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Page 1: Apostila eja fisica 2

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Page 2: Apostila eja fisica 2

2º UnidadeCapítulo V

Escala Termométrica________________________________________________________________3Questões do ENEM________________________________________________________________6

Capítulo VIEstudo do Calor ___________________________________________________________________8

Questões do ENEM________________________________________________________________12

Capítulo VIIDilatação Térmica__________________________________________________________________14

Questões do ENEM________________________________________________________________18

Capítulo VIIIEstudo dos Gases__________________________________________________________________20

Questões do ENEM________________________________________________________________29

Capítulo V

Organização: Apoio:

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Page 3: Apostila eja fisica 2

Existem diversas escalas termométricas, a mais utilizada no Brasil é a Celsius (ºC). Ela considera a temperatura 0ºC (zero graus), o ponto de fusão da água, e a temperatura de 100ºC (cem graus) como o ponto de ebulição da água. Nos EUA e Inglaterra, a escala utilizada é a Farenheight (ºF), que considera 37º como o ponto de fusão do H2O, e 212º o ponto de ebulição.

Existe uma terceira escala, chamada de Kelvin, que tem como ponto de referência, o zero absoluto. Seria o menor estado de agitação de moléculas. Essa temperatura é o zero kelvin, que, convertido para graus Celsius, equivale a -273ºC.

Convertendo TemperaturasPara fazer a conversão de uma temperatura para outra unidade, devemos utilizar o

diagrama abaixo:

O esquema acima se baseia no teorema de tales, que é estudado na Matemática. Observe as equações abaixo:

Tc – 0 / 100 – 0 = Tf – 32 / 212 – 32

Ou seja, na escala de celsius, se pegarmos Tc e subtrairmos 0 (temperatura do ponto de fusão) e dividirmos por 100 – 0 (temperatura de ebulição menos temperatura de fusão) será igual a Tf menos 32 (temperatura de fusão em farenheight) e dividirmos por 212-32 (temperatura de ebulição menos temperatura de fusão, ambas em farenheight).

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Capítulo V

Page 4: Apostila eja fisica 2

A equação funciona para qualquer temperatura Tc ou Tf que queiramos, mesmo que sejam negativas, abaixo ou acima dos números representados. A mesma equação, simplificada:

Tc / 100 = Tf-32/180

É muito comum em vestibulares, fazerem perguntas do tipo “Em uma escala desconhecida, a água entra em fusão quando a altura de mercúrio está em 4cm, e evapora quando está a 29cm. Quando o mercurio estiver em 24cm, qual será a temperatura correspondente em celsius?”

Para resolvê-la, basta criar uma nova escala termométrica, onde o zero celsius corresponde à 4cm (ponto de fusão), e 100 ºC corresponde a 29cm (ebulição).

Tc / 100 = Tcm – 4 / 29 – 4Como já conhecemos a temperatura na nova escala (24cm), basta trocar Tcm por 24:Tc / 100 = 24 – 4 / 29 – 425 Tc = 2000Assim descobrimos que Tc valerá 80ºC .

Relação entre as escalas Celsius e Kelvin

- 100o C - 373 K

- tC - T

- 0o C - 273 K

Exemplos1. (FATEC 2001) Em um laboratório um cientista determinou a temperatura de uma

substância. Considerando-se as temperaturas:

-100K; 32 °F; -290°C; -250 °C,

Os possíveis valores encontrados pelo cientista foram:

a) 32 °F e -250 °C.

b) 32 °F e -290°C.

c) -100K e 32 °F.

d) -100K e -250 °C.

e) -290°C e -250 °C.

Resolução

273373273

01000

−−=

−− TtC

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Capítulo V

Page 5: Apostila eja fisica 2

Sabemos que a menor temperatura possível é 0K que corresponde a -273°C. Logo, -100k e -290°C são temperaturas impossíveis.

Obtemos então, como resposta a alternativa A.

(UESC-BA) Na embalagem de um produto existe a seguinte recomendação: "Manter a -4° C".

