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Técnico em Nutrição e Dietética DIETOTERAPIA PROFESSORA: JOSICLÉIA VIEIRA DE ABREU Iguatu - CE 2014

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Dietoterapia

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  • Tcnico em Nutrio e Diettica

    DIETOTERAPIA PROFESSORA: JOSICLIA VIEIRA DE ABREU

    Iguatu - CE 2014

  • SUMRIO 1. NUTRIO E SADE

    2. OS NUTRIENTES

    3. AVALIAO NUTRICIONAL

    4. INTRODUO DIETOTERAPIA

    5. CUIDADO NUTRICIONAL EM PACIENTES HOSPITALIZADOS

    6. SUPORTE NUTRICIONAL

    7. INTERAO FRMACO-NUTRIENTE

    8. DIETOTERAPIA NAS CARNCIAS NUTRICIONAIS

    9. DIETOTERAPIA NOS DISTRBIOS DO TRATO GASTRODIGESTRIO

    10. DIETOTERAPIA NA OBESIDADE

    11. DIETOTERAPIA NAS DOENAS ENDCRINAS E METABLICAS

    12. DIETOTERAPIA NA HIPERTENSO E DOENAS CARDIOVASCULARES

    13. DIETOTERAPIA NOS DISTRBIOS DO SISTEMA BILIAR E NAS HEPATOPATIAS

    14. DIETOTERAPIA NOS TRANSTORNOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR

    15. NUTRIENTES IMUNOMODULADORES

    16. DIETOTERAPIA NO PACIENTE IMUNODEPRIMIDO

    17. DIETOTERAPIA NO PACIENTE QUEIMADO

    18. DIETOTERAPIA NO PACIENTE ONCOLGICO

    19. DIETOTERAPIA NAS PATOLOGIAS RENAIS

  • APRESENTAO DA DISCIPLINA

    A Disciplina de Dietoterapia tem como objetivo capacitar o aluno para aplicar as

    condutas dietoterpicas nas condies especficas, de acordo com cada afeco.

    A disciplina inicia com a explanao de conceitos fundamentais que facilitam o

    processo de entendimento de nutrio, nutrientes, etapas prvias para elaborao de

    dietas, que so a avaliao nutricional no paciente hospitalizado, progredindo at a

    conduta nutricional a ser adotada em cada patologia. Alm de abranger estratgias como

    utilizao de mapas e planilhas dietticos, e a utilizao do mtodo por equivalncia.

    Esperamos que esse material seja utilizado como guia para consulta permanente na

    prtica cotidiana dos alunos.

  • 1 NUTRIO E SADE

    1.1 FATORES QUE INFLUENCIAM A INGESTO ALIMENTAR.

    A grande maioria dos indivduos ingere os alimentos no pelo seu valor nutritivo, mas por

    vrios outros motivos. O esquema a seguir mostra alguns deles:

    Veja, agora, como esses fatores podem influenciar a alimentao dos indivduos.

    Os hbitos alimentares se formam a partir do momento em que o beb comea a

    receber os alimentos que, de certa forma, lhe so impostos. Nessa fase, a influncia da

    famlia primordial, pois ainda h como controlar a alimentao da criana. Porm,

    medida que ela cresce, seu crculo social se amplia e novos hbitos alimentares, nem

    sempre adequado, vo se incorporando aos j existentes.

    Outro fator de extrema importncia o aspecto psicolgico. Sem dvida, a qualidade

    e a quantidade de alimentos que um indivduo ingere podem ser determinadas por suas

    emoes. H os casos simples, como, por exemplo, as preferncias por esse ou aquele

    alimento, e os extremos, como a ocorrncia de anorexia nervosa situao na qual a

    pessoa recusa qualquer tipo de alimentao, podendo at chegar morte.

    Uma circunstncia atual a ser levada em considerao o alto preo de alguns

    produtos alimentcios, tornando-se assim indisponveis ao acesso s famlias mais carentes.

    Se junta a isto, a falta de conhecimentos adequados sobre o valor nutricional dos

  • alimentos, a propaganda mercantilista, a falta de tempo de preparar a alimentao,

    estimulando as pessoas a se alimentarem de forma inadequada.

    As condies orgnicas individuais influem na seleo de alimentos e, por

    conseguinte, numa alimentao balanceada. Intolerncias e alergias alimentares,

    dificuldades de mastigao ou digesto so exemplos dessas complicaes.

    1.2 ESTADO NUTRICIONAL

    O estado nutricional dos indivduos caracterizado por grande dinamismo e decorre

    essencialmente do equilbrio entre trs fatores:

    composio da alimentao (tipo e quantidade dos alimentos ingeridos),

    necessidades do organismo em energia e

    nutrientes e eficincia do aproveitamento biolgico dos alimentos (ou da nutrio

    propriamente dita).

