
O ponto A especificado na carta corresponde àscoordenadas geográficas de:
a) 2º lat. Norte e 53º long. Leste;b) 2º lat. Norte e 53º long. Oeste;c) 2º long. Norte e 53º long. Oeste;d) 12º lat. Norte e 53º long. Leste;e) 7º lat. Norte e 53º long. Oeste.
Considerando que a distância no mapa entre os pontosA - G é de três centímetros, a distância real, emquilômetros, é de:
0 10 10 10 10 1
0 20 20 20 20 2
a) 55b) 110c) 135d) 165e) 220
O ponto que está localizado a 10 lat. Sul e 55 long.Oriental é:
a) Fb) Hc) Bd) Ge) D
As Olimpíadas do ano 2000 foram realizadas na cidadede Sidney, na costa leste da Austrália, com as coordenadasgeográficas de 33º 53’S e 151º 10’E de Greenwich.Considerando-se que a cidade do Rio de Janeiro estálocalizada a 22º 50’S e 43º 00’W de Greenwich e queas Olimpíadas foram realizadas no mês de julho, é corretoafirmar:
( ) Para o deslocamento dos atletas brasileiros do Rio deJaneiro para Sidney, o menor percurso entre as duascidades é aquele que se obtém viajando no sentido oeste.
( ) Os atletas ao se deslocarem do Rio de Janeiro para Sidney,viajando no sentido leste, cruzarão a Linha Internacionalde Mudança de Data (IDL), devendo subtrair 24 horasdo seu calendário.
0 30 30 30 30 3
0 40 40 40 40 4
“As linhas imaginárias são representações gráficas, que fazem parte do sistema de sinais que o homem construiuao longo de sua história para se comunicar e para orientar seus pares, uns com os outros. Compõem uma linguagemsimbólica e gráfica, bidimensional, atemporal – latitude e longitude – destinada à vista. Têm vantagem sobre as demais,pois demandam apenas um instante de percepção. Expressa-se mediante a construção da IMAGEM de uma redegeográfica visual modulada em duas dimensões do plano (X, Y)”.
CROCETTI, Zeno. Curso de localização geográfica - Oficinas pedagógicasFoz do Iguaçu, maio de 1995. Módulo, pp. 2-3.
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Coordenadas Geográficas
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( ) Se, em Sidney, a abertura oficial dos Jogos Olímpicos foino dia 15 de julho, às 20 horas, a transmissão ocorreu,simultaneamente, às 7 horas, do mesmo dia 15 de julho,no Rio de Janeiro.
( ) Os atletas brasileiros levam roupas leves em sua bagagem,porque será verão na Austrália e as temperaturas estarãomuito elevadas.
( ) No momento da chegada a Sidney os atletas brasileirosdeverão acertar seus relógios pela hora legal, que tambémé denominada de hora verdadeira ou local.
Diferença horária entre os fusos da Finlândia 30ºE e daMongólia 90ºE:
a) 4 horas;b) aproximadamente 5 horas;c) aproximadamente 2 horas;d) aproximadamente 9 horas;e) 24 horas
Quanto à orientação no globo terrestre, é correto afirmarque:
( ) nas coordenadas geográficas, o eixo das ordenadascorresponde aos meridianos e o eixo das abscissascorrespondente aos paralelos.
( ) a linha do Equador divide o globo em dois hemisférios.O hemisfério voltado para o pólo Norte é denominadoboreal, e o hemisfério voltado para o pólo Sul édenominado austral.
0 50 50 50 50 5
0 60 60 60 60 6
( ) o meridiano inicial, o de Greenwich, divide o globoterrestre em dois hemisférios. O hemisfério voltado parao nascente é denominado ocidental, e o hemisfériovoltado para o poente é denominado oriental.
( ) as áreas localizadas ao sul do Trópico de Capricórnio eao norte do Trópico de Câncer são intertropicais.
( ) o Brasil é um país tropical porque a maior parte do seuterritório está situada entre as linhas do Equador e doTrópico de Capricórnio.
Considere os gráficos. Assinale a afirmativa verdadeira:
a) O ponto A tem como coordenadas geográficas 15o lat.norte e 20o long. oeste de Greenwich.
b) O ponto B está situado no hemisfério meridional e naZona interna tropical do globo.....
c) O ponto C está situado a oeste do ponto D.d) Não existe diferença horária entre os pontos B e D.
0 70 70 70 70 7
12345123451234512345123451234512345
(Acafe-SC) Observe a ilustração:
I – Os números 2 e 3 representam, respectivamente, ostrópicos de Câncer e de Capricórnio, e a faixacompreendida entre eles, a zona intertropical ou tropical.
II – As áreas do globo, assinaladas com letras A e B,apresentam estações do ano bem distintas e representamas zonas temperadas do Norte e do Sul.
III – Os pólos Norte e Sul também constituem áreas do globoem que se verifica a presença das quatro estações,distribuídas regularmente ao longo do ano.
IV – A zona tropical, delimitada pelos Trópicos de Câncer aoNorte e Capricórnio ao Sul, apresenta paisagens tantoúmidas quanto áridas, além de elevadas altitudes comneves eternas.Com base na ilustração acima, e nas afirmativas assinale aseqüência correta:
a) I, II e IV;b) I, III e IV;c) II, III e IV;d) I, II e III;e) I e II .
(UFRN) Analise as afirmações a seguir sobre a localizaçãodos pontos extremos do Brasil:
0 10 10 10 10 1
0 20 20 20 20 2
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I) O ponto extremo setentrional situa-se ao norte doEquador e, nesta região, durante o solstício de verão doHemisfério Sul, ao meio-dia, o Sol será visto ao Sul.
II) Na foz do arroio Chuí, registra-se o fuso horáriobrasileiro mais atrasado em relação ao fuso de Greenwich.
III) Se projetarmos uma linha a partir dos pontos extremosleste e oeste ao redor do mundo, para o ocidenteencontraremos primeiro a África, depois a Oceania.
Assinale:
a) se todas as afirmações forem incorretas.b) se apenas a afirmação III for correta.c) se apenas a afirmação II for incorreta.d) se apenas a afirmação I for correta.e) se apenas as afirmações I e II forem corretas.
(UFMT) Sobre fusos horários, julgue as assertivas.
Cada fuso horário abrange 25º, sendo que 12º 30’ estãode um lado do meridiano e 12º e 30’, do outro.O Brasil abrange quatro fusos horários adaptados a suadivisão política.Um turista sai de sua cidade de origem , localizada a 60ºW, às 15:00 h, em direção a uma cidade localizada a 45ºW. Supondo-se que a viagem dure 10 minutos, quandoo turista chegar ao seu destino serão 16:10 h.O meridiano de Greenwich é o ponto de referência,pois divide a Terra nos hemisférios ocidental e meridional.
(PUC-RJ) Que horas são no Peru (Longitude 75ºW)quando na Itália (Longitude 45ºE) são 21h00:
a) 24 horas;b) 15horas;c) 6 horas;d) 9 horas;e) 13 horas.
0 30 30 30 30 3
(PUC-SP) Um avião sai de uma localidade situada no 7ºfuso internacional a leste de Greenwich, às 10 horas dodia 20, com destino a Curitiba, localizada no segundofuso brasileiro e terceiro fuso internacional a oeste deGreenwich. A viagem tem uma duração de 20 horas(não considerar nosso horário de verão).Assinale a opção que indica o dia e a hora em que o aviãochegará a Curitiba:
a) dia 21, 6 horas;b) dia 21, l hora;c) dia 20, 10 horas;d) dia 20, 20 horas;e) dia 20, 13 horas.
(UFJF-MG) Com base no gráfico abaixo, que representaparte do planisfério, assinale a alternativa INCORRETINCORRETINCORRETINCORRETINCORRETAAAAA:
a) O ponto C está situado ao sul do ponto A e a sudoestedo ponto B;
b) O ponto A tem como coordenadas 10° de latitude sul e20° de longitude leste;
c) Os pontos A e B estão localizados na zona intertropical;d) Todos os pontos estão localizados a oeste de Greenwich.
(PUC-PR) Diferença horária entre os fusos de Portugal(Longitude Oriental 15º) e da Rússia (Longitude oriental90º):
a) 4 horas;b) 5 horas;c) 6 horas;d) 9 horas;e) 12 horas.
0 40 40 40 40 4
0 50 50 50 50 5
0 60 60 60 60 6
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12345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345
12345123451234512345123451234512345(PUC-MG) A questão deve ser respondida a partir
da análise do mapa Brasil político Brasil político Brasil político Brasil político Brasil político abaixo:Um avião, a uma velocidade de 297 Km/h, viajandoem linha reta, percorre o trecho PPPPPorto Alegre – Rioorto Alegre – Rioorto Alegre – Rioorto Alegre – Rioorto Alegre – Riode Janeiro de Janeiro de Janeiro de Janeiro de Janeiro em duas horas. Considerando-se que, nomapa, a distância está representada por uma linha de 3cm, qual é a escala escala escala escala escala do mapa?
a) 1:15940000b) 1:17600000c) 1:18910000d )d )d )d )d ) 1:19800000
12345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345123451234512345
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AtmosferaAtmosferaAtmosferaAtmosferaAtmosfera1234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234
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A Atmosfera pode ser definida como “uma camada gasosa fluido-elástica que envolve a Terra.” Os gases que acompõem formam uma mistura transparente, incolor e inodora, conhecida como ar atmosférico.
Objetivo
Caracterizar as camadas da atmosfera e os fenômenos;Identificar os fatores climáticos;Caracterizar o clima nas diferentes áreas do globo.
Camadas:
Troposfera;Estratosfera;Ionosfera;Mesosfera;Exosfera.
São consideradas as camadas mais importantes:
TROPOSFERA (DE 0 A 12 KM)TROPOSFERA (DE 0 A 12 KM)TROPOSFERA (DE 0 A 12 KM)TROPOSFERA (DE 0 A 12 KM)TROPOSFERA (DE 0 A 12 KM)
Contém cerca de 90% dos gases atmosféricos.Por estar em contato com a superfície da Terra,
fornece todos os elementos indispensáveis para a existênciada vida no planeta.
Palco de todos os fenômenos meteorológicos queconhecemos (chuvas, ventos, umidade, etc.).
ESTRATOSFERA (12 A 32 KM)
Contém o ozônio (O3), responsável pela filtragemdos raios ultravioleta emitidos pelo Sol.
IONOSFERA (ACIMA DE 80 KM)É uma camada altamente ionizada, ou seja, devido à
alta concentração de íons, forma um gigantesco campoeletromagnético que possibilita a retransmissão de ondaseletroeletrônicas para a superfície da Terra.
FUNÇÕES DA ATMOSFERA
Dentre as muitas, podemos destacar:1) Fornecer o ar que respiramos e manter a vida no planeta.2) Filtrar os raios ultravioleta que tentam chegar à superfície.
Se isso não ocorresse, não seria possível viver.3) Proteger a superfície terrestre contra a invasão dos
meteoros, que quando ultrapassam a atmosfera sãometeoritos.
4) Conservar o calor fornecido pelo Sol, evitando maioresamplitudes térmicas, certamente insuportáveis à maioriados seres vivos.
ELEMENTOS ATMOSFÉRICOS/METEOROLÓGICOS.
São os elementos atmosféricos que, associados,explicam a grande diversidade climática existente na Terra.
Destacam-se:
a temperatura atmosférica;a pressão atmosférica;a umidade atmosférica.
TERRA FICA MAIS VERDE?
Um estudo da Nasa e do Departamento de Energiados EUA concluiu que a Terra está se tornando mais verdenos últimos 20 anos. Segundo a pesquisa, à medida que oclima muda, as plantas estão crescendo mais.
O estudo global aparece na edição desta semana darevista “Science”. O artigo diz que as mudanças climáticasproporcionaram doses extras de água, calor e luz do Solem áreas onde um ou mais desses ingredientes estavamfaltando. As plantas se desenvolveram bem em lugares ondeas condições climáticas anteriores limitavam o crescimento.
NASA Earth Observatory, 2003.
TEMPERATURA ATMOSFÉRICA
“Corresponde à quantidade de calor contida nasmoléculas que compõem os gases atmosféricos”.
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O fornecedor deste calor são os raios solares, queprimeiro aquecem a superfície terrestre, que, por sua vez,reflete para o espaço parte do calor recebido.
A energia solar é o motor que move a Terra e dinamizatoda a atmosfera. O Sol é o grande responsável pelofuncionamento de todo o sistema Terra-Atmosfera.
FATORES DE VARIAÇÃO DATEMPERATURA ATMOSFÉRICA
Altitude
“A temperatura é inversamente proporcional àaltitude”.
Isto quer dizer que, à medida que aumenta a altitude,diminui a temperatura e vice-versa.
Nos lugares mais altos, o ar é mais rarefeito, o quesignifica que as moléculas dos gases atmosféricos estãomais dispersas, armazenando menor quantidade de calor.
Exemplos de Variação de Temperatura com a Altitude:
FENÔMENOS ATMOSFÉRICOS OU
METEOROLÓGICOS
As variações que ocorrem com a temperatura,pressão e umidade atmosférica são denominados defenômenos meteoro lóg icosfenômenos meteoro lóg icosfenômenos meteoro lóg icosfenômenos meteoro lóg icosfenômenos meteoro lóg icos ou atmosfér icosatmosfér icosatmosfér icosatmosfér icosatmosfér icos eocorrem sempre na troposfera.
Temperatura Atmosférica
É a quantidade de calor ou frio existente no aratmosférico.
Fatores de Variação
a altitude;a latitude;as chuvas;a vegetação;os ventos;as correntes marítimas;as aglomerações urbanas.
Pressão Atmosférica
É o peso que o ar atmosférico exerce sobre asuperfície terrestre, tem sua causa na lei da gravitaçãouniversal e varia conforme a latitude e a altitude.
Fatores de Variação
Altitude;Latitude;
Veja por que quanto maior a latitude, menor atemperatura:
Quanto maior latitude maior a inclinação dos raiossolares (área B) e conseqüentemente maior reflexão. Aatmosfera é aquecida por difusão, ou seja, quanto maisenergia é absorvida pela superfície da Terra mais ela poderáirradiar para a atmosfera, como é o caso da área A.
Quanto maior a latitude, maior a inclinação dos raiossolares e conseqüentemente mais extensa a área a seraquecida, o que provoca menos aquecimento da superfícieà menor temperatura atmosférica (caso da área B).
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Complemento:Complemento:Complemento:Complemento:Complemento:
Amplitude térmicaAmplitude térmicaAmplitude térmicaAmplitude térmicaAmplitude térmica: é a diferença entre temperaturamáxima e temperatura mínima.IsotermasIsotermasIsotermasIsotermasIsotermas: são linhas que unem pontos de mesmamédia térmica em um mapa.AnemômetroAnemômetroAnemômetroAnemômetroAnemômetro: aparelho que indica a velocidade dosventos.AnemoscópioAnemoscópioAnemoscópioAnemoscópioAnemoscópio (Biruta): aparelho que indica a direçãodos ventos.PluviosidadePluviosidadePluviosidadePluviosidadePluviosidade: é a precipitação da tradicional chuva, naqual a umidade se precipita no estado líquido.PluviômetroPluviômetroPluviômetroPluviômetroPluviômetro: é o aparelho que mede a quantidade dechuva(mm).IsoietaIsoietaIsoietaIsoietaIsoieta: é a linha que une pontos de igual média depluviosidade em um mapa.HigrômetroHigrômetroHigrômetroHigrômetroHigrômetro: é o aparelho que mede a umidadeatmosférica.IsoígraIsoígraIsoígraIsoígraIsoígra: é a linha que une pontos de igual média deumidade atmosférica em um mapa.
Massas de Ar
São porções que apresentam característicasparticulares de temperatura, pressão e umidade.
Podem ser:Quentes ou FQuentes ou FQuentes ou FQuentes ou FQuentes ou Frias;rias;rias;rias;rias;Secas ou Úmidas.Secas ou Úmidas.Secas ou Úmidas.Secas ou Úmidas.Secas ou Úmidas.
As massas de ar são fundamentais para se classificar eestudar os diferentes tipos de clima no Planeta Terra.
Os VentosVento é o ar em movimento. São de grande
importância para o estudo climático, pois, além de auxiliaremna distribuição de calor, também participam na distribuiçãoda umidade na atmosfera.
O mecanismo dos ventos
“Os ventos sempre sopram das áreas de alta pressãopara as áreas de baixa pressão.”
Esta é a primeira lei da circulação atmosférica,formulada por Buys Ballot.
A diferença da temperatura sobre a Terra determina aexistência de diferentes áreas de pressão.
Os tipos de Ventos:
RegularesRegularesRegularesRegularesRegulares: ocorrem nas regiões intertropicais e sopramregular e constantemente. São os Alísios e Contra-Alísios.PPPPPeriódicos:eriódicos:eriódicos:eriódicos:eriódicos: são aqueles que alteram o sentido dodeslocamento conforme as condições ambientais.
a) Brisas:Brisas:Brisas:Brisas:Brisas: sopram no litoral devido às diferenças detemperatura entre o mar e o continente.
b) MonçõesMonçõesMonçõesMonçõesMonções: sopram durante o inverno asiático, da Ásiapara o Oceano Índico e é a monção de inverno oucontinental. Durante o verão asiático sopram do OceanoÍndico para a Ásia é a monção de verão ou marítima.VVVVVariáveis ou Lariáveis ou Lariáveis ou Lariáveis ou Lariáveis ou Locaisocaisocaisocaisocais: Nas regiões em que não
existem os alísiosalísiosalísiosalísiosalísios, nem as monçõesmonçõesmonçõesmonçõesmonções, especialmente emlatitudes altas, superiores a 30º, os ventos não sopramcom regularidade e constituem os ventos variáveisos ventos variáveisos ventos variáveisos ventos variáveisos ventos variáveis. Eem outras regiões da Terra e resultantes da formação deáreas ciclonais e anticiclonais, de caráter local, existem os os os os os
Durante o dia
Durante a noite
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ventos locaisventos locaisventos locaisventos locaisventos locais, que advêm de condições particulares e dainfluência que exercem sobre determinada região ondesopram, tais como;
a) Na América.MinuanoMinuanoMinuanoMinuanoMinuano, BrasilPPPPPampeiroampeiroampeiroampeiroampeiro, ArgentinaChinookChinookChinookChinookChinook, Estados Unidos
b) Na Europa.SolanoSolanoSolanoSolanoSolano, EspanhaSirocoSirocoSirocoSirocoSiroco, ItáliaMistralMistralMistralMistralMistral, França
c) Na África.SimumSimumSimumSimumSimum, Saara (Marrocos, Líbia e Argélia)CamesinCamesinCamesinCamesinCamesin, Egito
A CA CA CA CA CIRCULAÇÃOIRCULAÇÃOIRCULAÇÃOIRCULAÇÃOIRCULAÇÃO DADADADADA Á Á Á Á ÁGUAGUAGUAGUAGUA NANANANANA A A A A ATMOSFERATMOSFERATMOSFERATMOSFERATMOSFERA
Unidade AtmosféricaÉ a quantidade de vapor de água existente no ar.O ciclo hidrológicoO ciclo hidrológicoO ciclo hidrológicoO ciclo hidrológicoO ciclo hidrológico resulta de uma parcela
significativa da água existente na Terra que se encontra empermanente circulação, constituindo um sistemadenominado de ciclo da água ou hidrológico, que resulta daatuação dos raios solares sobre as águas e vegetação,ocasionando a (1) evaporação, a (1)a (1) evaporação, a (1)a (1) evaporação, a (1)a (1) evaporação, a (1)a (1) evaporação, a (1)evapotranspiração, a (2) condensação, a (3)evapotranspiração, a (2) condensação, a (3)evapotranspiração, a (2) condensação, a (3)evapotranspiração, a (2) condensação, a (3)evapotranspiração, a (2) condensação, a (3)precipitação e a (4) infiltração.precipitação e a (4) infiltração.precipitação e a (4) infiltração.precipitação e a (4) infiltração.precipitação e a (4) infiltração.
TIPOS DE UMIDADEPrecipitações atmosféricas:
ChuvasChuvasChuvasChuvasChuvasÉ a precipitação das gotas de água, resultantes de uma
nuvem, que entrou em contato com uma camada de ar frioe se condensou.
Litorâneas:Litorâneas:Litorâneas:Litorâneas:Litorâneas: ocorrem nas costas litorâneas e seformam pelas variações de temperaturas da massa úmidado mar quente e do resfriamento no continente.
ConvectivaConvectivaConvectivaConvectivaConvectiva: ocorre nas regiões equatoriais, resultade movimentos ascendentes de ar.
ClonalClonalClonalClonalClonal: ocorre nas regiões temperadas, resulta dediferentes frentes de ar.
Orográfica ou de RelevoOrográfica ou de RelevoOrográfica ou de RelevoOrográfica ou de RelevoOrográfica ou de Relevo: ocorre em encostasmontanhosas, resulta da elevação de massas de ar quente eúmida que não conseguem ultrapassar a elevação e acabamprecipitando devido à alteração de pressão e temperatura.
Granizo: Granizo: Granizo: Granizo: Granizo: é a precipitação de água das nuvens, em formade gelo, devido à camada de ar quente, intercaladas comar frio.Orvalho: Orvalho: Orvalho: Orvalho: Orvalho: forma-se do vapor de água que desce do ar,à noite e pela manhã, depositando-se sobre os vegetais eobjetos expostos. Isso ocorre devido ao resfriamentodo solo pela irradiação de seu calor.Geada: Geada: Geada: Geada: Geada: é o congelamento do orvalho precipitado,transformando-se em geada.Neve:Neve:Neve:Neve:Neve: água congelada que cai das nuvens em forma deflocos leves e brancos, ou seja, é literalmente ocongelamento da nuvem e espalhada pelo vento eprecipitado em forma de flocos congelados.
CLIMAS DA TERRA
Considerando-se que o “Clima é o conjunto defenômenos meteorológicos que ocorrem com determinadafreqüência, numa determinada região da Terra”, podem seraceitas como classificações mais variáveis as de Emmanuelde Martonne e Wlademir Köppen.
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Classificação de Wlademir Köppen(A) Megatérmico ou Tropicais Chuvosos: das florestas pluviais
(Af), das monções (Am), das savanas (Aw).(B) Secos ou Desérticos: dos desertos (Bw); das estepes
(Bs).(C) Mesotérmicos Úmidos: sem estação seca (Cf);
mediterrâneo (Dw).(D) Microtérmicos Úmidos: com invernos úmidos (Df); com
invernos secos (Dw).(E) Polares: das Tundras (ET), dos Gelos Eternos (EF).
“Nosso estudo propõe que as mudanças climáticassão a principal causa para o aumento do crescimento dasplantas nas últimas duas décadas, com menor contribuiçãoda fertilização por dióxido de carbono e reflorestamento”,diz Ramakrishna Nemani, principal autor do estudo, daUniversidade de Montana.
De 1980 a 2000, mudanças no ambiente globalincluíram duas das mais quentes décadas de que se temregistro: três intensos El Ninõ; mudanças no padrão denuvens tropicais e na dinâmica das monções; e umaumento de 9.3% no dióxido de carbono atmosférico.
Estudos anteriores feitos por Ranga Myneni, daUniversidade de Boston, e Compton Tucker, da Nasa,apontaram aumento das estações de crescimento e dabiomassa de madeira nas florestas em altas latitudes noplaneta.
Outro co-autor, Charles Keeling, do InstitutoScripps de Oceanografia, alerta que ninguém sabe se essesimpactos positivos são devidos a ciclos climáticos curtos,ou mudanças de longo prazo. Além disso, o aumentopopulacional de 36% no planeta entre 1980 e 2000encobre o maior crescimento das plantas.
Nemani e outros cientistas construíram um mapaglobal da Produção Primária Líquida (NPP) de plantas apartir de dados de satélite sobre a intensidade do verde ea absorção da radiação solar. A NPP é a diferença entre o
CO2 absorvido pelas plantas durante a fotosíntese, e oCO2 perdido pelas plantas durante a respiração. O NPPé a base para a comida, fibras e combustíveis derivadosdas plantas, sem os quais a vida não existiria no planeta.Os humanos se apropriam de aproximadamente metadedo NPP global.
O NPP aumentou em média 6% de 1982 a 1999.Ecossistema em zonas tropicais e em altas latitudes nohemisfério Norte responderam por 80% desseaumento. O NPP aumentou significativamente em maisde 25% da área vegetal do planeta, mas caiu em 7%dessa área - isso mostra que as plantas respondemdiferentemente ao clima, dependendo das condiçõeslocais.
As mudanças climáticas dos últimos 20 anos tendema ser na direção de facilitar o crescimento das plantas. Emgeral, em áreas onde as temperaturas restringiam ocrescimento, o clima esquentou; onde era preciso maisluz do sol, as nuvens se dissiparam; e onde estava muitoseco, choveu mais. Na Amazônia, o crescimento eralimitado pelo bloqueio do Sol pelas nuvens, mas o céutornou-se mais limpo. Na Índia, onde 1 bilhão de pessoasdepende das chuvas, as monções tornaram-se maisconfiáveis nos anos 90 do que nos anos 80.
NASA Earth Observatory, agosto de 2003.
Mapa mostra o aumento da produtividade das plantas durante um período de tempo. Em verde, regiões onde houve aumento, emmarrom, decréscimo. A produtividade, que é o resultado líquido da absorção do carbono, aumentou nas regiões tropicais, onde asmudanças climáticas resultaram em menos nuvens e mais luz do Sol.
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(PUC RIO) O papel do clima é fundamental nadeterminação do tipo e da intensidade do intemperismo.O gráfico mostra as variações do intemperismo emfunção da pluviosidade e da temperatura média anual.
0 10 10 10 10 1 Os pontos I e II situam-se, respectivamente, em regiõesde clima:
a) tropical úmido e frio continental.b) subtropical e temperado continental.c) tropical semi-árido e polar.d) tropical de altitude e subtropical.e) frio oceânico e equatorial úmido.
RespostaRespostaRespostaRespostaResposta (A): t ropica l úmido e f r io(A): t ropica l úmido e f r io(A): t ropica l úmido e f r io(A): t ropica l úmido e f r io(A): t ropica l úmido e f r iocontinental.continental.continental.continental.continental.
Devemos interpretar o gráfico e concluir que o pontoA situa-se em região de clima tropical úmido, porqueapresenta temperaturas e pluviosidade elevadas, e o pontoB situa-se em região de clima frio continental, pois apresentatemperatura média anual em torno de zero grau e baixoíndice de pluviosidade.
12345123451234512345123451234512345
Considere as seguintes afirmações.
I- A atmosfera se aquece de baixo para cima. Primeiro asuperfície terrestre absorve o calor solar que é, então,liberado gradualmente para a atmosfera.
II- Nas madrugadas de inverno a superfície perde calor muitorapidamente e, portanto, a temperatura atmosféricapróxima ao solo pode ficar menor que nas camadassuperiores.Assinale:
a) se I e II estiverem corretas e a II for responsável porfenômenos como as inversões térmicas.
b) se apenas a I estiver correta, porque a temperatura diminuicom a altitude, e sempre os lugares altos são mais friosque os lugares baixos.
c) se apenas a II estiver correta, porque a atmosfera éaquecida pelo Sol, portanto, de cima para baixo.
d) se ambas estiverem erradas.e) se I e II estiverem corretas e a II for responsável por
fenômenos como as ilhas de calor.
Há também as chuvas ________, que ocorrem naszonas ___________, localizadas em torno da latitudede 40º. São causadas pelo choque dos ventos quentessubtropicais com os ventos frios polares.
Igor Moreira
Assinale a alternativa que completa correta erespectivamente as lacunas.
a) convectivas - equatoriais;b) frontais - subtropicais;c) convectivas - temperadas;d) frontais - tropicais;e) frontais – destemperadas.
O homem e o espaço estão em constante interação etransformação. Ao se apropriar do espaço e explorarsuas potencialidades, o homem altera o relevo, osmananciais, a cobertura vegetal, os solos e mesmo omicroclima. Quanto à ação antrópica sobre o meioambiente, é INCORRETO INCORRETO INCORRETO INCORRETO INCORRETO afirmar que:
a) gera riscos e conflitos que se amenizam devido acontínuos processos reguladores dos impactosambientais globais e locais;
b) intervém no espaço criando cenários particulares deacordo com os interesses e disponibilidades econômicase tecnológicas;
c) transforma a natureza de maneira diferenciada,diversificando resultados;
d) organiza o espaço impondo interesses da estruturadominante de poder, acentuando os desequilíbrios sociaise ambientais;
e) NDA.
0 10 10 10 10 1
0 20 20 20 20 2
0 30 30 30 30 3
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O ciclo hidrológico é a circulação contínua da água entrea terra, o mar e a atmosfera. Nesse ciclo, inclui-se a águapotável, essencial à vida.Entre os condicionantes e as interferências da existênciade água potável água potável água potável água potável água potável no planeta, é INCORRETO INCORRETO INCORRETO INCORRETO INCORRETO afirmarque:
a) a água potável é cada vez mais escassa no globo, devidoao seu uso crescente para irrigação, atividade industrial eabastecimento urbano;
b) as águas subterrâneas constituem os lençóis quealimentam os cursos d’água, impedindo o escoamentosuperficial;
c) a contaminação da água por substâncias tóxicas, comoresíduos industriais ou agrotóxicos, agrava o quadro deescassez de água continental na superfície;
d) a emissão de resíduos poluentes é prejudicial à capacidadede regeneração da água, interferindo no controle dequalidade ambiental.
Circulação Geral da Atmosfera (janeiro).Circulação Geral da Atmosfera (janeiro).Circulação Geral da Atmosfera (janeiro).Circulação Geral da Atmosfera (janeiro).Circulação Geral da Atmosfera (janeiro).
Assinale a alternativa correta:a) 1 os ventos alísios de nordeste, quentes e úmidos, que
diminuem o rigor da aridez nas bordas do deserto doSaara;
b) 2 os ventos monçônicos de verão, quentes e úmidos,que criam condições de umidade para a produção agrícolada Ásia das Monções;
0 40 40 40 40 4
0 50 50 50 50 5
c) 3 os ventos de oeste, que atingem a região mediterrâneada Europa, provocando chuvas de inverno;
d) 4 os ventos alísios de sudeste, cujo encontro, nesta épocado ano, com as massas polares vindas do sul, provocachuvas;
e) 5 as massas polares que avançam sobre o continentenorte-americano até o Golfo do México, durante todo oano.
A expansão do consumo mundial vem gerando grandesimpactos ambientais, EXCETOEXCETOEXCETOEXCETOEXCETO:
a) contaminação das águas potáveis;b) desperdícios de recursos naturais;c) altos índices de poluição atmosférica;d) produção de grandes quantidades de lixo;e) redução do consumo de energia.
Analise as afirmações abaixo sobre o processo dinâmicoda atmosfera terrestre bem como suas conseqüênciasclimáticas e assinale a alternativa INCORRETA.
a) Na região da convergência dos alísios, a subida do armais quente e úmido tende a resultar em precipitaçõesconstantes e diárias: são as chuvas convectivas.
b) As baixas subpolares situam-se em uma região onde oclima é geralmente frio e úmido devido à ascenção do arque resulta do encontro dos ventos polares e de oeste.
c) Nas regiões subtropicais da Terra surgem sistemas debaixa pressão de onde partem ventos planetários quealimentam a região equatorial de umidade: são os alísiosde nordeste e sudeste.
d) Nos pólos terrestres os sistemas de alta pressão tornamo ar mais seco e proporcionam a emissão de ventos quese dirigem para as baixas pressões adjacentes.
e) O maior deserto da Terra situa-se em uma regiãoemissora de ventos: o ar descendente parte de lá para asbaixas pressões equatoriais.
0 60 60 60 60 6
0 70 70 70 70 7
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(UFMG) Analise este croqui:Configurações da Pressão Atmosférica
0 10 10 10 10 1 A partir da análise dessas configurações típicas da pressãoatmosférica, é INCORRETO afirmar que:
a) a circulação atmosférica decorre e depende, nas suascaracterísticas básicas, da coexistência próxima dessasconfigurações;
b) a circulação em X, centrípeta, no sentido horário, édenominada ciclônica e a em Y, centrífuga, anti-horária, édenominada anticiclônica;
c) as configurações da pressão atmosférica são fixas,estáticas, e o ar é que se desloca, gerando o vento;
d) os redemoinhos, os tornados e os furacões sãodeslocamentos do ar que, no Hemisfério Sul, ocorremsegundo o modelo da circulação em X.
0 20 20 20 20 2 (PUC-SP) O clima clima clima clima clima é determinado pela inter-relação entre os elementos atmosféricos e os fatores geográficos; por isso eleé tão variável sobre a superfície da Terra, conforme registrado nas localidades indicadas no quadro abaixo:
Sobre o tipo climático produzido pela interação entre atmosfera e superfície, a associação CORRETCORRETCORRETCORRETCORRETA A A A A está expressa em:
a) Localidade A Localidade A Localidade A Localidade A Localidade A - clima equatorial;b) Localidade B Localidade B Localidade B Localidade B Localidade B - clima tropical semi-úmido;c) Localidade C Localidade C Localidade C Localidade C Localidade C - clima tropical de altitude;d) Localidade D Localidade D Localidade D Localidade D Localidade D - clima semi-árido.
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(PUC-PR) (PUC-PR) (PUC-PR) (PUC-PR) (PUC-PR) Observe o esquema abaixo. Ele representa valores aproximados de troca de água, nos seus vários estadosfísicos, em uma região florestada como a Amazônia.
Evaporação da água numa região de grande floresta tropicalEvaporação da água numa região de grande floresta tropicalEvaporação da água numa região de grande floresta tropicalEvaporação da água numa região de grande floresta tropicalEvaporação da água numa região de grande floresta tropical
Sobre ele é CORRETO CORRETO CORRETO CORRETO CORRETO afirmar que:
a) a quantidade de vapor d’água fornecida pelas superfícies oceânicas é a principal fonte de alimentação do sistema hídricoflorestal tropical;
b) a evaporação é a principal forma de transferência da umidade das regiões tropicais continentais para a atmosfera;c) o processo de transpiração da floresta é parte intrínseca do delicado sistema climático das regiões florestais, especialmente
nos trópicos;d) o escoamento superficial é função direta do volume de água evaporada dos oceanos e conduzida até as regiões continentais
florestais dos trópicos.
(UFMG) Analise este quadro:
PPPPPoluição atmosférica e escala geográfica de sua influência na vegetaçãooluição atmosférica e escala geográfica de sua influência na vegetaçãooluição atmosférica e escala geográfica de sua influência na vegetaçãooluição atmosférica e escala geográfica de sua influência na vegetaçãooluição atmosférica e escala geográfica de sua influência na vegetação
0 30 30 30 30 3
0 40 40 40 40 4
FONTE: CHANG, E.; TERWILLIGER, V. J. The effects of air pollution on vegetation from a geographic perspective.Progress in Physical Geography, London, v. 24, n. 1, 2000. p. 56. (Adaptado)
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Atmosfera
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a
A partir da análise e interpretação desse quadro, éINCORRETO afirmar que.
a) as chuvas e as névoas ácidas resultam de reações químicasna atmosfera, de que participam a água e poluentescompostos de nitrogênio e enxofre;
b) a relação entre tempo médio de permanência dospoluentes na atmosfera e escala espacial de sua influênciaé pouco significativa;
c) os programas e as medidas de controle da poluição devemconsiderar como informação indispensável o tempo depermanência dos poluentes na atmosfera;
d) o principal processo responsável pela poluição atmosféricaé a queima de combustíveis fósseis e recentes.
(MACK-SP)
Considere as seguintes afirmações sobre as áreas A e Bdestacadas no mapa do Japão.
I - A área A caracteriza-se pelo clima frio, provocado pelaalta latitude e pela influência de correntes marítimas frias.
II - A área B apresenta climas que variam dos temperadosúmidos aos subtropicais.
III - A área A é constituída por planícies aproveitadas para ocultivo de cereais, como o arroz.
IV - A área B corresponde à principal concentração urbano-industrial do país.
V - A área A apresenta baixas densidades demográficas.VI - Apesar dos marcantes contrastes naturais, A e B não se
diferenciam do ponto de vista demográfico.Assinale:
a) se apenas I, II e VI forem verdadeiras.b) se apenas I, II, III, IV e V forem verdadeiras.c) se apenas II, IV e VI forem verdadeiras.d) se apenas I, III e V forem verdadeiras.e)e)e)e)e) se apenas I, II, IV e V forem verdadeiras.
0 50 50 50 50 5
(GV-SP) O regime fluvial representado no gráfico a seguiré o:
a) pluvial tropical típico;b) pluvio-nival;c) temporário;d) pluvial subtropical;e) equatorial.
(PUC RIO) O volume total de água existente no SistemaTerra é relativamente constante. O desenho a seguirmostra, de forma esquemática, o ciclo da água.
Analise as afirmativas a seguir:I A precipitação (3) representa a condensação das gotículas
d’água, a partir do vapor d’água existente na atmosfera,dando origem às chuvas.
II A evapotranspiração (1) é a soma da evaporação direta,causada pela radiação solar e pelo vento com atranspiração realizada pela vegetação.
III A interceptação (2) representa a condensação do vapord’água existente na atmosfera originando as nuvens.
IV A água precipitada (4) pode se infiltrar ou escoarsuperficialmente, impulsionada pela gravidade.
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Assinale a alternativa que indica todas as afirmativascorretas:
a) I e III;b) II e III;c) I, II e IV;d) II, III e IV;e) I, II, III e IV;
(PUC-RS) A respeito dos gráficos abaixo, considere asafirmações:
Fonte: Geografia - A Natureza HumanizadaFonte: Geografia - A Natureza HumanizadaFonte: Geografia - A Natureza HumanizadaFonte: Geografia - A Natureza HumanizadaFonte: Geografia - A Natureza Humanizada
0 80 80 80 80 8
I. A densidade diminui em relação à altitude, ou seja, quantomaior a altitude menor a densidade.
II. A densidade aumenta em relação à distância da costa, ouseja, quanto mais afastado da costa maior a densidade.
III. A densidade diminui em relação à distância da costa, ouseja, quanto mais próximo da costa maior à densidade.
IV. A densidade aumenta em relação à altitude, ou seja, quantomaior a altitude maior a densidade.Assinale:
a) se apenas I e II estiverem corretas;b) se apenas I e III estiverem corretas;c) se apenas II e IV estiverem corretas;d) se apenas a I estiver correta;e) se apenas a III estiver correta.
(ENEM) Muitos estudiosos afirmaram que as áreastemperadas eram os melhores meios naturais para avida humana ou que a paisagem temperada é a únicaque permitia um maior desenvolvimento econômico ecultural.Considerando o texto citado e baseando-se em fatosjá verificados, é possível afirmar:I) O progresso do mundo temperado está na natureza,que é mais adequada ao trabalho humano, portantoestas áreas são mais desenvolvidas economicamente eo mundo tropical é menos desenvolvido devido aoclima quente e às formações de deserto.II) As razões do desenvolvimento econômico e culturalsão históricas e o meio natural tem influência limitada;ele pode oferecer obstáculos ou facilidades, mas não éo fator exclusivo que determina o progresso de umaregião.
III) Alguns países localizados em regiões temperadassão subdesenvolvidos e existem fora das zonastemperadas áreas industrializadas ou comaproveitamento agrícola moderno.Em relação às considerações anteriores, é possívelafirmar que:
a) somente a alternativa I está correta;b) somente a alternativa II está correta;c) somente a alternativa III está correta;d) somente as alternativas I e II estão corretas;e) somente as alternativas II e III estão corretas.....
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aHidrosferaHidrosferaHidrosferaHidrosferaHidrosfera
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1234512345123451234512345123451234512345
É a camada líquida do nosso planeta. Apresenta-se em águas oceânicas e continentais.
ÁGUAS OCEÂNICAS
Os oceanos são divididos pelo homem em trêsporções:
PPPPPacífico, Atlântico e Índico.acífico, Atlântico e Índico.acífico, Atlântico e Índico.acífico, Atlântico e Índico.acífico, Atlântico e Índico.
Os mares são as porções mais rasas, menores e emcontato direto com os continentes. Os mares dividem-seem:
Abertos ou Costeiros
São mares que apresentam ampla comunicação comos oceanos. Ex. Mar do Brasil, Mar do Norte etc.
Interiores ou Mediterrâneos
São assim chamados por se encontrarem no interiordos continentes, mantendo, porém, comunicação com ooceano através de pequenas aberturas chamadas estreitosou canais. Ex.: Mediterrâneo, Vermelho, Adriático etc.
Isolados ou Fechados
São aqueles que não mantêm nenhuma comunicaçãocom os oceanos ou com outros mares. Ex. Morto, Cáspio,Aral etc.
A tragédia do Mar Aral, ele encolhe dia-a-dia.
Mar Aral Observatório da Nasa, setembro, 2003.
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O RELEVO SUBMARINO
São tipos de Relevo Submarino:
a )a )a )a )a ) Plataforma Continental: Plataforma Continental: Plataforma Continental: Plataforma Continental: Plataforma Continental: com profundidades de até200 metros, é uma região de interesse econômico, pelapesca e pelas reservas petrolíferas.
b )b )b )b )b ) RRRRRegião Pegião Pegião Pegião Pegião Pelágica: elágica: elágica: elágica: elágica: com profundidades de até 5.000metros, com detritos calcários e sedimentos vulcânicos.
c )c )c )c )c ) Região Abissal:Região Abissal:Região Abissal:Região Abissal:Região Abissal: com profundidades superiores a 5.000metros, com as grandes fossas submarinas.
Isóbatas: Isóbatas: Isóbatas: Isóbatas: Isóbatas: são linhas que unem os pontos de umamesma profundidade.
Cartas batimétricasCartas batimétricasCartas batimétricasCartas batimétricasCartas batimétricas: são os mapas do relevosubmarino.
Temperaturas das águas do mar
São em média de 16ºC; quando baixam a -2ºCformam-se as Banquisas (bancos de gelo) que, aofragmentarem-se, dão origem aos flöesbergs.
Salinidade das águas
A salinidade média dos mares é 35 gramas de sal por1.000 g de água. A menor salinidade é encontrada no MarBáltico, apenas 8 gramas, e no Mar Morto está a maiorsalinidade, com 250 gramas por 1.000 g de água.
Movimentos do Mar
a) Marulhos:a) Marulhos:a) Marulhos:a) Marulhos:a) Marulhos: são leves oscilações da água do mar.
b) Vb) Vb) Vb) Vb) Vagas: agas: agas: agas: agas: são as ondas do mar e têm duas origensdiferentes.
VVVVVagas forçadasagas forçadasagas forçadasagas forçadasagas forçadas ou de VVVVVentosentosentosentosentos são providas deenorme força, catastróficas, sendo chamadas também deressaca; vagas sísmicasressaca; vagas sísmicasressaca; vagas sísmicasressaca; vagas sísmicasressaca; vagas sísmicas , que são enormes, catastróficas,originadas por maremotos, sendo também conhecidascomo TTTTTsunamissunamissunamissunamissunamis, no continente asiático.
c )c )c )c )c ) Marés: Marés: Marés: Marés: Marés: movimentos verticais das águas do mar, quesobem e descem, em períodos de 12 horas. É o Fluxoou enchente e o Reflexo ou vazante; esses movimentosresultam da atração do Sol e da Lua; durante as marésaltas, na foz dos grandes rios pode ocorrer o MacaréuMacaréuMacaréuMacaréuMacaréu,que no Rio Amazonas tem o nome de PPPPPororocaororocaororocaororocaororoca.....
d )d )d )d )d ) Correntes marítimas: Correntes marítimas: Correntes marítimas: Correntes marítimas: Correntes marítimas: são deslocamentos de grandesmassas de água, no interior dos oceanos, são verdadeirosrios oceânicos. Tal deslocamento é ocasionado por váriosfatores: densidade das águas, ventos, rotação da Terra,configurações das bacias oceânicas.
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As principais são:
Quentes: Quentes: Quentes: Quentes: Quentes: Norte Equatorial, do Golfo, do Brasil,das Guianas, das Monções, do Japão.
FFFFFrias: rias: rias: rias: rias: Humboldt, Labrador, Malvinas (Falklands),Benguela, Groenlândia e das Curilas.
Um destaque especial merece a Corrente doCorrente doCorrente doCorrente doCorrente doGolfoGolfoGolfoGolfoGolfo, que influi sobre o clima e a economia de váriospaíses da Europa (Arquipélago Britânico e Escandinávia).
INFLUÊNCIA DOS MOVIMENTOS MARÍTIMOS
a )a )a )a )a ) Rias:Rias:Rias:Rias:Rias: afogamento dos vales fluviais pelas águas do mar.
b )b )b )b )b ) Fiordes: Fiordes: Fiordes: Fiordes: Fiordes: vales de origem glacial, invadidos pela água domar.
c )c )c )c )c ) Dálmatas: Dálmatas: Dálmatas: Dálmatas: Dálmatas: ilhas alongadas, paralelas à costa.
d )d )d )d )d ) Falésias:Falésias:Falésias:Falésias:Falésias: costas altas, terminadas bruscamente sobre omar.
e )e )e )e )e ) Skjors:Skjors:Skjors:Skjors:Skjors: invasão do mar em antigas planícies glaciárias.
f )f )f )f )f ) Restingas: Restingas: Restingas: Restingas: Restingas: cordões arenosos que separam a laguna domar.
g )g )g )g )g ) Tômbolos: Tômbolos: Tômbolos: Tômbolos: Tômbolos: faixas arenosas que ligam uma ex-ilha aocontinente.
h )h )h )h )h ) Recifes: Recifes: Recifes: Recifes: Recifes: formados por arenitos ou restos de animaismarinhos.
OS RIOS
Os maiores rios da Terra em extensão são:Amazonas, na América do Sul, Mississipi/Missouri, naAmérica do Norte, e Nilo, na África.
Quanto as bacias hidrográficas, ou seja, a área drenadapelo rio principal e seus afluentes são:
Amazônica, maior bacia hidrográfica do mundo em áreae volume d’água.Platina, segunda maior bacia hidrográfica do mundo.Mississipi/Missouri, terceira bacia hidrográfica do mundo.
Os Lagos
Águas aparentemente em repouso; os maiores lagosda Terra são: Lago Mar CáspioCáspioCáspioCáspioCáspio, entre Europa e Ásia;SuperioSuperioSuperioSuperioSuperior , na América do Norte, e VitóriaVitóriaVitóriaVitóriaVitória, na África.
ORIGENS DOS LAGOS
a )a )a )a )a ) VVVVVulcânicos: ulcânicos: ulcânicos: ulcânicos: ulcânicos: em cratera de vulcões. Exemplo:Lago da Cratera (EUA).
b )b )b )b )b ) TTTTTectônicos: ectônicos: ectônicos: ectônicos: ectônicos: deslocamento da crosta terrestre (falhas efraturas). Exemplos: Tangânica, Niassa, Vitória.
c )c )c )c )c ) Sedimentação: Sedimentação: Sedimentação: Sedimentação: Sedimentação: acumulação marinha junto aos litorais;são chamados lagunas ou lagoas costeiras. Exemplo:Lagoa dos Patos.
d )d )d )d )d ) De barragem: De barragem: De barragem: De barragem: De barragem: acumulação das águas em depressõespróximas aos rios. Exemplo: Lago Badajoz.
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e )e )e )e )e ) Residuais: Residuais: Residuais: Residuais: Residuais: o que restou da evaporação de antigosmares. Exemplo: Lago Asfaltite (Morto).
f )f )f )f )f ) De erosão: De erosão: De erosão: De erosão: De erosão: formados pelo trabalho da erosão daságuas ou das geleiras. Exemplo: Lago Superior.
AS GELEIRAS
São de dois tipos:
a )a )a )a )a ) Continentais ou Inlandsis, Continentais ou Inlandsis, Continentais ou Inlandsis, Continentais ou Inlandsis, Continentais ou Inlandsis, quando se encontramem grandes áreas, como por exemplo na GroenlândiaGroenlândiaGroenlândiaGroenlândiaGroenlândiae na Antártida. Antártida. Antártida. Antártida. Antártida. Ao se deslocarem, escorrem docontinente para o oceano e formam as montanhas degelo flutuantes: icebergs.icebergs.icebergs.icebergs.icebergs.
b )b )b )b )b ) De montanhas ou Glaciares,De montanhas ou Glaciares,De montanhas ou Glaciares,De montanhas ou Glaciares,De montanhas ou Glaciares, nas regiões maiselevadas dos maciços montanhosos; ao se deslocaremformam os lagos e as morainas, blocos arrancados dasregiões montanhosas.
UMA SÓ NATUREZA
Como vimos, os elementos da natureza são oresultado de uma interação dinâmica entre eles, emboracada um isoladamente tenha suas características próprias.O relevo, por exemplo, interfere nos climas direcionandoo movimento das massas de ar fazendo variar astemperaturas conforme as altitudes. Por outro lado, ocontrário também é verdade: os climas secos conservamas formas abruptas do relevo. As enxurradas tropicaisintensificam o processo erosivo e modelam formasarredondadas, enquanto os climas secos conservam asformas abruptas do relevo. As formações vegetaisinfluenciam o clima. A evaporação e transpiração dasplantas são um dos fatores condicionantes do regimepluv iométr ico e das temperaturas médias; odesmatamento pode causar alterações climáticassignificativas, e assim sucessivamente, entre outras coisas.
A Revolução Industrial e a consciênciaecológica
A partir da segunda metade do séc. XVII com aRevolução Industrial e o conseqüente aumento dadegradação ambiental, isso porque a indústria éresponsável pelo lançamento de poluentes no meioambiente, mas também porque a Revolução Industrialrepresentou a consolidação e a globalização docapitalismo, sistema como já estudamos, dominante hojeno mundo.
Provocada pela descoberta e exploração de novastecnologias, surgem os primeiros movimentos queexigem a preservação de áreas naturais em benefício dacoletividade. A pressão da sociedade civil leva à criação,no séc. XIX, dos primeiros Parques Nacionais nos EUA,Austrália e Nova Zelândia. A partir da década de 60, a
divulgação de pesquisas comprovando a deterioração daqualidade de vida nas cidades, e de projeções científicasque mostram a Terra transformada num imenso desertoe os grandes centros urbanos destruídos por inundações,desperta a preocupação de milhares de pessoas,principalmente na Europa e nos EUA, dando origem aamplos movimentos ambientalistas.
E o capitalismo, que tem na indústria a sua atividadeeconômica de vanguarda, acarreta urbanização, comgrandes concentrações humanas em algumas cidades. Aprópria aglomeração urbana já é uma fonte de poluiçãopor si só, pois implica numerosos problemas ambientais,como o acúmulo de lixo urbano, o enorme volume deesgotos, os congestionamentos de tráfego etc.Demonstra-se também a relação direta que existe entrecrescimento demográfico, degradação dos recursos
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(USP) (USP) (USP) (USP) (USP) Considere as afirmações:
I- Uso de técnicas de cultivo com proteção dos solos e dalavoura.
II- Utilização de pesquisas agronômicas, com o objetivo deaperfeiçoamento genético das espécies.
III- Adoção em pequena escala de cooperativas agrícolas.IV- Apresentação de uma rede de transportes estruturada,
permitindo rápido acesso entre as áreas de produção ede consumo.
V- Uso intensivo de adubos, fertilizantes orgânicos edefensivos agrícolas naturais.São características da agricultura de caráter intensivo:
a) apenas I, II e IV;b) apenas II e V;c) apenas I, III e V;d) apenas III e V;e) apenas I, II, III e IV;
Resposta: a
(PUC RIO) “O solo não é estável, nem inerte; muitopelo contrário: constitui um meio complexo em perpétuatransformação, submetendo-se a leis próprias que regemsua formação, sua evolução e sua destruição. Forma-seno ponto de contato da atmosfera, da litosfera e dabiosfera; participa intimamente nesses mundos tãodiversos, pois mantém relações constitutivas com omundo mineral, assim como com os seres vivos.”Extraído de DORSTDORSTDORSTDORSTDORST, Jean. Antes que a natureza morra:por uma ecologia política. São Paulo: ED. USP, 1973.A partir do texto anterior, assinale a alternativa que NÃONÃONÃONÃONÃOestá correta:
a) Em áreas desmatadas, a velocidade de escoamentosuperficial é acelerada, e a água diminui sua capacidade detransportar partículas sólidas em suspensão.
b) As características do solo estão relacionadas com asformas de relevo e a drenagem da água dos terrenos.
c) O tipo de solo predominante no Brasil é o latossolo,próprio das regiões de clima quente e úmido, devido aoprocesso intenso de lavagem e dissolução dos saisminerais que o compõem - a lixiviação.
d) O plantio de espécies leguminosas intercaladas entre oscultivos permanentes, como o café, garante o equilíbrioorgânico do solo e o protege da erosão.
e) Os solos se desenvolvem a partir de um processo lentode intemperismo físico e químico sobre uma determinadarocha e sob a influência de seres vivos.
Resposta: aResposta: aResposta: aResposta: aResposta: aEm áreas desmatadas, o escoamento superficial seacelera, o que vai aumentaraumentaraumentaraumentaraumentar a capacidade de transportede partículas sólidas em suspensão pela água.Grau de dificuldade: médio.
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naturais e desigualdade nos padrões de consumo dasnações ricas ou em desenvolvimento. E apontam comoagravante o alto índice de concentração humana nosgrandes centros urbanos. Comparando cifras do iníciodo séc. XX, quando apenas 10% da população vivia nascidades, com projeções para o ano 2000, nota-se umcrescimento de 50% do total, 500 milhões de pessoasestariam concentradas em cidades com mais de 5 milhõesde habitantes.
Esse quadro convence os especialistas de que apreservação da qualidade de vida e da própria sobrevivênciadas espécies depende da mudança no atual modelopredatório de desenvolvimento econômico para umsistema de exploração racional dos recursos naturais queleve em conta os danos ao meio ambiente. Essas idéias
são defendidas pelos diversos grupos e associações depreservação ambiental, hoje reunidos sob a denominaçãode Organizações não governamentais, as ONGs. Delas,a que mais cresceu, espalhando sedes e adeptos portodo o mundo, foi a inglesa Greenpeace, que se destacapor ações pacíficas de protesto inspiradas em táticas deguerrilha. O movimento também ocupa espaços napolítica tradicional, institucionalizando-se em partidos, osVerdes, constituídos em vários países.
Zeno Crocett i, Ética e ambiente naturalÉt ica e ambiente naturalÉt ica e ambiente naturalÉt ica e ambiente naturalÉt ica e ambiente natural : Curit iba, Letra das Artes,1999, pp. 36-38.
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O conjunto de terras banhadas por um rio e seus afluentesformam uma:
a) ilha;b) lagoa;c) bacia hidrográfica;d) planície;e) depressão.
Nome de duas importantes usinas hidrelétricaspertencentes à bacia fluvial do rio Paraná:
a) Três Marias e Furnas;b) Paulo Afonso e São Simão;c) Marimbondo e Salto Osório;d) Itaipu e Moreira;e) Tucuruí e Rosana.
Na relação que segue, não pertence às formaçõesmarinhas:
a) Tietê;b) Rias;c) Fiordes;d) Dálmatas;e) Falésias.
A mais importante área geográfica de ocorrência de chuvasno território brasileiro localiza-se na planície:
a) Esperança;b) São Luís do Purunã;c) Atlântica;d) Pantaneira;e) Amazônica.
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Os tipos de mares isolados ou fechados são exemplos:
a) Mar do Norte e Aral;b) Mediterrâneo e Vermelho;c) Pacífico e Atlântico;d) Morto e Cáspio;e) Do Brasil e Costeiro.
São exemplos de correntes marítimas quentes:
a) do Brasil e Humboldt;b) das Guianas e Labrador;c) do Japão e Malvinas;d) Norte Equatorial e do Golfo;e) Groenlândia e das Curilas.
São exemplos de lagos tectônicos;
a) Lago da Cratera (Estados Unidos);b) Tangânica;c) Niassa;d) Lagoa dos Patos;e) Vitória.
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(CEFET-PR)”Ele voltou e veio bravo. A inversão térmicaque esquenta parte das águas do Oceano Pacífico e mudao clima de quase todo o planeta atingiu em meados deagosto deste ano a temperatura mais alta dos anos 90.Ao fenômeno deste ano já são atribuídas catástrofes comoa intensidade excepcional do tufão Winnie, que matoumais de 200 pessoas nas Filipinas, na China e em Taiwan,a forte seca na Austrália e o surpreendente calor noúltimo inverno brasileiro nas regiões Sul e Sudeste do Brasil” (adaptado da revista Veja de 27/08/00)O texto acima se refere ao fenômeno climáticoconhecido como:
a) Efeito estufa;b) Chucas ácidas;
c) El Niño;d) Buraco na camada de ozônio;e) Ilhas de calor.
(UFMG) As respostas do homem frente às enchentesapresentam-se em dois grandes grupos de medidas. Asmedidas ditas estruturais, que visam a atuar sobre a própriaenchente tentando controlá-la, e as ditas não-estruturais,que procuram atuar na conduta do homem, fazendo-oadaptar-se e conviver com o fenômeno catastrófico, ou,pelo menos, minimizar as possibilidades de danosmateriais e, principalmente, humanos.FRENDICH, R. Enchentes na primavera de 1993 na
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bacia hidrográfica do Alto Iguaçu. A Água em Revista,Belo Horizonte, CPRM. v. 4, n. 7, p. 4, 1996.Considerando-se as informações desse texto e outrosconhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmarque:
a) a construção de obras de engenharia hidráulica - diques ebarragens reguladoras, canalização e retificação dos cursosde água - constitui uma das medidas estruturaisempregadas no controle das enchentes;
b) a educação ambiental e a adoção de práticas corretas demanejo, uso e ocupação do solo nos meios rural e urbanosão medidas não-estruturais indispensáveis para diminuiro impacto das cheias excepcionais;
c) a limpeza e a dragagem freqüentes dos canais e leitos doscursos de água e dos reservatórios são medidasestruturais de grande valia para minorar as enchentes emáreas urbanizadas;
d) a recomposição da cobertura vegetal nas cabeceiras emargens dos rios e nas encostas é uma medida estruturalque produz efeitos imediatos e se tem mostrado eficienteno controle das enchentes.
(PUC-RS) Os mapas representam, em dois momentosdistintos - 1970 e 2000, um reservatório de águaconstruído com a finalidade de geração dehidroeletricidade.Observe que a profundidade da lâmina de água doreservatório é representada por meio de curvas chamadasbatimétricas, cotadas em metros.
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A partir da análise e interpretação desses mapas, éINCORRETO afirmar que:
a) a geração de hidreletricidade estará comprometida, naspróximas décadas, em razão do volumoso aporte desedimentos arenosos no reservatório;
b) a profundidade média do reservatório foi mantida noperíodo considerado, apesar das alterações neleocorridas;
c) o espaço ocupado pela lâmina de água foi reduzido noperíodo considerado, particularmente na porção orientaldo reservatório;
d) o processo de assoreamento, no período considerado,foi mais intenso na desembocadura do rio localizada asudeste do reservatório;
e) o processo de assoreamento apresentado influidiretamente na geração de energia, ou seja, quanto maiorfor a sedimentação menor será a geração.
(MACK-SP) Os rios internacionais (que atravessam maisde um país) sempre foram causa de disputas e discussões.Até recentemente a poluição do rio ___________ ,principalmente pelas indústrias alemãs, provocoudiscussões entre a Suíça, a França, os Países Baixos e aAlemanha.Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
a) Danúbio;b) Volga;c) Ródano;d) Reno;e) Ruhr.
(PUC-SP) Os grandes domínios de ecossistemasecossistemasecossistemasecossistemasecossistemasbrasileiros brasileiros brasileiros brasileiros brasileiros – Amazônia, Mata Atlântica e de Araucária,Pantanal, Cerrado, Caatinga, Manguezais – encontram-se ameaçados pela interferência acentuada do homem,agravando a questão ambiental no País.Considerando-se essa realidade, é INCORRETOINCORRETOINCORRETOINCORRETOINCORRETOafirmar que:
a) em qualquer um desses ecossistemas, os seres vivosrelacionam-se entre si e com o ambiente físico queocupam, procurando alcançar um equilíbrio dinâmico;
b) mudanças nos elementos desses ecossistemas,provocadas por desmatamentos, queimadas, alteraçõesclimáticas ou pedológicas, ameaçam seu equilíbrio;
c) entre os componentes abióticos que compõem o sítiodesses domínios, estão os recursos hídricos,morfológicos e atmosféricos;
d) entre os componentes bióticos, desconsidera-se a açãoantrópica, privilegiando-se os reflexos da fauna e da florano espaço.
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(MACK) Num futuro muito próximo, qualquer sistemaeconômico terá que se submeter, mais e mais, aexigências dinâmicas da natureza, esta entendida nãocomo o mico-leão, o tatu-bola ou a orquídea selvagemem extinção, mas como a utilização dos recursos naturaispara fins produtivos e com métodos não predatórios.Falar hoje em ecologia, portanto, é pensar em atuaçõeseconômicas e empresariais. H. Johr - O Verde é Negócio.Uma tradicional atividade agrícola no Brasil preserva avegetação nativa como aliada no processo produtivo.Trata-se da:
a) cultura da cana, que preservou a vegetação nativa usadaprincipalmente como anteparo para os ventos;
b) cultura do cacau no sul da Bahia, que preservou avegetação nativa, utilizada como sombreamento dasplantações;
c) cultura da laranja, principalmente no estado de São Paulo,onde trechos da Mata Atlântica foram preservados paradiminuir o ataque de pragas;
d) atividade madeireira no Sul do Brasil, que se abastece deespécies da Mata da Araucária, extraídas de forma seletiva;
e) cafeicultura, que conservou largos trechos da Mata Tropicalno Planalto Paulista, como forma de diminuir o risco degeadas.
(PUC-PR) “Cada rio possui características próprias ecomplexas, que resultam não apenas da combinação dosvários aspectos geográficos da área ou região atravessadacomo o clima, o relevo, a natureza do solo, a coberturavegetal como também da ação antrópica (do homem) eoutros.”ADADADADADASASASASAS, Melhem. ADADADADADASASASASAS, Sérgio. Panorama Geográficodo Brasil. São Paulo: Moderna, 1999.A partir do texto, podemos afirmar, sobre os riosbrasileiros, que:
I- são predominantemente de regime pluvial tropical, emque as cheias ocorrem na estação chuvosa, geralmentenos meses de verão - de dezembro a março - como nocaso do Paraíba do Sul.
II- oferecem um grande potencial hidrelétrico, em parteutilizado, como no caso dos rios de planalto que fazemparte da bacia hidrográfica do São Francisco.
III- são subaproveitados como meio de transporte, poisapenas uma pequena parte do deslocamento de cargas,no país, é feita por meio de hidrovias, como em algunstrechos da bacia do Paraná.
IV- ao serem represados, causam, muitas vezes, impactosambientais e sociais, pois os moradores dos povoadosdas áreas inundadas são transferidos para outros locais eperdem suas identidades espaciais. Um exemplo é ocaso da Usina de Sobradinho.Estão corretas as afirmativas:
a) I e II;b) II e III;c) I, III e IV;d) II, III e IV;e) I, II, III e IV.
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1. (PUC-RIO) Um rio, dependendo do seu débito eda velocidade do escoamento de suas águas, desgasta,transporta e deposita partículas sólidas.No momento em que o rio chega ao nível do mar oudesemboca em outro rio, isto é, atinge o seu nível debase, sua capacidade de transportar material sólido:
a) é igual a zero;b) aumenta para jusante;c) é maior que na nascente;d) mantém-se constante;e) tende a aumentar.
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aUrbanização ContemporâneaUrbanização ContemporâneaUrbanização ContemporâneaUrbanização ContemporâneaUrbanização Contemporânea
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“A fome não é um fenômeno natural e sim um produtoartificial de conjunturas econômicas defeituosas: umproduto da criação humana e, portanto, capaz de sereliminado pela vontade política da sociedade”.
(Josué de Castro, O Livro Negro da FomeO Livro Negro da FomeO Livro Negro da FomeO Livro Negro da FomeO Livro Negro da Fome, p. 26).
A POPULAÇÃO MUNDIAL
Os demógrafos calculam que no ano zero da eraCristã o número de habitantes do planeta era de 250milhões. A cifra de 500 milhões de habitantes foi atingidaem 1650; porém de 1 bilhão, já em 1850; e de 2,5 bilhões,no ano de 1950. Em 1990 a população da Terra pulou para5,2 bilhões de habitantes. Segundo estudos de especialistasem 2000, ultrapassou a cifra de 6 bilhões.
Como acabamos de ver, o ritmo de crescimentodemográfico intensificou-se, principalmente, depois daRevolução Industrial. Esse crescimento demográfico,contudo, não é válido para todos os países da Terra. Emgeral, é bem maior em áreas de fraca industrialização e grandepopulação rural e menor nas áreas bastante industrializadase de grande população urbana.
Carnaval em Salvador: aglomeração humana.Carnaval em Salvador: aglomeração humana.Carnaval em Salvador: aglomeração humana.Carnaval em Salvador: aglomeração humana.Carnaval em Salvador: aglomeração humana.
Estaríamos nos aproximando de uma catástrofe dedimensão mundial em virtude da chamada “explosãodemográfica” ou o crescimento demográfico é um fator deprogresso econômico? Esses questionamentos tão opostosinterrogam a sociedade de nossa época, obrigando-nos aperguntar: e o futuro da humanidade?
Vamos fazer uma exposição objetiva do ponto emque se encontra a questão, evitando polemizar, para não terque tomar posição frente aos fatos. Porém, nem por issovamos deixar de citar as várias teorias políticas que, baseadas
ou não em fatos reais, pretendem solucionar um problematão importante como esse. Vamos procurar não cair noderrotismo, porque temos confiança no poder criador dasociedade para superar o problema da explosãodemográfica.
Manifestação PManifestação PManifestação PManifestação PManifestação Popularopularopularopularopular.....O Crescimentoda População
D u r a n t emilhares de anos apopulação do mundocresceu lentamente.Embora o número defilhos por família fosseelevado, a morteceifava a vida dascrianças numa veloci-dade assustadora,tornando baixíssima aesperança de vida, ouseja, a possibilidadede sobrevivência,tornando quase ummilagre para nossosantepassados sobre-viver.
Mas o progres-so da medicina, iniciado em alguns países há pouco mais200 anos, acarretou a queda da mortalidade. Desde então,a luta contra a morte, ou pelo prolongamento da vida, obtevegrandes êxitos e, estendeu-se por todo o planeta. Dessamaneira se explica que as gerações mais recentes,principalmente depois da Segunda Guerra Mundial, nãosofram intensamente, mesmo nos países mais pobres, como flagelo da morte, como há 300 anos, fazendo com queseus efetivos populacionais cresçam de forma acelerada.Sendo assim, nossa época caracteriza-se por elevadocrescimento populacional.
Devemos lembrar ainda que a população de um paíscresce através de dois processos: a diferença entre o a diferença entre o a diferença entre o a diferença entre o a diferença entre onúmero de pessoas que saíramnúmero de pessoas que saíramnúmero de pessoas que saíramnúmero de pessoas que saíramnúmero de pessoas que saíram (emigrantes) e quee quee quee quee queentraramentraramentraramentraramentraram (imigrantes) e a diferença entre mortes ediferença entre mortes ediferença entre mortes ediferença entre mortes ediferença entre mortes enasc imentos.nasc imentos.nasc imentos.nasc imentos.nasc imentos. As migrações internacionais sãorelativamente pequenas hoje em dia – exceto por guerras
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ou problemas políticos (Ruanda e Iraque, por exemplo). Oprocesso que conta é a relação entre mortes e nascimentos,a diferença entre taxas (ou índices) de mortalidade enatalidade, que é denominado de crescimento naturalcrescimento naturalcrescimento naturalcrescimento naturalcrescimento naturalou crescimento vegetativocrescimento vegetativocrescimento vegetativocrescimento vegetativocrescimento vegetativo.
A Revolução Industrial, como já comentamos,ocasionou um declínio nos índices de mortalidade. Essedeclínio teve início na Europa no final do século XVIII edepois, com diferenças de ritmo e de período, propagou-se praticamente para todo o mundo. No século passadoessa queda na mortalidade resumia-se aos países líderes daRevolução Industrial, mas neste século, especialmente apósa Segunda Guerra Mundial, também vem ocorrendo nospaíses subdesenvolvidos.
É preciso lembrar que durante grande parte da históriada humanidade existiu um equilíbrio entre as taxas denatalidade e mortalidade. Ou seja, para cada grupo de milhabitantes, em média nasciam cerca de 40 a 45 crianças emorriam cerca de 35 a 40 pessoas. Isso produzia umcrescimento natural pequeno e estável, de mais ou menos5 % , ou 0,5 % ao ano. Por isso que o ritmo de crescimentoda população era em geral muito lento até o início daRevolução Industrial. O declínio dos índices de mortesocasionou um desequilíbrio entre a natalidade (que semanteve durante algum tempo estável) e a mortalidade (quediminuiu rapidamente). Isso explica a aceleração demográficada população mundial a partir do final do século XVIII.
As mudanças ocorridas pela industrialização eurbanização explicam essa queda na mortalidade. Com aurbanização, as populações se concentraram nas cidades,num espaço reduzido, tornando mais fácil o alcance dosserviços públicos de saneamento básico (água tratada,esgoto, coleta de lixo, etc.) bem como dos serviços dasaúde pública, como vacinação em massa.
POPULAÇÃO ABSOLUTA E POPULAÇÃO
RELATIVA
PPPPPopulação absolutaopulação absolutaopulação absolutaopulação absolutaopulação absoluta é o número total de habitantesde uma região ou país. Os países mais populosos da Terrasão:
PAÍSES MAIS POPULOSOS DO MUNDO(Milhões de hab. 2002)
1- China 1.3502- Índia 1.0703- EUA 2854- Indonésia 2105- Brasil 170Fonte: ONU 2003.
PPPPPopulação relativaopulação relativaopulação relativaopulação relativaopulação relativa é o número médio de habitantespor quilômetro quadrado. São considerados como paísesde maior densidade demográfica (ou população relativa):
PAÍSES MAIS POVOADOS DO MUNDO(Mil hab/Km2 2002)
1- Mônaco 16.4002- Singapura 4.7503- Bangladesh 8404- Formosa 6605- Holanda 3606- Japão 330Fonte: ONU 2003.
GEOGRAFIA URBANA
Fatores de Localização das Cidades
Necessidade de defesa como por exemplo Fortaleza.Trocas comerciais, como por exemplo Santos,
Campina Grande.Riquezas minerais, como por exemplo Ouro Preto.Político-administrativas, como por exemplo Brasília e
Canberra.
ORIGENS E EVOLUÇÃO DAS CIDADES
Algumas cidades são naturaisnaturaisnaturaisnaturaisnaturais ou espontâneas,espontâneas,espontâneas,espontâneas,espontâneas,originando-se de povoados e vi las sem nenhumplanejamento. Outras cidades foram criadas, planejadas,como Brasília, onde o planejamento é uma realidade.Quando o crescimento das cidades é acelerado, podeocorrer a conurbaçãoconurbaçãoconurbaçãoconurbaçãoconurbação, isto é, quando duas cidades vizinhascrescem e se fundem. Foi o que aconteceu com São São São São SãoPPPPPaulo e Rio de Janeiroaulo e Rio de Janeiroaulo e Rio de Janeiroaulo e Rio de Janeiroaulo e Rio de Janeiro, consideradas MetrópolesMetrópolesMetrópolesMetrópolesMetrópolesNacionaisNacionaisNacionaisNacionaisNacionais, o que ocorre também com Curit ibaCurit ibaCurit ibaCurit ibaCurit iba,considerada Metrópole RegionalMetrópole RegionalMetrópole RegionalMetrópole RegionalMetrópole Regional. Se esse crescimentofor maior ainda podem aparecer as megalópoles,representadas pela estreita associação entre numerosascidades, dentro de uma área mais vasta. São Paulo e Rio deJaneiro tendem a transformar-se na primeira megalópolemegalópolemegalópolemegalópolemegalópolebrasi leirabrasi leirabrasi leirabrasi leirabrasi leira.
REGIÕES METROPOLITANAS BRASILEIRASRegiões Número de População
municípiosBelo Horizonte 20 4.331.180Belém 2 1.815.812Curitiba 24 2.905.505Fortaleza 9 2.974.915Porto Alegre 23 3.655.072Rio de Janeiro 17 10.871.960Recife 13 3.331.552São Paulo 39 17.833.511Salvador 10 3.018.326Fonte: Anuário estatístico do IBGE 2002.
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MAIORES CONURBAÇÕES DO PLANETA
AGLOMERADOS URBANOS
1- Tóquio 272- São Paulo 193- Nova Iorque 174- Cidade do México 165- Bombaim 156- Xangai 14Fonte: ONU 2000.
PROJEÇÕES PARA O ANO 20151- Tóquio 292- Bombaim 283- Lagos 254- Xangai 245- Jacarta 226- São Paulo 21Fonte: ONU 2002.
BoswashBoswashBoswashBoswashBoswash
Contraindo opinião já consagrada, alguns autoresjulgam muito difícil a configuração desta megalópole. ParaHans Blumenfeld “ cada área metropolitana desse eixopermanece fortemente orientada para seu próprio centro,
e diversas regiões metropolitanas são preparadas porgrandes áreas. A conurbação só poderá ocorrer quando ascristas das ondas de dois centros em expansão sesobrepõem e, com exceção de Washington e Baltimor,isso não é provável que aconteça em nenhuma parte dosEstados Unidos durante este século.
Fonte: Hans BlumenfeldBlumenfeldBlumenfeldBlumenfeldBlumenfeld. A metrópole ModernaA metrópole ModernaA metrópole ModernaA metrópole ModernaA metrópole Moderna,in: Cidades: a urbanização da Humanidade, Rio de janeiro,Zahar, 1987.
FUNÇÕES URBANAS
Administrativas, Administrativas, Administrativas, Administrativas, Administrativas, como Brasília, Washington.Comerciais Comerciais Comerciais Comerciais Comerciais ou feirasfeirasfeirasfeirasfeiras, como Santos, Campina Grande.Industriais Industriais Industriais Industriais Industriais como Detroit e São Bernardo do Campo.UniversitáriasUniversitáriasUniversitáriasUniversitáriasUniversitárias, como Oxford e Cambridge.ReligiosasReligiosasReligiosasReligiosasReligiosas, como Roma, Meca e Benares.Estações de SaúdeEstações de SaúdeEstações de SaúdeEstações de SaúdeEstações de Saúde , como Campos do Jordão,Caxambu.TTTTTurísticasurísticasurísticasurísticasurísticas, como Mônaco, Foz do Iguaçu.
“Só pessoas infantis imaginam que o mundo é o que“Só pessoas infantis imaginam que o mundo é o que“Só pessoas infantis imaginam que o mundo é o que“Só pessoas infantis imaginam que o mundo é o que“Só pessoas infantis imaginam que o mundo é o quepensamos que ele é.”pensamos que ele é.”pensamos que ele é.”pensamos que ele é.”pensamos que ele é.”
C. G. Jung, Psicologia Analítica.C. G. Jung, Psicologia Analítica.C. G. Jung, Psicologia Analítica.C. G. Jung, Psicologia Analítica.C. G. Jung, Psicologia Analítica.
Com o papel que a informação e a comunicaçãoalcançaram em todos os aspectos da vida social, o cotidianode todas as pessoas assim se enriquece de novasdimensões. Entre estas, ganha relevo a sua dimensãoespacial, ao mesmo tempo em que esse cotidianoenriquecido se impõe como uma espécie de quintadimensão do espaço banal, o espaço dos geógrafos.
Através do entendimento desse conteúdo geográficodo cotidiano poderemos, talvez, contribuir para onecessário entendimento dessa relação entre espaço emovimentos sociais, enxergando na materialidade, essecomponente imprescindível do espaço geográfico, que é,ao mesmo tempo, uma condição para a ação; umaestrutura de controle, um limite à ação; um convite à ação.Nada fazemos hoje que não seja a partir dos objetos quenos cercam.
O espaço inclui, pois, essa “conexão materialísticade um homem com o outro” de que falam Marx e Engelsna Ideologia AlemãIdeologia AlemãIdeologia AlemãIdeologia AlemãIdeologia Alemã (1947, pp.18-19), conexão que“está sempre tomando novas formas”. A forma atual,conforme já vimos, supõe informação para o seu uso eela própria constitui informação, graças à intencionalidadede sua produção. Como hoje nada fazemos sem essesobjetos que nos cercam, tudo o que fazemos produzinformação.
A localidade se opõe à globalidade, mas também seconfunde com ela. O Mundo, todavia, é nosso estranho.Entretanto se, pela sua essência, ele pode esconder-se,não pode fazê-lo pela sua existência, que se dá nos lugares.No lugar, nosso Próximo, se superpõem, dialeticamente,o eixo das sucessões, que transmite os tempos externosdas escalas superiores e o eixo dos tempos internos, queé o eixo das coexistências, onde tudo se funde, enlaçando,definitivamente, as noções e as realidades de espaço e detempo.
No lugar - um cotidiano compartilhado entre as maisdiversas pessoas, firmas e instituições - cooperação econflito são a base da vida em comum. Porque cada qualexerce uma ação própria, a vida social se individualiza; eporque a contigüidade é criadora de comunhão, a políticase territorializa, com o confronto entre organização eespontaneidade. O lugar é o quadro de uma referênciapragmática ao mundo, do qual lhe vêm solicitações eordens precisas de ações condicionadas, mas é também oteatro insubstituível das paixões humanas, responsáveis,através da ação comunicativa, pelas mais diversasmanifestações da espontaneidade e da criatividade.
(Adaptado do livro: “A natureza do espaço” MiltonSantos, Hucitec, São Paulo, 1996)
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Julgue as opções abaixo e assinale (C) Certo e (E) Errado.
Assinale o que for correto sobre as migrações internas,no Brasil.
(CCCCC) A recente onda de industrialização no eixo Minas-Bahia,abrangendo a zona de colonização agrária do TriânguloMineiro, vem atraindo, sobretudo, contingentes po-pulacionais das zonas estagnadas do Sudeste e do Sul,como o vale do Ribeira e o norte do Paraná.
(EEEEE) A mecanização agrícola, o predomínio dos cultivos desubsistência, de baixo valor de mercado, e o processode concentração de terras, com progressivo aumentono número dos minifúndios e das pequenaspropriedades, são fatores que explicam o êxodo ruralno Brasil.
(CCCCC) O ciclo da borracha, iniciado no século XIX e encerradono início do século XX, na Amazônia, atraiu muitosmigrantes provenientes do Nordeste do Brasil.
(CCCCC) O ciclo do café, com destaque nos estados de São Pauloe Paraná, atraiu migrantes provenientes de zonas deevasão populacional no próprio país, além de imigranteseuropeus.
(CCCCC) A partir dos anos 70, os projetos de colonizaçãodesenvolvidos pelo governo brasileiro nas regiões Nortee Centro-Oeste atraíram muitos migrantes do Nordeste,
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do Sul e também do Sudeste. A construção dehidrelétricas, os garimpos e mesmo os projetos deocupação agrária foram atividades que exerceram forteatração populacional para as novas fronteiras de ocupação.
(EEEEE) O êxodo urbano é uma tendência atual, resultante dodesemprego presente nas grandes metrópoles brasileiras.Nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, porexemplo, o esvaziamento das capitais contrapõe-se aocrescimento da população rural nos municípios do interior.No Paraná, essa tendência é fruto, também, de umapolítica de descentralização das atividades na regiãometropolitana de Curitiba.
Explique a frase a seguir.“O Brasil apresenta uma atividade industrial comcaracterísticas de país desenvolvido e subdesenvolvido aomesmo tempo”.
RespostaDentre os fatos citados a seguir, ocorreram em muitoslugares espalhados pelo território brasileiro muitasconcentrações industriais, como exemplo, aconcentração de indústrias de base em Minas Gerais oude bens de consumo em São Paulo.
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0 10 10 10 10 1 No Brasil, a concentração industrial e financeira crioucentros de produção e gestão financeira cuja conseqüênciaimediata foi uma concentração metropolitana, que selocaliza:
( ) no sudoeste, com os principais centros em. BeloHorizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.
( ) no nordeste, principalmente nos centros de Fortaleza edo vale do rio São Francisco;
( ) no sul, com os principais centros em Porto Alegre, Curitibae Florianópolis;
( ) no sudeste ainda, com os principais centros no vale dorio Paraíba do Sul, Triângulo Mineiro e em Belo Horizonte.
02-02-02-02-02- Assinale o que for correto sobre a questão urbana noBrasil, recorrendo à tabela, quando solicitado.
BRASIL: TAXA DE URBANIZAÇÃO POR REGIÕES (%)
( ) As regiões metropolitanas de Belo Horizonte, São Pauloe Rio de Janeiro constituem, no seu conjunto, um eixode significativa produção e circulação de mercadorias,idéias, pessoas e capital.
( ) As regiões metropolitanas englobam um conjunto demunicípios contíguos e integrados socioeconomicamente,tendo uma ou mais cidades centralizadoras das atividades.
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Podemos citar como exemplo Contagem, Betim e Ibiriténa grande Belo Horizonte.
( ) A multiplicação ou a ampliação das favelas, a insuficiênciade transporte coletivo urbano e a deficiência desaneamento básico são problemas encontrados nasgrandes cidades brasileiras.
( ) O processo de urbanização brasileiro não foi umadecorrência direta da industrialização do País, mas sim doêxodo rural. Como a economia urbano-industrial nãoabsorveu toda a mão-de-obra que afluiu à cidade, houveuma multiplicação das formas de subemprego, com umsetor terciário hipertrofiado.
( ) Observando-se a tabela anterior, conclui-se que apenasas regiões Sul e Sudeste registraram porcentagens depopulação urbana superiores à média brasileira em 1995.
( ) Observando a tabela anterior, conclui-se que, em 1950,o Centro-Oeste era a região com menor taxa deurbanização. Vinte anos depois, era a segunda região maisurbanizada do Brasil.
Sobre o processo de urbanização e o crescimento dascidades, assinale o que for correto.
01) No período colonial, muitas cidades brasileiras cresceramem população, como foi o caso, por exemplo, deSalvador e do Rio de Janeiro. Contudo, não se pode falarem processo acelerado de urbanização nessa época, umavez que não se verificava, para o conjunto do País, atransferência das populações rurais para a cidade.
02) A criação de áreas metropolitanas tem por objetivosubdividir, em setores, a malha urbana das cidades muitopopulosas, visando a um melhor gerenciamento dasatividades públicas. As cidades de São Paulo e do Rio deJaneiro são exemplos de áreas metropolitanas,apresentando, internamente, diferentes unidadesadministrativas de planejamento urbano.
04) Nas cidades brasileiras, muitos conjuntos habitacionaisforam construídos para abrigar a população que vivia emfavelas. Mas, como essa população de baixa rendaencontra, geralmente, dificuldade para pagar as prestações,a inadimplência pode levar à perda do imóvel. Com otempo, essas casas populares acabam em mãos dapopulação de classe média, persistindo as favelas, ondese amontoam os mais pobres.
08) As invasões ou ocupações urbanas consistem em gruposde sem–terra que migram para as metrópoles, invadindo,preferencialmente, grandes edificações que sediamórgãos públicos.
16) No processo desordenado de expansão urbana do Brasil,é comum a existência de vazios urbanos próximos aocentro da cidade à espera de valorização, enquanto naszonas mais distantes, com pouca ou nenhuma infra–estrutura, são criados loteamentos ou conjuntoshabitacionais do tipo popular. Essa é uma forma deespeculação imobiliária.
32) Conurbação é o processo de ligação física de duas oumais cidades próximas, em conseqüência do crescimentodas mesmas.
Leia o texto abaixo:“Nos primeiros 450 anos de história européia do Brasil, opovoamento e a urbanização foram praticamentelitorâneos. Hoje o Brasil é um país urbanizado, com umataxa de __I__ superior a 75% e diversos níveis e tipos decidades. Com a difusão do fenômeno urbano em todas asregiões, pode-se falar, desde os anos 70, em ___II__ .Multiplica-se o número de __III__, onde a populaçãoencontra resposta às suas demandas primárias de consumomaterial e imaterial. Criam-se numerosas __IV__ emtodos os estados, interiorizando seletivamente elementosmais sofisticados da vida contemporânea. Ao mesmotempo, o processo de __V__ não é mais limitado aoSudeste”.
Milton Santos
Marque a alternativa que preencha CORRETCORRETCORRETCORRETCORRETAMENTEAMENTEAMENTEAMENTEAMENTEas lacunas:
a) I: urbanização; II: urbanização do território; III: cidadeslocais; IV: cidades médias: V: metropolização;
b) I: crescimento econômico; II: ampliação do território; III:distritos; IV: metrópoles; V: periferização;
c) I: municipalização; II: suburbanização; III: cidades locais;IV: cidades satélites; V: urbanização;
d) I: urbanização; II: metropolização; III: cidades médias; IV:cidades locais; V: urbanização do território.
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Analise a tabela:
Sobre a análise dos dados é correto afirmar que, EXCETOEXCETOEXCETOEXCETOEXCETO:
a) a ampliação da parcela de adultos tem efeitos socioeconômicos positivos, em função da diminuição do peso proporcionaldos gastos destinados à população não-ativa;
b) a parcela de jovens é mais elevada justamente nas regiões geográficas e camadas sociais carentes que registram crescimentovegetativo superior à média;
c) o aumento da expectativa de vida da população resultou na ampliação da parcela em idade potencialmente ativa e dos idosos,com redução da participação dos jovens;
d) o aumento da mortalidade infantil explica a queda do número de jovens, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
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“Como as situações se alteram rápida, repentinamente ede forma inesperada, o território, sobretudo nas áreasmais afetadas pela modernidade globalizadora, torna-seinstável, nervoso e, também, ingovernável. As crisesterritoriais revelam, brutalmente, as crises(...) daeconomia, da sociedade e da política. O caso brasileiroilustra de forma explícita essa entrega ao privado daregulação dos usos do território, sobretudo naquelas suasfatias, pontos e articulações essenciais. (...) Impõe-se defora do país o que deve ser a produção, a circulação e adistribuição (...)”
(SANTOS, Milton. Folha de S. Paulo, 08/08/99.)Um aspecto relativo ao Brasil que interfere na organizaçãoespacial e que melhor sintetiza as idéias centrais do textotem relação com:
a) a organização social, que promove a distribuição igualitáriado emprego e do poder;
b) o interesse nacional, que estimula o controle dasempresas públicas e privadas;
c) a divisão internacional do trabalho, que comanda ascondições de produção e exportação;
d) a crise financeira, que impõe a privatização dos setoresde transporte e de comunicação.
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Fonte: Fonte: Fonte: Fonte: Fonte: Atlas Nacional do Brasil. 3a ed. IBGE, 2000, p.79
Afirma-se, após análise das informações fornecidas pelográfico:
I. A tendência recente é de estabilidade nas taxas demortalidade e natalidade brasileiras, em um patamarinferior ao período que antecedeu a Segunda GuerraMundial.
II. A partir da década de 70, observa-se uma sensível quedada taxa de natalidade, porém, a taxa de mortalidade revelaum sentido oposto.
III. A mortalidade registra declínio consistente a partir dadécada de 30, ao passo que a natalidade só declina demodo mais expressivo a partir dos anos 60.
Evolução da população brasileira - 1881 / 2000(por mil)
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Taxa deNatalidade
Taxa deMortalidade
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IV. As taxas de mortalidade e de natalidade só apresentaramcrescimento significativo a partir dos anos 50.As afirmativas que estão corretas são as indicadas por:
a) I e II
b) I e IIIc) II e IIId) II e IVe) III e IV
(CEFET-PR) Observe as informações, divulgadas porocasião do Dia das Mães:Uma pesquisa governamental divulgada em março-97,na Inglaterra, mostra que 20% das mulheres dizem nãoquerer ter filho.Na Suécia, o governo oferece incentivos para estimular amaternidade, como 15 meses de licença no trabalhocom remuneração de 75% do salário para a mãe e acriança ganha cerca de US$ 90 por mês até completar16 anos.(Folha de São Paulo, 11/05/00 - Encarte especial sobre oDia das Mães).
Com base nas informações acima podemos concluirque :
a) Os países europeus estão atualmente com uma políticade incentivo à entrada de migrantes das ex-colôniasafricanas e asiáticas, para suprir a falta de mão-de-obrajovem, levando os planejadores e demógrafos arepensarem a atual estrutura de emprego, de criação denovas vagas nas escolas e habitações.
b) Observamos nos últimos cinco anos um grandeincremento na natalidade da Suécia, que sai de uma situaçãode crescimento estável de população para umcrescimento explosivo de população, afetando emdemasia os serviços de assistência à infância e tambémos serviços de assistência aos idosos. Não havia tantasexpectativas de que os incentivos à natalidade fossemincorporados pelas mulheres.
c) Os problemas demográficos da Europa já foramresolvidos com apoio e incentivo à natalidade aos jovenscasais e treinamento para os ex-europeus orientais, nosentido de qualificar e suprir a falta de mão-de-obra,portanto a política de “fora estrangeiros” já faz parte dopassado.
d) As informações acima são contraditórias pois, se 20%das mulheres não querem ter filhos, num período de100 anos não haveria mais nascimentos e o paísdesapareceria enquanto unidade política e não justificandouma política de incentivo à natalidade.
e) Se as atuais tendências de crescimento persistirem, omercado europeu de 320 milhões de habitantes atingiráo seu ponto culminante no ano 2000 e cairá para menosde 300 milhões de habitantes até o ano 2100,provocando o fechamento de escolas, a escassez detrabalho qualificado e maiores investimentos à populaçãocom mais de 65 anos.