Num país em que se usa a escala Fahrenheit, a temperatura correspondente à recomendada é:

a) -39,2°F

b) -24,8°F

c) 24,8°F

d) 39,2°F

e) 40,2°F

Resolução

RESPOSTA: C2. (ITA-SP) - Para medir a febre de pacientes, um estudante de medicina criou sua

própria escala linear de temperaturas. Nessa nova escala, os valores de O (zero) e 10 (dez) correspondem, respectivamente, a 37°C e 40°C. A temperatura de mesmo valor numérico em ambas escalas é aproximadamente:

a) 52,9 ºC

b) 28,5 ºC

c) 74,3 ºC

d) - 8,5 ºC

e) - 28,5 ºC

ResoluçãoComparando-se as escalas, temos:

Fazendo-se θX - θC = θ, vem:

RESPOSTA: A

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Capítulo V

Page 6: Apostila eja fisica 2

Um corpo se encontra à temperatura de 27o C. Determine o valor dessa temperatura na escala Kelvin.

Resposta:____________________________________

Um doente está com febre de 42o C. Qual sua temperatura expressa na escala Kelvin?

Resposta:____________________________________

Uma pessoa tirou sua temperatura com um termômetro graduado na escala Kelvin e encontrou 312 K. Qual o valor de sua temperatura na escala Celsius?

Resposta:____________________________________

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Capítulo V

Page 7: Apostila eja fisica 2

Um gás solidifica-se na temperatura de 25 K. Qual o valor desse ponto de solidificação na escala Celsius?

Resposta:____________________________________

Uma forma de aumentar a temperatura de um corpo é através do contato com outro que esteja mais quente. Existe outra forma? Dê um exemplo.

Resposta:____________________________________

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Capítulo V

Page 8: Apostila eja fisica 2

Quantidade de CalorA quantidade de calor é medida em calorias. Caloria ou pequena caloria é a

quantidade de calor necessária para elevar de 1°C a temperatura de 1g de água. A principal unidade derivada da caloria é a grande caloria, quantidade de calor necessária para elevar de 1°C a temperatura de 1000g de água. A grande caloria equivale a 1000 calorias. A caloria é indicada pela sigla cal e a grande caloria pela sigla kcal.

Observe que a caloria, por definição, é a quantidade de calor que eleva 1g de água de 1°C. Logo, podemos concluir que o calor específico da água é de 1 cal/g°C (uma caloria por grama por graus Celsius). Estando a água e o ferro recebendo mesma quantidade de calor, o ferro se aquece muito mais rapidamente que a água.

Isso significa que o ferro necessita de menos calor que a água para elevar sua temperatura. Logo, o ferro tem menos calor específico que a água. Calor específico de uma substância é a quantidade de calor, medida em calorias, que eleva 1grama dessa substância de 1 grau C. O cálculo da quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de um corpo é feito com base na fórmula:

Q = m.c. ∆ t

Q = quantidade de calor (cal )m = massa (g)c = calor específico ( cal/ g. oC)∆ t = variação da temperatura (oC)∆ t = t - t0

Exemplo1. Uma piscina com 40m2 contém água com profundidade de 1m. Se a potência

absorvida da radiação solar, por unidade de área, for igual a 836W/m2 , o tempo de exposição necessário para aumentar a temperatura da água de 17oC a 19oC será,

Busque mais sobre quantidade de calor.

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Capítulo VI

Page 9: Apostila eja fisica 2

Resolução

Calculando a quantidade de energia:

Calculando o tempo necessário para que ocorra a absorção de energia suficiente (supondo perda zero):

Trocas de Calor"Quando dois ou mais corpos trocam calor entre si, até estabelecer-se o equilíbrio

térmico, é nula a soma das quantidades de calor trocadas por eles." termômetro

calorímetro

QA + QB = 0

Qrecebido > 0Qcedido < 0

A

B

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Capítulo VI

Page 10: Apostila eja fisica 2

Calor LatenteQuando uma quantidade de calor é fornecida ou retirada de um corpo, não modifica a

sua temperatura, mas produz mudança fase, é denominado calor latente.

Essa temperatura invariável denominamos de temperatura de mudança de fase.O calor específico latente L de um material informa a quantidade de calor que uma

unidade de massa desse material precisa receber ou perder exclusivamente para mudar de estado de agregação.