    Combinaes timas desses trs fatores, comportando razoveis margens de

    variao de cada fator, propiciam ao indivduo um estado nutricional timo, compatvel

    com o pleno exerccio de todas as suas funes vitais. Combinaes no equilibradas da

    ingesto alimentar, necessidades nutricionais e aproveitamento biolgico dos alimentos

    produzem a m-nutrio. A m-nutrio pode ser oriunda de variaes extremas (no

    passveis de compensao), positivas ou negativas, em um nico fator, mas, com

    frequncia, envolve alteraes simultneas e aditivas, ainda que moderadas, nos trs

    fatores que determinam o estado nutricional: composio da alimentao, necessidades

    nutricionais e aproveitamento biolgico dos alimentos (MONTEIRO, 2004).

    NORMALIDADE

    DFICIT EXCESSO

    Carncia nutricional:

    Manifestao produzida pela insuficincia

    quantitativa e/ou qualitativa de consumo de

    nutrientes em relao s necessidades

    nutricionais.

    Distrbio nutricional:

    Manifestao produzida pelo excesso e/ou

    desequilbrio de consumo de nutrientes em

    relao s necessidades nutricionais.

    Adequado

    Nutricional (eutrofia):

    Manifestao produzida pelo

    equilbrio entre o consumo em

    relao s necessidades

    nutricionais.

  • Considera-se um bom estado nutricional quando

    todos os nutrientes essenciais foram fornecidos e

    utilizados para manter a sade no seu mais alto grau,

    havendo reserva de nutrientes. Esse estado

    fundamental para as funes normais dos rgos, para

    o crescimento e a reproduo, para a eficincia no

    trabalho, assim como a reparao de agresses que o

    organismo possa sofrer, como acidentes, infeces e

    cirurgias.

    Um estado nutricional pobre ou deficiente ocorre quando o indivduo privado de

    quantidades adequadas de nutrientes essenciais, geralmente por um longo perodo de

    tempo. Como os nutrientes apresentam reservas orgnicas diferentes, este tempo

    relativo, podendo haver deficincias de alguns, enquanto outros se mantm em nveis no

    organismo.

    Para se conhecer o estado nutricional geral dos indivduos, alguns mtodos so

    utilizados.

    DIRETOS

    Exames antropomtricos: peso; altura; prega cutnea; permetro braquial, ceflico e

    torcico; peso ao nascer; peso gestacional; IMC, etc.

    Exames laboratoriais: hemoglobina, albumina, transferrina srica, nitrognio, uria.

    Exames clnicos: sinais e sintomas.

    INDIRETOS

    Inquritos de consumo alimentar: ingesta; gastos; necessidades nutricionais;

    inquritos dietticos; folha de balano alimentar (disponibilidade);

    Estudos demogrficos: populao por sexo, faixa etria e atividade, tamanho da

    famlia, morbidade, mortalidade.

    Inquritos scio-econmicos e culturais: salrio, renda familiar, ocupao,

    escolaridade, hbitos, sade.

    2 OS NUTRIENTES

    2.1 PRINCPIOS BIOQUMICOS E CLNICOS DOS PRINCIPAIS NUTRIENTES

    A vida jamais poderia ser sustentada sem a alimentao. dela que retiramos as

    fontes de energia e os nutrientes ou substncias necessrias a formao do nosso

    organismo. A partir da, ou junto, nasce a sade, tanto a espiritual como a fsica. Desde a

    concepo, o ser vivo, j traz consigo reservas alimentares, junto as clulas. Fortalecendo a

    ideia que a sade depende, e muito, de uma boa e equilibrada alimentao. Com o

    crescimento e o desenvolvimento do ser humano, aumenta a necessidade de adquirir

  • energia e nutrientes que formaro e mantero em bom funcionamento, o nosso

    organismo. Atravs dos alimentos retiramos, em doses adequadas, esses nutrientes.

    2.2 OS NUTRIENTES

    Os nutrientes so substncias do qual o nosso organismo se utiliza para construir e

    restaurar os ossos, os msculos, as clulas, o sangue, os rgos, etc. Pelas suas funes

    eles foram classificados em:

    gua

    Essencial a vida, presente na maioria dos seres vivos. No ser

    humano, representa at 70% do corpo. A gua serve para hidratar o

    organismo, ajuda a dissolver os alimentos e transportar os nutrientes.

    Um adulto deve beber de 1 a 3 litros de gua por dia.

    Carboidratos

    So substncias que fornecem energia ao organismo. Essa

    energia necessria para que possamos exercer nossas atividades

    dirias. Como andar, trabalhar, praticar atividades fsicas, etc. So

    a base da Pirmide alimentar, so encontradas em: massas,

    acar, mel, arroz, milho, batata, mandioca, farinhas, pes, bolos,

    doces, bolachas e biscoitos, macarro, entre outros.

    Protenas

    So substncias responsveis pela construo e

    formao dos msculos, ossos e sangue; pelo crescimento e

    desenvolvimento do organismo em geral; renovao dos

    tecidos; formao de clulas, hormnios e enzimas. E ainda

    fornecem energia ao organismo. Os alimentos ricos em

    protenas so: carnes em geral; aves, bovinos, peixes,etc. Nos

    ovos, leite e derivados, e gros como soja, feijo, lentilhas, ervilhas, gro-de-bico e outros

    alimentos.