(CEFET-PR) Observe os gráficos:
Após observar os gráficos referentes ao crescimentodemográfico, podemos concluir que:
a) em meados do século XXI, a população mundial terácrescimento zero, ou seja, os índices de natalidade emortalidade serão equivalentes;
b) os índices de mortalidade continuam em ascensão oque provoca um crescimento explosivo;
c) os dados são hipotéticos e não podem ser consideradospara a projeção futura do crescimento de população,uma vez que as guerras aumentam os índices demortalidade e modificariam os gráficos;
d) o crescimento da população mundial será explosivo pois,se calcularmos o crescimento vegetativo, veremos queos índices de natalidade superam os de mortalidade;
e) o crescimento da população mundial será negativo nopróximo século pois as taxas de mortalidade serãomaiores que as taxas de natalidade.
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(PUC-SP) Inúmeras mulheres brasileiras estão optandopor não terem filhos e justificam dizendo que o amormaterno é inteiramente cultural e varia segundo os lugarese a época.Esta informação demonstra uma mudança nocomportamento reprodutivo e que refletirá nas taxas denatalidade. Assim podemos considerar que:
I) A taxa de fecundidade das mulheres brasileiras está caindo,pois, em 1970, era de 5,8 filhos por mulher e em 2000passou para 2,4.
II) As informações acima já demonstram que o Brasil temuma perspectiva de crescimento estável de população eque a população considerada como velha (com mais de65 anos) está aumentando, revelando uma maiorlongevidade de vida do brasileiro.
III) Não querer ser mãe é fruto da vida urbana onde asmulheres têm acesso à escolarização e às informaçõessobre diferentes métodos contraceptivos e projeta-sena redução das taxas de natalidade, pois, no Brasil, 78%da população é urbana.Sobre as informações acima assinale a opção correta:
a) Se somente a informação I estiver correta.b) Se as informações I e II estiverem corretas.c) Se as informações I, II e III estiverem corretas.d) Se somente as informações I e III estiverem corretas.e) Se somente as informações II e III estiverem corretas.
(UFSC) Observando a forma das figuras abaixo, querefletem, esquematicamente, a pirâmide etária brasileiranos anos de 1940 e 1996, e uma projeção para o ano2020, é possível afirmar:
01 Em 1996, a população de idosos sofreu uma nítidadiminuição quando comparada à de 1940, trazendo comoconseqüência a redução dos problemas da PrevidênciaSocial brasileira.
02 O topo da pirâmide etária de 1996 é mais largo do queo da pirâmide de 1940 em decorrência da predominânciada população masculina.
04 A configuração da pirâmide etária de 1996 indica que apopulação brasileira envelheceu.
08 Os países desenvolvidos têm, em geral, uma pirâmideetária cujo formato se aproxima ao da pirâmide brasileirade 1940.
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16 Pela configuração da pirâmide etária de 1996 e da projeçãopara 2020 é possível inferir encargos econômicos edisponibilidade de mão-de-obra, favorecendo umplanejamento governamental mais consistente.
32 A configuração de todas as pirâmides apresentadas na figuraé típica de países subdesenvolvidos.
(UFRN) No Brasil, a divisão territorial do trabalho, frutodo crescimento da economia industrial, foi responsável,entre outras coisas, pelo(a):
a) dependência gradativa do campo em relação à cidade;b) restrição das desigualdades regionais;c) crescimento da exportação de bens de consumo;d) elevação da taxa de crescimento vegetativo.
(UFRN) Identifique a opção em que a situação do bóia-fria está mais bem caracterizada.
a) parceiro temporário e com participação indireta nosrendimentos da produção;
b) assalariado permanente e residente fora do local detrabalho;
c) trabalhador temporário, sem vínculo empregatício eremunerado por sua produtividade;
d) trabalhador sazonal, residente na propriedade e comparticipação nos lucros da colheita.
(UFF) Apesar da permanência dos latifúndios e da pobrezade imensas parcelas da população rural, o espaço agráriobrasileiro vem experimentando transformaçõesimportantes. Isto pode ser constatado ao se observar:
a) a presença de grandes empresas industriais que atuamtanto na produção de bens agrícolas, como noprocessamento e financiamento de insumos para aagricultura;
b) a homogeneização dos processos produtivos, graças aosincentivos fiscais concedidos pelo Estado ao conjuntodas propriedades rurais;
c) a extensão prioritária da difusão de técnicas modernas ecréditos bancários às médias e pequenas propriedadesdedicadas à cultura de produtos destinados à exportação;
d) a substituição do modelo agroexportador pelo modelode sustentabilidade do mercado interno, em função dapolítica agrícola do governo federal;
e) o desenvolvimento da agroecologia em áreas degradadaspelo uso de monoculturas de exportação e pela práticada pecuária intensiva.
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“Quando você for convidado pra subir no adro/Dafundação Casa de Jorge Amado/ Pra ver do alto a filade soldados, quase todos pretos/ Dando porrada nanuca de malandros pretos/ De ladrões mulatos e outrosquase brancos/ Tratados como pretos/ Só pra mostraraos outros quase pretos/(Que são quase todospretos)/ Como é que pretos pobres e mulatos/ Equase brancos, quase pretos de tão pobres sãotratados...../ Ninguém, ninguém é cidadão/Se você forver a festa do Pelô, e se você não for / Pense no Haiti,reze pelo Haiti/ O Haiti é aqui, o Haiti não é aqui.../ “ (Gilberto Gil e Caetano Veloso - Haiti)
A texto acima demonstra que:
a) Brasil e Haiti, apesar de localizados geograficamenteem latitudes e longitudes diferentes, têm muitosaspectos semelhantes à realidade social, principalmenteno que tange às diferenças de distribuição de renda equalidade de vida;
b) o critério de regionalização dos países do Norte e doSul, tendo como divisor a fronteira econômica e social,não se aplica aqui, pois o Haiti está localizado nohemisfério Norte e o Brasil, em sua quase totalidade,no hemisfério Sul;
c) há uma referência à cidade de Salvador, uma dasprimeiras do Brasil, ao casario colonial do Pelourinho eàs festas baianas, que culturalmente tem muitassemelhanças com o processo de colonização do Haitie que foi uma colônia inglesa nos trópicos.
d) “O Haiti não é aqui” chama a atenção para a exatalocalização do Haiti , a aproximadamente 20o LatitudeNorte, no mapa-múndi e que geograficamente temmuitas diferenças climáticas quando comparado com oBrasil;
e) refere-se à miscigenação racial e étnica que ocorreu naAmérica Latina em decorrência do processo decolonização branca, da escravidão dos negros eexploração da população indígena, mas que o critériode nuances de cor não retrata uma situação demarginalização social.
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“A geografia, contrariamente ao que se ensina na escola, não é, por um lado, a geografia física e, por outro, ageografia humana. Trata-se de uma coisa só. Toda paisagem é, antes de qualquer coisa, uma paisagem de civilização. A idéiade que a natureza vem antes e a civilização depois é uma ilusão. O prioritário, do ponto de vista do geógrafo, não é o físico,mas a civilização, ou seja, o conjunto de técnicas de produção e de utilização dos recursos. (...) Na descoberta de que ascondições naturais não são determinantes. O subdesenvolvimento da África não é decorrente da natureza africana, porémde uma insuficiência da civilização africana. O defeito da geografia do passado foi considerar que primeiro se devia estudara geografia física e depois a humana. Isso não corresponde a uma verdade. É preciso primeiro estudar a civilização, astécnicas de produção e as de uso dos recursos. A geografia física a gente examina depois”.
Gourou, Pierre. O descompasso dos trópicos. Folha de São Paulo, 31 maio. 1998, MAIS, caderno 5, p.11
Um mundo heterogêneo: países capital istasdesenvolvidos, países socialistas industrializados, TerceiroMundo.
Nesta aula, vamos aprender que as mudanças napaisagem constituem um tema importante de pesquisa parao geógrafo. Vamos verificar que o principal motor demotor demotor demotor demotor detransformaçãotransformaçãotransformaçãotransformaçãotransformação do espaço geográfico na atualidade é suaestrutura socioeconômicaestrutura socioeconômicaestrutura socioeconômicaestrutura socioeconômicaestrutura socioeconômica, já que o processo dedededededesenvolv imento das forças produt ivasdesenvolv imento das forças produt ivasdesenvolv imento das forças produt ivasdesenvolv imento das forças produt ivasdesenvolv imento das forças produt ivas impl icaalterações nas relações de produçãorelações de produçãorelações de produçãorelações de produçãorelações de produção entre os homense também entre sociedade e natureza.
Qual o significado de desenvolvimento da ciência e datecnologia sobre as relações sociais entre os homens? Quaisas implicações dessas mudanças sobre as condições domeio natural e sobre a organização do espaço geográfico,no mundo contemporâneo?
Como estudamos em aulas anteriores, o períodohistórico atual é marcado por profundas transformaçõescientíficas e tecnológicas que, para alguns, significa umaverdadeira Terceira Revolução Industrial. A velocidade dasmudanças, que comprime tempo e espaço, está alterandoprofundamente as relações entre os homens e entre asociedade e a natureza, implicando a busca de novos
caminhos para garantir os objetivos maiores de igualdadesocial e sustentabilidade ambiental. A Geografia tambémestá presente nessa busca de alternativas, e sua contribuiçãoé muito importante para decifrar como o desenvolvimentotecnológico altera radicalmente as condições do meio natural.
Pensar o desenvolvimento socioeconômicodesenvolvimento socioeconômicodesenvolvimento socioeconômicodesenvolvimento socioeconômicodesenvolvimento socioeconômicosignifica compreender como as sociedades humanassociedades humanassociedades humanassociedades humanassociedades humanastransformam a si próprias ao modificarem suas relaçõescom a naturezanaturezanaturezanaturezanatureza.
O homem é essencialmente um animal social, isto é,não atua como um indivíduo isolado na produção dos bensmateriais necessários à sua subsistência. Para essasobrevivência, teve de estabelecer, primeiro, regras enormas entre os próprios seres humanos, de modo quepudesse trabalhar a natureza em seu proveito. A família, oclã, a tribo ou uma comunidade nacional é expressão degrupos sociais que se organizam para produzir bens e garantirsua reprodução enquanto sociedade organizada.
Hoje, a divisão social do trabalho é muito maiscomplexa, com centenas de profissões diferentes e maisoportunidades de trabalho para seus membros, emboraainda existam sociedades que obrigam seus membros, sejapor sexo, seja por idade, seja por etnia ou por casta, adesempenhar trabalhos subalternos e com remuneraçõesinferiores.
Carregadores de ca fé. PCarregadores de ca fé. PCarregadores de ca fé. PCarregadores de ca fé. PCarregadores de ca fé. Port inar ior t inar ior t inar ior t inar ior t inar i Robót ica : o f im do emprego?Robót ica : o f im do emprego?Robót ica : o f im do emprego?Robót ica : o f im do emprego?Robót ica : o f im do emprego?
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MEIOS DE PRODUÇÃO
Para retirar seu sustento e construir seu abrigo, osgrupos sociais atuam sobre a natureza, utilizandoinstrumentos e processos de trabalho que formam umconjunto a que chamamos de meios de produçãomeios de produçãomeios de produçãomeios de produçãomeios de produção. Oconjunto dos meios de produção à disposição dedeterminada sociedade corresponde a seu nível de evoluçãono conhecimento científico e tecnológico, mais atrasadoou mais avançado, a que podemos denominar de forçasforçasforçasforçasforçasprodutivasprodutivasprodutivasprodutivasprodutivas para o trabalho social. O conjunto dinâmicoformado pelas forças produtivas e pelas relações sociais deprodução define o que conhecemos como estruturasocioeconômica.
O grau de desenvolvimento das forças produtivassociais é fundamental para o relacionamento entresociedade e natureza. Tomemos um exemplo muitosimples: uma árvore. Para uma sociedade extrativista, quevive de caça, pesca e coleta, uma árvore pode ser fonte desombra, frutos, seiva e lenha. Para uma comunidade agrícola,que conhece o processo de carbonização da lenha e deconstrução com madeira, uma árvore pode ser, além do jácitado, uma fonte de carvão vegetal e matéria-prima para aconstrução do abrigo com seu mobiliário.
Dessa maneira, vimos como o meio natural tem suautilidade determinada pelo grau de desenvolvimento dasforças produtivas sociais, que evoluem no decorrer dahistória.
Entretanto, o ritmo desse desenvolvimento não édeterminado apenas pelo avanço da ciência e da tecnologia,mas também pelas relações sociais de produção. Exemplopode ser encontrado nas formas de produção e distribuiçãode energia. Sabe-se que o petróleo e seus derivadosconstituem matéria-prima para uma infinidade de produtos;que as reservas mundiais de petróleo são finitas; que acombustão incompleta dos combustíveis derivados dopetróleo é a grande responsável pela poluição nas grandescidades e pelo aquecimento global. No entanto, o poderdas grandes empresas mundiais de exploração, refino edistribuição de petróleo, bem como todos os demaissetores ligados ao sistema produtivo que se origina dele,ainda pesa muito e dificulta a adoção de novas fontes deenergia limpa e da generalização dos transportes de massa,como trens elétricos e metrôs.
Na realidade, a matriz energética, isto é, como sãocombinados os diversos recursos energéticos na produçãoe consumo social, ainda está centrada no petróleo e naenergia elétrica de origem térmica. Essas foram astecnologias desenvolvidas no final do século XIX e iníciodo século XX, graças à Segunda Revolução Industrial, que,por sua vez, havia alterado a matriz energética baseada nocarvão mineral, típica da Primeira Revolução Industrial. Dadaa grande importância que o petróleo ainda tem no mundoatual, muitos analistas duvidam da existência efetiva de umaTerceira Revolução Industrial, já que pouco mudou na matriz
energética, exceto a fissão nuclear, que apresenta maisproblemas a serem resolvidos do que soluções reais parao abastecimento de energia, embora alguns intelectuaisconsiderem a revolução tecnológica, da teleinformáticaassociada à reestruturação produtiva, como uma novarevolução industrial, ou seja, para eles já vivemos um TerceiraRevolução Industrial, nesse início de século XXI.
O CENTRO E A PERIFERIA
O sistema capitalista é constituído por vários paísescapitalistas que mantêm, entre si, relações políticas,econômicas e culturais. O grupo de países que iniciaram oprocesso de formação do sistema é denominado deavançados ou centrais, liderados hoje por EUA, Japão eAlemanha, entre outros, que dominam e atraem todos oselementos do sistema para eles, em virtude de seu poderioeconômico, financeiro, científico, tecnológico e militar.
Assim sendo, os países capitalistas subdesenvolvidos,como o Brasil, por exemplo, são denominados deperiféricos, ocupam a periferia do sistema e são atraídos oucorrem ao redor dos países centrais, em busca deempréstimos, ajudas financeiras e tecnológicas. Isso querdizer que os países subdesenvolvidos estão à margem dosistema capitalista, na condição de fornecedores dematérias-primas, de mercado consumidor, de mão-de-obrabarata, fornecedores de produtos industrializados das filiaisdas multinacionais. Para suprir a demanda dos países centrais,ficam alijados da riqueza gerada pelo sistema, com exceçãode um pequeno grupo de privilegiados, ou representantesdas empresas multinacionais. Enquanto o dinheiro édrenado para o centro do sistema, os periféricos seempobrecem cada vez mais.
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TTTTTabela dos 10 maiores P IBabela dos 10 maiores P IBabela dos 10 maiores P IBabela dos 10 maiores P IBabela dos 10 maiores P IB’s do mundo - 1999’s do mundo - 1999’s do mundo - 1999’s do mundo - 1999’s do mundo - 1999
Fonte: Fonte: Fonte: Fonte: Fonte: Banco Mundial, IDH, FMI, APEC, 2002.
DE GLOBALIZAÇÃO E DE BLOCOS
ECONÔMICOS
E para aqueles que acham que a “história acabou”com o fim do bloco soviético, da Guerra Fria, que apontavao triunfo universal dos valores do capitalismo e do livremercado como limiar de uma “nova” era e com a tão falada“Globalização” da economia (liberalização e integração domercado de vários países, sem taxação de impostos defronteiras, em alguns casos, através da criação de blocoseconômicos, por exemplo: NAFTA, MERCOSUL, UE, etc.,e com novas investidas dos países do centro do capitalismocomo: “Qualidade Total”, “terceirização” e “franquia”), mastodas essas estratégias foram pensadas para beneficiarquem?
⇒ Quem está tendo acesso aos bens produzidos pelospaíses integrantes desse mercado global?
⇒ Embora nos últimos anos bens de qualidade suspeitosvenham invadindo as lojas (1,99(1,99(1,99(1,99(1,99) com preços baixos,caracterizando uma “democratização” do consumo? Àmedida que as massas populares estão tendo acesso abens eletrônicos. Só que produtos vindo do TerceiroMundo, como Hong Kong, Singapura, Coréia do Sul,Tailândia, Formosa (Taiwan) e China, principalmente, mascom que qualidade, qual jornada de trabalho é impostaaos trabalhadores desses países e qual é o salário pago?O capitalismo conheceu, a partir da Revolução
Industrial, dois estágios fundamentais: o capitalismoconcorrencial ou de livre concorrência (até a primeirametade do século XlX) e o capitalismo monopolista (apósa segunda metade do século XlX).
A fase monopolista é caracterizada por excessivacentralização e concentração do poder (capital) em algumaspoucas e grandes empresas (atuais multinacionais), que,sob a forma de *1trustes e *2cartéis, procuram eliminar osconcorrentes para dominar (monopolizar ou oligopolizar)o mercado. Após a crise do petróleo nos anos 70, asituação mudou mais ainda: a indústria automobilística vaideixando de ser o setor mais dinâmico da atividade industrial,e a idéia de todos terem seu carro particular vai cada vez
mais sendo encarada como uma ilusão, um absurdo. Alémdos problemas energéticos, contribuíram para isso aenorme poluição e os congestionamentos de trânsito dosgrandes centros urbanos. Atualmente, os setoreseconômicos de ponta, são a informática, os grandes bancosinternacionais e a produção de armamentos.
A mercadoria se transformou em espetáculoA mercadoria se transformou em espetáculoA mercadoria se transformou em espetáculoA mercadoria se transformou em espetáculoA mercadoria se transformou em espetáculo
*1 É a fusão de várias empresas, com o objetivo de controlardesde as fontes de matéria-prima até toda as fases deprodução, inclusive a distribuição de um produto nomercado.
*2 Correspondem a acordos comerciais entre empresas,as quais, embora conservem sua autonomia interna, seassociam para distribuir entre si cotas de produção e osmercados compradores e principalmente determinar opreço de vendas de seus produtos. Ex.: distribuidoras depetróleo e seus derivados.
Capitalismo monopolista: Capitalismo monopolista: Capitalismo monopolista: Capitalismo monopolista: Capitalismo monopolista: os capitais organizam-se em grandes unidades produtivas assistidas por formasnovas de coação sobre o mercado, pela alta mobilidadefinanceira em escala internacional, pela exportação de capitalpara a periferia (parques industriais e tecnologia).
Internac ional ização ou Global ização?:Internac ional ização ou Global ização?:Internac ional ização ou Global ização?:Internac ional ização ou Global ização?:Internac ional ização ou Global ização?:internacionaliza-se o aparelho produtivo onde ascorporações empresariais distribuem partes de seusaparelhos produtivos nos países da peri feria, astransnacionais, o que incentiva o processo de dependênciae hierarquização entre dois grupos de nações.
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A ORDEM MULTIPOLAR
Do ponto de vista econômico e tecnológico, o“mundo ocidental” - e, com a crise do “mundo socialista”, omundo como um todo - tem hoje três pólos ou centrosmais importantes: o que hoje é União EuropéiaUnião EuropéiaUnião EuropéiaUnião EuropéiaUnião Européia (UEUEUEUEUE)composta por quinze países funcionando com economiasintegradas – França, Alemanha, Itália, Bélgica, Luxemburgo,Holanda, Reino Unido (Inglaterra, País de Gales, Escócia eIrlanda do Norte), Dinamarca, Eire, Grécia, Espanha,Portugal, Áustria, Finlândia e Suécia. O bloco foi oficializadoem 1992, pelo tratado de Maastricht, cujo objetivo foi acriação de um mercado interno único, com uma moedaprópria (EURO), que já entrou em vigor desde 1998, esistemas financeiro e bancário comum. A EUEUEUEUEU também prevêa unificação das políticas externas e de defesa, das leistrabalhistas, de imigração e combate ao crime, além degarantir cidadania única para todos os habitantes dos países/membros. Temos também o NAFTNAFTNAFTNAFTNAFTAAAAA, Estados Unidos,Canadá e México, cujas economias são bastante integradas;e o Japão , verdadeiro líder capitalista no Extremo-Oriente.
Hoje, assiste-se a uma caótica explosão deagressividade cuja força motriz já não é a luta de classes,mas a raça, a religião, a nacionalidade. Todo um caldeirãode ódios e ressentimentos, abafado pelo totalitarismo, veioà tona com força renovadora. “É espantoso perceber como,depois de décadas de manipulação ideológica, nada foiesquecido”, observou o presidente tcheco Václav Havel,numa palestra em abril de 1993. “As nações estãorelembrando suas antigas conquistas e sofrimentos, seusinimigos e aliados, seus estados e fronteiras”.
A “NOVA” ORDEM
Plantu: Extraído de L’Etat du Monde, 1982, p.23.
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Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
A partir da Revolução Industrial, o processo de acumulaçãode capital se internacionalizou cada vez mais. Esseprocesso tem se caracterizado, ao longo do século XX,por:
( VVVVV ) alianças econômicas bem-sucedidas entre países depequena dimensão territorial para se proteger docomércio com os países capitalistas desenvolvidos;
( VVVVV ) aprofundamento da divisão do trabalho entre países e nointerior dos próprios países dependentes, com ocrescimento da industrialização associada ao grandeendividamento externo;
( FFFFF ) solidariedade entre países desenvolvidos esubdesenvolvidos, cabendo aos primeiros suprir osdemais em matérias-primas raras e programas deeducação e saúde das populações pobres.
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A segunda Revolução Industrial foi caracterizada:
( VVVVV ) pela construção das primeiras estradas de ferro;( VVVVV ) pelos sistemas de produção e consumo;( V V V V V ) pelo uso da energia a vapor;( FFFFF ) pela substituição do aço pelo ferro.
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“As grandes cidades latino-americanas anteriores à SegundaRevolução Industrial (a que começa em torno de 1870)não podiam ser consideradas metrópoles, se reservamosesta expressão para as grandes cidades que se irradiamsobre um vasto território e dotadas de uma importantegama de atividades destinadas a satisfazer as exigências davida cotidiana da totalidade da população nelas contidas(...)”. SANTOS, Milton, O espaço dividido. As metrópolescontribuem para o surgimento de novas formas de vida enovas formas de organização do espaço geográfico. Algunsfatores são decisivos para que a metrópole exerça essafunção, exceto:
a) as metrópoles concentram os maiores recursosfinanceiros, científicos, técnicos e humanos dassociedades; elas centralizam as informaçõesindispensáveis para a gestão dos grandesempreendimentos;
b) a globalização da economia impôs às metrópoles que,como sedes dos grandes empreendimentos e dosnúcleos centrais do Estado moderno (quase sempre),intensificassem as relações com o mundo;
c) uma das funções das metrópoles é a de não interferir naorganização do espaço rural; as mais importantesmetrópoles desenvolvem um tal grau de influência alémde seu território que nos permite denominá-lasmetrópoles mundiais;
d) foi nas metrópoles que se desenvolveu a Revolução doConsumo, que é uma das bases das sociedadesmodernas; e das metrópoles essa revolução irradiou-separa outros espaços, inclusive o rural.
“Estamos diante de um novo ciclo do capitalismo comosistema mundial (...) Surge uma nova distribuição de poderno mundo” (citado por Francisco Weffort, em Lua Nova,1999).Após a queda do Muro de Berlim, o mundocontemporâneo organiza-se em uma nova ordemmundial. Neste contexto, podemos considerar que sãocaracterísticas desta nova ordem:
I) A degradação social (miséria) e ambiental crescemassustadoramente e talvez em toda a história dahumanidade a desigualdade socioeconômica nunca tenhaatingido índices tão dramáticos.
II) A concentração do poderio militar se dá paralelamente àconcentração dos novos indicadores de poder: atecnologia cada vez mais controlada pelos países centraise a informação cada vez mais centralizada em poucascorporações empresariais.
III) As questões nacionais/regionais, a segregação social,étnica e os fundamentalismos religiosos não estão sedifundindo, apesar da globalização, que tenta integrar omundo inteiro numa rede cultural mundial.
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a
Está(ão) correta(s):
a) apenas I e II;b) apenas I e III;c) I, II e III;d) apenas II e III;e) apenas a I.
Analisando as transformações ocorridas na ex-URSS,pode-se considerar que a Federação Russa:
a) atrai maciços investimentos estrangeiros, devido ao seuelevado ritmo de crescimento econômico;
b) tem dificuldade em transferir a tecnologia desenvolvidano setor militar para a produção industrial do setor civil daeconomia;
c) ainda figura entre as cinco maiores potências econômicasdo globo, em razão de sua moderna agricultura destinadaà exportação;
d) completou o processo de privatização no país, porquesuas empresas estatais eram rentáveis e competitivas nomercado;
e) conseguiu construir sua identidade nacional, com a saídadas demais repúblicas que constituíam a URSS.
Os cabos de fibra óptica representam, na atualidade, oestágio mais avançado do desenvolvimento tecnológicono que diz respeito às telecomunicações, na medida emque tornam as transmissões mais rápidas, confiáveis emenos onerosas.Analise este mapa:
Brasil: redes de cabos de fibras ópticas – 1997,SANTOS, M., SILVEIRA, M. L. Brasil: território e sociedadeno início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001. P.144. (Adaptado)
A partir da análise e interpretação desse mapa, éINCORRETO afirmar que a rede de cabos de fibrasópticas:
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0 40 40 40 40 4
a) integra, ao restante do território, as regiões brasileirasmenos favorecidas economicamente;
b) confirma uma realidade histórico-geográfica brasileira aovoltar-se para o mundo atlântico, em detrimento domundo asiático;
c) possui como principais focos os centros urbanos quecontrolam, gerenciam e articulam o território brasileiro;
d) interliga o território nacional à rede mundial de cabos defibras ópticas, facilitando a interação com os países doMercosul.
O mundo, hoje, apresenta mudanças decorrentes doprocesso de globalização, acentuando o desequilíbrioentre países centrais e periféricos. Considerando asgrandes transformações que ocorreram entre os paísesdesenvolvidos e subdesenvolvidos, preencha as lacunasabaixo com as opções 1 ou 2:
( 1 ) países desenvolvidos( 1 ) países desenvolvidos( 1 ) países desenvolvidos( 1 ) países desenvolvidos( 1 ) países desenvolvidos( 2 ) países subdesenvolvidos( 2 ) países subdesenvolvidos( 2 ) países subdesenvolvidos( 2 ) países subdesenvolvidos( 2 ) países subdesenvolvidos
( ) presença de mercados mais dinâmicos.( ) capacidade de financiamento e competência tecnológica.( ) políticas de industrialização subordinadas aos interesses
do capital.( ) indústrias mais dependentes, vinculando a produção local
às redes transnacionais.( ) grandes centros de decisão e poder de intervenção.
No preenchimento das lacunas, a seqüência CORRETCORRETCORRETCORRETCORRETAAAAAé:
a) 1, 1, 2, 2, 1;b) 2, 1, 2, 2, 1;c) 2, 2, 1, 2, 1;d) 1, 1, 1, 2, 2.
É cada vez maior o poder da humanidade de transformaro meio ambiente. Ao se analisar a matriz energéticamatriz energéticamatriz energéticamatriz energéticamatriz energéticamundiamundiamundiamundiamundial, percebe-se o uso estratégico e político daenergia.Analisando essa afirmativa, assinale a opçãoINCORRETINCORRETINCORRETINCORRETINCORRETA.
a) Os tratados internacionais sobre a emissão de gasestóxicos visam amenizar seus efeitos sobre o aquecimentoglobal, mas encontram grandes obstáculos entre os paísesmaiores consumidores de energia.
b) A ausência de recursos financeiros e tecnológicos dospaíses detentores de reservas energéticas potenciais nãoconstitui obstáculo para seu aproveitamento, diante datransnacionalização.
c) É necessário estabelecer um modelo embasado naadoção de fontes renováveis, que amenizam o quadrode degradação ambiental, sem prejudicar acompetitividade.
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d) O poder da OPEP – Organização dos PaísesExportadores de Petróleo – no comando da políticainternacional do petróleo encontra-se na origem étnicados países componentes.
As intervenções do homem no espaço se dão atravésdas técnicas por ele empregadas. A necessidade deaumentar a produtividade resultou em importantesinovações tecnológicainovações tecnológicainovações tecnológicainovações tecnológicainovações tecnológicas.Assinale a alternativa em que NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO se apresentainformação que seja resultado dessas inovações.
a) O aprimoramento técnico poupa o tempo e a força detrabalho, evita desperdício, aumenta a oferta demercadorias e amplia a produtividade.
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b) A complexidade da economia induz à divisão da força detrabalho, que se especializa fragmentando o processoprodutivo e aprimorando o produto final.
c) A verticalização das construções e as adequaçõesambientais possibilitaram os grandes adensamentosdemográficos urbanos.
d) A necessidade de maior quantidade de alimentos exigeaprimoramento das técnicas de cultivo, armazenamento,transporte e distribuição dos produtos.
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(PUC-PR) - A década de 1990 está sendo marcada pelorecrudescimento das idéias neoliberais entre os governosde muitos países e pela chamada globalização daeconomia. Esses acontecimentos, embora muito difusos,apresentam certas características que os identificam, taiscomo:
I- A globalização promove a expansão das multinacionais ea padronização dos modelos de consumo com as cadeiasde “fast food”.
II- O neoliberalismo é o prosseguimento econômico da“glasnost” e da “perestroika”, após o desmantelamentopolítico da URSS.
III- Os neoliberais pretendem que uma das condições doestado na condução da economia é manter o controledos preços através de políticas antiinflacionárias e cambiais,garantindo com isso a estabilidade financeira e monetária.
IV- Os países mais prejudicados com a mundialização são aquelesque constituem o chamado G-8.
São afirmações certas apenas:
a) II e III;b) I e IV;c) II e IV;d) I e III;e) I e II.
(ACAFE-SC) Sobre o processo de globalização que omundo vem experimentando, a alternativa FALSA é:
a) A globalização é um processo de humanização, uma vezque rompe com as fronteiras dos Estados, permitindolivre circulação de mercadorias e mão-de-obra.
b) O processo de globalização tem propiciado umcrescimento do mercado de produtos dos países, comoSingapura, Taiwan, Hong Kong e Tailândia, apontadoscomo modelos de agressividade econômica.
c) A globalização, em linhas gerais, é um processo em queo produtor vai comprar a matéria-prima onde ela é maisbarata, instala fábrica onde a mão-de-obra é mais barata,vendendo-a para qualquer mercado.
d) O mundo globalizado tem vivenciado processos deprivatização, fruto de uma opção ideológica peloneoliberalismo, justificada numa impossibilidade dosgovernos de fazerem investimentos, que tem redundadonuma diminuição do poder de intervenção do Estado naeconomia.
e) Um dos paradoxos da globalização é o desempregoestrutural, muito mais cruel do que o desempregoconjuntural, pois sempre que uma tecnologia éempregada, ela toma o emprego de alguns.
(UEPA) – Durante o período da Guerra Fria, num mundobipolar, o poder estava assentado na capacidade militardas superpotências. Hoje, no mundo multipolar, o poderé medido pela capacidade econômica, avanço tecnológico,nível de produtividade e índices de competitividade. Essessão os novos padrões de poder, e neste contexto:
a) intensificou-se o processo de globalização econômica,que pode ser considerado a mais recente e avançadafase da expansão capitalista;
b) instalou-se uma Nova Ordem, onde ainda prevalece oantagonismo entre o Leste (pobre e agrário) e o Oeste(rico e industrializado);
c) paralelamente à globalização da produção e do consumo,diminui gradativamente o fluxo de imigrantes pelo espaçomundial devido à redução do desemprego estrutural;
d) ocorre o fortalecimento dos Estados nacionais devido àrigidez no estabelecimento das fronteiras geopolíticas ecomerciais.
e) reduzem, de forma muito rápida, as diferenças entre oNorte (rico) e o Sul (pobre), resultado datransnacionalização da economia.
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(ACAFE-SC) - A solução da atual crise tecnológica mundialestá desembocando na utilização cada vez maior damicroeletrônica e da automação nos diversos setores daeconomia e da sociedade. Sobre o exposto, a alternativaFALSA é :
a) No centro do sistema, onde os avanços tecnológicosavançam mais rapidamente, destacam-se Japão eAlemanha.
b) Alguns países do centro do sistema, em função dasparticularidades nacionais, encontram ambientes maisfavoráveis para utilização da novíssima tecnologia.
c) O Brasil, apesar dos problemas sociais, tem se inseridode forma dinâmica na utilização das novas tecnologias,ligadas sobretudo às telecomunicações e à informática.
d) A construção de um novo modelo tecnológico está porexigir também a construção de uma nova visão de mundoem que os problemas passem a ser examinados numaperspectiva humanizada e globalizadora.
e) Por conta do desenvolvimento desigual e combinado, aperiferia capitalista aproxima-se cada vez mais do centrodo sistema, pois ela é responsável pelo aprimoramentotecnológico do mundo.
(PUC-RJ) – O modelo industrial está passando portransformações. É a revolução técnico-científica, que tempor característica o (a):
a) petróleo como principal fonte de energia;b) ampliação dos postos de trabalho no setor secundário;c) biotecnologia como setor de ponta;d) limitação das atividades das transnacionais;e) transferência dos pólos tecnológicos para os países
subdesenvolvidos.
(PUC-SP) “Talvez o maior exemplo de racismo, o novoracismo, é o que atinge as populações imigrantes oriundasdos países pobres nas sociedades desenvolvidas: EuropaOcidental, Estados Unidos e Japão. Esse racismo nãotem como alvo só os negros (ou eventualmente osjudeus), mas todos os povos do Sul de uma forma geral:principalmente turcos na Alemanha, africanos na França,latino-americanos nos EUA. Por incrível que pareça, atéos negros norte-americanos, que durante séculos foramdiscriminados, nos dias atuais sofrem um pouco menoso preconceito étnico e compartilham com os brancosnativos do país a discriminação contra os porto-riquenhos,mexicanos, colombianos, panamenhos e brasileiros...”(J.W.VESENTINI)
O texto anterior mostra um novo tipo de racismo queestá se incorporando ao modo de viver da populaçãodos países considerados ricos, e que na Europa chega aoextremo de:
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a) barrar os imigrantes nos aeroportos;b) não conceder visto de entrada aos migrantes pobres;c) ser um movimento de xenofobia;d) promover uma limpeza étnica;e) formar o partido dos “skinheads”.
(UEPA) – Uma característica presente no espaçoeconômico globalizado é a existência de uma outra face,que é a regionalização, da qual podemos afirmar que:
a) está presente no processo de reordenação econômica,onde megablocos econômicos como o MERCOSULdestacam-se pela plena unificação dos países latino-americanos;
b) se manifesta através da formação de blocos econômicos,como, por exemplo, o NAFTA, que engloba países daAmérica Saxônica e Latina como México, Chile eVenezuela;
c) se materializa com o aumento dos fluxos de capitais queultrapassam as fronteiras políticas dos Estados, pois coma globalização não existem mais barreiras protecionistasnacionais;
d) tem nas alianças comerciais bilaterais seu mais evidenteagente estimulador, uma vez que a união aduaneira, atravésde blocos econômicos, não obteve sucesso, devido àacirrada competição econômica dos países que acompõem;
e) busca a retirada das barreiras que dificultam os fluxos demercadorias, capitais, informações e indivíduos,estabelecendo acordos que resultam em mercadoscomuns, uniões aduaneiras ou simplesmente zonas delivre comércio;
(UFPA) “O MERCOSUL é e continuará a ser o pilar denossa política externa, nossa grande esperança emtermos de inserção econômica internacional. Eletransformou-se em sucesso, e não apenas pela análisedos números crescentes do intercâmbio comercial entreBrasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A proposta deintegração ao MERCOSUL pelo Chile, uma economiainternacionalizada é um reconhecimento (...), assim comoo pedido de aproximação do México”.Trecho da entrevista do Presidente Fernando HenriqueCardoso in Demétrio Magnoli et al. Panorama do Mundo3, S. Paulo, Scipione, 1997.
O trecho anterior associado à análise das relaçõeseconômicas internacionais do Brasil permite dizer que:
a) o sucesso do MERCOSUL está relacionado àpredominância de sistemas democráticos de governono seu interior, e à homogeneidade econômica dos paísesmembros;
b) quando se compara o MERCOSUL com o NAFTA, ficaexplícita a identidade entre os mesmos, pois ambos sãomegablocos geoeconômicos de influência mundial;
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c) embora nos últimos anos o MERCOSUL tenhaapresentado ascensão econômica no cenário mundial,recentemente o Brasil, juntamente com a Argentina,periodizou sua participação integral à ALCA (Área de LivreComércio das Américas);
d) o Chile, como parceiro comercial do MERCOSUL,representa um elo de integração entre os países do blocoe os demais mercados internacionais, o que é favorecidopela sua localização geográfica;
(CEFET-PR) Observe o mapa:
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Ele representa:
a) a distribuição mundial das novas fontes energéticas;b) a proporção mundial de investimentos em pesquisa
científica e tecnológica;c) uma nova projeção cartográfica, sem os referenciais de
latitude e longitude, projetada a partir do sistema degeoprocessamento;
d) a proporção mundial dos países produtores de petróleo;e) a distribuição mundial da quantidade de pessoas
infectadas com AIDS.
e) o pedido de aproximação do México ao MERCOSULestá relacionado ao desejo de ingresso no mesmo, umavez que as diferenças socioeconômicas com os EstadosUnidos provocaram sua exclusão oficial do Nafta.
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iaA Economia do Mundo
“Eu quase nada não sei. Mas desconfio de muita coisa”.(Guimarães Rosa — Grande Sertão: Veredas)
Como já estudamos o capitalismo estabeleceu relações de dominação política e exploração econômica de algumas nações sobre as demais, desde o final do século XV, quando surgiu, até os dias atuais. Em vista disso, a economia de mercado funcionou como uma grande bomba de sucção. As riquezas das colônias — e depois dos países dependentes — foram “sugadas” para as metrópoles ou países dominantes, enriquecendo-os consideravelmente, tornando-os desenvolvidos e empobrecendo ou tornando subdesenvolvidos as colônias ou países dependentes.
A palavra capitalismo, segundo Wallerstein, é deri-vada de capital, ou seja, deve ser entendida como riqueza acumulada. Todavia, ele não é apenas o estoque de bens de consumo, de maquinaria ou de direitos sobre as coisas materiais, assegurados pela forma de dinheiro. O que distin-gue o capitalismo é o fato de que, neste sistema histórico, o capital veio a ser usado (investido) de forma muito específica. Veio a ser usado com o objetivo ou intenção básica de auto-expansão. Isto é, capital é algo que constantemente é inves-tido com vistas a obter mais capital. A acumulação primitiva de capital (Inglaterra, Alemanha, EUA, etc.) concentrou-se nos países que o criaram formando um sistema (como se fosse uma corrente, ou pirâmide, onde quem ganha é só a base ou início da corrente, como esses jogos de azar que
percorrem a sociedade de vez em quando), sob a forma de dinheiro, de mercadorias, de máquinas etc. — é o objetivo máximo do capitalismo.
A palavra sistema quer dizer um conjunto de partes coordenadas entre si. Por exemplo, quando falamos em sistema circulatório, estamos nos referindo ao coração, que ocupa o centro de um sistema que possui várias partes, no caso, representadas pelos vários vasos sangüíneos, medula óssea, etc., que são bombeados e controlados pelo ritmo do coração. Tendo como exemplo essa idéia de sistema espera-mos deixar mais claro o conceito de sistema capitalista.
A acumulação primitiva de capital concentrou-se nos países da Inglaterra, Alemanha, França, EUA, etc., que formaram um sistema, ou seja, parecido com uma corren-te, ou pirâmide, onde quem ganha é só a base ou início da pirâmide, como esses jogos de azar que percorrem a sociedade de vez em quando. Observe o esboço.
QuEM pArticipA do sistEMA: uns GAnhAM, Muitos pErdEM!
Os que ganham, EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá (e mais 19 países).
Os que perdem, os demais participantes, ou seja, todo o mundo dito subdesenvolvido ou chamado de
Terceiro Mundo, que constitui um grupo de 167 países e territórios de um total mundial de cerca de 225 países e ter-ritórios, sendo que, desse grupo excluído da periferia, temos 32 países ditos socialistas ou em processo de mudanças, restando para o sistema capitalista central 26 países.
Criança geopolítica observando o nascimento do homem novo, de
Salvador Dali, 1943, seria a esperança de um mundo melhor?
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Como já vimos, a Revolução Industrial do século XIX implantou a mecanização e a divisão do trabalho, que propiciaram uma economia de escala e lucros cada vez maiores, graças à diminuição dos custos unitários das manufaturas. Devido à necessidade crescente de matérias-primas, o aumento da produção levou à busca de mais e maiores mercados (colônias). A corrida colonial foi a resposta a essa necessidade. Os países periféricos, ou seja, as colônias e ex-colônias, mais uma vez, passaram a orientar seus sistemas produtivos para atender aos países desenvolvidos.
O imperialismo europeu do final do século passado é, portanto, um aprofundamento dos mecanismos de ex-ploração que já funcionavam desde o século XVI.
Dentro desse quadro, o processo de descolonização ocorrido após a Segunda Guerra teve uma importância vital. As metrópoles, arrasadas pela guerra, não conseguiam mais sustentar economicamente os exércitos e a complexa administração colonial. Ao mesmo tempo, a manutenção da soberania sobre as colônias tornava-se incompatível com sua nova imagem de nações democráticas, que haviam combatido o nazi-fascismo.
GuErrA FriA E o Mundo BipolAr
Terminada a Segunda Guerra Mundial, em 1945, os Estados Unidos consolidaram sua posição de super-potência capitalista, e a União Soviética surgia como nação forte e respeitada por todas as demais. De um lado, os EUA procuravam manter sua liderança sobre vastas áreas do mundo; de outro, a URSS auxiliava na expansão do socialismo.
A disputa pela hegemonia internacional entre os Estados Unidos e a União Soviética começou logo após o fim da guerra, gerando a bipolarização do mundo, isto é, divisão do mundo em dois blocos - mesmo que problemática -, área de influência dos EUA e a área da URSS.
Neste contexto de pós-guerra, com a bipolarização do globo sob o ponto de vista político-militar, surgiu o fenô-meno conhecido como guerra fria. Essa expressão deve ser
entendida como uma disputa entre as duas superpotências. Contudo, foi uma disputa não declarada, onde cada nação procurava ampliar suas áreas de influência sobre o mundo. Foi também uma disputa ideológica, isto é, em que se de-frontavam os dois tipos de organização econômica, política e social: o capitalismo e o socialismo.
A chamada grande disputa, ou a guerra fria, teve início a partir da declaração do presidente dos EUA — Truman, em 1947 —, de ajuda militar ao governo grego na luta contra as guerrilhas socialistas. Estabeleceu-se, a partir desse momento, um clima de competição, de guerra fria, entre as duas superpotências. Os EUA combatiam o avanço do socialismo. A URSS procurava dificultar a expansão capitalista dos EUA, além de difundir o socialismo.
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ia Dessa maneira, resultou um mundo de lutas de interesses. Esse mundo de pós-guerra formou um sistema de dependência no qual as duas superpotências — EUA e URSS — tornaram-se os países centrais. Os restantes, os países satélites, (periféricos) passaram a gravitar e a de-pender de cada uma delas. O poder internacional passou
a ser dividido entre o capitalismo, liderado pelos Estados Unidos, e o socialismo, pela União Soviética.
As duas superpotências e seus aliados ou satélites passaram a disputar a liderança do mundo e os benefícios da dominação.
o Mundo MultipolAr
O “modelo soviético” começou a mudar radical-mente no final da década de 80, especialmente na Europa Oriental e na própria ex-União Soviética. A política da pe-restroika (restruturação econômica), levada adiante desde 1986 por Mikhail Gorbatchev, obteve grandes avanços na liberalização desse modelo. O monopólio do partido único, o comunista, cedeu lugar ao pluripartidarismo, o direito de greve foi restabelecido e mecanismos de mer-cado vieram ocupar o lugar da planificação centralizada da economia.
Os desdobramentos da política do governo Gor-batchev possibilitaram alívio nas tensões internacionais que tanto marcaram o período de existência da Guerra Fria. Além disso, têm permitido também que surja uma nova geopolítica mundial caracterizada pela formação de blocos econômicos, e não mais pela divisão em blocos ou países capitalistas e socialistas. Além das mudanças políticas e econômicas dos países do Leste europeu, a Rússia e os Estados Unidos vêm realizando acordos para o desarmamento ou redução de armas na Europa e na Ásia, além de realizarem acordos de paz, em várias partes do planeta.
A revogação da doutrina soviética por Mikhail Gorbatchev provocou o fim de todo o bloco geopolítico socialista, assentado no poder dos partidos comunistas. O desenvolvimento das reformas políticas na União Soviética desencadeou tensões crescentes entre as exigências populares por liberdade e democracia e os regimes comunistas da Europa Oriental. Essas tensões explodiram em 1989, conduzindo à derrocada de todo o bloco soviético.
Globalização e a exclusão.
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A dinâmica das reformas na União Soviética provocou, em seguida, o esgotamento do frágil equilíbrio que sustentava Gorbatchev. Oriundo das estruturas burocráticas do poder comunista, o líder reformista dirigiu o desmantelamento do Estado totalitário. Durante a vigência da política da glasnost (transparência política), edificaram-se novas instituições, base-adas no voto, como os parlamentos regionais e o parlamento nacional (Conselho de Deputados do Povo).
Uma situação de duplo poder foi criada. De um lado, em torno das estruturas em decadência do partido e dos organismos de segurança do Estado, agrupou-se a velha classe dirigente burocrática. De outro, em torno dos parlamentos e governos republicanos eleitos, agruparam-se variadas correntes políticas adeptas da aceleração das reformas.
O fim da União Soviética e da Guerra Fria gerou uma Nova Ordem Mundial (Multipolarização), ou seja, uma nova organização geopolítica no globo, acabando com as bases da divisão em blocos sustentada pelo mundo bipolar. A nova Alemanha reunificada funciona como ponte entre as “duas Europas”: a União Européia (UE), a oeste, e as economias em transição, a leste.
A GloBAlizAção dA EconoMiA
Agora vamos discutir o processo de globalização da economia. A década de 90 começa com a economia mundial em profunda recessão e com quebra da estrutura bipolar de hegemonia estratégico-militar estabelecida desde o final da Segunda Guerra Mundial. Com a dissolução da URSS e o fim do bloco socialista na década de 80, os EUA passam a ser a única grande potência militar com poder de intervenção em todo o globo. Ao mesmo tempo, perdem a hegemonia econômica que exerciam desde meados do século e vivem uma crise que precipita a recessão mundial. Isto ocorre por razões internas e externas. As externas: o
Globalização e a inclusão, alta tecnologia
crescimento relativo da economia de outros países, como o Japão, que atualmente tem uma renda per capita maior que a dos EUA; o fortalecimento da Comunidade Européia, em especial da economia alemã; e também o surgimento de novas regiões industriais com alta competitividade, como os tigres asiáticos — Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura, Tailândia, e mais recentemente o poder da China nesse mercado emergente.
A crisE EstAdunidEnsE
Os EUA se mantêm no primeiro lugar em desen-volvimento científico e inovação tecnológica, mas perdem em engenharia de produção, especialmente para os países asiáticos, que têm demonstrado mais agilidade na incorpo-ração do progresso técnico à produção. O resultado é a queda da competitividade das indústrias americanas frente aos concorrentes internacionais, inclusive dentro de seu próprio território, e o desemprego, atualmente na ordem
Do antigo ao moderno
Linha de montagem automatizada
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ia de 7% da população economicamente ativa. No plano externo, ao mesmo tempo em que defendem um mercado mundial sem barreiras comerciais, enfrentam competidores que praticam uma boa dose de protecionismo em suas fronteiras e onde o Estado intervém fortemente na econo-mia, como no Japão e países da Europa. Em conseqüência, em 1983, os EUA registram pela primeira vez um déficit em sua balança comercial e balanço de pagamentos. Para compensar esse déficit é quebrada a paridade internacional entre o dólar e o ouro, até então indexadores da economia mundial. As moedas ficam flutuantes e cresce a inflação nos países desenvolvidos, retraindo-se a produção.
A reação externa norte-americana começa ainda no governo Clinton e depois no de Bush, em duas linhas princi-pais. A primeira, conduzida através do GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), mas que em 1995 foi substituído pela OMC (Organização Mundial do Comércio), que tem por objetivo rebaixar as barreiras aduaneiras em todos os países, inclusive nos que praticam políticas protecionistas, aumentando assim o mercado para a produção industrial estadunidense, que ainda é o maior mercado produtor do mundo. No Brasil, por exemplo, o fim das restrições às importações é um reflexo dessa política. O segundo passo é o Acordo Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), que objetiva derrubar as barreiras alfandegárias entre Mé-xico, EUA e Canadá, criando um bloco econômico para se contrapor à crescente integração européia. Internamente, o governo Bill Clinton começa a enfrentar a recessão, am-pliando a intervenção do Estado na economia. Por isso a aposta na OMC e no NAFTA, a partir de 1993, apresenta um programa oficial de reciclagem de mão-de-obra para acelerar a incorporação do progresso técnico pela indústria e, assim, aumentar sua competitividade. Medidas prote-cionistas também são tomadas, com o Estado oferecendo apoio efetivo em algumas ações comerciais internacionais, como a defesa de patentes na indústria farmacêutica, e adotando sanções econômicas contra os países que se re-cusam a respeitá-las. Isso tirou a país da recessão gerando uma bolha de consumo sustentada, dando ao Clinton mais 4 anos, apesar dos escândalos e crises institucionais. A carta na manga é a ALCA (Área de Livre Comércio da América) com exceção de Cuba. Com data inicial para 2005, mas que por questões políticas e trapalhadas do governo Bush, está longe de se concretizar.
novos Blocos
O fortalecimento dos novos blocos econômicos é outra alteração da cena internacional em transição. A unificação da Europa, que ressurge como grande pólo econômico mundial, é fruto de uma política iniciada ainda nos anos 50, logo após o período de reconstrução das eco-nomias destruídas pela guerra. A Comunidade Econômica Européia, criada em 1957, tinha por objetivo aumentar a autonomia da região frente ao poderio dos EUA. Seus
resultados, no entanto, extrapolam os limites estritamente econômicos e desemboca em uma política externa e de defesa comum, a constituição de uma cidadania européia e o fortalecimento do Parlamento Europeu. O Tratado de Maastricht, assinado em fevereiro de 1992 pelos doze chefes de Estado da Comunidade Européia, estabelece um cronograma para a integração regional, mecanismos para equilibrar as políticas econômicas dos diferentes países e um fundo comum para auxiliar os parceiros mais pobres da comunidade (Espanha, Portugal e Grécia) nas reformas necessárias. Também fixa uma moeda única, o EURO (Uni-dade Econômica Européia), que entrou em circulação em maio de 1998, em alguns membros da comunidade, e que de modo total em 13 membros da comunidade ocorreu em 1999, e definitivamente em toda a comunidade (15) a partir de 2002.
As expectativas em torno do Nafta e do MERCOSUL (tratado econômico entre os países do Cone Sul da América Latina) são mais restritas. O Nafta representa maior integra-ção das economias do México e Canadá à estadunidense, consolidando uma relação já há muito estabelecida. Os destinos do MERCOSUL são menos evidentes. Reunindo países exportadores de matérias-primas e produtos semi-elaborados, como Chile e Argentina, e o Brasil, com uma base industrial diversificada, mas em profunda crise econô-mica, pode se constituir como pólo dinamizador para as economias locais.
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Mapa Oficial na UniãO EUrOpéia
FGV-SP Considere o esquema apresentado.01 Assinale a alternativa que relaciona corretamente o bloco econômico regional com a configuração anterior e os respectivos países participantes. Resposta: b
O sUbdEsEnvOlviMEntO é UMa cOndiçãO histórica
O que se chama de estado de subdesenvolvi-mento não é somente o resultado da soma de uma série de características que podem ser medidas pela ciência econômica. Trata-se, antes de tudo, de uma condição histórica, resultado de muitos anos, até séculos, de certo tipo de relações específicas que os países subdesenvolvidos têm mantido com os países desenvolvidos.
Dessas relações específicas sobressai o colonialismo, que estabeleceu entre países colonizadores e colonizados um conjunto de relações de desigualdade (o estabeleci-
mento de relações entre sociedades desiguais produz uma desigualdade crescente), de dependência (tanto política quanto econômica) e de exploração econômica (enriqueci-mento dos países colonizadores, esgotamento das riquezas naturais dos países colonizados, fluxos de capitais dos países subdesenvolvidos para os países desenvolvidos, etc.).
Assim, o subdesenvolvimento, tal qual o conhe-cemos hoje, resulta da implantação do capitalismo nas sociedades não-industrializadas.
Adaptado de: STAVENHAGEN, Rodolfo. Las clases sociales en las sociedades agrarias. México: Siglo XXI.
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ia (MACK) Na esfera das mudanças econômicas mun-diais, ou da nova ordem econômica pós- Guerra Fria, a palavra “globalização” adquire uma grande variedade de usos, EXCETO:
a) como sinônimo de liberalização, tanto interna como externa, e de maior abertura das economias, inclusive nos países que ainda mantêm o socialismo;
b) para descrever a propagação mundial do capitalismo e a difusão da indústria para países subdesenvolvidos;
c) para caracterizar uma “economia-mundo” por meio da integração dos mercados nacionais e do aprofunda-mento da Nova Divisão Internacional do Trabalho;
d) para caracterizar uma rápida e penetrante difusão mundial da produção, do consumo, do capital e da tecnologia;
e) para fundamentar a criação de espaços virtuais que ignorem as fronteiras políticas.
Resposta: a
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Nos últimos anos, o Brasil experimentou um amplo processo de privatização da economia.
É INCORRETO afirmar que esse processo:
a) constituiu uma resposta do Estado brasileiro à necessida-de de se tornar mais ágil nas questões que lhe competem e, também, às pressões neoliberais, que acompanham a tendência internacionalmente imposta;
b) aumentou o índice de desemprego no País pelo fe-chamento de postos de trabalho, uma das exigências do capital privado para se tornar competitivo em nível mundial;
c) fortaleceu a presença do Estado brasileiro dentro das fronteiras políticas nacionais em relação tanto ao capi-tal especulativo quanto ao produtivo, que interferem na economia do País;
d) contribuiu para um expressivo aumento da participa-ção do capital estrangeiro na economia brasileira, no setor produtivo e naqueles de prestação de serviços, anteriormente considerados monopólio do Estado.
Considerando-se a globalização, fase atual da expan-são capitalista, é INCORRETO afirmar que ela:
a) promove a crescente vulnerabilidade das economias de muitos países, à medida que sua credibilidade, frente aos investimentos externos, é afetada por relatórios e opiniões de agentes do poder político e econômico internacional;
b) amplia a capacidade das nações de realizar inves-timentos públicos em áreas prioritárias - como na educação, saúde e saneamento básico - à proporção que cresce o controle do Estado sobre o fluxo de capitais oriundos de taxações e impostos;
c) retrata a interdependência crescente entre regiões e lugares que, apesar de geograficamente separados por grandes distâncias, podem ser influenciados por eventos ocorridos em qualquer parte do Planeta;
d) propõe uma ruptura com o princípio, até há pou-co vigente, de sociedades nacionais a pretexto da necessidade de se considerar a realidade de uma sociedade global, em que são intensas as relações socioeconômicas em escala mundial.
É necessário criar uma Nova Ordem Mundial, direcionada para a segurança global e o bem-estar da humanidade. Condicionantes naturais e sociais apresentam-se conflitantes com a adequada qualidade de vida.
Entre esses condicionantes, só NÃO está:
a) a ocorrência de mudanças climáticas, escassez hídrica e perda de biodiversidade;
b) a inexistência de normas ambientais de posiciona-mento global de atitudes que oportunizam correção e prevenção desse quadro;
c) o agravamento dos focos de tensão mundiais, como terrorismo e conflitos territoriais, étnicos e culturais diversos;
d) a fragilização dos processos de negociação, definição de estratégias e decisões diplomáticas dos organismos internacionais.
Após a Segunda Revolução Industrial, inicia-se uma tendência a concentração e centralização de capitais, ou seja, a fusão ou a união entre empresas, dando origem à organização dos monopólios e oligopólios em diversos países do planeta.
Os fatores que traçaram essa tendência podem ser observados nas afirmações a seguir, EXCETO a:
a) substituição do capitalismo concorrencial ou liberal pela organização de práticas como a cartelização e a formação de trustes.
b) formação de grandes impérios, visando garantir o su-primento de matérias primas para as suas indústrias e produção agrícola para as suas populações urbanas.
c) forte participação do Estado na atividade econômica, tanto no planejamento, como nos investimentos em infra-estrutura;
d) transposição de fronteiras políticas por grandes em-presas estrangeiras, interessadas nos fatores locacio-nais para suas instalações em âmbito mundial;
e) estruturação de um complexo financeiro-industrial com grande poder e controle sobre o Estado.
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Nos países desenvolvidos, o consumo de petróleo por habitante é, em média, nove vezes maior do que nos países subdesenvolvidos.
Isso indica que:
a) nos países desenvolvidos existe uma intensa atividade industrial;
b) nos países desenvolvidos é que se encontram as maiores reservas de petróleo do mundo;
c) os países desenvolvidos têm efetiva participação na OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo);
d) os países subdesenvolvidos priorizam outras fontes de energia, mais baratas que o petróleo;
e) nos países subdesenvolvidos a utilização do petróleo como fonte de energia é largamente substituída por fontes alternativas.
A OMC (Organização Mundial do Comércio) foi cria-da em 1994, em substituição ao antigo Gatt (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), com o propósito de universalizar as normas reguladoras do comércio, a partir das novas condições geradas pelo processo de globalização da economia mundial.
Segundo declarações de representantes do governo brasileiro, a OMC tem-se desviado de seus objetivos, porque, na maior parte dos casos:
a) as corporações dos países desenvolvidos reclamam que os novos acordos favorecem a comercialização de bens e produtos apenas dos países em desenvolvimento;
b) os produtos agrícolas têm sido os mais favorecidos, recebendo tratamento diferenciado em relação aos bens industriais e aos serviços;
c) as regras têm favorecido principalmente os países menos desenvolvidos, sob a alegação de que precisam aproveitar os benefícios da expansão do comércio internacional;
d) as medidas protecionistas existentes, praticadas pelos Estados Unidos e pela União Européia, praticamente não foram alteradas, em relação à agricultura;
e) o Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensató-rias revelaram-se prejudiciais tanto aos interesses do NAFTA como da União Européia.
O desenvolvimento “limpo” e de baixos custos para o meio ambiente é o que se convencionou chamar, já há alguns anos, de desenvolvimento sustentável.
Porém, para os países periféricos, as perspectivas não são muito favoráveis em virtude:
a) da dependência da exportação de matérias-primas, o que quase sempre leva a um aumento da exploração ambiental;
b) da pressão ambientalista exercida pelos países ricos, que transferiram e cobram um novo padrão de de-senvolvimento por parte dos países periféricos;
c) da auto-organização das populações dos países periféricos, que lutam contra a degradação do meio ambiente;
d) dos movimentos ambientalistas ou ecológicos, que vêm crescendo bastante, exclusivamente nos países desenvolvidos;
e) de a sustentabilidade ser apenas uma política momentâ-nea, criada pelos países centrais, que no fundo só serve para aumentar a dependência dos países periféricos.
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“Relíquias de uma era em que a ordem natural das coisas incluía o sol, as estrelas e o Império Britânico, Hong Kong [foi] devolvido à China... A devolução da colônia aos chineses é a culminação de um arranjo entre a elite argentária de Hong Kong e os chefes comunistas de Pequim para que a ilha continue sendo o que sempre foi: uma gigantesca Disneylândia dos negócios movidos à euforia financeira, com poucos impostos e nenhuma democracia”.
(Revista Veja, 25/07/97) Este texto retrata mais um dos eventos que têm
marcado a nova ordem geopolítica mundial. Sobre essa nova ordem, é correto afirmar:
01 A nova ordem substituiu a ordem geopolítica estabelecida no pós-Segunda Guerra Mundial, definida como bipolar e que se baseava principalmente no poderio de duas superpotências, os Estados Unidos e a então URSS.
02 Após o rompimento da ordem geopolítica estabeleci-da no pós-Segunda Guerra Mundial, o mundo assistiu à eclosão de um único centro de poder, constituído pela Comunidade Européia.
04 Uma das características daNova Ordem Mundial é ter proporcionado, em curto espaço de tempo, a igualdade socioeconômica entre os países.
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ia 08 Apesar de sua devolução à China, Hong Kong con-tinua sendo um marco do capitalismo, influenciando o mercado financeiro mundial.
16 O processo de globalização e a integração econômica passaram a se expressar através da formação de blo-cos regionais ou mercados supranacionais, tais como União Européia, Nafta e MERCOSUL.
(FGV) - A Fundação Getúlio Vargas previu para 2001: - crescimento industrial de mais de 10% sobre o ano anterior, liderado por setores como o de material de transportes, inclusive automóveis, o farmacêutico e o de fumo; - crescimento nulo ou negativo em setores como o têxtil.
A esse respeito é correto afirmar que:
a) o crescimento industrial previsto é indício da política predominante no país, de investimentos maciços na formação técnico-profissional da força de trabalho, responsável por esse crescimento;
b) o crescimento nulo ou negativo do setor têxtil reflete-se diretamente na cultura brasileira do algodão, re-alizada predominantemente em pequenas e médias propriedades, com utilização do trabalho familiar;
c) o crescimento nulo ou negativo de setores como o têxtil leva à transferência da mão-de-obra do mesmo para setores como a indústria de transformação, que lideram o crescimento industrial;
d) o crescimento industrial previsto reflete-se no aumento maciço do mercado de trabalho do setor em geral;
e) o setor têxtil brasileiro passa pelos efeitos da política neoliberal, com a entrada maciça de similares asiáticos, perdendo em competitividade.
(PUC-SP) - A Folha de S. Paulo em 04 de setembro de 2002 publicou a seguinte manchete: Renúncia fiscal chegou a R$ 17 bilhões em 98. Significa que os subsídios, isenções e benefícios fiscais vão provocar nos cofres públicos perda de arrecadação. Essa renúncia é utilizada pelo governo federal como instrumento de desenvol-vimento regional e de estímulo a alguns setores em especial, buscando atrair investimentos externos.
Considerando a dinâmica da expansão geográfica das atividades econômicas no território brasileiro, assinale a alternativa correta:
a) Embora haja alguma iniciativa do Estado brasileiro para atrair investimentos externos, trata-se de uma ação sem efeitos significativos, nessa fase de aumento da força do mercado.
b) A política de renúncia fiscal é um exemplo brasileiro de estratégia adaptativa frente à realidade da economia global. Essa última exige mudanças nas condições preexistentes para se instalar nos países.
c) No caso brasileiro, somente o nível federal do Estado usa a renúncia fiscal para atrair novos investimentos externos. O nível estadual (regional) não tem atuado nessa direção.
d) Os fatos recentes demonstram o insucesso dessas iniciativas para a atração de empresas transnacionais. O território brasileiro não está nas prioridades de ação da economia global.
e) A renúncia fiscal trouxe poucas alterações no quadro regional do país. No Nordeste, por exemplo, ainda predomina uma economia tradicional e não há sinais de interesse da economia global em se instalar naquela região.
(CESGRANRIO) – Atualmente, a luta pela terra no Brasil adquire nova configuração, com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Assinale a opção que caracteriza corretamente esse movimento social:
a) Movimento de caráter político que visa obter respos-tas do Poder Judiciário para questões fundiárias das cidades grandes.
b) Movimento organizado de trabalhadores com pers-pectivas de solução da questão da terra, por meio de projetos de reforma agrária.
c) Ação de grupos sociais liderada por setores progres-sistas da Igreja, com o objetivo de acelerar a reforma agrária na Amazônia.
d) Associação espontânea de trabalhadores, com o objetivo principal de resolver conflitos de terra no estado de São Paulo.
e) Organização de trabalhadores urbanos desemprega-dos que buscam, no retorno ao campo, uma solução para sua própria sobrevivência.
(UNEB) – A convenção do clima, assinada em 1992, durante a 2ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92), estabeleceu o controle dos gases poluentes. Cientistas e ambientalistas exigiram medidas contra o aqueci-mento global, que deveriam ser reafirmadas através do protocolo de Kioto no Rio+10, em Joannesburgo. Tais medidas pressupõem:
a) o estabelecimento de políticas de incentivo às empre-sas que reduzirem suas emissões, através de sistemas de créditos coordenados;
b) a redução planejada das atividades agrícolas em algumas áreas onde poderão ocorrer secas crônicas e o desenvolvimento da agricultura em regiões hoje muito frias;
c) investimento maciço, por parte dos Estados, em pesquisas na área de medicina sanitária para diminuir os impactos das doenças infecciosas que se tornaram epidêmicas;
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d) a transferência de população das cidades litorâneas, que terão parte de sua área submersa devido ao derretimento das geleiras;
e) o desenvolvimento de tecnologias que economizem energia e reduzam a emissão de poluentes aliados à ra-cionalização das atividades industriais e de transporte.
(CEFET-PR) Observe a figura:
Analisando a figura anterior é INCORRETO afirmar que:
a) a expansão do comércio mundial está associada ao desenvolvimento dos meios de transporte e de co-municações que facilitam os deslocamentos.
b) a internacionalização da economia em nossos dias pode ser observada pelo crescimento da velocidade dos transportes e com a tecnologia dos satélites, as comunicações também tornaram-se instantâneas.
c) a globalização está associada a uma aceleração do tempo, tornando os deslocamentos mais rápidos e o espaço mundial mais integrado.
d) com a globalização as diferenças culturais desapare-cerão em poucos anos, existindo uma certa unifor-mização de hábitos como a música, as roupas (jeans), alimentos (fast-food), refrigerantes e filmes.
e) os meios de transporte propiciaram uma redução da distância entre os lugares e do tempo. No roteiro Londres/Nova York houve uma economia de 15 horas, em 40 anos, quando é usado o avião.
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(CEFET-PR)“Antes mundo era pequeno
Porque Terra era grandeHoje mundo é muito grande
Porque Terra é pequenaDo tamanho da antena parabolicamará”.
(Gilberto Gil - Parabolicamará)
Sobre o texto acima podemos considerar:
I) Que o poema é equivocado, pois diz que hoje o mundo é muito grande, justamente quando estamos vivendo a revolução dos meios de informação.
II) A facilidade e a melhoria dos meios de transportes e comunicações tornou os lugares mais acessíveis, fazendo com que a distância entre eles seja apenas uma questão de relatividade.
III) A revolução das comunicações pode nos mostrar o mundo sem sairmos de casa, através do uso de antenas parabólicas.
IV) Que o processo de globalização poderá tornar o mundo uma aldeia global, pois os elementos da cul-tura local desaparecerão, dando lugar a uma cultura mundial graças aos meios de comunicações.
Das afirmações citadas, estão corretas apenas: a) I e II;b) III e IV;c) I e III;d) II e IV;e) II e III.
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1. UNICAMP A precarização do trabalho, a exclusão social, o
ressurgimento do desemprego em escala crescente atingem, em graus variáveis, o conjunto de países ati-vamente envolvidos no processo de globalização, ou seja, todos os membros da OCDE, mais duas dúzias de países da Ásia e da América Latina (Adaptado de Paul Singer, Globalização e desemprego: Diagnóstico e Alternativas, São Paulo, Contexto. 1999).
Considerando o texto anterior e o fragmento 7 da coletânea, responda:
a) O que é OCDE?b) Além dos Estados Unidos e da União Européia,
vários países fazem parte da OCDE. Cite três.c) Por que muitas empresas com sede em países
centrais do capitalismo localizam suas unidades produtoras em países periféricos?
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“Nem mesmo a Coca-Cola representa algo global, porque em cada país ou local o significado do ato de beber orefrigerante é diferente. O produto parece ser o mesmo mundo afora, só que ele adquire tantos pesos e valores quanto
as várias geografias.”(SantosSantosSantosSantosSantos, Milton. Veja, edição 1366, p.4. São Paulo, Abril Cultural, 16/11/94)
Por que o espaço geográfico é um conceito importante para a geografia? Porque o conhecimento geográfico é umainiciação ao raciocínio espacial. Não é possível compreender o mundo atual sem o mínimo de conhecimento geográfico.
Desde a Antigüidade, o saber sobre o lugar e sua posição na superfície terrestre sempre foi fonte de conhecimentoe poder. Quando Heródoto descreveu o Egito como “uma dádiva do rio Nilo” relacionou a fertilidade da terra agrícola comas cheias periódicas que depositavam material orgânico em suas margens.
Essa relação já era conhecida pelos sacerdotes egípcios, que eram chamados para recompor os limites daspropriedades alterados pelas águas e utilizavam as medições do nível das cheias para estimar as safras agrícolas do reino ecalcular o volume de impostos que seriam arrecadados pelos funcionários do Faraó.Adaptado de: TAdaptado de: TAdaptado de: TAdaptado de: TAdaptado de: Telecurso 2000, 2º grau, Geografia volume 1, pp. 8-11. São Pelecurso 2000, 2º grau, Geografia volume 1, pp. 8-11. São Pelecurso 2000, 2º grau, Geografia volume 1, pp. 8-11. São Pelecurso 2000, 2º grau, Geografia volume 1, pp. 8-11. São Pelecurso 2000, 2º grau, Geografia volume 1, pp. 8-11. São Paulo, Editora Globo, 1996.aulo, Editora Globo, 1996.aulo, Editora Globo, 1996.aulo, Editora Globo, 1996.aulo, Editora Globo, 1996.
O meio técnico alterou a relação com o mundo!O meio técnico alterou a relação com o mundo!O meio técnico alterou a relação com o mundo!O meio técnico alterou a relação com o mundo!O meio técnico alterou a relação com o mundo!
Mais recentemente vimos os vietnamitas em guerracontra os Estados Unidos saírem vitoriosos por conhecer oterreno, ou seja, o teatro de operações de guerra. Eles, emnúmero bem menor de soldados e armamentos, além dequase nenhuma tecnologia, utilizando-se dos elementos doterreno, puderam traçar estratégias para sua defesa, e vencerama guerra.
A importância do conhecimento do lugar onde sedesenvolvem quaisquer atividades humanas é decisiva paraatingir um fim proposto. Nesses exemplos históricos vimos aimportância do espaço geográfico, seja na produção de bensmateriais, seja nas práticas culturais, seja na guerra.
Vê-se, então, que a profissão de geógrafo é muito antiga.Durante muitos séculos ela vem sendo considerada de muitaimportância, tanto para os soberanos como para os homens
de negócios, pois os mapas e demais informações fornecidas pelos geógrafossão indispensáveis ao governo dos Estados, ou às empresas, quanto aocomando dos transportes ou tropas.
O saber geográfico na tomada de decisões, hoje, está presente emmuito das questões que afetam o futuro da humanidade. Tomemos porexemplo a questão ambiental, que expressa um dos problemas atuais quantoà capacidade de o planeta Terra suportar a exploração desenfreada dos recursosnaturais e depurar a imensa quantidade de resíduos lançados diariamente nabiosfera.
A questão ambiental evidencia claramente o estágio atual das relaçõesentre a sociedade e natureza, em que o crescimento urbano e industrial alterouradicalmente as condições naturais de existência humana, comprometendo acontinuidade da vida na superfície terrestre. Nesse campo, a Geografia possuiconhecimento acumulado capaz de ajudar a compreender as origens e osefeitos das mudanças que estão ocorrendo na Terra, enquanto morada dasociedade.
Manifestação pela cidadania plena,Manifestação pela cidadania plena,Manifestação pela cidadania plena,Manifestação pela cidadania plena,Manifestação pela cidadania plena, LituâniaLituâniaLituâniaLituâniaLituânia
Geopolítica e CartografiaGeopolítica e CartografiaGeopolítica e CartografiaGeopolítica e CartografiaGeopolítica e Cartografia
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Outro aspecto que a Geografia pode nos ajudar a compreender melhor o mundo atual diz a respeito à distribuiçãoda riqueza. Hoje, a maior parte da riqueza material está concentrada em países que abrigam apenas a quarta parte dapopulação mundial, o que mostra que as formas humanas de apropriação da natureza também estão desigualmenterepartidas na superfície da Terra. E isso se deve aos processos sociais que moldam as diferentes paisagens na superfície daTerra.
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GEOPOLÍTICA
A Geopolítica , como foi concebida no século XIX eampliada nas primeiras décadas do século XX, serviu deinstrumento para análise estratégica dos Estados queimpediam ou criavam barreiras para a concretização dosinteresses da burguesia alemã. Dessa forma, foi a base dapolít ica externa organizada pelo Estado alemãoexpansionista. Serviu também, sob o ponto de vista interno,para conter as aspirações populares e reforçar o poder daclasse dominante, utilizando para isso uma ideologianacionalista de direita.
GeopolíticaGeopolíticaGeopolíticaGeopolíticaGeopolítica, termo utilizado para designar ainfluência determinante do meio ambiente (elementoscomo as características geográficas, as forças sociais eculturais e os recursos econômicos) na política de umanação. O cientista político sueco Rudolf Kjellén, quecriou um sistema de ciência política baseado na interaçãodas forças sociológicas, políticas e físicas, criou a palavrageopolítica em seu trabalho, Staten som Lifsform (1916,O Estado como um organismo). A geopolítica chegou aser importante na Alemanha durante o período donacional-socialismo, pois proporcionou uma razãopseudocientífica para justificar sua expansão territorial.
Fonte: Enciclopédia Encarta
O uso da Geopolítica para justificar reivindicaçõesterritoriais, invasões, anexações, guerras e pilhagens, dofinal do século XIX até a Segunda Guerra Mundial, marcounegativamente o termo, o que explica o fato de oimportante intelectual e geógrafo brasileiro, NélsonWerneck Sodré, definir a geopolítica acadêmica como a“geografia do fascismo” ou por outras palavras, “geopolítica,a arma do fascismo”.
Na geografia o uso da geopolítica não tem esse caráterideológico, mas, ao contrário, analisaremos a organizaçãodos Estados, suas particularidades e sua distribuição pelasuperfície da Terra. Verificaremos a forma de definição eevolução das fronteiras, além dos tipos de organizaçãoespacial e territorial que elas originam.
Agindo assim, utilizamos a cartografia e a História parapoder explicar a evolução e o traçado atual das fronteirasparanaenses.
A QUESTÃO DAS FRONTEIRAS
As fronteirasfronteirasfronteirasfronteirasfronteiras têm uma especial importância nosestudos geopolíticos, já que servem para separar osservem para separar osservem para separar osservem para separar osservem para separar osEstadosEstadosEstadosEstadosEstados.
As finas linhas que em um mapa separam os paísesservem para del imitar as áreas de soberaniaservem para del imitar as áreas de soberaniaservem para del imitar as áreas de soberaniaservem para del imitar as áreas de soberaniaservem para del imitar as áreas de soberanianacionalnacionalnacionalnacionalnacional que se modificam constantemente ao longo dahistória, sendo objeto de tratados, conferências, guerras econflitos. Nos dias de hoje são raríssimas as fronteiras quenão estão subscritas por um tratado e traçadas de formaprecisa sobre os mapas.
Houve tempos em que as f ronte iras nãoas f ronte iras nãoas f ronte iras nãoas f ronte iras nãoas f ronte iras nãoexistiamexistiamexistiamexistiamexistiam. Hoje, no entanto, elas são essenciais para seconhecer a história de cada país. A noção moderna defronteira se desenvolve com a formação dos Estadosnacionais europeus, nos séculos XVIII e XIX. As raízes danoção moderna de fronteiras encontram-se no capitalismocomercial do século XVI e tornaram-se mundializadas coma expansão colonialista e com o imperialismo, impostos aoresto do mundo pelas metrópoles européias.
Embora a função seja sempre a mesma, ou seja,separar nações, há dois tipos de fronteiras: as mais antigase tradicionais, as fronteiras naturaisfronteiras naturaisfronteiras naturaisfronteiras naturaisfronteiras naturais, formadas por rios,mares, serras, etc; e as fronteiras artificiais fronteiras artificiais fronteiras artificiais fronteiras artificiais fronteiras artificiais desenhadasatravés de linhas retas, denominadas de linhas geodésicas,geralmente traçadas em locais pouco conhecidos.
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As fronteiras são, na verdade, muito tênues, raramenteservindo para efetivamente separar Estados. Através delas,temos observado, especialmente no final de século XX,uma crescente troca de influências e uma ampliação defluxos de pessoas, idéias e mercadorias, embora ao longoda História muitos Estados tenham tentado se fecharcompletamente, negando relacionar-se com os seusvizinhos ou com o mundo, como a China após a socializaçãode 1949, embora hoje a tendência seja a ampliação dosrelacionamentos e a abertura das fronteiras, por conta daGlobalização ou por causa dos Blocos Econômicos.
O termo geopolítico foi utilizado pela primeira vezpelo cientista político sueco Rudolf Kjéllen (1864-1922),no início do século XX. Partindo de uma concepçãonaturalista ele afirmava em sua obra, O Estado comomanifestação da vida, de 1916, onde o Estado seassemelhava a um organismo vivo, que procurava sedesenvolver em certas regiões para dela tirar o maiorproveito, transformando-se assim em uma unidade natural.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICADA TERRA
A cartografiacartografiacartografiacartografiacartografia é uma ferramenta fundamental para ogeógrafo na investigação do espaço. Veremos como o lugaronde ocorrem todas as modificações operadas pelaocupação humana pode ser descrito e explicado, de talmodo que consigamos identificar cada forma que compõea paisagem desse lugar. Vamos aprender que, para analisaros atributos do lugar, o geógrafo utiliza a cartografia, comoum conjunto de técnicas que permite representar em mapase cartogramas as diversas formas e processos que ocorremno espaço geográfico.
Como podemos descrever os atributos de umdeterminado lugar na superfície da Terra? Qual a importânciadessa descrição para a investigação das formas e dosprocessos que ocorrem neste lugar?
DESCREVENDO OS LUGARES
Para executar essa tarefa, o geógrafo dispõe de umconjunto de técnicas desenvolvidas há séculos, mas emconstante aprimoramento, que procura representar oslugares em duas dimensões, permitindo a correta localização,e destacando seus aspectos importantes. Essa técnica é acartografia, que hoje está sofrendo uma modificação radical,com a introdução de computadores que facilitam aconstrução de modelos digitais do terreno e a análise deuma grande quantidade de dados por meio dos SistemasSistemasSistemasSistemasSistemasde Informações Geográficas (SIG)de Informações Geográficas (SIG)de Informações Geográficas (SIG)de Informações Geográficas (SIG)de Informações Geográficas (SIG).
Nações sem EstadoNações sem EstadoNações sem EstadoNações sem EstadoNações sem Estado
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Um mapa, ou uma carta geográfica, mostra umaporção do espaço com suas características qualitativas equantitativas. Com uma linguagem simbólica, o mapa étambém uma mensagem sobre os objetos, as formas e osfatos, e as relações contidas no espaço descrito. Ele englobatodas as atividades que vão desde o levantamento de campoe da pesquisa bibliográfica até a impressão definitiva e apublicação do mapa elaborado. Assim, a cartografia é aomesmo tempo uma ciência, uma arte e uma técnica deapoio à Geografia.
Como meio de comunicação, o mapa pressupõe umalinguagem que emprega símbolos e signos inteligíveisdispostos no espaço, destinados a representar os maisdiversos fatos e objetos. E seu “visual” conduz à percepçãodesses fatos e de como eles se arranjam e se estruturamno espaço geográfico.
No entanto, a percepção e a visualização dos fatosinscritos no espaço cartografado mudam de acordo com onível de sua representação. Em outras palavras, mudam deacordo com as escalas. Quanto maiores forem asgeneralizações, menores as escalas, e quanto maior for aescala menos generalizações são feitas e mais se chegaperto do mundo real.
Todo geógrafo deve ser capaz de fixar numa carta adistribuição geográfica do fenômeno que ele estuda, e podeefetuar combinações e sínteses das relações espaciais entredois ou mais fenômenos. E nisso está a riqueza dacartografia, pois ela pode servir de auxílio à pesquisa, mastambém pode ser o resultado de uma pesquisa geográfica.
Para o trabalho do geógrafo, a cartografia pode serdividida em duas vertentes básicas: a cartografia sistemáticae a temática. A cartografia sistemática é feita por engenheiroscartógrafos e geodésicos, que fazem medições precisas dogeóide terrestre, que é a forma própria da esfera da Terra,a fim de localizar exatamente um ponto em sua superfície.As cartas topográficas, em suas diferentes escalas, sãorealizadas por esses profissionais e servem comoinstrumento de trabalho tanto para geógrafos como paravários outros profissionais.
1. PROJEÇÃO CILÍNDRICA
Também conhecida como ortográfica, tendo seusMerid ianos retosMer id ianos retosMer id ianos retosMer id ianos retosMer id ianos retos e PPPPPara le los curvosara le los curvosara le los curvosara le los curvosara le los curvos , as áreasáreasáreasáreasáreasrepresentadas nas margens superiores e inferiores dosmapas se apresentam muito distorcidasmuito distorcidasmuito distorcidasmuito distorcidasmuito distorcidas.
PROJEÇÃO UTM DE MERCATOR
O tradicional mapa-múndi de Mercator representa aGroenlândia com uma superfície maior que a da Américado Sul.
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
O meio ideal de representar a Terra é o globoglobogloboglobogloboterrestreterrestreterrestreterrestreterrestre, porém, como isso nem sempre é possível,recorre-se aos mapas e cartas geográficas, utilizando paraisso as escalas e as projeções.
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PROJEÇÃO DE PETERS
A projeção de Peters respeita a proporção entre os tamanhos, mas não as distâncias.
Esta projeção surgiu na década de 70 quando oTerceiro Mundo emergia com nova força na “ordemordemordemordemordemeconômica mundialeconômica mundialeconômica mundialeconômica mundialeconômica mundial”.
Nessa projeção os países do Hemisfério Norteparecem ter diminuído de tamanho. As deformaçõestransferiram-se para as distâncias. À medida que nosaproximamos dos pólos, as formas se alargam enquantosobre o Equador os países “esticam”.
2. PROJEÇÃO CÔNICA
Paralelos e Meridianos Retos
Muito utilizada nos planisférios, também se apresentacom distorções nas áreas próximas aos pólos.
3. PROJEÇÃO PLANA AZIMUTAL
Também conhecida como Polar, Poliédrica ouEqüidistante. Meridianos Retos e Paralelos Circulares, asdeformações também vão aumentando à medida que oponto de referência se distancia.
ESCALA
Escala é a relação aritmética entre as dimensões reaisda área representada e as dimensões gráficas utilizadas. É,portanto, a redução de uma área para que possa serrepresentada graficamente. Podem ser escalas gráficasgráficasgráficasgráficasgráficasou numéricasnuméricasnuméricasnuméricasnuméricas.
Em outras palavras, escala é a relação entre a distânciaou comprimento no mapa e a distância correspondente naTerra.
Existem os seguintes tipos de escala:
ESCALA GRÁFICA
Utiliza uma linha reta, dividida em setores como sefosse uma régua, e as distâncias verdadeiras são indicadasna própria escala.
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Escala numérica
Representa-se sob a forma de uma razão (l:200.000) ou de uma proporção 1
200.000, e onumerador corresponde à dimensão unitária no mapa e odenominador corresponde à dimensão real.
Isto significa que:1 cm no mapa = 200.000 cm na área real (ou 2.000
metros).Para relacionar as medidas reais com as medidas dos
mapas, utiliza-se a seguinte fórmula:
D = E . dD = E . dD = E . dD = E . dD = E . donde: D = distância real (em km).d = distância medida no mapa (mm, cm).E = escala usada no mapa.
NÃO ESQUEÇANÃO ESQUEÇANÃO ESQUEÇANÃO ESQUEÇANÃO ESQUEÇA!quanto maior for o denominador da escala, menor seráo mapa (pobre em detalhes);quanto menor for o denominador da escala, maior seráo mapa (rico em detalhes).
CLASSIFICAÇÃO DOS MAPAS
Quanto ao tema, temos:Gerais: Gerais: Gerais: Gerais: Gerais: visam ao público em geral (mapas de grandes
regiões, de países, de continentes e mapas-múndi).Especiais: Especiais: Especiais: Especiais: Especiais: visam a determinadas pessoas ou grupos
(profissionais); são mapas mais específicos ou técnicos(mapas políticos, econômicos, científicos, cartas náuticas,aéreas e cadastrais).
TTTTTemáticos: emáticos: emáticos: emáticos: emáticos: visam ao estudo, à análise e à pesquisade determinados assuntos (mapas geológicos, pedológicos,demográficos, climáticos, etc.).
Quanto à escala, temos:
Plantas Plantas Plantas Plantas Plantas — até 1: 1.000Cadastrais Cadastrais Cadastrais Cadastrais Cadastrais — de 1: 1.000 a 1: 10.000TTTTTopográficos opográficos opográficos opográficos opográficos — de 1: 10.000 a 1: 100.000Corográficos Corográficos Corográficos Corográficos Corográficos — de 1: 100.000 a 1: 1.000.000Geográficos Geográficos Geográficos Geográficos Geográficos — acima de 1: 1.000.000
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
Para facilitar a leitura e interpretação dos mapas, foramconvencionados certos símbolos, sinais ou cores, quequando aparecem nos mapas são chamados de:
Curvas de nívelCurvas de nívelCurvas de nívelCurvas de nívelCurvas de nível: são linhas que representam orelevo terrestre, ligando pontos de igual altitude.
Hachuras:Hachuras:Hachuras:Hachuras:Hachuras: linhas paralelas, traçadas entre as curvasde nível, uma espécie de sombreamento.
HipsometriaHipsometriaHipsometriaHipsometriaHipsometria: mostram as diferentes altitudes dorelevo pelo emprego de escalas corocromáticas dégradé,utilizando-se de várias cores.
BatimetriaBatimetriaBatimetriaBatimetriaBatimetria: mostram as diferenças de profundidadedo relevo submarino pelo emprego de uma escala dégradéa partir do azul, do mais claro ao mais escuro.
123451234512345123451234512345123451234512345
Dentre as formas de representar a superfície da Terra,qual é a melhor?
Resposta:Os globos terrestres já, que eles têm aproximadamentea mesma forma que o planeta.
0 10 10 10 10 1
MAFALDA. São Paulo; Global, n.3, p.37, 1978.
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Em um mapa físico, as partes coloridas em dégradé são:
a) as montanhas de grande altitude;b) as florestas;c) as planícies locais mais baixas;d) os oceanos profundos;e) as altitudes do relevo.
Se você tivesse que desenhar uma carta geográficarepresentando detalhadamente seu bairro, a melhorescala para isso seria a de:
a) 1: 5.000;b) 1: 12 000;c) 1: 135.000;d) 1: 100 000;e) 1: 10.000;
Em um determinado mapa, com a escala de 1: 100.000,os pontos A e B estão distantes entre si 5 centímetros.Qual a distância real entre essas duas cidades em Km?
a) 5 quilômetros;b) 50 quilômetros;c) 500 quilômetros;d) 500 metros;e) 50.000 metros.
Num mapa geográfico de escala não referida, a menordistância entre duas cidades é representada por 5centímetros. Sabendo-se que a distância real entre ambasé de 250 quilômetros, em linha reta, é correto concluirque o mapa foi desenhado na escala de:
a) 1:50;b) 1:250.000;c) 1:500.000;d) 1:2.500.000;e) 1:5.000.000.
Observe o mapa.
0 10 10 10 10 1
0 20 20 20 20 2
0 30 30 30 30 3
0 40 40 40 40 4
Com base no mapa, pode-se afirmar, exceto:
a) O território africano é um continente tropical, por estarlocalizado, em sua maior parte, entre os trópicos.
b) O território asiático está localizado no hemisfério oriental,pois ele se encontra a oeste do meridiano de Greenwich.
c) O território australiano encontra-se ao sul da linhaequatorial. Assim sendo, a Austrália é um país situadototalmente no hemisfério Sul.
d) O território dos Estados Unidos, devido ao grandealargamento no sentido leste-oeste e sua posição emlatitude, sofre a interferência de climas diversos.
e) O território sul-americano, por ser mais largo nas faixasequatoriais e tropicais, possui temperaturas médiaselevadas.
Observe o mapa e as informações
À primeira vista, você pode estranhar o mapa-múndiapresentado acima, que pode dar a impressão de estar“invertido” e “distorcido”. Isso acontece porque estamosacostumados a observar os mapas “normais” centradosna Europa, com o hemisfério Norte acima do Sul e, emgeral, com as terras do hemisfério Nortedesproporcionalmente maior. Como o nosso planeta éesférico, podemos representá-lo tendo qualquer pontocomo centro. A opção entre diferentes representaçõescartográficas não é simplesmente técnica, mas, também,política ou geopolítica. Na verdade, qualquer mapa contémuma visão de mundo e um conteúdo político-ideológico.Relacione as afirmações do texto acima com os mapas“normais” (centrados na Europa e com o Norte acimado Sul) e responda:Qual o conteúdo político-ideológico desses mapas?