A quantidade de calor é determinada através da seguinte expressão:

Q = m.L

Q = quantidade de calor (cal)m = massa (g)L = calor latente da substância (cal/g)

Exemplo1. Qual a quantidade de água permanecerá líquida após serem extraídos 50,2 kJ de

calor de 260g de água inicialmente em ponto de congelamento?

Resolução

RESPOSTA: Essa é a massa que derreteu.

Na transformação do gelo em água, embora o gelo esteja recebendo calor, sua temperatura não varia enquanto não se completa a mudança de fase.

Na transformação da água em vapor, embora a água esteja recebendo calor, sua temperatura não varia enquanto não se completa a mudança de fase.

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Capítulo VI

Page 11: Apostila eja fisica 2

2. Um recipiente de capacidade térmica 50 cal/ºC contém 200g de água a 40ºC. Introduz no recipiente 50g de gelo a 0ºC. Admitindo q não há trocas de calor com o ambiente, a temperatura final de equilíbrio, em ºC, é:

Dados:calor especifico da água = 1cal/gºC

calor latente de fusão de gelo = 80 cal/g

ResoluçãoÉ um teste bastante simples, envolvendo troca de calor entre corpos.

Quem receberá calor será o GELO, que precisa para derreter totalmente:

Quem fornecerá calor será o conjunto RECIPIENTE + ÁGUA.

Calculando a quantidade de energia MAXIMA que poderá ser fornecida antes de atingir a

temperatura mais baixa possível :

Como a energia MÁXIMA que o sistema pode perder ao gelo é de 10.000 cal e são necessárias 16.000 cal para fundir totalmente o gelo, conclui-se que o equilíbrio térmico

ocorrerá sem que todo gelo derreta.

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Capítulo VI

Page 12: Apostila eja fisica 2

Calcule a quantidade de calor necessária para transformar 300 g de gelo a 0o C em água a 0o C, sabendo que o calor latente de fusão da água é LF = 80 cal/g.

Resposta:____________________________________

Determine a quantidade de calor que se deve fornecer para transformar 70 g de água a 100o C em vapor de água a 100o C. Dado: calor latente de vaporização da água LV = 540 cal/g.

Resposta:____________________________________

Uma substância de massa 200 g absorve 5000 cal durante a sua ebulição. Calcule o calor latente de vaporização.

Resposta:____________________________________

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Capítulo VI

Page 13: Apostila eja fisica 2

Uma peça de ferro de 50 g tem temperatura de 10o C. Qual é o calor necessário para aquecê-la até 80o C? (calor específico do ferro: c = 0,11 cal/ g. oC )

Resposta: ____________________________________

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Capítulo VI

Page 14: Apostila eja fisica 2

Dilatação LinearQuando estamos estudando a dilatação de um fio, teremos a ocorrência predominante

de um aumento no comprimento desse fio. Essa é a característica da dilatação linear. Imaginemos uma barra de comprimento inicial Lo e temperatura inicial to. Ao aquecermos esta barra para uma temperatura t ela passará a ter um novo comprimento L. Vejamos a representação a seguir:

L0

∆ L

L

∆ L = variação no comprimentoα = coeficiente de dilatação linear (oC-1)

∆ t = variação da temperatura (oC)

t t0

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Capítulo VII

∆ L = L - L0

∆ t = t - t0

∆ L = α .L0. ∆ t L = Lo (1 + α . ∆ t )

Page 15: Apostila eja fisica 2

Exemplo1. (VUNESP-SP) A dilatação térmica dos sólidos é um fenômeno importante em

diversas aplicações de engenharia, como construções de pontes, prédios e estradas de ferro. Considere o caso dos trilhos de trem serem de aço, cujo coeficiente de dilatação é g = 11 . 10-6 °C-1. Se a 10°C o comprimento de um trilho é de 30m, de quanto aumentaria o seu comprimento se a temperatura aumentasse para 40°C?

a) 11 . 10-4 m

b) 33 . 10-4 m

c) 99 . 10-4 m

d) 132 . 10-4 m

e) 165 . 10-4 m

Resolução

O cálculo da dilatação linear ΔL, do trilho é:

ΔL = L0 . α . Δθ

ΔL = 30 . (11 . 10-6) . (40 – 10) = 99 . 10-4 m

RESPOSTA: C

2. (UFPE) - O gráfico abaixo representa a variação, em milímetros, do comprimento de uma barra metálica, de tamanho inicial igual a 1,000m, aquecida em um forno industrial. Qual é o valor do coeficiente de dilatação térmica linear do material de que é feita a barra, em unidades de 10-6 ºC-1.