    Vitaminas

    So substncias que regulam as funes do organismo, previnem doenas e

    infeces. muito difcil resumir as benesses desse

    nutriente, uma vez que a maioria das defesas e a

    manuteno do organismo necessita das vitaminas, tanto

    como dos minerais. As vitaminas esto presentes em

    frutas e verduras, carnes, ovos e leite e derivados.

    Minerais

    Assim como as vitaminas, so de importncia

    fundamental nas defesas e manuteno do organismo.

    So eles que formam os nossos ossos e cartilagens, e ajudam na manuteno dos tecidos,

  • rgos, sistema nervoso, etc. Alm do transporte de oxignio e do gs carbnico, e fazem

    parte do sistema de coagulao do sangue. Os minerais so encontradas em frutas,

    verduras, carnes, ovos, leite e derivados.

    Fibras

    So substncias importantes no funcionamento regular do

    aparelho digestivo, principalmente o intestino, alm de ajudar no

    combate ao colesterol. As fibras so encontradas em frutas e

    verduras e cereais integrais (feijo, arroz integral, farinha de trigo

    integral).

    Gorduras

    Assim como os carboidratos, tambm fornecem energia. E so

    importantes por dissolverem e transportarem algumas vitaminas (A, D,

    E e K). As gorduras esto presentes nas gorduras animais, leite, leo,

    margarina, manteiga, e outros.

    Alm dessa classificao, ainda dividimos os alimentos em trs classes:

    Alimentos Energticos - So alimentos ricos em gorduras e carboidratos. Que fornecem

    energia.

    Alimentos Construtores - so os alimentos ricos em protenas, pois possibilitam o

    crescimento e o desenvolvimento do organismo, alm de reparar os tecidos.

    Alimentos Reguladores - so os alimentos ricos em vitaminas e sais minerais, pois

    regulam o funcionamento do nosso organismo.

    Essa classificao ajuda no entendimento dos nutrientes, todos so importantes. Por

    toda a vida necessitamos de nutrientes, a quantidade e que vai variar. Atravs da tabela de

    Valores Nutricionais Dirios (RDAs) e da Pirmide Alimentar, voc pode obter as

    quantidades necessrias. E em quais fases da vida so mais importantes.

    No difcil confundir uma boa alimentao, com a satisfao do apetite ou com a

    ingesto demasiada de grandes quantidades do mesmo produto. Estes hbitos, que no

    atendem as exigncias orgnicas, so to prejudiciais a sade, quanto a falta de alimentos.

    Como o que se debate a maior parte da humanidade, vivendo em estado de subnutrio

    crnica guiada pela fome.

    2.3 VALOR NUTRICIONAL DOS ALIMENTOS

    O conjunto de propriedades apresentadas por um alimento relaciona-se diretamente

    com a qualidade e quantidade dos constituintes qumicos presentes no mesmo. Nos

    alimentos de um modo geral, os constituintes qumicos podem ser agrupados em duas

    categorias:

  • Essas substncias so responsveis pelas caractersticas nutritivas e/ou sensoriais dos

    alimentos, atuando de modo diverso, como pode ser visualizado no quadro abaixo.

    Algumas substncias so chamadas acessrios e so importantes na organizao

    dos sistemas biolgicos (Enzimas, Vitaminas, Sais minerais e Hormnios).

    2.4 MODIFICAES DA DIETA NORMAL

    COMPOSIO (densidade calrica e de nutrientes da dieta)

    CONSISTNCIA (lquida, pastosa, branda com restrio ou no)

    FORMAS DE NUTRIO (tipo de suporte)

    3 AVALIAO NUTRICIONAL

    A avaliao do estado nutricional tem por objetivo identificar distrbios nutricionais e

    possibilitar a interveno nutricional adequada.

    No hospital, a avaliao nutricional do paciente deve ser feita atravs de mtodos objetivos

    e subjetivos:

  • 3.1 INVESTIGAO DIETTICA

    A investigao diettica consiste no clculo das calorias e protenas ingeridas ou

    infundidas no paciente. Quando o paciente internado est recebendo dieta por via oral,

    este clculo deve ser elaborado atravs da ficha de recordatrio alimentar de 24 horas que

    preenchida pela equipe de enfermagem, pelo acompanhante do paciente, pelo

    nutricionista ou pelo prprio paciente. O clculo da quantidade de calorias e protenas da

    ingesta via oral do paciente deve ser feito atravs de uma listagem resumida das calorias e

    protenas contidas nos alimentos (Anexo).

    Cuidados na entrevista do paciente internado:

    - Evitar questionar sobre alimentos especficos.

    - Evitar qualquer sinal de surpresa, aprovao ou desaprovao do padro alimentar do

    indivduo.

    - Insistir nos detalhes sem induzir, principalmente na quantidade de alimentos ingeridos.