0 60 60 60 60 6
0 50 50 50 50 5
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Apresente a resposta como a soma das alternativascorretas.A cartografia é de grande importância para a análise doespaço geográfico. Considerando seus conceitos eaplicações pode-se afirmar:
01. Latitude e longitude fazem parte de um sistema decoordenadas geográficas que servem para identificar umponto qualquer da superfície terrestre em relação aoEquador e ao meridiano de Greenwich.
0 70 70 70 70 7 02. Quando o relevo é muito íngreme as curvas de nívelaparecem no mapa umas muito distantes das outras.
04. Convenções e legendas cartográficas são utilizadas,exclusivamente, para representar fenômenos físicoscomo relevo e hidrografia.
08. Planimetria e altimetria são representações indicadas parademonstrar as unidades geológicas do globo terrestre.
(UFBA) Apresente a resposta como a soma das opçõescorretas.
A análise das projeções acima e os conhecimentoscartográficos permitem afirmar:
01. Na projeção I, os paralelos e os meridianos cruzam-se,formando ângulos retos.
02. A deformação das áreas localizadas em altas latitudesconstitui um sério inconveniente da projeção I.
04. A projeção II corresponde à azimutal, bastante objetiva ecom a peculiaridade de não apresentar deformações.
08. A projeção II é, dentre as destacadas, a mais indicadapara a representação do globo terrestre.
16. A projeção III corresponde à cônica e, nela, os paíseslocalizados nas regiões temperadas apresentampequenas deformações.
(CESGRANRIO) Considere dois mapas do Brasil, sendoque: o mapa A está na escala 1:10.000.000 e o mapa B,na escala 1:50.000.000.
0 10 10 10 10 1 Assinale a alternativa correta.a) Os mapas apresentam a mesma riqueza de detalhes.b) O mapa A apresenta menor riqueza de detalhes que o
mapa B.c) O mapa A apresenta maior riqueza de detalhes que o
mapa B.d) O mapa B é proporcionalmente cinco vezes maior que o
mapa A.e) Os dois mapas possuem o mesmo tamanho.
(UFPE) Observe:
1) Cartografia é a arte de representação gráfica da superfícieda Terra, em parte, ou no seu todo, de acordo com aescala.
2) A representação de uma superfície esférica, num plano (aexemplo do mapa), traz forçosamente deformações quepodem ser de distâncias, de áreas e de ângulos.
3) Nos mapas de grandes escalas, as deformações sãomuito sensíveis, enquanto nas cartas de pequenas escalasas deformações se tornam cada vez menos importantes.
4) As curvas de nível são linhas imaginárias que ligam ospontos situados na superfície da Terra à igual altitude.
5) Em toda elevação as cotas das curvas de nível diminuemda periferia para o centro, segundo uma proporçãoconstante.Estão corretos apenas os itens:
a) 1, 2 e 3;b) 2, 3 e 4;c) 1, 2 e 4;d) 3, 4 e 5;e) 2, 3 e 5.
(FGV - SP) Toda representação da superfície terrestreem um plano acaba ocasionando distorções nas formase dimensões das terras emersas e dos oceanos e mares.Dentre as projeções conhecidas, que atacam asdistorções de formas diferentes, identifique a que foiutilizada na figura a seguir.0 20 20 20 20 2
0 30 30 30 30 3
0 40 40 40 40 4
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a) Projeção Mollweide, com paralelos horizontais eeqüidistantes e os meridianos formando elipses. OEquador e o meridiano principal são retosperpendiculares. Diminuem a deformação das terras nospólos.
b) Projeção azimutal, com todos os paralelos circulares emeridianos convergentes em direção a um centro. Muitousada para a representação das áreas polares.
c) Projeção de Peters mantém as proporções, das áreasdas terras e dos oceanos e mares, mas alonga as formasdos continentes. Usada principalmente para dar destaqueàs terras das baixas latitudes.
d) Projeção policônica, vários cones tangentes à esfera. Osmeridianos são linhas retas e convergentes e os paraleloscírculos concêntricos. Usada mais para representar asterras de latitudes médias.
e) Projeção cilíndrica, com paralelos retos e meridianos retose eqüidistantes, amplia muito as dimensões das terraspolares e circumpolares.
(PUCCAMP) Considere o mapa apresentado abaixo.0 20 20 20 20 20 50 50 50 50 5
Assinale a alternativa que, de acordo com o mapa,apresenta, respectivamentrespectivamentrespectivamentrespectivamentrespectivamente, a distância entre Campinase Belo Horizonte e entre Campinas e Campo Grande.
a) 250 km e 437 km;b) 250 km e 575 km;c) 500 km e 875 km;d) 500 km e 1.125 km;e) 750 km e 1.250 km.
0 70 70 70 70 7
6. (UnB - DF) Some as opções corretas.Para a leitura de mapas, é necessário o conhecimento deescalas, de localizações de pontos por sistemas decoordenadas azimutes e de formas de representação dorelevo. Quanto a esse tema, julgue os itens a seguir:
01. A leitura da escala 1 cm por 10 km é representada, na suaforma fracionária, por 1/100 000.
02. Os mapas em escala de 1:10.000 representam áreasduas vezes menores que os mapas em escala 1:20.000.
04. A eqüidistância entre curvas de nível é a distância verticalque separa duas curvas sucessivas.
08. A partir apenas da identificação da escala de um mapa,não é possível determinar áreas e fazer comparações detamanhos.
(CEFET-PR) Com relação ao mapa:
a) o erro está no fato de ele ser apresentado de modoinvertido, pois a Antártida está colocada ao norte, e aEuropa e Ásia, ao sul da Terra, fato que invalida a projeçãode Peters;
b) nenhum dado está correto, pois, com a projeção dePeters, a Europa aparece proporcionalmente menor doque realmente é em relação aos demais continentes;
c) a forma do traçado dos continentes está mantida, mas oerro está no fato de o mapa ser apresentado de modoinvertido, resultado da projeção de Peters;
d) a proporção entre as áreas dos continentes correspondeà da realidade, apesar de comprometer as suas formas,resultado da projeção de Peters;
e) todos os dados são fiéis à realidade: a proporção entreas áreas, as formas dos continentes e as distâncias entretodos os pontos da superfície terrestre.
0 60 60 60 60 6
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0 80 80 80 80 8 (UFRN) Para um cartógrafo poder representar o maiornúmero de detalhes de uma área, qual das escalas abaixodeverá escolher?
a) 1:1.000;b) 1:10.000;c) 1:25.000;
(FUVEST-SP) Analisando a representação das diferentesaltitudes e da hidrografia da área mapeada, podemos,inferir que, no local assinalado pela letra A, temos:
a) um lago;b) altitudes acima de 800 metros;c) altitudes abaixo de 500 metros;d) rebaixamento do relevo e desaguadouros de rios;e) maiores altitudes e nascentes dos rios.
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d) 1: 50.000;e) 1: 100.000.
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As várias localidades no mundo não podem ser vistas como simples unidades administrativas. Temos que perceberque elas coincidem, de uma maneira geral, com as diversas tradições culturais presentes em seu território. É bom ressaltarque cada lugar, por razões históricas, concentrou determinados hábitos culturais, ou seja, tradições e formas de sobrevivênciacultivadas pelas populações que, ao longo do tempo, ali se estabeleceram.
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O MUNDO E SEUS CONTINENTES
Muitos são os critérios para regionalizar o espaçogeográfico, ou seja, dividir o espaço em partes menoresque passam a ser chamadas de regiões. Dividir o imensoterritório do espaço mundial em espaços regionais menoressempre constituiu um sério problema, pois ao longo dahistória foram propostas várias divisões regionais para oscontinentes, cada uma diferente da outra. Mas qual aimportância e o objetivo de se dividir o território do planetaTerra em regiões?
Como já vimos, o espaço geográfico é a soma doselementos que fazem parte da natureza mais a ação dotrabalho do homem sobre estes elementos. Portanto, oespaço regionalizado depende do critério adotado para adivisão e quais são seus objetivos, pois pode ser importantedo ponto de vista administrativo na medida em que ajuda osgovernos a planejar com mais eficiência e a desenvolverpolíticas públicas mais objetivas, uma vez que, conhecendomelhor a realidade de uma dada região, fica mais fácil adotare pôr em prática os planos de governo. Deste modo, cadanação ou povo, dependendo do seu Estado, ou seja, de suaforma de governo e administração, marcou e demarcou
fronteiras conforme seus interesses, muitas vezes atravésde guerras; por isso a dificuldade de estabelecer limites entreos povos, bem como indicar o nome da localização deseus territórios, já que eram sempre temporários emudavam muito, além de ter poucas informações registradasao longo da história da humanidade.
Para um estudo mais crítico da formação das váriasnações, iremos contextualizar historicamente a construçãodos Estados-Nações. O Renascimento Urbano écontemporâneo do Renascimento Mercantil. As caravanasmercantilistas que atravessavam o Velho Mundo foramresponsáveis pela revitalização da vida urbana medieval,assim como pela criação de novos centros urbanos.
Os caminhos terrestres e fluviais foram tãoimportantes para os mercadores quanto os caminhosmarítimos.
Desse processo de conquista resultou não só odesaparecimento de diversos povos/nações que viviam naAmérica, África e Oceania, mas também o surgimento deinúmeros outros, influenciados pelo modelo de vida edesenvolvimento dos conquistadores.
A Geografia RA Geografia RA Geografia RA Geografia RA Geografia Regionalegionalegionalegionalegional
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A Geografia Regional
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Origem da denominação EuropaOrigem da denominação EuropaOrigem da denominação EuropaOrigem da denominação EuropaOrigem da denominação Europa: No séculoV a.C., o termo Europa é usado em oposição à Ásia, ouasuasuasuasuasu, (a terra do) sol nascente, e ereberebereberebereb, erib erib erib erib erib (a terra da)escuridão, do sol poente, do ocidente, que seria Ásia eEurope (do latim, EuropeEuropeEuropeEuropeEurope, EuropaEuropaEuropaEuropaEuropa), considerada pelosorientais como terra da escuridão, trevas e obscuridade,pois teriam a mesma origem, ou seja, Europa o lugar dosol poente, e Ásia o lugar do sol nascente.
No século XI, mares e rios eram as principais viasde comunicação entre os povos que construíam o espaçoda Europa. Contudo, a expansão comercial afetou apenasuma parcela pequena dos habitantes do continente: osistema feudal mantinha sua hegemonia e auto-suficiência.
GEOGRAFIA DOSCONTINENTES
Em 1912, o geofísico alemão Alfred Wegener, naobra A origem dos continentes e oceanoA origem dos continentes e oceanoA origem dos continentes e oceanoA origem dos continentes e oceanoA origem dos continentes e oceanos, propôs aconhecida TTTTTeoria da deriva dos continenteeoria da deriva dos continenteeoria da deriva dos continenteeoria da deriva dos continenteeoria da deriva dos continentes, natentativa de explicar a evolução do nosso planeta e a atualrepartição das massas continentais.
PPPPPangéia angéia angéia angéia angéia era uma só massa continental há 200 milhõesde anos aproximadamente.
Segundo Wegener, até o final da era paleozóica existiaum único supercontinente denominado PPPPPangéia.angéia.angéia.angéia.angéia.
O supercontinente Pangéia foi se fragmentando peloaparecimento de fraturas em contínua expansão.
Dessa fragmentação, surgem dois grandescontinentes, um ao sul do planeta — o continente decontinente decontinente decontinente decontinente deGondwanaGondwanaGondwanaGondwanaGondwana, e outro ao norte — o continente dacontinente dacontinente dacontinente dacontinente daLaurás ia.Laurás ia.Laurás ia.Laurás ia.Laurás ia.
Durante o período cretáceo (era mesozóica),Gondwana teria se fragmentado, dando origem à África, àAmérica do Sul, à Índia, à Antártida e à Austrália.
O continente Laurasiano deu origem à América doNorte e Central, a Groenlândia e à Eurásia.
Há cerca de 65 milhões de anos (início da eracenozóica), decorridos mais de 100 milhões de anos desdeinício do processo de separação, os continentes já estavambem próximos da sua configuração atual. Finalmente, nosúltimos 65 milhões de anos, continentes e oceanosadquiriram a configuração atual.
POR QUE OS CONTINENTESMIGRARAM?
De acordo com uma teoria da deriva dos continentes,a crosta terrestre se encontra muito fragmentada, formandoplacas que flutuam e se movimentam sobre um substratomagmático ou fluido.
A crosta terrestre está dividida em seis grandes placas,sendo que os limites dos continentes não coincidem comos das placas.
Essas placas, ao se deslocarem horizontalmente pelaação subjacente do material magmático, provocaram, emseus limites externos (bordas), a ocorrência de váriasdeformações e fenômenos, como o surgimento dedobramentos, falhas, vulcanismos e terremotos. Portanto,o aparecimento de áreas instáveis geologicamente com apresença de vulcanismo, abalos sísmicos e áreas comdobramentos modernos (Himalaia, Andes, Rochosas, etc.)não é puramente casual, mas obedece a uma determinadalógica.
SEQÜÊNCIA DO PROCESSO DEFRAGMENTAÇÃO CONTINENTAL
A EUROPA
Pertencendo ao chamado “Velho Mundo” a Europa,embora faça parte de uma única massa continentaljuntamente com a Ásia (Eurásia), pode ser estudada comoum continente autônomo, embora tenha uma pequenadimensão territorial - que pode ser vista como uma penínsulado grande continente asiático - contrasta com suaimportância histórica, cultural, política e econômica.
PPPPPaíses Europeus:aíses Europeus:aíses Europeus:aíses Europeus:aíses Europeus: São 48: Albânia, Armênia,
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Azerbaidjão, Belarus, Bósnia-Herzegóvina, Bulgária, Croácia, Eslováquia , Eslovênia, Estônia, parte européia da FederaçãoRussa, Geórgia, Hungria , Iugoslávia, Letônia, Lituânia,Macedônia, Moldávia, Polônia, República Tcheca, Romênia,parte européia da Turquia e Ucrânia, Alemanha, Andorra,
O continente foi um dos berços da civilizaçãoocidental, abrigando incontáveis conquistas no plano daciência, das idéias e das artes. A diversidade dos povos queali se estabeleceram e suas longas tradições históricascontribuem para essa riqueza cultural. Também é na Europaque eclodem a Revolução Industrial e a Revolução Francesa,a partir das quais se organizam as sociedades modernas,baseadas no capitalismo e na democracia liberal.
O continente exerceu, durante muitos séculos, umpapel hegemônico sobre o mundo. Impulsionadas pelaexpansão marítima e comercial, as potências coloniaisformam verdadeiros impérios, com extensão bem maiordo que a superfície de seus Estados. Na primeira metadedo século XX, a Europa é devastada por duas guerrasmundiais e, posteriormente, dividida em dois blocos:capitalista e comunista. A criação da Comunidade EconômicaEuropéia (atual União Européia), em 1957, e oencerramento da Guerra Fria, no final dos anos 80,
Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Espanha, Finlândia,França, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália, Liechtenstein,Luxemburgo, Malta, Mônaco, Noruega, Países Baixos(Holanda), Portugal, Reino Unido, San Marino, Suécia, Suíçae Vaticano.
inauguram uma nova fase em sua história, marcada portentativas de cooperação entre antigas nações rivais.
A Europa tem uma área de 10.349.915 km², incluindoa parte européia da Federação Russa e da Turquia. É banhadaao norte pelo mar Glacial Ártico, a oeste pelo OceanoAtlântico e ao sul pelo Mar Mediterrâneo.
RELEVO E HIDROGRAFIA
A fronteira convencional com a Ásia compreende osMontes Urais, o rio Ural, o Mar Cáspio, as montanhas doCáucaso e o Mar Negro. O litoral é bastante recortado,totalizando 37.900 km. Apresenta cinco grandes penínsulas- Ibérica, Itálica, Balcânica, Escandinava e da Jutlândia - evárias ilhas e arquipélagos, entre os quais as ilhas Britânicas,a Islândia , a Córsega, a Sicília e Creta.
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O território europeu é formado por planícies: 56%de sua extensão está abaixo de 200 m, 27% entre 200 me 500 m, 10% entre 500 m e 1.000 m e apenas 7% emaltitudes superiores a 1.000 m. A altitude média é de 340m. O relevo montanhoso prevalece nas porções norte -onde estão os montes Escandinavos e as cadeias das ilhasBritânicas - e sul - percorrida pelos Pirineus, Alpes, Cárpatose Bálcãs. No centro existe uma vasta planície que seprolonga, quase sem interrupção, dos Pireneus até osMontes Urais. O continente não abriga grandes rios: o maiordeles, o Volga, tem 3.531 km. Embora os mais importantes,economicamente falando, sejam o Reno e o Danúbio.
CLIMA E VEGETAÇÃO
O tipo climático dominante é o temperado,o temperado,o temperado,o temperado,o temperado,caracterizado por duas variantes:
ContinentalContinentalContinentalContinentalContinental: com invernos secos e rigorosos (- 20 °Cou mais frio) e verões quentes (23 °C) e chuvosos,dominante nas porções interiores do continente, ondenão há influência oceânica.OceânicoOceânicoOceânicoOceânicoOceânico: apresenta-se mais chuvoso e com invernosmenos rigorosos do que os da variante anterior. Abrangea área litorânea diretamente voltada para o OceanoAtlântico, com forte influência da Corrente do Golfo (GulfStream), quente, e que contribui para aumentar os índicespluviométricos na área ocidental da Europa.
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O sul da Europa possui clima do tipo mediterrâneo,com verões quentes e secos e invernos amenos echuvosos, semelhantes aos de climas subtropicais.Abrange o sul da França, Itália, Grécia, Portugal e Espanha.
Essa faixa é ocupada pelas florestas temperadas ede coníferas. No noroeste prevalece o clima oceânico.O extremo norte tem clima polar e a vegetação típica é atundra. Grande parte (68%) das florestas da Europa(excluindo a área da Federação Russa) já foi desmatada,segundo o World Resources Institute. As maioresextensões de mata nativa são de coníferas e encontram-se na Suécia e na Finlândia.
POPULAÇÃO
A Europa possui 746,2 milhões de habitantes.Apresenta a menor taxa de crescimento demográfico domundo, 0,04% entre 1995 e 2000, segundo projeçãodo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). É
o continente de povoamento mais uni forme. Aconcentração populacional é alta no centro e no oeste emenor nas porções norte e leste. Também é notável opredomínio de grandes cidades, como Moscou, Londres,São Petersburgo, Berlim, Madri, Roma e Paris. A maioriados europeus fala idiomas do tronco indo-europeu. Aslínguas mais difundidas pertencem ao ramo latino (integradopelos espanhóis, italianos, franceses e portugueses),germânico (formado por alemães, ingleses e escandinavos)e eslavo (constituído de russos, búlgaros, iugoslavos eucranianos). O cristianismo é a principal religião da Europa.No continente existe grande número de adeptos tanto docatolicismo como do protestantismo e da Igreja Ortodoxa.
(...) a Europa inchou de maneira desmedida com o ouro e as matérias-primas dos países coloniais: AméricaLatina, China e África. De todos esses continentes, perante os quais a Europa hoje ergue sua torre opulenta, partem háséculos, em direção a essa mesma Europa, os diamantes e o petróleo, a seda e o algodão, as madeiras e os produtosexóticos. A Europa é, literalmente, a criação do terceiro mundo.
FFFFFanon, Fanon, Fanon, Fanon, Fanon, Frantz. Os condenados da terra.rantz. Os condenados da terra.rantz. Os condenados da terra.rantz. Os condenados da terra.rantz. Os condenados da terra.
Vista panorâmica de nice, FVista panorâmica de nice, FVista panorâmica de nice, FVista panorâmica de nice, FVista panorâmica de nice, Françarançarançarançarança
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12345123451234512345123451234512345
12345123451234512345123451234512345
0 10 10 10 10 1 (PUC-RIO)Na Europa, após 1989, com a derrubada do Muro deBerlim e o fim da Guerra Fria, ocorreu uma reformulaçãodas fronteiras fazendo surgir um novo mapa político.Podemos considerar como parte desta reformulação:
a) os movimentos de aglutinação política no leste europeu;b) o fortalecimento da unidade étnica na Iugoslávia;c) a definição do projeto unitário da Europa Ocidental;d) a desintegração da Comunidade de Estados
Independentes (CEI);e) a reunificação da Irlanda do Norte e da Irlanda do Sul.
Resposta (c) a definição do projeto unitário da EuropaOcidental.O novo mapa político europeu é marcado, após o fim daGuerra Fria, pela definição do projeto unificador da EuropaOcidental, concretizada no Tratado de Maastricht, de1992.
Assinale a alternativa que corresponde às cadeiasmontanhosas numeradas no mapa abaixo:
a) 1 – Cárpatos, 2 – Pireneus, 3 – Apeninos e 4 – AlpesCentrais;
b) 1 – Pireneus, 2 – Alpes Centrais, 3 – Cárpatos e 4 –Apeninos;
c) 1 – Apeninos, 2 – Pireneus, 3 – Alpes Centrais e 4 –Cárpatos;
d) 1 – Cárpatos, 2 – Alpes Centrais, 3 – Pireneus e 4 –Apeninos;
e) 1 – Pireneus, 2 – Apeninos, 3 – Alpes Centrais e 4 –Cárpatos.
“São três cadeias que se sucedem, respectivamente, deoeste para leste, for-mando um arco montanhoso naparte meridional da Europa.”É mais provável que ao sul desse arco montanhosopredomine o clima do tipo:
0 10 10 10 10 1 a) mediterrâneo, com verões úmidos e invernos secos;b) mediterrâneo, com verões secos e invernos úmidos;c) temperado continental, com verões úmidos e invernos
secos;d) temperado oceânico, com verões úmidos e invernos
secos;e) tropical oceânico, com chuvas regularmente distribuídas.
A diminuição do ritmo de crescimento da populaçãoeuropéia, a partir do final do século XIX, teve comocausa fundamental a:
a) elevação das taxas de mortalidade;b) redução espontânea das taxas de natalidade;c) guerra de conquista para formação dos impérios coloniais
na África e na Ásia;d) esterilização de grandes efeitos demográficos;e) considerável emigração para a Zona Intertropical.
As temperaturas médias e as chuvas diminuem deLondres para Varsóvia devido, principalmente, ao efeito:
a) dos ventos frios do leste;b) do distanciamento do oceano;c) do relevo;d) da altitude;e) da latitude.
A região sul da Itália constitui verdadeira “reserva de mão-de-obra” tanto para a região norte do próprio país comopara outros países da União Européia. Tal característicase relaciona ao fato de:
a) haver acentuado desequilíbrio regional entre o norteindustrializado e o sul basicamente agrícola e densamentepovoado;
0 20 20 20 20 2
0 30 30 30 30 3
0 40 40 40 40 4
0 50 50 50 50 5
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b) todo o país ser essencialmente agrícola e a existência declima com invernos rigorosos, no sul, criar condições demigração para o norte italiano;
c) que dentro do país há vastas áreas a serem colonizadas ea ausência de política migratória leva a população a emigrar;
d) o sul da Itália possuir a maior massa de mão-de-obraqualificada do país;
e) o norte da Itália ter população em fase de envelhecimentoe o sul ter população jovem.
O cartograma apresenta o vale do Reno, onde algumasaglomerações urbanas da Alemanha têm sua origem edesenvolvimento ligados ao Ruhr.Identifique, entre as alternativas a seguir, a que melhorcorresponde às atividades econômicas característicasdessa área.
a) Policultivo intenso e extração petrolífera.b) Monocultura extensiva e indústria pesada.c) Pecuária e atividades comerciais.d) Agroindústria e mineração de ferro.e )e )e )e )e ) Indústrias de bens de produção e extração carbonífera.
0 60 60 60 60 6
Leia e compare os textos abaixo:Texto 1:“A Grã-Bretanha é o país mais urbanizado da Europa:85% da população reside nas aglomerações urbanas. Elaconservou, apesar disso, como na França, a armadura develhas redes urbanas de outrora. Apesar da grandeconcentração urbana, conserva-se, em alguns lugares, aimagem da vida provincial, nos pequenos centros urbanosantigos.”
Texto 2:“A estrutura urbana da Grã-Bretanha é caracterizada porum pequeno número de concentrações urbanas muitograndes, que correspondem a áreas economicamentemuito importantes, ou à capital do país.”O aparente paradoxo, ou a transformação da estruturaurbana da Grã-Bretanha, proposta nos dois textos, exigeexplicação. Aponte a alternativa que melhor se ajusta àelucidação dos textos.
a) A estrutura urbana contemporânea é de caráter diferente.Ela corresponde à intensificação da vida rural inglesa, frutoda ação das atividades industriais na produção agrícola dopaís.
b) A modificação da estrutura urbana da Grã-Bretanha éfruto da Revolução Industrial, que hipertrofiou os portosmais bem situados, desfavoreceu algumas cidades antigase criou novas, tais como: cidades do carvão, cidades doferro e algodão.
c) Na estrutura urbana inglesa contemporânea, somente asbacias carboníferas formaram grandes aglomeraçõesurbanas.
d) A Revolução Industrial modificou a estrutura urbana inglesa,criando cidades especializadas em certos produtos, masnão interferiu na modificação da estrutura agrária do país.
e) Os pequenos centros urbanos do período pré-industrialsão ainda importantes centros de indústriasespecializadas.
0 70 70 70 70 7
1234123412341234123412341234
1. (MACK-SP) Geograficamente, não é difícil entender asestratégias adotadas pela máfia albanesa e a escolha da Itáliacomo meta principal do tráfico de seres humanos (...) (Folha de São Paulo - 21/07/2000)Assinale a alternativa que não explica a escolha da Itália:
a) Sua posição estratégica na Europa, possuindo 8.000quilômetros de costa e a proximidade da Grécia, Turquiae dos países árabes.
0 10 10 10 10 1 b) A fase de forte desenvolvimento econômico e social,fenômeno que tem mudado a história do país.
c) A transformação, ao longo deste século, de um país deemigração, para um destino sonhado por milhares depessoas do Leste Europeu e do Norte da África.
d) A diversidade racial da população devido à presença degrande número de imigrantes oriundos das antigascolônias do país.
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e) A sua atual riqueza econômica e a relativa ausência deatitudes racistas generalizadas.
(PUC-PR) Sob a influência de seu primeiro diretor-geral,Julian Huxley, a Conferência Geral da UNESCOreconhecia, já em 1948, que o mundo do pós-guerratinha pela frente três grandes focos de problemas: onacionalismo, o aumento populacional e os obstáculosao progresso tecnológico. (Urzúa, R. - O Correio da Unesco - 1992)Passados mais de 50 anos dessa conferência, adeclaração:
I- continua em parte atual, pois o nacionalismo recrudesceu,principalmente após a desintegração do bloco soviético.
II- perdeu em parte a atualidade, pois verifica-se, empraticamente todo o mundo, uma tendência à reduçãodas taxas de fecundidade, e conseqüentemente doaumento populacional.
III- continua em parte atual, pois grande parte das nações domundo ainda não têm acesso ao progresso tecnológicoalcançado pelos países industrializados do norte.
IV- perdeu em parte a atualidade, pois no mundo globalizadoo nacionalismo desapareceu e o progresso tecnológicodisseminou-se por todo o planeta.Das afirmações acima, são verdadeiras:
a) apenas I, II e III;b) apenas II e IV;c) apenas I e II;d) apenas I, II e IV;e) I, II, III e IV.
(UNESP) Com a desintegração do bloco socialista nadécada de 90, poder-se-ia esperar que o mesmoocorresse com a OTAN (Organização do Tratado doAtlântico Norte), porém a aliança militar atlântica defendea sua manutenção com o objetivo de:
I. combater organizações mafiosas e o narcotráfico.II. conter Estados “hostis” que supostamente dispõem de
armas de destruição maciça.III. conter ações terroristas que poderão ameaçar a Europa,
a América do Norte, o Japão e Israel.IV. ter controle bélico dos países do leste europeu e da
América Latina, que ainda são apontados como fonte deperigo para os aliados.Estão corretas:
a) somente I e II;b) somente I e III;c) somente II e IV;d) somente III e IV;e) I, II, III e IV.
(MACK) Essa corrente marítima quente atua no litoralocidental e setentrional da Europa, amenizando asamplitudes térmicas da fachada Atlântica do continente eprovocando altos índices pluviométricos. Sua açãotambém evita o congelamento das águas oceânicas nacosta norueguesa.Trata-se da corrente:
a) de Humboldt;b) do Labrador;c) Gulf Stream;d) Norte-Pacífica;e) da Groenlândia.
(PUC - MG) A questão deve ser respondida de acordocom o mapa a seguir.
A Cordilheira dos Andes foi originada pelo contato entreas placas:
a) Nazca e Sul-Americana;b) Antártica e Nazca;c) Sul-Americana e Antártica;d) do Pacífico e Sul-Americana;e) Antártica e do Pacífico.
(PUC-RIO) A passagem da economia centralmenteplanificada para a economia de mercado, na Rússia, criouuma situação de fragilidade que se manifesta:
I- na fragmentação do espaço russo resultante da vitóriados movimentos separatistas.
II- na incapacidade de controle, por parte do governo, dasações dos diferentes agentes econômicos.
III- no retrocesso da capacidade de produção demonstradapela redução do PIB russo.Está (ão) correta(s):
a) apenas a afirmativa I;b) apenas a afirmativa II;c) apenas a afirmativa III;d) as afirmativas I e II;e) as afirmativas II e III.
0 20 20 20 20 2
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(CESGRANRIO) Digamos que a Alemanha feche hojesuas fronteiras. Quem é trabalhador estrangeiro e já morano país pode ficar. De fora não entra mais nenhum.Mesmo que tais fatos acontecessem, não haveria comoimpedir a “estrangeirização” da população alemã. Asituação alemã retratada acima, e que pode ser estendidaa outros países europeus, pode ser explicada por umadas opções a seguir. Assinale-a:
a) Uma maior tolerância na aceitação desses trabalhadoresestrangeiros como partes da sociedade, tornando-oscidadãos nacionais, mas impedindo a entrada de novosimigrantes.
b) Uma política oficial de incentivo aos casamentosinterétnicos como medida de ampliação dos níveis decrescimento demográfico, acarretando uma“estrangeirização” resultante da miscigenação.
0 70 70 70 70 7 c) Um percentual cada vez maior de população de origemestrangeira no conjunto da população dos paíseseuropeus, decorrente das diferenças nos ritmos decrescimento demográfico.
d) Uma política de pleno emprego, tanto de mão-de-obranacional como da estrangeira, o que vem elevando ossalários dos imigrantes e lhes permite maior atuação navida política e econômica dos países europeus.
e) Medidas tomadas para incentivar a natalidade nos diversospaíses europeus, que vêm tendo enorme sucesso e quelimitam a necessidade de apelo à mão-de-obra estrangeira,mas mantendo os que já vivem nesses países.
(PUC-RIO) Considerando a crise do trabalhoindustrial, neste início de século, e observando o gráfico,podemos afirmar que:
I - os países europeus ocidentais vêm enfrentando taxasexpressivas de desemprego, devido aos altos custosrelativos da produção industrial no continente;
I I - os empresários europeus desejam atransnacionalização das indústrias tradicionais queempregam muita mão-de-obra, como as têxteis e asalimentícias, para ampliar a mais-valia;
III - as crises de desemprego na Europa não são mais gravesdevido à manutenção da seguridade social conquistadaao longo do século XX;
IV - a adesão dos países do antigo Leste europeu à UniãoEuropéia beneficiará os trabalhadores da União, poishaverá uma redução dos valores médios da hora detrabalho.Assinale a alternativa que indica todas as afirmativascorretas:
a) I e II;b) I, II e III;c) III e IV;d) II, III e IV;e) I, II, III e IV.
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Gabarito
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Geo
grafi
a
Coordenadas Geográficas
Exercícios de Aplicação
01- b 02- d 03- e04- ( x ) 05- a 06- ( x )
( ) ( x )( x ) ( )( ) ( )( ) ( x )
07- b
Questões de Vestibulares
01- a 02- d03- 1 04- e05- d 06- d07- b
Desafio
Letra d
O Que é Geografia ?
Exercícios de Aplicação
01- d02- a03- d04- a05- ( x )
( x )( )( x )( )
06- ( x )( x )( )( x )( )( x )
07- ( x )( )( )( )( x )
08- d09- c10- d
Questões de Vestibulares
01- 01); 08); 16).02- b03- c04- b05- d06- a07- c08- d09- b
Desafio
Letra d. Analisando-se os fatores socioeconômicos eambientais relacionados a áreas com diferentes níveis dedesenvolvimento, é possível afirmar-se que a taxa demortalidade infantil de um país é reflexo – entre outrosfatores – de suas condições sociais médias. Nesse caso,especialmente nos setores vinculados às condições desaúde, sanitárias e de saneamento básico, o que seobserva é uma situação extremamente grave nos paísesafricanos ao sul do Saara, que se reflete de forma ostensivaem suas taxas de mortalidade infantil e de esperança devida.
Atmosfera
Exercícios de Aplicação
01- a 02- b03- a 04- d05- c 06- e07- c
Questões de Vestibulares
01- c 02- a03- b 04- b05- e 06- a07- c 08- b
Desafio
Letra e
Hidrosfera
Exercícios de Aplicação
01- c 02- c03- a 04- e05- d 06- d07- ( )
( x )( x )( )( x )
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Gabarito
2
Geo
grafia
Urbanização Contemporânea
Exercícios de Aplicação
01- ( C ) 02- ( C )( E ) ( C )( C ) ( C )( C ) ( C )
( E )( C )
03- 01, 04, 16 e 32 04- d05- d 06- c07- b
Questões de Vestibulares
01- e 02- a03- c 04- 04, 1605- a 06- c07- b
DesafioLetra a
O Mundo Hoje
Exercícios de Aplicação
01- c 02- a03- b 04- a05- a 06- c07- d
Questões de Vestibulares
01- d 02- a03- a 04- e05- c 06- c07- e 08- d
Desafio
Letra b
Questões de Vestibulares
01- c 02- d03- b 04- d05- c 06- b07- e
Desafio
Letra : aResposta é igual a zero.No instante em que o rio atinge o nível de base, isto é, omomento em que não é mais possível o escoamento desuas águas, a capacidade de realizar trabalho é igual azero.
A Economia no Mundo
Exercício de Aplicação
01- c02- b03- d04- c05- a06- d07- a
Questões de Vestibulares
01- 01, 08, 16.02- e03- a04- b05- e06- d07- e
Desafio
a) A OCDE é a Organização para Cooperação eDesenvolvimento Econômico. Foi criada em dezembrode 1960, como sucessora ampliada da antiga OrganizaçãoEuropéia de Cooperação Econômica, entidade criada logoapós a segunda Guerra Mundial e que tinha por funçãoadministrar os fundos provenientes do Plano Marshall,usados na reconstrução da Europa. Dentre as finalidadesde seu estatuto estão: atingir o crescimento econômico;criar emprego para a população dos países membros; epromover o desenvolvimento mundial.
b) Além dos Estados Unidos e dos 15 membros da UniãoEuropéia fazem parte dessa organização Austrália, Coréiado Sul, Polônia, Turquia, México, República Tcheca, Suíça,Hungria, Japão e Nova Zelândia.
c) As empresas que têm sede nos países centrais eapresentam unidades produtivas em países periféricossão chamadas de transnacionais. Após a Segunda GuerraMundial, elas se expandiram rapidamente. Dentre ascausas desse fato estão:- busca de mão-de-obra barata e abundante;- fuga das legislações ambientalistas rígidas que estavamsendo implantadas nos países centrais;- inexistência ou liberalidade das legislações ambientalistasnos países periféricos;- estruturas sindicais pouco organizadas, que permitem aexploração do trabalho;- proximidade das matérias-primas;- busca de mercados consumidores potenciais;- interesse em usufruir dos benefícios promovidos porEstados interessados em industrializar-se.
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Gabarito
3
Geo
grafi
a
Geopolítica e Cartografia
Exercícios de Aplicação
01- e02- a03- a04- e05- b06- Supervalorizam e centralizam as áreas onde se situam os
continentes do hemisfério Norte, ao contrário do mapaapresentado na questão.
07- 01
Questões de Vestibulares
01- 01, 02 e 16 02- c03- d 04- e05- c 06- 01+02=0307- d 08- a
Desafio
Letra e
A Geografia Regional
Exercícios de Aplicação
01- d 02- b03- b 04- b05- a 06- e07- b
Questões de Vestibulares
01- d 02- a03- a 04- c05- a 06- e07- c
Desafio
Letra: b) I, II e III.A única afirmativa errada é a de número IV, pois a inclusãodos países do leste europeu vai provocar uma maiordesvalorização do fator trabalho dentro da União Européiaonde o desemprego já é muito elevado. No momentoem que os sindicatos de trabalhadores já se encontramvulneráveis devido à substituição da mão-de-obra pelosequipamentos de alta tecnologia, a ampliação da UniãoEuropéia para o leste deve agravar ainda mais odesemprego entre a população de menor qualificação.
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A Europa AtualA Europa AtualA Europa AtualA Europa AtualA Europa Atual
O final do século XX mostra-nos uma série de
transformações que trazem consigo a necessidade de
reavaliarmos as diversas maneiras até aqui utilizadas para
“dividir-se o mundo” e para agrupar ou classificar os países
do globo.
A ordem mundial vigente durante mais de quatro
décadas, em que o mundo esteve dividido entre as influências
do capitalismo X socialismo, ruiu repentinamente entre os
anos 80 e 90.
As antigas classificações ainda são válidas? A atual
transição da economia mundial já permite consolidar outras
divisões?
Alguns anos atrás, de modo especial entre 1989 e
1992, o mapa-múndi político passou por modificações
radicais. Novos estados-nações (países) surgiram naquele
período e outros desapareceram. Fronteiras aparentemente
sólidas foram redefinidas. Em 1988 existiam 170 países
independentes na superfície terrestre e em 1993 já eram1234123412341234123412341234
mais de 190.
É certo que sempre surgem alterações no mapa-
múndi, pois fronteiras políticas não são eternas. Mas a
rapidez com que as últimas modificações ocorreram
surpreendeu a todos de modo que os últimos anos da
década de 80 e os primeiros da de 90 podem ser
considerados revolucionários.
Outro período comparável a este, em termos de
mudanças radicais, ocorreu logo após a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945) e, na atualidade, as maiores
modificações aconteceram na Europa, principalmente em
sua porção leste. Isto porque, naquela época, instalava-se
uma nova ordem internacional bipolar, ou seja, diretamente
sujeita à influência de dois pólos de poder ligados aos EUA
(capitalismo) e à União Soviética (socialismo); foi a ordem
da Guerra Fria. Para compreender melhor a estruturação
do mundo nos últimos 50 anos, é necessário conhecer um
pouco destes dois sistemas econômicos.
UNIÃO EUROPÉIA
De 1945 até 1989 a divisão geopolítica que marcou
a Europa esteve baseada em dois sistemas econômicos: o
capitalismo e o socialismo. Torna-se clara a divisão leste-
oeste, que fez o primeiro ministro britânico da época da
Segunda Guerra Mundial cunhar a expressão “cortina de
ferro” para referir-se a uma espécie de isolamento imposto
pela URSS a seus países-satélites, para proteger sua recém-
criada esfera de influência (Polônia, Tchecoslováquia,
Hungria, Alemanha Oriental, etc.).
Por outro lado, os Estados Unidos estavam dispostos
a fortalecer o sistema capitalista na Europa Ocidental,
consolidá-la como sua esfera de influência, impedindo, desse
modo, a ascensão do socialismo nessa área. É nesse
contexto que, em 1947, surge o Plano Marshal l,
proposto pelo general norte-americano George Marshall.
O plano consistiu na distribuição de vultosas somas em
dinheiro, visando auxiliar a Europa Ocidental em seu
processo de reconstrução material e econômica. A
designação atual, utilizada desde 1992, para o antigo MCE,
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A Europa Atual Geo
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Hoje a União Européia já possui um grau de integração
econômica bastante avançado entre seus componentes, que
se consolidou após a assinatura do Tratado de Maastricht
(Holanda) em 1992. Suas metas básicas são:
– Mercado interno e moeda única (EURO), que começou
a circular em 1º de janeiro de 1999, internamente nos
bancos centrais da comunidade e a partir de 2000/01
como moeda de troca;
– Garantia de cidadania única aos habitantes dos países do
bloco;
– Política externa e de defesa comuns;
– Unificação das leis trabalhistas, criminais e de imigração;
– Livre circulação de cidadãos nos países membros do
acordo.
Mas deve-se ressaltar que há grandes desníveis de
desenvolvimento entre os diferentes países da UE. Portugal,
Espanha, Grécia e Irlanda são os menos desenvolvidos do
conjunto.
Ainda há grandes barreiras para que todas as metas
mencionadas sejam atingidas, entre as principais: a da
unificação da moeda, que necessita de inflação baixa, déficit
público controlado e câmbio estável em todos os países.
Até mesmo a Alemanha, economia mais poderosa do bloco,
tem dificuldades em atingir todas elas.
O crescente nível de desemprego na Europa pressiona
os governos a aumentar o déficit público.
As principais economias da União Européia são:
Alemanha, França, Reino Unido e Itália.
A QUEDA DO MURO
Uma das maiores potências industriais do globo, a
Alemanha esteve dividida, entre 1949 e 1990, como reflexo
da derrota na Segunda Guerra Mundial. O país foi ocupado
pelos aliados (EUA, Reino Unido, França e URSS) e acabou
dividido com base na vigência de dois sistemas econômicos
antagônicos:
– Capitalismo: Alemanha Ocidental (República Federal da
Alemanha).
– Socialismo: Alemanha Oriental (República Democrática
Alemã).
Como os ritmos de recuperação econômica no pós-
Segunda Guerra foram muito diferentes, pois o lado
ocidental (que já era mais industrializado) desenvolveu-se
mais rapidamente do que o oriental, os anos 50 registraram
forte corrente imigratória de alemães orientais. Para isso
bastava instalar-se no setor ocidental de Berlim, que
curiosamente também ficou dividida entre os dois sistemas
econômicos.
Tal fato motivou a URSS a construir, em 1961, o
Muro de Berlim, o “muro da vergonha”, na propaganda
geopolítica dos EUA. O muro existiu até 1989, isolando
Berlim Ocidental das migrações antes verificadas. Veja no
mapa:
também é conhecida como “a Europa dos Quinze”. Você
deve ter percebido na caracterização do MCE, no item
anterior, que houve um gradual crescimento em seu número
de países/membros, de 1957 a 1993. Tal fato por si só já
traduz um “sucesso” deste bloco de países.
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A Europa Atual
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A Alemanha, reunificada em 1990, ainda investe pesadamente na equiparação dos níveis de desenvolvimento dos
dois trechos que compõem o país e tem outro grave problema: o alarmante aumento do desemprego.
A METAMORFOSE SOVIÉTICA
“Pipoca aqui, ali pipoca além desanoitece a manhã
tudo mudou”.
Caetano Veloso
No século XIX, durante a evolução do capitalismo
industrial, surgiram vários teóricos que estruturaram as bases
do socialismo científico. Os maiores destaques ficam para
as obras de Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels
(1820-1895), economistas e filósofos alemães, que
analisaram e criticaram o capitalismo, propondo uma
reestruturação econômica e uma nova forma de organização
da sociedade.
Eles acreditavam que o socialismo era uma negação
do capitalismo e que se desenvolveria ao longo de um
lento processo revolucionário comandado pelo
proletariado.
Karl Marx ia além: propunha que nessa transição
haveria duas fases:
– Socialismo: a primeira, instalada logo após o capitalismo.
O operariado criaria um estado proletário, ainda
impregnado pela cultura burguesa, e os trabalhadores
receberiam um salário, não de acordo com suas
necessidades.
– Comunismo: a segunda. O Estado desapareceria, novos
valores culturais surgiriam e o trabalho seria remunerado
segundo as necessidades de cada um.
Como se observa, apesar da vulgarização do termo
“países comunistas”, na verdade eles nunca chegaram a
existir, pois o socialismo, apesar de ter abrangido 30% da
superfície terrestre e cerca de 35% da população mundial
até bem pouco tempo, não chegou a evoluir para o
comunismo em nenhum dos quase 20 países que o
Derrubada do muro, 1989.
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A Europa Atual Geo
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Na verdade, o sistema que de fato foi aplicado a
diversas regiões do globo, em sua maioria por influência
direta da então União Soviética (1922-1991), foi
denominado “socialismo real” e apresentava as seguintes
características:
– O Estado passa a ser o dono de todos os setores
importantes da economia;
– Todas as metas da economia passam a ser
preestabelecidas em planos, ou seja, desaparecem todas
as aplicações livres de capital, as regras de mercado
(capitalismo).
A Europa Ocidental industrializada (Reino Unido,
França, Alemanha, Holanda, etc.) exerceu, até a Primeira
Guerra Mundial, o papel de pólo hegemônico mundial de
modo irrefutável, controlando política e economicamente
vastas áreas do globo. Mas, já no período entreguerras
(1918-1939), se evidenciava um processo de declínio
econômico, com o gradual deslocamento do controle da
economia mundial para os Estados Unidos da América.
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) veio
aprofundar essa decadência, com a Europa arrasada no
conflito e submissa ao domínio de duas superpotências
militares: EUA e URSS (União Soviética): o mais fiel retrato
da bipolaridade mundial surgido a partir de então. De 1945
até 1989, a divisão geopolítica que marcou a Europa esteve
baseada em dois sistemas econômicos já estudados: o
capitalismo e o socialismo. O mapa anterior mostra como
estiveram organizadas as fronteiras políticas até esse
período.
Torna-se clara a divisão leste-oeste, que fez o
primeiro-ministro britânico da época da Segunda Guerra
Mundial cunhar a expressão “cortina de ferro” para referir-
se a uma espécie de isolamento imposto pela URSS a seus
países-satélites, para proteger sua recém-criada esfera de
influência (Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Alemanha
Oriental, etc.).
Por outro lado, os Estados Unidos estavam dispostos
a fortalecer o sistema capitalista na Europa Ocidental e
consolidá-la como sua esfera de influência, impedindo, desse
modo, a ascensão do socialismo nessa área. É nesse
contexto que, em 1947, surge o Plano Marshall, proposto
pelo general norte-americano George Marshall.
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas contava
com 22.400.000 km2 e durante quase cinqüenta anos
representou a segunda potência militar e uma das maiores
potências econômicas do planeta. Controlou direta e
indiretamente o sistema socialista, que chegou a reger a
vida de quase 30% da população mundial até sua recente
extinção em 1991.
É também nesse período que ocorre a adesão,
espontânea ou não, de mais 14 países à URSS, que passa a
ser uma federação de 15 repúblicas:
Na Europa: Rússia (aproximadamente 1/3 da Europa):
Ucrânia, Bielorússia, Estônia, Letônia, Lituânia e Moldávia.
Na Ásia: Cazaquistão, Uzbequistão, Tadjaquistão,
Turcomenistão, Quirguistão, Geórgia, Armênia e Azerbaijão.
A combinação da cr ise econômica com o
desmantelamento do bloco soviético e a emergência dos
nacionalismos na periferia da república deflagrou várias
tentativas de golpes, culminando com o golpe de agosto de
l991, onde os opositores foram vencidos, destruindo o
equilíbrio de poder ainda existente, dissolvendo as forças
que sustentavam Gorbatchev. Nos últimos meses do ano,
o império soviético fragmentou-se, acabando com a União
Soviética.
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A Europa Atual
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a
O cenário pós-comunismo na Europa Oriental e na
antiga União Soviética revela a crise geral dos Estados. A
tumultuada transição da economia estatal e planificada para
a economia de mercado provoca a desorganização das
velhas estruturas produtivas, a desindustrialização e um
desemprego crônico crescente. A liberação dos preços e a
derrubada das barreiras comerciais protecionistas deflagram
surtos inflacionários, com a conseqüente evaporação do
poder de compra dos salários e a brutal desvalorização das
poupanças.
Nesse ambiente econômico, f lorescem os
nacionalismos étnicos. Em toda a Europa Oriental e nos
territórios que pertenceram ao império soviético crescem
as reivindicações separatistas de comunidades étnicas e
culturais, como a atual crise na Tchetchênia, iniciada no final
de 1994 e intensificada em 1998 e 2002 com o episódio
dos reféns no Teatro em Moscou e que vem se arrastando,
sem solução, até os dias atuais.
O fim da União Soviética e da Guerra Fria gerou uma
Nova Ordem Mundial (Multipolarização), ou seja,
uma nova organização geopolítica no globo, acabando com
as bases da divisão em blocos sustentada pelo mundo
bipolar. A nova Alemanha reunificada funciona como ponte
entre as “duas Europas”: a União Européia (UE), a oeste, e
as economias em transição, a leste.
O LESTE EUROPEU
Atualmente o leste europeu é formado por doze
países, sendo cinco deles surgidos em redivisões de
fronteiras realizadas nos anos 90.
Esse conjunto de países esteve no bloco socialista,
sob influência direta da antiga URSS, de 1945, à exceção da
Iugoslávia e Albânia, que adotaram o socialismo com base5
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0 1
em processos revolucionários próprios e libertaram-se da
ocupação por tropas nazi-fascistas durante a Segunda Guerra
Mundial.
As recentes modificações pelas quais passou a região
no iníc io dos anos 90 foram motivadas pelo
enfraquecimento político-econômico da antiga União
Soviética, o que será visto no próximo capítulo, bem como
pela própria mobilização de suas populações, que
reivindicavam mudanças há muito tempo.
Os padrões de vida nos países do leste europeu são
inferiores aos dos países da União Européia, mas
melhoraram bastante em relação ao período anterior à
Segunda Guerra Mundial.
Hoje, a maioria dessas populações é urbana, tem
crescimento demográfico baixo, expectativa de vida ao redor
de 70 anos e índices de analfabetismo insignificantes.
Nesse contexto, a exceção maior fica com a Albânia,
que tem indicadores sociais idênticos aos da maioria dos
países subdesenvolvidos, sendo o país mais pobre de toda
a Europa.
Com a adoção do socialismo, houve também
profundas alterações no quadro econômico desses países,
tais como:
– Introdução do planejamento econômico centralizado nas
mãos do Estado;
– Incentivo à industrialização;
– Desenvolvimento do transporte de cargas, principalmente
o ferroviário;
– Coletivização e mecanização da agricultura.
O planejamento estatal beneficiou, sem dúvida
nenhuma, o setor industrial de base ou pesado. Estaleiros
navais, materiais, ferroviário, siderúrgicas, usinas
termoelétricas foram os tipos de indústrias que mais
cresceram, em especial na Polônia e República Tcheca, pois
são países possuidores de recursos minerais. O produto
mineral mais importante é o carvão, principalmente na
Polônia.
Com a abertura econômica do início dos anos 90 e o
fim do apoio dado pelos soviéticos vieram à tona as
deficiências desse modelo de industrialização: tecnologia
ultrapassada, falta de competitividade e alto grau de poluição
ambiental. A readaptação ao capitalismo trouxe elevadas
taxas de inflação, desemprego e tendências à emigração a
outros países da Europa. Os ajustes socioeconômicos ainda
estão distantes do fim, mas a República Tcheca, a Polônia, a
Hungria e a Eslovênia estão mais avançadas em suas
reformas econômicas.
Já recebem alguns investimentos das maiores
potências da economia mundial e reivindicam sua aceitação
como futuros membros da União Européia.
(FUVEST-SP) Identifique o fluxo migratório representado
no mapa. Explique.
Resposta:
Corresponde às migrações “estimuladas” pelo Estado
soviético, de modo especial durante o governo de Stálin
(1925-1953), para a ocupação da porção asiática do
país (Sibéria).
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A Europa Atual
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a
“A terra, o subsolo, as águas, as florestas, as fábricas, as
minas de carvão e de minérios, as estradas de ferro, os
transportes por água e por ar, os barcos, as grandes
empresas agrícolas organizadas pelo Estado, assim como
as empresas municipais e a massa fundamental das
habitações nas cidades e as aglomerações industriais, são
propriedades do Estado, quer dizer, de todo o povo.”
Era artigo da constituição:
a) do Brasil;
b) da República Federal Alemã;
c) da Suécia;
d) dos Estados Unidos;
e) da União Soviética.
Analise o mapa da União Soviética abaixo e assinale a
opção que apresentar a legenda correta:
a) (1) planícies principais (2) áreas de planaltos;
b) (1) áreas de cultura de girassol (2) áreas de culturas
irrigadas;
c) (1) principais áreas agrícolas (2) principais regiões
industriais;
d) (1) áreas de criação de ovinos (2) principais regiões
comerciais;
e) (1) regiões de cultura de trigo (2) regiões das estepes.
Na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a mais
importante área agrícola, de onde saía quase a metade da
produção de trigo e dois terços da beterraba para a indústria
açucareira, graças à presença de grandes extensões de
terras negras com alta fertilidade, era a:
a) Armênia;
b) Geórgia;
c) Iugoslávia;
d) Letônia;
e) Ucrânia.
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A industrialização na União Soviética, após a revolução de
1917, passou por um processo de planejamento que
acarretou o seu deslocamento espacial, entre outras
determinações. Podemos então definir que a marcha da
industrialização soviética no interior do seu território
caminhou na seguinte direção:
a) do norte para o sul, acompanhando as jazidas minerais
ao longo dos Montes Urais;
b) dos Urais em direção às fronteiras européias, onde
obteve mão-de-obra qualificada;
c) a partir de Moscou, deslocou-se para os Urais e para a
Sibéria Ocidental, procurando utilizar os recursos minerais
existentes;
d) de Moscou aos Urais e daí, num sentido triangular,
buscando o mar Cáspio, ocupando as bacias carboníferas;
e) num sentido quadrilátero, englobando Moscou, o mar
Negro, o mar Cáspio e os Urais, com a finalidade de
atender ao modelo de combinados, que reúnem
atividades econômicas distintas.
“Empreendida (...) por etapas desde 1917, a
industrialização tinha um triplo objetivo: 1º) recuperar o
atraso da União Soviética no plano internacional (...); 2º)
absorver os excedentes de mão-de-obra rural,
reincorporando-os num setor novo de atividade e criação
de meios de existência; 3º) colocar a agricultura numa
ambiência técnica comparável à da Europa Ocidental ou
da América do Norte (...).”
(GEORGE, P. Geografia agrícola do mundo. Saber Atual.)
O texto anterior dá a idéia de que:
1. A Revolução Socialista de 1917 foi realizada com o principal
objetivo de equiparar a economia da URSS à das nações
capitalistas avançadas.
2. O setor industrial evoluiu juntamente com o setor agrícola
e um de seus objetivos era o de colocar a URSS no
mesmo plano das nações já desenvolvidas.
3. Houve uma preocupação em dotar o setor agrícola com
um alto grau de tecnologia, elevando também o nível
geral das condições de vida.
4. O atraso da agricultura gerou o excedente de mão-de-
obra, que foi absorvido pelo processo de industrialização.
5. Os dirigentes soviéticos consideravam a Europa Ocidental
e a América do Norte como sociedades adiantadas, cujo
estágio de evolução deveria servir como referência última
para o seu país.
Assinale:
a) se somente as afirmativas 2 e 3 forem verdadeiras;
b) se somente as afirmativas 1 e 4 forem verdadeiras;
c) se somente as afirmativas 2 e 5 forem verdadeiras;
d) se somente as afirmativas 3 e 4 forem verdadeiras;
e) se somente as afirmativas 1 e 5 forem verdadeiras.
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Justifique o adensamento da população soviética na área
pontilhada.
0 6 A afirmativa que contradiz os dados apresentados pelo
gráfico a seguir é:
a) nos anos da Primeira Guerra, que coincidiram com a
Guerra Civil, a população soviética diminuiu mais
sensivelmente, em números relativos, que nos anos
correspondentes à Segunda Grande Guerra.
b) o crescimento vegetativo da população da União Soviética
diminuiu acentuadamente após a Segunda Grande Guerra.
c) os dois períodos correspondentes aos aumentos mais
expressivos da mortalidade coincidem com os dois
períodos de maior redução da natalidade.
d) entre 1945 e 1960, a curva da natalidade mostrou,
sucessivamente, um período de aumento e um período
de redução, enquanto a curva da mortalidade mostrou
uma redução progressiva, seguida de uma estabilização.
e) os períodos de maior crescimento vegetativo são,
respectivamente, 1910 a 1920 e 1938 a 1945.
0 7
(CESGRANRIO) Examine as seguintes informações:
I. Em quase todos os países da Europa Ocidental, o número
de nascimentos tem caído rapidamente nas últimas
décadas.
II. Na Europa Ocidental vivem cerca de 15 milhões de
imigrantes, dos quais 7 milhões são trabalhadores e o
restante, suas mulheres e filhos.
III. Em muitas cidades européias, o racismo e hostilidade
contra os imigrantes vêm aumentando, gerando choques
às vezes violentos, e um crescente “estrangeiros fora!” é
ouvido por toda parte.
A respeito da atual situação econômica e social dessa
região da Europa, qual das opções melhor articula as
informações dadas acima?
a) Se, num passado recente, os imigrantes, pouco exigentes,
serviram para cobrir o déficit de mão-de-obra para serviços
menos qualificados, hoje, com crise econômica local, o
aumento do desemprego tem levado os europeus a se
sentirem prejudicados com a presença desses
trabalhadores.
b) Essa região sofre os efeitos da política de descolonização,
pois todos os seus países se vêem obrigados a aceitar
milhares de desempregados oriundos de suas antigas
colônias, provocando inevitáveis choques raciais.
c) A crise econômica que a região vem sofrendo, decorrente
do seu pequeno crescimento demográfico, faz com que
os governos locais estimulem cada vez mais a vinda de
trabalhadores estrangeiros, o que descontenta os
europeus, temerosos de perderem os seus valores
culturais.
d) A Europa Ocidental sofre uma “crise demográfica”, pois
o aumento da oferta de empregos, decorrente do
crescimento econômico local, não tem sido
acompanhado de um aumento equivalente do número
de europeus adultos.
e) A Europa Ocidental vive uma crise social, decorrente da
prosperidade das comunidades imigrantes, cujos
membros ocuparam os melhores empregos, impedindo
o acesso dos cidadãos europeus ao trabalho.
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A Europa Atual
Geo
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a
(UFPB) “Há dois lados na divisão internacional do
trabalho: um em que alguns países se especializam em
ganhar, e outro em que se especializam em perder. Nossa
comarca do mundo, que hoje chamamos de América
Latina, foi precoce: especializou-se em perder desde os
remotos tempos em que os europeus do Renascimento
se abalançaram pelo mar e fincaram os dentes em sua
garganta. Passaram os séculos, e a América Latina
aperfeiçoou suas funções... Continua existindo a serviço
de necessidades alheias, como fonte e reserva de petróleo
e ferro, cobre e carne, frutas e café, matérias-primas e
alimentos, destinados aos países ricos que ganham,
consumindo-os, muito mais que a América Latina ganha,
produzindo-os.”
(GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. 2ª ed.
Rio de Janeiro: Paz e Terra. p. 13.)
A partir do texto, as lacunas da frase abaixo são
preenchidas pelo conteúdo expresso na opção:
A ___________ econômica e a organização social de
cada país latino-americano vêm sendo determinadas pelos
___________, à medida que o continente se integra
cada vez mais ao _______________.
a) política / países ricos / sistema capitalista;
b) produção / países centrais / capitalismo mundial;
c) integração / povos colonizadores / sistema anglo-
americano;
d) integração / países centrais / capitalismo europeu;
e) produção / povos desenvolvidos / capitalismo industrial;
(UNITAU - SP) Durante a Guerra Fria, o mundo ficou
politicamente dividido em três blocos que ficaram
conhecidos como Primeiro Mundo, Segundo Mundo e
Terceiro Mundo. Três das afirmações abaixo indicam as
características dos países de cada bloco:
I. Primeiro Mundo: países desenvolvidos;
II. Terceiro Mundo: países comunistas;
III. Segundo Mundo: países socialistas;
IV. Primeiro Mundo: países subdesenvolvidos;
V. Terceiro Mundo: países subdesenvolvidos;
VI. Segundo Mundo: países desenvolvidos;
Está correta a alternativa:
a) I, II e V.
b) I, III e V.
c) II, III e V.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V.
(UECE) Tomando-se os indicadores econômicos e
sociais entre os países, logo veremos que no Hemisfério
Norte estão os países mais ricos, enquanto no Sul
predominam os países pobres ou subdesenvolvidos.
Marque o que melhor explica esta realidade mundial:
a) o desenvolvimento mundial do capitalismo sempre gerou
desigualdade ou um desenvolvimento desigual e
combinado.
b) no Norte, o clima temperado favorece maior
produtividade do trabalho e a geração de maior riqueza.
c) os países setentrionais já passaram pela situação de
subdesenvolvimento e superaram essa fase com muito
esforço e trabalho, o que não ocorre no Hemisfério
meridional.
d) o país subdesenvolvido é exatamente o oposto do
desenvolvido, em todos os aspectos.
(USF-SP) Considere as seguintes afirmações sobre o
subdesenvolvimento das nações.
I. A situação de subdesenvolvimento surgiu nesse século
sendo, portanto, transitória.
II. A participação dos excluídos sociais na renda nacional
depende, dentre outras condições, do acesso à terra ou
da qualificação profissional e empregos.
III. O problema da fome em muitas áreas pobres pode ser
resolvido com o aumento da oferta de bens produzidos
no próprio país ou importados.
IV. A pobreza em massa, característica do
subdesenvolvimento, tem origem numa situação de
concentração de terras e recursos em poucas mãos.
Pode-se afirmar que estão corretas apenas:
a) I e III;
b) II e IV;
c) III e IV;
d) I e II;
e) II e III.
(USP-SP) Sobre os Países Subdesenvolvidos é correto
afirmar que é um conjunto de países:
a) politicamente coeso que, atualmente, concentra quase
metade da população mundial;
b) em diferentes estágios de transição do subdesenvolvimento
para o desenvolvimento;
c) muito heterogêneo, tanto do ponto de vista
socioeconômico quanto político;
d) que tem se caracterizado por uma crescente onda de
nacionalismo para superar a pobreza e a dependência
econômica;
e) que tem recebido ajuda econômica dos países ricos e
elevado, sensivelmente, o padrão de vida de sua população.
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A Europa Atual Geo
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0 7 A charge apresentada pode ser interpretada como:
a) as barreiras à imigração de africanos e latino-americanos,
por parte dos países europeus;
b) as tentativas frustradas de países menos desenvolvidos
como a Líbia de ingressar na União Européia;
c) o processo de exclusão social a que são submetidos os
europeus desempregados, a exemplo do que ocorre
com os espanhóis e portugueses;
d) o início de uma economia protecionista por parte dos
países da União Européia visando ao equilíbrio da Balança
Comercial, atualmente deficitária;
e) o início da restrição estabelecida pelo Tratado de
Maastricht à livre circulação de pessoas entre os países
membros da União Européia.
Muitos cidadãos da Federação Russa, na atualidade, dizem-se “saudosos” do antigo sistema. Explique os motivos que
conduzem a isso.
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(UEL - PR) Observe a charge para responder à questão.
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O Continente Americano
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O Continente AmericanoO Continente AmericanoO Continente AmericanoO Continente AmericanoO Continente Americano
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Superfície: 42.000.000 km2, Localização: Hemisfério Ocidental totalmente, indo do Sul até o Norte, atravessado
pelo Círculo Polar Ártico, Trópico de Câncer, Equador e Trópico de Capricórnio.
América divisão política.
COMO DIVIDIR O
CONTINENTE AMERICANO?
Há dois critérios utilizados para a divisão do continente
americano:
– O físico, que o divide em três porções (Sul, Central e
Norte);
– O histórico/cultural, que estabelece duas porções
(América Latina e América Anglo-saxônica).
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O Continente Americano Geo
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HISTORICIDADE
A história dos países que formam a América Latina
tem seu início a partir do século XVI com a chegada do
elemento branco colonizador europeu.
O tipo de colonização imposta pelas potências
européias da época explica o porquê de os trinta e dois
países que hoje formam a América Latina possuírem em
comum a mesma realidade socioeconômica.
A América Anglo-Saxônica e a América Latina sofreram
tipos de ocupação totalmente diferentes pelo elemento
europeu. Enquanto a América do Norte (Canadá e Estados
Unidos) sofreu uma colonização de povoamento, a
América do Central e do Sul sofreu uma colonização
predadora de exploração.
A colonização de exploração que se deu do século
XVI ao XVIII visava exclusivamente ao enriquecimento fácil
das metrópoles européias. Na América Latina as colônias
eram organizadas com a única finalidade de atender aos
anseios econômicos das metrópoles; foi neste momento,
na história da humanidade, que começaram a surgir, ao
mesmo tempo, o sistema capitalista, e a conseqüente divisão
internacional do trabalho, e a questão do subdesenvol-
vimento.
A colonização de exploração determinava que as
colônias deveriam ser grandes fornecedoras de produtos
primários (minerais ou agrícolas), como madeiras, açúcar,
ouro, prata, etc, e, para tal exploração, os europeus
escravizavam indígenas e negros/africanos com a finalidade
de usarem mão-de-obra gratuita. Canadá e Estados Unidos,
situados na porção norte da América, sofreram uma
colonização cujos objetivos eram totalmente diferentes dos
objetivos espanhóis e portugueses na América Latina.
A conjuntura política, religiosa e econômica durante
os séculos XVI e XVII fizeram com que grandes levas de
europeus saíssem de seus países de origem e caminhassem
rumo à América do Norte com interesses não mercantis,
mas sim como pessoas que sonhavam em construir um
novo lar, uma “Nova Europa”.
Ingleses e franceses dirigiram-se para a América do
Norte com o objetivo de criar um novo e grande lar para
seus filhos, e não com a idéia de produzir gêneros
alimentícios e extrair riquezas minerais com mão-de-obra
negra ou indígena escrava.
A partir do século XVI, a América Latina torna-se o
grande quintal das metrópoles européias (principalmente
Espanha e Portugal), e fica totalmente subordinada aos
interesses do mercado europeu. A agricultura, o extrativismo
mineral e vegetal, a pecuária, tudo visava abastecer o
comércio europeu.
Os europeus, que para a América Latina se
encaminharam, tinham um único objetivo: enriquecer o mais
depressa possível e voltar correndo para suas metrópoles.
Por mais de 300 anos essa exploração desenfreada se fez
presente em terras latino-americanas com grande evasão
de riquezas e a destruição total de diversas culturas.
Ind ígenas sendo escrav izados pe los espanhóis .
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O Continente Americano
Geo
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Todos os países latino-americanos carregam hoje
consigo profundas marcas desta época de exploração.
Apesar da independência política conseguida por
muitos países da América Latina durante o século XIX, suas
economias continuavam profundamente organizadas e
direcionadas a abastecer o mercado europeu. Até hoje os
melhores solos visam cultivar produtos de exportação
(cacau, café, cana, algodão), ficando os piores solos para a
agricultura de subsistência.
A desigual relação comercial entre as colônias e as
metrópoles se reflete, hoje, no comércio externo feito pelos
países lat ino-americanos. Esses países exportam
basicamente matérias-primas (minérios, produtos agrícolas)
e importam produtos industrializados.
A grande concentração de terras nas mãos de um
pequeno grupo de indivíduos é outra herança desse período
de colonização exploratória. Imensos latifúndios (em parte,
improdutivos) caracterizam a atual paisagem agrária latino-
americana. Nas últimas décadas muitos conflitos têm
explodido no campo, pois muitas famílias chegam a passar
fome, porque não possuem terras para cultivar.
O SUBDESENVOLVIMENTO
A atual situação socioeconômica apresentada pelos
países da América Latina nada mais é que um reflexo do
tipo de colonização sofrida por esses países. Mesmo com
a independência política, os novos países surgidos
continuaram subordinados aos interesses econômicos das
grandes potências. Do início do século XVI até a metade
do século XIX, a maioria quase absoluta dos países latino-
americanos estava sob o domínio espanhol ou português
(neste caso, o Brasil). Com a declaração da independência
ocorre apenas uma transferência de subordinação, pois
passam a ficar subordinados economicamente à Inglaterra,
a grande potência mundial durante os séculos XVIII e XIX.
Ao longo do século XIX, a Inglaterra foi ocupando o lugar
deixado pelas antigas metrópoles quando estas perderam
seus domínios na América Latina. A Inglaterra passou a ser
a grande compradora de produtos minerais e agrícolas dos
países latino-americanos, sempre a preços muito baixos e,
ao mesmo tempo, fornecia para esses países produtos
manufaturados.
O domínio econômico que a Inglaterra exercia sobre
a América Latina perdurou até a metade do século XX,
quando a sua participação na Segunda Guerra Mundial fez
com que sofresse um enfraquecimento e conseqüente
declínio econômico e militar. Assim, os Estados Unidos
assumiram o papel de grande líder do continente americano,
sedimentando seu domínio sobre a América Latina.
Essas grandes diferenças econômicas e sociais podem
também se manifestar dentro de um mesmo país, em cujas
grandes cidades podemos encontrar riqueza e pobreza
vivendo lado a lado. Uma minoria da população gozando de
todos os prazeres que o dinheiro e a tecnologia podem
oferecer convive com a grande massa populacional que
muitas vezes não tem o que comer.
O QUE SÃO PAÍSES CENTRAIS E
PAÍSES PERIFÉRICOS
Os países capita l is tas subdesenvolv idos e
desenvolvidos recebem, também, outras denominações:
– Os países capitalistas subdesenvolvidos são chamados
países capitalistas periféricos ou da periferia;
– Os países capitalistas desenvolvidos são chamados
países centrais ou avançados.
A palavra sistema significa um conjunto de partes
coordenadas entre si. Por exemplo, quando falamos em
sistema solar, estamos nos referindo ao Sol, que ocupa o
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O Continente Americano Geo
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centro de um sistema que possui várias partes,
representadas pelos planetas, satélites e outros astros, que
giram ao seu redor e são atraídos por ele. A partir dessa
idéia, torna-se mais fácil compreender a expressão sistema
capital ista.
O sistema capitalista é constituído por vários países
capitalistas que mantêm, entre si, relações políticas,
econômicas e culturais. Esses países formam, portanto, as
partes do sistema capitalista.
Os países capitalistas desenvolvidos, também
denominados centrais ou avançados, ocupam o centro do
sistema capitalista, como o Sol ocupa o centro do sistema
solar.
Os países capitalistas centrais, liderados pelos Estados
Unidos, dominam e atraem todo o sistema capitalista, em
virtude de seu poderio econômico, financeiro, científico,
tecnológico e militar.
Desse modo, os países capitalistas subdesenvolvidos,
também denominados países periféricos, ocupam a periferia
do sistema, ou seja, a sua extremidade, e são dominados
ou giram ao redor dos países centrais, como os planetas,
satélites e outros astros do sistema solar são atraídos pelo
Sol e giram ao redor dele.
A CRISE ESTADUNIDENSE
A crise da indústria estadunidense é um sintoma
evidente da gravidade da situação nesse país. Parte desse
setor – em especial o automobilístico e o siderúrgico –
atravessa graves instabilidades. A IBM pretende demitir
cerca de 40 mil funcionários em suas várias unidades
espalhadas pelo mundo, para reduzir gastos. Gigantes
como a General Motors e a Ford têm acumulado prejuízos
e estão sendo batidos na concorrência com os japoneses,
até no próprio mercado interno.
Por essa razão, representantes desses setores
pressionam as autoridades governamentais para que
elevem as taxações e os tributos dos produtos
estrangeiros, para que eles percam em competitividade
diante dos produtos americanos. São as chamadas medidas
protecionistas, que atingem até países como o Brasil. É o
caso da taxação elevada do aço brasileiro pelo governo
americano, que o torna bem mais caro que o americano.
No final dos anos 80, os EUA reduziram a cota de
exportação de aço brasileiro, de 0,8% sobre o consumo
do produto naquele país, para 0,62%. É uma forma de
proteger o decadente setor siderúrgico americano.
Porém, essas medidas não têm resolvido a contento
o problema do desemprego e, principalmente, não tem
sido possível a abertura de novos empregos para os jovens
que ainda estão fora do mercado. Assim, cabe ao Estado
a responsabilidade de arcar com o ônus do problema, via
seguridade social.
Nos EUA, a exclusão atinge especialmente os grupos
que sempre foram os mais empobrecidos, como os negros
e os chicanos (descendentes de latino-americanos). Os
conflitos nas grandes cidades têm sido um reflexo dessa
realidade.
(Jacques Derrida)
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0 1 0 2Do ponto de vista físico, o conjunto latino-americano é
dividido em três porções. Quais são elas?
Apresente as principais características de cada porção e
os critérios usados para a determinação de cada espaço.
Resposta:
América do Norte: possui 3 países e 23 milhões de
quilômetros quadrados.
América Central: 19 países (7 localizados na porção
continental e 12 na porção insular). Possui cerca de 1
milhão de quilômetros quadrados.
América do Sul: compreende 12 países e 18 milhões de
quilômetros quadrados.
Esta divisão do continente americano: América Latina e
América Anglo-Saxônica obedece ao critério histórico-
social. Explique os elementos determinantes desse
critério.
Resposta:
A América Latina sofreu uma colonização predadora de
exploração visando ao enriquecimento fácil das
metrópoles européias, escravizando indígenas e negros
com a finalidade do uso da mão-de-obra gratuita. Já a
América Anglo-Saxônica sofreu uma colonização sem
interesses mercantis, com pessoas que sonhavam em
construir um novo lar, uma nova Europa.
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O Continente Americano
Geo
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a 1234512345123451234512345123451234512345
Sobre a formação histórica da América Latina responda:
Como se deu o início do processo histórico da América
Latina?
Sobre a formação histórica da América Latina responda:
Que princípios obedecem ao processo de colonização?
Qual o período?
Sobre a formação histórica da América Latina responda:
Quais as diferenças de colonização entre os países
situados na porção norte da América e os países que
formam a América Latina? Especifique os objetivos de
cada tipo de colonização.
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Especifique as principais características dos países da
América Latina e da América Anglo-Saxônica. Analisando
bem, você pôde concluir que a América Latina é integrada
por países que apresentam entre si grandes diferenças
sociais, econômicas, culturais e lingüísticas. Entretanto,
há alguns aspectos que dão ao conjunto América Latina a
característica de unificação. Quais são eles?
Apresente as principais características da América Platina
no que se refere ao desenvolvimento econômico, social,
político.
Apresente as principais características da América Platina
no que se refere à posição geográfica no continente.
Quais são os elementos que determinam a divisão da
América do Sul em grupos de países?
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(MACK) Cada vez mais fica difícil determinar a estrutura
da População Economicamente Ativa de um país, porque:
a) muitos trabalhadores se dedicam à economia informal;
b) a maioria dos trabalhadores são utilizados no processo
de terceirização da economia;
c) a economia urbano-industrial emprega apenas a
população qualificada;
d) a crescente globalização da economia mundial dificulta a
geração de empregos;
e) a utilização crescente de máquinas e robôs libera grande
quantidade de mão-de-obra.
(PUC-MG) O processo de criação de formas estruturais
pelas forças endógenas e de esculturação pelas forças
exógenas é permanente e dinâmico ao longo do tempo
e do espaço. Assinale a alternativa que NÃO se refere
ao arcabouço tectônico brasileiro.
a) É formado por um conjunto de rochas arqueozóicas e
proterozóicas, que constituem o embasamento ou
escudo fundamental; movimentações tectônicas
provocaram falhas que direcionaram vales e escarpas.
b) Tem um dos territórios menos deslocados, mais estáveis,
rígidos e arrasados do globo; sua estrutura geológica é
responsável por importantes jazidas minerais, que
oferecem diferentes possibilidades de utilização.
c) O maior conjunto de terras altas do País está no extremo
Norte da Amazônia; apesar dos picos culminantes do
aglomerado de serras, tem elevações modestas e pouco
acidentadas.
d) Os diastrofismos orogenéticos – grandes movimentos
internos formadores de montanhas – ocorreram nas
mais antigas eras geológicas, mas o território sofreu
movimentos isostáticos, com falhamentos,
soerguimentos e abaciamentos.
(UFMG) Considerando-se a globalização, fase atual da
expansão capitalista, é INCORRETO afirmar que ela:
a) promove a crescente vulnerabilidade das economias de
muitos países, à medida que sua credibilidade, frente aos
investimentos externos, é afetada por relatórios e opiniões
de agentes do poder político e econômico internacionais;
b) amplia a capacidade das nações de realizar investimentos
públicos em áreas prioritárias - como na educação, saúde
e saneamento básico - e, à proporção que cresce o
controle do Estado sobre o fluxo de capitais oriundos de
taxações e impostos;
c) retrata a interdependência crescente entre regiões e
lugares que, apesar de geograficamente separados por
grandes distâncias, podem ser influenciados por eventos
ocorridos em qualquer parte do Planeta
d) propõe uma ruptura com o princípio, até há pouco vigente,
de sociedades nacionais a pretexto da necessidade de se
considerar a realidade de uma sociedade global, em que
são intensas as relações socioeconômicas em escala
mundial.
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O Continente Americano Geo
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(PUC-MG) O mundo, hoje, apresenta mudanças
decorrentes do processo de globalização, acentuando o
desequilíbrio entre países centrais e periféricos.
Considerando as grandes transformações que
ocorreram entre os países desenvolvidos e
subdesenvolvidos, preencha as lacunas abaixo com as
opções 1 ou 2:
(1) países desenvolvidos
(2) países subdesenvolvidos
( ) presença de mercados mais dinâmicos.
( ) capacidade de financiamento e competência tecnológica.
( ) políticas de industrialização subordinadas aos interesses
do capital.
( ) indústrias mais dependentes, vinculando a produção local
às redes transnacionais.
( ) grandes centros de decisão e poder de intervenção.
No preenchimento das lacunas, a seqüência CORRETA
é:
a) 1, 1, 2, 2, 1.
b) 2, 1, 2, 2, 1.
c) 2, 2, 1, 2, 1.
d) 1, 1, 1, 2, 2.
(PUC-MG) É necessário criar uma nova ordem
mundial, direcionada para a segurança global e o bem-
estar da humanidade. Condicionantes naturais e sociais
apresentam-se conflitantes com a adequada qualidade de
vida.
Entre esses condicionantes, só NÃO está:
a) a ocorrência de mudanças climáticas, escassez hídrica e
perda de biodiversidade.
b) a inexistência de normas ambientais de posicionamento
global de atitudes que oportunizam correção e prevenção
desse quadro.
c) o agravamento dos focos de tensão mundiais, como
terrorismo e conflitos territoriais, étnicos e culturais
diversos.
d) a fragilização dos processos de negociação, definição de
estratégias e decisões diplomáticas dos organismos
internacionais.
(CEFET-PR) O fator marcante da colonização de toda a
América Latina e, por extensão, do Brasil, foi servir para
o enriquecimento das metrópoles - as nações européias.
Nossa colonização foi organizada para fornecer ao
comércio europeu açúcar, tabaco, e outros gêneros; mais
tarde, ouro e diamantes; depois, algodão e, em seguida,
café. Isso acarretou algumas marcas na economia e na
sociedade brasileiras que, em alguns casos, permanecem
até hoje. Dentre as alternativas abaixo, escolha a que
NÃO é resultado dessa política colonizadora.
a) Povoamento menos intenso na fachada atlântica.
b) Utilização dos melhores solos para produzir gêneros de
exportação.
c) Formação de uma sociedade constituída por uma minoria
de altíssima renda.
d) Dependência econômica em relação aos centros
mundiais.
e) Agricultura centrada no modelo de monocultura.
(UFPE) No mapa a seguir, onde estão delimitados,
grosso modo, os domínios morfoclimáticos e
fitogeográficos sul-americanos, foram ressaltadas as áreas
1, 2, 3, 4 e 5. O que pode ser dito sobre essas áreas?
1. Trata-se do domínio dos cerrados, ou seja, uma área
onde se salientam relevos tabulares e um clima tropical.
2. Corresponde ao domínio morfoclimático equatorial,
caracterizado pela aridez acentuada no território brasileiro.
3. Representa o domínio de paisagens de enclaves de
cerrados e de matas subtropicais em espaços quentes e
úmidos.
4. Indica as chamadas “faixas de transição” entre domínios
morfoclimáticos diversos.
5. Corresponde ao domínio de serras úmidas e enclaves
glaciares de altitude.
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Está(ão) correta(s) apenas:
a) 1
b) 2
c) 3 e 5
d) 1 e 4
e) 1, 3, 4 e 5
(MACK-SP) O desenvolvimento “limpo” e de baixos
custos para o meio ambiente é o que se convencionou
chamar, já há alguns anos, de desenvolvimento
sustentável.
Porém, para os países periféricos, as perspectivas não
são muito favoráveis em virtude:
a) da dependência da exportação de matérias-primas, o
que quase sempre leva a um aumento da exploração
ambiental;
b) da pressão ambientalista exercida pelos países ricos,
que transferiram e cobram um novo padrão de
desenvolvimento por parte dos países periféricos;
c) da auto-organização das populações dos países
periféricos, que lutam contra a degradação do meio
ambiente;
d) dos movimentos ambientalistas ou ecológicos, que vêm
crescendo bastante, exclusivamente nos países
desenvolvidos;
e) de a sustentabilidade ser apenas uma política
momentânea, criada pelo países centrais, que no fundo
só serve para aumentar a dependência dos países
periféricos.
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América do Sul Geo
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América do SulAmérica do SulAmérica do SulAmérica do SulAmérica do Sul
1234123412341234123412341234
A porção Sul da América, com uma área de
aproximadamente 18 milhões de quilômetros quadrados,
possui um formato triangular, afunilado mais ainda ao sul, e
representa 14% da superfície terrestre.
O espaço sul-americano limita-se a leste com o
Oceano Atlântico, a oeste com o Oceano Pacífico, e ao
norte com o mar das Antilhas ou Caribe.
A América do Sul se encontra totalmente a oeste do
Meridiano de Greenwich e é cortada por dois importantes
paralelos: ao norte a Linha do Equador e ao sul o Trópico
de Capricórnio, o que determina a tropicalidade de grande
parte do território sul-americano.
O litoral sul-americano, no geral, é pouco recortado
(exceção: litoral sul do Chile). Entre os acidentes geográficos
existentes ao longo da costa sul-americana, destacam-se:
- O Estreito de Magalhães (583 km de extensão); este
estreito no extremo sul do continente interliga os
Oceanos Atlântico e Pacífico;
- As Ilhas Malvinas, arquipélago de mais de duzentas ilhas
localizado a cerca de 530 km da costa portenha no
Atlântico Sul.
OCUPAÇÃO E POVOAMENTO
NA AMÉRICA DO SUL
A Cordilheira dos Andes foi palco de uma das mais
importantes civilizações do continente americano a civilização
Quéchua e Aimará (Império Inca).
Os incas não eram nem uma tribo nem uma nação,
foram apenas uma família que governou um pequeno reino
situado nas montanhas do atual território do Peru. Foram
expandindo aos poucos as fronteiras do seu império até
que, no final do século XV, abrangia cerca de 3.000 km de
extensão.
No seu tempo, a civilização inca era um modelo de
organização social. Desde o imperador ao camponês, todos
conheciam seu lugar na sociedade e o trabalho que de cada
um se esperava. Foi um período de grandes
empreendimentos. Construíram-se cidades e edifícios,
alguns deles em locais de difícil acesso, nas vertentes
montanhosas. Uma rede de estradas, freqüentemente
escavadas nas montanhas, ligava as cidades do império. E,
apesar do crescimento constante da população, havia
sempre alimento suficiente para todos, assegurado por um
eficiente sistema agrícola.
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América do Sul
Geo
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a
Mural de Diego Rivera, A Chegada, 1934. O encontro entre espanhóis e Indígenas.
Os artesãos também desempenhavam papel
importante na civilização inca. Os hábeis tecelões produziam
tecidos de boa qualidade, os oleiros fabricavam vasos e
jarros segundo moldes tradicionais, enquanto os ourives
criavam belíssimos objetos em ouro e prata, para adornar
os palácios e os templos.
Mas, em 1532, Pizarro e um pequeno grupo de
soldados espanhóis invadiram e conquistaram o Peru,
atraídos por histórias que falavam de imensas reservas de
ouro. Ajudados por uma guerra civil inca, conquistaram
rapidamente o domínio dos nativos e passaram a administrar
o país como se fosse um feudo espanhol.
Hugo Chaves , po lêmico
pres idente da Venezue la
ASPECTOS CULTURAIS
Se, de um lado, os países latino-americanos
compartilham de um mesmo processo histórico, todos
apresentam características de subdesenvolvimento e
também forte dependência de capital externo; de outro
lado, apresentam grandes diferenças quanto ao grau de
desenvolvimento econômico e social.
Anunc io do assass inato de A l lende em
11/09/1973, pres idente do Chi le .
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América do Sul Geo
grafia
Países como o Brasil, a Argentina e o México se
destacam na economia latino-americana por apresentarem
uma intensa e diversificada atividade industrial, que os projeta
em nível mundial. Em alguns setores da indústria e mesmo
do comércio se equiparam e até mesmo superam os países
desenvolvidos europeus.
Mas se existem países de economia forte, a exemplo
do Brasil, surgem também países primários de fraquíssima
industrialização e que vivem quase exclusivamente da
produção e exportação de produtos agrícolas (caso da
grande maioria).
A própria comunidade latino-americana chega a se
referir aos países de economia muito frágil como “República
de Banana”, sugerindo que, além da fraca condição
econômica no cenário latino-americano, são quase que
totalmente dependentes da exportação de um ou outro
produto agrícola tropical (banana, café, açúcar, etc.).
ASPECTOS FÍSICOS
O RELEVO
Entre os aspectos naturais mais característicos da
América do Sul destaca-se a Cordilheira dos Andes,
extenso dobramento moderno que ocupa toda a porção
ocidental do continente, apresentando intensa atividade
vulcânica e originado por movimentos das placas que
compõem a crosta terrestre.
Este conjunto montanhoso se dispõe paralelamente
ao Oceano Pacífico e representa as bordas da placa sul-
americana que se dobraram pressionadas pela placa de
Nazca, que mergulhou por baixo da sul-americana.
Devido à sua grande extensão latitudinal, a Cordilheira
dos Andes pode ser dividida em:
OS ANDES SETENTRIONAIS OU
ÚMIDOS
Formam três cadeias montanhosas: a Cordilheira
Ocidental, a Cordilheira Central e a Cordilheira Oriental,
abrangendo terras da Venezuela, do Equador, da Colômbia
e do Peru. Nesta porção, as cadeias montanhosas são
separadas por extensos e profundos vales, destacando-se
os dos rios colombianos Madalena e Cauca.
No Equador (terra dos vulcões), a Cordilheira dos
Andes se estreita. Destacam-se nesta área os cones
vulcânicos Cotopaxi (5.897 m) e o Chimborazo
(6.267m).
OS ANDES CENTRAIS OU ÁRIDOS
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América do Sul
Geo
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a
Formam duas cadeias montanhosas que se estendem
do centro-sul do Peru ao nordeste da Argentina, onde se
localiza o Aconcágua (6.958 m), ponto culminante da
América do Sul. Tanto no Peru como na Bolívia, a Cordilheira
dos Andes se abre em extensos vales e em grandes
superfícies planas ou platôs, a mais de 4.000 m de altitude,
chamados altiplanos. É num destes altiplanos que surge o
maior lago sul-americano e o mais elevado do mundo, o
Titicaca, situado a 3.815 m de altitude, na fronteira da
Bolívia com o Peru.
Nesses altiplanos também surgem significativas
atividades agrícolas e pastoris. Seguindo para o sul, a partir
do Aconcágua, a Cordilheira dos Andes se estreita
novamente e vai diminuindo de altitude até a Terra do
Fogo, no extremo sul da Patagônia. Essa porção dos
Andes ocupa o sul do Chile e o sudoeste da Argentina,
formando uma das mais belas paisagens do continente, a
região dos Lagos Andinos, destacando-se os Lagos
Buenos Aires e San Martín.
O relevo da porção centro-oriental da América do
Sul é caracterizado pelo aparecimento de maciços antigos
junto à costa do Atlântico e planaltos intensamente aplainados
pela erosão na porção central.
Destacam-se os Planaltos das Guianas, no norte do
continente, o Grande Planalto Brasileiro e o Planalto da
Patagônia, no sul da Argentina.
Surgem ainda vastas planícies como a do Orenoco
(Venezuela/Colômbia), a Amazônica, que abrange seis
países (Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador e
Bolívia), a do Chaco (Bolívia, Paraguai e norte da Argentina)
e dos Pampas (Argentina).
A HIDROGRAFIA
A rede hidrográfica da América do Sul está entre as
maiores do mundo tanto em número de rios quanto em
volume de água escoando. Isto se explica pelo predomínio
de climas quentes e úmidos na maior parte do território.
Destacam-se as bacias hidrográficas: Amazônica, Platina e
Orenoco.
A BACIA AMAZÔNICA
É a maior bacia hidrográfica do planeta, tendo como
rio principal o Amazonas, que nasce na Cordilheira dos
Andes peruanos e após percorrer cerca de 7.000 km
deságua no Oceano Atlântico. O Amazonas é o maior rio
do mundo em extensão e volume de água.
Também é um rio de planície e altamente navegável
no trecho de Manaus à Ilha de Marajó e em sua foz no
Atlântico.
A BACIA PLATINA
É a segunda maior do mundo, sendo formada pelas
bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai.
O RIO PARANÁ
Nasce no Brasil (Minas Gerais) e deságua no Oceano
Atlântico, entre a Argentina e o Uruguai, formando um
imenso estuário, o Rio da Prata. Por ser um rio planáltico, é
intensamente aproveitado para a geração de energia elétrica.
O RIO PARAGUAI
Nasce no Estado do Mato Grosso e corre no sentido
norte-sul para terras paraguaias, onde deságua no Rio
Paraná. Por ser um rio de planície, é muito utilizado para a
navegação no Paraguai, país que não dispõe de saída para o
mar.