Resolução

ΔL = L0 . α . Δθ

15 = 1000 . α . (500 - 0)

α = 30. 10-6 ºC-1

RESPOSTA: 30

Dilatação SuperficialDilatação superficial é aquela em que predomina a variação em duas dimensões, ou

seja, a variação da área. Consideremos uma placa de área inicial A0, à temperatura inicial t0. Aumentado a

temperatura da placa para t sua área passa para A.

t0 t

A0 A ∆ A = A - A0

∆ A = β .A0. ∆ t

A = Ao (1 +β . ∆ t )

β = 2 α

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Capítulo VII

Page 16: Apostila eja fisica 2

∆ A = variação da superfícieβ = coeficiente de dilatação superficial (oC-1)

∆ t = variação da temperatura (oC)

Exemplo1) O que acontece com o diâmetro do orifício de uma coroa de alumínio quando esta é

aquecida?

ResoluçãoA experiência mostra que o diâmetro desse orifício aumenta. Para entender melhor o

fenômeno, imagine a situação equivalente de uma placa circular, de tamanho igual ao do orifício da coroa antes de ser aquecida. Aumentando a temperatura, o diâmetro da placa aumenta.

Dilatação VolumétricaQuando estamos estudando a dilatação de um paralelepípedo, teremos a ocorrência

predominante de um aumento no volume desse corpo. Essa é a característica da dilatação volumétrica. Imaginemos um paralelepípedo de volume inicial Vo e temperatura inicial to. Ao aquecermos este corpo para uma temperatura t ele passará a ter um novo volume V.

t0 t

∆ V = variação do volumeγ = coeficiente de dilatação volumétrica (oC-1)

∆ t = variação da temperatura (oC)

V0

V

∆ V = V - V0

∆ V = γ .V0. ∆ tV = Vo (1 + γ . ∆ t )

γ = 3 α

16

Capítulo VII

Page 17: Apostila eja fisica 2

Exemplo1. Uma proveta de vidro é preenchida completamente com 400 cm3 de um liquido a

20°C. O conjunto é aquecido até 220°C. Há, então, um transbordamento de 40 cm3 do liquido.

É dado γVidro = 24 . 10-6 ºC-1

Calcule:

a) o coeficiente de dilatação volumétrica aparente do liquido (γap)

b) o coeficiente de dilatação volumétrica real do liquido (γreal)

Resoluçãoa) O transbordamento do líquido é sua dilatação aparente: ΔVap = 40 cm3 .

Tem-se também a expressão Δt = 220 - 20 \ Δt = 200ºC

Da expressão da dilatação aparente de líquidos, escreve-se .

Logo

b) Pela expressão γap + γvidro tem-se: γ = 500 x 10-6 + 24 x 10-6 \ γ = 424 x 10-6 °C-1

RESPOSTAS: a) γap = 500 x 10-6 °C-1 b) γ = 424 x 10-6 °C-1

1. O cilindro circular de aço do desenho abaixo se encontra em um laboratório a uma temperatura de -100ºC. Quando este chegar à temperatura ambiente (20ºC), quanto ele terá dilatado?

Dado que .

ResoluçãoSabendo que a área do cilindro é dada por:

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Capítulo VII

Page 18: Apostila eja fisica 2

Um petroleiro recebe uma carga 107 barris de petróleo no Golfo Pérsico, a uma temperatura de 50o C. Qual a perda em barris, por efeito de contração térmica, que esta carga apresenta quando á descarregada no Brasil, a uma temperatura de 10o C? Dado: γ petróleo = 10-3 oC-1.

Resposta:____________________________________

Ao ser aquecido de 10o C para 210o C, o volume de um corpo sólido aumenta 0,02 cm3. Se o volume do corpo a 10o C era 100 cm3, determine os coeficientes de dilatação volumétrica e linear do material que constitui o corpo.