    - No esquecer de questionar sobre a ingesta de outros alimentos, alm dos fornecidos

    pelo hospital.

    - Verificar se o consumo daquele dia no foi atpico.

    Quando a terapia nutricional utilizada a dieta por sonda enteral, suporte via oral ou

    nutrio parenteral, deve-se calcular a quantidade de calorias e de protena contida na

    soluo que foi ingerida ou infundida, somando-se todos os aportes (parenteral, enteral e

    via oral).

    3.2 INVESTIGAO ANTROPOMTRICA

    Antropometria a medida do tamanho corporal e de suas propores. um dos

    indicadores diretos do estado nutricional.

    As medidas antropomtricas utilizadas para a avaliao do estado nutricional so o

    peso, a altura, o ndice de massa corprea, a circunferncia do brao, as pregas cutneas

    (tricipital e bicipital) e a circunferncia mdia do msculo do brao.

    3.2.1 Peso

    - Peso atual = o peso obtido em uma balana calibrada de plataforma ou eletrnica; o

    indivduo deve posicionar-se em p no centro da base da balana, descalo e com roupas

    leves. Para o paciente acamado, utilizar, quando disponvel, uma cama ou cadeira balana

    para a obteno do peso.

    - Peso usual = utilizado como referncia nas mudanas recentes de peso ou quando no

    h possibilidade de se medir o peso atual.

    - Peso ideal ou desejvel = utilizado para calcular as necessidades calricoproticas

    quando o paciente est restrito ao leito e no se dispe de cama balana no setor para a

    obteno da altura e do peso atual, e o paciente ou familiar no informam a altura e o peso

    usual.

  • Para o clculo do peso ideal, calcular, primeiramente, a altura do indivduo atravs da

    frmula da altura do joelho, preconizada por CHUMLEA:

    Frmula da altura do joelho para obteno da altura estimada (CHUMLEA):

    Homem: (2,02 x altura do joelho) (0,04 x idade (anos)) + 64,19 Mulher: (1,83 x altura do joelho) (0,24 x idade (anos)) + 84,88

    Aps estimar-se a altura do paciente, estima-se a compleio ssea conforme frmula

    abaixo.

    Compleio = altura (cm) punho (cm)

    Compleio Pequena Mdia Grande Homens > 10,4 9,6 10,4 < 9,6 Mulheres > 10,9 9,4 10,9 < 9,4

    Aps o clculo da compleio, acha-se o peso ideal do paciente na tabela de referncia de

    peso adaptada do Metropolitan Life Ensurance.

    Adequao do peso = a porcentagem de adequao do peso atual em relao ao peso ideal

    ou desejvel calculada a partir da frmula:

    Adequao do peso (%) = peso atual x 100 peso ideal

    Classificao do estado nutricional de acordo com a adequao do peso

    Adequao do peso (%) Estado nutricional < 70 Desnutrio grave 70,1 80 Desnutrio moderada 80,1 90 Desnutrio leve 90,1 110 Eutrofia 110,1 120 Sobrepeso > 120 Obesidade

    ndice de massa corporal (IMC): o indicador mais simples do estado nutricional calculado

    a partir da frmula:

    IMC = Peso atual (kg) Altura2 (m)

  • Classificao do estado nutricional segundo o IMC

    IMC (kg/m2) Classificao < 16 Magreza grau III 16,0 16,9 Magreza grau II 17,0 18,4 Magreza grau I 18,5 24,9 Eutrofia 25,0 29,9 Pr-obeso 30,0 34,9 Obesidade grau I 35,0 39,9 Obesidade grau II > 40 Obesidade grau III

    Fonte: World Health Organization (WHO), 1997.

    Como o IMC no distingue o peso associado ao msculo ou gordura corporal deve-se

    investigar a composio corporal, principalmente quando os valores de IMC estiverem nos

    limites ou fora da normalidade (< 18,5 ou > 24,9 kg/m2). Tambm importante a

    interpretao dos pontos de corte do IMC em associao com outros fatores de risco.

    3.3 INVESTIGAO BIOQUMICA

    Alguns fatores e condies podem limitar o uso dos indicadores bioqumicos na

    avaliao do estado nutricional, como a utilizao de algumas drogas, condies

    ambientais, estado fisiolgico, estresse, leso, inflamao. Portanto, embora os

    parmetros de avaliao laboratorial sejam importantes auxiliares na identificao precoce

    de alteraes nutricionais, eles no devem, de maneira nenhuma, ser utilizados

    isoladamente para estabelecer um diagnstico nutricional.

    Protenas plasmticas = a diminuio da concentrao srica das protenas decorrentes de

    sntese heptica pode ser um bom ndice de desnutrio proticocalrica, porque pode

    indicar diminuio da biossntese heptica pelo limitado suprimento de substrato calrico e

    protico, comumente associado desnutrio. Porm, importante frisar que vrios

    fatores, alm dos nutricionais, podem interferir na concentrao das protenas sricas,

    como variaes do estado de hidratao, hepatopatias, aumento no catabolismo, infeco

    ou inflamao, entre outros.