O RIO URUGUAI
Também nasce em território brasileiro, nos Estados
de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e deságua no
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América do Sul Geo
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Atlântico, contribuindo para a formação do Rio da Prata.
CLIMA E VEGETAÇÃO
As paisagens vegetais estão muito condicionadas ao
tipo climático da região. Assim, devido ao predomínio de
climas quentes e úmidos na América do Sul, surgem,
basicamente, formações tropicais que se caracterizam pela
densidade da vegetação e pela heterogeneidade.
A latitude, a altitude e as correntes marítimas são os
principais fatores que contribuem para a diversificação dos
climas da América do Sul.
Na região centro-oriental do continente, afastada da
Cordilheira dos Andes e situada na faixa intertropical,
observa-se o predomínio de climas quentes e úmidos.
Na Bacia Amazônica e Bacia do Orenoco, predomina
o cl ima equatoria l muito quente e úmido;
conseqüentemente, desenvolve-se uma vegetação muito
densa e de grande porte, a selva amazônica.
Os aspectos físicos ou naturais da América do Sul,
aliados aos traços humanos e principalmente históricos,
são de grande importância para se entender a subdivisão da
América do Sul em grupos de países:
- os Países Andinos — Venezuela, Colômbia, Bolívia,
Equador, Peru e Chile;
- os Países Platinos — Argentina, Uruguai e Paraguai;
- as Guianas — Guiana, Suriname e Guiana Francesa;
- o Brasil (será tratado em detalhes adiante).
A DIVISÃO POLÍTICA DO
ESPAÇO LATINO
Politicamente, a América do Sul é constituída por 12
países independentes. Países Platinos: Argentina, Uruguai e
Paraguai; Países Andinos: Venezuela, Colômbia, Equador,
Peru, Bolívia e Chile, o Brasil e a República da Guiana e o
Suriname e duas colônias européias: a Guiana Francesa
(França) e as Ilhas Malvinas (Falklands Inglaterra).
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América do Sul
Geo
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O MAL DE PUNA
Puna é um vocábulo quíchua que significa “terra alta”.
Os conquistadores espanhóis traduziram esse termo por
“páramo” e o aplicaram aos vastos altiplanos andinos,
desprovidos de vegetação ou apenas cobertos por uma
mata rasteira de ervas xerófilas, que vão desde o Peru até
o noroeste da Argentina e o norte do Chile.
Estes altiplanos se estendem uniformemente a uma
altitude superior a 3.000m, com cumes de mais de 6.000m
sobre o nível do mar. Os verdadeiros altiplanos da puna se
situam entre 3.000 e 5.000m, cercados por cordilheiras
mais elevadas, a leste e a oeste, que funcionam como
formidáveis barreiras montanhosas (mais de 60 picos
ultrapassam a altitude de 5.300m e a maior parte das
passagens está localizada em alturas superiores a 3.600m).
Os páramos, estritamente considerados, acham-se
nos Andes equatorianos e no norte peruano. Os Andes
centrais se caracterizam, em troca, pela paisagem excessiva
das punas. Os Andes centrais – do paralelo de Cajamarca
para o Sul, até a província argentina de Catamarca – só
permite a existência de vegetação rasteira, alternando com
grandes espaços de verdadeiro deserto. A vegetação
insignificante, a enorme altitude sem variações em centenas
de milhares de quilômetros, a secura atmosférica e o ar
rarefeito devido à altitude são fatores que criam um
ambiente de extrema dureza para a vida das comunidades
indígenas. Deve-se ter presente que a pressão atmosférica,
que ao nível do mar equivale a 765 mm de mercúrio, a
5.000 m de altitude reduz-se à metade.
As pesquisas científicas têm demonstrado que, acima
de 5.500 m, o corpo humano se acl imata
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temporariamente, mas não pode viver de modo
permanente, pois não consegue se adaptar a essas
condições para repor a energia perdida.
Até 3.000m de altitude o organismo humano
consegue se adaptar, tanto à baixa pressão como ao baixo
nível de oxigênio. Normalmente, o ritmo dos movimentos
respiratórios não passa de 16 a 18 por minuto, e o ritmo
das pulsações varia de 70 a 85 por minuto. Mas a 3.000m,
para compensar a falta de oxigênio paralela à diminuição
da pressão, o organismo acelera o ritmo das pulsações,
chegando a 100 ou até a 120 batimentos por minuto. Por
isso, está comprovado que o coração dos habitantes dos
altiplanos é maior do que o dos habitantes das planícies
baixas.
Se o indivíduo não se aclimatar aos poucos para
enfrentar essas condições, sofre inevitavelmente um
colapso circulatório. Devido à má circulação, as
extremidades se congelam em curto tempo e
enfermidades habitualmente inofensivas, como uma
simples bronquite, podem ocasionar a morte. A adaptação
completa é acusada pelo ritmo do pulso, que, depois de
certo tempo, volta a ser o mesmo registrado ao nível do
mar no corpo em repouso.
O mal de puna ou soroche, o temível mal da
montanha, ataca de vários modos: além dos transtornos
respiratórios, verificam-se dores de cabeça produzidas pela
forte insolação e pela variação da pressão arterial nos vasos
do cérebro (sensação de opressão nas fontes); são
freqüentes também as irritações oculares e zumbidos nos
ouvidos, provocados pelo frio intenso, pela luminosidade
atmosférica ou pela insolação.
Não restam dúvidas de que os povos andinos
alcançaram uma perfeita adaptação contra todos esses
males de puna, desde os remotos tempos pré-históricos.
Eles venceram finalmente a montanha, sozinhos,
sem ajuda de máquinas ou de grandes animais que, em
outras partes do mundo, suavizam a hostilidade da terra.
(Adaptado de: Georama. Rio de Janeiro, Codex, nº
31, p. 4, 1993.)
0 201 . Sobre a formação histórica da América Latina apresente,
resumidamente, as alternativas econômicas da América
Latina, a partir do século XVI:
Resposta:
A partir do século XVI, a América Latina passou a
abastecer o comércio europeu com produtos agrícolas,
extração mineral e vegetal e a criação de animais para o
abate, tornando-se o grande quintal das metrópoles
européias. Por mais de 300 anos essa exploração
desenfreada se fez presente na América Latina, com grande
evasão de riquezas.
0 1 Sobre a formação histórica da América Latina no século
XIX, muitos países latino-americanos conseguiram sua
independência política; no entanto, a economia interna
continua sendo a mesma. Cite as conseqüências deste
fato, ainda hoje, no comércio externo feito pelos países
latino-americanos:
Resposta
Apesar da independência política conseguida por muitos
países da América Latina durante o século XIX, suas
economias continuavam organizadas e direcionadas a
abastecer o mercado europeu. Até hoje os melhores
solos visam cultivar produtos de exportação (café, cacau,
etc.) ficando os piores solos para a agricultura de
subsistência. A desigual relação comercial entre as colônias
e as metrópoles reflete-se hoje no comércio externo
feito pelos países latino-americanos. Esses países
exportam basicamente matérias-primas e importam
produtos industrializados.
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Sobre o tema “População e Urbanização do México”,
responda qual é a relação entre a distribuição irregular da
população e as condições climáticas e de relevo?
Sobre o tema “População e Urbanização do México”, a
população mexicana é caracterizada pela diversidade.
Apresente os grupos que compõem esta população e
indique os percentuais que representam.
Sobre o tema “População e Urbanização do México”, o
crescimento populacional do México é bastante elevado.
Quais as conseqüências sociais, econômicas e urbanas
deste crescimento?
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América do Sul
Geo
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Apresente as características da América do Sul nos
aspectos de localização (posição geográfica no globo
terrestre):
Apresente as características da América do Sul nos
aspectos de área:
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Fale, resumidamente, sobre as principais características
da vegetação da América do Sul.
Quais as características físicas e humanas em comum
dos países ditos da América Andina? Por que a Venezuela
é considerada o país “menos andino”?
(PUC-MG) A Argentina tem enfrentado uma das piores
crises econômicas de sua história, que ameaça suas
instituições internas e suas relações internacionais. São
possíveis efeitos da crise econômica da Argentina sobre
o Mercosul, EXCETO:
a) diminuição do fluxo turístico e de transporte de argentinos
em direção aos demais parceiros do bloco econômico;
b) diminuição do volume de trocas e investimentos entre
os principais parceiros do Mercado;
c) aumento do protecionismo nacional em relação a artigos
importados;
d) redução da competitividade dos produtos argentinos
como conseqüência única e direta da desvalorização de
sua moeda.
(PUC-) A América Latina tem sido sacudida por um
conjunto de crises de naturezas diversas, que contribuem
para acentuar os problemas socioeconômicos regionais.
São fatores que constituem atestado da turbulência latino-
americana, nos últimos anos, EXCETO:
a) a escassez de recursos humanos e naturais potenciais,
que dificulta o processo de desenvolvimento econômico
e a convergência de interesses transnacionais;
b) a crise econômica, que tem conduzido milhões de latino-
americanos a viverem abaixo da linha de pobreza, mesmo
nos países mais ricos da região;
c) a queda de governantes e o ressurgimento de tentativas
freqüentes de golpes de Estado atestam o
estabelecimento de crises internas de poder em seus
países;
d) a explosão da violência, ganhando contornos particulares
em cada país, mas atestando a fraqueza econômica e
política dos estados nacionais.
(UFMG-) Analise este mapa, em que estão destacadas
as áreas de abrangência do Mercosul, tanto a legal -
denominada Mercosul de direito - quanto aquela em que
se estabeleceram mais intensamente as relações
propostas para o estágio em que se encontra esse bloco
econômico - denominada Mercosul de fato:
0 1
0 2
0 3
O Mercosu l de fa to e o de d i re i to
FONTE: F IRKOWSKI, O. L . C. de F. Industr ia l i zação, questão
ambienta l e Mercosu l . Geogra f i a , Londr ina , v. 8 , n . 2 , 1999. p .
163. (Adaptado)
Considerando-se a área do Mercosul de fato, é
INCORRETO afirmar que ela
a) comprova o interesse manifestado por alguns países não-
membros de se integrar a esse bloco econômico;
b) coincide com o espaço de maior densidade demográfica
e de economia mais dinâmica na América do Sul;
c) expressa as diversidades econômicas regionais nos países
de maior extensão territorial;
d) engloba a região que tem permitido a livre circulação de
produtos, de capitais e de pessoas.
(MACK)0 4
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América do Sul Geo
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0 5
Um aspecto diferencia os países destacados no mapa
dos demais países sul-americanos. Trata-se:
a) do clima, que, devido à altitude, é temperado, com as
estações bem definidas e chuvas regulares;
b) da economia, que, fortemente atrelada às antigas
metrópoles, tem apresentado índices de crescimento
muito altos;
c) da composição étnica da população, que inclui, além de
brancos, negros e indígenas, grandes contingentes de
indianos, javaneses, chineses e malaios;
d) do padrão de vida, que apresenta indicadores que se
assemelham aos países europeus;
e) do perfil exportador, baseado em produtos
industrializados de alta tecnologia.
(UFMG) Observe este mapa:
A partir da análise e interpretação desse mapa, é
INCORRETO afirmar que:
a) a espécie Panthera onca tem uma larga distribuição
geográfica, que abrange zonas climáticas diferentes;
b) a baixa probabilidade de sobrevivência da onça-pintada, a
longo prazo, está relacionada basicamente às áreas de
fronteiras agrícolas atuais;
c) o mapa contradiz uma tese popular, segundo a qual a
Panthera onca é típica de região florestal;
d) a probabilidade de sobrevivência da onça-pintada é
explicada pelos diferentes níveis de degradação ambiental.
(MACK) Em discurso aos membros do Conselho
Empresarial da América Latina, o presidente Fernando
Distr ibu ição da Panthera onca , a onça-p in tada, no
Cont inente Amer icano.
FONTE: ÂNGELO, Cláud io. B iotecnolog ia pode sa lvar
onças-p in tadas . Fo lha de S . Pau lo, São Pau lo, 6 fev. 2002.
Fo lha Ciênc ia , p . A 16.
Henrique Cardoso destacou a necessidade de um
pequeno Maastricht sul-americano (...) Sem uma situação
fiscal e uma política cambial equilibrada não será possível
qualquer acordo, concordou o ex-ministro da fazenda
do Chile Alejandro Foxley (...)
(O Estado de São Paulo - 02/09/2000)
O tratado de Maastricht, referido no discurso presidencial:
a) resultou na ajuda econômica americana aos países
europeus após a II Guerra Mundial, que permitiu a
reconstrução econômica da Europa Ocidental;
b) foi resultado da Conferência de Bretton Woods que
adotou o dólar americano como moeda padrão para as
trocas internacionais;
c) resultou na assinatura do NAFTA, que criou a zona de
livre comércio norte-americana, envolvendo os Estados
Unidos, o Canadá e o México;
d) foi assinado pela Comunidade Européia em 1991 e
estabeleceu as metas para equilibrar as condições
econômicas de seus países e viabilizar a adoção da moeda
única;
e) foi assinado após a II Guerra Mundial e resultou na criação
da OTAN, aliança militar liderada pelos Estados Unidos.
(PUC-RIO) O crescimento econômico da região não
foi capaz de gerar mais empregos nem melhores
condições de trabalho para seus habitantes. Enquanto no
período 1945/1980 a América Latina manteve uma taxa
anual de crescimento econômico de 5,5%, na década
de 1990, ela cresceu apenas 3,2% ao ano. Em 2001, o
índice de desemprego, na região, oscilou entre 10 e
12%.
Adaptado de PULSO latino-americano - setembro de
2001.
Leia as afirmativas a seguir sobre o atual mercado de
trabalho latino-americano.
I - O setor informal tem crescido à medida que emprega
principalmente mão-de-obra não qualificada.
I I - A legislação trabalhista, na maior parte dos países, estimula
a contratação da mão-de-obra, mas dificulta a demissão.
I I I - As novas tecnologias aplicadas ao setor produtivo geram
mais emprego, mas exigem menor qualificação do
trabalhador.
I V - O maior período de tempo entre a demissão e a nova
contratação do trabalhador aumenta o impacto da
desocupação.
Assinale:
a) se as alternativas I e IV estiverem corretas;
b) se as alternativas II e IV estiverem corretas;
c) se as alternativas I e II estiverem corretas;
d) se as alternativas II e III estiverem corretas;
e) se as alternativas III e IV estiverem corretas.0 6
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01.(PUC-RIO) Nos anos 90, os projetos de
integração regional e formação de blocos econômicos
passam a ser uma realidade. Argentina, Brasil, Paraguai
e Uruguai formam, a partir de 1o de janeiro de 1995,
uma zona de livre comércio - o Mercosul. Sobre este
bloco regional, podemos afirmar:
I - o Mercosul procura estabelecer políticas comuns que
permitam a livre circulação, entre países membros, de
bens, capitais, serviços e trabalhadores.
II - a abertura econômica surgida com o Mercosul
determinou uma reestruturação industrial e a adoção
de novas estratégias de produção em razão da formação
de um novo mercado de mais de 200 milhões de
consumidores.
III - a desvalorização do real em relação ao dólar promoveu
uma mudança nos fluxos comerciais entre Brasil e
Argentina.
Está(ão) correta(s):
a) apenas a afirmativa I;
b) apenas a afirmativa III;
c) as afirmativas I e II;
d) as afirmativas II e III;
e) as afirmativas I, II e III.
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América Central Geo
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América CentralAmérica CentralAmérica CentralAmérica CentralAmérica Central
A região conhecida como América Central pode ser dividida em duas porções distintas: a continental, um istmo
que liga a América do Norte à América do Sul, e a insular, que compreende um conjunto de ilhas dispostas em forma de
arco no Oceano Atlântico. Observe no mapa.
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A América Central continental possui uma área de aproximadamente 550.000 km2 , sendo banhada a oeste pelo
Oceano Pacífico e a leste pelo Oceano Atlântico, que forma na região o mar do Caribe ou das Antilhas.
A porção ístmica apresenta sete unidades políticas: Panamá, Costa Rica, Nicarágua, El Salvador, Honduras, Guatemala
e Belize.
A América Central insular, formada por um conjunto de arquipélagos situados no mar do Caribe ou das Antilhas,
ocupa uma área de aproximadamente 225.000 km2, sendo dividida, para fins de estudos, em três porções: as Grandes
Antilhas, que apresentam cinco unidades políticas: Cuba, Jamaica, Haiti, República Dominicana e Porto Rico; as Pequenas
Antilhas, que são constituídas por oito unidades políticas: Antígua e Barbuda, São Cristóvão e Nevis, Dominica, Santa
Lúcia, São Vicente e Granadinas, Granada, Barbados e Trinidad e Tobago; e as Bahamas, um arquipélago de origem
coralígena com mais de 700 ilhas, situado entre Cuba e os Estados Unidos.
OCUPAÇÃO E POVOAMENTO A PORÇÃO CONTINENTAL
Como já vimos, sete países constituem a América
Central continental e juntos somam uma população absoluta
de aproximadamente 34 milhões de habitantes.
Nessa porção, a língua mais falada é o espanhol,
devido à influência dos colonizadores. A exceção é Belize,
cujo idioma oficial é o inglês, pois esse país foi colônia
britânica até 1981.
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América Central
Geo
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A tardia integração desta porção da América aos
esquemas de exploração européia permitiu a sobrevivência,
até o século XIX, das populações indígenas. Isto explica
por que a maior parte da população é constituída por índios
e mestiços de índios com brancos europeus (espanhóis).
A esta realidade constituem exceção a Costa Rica, onde os
brancos de origem espanhola constituem a maioria, e Belize,
que possui um predomínio de negros e mulatos em sua
população total.
PARTE INSULAR
A porção insular da América Central se constitui num
arco com aproximadamente 4.000 km de extensão e
geograficamente se subdivide em Grandes Antilhas,
Pequenas Antilhas e Bahamas.
Por muito tempo, os espanhóis dominaram as
Antilhas, mas a partir do século XVIII esse domínio
começou a ser disputado por ingleses, holandeses e
franceses. Assim, a Espanha perdeu a hegemonia sobre a
região e também boa parte das terras. Mesmo assim, a
influência da cultura espanhola nas Antilhas até hoje é muito
intensa.
Traços ind ígenas na população.
A PRODUÇÃO DO ESPAÇO
A economia da porção continental é basicamente
agrária, sendo muito elevada a participação da população
economicamente ativa no setor primário (20 a 35% do
total).
A maior parte da receita dos países é gerada pela
exportação de produtos agrícolas, o que indica o atraso na
estrutura econômica da região.
A atividade agrícola é organizada de duas maneiras
distintas: de subsistência e de plantation.
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América Central Geo
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Principais produtos agrícolas.
Na agricultura de subsistência, as técnicas de plantio
são rudimentares e os principais cultivos são o milho, o
arroz e o feijão. Esta forma de cultivo está baseada na
estrutura familiar e visa à auto-sustentação da mesma.
Por outro lado, a agricultura de plantation é
desenvolvida em grandes propriedades rurais e nos
melhores solos, aplicando-se avançadas técnicas agrícolas
visando à alta produtividade. Os principais produtos
cultivados são o café, o cacau, a banana e o algodão e visam
quase que totalmente ao mercado externo. Grandes partes
dessas propriedades são controladas por empresas
estrangeiras, principalmente norte-americanas (United Fruit
Company, General Food e outras).
A grande dependência dos países centro-americanos
em relação ao setor primário, somada ao cultivo e
exportação de poucos produtos, torna suas economias
muito frágeis frente às adversidades naturais e à demanda
do mercado mundial.
A atividade industrial na região é muito pouco
desenvolvida, restringindo-se basicamente à produção de
bens de consumo, como têxteis e alimentos.
Manágua, Tegucigalpa e Cidade da Guatemala
representam os principais pólos industriais e centros
urbanos na América Central continental.
O Panamá possui em seu território grandes empresas
petrolíferas norte-americanas em função das isenções
fiscais, o que faz com que os produtos petroquímicos
constituam seu primeiro produto de exportação. Isto não
torna o Panamá diferente dos outros países do ponto de
vista social e econômico.
Dentro da realidade socioeconômica da América
Latina, a América Central ístmica é considerada uma das
regiões mais pobres e atrasadas. Seu PNB total é de 30
bilhões de dólares, propiciando uma renda per capita de
pouco mais de 1.000 dólares.
CUBA
Cuba, em 1898, foi incorporada aos Estados
Unidos, após estes terem derrotado a Espanha na guerra
hispano-americana.
O controle norte-americano sobre Cuba permaneceu
de forma direta até 1902, quando os Estados Unidos
concederam independência ao país. Em 1953, um grupo
liderado por Fidel Castro depõe o governo ditatorial de
Fulgêncio Batista, que protegia com muita dedicação os
interesses norte-americanos na ilha. Em 1959, com a
implantação do sistema socialista em Cuba, os Estados
Unidos rompem relações diplomáticas com esse país, o
que levou Fidel Castro, líder da Revolução Cubana, em
plena guerra fria, a se aproximar politicamente da extinta
União Soviética.
Cuba, durante muito tempo, fora um verdadeiro
“quintal” dos Estados Unidos. Após 1959, com a derrubada
de Fulgêncio Batista, o novo governo liderado por Fidel
Castro nacionalizou todos os bens de empresas estrangeiras
e implantou a reforma agrária. Posteriormente estatizou os
meios de produção e implantou o socialismo.
A população cubana, que hoje está com
aproximadamente 10,5 milhões de habitantes, é
descendente predominantemente de europeus (75%),
principalmente espanhóis, existindo também mulatos (15%)
e negros (10%). Cerca de 75% desta população vive em
centros urbanos, onde se encontra a maior parte da mão-
de-obra ativa.
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América Central
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O governo socialista de Fidel, a partir da década de
60, voltou-se para a questão social, fazendo com que as
taxas de mortalidade geral e infantil caíssem vertiginosamente
e elevou a expectativa de vida da população (acima de 74
anos).
Apesar de todas as dificuldades, Cuba continua
superando a realidade latino-americana, destacando-se
quanto às condições de vida de sua população.
ASPECTOS FÍSICOS
Na porção continental da América Central, o relevo
é caracterizado pela presença de dobramentos modernos
e planaltos intermontanos que ocupam a maior parte do
território. Esta porção apresenta grande instabilidade
geológica, com forte ocorrência vulcânica e sísmica. As
planícies ou áreas baixas limitam-se às áreas litorâneas.
A porção insular é formada por um sistema
montanhoso submerso pelo Oceano Atlântico, cujos picos
mais elevados dão origem a milhares de ilhas. Existem
também ilhas de origem vulcânica como, por exemplo, a
ilha de Martinica.
Devido à limitação territorial e à acidentalidade do
relevo, a América Central é muito pobre em rios de grande
extensão. Destacam-se na porção continental os Rios San
Juan, Coco, Patuca e Rio Grande. O Rio São Juan liga o
Lago Nicarágua ao Oceano Atlântico, sendo navegável em
todo o seu curso.
A quase totalidade do território centro-americano
situa-se na zona intertropical do planeta; isto explica a
tropicalidade dominante que caracteriza a paisagem
climatobotânica da América Central.
Predominam os cl imas tropical e equatorial
caracterizados por muito calor e umidade. Na porção
continental, devido à existência de elevadas montanhas,
surgem o clima tropical de altitude e o clima de montanhas.
A floresta tropical é rica em espécies vegetais e muito
densa, destaca-se na paisagem. Essas florestas estão nas
áreas mais úmidas, apresentando solos férteis de origem
vulcânica. Surgem com exuberância na costa atlântica da
porção continental e nas vertentes úmidas das montanhas
antilhanas.
Ao contrário dos países vizinhos, a economia cubana
apóia-se na atividade industrial e no comércio. Apesar do
papel secundário como fonte de renda, a agricultura é
atividade que mais absorve mão-de-obra.
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América Central Geo
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UM PAÍS EM VOLTA DE UM CANAL
O Panamá é um país que tem uma grande importância
estratégica para os Estados Unidos. Isso se deve
fundamentalmente à existência de um canal interoceânico
em seu território: o Canal do Panamá.
A necessidade da construção desse canal ficou
evidente para o governo estadunidense quando, em 1898,
Estados Unidos e Espanha se enfrentaram por causa da
independência de Cuba, e um navio de guerra
estadunidense (o Oregon), que estava do lado do Pacífico,
teve que fazer a rota do Cabo Horn (no sul do Chile) para
se reunir à esquadra dos estadunidenses que combatia no
Mar das Antilhas.
A fim de concretizar o projeto de construção do
canal, os Estados Unidos fizeram acordos com a Grã-
Bretanha para obter a exclusividade da construção e a
posse do canal (o pacto Hay-Pauncefote, 1901);
estimularam e garantiram a separação do Panamá, que até
1903 fazia parte da Colômbia; depois de garantirem a
independência do Panamá, fizeram tratados com os
governantes do novo país, que concederam a licença para
a construção e exploração perpétua do canal (o Tratado
da Hay-Bunau-Varilla, 1903). A partir de então, os
sucessivos governos estadunidenses procuraram reforçar
não só o canal, mas também as áreas próximas a ele.
Assim, adquiriram ilhas, como, por exemplo, as Ilhas
Virgens, da Dinamarca (1917), e concessões para o
estabelecimento de bases aeronavais em diversas ilhas do
Caribe.
As obras do canal tiveram início em 1904, mas só
foram concluídas em 1914. Sua construção economiza
uma viagem de mais de 20 mil quilômetros, distância que
um navio percorre para ir da costa oeste da América Central
até a costa leste pela rota do Cabo Horn ou do Estreito de
Magalhães. O canal tem 81 quilômetros de extensão,
largura variável de 90 a 350 metros (as eclusas, 33,5 por
305 metros) e profundidade entre 12 e 30 metros. Três
grupos de comportas (Miraflores, Pedro Miguel e Gatún)
compensam o desnível entre o continente e os oceanos.
Uma ferrovia de 77 quilômetros de extensão
acompanha o canal, ligando as cidades de Panamá (no
Pacífico) e Colón (no Atlântico).
Nos acordos assinados no início do século, o
Panamá cedeu perpetuamente os direitos de construção
e exploração do canal, além de uma faixa de 8 quilômetros,
adjacente a cada margem do canal – a zona de segurança -,
com 1.432 quilômetros quadrados. Incluíam-se também
as águas dos dois oceanos a uma distância de 5 quilômetros
da linha média das marés, juntamente com todas as ilhas
que estivessem dentro dessa faixa.
Do início do século até o final da década de 70, em
vários momentos, os panamenhos se revoltaram com a
situação de verem seu país dividido em dois, separado
por uma área sob a soberania estadunidense, cujo
governador é designado pelo presidente dos Estados
Unidos e ligado diretamente ao secretário de Defesa dos
EUA.
No final dos anos 80, as relações entre os dois
países estiveram, mais uma vez, tensas, em função de
denúncias feitas nos Estados Unidos sobre atividades ilegais
que envolviam o nome do homem-forte do país, o general
Manuel Antonio Noriega. No final de 1989, forças norte-
americanas invadiram o país alegando a necessidade de
prender o general Noriega para levá-lo a julgamento nos
Estados Unidos. Segundo os estadunidenses, Noriega
estava envolvido com o narcotráfico.
Entretanto, de acordo com o Tratado Carter-
Torrijos, assinado em 1977, a posse do canal será
transferida para o Panamá no final de 1999, quando os
norte-americanos deverão se retirar em caráter definitivo,
mas reservando-se o direito de reocupá-lo caso sua
segurança seja ameaçada.
(OLIC, Nelson Bacic. Geopolítica da América Latina.
13. ed. São Paulo: Moderna, 1995. pp. 73-75.)
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0 20 1 Sobre os elementos naturais da América Central, justifique
o porquê de a América Central ser vítima, com freqüência,
de terremotos e erupções vulcânicas.
Resposta:
Por apresentar grande instabilidade geológica.
Sobre os elementos naturais da América Central. O clima
da América Central é bastante diversificado por apresentar
altitudes variáveis. Apresente as principais características
climáticas da região e sua influência na vegetação:
Resposta:
A quase totalidade do território centro-americano situa-
se na zona intertropical do planeta. Isso explica a
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América Central
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0 1
tropicalidade dominante que caracteriza a paisagem
climatobotânica. Predominam os climas tropical e
equatorial caracterizados por muito calor e umidade. Na
porção continental surgem os climas tropical e de
A América Central é constituída por duas porções: a continental e a insular. Localize, no mapa abaixo, estas duas porções;
em seguida, escreva as características de cada uma delas.
a) Porção Continental:
b) Porção Insular:
Sobre os elementos naturais da América Central,
apresente as principais características do relevo da
América Central.
0 2
0 3
0 4 Sobre os elementos naturais da América Central, qual é a posição do território centro-americano no globo terrestre?
Localize no mapa abaixo: as Bahamas e as Pequenas Antilhas. Em seguida, responda às perguntas a seguir sobre essas
regiões:
Sobre os elementos naturais da América Central. “E ela
é muito pobre em rios de grande extensão”. Por quê?
Quais os rios que se destacam na porção continental?
montanha. A floresta tropical destaca-se na paisagem
vegetal. Essas florestas estão nas áreas mais úmidas,
apresentando solos férteis.
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América Central Geo
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(CEFET-PR) Nos próximos 50 anos as nações mais
pobres do mundo terão sua população triplicada, prevê
um estudo das Nações Unidas. Em 2050, a população
da Terra deverá alcançar 9,3 bilhões de habitantes. Assinale
a única opção INCORRETA sobre as estruturas
populacionais do planeta.
a) Dentre os países mais ricos, apenas os Estados Unidos
não observarão incremento demográfico expressivo, em
função do aumento da imigração e de uma taxa de
infertilidade maior que o de outras nações desenvolvidas.
b) A população dos países ricos vai envelhecer e diminuir
nos próximos 50 anos, a despeito da imigração; certos
lugares da Europa já observam regressão ou estagnação
demográfica.
c) Provavelmente, em 2050, a África estará muito mais
povoada do que a Europa, pois as condições de extrema
pobreza e elevada mortalidade mantêm a fecundidade
elevada.
d) Mesmo considerando-se a Aids na África e a fome na
Ásia Meridional, a expectativa de vida da população da
Terra como um todo tende a aumentar, favorecendo
seu envelhecimento.
e) A geração que sucedeu ao boom demográfico do pós-
guerra caracteriza-se, hoje, nos países mais ricos, por
manter baixas taxas de fecundidade, o que influi na base
de suas pirâmides etárias.
(UFPE) Identifique, no mapa, o país da América Latina
descrito a seguir.
Esse país vem atravessando uma grave crise econômica,
desde o fim da União Soviética, da qual possuía uma
grande dependência. Tem um relevo
predominantemente plano, com uma zona montanhosa
na porção sudeste, onde se destaca uma unidade
Quais os principais aspectos dessas regiões?
Como se deu o processo de ocupação dessas ilhas?
0 5
0 6
Apresente, em grau de importância, as fontes de renda
dessas regiões. Explique-as.
0 7
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0 1
0 2
geomorfológica historicamente conhecida: a “Sierra
Maestra”. O modelo de saúde e educação adotado pelo
governo do país elevou, de uma certa forma, o padrão
de vida dos habitantes.
O país referido está indicado pelo número:
a) 1;
b) 2;
c) 3;
d) 4;
e) 5.
(FUVEST) Os movimentos de massa rápidos que se
verificam nas encostas íngremes de áreas tropicais úmidas
acarretam, em geral, sérios problemas sociais e
econômicos nas áreas urbanas afetadas por esse processo
geológico. Recife é um exemplo clássico deste fato.
Quais são as condições que favorecem tais movimentos?
1- atividades antrópicas.
2- regime pluviométrico.
3- estrutura do regolito.
4- topografia.
5- retirada da cobertura vegetal original.
Estão corretas:
a) 1 e 5 apenas;
b) 2 e 3 apenas;
c) 1, 3 e 5 apenas;
d) 2, 4 e 5 apenas;
e) 1, 2, 3, 4 e 5.
(UFSC) Do ponto de vista histórico-social, o continente
americano divide-se em América Anglo-Saxônica e
América Latina. Identifique a(s) proposição(ões) que
caracteriza(m) CORRETAMENTE a América Latina.
01. A colonização por exploração deixou marcas profundas
nessa parte da América, entre as quais a excessiva
concentração de terras.
02. O colonizador fixou-se de imediato à terra, criando um
mercado interno responsável por um precoce
desenvolvimento industrial.
04. A dependência, em relação aos países centrais, é
estrutural, muito embora as forças endógenas também
atuem na formação econômico-social.
0 3
0 4
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América Central
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08. Países como o México, o Brasil e a Argentina podem ser
caracterizados como uma periferia industrializada.
16. O Inglês e o Francês são línguas oficiais dominantes,
excetuando-se o Brasil, onde se fala o Português.
0 5 (UFPR) Considere a tabela sobre os indicadores econômicos e sociais do MERCOSUL.
INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS DO MERCOSUL
Fonte: PRAXEDES, Walter e PILETTI, Nelson. O Mercosul e a sociedade global. 8. ed, São Paulo, Ática, 1997.
Com base nos dados da tabela acima, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S).
01. Dentre os países que integram o MERCOSUL, a Argentina é o país que possui maior extensão territorial, bem como o
maior contingente populacional.
02. No bloco dos países que compõem o MERCOSUL, o Brasil é o país que detém a mais elevada taxa de analfabetismo,
enquanto o Uruguai possui a mais baixa.
04. Dentre os países do MERCOSUL, o que apresenta a menor densidade demográfica é o Paraguai.
08. O Uruguai possui a maior renda per capita do MERCOSUL, além de ser também o primeiro colocado no que se refere à
expectativa de vida de sua população.
16. O maior PIB, entre os países do MERCOSUL, é o do Brasil, que apresenta também as mais elevadas taxas de mortalidade
infantil.
Soma:
(UNIFESP) Analise a tabela.
De acordo com a tabela, está correto afirmar que a participação do trabalho infantil diminuiu em 1998, em relação a 1990,
proporcionalmente:
a) mais no Brasil que na Argentina;
b) mais na Argentina que na Venezuela;
c) mais na Bolívia que no Brasil;
d) mais no Brasil que na Venezuela;
e) mais na Bolívia que na Argentina.
0 6
Soma:
8
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01. (UFPE) As correntes oceânicas são movimentos
de larga envergadura verificados nas massas oceânicas.
Esses movimentos são produzidos por diversas causas.
Examine o mapa ao lado, onde aparecem algumas
correntes dos oceanos Atlântico e Pacífico, e identifique
a seguir a alternativa incorreta.
a) A corrente 2 é influenciada pelos ventos alísios de sudeste
do Pacífico Sul.
b) As correntes oceânicas superficiais são principalmente
influenciadas pelas ações eólicas e pela rotação da Terra;
esse fato é confirmado no mapa.
c) A corrente 3 é uma massa de águas frias que
permanentemente se desloca para a parte litorânea
ocidental da América do Sul.
d) As correntes 1 e 4 são quentes e influenciam as
condições climáticas da parte oriental do Brasil.
e) A corrente de Humboldt, indicada pelo número 2, por
ser fria, é muito favorável à pesca, já que suas águas são
ricas em nutrientes.
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América do Norte
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América do NorteAmérica do NorteAmérica do NorteAmérica do NorteAmérica do Norte12341234123412341234123412341234
DIVISÃO POLÍTICA
A América do Norte, como você pode observar, é composta por três importantíssimos países do mundo: México,
Estados Unidos e Canadá. A colonização européia sobre essa área foi bastante diferenciada.
América do Norte Político
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América do Norte Geo
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O México, em sua porção central, é atravessado pelo
Trópico de Câncer, possuindo terras na zona intertropical e
na zona temperada do hemisfério Norte.
Com exceção da Península do Yucatán, o território
mexicano é dominado por um extenso planalto que ocupa
aproximadamente 70% do território. O planalto mexicano
é circundado por duas formações montanhosas recentes,
a Sierra Madre Ocidental e a Sierra Madre Oriental. Na
porção central surge o planalto de Anahuac com solos férteis
de origem vulcânica; na porção sul do território, resultado
da junção da Sierra Madre Oriental com a Ocidental, origina-
se a Sierra Madre Meridional, que se prolonga até a América
Central.
É muito comum a ocorrência de abalos sísmicos e
manifestações vulcânicas no território mexicano, pois o
mesmo faz parte do conhecido círculo de fogo do Pacífico,
uma faixa de grande instabilidade geológica que, na América,
se estende do sul do Chile até o Alasca.
O México possui a segunda maior população da
América Latina: cerca de 86 milhões de habitantes (em
1990). As condições climáticas e de relevo fizeram com
que a população se distribuísse de maneira muito irregular,
concentrando-se em maior número na porção centro-sul.
Traba lhadores vo lantes à procura de um traba lho
MÉXICO
Com uma superfície de aproximadamente 2 milhões
de quilômetros quadrados, o México é o quinto maior país
em área da América, superado pelos Estados Unidos,
Canadá, Brasil e pela Argentina.
O México limita-se ao norte com os Estados Unidos
e ao sul e sudeste com a América Central (Belize e
Guatemala).
O território mexicano é banhado por dois oceanos:
o Atlântico a leste, o Pacífico a oeste e possui duas grandes
penínsulas: a noroeste na porção do Pacífico, seca e
montanhosa, surge a península da Califórnia, e na porção
sudeste, com baixos terrenos, úmida e pantanosa, surge a
Península do Yucatán.
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América do Norte
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A costa do Golfo do México, com exceção das
cidades de Tampico e Veracruz, é pouco habitada, sendo
CANADÁ
Com cerca de 9.970.000 km2, o Canadá é o
segundo maior país do mundo em extensão territorial, atrás
apenas da Rússia, que tem mais de 17.000.000 de km2.
Até o fim do século XIX ocorreu a expansão para oeste e
norte, formando a extensão que delimita o atual território
canadense.
Sua colonização iniciou-se no século XVI, no vale do
Rio São Lourenço, onde foi fundada pelos franceses a cidade
de Quebec. No século XVIII, após a Guerra dos Sete Anos,
a Inglaterra derrotou a França na Europa e tomou suas
colônias nessa porção da América.
Em termos políticos, o Canadá é formado por dez
províncias (ver mapa acima) e dois territórios. Adota
formalmente o regime monárquico parlamentarista (o chefe
de Estado é o soberano britânico) e, apesar de
independente, mantém ainda estreitas relações com o Reino
Unido como participante da Comunidade Britânica de
Nações (Commonwealth).
Sua população atual não chega a 30 milhões de
habitantes, com taxa de crescimento inferior a 1% ao ano.
Sua densidade demográfica é de 3 hab./km2, uma das
mais baixas do mundo, e muito concentrada nas porções
sul e sudeste, próxima à Região dos Grandes Lagos.
Tal concentração explica-se tanto pelo rigoroso
inverno registrado ao norte quanto pela interligação
econômica que o Canadá possui com os EUA.
Sua composição étnica é bastante variada e apresenta-
se assim dividida:
– Ingleses – 42%
– Franceses – 30%
– Outros de origem européia – 24%
– Asiáticos, africanos, indígenas e esquimós – 4%
Essa diferenciação causa alguns problemas internos
ao país, notadamente o separatismo. A província de Quebec,
habitada predominantemente por descendentes de
franceses, é o caso mais importante. Em diversas
que as menores densidades demográficas surgem nos
extremos norte e sul do país.
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oportunidades (a última vez em 1995) houve plebiscitos
para decidir pela independência daquela província, com
estreita minoria optando pela não-separação.
Afora isso, a população canadense desfruta de
elevadíssimos padrões de vida, sempre entre os melhores
do mundo em todos os indicadores.
ESTADOS UNIDOS
Os Estados Unidos da América ocupam uma das maiores áreas territoriais do mundo (4º maior país do globo) com
9.370.000 km2. São uma federação de 50 Estados que usufruem de grande autonomia legislativa interna.
A formação territorial dos EUA ocorreu em diferentes
etapas, iniciadas com a fundação das 13 colônias, entre os
séculos XVI e XVIII, que foram seu núcleo original.
Em 4 de julho de 1776, as 13 colônias tornaram-se
independentes da Inglaterra e nas décadas seguintes o
território foi ampliado conforme a seqüência mostrada no
mapa a seguir. Os Estados do Alasca e Havaí foram
incorporados em 1867 e 1898, respectivamente.
A ocupação dessas terras contou com o forte apoio
do governo norte-americano à imigração, pois entre 1840
e 1900 entraram no país mais de 30 milhões de imigrantes.
Além disso, os EUA possuem diversas possessões nas
Antilhas e no Oceano Pacífico, controlam o Canal do Panamá,
bem como Porto Rico, na qualidade de Estado livre-
associado.
Estados Unidos
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América do Norte
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A população dos Estados Unidos é da ordem de
285.000.000 de habitantes (2000), irregularmente
distribuídos pelo território, pois as maiores concentrações
humanas estão no Nordeste (Região dos Grandes Lagos)
e no sudoeste (sul do Estado da Califórnia) em geral, as
regiões mais urbanizadas e industrializadas do país.
A composição étnica é revelada da seguinte maneira:
– Brancos – 53%
– Negros – 15%
– Asiáticos e latino-americanos – 32%
As outras etnias - negra, asiática e latino-americana -
têm aumentado significativamente sua presença numérica
na população local, quer pela imigração (apesar das barreiras
legais existentes), quer pela taxa de natalidade mais elevada
do que a da maioria branca.
Apesar de os indicadores socioeconômicos da
população estadunidense estarem entre os melhores do
mundo, a segregação racial contra as outras etnias é um
grande problema, ainda que as leis garantam a todos a
igualdade de direitos.
Tal discriminação se manifesta no cotidiano através da
marginalização econômica, com menos empregos e
menores salários para tais minorias.
A QUESTÃO NEGRA
Até a década de 50, o negro não tinha direito a voto,
eram segregados socialmente e compunham a parcela mais
pobre da população norte-americana. A luta pela igualdade
de direitos civis iniciou-se com um incidente de segregação
nos transportes em Montgomery, no Alabama, e com a
decisão da Corte Suprema, em 7 de maio de 1954, que
obrigou a integração racial nas escolas.
A resistência por parte da população branca do sul
gerou violentos distúrbios de rua em toda a década de 60.
Em outras regiões, embora a população branca evitasse
manifestações explícitas de preconceito, os negros eram
segregados na disputa por um emprego, na compra de
imóveis, nos restaurantes, nas escolas, etc. Paralelamente a
isso, imensas levas de população negra migraram do sul,
muito mais racista, para o norte, formando guetos, como o
bairro do Harlem, em Nova York.
PRODUÇÃO DO ESPAÇO
MÉXICO
Até as primeiras décadas deste século, o México,
assim como os demais países subdesenvolvidos, eram um
típico país exportador de produtos primários (agrícolas e
minerais) e importador de produtos manufaturados.
Mas a partir da década de 50, com o término da
Segunda Guerra Mundial, a economia mexicana começa a
se industrializar. A entrada maciça de capital estrangeiro,
através das empresas multinacionais, acelerou o processo
de industrialização mexicana.
O governo mexicano também teve uma participação
decisiva na transformação da sua economia criando
empresas industriais estatais.
No litoral atlântico, especialmente no Golfo do México
junto à plataforma continental, a descoberta de enormes
jazidas de petróleo, além do aumento nos ganhos com a
exportação, permitiu o desenvolvimento da indústria
petroquímica, de fundamental importância para o México.
Hoje os minerais representam a principal fonte de riqueza
do país. Além do petróleo (principal produto de
exportação), o México destaca-se como primeiro produtor
mundial de prata, sendo também grande produtor de
chumbo, cobre, zinco, estanho e outros minerais.
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Apesar de o México ter construído uma das
economias manufatureiras de mais rápido crescimento do
Terceiro Mundo, a sua economia é subdesenvolvida, pois a
forte dependência tecnológica e financeira causou uma
enorme dívida externa ao país (105 bilhões de dólares, em
1987).
O México possui uma renda per capita baixa (cerca
de U$ 2.000), que é agravada pela má distribuição da renda
nacional. Enquanto 5% da população leva uma vida de
opulência, mais de 60% vivem em condições precárias.
O setor de serviços absorve a maior parte da
população economicamente ativa e é responsável por mais
da metade do PNB.
As indústrias alimentícia e têxtil são as mais antigas e
tradicionais, mas têm ficado para trás nos valores de
exportação em relação à indústria petroquímica.
Concentrando-se nas cidades de Monclova e
Monterrey, as indústrias siderúrgicas também possuem
grande importância na economia mexicana.
Na região metropolitana da Cidade do México e em
Guadala jara concentram-se as indústr ias fabr is ,
particularmente ligadas à produção de bens de consumo,
que hoje representam 25% do parque industrial nacional.
CANADÁ
O Canadá integra o grupo dos sete países mais ricos
do mundo (G - 7) e possui uma economia das mais
dinâmicas, apesar de existirem adversidades, tais como:
– Climas rigorosos e frios ao norte;
– Pequena população, o que representa um reduzido
mercado interno e pouca disponibilidade de mão-de-
obra;
– Dependência de investimentos dos Estados Unidos.
A agropecuária canadense é moderna, mecanizada e
altamente produtiva, com o país figurando entre os maiores
produtores e exportadores mundiais de trigo, cevada, centeio
e milho, embora apenas 10% da superfície seja realmente
cultivável.
O extrativismo é importante fonte de renda em todas
as suas variantes, que são:
– Vegetal: com imensas florestas de coníferas ao centro e
ao norte do país;
– Animal: com a regulamentação da caça de animais de
peles finas e raras (raposa prateada, filhotes de foca, etc.),
além de grande produção pesqueira.
– Mineral: quase todos os recursos minerais metálicos e
energéticos são abundantes no subsolo canadense, com
destaque para o ferro, zinco, ouro, cobre, níquel, prata,
chumbo, petróleo, gás natural e urânio.
A atividade industrial é altamente diversificada e
moderna, porém, bastante concentrada no sudeste do país
(próximo aos Grandes Lagos). Os maiores destaques são:
– Madeireira, com grande produção de papel e celulose;
– Metalúrgica, principalmente a do alumínio, que se baseia
na bauxita importada da Jamaica e do Suriname, além da
grande produção de energia hidrelétrica de que dispõe o
país como um todo.
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ESTADOS UNIDOS
Quando se iniciou o século XX, os Estados Unidos
da América já ocupavam a posição de primeiro lugar entre
as potências econômicas mundiais. Sua produção industrial
ultrapassara a da Inglaterra em 1895, pois desenvolveram
sua própria Revolução Industrial de modo simultâneo à dos
britânicos. Isso pode ser explicado por uma conjugação de
fatores histórico-geográficos, que são:
– grandes riquezas naturais;
– técnicas modernas de produção;
– imenso afluxo de imigrantes;
– amplo mercado consumidor interno;
– manutenção de grande esfera de influência em quase
todo o mundo capitalista.
Até mesmo o envolvimento dos EUA nas duas
guerras mundiais, travadas longe de seu território principal,
trouxe grandes conquistas econômicas para esse país, pois
não só ativou ainda mais sua produção industrial para
fornecimento de equipamentos de guerra para seus aliados,
além de todos os tipos de bens de consumo, como criou
laços de certa dependência político-econômica dos países
europeus e do Japão no pós-guerra. Tais áreas estiveram
por bom tempo com suas estruturas produtivas destruídas
e além disso “necessitaram” da ajuda financeira e tecnológica
norte-americana para sua recuperação e com isso evitar a
expansão do socialismo pelas mesmas (Plano Marshall).
Vamos estudar agora a distribuição espacial das
principais atividades econômicas no território dos Estados
Unidos.
A produção agropecuária dos EUA é praticada em
faixas especializadas de cultivo, os cinturões ou “Belts”, onde
se observa vasta porção de terras em que determinado
produto é predominante, normalmente em função de sua
melhor adaptação ao clima e ao solo ou em função de
atender à demanda do mercado consumidor e indústrias
têxteis ou alimentícias. Os principais cinturões agropecuários
são:
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– Wheat Belt (cinturão do trigo);
– Corn Belt (cinturão do milho);
– Cotton Belt (cinturão do algodão);
– Dairy Belt (cinturão do gado leiteiro), associado ao Green
Belt (cinturão verde), que, embora não seja exclusivo,
representa a área de maior produção de hortifrutigranjeiros
do país junto à porção mais urbanizada e industrializada
de seu território (Região dos Grandes Lagos).
Observe-os no mapa:
A industria é base da economia do país, pois equivale
a um terço do PNB (Produto Nacional Bruto) e emprega
cerca de 20% da população economicamente ativa. O
grande potencial energético, a abundância e a variedade de
matérias-primas minerais, a disponibilidade de tecnologia
de ponta e o elevado nível de qualificação da mão-de-obra
são fatores essencia is para a manutenção do
desenvolvimento industrial dos Estados Unidos.
ASPECTOS ECONÔMICOS
O NAFTA
Esta é a sigla que identifica o “North American Free
Trade Agreement” (Acordo de Livre Comércio da América
do Norte), criado a partir de 1994 entre os Estados Unidos,
o Canadá e o México. Seu surgimento ocorreu em meio à
atual época de tendência de implantação de vários blocos
comerciais pelo mundo e do fortalecimento dos já
existentes, a exemplo da União Européia. Estabelece
estímulos para a ampliação do comércio e para
investimentos mútuos entre os países-membros, com a
gradual eliminação de barreiras tarifárias e alfandegárias num
prazo de 15 anos a contar da data da criação do mesmo.
Todavia, a presença do México no acordo traduz o
grande desnível socioeconômico entre seus componentes
e, portanto, não são observadas cláusulas que possibilitem
o livre-trânsito de mão-de-obra de um país para outro. São
dois pesos e duas medidas.
O Japão e a União Européia, parceiros comerciais e
ao mesmo tempo concorrentes dos EUA, apóiam o
acordo, mas temem que se estabeleça uma “fortaleza
americana”, fechada e fortemente protecionista a médio e
longo prazo. E ao que parece tal temor encontra fundamento
na recente proposta dos EUA de criação de um megabloco
envolvendo toda a América (exceto Cuba): a ALCA
(Associação de Livre Comércio das Américas).
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Para a maioria dos estudiosos latino-americanos trata-
se, em última análise, da perpetuação da Doutrina Monroe:
“A América para os americanos” (1823) para o século
XXI.
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Identifique os itens indicados no mapa com letras e
números.
0 1
1- _______________________________________
2 - _______________________________________
3 - _______________________________________
4 - _______________________________________
0 2
Os Estados Unidos não parecem dispostos a abrir
mão de sua maior e mais tradicional esfera de influência
político-econômica, embora oficialmente insistam em
afirmar o contrário.
5 - _______________________________________
A - _______________________________________
B - _______________________________________
C - _______________________________________
Resposta:
1 – Alaska
2 – Península do Labrador
3 – Península do Yucatán
4 – Península da Flórida
5 – Península da Califórnia
A – Baía de Hudson
B – Golfo do México
C – Groenlândia
As regiões delimitadas no mapa constituem as principais
áreas agrícolas dos Estados Unidos da América. Destaque
suas produções.
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A - _______________________________________
B - _______________________________________
C - _______________________________________12341234123412341234123412341234
Resposta:A – trigoB – milho
C – algodão
As questões de números 01 e 02 estão ligadas ao mapa
apresentado abaixo:
“As conurbações são tão próximas umas das outras que
formam uma grande avenida de cidades reunidas sob o
nome de Megalópole. Nessa cidade gigante, concentram-
se portos, centros comerciais, indústrias bastante
diversificadas de importância mundial e, ainda, decide-se
a vida econômica e política de muitas nações dependentes
dos Estados Unidos.” É mais provável que os aspectos
dos Estados Unidos descritos no texto sejam
encontrados na região:
a) nordeste;
b) noroeste;
c) sudoeste;
d) sudeste;
e) das Planícies Centrais.
É mais provável que as áreas hachuradas no mapa
correspondam às jazidas de:
a) ferro e carvão;
b) cobre e zinco;
c) urânio e prata;
d) petróleo e carvão;
e) manganês e ferro.
A respeito da atividade agropecuária dos Estados Unidos
e com base no mapa abaixo, qual a afirmativa errada?
0 1
0 2
0 3
a) Nas regiões de ocupação mais recente, as propriedades
são maiores do que nas de ocupação mais antiga.
b) Na principal bacia leiteira, a superfície das propriedades é
inferior à média nacional.
c) Nas regiões tradicionalmente produtoras de algodão
encontram-se as maiores propriedades.
d) Nas regiões secas predominam propriedades com
grandes dimensões.
e) Na principal região produtora de milho, as propriedades
têm superfícies inferiores à média nacional.
As migrações negras nos Estados Unidos têm-se
acelerado nas últimas décadas. Em 1940, 77% dos
negros viviam no sul, enquanto somente 22% viviam no
norte e 1% no oeste. Em 1970, no sul estavam somente
52% dos negros americanos, no norte 41% e no oeste
7%. Hoje, as grandes cidades do nordeste e dos Grandes
Lagos apresentam enormes percentuais de população
negra, localizada principalmente nas áreas centrais dessas
cidades. Qual das seguintes formulações não
complementa corretamente a idéia central do texto?
a) Os negros têm sido atraídos pelo norte devido à maior
tolerância racial e aos melhores salários oferecidos, mas
essa migração vem provocando a hostilidade dos brancos
e uma maior concorrência pelos empregos de baixa
remuneração.
b) O centro das cidades sofre desvalorização constante e as
populações, desejosas de espaços mais exclusivos e de
maior conforto, mudam-se para os subúrbios, que vão
crescer rapidamente, com base numa população de alto
poder aquisitivo.
c) Em termos de volume total, a migração negra atinge as
áreas de maior densidade demográfica rural do país,
principalmente no sul e sudeste.
d) As maiores densidades demográficas dos Estados Unidos
correspondem às áreas do centro-oeste, onde
trabalhadores volantes e parceiros agrícolas, negros em
maioria, desfrutam de um baixo nível de vida.
e) Na medida em que populações negras, vizinhos
indesejáveis, se instalam nas áreas centrais das cidades,
onde os aluguéis são mais baratos, acentua-se o êxodo
dos brancos para as áreas suburbanas.
0 4
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Situada junto ao litoral nordeste dos Estados Unidos, a
megalópole Bos-Wash tem cerca de 700 quilômetros
de extensão e possui mais de 20% da população do
país. A respeito da organização espacial dessa área, assinale
a opção correta.
a) Maior concentração de indústrias pesadas do país, a
megalópole se desenvolve graças à presença de grandes
jazidas de ferro, petróleo e carvão nessa área do litoral
americano.
b) Uma das maiores expressões do desenvolvimento
econômico do país, a megalópole contém,
contraditoriamente, uma população heterogênea quanto
ao nível de vida, fato evidenciado pela presença de bairros
extremamente pobres junto ao centro e subúrbios
luxuosos.
c) A principal atividade econômica da megalópole é a
exportação de gêneros agrícolas, já que as mais
importantes áreas produtoras de cereais do país
encontram-se na periferia de suas cidades.
d) A megalópole se constitui em um exemplo de urbanização
para o resto do país, pois suas cidades foram planejadas
de tal forma que suas diversificadas atividades econômicas
não prejudicam o bem-estar de sua população.
e) A presença de numerosas colônias de imigrantes é
responsável pelo elevado nível de vida e pela equilibrada
distribuição da renda, fatos que caracterizam a população
da megalópole e lhe asseguram um mercado consumidor
forte e homogêneo.
No processo de formação de seu território, os EUA
incorporaram vastos espaços que originalmente não
pertenciam à Inglaterra. Pertenceram, respectivamente, à
França e ao México as áreas assinaladas com os números:
a) 2 e 3 b) 1 e 3c) 4 e 5 d) 4 e 6e) 5 e 6
0 5
0 6
“Imaginar os Estados Unidos como um país vasto, mas
uniforme na prosperidade e nas manifestações dessa
prosperidade, seria um erro grosseiro. Nesse território
imenso, podem ser encontrados todos os contrastes...”
A diversidade do espaço geográfico nos Estados Unidos,
evidenciada no texto acima, pode ser explicada:
I. Pela variedade do seu quadro natural, responsável pelos
desequilíbrios regionais existentes quanto às condições
de vida de sua população.
II. Pela coexistência de situações de pobreza e riqueza que
caracterizam as condições de vida da população, tanto
nas zonas rurais quanto nas urbanas.
III. Pela heterogeneidade étnica dos seus habitantes, já que
os imigrantes de origem anglo-saxônica foram
responsáveis pelo crescimento econômico mais forte
de algumas regiões do país.
IV. Pela estrutura social existente, já que nas regiões mais
fortes economicamente existe um grande número de
trabalhadores que constituem reserva de mão-de-obra
barata.
Assinale:
a) se apenas as afirmativas I e III estão certas;
b) se apenas as afirmativas II e IV estão certas;
c) se apenas as afirmativas III e IV estão certas;
d) se apenas as afirmativas I, II e III estão certas;
e) se apenas as afirmativas I, II e IV estão certas.
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(PUC-MG) Os Estados Unidos têm agido, nos
últimos anos, como a única superpotência do globo; o
isolacionismo norte-americano tornou-se, inclusive,
marca registrada da atual administração desse país.
Constituem atestado da política hegemônica isolacionista
dos Estados Unidos, EXCETO:
a) a não-assinatura de acordos internacionais importantes,
como o Protocolo de Kyoto, que estabeleceu metas
para o lançamento de efluentes atmosféricos;
b) o boicote à Conferência contra o Racismo na África do
Sul, em função do apoio explícito à política israelense em
relação aos palestinos;
c) o estabelecimento de alianças com os países árabes, para
combater terroristas da Al Qaeda e membros do antigo
regime Talebã;
d) o discurso duro do Presidente Bush nas Nações Unidas,
ameaçando entrar em guerra contra o Iraque, a despeito
da reprovação da ONU e da comunidade internacional.
(MACK) Sobre a economia dos Estados Unidos é
INCORRETO afirmar:
a) As grandes extensões de solos férteis, a maior parte do
relevo de topografia plana e o clima temperado favorecem
a agricultura na porção central, que se caracteriza pelo
emprego maciço da mecanização e pela baixa utilização
de mão-de-obra.
b) A região das Planícies Centrais é dividida em cinturões de
cultivo, onde a agricultura é altamente especializada, com
alta produtividade.
c) A atividade industrial, tradicionalmente concentrada na
região Nordeste e em torno dos Grandes Lagos,
beneficiou-se da riqueza mineral e energética da região.
d) Atualmente verifica-se uma descentralização industrial, em
direção à Costa Oeste (indústrias de alta tecnologia) e à
região do Golfo (indústria petrolífera).
e) Apesar da grande dependência de carvão e petróleo e,
em menor grau, de minerais metálicos, o país ainda é
responsável pela maior produção industrial do mundo.
(MACK) Considere as afirmações sobre o Mercosul e
suas relações com os EUA:
I- Entre os países membros não há nenhum pólo gerador
de tecnologias. Brasil e Argentina são as economias mais
industrializadas, mas muito dependentes de capitais e
equipamentos estrangeiros; dessa forma não há como
conseguir auto-suficiência industrial no interior do
Mercosul.
II- O Brasil pretende transformar-se num global trader (país
que comercializa com o mundo todo) e não pretende
concentrar os negócios do Mercosul com poucos países,
especialmente os EUA.
III- O interesse brasileiro é o de adiar a adesão à ALCA (Área
de Livre Comércio das Américas), para dar tempo aos
setores produtivos modernizarem-se para enfrentar a
concorrência dos EUA.
IV- Os EUA querem apressar a adesão à ALCA, pois visam
ter um mercado cativo na América do Sul, ao mesmo
tempo em que restringiriam os interesses da União
Européia na região.
São verdadeiras:
a) I, II , III e IV;
b) apenas II e III e IV;
c) apenas II e III;
d) apenas I e III e IV;
e) apenas III e IV.
(MACK) Arrastada pela desaceleração dos EUA, a
economia do México pode apresentar um crescimento
de menos de 1% este ano.
Folha de São Paulo - 19/08/2001.
O atrelamento da economia mexicana aos EUA explica-
se:
a) pela dependência mexicana das matérias-primas
importadas dos EUA;
b) pelo fato de os EUA. serem destinatários de cerca de
90% das exportações mexicanas;
c) pela absorção de grande parte da mão-de-obra mexicana
pelo setor agrícola dos EUA;
d) pela dependência mexicana ao petróleo americano,
extraído principalmente no Texas;
e) pela paridade artificial entre as moedas dos dois países.
(MACK) Essa corrente marítima quente atua no litoral
ocidental e setentrional da Europa, amenizando as
amplitudes térmicas da fachada Atlântica do continente e
provocando altos índices pluviométricos. Sua ação
também evita o congelamento das águas oceânicas na
costa norueguesa.
Trata-se da corrente:
a) de Humboldt;
b) do Labrador;
c) Gulf Stream;
d) Norte-Pacífica;
e) da Groenlândia.
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(MACK) Na esfera das mudanças econômicas mundiais,
ou da nova ordem econômica pós-Guerra Fria, a palavra
“globalização” adquire uma grande variedade de usos,
EXCETO:
a) como sinônimo de liberalização, tanto interna como
externa, e de maior abertura das economias, inclusive
nos países que ainda mantêm o socialismo;
b) para descrever a propagação mundial do capitalismo e a
difusão da indústria para países subdesenvolvidos;
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(MACK) Com a desintegração do bloco socialista na
década de 90, poder-se-ia esperar que o mesmo
ocorresse com a OTAN (Organização do Tratado do
Atlântico Norte), porém a aliança militar atlântica defende
a sua manutenção com o objetivo de:
I. combater organizações mafiosas e o narcotráfico.
II. conter Estados “hostis” que supostamente dispõem
de armas de destruição maciça.
III. conter ações terroristas que poderão ameaçar a Europa,
a América do Norte, o Japão e Israel.
IV. ter controle bélico dos países do leste europeu e da
América Latina, que ainda são apontados como fonte
de perigo para os aliados.
Estão corretas:
a) somente I e II.
b) somente I e III.
c) somente II e IV.
d) somente III e IV.
e) I, II, III e IV.
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c) para caracterizar uma “economia-mundo” por meio da
integração dos mercados nacionais e do aprofundamento
da Nova Divisão Internacional do Trabalho;
d) para caracterizar uma rápida e penetrante difusão mundial
da produção, do consumo, do capital e da tecnologia;
e) para fundamentar a criação de espaços virtuais que
ignorem as fronteiras políticas.
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África: Aspectos Físicos IÁfrica: Aspectos Físicos IÁfrica: Aspectos Físicos IÁfrica: Aspectos Físicos IÁfrica: Aspectos Físicos I
Com cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, é nesse continente que são encontradas as mais típicas
condições que retratam o subdesenvolvimento. Dos 30 países mais pobres do mundo, com as mais altas taxas de
analfabetismo, mortalidade infantil, subnutrição e baixa expectativa de vida, 21 estão na África. Vamos agora estudá-la mais
detalhadamente.
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RELEVO
A África possui mais de 80% de sua área localizada na
zona intertropical do globo terrestre, isto é, está situada
entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. A grande maioria
das paisagens africanas é determinada por essa posição
geográfica. Nesse continente predominam terrenos de idade
geológica muito antiga, que se apresentam hoje na forma
de planaltos bastante desgastados pela erosão e, portanto,
de baixas altitudes. As planícies são pequenas e de pouca
importância e as grandes altitudes também estão restritas a
poucas áreas, tais como a cadeia do Atlas (ao norte) e o
planalto dos Grandes Lagos (a leste).
Próximo deste último encontramos o Monte
Quilimandjaro (6.010 m), o ponto culminante da África,
numa das poucas regiões de atividade vulcânica recente do
Continente Africano.
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África: Aspectos Físicos I
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HIDROGRAFIA, VEGETAÇÃO
E CLIMA
Com relação à hidrografia e aos climas e paisagens
vegetais, a posição geográfica é decisiva, como já dissemos.
Quanto à hidrografia, o rio Nilo, com nascentes na região
equatorial, no lago Vitória, é o mais extenso rio africano,
desembocando em forma de delta no Mar Mediterrâneo;
no Oceano Atlântico desembocam outros rios importantes,
como o Congo, com 4350 km, e o Niger com 4150 km,
no Oceano Índico desemboca o rio Zambeze. Quanto aos
lagos, destacam-se os de origem tectônica: Vitória, Tanganica
e Niassa e na África central temos o lago Tchad, bacia interior
para onde corre o rio Chari.
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África: Aspectos Físicos I
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No continente africano, há predomínio absoluto de
climas quentes, mas a quantidade de chuvas é extremamente
variável. Se nos posicionarmos na linha do Equador (latitude
0°) e imaginariamente caminharmos tanto para o norte
quanto para o sul, encontraremos praticamente a mesma
sucessão de climas e paisagens vegetais. O clima equatorial,
com suas chuvas abundantes e densas f lorestas
(semelhantes às da Amazônia) é encontrado no centro do
continente. A partir daí as chuvas diminuirão ao se passar
para as savanas – a paisagem vegetal mais típica da África –
até se atingir os desertos do Saara (ao norte) e de Kalahari
(ao sul), onde os índices pluviométricos são muito baixos.
Há dois imensos desertos nesse continente: o Saara
e o Kalahari. O Saara é o maior do mundo, com uma área
superior à do Brasil: 9 milhões de quilômetros quadrados.
Localiza-se na porção norte do Continente Africano,
ocupando terras de inúmeros países. O Kalahari fica ao
sul e sua área é de 600 mil quilômetros quadrados.
Observe o climatograma relacionado com a paisagem
vegetal, e verifique as diferenças.
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África: Aspectos Físicos I
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ASPECTOS HUMANOS
HERANÇA DO COLONIALISMO
A dominação européia sobre a África inicia-se no
século XV, como produto da expansão marítima da Europa.
Foram estabelecidos diversos postos comerciais ao longo
do litoral. Com a colonização da América, intensificou-se o
tráfico de escravos capturados no interior da África que
eram conduzidos à força ao trabalho em várias porções do
Continente Americano.
Entretanto, o século XIX trará como novidades a
independência dos países da América e um grande
desenvolvimento econômico à Europa, proporcionado pela
Revolução Industrial. Com esta, intensifica-se a necessidade
de abertura de novos mercados consumidores aos
produtos industriais europeus, bem como uma intensa
procura por matérias-primas, nas quais a Europa possui
sérias limitações (recursos florestais, minérios, etc.).
Isso inicia uma nova e devastadora etapa na
colonização européia da África, com a partilha da mesma
entre as principais potências da Europa. Observe os mapas
de “antes” e “depois” da colonização:
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África: Aspectos Físicos I
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Em poucas décadas observou-se a submissão total
da África como jamais ocorrera antes na História. Essa
partilha colonial ignorou povos, territórios originais e
culturais, bem como destruiu as economias tribais de
subsistência, selecionando os melhores solos do continente
para os cultivos destinados à exportação. São as plantations,
monoculturas de produtos tropicais (cacau, amendoim, café,
algodão, entre outras), organizadas em grandes extensões
com emprego de mão-de-obra barata. Até hoje, apesar de
“independentes”, os países africanos continuam exportando
basicamente esses mesmos produtos, sem alterações
significativas nas relações comerciais da época colonial.
Como pode ser observado no mapa anterior, a
imensa maioria dos 53 países africanos da atualidade tornou-
se independente após a Segunda Guerra Mundial (1939 -
1945), sendo, portanto, países ainda muito “jovens”.
Compare com o colonialismo do início do século XX, no
mapa a seguir.
Apesar disso, não é o pouco tempo de independência
a causa principal dos graves conflitos existentes nos países
africanos. Desde os anos 60 há muitas guerras internas
nos países da África, isto é, quase nenhuma ocorreu entre
países diferentes.
Mas qual o motivo dessas guerras? Por que elas
ocorrem quase sempre dentro de um mesmo país?
As respostas a estas questões também se encontram
na partilha colonial realizada pelas potências européias no
século XIX.
Antes da colonização não havia na África países ou
Estados constituídos, com governo, forças armadas, sistema
tributário e, principalmente, territórios definidos por
fronteiras. Havia, sim, um número muito grande de
povos, cada qual com idioma e cultura próprios, vivendo
ou migrando atrás de alimentos, caça, novos solos, etc.,
mas sem território bem estabelecido.
As atuais fronteiras da África nada mais são que os
territórios delimitados pela Europa por ocasião da partilha
colonial e que foram conservados no momento da
independência de cada país africano.
São, portanto, fronteiras totalmente artificiais e
obrigam povos completamente diferentes culturalmente a
conviver em Estados-Nações à semelhança do resto do
mundo. Nessas condições os conflitos são inevitáveis e
parece que irão prolongar-se ainda por muito tempo.
AS CONTRADIÇÕES ÉTNICAS NA ÁFRICA
Costuma-se denominar de África Branca o conjunto
formado pelos países do norte da África ou porção
setentrional do Continente Africano. São eles:
– Marrocos
– Argélia
– Tunísia
– Líbia
– Egito
É uma região habitada por povos de origem árabe,
onde o islamismo é a religião de domínio absoluto.
Todavia, há elementos naturais que individualizam o Norte
africano: o Deserto do Saara, que chega a dominar até
90% do território de países como a Líbia a Cadeia dos
Montes Atlas, que forma um conjunto de três países,
conhecido como Magreb (Marrocos, Argélia e Tunísia) –
palavra árabe que significa “onde o sol se põe”.
Também é importantíssimo o vale do Rio Nilo (no
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África: Aspectos Físicos I
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DA APARTAÇÃO (APARTHEID) À
LIBERDADE
Nelson Mandela, o primeiro presidente negro da
história da África do Sul, chegou ao poder após o final
oficial do apartheid. Após 41 anos da criação oficial do
apartheid, as leis que o instituíram foram sendo abolidas
gradativamente. Mas, para tanto, houve muitos massacres
e muito sangue foi derramado pela população negra em
sua luta contra o racismo na África do Sul.
Fazendo um resumo das leis que ampararam ou
criaram o apartheid e sua respectiva abolição, tem-se:
1949 – proibição oficial do casamento inter-racial (abolida
em 1984); 1950 – ao nascer, as crianças deveriam ser
registradas por raça, ou seja, deveria constar no documento
a sua raça (abolida em junho de 1991); 1950 –
obrigatoriedade de os brancos, negros e mestiços viverem
em áreas separadas, e a proibição ao negro de comprar
terras (abolida em junho de 1991); 1952 – a locomoção
de pessoa negra estava condicionada à necessidade de
um “passe”, ou seja, um documento de identificação que
a autorizava a ir e vir (abolida em 1986); 1953 – proibição
de greve de negros e divisão dos serviços públicos (escola,
hospital, praça pública, estádio esportivo, etc.) em locais
para brancos e locais para negros (abolida em 1990).
A constituição vedava o voto ao negro. Em 1993
isso foi abolido com a reforma constitucional, graças à
grande atuação do CNA, o partido político de Nelson
Mandela.
Durante toda a vigência do racismo oficial na África
do Sul houve lutas intermináveis da comunidade negra
para extingui-lo, duramente reprimidas, com muitas mortes
e prisões por motivos políticos.
Muitos foram os líderes dessas lutas, mas há dois
personagens de destaque: o bispo da igreja anglicana
Desmond Tutu, prêmio Nobel da Paz em 1984, e
Nelson Mandela, preso político entre 1963 e 1990.
Sua libertação ocorreu num contexto de fortes pressões,
tanto internas quanto externas, sobre o regime racista
sul-afr icano visando sua supressão. Após muitas
turbulências, são convocadas para 1994 as primeiras
eleições multirraciais da história do país, das quais Nelson
Mandela sai vencedor. Todavia, Mandela herdou, para
governar, um país de grandes desigualdades sociais e
também, como no resto da África, de grande variedade
étnica entre negros, com muitos grupos rivais entre si.
Durante a luta para o fim do apartheid, os negros sul-
africanos permaneceram relativamente unidos, mas agora
a situação é outra e as lutas interétnicas permanecem
vivas. Até quando?
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Por que acontecem violentas crises periódicas de fome
na África negra?
Resposta:
A fome é motivada por problemas ecológicos (secas
0 1 prolongadas, chuvas irregulares e avanço do deserto) e
por prolongados conflitos entre povos rivais na luta pelo
poder; durante períodos de guerra a economia se vê
paralisada e nada se produz.
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Sabendo-se que o Rio Nilo nasce no centro da África,
utilize seus conhecimentos sobre o clima africano para
responder:
Por que ele atravessa o deserto sem secar
completamente?
Por que a savana, vegetação mais típica da África, é
denominada “vegetação de transição”?
Por que os desertos africanos, especialmente o Saara,
vêm se expandindo continuamente?
Identifique, com auxílio de mapas, a que potências
européias pertenceram os seguintes países africanos:
Argélia_________________________________________
Angola__________________________________________
Egito____________________________________________
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Egito) como uma das raras áreas férteis de toda essa parte
do continente, com grande concentração demográfica.
Na porção litorânea é encontrado o clima subtropical
mediterrâneo, que apresenta uma pequena estação chuvosa
no inverno. Isso possibilita uma razoável produção de
videiras, oliveiras e frutas, à semelhança do que ocorre nos
países do sul da Europa.
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África: Aspectos Físicos I
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Tanzânia________________________________________
Nigéria___________________________________________
Somália_________________________________________
Costuma-se dizer que a maioria dos países da África atual
são “artificiais”. Qual o motivo dessa afirmação?
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Qual a razão para que os países da “África branca” tenham
dificuldades para desenvolver mais a agricultura?
A Argélia vive um momento político difícil de alguns anos
para cá. Qual a razão disso?
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(PUC-SP) A economia internacional está apresentando
um aprofundamento no processo de globalização. Esse
processo apresenta desafios que exigem novos
paradigmas a serem debatidos. Sobre o assunto, avalie
as seguintes situações:
I - Crises econômicas provocadas pelo capital financeiro.
II - Desmonte dos direitos dos trabalhadores, agravado pelo
aumento do desemprego.
III - Formação de blocos econômicos, com políticas
colonialistas e imperialistas.
IV- Formação de uma realidade econômica favorável aos
países emergentes e à sua busca de prosperidade.
V - Adoção de práticas neoliberais que não representam
defesa eficiente diante das crises do capitalismo.
Quais das situações acima caracterizam o atual momento
da economia mundial?
a) somente I, III e IV;
b) somente II, III e IV;
c) somente I, II e V;
d) somente III, IV e V;
e) todas as situações mencionadas.
(ENEM-03) O continente africano em seu conjunto
apresenta 44% de suas fronteiras apoiadas em
meridianos e paralelos; 30% por linhas retas e arqueadas,
e apenas 26% se referem a limites naturais que
geralmente coincidem com os de locais de habitação dos
grupos étnicos.
MARTIN, A. R. Fronteiras e Nações. Contexto, São Paulo,
1998.
Diferente do continente americano, onde quase que a
totalidade das fronteiras obedecem a limites naturais, a
África apresenta as características citadas em virtude,
principalmente:
a) da sua recente demarcação, que contou com técnicas
cartográficas antes desconhecidas;
b) dos interesses de países europeus preocupados com a
partilha dos seus recursos naturais;
c) das extensas áreas desérticas que dificultam a demarcação
dos limites naturais;
d) da natureza nômade das populações africanas,
especialmente aquelas oriundas da África Subsaariana;
e) da grande extensão longitudinal, o que demandaria
enormes gastos para demarcação.
(PUC-PR) Dentro da moderna economia de mercado,
a definição de pobreza geralmente relaciona-se com a
renda monetária. No entanto, indicadores vitais como a
mortalidade infantil e a expectativa de vida também
contribuem para uma noção mais exata da miséria. Sobre
este assunto, analise as afirmações abaixo:
I) A região do subcontinente indiano é o maior bolsão de
pobreza do mundo, em termos absolutos. Nesta região
encontram-se países superpovoados, onde o elevado
crescimento natural não é acompanhado por reformas
econômicas ou políticas importantes.
II) Na Ásia Oriental e na África Subsaariana, há outras regiões
com elevado número de pessoas vivendo abaixo da linha
de pobreza; a imensa maioria da população ainda vive no
campo, e a pobreza rural é dominante. Mesmo com
importante fluxo migratório em direção às zonas urbanas,
há muito deterioradas pela instabilidade política e
econômica.
III) A despeito de outras causas políticas e econômicas, na
África, a natureza dos planaltos interiores, geralmente
áridos, em contraste com as planícies aluviais encravadas
nos vales, tornou estas as áreas mais densamente
povoadas da Terra. Isto resultou em um sistema fechado
de produção e consumo rural baseado no
superpovoamento das terras cultiváveis com a rizicultura.
Assinale:
a) se apenas II estiver incorreta;
b) se apenas as afirmações II e III forem corretas;
c) se apenas as afirmações I e II forem corretas;
d) se apenas a afirmação I for correta;
e) se apenas a afirmação III for incorreta.
(UFMS) A Índia está localizada no hemisfério norte, no
Centro-Sul do continente asiático, banhada pelo Oceano
Índico e cortada pelo Trópico de Câncer. Possui uma
extensão territorial de 3.287.782 km² e ultrapassou a
casa de um bilhão de habitantes, em 2000. Apesar de
sua diversidade cultural, ambiental e geográfica, o País
passa por dificuldades sociais, econômicas e políticas, o
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África: Aspectos Físicos I
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que o torna subdesenvolvido. Com relação à Índia, é
correto afirmar que:
01 o crescimento do PIB em ritmo acelerado nos últimos
anos, ligado ao processo de industrialização e
desenvolvimento dos serviços, coloca o País na 11ª
posição mundial, com 430 bilhões de dólares em 1998,
no entanto, não tem sido suficiente para esconder os
imensos contrastes socioeconômicos, com 40% da
população vivendo abaixo da linha de pobreza.
02 o elevado crescimento populacional vem exigindo do
governo medidas de controle de natalidade, que são
rejeitadas pela população de maioria islâmica.
04 existem conflitos separatistas de origem étnico-religiosa
na Caxemira, contra o Paquistão, e no Estado de Punjab,
contra os sikhs, ambos no norte do País.
08 72% da população do País, em 1998, vivia em cidades,
principalmente em metrópoles como Mumbai (ex-
Bombaim) com 15 milhões de habitantes, Calcutá com
12 milhões de habitantes e Nova Délhi com 10 milhões
de habitantes.
16 o clima de monção, com chuvas torrenciais no verão,
predomina no País e, em áreas mais reduzidas, são
encontrados os tipos climáticos equatorial, no sul, de
montanha, no norte, e semi-árido, no noroeste.
Soma:
(VUNESP) Megacidades são aglomerações urbanas
que:
a) alojam centros do poder mundial e sedes de empresas
transnacionais;
b) concentram mais de 50% da população total, em países
pobres;
c) têm mais de 10 milhões de habitantes, seja em países
ricos ou pobres;
d) pertencem a países de grande importância no comércio
mundial;
e) não têm infra-estrutura de comunicação suficiente, apesar
de serem grandes.
(PUC-RJ) “O modelo de desenvolvimento adotado
pelos países centrais e por parte dos países periféricos
gerou impactos ambientais que (...) ultrapassam os limites
territoriais das unidades políticas, sem respeitar os limites
elaborados pela geografia e pela história dos lugares e de
quem os habita.”
(RIBEIRO, W. C. A ordem ambiental internacional. São Paulo:
Contexto, 2001, p. 12.)
Ao se relacionar o texto apresentado com os cinco
eventos seguintes:
I. destruição da camada de ozônio;
II. combate ao bioterrorismo;
III. mudanças climáticas globais
IV. perda da diversidade biológica
V. fenômeno da ilha de calor;
verifica-se que está correto apenas o que se afirma em:
a) I, II e V;
b) I, III e IV;
c) I, IV e V;
d) II, III e IV;
e) II, III e V;
(CEFET-PR) Sofre influência do clima semi-árido, recebe
entre 200 a 500mm de chuva anualmente e tem uma
estação seca bem definida. Além disso, apresenta um
mosaico de vegetação que ocorre em diversas regiões
africanas. Trata-se:
a) das estepes;
b) das savanas;
c) do sertão africano;
d) do sul do continente;
e) da região desértica.
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(CEFET-PR) O território africano é formado por
grandes extensões de planaltos cristalinos, formados
em antigas eras geológicas.
Sobre o relevo da África, assinale a única opção correta.
a) Sendo o relevo bastante desgastado, o litoral africano é
extremamente recortado, abrigando uma grande
seqüência de portos abrigados em inúmeras baias e
golfos de águas calmas.
b) A cadeia do Atlas, situada no extremo sul-ocidental,
constitui uma região geologicamente instável, pois faz
parte dos dobramentos terciários que deformaram a
Terra nesta última era geológica.
c) As depressões ou fossas tectônicas da porção centro-
ocidental são repletas de elevações vulcânicas e abrigam
uma série de extensos lagos interiores.
d) O Rift Valley constitui-se de uma falha geológica de
grandes proporções que se estende a partir da faixa
norte-oriental. A esta formação pertence o monte
Kilimanjaro, ponto culminante da África.
e) Na parte onde corre o rio Congo, com grande volume
de água, o relevo, na porção centro-ocidental, é
extremamente recortado e com as mais elevadas
altitudes da África.
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África: Aspectos Físicos II
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África: Aspectos Físicos IIÁfrica: Aspectos Físicos IIÁfrica: Aspectos Físicos IIÁfrica: Aspectos Físicos IIÁfrica: Aspectos Físicos II1234123412341234123412341234
ÁFRICA DO MAGREB
Outras importantes fontes de renda nas exportações
são: o petróleo (Líbia e Argélia) e o fosfato (Marrocos e
Tunísia). Todavia, o padrão de vida das populações desses
países é, em geral, baixo. A distribuição da riqueza privilegia
a minoria de ricos, contrastando com a maioria pobre, como
nos demais países subdesenvolvidos.
Os países de maior destaque são citados a seguir.
O EGITO
É o mais industrializado dessa porção da África, mas
suas exportações concentram-se nos produtos agrícolas,
principalmente no trigo e algodão. Sua economia passa por
um período de crise, com o aumento da dívida externa.
Seu período de maior liderança política no mundo
árabe foi durante a permanência de Gamal Abdel Nasser
no governo, entre 1953 e 1970, ano de sua morte. Ele se
notabilizou por sua política nacionalista e de luta contra o
estabelecimento de Israel no Oriente Médio. Sua morte
enfraqueceu a presença política e militar do Egito na região.
ARGÉLIA E LÍBIA
São países governados de modo autoritário e, no
caso da Líbia, o Presidente Muammar El-Kadafi governa
desde 1969. Ele vem aos poucos, militarizando seu país,
numa atitude francamente antiocidental, isto é, contra as
potências européias e, principalmente, contra os Estados
Unidos, a quem se refere como o “grande Satã” de nossa
época, em livro de sua própria autoria. É também acusado
de apoiar o terrorismo contra alvos norte-americanos pelo
mundo.
A Argélia vive momentos de tensão política desde
1992, quando cresceu a força de grupos islâmicos radicais
ou fundamentalistas, como também são denominados. Há
uma luta entre estes e o governo militar autoritário do país,
que já causou milhares de mortes e prisões. A população,
cada vez mais empobrecida, fica sem condições de resistir
ao radicalismo de ambos os lados.
ÁFRICA SUBSAARIANA
O Deserto do Saara, com cerca de 9 milhões de
quilômetros quadrados, forma uma espécie de barreira
natural que divide o Continente Africano em duas partes
muito distintas quanto aos aspectos humano e econômico.
Ao norte, encontramos uma organização socioeconômica
muito semelhante à do Oriente Médio, formando um
mundo islamizado. Ao sul, temos a chamada África Negra,
assim denominada pela predominância nessa região de
povos de pele escura.
Essa porção abrange a grande maioria do território e
da população africana e, como já estudamos, apresenta
inúmeros problemas socioeconômicos, além de conflitos
interétnicos, como herança do colonialismo ao longo dos
séculos XIX e XX.
Ali se verifica a presença de mais de 40 países, com
exceção da África do Sul, todos dependentes exclusivamente
da exportação de produtos primários (minérios, madeira,
produtos agrícolas, etc.). São comuns as plantations,
lavouras organizadas para a exportação de produtos tropicais.
Observe no mapa a seguir.
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A África Negra possui áreas de subsolo riquíssimo
em recursos minerais e energéticos, muitos dos quais
intensamente explorados na atualidade, quase sempre por
empresas de capitais l igados às antigas potências
colonizadoras ou aos Estados Unidos e ao Japão. Isso não
significa um “enriquecimento” dos países africanos, pois
houve, nos últimos anos, uma tendência de queda nos
preços desse tipo de matéria-prima, inclusive do petróleo.
Observe no mapa abaixo a distribuição territorial
desses recursos.
Os países da África Negra situada logo ao sul do
Deserto do Saara vivem graves problemas relacionados à
expansão do deserto – é a porção denominada Sahel. Leia
um pouco mais a respeito no hipertexto.
No Chade, segundo a FAO, de uma população de
5,8 milhões de pessoas metade passa fome, e cerca de 1
milhão recebe, por dia, apenas 23% do total mínimo de
calorias necessárias à sobrevivência. Na República Centro-
Africana, depois da grande seca de 1983, a produção
agrícola voltou a crescer nos anos seguintes. O país, no
entanto, investiu cerca de 70 milhões de dólares, obtidos
mediante empréstimos de bancos estrangeiros, na
ampliação da agricultura de exportação, como a de café e
algodão, em prejuízo da agricultura de produtos alimentares.
Em Mali, em Burkina e no Senegal a situação também
é dramática. Além de enfrentarem o contínuo avanço do
deserto em suas terras, esses países são pressionados
pelos bancos internacionais a exportar produtos agrícolas
para compensar as importações e obter, dessa forma,
dinheiro para o pagamento de empréstimos.
Vê-se, assim, que os países do Sahel enfrentam não
apenas restrições impostas pelas secas prolongadas e pelo
avanço do deserto, mas também problemas decorrentes
de sua dependência econômica e financeira, herança do
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colonialismo e da atual ordem econômica mundial ditada
pelos países desenvolvidos.
É nessa região do continente que encontramos o
problema da fome de modo mais intenso, pois além do
problema ecológico costumam ocorrer prolongadas lutas
entre povos rivais na luta pelo poder.
O SUL DA ÁFRICA
Entretanto, é na porção sul (meridional) da África que
encontramos o país mais desenvolvido do continente: a
República da África do Sul.
Esse país possui pouco mais de 1.200.000 km2 e
em seu subsolo localizam-se imensas riquezas minerais,
principalmente:
– ouro e diamantes;
– carvão mineral;
– antimônio;
– minério de ferro;
– manganês;
– urânio;
– platina;
– cromo;
– vanádio.
Como se vê, há muitos minerais “estratégicos” para a
indústria mundial, muito importantes para as grandes
potências econômicas.
A África do Sul é, de longe, o país mais industrializado
do continente, com boa variedade de tipos de fábricas
relativamente sofisticadas, todavia, em um grau menor de
industrialização, quando comparada a outros países
subdesenvolvidos como o Brasil, a Argentina, etc.
Mas durante quase todo o século XX, a África do Sul
foi muito conhecida no mundo por existir ali uma política de
segregação racial interna, o apartheid (separação).
Durante décadas a maioria negra foi excluída da vida
política do país, bem como lhe foi impedido o acesso ao
elevado padrão de vida da minoria branca.
Há também quantidades consideráveis de mestiços e
asiáticos, que também não usufruem de boas condições de
sobrevivência.
Para se ter uma idéia do que foi exposto, observe os
gráficos no texto e a seguir:
Os negros constituem três quartos da população
(75%), mas têm uma participação bem inferior à dos brancos
na distribuição da riqueza do país.
A tabela acima mostra-nos mais alguns dados que
atestam a grande diferença de qualidade de vida entre os
povos que compõem a população sul-africana, como já foi
dito anteriormente.
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SAHELA vasta faixa de terra do Continente Africano que se
localiza na porção sul do Deserto do Saara e se estende
no sentido leste-oeste, desde a Etiópia até o Senegal,
recebe de seus habitantes a denominação de Sahel –
palavra árabe que quer dizer “orla” ou “costa do deserto”.
O Sahel, área de transição entre a savana e o
Deserto do Saara, é coberto por vegetação de estepe e
seu índice pluviométrico anual é bastante reduzido,
situando-se em torno de 150 milímetros. A escassez de
chuvas causa à população que aí vive sérios problemas de
sobrevivência.
As secas são prolongadas e as chuvas, irregulares,
ou seja, não apresentam periodicidade definida. No período
das secas verifica-se uma expansão da área desértica em
direção ao Sahel, calculada por especialistas em torno de 3
a 5 quilômetros por ano.
A situação dos habitantes torna-se, então, dramática.
A agricultura não atende às necessidades de consumo
alimentar de sua população, ocasionando fome e
desnutrição.
0 1 Identifique, com o uso de mapas, países exportadores
de:
Amendoim_______________________________
Cacau __________________________________
Café ___________________________________
Algodão _________________________________
Resposta:
Senegal, Mali, Níger.
Costa do Marfim, Camarões, Zimbábue.
Angola, Gabão, Camarões, Serra Leoa, Costa do Marfim.
Angola, Congo, República Centro-Africana, Mali.
1234512345123451234512345123451234512345
Identifique alguns aspectos que confirmem o racismo
oficial vigente na África do Sul por décadas.
O que é uma plantation?
Por que a África do Sul é um país estratégico para as
grandes potências mundiais?
Qual a atual situação socioeconômica sul-africana?
A presença das tecnologias modernas no sistema
produtivo tem produzido outras alterações na lógica de
localização das atividades econômicas. Uma muito
importante é a tendência do fim das vantagens obtidas
com as economias de aglomeração em espaços
reduzidos, tipo distritos industriais, por exemplo.