Resposta:____________________________________

Uma chapa de zinco tem área de 8 cm2 a 20oC. Calcule a sua área a 120o C. Dado: β zinco = 52. 10-6 oC-1.

Resposta:____________________________________

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Capítulo VII

Page 19: Apostila eja fisica 2

Uma chapa de chumbo tem área de 900 cm2 a 10o C. Determine a área de sua superfície a 60o

C. O coeficiente de dilatação superficial do chumbo vale 54. 10-6 oC-1.

Resposta:____________________________________

Qual o aumento de comprimento que sofre uma extensão de trilhos de ferro com 1000 m ao passar de 0o C para 40o C, sabendo-se que o coeficiente de dilatação linear do ferro é 12.10-6

oC-1 ?

Resposta:____________________________________

Um cano de cobre de 4 m a 20o C é aquecido até 80o C. Dado α do cobre igual a 17.10-6 oC-1 , de quanto aumentou o comprimento do cano?

Resposta: ____________________________________

19

Capítulo VII

Page 20: Apostila eja fisica 2

Transformação IsotérmicaA palavra isotérmica se refere a mesma temperatura, logo uma transformação

isotérmica de uma gás, ocorre quando a temperatura inicial é conservada.A lei física que expressa essa relação é conhecida com Lei de Boyle e é

matematicamente expressa por:

Onde:p=pressãoV=volume

=constante que depende da massa, temperatura e natureza do gás.

Como esta constante é a mesma para um mesmo gás, ao ser transformado, é válida a relação:

Transformação IsobáricaAnalogamente à transformação isotérmica, quando há uma transformação isobárica, a

pressão é conservada.Regida pela Lei de Charles e Gay-Lussac, esta transformação pode ser expressa por:

Onde:V=volume;T=temperatura absoluta;

=constante que depende da pressão, massa e natureza do gás.

p . V = K 1

Transformação de um gás sob temperatura constante.

V = K2 . T

20

Capítulo VIII

Page 21: Apostila eja fisica 2

Assim, quando um mesmo gás muda de temperatura ou volume, é válida a relação:

Transformação IsométricaA transformação isométrica também pode ser chamada isocórica e assim como nas

outras transformações vistas, a isométrica se baseia em uma relação em que, para este caso, o volume se mantém.

Regida pela Lei de Charles, a transformação isométrica é matematicamente expressa por:

Onde:P= pressão;T=temperatura absoluta do gás;

=constante que depende do volume, massa e da natureza do gás.;Como para um mesmo gás, a constante é sempre a mesma, garantindo a validade

da relação:

Equação de ClapeyronRelacionando as Leis de Boyle, Charles Gay-Lussac e de Charles é possível

estabelecer uma equação que relacione as variáveis de estado: pressão (p), volume (V) e temperatura absoluta (T) de um gás.

Esta equação é chamada Equação de Clapeyron, em homenagem ao físico francês Paul Emile Clapeyron que foi quem a estabeleceu.

Onde:p=pressão;V=volume;n=nº de mols do gás;

Transformação a pressão constante.

p = K3 . T

Transformação a volume constante.

p . V = n . R . T

21

Capítulo VIII

Page 22: Apostila eja fisica 2

R=constante universal dos gases perfeitos;T=temperatura absoluta.

Lei Geral dos Gases PerfeitosAtravés da equação de Clapeyron é possível obter uma lei que relaciona dois estados

diferentes de uma transformação gasosa, desde que não haja variação na massa do gás.Considerando um estado (1) e (2) onde:

Através da lei de Clapeyron:

esta equação é chamada Lei geral dos gases perfeitos.

Exemplos1. (ACAFE-SC) Um gás ideal recebe calor e fornece trabalho após uma das

transformações:

a) adiabática e isobárica.

b) isométrica e isotérmica.

c) isotérmica e adiabática.

d) isobárica e isotérmica.

e) isométrica e adiabática.

RESPOSTA: D

2. (UFRJ) Um gás de volume 0,5m³ à temperatura de 20ºC é aquecido até a temperatura de 70ºC. Qual será o volume ocupado por ele, se esta transformação acontecer sob pressão constante?