    Avaliao da competncia imunolgica = existe uma evidente relao entre estado

    nutricional e imunidade. A alimentao inadequada provoca a diminuio do substrato

    para a produo de imunoglobulinas e clulas de defesa, que apresentam sua sntese

    diminuda proporcionalmente ao estado nutricional, podendo o indivduo tornar-se

    alrgico. Com isso, a avaliao imunolgica pode auxiliar na identificao das alteraes

    nutricionais. O teste para avaliar a competncia imunolgica a contagem total de

    linfcitos (CTL) ou linfocitometria, que mede as reservas imunolgicas momentneas,

    indicando as condies do mecanismo de defesa celular orgnica. Pode ser calculada a

    partir do leucograma, utilizando-se o percentual de linfcito e a contagem total de

    leuccitos, pela frmula:

  • CTL = % linfcitos x leuccitos 100

    Resultados CTL Depleo leve 1200 2000/mm3 Depleo moderada 800 1199/mm3 Depleo grave < 800/ mm3

    Limitao = a CTL sofre influncia de fatores no nutricionais como infeces, doenas

    (cirrose, hepatite, queimaduras, entre outros) e medicaes.

    Balano nitrogenado = o balano nitrogenado no um ndice utilizado para avaliao

    nutricional, e sim, para avaliar o grau de catabolismo protico, com o objetivo de se

    determinar a quantidade de protena a se ofertar para pacientes hipermetablicos. O

    balano nitrogenado mede a diferena entre o nitrognio que foi ingerido ou infundido

    (Ninf) e o nitrognio excretado (Nexc). Ele obtido atravs da frmula: BN = Ninf Nexc

    3.4 NECESSIDADES NUTRICIONAIS

    3.4.1 Necessidades Calricas

    Clculo do gasto energtico total (GET)

    O clculo do GET feito de forma indireta e individualizada mediante a equao de

    HARRIS & BENEDICT, ajustada, de acordo com a patologia, pelos fatores de atividade e

    leso adaptados de LONG et al.

    Gasto energtico basal (Equao de Harris & Benedict)

    Homem: 66,47 + (13,75 x peso) + (5,00 x altura) (6,75 x idade) Mulher: 655,09 + (9,56 x peso) + (1,84 x altura) (4,67 x idade)

    Peso = kg / altura = cm / idade = anos

    Fator atividade Acamado = 1,2 Deambulando = 1,3

  • 3.4.2 Necessidades Proteicas

    Um aporte proteico adequado necessrio para a sntese de protenas, para defesa e

    recuperao celular, poupana de massa corporal magra e reduo do nvel de catabolismo

    da protena endgena para neoglicognese.

    3.4.3 Distribuio de Macronutrientes no VCT

    Energia Disponvel nos Alimentos

    Carboidratos = 4,0 kcal/g; Lipdeo = 9,0 kcal/g; Protena = 4,0 kcal/g

    Na Nutrio Parenteral considerar:

    Glicose = 3,4 kcal/g

    Lipdeo = 11,0 kcal/g

    Protena = 4,0 kcal/g

    3.4.4 Necessidades de Micronutrientes

    A prescrio diettica deve incluir, alm da adequao dos macronutrientes, a

    adequao dos micronutrientes, que deve, pelo menos, contemplar as necessidades

    mnimas do indivduo orientadas nas DRIs (Dietary Reference Intake)/IDRs (Ingestes

    Dietticas de Referncia) (2001).

    As recomendaes nutricionais (Recommended Dietary Allowances / Cota Diria

    Recomendada RDAs) so estabelecidas pelo Food and Nutrition Board / National

    Research Council. As IDRs /DRIs incluem quatro conceitos de referncia para consumo de

  • nutrientes, com definies e aplicaes diferenciadas: Estimated Average Requirement

    (EAR), Recommended Dietary Allowance (RDA), Adequate Intake / Ingesto Adequada (AI),

    Tolerable Upper Intake Level / Nvel de Ingesto Mxima Tolervel (UL).

    Para planejamento e avaliao nutricional e diettica deve ser utilizado a RDA, a AI e

    a UL, lembrando que esses parmetros foram elaborados para indivduos saudveis

    podendo ser insuficientes para pacientes com patologias especficas, que podem necessitar

    de quantidades aumentadas de determinados micronutrientes para cicatrizao,

    recuperao tecidual, combate produo de radicais livres, entre outros.