(Oliva e Giansanti - Temas da Geografia Mundial)
Sobre o assunto, é INCORRETO afirmar:
0 1
0 2
0 3
0 4
0 5
a) A concentração industrial é causa de desvantagens para o
empresariado, tais como a sobrecarga da infra-estrutura,
congestionamento das vias de transportes etc.
b) A economia moderna direciona-se para a separação física
entre os setores de gestão administrativa e as unidades
produtivas das empresas.
c) As unidades produtivas altamente tecnologizadas, que
exigem menores contingentes de mão-de-obra,
permitem uma maior dispersão espacial.
d) Os setores administrativos das grandes empresas tendem
a localizar-se em cidades que dispõem de facilidades para
a transmissão rápida de dados.
e) As áreas tradicionalmente industrializadas tendem a
aumentar a concentração, devido às facilidades de infra-
estrutura oferecidas.
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Na África, a maior parte da população vive na zona rural,
pois as atividades agrárias predominam na estrutura
econômica de quase todos os países. No mapa estão
representadas as áreas de urbanização mais acentuadas,
onde:
I - A área A, litoral do mar Mediterrâneo, é a principal região
exportadora de produtos agrícolas do continente.
II - A área B corresponde ao Golfo da Guiné e é região
produtora e exportadora de petróleo.
III - A área C, ocupada pela República da África do Sul, é uma
das mais industrializadas do continente.
Assinale:
a) se apenas I for verdadeira;
b) se apenas I e II forem verdadeiras;
c) se apenas II e III forem verdadeiras;
d) se apenas II for verdadeira;
e) se apenas I e III forem verdadeiras.
0 6 Assinale o que for correto sobre o continente africano.
01. Possuindo extensas áreas de savanas, a África, assim
como a Índia, destaca-se pela criação de gado bovino
leiteiro e de corte.
02. As taxas de natalidade são elevadas. Da mesma forma,
as taxas de mortalidade são muito altas, devido à
mortalidade infantil e à mortalidade geral ainda muito
significativa, à ineficácia dos serviços de saúde, às inúmeras
doenças que acometem a população africana e às guerras
entre tribos ou grupos antagônicos.
04. As campanhas emergenciais de assistência às populações
africanas, desencadeadas pelos países mais ricos, apenas
atenuam os problemas, pois atacam apenas as conse-
qüências da miséria e da fome e não as suas causas.
08. Cabo Verde, São Tomé e Príncipe são colônias
portuguesas localizadas na África Ocidental. Angola e
Moçambique, na África Oriental, deixaram de ser colônias
de Portugal, por iniciativa desta Nação, que abriu mão das
possessões coloniais.
16. A África do Sul foi colonizada por alemães, tendo sido o
maior reduto de sociedade racista, no continente africano.
Após a emancipação da Alemanha, o País tornou-se palco
das guerras entre as tribos hutu e tutsi.
32. A África detém grandes reservas minerais, destacando-
se a extração de ouro e de diamantes na África do Sul,
dentre outros países. O petróleo é explorado,
principalmente, em algumas nações da África Setentrional
e Ocidental.
( UFAM) O problema do crescimento demográfico hoje
não consiste só no fato de que cada ano existe um
acréscimo de quase 80 milhões de pessoas no planeta.
Mas que diferentemente produzem padrões
demográficos diferentes, alguns crescendo depressa,
outros estagnados, e outros ainda em declínio absoluto.
Entre hoje e o ano de 2025 cerca de 95% de todo o
crescimento mundial da população ocorrerá nos países
do Sul. Em que continente localiza-se atualmente o
crescimento natural com taxas superiores a 3% no ano?
a) Asiático
b) Americano
c) Africano
d) Australiano
e) Europeu
0 1 (CEFET-PR) A despeito da maior participação dos países
subdesenvolvidos no comércio mundial, com o aumento
da participação dos países emergentes, ainda observamos
no mundo moderno:
a) a modificação do perfil agrário com a maior subordinação
da cidade ao campo;
b) a menor influência dos países centrais na distribuição e
produção de riquezas pelo planeta;
c) a grande influência dos maiores setores monopolistas na
produção e organização do espaço;
d) a atenuação das relações Norte-Sul em função do
recrudescimento do conflito Leste-Oeste;
e) uma grande migração de capitais dos países
superindustrializados para os pré-industriais.
0 2
0 7
RESPOSTA
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0 4
01. Esta projeção cartográfica preserva a forma e distorce a
área relativa dos continentes.
02. A América do Norte, letra A, localiza-se totalmente no
hemisfério setentrional.
04. A África, área pontilhada, é um continente de muitos
conflitos tribais, étnicos e de fronteiras.
08. A América do Sul, letra B, é formada por países integrantes
do bloco que comanda a economia mundial.
16. A letra C indica a área correspondente ao Oriente Médio,
região de importância geopolítica e estratégica devido ao
petróleo.
32. A letra D assinala o Pacífico, oceano que fica situado
entre a Ásia e a América.
RESPOSTA
(UFF) África Subsaariana - Principais indicadores sociais
Fonte: Banco Mundial, 2000.
Considerando as informações do quadro e a realidade
que as sociedades da África Subsaariana têm vivido, pode-
se assegurar:
a) O longo período das guerras de libertação colonial explica
os péssimos indicadores de Uganda, Ruanda e Nigéria
em termos da expectativa de vida e dos índices de
analfabetismo da população.
b) Embora a África do Sul apresente os melhores indicadores,
ainda persistem, no país, fortes desigualdades sociais em
função do "recorte racial" econômico, diferenciando as
condições de vida entre a minoria branca e a maioria
negra.
c) Na África Subsaariana, a maioria dos países que se
orientaram pelo modelo soviético de socialismo - a
exemplo da República do Congo - conseguiram aliviar os
mais sérios problemas socioeconômicos da região.
d) A descolonização mais recente da Nigéria e as violentas
guerras civis em Angola respondem pelos indicadores
sociais que, inclusive, são os menos favoráveis de toda a
África Subsaariana.
e) A inserção subordinada do continente africano na
globalização da economia obrigou os governos de Uganda
e do Congo a concentrarem seus investimentos na
extração e comercialização do petróleo, deixando de
lado o bem-estar da população.
0 5
(GV-SP) Observe com atenção os países abaixo:
Fonte: Revista Veja, 10/02/1999, p. 54.
Segundo a classificação da ONU, os países do Grupo I
apresentam características opostas às do grupo II, que
estão indicadas na opção:
Observe, atentamente, o mapa-múndi abaixo e assinale
a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S).
MAGNOLI, Demétrio e SCALZARETTO, Reinaldo. Geografia: Espaço, Cultura e Cidadania,
SP, Moderna, 1998. (adaptado)
D
A
B
C
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(UFJF) Apresentando diferenças de traçado, clima,
extensão e relevo, o Rio São Francisco, no Brasil, e o Rio
Nilo, na África, oferecem sugestivas analogias geográficas.
Marque a alternativa que explica o fato descrito:
a) cursos típicos de planalto, com climas tropicais
contrastantes (verão chuvoso e inverno seco), só
atingindo cotas altimétricas abaixo de 200 m em trechos
próximos da foz;
b) áreas da foz em forma de deltas extremamente férteis,
intensamente cultivados, e situados em oceanos abertos;
c) cursos com direção sul-norte extremamente longos,
percorrendo zonas de climas quentes contrastantes,
inclusive secos, alimentados por cabeceiras situadas em
áreas úmidas;
d) médios e baixos cursos atravessando áreas desérticas
que se beneficiam com a regularidade de suas cheias,
obtidas graças aos represamentos realizados nos altos
cursos.
(UERJ) Ao refletirmos sobre o papel da África frente ao
processo de globalização deparamo-nos com a questão
da sua exclusão no sistema mundial.
(MARY, C. P. África: De mundo exótico a periferia abandonada. Niterói: EdUFF, 1998.)
A referida exclusão pode ser creditada, dentre outros
motivos, à relação formada entre:
a) alto controle da economia por empresas nacionais -
investimento significativo no mercado interno;
b) grande desconexão no comércio internacional -
precariedade de desenvolvimento de novas tecnologias;
c) reduzido fluxo financeiro com as potências capitalistas -
interesse dos megablocos de poder na integração social;
d) grande mudança da conjuntura internacional - valorização
dos tradicionais produtos agrícolas de outros continentes.
0 6 0 7
Observe a figura abaixo:
A representação da África permite várias interpretações,
como as que seguem a seguir:
I - A África chora a destruição das estruturas econômicas
e sociais de suas antigas comunidades, decorrente da
partilha colonial européia, oficializada pela Conferência
de Berlim.
II - A lágrima, lembrando o formato de diamante, registra a
pobreza de países africanos que possuem tal recurso.
Em Angola, Congo ou Serra Leoa essas pedras
tornaram-se motores de trabalho escravo, assassinato
e colapso econômico.
III - Engrossada pelo lago Vitória, a lágrima alcança as
proximidades de Zimbábue, país que enfrenta grave
crise social, e de Moçambique, onde crianças desnutridas
pagam com a vida a dívida externa do país.
IV - O cabelo trançado é uma alusão à população negra,
predominante na porção setentrional do Continente.
V - As tranças, próximas umas das outras, indicam a elevada
densidade demográfica na África do Norte.
Somente são verdadeiras as interpretações contidas
em;
a) I, II e III;
b) II, III e IV;
c) I, III e V;
d) II, IV e V.
e) I, IV e V;
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ÁsiaG
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ÁsiaÁsiaÁsiaÁsiaÁsia
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O Continente Asiático, com aproximadamente 44.400.000 km2,
corresponde a 29,7% das terras emersas e é o maior de todos os continentes.
A Ásia e a Europa, do ponto de vista geológico, constituem uma só porção
continental - a Eurásia - e, em conjunto com a África, formam o chamado Velho
Mundo. Em razão das grandes diferenças históricas e culturais, Ásia e Europa
são considerados dois continentes independentes, sendo que os Montes Urais,
o Rio Ural (situados na Rússia) e o Mar Cáspio tornaram-se uma linha definida
para separar os dois continentes.
A Ásia situa-se totalmente no Hemisfério Leste ou Oriental, e mais de
90% do seu território está localizado no Hemisfério Setentrional (norte); apenas
algumas ilhas pertencentes à Indonésia (Java, porção de Sumatra e Kalimantan)
situam-se abaixo da linha do equador.
A vasta extensão latitudinal do território asiático explica a diversidade
climatobotânica existente no continente, pois a Ásia se estende das
proximidades do Pólo Norte, no Oceano Glacial Ártico, até a faixa equatorial
terrestre.
No sentido longitudinal, a Ásia se estende por mais de 150° meridiano,
o que determina o aparecimento de 11 fusos horários nesse vasto continente.
Assim, torna-se necessário regionalizar o espaço asiático com o intuito
de facilitar o estudo das características físicas, humanas, sociais e econômicas
do continente.
Na vastidão do espaço asiático, a ciência geográfica identificou a existência
de conjuntos regionais, ou seja, grupos de países que se assemelham segundo
as paisagens naturais e as características sociais, culturais e históricas. São eles:
– Ásia Ocidental ou Oriente Médio;
– Ásia do Norte;
– Ásia do Sul ou Monçônica;
– Ásia Oriental ou Extremo-Oriente.
ÁSIA OCIDENTAL
A Ásia Ocidental é constituída pelos países situados a
oeste e sudoeste do continente e caracterizada pelo
predomínio de povos árabes; a Ásia Setentrional é formada
pela porção asiática da Rússia e pelas ex-repúblicas soviéticas
muçulmanas; a Ásia Meridional está voltada para o Oceano
Índico e é constituída pelo subcontinente indiano e Sudeste
Asiático (indochineses); a Ásia Oriental agrega os países do
Leste voltados para o Pacífico Norte.
É importante destacar que, ao longo da existência
humana, cada sociedade foi se estruturando de maneira
própria. Assim, os grupos humanos passaram a apresentar
muitas diferenças entre si, como o estilo de vida, os espaços
organizados, as características culturais e os diversos graus
de desenvolvimento tecnológico. Com tal heterogeneidade
e considerando que as sociedades ocuparam e definiram
seus espaços na Terra, é possível admitirmos a existência
de regiões.
O termo região, no sentido geográfico, refere-se a
um território que se distingue dos demais por possuir
características próprias (clima, economia, etc.). A palavra
"região" deriva do verbo regere, que, no latim, significa reger,
governar, controlar. Durante a expansão do Império
Romano os territórios conquistados eram chamados de
regio.
1
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Ásia Geo
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ORIENTE MÉDIO
A Ásia Ocidental, também conhecida por Oriente
Médio ou Levante, compreende a porção sudoeste do
continente, e tem aproximadamente 7 milhões de
quilômetros quadrados, o que equivale a 15% da área
asiática.
O Oriente Médio estende-se do território turco, a
oeste, até o Afeganistão, na porção leste, sendo cortado
pelo Trópico de Câncer. Essa região fica limitada a oeste
pelos Mares Vermelho e Mediterrâneo, ao norte pelos
Mares Cáspio e Negro, ao sul pelo Oceano Índico (Mar
Arábico e Golfo de Áden) e a leste pelo Paquistão e
repúblicas muçulmanas da antiga URSS.
A Ásia Ocidental compreende 16 países
independentes, sendo que Arábia Saudita, Irã, Afeganistão,
Turquia e Iêmen correspondem à cerca de 85% do
território regional. A Turquia é a ponte que liga a Ásia
Ocidental ao Continente Europeu, pois uma parte de seu
território situa-se geograficamente na Europa. Chipre, um
país insular situado no Mar Mediterrâneo, também faz parte
do Oriente Médio, assim como a Península do Sinai, que
pertence ao Egito, um país predominantemente africano.
2
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ÁsiaG
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grafi
a
RELEVO
O relevo da Ásia Ocidental é const i tu ído
predominantemente por planaltos, cujos limites apresentam
imponentes sistemas montanhosos, como o Planalto da
Anatólia, na Turquia (Península da Anatólia), o Planalto do
Irã e o Planalto Árabe (Península Arábica).
Os conjuntos montanhosos que se sobressaem na
topografia do Oriente Médio são: Os Montes Elburz e os
Montes Zagros, que envolvem o Planalto Iraniano. Nos
Montes Elburz, situados na porção norte Do território
iraniano e voltados para o Mar Cáspio, destaca-se a presença
do cone vulcânico Demavend, com 5.670 m de altitude.
Os Montes Zagros estendem-se por cerca de 1.800 km
ao longo do Golfo Pérsico e possuem uma altitude média
de 4 mil metros, onde se ressalta, na porção sul, o Monte
Dinar, com 4.276 m.
Destacam-se também os Montes Pônticos e os
Montes Taurus, em território turco, que, ao se unirem, dão
origem ao Maciço da Armênia, onde está o Monte Ararat,
com 5.166 m de altitude (elevação citada na Bíblia quando
é narrado o paradeiro da Arca de Noé, após o Dilúvio).
Voltados para o Mar Vermelho, na porção oeste da
Península Arábica, surgem os Montes Iêmen, destacando-
se o Neba Chuaib, com 3.760 m.
As terras baixas (planícies) na Ásia Ocidental limitam-
se às costas litorâneas, com destaque apenas para a Planície
da Mesopotâmia, que começa na Síria e se prolonga por
grande parte do território iraquiano. Na fronteira entre a
Jordânia e o Estado de Israel, surge uma depressão absoluta
onde está localizado o Mar Morto (–394 m), provavelmente
originado por movimentos tectônicos que vieram a isolar
um antigo mar interior.
No extremo leste da Ásia Ocidental, surgem as cadeias
montanhosas do Hindu-kush (território do Afeganistão),
onde se sobressaem as mais elevadas altitudes da região, a
exemplo do Monte Nowshak, com 7.485 metros de
altitude.
3
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Ásia Geo
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CLIMA E VEGETAÇÃO
A quase totalidade do território do Oriente Médio,
cerca de 90%, é dominada pelo clima árido que caracteriza
as formações desérticas. Raros são os países nessa região
que conseguem fugir ao rigor da aridez, a exemplo da
porção litorânea dos países voltados para o Mar
Mediterrâneo, onde o domínio de climas úmidos ameniza
a situação.
As regiões desérticas do Oriente Médio adquirem
um caráter hostil por dois motivos: a escassez quase total
de chuvas e as grandes oscilações térmicas diárias (durante
o dia, temperatura em torno de 50 °C e, à noite, 0 °C).
Destacam-se os desertos: da Arábia (na Península
Arábica), de Neguev (Israel), Grande Deserto Salgado
(entre o Irã e o Afeganistão), de Lut (Irã) e o Deserto da
Síria.
Refletindo a aridez da região, surge uma formação
vegetal dominada por espécies xerófilas (desertos) e
estépica, nas áreas semi-áridas, a exemplo da Planície
Mesopotâmica e do norte da Turquia.
Podemos encontrar, ainda, o tipo climático de
montanha, cujas temperaturas são amenizadas pela altitude
no Afeganistão, Irã e Turquia.
HIDROGRAFIA
A pobreza de rios e a quase total ausência de lagos na
Ásia Ocidental são apenas um reflexo do predomínio do
clima árido, que se caracteriza pela grande escassez de
chuvas. Os poucos rios existentes na região adquirem
inestimável valor para as populações, pois são intensamente
utilizados no abastecimento de água para consumo humano
e no sustento das atividades agropastoris.
4
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ÁsiaG
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grafi
a
Três rios se destacam: Tigre (1.950 km), Eufrates
(2.750 km) e Jordão. Os dois primeiros possuem suas
nascentes no Maciço da Armênia (Turquia) e correm no
sentido sul, atravessando toda a Planície da Mesopotâmia
(Iraque), vindo a fertilizar o solo da região - crescente fértil;
e deságuam no Golfo Pérsico, formando o Estuário do
Chat-el-Arab (região em litígio, disputada violentamente pelo
Irã e Iraque).
O Rio Jordão nasce no sul do Líbano e serve de
fronteira entre Israel e Jordânia, antes de desaguar no norte
do Mar Morto, que atravessa o Lago Kinnereth.
Na Península Arábica é possível encontrar espalhados
diversos oásis - lagos originados pela ação dos ventos, que
removem a areia e fragmentos do deserto, produzindo uma
depressão que atinge a superfície do lençol de água
subterrâneo.
ASPECTOS HUMANOS
A posição geográfica do Oriente Médio foi um fator
muito importante na composição de sua população. Essa
região faz ligação entre a Ásia, Europa e África, tornando-se,
assim, uma área de passagem e vindo, por isso, a sofrer
grande influência externa.
Desde a Antigüidade a região foi ocupada por
diferentes povos com características culturais, origens
étnicas e esquemas políticos muito diferenciados. Em razão
dessa mistura, a população do Oriente Médio caracteriza-
se hoje pela grande heterogeneidade étnica, constituindo
um verdadeiro mosaico de povos. Ao longo dos últimos
4.000 anos, civilizações ali floresceram e desapareceram
(persas, fenícios, assírios e babilônios), invasões e guerras
levaram povos a perder seus territórios e a mescla de
culturas contribuiu para o enfraquecimento da chamada
"coesão nacional" em muitos países.
A Ásia Ocidental conta hoje com uma população
absoluta em torno de 200 milhões de habitantes, que se
encontra muito mal distribuída pelo espaço em razão da
adversidade natural existente na região. A densidade
demográfica média é de 28,6 hab./km2, e as maiores
concentrações humanas são identificadas na Planície da
Mesopotâmia, junto ao litoral mediterrâneo, litoral do Golfo
Pérsico, na capital do Irã (Teerã) e no Estreito de Bósforo
(Turquia). São áreas onde as condições de umidade
permitem o assentamento humano e faci l i tam o
desenvolvimento de atividades agropastoris.
Os países mais populosos do Oriente Médio são:
Turquia, com 65 milhões de habitantes; Irã, com 64
milhões; Afeganistão, com 17 milhões; Afeganistão, com
17 milhões; Iraque, com 22 milhões e Arábia Saudita, com
20 milhões. Juntos, esses países abrigam cerca de 80% da
população dessa região. Bahrain, com 757 hab./km2 ,
Líbano, com 270 hab./km2 e Israel, com 220 hab./km2 são
os países mais povoados da região.
Tradicionalmente agropastoril, a Ásia Ocidental
apresentou, após a Segunda Guerra Mundial, um acentuado
crescimento urbano, fruto da expansão da indústria
petrolífera na região. Atualmente mais de 50% da população
vive em cidades como Teerã (Irã), Istambul e Ancara
(Turquia), Bagdá (Iraque), Damasco (Síria) e Riad (Arábia
Saudita), verdadeiras metrópoles da Ásia Ocidental.
A atual composição étnica da população do Oriente
Médio demonstra que o grupo dominante são os árabes,
situados na Península Arábica, seguidos pelos otomanos
(turcos), situados na Ásia Menor ou Península da Anatólia, e
pelos persas (iranianos) no Irã.
Cerca de 70% da população regional pertence à
religião islâmica ou muçulmana, que foi amplamente difundida
e absorvida pelos povos árabe e iraniano. Também se fazem
presentes no Oriente Médio a religião cristã, através de
parte da população libanesa, e o judaísmo, que é dominante
no Estado de Israel.
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ASPECTOS ECONÔMICOS
O Oriente Médio é composto por países capitalistas
subdesenvolvidos, a exemplo da Arábia Saudita, Jordânia,
Líbano, Irã, Turquia e Kuwait. Países como a Síria e o Iêmen,
que até o início dos anos 90 possuíam uma economia
planificada, hoje vão implantando gradativamente os
dispositivos da economia de mercado.
Apenas o Estado de Israel pode ser considerado como
um país capitalista desenvolvido na realidade econômica da
Ásia Ocidental. Israel se destaca sobre os demais países da
região em função do seu diversificado e avançado parque
industrial, além do alto padrão de vida do qual goza sua
população.
As atividades primárias (agropastoris) predominam no
Oriente Médio, pois, além de absorverem a maior parte da
população ativa, ocupam a maioria das áreas disponíveis. A
agricultura e a pecuária são atividades tradicionais, mas, por
fatores de ordem natural (aridez, solos pobres) e técnica
(limitação tecnológica, sistemas arcaicos), apresentam baixa
produtividade.
Destacam-se os cultivos e a criação de subsistência
que visam abastecer o mercado interno. Sendo a quase
totalidade da região dominada por desertos, resta o recurso
da irrigação e o intenso aproveitamento das áreas úmidas, a
exemplo da costa mediterrânea e dos vales fluviais.
A pecuária, através do pastoreio nômade, ocupa o
maior espaço entre as atividades primárias, nas quais se
destacam os rebanhos de ovinos, caprinos e a criação de
camelos na Península Arábica. A criação de ovelhas objetiva
a produção de carne e lã, enquanto a caprinocultura visa à
produção de leite e carne.
Turquia e Israel são países que investem na pecuária
leiteira sob o sistema intensivo próximo aos grandes centros
consumidores.
Como já foi visto, as condições climáticas não
favorecem ou facilitam o desenvolvimento das atividades
agrícolas na Ásia Ocidental. Estas concentram-se em áreas
muito limitadas, como a Planície da Mesopotâmia, região
que se beneficia da drenagem dos Rios Tigre e Eufrates e
se apresenta naturalmente fértil, o que permite o cultivo de
cereais como o trigo e o arroz, sendo cultivada também a
cana. Nas planícies costeiras da Ásia Menor (Turquia), o
clima úmido facilita o cultivo do tabaco e do algodão e na
porção meridional da Península, voltada para o Mar
Mediterrâneo, destaca-se o cultivo de frutas cítricas e
oliveiras.
Na região do Levante, voltada para o Mar
Mediterrâneo em território jordaniano, sírio, libanês e
israelense, cultivam-se oliveiras, cítricos e vinha. Na
Península Arábica, em trechos do litoral ocidental (Mar
Vermelho) e em oásis, destaca-se o cultivo de cereais,
tâmaras e café.
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Temos que destacar nessa atividade o Estado de Israel,
que se utiliza de modernos sistemas de irrigação que facilitam
a expansão das fronteiras agrícolas sobre o deserto. Em
Israel a agricultura irrigada ocupa mais de 50% da área
cultivada, principalmente a porção norte/ocidental voltada
para o Mar Mediterrâneo.
O governo de Israel criou unidades de dessalinização
que procuram utilizar as águas do Mar Morto para irrigação
das lavouras.
A porção meridional do Estado de Israel é dominada
pelo Deserto de Neguev e, nos últimos 50 anos, vem
sendo ocupada, em quase toda a sua extensão, por proprie-
dades rurais coletivas como o kibutz e o moshav. Os
kibutzim (fazendas de caráter comunitário) são terras doadas
pelo governo e se situam nas regiões fronteiriças com os
Estados-tribos. Possuem dois objetivos: um político, pois
servem como frente de ocupação e faixa de defesa; outro
econômico, pois são empregadas avançadas técnicas para
o cultivo de cereais, legumes e cítricos.
Os moshavim são cooperativas agrícolas onde a terra
pertence ao agricultor. Nessas propriedades é maior a
diversidade de cultivos, entre os quais se destacam a vinha,
legumes, verduras, cereais, algodão, beterraba, etc. No
moshav cada família cultiva sua própria terra e comercializa
a produção seguindo as leis de mercado do sistema
capitalista.
O setor secundário (industrial) no Oriente Médio é
muito limitado, sendo que a quase totalidade dos países
depende do mercado externo quanto a produtos
manufaturados e tecnologia. O Estado de Israel pode ser
considerado uma exceção nesse contexto, pois seu parque
industrial apresenta certa diversificação e se utiliza de técnicas
avançadas no processo produtivo.
Os setores alimentício e têxtil constituem a base das
atividades secundárias no Oriente Médio. Em razão da
tradição, o setor têxtil se destaca nessa região onde Irã,
Iraque e Afeganistão produzem tapetes que são
comercializados em todo o mundo. A Turquia se destaca
regionalmente nos setores extrativo mineral (ferro, carvão
mineral e fosfatos) e siderúrgico.
Mais importante fonte de energia para a economia
mundial no século XX, o petróleo do Oriente Médio esteve,
desde a primeira década do século, nas mãos das potências
européias. França e Inglaterra tinham, desde o final da Primeira
Guerra Mundial, mandatos sobre o Oriente Médio,
substituindo a dominação turca ou otomana de cinco séculos
na região. Na década de 20, com a descoberta de novos e
enormes campos de petróleo, os governos britânico e
francês na região permitiram a entrada de grandes
companhias internacionais que, através de concessões,
passaram a explorar comercialmente o petróleo do Oriente
Médio.
A influência e dominação econômica e conseqüen-
temente política das potências européias sobre a região era
cada vez maior. Sem capital e tecnologia para explorar seus
recursos naturais, os países árabes do Oriente Médio se
viram obrigados a fazer concessões e acordos com
empresas estrangeiras em troca de modesta participação
nos lucros com a venda de petróleo. O Iraque teve seu
petróleo explorado a partir de 1926 pela Irak Petroleum
Company (capital britânico); em 1926, a Arábia Saudita
concedeu permissão para exploração de petróleo à empresa
Gulf Oil (norte-americana); em 1934, o Kuwait autorizou a
empresa Kuwait Oil Company (capital inglês e norte-
americano) a explorar o petróleo do país; em 1935, o
Qatar concedeu permissão à empresas britânicas para
exploração de petróleo por 75 anos.
Assim, o capital estrangeiro passa a ter controle
absoluto sobre o petróleo da região. Até 1973, as
companhias multinacionais de petróleo que ficaram
conhecidas como o cartel das Sete Irmãs (British Petroleum,
Royal Dutch Shell, Texaco, Mobil, Gulf, Exxon e Standard
Oil of California) ditavam o preço dessa importante e
estratégica fonte de energia.
A constante exploração exercida pelas Sete Irmãs,
associada à redução dos preços do petróleo imposta pelo
cartel, fez com que, em 1960, os cinco principais países
exportadores desse produto (Arábia Saudita, Irã, Iraque,
Kuwait e Venezuela) criassem, através do Acordo de Bagdá,
a OPEP – Organização dos Países Exportadores de
Petróleo.
O principal objetivo da OPEP é gerenciar ou
administrar os negócios petrolíferos dos países produtores,
impedindo que o preço desse produto no mercado
internacional seja controlado pelas potências ocidentais
onde estão sediadas as grandes empresas petrolíferas.
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O ISLÃ
ORIGEM
Segundo a tradição, o anjo Gabriel começou a ditar
o Alcorão, livro sagrado do Islã, ao profeta Maomé no ano
610, em Meca. Maomé e seguidores foram expulsos de
Meca em 622, indo para Medina (essa migração marca o
início da era islâmica). Em 630, Maomé retornou a Meca e
tomou o poder. Toda a população se converteu ao
islamismo.
FONTES
Alco rão
O livro sagrado do islamismo.
Hadith
É o conjunto dos ditos e tradições acerca do profeta
e da primeira comunidade muçulmana.
Char ia
Conjunto de leis que disciplinam todos os aspectos
da vida da comunidade muçulmana.
PRINCIPAIS CORRENTES HISTÓRICAS
Sunitas
Os que aceitaram os sucessores do profeta (califas).
Xiitas
Não concordaram com a sucessão estabelecida;
partidários de Ali (genro do profeta).
DOUTRINA
Todo muçulmano dever crer num só Deus, nos
livros sagrados e profetas do judaísmo, cristianismo e
islamismo.
CINCO PILARES DO ISLAMISMO
Prof issão de fé
Todo muçulmano deve proclamar que Deus é único
e Maomé é seu profeta.
Oração
Cinco preces diárias devem ser feitas: de manhã, ao
meio-dia, à tarde, ao pôr-do-sol e à noite.
Caridade
Os fiéis são obrigados a dar uma porcentagem (2,5%,
no mínimo) do que possuem como caridade.
Je jum
Durante o Ramadã, nono mês do calendário
islâmico, os fiéis devem jejuar do nascer ao pôr-do-sol.
Peregrinação a Meca
Pelo menos uma vez na vida, o fiel muçulmano, apto
física e financeiramente, tem de peregrinar até Meca.
INTERDIÇÕES
Comer carne de porco.
Consumir bebida alcoólica.
Participar de jogos de azar.
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a 12345123451234512345123451234512345
0 1 (CEFET-PR) No último mês de maio, mais de 10 mil
palestinos participaram, em um campo de refugiados no
Sul do Líbano, de um desfile evocativo da “nakba” (ou
catástrofe), que representa para eles a criação do Estado
de Israel, no dia 15 de maio de 1948, e que completou
55 anos. A verdadeira catástrofe foram as diversas guerras
travadas entre judeus e árabes, sendo que estes, ao final,
perderam seu território e lançaram-se na diáspora;
existem hoje mais de 3,5 milhões de palestinos dispersos,
um dos maiores contingentes de refugiados do mundo.
A respeito dos constantes conflitos que colocam árabes
e judeus em lados opostos, assinale a única opção
INCORRETA.
a) A expansão dos assentamentos israelenses nas áreas
ocupadas durante a Guerra dos Seis Dias, especialmente
na Cisjordânia e Gaza, é um dos muitos motivos que
resultaram nos conflitos atuais, além da religião e das
enormes diferenças de qualidade de vida na região.
b) Entre as várias guerras entre árabes e israelenses, a de
1967 foi a mais importante, pois envolveu a luta por
territórios de outros países; ao final dos combates, Israel
tinha (e mantém) o controle da Península do Sinai, da
Cisjordânia e das colinas de Golã, na Síria.1234512345123451234512345123451234512345
c) A disputa por território no Oriente Médio foi, na verdade,
alimentado principalmente pelos interesses das potências
envolvidas na Guerra Fria: enquanto a ex-URSS armava
os países árabes, os EUA contribuíam com a segurança
do Estado de Israel. O único elemento em disputa era o
controle da hegemonia política da região.
d) Os territórios anexados por Israel, como a Faixa de Gaza,
não constavam do plano de partilha original da Palestina
pela ONU para a criação do Estado de Israel, bem como
a região onde se encontra Jerusalém, histórica cidade
sagrada para três religiões.
e) Contando com maior afluxo de capitais e pressionado
pela crescente imigração de judeus de todo o mundo,
Israel tende a ocupar permanentemente os territórios
ocupados, o que se reflete no controle dos recursos
hídricos e em grandes contrastes sociais.
Resposta: Letra c
(PUC - SP) Observe a área representada no mapa:
a) Quais os países indicados no mapa, numerados de 1 a
5?
(UNICAMP - SP) A expressão "Crise no Golfo", utilizada
pelos meios de comunicação para referir-se ao conflito
entre o Iraque e o EUA, indica a existência de uma questão
espacial estratégica.
a) Dê o nome desse golfo e a sua localização.
0 1 Sobre o Oriente Médio, pode-se afirmar que:
a) a estabilidade política em todos os países da região prende-
se ao sucesso dos acordos de "Camp David", firmados
entre o Egito e Israel;
b) o Irã tem aumentado sua produção de petróleo de modo
a fazer frente à profunda crise econômica que o país vive;
c) a invasão soviética no Afeganistão teve objetivos
puramente humanitários, visando garantir a revolução
capitalista que se desencadeava nesse país ainda feudal;
d) as constantes invasões militares de Israel no Líbano têm
profunda ligação com a luta do povo palestino pela
reconquista de sua pátria;
e) o Golfo Pérsico tem sido a única área do Oriente Médio
onde a paz tem reinado de forma absoluta.
"Possui um território de 780.000 km2 que ocupa dois
continentes. É um país pobre, apesar de não se igualar
aos países africanos e asiáticos em geral. É pouco
industrializado.
Destacam-se as indústrias de aço, de refino de açúcar,
têxteis e de fertilizantes. Porém, a base da economia está
no turismo (cerca de três milhões de turistas por ano) e
na agricultura (cereais, algodão, açúcar, fumo). O envio
de dinheiro por parte de milhares de trabalhadores que
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foram para a Europa Ocidental - especialmente para a
Alemanha - em busca de melhores salários também
contribui para o reforço das finanças do país."
VESENTINI, J. W., WLACH, Vânia. Geografia crítica. São Paulo: Ática, 1991. p. 120-121. v. 4.
O texto refere-se à:
a) Grécia;
b) Turquia;
c) Albânia;
d) Síria;
e) Jordânia.
Com relação ao quadro humano do Oriente Médio,
assinale a alternativa incorreta:
a) as condições naturais difíceis não favorecem a
concentração humana; as maiores concentrações
ocorrem junto aos rios, litorais e vales irrigados;
b) etnicamente a região é complexa, podendo se destacar
os árabes (camitas e semitas), turcos otomanos, persas
e outros;
c) apresenta multiplicidade religiosa, predominando o
islamismo, além do cristianismo e judaísmo;
d) além de Meca, na Arábia Saudita, "cidade santa" para o
cristianismo, Jerusalém, em Israel, também é considerada
"cidade santa" para o cristianismo, o judaísmo, o islamismo
e o hinduísmo;
e) os conflitos são constantes na Ásia Ocidental, frutos das
diversidades étnicas e dos interesses das potências
mundiais.
No Oriente Próximo, Síria, Líbano e Israel encontram-
se em contínuo estado de beligerância.
Esses países são banhados pelo:
a) Mar Vermelho;
b) Mar Cáspio;
c) Mar Negro;
d) Mar de Aral;
e) Mar Mediterrâneo.
"Desde a ocupação de Jerusalém, em 1967, as
autoridades israelenses confiscaram 84% das terras
árabes e das propriedades da cidade", dizia o dirigente
jordaniano. E acrescentava: "Se a tendência de confisco
continuar, Jerusalém vai se transformar em breve em
uma cidade totalmente judia. Em 1948, não mais de 4%
das terras estavam em mãos judias, enquanto outros
estrangeiros possuíam 2% e os muçulmanos, 94%. A
política de assentamento de colônias mudou o equilíbrio
demográfico de Jerusalém e atualmente a cidade tem
300 mil judeus e apenas 100 mil árabes".
Analise o texto e assinale a alternativa que corresponde a
um dos objetivos expressos por essa realidade:
a) Reduzir a autonomia dos judeus nos territórios ocupados
em 1967.
b) Ampliar o espaço controlado pelo governo jordaniano
na área.
c) Ampliar o espaço controlado pelos palestinos, para
permitir a reconstrução de sua pátria.
d) Permitir o avanço da luta dos palestinos, através da
ocupação territorial de Jerusalém.
e) Reduzir o sentido da coesão territorial e nacional entre
árabes e palestinos.
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(PUC-PR) A frase “O maior grupo étnico sem estado”
refere-se a indivíduos que descendem de indo-europeus,
falam uma língua semelhante ao persa e vivem na sua
grande maioria no Oriente Médio. Essas características
permitem identificar os:
a) palestinos;
b) chechenos;
c) tameis;
d) cosovares;
e) curdos.
0 1 (CEFET-PR) A região assinalada no mapa foi anexada
por Israel, mas tem uma população majoritariamente
palestina. Essa região é:
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a) a Faixa de Gaza;
b) as Colinas de Golã;
c) o Mar Morto;
d) a Cisjordânia;
e) a Península do Sinai.
(PUC-RS) Sobre as áreas marcadas com números no
mapa abaixo, que representa o Oriente Médio e parte da
Ásia Meridional, assinale o que for correto.
a) O número 3 identifica o Paquistão, país que não é
banhado pelo mar.
b) O número 1 identifica a Líbia, onde se localiza o Rub al-
Khali.
c) O número 2 identifica o Irã, cujo território é dominado
por cadeias de montanhas e desertos.
d) O número 4 identifica o Afeganistão, país montanhoso,
com extensos desertos.
e) O número 5 identifica o Golfo Pérsico e o número 6, o
Mar Vermelho.
(UFAM) Com o objetivo de defender os seus membros
contra os interesses das grandes companhias européias,
a OPEP (Organização dos Países Exportadores de
Petróleo) foi fundada na década de 60. Essa organização
congrega:
a) Países da Europa Ocidental, da América do sul e países
árabes.
b) Países do Oriente Médio, países africanos, países sul-
americanos e a Indonésia.
c) Países da Europa Oriental, da América do Sul, Países
árabes e do extremo Oriente asiático.
d) Só os países árabes.
e) Só os países do Oriente Médio e da África do Norte.
(UEM) O Oriente Médio é uma região bastante
fragmentada politicamente e, devido à sua riqueza
petrolífera, é foco de acordos e cobiças. Pode-se dizer,
também, que sua posição geográfica é estratégica
politicamente, pois:
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01. é banhado por águas de grande movimentação comercial.
Destacam-se, na região, o Golfo Pérsico, o Canal de
Suez, o Mar Mediterrâneo, o Mar Vermelho e o Mar
Arábico;
02. o território dessa região interliga três continentes: Europa,
Ásia e África;
04. aí estão presentes os grandes produtores de petróleo
como Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes,
Catar e Bahrain;
08. o subsolo dos países dessa região é rico em petróleo,
com jazidas de grande produtividade e um intenso
consumo interno do produto;
16. todos os países do Oriente Médio são integrantes da
OPEP, dominando, portanto, o mercado do comércio
de petróleo.
RESPOSTA
(VEST-RIO) A Guerra do Líbano, o conflito Irã/ Iraque, a
Questão Palestina e a Guerra do Golfo são alguns dos
conflitos que marcam ou marcaram o Oriente Médio.
Das alternativas a seguir, aquela que corretamente explica
essa situação conflituosa é:
a) O aumento, de forma rápida, do preço do barril de
petróleo nos países membros da OPEP.
b) A criação do Estado de Israel, sob a tutela britânica, numa
região de ricas reservas de petróleo.
c) Os grandes lucros provenientes do petróleo, que não
beneficiam a maioria da população nos países árabes.
d) A disputa de terras favoráveis ao cultivo, como as
encontradas na planície da Mesopotâmia, numa área
desértica.
e) O emaranhado de culturas, religiões e interesses
estrangeiros numa área localizada a meio caminho entre
a Ásia, Europa e África.
(UFMT) "Os problemas políticos enfrentados pelas
sociedades do Oriente Médio são de grande comple-
xidade, pois misturam-se e combinam-se variáveis sociais,
econômicas, étnicas, religiosas e estratégicas que acabam
se refletindo não só na região, mas, em certos
momentos, em todos os quadrantes do planeta."OLIC, Nelson Bacic. Oriente Médio - uma região de conflitos. São Paulo: Moderna, 1992.
No que se refere ao Estado de Israel e à nação palestina,
é incorreto afirmar:
a) A expansão do Estado de Israel provocou a dispersão de
parte do povo palestino para outros países do Oriente
Médio.
b) Os judeus e os árabes palestinos trocaram de papéis,
pois os primeiros, que viveram quase 1900 anos como
apátridas, recuperaram sua identidade nacional e lançaram
os árabes palestinos nessa mesma condição.
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c) O povo palestino, ao criar a OLP, reconhecido pela ONU,
criou também um quase Estado que mantém relações
diplomáticas com um grande número de países, dispondo
também de uma constituição de um exército.
d) Após a criação do Estado de Israel, os conflitos e tensões
nos territórios habitados por palestinos têm se
minimizado gradativamente a ponto de já se prever um
mundo de paz entre os povos palestinos.
e) A dispersão do povo palestino não impediu o crescimento
do nacionalismo e o sentimento da existência de uma
pátria a reconquistar.
(CESGRANRIO) Examine as seguintes informações, que
dizem respeito a uma região do mundo subdesenvolvido:
I. A partilha colonial não respeitou os limites entre as etnias
existentes e deixou marcas profundas na luta de alguns
povos pela autonomia e pelo estabelecimento de um
território onde possam viver.
II. Um dos países mais importantes proclamou-se República
Islâmica e passou a ser governado por uma elite religiosa,
que rompeu com o processo de modernização em
moldes ocidentais e se voltou à recuperação dos valores
tradicionais do islamismo.
III. É de fundamental interesse estratégico, já que está
localizada entre três continentes e nela se encontram
riquezas minerais básicas para a economia
contemporânea.
O conjunto de três caracterizações define uma região
muito importante para o mundo atual. Qual é ela?
a) Oriente Médio;
b) Mundo indiano;
c) Sudeste Asiático;
d) África Oriental;
e) África do Sul.
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(UFSC) Com relação ao mapa abaixo, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01. O no 1 indica área da Índia e do Paquistão, países asiáticos que disputam a região da Caxemira .
02. O no 2 assinala Cuba, país que a partir de 2002 substituiu o socialismo pelos mecanismos da economia de mercado.
04. O no 3 indica o país onde se realizou a Cimeira, reunião de cúpula dos chefes de governo e de Estado da União Européia,
América Latina e Caribe.
08. O no 4 aponta a Irlanda do Norte onde católicos e protestantes estabeleceram um governo pacífico e independente dos
laços com a Grã-Bretanha.
16. A China, indicada pelo no 5, mantém o regime de partido único aliado à abertura econômica.
RESPOSTA
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...................................................................................................................................................................................................
...................................................................................................................................................................................................
...................................................................................................................................................................................................
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ASPECTOS POLÍTICOS
Fruto da intervenção estrangeira na região durante
séculos, o Oriente Médio hoje se apresenta como uma das
áreas mais tensas do planeta. Diferenças históricas,
rivalidades, disputas territoriais e antagonismos religiosos
fazem dele um verdadeiro "barril de pólvora".
A posição geográfica do Oriente Médio já é um fator
complicador para os povos que ali residem, pois a região
está na confluência de três continentes - Europa, África e
Ásia. Por isso, tornou-se área de passagem obrigatória para
os povos que pretendiam migrar de um continente para
outro.
Até o século passado (XIX), o Oriente Médio estava
sob o domínio do Império Otomano. Com o
enfraquecimento desse império e as conseqüentes
dificuldades em manter o controle na região, as potências
européias passaram, na segunda metade do século XIX, a
investir sobre ela. A Inglaterra foi o país que mais
demonstrou interesse pelo controle da região, pois o Oriente
Médio constituía passagem obrigatória para os britânicos
chegarem à sua principal colônia na Ásia - a Índia.
Com a abertura do Canal de Suez, na segunda metade
do século XIX, a região adquiriu ainda mais importância,
dada a sua posição estratégica.
As incursões francesas na região tinham como
alegação a proteção dos lugares santos do cristianismo e a
defesa de povos cristãos em terras do Império Otomano.
Ao término da Primeira Guerra Mundial (1914-1918),
o Império Otomano estava reduzido e limitado à Península
da Anatólia (Turquia). Inglaterra e França tinham em definitivo
tomado posse da região através de uma partilha.
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CONFLITOS
A região passou a ser disputada com maior intensidade
na segunda década do século XX porque, além de sua
posição estratégica, foram descobertas imensas reservas
petrolíferas.
O Oriente Médio e os povos que lá viviam são
inseridos no contexto econômico europeu e tornam-se
vítimas do chamado neocolonialismo, pois as nações
industrializadas européias, na ganância de rapidamente
partilhar a região entre si para posterior exploração, em
nada respeitaram suas individualidades históricas, étnicas,
culturais, religiosas e econômicas. Essas diferenças, até a
época, determinavam a divisão política da região. Foi feita,
então, uma divisão aleatória, sem critérios, que terminou
por separar um mesmo povo em unidades políticas dife-
rentes e reunir, em uma mesma unidade, povos historica-
mente inimigos.
Após a Segunda Guerra Mundial, com a saída das
metrópoles européias do cenário político regional, as
unidades políticas criadas pela Inglaterra e pela França
passaram a constituir Estados problemáticos, pois suas
diferenças internas dificultam a unificação política.
Guerras civis motivadas pela disputa de autonomia
entre grupos dentro dos novos Estados e conflitos externos
causados por divergências fronteiriças têm enfraquecido,
nas últimas décadas, a economia e as sociedades dessa
tensa região.
A seguir, alguns conflitos que eclodiram logo após o
término da Segunda Guerra Mundial:
– 1948 - Criação do Estado de Israel (Judaico).
– 1949 - Primeira guerra entre povos árabes e israelenses.
– 1956 - Crise de Suez.
– 1967 - Guerra dos Seis Dias (árabes X judeus).
– 1970 - Expulsão dos palestinos da Jordânia.
– 1973 - Guerra do Yom Kippur (árabes X judeus).
– 1975 - Guerra civil no Líbano (cristãos X muçulmanos).
– 1979 - Invasão do Afeganistão pela URSS.
– 1980 - Guerra Irã X Iraque.
– 1982 - Israel invade o Líbano.
– 1987 - Início da Intifada (revolta palestina).
– 1990 - Iraque invade o Kuwait.
– 1991 - Guerra do Golfo (EUA X Iraque).
– 2001/02 – Conflito entre EUA X Afeganistão (combate
contra o terrorismo).
– 2003 – Conflito entre EUA X Iraque (combate contra o
terrorismo).
A questão árabe-israelense, que ocorre na região do
Levante (porção mediterrânea da Ásia), constitui o problema
mais crônico de todo o Oriente Médio e tem como
protagonista a criação do Estado de Israel em território
palestino.
QUESTÃO PALESTINA
A região da Palestina (27.000 km2) sofreu influência
de vários povos ao longo de sua história, principalmente
dos judeus e dos árabes:
– Hebreus (judeus) chegam à região vindos da
Mesopotâmia em torno de 2000 a.C.
– Tribos hebraicas migram para o Egito por volta de
1500 a.C., motivadas por falta de comida.
– Permanecem no Egito por 400 anos, quando então
retornam à Palestina (Terra de Canaã – Terra prometida
por Deus aos hebreus).
– A união das tribos hebraicas se dá em torno de 1000 a.C.,
com a instauração da monarquia (Reino de Saul).
– Surge o estado hebreu, e a cidade de Jerusalém passa a
ser a capital.
– Dois reinos hebraicos surgem em 935 a.C.: dez tribos
do norte criam o Reino de Israel e duas tribos do sul, o
Reino de Judá.
– A divisão enfraquece os hebreus, que são dominados
pelos assírios e babilônios e tornam-se escravos.
– Os hebreus retornam à Palestina em 538 a.C. Logo a
seguir a região é invadida por egípcios e romanos.
– Os hebreus são novamente expulsos da Palestina no
início da Era Cristã, por terem se revoltado contra os
romanos. Dá-se a Diáspora.
– Mesmo com a dispersão, o povo hebreu mantém vivas
as tradições, a cultura e a esperança de um dia retor-
nar à Palestina – Terra Prometida.
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– No final do século XIX a conjuntura internacional começa
a favorecer a reinstalação de um Estado judeu na Palestina.
– Desde a Diáspora até o fim da Segunda Guerra Mundial
(1948), a Palestina foi gradativamente sendo ocupada e
dominada por povos árabes (século VIII a.C.), que
legaram aos povos da região a língua (árabe) e a religião
(muçulmana).
Assim, pode-se compreender que os constantes
conflitos entre árabes e judeus na Palestina, ao longo do
século XX, são resultado da disputa pelo domínio do
território. Os judeus reivindicam a Palestina baseando-se
em direitos históricos; os árabes alegam direitos adquiridos
em função da antiga ocupação. Criou-se, assim, um dos
maiores impasses na história da humanidade e qualquer
chance de acordo é muito remota.
Como ficou a população árabe que habitava a região
da Palestina após a guerra da independência do Estado judeu
em 1948-49?
A Palestina foi dividida entre os países envolvidos no
conflito (Israel, Egito e Jordânia). Assim, os chamados
palestinos (árabes) ficaram espalhados como refugiados no
território de Israel e em vários países árabes da região.
Passaram a viver em campos de refugiados e eram tratados
como cidadãos de segunda classe, fosse em Israel ou em
países árabes, constituindo um povo sem pátria.
Em 195,9 surge a primeira organização a defender a
criação de um Estado palestino – a Al Fatah, cujo líder era
Yasser Arafat, palestino nascido em Jerusalém. A Al Fatah
era uma organização anti-sionista que tomou força com o
patrocínio de vários países árabes.
Em 1964 surgia a OLP – Organização para a
Libertação da Palestina, que defendia os seguintes pontos:
– A partilha da Palestina em 1947 e a criação do Estado de
Israel são totalmente ilegais;
– A Palestina pertence ao povo palestino como parte
indivisível da vasta pátria árabe;
– A libertação da Palestina do domínio judeu só tem solução
através da luta armada.
A OLP pregava a destruição de Israel e, em 1965,
deu início às suas ações guerrilheiras. Em 1969, após a
Guerra dos Seis Dias, Yasser Arafat assume a liderança total
da OLP. Em 1970, a OLP é expulsa do território jordaniano,
onde tinha sua base de comando, e se instala no sul do
Líbano, de onde também é expulsa por Israel, em 1982.
Após a Guerra do Yom Kippur, em 1973, a OLP
percebe que a política extremista, através de atentados
terroristas, não surtia efeito e só desgastava sua imagem no
cenário político internacional. Assim, a organização tenta
atingir seus objetivos por via diplomática.
A mudança de comportamento dá certo e a OLP
começa a ser reconhecida como a verdadeira representante
do povo palestino. Mais moderada e acessível, a organização
prega a criação de um estado palestino apenas na Faixa de
Gaza e na Cisjordânia, e não mais em todo o território
palestino.
A população palestina, cansada e revoltada pelos maus-
tratos, falta de liberdade e discriminação que sofria nos
territórios ocupados por Israel – Faixa de Gaza e Cisjordânia
–, passa a realizar grandes manifestações de rua.
Essa revolta, que durou mais de dois anos e teve
muitas perdas humanas, foi chamada de Intifada – Guerra
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das Pedras. Em 1988, o Conselho Nacional Palestino –
parlamento do estado palestino no exílio – estabelece um
estado independente na Palestina (Faixa de Gaza e
Cisjordânia), e aceita a existência de Israel.
Em 1991, os governos de Israel e a OLP, com acor-
dos secretos, sentam à mesa para negociações na cidade
de Madri. Passam a discutir a porcentagem dos territórios
ocupados por Israel que deveria ser transferida para os
palestinos. Em 1993 é assinado um acordo entre a OLP e
Israel na cidade de Oslo (Noruega), que estabelece que a
Faixa de Gaza, Jericó e as principais cidades da Cisjordânia
passem para o controle da “Autoridade Palestina”.
Em 1995, o primeiro-ministro de Israel, Ytzak Rabin,
é assassinado por um judeu de extrema-direita que não
admitia que o país fizesse qualquer tipo de acordo com os
árabes palestinos. Em 1996 assume o governo israelense
Benjamin Bibi Netanyahu, que é contra a transferência de
terras para os palestinos e demonstra total desinteresse no
processo de paz entre Israel e a OLP. O impasse ficou
maior foi quando chegou ao poder o radical de direita Ariel
Sharon eleito em fevereiro de 2001.
A rejeição a Ehud Barak superou as previsões,
comprovando que a maioria não o perdoou por ter feito
“concessões exageradas” ao líder palestino Yasser Arafat,
obtendo em troca, em vez da paz, uma nova “Intifada” nos
territórios ocupados e novos atos de violência em Israel,
com a morte de 51 judeus, 329 palestinos e 13 árabes-
israelenses, durante o ano de 2000. Os israelenses mode-
rados decerto não compartilham da mentalidade colonialista
de Sharon, nem devem ter aplaudido os métodos brutais a
que ele sempre recorreu contra os palestinos. Mas, entre a
segurança sem paz e a insegurança também sem paz,
obviamente preferem a primeira alternativa. De seu lado,
os eleitores de esquerda, não menos decepcionados com
as incoerências de Ehud Barak, ou votaram nele como o
menor dos males, ou ficaram em casa. E os árabes-
israelenses, que o haviam sufragado em peso em 1999,
desta vez boicotaram o pleito, em protesto pela repressão
de que foram vítimas. É esse o nó da questão: os israelenses
que o apoiavam porque queriam a paz, o rejeitam por
excesso de condescendência, e os árabes que votaram nele
pelo mesmo motivo, o rejeitam por excesso de violência.
QUESTÃO JUDAICA
No final do século XIX, os judeus começaram a
sofrer violentas perseguições por parte do Império Russo,
o que despertou, no seio da comunidade judaica espalhada
pelo mundo, a certeza de que só estariam protegidos no
dia em que fosse criado um lar nacional onde todos ficassem
reunidos. Esse grande lar deveria estar na Palestina. O movi-
mento para a criação de um Estado judeu chamou-se
Sionismo.
Durante a Primeira Guerra Mundial (1917), o
Movimento Sionista ganhou força com as declarações do
ministro do exterior britânico, Lorde James Balfour, que
defendia a criação de um Estado judeu na Palestina, desde
que não afetasse as comunidades árabes (não-judaicas) da
região. O reforço adquirido pela comunidade judaica não
foi visto com bons olhos pela população árabe que vivia na
Palestina.
Ao término da Primeira Guerra, a região fica sob a
tutela da Inglaterra, que passa a ter que administrar as
rivalidades entre árabes e judeus pela posse da Palestina.
Intensificam-se os processos imigratórios de judeus para a
Palestina, inicialmente da Rússia e mais tarde de todos os
cantos do mundo. O fluxo imigratório aumenta, nos anos
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30 e 40, em função das perseguições aos judeus
promovidas na Europa pela Alemanha nazista.
Os atritos entre árabes e judeus eram cada vez
maiores, e a Inglaterra, enfraquecida pela Segunda Grande
Guerra, começa a perder o controle da situação. O governo
britânico, impossibilitado de dar uma solução prática para o
conflito e mais preocupado com seus próprios problemas,
começa a se retirar da região, passando a questão para a
recém-criada ONU – Organização das Nações Unidas.
Ao final de 1947, a ONU propõe a partilha da Palestina,
com a criação de dois Estados, um árabe e um judeu. O
Estado judeu ficaria com 56% do território palestino e o
Estado árabe, com 43%. A cidade de Jerusalém seria
internacionalizada, ficando sob o controle da ONU.
Os árabes, revoltados, rejeitaram a proposta, que foi
de imediato aceita pela comunidade judaica. A divisão do
território deveria ocorrer em maio de 1948.
Assim que a ONU aprovou o plano em assembléia,
os judeus proclamaram o seu Estado, que passou a se
chamar Israel. A revolta tomou conta do mundo árabe,
que, de imediato, partiu para a retaliação.
Em 1948 eclodiu o primeiro conflito entre o Estado
de Israel e os países árabes da região. O exército de
libertação árabe (árabes da própria Palestina) mais os
exércitos do Egito, Líbano, Iraque, Síria e Transjordânia (atual
Jordânia) atacam Israel por todos os lados, mas os
israelenses revidam, os expulsam e vencem a guerra.
A investida sobre Israel custou muito caro ao povo
palestino, pois o Estado árabe, que tinha sido proposto pela
ONU, simplesmente desapareceu, já que grande parte dele
foi anexada por Israel e, o restante, pelos outros países
árabes. Os palestinos continuam existindo como nação,
mas desaparecem como Estado e tornam-se refugiados no
próprio território que habitavam há séculos. A partir de 1949
a situação se inverte: os judeus passam a ter um Estado
(Israel), e os árabes palestinos passam a reivindicar sua
identidade nacional com a criação de um lar nacional. Em
1952 é dado um golpe de Estado no Egito e a monarquia é
derrubada.
O poder é assumido por Gamal Abdel Nasser, que
adota uma política nacionalista. Em 1956, Nasser proíbe
que navios israelenses trafeguem pelo Canal de Suez e fecha
o Estreito de Tiran, impedindo que qualquer embarcação
proveniente do Mar Vermelho chegue a Israel. Nasser torna-
se figura de grande popularidade no mundo árabe. A
nacionalização do canal irrita profundamente a Inglaterra e a
França, que, em conjunto, administravam a zona do canal.
Este fato deu origem à Crise do Canal de Suez. Israel, França
e Inglaterra se unem e invadem a Península do Sinai
(pertencente ao Egito), numa ação militar cujo objetivo era
reabrir a navegação no Estreito de Tiran e retomar o controle
da zona do canal. O Egito sai derrotado. Os Estados Unidos
e a União Soviética condenam a invasão e exigem a saída
das tropas aliadas (Israel, França e Inglaterra).
Os acordos firmados ao término do conflito
concederam, em definitivo, a posse do Canal de Suez ao
Egito. Ao mesmo tempo, o governo egípcio teve de se
comprometer a deixar livre a navegação para qualquer país.
Após esse conflito, o mundo árabe passou a ameaçar
Israel constantemente através de pactos e alianças militares
entre Síria, Jordânia, Iraque e Egito. Intensificam-se os
atentados terroristas palestinos em Israel e o Egito resolve
deslocar forças militares para a Península do Sinai, junto à
fronteira com esse país. Israel, tendo como eminente o
ataque árabe a seu território, não quis esperar e, em 5 de
junho de 1967, suas forças armadas atacam de surpresa o
Egito, a Jordânia e a Síria. Em apenas seis dias, com um
ataque-relâmpago, Israel arrasou a força inimiga. Dada a
velocidade com que se deu o ataque e a definição do conflito
(5 a 10 de junho de 1967), esse episódio ficou conhecido
como Guerra dos Seis Dias.
GERAÇÃO DA INTIFADA NÃO TEM
MAIS ALVOS
Sérgio Malbergier
Quando, há exatamente dez anos, um caminhão
militar israelense atropelou e matou quatro palestinos na
Faixa de Gaza, o incidente serviu como estopim para
combates entre jovens palestinos e as tropas da ocupação
israelense.
Diferentemente de incidentes anteriores, os
confrontos foram de intensidade maior e mais duradouros.
A Revolta das Pedras, ou Intifada, durou seis anos, até
israelenses e palestinos assinarem os primeiros acordos
de paz, em 1993. As crianças palestinas, nascidas já sob a
ocupação israelense, encontraram nas pedras a única
forma de expressar a sua fúria.
O que a liderança palestina no exílio e os exércitos
árabes não conseguiram foi realizado por jovens
desiludidos, em condições miseráveis, que viam seus pais
serem humilhados diariamente pelo exército ocupante. A
Intifada foi a primeira manifestação dentro dos territórios
ocupados a abalar de forma duradoura a rotina da ocupação
israelense, iniciada em 1967.
Durante seis anos, os confrontos envolvendo
vítimas em Gaza foram quase diários. Os soldados
desciam de seus jipes, sob uma chuva intensa de pedras,
e apontavam suas metralhadoras e fuzis automáticos contra
crianças. Os mortos entre os palestinos passaram de
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1.000. Entre os israelenses, chegaram a 300.
Mas a Intifada não gerou líderes carismáticos ou
aparentes. Sob a mira dos serviços secretos israelenses,
quem se destacasse era imediatamente preso, exilado ou
levado à clandestinidade.
Gaza continua quase tão miserável quanto antes.
Os bilhões de dólares prometidos pelos países ricos na
época dos acordos de paz não chegaram.
Mas os alvos de outrora – as onipresentes patrulhas
israelenses – não circulam mais. Israel desocupou todas
as grandes cidades de Gaza e Cisjordânia, exceto setores
judaicos de Hebron.
As patrulhas agora são feitas pelas forças de
segurança palestinas, um emaranhado de agrupamentos
militares autônomos, subordinados somente a Yasser
Arafat (presidente da Autoridade Nacional Palestina). Os
alarmistas temem que, se houver uma nova Intifada, ela
será armada, realizada pela guarda palestina.
Na época da Intifada, psicólogos e educadores
previram que a “geração das pedras” estaria deformada
para sempre. Ela está crescendo e vendo o processo de
paz definhar. Não é um bom sinal.
Folha de S. Paulo, 9 de dezembro de 1997 (1º caderno)
(FUVEST - SP) Identifique a área representada no mapa
e discuta a importância estratégica do trecho indicado
pelo círculo.
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
Resposta:
Estreito de Ormuz, portal de entrada para o Golfo Pérsico
ou Golfo do Petróleo.
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0 1 (UNICAMP - SP) “O petróleo é uma riqueza estranha
ao Oriente Médio.” (Pierre George)
Identifique as condições de produção do petróleo no
Oriente Médio e relacione-as à situação socioeconômica
da região, considerando que a frase de P. George é
contemporânea a essa exploração.
Complete a legenda do mapa ao lado:
A – ______________________________________
B – ______________________________________
C – ______________________________________
D – ______________________________________
E – ______________________________________
F – ______________________________________
G – ______________________________________
H – ______________________________________
I – ______________________________________
J – ______________________________________
0 2
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Por que é necessário regionalizar o espaço asiático?
Qual é o objetivo da OLP?
“O primeiro-ministro israelense e o presidente da
Organização para a Libertação da Palestina se reunirão no
dia 12 para firmar a versão final do acordo de autonomia
para os palestinos da Faixa de Gaza e de Jericó (na
Cisjordânia). Pelo acordo geral assinado em setembro,
em Washington, Israel deveria ter iniciado em dezembro
a retirada de suas tropas da Faixa de Gaza e de Jericó. O
processo, porém, foi atrasado por causa da violência e
de divergência quanto às questões de segurança. Agora
os dois lados querem pelo menos acertar a transferência
de poder nessas regiões para a OLP até o dia 13 de abril
de 1994.”
(O Estado de S. Paulo – 5/4/94)
O texto do jornal refere-se à Faixa de Gaza e à Cisjordânia,
situadas no mapa com:
0 3
0 4
0 5
a) 3 e 5
b) A e D
c) 1 e 2
d) 4 e 6
e) B e C
Áden, Port Said e Gibraltar são pontos de referência de
uma das mais movimentadas rotas do comércio marítimo
internacional. Entretanto, o tráfego de embarcações nesse
trecho sofreu uma diminuição nestas últimas décadas
em razão:
a) do conflito que envolveu vários países do Oriente Médio
e que colocou em risco a segurança dos navios;
b) da construção de oleodutos ligando áreas de produção
com os principais consumidores europeus, retirando das
rotas o principal produto transportado;
c) de alterações significativas na qualidade do petróleo
produzido, uma vez que o Afeganistão e o Peru também
começaram, nos últimos anos, a vender seus estoques
excedentes do produto;
d) da obsolescência do Canal de Suez, atualmente sem
condições de dar passagem para embarcações de maior
calado;
e) da diminuição do comércio de matérias-primas da África
com a Europa, pois a independência das antigas colônias
alterou as relações econômicas e as rotas comerciais.
A construção do Canal de Suez levou aproximadamente
10 anos, de 1859 a 1869, com base no projeto de
Ferdinand de Lesseps.
Essa importante via de passagem interliga:
a) o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho;
b) o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico;
c) o Mar do Norte ao Mar Báltico;
d) o Oceano Índico ao Oceano Pacífico;
e) o Mar Mediterrâneo ao Mar Negro.
0 6
0 7
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0 1 (VUNESP) Os países produtores de petróleo
conseguiram nacionalizar muitas das companhias
estrangeiras, que exploravam a produção de seu petróleo.
Graças a essa iniciativa, os países produtores conseguem
hoje impor o preço do petróleo cru.
Assinalar a única alternativa incorreta:
a) Os preços do petróleo aumentaram enormemente a
partir de 1973.
b) Os países subdesenvolvidos são os maiores prejudicados
pela alta do petróleo.
c) O petróleo transformou-se em importante arma política.
d) O controle da distribuição do petróleo mundial ainda se
encontra nas mãos de sete grandes empresas
multinacionais norte-americanas e européias.
e) Todos os países produtores de petróleo possuem hoje
domínio sobre a tecnologia necessária à exploração e
refino, dispensando a ajuda dos países avançados.
(OBJETIVO - SP) "A Palestina é a pátria do povo palestino,
parte indivisível da vasta pátria árabe, e o povo palestino é
parte da nação árabe." Esse foi o lema:
a) do movimento islâmico do Aiatolá Khomeini;
b) da OLP, liderada por Yasser Arafat;
c) de Jericó e do Líbano;
d) do Movimento Sionista;
e) da Al Fatah, liderada por Ytzac Rabin.
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Oriente Médio
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Geo
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a
(VUNESP) A OPEP (Organização dos Países
Exportadores de Petróleo) foi fundada na década de 1960
com o objetivo de defender os seus membros contra os
interesses das grandes companhias européias. Essa
organização congrega:
a) só os países árabes;
b) só os países do Oriente Médio e da África do Norte;
c) países árabes, países africanos, países sul-americanos e a
Indonésia;
d) países da Europa Oriental, da América do Sul e países
árabes;
e) países da Europa Oriental, da América do Sul, países
árabes e do Extremo-Oriente Asiático.
(PUC) A invasão do Líbano pelas forças armadas de
Israel, sitiando e bombardeando Beirute, teve como
objetivo enfraquecer e desarticular o povo palestino em
seu principal instrumento de luta pela pátria perdida, que
é:
a) o Movimento Sionista Internacional - MSI;
b) o Partido Comunista Libanês - PCL;
c) a Internacional Socialista - IS;
d) a Organização para a Libertação da Palestina - OLP;
e) o Movimento pela Paz Mundial - MPM.
(VUNESP) O país hachurado no mapa tem apresentado
desenvolvimento agropecuário baseado em tecnologias
de ponta. Dessa forma, amparado pelo Estado, o país
amplia o controle do homem sobre as condições naturais
adversas. Assinale a alternativa que indica, corretamente,
o nome do país e os dois sistemas de exploração do
solo agrícola nele vigentes.
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a) Israel, kibutz e moshav-ovdim;
b) Irã, sistema familiar e minifúndios;
c) Qatar, moshav-ovdim e kibutz;
d) Iêmem, plantation e dry-farming;
e) Israel, plantation e sociedades anônimas.
(PUC - MG) O Oriente Médio é uma das mais complexas
regiões do globo. Com relação a essa região, é incorreto
afirmar:
a) O petróleo é um ponto da paisagem, com suas torres,
seus oleodutos e suas refinarias;
b) A presença, a ausência ou a passagem do petróleo define
a economia e os orçamentos dos governos;
c) O que domina é a vida urbana, marcada pela grande
concentração industrial;
d) É uma região marcada pelo petróleo e de importante
posição estratégica;
e) Os países são, por vezes, ricos e com uma população
miserável.
(FATEC - SP) O Kuwait, no Oriente Médio, é um dos
países de maior renda per capita do mundo; apesar disso,
é considerado um país subdesenvolvido.
O texto apresenta dados:
a) contraditórios, pois não se concebe que um país tão rico
possa apresentar condições de subdesenvolvimento;
b) contraditórios, porque esse país não é considerado
subdesenvolvido pela Organização das Nações Unidas;
c) contraditórios, sendo correta a primeira parte da
afirmação e incorreta a final, pois o Kuwait é um dos
maiores produtores de petróleo da OPEP;
d) corretos, porque a renda per capita, isolada de outros
elementos, é insuficiente para expressar as condições de
subdesenvolvimento;
e) corretos, mas a primeira parte não se relaciona com a
parte final, porque a renda per capita nada tem a ver com
as condições sociais da população.
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Oriente Médio
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(PUC-SP) No século XX, muitas dúvidas sobre a
estrutura de nosso planeta começaram a ser explicadas
de forma convincente e sedutora. Uma das teorias
mais importantes que vão nessa direção é a célebre
teoria da deriva continental. Verificando que os
contornos da América do Sul e da África
correspondiam, Alfred Wegener, geofísico alemão,
admitiu a hipótese de um continente único (Pangéia),
no passado, que teria se dividido em duas partes, devido
ao movimento de deslocamento das massas sólidas
sobre massas líquidas. Essa hipótese abre caminho
para a teoria das placas tectônicas. Assim, juntando-se
a teoria da deriva continental à teoria das placas
tectônicas, temos o apoio explicativo para um conjunto
de fenômenos de nosso planeta.
Assinale a alternativa incorreta.
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a) A teoria da deriva continental ajuda, em muitos casos, a
explicar as semelhanças e as diferenças de espécies
animais e vegetais distribuídos nos cinco continentes do
planeta.
b) A teoria das placas tectônicas explica a gênese dos
dobramentos modernos (Andes, Montanhas Rochosas,
Himalaia etc.), que teriam ocorrido a partir do choque
dessas placas.
c) Apoiado na teoria das placas tectônicas, o entendimento
da dinâmica dos terremotos se torna mais claro, assim
como a identificação das áreas mais afeitas a essas
ocorrências.
d) A divisão do continente único até a configuração atual
modificou a distribuição das superfícies sólidas e líquidas
do planeta, resultando em mudanças climáticas ao longo
do tempo.
e) Os processos erosivos que esculpem os relevos,
dando-lhes as formas conhecidas no interior dos
continentes, são explicados, fundamentalmente, com
base na teoria das placas tectônicas.
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Ásia Meridional e Extremo-OrienteG
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Ásia Meridional e ExtremoÁsia Meridional e ExtremoÁsia Meridional e ExtremoÁsia Meridional e ExtremoÁsia Meridional e Extremo-----OrienteOrienteOrienteOrienteOriente
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O Relevo da Ásia Meridional ou Monçônica, como é conhecida, compreende o subcontinente indiano – conjunto
regional que se inicia no Paquistão, a oeste, e se estende até Bangladesh, a leste – e o Sudeste Asiático, do qual fazem parte
as Penínsulas da Indochina e de Málaca e o Arquipélago da Insulíndia.
É formada por 17 países que abrangem uma área de aproximadamente 9 milhões de quilômetros quadrados e no
conjunto apresentam uma população com cerca de 1,5 bilhão de habitantes.
O sul da Ásia situa-se predominantemente na zona intertropical do planeta e seus países são banhados pelos
Oceanos Índico e Pacífico.
O subcontinente indiano é formado pela grande Península do Decã, no Oceano Índico, e possui sete países:
Paquistão, Nepal, Butão, Bangladesh, Índia, Sri Lanka e Maldivas.
Na grande Península do Decã podemos identificar
três grandes e nítidas unidades do relevo: a Cadeia
(Cordilheira) do Himalaia ao norte, a Planície Indo-Gangética
ao sul da Cadeia do Himalaia e o Planalto do Decã.
A Cadeia do Himalaia é um dobramento moderno
(período terciário) que se estende na fronteira da Ásia
Meridional com a China. Apresenta as maiores altitudes do
relevo terrestre com mais de 40 montanhas cujas altitudes
ultrapassam 7.500 m. Nepal e Butão situam-se na encosta
dessa formação montanhosa. O Monte Everest, com
8.848 m, é o pico culminante do planeta e localiza-se entre
o Nepal e o Tibet (China).
A Planície Indo-Gangética constitui uma depressão
entre o Himalaia e o Planalto do Decã. É uma planície aluvial
e drenada pelas bacias dos Rios Indo e Ganges. Os ventos
monçônicos mudam de direção ao longo do ano em razão
das diferenças de pressão atmosférica existentes entre o
Oceano Índico e a Ásia Meridional.
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A Cadeia do Himalaia é o grande dispersor de águas
na Península do Decã, onde milhões de metros cúbicos de
gelo originam os mais importantes rios da região. O Rio
Ganges, com 3.700 km, é o mais importante rio indiano e
desemboca no Golfo de Bengala, onde se forma o maior
delta do mundo. O Rio Indo ou Indu, com 3.180 km, é o
mais importante do Paquistão e deságua no Mar da Arábia.
Esse rio drena o Deserto de Thar (região mais seca da Ásia
Meridional). O Rio Brahmaputra, com 2.900 km, é o mais
importante de Bangladesh, sendo um afluente do Rio
Ganges. Destacam-se, ainda, os Rios Godavari, Bhima,
Krishna e Cauvery, que nascem nos "gates" ocidentais e
correm para leste.
Com aproximadamente 1,26 bilhão de habitantes
(20% da população mundial), o subcontinente indiano
corresponde a uma das regiões mais populosas e povoadas
do mundo. Índia, Bangladesh e Paquistão estão entre os 10
países de maior população absoluta.
Mesmo possuindo uma área superior à do Brasil, a
região apresenta alta densidade demográfica devido à grande
população absoluta. Bangladesh e Maldivas estão entre os
países mais povoados do planeta. Por questões naturais e
econômicas, a população regional está muito mal distribuída,
concentrando-se ao longo da costa litorânea e dos vales
fluviais e seus deltas.
O Estado indiano, no contexto econômico da Ásia
Meridional, apresenta uma posição de destaque, mas,
embora possua um parque industrial diversificado, é
considerado um país subdesenvolvido, pois apresenta
graves problemas sociais e a base de sua economia continua
sendo a agricultura.
A Índia é hoje um país cuja base econômica se
encontra assentada na área rural. A agricultura absorve cerca
de 70% da população ativa e 11% das terras cultivadas no
mundo são indianas. Produtos como chá, cana-de-açúcar,
borracha, algodão, fumo e juta figuram entre as principais
culturas e nelas é empregado o sistema de plantations, em
grandes propriedades, nos melhores solos, com
mecanização e avançadas técnicas agrícolas objetivando a
alta produtividade.
A Índia é o país mais industrializado da região sul-
asiática e ocupa hoje a décima segunda posição no ranking
mundial em produção industrial.
SUDESTE ASIÁTICO E OS
TIGRES
O Sudeste Asiático é a região que compreende as
Penínsulas da Indochina e de Málaca e o Arquipélago da
Insulíndia. Essa região ocupa uma área de aproximadamente
5,17 milhões de quilômetros quadrados, situando-se entre
o Oceano Índico, a oeste, e o Oceano Pacífico, a leste. É
formado por dez países e representa o elo de ligação entre
a Ásia e a Oceania. Dele fazem parte duas porções
fisicamente independentes: a porção continental, constituída
por sete países que abrangem uma área de
aproximadamente 2.946.000 km2 (Mianma, Tailândia,
Laos, Campuchea, Vietnã, Singapura e Malásia) e a porção
insular, constituída por três países que abrangem uma área
aproximada de 2.225.000 km2 (Indonésia, Brunei, Filipinas
e a porção insular da Malásia).
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a
Assim, estes quatro países, pela agressividade no
processo de crescimento industrial e no comércio
internacional, ficaram conhecidos como "Tigres Asiáticos".
Nos últimos 25 anos esses países têm vivido um
verdadeiro "conto de fadas", com suas economias em franco
crescimento e expansão, o que se refletiu na melhoria da
qualidade de vida de suas populações.
O Sudeste Asiático está quase inteiramente localizado
na zona intertropical (com exceção da parte norte da União
de Mianma). Deste modo, constitui parte do mundo tropical
e se caracteriza pelo domínio do calor e muita umidade,
pois está sob a influência dos ventos monçônicos.
Coréia do Sul, Taiwan (Formosa), Hong Kong (ex-
colônia br i tânica) e Singapura são conhecidos
internacionalmente em razão do acelerado processo de
industrialização pelo qual suas economias passaram ao longo
dos anos 70. No meio econômico, eles são conhecidos
como New Industrialized Countries - NIC's (Novos Países
Industrializados). A acelerada industrialização desses países
está intimamente ligada à expansão das transnacionais, que,
a partir da década de 70, passam a procurar áreas que
favoressem o seu crescimento. Essas áreas, que até então
possuíam uma economia primária calcada em atividades
agropastoris, passam a oferecer uma série de vantagens
para atrair o capital estrangeiro, como incentivos fiscais,
facilidades para exportação e mão-de-obra barata e
abundante. Já no final dos anos 80, foram incorporadas ao
grupo a Tailândia, a Malásia e a Indonésia.
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EXTREMO-ORIENTE
A expressão “Extremo-Oriente” refere-se aos países
asiáticos situados na porção leste do continente e voltados
para o Oceano Pacífico. O Japão, a China e as Coréias do
Norte e do Sul representam a porção asiática mais distante
em relação ao Continente Europeu, ficando claro que as
expressões “Oriente Próximo”, “Oriente Médio” e
“Extremo-Oriente” constituem uma visão puramente
européia do mundo.
JAPÃO
O arquipélago japonês está localizado na porção
oriental da Ásia e é composto por cerca de 4 mil ilhas que
se alongam por 3.500 km, o que totaliza uma área de
aproximadamente 377.000 km2. As quatro maiores ilhas –
Honshu (Hondo), Hokkaido, Kyushu e Shikoku –
correspondem a 97% do território japonês, sendo que
Honshu (227.000 km2) representa 60% do arquipélago.
O arquipélago japonês possui uma formação
geológica recente, em grande parte de origem vulcânica,
situando-se no Círculo de Fogo do Pacífico, que é uma
seqüência de falhas tectônicas de grande instabilidade
geológica e sujeita a intensos abalos sísmicos.
Encontram-se espalhados pelo arquipélago cerca de
60 vulcões ativos e 165 extintos, ocorrendo, em média,
quatro terremotos por dia (cerca de 1.500 por ano), com
diferentes intensidades.
Aproximadamente 80% do território japonês é
formado por planaltos e montanhas.
Em 1997, a população absoluta japonesa era de
aproximadamente 125.600.000 habitantes (8ª do mundo).
Em função do pequeno espaço territorial, a população rela-
tiva (densidade demográfica) corresponde a 337 hab./km2.
O relevo muito montanhoso fez com que a população
japonesa se distribuísse irregularmente, concentrando-se
nas faixas litorâneas, principalmente nas planícies de Tóquio,
Nagoya e Osaka, cuja densidade demográfica pode chegar
a 4.000 hab./km2 . Além da altitude, o solo, o clima e a
proximidade do mar são fatores que também muito
influenciaram na distribuição populacional.
O Japão é hoje a segunda potência econômica do
mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Mas o que levou
um país tão limitado fisicamente a conquistar tão importante
posição? A que se deve a ascensão da economia japonesa
no contexto econômico mundial?
Os xoguns (espécie de senhores feudais) dominavam
o país e mantinham-no totalmente isolado do mundo
ocidental.
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Ásia Meridional e Extremo-OrienteG
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a
Os primeiros contatos com o mundo ocidental datam
do século XVI, quando missionários portugueses formaram
uma pequena comunidade cristã. Em 1603, a xenofobia
apresentada pelos xoguns proíbe o cristianismo e fecha o
país a estrangeiros. Os séculos XVII e XVIII são marcados
por um grande isolamento em relação ao mundo exterior,
ficando apenas um pequeno posto comercial instalado em
Nagasaki.
Na segunda metade do século XIX (1868), começa
a chamada era Meiji (Governo Iluminado) com a ascensão
do Imperador Mutsuhito ao poder, o qual aboliu o
feudalismo que dominou o Japão por quase 8 séculos.
Com o início da era Meiji, o Japão sai de seu
isolamento, abrindo os portos e estabelecendo tratados de
comércio com o mundo ocidental. Pelas mãos do
Imperador Mutsuhito, profundas transformações
econômicas e sociais começam a ocorrer no Japão.
Em nome do desenvolvimento e da modernidade, o
feudalismo torna-se parte do passado e estabelecem-se
uma estrutura de posição e relações sociais capitalistas.
A era Meiji foi marcada por significativas mudanças:
– Obrigatoriedade do ensino primário;
– Implantação do serviço militar e reestruturação das Forças
Armadas;
– Fundação do Banco do Japão;
– Realização da Revolução Industrial;
– Aprovação de uma constituição;
– Transferência da capital do país de Kyoto para a cidade de
Edo, que passou a se chamar Tóquio.
Num curto espaço de tempo (1868 - 1912), o Japão
realizou a sua Revolução Industrial, passando de um estado
feudal a um estado industrial. Com o objetivo de assegurar
fontes de abastecimento de matérias-primas e conquistar
mercados compradores para seus produtos industrializados,
o Japão, que tanto resistiu ao imperialismo ocidental, termina
por adotar a mesma política e procura expandir seus
domínios. No começo do século XX, passa a se envolver
em vários conflitos pela posse de terras - vence a China e a
Rússia em 1904, estabelecendo influência sobre a
Manchúria (na China); em 1910 transforma a Coréia em
colônia, assim como a Ilha Sakalina (hoje pertencente à
Rússia).
A agricultura japonesa é caracterizada por seu elevado
grau de desenvolvimento. Com apenas 15% do território
disponível para essa atividade em função da acidentalidade
do relevo, da preservação das florestas e da expansão
industrial, o cultivo é feito de forma intensiva e minuciosa,
não se desperdiçando um só palmo de terra útil.
Predominam as
p e q u e n a s
propriedades que
tiveram origem na
reforma agr ícola
executada pelo
governo logo após a
Segunda Guerra
Mundial.
A agricultura se
desenvolve nas
planíc ies, mas as
encostas das
montanhas são
também aproveitadas
através da técnica do
terracea-mento. A
rotação de culturas
procura manter os
No Japão, os costumes e
a milenar filosofia convivem
pacificamente com a moderna
tecnologia.
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solos relativamente férteis e, dada a escassez de terras
cultiváveis, o Japão está, assim como a Holanda, apelando
para a polderização, que consiste na obtenção de áreas a
partir de aterros feitos em determinados pontos da costa
litorânea.
Apenas 7% da população produtiva trabalha nas
atividades agrícolas, o que indica alto grau de modernização.
As sementes são selecionadas, os adubos químicos são
empregados em massa e há a utilização de máquinas
modernas.
Mesmo com todo esse incremento tecnológico, o
Japão não consegue ser auto-suficiente na produção
alimentar, obrigando-se a importar diversos produtos.
O arroz, alimento básico da população, é o principal
produto cultivado no país, que é um dos maiores produtores
mundiais. Mais da metade da área destinada à agricultura
visa o cultivo do arroz.
Cultivam-se também chá, soja, trigo, algodão e cana-
de-açúcar.
Merece destaque o cultivo da amoreira, já que é muito
utilizada para a criação do bicho-da-seda, que se alimenta
de suas folhas. A falta de espaço e de boas pastagens limita
muito a pecuária, que se manifesta em escala muito pequena.
Assim, o Japão tornou-se um grande importador de
carne de bovinos, suínos e aves. O Japão é atualmente a
segunda maior potência industrial do mundo, sendo
superado apenas pelos Estados Unidos. O setor industrial
é, portanto, a base da sua economia. A atividade industrial
japonesa representa 38% do PIB e caracteriza-se pela
coexistência de grandes concentrações industriais com
elevada tecnologia, ao lado de pequenas empresas de âmbito
familiar e artesanal.
Como já foi visto, após a Segunda Guerra Mundial, o
parque industrial japonês alcançou níveis elevadíssimos de
desenvolvimento.
Mesmo com toda a carência de matéria-prima e
energia, o que deixa o país na estrita dependência de uma
importação maciça, o volume da produção industrial é o
segundo maior do mundo. O Japão ocupa os primeiros
lugares na indústria naval, eletrônica, siderúrgica,
automobilística e pesqueira. A agressividade da indústria
japonesa, que se manifesta através da qualidade, da alta
tecnologia e dos preços acessíveis, conquistou grande
parcela do mercado mundia l , seja nos países
subdesenvolvidos, seja nos desenvolvidos, a exemplo dos
Estados Unidos e países da Europa Ocidental. As grandes
zonas industriais japonesas localizam-se no litoral, em razão
da dependência do setor pela matéria-prima, que é
importada, e pela acidentalidade do relevo na porção interior.
Os grandes pólos industriais estão localizados
predominantemente na parte centro-sul do arquipélago
japonês, principalmente no litoral de Honshu. O Japão é
conhecido mundialmente como o país das indústrias de
bens de consumo, onde se sobressaem os chamados
“produtos de inteligência” e onde se aplicam altos
conhecimentos científicos e tecnológicos, a exemplo dos
setores eletrônico, de mecânica de precisão e de
computadores.
Deu-se prioridade às industrias de bens de consumo
que utilizam tecnologia de ponta, principalmente nos setores
de eletrônica e robótica.
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O crescimento contínuo das cidades, das indústrias e
dos portos torna as regiões litorâneas insuficientes e com
graves problemas ambientais e de infra-estrutura. Para
solucionar tais problemas, criaram-se novos espaços
avançando-se em direção ao mar e aterrando baías –
surgindo assim os pôlderes industriais. O maior é o de
Hashirogata, criado em 1957, com 223 km2.
CHINA
A República Popular da China situa-se a leste da Ásia e
é o terceiro maior país do mundo, com uma área de
9.536.499 km2 .
Considerando o quadro natural, podemos identificar
duas Chinas bem distintas: a China Ocidental e a China
Oriental.
A China Ocidental abrange as regiões de Sinkiang
(nordeste), Tibete (sudoeste) e Mongólia Interior (norte).
É dominada por elevados planaltos e dobramentos
modernos que, aliados ao fator continentalidade,
caracterizam a região como árida, fria e extremamente
inóspita. A China Oriental abrange a Manchúria (nordeste)
e a China do Leste. É conhecida como a “China Verde”,
possuindo um relevo que declina em direção ao Pacífico e
rios caudalosos que deságuam no Mar da China Oriental e
Amarelo. Surgem, no baixo curso desses rios, vastas planí-
cies, cujos solos apresentam boa fertilidade. A proximidade
do oceano ameniza as temperaturas e torna as chuvas
generosas.
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Ásia Meridional e Extremo-Oriente Geo
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Com cerca de 1,2 bilhão de habitantes, a China é o
país mais populoso do mundo. A grande característica de
sua população é a homogeneidade étnica, visto que 94%
da população descende do grupo Han, e apenas 6% é de
não-chineses (mongóis, tibetanos, manchus e coreanos).
Dadas as adversidades naturais, essa população se encontra
irregularmente distribuída. Apesar da elevada população
absoluta, a grandeza territorial determina uma densidade
demográfica razoável – 130,4 hab/km2. Os enormes
contrastes entre a China Ocidental e a Oriental explicam a
forte concentração populacional nas planícies orientais, onde
cerca de 90% da população ocupa 20% do território.
A região montanhosa do Tibet e os Desertos de
Sinkiang e Mongólia Interior são imensos vazios
demográficos. A civilização chinesa é considerada a mais
antiga civilização contínua do mundo, com aproximadamente
5.000 anos de história. Esta Antigüidade, aliada a um
crescimento natural sempre elevado, explica a grande
população absoluta. Conter esse ritmo de crescimento há
muitos anos tem sido objeto de preocupação por parte
dos governos. As autoridades têm incentivado os
casamentos tardios e a utilização de anticoncepcionais. A
política de controle da natalidade imposta pelo governo é
muito rigorosa e determina que cada casal poderá ter
somente um filho, cabendo diversas sanções (principalmente
econômicas) aos que ultrapassarem o estabelecido. No
meio rural, caso o primeiro filho do casal seja menina, é
dada outra “oportunidade”.
A grandiosidade da população chinesa explica com
clareza o porquê de as atividades agropastoris constituírem
importante atividade econômica. A agricultura sempre foi
prioridade na China, que tem a responsabilidade de produzir
alimentos para mais de 1 bilhão de pessoas. A agricultura
absorve quase 70% da população ativa e responde por
35% do PNB (Produto Nacional Bruto).
A política do “investimento-trabalho” é um dos
princípios básicos da economia chinesa, onde o grande
volume de mão-de-obra disponível substitui o capital,
criando várias frentes de trabalho.
Nas duas últimas décadas, o governo vem se
empenhando em modernizar a agricultura, objetivando um
aumento significativo na produção. Grandes projetos de
irrigação e combate ao baixo rendimento do solo, com a
utilização maciça de adubos e fertilizantes, estão sendo
colocados em prática. Na China Ocidental (Sinkiang e
Mongólia Interior), o sistema de irrigação artificial tem
favorecido as culturas de algodão e trigo.
Cul tura de arroz em terraços
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Os cereais representam a maior parte dos produtos
cultivados, destacando-se:
– O arroz - representa 1/3 da produção mundial e constitui
a base da alimentação nacional, sendo cultivado nas
planícies orientais;
– O trigo - cultivado na Manchúria e na bacia do Rio Huang
Ho, sendo colhido na primavera;
– A aveia, a cevada, o sorgo e o milho também representam
importantes culturas no espaço agrícola chinês.
Na porção sul do país, a tropicalidade favorece a
rizicultura de inundação, além do plantio de cana-de-açúcar,
tabaco, frutas, chá e da amoreira (utilizada para alimentar o
bicho-da-seda).
Quanto à atividade pecuária, destaca-se o rebanho de
suínos (452 milhões de cabeças) - como o maior do
mundo, seguido do rebanho de bovinos (105 milhões de
cabeças).
A vastidão do território chinês e a sua estrutura
geológica explicam a grande quantidade de recursos minerais
e energéticos existentes. O minério de ferro, abundante na
região da Manchúria, coloca a China como terceiro maior
produtor mundial. Destacam-se, ainda, a produção de
tungstênio (1º mundial), antimônio (2º mundial), bauxita,
estanho, manganês, ouro, mercúrio e fosfatos.