ResoluçãoÉ importante lembrarmos que a temperatura considerada deve ser a temperatura

absoluta do gás (escala Kelvin) assim, o primeiro passo para a resolução do exercício é a conversão de escalas termométricas:

22

Capítulo VIII

Page 23: Apostila eja fisica 2

Lembrando que:

Então:

3. (UERJ) Qual é o volume ocupado por um mol de gás perfeito submetido à pressão de 5000N/m², a uma temperatura igual a 50°C?

Resolução

Dado: 1atm=10000N/m² e

Substituindo os valores na equação de Clapeyron:

Transmissão de Calor

Condução Térmica"A condução térmica consiste numa transferência de energia de vibração entre as

moléculas que constituem o sistema."

23

Capítulo VIII

Page 24: Apostila eja fisica 2

Convecção térmica"A convecção térmica é a propagação que ocorre nos fluidos (líquidos, gases e

vapores) em virtude de uma diferença de densidades entre partes do sistema."

Irradiação térmica"A irradiação é a transmissão de por intermédio de

ondas eletromagnéticas. Nesse processo, somente a energia se propaga, não sendo necessário nenhum meio material."

Termodinâmica

Trabalho Realizado Por Um GásConsidere um gás de massa m contido em um cilindro com área de base A, provido de

um êmbolo. Ao ser fornecida uma quantidade de calor Q ao sistema, este sofrerá uma expansão, sob pressão constante, como é garantido pela Lei de Gay-Lussac, e o êmbolo será deslocado.

Busque mais sobre transmissão de calor

A termodinâmica estuda as relações entre o calor trocado e o trabalho realizado numa transformação de um sistema.

24

Capítulo VIII

Page 25: Apostila eja fisica 2

Assim como para os sistemas mecânicos, o trabalho do sistema será dado pelo produto da força aplicada no êmbolo com o deslocamento do êmbolo no cilindro:

Assim, o trabalho realizado por um sistema, em uma tranformação com pressão constante, é dado pelo produto entre a pressão e a variação do volume do gás.

Quando:• o volume aumenta no sistema, o trabalho é positivo, ou seja, é realizado sobre o

meio em que se encontra (como por exemplo empurrando o êmbolo contra seu próprio peso);

• o volume diminui no sistema, o trabalho é negativo, ou seja, é necessário que o sistema receba um trabalho do meio externo;

• o volume não é alterado, não há realização de trabalho pelo sistema.

ExemploUm gás ideal de volume 12m³ sofre uma transformação, permenescendo sob pressão

constante igual a 250Pa. Qual é o volume do gás quando o trabalho realizado por ele for 2kJ?

Na expansão,

Vfinal > Vinicial → τ > 0

(o gás realiza trabalho)

Na compressão,

Vfinal < Vinicial → τ < 0

(o gás recebe trabalho do meio exterior)

25

Capítulo VIII

Page 26: Apostila eja fisica 2

Resolução

Trabalho Pela ÁreaÉ possível representar a transformação isobárica de um gás através de um diagrama

pressão por volume:

Comparando o diagrama à expressão do cálculo do trabalho realizado por um gás , é possível verificar que o trabalho realizado é numericamente igual à área sob a curva do gráfico (em azul na figura).

Primeiro Princípio da TermodinâmicaChamamos de 1ª Lei da Termodinâmica, o princípio da conservação de energia

aplicada à termodinâmica, o que torna possível prever o comportamento de um sistema gasoso ao sofrer uma transformação termodinâmica.

Analisando o princípio da conservação de energia ao contexto da termodinâmica:Um sistema não pode criar ou consumir energia, mas apenas armazená-la ou

transferi-la ao meio onde se encontra, como trabalho, ou ambas as situações simultaneamente, então, ao receber uma quantidade Q de calor, esta poderá realizar um trabalho e aumentar a energia interna do sistema ΔU, ou seja, expressando matematicamente:

Q = τ + U

O trabalho é numericamente igual a área, num gráfico da pressão em função da variação do volume.