    3.5 PRESCRIO DIETTICA

    O CFN, na Resoluo no 304/2003 de 25/02/2003,

    estabelece critrios para prescrio diettica na rea de

    nutrio clnica, onde: Compete ao nutricionista a prescrio

    diettica, como parte da assistncia hospitalar, ambulatorial,

    em consultrio de nutrio e diettica e em domiclio. A

    prescrio diettica deve ser elaborada com base nas diretrizes

    estabelecidas no diagnstico nutricional. Compete ao

    nutricionista elaborar o diagnstico nutricional com base nos

    dados clnicos, bioqumicos, antropomtricos e dietticos. O

    registro da prescrio diettica deve constar no pronturio do

    cliente-paciente,(...) devendo conter data, Valor Energtico

    Total (VET), consistncia, macro e micronutrientes mais

    importantes para o caso clnico, fracionamento, assinatura seguida de carimbo, nmero e

    regio da inscrio no CRN do nutricionista responsvel pela prescrio. Outros dados

    podero ser acrescentados, (...).

    A prescrio diettica difere da prescrio mdica da dieta. Esta ltima um

    conjunto de informaes ordenadas e documentadas em pronturio mdico,

    correspondente ao plano de tratamento, direcionado a cada cliente. Neste conjunto, a

    prescrio da dieta constitui geralmente o primeiro item da prescrio mdica, em carter

    genrico. Ex: dieta para diabetes, dieta para a idade, dieta para insuficincia renal, dieta

    hipocalrica, etc. J a prescrio diettica mais abrangente e sua realizao constitui

    atividade privativa do nutricionista. a traduo da prescrio da dieta, de modo a atender

    s necessidades do cliente, como parte geral do tratamento proposto.

    O nutricionista deve conhecer os objetivos gerais do

    tratamento mdico, efetuar a avaliao nutricional e

    consultar os dados clnicos para determinar um diagnstico

    nutricional. Com estes dados, dever definir o nvel de

    assistncia em nutrio requerido, de acordo com o risco

    nutricional, conforme detalhado no quadro abaixo. A

    prescrio diettica ser ento realizada, definindo, a

  • partir da dieta prescrita, adaptaes individualizadas e descrevendo as caractersticas da

    dieta.

    Nveis de assistncia em nutrio

    NVEL CARACTERSTICAS DOS PACIENTES CONDUTA

    PRIMRIO Pacientes, cuja patologia de base ou problema apresentado no exija cuidados dietoterpicos especficos e que no apresentam fatores de risco nutricional.

    Avaliao nutricional inicial Monitorizao:

    1 x / semana

    SECUNDRIO Pacientes cuja patologia de base ou problema apresentado no exijam cuidados dietoterpicos especficos, porm apresentam fatores de risco nutricional associados como por exemplo: anorexia, ingesto alimentar inadequada, hbito alimentar errneo e outros. Pacientes cuja patologia de base exige cuidados dietoterpicos e que no apresentam fatores de risco nutricional associados

    Avaliao nutricional inicial.

    Monitorizao: 2 x / semana

    TERCIRIO Pacientes cuja patologia de base exige cuidados dietoterpicos especializados e que apresentam fatores de risco nutricional.

    Avaliao nutricional inicial. Monitorizao:

    DIRIA

    Adaptado de Maculevicius, Fornasari & Baxter, 1994; Instruo Normativa CRN-3 no

    028/97, 1997; Resoluo CFN no 201/908, 1998.

    Respeitando-se os aspectos ticos da prescrio diettica:

    - Nunca prescrever marcas de produtos.

    - Orientar a equipe multidisciplinar na enfermaria para que seja elaborada a prescrio de

    dieta genrica, como j padronizado na Instituio.

    vedado ao nutricionista valer-se de sua profisso para divulgar e/ou permitir a

    divulgao, em veculos de comunicao de massa, de marcas de produtos ou nomes de

    empresas, ligadas s atividades de alimentao e nutrio (Cdigo de tica dos

    nutricionistas, Seo III, artigo 9, inciso X, Resoluo CFN no 141/93).

    4. INTRODUO DIETOTERAPIA

    4.1 PRINCPIOS E OBJETIVOS DA DIETOTERAPIA

    A alimentao inadequada pode provocar inmeras enfermidades, como a obesidade

    e as doenas carenciais. Algumas doenas, por sua vez, causam alteraes no estado

    nutricional de indivduos a princpio bem nutridos.

    At mesmo alguns mtodos de tratamento, como as dietas restritivas, as cirurgias, a

    quimioterapia e a radioterapia, s vezes levam o paciente a perder peso e apresentar

    carncias nutricionais.

  • A rea da nutrio que estuda as dietas para o tratamento de doenas se chama

    DIETOTERAPIA.

    Dietoterapia: ramo da cincia da nutrio, parte da diettica especial, estuda e aplica a

    dieta, com finalidade teraputica e profiltica tendo a dieta normal como padro.

    - Compreende o tratamento atravs da dieta e envolve modificaes na ingesto diria de

    alimentos.

    - Pode ser um tratamento auxiliar ao tratamento medicamentoso ou constituir a nica

    forma de interveno teraputica.

    - A dietoterapia um tipo de tratamento que tem por base a modificao dos alimentos

    pela adio de substncias alimentares com propriedades de cura, ao tempo de suprimir

    outras, cujo organismo doente se encontra incapacitado de metabolizar, o que por si s

    neste ltimo caso induz ou agrava a doena.