A MODERNIZAÇÃO DA ECONOMIA
Em 1949, Mao Tsé-tung, líder do Partido Comunista,
derrota os nacionalistas (pró-capitalistas) e proclama a
República Popular da China, com a ajuda de uma forte aliada
- a União Soviética. Assim, a China torna-se um país de
orientação socialista e passa a ser controlada por um partido
único - o Partido Comunista. O Estado torna-se o
proprietário de todos os bens de produção, e as terras
passam a ser propriedade coletiva, controlada pelo Estado.
Até o final da Segunda Guerra Mundial, a China era
um país essencialmente agrícola, pois o parque industrial
existente era muito pouco desenvolvido.
Destacava-se o setor metalúrgico na região da
Manchúria, que fora instalado pelos japoneses durante a
ocupação na década de 30.
A China comunista passa a organizar a sua economia
através de planos qüinqüenais, onde é dada ênfase, sobre-
tudo, às indústrias de base. Em 1953 é implantado o
primeiro plano qüinqüenal visando o desenvolvimento da
indústria pesada (mecânica, química, siderúrgica,
metalúrgica, etc.), com forte ajuda do capital e tecnologia
soviéticos. Ao longo dos anos 50, esse modelo de
desenvolvimento se revelou totalmente impróprio e fora
da realidade chinesa, onde mais de 80% da população vivia
no campo, trabalhando em atividades agrícolas.
Em 1960, Mao Tsé-tung rompe com a URSS e passa
a dar ênfase à agricultura como base do desenvolvimento.
Com a morte de Mao, em 1976, o setor industrial
volta a ser a meta prioritária do governo, que objetivava a
modernização do parque industrial e a implantação de
grandes projetos industriais com o uso de avançada
tecnologia.
A indústria de base, à qual foi dada prioridade ao longo
dos anos 50, foi revi ta l izada e se expandiu
consideravelmente. Destacam-se nesse setor as indústrias
siderúrgicas concentradas na região da Manchúria (em função
da abundância de carvão e ferro); a indústria mecânica
apresenta forte concentração nas cidades de Xangai,
Shenyang e Tientsin; e as indústrias químicas aparecem
espalhadas pelo território.
Os sucessores de Mao Tsé-tung, prevendo o colapso
do socialismo, passaram a introduzir profundas mudanças
na área econômica. A China, lenta e discretamente, dá início
a uma aproximação com o sistema capitalista. Visando uma
maior dinamização de sua economia, procurou, através da
nova ordem econômica, criar um sistema que unisse o
planejamento socialista ao mercado capitalista, ou seja, uma
economia de mercado planificada.
A nova ordem econômica criou um socialismo chinês
e pragmático (dinâmico, eficiente), mas não mais igualitário.
Deve ficar claro que a China não adotou o sistema
capitalista, mas sim introduziu no "seu" sistema socialista
alguns dispositivos de mercado visando dinamizar e
modernizar a sua economia. Essa abertura econômica não
veio acompanhada de uma abertura política, pois o Partido
Comunista Chinês permanece como único e monolítico
partido político do país. Qualquer tipo de movimento pró-
democracia que defenda mais liberdade de expressão é
rapidamente sufocado pelo governo chinês.
Em 1984, esse novo modelo econômico criado passa
a ser implantado através de uma série de medidas
econômicas:
– Abertura do país para produtos, tecnologia e investimentos
estrangeiros;
– Restabelecimento parcial da propriedade privada na
agricultura;
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– Introdução controlada do conceito de lucro nas empresas;
– Liberação progressiva do controle de preços;
– Adoção de salários diferenciados por mérito, cargo e
função;
– Estímulo aos trabalhadores eficientes;
– Fim de empregos vitalícios.
Com a adoção do "socialismo de mercado", aquele
igual i tar ismo que predominava no passado vai ,
gradativamente, desaparecendo. O parque industrial vem
se modernizando, há um aumento da produtividade e os
grandes centros urbanos vão adquirindo ares ocidentais com
a reestruturação do comércio e o surgimento de uma
sociedade de consumo.
Com a incorporação, pela sociedade chinesa, de
diversos aspectos do sistema capitalista, o governo chinês
passa a ter que administrar novos problemas a exemplo do
tráfico de drogas, a prostituição e a indústria pornográfica.
Dentro do programa de reformas econômicas criadas
pelo governo, destaca-se a criação das zonas econômicas
especiais e cidades abertas. São áreas onde o governo
concede facilidades aos investidores estrangeiros com
incentivos fiscais e menos burocracia. Essas zonas especiais
e cidades abertas se tornaram verdadeiros "oásis" do
capitalismo em território chinês e estão localizadas ao longo
da costa do Pacífico visando facilitar a instalação de indústrias
estrangeiras exportadoras. A província de Guandong, situada
no sudeste da China, possui três das quatro zonas
econômicas especiais: Shantou, Zhuhai e Shenzen. Pequim
e Xangai são consideradas as principais cidades abertas.
FALHA DA CIA
Washington (AE-Reuters) – O presidente do Comitê de Inteligência do Senado dos EUA lamentou ontem o
que ele classificou de “falha colossal” das agências de espionagem dos Estados Unidos para captar as preparações
sobre os testes nucleares na Índia, ocorridos ontem. “Para mim, isto parece uma falha colossal do nosso sistema de
inteligência, talvez o maior dos últimos anos”, afirmou Richard Shelby, republicano do Alabama, em entrevista concedida
à Reuters por telefone, acrescentando que providenciaria interrogatórios o mais rápido que fosse possível, muitos
deles, possivelmente, em sessão aberta. Shelby disse que a falha da CIA e de outros espiões norte-americanos para
alertar sobre a preparação dos testes privou diplomatas da possibilidade de utilizar a diplomacia para contornar a
situação. “Nós queremos saber por que isto aconteceu, como aconteceu, quem se distraiu, por que eles se
distraíram”, disse ele. “Há algo errado aqui. Foi uma falha colossal.” A inteligência norte-americana gasta US$ 27
bilhões por ano para manter seu esquema de espionagem, além de utilizar satélites para tentar detectar preparativos
de testes potenciais de estados nucleares não-declarados, como Índia e Paquistão.
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0 1 (UFF) O território em destaque no mapa — a Cashemira
— tem sido alvo de disputas políticas e ações militares,
envolvendo estados nacionais na Ásia Ocidental.
Fonte: Atlas Geográfico - MEC 1983.
Assinale a opção que faz referência a uma causa desses
confrontos.
a) O crescimento da religião budista na Cashemira
potencializou um forte movimento que contesta o
domínio hindu na região. Esse movimento recebe a
solidariedade diplomática e a proteção do exército do
Nepal.
b) A Cashemira, de maioria hindu e bengali, reclama sua
autonomia diante do controle territorial exercido pelo
Paquistão, reivindicação que recebe o apoio político e
militar da Índia.
c) A presença de grandes jazidas de carvão e de petróleo
são os elementos principais que estabelecem a disputa
pelo controle territorial da Cashemira entre a Índia e a
China.
d) Por tratar-se de uma região fronteiriça entre países com
regimes políticos e religiões muito diferentes, a Cashemira
tornou-se um palco permanente de tensões e confrontos
entre o Paquistão e a China.
Resposta:
O controle da Cashemira, historicamente exercido pela
Índia, é contestado pela maioria muçulmana. Por outro
lado, o Paquistão, ao apoiar os grupos islâmicos
separatistas, reivindica a sua anexação territorial.
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0 1 O parque industrial existente na Índia justifica o
investimento feito pelo governo nos últimos 20 anos no
setor de energia nuclear?
O que justifica o grande interesse das potências mundiais
pelo Sudeste Asiático?
(FUVEST - SP) Estabeleça comparações entre a agricultura
itinerante e a agricultura de jardinagem do ponto de vista
das técnicas agrícolas e da mão-de-obra.
(FUVEST - SP) Identifique a região representada e
apresente duas de suas características geográficas mais
significativas.
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(FUVEST - SP) Compare o setor A com o setor B do
território chinês, do ponto de vista demográfico e agrícola.
Três grandes produções agrícolas são comuns na Índia.
Assinale a resposta que contiver esses produtos
associados corretamente com sua forma de produção:
a) trigo, algodão e juta → plantation;
b) chá, milho e arroz → terraceamento extensivo;
c) trigo, milhete e arroz → subsistência intensiva;
d) amendoim, chá e hevea → subsistência extensiva;
e) arroz, cana e juta → plantation.
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(VUNESP) O mapa ilustra a localização de uma das
maiores potências econômicas do mundo moderno.
0 7 a) Qual o país assinalado no mapa?
b) Quais as principais características naturais desse país,
principalmente quanto ao relevo, clima e hidrografia?
01) (CEFET-PR) "O país que mais recebe investimentos
estrangeiros é a China. Ao longo dos anos 90 o país
manteve-se como o segundo maior receptor de capitais,
perdendo apenas para os Estados Unidos. Isto explica o
grande crescimento da participação chinesa nas
exportações mundiais."
(Moreira, João e Sene, Eustáquio de. Geografia para o Ensino Médio: Geografia Geral e do Brasil)
Assinale a única opção INCORRETA:
a) Hong Kong é um dos principais centros financeiros do
mundo e foi uma possessão inglesa até 1997, sendo
reintegrada à China. O que ocorreu com Hong Kong foi
fundamental para a expansão das Zonas Econômicas
Especiais.
b) Os chineses perceberam que as economias capitalistas
mostraram-se muito mais eficientes do que a socialista,
gerando maior volume de riquezas.
c) A China tem uma estrutura socialista e um mecanismo
de economia de mercado, conhecido como socialismo
planificado ou socialismo pragmático.
d) A China, com sua política de descentralização econômica,
consegue manter elevados níveis de crescimento
econômico anuais.
e) A necessidade de fornecer emprego e alimentos para
mais de 1 bilhão de pessoas foi preponderante para
determinar o processo de abertura econômica a partir,
principalmente, das décadas de 80 e 90.
(PUC-PR) "Talvez o maior exemplo de racismo, o novo
racismo, é o que atinge as populações imigrantes oriundas
dos países pobres nas sociedades desenvolvidas: Europa
Ocidental, Estados Unidos e Japão. Esse racismo não
tem como alvo só os negros (ou eventualmente os
judeus), mas todos os povos do Sul de uma forma geral:
principalmente turcos na Alemanha, africanos na França,
latino-americanos nos EUA. Por incrível que pareça, até
os negros norte-americanos, que durante séculos foram
discriminados, nos dias atuais, sofrem um pouco menos
o preconceito étnico e compartilham com os brancos
nativos do país a discriminação contra os porto-riquenhos,
mexicanos, colombianos, panamenhos e brasileiros..."
(J.W.VESENTINI)
O texto acima mostra um novo tipo de racismo que está
se incorporando ao modo de viver da população dos
países considerados ricos, e que, na Europa, chega ao
extremo de;
a) barrar os imigrantes nos aeroportos;
b) não conceder visto de entrada aos migrantes pobres;
c) ser um movimento de xenofobia;
d) promover uma limpeza étnica;
e) formar o partido dos "skinheads".
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(FUVEST) - Analisando as transformações ocorridas na
URSS, pode-se considerar que a Federação Russa:
a) atrai maciços investimentos estrangeiros, devido ao seu
elevado ritmo de crescimento econômico;
b) tem dificuldade em transferir a tecnologia desenvolvida
no setor militar para a produção industrial do setor civil da
economia;
c) ainda figura entre as cinco maiores potências econômicas
do globo, em razão de sua moderna agricultura destinada
à exportação;
d) completou o processo de privatização no país, porque
suas empresas estatais eram rentáveis e competitivas no
mercado;
e) conseguiu construir sua identidade nacional, com a saída
das demais repúblicas que constituíam a URSS.
(PUC-RS) "Durante quatro décadas, os povos do leste
asiático observaram os sucessos de um vizinho não
ocidental, trazidos por seus conhecimentos educacional
e técnico, altos índices de poupança, seleção em longo
prazo de indústrias e mercados orientados pelo Estado e
determinação de competir em mercados mundiais."
O país que está servindo de exemplo aos povos do leste
asiático é:
a) China;
b) Rússia;
c) Austrália;
d) Coréia do Sul;
e) Japão.
(FUVEST-SP) Os críticos ocidentais apontam a intolerância
religiosa, o atraso tecnológico e o estado de espírito feudal
para mostrar que o Islã está "fora de compasso" com a
História. Sobre isso podemos considerar que:
I- O renascimento do pensamento tradicionalista e a divisão
entre xiitas e sunitas foram uma reação à ascensão de
uma Europa expansionista e bem-sucedida.
II- O Islã já liderava o mundo matemático, a cartografia, a
medicina, os observatórios e as universidades, séculos
antes da Reforma, e o Ocidente teve pouco acesso ao
mundo muçulmano e que se mantém, desde a
Antigüidade, atrás de um mundo fechado para si próprio.
III- O Ocidente, traçando fronteiras artificiais, construindo
ferrovias, canais e portos em pontos estratégicos,
inserindo um estado israelense no meio de povos árabes
na expectativa de usar o petróleo, teve um papel
importante na transformação do mundo muçulmano.
De acordo com as considerações acima, assinale:
a) se somente a alternativa I estiver correta;
b) se as alternativas I e II estiverem corretas;
c) se as alternativas II e III estiverem corretas;
d) se as alternativas I e III estiverem corretas;
e) se somente a alternativa III estiver correta.
(CEFET-PR) Sobre a regionalização do espaço mundial,
no final do século (e do milênio), podemos dizer que
tanto a regionalização pelo critério físico - os continentes
- ou pelos países de 1o, 2o e 3o mundos perderam
sentido, tornaram-se obsoletas para explicar a
complexidade do mundo atual. Assim é incorreto
considerar que:
a) a diferenciação e o conflito entre os blocos socialista e
capitalista praticamente desapareceram e os pontos
básicos envolvendo a ética do trabalho, a estrutura familiar
e a sexualidade mantiveram-se praticamente os mesmos
nos dois regimes;
b) o poder se define cada vez mais pelo amplo domínio do
território, renascendo e revigorando a teoria de que
território é poder, aliado à produção de tecnologia, do
domínio das informações, das forças militares e do
comércio, onde pode se explicar a ascensão do Japão à
condição de nação central;
c) a miséria e o empobrecimento, características do
chamado Terceiro Mundo, projetam-se hoje para o
interior dos Estados dominantes, principalmente nas
"cidades mundiais", para onde afluem milhões de migrantes
pobres da periferia;
d) a industrialização de países periféricos, iniciada após a 2a
Guerra Mundial e que se expandiu nas décadas de 60 e
70, como também o grave dilema de endividamento
externo que ocorreu paralelamente (nos países
periféricos), manifestou uma divisão internacional do
trabalho tradicional que distinguia países exportadores de
artigos industriais e países exportadores de matérias-
primas;
e) podemos considerar que a industrialização dos países
periféricos tornou-os também exportadores de
produtos industrializados, mas com restrições em relação
ao nível de tecnologia que sua indústria domina.
(FUVEST - SP) A República Popular da China se apresenta
principalmente como um país:
a) agrícola, produzindo através das Comunas Populares e
mantendo-se fechada ao comércio internacional;
b) de economia estatal e cooperativa, com algumas zonas
de livre-mercado abertas aos capitais internacionais;
c) economicamente ligado a Taiwan, Singapura e Coréia,
compondo os "Tigres da Ásia";
d) socialista industrializado e dotado de uma agricultura
extensiva mecanizada;
e) de economia pastoril nas planícies dos grandes rios e de
agricultura intensiva nas encostas do Himalaia.
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(CEFET-PR) “Atualmente, o território chinês exibe três
conjuntos regionais distintos: a China Oriental, ou
marítima; a China central ou interior e a China periférica.”
(Magnoli, D. – O Mundo Contemporâneo. São Paulo: Ática, 1995.)
Sobre a regionalização da China, considere as
afirmações:
I – A China oriental é habitada pela etnia majoritária no país,
os han, é industrializada e fortemente urbanizada.
II – Na China central identificam-se os grandes cinturões
agrícolas, que acompanham os vales dos rios,
especialmente o Hoang-Ho, a chamada “China do
Trigo”, e o Iang-Tsé, a “China do Arroz”.
III– A China periférica inclui os territórios recentemente
incorporados, como Macau e Hong Kong, ainda não
integrados completamente ao sistema econômico e
político vigente.
Assinale:
a) se apenas I e II forem verdadeiras.
b) se apenas I e III forem verdadeiras.
c) se apenas I for verdadeira.
d) se apenas II for verdadeira.
e) se I, II e III forem verdadeiras.
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Gabarito
Geografia
A EUROPA ATUAL
Exercícios de Aplicação
01- e
02- a
03- e
04- c
05- a
06- Corresponde às áreas de clima menos rigoroso e onde
são encontrados os melhores solos agrícolas e as
concentrações industriais.
07- e
Questões de Vestibulares
01- a
02- a
03- b
04- a
05- b
06- c
07- a
Desafio
A transição para a economia de mercado causou tantas
crises, tanto para os habitantes da Federação Russa e para
as demais repúblicas, crise econômica com altas taxas de
inflação e desemprego, com a conseqüente baixa no padrão
de vida da população em geral; o sistema capitalista como
dizem seus defensores é o mais eficiente sistema de
produção inventado pelos homens, só que não consegue
distribuir essa riqueza, ou seja, no social é um fracasso.
O CONTINENTE AMERICANO
Exercícios de Aplicação
01- Com a chegada do elemento branco colonizador
europeu no século XVI.
02- A colonização se deu do século XVI ao XVIII. Visava
exclusivamente ao enriquecimento fácil das metrópoles
européias.
03-
• Colonização de povoamento: deu-se nos países da
porção norte da América. O objetivo era criar um novo e
grande lar para seus filhos.
• Colonização predadora de exploração: ocorreu na
América Latina. Tinha por objetivo transformar a colônia
numa fornecedora de produtos primários para as
metrópoles européias; para isso usavam a mão-de-obra
escrava.
04-
• Idiomas: predomina o espanhol, também aparecem o
francês e o inglês;
• Colonização predadora de exploração;
• Países subdesenvolvidos;
• Economia primária subordinada aos interesses
econômicos das grandes potências mundiais;
• Idioma: predomina o inglês;
• Colonização de povoamento;
• Países desenvolvidos;
• Economia industrial;
• Economia própria.
05- A Argentina e o Uruguai tiveram um período áureo com
as exportações em grande escala de produtos
agropastoris (trigo, frutas, carne, couro e lã) para os países
europeus. As economias desses países foram integradas
de forma privilegiada ao mercado mundial.
06- A América Platina está localizada na América do Sul. Os
três países fazem divisa com o Brasil.
07- Os aspectos físicos e naturais, os traços humanos e,
principalmente, o aspecto histórico.
Questões de Vestibulares
01- a
02- d
03- b
04- a
05- d
06- a
07- d
Desafio
Letra a
AMÉRICA DO SUL
Exercícios de Aplicação
01- As condições climáticas e de relevo fizeram com que a
população se distribuísse de maneira muito irregular,
concentrando-se na porção centro-sul. A costa do Golfo
do México, com exceção das cidades de Tampico e
Veracruz, é pouco habitada, sendo que as menores
densidades demográficas encontram-se nos extremos
norte e sul do país.
02- Cerca de 70% da população: mestiços de descendência
espanhola e indígena; 14%: indígenas, o que constitui
uma parcela significativa; 15%: brancos de origem
européia; 1%: negros e asiáticos.
03-
• Desemprego;
• Subemprego;
• Falta de habitação;
• Êxodo rural;
1
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Gabarito Geografia
• Analfabetismo;
• Mortalidade infantil;
• Violência, etc.
04- Encontra-se totalmente a oeste de Greenwich e é cortada
por dois importantes paralelos: ao norte, a linha do
Equador e ao sul, o Trópico de Capricórnio.
05- São cerca de 18 milhões de quilômetros quadrados.
06- As paisagens vegetais estão muito condicionadas ao tipo
climático da região. Na região centro-oriental desenvolve-
se uma vegetação mais densa e de grande porte. Ex.: a
selva amazônica. Nas planícies do Chaco e Pantanal cresce
a floresta tropical e a vegetação savânica do cerrado. Nas
regiões de média latitude surgem as florestas subtropicais
(Mata das Araucárias) e as florestas temperadas (sul do
Chile), vegetação rasteira (Brasil) e pampas (Argentina e
Uruguai). Na porção andina, ocorrem as formações
vegetais que variam desde formações equatoriais até
vegetação de tundra.
07- A característica física comum é a dominância dos Andes
sobre a maior parte do território. A humana é a maior
parte da população constituir-se de índios e mestiços de
índios com brancos de origem espanhola. A Venezuela é
considerada “menos andina”, porque a cordilheira aparece
apenas no oeste do país.
Questões de Vestibulares
01- d
02- a
03- d
04- c
05- b
06- d
07- a
Desafio
Letra e
A AMÉRICA CENTRAL
Exercícios de Aplicação
01-
a) É um istmo que liga a América do Norte à América do
Sul.
b) Compreende um conjunto de ilhas dispostas em forma
de arco no Oceano Atlântico.
02- O relevo da América Central é caracterizado pela
presença de dobramentos modernos e planaltos
intermontanos que ocupam a maior parte do território.
As planícies ou áreas baixas limitam-se às áreas litorâneas.
03- Devido à limitação territorial e à acidentalidade do relevo.
Os rios que se destacam na porção continental são: San
Juan, Coco, Patuca, Rio Grande.
04- A América Central fica entre o Trópico de Câncer e a
Linha do Equador.
05- Pequenas Antilhas: são formadas por picos de cordilheiras
submarinas ou de origem vulcânica. As Pequenas Antilhas
formam um pequeno arco que se estende de Porto Rico
até o litoral venezuelano. As Bahamas estão situadas ao
norte da Ilha de Cuba e constituem um arquipélago
coralígeno com mais de 700 ilhas.
06- As pequenas Antilhas, desde o século XVI, vêm sendo
ocupadas pelos ingleses para o estabelecimento de
plantations.
07- Além da produção e exportação de cana-de-açúcar e
frutas tropicais, a indústria do turismo é outra importante
fonte de renda das Pequenas Antilhas. A fonte de renda
das Bahamas é o turismo, destacando-se também as
atividades bancárias e a indústria de bebidas.
Questões de Vestibulares
01- a
02- b
03- e
04- 01, 04 e 08.
05- 02, 04 e 16.
06- c
Desafio
Letra c
AMÉRICA DO NORTE
Exercícios de Aplicação
01- a
02- d
03- c
04- d
05- b
06- d
07- b
Questões de Vestibulares
01- b
02- e
03- a
04- b
05- c
06- a
07- a
Desafio
Letra a
2
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Gabarito
Geografia
ÁFRICA: ASPECTOS FÍSICOS I
Exercícios de Aplicação
01- O Rio Nilo nunca seca, pois a sua nascente não está no
Deserto do Saara, mas sim no Planalto dos Grandes
Lagos na faixa equatorial terrestre.
02- Porque essa formação botânica se desenvolveu entre o
clima equatorial(úmido) e o clima desértico(seco).
03- Devido principalmente à ação humana em razão do forte
desmatamento e queimadas, principalmente ao sul do
Saara para o estabelecimento de atividades agrárias.
04- França
Portugal
Inglaterra
Alemanha
Inglaterra
Itália e Inglaterra
05- As fronteiras foram traçadas pelas potências européias
no século XIX durante a partilha do continente para
posterior exploração. Não houve critério e não se
respeitou a individualidade das nações africanas.
06- A África Branca está situada na porção norte do continente,
onde predomina o Deserto do Saara.
07- Desde 1992 cresceram na Argélia forças de grupos
islâmicos radicais ou fundamentais, que lutam contra o
governo militar autoritário.
Questões de Vestibulares
01- c
02- b
03- e
04- 04 e 16
05- c
06- b
07- b
Desafio
Letra d
ÁFRICA: ASPECTOS FÍSICOS II
Exercícios de Aplicação
01- Proibição oficial do casamento inter-racial; ao nascer, as
crianças deveriam ser registradas por raça; a proibição ao
negro de comprar terras.
02- São monoculturas de produtos tropicais, organizadas em
grandes extensões com emprego de mão-de-obra barata
visando à exportação.
03- Em razão de seu rico subsolo com a existência de
abundantes jazidas minerais (ouro, diamantes, carvão,
urânio, platina, manganês, ferro).
04- A África do Sul é considerada o país mais rico,
desenvolvido e industrializado da África.
05-
06-
07- 02, 04 e 32.
Questões de Vestibulares
01- c
02- b
03- d
04- 02 + 04 + 16 + 32 = 54
05- e
06- c
07- b
Desafio
Letra a
ÁSIA
Exercícios de Aplicação
01- 1 – Líbano
2 – Israel
3 – Arábia Saudita
4 – Iraque
5 – Irã
02- a) Golfo Pérsico, situado no Oriente Médio entre o Irã,
Kuwait, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
03- d
04- b
05- d
06- e
07- e
Questões de Vestibulares
01- e
02- b
03- c
04- b
05- 01+02+04=07
06- e
07- d
08- a
Desafio
01+04+16=21
3
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Gabarito Geografia
ORIENTE MÉDIO
Exercícios de Aplicação
01- Toda a riqueza produzida com a exploração e a exportação
de petróleo não é revertida em benefícios para a
população, que apresenta baixa qualidade de vida. É muito
forte a concentração de renda na maioria dos países do
Oriente Médio, onde uma minoria controla quase todos
os bens de produção.
02- A - Líbano;
B - Colinas de Golan;
C - Cisjordânia;
D - Jordânia;
E - Mar Morto;
F - Deserto de Neguev;
G - Península do Sinai;
H - Golfo de Aqaba;
I - Faixa de Gaza.
03- Devemos considerar dois aspectos importantes: a vasta
extensão territorial, que resulta numa grande diversidade
quanto às paisagens naturais, e a enorme população, que
é formada por um mosaico de grupos humanos que se
diferenciam étnica e culturalmente.
04- Inicialmente pregava a destruição do Estado de Israel mas,
com o passar do tempo, passou a defender a criação de
um Estado árabe-palestino nos territórios ocupados por
Israel.
05- e
06- d
07- a
Questões de Vestibulares
01- e
02- b
03- c
04- d
05- a
06- c
07- d
Desafio
Letra e
ÁSIA MERIDIONAL E EXTREMO-ORIENTE
Exercícios de Aplicação
01- Não! O objetivo é claramente político, pois a Índia não
mantém laços amistosos com o Paquistão nem com a
China, países vizinhos.
02- A região ocupa posição estratégica na bacia do Pacífico e
possui muitos recursos naturais (vegetais e energéticos).
03- Agricultura itinerante: métodos antiquados com a limpeza
do terreno através de queimadas. Agricultura de
jardinagem: atividade intensiva de alta produtividade, que
se utiliza de grande volume de mão-de-obra e cuidados
manuais.
04- Ásia Meridional (Sul e Sudeste Asiático). Região dominada
por penínsulas (Decã, Indochina e Málaca) e por
arquipélagos. Porção tropical da Ásia com muita chuva e
selvas equatoriais.
05- A – vazio demográfico, solos pobres, clima árido de difícil
prática agrícola; B – grande densidade demográfica, clima
úmido com planícies e vales férteis com intensa rizicultura.
06- e
07- a) Japão.
b) Relevo montanhoso, de origem vulcânica; clima
influenciado pela latitude, maritimidade e correntes
marítimas (frio, temperado e subtropical); hidrografia
pobre, com rios pouco extensos, mas intensamente
aproveitados como fonte geradora de energia.
Questões de Vestibulares
01- c
02- c
03- b
04- a
05- c
06- b
07- b
Desafio
Letra a
4
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Contexto Espacial do Brasil
1
Geo
grafia
Contexto Espacial do Brasil1234123412341234123412341234123412341234
1234123412341234123412341234
“Não estamos diante de um povo de cultura primitiva. Não
estamos diante de um povo de cultura paralela. Estamos diante
de outra humanidade.”(Lévy Strauss, Claude, O Pensamento Selvagem, Papirus Editora,
Campinas S.Paulo, 1989, pp. 244-248.)
O espaço onde hoje é o Brasil vem se constituindo, desde a época da sua colonização até os dias de hoje, numa área
subdesenvolvida ou dependente dos grandes centros econômicos mundiais. A economia aqui foi organizada de modo que
beneficiasse o mercado externo. As relações comerciais e financeiras com os países economicamente mais desenvolvidos
sempre foram desvantajosas para o Brasil, caracterizando uma situação de subordinação do nosso país em relação ao
exterior.
O território onde hoje se encontra nosso país vem passando por profundas mudanças. Antes da chegada dos europeus
no território brasileiro, aqui viviam povos que possuíam costumes muito diferentes daqueles que os europeus trouxeram.
Os povos que viviam na América, e que de alguma forma ainda sobrevivem, são de origem anterior à chegada dos
europeus. As tribos que habitavam nossas terras tinham tradições diferentes, trabalhavam em grupos de famílias todos os dias,
dividindo suas tarefas, de forma que ninguém era explorado. As famílias produziam para todos, sem a preocupação de
acumulação de produtos, ou seja, sem estocagem dos produtos; cada indivíduo trabalhava para o grupo, e era parte do todo.
LOCALIZAÇÃO DO BRASIL
O território que habitamos, e que atualmente
chamamos de Brasil, é um lugar facilmente identificável no
mapa-múndi pelo seu imenso tamanho,mas conforme
vamos estudar, ele nem sempre foi assim, já que as suas
fronteiras são limites políticos que a sociedade vai
construindo, conquistando, impondo ou negociando ao
longo de sua história social. Dessa maneira, o conceito de
território brasileiro foi construído politicamente a partir da
chegada dos europeus ao Novo Mundo, embora nossa
identidade política só se tenha consolidado com a nossa
independência política de Portugal em 1822.
Localizado na porção centro-oriental da América do
Sul, o Brasil tem 8.511.996,3 km² de área, equivalentes a
1,66% da superfície do globo e a 5,77% das terras emersas,
ocupa 20,8% das Américas e 47,7% da América do Sul. É
o 5º país do mundo em área total, superado apenas por
Rússia, Canadá, China e EUA. Situa-se entre as latitudes
5º16' N e 33º44' S e entre as longitudes 34º47'0 e
73º59'0. É cortado ao Norte pela linha do equador, que
atravessa os Estados de AM, RR, PA e AP, e pelo Trópico de
Capricórnio, que passa pelos Estados de MS, PR e SP, aos
23º30' de latitude sul. A maior parte do seu território fica
no hemisfério sul (93%) e na zona intertropical (92%).
FRONTEIRAS TERRESTRES
País Fronteira (km)
Argentina 1.263
Bolívia 1.644
Guiana 1.606
Guiana Francesa 655
Paraguai 1.339
Peru 2.995
Suriname 593
Uruguai 1.003
Venezuela 1.495
Fonte: Anuário Estatístico do IBGE - 2002.
Contexto Espacial do Brasil
2
Geo
grafi
a
A grande extensão leste-oeste faz com que o país
possua quatro fusos horários a oeste do meridiano de
Greenwich, com 2 a 5 horas a menos em relação à GMT
(hora média de Greenwich).
Pontos Extremos e Fronteiras - Os pontos
extremos são: ao Norte - a nascente do rio Ailã, na serra
de Caburaí, a 5º16' N, fronteira RR/Guiana; ao Sul - o
Arroio Chuí, a 33º45' S, fronteira RS/Uruguai; a Leste - a
ponta do Seixas, a 34º46' O, na PB; a Oeste - a nascente
do rio Moa, na serra de Contamana, a 73º59' O, fronteira
AC/Peru. O centro geográfico fica na margem esquerda do
rio Jarina, em Barra do Garças, MT.
FUSOS HORÁRIOS NOBRASIL
O Brasil, por apresentar uma longa extensão Leste-
Oeste, é dividido em quatro fusos horários, em vigor desde
1914.
São eles:
1º Fuso - Duas horas a menos que Greenwich.
Áreas abrangidas - Todas as ilhas oceânicas.Arquipélago
de Fernando de Noronha, Atol das Rocas, Martin Vaz e
Trindade e Penedos de São Pedro e São Paulo.
2º Fuso - Três horas a menos que Greenwich.
Áreas abrangidas - Todos os estados do Sul,
Sudeste e Nordeste, além de Goiás, Tocantins, porção a
leste do Rio Xingu (Pará), Distrito Federal e Amapá.
Representa a hora oficial do Brasil. É o maior fuso horário,
pois abrange 51,17% do território.
3º Fuso - Quatro horas a menos que Greenwich.
Áreas abrangidas - Estados de Mato Grosso do Sul,
Rondônia, Pará (porção a oeste do Rio Xingu) Amazonas
(a quase totalidade) e Roraima. Abrange 44,71% do
território.
4º Fuso - Cinco horas a menos que Greenwich.
Áreas abrangidas: Acre e Amazonas (pequena porção
ocidental). É o menos extenso fuso continental.
Exemplos:
Quando em Londres (GMT) são 12 horas, temos
os seguintes horários no Brasil:
- Fernando de Noronha - 10 horas
- Brasília - 9 horas
- Manaus - 8 horas
- Rio Branco (AC) - 7 horas
Quando em Brasília são 12 horas, temos os seguintes
horários:
- Vila Nossa Senhora dos Remédios - 13 horas (Fernando
de Noronha)
- Belém (PA), São Paulo, Curitiba e Porto Alegre - 12
horas
- Cuiabá, Campo Grande e Manaus - 11 horas
- Rio Branco (AC) - 10 horas
DIVISÃO ADMINISTRATIVA
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
é o órgão oficial encarregado dos levantamentos
econômicos, sociais e demográficos do nosso país.
Em 1969, o IBGE apresentou uma regionalização,
pois sentiu a necessidade de oficializar uma divisão baseada
no conceito de regiões homogêneas, delimitadas através
da soma das características econômicas, demográficas e
também naturais.
Essa proposta é utilizada até os dias de hoje, com
algumas modificações: a Constituição de 1988 criou o
Estado do Tocantins e este passa a fazer parte da Região
Norte; os ex-territórios do Amapá e Roraima passaram a
ser Estados e o ex-território de Fernando de Noronha
passou a ser Município de Pernambuco.
Contexto Espacial do Brasil
3
Geo
grafia
O Brasi l está dividido atualmente em cinco
macrorregiões.
REGIÃO NORTE
Composição: Amazonas (AM), Pará (PA), Acre (AC),
Amapá (AP), Roraima (RR), Rondônia (RO) e Tocantins
(TO).
REGIÃO NORDESTE
Composição: Maranhão (MA), Piauí (PI), Ceará (CE),
Rio Grande do Norte (RN), Paraíba (PB), Pernambuco (PE),
Alagoas (AL), Sergipe (SE) e Bahia (BA).
REGIÃO SUDESTE
Composição: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ),
Minas Gerais (MG) e Espírito Santo (ES).
REGIÃO CENTRO-OESTE
Composição: Goiás (GO), Mato Grosso (MT), Mato
Grosso do Sul (MS) e Distrito Federal (DF).
REGIÃO SUL
Composição: Paraná (PR), Santa Catarina (SC) e Rio
Grande do Sul (RS).
Atualmente outra proposta de regionalização está
sendo bem aceita, em função da divisão baseada
exclusivamente em critérios geoeconômicos, sem levar em
conta as delimitações fronteiriças.
- Complexo Regional Nordestino - Abrangendo
quatro sub-regiões: Zona da Mata, Agreste, Sertão e
Meio-Norte.
- Complexo Regional Centro-Sul - Abrangendo as
regiões Sul e Sudeste (com exceção do Norte de Minas
Gerais) e grande parte do Centro-Oeste, ou seja: todo o
Estado do Mato Grosso do Sul, o sul do Estado de Mato
Grosso e aproximadamente dois terços do Estado de
Goiás.
- Complexo Regional da Amazônia - Abrangendo
toda a região Amazônica.
DOMÍNIOS NATURAIS
ESTRUTURA GEOLÓGICA
Na estrutura geológica dos continentes existem três
províncias geológicas:
- Escudos Cristalinos;
- Bacias Sedimentares;
- Dobramentos Modernos (ausentes no território
brasileiro).
ESCUDOS CRISTALINOS
Correspondem aos primeiros núcleos de rochas que
afloraram desde o início da formação da crosta terrestre.
Normalmente datam da era pré-cambriana e são
representados por maciços antigos, isto é, grandes
porções montanhosas caracteristicamente desgastadas pelos
processos erosivos.
No Brasil, representam 36% do território e formam
o chamado complexo cristalino brasileiro.
Dos 36% que correspondem aos terrenos cristalinos,
temos que:
- 32% formaram-se na era arqueozóica e estão
representados pelos depósitos de rochas magmáticas
Contexto Espacial do Brasil
4
Geo
grafi
a
(granito, sienito, etc.) e metamórficas (gnaisse, mármore,
quartzito, etc.)
- 4% formaram-se na era proterozóica e são de grande
importância econômica por incorporarem as nossas
principais jazidas de minerais, como:
- Ferro (magnetita, limonita, siderita)
- Manganês (pirolusita)
- Alumínio (bauxita)
- Cobre (cuprita)
- Estanho (cassiterita)
- Chumbo (galena)
- Ouro e outros.
Jazidas Minerais no Escudo Guiano
- Manganês (Serra do Navio - AP)
- Bauxita (Vale do Rio Trombetas - PA)
ESCUDO BRASILEIRO
- Escudo ou Núcleo Sul-Amazônico
BACIAS SEDIMENTARES
Correspondem às áreas depressivas que foram
preenchidas por detritos ou sedimentos trazidos de outras
áreas.
É na estrutura sedimentar que ocorrem os fósseis
vegetais e animais que deram origem ao carvão mineral e
ao petróleo.
Ocupam 64% e foram formadas principalmente
durante as eras paleozóica e mesozóica. Eventualmente,
encontramos terrenos sedimentares da cenozóica, como
porções das bacias Amazônica, do Pantanal e Costeira.
Convém lembrar que algumas das mais importantes
jazidas minerais são encontradas nas seguintes bacias:
- Bacia Amazônica – xisto (reserva)
- Bacia Paranaica – xisto Formação Irati (São Mateus
do Sul); carvão mineral (Vale do Rio do Peixe -PR)
- Bacia do Recôncavo Baiano – petróleo (Bahia).
- Bacia Costeira – petróleo ao longo da plataforma
continental (RJ, SE, AL, etc.).
- Ferro e Manganês (Serra dos Carajás - PA)
- Estanho (Serra das Pacoas Novas - RO)
- Escudo ou Núcleo Atlântico
- Cobre (Bahia - Caraíba)
- Ferro e Manganês (Quadrilátero Ferrífero - MG)
- Chumbo (Vale do São Francisco e Macaúbas, na Bahia,
e Adrianópolis, no Paraná)
- Escudo Araguaio-Tocantins
- Níquel (Niquelândia, em Goiás)
- Núcleo Bolívio-Mato-grossense
- Ferro e Manganês (Maciço de Urucum - MS)
- Núcleo Sul-rio-grandense
- Cobre (Caçapava do Sul - RS)
Vulcões no Brasil
Tendemos sempre a pensar o Brasil como estável
paraíso, livre de tufões e nevascas, de terremotos,
maremotos ou vulcões. Afora inundações e secas,
sentimo-nos protegidos neste solo, pelo menos contra a
fúria da natureza. De fato, não englobando em seu
território qualquer borda de placa tectônica ativa, o país
parece livre dos sismos e vulcões que afligem tantas regiões
do mundo. Mas terá sido sempre assim?
Nas bordas de placas, o vulcanismo é um processo
contínuo, pois, ao longo das cordilheiras submarinas que
se estendem longitudinalmente no meio dos grandes
oceanos – as chamadas dorsais médio-oceânicas –, o
magma emerge das profundezas da Terra, controlado pela
fusão de material na parte superior do manto, camada do
globo terrestre situada abaixo da crosta. Há dois tipos de
crosta: continental (situada nos continentes) e oceânica
Contexto Espacial do Brasil
5
Geo
grafia
(que constitui o assoalho dos mares). As placas tectônicas
são formadas por crosta – continental ou oceânica – e
pela parte superior do manto. Nas zonas de colisão entre
continentes, como no Himalaia, ou entre uma placa
oceânica e outra continental, como nos Andes, a mais densa
delas é empurrada sob a outra, rumo à parte profunda do
manto – onde, em conseqüência das altas pressões e do
calor, sofre fusão. Em sua ascensão, a massa fundida forma
vulcões e grandes corpos de rocha ígnea abaixo da
superfície. Nas áreas afastadas das bordas de placas, em
contrapartida, o vulcanismo é fenômeno menos comum,
embora não possa ser considerado inexistente.
O território brasileiro situa-se no interior da grande
placa tectônica conhecida como placa sul-americana. Esta,
por sua vez, engloba uma ampla região antiga, estável,
conhecida como plataforma sul-americana. Na
extremidade sul do continente, há ainda a plataforma
patagônica. A região ativa da placa, com terremotos e
vulcões, são a cadeia andina, situada à oeste destas duas
plataformas. Há evidências da presença de vulcões em
nosso território, que nem sempre teria sido, portanto, tão
“estável”. E não foi uma presença discreta: os indícios da
atividade vulcânica no Brasil são incontáveis, seja num
passado relativamente próximo – como na ilha de Trindade
e em Fernando de Noronha –, num passado remoto –
caso de Poços de Caldas, entre muitos outros –, ou em
tempos ainda muito mais longínquos – caso de Crixás,
em Goiás (...).
CARNEIRO, Celso Dal Ré e ALMEIDA, Fernando
Flavio Marques de. Revista Ciência Hoje, março de 1990.
1234123412341234123412341234
01 Por que o território brasileiro passou por várias
mudanças?
O espaço no qual o Brasil hoje está assentado, era
território dos povos locais, tais como: Território Bororó,
território Tingüi, etc., e, ao longo de sua história, foi
conquistado e vem passando por várias alterações até
chegar à forma atual.
Qual a impressão de Caminha sobre os nativos do “Novo
Mundo”? Você concorda com essa visão?
02
03
Caminha descreveu os nativos do “Novo Mundo” como
personagens bíblicos, atribuindo à nova terra descoberta
pelos europeus uma visão de paraíso. (Sim,Não).
Podemos afirmar que a ocupação do território brasileiro
ocorreu de forma violenta. Justifique sua resposta.
Sim, com a resistência dos nativos, os europeus usaram
a violência para conseguir impor sua cultura e dominação
sobre o território.
1234123412341234123412341234
Complete as lacunas:
a) O Brasil localiza-se no continente _________, dentro
do qual ocupa a porção __________; é, portanto, um
país _____________.
b) O Brasil em terras continuas que ocupa o
__________lugar em extensão territorial.
Assinale com um X as opções corretas; considerando a
localização geográfica do Brasil.
( ) Localiza-se na região Centro-Ocidental da América do
Sul.
( ) Localiza-se na região tropical e sub-tropical na América
Latina.
( ) É atravessado pelo Meridiano de Greenwich.
( ) Possui 92% de suas terras no hemisfério sul e 8% no
hemisfério norte.
Qual a importância e o objetivo de se dividir o território
brasileiro em regiões?
Com base no que você aprendeu neste capítulo, explique
o significado das seguintes palavras e expressões:
localização:
território:
Por que as linhas de delimitação dos fusos horários do
Brasil não correspondem às linhas dos meridianos?
Com base no que você aprendeu neste capítulo, explique
o significado das seguintes palavras e expressões:
regionalizar:
Fuso Horário:
Existe mais do que um critério, maneira de regionalizar o
Brasil? Explique.
01
02
03
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06
07
Contexto Espacial do Brasil
6
Geo
grafi
a 1234512345123451234512345123451234512345
(UDESC) Com relação ao carvão catarinense assinale, a
alternativa INCORRETA.
a) A construção da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina
foi de vital importância para o início da exploração do
carvão, no começo deste século.
b) A Revolução de 1930 impulsionou a indústria carbonífera,
ao estabelecer a obrigatoriedade, para as indústrias
nacionais, do consumo de 10% de carvão nacional.
c) Com a crise do petróleo houve necessidade de se
aumentar a produção de carvão, buscando substituir o
óleo diesel. Para tanto, foi estimulada a mecanização do
processo de lavra, o que redundou num agravamento
das condições de trabalho dos mineiros e dos problemas
ambientais.
d) O governo Collor desregulamentou a atividade
carbonífera nacional, o que levou o Brasil à importação
de carvão metalúrgico, causando grandes prejuízos as
indústrias carboníferas, principalmente as instaladas em
Santa Catarina, pelo fato desse Estado ser o único a
produzir carvão metalúrgico.
e) Um dos grandes problemas da exploração do carvão
sempre foi a poluição ambiental, o que não se constitui
atualmente num problema, pelo fato de não se explorar
mais carvão em Santa Catarina.
(PUC-PR) Os conhecimentos sobre o quadro natural e
a ocupação da Região Centro-Oeste permitem afirmar:
As formações vegetais da Região são predominantemente
hidrófilas, em função da geomorfologia que favorece a
existência de áreas inundadas.
a) A origem da planície do Pantanal está associada à atuação
de movimentos orogenéticos que ocorreram no
Terciário, resultando no levantamento dos Andes e no
rebaixamento do Pantanal.
b) A ocupação da Região Centro Oeste só se processou a
partir da construção de Brasília, já que a região era de
difícil acesso.
c) A construção de Brasília permitiu uma ocupação planejada
da Região, porque foi orientada pelo Governo, que
impediu a formação de bolsões de miséria.
d) A qualidade de vida da Região Centro Oeste é a melhor
do Brasil, porque a distribuição de terra e de renda é a
mais justa do país.
(PUC-PR) Os conhecimentos sobre a estrutura
ecológica do Brasil, seus recursos naturais e o
aproveitamento econômico permitem afirmar:
a) O maior potencial de petróleo conhecido do Brasil está
na Região Centro-Oeste, favorecido pela sua estrutura
geológica.
b) A maior reserva de urânio conhecida do Brasil está
localizada na Região Sudeste.
c) Os grandes projetos mineralógicos do Brasil estão
concentrados no Maciço do Urucum, já que as reservas
de Carajás estão esgotadas.
d) A importância do setor mineral no Brasil não se limita a
gerar divisas, mas também a fornecer matéria-prima para
as indústrias de transformação.
e) A decadência do Quadrilátero Ferrífero, devido ao
esgotamento das jazidas de ferro, transformou o Brasil
no principal importador de ferro da América Latina.
(PUC-SP) Quando em Brasília um relógio marca 15
horas, que horas serão na capital do Estado do
Amazonas?
(UFF) Sendo 8 horas em Rio Branco (AC), que horas
serão em Porto Alegre?
(PUC-PR) Afirmamos que os estados brasileiros não
podem ser vistos apenas como meras unidades
administrativas. Por quê?
(UFSC) Baseado na regionalização brasileira, apresentada
pelos dois mapas, assinale a(s) proposição(ões)
correta(s):
01
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04
05
06
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Contexto Espacial do Brasil
7
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1) O IBGE, ao dividir o Brasil em macrorregiões, conforme
o mapa I, não considerou as características naturais e
econômicas existentes em cada uma delas.
2) A letra A, no mapa I, corresponde ao Estado de Tocantins,
criado em 1988, o qual passou a fazer parte da Região
Norte do país.
3) O mapa II apresenta a divisão do Brasil em complexos
regionais individualizados, segundo critérios
geoeconômicos.
4) A letra B, no mapa II, corresponde à Amazônia, que se
caracteriza por baixas densidades demográficas e por um
processo de ocupação recente.
5) A letra C, no mapa I, diz respeito à Região Sul, onde a
presença de imigrantes é marcante, e é região, também,
possuidora de uma agropecuária moderna.
6) O Centro-Sul, representado pela letra D, no mapa II,
apresenta paisagens diversas e grandes diferenças
socioeconômicas.
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1. (ACAFE-SC) Sobre o quadro natural brasileiro, a
alternativa FALSA é:
a) A Floresta Ombrófila Densa, constituída por árvores
perenefoliadas de 20 a 30m de altura, que recobre
importante porção da fachada atlântica catarinense, é
caracterizada pelo clima tropical úmido.
b) O relevo muito movimentado ao longo da fachada
atlântica determinou a configuração dos domínios
climato-botânicos.
c) As terras baixas da região amazônica são compostas
por planícies e baixos platôs recobertas por denso
complexo florestal.
d) O Cerrado brasileiro, de clima úmido, ocupa importante
porção do Brasil central onde predomina a vegetação
das pradarias.
e) A depressão relativa do Sertão Nordestino, com clima
semi-árido, é recoberta de vegetação arbustiva, com
galhos retorcidos e espécies espinhentas.
Aspectos Físicos do Brasil
Geo
grafi
a 1234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234123412341234
FORMAÇÃO DO RELEVO
Seu aspecto é conseqüência da ação de duas forças: as internas (tectonismo e vulcanismo), que dão origem às
montanhas, e as externas (águas correntes, chuvas, ventos, geleiras e oceanos), que têm ação modeladora. Como o Brasil
não tem falhas de placas tectônicas, os ocasionais tremores de terra sentidos no país são resultado de abalos sísmicos em
pontos distantes. As chuvas tropicais são as principais responsáveis pelas alterações de relevo.
CLASSES DE ALTITUDE DO RELEVO BRASILEIRO
PLANALTOS
No relevo brasileiro predominam os planaltos - o das
Guianas e o Brasileiro, subdividido em Atlântico, Central,
Meridional e Sul-Rio-Grandense. As regiões de 201 a 1.200 m
ocupam 58,46% do território. As regiões acima de 1.200 m
representam apenas 0,54% da superfície.
PLANALTO DAS GUIANAS -
Ocupa o norte do País e estende-se pelos países
vizinhos. Divide-se em escarpa Serrana e planalto Norte-
Amazônico. Na fronteira Amazonas/Venezuela destaca-se
a serra Imeri, onde estão os dois pontos mais elevados do
território brasileiro: os picos da Neblina com 3.014m e 31
de Março com 2.992.
PLANALTO BRASILEIRO
Por causa de sua extensão e diversidade de
características, é dividido em quatro partes:
Planalto Atlântico - Ocupa o litoral desde a divisa
Ceará/Piauí até o norte do Rio Grande do Sul. Na região
Nordeste, predominam altitudes entre 200 e 500 m, com
destaque para as chapadas e serras. Na região Sudeste tem
suas maiores altitudes médias e aparecem os "mares de
morros", com formações características de "meias-laranjas"
e "pães-de-açúcar".
Planalto Central - Domina a região Centro-Oeste
do país. É formado por planaltos sedimentares (chapadões)
e planaltos cristalinos bastante antigos e desgastados . Possui
solo muito ácido e pouco fértil.
Aspectos Físicos do Brasil
1
Aspectos Físicos do Brasil Geografia
Planalto Meridional - Ocupa a maior parte da bacia
dos rios Paraná e Uruguai, nas regiões Sudeste e Sul e
extremidade sul do Centro-Oeste. É formado basicamente
por terrenos sedimentares, recobertos, parcialmente, por
derrames de lavas basálticas (era Mesozóica). Divide-se
em duas partes: Depressão Periférica, com terrenos
areníticos, na divisa com o planalto Atlântico, e o planalto
Arenito-Basáltico, formado por camadas alternadas de
arenitos e lavas basálticas. Entre eles aparecem paredões
abruptos chamados cuestas. O relevo é suavemente
inclinado em direção ao rio Paraná, a oeste.
Planalto Sul-Rio-Grandense - No extremo sul
do Rio Grande do Sul, também é conhecido como
Campanha Gaúcha. Com um relevo bem suave, tem
pequenas colinas recobertas por gramíneas.
PLANÍCIES
Planície do Pantanal - Ocupa a depressão onde
correm o rio Paraguai e seus afluentes. Sua formação
recente (Quaternário) apresenta baixa declividade,
provocando grandes enchentes. As partes baixas, ocupadas
por lagoas, são chamadas de baías e, as partes altas, de
cordilheiras. Na época das cheias a região se transforma
em um grande lago e a maior parte das cordilheiras fica
submersa.
Planícies Costeiras - Estende-se pelo litoral, desde
o Maranhão até o Rio Grande do Sul, numa faixa de largura
variável. Em alguns trechos da região Sudeste os planaltos
chegam até o mar, formando falésias (costões).
PLANÍCIE AMAZÔNICA
Ocupam a bacia sedimentar situada entre os planaltos
das Guianas (N) e o Brasileiro (S), a cordilheira dos Andes
(O) e o oceano Atlântico (NE).Terrenos sedimentares de
baixa altitude - planícies somente ao longo dos rios e baixos
platôs com altitudes de até 200 metros. Divide-se em três
partes: igapó (áreas ao longo dos rios, inundadas boa parte
do ano); várzeas (terraços mais altos, inundáveis nas cheias);
e terras firmes (terrenos mais antigos, do período Terciário
e elevados, fora do alcance das cheias).
TERRENOS VULCÂNICOS
Hoje o Brasil não apresenta vulcanismo. O Planalto
Meridional, contudo, já sofreu grandes derramamentos de
lavas, que deram origem à fértil terra roxa. Sua área coberta
por derrames de lava é a maior do mundo (cerca de 1
milhão de km²).
A cidade de Poços de Caldas está localizada numa
caldeira (um vulcão extinto) de 30 km de diâmetro. As ilhas
de Fernando de Noronha, São Pedro e São Paulo, Abrolhos
e Trindade são todas resultado do vulcanismo que atingiu o
Brasil no final do período Terciário e início da era Cenozóica.
CLIMA
A definição mais popular e mais conhecida,"Clima é o
conjunto dos fenômenos atmosféricos num ambiente
constituído pela série de estados médio da atmosfera acima
de um lugar em sua sucessão habitual", a definição de Max
Sorre. Dá-se o nome de tempo atmosférico às condições
momentâneas da atmosfera num determinado local, ditadas
por seus elementos - pressão, temperatura e umidade.
Isso significa que clima e tempo não são a mesma coisa,
embora estejam interligados. Os climas podem ser
modificados por diversos fatores: circulação horizontal das
massas de ar e das frentes, posição astronômica, altitude,
posição e altura das montanhas, vegetação, proximidade
do mar e continentalidade.
2
Aspectos Físicos do Brasil
Geografia
A localização da maior parte do país em zona
intertropical e o predomínio de baixas altitudes são
responsáveis pelas variedades climáticas quentes (médias
superiores a 20oC), controladas por algumas massas de ar
e frentes.
MASSAS DE AR
Massa de ar é uma porção da atmosfera que carrega
consigo as características de temperatura e umidade das
áreas onde se forma. Como o ar atmosférico está sempre
em movimento e a massa de ar possui características
particulares de temperatura e umidade, ela é normalmente
responsável pelo clima da região.
O deslocamento das massas de ar obedecem ao
mesmo mecanismo dos ventos, ou seja, das áreas
anticiclonais (quentes) para as áreas ciclonais (frias).
3
Aspectos Físicos do Brasil Geografia
EQUATORIAL (AM, AF, AW, AW')
Domina uma região de cerca de 5 milhões de km² da
Amazônia Legal. Caracteriza-se por temperaturas médias
entre 24o e 26oC, com amplitude térmica anual de até 3
graus, chuvas abundantes (mais de 2.500 mm/ano) e bem
distribuídas. A ação da massa equatorial continental (mEc)
produz as chuvas locais (ou de convecção) por meio da
evapotranspiração. No inverno, ocasionalmente, a região
recebe frentes frias originárias da massa polar atlântica (mPa),
ocasionando as friagens.
TROPICAL (AM)
Domina extensas áreas do planalto Central e das
regiões Nordeste e Sudeste. Apresenta inverno quente e
seco e verão quente e chuvoso. As temperaturas médias
são superiores a 20o C, com amplitude térmica anual de
até 7 graus e precipitações de 1.000 a 1.500 mm/ano.
TROPICAL DE ALTITUDE (CWA E CWB)
Predomina nas partes altas do planalto Atlântico do
Sudeste, estendendo-se pelo norte do Paraná e sul do Mato
Grosso do Sul. Temperaturas médias entre 18o e 22oC,
com amplitudes térmicas anuais de 7 a 9 graus e
precipitações entre 1.000 e 1.500 mm/ano. O verão tem
chuvas mais intensas, devido à ação úmida da massa tropical
atlântica (mTa). No inverno, as massas frias originárias da
massa polar atlântica (mPa) podem provocar geadas.
SEMI - ÁRIDO (BSH)
Predomina nas depressões interplanálticas semi-áridas
do sertão nordestino e no vale do rio São Francisco, até o
norte de Minas Gerais. Caracteriza-se por médias térmicas
elevadas, em torno de 27o C, com amplitude térmica anual
em torno de 5 graus. Chuvas poucas e irregulares (menos
de 500 mm/ano).
SUBTROPICAL (CFA E CFB)
Predomina na zona temperada ao sul do Trópico de
Capricórnio, exceto no norte do Paraná. Caracteriza-se por
temperaturas médias inferiores a 20oC, com amplitude
térmica anual entre 9 e 13 graus. Nas áreas mais elevadas,
o verão é suave e o inverno rigoroso, com nevascas
ocasionais. Muitas chuvas (entre 1.500 e 2.000 mm/ano),
e bem distribuídas.
VEGETAÇÃO
O CLIMA E A VARIAÇÃO FLORÍSTICA
BRASILEIRA
O estudo da distribuição dos vegetais na superfície da
Terra é realizado por um dos ramos da Geografia,
denominado Fitogeografia (do grego "phyton" = planta) ou
Geografia das Plantas. Ao estudar a distribuição dos vegetais
na superfície da Terra, a Fitogeografia preocupa-se com
vários fatores que influem nessa distribuição.
4
Aspectos Físicos do Brasil
Geografia
Cada variedade climática corresponde a uma paisagem
vegetal com suas espécies típicas. A vegetação original, da
época do descobrimento do Brasil, é chamada de paisagem
natural. A localização geográfica em zona intertropical (92%
do território) e o predomínio de baixas altitudes propiciam
variedades climáticas quentes (médias superiores a 20º C),
controladas por algumas massas de ar e frentes. Suas
características e movimentos compõem os diferentes tipos
de clima e vegetação, também influenciada pelo relevo e
pelo tipo de solo.
Equatorial - Domina os cerca de 5 milhões de km²
da Amazônia Legal. Caracteriza-se por médias térmicas entre
24º e 26º C, com amplitude térmica anual de até 3 graus,
chuvas abundantes (mais de 2.500 mm/ano) e bem
distribuídas, formadas principalmente pelo confronto de
massas equatoriais diferentes (convergência intertropical).
A ação da mEc (massa equatorial continental) produz as
chuvas locais (ou de convecção) através da
evapotranspiração. A vegetação é a floresta Hiléia equatorial,
ou amazônica.
Tropical - Domina extensas áreas do planalto Central
e das regiões Nordeste e Sudeste. Caracteriza-se pela
presença de duas estações no ano, ambas quentes e
distintas: inverno (seco) e verão (chuvoso). A vegetação
típica é o cerrado, com gramíneas e arbustos retorcidos, de
casca grossa. Nos vales que acompanham o curso dos
rios, onde a umidade é maior, surgem as matas galerias
(ciliares).
Tropical de Altitude
Predomina nas partes altas do planalto Atlântico do
Sudeste, estendendo-se pelo norte do PR e sul do MS. O
verão apresenta chuvas mais intensas devido à ação das
massas úmidas da mTa (massa tropical atlântica); no inverno,
as massas frias originárias da mPa (massa polar atlântica)
podem provocar geadas. A vegetação original, já muito
devastada, é a mata tropical - densa, fechada, latifoliada e
variada, porém com características diferentes da floresta
amazônica. Em áreas elevadas encontram-se ainda campos
de altitude e formações mistas de mata tropical e florestas
de araucárias.
5
Aspectos Físicos do Brasil Geografia
Tropical Atlântico - Domina toda a fachada atlântica
desde o sul do RN até o sul do RS. As chuvas abundantes
superam 1.200 mm/ano, mas têm distribuição desigual -
no litoral do Nordeste, concentram-se no outono/inverno
e mais ao sul, no verão. A vegetação natural é a mata atlântica,
de tipo tropical, intensamente devastada desde o período
colonial.
Semi-ár ido - Predomina nas depressões
interplanálticas semi-áridas do sertão nordestino, e no vale
do rio São Francisco, até o norte de MG. A precipitação é
inferior a 800 mm/ano e irregular. A vegetação típica é a
caatinga, com bosques de arbustos espinhosas e cactáceas.
Subtropical - Predomina na zona temperada ao sul
do Trópico de Capricórnio, exceto no norte do PR. Nas
áreas mais elevadas, o verão é suave e o inverno rigoroso,
com nevascas ocasionais. As precipitações são abundantes,
entre 1.500 e 2.000 mm/ano, e bem distribuídas. A
vegetação varia com a altitude - nas partes mais elevadas,
encontra-se a mata de araucárias (ou pinhais), aberta e de
fácil penetração, com poucas variedades e predominância
de espécies aciculifoliadas (com folhas em forma de agulha),
porém totalmente devastada e considerada extinta pelo
Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBAMA)
desde 1983, restando atualmente apenas áreas de
reflorestamento. Na planície dos Pampas e na Depressão
Periférica, prevalecem os campos gerais (gramíneas).
OUTRAS FORMAÇÕES VEGETAIS
Entre as principais formações vegetais descritas, de
identidade clara, encontram-se faixas de transição em que
diferentes tipos de vegetação se misturam:
Complexo do Pantanal - Ocupa a planície inundável
da bacia do rio Paraguai. Possui clima tropical. É uma
formação mista, com espécies típicas de floresta, cerrado,
campos gerais e caatinga. No inverno e na primavera
permanece seca; no verão e no outono é inundada pela
cheia dos rios, cujo escoamento é dificultado pela baixa
declividade do terreno.
Mata dos cocais - Ocupa partes do MA, PI e TO. É
uma vegetação de transição entre a caatinga do sertão
nordestino e a mata amazônica; sua espécie típica é a
palmeira babaçu.
Manguezais - Aparecem em áreas litorâneas, mais
sujeitas às marés e à água salobra. Apresenta como espécies
típicas os vegetais halófilos (de ambientes salinos), com
raízes pneumatóforas (raízes aéreas que exercem a função
respiratória).
HIDROGRAFIA
Os rios brasileiros apresentam-se, de modo geral,
pouco utilizados, tanto para a navegação quanto para a
produção de energia hidrelétrica (aproximadamente 25%
do potencial total em uso).
REGIME
Predomina nos rios brasileiros o regime pluvial, o
que significa dizer que as cheias e as estiagens dos rios
estão na dependência das estações chuvosa e seca,
respectivamente. Como as chuvas, na maior parte do Brasil,
ocorrem nos meses de verão (dezembro a março), as
cheias dos rios ocorrem nesses meses. As vazantes
ocorrem na estação seca de outono-inverno.
DIVISORES DE ÁGUAS
Existem três centros dispersores de água, isto é, áreas
onde nascem os cursos de água que drenam as terras
brasileiras: o Planalto das Guianas (nascentes dos afluentes
da margem esquerda do Amazonas), as Cordilheiras dos
Andes (nascentes dos rios que formam o grande Rio
Amazonas) e o Planalto Brasileiro, com suas três
subunidades, de onde nascem os demais rios (Paraná,
Paraguai, São Francisco, Parnaíba, etc.).
RELEVO
Em virtude da maior parte do território brasileiro ser
formada por planaltos, existe, por conseguinte, uma
predominância de rios de planalto. Como exemplos de
rios de planalto pode-se citar: o Rio Paraná, o São Francisco,
o Tietê, e, como rios de planície, o Amazonas, o Paraguai,
etc.
Segundo o IBGE, no Brasil existem dois tipos de
Bacias Hidrográficas:
AS BACIAS PRINCIPAIS
1 - Bacia Amazônica
2 - Bacia do Tocantins-Araguaia
3 - Bacia do São Francisco
4 - Bacia do Paraná
5 - Bacia do Paraguai
6 - Bacia do Uruguai
6
Aspectos Físicos do Brasil
Geografia
AS BACIAS SECUNDÁRIAS
Bacia do Nordeste e Meio Norte
Abrange uma área equivalente a 10% do território
brasileiro e estende-se desde o Maranhão até Alagoas.
Possui rios permanentes ou perenes e temporários
ou intermitentes.
Os permanentes abrangem os rios que formam a
bacia fluvial do Meio-Norte: rios Gurupi, Pindaré,
Grajaú, Turiaçu, Mearim, Itapecuru e o Parnaíba na
divisa dos estados do Maranhão e Piauí. Nas várzeas dos
rios, pratica-se a rizicultura, além da extração do babaçu.
Os temporários são de regime semi-árido,
chegando a secar nos períodos de estiagem. É o caso do
Rio Jaguaribe, o mais extenso desses rios e que atravessa
o Estado do Ceará. Além dele, outros surgem: Acaraú,
Apodi, Piranhas, Capibaribe, etc.
Bacia do Leste
Ocupa cerca de 6% do território brasileiro e estende-
se desde Sergipe até São Paulo.
Alguns de seus rios são temporários no alto e médio
curso, como é o caso do Vaza-Barris, Paraguaçu,
Contas e Pardo . Outros são permanentes: Rio
Jequitinhonha, Doce e Paraíba do Sul.
Predominam os rios de Planalto (fato que dificulta a
navegação), mas que possuem pequeno potencial
hidrelétrico.
O Rio Doce atravessa uma região rica tanto do ponto
de vista mineral (ferro e aço) como agropecuário. No vale
do Paraíba, percebe-se uma crescente industrialização,
além da agricultura e pecuária.
Bacia do Sul e Sudeste
Abrange 2,5% do território brasileiro, estendendo-
se do litoral sul do Estado de São Paulo até o Rio
Grande do Sul.
Possui pequeno potencial hidrelétrico e os rios
dessa bacia são utilizados para a navegação em pequenos
trechos.
Rios principais: Ribeira do Iguape (chá), Itajaí
(colonização alemã - indústrias), Tubarão (carvão mineral)
e Jacuí (que, ao banhar Porto Alegre, é denominado
Guaíba).
7
Aspectos Físicos do Brasil Geografia
1234123412341234123412341234
01
(Extraído e adaptado da Revista Nova Escola, out/95, nº 88, p. 10.)
Explique por que é difícil regionalizar o espaço.
R.: O território define-se pelo uso, e boa parte do
território nacional é pouco povoado e passa, na atualidade,
por um processo de ocupação econômica e migrações12341234123412341234123412341234
01
populacionais,fica,assim,difícil de se regionalizar uma
realidade que se está modificando rapidamente, tanto do
ponto de vista da natureza (desmatamento acelerado)
como do econômico (expansão das fronteiras agrícolas
e a industrialização de certas áreas.
Sobre as hidrelétricas brasileiras, pode-se afirmar:
a) O relevo brasileiro favorece a construção de hidrelétricas,
em toda a Bacia Amazônica.
b) Tucuruí, no rio Tocantins, constitui a maior hidrelétrica
genuinamente brasileira.
c) A hidrelétrica de Balbina tornou a Região Norte auto-
suficiente em energia, apesar da atuação do El Nino.
d) A hidrelétrica de Paulo Afonso supre de energia as
indústrias de alumínio localizadas no Maranhão.
e) A hidrelétrica de Itaipu, sozinha, abastece de energia toda
a Região Sudeste.
"O manejo da terra na Amazônia, quase idêntico ao
sistema indígena das coivaras, faz com que dificilmente
os caboclos ou as autoridades aceitem medidas restritivas
ao uso do fogo". (texto datado de 1957)
A leitura do texto permite afirmar que ele:
02
8
Aspectos Físicos do Brasil
Geografia
a) está parcialmente ultrapassado, pois os esforços do
Governo e da Sociedade Civil têm visado ao controle da
prática de queimadas na Amazônia.
b) está ultrapassado, graças à instalação de grandes projetos
agro-industriais e à redução das áreas de roças que
diminuiu os problemas causados pelo fogo na floresta.
c) está ultrapassado, pois, hoje, com a integração da região
ao restante do País, associada à migração interna, as antigas
práticas agrícolas foram abandonadas.
d) ainda é verdadeiro, pois, hoje, as maiores queimadas são
realizadas pelas grandes empresas agropecuárias instaladas
na Região.
e) é verdadeiro somente para pequenas áreas da Amazônia
Ocidental, onde predominam os posseiros e pequenos
proprietários.
Graças a projetos de irrigação, o vale do São Francisco
destaca-se atualmente na produção de:
a) cana-de-açúcar.
b) soja.
c) frutas.
d) café.
e) trigo.
O programa Nacional de Microbacias Hidrográficas,
instituído em 1987, provou nestes últimos anos ser uma
iniciativa de grande importância no combate à degradação
dos solos e das águas. Qual das medidas abaixo NÃO
corresponde à prática de conservação dos solos e das
águas?
a) Compactar e fertilizar o solo.
b) Preservar a qualidade das águas.
c) Controlar o regime hídrico.
d) Reflorestar as encostas e margens dos mananciais
hídricos.
e) Cultivar seguindo as curvas de nível.
Na hipótese remota da destruição da Floresta Amazônica,
qual das conseqüências climáticas abaixo relacionadas é a
mais provável?
a) Aumento dos índices pluviométricos e das amplitudes
térmicas.
b) Aumento da velocidade dos ventos alísios e dos índices
pluviométricos
c) Diminuição dos índices pluviométricos, uma vez que a
maior parte da umidade atmosférica deve-se à
evapotranspiração das plantas.
d) Diminuição da nebulosidade, das amplitudes térmicas e
da velocidade dos ventos alísios.
Num ambiente natural, o termo "segunda natureza"
designa:
a) a natureza após ter sido usada pelo homem e abandonada
de novo.
b) a natureza original, sem grandes transformações pelo
homem.
c) a natureza humanizada, submetida às transformações
ditadas pelos interesses econômicos e políticos dos
homens.
d) o meio natural intacto, sem haver meio cultural.
Na média, as águas dos oceanos estão subindo de 1 a
2mm por ano, conforme os dados fornecidos pelo
satélite topex/poseidon da NASA. Com base nestes
dados e considerando que a quantidade de CO2 na
atmosfera deve dobrar em relação à de hoje, os cientistas
do IPPC (Painel Intergovernamental sobre Mudança
Climática), usando modelos matemáticos previram, para
o ano de 2100, mudanças possíveis no comportamento
do clima da Terra. Dentre as situações previsíveis, só não
será possível a constante na alternativa:
a) Uma elevação na temperatura global média de 1°C, com
conseqüente elevação de 15cm nos níveis da água
oceânica.
b) O aumento da temperatura média poderia bater na casa
dos 2°C. Então, o nível das águas subiria para alarmantes
50cm, o que já causaria problemas às cidades litorâneas
e aos chamados países-ilhotas do Pacífico.
c) Haveria um significativo aumento da erosão de zonas
costeiras, principalmente durante eventos como
tempestades e furacões, quando a força dos ventos faz o
mar avançar sobre o continente.
d) Haveria um cenário de condições climáticas diferentes,
pois o nível dos oceanos já subiu pelo menos de 250 a
500cm nos últimos cem anos, sem ter havido significativa
elevação da temperatura terrestre, o que torna o cenário
de uma nova Atlântida muito distante.
e) Com a elevação da temperatura em até 3,5 a 4,5°C e as
águas 1m mais altas, a maioria das cidades da Ásia,
construídas em torno de deltas de rios, seriam inundadas,
juntamente com partes costeiras de países como a
Argentina e os Estados Unidos.
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9
Aspectos Físicos do Brasil Geografia
(USF-SP) Com base nos conhecimentos sobre a pecuária
no Brasil e suas características, pode-se concluir:
a) A criação intensiva do gado bovino é uma prática utilizada
em todas as propriedades rurais brasileiras.
b) A caatinga e o cerrado constituíram, no passado, uma
condição natural favorável à introdução do gado bovino
no Brasil.
c) A prática da pecuária extensiva favorece a produtividade
da carne e do leite em todas as regiões brasileiras.
d) As importantes granjas do Sul do Brasil estão sendo
deslocadas para os grandes centros consumidores
urbanos.
e) O gado ovino se desenvolve amplamente na Região
Nordeste, em razão da grande produção de lá favorecida
pelo clima.
(MACK-SP) Na era Mesozóica, ocorreu no Brasil um
importante evento geológico. Trata-se:
a) da formação da planície do Pantanal.
b) da formação das "serras" do Mar e da Mantiqueira.
c) da formação dos escudos cristalinos.
d) dos derrames basálticos no Sul do país.
e) da formação da bacia sedimentar do Paraná.
(CEFET - PR) Em determinadas épocas do ano, ocorre
a entrada de massas de ar seco. Não existindo ventos de
intensidade razoável e estando, à noite, o céu sem nuvens,
uma forte radiação do solo torna as camadas de ar na
superfície mais frias que as superiores. Tal fato inviabiliza
as correntes de convecção que, em regiões poluidoras,
impedem a dispersão dos poluentes. Tal fenômeno é
conhecido por:
a) depressão barométrica;
b) microclima;
c) efeito estufa;
d) inversão térmica;
e) poluição.
(UEPG - PR) - A ação danosa do homem urbano sobre
o ambiente muda as condições ambientais,
particularmente nas metrópoles de influência nacional,
considerando os traços físicos e modo de crescimento
de seu espaço. As chamadas "ilhas de calor" representam
uma das conseqüências dessa ação. Uma das maiores
"ilhas de calor" do mundo é uma metrópole brasileiralocalizada no Centro-Sul, denominada:
a) Belo Horizonte;
b) São Paulo;
c) Curitiba;
d) Porto Alegre;
e) Rio de Janeiro.
12341234123412341234123412341234
01 (CEFET-PR) Observe as figuras e assinale a alternativa
correta.
a) A figura 1 é característica de vegetação de climas quentes
e úmidos que possuem o aspecto paisagístico de ser
densa com muitas espécies.
b) A figura 2 representa as formações abertas, características
da vegetação de pradarias, como exemplo podemos citar
os campos do Rio Grande do Sul e do Uruguai.
c) As figuras 1 e 2 representam a vegetação das áreas de
transição entre o clima temperado e o clima tropical.
d) A figura 1 esquematiza a vegetação com caducidade das
folhas, típica de climas temperados.
e) A figura 1 representa as formações abertas, características
da vegetação de pradarias, como exemplo podemos
citar os campos do Rio Grande do Sul e do Uruguai.
(PUC-PR) Sobre a região Centro-Oeste, assinale a
alternativa considerada correta:
a) Mangabeira, Pequi, Barbatimão são espécies vegetais
comuns no estrato superior do cerrado.
b) O Pantanal tem a maior pluviosidade anual do Centro-
Oeste.
c) A Serra de Maracaju está situada em Goiás.
d) Mato Grosso é o primeiro produtor de cristal de rocha
do Centro-Oeste.
e) Goiânia e o maior centro produtor de têxtil da região.
(PUC-Rio) A agricultura mais econômica é aquela que
se adapta melhor às condições naturais existentes.
Com base nessa afirmação, pode-se dizer que, no Brasil,
a) a Região Norte apresenta condições favoráveis, porque
a lixiviação do solo não altera a sua riqueza em sais
minerais.
b) a área produtora de trigo dispensa o uso de corretivos,
porque o grau de acidez do solo não prejudica a
produtividade.
c) o clima semi-árido, com elevada temperatura o ano todo,
permite, com a prática da irrigação, varias colheitas num
mesmo ano.
d) a cultura do café esteve sempre ligada à presença do solo
massapé no Brasil meridional.
e) a cultura do cacau não se adaptou ao clima quente e
úmido, o que resultou em baixa produtividade e no
esgotamento do solo.
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Aspectos Físicos do Brasil
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Assinale a opção que substitui corretamente A e B no
quadro, referente à circulação de massas de ar no Brasil.
a) Amazônia Ocidental - mPa.
b) Litoral Sul - mEc.
c) Litoral Norte e Nordeste - mTa.
d) Sertão no Nordeste - mTc.
e) Centro-Oeste - mPa.
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A População Brasileira1234123412341234123412341234123412341234
Você conhece o pedreiro Valdemar?
Não conhece?
Mas eu vou lhe apresentar
De madrugada toma o trem na Circular
Faz tanta casa e não tem casa pra morar!
Leva a marmita embrulhada no jornal
Se tem almoço nem sempre tem jantar
O Valdemar que é mestre no ofício
Constrói um edifício e depois não pode entrar (...)
Wílson Batista
Nesta aula vamos analisar e aprofundar as relações da sociedade com a natureza. A natureza é rica. Mas sua riqueza
sozinha de nada vale ao homem. É o trabalho humano que transforma a natureza, tornando-a útil à humanidade.
Mas o trabalhador,ao realizar um trabalho,tem,em sua mente,um significado para aquele trabalho. Por isso, ele não
realiza seu trabalho sempre da mesma maneira, mecanicamente.
As pessoas criam diferentes formas de trabalhar e de viver, diferentes formas de produzir e de se relacionar entre si.
Brasil, 1557, por Ramusio
A População Brasileira
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a
DIFERENTES MODOS DE
TRABALHAR
Essas diferentes formas de trabalhar e de viver se
modificam de acordo com a época e com o lugar onde as
pessoas vivem.
O trabalhador do campo desenvolve um trabalho rural
e se dedica, geralmente, à agricultura e à pecuária, mas hoje,
com as novas tecnologias,já existe uma oferta infinita de
serviços urbanos.
Os agricultores de uma região desértica possuem
técnicas agrícolas diferentes das técnicas dos agricultores
de planícies férteis.
Os povos que vivem em povoados nativos vivem de
um modo de produção que lhes é suficiente para satisfazer
suas necessidades básicas.
Não se pode dizer que eles são preguiçosos ou que
vivem uma vida inferior à dos homens da cidade. Não, eles
apenas vivem um modo diferente de produção.
Os homens ditos "civilizados", o homem branco,
muitas vezes se julgam superiores aos povos indígenas,
porque possuem mais técnicas, mais instrumentos de
produção, maior quantidade de produtos para seu
consumo. Mas isso não determina que eles seja mais
trabalhadores e superiores ao índio.
O índio é um trabalhador dentro do seu modo de
vida. Apenas vive um outro modo de produção. Ele não
produz para acumular bens. Ele produz para sobreviver. Ele
não se relaciona com os demais indivíduos do seu grupo
numa relação de competição ou de exploração. Ele produz
o que, no seu modo de viver, lhe é necessário.
Além disso, o trabalho humano - ou a transformação
da natureza em produtos úteis - não é feito de modo
isolado. Como estudamos nas aulas anteriores, o homem
não produz sozinho. O seu trabalho é feito de modo
coletivo, em constante relação com outras pessoas. Mesmo
quando alguém trabalha sozinho numa oficina ou em sua
casa, seu trabalho não é isolado. Ele usa ferramentas e
produtos produzidos por outras pessoas.
As pessoas se relacionam, ora se ajudam mutuamente
- é a cooperação; ora provocando a competição e a
exploração de uns sobre os outros - é a dominação.
O trabalho humano não deve ser visto como um
castigo dado por um Ser Superior ou um sofrimento. Ao
contrário, ele é o processo de relacionamento entre as
pessoas e a natureza, transformando-a para seu bem, e um
processo de relacionamento entre os indivíduos para melhor
satisfazer suas necessidades básicas. Porém, quando o
trabalho se baseia na exploração de uns sobre os outros,
ele realmente se transforma em sofrimento.
Entre o trabalho e a vida da população do campo - a
zona rural - e o trabalho e a vida da população da cidade - a
zona urbana - também existem diferenças bem acentuadas.
Mas, além das diferenças, existe entre elas uma profunda
interdependência.
FORMAÇÃO DO POVO
BRASILEIRO
Em 1500, Pero Vaz de Caminha escreveu ao rei de
Portugal sobre a primeira impressão acerca dos habitantes
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Os indígenas brasileiros tentam sobreviver.
"Eram pardos, nus, sem alguma coisa que lhes
cobrisse suas vergonhas. (...) dois daqueles homens da
terra, mancebos e de bons corpos, se aproximaram, a
feição deles é parda, algo avermelhada; de bons rostos e
bons narizes. Em geral são bem feitos. Andam nus, sem
cobertura alguma. Não fazem o menor caso de cobrir
ou mostrar suas vergonhas, e nisso são tão inocentes
como quando mostram o rosto."
Da carta de Caminha, Porto Seguro, da vossa ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira,
primeiro dia de maio de 1500.
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nativos das terras recém conquistadas:
Há várias hipóteses para explicar a existência dos
povos primitivos do continente americano. A mais aceita
diz que mongólicos migraram da Ásia entre 15 mil e 10 mil
anos antes da chegada dos europeus, através do estreito
de Bering, que liga o leste da Ásia com o noroeste da América.
Dali teriam descido e se espalhado pelo continente. Outra
hipótese indica outras três rotas de migração além da
mongólica: a malaio-polinésia, a australiana e a esquimó,
todas atingindo o continente pelo oceano Pacífico.
São considerados de origem asiática. A hipótese mais
aceita é que os primeiros habitantes da América tenham
vindo da Ásia e atravessado a pé o Estreito de Bering, na
glaciação de 62 mil anos atrás. Pesquisas arqueológicas em
São Raimundo Nonato, no interior do Piauí, registram
indícios da presença humana, datados de 48 mil anos. O
primeiro inventário dos nativos brasileiros, só é feito em
1884, pelo viajante alemão Karl Von den Steinen, que registra
a presença de quatro grupos ou nações indígenas: tupi-
guarani, jê ou tapuia, nuaruaque ou maipuré e caraíba ou
cariba. Von den Steinen também assinala quatro grupos
lingüísticos: tupi, macro-jê, caribe e aruaque. Atualmente,
estima-se que sejam faladas 170 línguas indígenas no Brasil.
No final dos anos 60, a situação dos povos indígenas
no Brasil era sombria. Com exceção do Parque do Xingu,
criado em 1962 como uma importante reserva indígena,
pouca coisa estava sendo feita. O idealismo de Rondon
havia acabado e o SPI era uma grande máquina de
Carnaval em salvador, o espetáculo
da comunhão do povo brasileiro.
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a
funcionários públicos com pouca dedicação e honestidade.
Nessa época, o antropólogo Darcy Ribeiro fez um
levantamento de 78 povos considerados extintos, e pelo
qual se previa também o desaparecimento de mais 50 até o
final do século. A destruição total das nações indígenas era,
portanto, uma questão de tempo, a exemplo do que
ocorreu em outros lugares.
Entretanto a libertação dos povos indígenas deveria
ser obra deles próprios, como a história de outros países
tem demonstrado. Assim, a partir de 1974 começaram a
se realizar as assembléias de líderes indígenas, apoiadas pelos
movimentos populares e ONGs, que se mostravam uma
importante forma de retomada da organização indígena. A
Igreja Católica, que por muito tempo ajudou o Estado a
destruir estes povos, aldeando-os e catequizando-os,
retomou com eles o processo de luta e resistência.
OS DONOS DA TERRA
Até hoje cerca de mais de cem assembléias foram
feitas em todos os pontos do país, o que ajudou a criação
de várias organizações regionais e até nacional. Assim,em
1980, foi criada a UNI - União das Nações Indígenas -, que
procurava ser uma articulação de todos os povos indígenas
do Brasil. Surgiram também organizações regionais que vêm
mostrando grande eficiência na luta da causa indígena.
A luta está longe de ser ganha. A estreiteza de nossos
governantes repete as práticas do sistema colonial português
e do Brasil império. O império continua vivo, centralizador
e destruidor como antes, não aceitando as diferenças
culturais e nacionais.
Ao invés de diminuir, os povos indígenas estão
crescendo em número e em força política. Das 78 nações
consideradas extintas no final dos anos 60, 20 se encontram
vivas ainda hoje e tentando sobreviver. Atualmente são mais
de 200 nações, falando em torno de 180 línguas diferentes,
com uma população aproximada de 250 mil pessoas.
Da população de 5 milhões que havia do século XVI,
restam apenas 250 mil indígenas. Mas estes poucos desejam
viver e se multiplicar. Um dia, talvez, sejam milhões, como
diz a famosa Declaração dos Povos Indígenas do Mundo.
Portanto, na história do Brasil, cada período de
crescimento da economia brasileira e de ocupação do
território se fez à custa de muitas mortes de nativos e da
tomada de suas terras. No século XVI, os índios do litoral
foram dizimados pelos conquistadores. Nos séculos
seguintes, os vários ciclos da economia brasileira os
destruíram: o açúcar no Nordeste e o ouro e o gado em
Minas Gerais fizeram com que fossem expulsos de sua
terras, escravizados e perseguidos pelos bandeirantes. No
século XIX e no começo do nosso, foram os ciclos do
café no Sul, e o da borracha na Amazônia,que mais
Indígenas presos, retratados por Debret, século XIX.
"As injustiças e tiranias que se têm executado nos
naturais destas terras excedem muito às que se fizeram
na África. Em espaço de quarenta anos se mataram e se
destruíram por esta costa e sertões mais de dois milhões
de índios, e mais de quinhentas povoações como grandes
cidades, e disto nunca se viu castigo. Proximamente, no
ano de 1655, se cativaram no rio das Amazonas dois mil
índios, entre os quais muitos eram amigos e aliados dos
portugueses, e vassalos de Vossa Majestade, tudo contra
a disposição da lei que veio naquele ano a este Estado, e
tudo mandado obrar pelos mesmos que tinham maior
obrigação de fazer observar a mesma lei; e também não
houve castigo: e não só se requer diante de Vossa
Majestade a impunidade destes delitos, senão licença para
os continuar!"
VIEIRA, Padre Antônio.
Carta ao rei D. Afonso VI.
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contribuíram para esse extermínio.
Hoje, ainda se discute a definição do que seja "índio",
ou quais os critérios que devem ser utilizados para
caracterizá-lo como tal. O próprio termo "Indio",
"ameríndio" ou "indígena" é bastante problemático, pois
esses povos, habitantes primitivos da terra, sempre se auto
identificavam como Xavante, Bororó, Tingüi, Kaingang,
Xetás, Xokleng, Guarani, Carijós, Karajas, etc., e nunca
como índios. A conquista do Novo Mundo inaugurou um
longo período de extermínio desses povos heterogêneos,
chamados genericamente de índios pelos europeus
conquistadores.
Os chamados indígenas são povos ou sociedades pré-
colombianas, isso é, que já viviam nas terras americanas
antes de serem "descobertas" e conquistadas por
Cristóvão Colombo.
A FORMAÇÃO SOCIAL DO
POVO BRASILEIRO
Para a formação do povo brasileiro contribuíram,
basicamente, indivíduos pertencentes à etnia branca (vinda
da Europa), negra (trazida da África) e amarela (indígena). A
miscigenação das três etnias originou outros tipos raciais: o
mulato (branco com negro), que é o mais numeroso; o
caboclo ou mameluco (branco com amarelo); e o cafuzo
(negro com amarelo).
Os graus de mestiçagem desses elementos étnicos
foram muito variáveis. Não é possível precisar em que
medida,antes do contato desses grupos,foi o grau de
relacionamento que uns tiveram com os outros na nova
terra, ou se um deles já era previamente mesclado. Os
descobridores portugueses, por exemplo, resultavam de
uma mistura de celtiberos, lusitanos, romanos, árabes e
africanos. A mistura de raças foi muito intensa, desde o
início da colonização, devido ao pequeno número de
mulheres brancas existentes entre os colonos portugueses,
o que levou os senhores a se relacionarem com índias ou
escravas negras, muitas vezes à força.
O mesmo aconteceu com os outros povos que, mais
tarde, viriam para o Brasil. Os espanhóis, italianos, alemães,
eslavos, sírios, japoneses e outras nacionalidades, apesar
de terem,em muitos casos,tendência a permanecer em
comunidades fechadas, também se miscigenaram.
NEGROS
Nativos da África foram trazidos como escravos, a
contar de 1538, devido à necessidade de mão-de-obra
para a cultura da cana-de-açúcar. Em 1559, a Coroa promulga
o alvará 29/3, que oficializa e regulamenta o tráfico negreiro,
autorizando inicialmente cada senhor de engenho a adquirir
120 escravos negros por ano. Portanto, a introdução do
elemento étnico negro obedeceu às necessidades da
exploração econômica, polarizada em torno de atividades
como a produção açucareira, iniciada no séc. XVI, no litoral
do Nordeste e no recôncavo Baiano; a lavoura do algodão,
no Maranhão, na segunda metade do séc. XVII e no séc.
XVIII; a mineração em Minas Gerais e no planalto Central,
no séc. XVIII; e a cultura do café no Rio de Janeiro e em
São Paulo, desde fins do séc. XVIII. O negro africano
tornou-se um elemento fundamental para o
desenvolvimento da economia colonial.
ORIGEM DOS GRUPOS
A partir de elementos culturais como religião,
costumes, festas e danças, pode-se determinar a origem
dos africanos trazidos para cá. O grupo sudanês vem da
África Ocidental, próximo ao golfo da Nova Guiné, que
corresponde aos atuais países situados entre a Nigéria e o
Senegal; apresenta maior nível civilizatório (conhecia a
Luiz Melod ia , um dos expoentes da cu l tura A f ro-bras i le i ra .
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a
mineração e o trabalho com ouro) e porte físico mais alto e
corpulento. Os sudaneses foram levados para a região de
Salvador, em sua maioria. Os bantus, da região ao sul da foz
do rio Zaire, atual Angola e Moçambique, têm baixa estatura
e nível civilizatório inferior ao dos sudaneses - são
predominantemente agricultores. Eles são introduzidos
principalmente em Pernambuco, Maranhão e no Rio de
Janeiro, formando um grupo numericamente superior.