26

Capítulo VIII

Page 27: Apostila eja fisica 2

Sendo todas as unidades medidas em Joule (J).Conhecendo esta lei, podemos observar seu comportamento para cada uma das

grandezas apresentadas:

Calor Trabalho Energia Interna Q/ /ΔU

Recebe Realiza Aumenta >0

Cede Recebe Diminui <0

não troca não realiza e nem recebe não varia =0

Exemplo Ao receber uma quantidade de calor Q=50J, um gás realiza um trabalho igual a 12J,

sabendo que a Energia interna do sistema antes de receber calor era U=100J, qual será esta energia após o recebimento?

Resolução

Segundo Princípio da TermodinâmicaDentre as duas leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior aplicação na

construção de máquinas e utilização na indústria, pois trata diretamente do rendimento das máquinas térmicas.

Dois enunciados, aparentemente diferentes ilustram a 2ª Lei da Termodinâmica, os enunciados de Clausius e Kelvin-Planck:

• Enunciado de Clausius - O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um outro corpo de temperatura mais alta.

Tendo como consequência que o sentido natural do fluxo de calor é da temperatura mais alta para a mais baixa, e que para que o fluxo seja inverso é necessário que um agente externo realize um trabalho sobre este sistema.

• Enunciado de Kelvin-Planck - É impossível a construção de uma máquina que, operando em um ciclo termodinâmico, converta toda a quantidade de calor recebido em trabalho.

27

Capítulo VIII

Page 28: Apostila eja fisica 2

Este enunciado implica que, não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%, ou seja, por menor que seja, sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho efetivo.

Abaixo o esquema demonstrando a 2° lei da termodinâmica.

Q1 Q2 τ

Q1 = quantidade de calor fornecida para a máquina térmica.τ = trabalho obtidoQ2 = quantidade de calor perdida.

Rendimento da Máquina TérmicaPodemos chamar de rendimento de uma máquina a relação entre a energia utilizada

como forma de trabalho e a energia fornecida:Considerando:

=rendimento;= trabalho convertido através da energia térmica fornecida;

=quantidade de calor fornecida pela fonte de aquecimento;

=quantidade de calor não transformada em trabalho.O valor mínimo para o rendimento é 0 se a máquina não realizar nenhum trabalho, e o

máximo 1, se fosse possível que a máquina transformasse todo o calor recebido em trabalho, mas como visto, isto não é possível. Para sabermos este rendimento em percentual, multiplica-se o resultado obtido por 100%.

ExemploUm motor à vapor realiza um trabalho de 12kJ quando lhe é fornecido uma quantidade

de calor igual a 23kJ. Qual a capacidade percentual que o motor tem de transformar energia térmica em trabalho?

FonteQuente

T1

FonteFriaT2

Máquina Térmica

τ = Q1 - Q2

1Qτη =

28

Capítulo VIII

Page 29: Apostila eja fisica 2

Uma máquina térmica recebe 100 joules de energia, mas devido às perdas por aquecimento, ela aproveita somente 50 joules. Determine o rendimento dessa máquina.

Resposta:____________________________________

Um motor elétrico recebe 80 J de energia, mas aproveita efetivamente apenas 60 J. Qual é o rendimento do motor?

Resposta:____________________________________

Uma máquina térmica, em cada ciclo, rejeita para a fonte fria 240 joules dos 300 joules que retirou da fonte quente. Determine o trabalho obtido por ciclo nessa máquina e o seu rendimento.

Resposta:____________________________________

29

Capítulo VIII

Page 30: Apostila eja fisica 2

Na temperatura de 300 K e sob pressão de 1 atm, uma massa de gás perfeito ocupa o volume de 10 litros. Calcule a temperatura do gás quando, sob pressão de 2 atm, ocupa o volume de 20 litros.

Resposta:____________________________________

Num dado processo termodinâmico, certa massa de um gás recebe 260 joules de calor de uma fonte térmica. Verifica-se que nesse processo o gás sofre uma expansão, tendo sido realizado um trabalho de 60 joules. Determine a variação da energia interna.

Resposta:____________________________________

As figuras representam a transformação sofrida por um gás. Determinar o trabalho realizado de A para B em cada processo.

a) P (N/m2) A B 20

0 5 V (m3)

30

Capítulo VIII

Page 31: Apostila eja fisica 2

b) P (N/m2)

A 30 B 0 6 V (m3)

c) P (N/m2)

A B 10......... 0 2 5 V (m3)

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Capítulo VIII