    Objetivos da dietoterapia:

    - Geral: recuperar a sade, levando o paciente s suas atividades normais.

    - Especficos: ajustar a dieta capacidade do organismo em digerir, absorver e tolerar

    determinados alimentos, bem como capacidade em metabolizar nutrientes; contribuir

    para compensar estados especficos de deficincia nutricional; estimular e/ou dar repouso

    a um determinado rgo; educar pacientes e familiares para aquisio de hbitos

    alimentares compatveis com a sade e com seu estilo de vida.

    Princpios da dietoterapia:

    - Basear-se em prescrio escrita e o mais clara possvel;

    - Fundamentar a dieta, face patologia presente;

    - Fundamentar a dieta, face ao estado nutricional do paciente;

    - Considerar o perodo evolutivo da doena;

    - Tomar a dieta normal como padro, afastando-se dela o menos possvel e o menor

    perodo de tempo possvel;

    - Ser flexvel;

    - Atender simultaneamente as alteraes patolgicas, hbitos alimentares, hbitos de

    exerccios e trabalho, padres culturais, perfil socioeconmico e estado patolgico do

    paciente, bem como as disponibilidades financeiras, materiais e humanas da Instituio

    que o atende;

    - Utilizar a via oral como via preferencial de administrao de alimentos ao paciente;

    - Instruir e orientar o paciente.

    Dieta normal: conjunto de alimentos que um indivduo ou grupo de indivduos consome,

    cuja dieta segue os princpios da cincia da nutrio (qualidade, quantidade, harmonia,

    adequao).

  • 4.2 ETAPAS DA DIETOTERAPIA

    4.3 EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

    Mdico, dentista, fisioterapeuta, enfermeiro, farmacutico, fonoaudilogo, psiclogo e

    nutricionista, tcnico em nutrio e diettica.

    4.4 IDENTIFICAO DO RISCO NUTRICIONAL

    Custo hospitalar;

    Triagem hospitalar:

    Idade; Altura;

    Peso habitual e ideal;

    Alterao do apetite;

    Disfagia ou dificuldade de mastigao;

    Presena de nuseas; Vmitos; Diarria;

    Avaliao geral do trato gastro intestinal

    Albumina srica; Hemoglobina; Hematcrito; Contagem total de linfcitos; Glicemia;

    Protenas totais e fraes; Colesterol total e fraes; Triglicrides; Uria; Creatinina; ETC.

    Avaliao de todos os pacientes no mximo em 3 dias aps a entrada e dever ser

    repetida a cada 7 dias no mnimo;

    Risco nutricional aumenta em pacientes hospitalizados por duas semanas ou mais.

    4.5 CUIDADO NUTRICIONAL

    Incluem todas as atividades ou intervenes que possibilitaro ao pacientes atingir os

    objetivos j definidos.

    Prescrio de dieta;

    Aconselhamento e orientao nutricional;

    Abastecimento de alimentos necessrios;

  • Aconselhamento sobre auxlios pblicos e vales alimentos (o que ajudar o paciente a

    resolver economicamente suas necessidades nutricionais);

    Intervenes ou aes so numeradas para se correlacionarem com os objetivos que

    elas devem atingir. Devem ser completas e incluir condies que, onde, quando e como da

    atividade, a fim de que toda a equipe de sade (incluindo paciente) saber o que est

    sendo feito. As informaes sobre o tratamento e progresso de um pacientes devero ser

    acessveis equipe de sade, partir de um registro centralizado.

    4.5.1 Registro do Cuidado Nutricional

    O processo de cuidado nutricional, tal como aplicado a um paciente em um hospital

    ou ambulatrio, deve ser documentado em um registro de sade Pronturio.

    Apresenta as seguintes vantagens:

    Ajuda o paciente a compreender seu cuidado nutricional e saber que dever ser

    participante ativo;

    Ajuda a assegurar que o cuidado nutricional ser relevante, completo e efetivo por

    fornecer um registro que identifica os problemas e estabelece critrios para avali-lo;

    Permite a toda equipe compreender as razes para o cuidado nutricional e os meios

    pelos quais ser fornecido;

    Permite a toda equipe de sade a participar do cuidado nutricional e reforar a

    educao do paciente sempre que houver uma oportunidade.

    - Um registro detalhado de cuidados nutricionais pode ficar com o nutricionista, mas, neste

    caso, as informaes nele contidas devero ser periodicamente sumarizadas no registro

    permanente de sade.

    4.5.2 Vias de Administrao

    NUTRIO ORAL

    Trato gastro intestinal ntegro.

    Condies de ingesto, digesto e absoro dos alimentos.

    Devem ser adequados de acordo com as patologias, s condies fsicas, obedecendo s

    leis fundamentais da alimentao fixadas por Escudero.

    Distribudos de maneira equilibrada, conforme as recomendaes da SBAN, do CODEX,

    RDA, de acordo com a pirmide dos alimentos.

    Elaborao = cuidados sanitrios = pontos crticos de controle no preparo das refeies.