TRÁFICO
A Lei Eusébio de Queirós (1850) encerrou
oficialmente o tráfico de negros. O último desembarque,
no entanto, só ocorre seis anos depois. Por mais de três
séculos, foi trazido um número elevado de africanos, mas a
falta de estatísticas confiáveis impede um consenso entre
os historiadores. Alguns estimam entre 3 e 3,6 milhões
(Roberto Simonsen, Afonso de Taunay e Sérgio Buarque
de Holanda). Outros falam em 6 a 7 milhões (Caio Prado
Jr., Mircea Buescu), 8 milhões (Pedro Calmon) e até 13,5
milhões (Pandiá Calógeras).
PRECONCEITO
Passado um século após a Lei Áurea, os negros ainda
são vítimas de discriminação, permanecendo relegados às
posições inferiores, ao subemprego ou desemprego.
Segundo Januário Garcia, diretor do Instituto de Pesquisas
Negras, do Rio de Janeiro, um dos aspectos mais graves do
preconceito racial em nosso país é a crença generalizada de
que ele não existe - embora a todo o momento se constate
a sua prática. Como exemplo, cita o pequeno número de
negros em prof issões bem remuneradas e com
possibilidade de ascensão social.
COMBATE AO RACISMO
A resistência contra o preconceito racial impulsionou
o surgimento de inúmeras entidades negras, diversos
congressos e uma imprensa negra atuante, iniciada em São
Paulo com O Bandeirante, o primeiro jornal negro, editado
em 1910. A primeira organização negra, o Centro Cívico
Palmares, surgiu em São Paulo, em 1926; a entidade mais
importante foi a Frente Negra Brasileira, fundada em São
Paulo, em 1931, reunindo 6 mil filiados em nove Estados.
Em 1978, num ato de protesto contra o racismo,
motivado pela morte de um jovem negro, estudante e
trabalhador, sob tortura numa delegacia de São Paulo, nasceu
o Movimento Negro Unificado. Nos anos 80 e 90, várias
entidades e movimentos negros organizados decidiram
comemorar no dia 20 de novembro, data da morte de
Zumbi, líder do quilombo dos Palmares, o Dia Nacional da
Consciência Negra.
CONTRIBUIÇÕES À CULTURA
A influência negra se manifesta em diversas áreas
culturais: na alimentação (vatapá, acaçá, acarajé, cocada, pé-
de-moleque); nos instrumentos musicais (tambores,
atabaque, cuíca, berimbau); nas danças (quilombo,
maracatu, aspectos do bumba-meu-boi); no vestuário (o
traje de baiana com turbante, saia rodada, braceletes e
colares); na agricultura (modos de cultivo e produtos como
o algodão, a erva-doce e a pimenta); na mineração (o uso
da batéia para a lavagem do cascalho); e na religiosidade (o
xangô, no Nordeste; o candomblé, na Bahia; a macumba,
no Rio de Janeiro; e a umbanda, no Sul).
Segundo o IBGE, em 1996, o percentual de negros
na população das regiões era o seguinte: Norte, 1,5%;
Nordeste, 5,3%; Sudeste, 5,9%; Sul, 3%; e Centro-Oeste,
3,2%. As porcentagens por Estado são: Bahia, 11%; Rio
de Janeiro, 10,8%; Minas Gerais, 8,3%; Maranhão, 7,7%;
Espírito Santo, 7%. A taxa de analfabetismo das pessoas
com mais de 7 anos é mais alta entre os negros, 30,1%;
próxima à dos pardos,29,3%, e bem distante da dos
brancos,12,1%. Cerca de 46% das mulheres negras
participam do mercado de trabalho, contra um índice de
38,5% para as pardas e 39% para as brancas. A renda per
capita representa um terço do que recebem os brancos e
um quinto da renda dos amarelos. Apenas no serviço público
os negros e pardos conseguem participação melhor no
mercado de trabalho.
Paulinho da Viola, um dos expoentes do samba
a f ro -b r a s i l e i ro .
Baiana em Salvador.
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OS IMIGRANTES BRASILEIROS
Com o número de imigrantes muito maior do que o
de emigrantes, o Brasil sempre foi considerado um país de
imigração, embora o total de cerca de 5 milhões de
imigrantes, desde 1808, seja considerado baixo se
comparado a países como os EUA, o Canadá e a Argentina.
A imigração começa oficialmente em novembro de
1808, quando D. João VI promulga a lei que permite a
posse de terras por estrangeiros. Na época, era necessário
povoar a região Sul para garantir o território frente aos
castelhanos. Havia também interesse da Coroa portuguesa
em branquear o sangue dos colonos, já que, àquela época,
a maioria da população era negra. Mas só após a Abolição
inicia-se o período imigratório mais intenso.
Em 1850 é promulgada uma lei proibindo a doação
de terras pelo Estado. Isso força os imigrantes, na maioria
pobres, a aceitar o sistema de colonato ou o trabalho
assalariado na lavoura. Sua presença provoca mudanças
profundas na vida do país, introduzindo novos produtos e
técnicas de cultivo, a noção da pequena propriedade, a
economia de subsistência e as pequenas indústrias
domésticas (têxtil, alimentícia, couro, cerâmica).
Imigrantes no Brasil
Quantidade anos
500.000 (1819 - 1883)
883.668 (1884 - 1893)
862.100 (1894 - 1903)
1.006.617 (1904 - 1913)
503.961 (1914 - 1923)
737.223 (1924 - 1933)
197.238 (1934 - 1943)
348.443 (1944 - 1953)
446.752 (1954 - 1963)
86.457 (1964 - 1973)
61.302 (1974 - 1983)
Fonte: IBGE em 2002.
Nas pequenas propriedades predominou o trabalho
familiar, com mão-de-obra contratada apenas quando
necessário, para tarefas e por períodos determinados.
Houve problemas de adaptação e surgiram áreas fechadas
onde os imigrantes procuravam manter seu modo de vida
de origem, em especial os alemães, eslavos e japoneses.
Observando-se a distribuição geográfica do
contingente imigratório, nota-se que a contribuição
estrangeira se fez sentir de maneira mais efetiva no Brasil
meridional. A preferência dos europeus pelo sul é explicável:
a região tem clima subtropical, com tendência a temperado,
parecido com o dos países de onde vieram. Destaca-se
também o impulso dado pela imigração japonesa ao Estado
de São Paulo e à região amazônica. A eles se deve a
revitalização da agricultura, principalmente a horticultura.
Existem no país colônias de imigrantes muito bem
organizadas: no município de Maracaí (SP), a colônia italiana
de Pedrinhas vive da agricultura; no Paraná, imigrantes
holandeses trouxeram de seu país gado leiteiro e até hoje
exploram sua criação. No entanto, a maior contribuição
dos imigrantes não é o desenvolvimento econômico, mas
a introdução de novos hábitos.
Em relação ao crescimento populacional, a participação
mais significativa foi no período 1891-1900, representando
41%. A partir de 1980, a crise econômica inverteu o fluxo
e milhares de pessoas estão emigrando para a Europa,
América do Norte e Japão, em busca de melhores condições
de vida.
PRINCIPAIS CORRENTES
Alemães - Chegaram a partir de 1820 e se instalaram
principalmente no Rio Grande do Sul, nos vales do Caí e
dos Sinos, onde fundaram São Leopoldo. Em suas pequenas
propriedades se dedicaram à policultura alimentar e à
indústria do couro. A imigração aumentou entre 1850 e
1870, devido à guerra de unificação alemã. Ocuparam o
litoral catarinense e o vale do Itajaí, fundando Blumenau e
Joinville. Além da policultura, instalaram pequenas indústrias
têxteis e de cerâmica.
Austríacos e húngaros - Chegaram a São Paulo a
partir de 1884, como remanescentes do Império Austro-
húngaro.
Eslavos - Entraram entre 1875 e 1890, vindos
principalmente da Polônia, Rússia, Ucrânia e Iugoslávia.
Fixaram-se no Paraná - primeiro em torno de Curitiba e
Ponta Grossa, depois no vale do Ivaí. Em suas pequenas
propriedades cultivaram batata e introduziram a indústria
madeireira em larga escala.
Espanhóis - Chegaram a partir de 1820, mas o auge
dessa imigração foi entre 1901 e 1913. Fixaram-se
principalmente em São Paulo e em seguida no Rio de Janeiro,
Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Italianos - Chegaram a partir de 1861 e se instalaram
no Rio Grande do Sul, ocupando a região serrana onde
fundaram Caxias do Sul e Bento Gonçalves, entre outras
cidades. A principal atividade foi a vitivinicultura. Entre 1887
e 1914, dirigiram-se em massa para São Paulo, para
trabalhar nas lavouras de café.
Imigrantes em produção familiar.
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Japoneses - Chegaram a São Paulo a partir de 1908.
Originários de áreas rurais, dedicaram-se à agricultura e
depois diversificaram suas atividades (granjas e cooperativas).
Recentemente, passaram a trabalhar nas indústrias das
grandes cidades. Na Amazônia, ocupam regiões de Tomé-
Açu (PA) e o vale médio do Amazonas, onde implantaram
o cultivo da pimenta-do-reino e da juta, respectivamente.
Conforme a geração, são denominados issei (primeira
geração), nissei (segunda), sansei (terceira) e yonsei
(quarta). A partir dos anos 80, a falta de mão-de-obra não
especializada no Japão leva cerca de 200 mil descendentes
a inverter o caminho dos seus ancestrais, em busca de
melhor remuneração.
Sírios e libaneses - Chegaram entre 1860 e 1890,
provenientes do Oriente Médio. De etnia árabe ou Armênia,
em sua maioria, foram genericamente designados como
turcos, em virtude do passaporte fornecido pelo Império
Otomano, que, na época, dominava seus países de origem.
Dedicaram-se ao comércio da borracha na Amazônia;
depois se fixaram no Centro-Sul, comerciando miudezas e
generalizando a figura do mascate ou caixeiro-viajante.
Suíços-alemães - Provenientes do cantão de
Freiburg, na Alemanha, vieram em 1819 para a região
serrana do Rio de Janeiro, onde fundaram a cidade de Nova
Friburgo. Essa colonização fracassou devido ao abandono
dos colonos pelo governo.
MIGRAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO ECRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
MIGRAÇÃO INTERNA
A movimentação das populações dentro do país
sempre obedeceu a razões econômicas. Neste século, por
ausência de uma política de fixação do homem ao campo,
registra-se um forte êxodo rural e a conseqüente
concentração nas cidades industrializadas, em busca de
progresso material.
Mas os migrantes não partem só em direção às
grandes cidades; eles partem também para as cidades
médias e mesmo para outras regiões rurais. Os dois
principais fluxos migratórios são de nordestinos em direção
ao Sudeste, Centro-Oeste e Amazônia e de sulistas rumo
ao Centro-Oeste e à Amazônia. Estas duas últimas regiões
passam a ser, desde os anos 60, muito procuradas devido
à expansão das fronteiras agrícolas, e suas taxas de
crescimento demográfico são as maiores do país.
O fluxo de migrantes mais antigo e numeroso é o de
nordestinos. Desde o primeiro Censo (1872), a região
NE vem diminuindo sua participação na população total; de
46,1% na época, caiu para cerca de 28,9% (1991).
Durante a década de 80, diminui o fluxo migratório da
região Sul rumo às regiões Norte e Centro-Oeste. A
participação de cada região no total populacional altera-se.
As regiões Norte e Centro-Oeste, de maior crescimento
demográfico, têm suas participações aumentadas. Os
percentuais referentes às demais regiões apresentam
pequena diminuição. As taxas anuais de crescimento
demográfico caíram em 22 Estados. As maiores quedas
foram as do DF, de 8,14%, entre 1970 e 1980, para
2,82%, entre 1991 e 2000, e de Rondônia, onde caiu de
15,80% para 7,84% no mesmo período. No primeiro
caso, a explicação está na crise econômica dos anos 80,
que causou forte recessão. Tendo diminuído duas fontes
de emprego importantes na região (comércio e prestação
de serviços, maiores empregadores depois do governo
federal), a migração - seu principal fator de crescimento
demográfico - ficou paralisada. Rondônia teve seu ritmo de
crescimento populacional reduzido nos anos 90, porque a
maior parte das terras cultiváveis e áreas garimpeiras já
estavam
Bairro da Liberdade, São Paulo.
A População Brasileira
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Geo
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ocupadas.
População Brasileira
Censo População (1)
21/12/1890 14.333.915
01/08/1872 9.930.476
31/12/1900 17.438.434
01/09/1920 30.635.605
01/09/1940 41.236.315
01/07/1950 51.944.397
01/09/1960 70.070.457
01/09/1970 93.139.037
01/09/1980 119.002.706
01/09/1991 146.917.459
01/08/1996 157.079.663
01/09/2000 169.544.4431 - Até 1950 a população presente, a partir de 1960 a população residente.
Fonte: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2002.
CRESCIMENTO
DEMOGRÁFICO
A taxa de crescimento demográfico elevou-se em
Estados que ofereciam boas chances de enriquecimento: no
Amapá passou de 4,35%, entre 1970 e 1980, para 4,62%,
entre 1991 e 2000; no Rio Grande do Norte passou de
2,04% para 2,20%; em Sergipe aumentou de 2,39% para
2,46%; e em Roraima passou de 6,82% para 9,55%. O
acentuado crescimento neste último tem explicação no
grande número de migrantes que para lá se dirigiram em
busca dos garimpos de ouro. Apesar disso, Roraima, que
passou à condição de Estado pela Constituição de 1988,
ainda é a unidade da federação de menor densidade
demográfica: 1,1 hab/km². Sua grande distância em relação
às áreas mais desenvolvidas e a precariedade de transportes
explicam por que isso acontece. O Estado mais densamente
povoado é o Rio de Janeiro, com 305,3 hab/km², embora o
Distrito Federal tenha 312,9 hab/km2.
A DISTRIBUIÇÃO DA
POPULAÇÃO POR IDADES
A população mundial divide-se em três grupos etários:
Jovens - 0 a 19 anos
Adultos - 20 a 59 anos
Velhos ou idosos - acima de 60 anos.
Com o advento da industrialização em nosso país,
juntamente com o crescimento da urbanização, nos últimos
tempos, percebemos alterações na estrutura etária no Brasil.
A que nos chama mais atenção é a diminuição do percentual
dos jovens, devido à redução da taxa de natalidade, e o
aumento do percentual de adultos e idosos, devido ao
aumento da expectativa de vida. Portanto, a população
brasileira está envelhecendo.
Evolução Da Pirâmide Etária Brasileira
A População Brasileira
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“O Brasil é um país de contrastes? Não, é um país da coexistência e da união de elementos inconciliáveis. O Brasil
é um país antropófago, que absorve homens provenientes de todos os continentes e os mescla num mesmo modo de
ser. Luxuosos imóveis residênciais margeiam as ruas imundas das favelas.”
Pierre Monbeig, geógrafo, Paris, 1954.
Por que os historiadores afirmam que no inicio de nossa
ocupação não ocorreu povoamento do nosso território.
Explique.
A atividade extrativa de pau-brasil feita ao longo do litoral
contribuiu para não fixar a população.
Explique qual o verdadeiro motivo da escolha do negro
como mão-de-obra escrava.
Foi o comércio mercantilista triangular Luso, que dava
grandes lucros aos mercadores da época.
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Qual atividade econômica responsável pelo povoamento
do Brasil?
Explique,resumidamente, qual foi o sentido marcante da
nossa colonização.
De que forma Portugal garantiu a integridade de suas
colônias?
Por que afirmamos que a Coroa Portuguesa ocupou o
território brasileiro pressionada por uma imposição
geopolítica e não por uma orientação econômica?
Por que ainda hoje se discute a definição do que seja
“índio”?
Analise por que o Brasil, mesmo com um avançado
processo de urbanização e industrialização, continua
sendo um país do Terceiro Mundo.
Leia esta notícia de mais um genocídio de nossos índios:
“Pelo menos três índios morreram em confronto com
garimpeiros na madrugada de ontem na região de Paapiú,
na Serra de Surucucu (250 quilômetros a oeste de Boa
Vista) dentro da Reserva Ianomami”
(Folha de S. Paulo, 4/11/1989.)
Embora protegidas por vários instrumentos legais, as
reservas indígenas continuam sendo invadidas e destruídas
por posseiros, fazendeiros, madeireiros, garimpeiros,
mineradoras etc. A reserva dos ianomamis se localiza:
a) onde se instalou o Projeto Carajás, que atinge
aproximadamente noventa aldeias.
b) no Estado de Roraima, onde há várias empresas
mineradoras.
c) no Centro-Oeste, onde a UDR concentra sua força.
d) em torno do Rio Parnaíba, no Maranhão.
e) no Estado de Rondônia, onde ocorre grande
concentração do MST.
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(UFBA) Baseando-se no esquema, podemos dizer que: a) apenas I é correta.
b) apenas II é correta.
c) apenas III é correta.
d) apenas I e II são corretas.
e) II e III são corretas.
(CEFET-PR) “Quando você for convidado pra subir no
adro/ Da fundação Casa de Jorge Amado/ Pra ver do alto
a fila de soldados, quase todos pretos/ Dando porrada na
nuca de malandros pretos/ De ladrões mulatos e outros
quase brancos/ Tratados como pretos/ Só pra mostrar
aos outros quase pretos/ (Que são quase todos pretos)/
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I – Subúrbio
II – Montanha
III – Campo
Cidade
Planíce
Cidade
transmância
movimento pendular
êxodo rural
A População Brasileira
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Como é que pretos pobres e mulatos/ E quase brancos,
quase pretos de tão pobres são tratados...../
Ninguém, ninguém é cidadão/Se você for ver a festa do
Pelô, e se você não for / Pense no Haiti, reze pelo Haiti/
O Haiti é aqui, o Haiti não é aqui.../ “ (Gilberto Gil e
Caetano Veloso - Haiti)
A texto acima demonstra que:
a) Brasil e Haiti, apesar de localizados geograficamente em
latitudes e longitudes diferentes, têm muitos aspectos
semelhantes da realidade social, principalmente no que
tange às diferenças de distribuição de renda e qualidade
de vida.
b) O critério de regionalização dos países do Norte e do
Sul, tendo como divisor a fronteira econômica e social,
não se aplica aqui, pois o Haiti está localizado no
hemisfério Norte e o Brasil, em sua quase totalidade, no
hemisfério Sul.
c) Há uma referência à Cidade de Salvador, uma das
primeiras do Brasil, ao casario colonial do Pelourinho e
às festas baianas, que culturalmente tem muitas
semelhanças com o processo de colonização do Haiti e
que foi uma colônia inglesa nos trópicos.
d) “O Haiti não é aqui”,chama a atenção para a exata
localização do Haiti , a aproximadamente 20o Latitude
Norte, no mapa mundi e que geograficamente tem muitas
diferenças climáticas quando comparado com o Brasil.
e) Refere-se à miscigenação racial e étnica que ocorreu na
América Latina em decorrência do processo de
colonização branca, da escravidão dos negros e exploração
da população indígena, mas que o critério de nuances de
cor não retrata uma situação de marginalização social.
(PUC-PR) Observe as informações, divulgadas por
ocasião do Dia das Mães:
Uma pesquisa governamental divulgada em março-97,
na Inglaterra, mostra que 20% das mulheres dizem não
querer ter filho.
Na Suécia, o governo oferece incentivos para estimular a
maternidade, como 15 meses de licença no trabalho
com remuneração de 75% do salário para a mãe e a
criança ganha cerca de US$ 90 por mês até completar
16 anos.
(Folha de São Paulo, 11/05/02 - Encarte especial sobre o Dia
das Mães).
Com base nas informações acima podemos concluir
que :
a) Os países europeus estão atualmente com uma política
de incentivo à entrada de migrantes das ex-colônias
africanas e asiáticas, para suprir a falta de mão-de-obra
jovem, levando os planejadores e demógrafos a
repensarem a atual estrutura de emprego, de criação de
novas vagas nas escolas e habitações.
b) Observamos nos últimos cinco anos um grande
incremento na natalidade da Suécia, que sai de uma situação
de crescimento estável da população para um crescimento
explosivo da população, afetando em demasia os
serviços de assistência à infância e também os serviços
de assistência aos idosos. Não havia tantas expectativas
de que os incentivos à natalidade fossem incorporados
pelas mulheres.
c) Os problemas demográficos da Europa já foram
resolvidos com apoio e incentivo à natalidade aos jovens
casais e treinamento para os ex-europeus orientais, no
sentido de qualificar e suprir a falta de mão-de-obra,
portanto a política de “fora estrangeiro” já faz parte do
passado.
d) As informações acima são contraditórias, pois, se 20%
das mulheres não querem ter filhos, num período de
100 anos não haveria mais nascimentos e o país
desapareceria enquanto unidade política e não justificando
uma política de incentivo à natalidade.
e) Se as atuais tendências de crescimento persistirem, o
mercado europeu de 320 milhões de habitantes atingiu
o seu ponto culminante no ano 2000 e cairá para menos
de 300 milhões de habitantes até o ano 2100,
provocando o fechamento de escolas, a escassez de
trabalho qualificado e maiores investimentos à população
com mais de 65 anos.
(FAE-PR) Observe os gráficos
03
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Após observar os gráficos referentes ao crescimento
demográfico, podemos concluir que:
a) Em meados do século XXI, a população mundial terá
crescimento zero, ou seja,os índices de natalidade e
mortalidade serão equivalentes.
b) Os índices de mortalidade continuam em ascensão o
que provoca um crescimento explosivo.
A População Brasileira
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2020, é possível afirmar:
01) Em 1996, a população de idosos sofreu uma nítida
diminuição quando comparada à de 1940, trazendo como
conseqüência a redução dos problemas da Previdência
Social brasileira.
02) O topo da pirâmide etária de 1996 é mais largo do que
o da pirâmide de 1940 em decorrência da predominância
da população masculina.
04) A configuração da pirâmide etária de 1996 indica que a
população brasileira envelheceu.
08) Os países desenvolvidos têm, em geral, uma pirâmide
etária cujo formato se aproxima ao da pirâmide brasileira
de 1940.
16) Pela configuração da pirâmide etária de 1996 e da projeção
para 2020 é possível inferir encargos econômicos e
disponibilidade de mão-de-obra, favorecendo um
planejamento governamental mais consistente.
32) A configuração de todas as pirâmides apresentadas na
figura é típica de países subdesenvolvidos.
Soma
(U.F. DIAMANTINA - MG) Trata-se de um dos fatores
desfavoráveis à imigração de estrangeiros para o Brasil,
no século XIX:
a) abolição da escravatura.
b) clima tropical.
c) crises econômicas, sociais e políticas da Europa.
d) expansão cafeeira e necessidade de mão-de-obra.
e) grande extensão territorial do país.
c) Os dados são hipotéticos e não podem ser considerados
para a projeção futura do crescimento da população, uma
vez que as guerras aumentam os índices de mortalidade
e modificariam os gráficos.
d) O crescimento da população mundial será explosivo pois,
se calcularmos o crescimento vegetativo, veremos que
os índices de natalidade superam os de mortalidade.
e) O crescimento da população mundial será negativo no
próximo século,pois as taxas de mortalidade serão
maiores que as taxas de natalidade.
(PUC-SP) Inúmeras mulheres brasileiras estão optando
por não terem filhos e justificam dizendo que o amor
materno é inteiramente cultural e varia segundo os lugares
e a época.
Esta informação demonstra uma mudança no
comportamento reprodutivo e que refletirá nas taxas de
natalidade. Assim podemos considerar que:
I) A taxa de fecundidade das mulheres brasileiras está caindo,
pois, em 1970,era de 5,8 filhos por mulher e em 1996
passou para 2,5.
II) As informações acima já demonstram que o Brasil tem
uma perspectiva de crescimento estável de população e
que a população considerada como velha (com mais de
65 anos) está aumentando, revelando uma maior
longevidade de vida do brasileiro.
III) Não querer ser mãe é fruto da vida urbana com a qual
mulheres têm acesso à escolarização e às informações
sobre diferentes métodos contraceptivos e projeta-se
na redução das taxas de natalidade, pois, no Brasil, 75%
da população é urbana.
Sobre as informações acima assinale a alternativa correta:
a) Se somente a informação I estiver correta.
b) Se as informações I e II estiverem corretas.
c) Se as informações I, II e III estiverem corretas.
d) Se somente as informações I e III estiverem corretas
e) Se somente as informações II e III estiverem corretas
(UFSC) Observando a forma das figuras abaixo, que
refletem, esquematicamente, a pirâmide etária brasileira
nos anos de 1940 e 1996, e uma projeção para o ano
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A População Brasileira
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Operário em construção (parte)
“Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
–Garrafa, prato, facão –
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela,
Banco, enxerga, caldeirão,
Vidro, parede, janela,
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.”
Vinícius de Morais – Poesias Completas, Rio de
Janeiro, 1973, pp.26-28.
( ) O operário é tocado pela conscientização da
materialidade do trabalho nos objetos do seu ”espaço
vivido”.
( ) O processo através do qual o operário não toma
consciên-cia do mundo produtivo que o cerca e que
impossibilita a sua libertação.
( ) Uma cena que nunca ocorre no cotidiano do operário
brasileiro nos dias atuais, sobretudo entre os
metalúrgicos do ABC paulista.
( ) O processo de desalienação social que tem ocorrido
em grande escala entre os operários da construção
civil, em todo o território brasileiro.
( ) Uma cena comum entre os trabalhadores brasileiros
da área rural, que os tem levado a um processo
generalizado de luta pelos seus direitos.
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Modelo Econômico Brasileiro
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“Na passagem do séc. XVII para o XVIII começa o ciclo do ouro. Os grandes interesses da
Coroa voltam-se, mais do que nunca, para a colônia brasileira. A região das minas (onde hoje
estão os Estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso) é intensamente povoada, inclusive
por habitantes de São Paulo e de outras regiões. Para a exploração das jazidas, é usada
mão-de-obra escrava do Nordeste. Criam-se novas vilas: Sabará, Mariana, Vila Rica de Ouro
Preto, Caeté, São João del Rei, Arraial do Tejuco (atual Diamantina) e Cuiabá. O ciclo do ouro
alterna períodos de alta e baixa produção, com maior estabilidade (em volumes mais altos)
entre 1735 e 1754, quando a exportação média anual fica em torno de 14.500 kg. No final
do séc. XVIII, o volume enviado a Portugal é de cerca de 4.300 kg por ano.”
Caio Prado JR, em: História Econômica do Brasil.
O sentido marcante de nossa colonização e de todo o continente americano, com exceção apenas de partesda América do Norte, foi o de servir para o enriquecimento das metrópoles (as nações européias). Nossa colonizaçãofoi pensada e projetada, para fornecer açúcar, tabaco e alguns outros gêneros; mais tarde, ouro e diamantes; depois,algodão e, em seguida, café, para o comércio europeu.
Isso ocasionou algumas marcas na economia e na sociedade brasileira, e, em alguns casos, essas marcaspermanecem até hoje, tais como:
� utilização das melhores terras para produção de produtos para a exportação e não para produzir alimentos para a população;
� povoamento efetivo na faixa litorânea para facilitar o escoamento da produção para os portos;
� construção de uma estrutura econômica totalmente atrelada, e dependente dos centros mundiais do capitalismo;
� permanência de classes dirigentes locais em estreita aliança com grupos econômicos, aliados da metrópole, que resistem
às mudanças sociais, gerando uma elite pequena, de altíssima renda, em detrimento da maioria da população, com baixa
renda e servindo como força de trabalho barata;
� controle total da economia pelos representantes da metrópole, enviando grande remessa de lucros à colônia.
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FORMAÇÃO SÓCIO-
ECONÔMICA BRASILEIRA
O CENTRO E A PERIFERIA
A industr ia l ização foi um momento do
desenvolvimento do capitalismo que criou, determinou a
formação, organização e o planejamento do espaço
geográfico moderno. Sendo assim, podemos afirmar que
foi a industrialização que determinou a formação, construção
e ordenação do espaço geográfico brasileiro, na medida
que a atividade fabril baseada na relação de trabalho assalariada
resultou no chamado capitalismo pleno ou industrial.
A industrialização no Brasil inicialmente ocorreu de
forma indiscriminada e desordenada no final do século
passado, no período em que foi abolida a escravidão oficial
no país (pois volta e meia aparecem notícias, nos principais
meios de comunicação, denunciando casos de escravidão
e cárcere privado, em plena sociedade da aldeia global da
internet), e se assiste a uma expansão da relação assalariada.
Logo em seguida ela toma outra forma, mais organizada
e planejada.
Com a concentração industrial no sudeste,
particularmente em São Paulo, projeta-se uma nova forma
de organização do espaço, a partir do momento em que a
indústria torna-se o setor mais importante da economia
brasileira, o espaço geográfico brasileiro fica cada vez mais
integrado, gerando uma maior dependência entre os vários
pontos do território nacional.
Dessa maneira, a economia brasileira encontrava-se
fragmentada regionalmente no início do século XX.
Formando pequenos pólos industriais como vimos, mas
não havia ainda um espaço nacional, um espaço geográfico
integrado de fato no país. Mas, com o avanço da
industrialização, foi ocorrendo uma maior integração entre
os vários pólos, articulados agora através da expansão das
redes de transportes, inicialmente, as ferrovias e, nas últimas
décadas, as rodovias. Essas redes foram construídas com o
objetivo de ligar e integrar essas diversas áreas do Brasil aos
dois principais municípios brasileiros, São Paulo e Rio de
Janeiro. Passa dessa forma a haver uma interdependência
dos diversos pólos produtores, nascendo assim, fruto do
planejamento do Estado em associação com a elite
dirigente do Brasil, uma divisão territorial do trabalho, através
da qual a Elite burguesa, concentrada entre o Rio de Janeiro
Modelo Econômico Brasileiro
1
Modelo Econômico Brasileiro Geo
grafia
e São Paulo, passa a fornecer bens industrializados às demais
áreas, das quais recebe matérias primas e produtos agrícolas.
Resumindo, o Sudeste passa a desempenhar o papel de
Centro do sistema industrial brasileiro e as demais regiões,
o papel de periferia da economia brasileira, por comparação
com o sistema capitalista mundial, centro e periferia.
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
A economia brasileira revela historicamente alguns
períodos de intenso crescimento, como, por exemplo, o
denominado “milagre brasileiro” (1969 - 1973), em que
os indicadores de produção e consumo apresentam uma
evolução muito acentuada, embora socialmente excludente,
para uma política econômica altamente recessiva.
Avalie a variação anual do PIB no Brasil no período de
1989-2002 (%), que revela o crescimento da economia,
e também o do “PIB per capita” (antigamente chamado
“renda per capita”), que resulta da divisão do valor do PIB
(em US$) pelo número de habitantes da respectiva época.
Os fatores determinantes desse processo de
concentração de renda são históricos, mas os sucessivos
arrochos sa lar ia is , o enfraquecido poder
reiv indicatór io das c lasses trabalhadoras
(acentuadamente nas ditaduras de 1937-1945 e 1964-
1985), a farta disponibilidade de mão-de-obra (em
geral, de baixa qualificação) estão entre os principais.
BRASIL DESENVOLVIDO E
POBRE
Depois da Segunda Guerra Mundial, além de um
crescimento sem precedentes na economia capitalista
mundial, ocorre uma rápida descentralização dos parques
industriais, então praticamente exclusivos de países tais
como EUA, Reino Unido, Alemanha, França e Japão. Já
naquele momento histór ico, exist iam muitos
conglomerados transnacionais (antes denominados
“multinacionais”) com sede nesses países. A partir de então
se inicia um processo de abertura de filiais em países
capitalistas periféricos ou subdesenvolvidos.
Um seleto grupo de países, como o Brasil, a Argentina,
o México, etc., passa a receber investimentos diretos da
indústria, em troca de uma série de vantagens ao capital
estrangeiro, entre as quais: baixo custo da mão-de-obra,
mercado consumidor interno em expansão; facilidades para
a remessa de lucros e ausência de legislação de proteção
ao meio ambiente.
Passamos a receber, desde então, a conotação de
“país subdesenvolv ido industr ia l izado”, pois as
transformações que promoveram a saída de nossa
economia do plano agroexportador para o plano industrial
e de exportação de produtos manufaturados não eliminaram
as duas características básicas e inerentes a qualquer país
subdesenvolvido: dependência econômica do exterior e
desigualdades sociais acentuadas.
DÍVIDA EXTERNA
A partir da década de 70, o Brasil internacionalizou a
sua economia, através de capitais estrangeiros.
Esses capitais vieram na forma de empréstimos e
investimentos diretos no setor produtivo.
Devido aos acordos firmados, a nossa balança
comercial deveria ser favorável, gerando divisas para honrar
a dívida externa. Diminuir as importações e aumentar as
exportações passaram a ser os fatores mais importantes da
nova política econômica.
Fonte: IBGE em 2003.
2
Modelo Econômico Brasileiro
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a
POPULAÇÃO
ECONOMICAMENTE ATIVA
Brasil expulsa da produção 70% de sua mão-
de-obra
O Brasi l expulsa 70% de sua população
economicamente ativa do processo produtivo, por não ser
capaz de lhes proporcionar um bom nível educacional.
Apenas 12% dos brasileiros estão preparados para
produzir em uma sociedade tecnologicamente moderna.
Os dados são do relatório da Organização das Nações
Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que aponta o
Brasil como “um dos países mais viáveis do mundo”, mas
reconhece que nenhuma economia pode estabilizar-se com
tais desequilíbrios estruturais da sociedade.
Helena Daltro, in O Estado de S. Paulo, 7/2/1999.
Como já sabemos a PEA está integrada aos vários
setores das atividades econômicas modernas.
A população ativa distribui-se em três setores,
chamados atividades econômicas:
Primário: refere-se a todos os trabalhos relacionados
à terra, campo (agricultura, pecuária ou extrativismo);
Secundário: todas as pessoas que trabalham em
atividades industriais;
Terciário: todas as pessoas que trabalham ou prestam
serviços (no comércio, em bancos, telecomunicações,
transporte coletivos — ônibus, barcos, trens, aviões etc., no
serviço público em geral, na educação, no serviço médico-
hospitalar, vendedor ambulante (em certos lugares do Brasil,
camelô ou marreteiro), serviços de lazer — bares, clubes,
profissionais autônomos, etc.)
Por outro lado, nos países pobres, isto é, em
desenvolvimento, como o Brasil, o grande surto de
aumento da população residente nas cidades não foi
acompanhado do processo de industrialização, ocorrendo
dessa maneira um desequilíbrio, ou seja, gerou uma massa
de desempregados, ou de subempregados, nas cidades. As
pessoas, como não encontram empregos condignos, com
salários razoáveis, acabam por disfarçar o seu desemprego
com atividades inúteis, do ponto de vista da economia do
país, ou de baixíssima remuneração. É o caso dos
vendedores ambulantes, marreteiros, camelôs, que vendem
chocolate, laranja, flores, cigarros, ou miudezas nos
cruzamentos das cidades, em praças, ou de porta em porta,
os guardadores de carros, as prostitutas de rua ou de casas
noturnas etc.
Esse grupo de trabalhadores, chamados de
subempregados (por não terem direitos trabalhistas, uma
vez que eles não têm registro em carteira de trabalho), são
discriminados, muitas vezes confundidos com marginais ou
bandidos. É preciso lembrar que, nos chamados países do
terceiro mundo, o setor terciário mesmo quando atinge
níveis percentuais equivalentes ao mundo desenvolvido, na
realidade, é qualitativamente diferente, ou seja, no terceiro
mundo a massa de empregados no setor terciário é
constituída, como vimos acima, de subempregados, e no
primeiro mundo são empregados em atividades de alta
tecnologia, lazer, pesquisa etc.
O Brasil, embora tenha se modernizado com a
industrialização tardia e dependente, não repetiu a trajetória
dos países desenvolvidos. O setor Secundário nunca chegou
a absorver a maior parte dessa população vinda do campo,
como aconteceu na Europa, no Japão e nos EUA. O que
aconteceu foi um intenso crescimento do comércio e
serviços, que f icou conhecido como hipertrof ia
(crescimento muito rápido e excessivo.) ou inchaço do
Setor Terciário, além é claro, dos problemas urbanos
modernos, tais como: os mais variados tipos de violência,
favelas, analfabetismo, carência alimentar (fome), carência
médica (aumento gradativo das taxas de mortalidade),etc.
E com a política de estabilização econômica, foi no
setor de serviços que ocorreram as maiores altas de preços
depois do Plano Real, cresceu 5,7% em 1995 e 13,8%
em 1996. É o setor mais dinâmico da economia na
atualidade e vem absorvendo parcialmente o contingente
de mão-de-obra dispensado pela indústria. Esse predomínio
3
Modelo Econômico Brasileiro Geografia
é observado em todas as economias capitalistas modernas.
Em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, o setor
de serviços responde por cerca de 70% da economia. É
fácil entender esse fenômeno. Conforme as pessoas vão
enriquecendo, o perfil de suas necessidades muda. Os bens
materiais mais comuns já estão garantidos e há maior procura
por satisfação das necessidades de lazer, cultura, informação,
etc. Por outro lado, como a indústria e a agricultura são
altamente produtivas, não ocupam muita mão-de-obra e
os seus produtos ficam mais baratos. Além disso, é no
setor de serviços que estão acontecendo as principais
inovações, como criações de produtos de telecomunicação
e voltados ao entretenimento. No Brasil, os segmentos
mais promissores são o turismo, as telecomunicações e
os serviços ligados à infra-estrutura.
O Lugar no Espaço
Com o papel que a informação e a comunicação
alcançaram em todos os aspectos da vida social, o cotidiano
de todas as pessoas assim se enriquece de novas
dimensões. Entre estas, ganha relevo a sua dimensão
espacial, ao mesmo tempo em que esse cotidiano
enriquecido se impõe como uma espécie de quinta
dimensão do espaço banal, o espaço dos geógrafos.
Através do entendimento desse conteúdo geográfico
do cotidiano, poderemos, talvez, contribuir para o
necessário entendimento dessa relação entre espaço e
movimentos sociais, enxergando na materialidade, esse
componente imprescindível do espaço geográfico que é,
ao mesmo tempo, uma condição para a ação; uma
estrutura de controle, um limite à ação; um convite à ação.
Nada fazemos hoje que não seja a partir dos objetos que
nos cercam.
O espaço inclui, pois, essa “conexão materialística
de um homem com o outro” de que falam Marx e Engels
na Ideologia Alemã (1947, p.18-19), conexão que “está
sempre tomando novas formas”. A forma atual, conforme
já vimos, supõe informação para o seu uso e ela própria
constitui informação, graças à intencionalidade de sua
produção. Como hoje nada fazemos sem esses objetos
que nos cercam, tudo o que fazemos produz informação.
A localidade se opõe à globalidade, mas também se
confunde com ela. O Mundo, todavia, é nosso estranho.
Entretanto se, pela sua essência, ele pode esconder-se,
não pode fazê-lo pela sua existência, que se dá nos lugares.
No lugar, nosso Próximo, se superpõem, dialeticamente,
o eixo das sucessões, que transmite os tempos externos
das escalas superiores e o eixo dos tempos internos, que
é o eixo das coexistências, onde tudo se funde, enlaçando,
definitivamente, as noções e as realidades de espaço e de
tempo.
No lugar - um cotidiano compartido entre as mais
diversas pessoas, firmas e instituições - cooperação e
conflito são a base da vida em comum. Porque cada qual
exerce uma ação própria, a vida social se individualiza; e
porque a contigüidade é criadora de comunhão, a política
se territorializa, com o confronto entre organização e
espontaneidade. O lugar é o quadro de uma referência
pragmática ao mundo, do qual lhe vêm solicitações e
ordens precisas de ações condicionadas, mas é também o
teatro insubstituível das paixões humanas, responsáveis,
através da ação comunicativa, pelas mais diversas
manifestações da espontaneidade e da criatividade.(Adaptado do l ivro: “A natureza do espaço” Mil ton
Santos, ed. Hucitec, São Paulo - 1996).
1234123412341234123412341234
01 02Explique por que a expansão marítimo-comercial
inaugurou uma nova geografia para o mundo.
Pois antes das grandes navegações, o mundo tal como
conhecemos era limitado ao “Velho Mundo”, ou seja: a
Europa o Norte da África e a parte ocidental da Ásia.
Com a expansão territorial colonial o mapa do mundo se
ampliou.
Podemos afirmar que a economia de mercado, a partir
do século XV, funcionou como uma grande bomba de
sucção das riquezas das colônias. Justifique sua resposta.
Sim, como o sistema colonial estabeleceu relações de
dominação política e exploração econômica ao “Novo
Mundo”, as riquezas das colônias foram “sugadas” para
as metrópoles.
4
Modelo Econômico Brasileiro
Geografia 12345
12345123451234512345123451234512345
01 Explique o que é divisão internacional do trabalho.
Por que o pioneirismo lusitano nas grandes navegações
foi fator determinante para projetar Portugal como uma
grande nação?
Cite três fatores que caracterizaram o projeto colonial
português.
Quais os pólos econômicos do Brasil no final do século
XIX e início do XX?
02
03
04
05 Por que a industrialização concentrou-se em São Paulo e
Rio de Janeiro?
Como era a organização do espaço geográfico brasileiro
antes da industrialização?
Podemos afirmar que a industrialização modernizou o
Brasil em todos os aspectos. justifique?
06
07
12345123451234512345123451234512345
01 (USP) Conceitue: O espaço geográfico brasileiro.
(PUC-Rio) A partir dos conhecimentos sobre a formação
do território brasileiro e suas implicações, pode-se
concluir:
a) A ocupação do território brasileiro teve inicio no centro e
evoluiu em direção à sua periferia.
b) A grande produção de grãos, no Brasil, se estendeu para
o oeste, em razão da numerosa mão-de-obra existente.
c) A transformação do Brasil em país urbano industrial
ocorreu com o decréscimo da população rural e com o
crescimento da população ocupada no setor secundário.
d) O Nordeste conseguiu modificar as estruturas oriundas
do processo de ocupação do seu espaço.
e) A divisão do Brasil em cinco macrorregiões tem como
objetivo fortalecer as ilhas econômicas que se formaram
ao longo do litoral.
(PUC-SP) Com base nos conhecimentos sobre o
espaço industrial brasileiro, suas características e
implicações, pode-se afirmar:
a) O processo de descentralização industrial do Brasil ocorreu
quando as indústrias foram instaladas mais uniformemente
em todas as regiões.
b) O MERCOSUL beneficia a industrialização do Sudeste e
Sul, em razão da proximidade dos mercados dos países
participantes.
c) Os incentivos criados pelo governo beneficiam apenas a
industrialização do Nordeste, gerando um grande
aumento de renda para os estados da região.
d) O processo de industrialização iniciou-se em São Paulo,
em razão do espírito empreendedor dos brasileiros
oriundos do Nordeste.
e) O avanço tecnológico que desemprega mão-de-obra não
atinge as áreas de industrialização mais antigas.
(USF) Sobre a ocupação da Amazônia, é correto afirmar:
a) A efetiva ocupação da Amazônia resultou da construção
de Brasília e do êxito dos projetos agropecuários.
b) As grandes riquezas minerais da Amazônia foram o
estimulo para sua ocupação no inicio do século XX.
c) A ocupação da Amazônia, na década de 70, tornou-se
uma realidade, devido à concessão de incentivos fiscais a
grandes empresas que lá se instalaram.
d) O governo tenta a ocupação de toda a Amazônia, atraindo
contingentes populacionais, com a criação da SUDECO.
e) A Zona Franca de Manaus se consolidou na Amazônia.
(UFSM-RS) Associe a 2a coluna à 1a, considerando os
tipos de industrias e dos bens produzidos:
(1) Indústria de base
(2) Indústria leve
(3) Indústria pesada
(4) Indústria de bens de consumo
(5) Indústria de bens de capital
( ) Grandes toneladas de matérias-primas e fonte de energia.
( ) Máquinas e ferramentas.
( ) Bens semi-acabados.
( ) Bens que se extinguem rapidamente.
( ) Pequena quantidade de matéria-prima e mão-de-obra
numerosa.
Escolha a alternativa correta:
a) 3 - 5 - 1 - 4 - 2
b) 1 - 4 - 2 - 3 - 5
c) 2 - 1 - 3 - 5 - 4
d) 5 - 3 - 4 - 2 - 1
e) 4 - 2 - 5 - 1 - 3
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05
5
Modelo Econômico Brasileiro Geografia
(PUC-PR) A divisão das atividades econômicas em três
setores é atribuída a Colin Grant Clark, que a fez há mais
de 5 décadas, quando a economia mundial se apresentava
sem amplitude, a densidade e a complexibilidade atuais. É
muito difícil, atualmente, entender-se, por exemplo, essa
setorização na exportação de uma jazida mineral, a
produção de eletroeletrônicos ou na condução de uma
empresa de transportes. A pesquisa, a automação e os
procedimentos mercadológicos permeiam
aproximadamente os três setores em tais níveis que
praticamente as diferenças perderam os sentidos. Um
exemplo de complicação é a tendência atual de as empresas
contratarem outras para a execução de uma série de tarefas
específicas. Esse procedimento é chamado de:
a) marketing;
b) terceirização;
c) robotização;
d) sondagem;
e) diagnose.
06 07
(USF-SP) A crescente automação, no mundo do
trabalho, tem contribuído para:
a) o aumento do número de funções profissionais.
b) a diminuição do nível de escolaridade exigido do
trabalhador.
c) o aumento das oportunidades de emprego no setor
industrial.
d) o favorecimento de trabalhadores menos qualificados.
e) o desemprego estrutural.
a) o crescimento acelerado de uma economia informal.
b) o processo industrial de substituição de importações.
c) a exigüidade dos espaços economicamente produtivos.
d) os diferentes processos históricos de ocupação do
espaço.
e) o fechamento dos mercados de trabalho gerando
subemprego.
(UFRJ) Observando, no mapa abaixo, as regiões que
concentram maior e menor número de pessoas abaixo
da linha de pobreza, pode-se apontar como uma das
causas deste “apocalipse social”:
PERCENTUAL DE POPULAÇÃO ABAIXO DA LINHA DE POBREZA
6
Extrativismo no Brasil
Geo
grafi
a 1234123412341234123412341234123412341234
1234123412341234123412341234
As atividades extrativas, como bem se sabe, foram os primórdios da atividade econômica humana,notadamente a pesca, a caça e a coleta de produtos vegetais comestíveis.
São ainda hoje denominadas atividades primárias juntamente com a agropecuária.
EXTRATIVISMO VEGETAL
As atividades extrativas vegetais iniciaram-se com
a exploração do pau-brasil pelos colonizadores portugueses,
o que contribuiu apenas para a devastação de nossas
florestas. Nos dias de hoje, o extrativismo vegetal é também
praticado sob formas mais modernas de extração, embora
o processo constitua-se em atividade de mínima importância
econômica para o País, pois emprega em torno de apenas
2% da população economicamente ativa.
Ressalte-se aí, a relativa expressão que essa atividade
acarreta em regiões como a Amazônia, onde a atividade
está intimamente coordenada por empresas agroindustriais
ou comerciais para a extração do látex, por exemplo, ou
no sul do País para a extração de madeiras como o pinheiro,
na Mata das Araucárias.
Falamos em relativa expressão porque aí se questiona
a exploração não planejada e não criteriosa que acarreta
problemas ambientais que geram maiores prejuízos do que
aquele lucro obtido em termos econômicos.
Hoje, o Brasil é um país urbano-industrial; mesmo
assim, o extrativismo vegetal se constitui em importante
atividade econômica, principalmente para a população que
vive nas áreas afastadas dos grandes centros urbanos.
Quase sempre o extrativismo é acompanhado por
outras atividades, como a agricultura e a pecuária de
subsistência.
Entre os produtos extrativos, destacam-se: madeira,
borracha, castanha-do-pará, babaçu, carnaúba, erva-mate,
oiticica e piaçava.
PINHEIRO
Área de ocorrência: Planalto Meridional.
Cient i f icamente conhecida como Araucária
angustifolia ou A. brasiliensis, esta árvore típica do estado
do Paraná em regiões onde ocorrem geadas, até a década
de 1950, foi a madeira mais explorada economicamente
no nosso país com grande aplicação em marcenaria,
carpintaria, construção civil e na fabricação do papel.
A árvore, de porte imponente, tem a copa achatada,
ramos em candelabro e alcança cerca de 30 metros de
altura e 1,50 metro de diâmetro. Seu crescimento é lento,
embora, comparativamente, seja mais rápido do que o das
madeiras de lei e fornece ainda o fruto – pinhão –, que é
comestível.
A devastação rápida das florestas de pinheirais deveu-
se pela característica de homogeneidade e, portanto, pela
facil idade em ser explorada. Na década de 60 a
comercialização do pinheiro inicia sua crise.
ERVA-MATE
Área de ocorrência dos bosques nativos: Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, com extensões ao Mato
Grosso do Sul.
A coleta das folhas desse arbusto é realizada da
seguinte forma: roça-se à foice a vegetação de pequeno
porte e poda-se as árvores para limitar o seu crescimento e
facilitar a colheita. Após esta, é realizada a secagem, ou seja,
os ramos enfolhados que foram podados são passados
rapidamente pela chama de uma fogueira. A seguir, o mate
é levado à secagem e as partes a serem aproveitadas são
trituradas e peneiradas.
Para o chimarrão utiliza-se o resíduo fino de
peneiragem, submetido à nova secagem.
Embora a produção anual seja insuficiente para o
consumo interno, a maior parte da produção destina-se à
exportação.
OUTROS PRODUTOS
Entre os vários produtos extrativos também vamos
encontrar: a piaçava, fibra utilizada na confecção de vassouras;
a oiticica, cujo óleo é uti l izado na fabricação de
anticorrosivos, tintas e vernizes; o açaí, fruto utilizado no
preparo de produtos alimentares; além de palmitos, fibras
vegetais e ervas medicinais.
Extrativismo no Brasil
1
Extrativismo no Brasil Geo
grafia
EXTRATIVISMO MINERAL
MINÉRIO DE FERRO
O Brasil possui gigantescas jazidas de minério de ferro
localizadas em terrenos proterozóicos (algonquianos), que
geralmente aparece combinado com o oxigênio, o carbono,
o enxofre e outros elementos.
As maiores reservas encontram-se no Quadrilátero
Ferrífero, em Minas Gerais, e na Serra dos Carajás, no
Pará, sendo a principal atividade extrativa do País.
A exploração em Minas Gerais é feita por duas vias:
pelo Vale do Rio Doce, que exporta pelo porto de Tubarão,
no Espírito Santo, e pelo Vale do Paraopeba, para o Rio de
Janeiro, por onde é exportado.
No Pará, na Serra dos Carajás, os recursos para a
exploração do ferro foram obtidos por meio de
empréstimos feitos pelo projeto Grande Carajás. Foram
realizadas obras como: a estrada de ferro Carajás/São Luís,
o porto Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão, e a
hidrelétrica de Tucuruí, no Rio Tocantins, para a exportação
não só do ferro, como do manganês e do alumínio.
O Maciço de Urucum, no Mato Grosso do Sul,
encontra sérios desafios para a sua exploração, devido à
grande distância dos centros consumidores e à falta de infra-
estrutura para escoamento da produção. A maior parte da
produção de ferro do Brasil é exportada para o Japão e os
países da União Européia e o restante é utilizado nas
indústrias siderúrgicas locais.
MINÉRIO DE MANGANÊS
O manganês é de grande importância para a siderurgia,
pois, associado ao ferro, possibilita a fabricação de aços
especiais de grande dureza. Na indústria química contribui
para a fabricação do vidro e de baterias elétricas.
As maiores reservas encontram-se na Serra dos
Carajás, no Pará; no Maciço de Urucum, no Mato Grosso
do Sul; no Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, e
também o encontramos na Bahia e no Mato Grosso.
Cerca de 75% da produção brasileira vem do Amapá,
através da Icomi, subsidiária da empresa estadunidense
Bethlehem Steel Corporation. Durante cinqüenta anos essa
empresa poderá explorar a jazida da Serra do Navio, prazo
esse que se esgotará no ano de 2003. Toda essa produção
de manganês tem um destino certo, os Estados Unidos,
através da ferrovia que liga a jazida ao porto de Santana, no
Amapá.
Na Serra dos Carajás, a exploração é para abastecer
o mercado externo, mas já existem estudos para o
abastecimento do mercado brasileiro. No Maciço de
Urucum, a exploração visa ao mercado externo, como a
Argentina e o Paraguai, sendo realizada através do Rio
Paraguai, pelo porto de Corumbá.
O Brasil praticamente é abastecido pelas jazidas de
Minas Gerais.
ESTANHO
O estanho tem grande apl icação industrial,
contribuindo para a composição de ligas metálicas e na
fabricação de folha-de-flandres (lata).
O principal minério do estanho é a cassiterita.
2
Extrativismo no Brasil
Geo
grafi
a
No Brasil, a ocorrência e produção são destacadas
em Rondônia, que contribui com 70% do total nacional.
ALUMÍNIO
A bauxita é o principal minério de alumínio, que, por
sua vez, possibilita enorme utilização industrial na construção
civil, na siderurgia, na indústria de utensílios domésticos e
eletrodomésticos, na indústria automobilística, na indústria
aeronáutica, etc.
FONTES ENERGÉTICAS
PETRÓLEO
Até o início da década de 70, o petróleo nacional era
produzido em pequena quantidade (apenas no Nordeste),
pois seu preço internacional era baixo e a Petrobrás
concentrava seus investimentos na construção de refinarias.
Mais de 80% do que consumíamos era importado,
principalmente de países do Golfo Pérsico. Os “choques”
(aumentos de preços internacionais) de 1973 e 1979
mudaram o curso dessa história, pois o petróleo passou a
significar um grande aumento no déficit de nossa balança
comercial. Desde então, a prioridade passa a ser a auto-
suficiência interna, com aumento da prospecção e produção
própria, bem como a adoção de medidas de contenção do
consumo de derivados.
O declínio da produção verificado a partir de 1985-
86 é explicado pela queda dos preços internacionais e pela
crise financeira vivida pela Petrobrás desde então.
� Bacia de Campos
Rio de Janeiro. Possui poços submarinos com exploração
na plataforma. Lidera a produção nacional.
� Bacia do Recôncavo Baiano
Na Bahia, cuja produção vem principalmente de poços
terrestres.
� Bacia do Nordeste
Sergipe, Rio Grande do Norte e Ceará apresentam grande
produção, principalmente na plataforma continental.
� Bacia do Espírito Santo
A maior parte de sua produção é obtida em poços
submarinos.
A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REFINARIAS
DE PETRÓLEO
As refinarias de petróleo processam a fase inicial do
petróleo e a separação dos seus derivados, como: óleo
diesel, querosene, gasolina, nafta, asfalto, lubrificantes, etc.
3
Extrativismo no Brasil Geo
grafia
CARVÃO MINERAL
O carvão mineral é uma rocha sedimentar de origem
orgânica, ou seja, originário de transformações de vegetais
que se desenvolveram em grande quantidade em certas
regiões da Terra, principalmente na Era Paleozóica.
Esses vegetais, devido às instabilidades geológicas,
foram cobertos por sedimentos, dando origem ao carvão.
Conforme seu estágio de formação, apresenta maior ou
menor poder calorífico, podendo ser utilizado em diversas
atividades, conforme a necessidade energética.
ÁLCOOL
O álcool pode ser produzido a partir de numerosos
vegetais: cana-de-açúcar, batata, cevada, etc. Desde épocas
remotas, ele é usado em bebidas alcoólicas, como
anestésico e como desinfetante. Mas, de alguns anos para
cá, diante da duração limitada das reservas de petróleo e de
carvão, já que estes combustíveis não são renováveis pela
natureza, surgiu a preocupação em aproveitar o álcool como
fonte de energia.
Neste sentido, destaca-se a Rússia que, para tanto,
desenvolve grandes plantações de eucalipto, e o Brasil, que
produz álcool combustível a partir da cana-de-açúcar.
Devido à dependência do petróleo importado e,
sobretudo, à elevação dos preços desse produto no
mercado internacional, ocorrida em meados da década de
70, o governo brasileiro instituiu o Programa Nacional do
Álcool (Proálcool).
Assim, estimulada por incentivos governamentais e
com o emprego de tecnologia própria, a produção nacional
cresceu bastante, principalmente na primeira metade da
década de 80. Dessa maneira, o álcool passou a ter uma
presença significativa como fonte de energia, sendo utilizado
como combustível de veículos automotores. Com isso,
tornou-se uma fonte alternativa para o consumo da gasolina,
que é derivada do petróleo.
XISTO
Ocorrência: Vale do Rio Paraíba do Sul e nos terrenos
permianos do sul do Brasil, desde o Rio Grande do Sul até
São Paulo, na bacia sedimentar do Paraná.
No século passado, o xisto era explorado em países
como Estados Unidos e França. O uso do petróleo pelo
mercado mundial popularizou e barateou mais este produto,
que passou a ser um amplo substitutivo, tornando a
produção do xisto antieconômica.
O Brasil está entre os países de maior reserva mundial
de xisto e tem desenvolvido, principalmente nos terrenos
localizados na formação Irati (área de terrenos sedimentares
do Período Permiano), em São Mateus do Sul (PR), uma
tecnologia própria de industrialização.
O xisto, ou o folhelho pirobetuminoso, tem seu alto
valor em virtude de ser uma rocha sedimentar com alto
teor de hidrocarbonetos podendo, portanto, uma vez
industrializado, derivar óleo mineral, gás natural e também
enxofre (matéria-prima para a indústria de fertilizantes). A
produção brasileira atual ainda não é economicamente viável
para o consumo em grande escala, em função do alto custo.
4
Extrativismo no Brasil
Geo
grafi
a
ENERGIA NUCLEAR
A definição do Programa Nuclear Brasileiro começa
com a formação, em 1967, de um grupo de trabalho
composto pela Eletrobrás, Ministério de Minas e Energia,
Conselho de Segurança Nacional e a Comissão Nacional
de Energia Nuclear.
Porém, foi apenas em 1969 que o Brasil comprou
da Westinghouse sua primeira usina termonuclear: Angra I.
A base de funcionamento dessa usina é o urânio enriquecido
e, como o Brasil não era detentor dessa tecnologia, deveria
importar o tipo de urânio a ser consumido.
No Caminho
“Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada ”.
Eduardo Alves da Costa, em: No caminho, com Maiakóvski.
12345123451234512345123451234512345
01 Podemos aceitar que o espaço geográfico brasileiro (as
regiões), foi projetado, isto é, planejados? Justifique.
12345123451234512345123451234512345
01
Sim, para que o Brasil pudesse ser integrado e articulado
economicamente, garantindo a integridade física do
território.
A localização espacial das usinas siderúrgicas de grande
porte no Brasil subordinou-se:
a) ao planejamento governamental de suas instalações.
b) à localização das matérias-primas, mercado consumidor
e rede de transportes.
c) à localização das fontes de energia.
d) à localização dos depósitos de carvão e minério de ferro.
e) ao processo de urbanização e desenvolvimento da rede
ferroviária.
A respeito do Programa Grande Carajás, assinale a
alternativa incorreta.
a) O programa foi elaborado pela Companhia Vale do Rio
Doce e constitui o elo nacional no processo de formação
das multinacionais.
b) O “ar nacional” do empreendimento visa dar atendimento
às necessidades dos países industrializados capitalistas.
c) Insere o país no sistema financeiro internacional, através
do endividamento que dobrará a dívida externa.
d) Incentiva o desenvolvimento do capitalismo monopolista,
na qual a solução interna é encontrada nas necessidades
externas dos outros.
e) Conta com uma legislação ambiental rigorosa,
acompanhada de projetos eficazes de proteção da
natureza.
As principais jazidas brasileiras de manganês estão situadas:
a) no Amapá, em Minas Gerais e no Mato Grosso do Sul.
b) no Rio Grande do Norte, em Minas Gerais e no Pará.
c) na Bahia, no Paraná e em Minas Gerais.
d) no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e na Bahia.
e) em Alagoas, São Paulo e Minas Gerais.
Sobre a atividade mineradora no Brasil, assinale a única
alternativa correta:
a) As maiores reservas nacionais de ferro encontram-se
em Carajás, no Pará, e abastecem principalmente as
siderúrgicas do Sudeste.
b) O estanho, essencial na produção do aço, é o único dos
principais minerais metálicos não produzido em Carajás.
c) A bauxita, minério de manganês, tem reservas abundantes
no Pará, Amazonas e Minas Gerais, e exige muita energia
para a sua produção.
d) O petróleo, importado pelo Brasil na sua maior parte, é
extraído principalmente na plataforma continental, desde
o Nordeste até o Sudeste.
e) O manganês, retirado da Serra do Navio, no Amapá,
forma hoje depósitos estratégicos nos Estados Unidos.
02
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5
Extrativismo no Brasil Geo
grafia
Analise as afirmações abaixo sobre o consumo de energia
no Brasil:
I) Apesar do consumo em declínio, a lenha ainda é fonte de
energia muito usada para fins industriais no país, como as
siderúrgicas, o que resulta na extinção de grande parte
das florestas.
II) A mais importante fonte de energia limpa e renovável
utilizada no país é a hidroeletricidade, cuja produção é a
que mais cresceu nos últimos anos.
III) A energia nuclear não tem grande participação no contexto
energético, principalmente porque as reservas de urânio
são insuficientes para atender à demanda.
IV) carvão mineral só não é mais utilizado por causa de seu
preço, já que o importado, de melhor qualidade, é mais
barato.
Estão corretas:
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) I e IV
No Brasil, as concentrações minerais localizadas no
Quadrilátero Ferrífero e em Carajás formaram-se na era
geológica.
a) Pré-cambriano.
b) Paleozóica.
c) Mesozóica.
d) Cenozóica.
e) Quaternária.
Na tabela abaixo, cada porto brasileiro movimenta um
produto mineral dominante. Assinale a associação correta.
05 06
07
1234123412341234123412341234
01 (IESDE) Os mapas I e II destacam, respectivamente, a
predominância dos seguintes usos da terra:
a) Pecuária melhorada / Pecuária primitiva.
b) Grande agricultura comercial / Extrativismo vegetal.
c) Pecuária melhorada / Pequena agricultura comercial e de
subsistência.
d) Pecuária primitiva / Extrativismo vegetal.
e) Pequena agricultura comercial e de subsistência / Grande
agricultura comercial.
(ACAFE-SC) “O Pantanal vai tornar-se Patrimônio Natural
da Humanidade. O título será atribuído pela UNESCO
(...)”
(O Estado de São Paulo - 16/08/2001)
Sobre o assunto, considere as afirmações:
I - O Pantanal cobre parte dos estados de Mato Grosso e
02
Mato Grosso do Sul, além de trechos da Bolívia e Paraguai.
II - Trata-se da maior planície alagada do planeta e possui um
dos mais importantes ecossistemas do mundo.
III - A área, de origem geológica muito antiga, alterna períodos
secos (no verão) e alagados (no inverno) devidos as
cheias do Rio Paraguai, fator responsável pela diversidade
do ecossistema.
IV - Segundo ambientalistas, apesar do recente
desenvolvimento econômico da região Centro-Oeste,
o Pantanal não corre sérios riscos de degradação, fato
que motivou a atribuição do título.
São verdadeiras:
a) apenas I, II e III
b) apenas I, II e IV
c) apenas I e II
d) apenas III e IV
e) I, II, III e IV
(PUC-Rio) "Os depósitos de carvão mineral do Brasil
estão principalmente localizados na bacia sedimentar do
Paraná, em terrenos permocarboníferos. O Estado de
Santa Catarina é o principal produtor nacional, destacando-
se os municípios de Criciúma, Lauro Müller e Siderópolis.
O escoamento da produção é realizado pela E. F. Teresa
Cristina até os portos de Laguna e Florianópolis, e daí é
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Extrativismo no Brasil
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transportado pelos navios da Cia. Siderúrgica Nacional
até Angra dos Reis, destinando-se ao consumo da Usina
Siderúrgica Presidente Vargas, no Vale do Paraíba."
Aponte o erro existente no texto.
a) O transporte do carvão mineral é realizado pela E. F.
Teresa Cristina.
b) O carvão de Santa Catarina é utilizado pela Usina
Presidente Vargas.
c) A Usina Presidente Vargas está localizada no Vale do
Paraíba.
d) Os depósitos estão localizados na bacia sedimentar do
Paraná, em terrenos permocarboníferos.
e) O porto de Florianópolis escoa o carvão mineral
produzido nesse estado.
(PUC-PR) O Brasil em 1969 entra na era nuclear,
comprando uma usina de uma empresa americana (626
mil kw de potência). A usina em questão é a chamada:
a) Angra I, em funcionamento.
b) Angra II, em funcionamento.
c) Angra III, em construção.
d) Angra I, em construção.
e) Angra II, em construção.
(CEFET-PR) As usinas estão vinculadas ao acordo de
cooperação nuclear assinado em 1975, entre o Brasil e
04
a República Federal Alemã. As usinas em questão são:
a) Angra I e II.
b) Angra I e III.
c) Angra II e III.
d) Angra III e IV.
e) Angra II e IV.
(FUVEST-SP) Na última década, a ampliação das reservas
e da extração de petróleo no Brasil foi possibilitada pela
descoberta de novos campos localizados, principalmente,
nas bacias sedimentares:
a) do Amazonas.
b) da Plataforma Continental.
c) do Planalto Atlântico.
d) do Meio-Norte.
e) do Recôncavo Baiano.
(U.F. DIAMANTINA - MG) Em Rondônia, Serra dos
Carajás e Serra Pelada há, respectivamente, importantes
jazidas minerais de:
a) carvão, manganês e ouro.
b) cassiterita, ferro e ouro.
c) manganês, bauxita e ouro.
d) ouro, manganês e petróleo.
e) petróleo, ouro e bauxita.
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Assinale a alternativa que associa corretamente os portos
I e II aos principais produtos escoados.
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Agricultura e Pecuária
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A posse de terras no Brasil tem suas origens no período colonial, com as sesmarias, doadas pelo rei de Portugal aos
donatários, que se prontificavam a colonizar a nova terra com as características de exploração induzidas pelo governo
português, isto é, retirar da terra tudo aquilo que ela pudesse oferecer com vistas ao atendimento do mercado consumidor
europeu (observe que os anos se passaram e a base histórica ainda prevalece, embora sob um novo enfoque).
Emília Viotti da Costa, no capítulo Política de Terras no Brasil e nos Estados Unidos, no livro: Da Monarquia à
República; Momentos Decisivos, p.129, constata que, para doar terras, o rei “baseava-se na avaliação do pretendente,
o que implicava considerar o seu status social, suas qualidades pessoais e seus serviços prestados à coroa. Desta forma,
a aquisição de terras, apesar de regulamentada pela lei, derivava do arbitrium real e não de um direito inerente ao
pretendente”. Além dos trabalhadores livres da época colonial, pequenos agricultores estabeleciam-se em pedaços de
terra e dedicavam-se à agricultura de subsistência. Observa-se que, já naquela época, essa posse era ilegal e, semelhante
à ocupação dos atuais sem-terra, foram eles que formaram as pequenas propriedades rurais no Brasil de então.
A QUESTÃO DA TERRA E A
AGRICULTURA
O regime de sesmarias foi extinto em 1820 e em
seu lugar, 30 anos após, surge a legislação denominada: Lei
das Terras.
LEI DAS TERRAS
Se analisada em profundidade e detalhadamente,
vemos que essa lei surge para reafirmar a grande propriedade
no Brasil, pois, entre outras coisas, proibia a aquisição de
terras por outro meio que não a compra; elevava o preço
das terras; destinava o produto das vendas de terras à
importação de “colonos”, ou seja, de trabalhadores para a
grande lavoura; enfim, favorecia muito os fazendeiros de
café.
Em meados do século XIX ocorre a marcha do café,
que se faz de um modo agrícola itinerante e as terras
cansadas são retalhadas e voltadas para uma produção que
abastecia o mercado interno dos centros urbanos da época.
A divisão em pequenas propriedades intensifica-se a
partir de 1930 e continua “imprensada” até os dias de hoje
entre as grandes propriedades.
O ESTATUTO DA TERRA
Criado em 30 de novembro de 1964, em pleno
regime militar, regulamentado e transformado no Plano
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Agricultura e Pecuária
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Nacional de Reforma Agrária, em 1985, esse dispositivo
classifica os imóveis rurais em quatro categorias:
a) empresa rural;
b) minifúndio;
c) latifúndio por dimensão;
d) latifúndio por exploração.
Módulo rural é a unidade que servirá para a distinção
entre um minifúndio e um latifúndio e constitui-se em: “área
explorável que, em determinada posição do País, direta e
pessoalmente explorada por um conjunto familiar
equivalente a quatro pessoas adultas, correspondendo a
1.000 jornadas anuais, absorva-lhe toda a força de trabalho
em face do nível tecnológico adotado naquela posição
geográfica e, conforme o tipo de exploração considerado,
proporcione um rendimento capaz de assegurar-lhe a
subsistência e o progresso social e econômico”.
Empresa rural é o imóvel explorado econômica e
racionalmente que tenha área de um módulo até seiscentas
vezes esse valor.
Minifúndio é todo imóvel com área explorável
inferior ao módulo fixado para a respectiva região e tipos
de exploração nela ocorrentes.
Latifúndio por dimensão é todo imóvel com área
superior a seiscentas vezes o módulo rural médio fixado
para a respectiva região e tipos de exportação nela
ocorrentes.
Latifúndio por exploração é todo imóvel cuja
dimensão não exceda aquela admitida como máxima para
empresa rural (600 vezes o módulo rural), tendo área igual
ou superior à dimensão do módulo da região, mas que seja
mantida inexplorada em relação às possibilidades físicas,
econômicas e sociais do meio, com fins especulativos, ou
que seja deficiente ou inadequadamente explorada, de
modo a vedar-lhe a classificação como empresa rural.
Através da classificação estipulada pelo Estatuto da Terra,
o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária), atualmente extinto, fez em 1972 um cadastramento
dos imóveis rurais (e nos dias atuais o panorama não mudou
quase nada) e através deste, pode-se concluir, com absoluta
clareza, que as terras no Brasil estão mal distribuídas, o que
gera o subaproveitamento agrícola e os conflitos pela posse
de terras existentes até hoje.
Os conflitos pela posse de terras no Brasil estão,
infelizmente, longe de acabar. A concentração fundiária, o
descaminho da tão esperada Reforma Agrária – que se estende
como capítulos de novela – e a expansão de novas fronteiras
agrícolas são alguns dos fatores que geram grave problemática
no que se refere à posse de terras em nosso país.
Dois elementos destacam-se nesse cenário: os
posseiros e os grileiros. Os primeiros são lavradores
que ocupam, com suas famílias, pequenas extensões de
terra e não possuem o título de propriedade da mesma.
Algumas vezes trabalham em base familiar; outras em
base coletiva com outras famílias, produzindo gêneros
alimentícios para o próprio consumo e para a venda, e
abastecimento dos centros urbanos próximos.
Através dessas ocorrências verifica-se a necessidade
urgente do assentamento de famílias concretizadas com
uma Reforma Agrária bem estruturada, o que provocaria a
promoção da just iça social e um desentrave ao
desenvolvimento econômico do País.
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Estrutura Agrária Brasileira em 2000
PECUÁRIA
A domesticação de animais constituiu-se em atividade
paralela à agricultura, a partir do momento em que o homem,
nas comunidades primitivas, descobriu que, domesticando
alguns animais, poderia utilizá-los para o seu serviço e bem-
estar, seja no trabalho de tração, no transporte e na própria
alimentação.
Surge aí a atividade denominada pecuária, ou seja, a
arte e indústria da criação do gado.
Divide-se em criação de grandes animais como
bovinos, muares, eqüinos, suínos, ovinos e caprinos e de
pequenos animais como abelhas, aves e coelhos, entre
outros.
Os resultados da pecuária dependem, atualmente, não
apenas das condições naturais, mas também de técnicas
utilizadas na criação como a vacinação, o cruzamento, a
inseminação artificial, os estudos em zootecnia, entre
outros.
Os suínos, ovinos e bovinos são os rebanhos mais
importantes sendo os últimos os que mais produtos
oferecem ao homem.
A bovinocultura é, portanto, a mais praticada das
formas de criação e constitui o maior rebanho brasileiro.
A bovinocultura no Brasil é principalmente de animais
para corte.
A pecuária de corte é praticada sobretudo nas grandes
propriedades rurais e a pecuária leiteira é intensamente
praticada nas pequenas propriedades.
A pecuária bovina, em tempos coloniais, desenvolveu-
se sobretudo no Nordeste brasileiro em função de fatores
naturais e econômicos: mercado consumidor de couros e
carne garantido nos engenhos; presença do Rio São
Francisco; a não necessidade de grandes investimentos;
depósitos de sal-gema, importante na alimentação do gado;
relevo mais ou menos plano e com poucas barreiras
naturais.
Na primeira metade do século XX, surgem três outras
grandes áreas de criação de gado bovino: o Rio Grande do
Sul – gado europeu –, o Triângulo Mineiro – gado indiano
(zebu) –, e a Ilha de Marajó – gado bufalino.
A pecuária extensiva predomina no Brasil nas regiões
Nordeste e Centro-Oeste. Na região Norte, onde está
em fase de expansão, a pecuária extensiva também é a
mais praticada. No Sul e Sudeste, predomina a pecuária
intensiva onde há o cultivo dos campos destinados
exclusivamente para esse fim.
O rebanho bovino nacional é hoje um dos maiores
do mundo, embora a sua qualidade seja questionável e os
Estados que mais se destacam são: Rio Grande do Sul,
Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Segundo dados de 1992, os bois são os mais
numerosos, com 155 milhões de cabeças; seguidos pelos
suínos, com 34,5 milhões de cabeças; em terceiro lugar
vêm os ovinos, com 20 milhões de cabeças; em quarto
lugar, os caprinos, com 12 milhões de cabeças.
REBANHO BOVINO –
DISTRIBUIÇÃO POR REGIÕES
REGIÃO SUDESTE
Possui o segundo maior rebanho do País. No entanto,
apresenta a maior bacia leiteira e a maior concentração
industrial de laticínios.
As principais áreas de criação de gado de corte são:
São Paulo – Alta Sorocabana (Presidente Prudente)
e Alta Noroeste (Araçatuba);
Minas Gerais – Triângulo Mineiro e centro-oeste
do Estado.
As principais áreas de criação de gado leiteiro estão
abaixo do paralelo 19°, compreendendo:
São Paulo – Vale do Paraíba, encosta da Mantiqueira
(São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo e Mococa)
e região de Araras e Araraquara;
Minas Gerais – Zona da Mata, região de Belo
Horizonte e sul do Estado.
REGIÃO SUL
Apresenta o terceiro maior rebanho, apesar de ser o
de melhor qualidade. No Sul, prevalece a pecuária de corte.
As principais áreas de criação são:
Rio Grande do Sul – campanha gaúcha, porção
norte-nordeste, abrangendo Vacaria, Lagoa Vermelha e Vale
do Jacuí;
Santa Catarina – regiões de Lajes e Vale do Itajaí;
Paraná – porção leste do Estado, abrangendo as
regiões de Curitiba, Castro e Ponta Grossa.
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REGIÃO CENTRO-OESTE
Possui o maior rebanho nacional. A pecuária do
Centro-Oeste é predominantemente extensiva de corte e
destinada, na maior parte, ao abastecimento do mercado
paulista. Apesar de estar disseminada por toda a região,
abrangendo tanto as áreas de cerrado, como o Pantanal, as
maiores densidades de gado aparecem no sudeste de Mato
Grosso (Chapada dos Parecis) e centro-leste (vales dos
rios Cristalino e das Mortes), sudeste de Goiás e maior
parte de Mato Grosso do Sul (Pantanal e Centro-Sul).
REGIÃO NORDESTE
A pecuária bovina do Nordeste é predominantemente
extensiva de corte. Apesar de estar difundida por toda a
região, a principal área pecuarista é o Sertão.
A produtividade do rebanho nordestino é das mais
baixas do País, tanto em carne como em leite. As razões
principais são: o baixo potencial genético do rebanho; as
condições ambientais desfavoráveis (escassez de água e de
pastagens); técnicas de criação deficientes.
OUTROS REBANHOS
SUÍNOS
Apesar de representarem o segundo rebanho do País,
os suínos tiveram um crescimento relativamente lento nas
últimas décadas, se comparado ao dos bovinos. Contudo,
na Região Sul, que detém mais de 40% do rebanho
nacional, houve uma significativa melhoria na qualidade dos
animais. Ao mesmo tempo, a antiga criação do porco-banha,
tradicionalmente associada à policultura colonial, foi
substituída pela criação de raças destinadas à produção de
carne. Com a instalação de frigoríficos na região,
desenvolveu-se a suinocultura, pois a atividade criatória
deixou de ser de subsistência e tornou-se comercial.
Além dos três estados sulinos, que são os maiores
criadores do País, a suinocultura tem algum destaque em
Minas Gerais e em São Paulo. O Paraná possui o maior
rebanho.
OVINOS
Quanto à ovinocultura, apenas o Rio Grande do Sul é
grande produtor de lã, que abastece o mercado interno e
destina parte para a exportação. A criação é associada com
a pecuária de corte na Campanha gaúcha, à base de um
bovino e três ovinos por hectare.
Isso porque o ovino, preferindo climas temperados
e frios, encontra na região o ambiente mais favorável do
País.
OS REBANHOS SECUNDÁRIOS
Os demais rebanhos possuem significado secundário,
pelo menos em termos nacionais, assumindo apenas
importância regional, como os caprinos, os asininos e
os muares no Nordeste, e os eqüinos nas áreas
tradicionais de pecuária. É o que ocorre em Minas Gerais e
no Rio Grande do Sul.
A Questão Agrária e As Relações de Poder do
País
“Assim como olhamos a miséria, a miséria nos olha.
Não é fácil olhar a miséria.
É desagradável, suja, feia, doente, magra, triste.
Ninguém gosta de olhar a miséria. A miséria estraga a
paisagem. Brecht dizia que a idéia de ‘bom acabamento’
de um objeto é para nos fazer esquecer o trabalho e a
pobreza de quem o fez. A miséria precisa ser escondida,
porque ela é vista como uma falha no ambiente. Toda a
mídia, a Tevê, tudo é feito para esquecer a miséria. Mas,
como é impossível esconder todas as favelas, aos poucos
fomos colocando a miséria nas paisagens. O nosso doce
miserável existe como algo que não deve ser desejado. A
Tevê é um olho de classe. Olha de dentro da ‘casa-grande’.
O miserável vê na Tevê (só existe a Tevê, só a Tevê é
palpável no país) tudo que ele não é, tudo que ele ‘não’
tem, tudo que ele está condenado a nunca ter: o luxo dos
amores impossíveis, os carros, os alimentos dos anúncios,
as brastemps, até as comidas de cachorro.
A miséria é um problema existencial para os
miseráveis. A vitrine para o miserável é a janela impossível,
a vitrine não o olha, está de costas para ele. Na vitrine está
tudo o que ele não tem.”
Adaptado de: Arnaldo Jabor, Saques mudam a face
de nossa miséria.
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Observe o quadro a seguir e assinale a alternativa falsa: a) No Brasil predominam, em área ocupada, as
propriedades de 1.000 hectares.
b) Se considerarmos o quadro dado, podemos dizer que
no Brasil predominam, em números, os minifúndios.
c) Um grande número de proprietários (44,7%) ocupa
uma pequena área (2,6%) do total.
d) Um pequeno número de proprietários (0,9%) ocupa,
praticamente, a metade das terras agrícolas (44,1%).
e) As propriedades pequenas de 10 a 50 hectares ocupam
mais de 20% da área rural.
Resposta: Letra e
Com o desenvolvimento industrial urbano no Brasil, a
agropecuária passa a desempenhar importantes funções,
como as que seguem abaixo. Identifique aquela que
apresenta as mais difíceis condições de bom
desempenho.
a) Fornecer combustíveis para o setor urbano-industrial.
b) Fornecer matérias-primas para as indústrias.
c) Produzir alimentos para a população urbana.
d) Gerar divisas cambiais através do aumento na produção
de mercadorias para exportação.
e) Liberar a mão-de-obra necessária para o setor urbano-
industrial.
Compare, no mapa abaixo, a ocupação do território em
1 e 2.
02
Uma das características econômicas mais destacadas da
Região Sul é sua forte vocação agrícola, estimulada por
fatores de ordem natural e pela modernização de sua
agricultura. Assim, constata-se que o(a):
a) rede hidrográfica da região, onde predominam os rios de
planície, além de favorecer a navegação fluvial, é importante
elemento para a irrigação de áreas onde é praticada a
agricultura de vazante.
b) grande variedade climática e a configuração do relevo
favorecem a elevada produtividade agrícola, onde se
destacam, além dos produtos de clima temperado, os
tropicais, como cana-de-açúcar, cacau e pimenta-do-reino.
c) pequena amplitude térmica diária, mensal e anual, em
conseqüência da existência das quatro estações do ano,
é responsável pelo desenvolvimento agrícola e pelas boas
safras.
d) clima subtropical, que tem como característica ser de
transição entre o quente úmido e o temperado, constitui
um dos principais fatores que favorecem a produção de
determinados produtos agrícolas, uma vez que tais
condições climáticas não se repetem em todas as regiões
do País.
e) fator que mais favorece a elevada produção da agricultura
é a fertilidade de alguns tipos de solos existentes na região,
como é o caso do massapê e tchernozion.
As afirmativas a seguir estão relacionadas com a questão
agrária brasileira. Assinale a correta.
a) A região do Triângulo Mineiro caracteriza-se por não
apresentar conflitos sociais no campo.
b) A modernização da agricultura conseguiu resolver a
questão da migração rural.
c) Há uma tendência à desconcentração fundiária,
principalmente no Nordeste e na Amazônia.
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d) Problemas ligados à valorização da terra e reconcentração
fundiária na Região Sul levaram a um aumento das
migrações rurais para outros espaços regionais.
e) Em decorrência da implantação de grandes projetos
agropecuários na Amazônia, os conflitos pela posse da
terra têm diminuído.
“A criação de um mercado consumidor de produtos
agrícola determina, por conseqüência, a harmonia ou
interação da economia agrícola com a economia industrial.
O agricultor trabalha cada vez mais para alimentar o
mercado de consumo urbano, mas ele se torna, também,
um consumidor de produtos vindos da cidade.”
O trecho citado acima demonstra:
a) uma dependência do campo para com a cidade.
b) a modernidade do meio rural.
c) a auto-suficiência do agricultor.
d) a supremacia da economia agrícola.
e) a dependência da economia industrial.
A modernização do Brasil, resultante do crescimento da
economia urbano-industrial, produz uma divisão territorial
do trabalho que:
a) torna a indústria dependente da agricultura.
b) determina maior autonomia regional à Amazônia e ao
Nordeste.
c) diminui as desigualdades econômicas regionais.
d) reduz o êxodo rural.
e) subordina progressivamente o campo à cidade.
Na primeira metade do século XX, surgem três outras
grandes áreas de criação de gado bovino, cite quais são
elas.
(UFPR) Com relação ao sistema de “plantation”, some
as corretas:
01. Caracteriza-se pela monocultura de produtos tropicais,
realizada em latifúndios.
02. Necessita de grandes investimentos, geralmente
fornecidos por grupos industriais.
04. Sua produção é voltada para a exportação, o que o toma
dependente do mercado externo.
08. Possibilita a efetiva melhora do nível de vida no campo,
uma vez que remunera bem seus trabalhadores.
16. Reduz a ocorrência de conflitos de terra, em razão da
concentração fundiária que promove.
Soma:
(UDESC–SC) Os problemas ecológicos mais
conhecidos são aqueles encontrados nos centros
urbanos. Entretanto também no campo surgem
problemas ambientais, em especial nas áreas que
passaram por um processo de modernização agrária.
Assinale a alternativa que contém SOMENTE os
problemas ecológicos do meio rural:
a) A poluição visual, expressa principalmente pelo elevado
número de cartazes publicitários, os quais muitas vezes
exageram as vantagens daquilo que anunciam, além de
transmitirem preconceitos contra a mulher do campo ou
contra os negros.
b) A poluição do ar, causada pela alta quantidade de
agrotóxicos utilizados na agricultura e pela carência de
áreas verdes para lazer.
c) A contaminação dos mananciais da água, poluídos pela
grande quantidade de dejetos orgânicos e químicos, vindos
das casas dos colonos que se concentram na região
metropolitana.
d) O uso intenso de agrotóxicos na agricultura e na pecuária,
para combater pragas que provocam a contaminação dos
alimentos como frutas, cereais e até leite.
e) O problema do lixo, jogado em terrenos baldios, o que
provoca a multiplicação de insetos, tão comuns nas áreas
rurais.
(PUC-PR) 0 sistema de queimada de roça é prejudicial
porque:
a) acelera o processo de fertilização do solo em longo
tempo.
b) empobrece e facilita a ação da lixiviação do solo.
c) estimula a agricultura biológica.
d) é a única maneira eficaz de tratar o solo de área tropical.
e) acelera o processo de reflorestamento.
(CEFET-PR) “Os agrotóxicos aspergidos sobre as culturas
também caem sobre os corpos dos trabalhadores rurais,
provocando-lhes doenças ou morte, espalhando-se pelas
águas dos lençóis subterrâneos e dos rios, de onde irão
ser absorvidos pelos produtos alimentícios e destes
passarão para os organismos dos que dele se nutrem
nas cidades. Mantêm-se por anos a fio nos solos e na
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água de extensas áreas, fazendo-se sentir seus efeitos
muitos anos depois.”
Com base no texto anterior, é incorreto afirmar que:
a) para aumentar a taxa de lucros, a agricultura moderna
busca a elevação da produtividade ao máximo, investindo
no uso de tecnologias que não provocam degradações
ambientais.
b) o uso indiscriminado de agrotóxicos acaba por intensificar
o processo de proliferação de pragas.
c) faz parte do itinerário capitalista brasileiro usar o solo até
seu esgotamento e improdutividade.
d) as características específicas dos solos, o uso de
tecnologia, a localização das terras em relação ao mercado
possibilitam a obtenção de maior aproveitamento do
ponto de vista capitalista.
e) as queimadas são utilizadas como uma forma de “limpeza”
dos terrenos e apresentam uma concentração no
Centro-Oeste e Norte do Brasil e, como impacto
ambiental, acrescentam à atmosfera a poluição.
(UFSC) Os problemas ecológicos do meio rural, em
especial nas áreas que passam por um processo de
modernização, podem estar relacionados com a
mecanização e a introdução de técnicas modernas. Com
relação ao assunto, é CORRETO afirmar:
01. o uso prolongado e intensivo de agrotóxicos, na agricultura
e na pecuária, acabou por aumentar a imunidade das
espécies nocivas, favorecendo bastante a sua proliferação
e trazendo conseqüências negativas.
02. o uso excessivo dos agrotóxicos contamina os alimentos,
que acabam sendo aproveitados como importantes
fontes alimentadoras de ração animal.
04) o uso inadequado do solo no campo tem provocado
intensos processos de desertificação em certas áreas do
Brasil, em particular no Pantanal mato-grossense e no
Acre pecuarista.
08) os intensos desmatamentos constituem o ponto de
partida da desertificação, que depende ainda de outras
condições: queimadas sucessivas, monocultura durante
vários anos seguidos e pastoreio.
Soma:
(PUC-SP). Atualmente, a Amazônia constitui um grande
pólo de atração migratória. Esse deslocamento
populacional começou durante os Governos Militares na
década de 1970 com a construção das grandes rodovias
de integração e com os incentivos a projetos
agropecuários e de mineração. Um exemplo dessa
corrente migratória recente é que grande parte da
população de Rondônia é de origem:
a) cearense.
b) paulista.
c) baiana.
d) paranaense.
e) mineira.
(ACAFE-SC) As migrações internas, de 1870 a 1912,
graças às necessidades de borracha natural do mercado
mundial e ao longo período de seca que assolou a Região
Nordeste, proporcionaram o povoamento de Estados
como:
a) Mato Grosso.
b) Mato Grosso do Sul.
c) Tocantins.
d) Acre.
e) Espírito Santo.
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(IESDE) Considerando-se as características
econômicas das Grandes Regiões Brasileiras, divulgadas
pelo IBGE nos últimos cinco anos, está correta a
seguinte afirmação:
a) A Região Norte deixou de ser o alvo de investimentos
públicos e privados, principalmente devido à ação das
ONGs favoráveis à demarcação das terras indígenas e
ao controle do comércio de espécies vegetais.
b) A Região Nordeste registrou um crescimento
econômico acima da média nacional, graças ao impulso
dos setores da indústria e dos serviços.
c) A vocação pecuarista da Região Centro-Oeste, aliada à
inexpressiva produção agroindustrial no contexto do
país, explicam o seu atual processo de decadência.
d) A queda significativa da participação dos setores
agropecuário e industrial na economia da Região Sul
tem sido compensada pelo turismo, principalmente nas
áreas de colonização alemã e italiana.
e) A Região Sudeste, detentora do maior parque industrial
e de uma agricultura de elevado padrão técnico e boa
produtividade, exibiu os menores índices de
desemprego no país.
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A Industrialização Brasileira
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aA Industrialização Brasileira
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Durante a exploração e ocupação do território brasileiro pelos portugueses, é importante lembrar que Portugal,
durante a época moderna, era uma potência inferior, que procurou manter a integridade territorial de suas colônias,
em especial a brasileira, a partir de alianças com aquela que se firmava como a grande potência do período, a Inglaterra.
Para receber proteção dos ingleses, Portugal obrigou-se a conceder privilégios comerciais e vantagens generosas,
(por exemplo, o tratado de Methuen, verifique esse fato histórico com seu professor) na colônia brasileira. É esse um dos
fatores que explicam por que a maior parte do ouro brasileiro acabou nas mãos da Inglaterra, e se constituiu em um dos
fatores determinantes, para se explicar por que a Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo mundial terem
se iniciado com maior intensidade na Inglaterra, porém, seguramente, não foi o único e, talvez, não, o mais importante.
Engenho de açúcar base da colonização, século XVIII.
É bom lembrar que as relações entre os países e a maneira pela qual os homens se organizam em sociedade e
se apropriam da natureza e dividem entre si o fruto do trabalho ou da produção possibilita o aparecimento de
grandes desigualdades na distribuição da riqueza entre os países do mundo e também entre a população de um
mesmo país.
FORMAÇÃO SÓCIO-
ECONÔMICA BRASILEIRA
Entende-se por industrialização um conjunto de
mudanças econômicas, sociais, culturais e políticas, dotado
de uma certa continuidade e de um certo sentido, este último
dado pela transformação global do sistema de base não
industrial (agro-exportador).
No Brasil, a indústria moderna surge no final do século
XIX em função da crise deste sistema de base não industrial
que se aliou à (ao):
� abolição da escravatura;
� concentração de capital no Centro-Sul do País (café);
� entrada de imigrantes;
� crescimento dos mercados nacionais.
Durante seu desenvolvimento, sobressaem-se duas
características:
Caráter regional – desenvolveram-se inicialmente
apenas as áreas que apresentavam:
� mercados para produtos industriais;
� infra-estrutura básica (energia, transporte, etc.);
� recursos humanos e naturais;
� acumulação de capital.
1
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A Industrialização Brasileira Geo
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Caráter de surtos – não há um ritmo uniforme no
processo de industrialização. Há surtos, muitas vezes
seguidos de longos períodos de estagnação.
Aspecto da mineração em MG.
Indústrias em 1850
02 fábricas de tecidos;
10 indústrias de alimentos;
02 indústrias de caixas e caixões;
05 indústrias metalúrgicas;
07 indústrias químicas.
Indústrias em 1866
09 fábricas de tecidos.
Nota: as outras indústrias cresceram muito pouco.
Indústrias em 1881
44 fábricas de tecido, sendo: 12 na Bahia; 9 em São
Paulo; 8 em Minas; 6 no Rio de Janeiro; 5 na Capital (Rio de
Janeiro); 4 em Alagoas.
Nota: foi muito pequeno o crescimento das outras
indústrias.
Entre as mais importantes datas e fatos para o
desenvolvimento da indústria brasileira podemos destacar:
1785 – CARTA-RÉGIA
Dona Maria I assina a Carta-Régia, proibindo a indústria
no País e desativando as então existentes.
1808 – VINDA DA FAMÍLIA REAL
� entrada livre de mercadorias com baixa taxa alfandegária
(15% apenas), o que se mantém até 1844;
� falta de mão-de-obra especializada;
� mercados consumidores pequenos e mal distribuídos;
� deficiência de energia;
� balança comercial negativa (fracas exportações).
1844 – “PROTECIONISMO” À INDÚSTRIA
� progressivo aumento das tarifas alfandegárias;
� tesouro Público em grande déficit;
� mão-de-obra barata, embora de má qualidade;
� incentivo à indústria têxtil (cresce produção de algodão).
1914-1918 – PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
� queda cambial reduz concorrência externa;
� aumentam as exportações, impulsionando as indústrias
instaladas;
� corte das importações.
1939-1945 – SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
� com as dificuldades para importação, ocorrem novos
incentivos à indústria;
� crescimento do mercado consumidor interno, além da
expansão da urbanização;
� surgimento de setores industriais novos.
1950 EM DIANTE
� política de substituição das importações;
� ativa-se o planejamento das indústrias de base;
� entrada de capitais estrangeiros;
� grande aplicação de capital estatal em indústrias.
A partir daí começa a delinear-se a atual estrutura
industrial do Brasil, em que existe uma combinação que
registra as presenças no Estado do grande capital nacional e
dos conglomerados transnacionais. Vamos analisar este
processo.
DISTRIBUIÇÃO E OUTRAS FORMAS DE
INDÚSTRIAS
A Participação do Estado
Nos países latino-americanos que se industrializaram
pela substituição de importações (como é o caso do Brasil),
o Estado tomou para si a tarefa de gerar a base industrial,
atuando principalmente no setor de bens de produção. O
papel empresarial do Estado ultrapassou todas as fronteiras
conhecidas pelo capitalismo.
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a
CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL NA REGIÃO SUDESTE.
Os vinte anos de governo militar (1964-1984)
transformaram o Estado brasileiro em um verdadeiro gigante
econômico. No final da década de 60, as empresas estatais
criadas nas décadas de 40 e 50 (Petrobrás, Companhia
Vale do Rio Doce, Companhia Siderúrgica Nacional, etc.)
atingiram a sua fase máxima de crescimento. Companhias
de holding, tais como a Siderbrás, na indústria do aço; a
Embratel e a Telebrás, nas telecomunicações; e ainda a
Eletrobrás, na geração de energia elétrica, passaram a
controlar setores fundamentais para a modernização da
estrutura produtiva do País.
Os principais setores de atuação das empresas estatais
estão ligados à produção de bens intermediários: aço,
mineração, petroquímica básica. Isto quer dizer que cabe
ao Estado produzir os insumos e as matérias-primas que
serão vendidas a preços menores do que os preços de
mercado para as indústrias privadas.
Além de gerar a infra-estrutura necessária à implantação
das indústrias modernas (rodovias, energia elétrica, etc.), o
Estado oferece bens intermediários a custos subsidiados ao
grande capital transnacional e nacional. A participação estatal
no “tripé” funciona no sentido de viabilizar a acumulação
privada de capitais.
AS TRANSNACIONAIS E O CAPITAL
NACIONAL
Entre 1966 e 1973, as vendas das transnacionais
americanas instaladas no Brasil registraram um crescimento
maior do que o de suas congêneres instaladas na Argentina
e no México, superando mesmo as vendas realizadas nos
mercados europeus. Investir no Brasil havia se tornado
efetivamente um bom negócio. Atrás das americanas, vieram
empresas alemãs, inglesas e suíças. As empresas
transnacionais investiram principalmente na produção de
bens de consumo duráveis e bens de capital.
O primeiro surto industrial brasileiro, ocorrido durante
a República Velha, contou quase que exclusivamente com a
participação do capital nacional privado. As primeiras fábricas
produziam, basicamente, bens de consumo não-duráveis,
tais como al imentos e roupas. Nessa época, os
investimentos estrangeiros eram realizados principalmente
na geração de infra-estrutura (ferrovias e energia elétrica) e
o Estado ainda não havia se tornado um empresário.
3
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CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL PAULISTA.
No início da década de 50, o Estado já atuava
ativamente no setor de bens de produção, mas o “tripé”
ainda não estava formado. O segundo governo Vargas
(1951-1954) apostava na criação de um parque industrial
de bens de consumo duráveis, constituído, principalmente,
pelo capital nacional. O fortalecimento da Fábrica Nacional
de Motores (estatal criada em 1942) fazia parte dessa
estratégia: ela deveria ser o sustentáculo de uma futura
indústria nacional de veículos.
A entrada em cena das transnacionais modificou o
panorama industrial brasileiro. Em alguns ramos, o capital
nacional continuou predominante; em outros, as indústrias
nacionais foram fulminadas pela concorrência das
transnacionais. A associação entre os dois tipos de capital
também ocorreu com relativa freqüência.
No setor de bens de consumo não-duráveis, as
indústrias de capital nacional dominam as maiores fatias do
mercado até hoje. Em geral, esse setor se caracteriza pela
baixa tecnologia e exige menores investimentos.
Refinaria da Petrobrás, em Capuava/SP.
Eixos de concentração Industrial:
REGIÃO SUDESTE
São Paulo
� eixo das vias Anhangüera e Washington Luís, onde
aparecem Jundiaí, Campinas, Americana, Limeira e
Ribeirão Preto (Anhangüera); Rio Claro, São Carlos e
São José do Rio Preto (Washington Luís);
� eixo das vias Castelo Branco e Raposo Tavares, onde
estão Sorocaba, Tatuí, Itapetininga, Avaré, etc.;
eixo da via Anchieta, que liga a Grande São Paulo à Baixada
Santista (Santos e Cubatão).
Rio de Janeiro
Possui a segunda concentração industrial do País. As
principais áreas industriais são:
� o Grande Rio, onde se sobressaem, além da cidade do
Rio de Janeiro, os municípios de Duque de Caxias,
Niterói, Nova Iguaçu, Petrópolis e Magé;
� as cidades de Volta Redonda, Barra Mansa, Barra do Piraí,
Nova Friburgo e Campos.
Minas Gerais
Ocupa o terceiro lugar no valor da produção industrial
nacional. Destacam-se:
� a região da Grande Belo Horizonte, onde se sobressaem
os municípios de Belo Horizonte, Betim, Contagem,
Nova Lima e Sabará;
� cidades como Juiz de Fora, Uberaba, Uberlândia, Araguari,
Governador Valadares e Teófilo Otoni.
REGIÃO SUL
É a segunda região industrial do País. Pela ordem de
importância aparecem os estados do Rio Grande do Sul,
do Paraná e de Santa Catarina.
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a
Rio Grande do Sul
As principais áreas industriais são:
� a região da Grande Porto Alegre, onde se sobressaem
os municípios de Porto Alegre, Canoas, Esteio, Gravataí,
Novo Hamburgo, São Leopoldo e Viamão;
� as cidades mais distantes da capital, como Caxias do Sul,
Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Cachoeira do Sul,
Santa Maria, Bagé, Santana do Livramento, Uruguaiana,
Santa Cruz do Sul, Erexim, Santo Ângelo, etc.
Paraná
As principais áreas são:
� a região Metropolitana de Curitiba, onde se sobressaem
os municípios de Curitiba, Araucária, Bocaiúva do Sul,
São José dos Pinhais e Campo Largo;
� as cidades mais distantes da RMC, como Londrina, Ponta
Grossa, Apucarana e Maringá.
Santa Catarina
As principais áreas são:
� Blumenau, Joinville, Brusque, Itajaí, São Francisco do Sul,
Criciúma, Lajes e Florianópolis.
RESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E A
INTERNACIONALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
Segundo técnicos do Ministério da Fazenda e do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social), o país viverá, do final do século ao início do próximo
milênio, um amplo processo de reestruturação industrial,
apoiado, principalmente, nos investimentos das empresas.
Após os anos 50 e 70, o atual processo representaria
uma terceira onda, com o interesse do setor voltado não
só para a compra de tradicionais empresas familiares como
para novas fábricas e setores. Os investimentos envolvem:
criação de pólos de desenvolvimento, adaptação de vários
segmentos da indústria nacional à abertura da economia ao
mercado externo, e mudanças nas empresas estatais e
estrangeiras que se apóiam nos subsídios públicos.
A importação é uma peça fundamental da atual
reestruturação industrial. No caso das indústrias
transnacionais, elas primeiro testam o mercado criando uma
rede de distribuição e assistência técnica. Na etapa seguinte,
importam máquinas e equipamentos necessários para a
instalação da nova indústria no país para, somente depois,
reduzirem as importações e, possivelmente, começarem
a exportar.
Veja a seguir os principais setores que já sofrem
profundas mudanças.
Montadoras
A ampliação do mercado brasileiro, a criação do
Mercosul e a saturação do mercado nos países
desenvolvidos tornam o Brasil bastante atrativo. Primeiro,
o setor investe na importação para, em uma segunda fase,
iniciar a produção local.
Autopeças
As grandes mudanças no setor automobilístico
internacional exigem a reestruturação do setor, com novas
formas de interação com as montadoras. Apresenta um
número cada vez maior de compras, fusões e associações.
Eletroeletrônicos
A abertura às importações possibilitou a redução no
custo da produção e houve significativa expansão do
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mercado consumidor interno. Atualmente o País é o terceiro
produtor mundial de televisores.
Têxtil
O setor sofre basicamente de atraso tecnológico,
mão-de-obra pouco qualificada, baixa produtividade e,
conseqüentemente, pouca competitividade no mercado
internacional. A área de tecelagem é a que tem se
modernizado mais.
Alimentos
O mercado cresceu significativamente nos últimos
anos e o setor também passa por fusões e aquisições.
Siderúrgico
A privat ização do setor vem permit indo a
reestruturação e a modernização; é marcado pela presença
de grandes grupos.
Informática
A reestruturação iniciou-se em 1990 com a mudança
da Lei de Informática (fim da reserva de mercado). Em
1994 e 1995, a IBM e a Compaq, líderes mundiais no
setor, montaram suas fábricas no País. Recentemente estão
entrando no mercado nacional: Acer-ACRB, Packard Bell,
Epson, Olivetti e Hewlett-Packard.
(Adaptação de: BITTENCOURT, Angela. Estudo detecta
terceira onda de investimentos. O Estado de S. Paulo, 4/8/96.)
A Formação do Espaço
“A geografia dos processos sociais se realiza através
das formas. A cidade é uma realização humana, algo que é
profundamente histórico, por conseguinte é formada de
um conjunto de formas naturais, de formas produzidas
pelo homem, forma artificial, formas técnicas. Então, toda
vida do homem na cidade tem uma relação, não se pode
esquecer que o homem, ao longo do tempo, foi
depositando naquele lugar, a cidade, como forma. Por isso,
a vida urbana se caracteriza pela utilização das formas através
de processos sociais”.
“As formas espaciais herdadas a gente chama de
rugosidades. Rugosidades são relíquias, são coisas, objetos
que vêm do passado, permanecem na paisagem, mas que
servem ao presente. É isso que faz do espaço algo bastante
extraordinário. No espaço também o passado tem função
presente. Estes objetos que tem uma função presente se
chamam rugosidades, e são um traço de união entre aquilo
que foi como significado e os novos significados da vida
social. É isso que são rugosidades, elas asseguram esse
cantinho entre o passado e o presente. A gente pode até
dizer que é entre o passado e o futuro. Acho que é esse o
grande privilégio da vida urbana, essa associação que
permite que, no mesmo lugar, a gente tenha ao mesmo
tempo passado, presente e futuro nas formas. Tudo isso
presidido pelo presente na história. É dessa maneira que o
tempo se encaixa na vida urbana”.
(SANTOS, Milton. ADG – Informa no 55. Edição
AGB – S.Paulo, outubro de 1994 pp. 6 e 7.)
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0 1 Conceitue: revolução espacial.
Foi a expansão marítimo-comercial, ocorrida nos séculos
XV e XVI, que inaugurou, uma nova geografia nos mapas
do mundo.
O que é essa tal globalização, que chegou ao Brasil?
É a situação atual da economia mundial, ainda em fase de
consolidação. Um exemplo: você vê hoje uma
montadora de automóveis que fabrica um mesmo
modelo de carro em montadoras de três países diferentes
e os vende em outros cinco países. As empresas não
ficam mais restritas a um país, seja como vendedoras ou
produtoras.
Como é que o mundo foi ficando globalizado?
As barreiras comerciais entre os países começaram a
cair, com a diminuição (ou eliminação) de impostos sobre
importações, o fortalecimento de grupos internacionais
de livre comércio, como a Comunidade Européia (União
Européia) e o MERCOSUL, e o incentivo do governo de
cada país à instalação de empresas estrangeiras em seu
território.
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Qual é um exemplo prático da globalização no dia-a-dia?
Como isso afeta a vida das pessoas? Há dez anos esse
turista acabaria comprando uma bola qualquer, fabricada
no próprio Japão. Qual a diferença?
“Constitui uma grande usina siderúrgica e foi fruto
do intervencionismo estatal na ordem econômica,
ao tempo do governo de Getúlio Vargas, em
1941. Vários fatores influíram na sua
localização: ponto intermediário entre os dois maiores
centros consumidores do País, São Paulo e Rio de
Janeiro; área bem servida por vias férreas, além de muitos
outros.”
O texto refere-se à(ao):
a) Cia. Siderúrgica Paulista.
b) Cia. Siderúrgica Nacional.
c) Cia. Siderúrgica da Guanabara.
d) Cia. Mannesmann.
e) Consider (Conselho Nacional de Siderurgia).
As indústrias que utilizam matérias-primas fornecida pela
agricultura ou pecuária são chamadas:
a) indústrias de base;
b) indústrias de transformação;
c) indústrias extrativas vegetais;
d) indústrias extrativas;
e) indústrias químicas.
0 1 Impacto da Industrialização. Ao perceber a necessidade
de se industrializar, o Brasil foi obrigado a enfrentar dois
grandes obstáculos. Indique-os após análise das
expressões seguintes:
a) Extensão territorial e corrupção política.
b) Carência de mão-de-obra qualificada e de capital.
c) Elevado número de analfabetos e de menores entre os
componentes da população.
d) Carência de espírito empresarial e de rígidos hábitos
administrativos.
e) Ausência de mercado interno e obstáculo à importação
de maquinaria.
A indústria brasileira que absorve a maior quantidade de
mão-de-obra é:
a) automobilística;
b) alimentar;
c) têxtil;
d) de calçados;
e) siderúrgica.
A racionalização das atividades industriais que afetam o
meio ambiente; o planejamento e a regulamentação das
atividades ligadas ao reflorestamento e desmatamento
são preocupações que melhor refletem as funções:
a) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente;
b) do Saneamento Básico do Estado de São Paulo;
c) da Secretaria Especial do Meio Ambiente;
d) da Superintendência Nacional do Desenvolvimento;
e) da Superintendência Industrial do Meio Ambiente.
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(PUC-PR) “Os estudos técnicos que orientaram a criação
da SUDENE analisavam a ‘questão nordestina’ sob a
ótica das disparidades regionais, criadas pela concentração
espacial da indústria brasileira no Centro Sul. Segundo
eles, a formação de um parque industrial moderno seria
a redenção para os problemas nordestinos.”
A análise do texto e os conhecimentos sobre o Nordeste
permitem afirmar:
a) Os investimentos produtivos aplicados no setor industrial
do Nordeste são oriundos da região, cujo capital foi gerado
da produção do cacau e da cana-de-açúcar.
b) A implantação do Pólo Petroquímico de Camaçari
possibilitou um grande desenvolvimento à região, que
atualmente emprega 40% da população ativa.
c) O desenvolvimento industrial nordestino diminuiu as
desigualdades sociais na região e provocou o fenômeno
da metropolização.
d) Os pólos industriais implantados no Nordeste têm sua
produção voltada para o mercado extra-regional.
e) A implantação dos pólos industriais tem conseguido deter
as migrações da população para outras regiões.
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(FGV-SP) Considere as afirmações abaixo sobre as
regiões brasileiras:
I - Não tem uma participação marcante na indústria nacional.
As cidades cresceram e sua população urbana, que
somava cerca de 25% em 1950, passou a mais de 80%
na década de 1990. “A região não é mais um vazio
demográfico, nem uma área onde se praticava, quase
exclusivamente, uma pecuária superextensiva. O setor
primário modernizou-se, a agricultura de grãos tomou
vulto”. (Arbex Jr. & Bacic Olic)
II - “ A grande diversidade de produtos da agricultura, fruto
da forma de ocupação pela imigração, vai gradativamente
dando lugar à homogeneização baseada em alguns
produtos como a soja e o trigo.”(…) “Sua industrialização
apoiou-se historicamente na presença de matéria-prima
de origem agropecuária e na mão-de-obra imigrante.”
(Garcia & Garavello)
As afirmações I e II referem-se às regiões:
a) Centro-Oeste e Sul.
b) Nordeste e Sudeste.
c) Norte e Sul.
d) Norte e Sudeste.
e) Centro-Oeste e Sudeste.
(PUC-SP) De acordo com Luís Antônio Paulino, analista
da Fundação Seade:
22% das intenções de investimento da indústria em São
Paulo para o período de 1995-2000 destinam-se aos
municípios da Região Metropolitana - RMSP e 78% aos
municípios do interior do estado.
� Forma-se um novo pólo da indústria automobilística na
Região Metropolitana de Curitiba.
� Eixo Rio de Janeiro-Espírito Santo-Bahia inclui-se na rota
dos novos investimentos industriais.
Essas características da atual industrialização brasileira
indicam:
a) concentração regional da produção industrial no Sudeste
brasileiro.
b) reestruturação urbano-industrial.
c) concentração industrial, com formação de novos grandes
pólos hegemônicos de produção.
d) reestruturação urbano-industrial, visando ao equilíbrio da
produção pelas diversas regiões brasileiras.
e) reestruturação urbano-industrial, com tendências de
desconcentração industrial.
(PUC-PR) Surgiu em 1995/6, tendo como principal
articulador o presidente americano. Sua atuação
possivelmente se contraporia às atividades do Mercosul.
O início de sua gestão está previsto para 2005, atingindo
todos os países do continente, em um mercado único,
com exclusão de Cuba. O texto refere-se à (ao):
a) ALADI
b) SIVAM
c) SUDAM
d) NAFTA
e) ALCA
(UEPG - PR) O mais importante complexo poli industrial
brasileiro, encontrado na Região Sudeste, é polarizado
principalmente pela metrópole de:
a) Belo Horizonte.
b) Rio de Janeiro.
c) São Paulo.
d) Volta Redonda.
e) n.d.a.
(FEPEVI) A indústria aeronáutica brasileira, responsável
pela produção dos aviões Bandeirantes, Xavantes,
Ipanema e outros, usados por empresas aéreas nacionais
no transporte de passageiros, situa-se na cidade de:
a) São Caetano do Sul.
b) São José dos Campos.
c) São Paulo.
d) Santos.
e) São Bernardo do Campo.
Instruções: A questão de número 07 deve ser
respondida com base no mapa apresentado abaixo:
Concentração das Indústrias Siderúrgicas no Brasil
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(UFCE) Entre as opções abaixo, a observação do mapa
somente permite afirmar que a concentração espacial
das siderúrgicas no Brasil:
a) foi determinada, unicamente, pela presença de matérias-
primas, como minério de ferro e manganês;
b) foi determinada, unicamente, pela presença de matérias-
primas, como minério de ferro e carvão;
c) foi determinada, unicamente, pela proximidade de
grandes mercados consumidores;
0 7 d) foi determinada, principalmente, pela localização das
jazidas de carvão;
e) foi determinada, principalmente, pela presença de
matérias-primas e existência de grande mercado
consumidor.
(IESDE) (...) a industrialização e a intensa urbanização
(I), a transferência da capital para Brasília (II), a
abertura das chamadas rodovias de integração nacional
(III), são alguns dos fatores que explicam o avanço da
ação antrópica em direção ao interior.
(Adas, M. – Panorama Geográfico do Brasil).
No texto, os fatores I, II e III explicam, em parte, a
devastação vegetal, respectivamente:
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a) da Mata Atlântica, do Cerrado e da Floresta Amazônica.
b) do Cerrado, da Mata Tropical e da Floresta Amazônica.
c) das Matas Ciliares, da Mata Atlântica e da Caatinga.
d) da Mata Atlântica, da Mata Atlântica e do Cerrado.
e) do Cerrado, do Cerrado e da Mata Atlântica.
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Os Meios de Circulação no Brasil
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TRANSPORTE TERRESTRE
FERROVIÁRIO
A primeira via férrea brasileira foi inaugurada em 1854, por incentivos e iniciativa do Barão de Mauá. Historicamente
era uma época em que os investimentos destinados ao tráfico de escravos foram direcionados para a construção de linhas
férreas, já que, após a promulgação da Lei Euzébio de Queiroz, esse capital não se prestava mais à compra de escravos.
Era muito pequena. Com uma extensão de 14,5 km,
ligava a Praia da Estrela à raiz da Serra de Petrópolis e recebeu
o nome de Imperial Cia. de Estrada de Ferro de Petrópolis.
No ano seguinte, D. Pedro II inaugura uma nova estrada
que daria origem à atual E. F. Central do Brasil; porém, foi
com a expansão cafeeira, que necessitava de vias de
escoamento para o produto, que a malha ferroviária se
intensificou no Brasil e se expandiu até o final da década de
30. De 1950 a 1995 as ferrovias tiveram decréscimo de
10 mil quilômetros. Após a instalação da indústria
automobilística, as ferrovias começaram a decair e entraram
em crise. Continuam a ser construídas somente em áreas
especiais, como: Estrada de Ferro Carajás e a Ferrovia
Norte-Sul.
RODOVIÁRIO
Até 1940 a única rodovia pavimentada no País era a
Rio – São Paulo (hoje conhecida como Via Dutra). Foi
iniciada no governo de Washington Luís e concluída no
governo Dutra.
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Os Meios de Circulação no Brasil
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O crescimento do transporte rodoviário inicia-se com
o presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, desejoso de
acelerar o desenvolvimento econômico do Brasil e seu Plano
de Metas (onde se via inserido um Plano Qüinqüenal de
Obras Rodoviárias).
Com a instalação da indústria automobilística
estrangeira e o apoio irrestrito que o governo se
comprometeu a oferecer, acontece a grande expansão das
rodovias brasileiras. Associados a esse fator, em 1957,
surgem os primeiros veículos montados em nosso país e
conseqüentemente ninguém consegui segurar mais a
abertura de estradas de rodagem que surgiram, muitas vezes
sem um planejamento inteligente que visasse suprir
deficiências de interligações entre as várias regiões do País.
Como exemplo, temos a grande concentração das mesmas
nas regiões Sul e Sudeste em contraposição a lugares
desprovidos de qualquer tipo de comunicação.
Após 1964, os governos militares priorizaram os
transportes no sentido de integrar as regiões Norte e
Centro-Oeste ao restante do País. Surgem, então, as
denominadas Rodovias de Integração: Transamazônica,
Transpantaneira, Cuiabá – Santarém, Porto Velho – Manaus,
entre outras.
O plano dos governos militares (PRN – Plano
Rodoviário Nacional) compreendeu cinco tipos de rodovias:
Rodovias Radicais
São aquelas que partem de Brasília. Seu prefixo é
zero. Exemplos.: BR-10 (Brasília-Belém/PA); BR-20
(Brasília-Fortaleza/ CE); BR-40 (Brasília-Rio de Janeiro/RJ);
BR-80 (Brasília-Manaus/AM).
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Os Meios de Circulação no Brasil
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Rodovias Longitudinais
São traçadas no sentido norte-sul do País. Seu prefixo
é 100. Exemplos.: BR-101 (Osório/RS-Fortaleza/CE); BR-
116 (Jaguarão/RS-Fortaleza/CE); BR-174 (Manaus/AM-
Boa Vista/RR).
Rodovias Transversais
São traçadas no sentido leste-oeste do País. Seu
prefixo é 200. Exemplos.: BR-210 (Macapá/AP-Mitu/AM);
BR-277 (Paranaguá/PR-Foz do Iguaçu/PR); BR-290 (Porto
Alegre/RS-Uruguaiana/RS).
Rodovias Diagonais
São traçadas diagonalmente no País. Seu prefixo é
300. Exemplos.: BR-316 (Teresina/PI-Belém/PA); BR-319
(Porto Velho/RO-Manaus/AM); BR-369 (Maringá/PR-Foz
do Iguaçu /PR).
Rodovias de Ligação
São as que ligam as anteriores entre si. Seu prefixo é
400. Exemplos.: BR-407 (Piripiri/PI-Vitória da Conquista/
BA); BR-456 ( São José do Rio Preto/SP-Matão/SP).
TRANSPORTE HIDROVIÁRIO
Marítimo
O transporte marítimo pode ser:
� internacional: chamado de longo curso;
� dentro do país: navegação costeira ou de
cabotagem.
Moderno Porto de Itajaí, SC.
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Os Meios de Circulação no Brasil
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A navegação marítima não é muito utilizada para o
nosso comércio interno, porém a política de prioridade das
exportações tem procurado modernizar a nossa frota
mercante e atualizar os nossos portos para a prática do
comércio externo via mar.
A navegação costeira ou de cabotagem é
responsável atualmente por umpercentual insignificante no
transporte de mercadorias e passageiros no Brasil.
Dentre os portos, destacam-se: Santos, no Estado
de São Paulo; Rio de Janeiro, no Estado do Rio de Janeiro;
Paranaguá, no Estado do Paraná; Porto Alegre, no Estado
do Rio Grande do Sul; Salvador, no Estado da Bahia; Recife,
no Estado de Pernambuco; Rio Grande, no Estado do Rio
Grande do Sul; Santana, no Estado do Amapá; Itaqui, no
Estado do Maranhão; Areia Branca/Macau, no Estado do
Rio Grande do Norte; Tubarão, no Estado do Espírito Santo;
Sepetiba, no Estado do Rio de Janeiro; São Sebastião, no
Estado de São Paulo; São Francisco do Sul, no Estado de
Santa Catarina.
A navegação de longo curso apresenta sérios
problemas: frota muito antiga e insuficiente; desorganização
das empresas operadoras; deficiência administrativa e
estrutural dos portos, entre outros.
O governo federal, visando definir melhor os portos
segundo os produtos exportados, classificou nove portos
com a denominação de “corredores de exportação”, ou
seja, os mais bem dotados de infra-estrutura de transporte,
armazenamento e comercialização de mercadorias. São eles:
Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Paranaguá (PR), Vitória-
Tubarão (ES), Recife (PE), Rio Grande (RS), Belém (PA),
São Luís (MA) e São Sebastião (SP).
O Porto de Santos é o grande porto nacional, tanto
em exportação como em importação; terminal do principal
corredor de exportação do país.
O porto de São Sebastião (SP) é o porto brasileiro
equipado para receber grandes petroleiros.
Três são os tipos de cargas transportadas por nossa
frota de longo curso:
� Carga a granel: pode ser sólida ou líquida: óleos, cereais,
petróleo, fertilizantes, etc.
� Carga geral: é aquela acondicionada individualmente em
sacas, caixas ou “containers”.
� Carga frigorífica: é aquela que depende de refrigeração
para o seu transporte: carnes, pesca, frutas, sucos, etc.
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Os Meios de Circulação no Brasil
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Fluvial
É aquele realizado através de rios, lagos e canais.
Com uma imensa rede hidrográfica que poderia ser
totalmente aproveitada para esse tipo de transporte, a
navegação fluvial em nosso país é inexpressiva.
Embora o Brasil seja pobre em formações lacustres,
pode-se dizer que, com maior ou menor margem, todas as
regiões brasileiras apresentam rios perfeitamente navegáveis.
Na região Amazônica, com o Rio Amazonas
caracteristicamente de planície no trecho brasileiro, a
navegação fluvial apresenta-se praticamente como a única
forma de comunicação existente e os rios respondem por
99% dos passageiros transportados por via fluvial no País.
Comparando-se as regiões Sudeste e Sul, as de maior
desenvolvimento, possuem rios de características pouco
navegáveis, mas que apresentam um percentual de 56%
do total da carga transportada por via fluvial no Brasil. Já os
rios da Bacia Amazônica e do Tocantins-Araguaia juntos
perfazem apenas um total de 30% do total da carga.
Observamos aí um paradoxo: os governos investem
vultosas somas para tornar exeqüível a navegabilidade de
rios planálticos em locais (Sudeste e Sul) onde a malha
viária é a melhor; enquanto nas demais regiões, possuidoras
de rios de planícies, perfeitos para a navegação, os
investimentos são raros.
Vejamos alguns rios onde o transporte fluvial se faz
presente:
� Rio Paraguai – recebe para escoamento grande parte
da produção mineral de Urucum, madeira e produtos
agropecuários do Centro-Oeste.
� Rio São Francisco – além de ser importante via de
comunicação e transporte no Sertão Nordestino, o “velho
Chico”, como é carinhosamente conhecido, acumula as
funções de irrigação e produção de eletricidade. Sua
extensão navegável vai de Pirapora (MG) a Juazeiro (BA).
� Rios Taquari e Jacuí com as lagoas dos Patos e
Mirim – situados no Rio Grande do Sul, são a melhor
rede fluvial e de transporte do Brasil. São interligados por
meio de um canal denominado São Gonçalo e fazem
conexão com três portos: Porto Alegre, Pelotas e Rio
Grande.
� Tietê-Paraná – esse é o exemplo de que falamos
anteriormente. O governo de São Paulo investiu vultosas
quantias para tornar navegáveis esses dois rios. A
navegação abrangerá Laranjal Paulista (SP) e o Lago de
Itaipu (PR) e denomina-se Hidrovia Tietê-Paraná. Servirá
de escoamento à produção dos municípios por onde se
fará o seu trajeto.
Nos últimos anos estão sendo realizadas várias obras
para permitir que os rios brasileiros se tornem navegáveis,
já que as áreas mais povoadas do País e de principal atividade
econômica encontram-se localizadas em regiões planálticas,
cujos rios são encachoeirados.
Aéreo
Considerando-se que é um meio de transporte
seletivo pelo seu elevado custo, mesmo assim nosso país
possui um considerável complexo de linhas aéreas nacionais
e internacionais.
Determinados pontos do País, inclusive, somente são
atingidos por esse meio de transporte.
As causas dessa expansão foram várias; entre elas
duas se destacam:
� a vasta extensão territorial do País;
� a proporção muito pequena de vias terrestres integrando
as diversas regiões.
Embora seja acentuada a presença e o movimento de
aeroportos, sobretudo na Região Sudeste, pode-se observar
o crescimento de inúmeras rotas aéreas que ligam cidades
de pequeno e médio porte, principalmente nas regiões
Norte e Nordeste.
A aviação comercial coincide no Brasil com a fundação
da VARIG (Viação Aérea Rio-Grandense), em 1927.
Posteriormente, em 1933, aparece a VASP (Viação Aérea
São Paulo), mas tarde aparece a TRANSBRASIL, já
desativada.
Hoje, a grande extensão e volume de tráfego aéreo
distribuem-se entre VARIG-CRUZEIRO (a Cruzeiro foi
comprada pela Varig em 1975), VASP, GOL e TAM.
Existem outras companhias regionais, especializadas
em transporte rápido de produtos que requerem maior
rapidez e segurança, o que justifica o transporte aéreo.
Hoje, com a expansão de nossas fronteiras agrícolas,
principalmente no Centro-Oeste, surgem empresas
menores de táxis aéreos que completam a cobertura aérea
desses espaços.
Quanto ao transporte de pessoas, por causa do
elevado custo, ainda é limitado a um segmento da sociedade
que possui relativo poder aquisitivo.
Atualmente temos no País, aeroportos bem
operacionalizados e também muito bem equipados.
Destacam-se, em movimento de passageiros: os
aeroportos: Tom Jobim (Galeão) e Santos Dumont (RJ),
Cumbica e Congonhas (SP), Brasília (DF), Dois de Julho
(BA), Guararapes (PE), Salgado Filho (RS), Tancredo Neves
(MG), Eduardo Gomes (AM), Pinto Martins (CE), Val de
Cans (PA) e Afonso Pena e Foz do Iguaçu (PR), de categoria
internacional.
Alguns desses aeroportos necessitam de uma urgente
reestruturação, pois a capacidade de atendimento ficou
superada devido ao grande afluxo atual de passageiros e
cargas.
Pode-se considerar que o crescimento da navegação
aérea nos últimos tempos segue de perto a expansão do
comércio exterior, aliada à mesma expansão dos negócios
internos das grandes empresas comerciais e industriais, o
que irá gerar sempre um constante fluxo de produtos e
pessoas.
Decorrente disso verifica-se no País, além das linhas
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Os Meios de Circulação no Brasil
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regulares, um tráfego crescente de aeronaves particulares de fabricação nacional (EMBRAER), adquiridas por empresários
para uso próprio, e com uma característica de elevado nível tecnológico.
Pouca Fluidez
“Os pobres são excluídos, são quase imóveis, porque se locomovem no máximo até o trabalho e não desfrutam
dos benefícios ou da produção cultural de uma grande cidade”
Milton Santos, geógrafo, S. Paulo 1995.
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(USF) Uma das medidas do governo brasileiro para
enfrentar a crise financeira, em 2003, foi;
a) a desvalorização do real.
b) o aumento dos juros.
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c) o corte de despesas nas empresas.
d) o aumento de subsídios a determinadas empresas.
e) a diminuição da carga tributaria.
Resposta: Letra b.
Os portos de Cabedelo, na Paraíba, Tubarão, no Espírito
Santo, e Ilhéus, na Bahia, são, respectivamente,
exportadores de:
a) cacau, manganês e café.
b) café, madeiras e cacau.
c) açúcar, manganês e carvão mineral.
d) açúcar, minério de ferro e cacau.
e) sal, minério de ferro e madeira.
Em relação ao sistema rodoviário brasileiro, podemos
afirmar que:
a) a maior extensão rodoviária do País pertence aos
municípios, mas a maior extensão de rodovias asfaltadas
é federal.
b) o grande desenvolvimento rodoviário brasileiro ocorreu
após a implantação da indústria automobilística no Brasil.
c) o transporte rodoviário cresceu nos últimos anos, no
Brasil, pelo aumento da produção de combustível.
d) apresenta vantagens sobre o transporte ferroviário,
principalmente no deslocamento de cargas pesadas.
e) o Brasil adotou a rodovia para realizar a integração de seu
território.
O carvão brasileiro, extraído da jazida carbonífera de
Tubarão, é exportado pelo porto especializado de:
a) Laguna.
b) Araranguá.
c) Imbituba.
d) Itajaí.
e) Rio Grande.
Os transportes modernos desempenham papel
fundamental na organização e desenvolvimento
econômico das regiões. Nos países subdesenvolvidos,
as redes de transportes:
a) integram o espaço nacional, a partir do desenvolvimento
de ferrovias.
b) foram implantadas, simultaneamente, com o processo
de industrialização.
c) atenderam às necessidades de industrialização, através
das ligações inter-regionais.
d) são descontínuas, heterogêneas e voltadas para fora,
atendendo ao mercado exportador.
e) reforçaram a economia, promovendo o desenvolvimento
e a integração nacional.
A situação geral do sistema de transportes no País tornou-
se crítica em função da alta dos preços do petróleo. Tal
fato deve-se:
a) à importância assumida pelo transporte rodoviário no
conjunto do sistema, em detrimento de outros tipos
(ferroviário, por exemplo).
b) aos baixos investimentos requeridos para implantação,
conservação e renovação do sistema rodoviário no País.
c) à inexistência de outro sistema de transporte alternativo
nas áreas de maior volume de tráfego de carga no Brasil.
d) à impossibilidade de se aproveitar a integração dos
transportes de cabotagem, ferroviário e rodoviário
decorrentes de problemas técnicos com o meio físico.
e) à implantação, há mais de meio século, de moderno
sistema de transportes de massa, tipo metroviário, nas
grandes cidades do País.
“Construídas para atender ao escoamento de produtos
de exportação do Brasil, nossas ferrovias penetram pouco
no território do País, exceção feita à Região Centro-Sul,
onde uma delas chega a atingir a fronteira de nação vizinha.”
De modo geral, a implantação das ferrovias objetivou:
a) promover o desenvolvimento de economias locais em
atraso nos séculos XVIII e XIX.
b) desenvolver as regiões mais centrais do País no século
XIX.
c) integrar as regiões atrasadas do Brasil ao Sudeste
industrializado no século XX.
d) integrar áreas específicas de produção de alimentos e
matérias-primas aos portos de exportação nos séculos
XIX e XX.
e) atender às necessidades do transporte de matérias-primas
para a indústria pesada após a Segunda Guerra Mundial.
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As alternativas abaixo são falsas, exceto:
a) todas as estradas de ferro existentes no Brasil foram
anexadas à Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA);
b) dentre as desvantagens da rede rodoviária destaca-se o
encarecimento do preço de custo dos produtos
transportados;
c) a maior parte dos rios brasileiros são navegáveis em toda
a sua extensão; o que está faltando são incentivos à
navegação fluvial;
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d) os portos brasileiros não apresentam nenhuma dificuldade
no atendimento do tráfego;
e) como a população brasileira está bem distribuída no
território, o transporte aéreo teve rápido
desenvolvimento.
(PUC-SP) Sobre a malha viária do Brasil, pode-se afirmar:
a) As rodovias passaram a ser as mais importantes vias
utilizadas no transporte da Região Norte.
b) A Rica rede de hidrovias do Estado do Pará é utilizada no
transporte do minério de ferro de Carajás.
c) A utilização da navegação marítima, entre todos os Estados
brasileiros, facilita o transporte de mercadorias.
d) A rodovia Belém-Brasília, além de sua função de integração,
deu origem a uma nova organização do espaço.
e) A topografia das Regiões Centro Oeste e Sudeste permite
o aproveitamento de todos os rios como via de
transporte.
(CESGRANRIO) “É certo que o próprio governo
brasileiro construiu as grandes estradas Transamazônica
e Perimetral Norte, cortando toda a Amazônia, ao norte
e ao sul do Rio Amazonas. Essas estradas, sem dúvida,
facilitaram a investigação mineral na região, possibilitaram
a extração de madeiras em regiões ainda inacessíveis e
levaram à implementação de grandes projetos
agropecuários por empresas estrangeiras, com estímulo
fiscal do governo”.
(KUCINSKI, Bernardo. A Amazônia e a geopolítica do Brasil.
In: Encontros com a civilização brasileira, n. 11, maio/1979.)
Assinale a alternativa que melhor resume a idéia do trecho
acima:
a) A construção das grandes rodovias de “integração
nacional” foi um importante instrumento para a ocupação
efetiva da Amazônia, pela descoberta de suas riquezas.
b) A extração de minérios de ferro, estanho e manganês na
Região Norte se tornaram possível após a construção
das grandes estradas que cortam toda a região.
c) Os deslocamentos de migrantes, especialmente do
Nordeste e do Sul, acompanharam a construção das
rodovias amazônicas, desenvolvendo-se a produção
agrícola.
d) A instalação de grandes empresas agropecuárias de capital
estrangeiro na Amazônia foi estimulada pela ação do
Estado, direta e indiretamente.
01 e) A extração de madeiras na Amazônia só se desenvolveu
a partir da construção da Transamazônica e da Perimetral
Norte, vias de escoamento da produção.
(FUVEST - SP) Entre as razões que explicam a posição
relativamente secundária da navegação fluvial no Brasil, destaca-
se:
a) ausência de longos trechos de rios navegáveis e de
possibilidades de articulações entre eles.
b) preços mais elevados dos fretes na navegação fluvial.
c) caráter irregular do regime da maioria dos rios brasileiros.
d) os grandes represamentos executados para a produção
prioritária de energia elétrica.
e) coincidência entre as áreas economicamente
desenvolvidas e rios de percurso acidentado.
(UFMG) Os cabos de fibra óptica representam, na
atualidade, o estágio mais avançado do desenvolvimento
tecnológico no que diz respeito às telecomunicações, na
medida em que torna as transmissões mais rápidas,
confiáveis e menos onerosas.
A partir da análise e interpretação do mapa abaixo, é
INCORRETO afirmar que a rede de cabos de fibras ópticas.
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Brasil: redes de cabos de fibras ópticas – 1997; FONTE: SANTOS, M., SILVEIRA,
M. L. Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001. p.
144. (Adaptado)
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a) integra, ao restante do território, as regiões brasileiras
menos favorecidas economicamente.
b) confirma uma realidade histórico-geográfica brasileira ao
voltar-se para o mundo atlântico, em detrimento do
mundo asiático.
c) possui como principais focos os centros urbanos que
controlam, gerenciam e articulam o território brasileiro.
d) interliga o território nacional à rede mundial de cabos de
fibras ópticas, facilitando a interação com os países do
Mercosul.
(PUC-PR) O BNDES planeja ressuscitar o transporte
ferroviário de passageiros no Brasil. Inicialmente, nove
regiões deverão ser beneficiadas com a implantação de
trens em trechos com extensão entre 60 km e 200 km,
ligando ao menos duas cidades de no mínimo 100 mil
habitantes. A idéia é aproveitar os trilhos ferroviários que
aqui vêm sendo abandonados( ....)
(Folha de São Paulo - 07/08/2000)
Associando o texto aos conhecimentos que se têm das
redes ferroviária e urbana do Brasil, é INCORRETO
afirmar que:
a) a implantação deverá privilegiar a fachada litorânea do país.
b) o sistema poderá integrar o litoral ao interior do país.
c) a região Sudeste oferece boas condições para a
implantação.
d) a Zona da Mata Nordestina atende às exigências
necessárias para a implantação.
e) o sistema poderá integrar as regiões Sudeste e Sul.
(UFMG) Em decorrência do processo de modernização
e dinamização das atividades produtivas no Centro-Sul
brasileiro, é CORRETO afirmar que
a) a grande agricultura, exclusivamente comercial, substituiu
a pecuária melhorada e a pequena agricultura comercial e
de subsistência, de produtos variados.
b) a participação do setor de prestação de serviços na
composição do Produto Interno Bruto - PIB regional e
na geração de postos de trabalhos se apresenta em
declínio.
c) as inter-relações das cidades, estabelecidas pelos fluxos
de pessoas, mercadorias, capitais e informações, são
mais intensas do que o verificado nas outras regiões do
País.
d) os portos especializados na exportação e importação de
produtos minerais brutos ou semibeneficiados evoluíram
e se transformaram em portos de carga geral.
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(PUC-RIO) O aumento crescente dos fluxos de
mercadorias mostra a necessidade de adequar o meio
de transporte à carga a ser transportada.
A partir do texto e do gráfico, analise as afirmativas sobre
custos de deslocamento de carga:
I) os dutos, as hidrovias e as ferrovias apresentam, de um
modo geral, baixo custo por unidade transportada;
II) os custos dos transportes marítimos caíram devido ao
aumento da capacidade dos navios e à modernização
dos portos;
III) a relação entre peso e valor das mercadorias determina
o meio de transporte a ser utilizado;
IV) os custos relativos dos diferentes modos de transporte
dependem da extensão dos trajetos.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e II;
b) II e III;
c) I e IV;
d) II, III e IV;
e) I, II, III e IV.
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Extraído de Magnoli, Demétrio; Araújo, Regina In Projeto de Ensino de Geografia.
São Paulo: Moderna, 2000.
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(IESDE) O Projeto ——-I—— consiste na instalação
de bases militares, na porção ——-II—— dos vales
dos rios ——-III—— com o objetivo de controlar
militarmente a região, defender fronteiras, combater o
contrabando de ouro e exercer ação nos conflitos entre
garimpeiros, indígenas, empresários e fazendeiros.
Algumas bases já foram instaladas. No entanto, o Projeto
prevê uma área de 6.500 km de extensão por 160 km
de largura, ao longo das fronteiras com a Guiana
Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela e Colômbia.
Os termos que melhor preenchem a seqüência correta
das lacunas I, II e III do texto acima são:
a) Calha Norte / Meridional / Solimões e Madeira.
b) Jari / Oriental / Jari e Amazonas.
c) Calha Norte / Setentrional / Solimões e Amazonas.
d) Marabá / Oriental / Xingu e Tocantins.
e) Jari / Meridional / Jari e Tocantins.
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Fluxos de Comércio e Regionalização
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Fluxos de Comércio e Regionalização12345123451234512345123451234512345123451234512345O fluxo de mercadorias (tanto interna como externamente) está diretamente subordinado aos meios de transporte.
Sem estes, dificilmente se praticariam as variadas formas de comércio de que podemos lançar mão na atualidade.
O comércio, basicamente na atualidade, consiste na compra e venda de bens produtivos.
Sendo o comércio uma atividade indispensável ao ser humano, dizemos que sua intensificação está diretamente
ligada ao capital existente, acumulado pelo homem através desse mesmo comércio.
Portanto, temos aí um círculo onde impera o sistema capitalista que instituiu a divisão territorial do trabalho: cada
região deve especializar-se na produção de bens em cuja obtenção consiga o máximo de rendimento, com um mínimo de
custo, para que o lucro e o capital restante sejam novamente reaplicados na geração de bens produtivos.
De Juscelino Kubitschek até o princípio da década de 70, o comportamento geral da balança comercial foi equilibrado.
Em regra, as importações superaram ligeiramente as exportações, gerando pequenos saldos negativos. Esse comportamento
foi perfeitamente adequado à política de substituição de importações. As exportações agrícolas e minerais produziam
divisas suficientes para sustentar as importações necessárias para a indústria em expansão. Como reflexo da industrialização,
mudava a composição das importações: menos bens de consumo, mais bens de produção.
O “primeiro choque” do petróleo, no final de 1973, rompeu o equilíbrio anterior de uma maneira brutal: o aumento
vertiginoso do valor das importações resultou em saldos negativos imensos. Quando o País começava a se ajustar às novas
condições, ampliando as exportações e reduzindo as importações, o “segundo choque” do petróleo, em 1979, lançou
novamente os saldos comerciais no precipício.
Na década de 80, as necessidades financeiras provocadas pelo endividamento externo passaram a comandar as
políticas econômicas governamentais. Os desembolsos de juros da dívida cresceram junto com o estoque da dívida
externa. Esses pagamentos tornaram-se dependentes dos saldos da balança comercial.
Assim, as exportações deixaram de sustentar importações de bens de produção para sustentar o serviço da dívida
externa. A criatura começava a dominar o criador.
A recuperação dos saldos positivos (superávits), que pôde ser verificada a partir de 1983, manteve-se até 1994; o
valor das exportações aumentou muito (e o volume também), mas as importações foram freadas ao mínimo indispensável
até o início dos anos 90, época em que elas voltaram a ser liberadas gradualmente. A política da manutenção de saldos
positivos com a restrição às importações acaba custando caro à modernização da economia. São novas máquinas e
equipamentos que deixam de entrar no País comprometendo a renovação tecnológica das fábricas e seus níveis de
produtividade. Será que o Brasil acordou a tempo?
Aviões da EMBRAER, orgulho brasileiro
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COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO
O comércio interno de um país depende de dois
fatores essenciais: poder aquisitivo da população e sistema
de transporte, e pode ser feito sob a forma de varejo ou de
atacado. O comércio varejista é feito sob a forma direta
entre comerciante e comprador. O comércio atacadista é
feito através de uma intermediação, efetivada através das
grandes empresas que compram diretamente do produtor
e posteriormente repassam o produto ao consumidor.
Embora o Brasil tenha enfrentado dificuldades
econômicas nas últimas décadas, não podemos deixar de
revelar a importância e a expansão de nosso comércio
interno, principalmente nas regiões mais desenvolvidas do
País.
Deve-se, porém, assegurar que esse comércio
continue em franca expansão, atrelando-se o mesmo ao
crescimento econômico, que, por sua vez, deve ser
estimulado através da qualidade de vida da população.
Enfatizando: o comércio interno irá aumentar à medida
que a economia nacional crescer de modo descentralizado
e, conseqüentemente, os frutos desse crescimento forem
repartidos entre a população por ele responsável, o que
contribuirá para uma maior integração nacional e uma
melhoria de vida da população.
COMÉRCIO EXTERNO
Geograficamente sabemos que o planeta Terra, em
termos de produção e ocorrência de riquezas, está
desigualmente repartido.
Determinadas regiões produzem mais, estimuladas
pelos recursos físicos e humanos, enquanto outras são
carentes desses mesmos recursos.
Historicamente sabemos que a troca, ou seja, o
intercâmbio de bens e produtos é uma característica inerente
ao ser humano.
Dessa forma, surge o comércio entre países, ou
comércio externo, que, com sua complexidade, tem
necessidade de diretrizes e órgãos que regulamentem tais
trocas. Tais direcionamentos são necessários para preservar
a produção nacional e atingir a meta final, ou seja: a busca de
melhor qualidade de vida à população.
O comércio exterior brasileiro passou por profundas
alterações nas últimas décadas.
Gradativamente o modelo de país agroexportador
foi se modificando para dar lugar às exportações de
produtos industrializados como: calçados, tecidos, suco de
laranja, óleo de soja; porém, nossa base, característica de
país terceiro-mundista, é, ainda, a exportação de matérias-
primas.
Entre as exportações de manufaturados e semi-
manufaturados, com grandes incentivos nas duas últimas
décadas, destacam-se certas indústrias de base tecnológica
moderna, como a indústria elétrica e mecânica e a metalúrgica.
No tocante às importações, um pouco mais facilitadas
nos últimos governos, as que mais se destacam são:
petróleo, máquinas e motores, produtos químicos e
farmacêuticos, produtos industrializados e trigo.
No que se refere à facilitação de importações de
produtos estrangeiros, citada acima, estima-se entre 20%
e 25% a perda de mercado, dentro do próprio país, sofrida
pela indústria têxtil aqui instalada, como conseqüência da
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abertura de importação a similares.
Essa concorrência externa só poderá trazer benefícios
aos consumidores, pois tende-se a aprimorar o produto
nacional para competir com o estrangeiro, o que gera uma
qualidade e modernização, sem dúvida, melhores em
nossos produtos.
O principal órgão responsável no Brasil pelo comércio
exterior é a Cacex (Carteira de Comércio Exterior no
Brasil).
Em 1995, as exportações brasileiras totalizaram
US$ 46,5 bilhões, com os manufaturados representando
cerca de 60%. Foram exportado mais de 25 bilhões em
máquinas industriais, equipamento elétrico pesado,
navios, aviões, automóveis, produtos químicos e
petroquímicos, papel, borracha sintética e assemelhados.
A produção industrial correspondeu a 10% do total.
BLOCOS ECONÔMICOS
Como já frisamos anteriormente, as atividades
comerciais do Brasil estão assim distribuídas: ALADI
(Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e
Integração); Estados Unidos; UE (União Européia) e Ásia.
Saliente-se que o Japão e o Canadá são também parceiros
comerciais importantes.
O Mercosul
O Mercosul (Mercado Comum do Sul) parceria
aduaneira entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai entrou
em vigor a partir de 1º de janeiro de 1995 com tarifas
idênticas nas suas importações, ou seja: pelo Tratado de
Assunção, os países-membros se comprometem a
harmonizar suas políticas macroeconômicas (tributação,
políticas monetária e cambial, etc.) e setoriais.
Os três parceiros do Brasil absorvem 15% das
exportações brasileiras e as negociações, em geral, estão
progredindo. Para que um produto seja considerado
originário do Mercosul é necessário que, no mínimo, 60%
de seus insumos sejam produzidos localmente.
Atualmente mais de trezentas empresas brasileiras já
estão instaladas na Argentina e, de lá, realizam negócios
para cá.
Na acepção da palavra, o Mercosul ainda não é um
“mercado comum”, pois neste ocorre a livre circulação de
pessoas e investimentos.
A fusão dos produtos também ainda não é total, pois,
dos 9.000 produtos que o Mercosul comercializa, pouco
mais de 800 continuam a ser protegidos por barreiras
alfandegárias quando se trata do comércio multilateral. Para
outros tantos, os quatro países cobram impostos
diferenciados de terceiros, ou seja, não aplicam a Tarifa
Externa Comum.
Regionalização
Porém, tudo é ainda muito precoce e devemos dar
Regionalização e Contrastes Muitos são os critérios para
regionalizar o espaço geográfico, ou seja, dividir o espaço
em partes menores que passam a ser chamadas de regiões.
Dividir o imenso território do espaço brasileiro em espaços
regionais menores, sempre constituiu um sério problema.
Pois ao longo da história foram propostas várias divisões
regionais para o país, cada uma diferente da outra. Mas qual
a importância e o objetivo de se dividir o território brasileiro
em regiões?
Para um estudo mais crítico do país, iremos
regionalizar o Brasil segundo dois critérios adotados pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as
macrorregiões e as regiões geoeconômicas. A divisão mais
conhecida do Brasi l é a das macrorregiões, não
necessariamente a melhor, que divide o país em cinco
macrorregiões, isto é, em cinco grandes regiões. Essa
divisão oficial do IBGE baseia-se em critérios político-
administrativos, não sendo muito rigorosa do ponto de vista
científico. Os limites de cada região, segundo esse critério,
segue as divisões políticas (fronteiras) dos estados, ao passo
que a realidade das localidades atingidas nem sempre
obedece às separações administrativas.
Nunca é demais lembrar que boa parte do território
nacional é pouco povoado e passa, na atualidade, por um
processo de ocupação econômica e migrações
populacionais. Fica assim difícil de se regionalizar uma
realidade que se está modificando rapidamente, tanto do
ponto de vista da natureza (desmatamento acelerado) como
do econômico (expansão das fronteiras agrícolas e a
industrialização de certas áreas).
REGIÕES ADMINISTRATIVAS
Para fins estatísticos e administrativos, o distrito federal
e os estados brasileiros foram agrupados em regiões. O
responsável por esta divisão e pela definição de critérios
para determinar as unidades que compõem cada uma das
regiões é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística).
O atual critério oficialmente adotado para a divisão
regional do país foi estabelecido pelo IBGE, em 1969.
Observe na figura, e na página seguinte, que as 27 unidades
estão divididas em 5 regiões diferentes em área e número
de componentes. Assim constituídas:
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A divisão dessas regiões, como já estudamos, foi
definida exclusivamente por critérios político-administrativos
estabelecidos pelos órgãos federais, isto é, ligados ao
governo do Brasil. Sendo assim, as mudanças eventuais
nessa definição não devem nos surpreender.
Essa primeira regionalização do Brasil foi baseada no
conceito de região natural. Assim, as unidades regionais
foram identificadas através do estudo das influências
recíprocas entre diferentes fatores naturais, tais como: clima,
vegetação, relevo, etc. Apesar de baseada na uniformidade
dos elementos da natureza, essa divisão regional
considerava as unidades políticas do território, note que
todos os estados foram “encaixados” inteiros dentro das
grandes regiões, mesmo aqueles que apresentam paisagens
naturais muito distintas dentro de suas fronteiras.
Os técnicos do IBGE acreditavam que as bases naturais
do território eram mais estáveis e permanentes que as bases
econômicas e, portanto seriam um critério mais seguro
para a regionalização do país. Influenciados pela geografia
regional francesa, definiam que a uniformidade resultante
de uma determinada combinação de elementos naturais se
traduzia em possibilidades para a ação humana: a natureza
era vista como uma espécie de palco sobre qual se
desenvolveria a atividade da sociedade. O palco era estável
e permanente; a história dos homens, instável e recente.
Daí a escolha da natureza como critério para a delimitação
das regiões.
Essa divisão regional do Brasil, com base nos
elementos da natureza, não levou em consideração, como
vimos, a ação do homem no espaço terrestre, isto é, a
ação modificadora da sociedade no espaço, realizada pelo
trabalho humano. Não considerou o homem, ou as
coletividades humanas (sociedade) como agentes
modificadores, construtores ou produtores do espaço
geográfico.
As fronteiras (limites) internas dos lugares, no entanto,
sejam regionais, estaduais, não podem ser encaradas como
limites rígidos que definem unidades de dinâmicas
geográficas totalmente separadas.
Assim, o melhor caminho para compreendermos a
geografia do Brasil não seria estudar estado por estado, ou
região por região. Apesar das características particulares,
todas essas unidades têm uma dinâmica geográfica
dependente e subordinada ao contexto mais amplo a que
chamamos Brasil. No caso das regiões é até bastante
simples perceber que seus limites não distinguem realidades
geográficas diferentes, pois, dependendo das conveniências,
um determinado estado, que hoje faz parte de uma região,
amanhã poderá fazer parte de outra, como vimos nos casos
da Bahia e São Paulo, por exemplo.
Já as divisas estaduais são mais duradouras, pois os
estados apresentam muitas particularidades, e não se pode
caracterizá-los apenas como unidades administrativas ou
estatísticas. Como já estudamos, eles se constituíram
Divisão regional oficial do Brasil elaborada pelo IBGE.
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historicamente como unidades que se distinguem por vários
aspectos, como os culturais, sociais e os políticos.
Hoje, no entanto, todas as localidades do país estão
fortemente integrados a uma realidade que, onde quer que
estejamos, identificaremos de imediato como brasileira.
Embora as paisagens brasileiras não sejam todas iguais,
nem tenham sido el iminadas as di ferenças que
historicamente se constituíram entre os vários lugares e
estados, há um conjunto de hábitos, de forma de
sobrevivência e de relacionamento que hoje predomina em
todos os lugares do país.
Sendo assim, até mesmo para entender as diferenças
entre os diversos lugares, seria necessário, antes de tudo,
compreender a dinâmica imposta pela sociedade brasileira
à geografia do Brasil como um todo, independentemente
da maneira e do lugar onde isso acontece.
Por mais distintas que possam ser as paisagens
brasileiras, elas guardam elementos comuns e reveladores
dessa dinâmica. Descobrir e investigar tais elementos é o
melhor caminho para desvendar e compreender os
mistérios da geografia do Brasil.
REGIÕES GEOECONÔMICAS
Nas últ imas décadas, outra proposta de
regionalização, elaborada pelo geógrafo do IBGE, Pedro
Pinchas Geiger, em 1967, vem ganhando credibilidade no
meio Político, acadêmico e técnico-científico. Trata-se da
divisão do país em três grandes complexos regionais ou
geoeconômicos, ou seja: complexo Nordestino,
Amazônico e Centro-Sul. Essa delimitação não leva em
conta as fronteiras entre os estados, mas as características
geoeconômicas e a formação histórica/econômica do Brasil,
os aspectos econômicos e sociais da sociedade brasileira;
o norte semi-árido de Minas Gerais, por exemplo, integra
o complexo Nordestino, metade do território do Maranhão
integra o complexo geoeconômico Amazônico a outra
metade pertence ao complexo Nordestino.
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O Centro-Sul
Abrangendo quase 1/3 do território brasileiro, o
complexo regional do Centro-Sul estende-se desde a parte
Sul de Goiás, juntamente com o Mato Grosso do Sul, até o
extremo meridional do Brasil, incluindo, portanto, o Sudeste.
Nessa grande região vive 60% da população brasileira e
concentra aí a maior parte dos recursos econômicos
nacionais representados por: indústrias, agropecuária,
bancos, mercado de capitais (Bolsa de valores), comércio,
etc. Trata-se assim da parte do território nacional mais
intensamente ocupada pelo homem.
Concentra cinco das nove áreas metropolitanas do
Brasil: São Paulo e Rio de Janeiro, as duas metrópoles
nacionais; e Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, três
metrópoles regionais. Além da capital político-administrativa,
Brasília. O grau de urbanização dessa enorme região é bem
maior que o da Amazônia ou do Nordeste, observando-se
também uma rede de transporte mais integrada, com um
grande número de cidades, em relação à área ocupada.
Nordeste
A industrialização acelerada do Centro-Sul e a
integração do mercado interno golpearam de forma violenta
as estruturas produtivas dos “nordestes” comandados pela
economia agroexportadora. A invasão, de forma
desordenada e sem planejamento, das mercadorias
industriais e agrícolas produzidas no centro dinâmico da
economia nacional destruiu a base da economia nordestina.
Os efeitos da integração nacional faziam-se sentir mesmo
entre os pequenos meeiros, posseiros e sitiantes da Zona
da Mata e do Agreste com suas culturas de subsistência aos
mercados urbanos.
A estagnação econômica e o acirramento dos conflitos
fundiários (luta pela posse da terra) estão na origem da
estratégia de planejamento regional levada a efeito pela
SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do
Nordeste). Os estudos técnicos que orientaram a criação
da SUDENE analisavam os problemas do nordeste sob a
ótica das disparidades regionais, criadas pela concentração
espacial da industria brasileira no Centro-Sul.
Segundo eles, a formação de um parque industrial
moderno seria a redenção para os problemas nordestinos.
Atraídos pelos incentivos fiscais, grandes grupos econômicos
nacionais e transnacionais implantaram unidades produtivas
no Nordeste do país. Recife, Salvador e Fortaleza se
transformaram em pólos industriais importantes,
produzindo principalmente bens intermediários e bens de
consumo duráveis, infelizmente essa estratégia não surtiu
os efeitos esperados, pois os grupos econômicos ali
instalados obtiveram maiores lucros por conta dos incentivos
fiscais, mas a miséria da região, no lugar de diminuir, teve
um crescimento ainda maior.
Portanto, a população do Nordeste ainda continua
apresentando os piores indicadores sociais, isto é, as piores
condições de vida de todo o Brasil. Sabemos que a
desnutrição e a fome existem em todo o nosso país, como
já estudamos. Sendo assim, mesmo nas capitais dos estados
mais desenvolvidos, como no município de São Paulo, a
desnutrição e a fome ocorrem de forma brutal. Mas é na
região nordeste que a desnutrição atinge grande parcela da
população.
Estudos apontam que entre 50 e 55% dos
desnutridos e excluídos do país vivem nessa região. De
100 crianças nordestinas, apenas 32 apresentam um
crescimento adequado à idade. Assim, 68 crianças de cada
grupo de 100 não se desenvolvem satisfatoriamente.
Aqueles que costumam dizer que a seca é a causa da
miséria e da pobreza de grande parte da população
nordestina estão encobrindo as causas reais do problema.
As causas da pobreza e miséria não são naturais, são
claramente sociais e políticas.
As pessoas que apontam a seca como responsável
pela miséria e pobreza do nordeste, ou são ingênuas, ou
agem de má-fé. As ingênuas af irmam isso por
desconhecimento ou por falta de informação; para os que
agem de má-fé, a seca é uma boa desculpa para ocultar que
as verdadeiras causas são sociais: a baixa renda da maioria
da população, a gigantesca concentração de propriedades e
da riqueza na mão de poucas pessoas.
Amazônia
A Amazônia brasileira, com cerca de 4,8 milhões de
km2, abrange mais da metade do território nacional. Ela
corresponde ao domínio da Floresta Amazônica, ao clima
equatorial e é a mais densa das bacias hidrográficas do globo.
Trata-se de uma parte da Amazônia sul-americana, que ocupa
cerca de, 6,5 milhões de Km2 e abrange enormes áreas do
Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e
Guianas. A natureza ainda domina nessa área, mostrando
os traços mais marcantes da paisagem — a floresta e os
rios, principalmente. Mas o processo de povoamento tem
sido intenso nas últimas décadas.
Apesar da intensificação da ocupação humana nos
últimos anos, a Amazônia brasileira ainda é uma região de
baixas densidades demográficas, as menores do país. E a
economia regional tem por base as atividades primárias: a
agropecuária, que constitui o setor econômico mais
importante há duas décadas; o extrativismo vegetal, que foi
a atividade básica desta região até umas duas décadas atrás;
e a mineração, atividade muito promissora devido às grandes
reservas minerais ainda pouco exploradas.
Resumindo, a Amazônia brasileira é uma grande região
ainda relativamente despovoada, mas em franco processo
de ocupação. Essa ocupação mais intensiva iniciou-se com
a construção de Brasília (1957-60) e de estradas como a
Belém-Brasília, que facilitam o acesso a região. Nos anos
70 essa ocupação da Amazônia se acelerou com a abertura
das rodovias (Transamazônica, Perimetral Norte, BR-364,
do Mato Grosso a Rondônia, e outras) e a concessão de
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incentivos fiscais às grandes empresas, inclusive estrangeiras,
para lá adquirirem terras e investirem na agropecuária. O
projeto RADAM (Radar na Amazônia), iniciado em 1969,
foi muito importante para aumentar os conhecimentos a
respeito dos recursos naturais da região e seu mapeamento.
O governo brasileiro, por sua vez, vem tentando atrair
mais ainda o capital estrangeiro na Amazônia, oferecendo
sociedade em empreendimentos industriais e de mineração,
como a exploração da serra de Carajás e a construção de
ferrovias e portos a fim de escoar esses minérios para o
mercado internacional. O governo federal também
construiu, e continua construindo ou planejando, inúmeras
hidrelétricas (Tucuruí) na Amazônia, como forma de garantir
o suprimento de energia elétrica.
Outra importante tentativa de promover o
desenvolvimento econômico da região foi a criação da zona
franca de Manaus, em 1967. Trata-se de um área de livre
comércio ao redor da capital do Amazonas, onde os
produtos industrializados importados não pagam impostos
alfandegários (taxas de importação). Criada com a finalidade
de industrializar essa região, o resultado foi um relativo
crescimento industrial que utiliza pouca mão de obra por
empregar tecnologia moderna. Além disso as fábricas aí
instaladas são apenas “maquiadoras” linhas de montagens,
isto é, empresas que apenas montam certos produtos cujas
peças vem já prontas do exterior. Os principais bens aí
produzidos — TV em cores, vídeo cassete, aparelhos de
som e motos — empregam tecnologia estrangeira e acabam
por restringir esse tipo de indústria no Centro-Sul do país,
já que produzem por preços competitivos devido à ausência
de impostos. Portanto, essa zona fez crescer as importações
do Brasil e contribuiu para aumentar sua dívida externa.
O atual processo de ocupação da Amazônia brasileira,
em resumo, é predatório: em busca de lucros fáceis grandes
projetos agropecuários subsidiados pelos incentivos fiscais
do governo federal, depredam a rica floresta, exterminam
nações indígenas, destroem a fauna, exploram intensamente
a força de trabalho que utilizam e entram em conflitos
violentos com os pequenos proprietários de terras e
posseiros.
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Geografia
“A geografia é um saber que já nasce oficialmente
institucionalizado, e, contrariamente à imagem que ocorre,
a geografia não é um saber ‘inútil’ e ‘desinteressado’,
tornou-se uma arma sofisticada de controle do espaço”.
Ruy Moreira, O que é Geografia, Rio de Janeiro:
Brasiliense, 1981.
(FGV) Determinados países, a fim de controlar seu
balanço de pagamentos, estabelecem uma política
aduaneira que restringe a comercialização de certos
produtos, especialmente manufaturados.
Assim procedendo estão:
a) adotando a prática do livre/cambismo, permitindo o fluxo
comercial tributado.
b) protegendo a indústria nacional, preservando-a da
competição com o produto estrangeiro.
c) optando por uma política fiscal que busca valorizar o
mercado interno.
d) estimulando o capitalismo de mercado, sem abrir mão
de direitos alfandegários.
e) promovendo, indiretamente, as exportações, garantindo
o equilíbrio do balanço de pagamentos.
Resposta: letra b
(PUC - SP) “A organização espacial de uma nação (país),
assim como a articulação de seus compartimentos
regionais (regiões), é o reflexo permanente da natureza
do sistema socioeconômico que preside suas relações
de produção e das especificidades de seu
desenvolvimento”.
Pode-se inferir do texto acima que:
a) o desenvolvimento brasileiro tem suas raízes nas políticas
nacionalistas no período colonial.
b) todas as alterações nas formas de dependência
econômica que as nações latino-americanas conhecem
estão ligadas ao rompimento dos laços que mantinham a
dependência.
c) o subdesenvolvimento latino-americano é conseqüência
direta da característica tipicamente tropical deste continente
e do estágio primitivo de suas populações autóctones.
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03d) para se compreender a organização do espaço brasileiro
é necessário compreender o processo do
desenvolvimento do capitalismo internacional e as
especificidades deste na formação social brasileira.
e) durante o período colonial, o Brasil viu nascer uma classe
dominante que foi capaz de romper com o imperialismo
a partir de 1822, tornando-se independente
economicamente.
Resposta: letra d
São características da Região Nordeste do Brasil, exceto:
a) A Zona da Mata é a principal área populacional e urbana
do Nordeste.
b) A região do Meio-Norte é formada pelos Estados do
Maranhão e Piauí.
c) No Sertão nordestino predomina o clima tropical semi-
úmido.
d) O agreste é uma faixa de transição entre a Zona da Mata
e o Sertão.
e) O Nordeste brasileiro é dividido em quatro sub-regiões.
Resposta: letra c
1234512345123451234512345123451234512345
Assinale a alternativa incorreta:
a) O nome oficial do Brasil é República Federativa do Brasil.
b) O Brasil é um exemplo perfeito de federalismo, com
uma grande descentralização política e administrativa.
c) Federalismo é uma forma de governo na qual vários
Estados se reúnem numa União ou Federação, mas
conservam um grau de autonomia muito grande.
d) A partir de mais ou menos 1937, o federalismo brasileiro
começou a ceder lugar a uma centralização cada vez mais
forte.
e) Atualmente não existem territórios federais no País, mas
apenas Estados e o Distrito Federal.
Na legenda do mapa, os algarismos de I a IV indicam,
respectivamente, as sub-regiões nordestinas:
a) Fachada Atlântica, Borborema, Meio-Norte, Sertão.
b) Litoral Oriental, Chapada Diamantina, Borborema,
Nordeste Oriental.
c) Litoral Oriental, Sertão, Agreste, Meio-Norte.
d) Zona da Mata, Agreste, Sertão, Meio-Norte.
e) Zona da Mata, Meio-Norte, Sertão, Agreste.
A Região Nordeste do Brasil se distingue do restante do
País por uma série de características.
Entre elas são corretas:
01. uma homogeneidade geográfica tão aparente que é muito
difícil distinguir subunidades regionais;
02. a identificação bem marcada de duas áreas regionais: o
Nordeste açucareiro, que contrasta inteiramente com o
Sertão boiadeiro;
04. a possibilidade de divisão da região em quatro subunidades:
o Meio-Norte, o Sertão, o Agreste e o Litoral;
08. o litoral é a área de clima úmido e desde a colonização
foi ocupada pela lavoura canavieira;
16. o Sertão é a área de clima semi-árido e coincide com o
chamado Polígono das Secas, onde a atividade econômica
é, predominantemente, a pecuária extensiva.
Soma:
Situado no Centro-Sul do Brasil, este Estado ressente-se
da falta de uma grande cidade para polarizar seu espaço.
Assim, as capitais dos Estados vizinhos exercem forte
influência sobre seu território. Trata-se de:
a) Rio Grande do Sul.
b) Minas Gerais.
c) Paraná.
d) Santa Catarina.
e) Mato Grosso do Sul.
A Região Sul apresenta condições econômicas e sociais
em geral superiores à média brasileira, porque:
01. é a região de povoamento mais antigo do País;
02. possui grandes recursos minerais;
04. apresenta predomínio da exploração direta da terra e da
policultura associada à criação;
08. sofreu grande influência do imigrante asiático;
16. deve seu sucesso às grandes lavouras tropicais.
Soma:
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07Os diagramas abaixo representam o fluxo comercial de
produtos entre países desenvolvidos e países
subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.
Os diagramas I e II representam, respectivamente, o
comércio internacional de produtos:
a) minerais e agropecuários.
b) agropecuários e minerais.
c) agropecuários e alimentícios.
d) alimentícios e manufaturados.
e) manufaturados e alimentícios.
06 Assinale a alternativa correta com base nas afirmações a
seguir, referentes à dívida externa brasileira:
I. Um dos fatores da dívida externa brasileira é o alto custo
das importações de bens de capital aliado à instabilidade
de preços dos produtos agrícolas exportados.
II. As importações de equipamentos vinculadas a
empréstimos obtidos no exterior contribuem para a dívida
externa do Brasil.
III. As exportações de produtos agrícolas e de minérios não
constituem uma causa do crescimento da dívida externa
brasileira.
IV. a exportação de produtos industrializados contribui para
o aumento da dívida externa do Brasil.
a) São verdadeiras somente as afirmativas I e II.
b) São verdadeiras somente as afirmativas I e IV.
c) São verdadeiras somente as afirmativas I, II e III.
d) São verdadeiras somente as afirmativas II, III e IV.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
1234123412341234123412341234
(UFPR) Quanto à Região Centro-Oeste do Brasil, totalize
os valores das afirmativas corretas.
01. É a mais extensa, menos populosa e menos povoada
das regiões brasileiras.
02. É formada por quatro unidades: Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.
04. A principal atividade econômica é a pecuária.
08. O grande pólo econômico da industrialização de carne e
couro dessa região é Goiânia.
16. Os centros urbanos mais populosos são Cuiabá, Campo
Grande e Rondonópolis.
Soma:
(ESAES - E. SANTO) Dos itens a seguir, poderíamos
assinalar apenas um que cabe para conceituar a Região
Amazônica:
a) região brasileira onde a atividade industrial é dominante;
b) parte do território nacional com uma das maiores
densidades rodoviárias;
c) alto nível de capacidade técnica da população;
d) alta densidade demográfica e mão-de-obra qualificada;
e) predominância da atividade extrativa e baixa densidade
demográfica.
(UCS - RS) No mapa a seguir, as áreas hachuradas
representam, na Região Sudeste, concentração:
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03
a) agrícola e pastoril;
b) industrial e urbana;
c) pluviométrica e vegetal;
d) industrial e agrícola;
e) de grandes altitudes e de usinas.
(UFMG) O recém-inaugurado Sistema de Vigilância da
Amazônia - SIVAM atende a interesses tanto do Brasil,
isoladamente, quanto do mundo globalizado, em que o
País se insere. Assim sendo, é INCORRETO afirmar
que esses interesses são:
a) globalizados, porque o sistema permite monitorar o
desmatamento de vasta reserva florestal, onde grande
parte das espécies não foi sequer catalogada.
04
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Fluxos de Comércio e Regionalização
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Geo
grafi
a
b) nacionais, porque será possível ao Brasil exercer, em
caráter permanente, o controle - aéreo e terrestre - sobre
mais da metade do território nacional.
c) globalizados, porque parte da região coberta pelo sistema
abriga bases de redes de tráfico ilegal, que, hoje,
comprometem a segurança do mundo.
d) nacionais, porque revela o desenvolvimento tecnológico
e científico do País em um setor de ponta, o que aumenta
seu prestígio em âmbito mundial.
(PUC-RIO) “Atualmente, no Rio de Janeiro, com
freqüência podemos ler nas manchetes dos jornais que a
polícia “ocupou”, “invadiu” ou “fez um cerco” à favela.
Este vocabulário nos leva a pensar que se trata de uma
situação de guerra entre territórios, por meio do qual se
afirma claramente que estes espaços estariam submetidos
a forças hegemônicas diferentes: de um lado, a sociedade
“legalmente” constituída; de outro, um território
controlado “informalmente” pela força ou pelo prestígio
de grupos marginais.”
(Extraído de Gomes, Paulo César da Costa In A Condição
Urbana: ensaios de geopolítica da cidade. Rio de Janeiro: Ed.
Bertrand Brasil, 2002.)
O perigo, então, do uso desse vocabulário é que:
I) a exclusão social deixe de ser apenas um estatuto abstrato
e ganhe a forma de um território;
II) os habitantes do Rio de Janeiro acreditem que em uma
mesma cidade existam dois territórios mutuamente
excludentes;
III) a questão da violência possa ser resolvida com a
destruição das favelas.
A(s) afirmativa(s) que mostra(m) o perigo do uso do
vocabulário é(são):
a) I;
b) I e II;
c) I e III;
d) II e III;
e) I, II e III.
(UFPE) analise este quadro:
Consumo de eletricidade no Brasil: Composição
estimada (%)
A partir da análise dos dados desse quadro, e de outros
conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar
que:
a) a geração de eletricidade no País, segundo a previsão,
pode tornar-se mais dependente de fontes não-
renováveis de energia.
b) a mudança prevista na composição da estrutura de
produção de energia elétrica pode contribuir para o
agravamento do efeito estufa.
c) as mudanças na estrutura de produção visam ao equilíbrio
entre o consumo e as fontes disponíveis no território
nacional.
d) o aumento previsto da participação da energia nuclear
contraria a tendência atual em diversos países
desenvolvidos.
(UEPA) Uma característica presente no espaço econômico
globalizado é a existência de uma outra face, que é a
regionalização, da qual podemos afirmar que:
a) está presente no processo de reordenação econômica,
onde megablocos econômicos, como o MERCOSUL,
destacam-se pela plena unificação dos países latino-
americanos.
b) se manifesta através da formação de blocos econômicos,
como por exemplo o NAFTA, que engloba países da
América Saxônica e Latina como México, Chile e
Venezuela.
c) se materializa com o aumento dos fluxos de capitais que
ultrapassam as fronteiras políticas dos Estados, pois com
a globalização não existem mais barreiras protecionistas
nacionais.
d) tem nas alianças comerciais bilaterais seu mais evidente
agente estimulador, uma vez que a união aduaneira, através
de blocos econômicos, não obteve sucesso, devido à
acirrada competição econômica dos países que a
compõem.
e) busca a retirada das barreiras que dificultam os fluxos de
mercadorias, capitais, informações e indivíduos,
estabelecendo acordos que resultam em mercados
comuns, uniões aduaneiras ou simplesmente zonas de
livre comércio.
(UFPA) “O MERCOSUL é e continuará a ser o pilar de
nossa política externa, nossa grande esperança em
termos de inserção econômica internacional. Ele
transformou-se em sucesso, e não apenas pela análise
dos números crescentes do intercâmbio comercial entre
Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A proposta de
integração ao MERCOSUL pelo Chile, uma economia
internacionalizada é um reconhecimento (...), assim como
o pedido de aproximação do México”.
Trecho da entrevista do Presidente Fernando Henrique Cardoso
in Demétrio Magnoli et al. Panorama do Mundo 3, S. Paulo,
Scipione, 1997.
O trecho acima associado à análise das relações
econômicas internacionais do Brasil, permite dizer que:
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a) o sucesso do MERCOSUL está relacionado à
predominância de sistemas democráticos de governo
no seu interior, e à homogeneidade econômica dos países
membros.
b) quando se compara o MERCOSUL com o NAFTA, fica
explícita a identidade entre os mesmos, pois ambos são
megablocos geoeconômicos de influência mundial.
c) embora nos últimos anos o MERCOSUL tenha
apresentado ascensão econômica no cenário mundial,
recentemente o Brasil, juntamente com a Argentina,
periodizou sua participação integral à ALCA (Área de Livre
Comércio das Américas).
d) o Chile, como parceiro comercial do MERCOSUL,
representa um elo de integração entre os países do bloco
e os demais mercados internacionais, o que é favorecido
pela sua localização geográfica.
e) o pedido de aproximação do México ao MERCOSUL
está relacionado ao desejo de ingresso no mesmo, uma
vez que as diferenças sócio-econômicas com os Estados
Unidos provocaram sua exclusão oficial do Nafta.
(UFJF) “As grandes cidades latino-americanas anteriores
à Segunda Revolução Industrial (a que começa em torno
de 1870) não podiam ser consideradas metrópoles,
se reservamos esta expressão para as grandes cidades
que se irradiam sobre um vasto território e dotadas de
uma importante gama de atividades destinadas a satisfazer
as exigências da vida cotidiana da totalidade da população
nelas contidas (...)”.
SANTOS, Milton,
O espaço dividido. As metrópoles contribuem para o
surgimento de novas formas de vida e novas formas de
organização do espaço geográfico. Alguns fatores são
decisivos para que a metrópole exerça essa função,
exceto:
a) as metrópoles concentram os maiores recursos
financeiros, científicos, técnicos e humanos das
sociedades; elas centralizam as informações
indispensáveis para a gestão dos grandes
empreendimentos;
b) a globalização da economia impôs às metrópoles que,
como sede dos grandes empreendimentos e do núcleo
central do Estado moderno (quase sempre),
intensificassem as relações com o mundo;
c) uma das funções das metrópoles é a de não interferir
na organização do espaço rural; as mais importantes
metrópoles desenvolvem um tal grau de influência além
de seu território que nos permite denominá-las
metrópoles mundiais;
d) foi nas metrópoles que se desenvolveu a Revolução do
Consumo, que é uma das bases das sociedades
modernas; e das metrópoles essa revolução irradiou-
se para outros espaços, inclusive o rural.
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Gabarito
Geografia
Contexto Espacial do Brasil
Exercícios de Aplicação
01- a) americano, sul, sul-americano
b) 4°
02- ( )
( x )
( x )
( )
03- Depende do critério adotado para a divisão e dos seus
objetivos, pois pode ser importante do ponto de vista
administrativo, por facilitar a administração, mas pode se
tornar carrasca, se for usada para fins políticos pessoal,
pois o planejamento é uma forma de controle social.
04- É o endereço de um lugar no espaço, isto é, trata-se de
um ponto ou posição no espaço.
localização: É o endereço de um lugar no espaço, isto
é, trata-se de um ponto ou posição no espaço.
território: Área de um país, o território define-se pelo
uso, isto é, representa uma parcela do espaço terrestre
que alguém possui, é o espaço dominado por uma
comunidade ou por um Estado.
05- No Brasil, os meridianos foram ‘desviados”, de acordo
com os limites territoriais mais próximos, para evitar que
haja horas diferentes numa mesma localidade.
06- É dividir um espaço em partes menores, seja para melhor
planejar ou para localizar com maior facilidade.
É o intervalo ou espaço de cada 15º, que corresponde a
uma hora.
07- Sim, muitos são os critérios para regionalizar o espaço
geográfico. Pois ao longo da história foram propostas
várias divisões regionais para o país, cada uma diferente
da outra.
Questões de Vestibulares
01- e
02- a
03- d
04- Serão 14h00
05- Serão 10h00
06- Pois regionalizar um espaço e planejar seu
aproveitamento, sua ocupação e sua organização é uma
forma de controle.
07- 14 ( 2 + 3+ 4 + 5)
Desafio
Letra e
Aspectos Físicos do Brasil
Exercícios de Aplicação
01- b 02- d 03- c
04- a 05- c 06- c
07- d
Questões de Vestibulares
01- a 02- a 03- c
04- b 05- d 06- d
07- b
Desafio
Letra c
A População Brasileira
Exercícios de Aplicação
01- O “plantation” da cana-de-açúcar.
02- O sentido de nossa colonização foi o de servir a Coroa
Portuguesa e o enriquecimento de Portugal.
03- Através de alianças com aquela que se firmava como a
grande potência do período, a Inglaterra. Para receber
proteção dos ingleses, Portugal obrigou-se a conceder
privilégios comerciais e vantagens generosas, por
exemplo, o tratado de Methuen.
04- A ocupação das terras brasileiras pelos portugueses foi
motivada pela defesa da soberania da Coroa Portuguesa,
uma vez que, o instrumento legal que garantia a posse,
era a ocupação do território.
05- O termo “índio” para caracterizar os habitantes nativos do
Brasil é bastante problemático, pois cada grupo ou nação
que aqui vivia, se auto-identificavam por um nome, por
exemplo, Xavante, Xetás, etc., logo, serem identificados
genericamente por “índio” passou a ser depreciativo.
06- Porque continua dependente economicamente do
exterior e mantém grandes desigualdades sociais.
07- b
Questões de Vestibulares
01- d 02- a 03- e
04- a 05- c 06- 04+16= 20
07- b
Desafio
( c )
( e )
( e )
( c )
( e )
1
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Gabarito Geografia
Modelo Econômico Brasileiro
Exercícios de Aplicação
01- Os países centrais — metrópoles — especializavam-se
em indústrias e pesquisa tecnológicas e as colônias ficavam
com a tarefa de produzir alimentos, minérios e outras
matérias-primas, cada um ficava com uma tarefa.
02- A montagem de uma sólida empresa agrícola de produtos
tropicais garantiu a manutenção dos domínios
conquistados, sendo também uma iniciativa inovadora e
arrojada: para o século XVI.
03- � E utilização das melhores terras para produção de
produtos para a exportação e não para produzir alimentos
para a população;
� povoamento efetivo na faixa litorânea para facilitar o
escoamento da produção para os portos;
� controle total da economia pelos representantes da
metrópole, enviando grande remessa de lucros à Portugal.
04- Amazônia (borracha), Nordeste (açúcar e algodão),
Centro-Oeste (mineração) e Sudeste e Sul (café e
pecuária).
05- A integração entre os pólos produtores de matéria prima
e o centro administrativo, aliado aos portos e infra-
estrutura facilitou o surgimento e a concentração das
indústrias.
06- Era fragmentada regionalmente até o início do século
XX, formando pequenos pólos industriais, não havia um
espaço nacional, ou seja, um espaço geográfico integrado
de fato no país.
07- Não, a industrialização vem aos poucos modificando as
características políticas e sociais do Brasil, mas a
modernização ainda não chegou para todos os brasileiros,
ainda temos uma massa de miseráveis, sem tetos, sem
terras, sem empregos, sem escolas, e tem sido um
desafio permanente dos nossos governantes reverter
esse quadro triste.
Questões de Vestibulares
01- Com a industrialização concentrada em São Paulo projeta-
se nosso espaço integrado, fato que gera dependência
entre os vários pontos do nosso território, caracterizando
nosso espaço geográfico, ou seja, a articulação econômica
entre os vários quadrantes do Brasil.
02- c
03- b
04- c
05- a
06- b
07- d
Desafio
Letra e
Extrativismo no Brasil
Exercícios de Aplicação
01- b
02- b
03- a
04- d
05- a
06- a
07- e
Questões de Vestibulares
01- b
02- c
03- e
04- a
05- c
06- b
07- b
Desafio
Letra a
Agricultura e Pecuária
Exercícios de Aplicação
01- d
02- 1 ̈ lavoura comercial de café e algodão.
2 ̈ pecuária de corte.
03- d
04- d
05- a
06- e
07- O Rio Grande do Sul – gado europeu;
O Triângulo Mineiro – gado indiano (zebu),
A Ilha de Marajó – gado bufalino.
Questões de Vestibulares
01- 01+02+04=07
02- d
03- b
04- a
05- 01+08=09
06- d
07- d
Desafio
Letra b
2
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Gabarito
Geografia
A Industrialização Brasileira
Exercícios de Aplicação
01- Na Copa do Mundo de 2002, um turista brasileiro
pôde comprar em Tókio uma bola de futebol de marca
alemã fabricada no Paquistão e importada por uma
empresa italiana. Há dez anos, os impostos sobre
importações tornavam uma compra como essa
impossível.
02- Se a empresa alemã montou uma fábrica no Paquistão,
é porque encontrou lá condições de baratear o custo
das bolas. Essa redução acaba sendo repassada para o
consumidor. Ou seja, a bola está mais barata, essa é a
vantagem competitiva, é esse mecanismo que leva as
empresas investir em outros lugares.
03- b
04- b
05- b
06- b
07- a
Questões de Vestibulares
01- d 02- a
03- c 04- e
05- c 06- b
07- e
Desafio
Letra a
Os Meios de Circulação no Brasil
Exercícios de Aplicação
01- d 02- a
03- c 04- d
05- a 06- d
07- b
Questões de Vestibulares
01- d 02- d
03- e 04- a
05- b 06- c
07- e
Desafio
Letra c
Fluxos de Comércio e Regionalização
Exercícios de Aplicação
01- b
02- d
03- 04+08+16=28
04- d
05- 04
06- e
07- a
Questões de Vestibulares
01- 02+04=06
02- e
03- b
04- d
05- b
06- c
07- e
08- d
Desafio
Letra c
3
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