    NUTRIO ENTERAL

    Alimentos para fins especiais com ingesto controlada de nutrientes, na forma

    isolada ou combinada, de composio qumica definida ou estimada, especialmente

    elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializadas ou no, utilizados exclusiva ou

    parcialmente para substituir ou complementar a alimentao oral em pacientes

    desnutridos ou no, conforme suas necessidade nutricionais, em regime hospitalar,

  • ambulatorial ou domiciliar, usando a sntese ou manuteno dos tecidos, rgos ou

    sistema.

    ANVISA. Portaria n 337

    Administrao de nutrientes atravs do trato gastro intestinal.

    Termo utilizado referindo-se a pacientes submetidos alimentao forada pelo trato

    gastrintestinal, atravs de sondas nasoenterais, nasogstricas ou estomias, localizadas em

    vrios locais do tubo digestivo.

    Pacientes com afeces que impedem a ingesto oral como cirurgia oral, cirurgia

    gastrintestinal, disfagia, inconscincia, anorexia ou obstruo esofgica, precisam de

    alimentao lquida atravs de sonda.

    Outros por vrias razes no conseguem atingir nutrio adequada atravs da ingesto

    oral isolada, necessitam de refeies adicionais supridas enteralmente.

    5. CUIDADO NUTRICIONAL EM PACIENTES HOSPITALIZADOS

    5.1 MODIFICAES DA DIETA NORMAL

    5.1.1 Dieta Normal

    Objetivos: manter o estado nutricional de pacientes com ausncia de alteraes

    metablicas significativas ou risco nutricional.

    Indicao para uso: pacientes adultos e idosos que no requerem modificaes especficas

    na dieta. Gestantes e lactantes sem necessidades metablicas especficas.

    Caractersticas: distribuio e quantidades normais de todos os nutrientes. No existe

    restrio no tipo ou no mtodo de preparo dos alimentos servidos. Dieta nutricionalmente

    adequada.

    Alimentos Recomendados e Evitados

    Grupo Alimentar Recomendados Evitados

    Peixes, Cereais, Arroz e Massas

    Gros e seus produtos integrais e pobres em gorduras

    Ricos em gorduras e acar (ex.: croissant, bolos recheados e com cobertura, folhados,etc)

    Hortalias Frescas Frituras; enlatados com sal e/ou leo

    Frutas Frescas, e a fruta em vez de seu suco.

    Conservas com calda de acar

    Leite, Iogurte, Queijo Com pouca gordura e sal Ricos em gordura e sal

    Carnes, Aves, Ovos Magros, sem pele e gordura

    Ricos em gordura e sal, como os frios em geral (salame, mortadela, presunto,etc)

    Gorduras, leos e Acares

    Todos com moderao Nenhum

  • Recomendaes

    Evitar frituras.

    Utilizar hortalias frescas ou congeladas.

    Preferir o cozimento rpido das hortalias, para diminuir a perda de nutrientes.

    Incluir hortalias verde-escuras e leguminosas vrias vezes na semana.

    Usar molhos de salada pobres ou sem gordura.

    Preferir frutas frescas e com casca.

    Contar como uma poro de frutas somente os sucos 100% puros.

    Retirar as gorduras visveis das carnes.

    Selecionar as carnes assadas, grelhadas ou preparadas no vapor.

    Limitar a quantidade de gorduras e acares adicionados aos alimentos no momento do

    preparo ou mesa.

    Dispor as preparaes de forma harmoniosa.

    Sempre que possvel, incluir lanches entre as refeies e antes de dormir.

    Utilizar utenslios especiais para ingerir lquidos, como canecas e copos com duas abas,

    canudos tortos e outros.

    Preparaes

    Desjejum (Melo in natura, torrada com geleia, po com queijo e caf com leite) Ingredientes Melo: 100g / Caf: 100ml / Leite integral fervido: 150 ml / Acar: 25 g / Torrada integral: 02 unidades / Geleia - 20g / Margarina: 5 g / Po de leite 50 g / Queijo prato 15 g Modo de preparo Melo Lave bem a fruta e em seguida porcione. Caf (idem ao preparo da branda) Outros ingredientes: Disponha os outros ingredientes numa bandeja, de forma atraente.

    Almoo: (Salada Crua, Frango Oriental e Arroz integral) Ingredientes Salada Crua: Tomate (100 g) - cortado em tiras e sem sementes/ Pepino (100g) - descascado, sem sementes e cortado em tiras/ Beterraba (100g) - cozida e cortada em tiras / Azeite de oliva - 5 ml Ingredientes Frango Oriental: Peito de frango (400g) - sem osso, em cubos / 1 cebola picada (80g)/ 1 colher de caf (2g) - gengibre ralado / 1 colher de sopa (10ml) - de vinagre/ 2 colheres de sopa (20ml) de molho de soja/ 1 cenoura (100g) - em tiras/ 1 pimento vermelho (100g) -em tiras/ 1 xcara de ch (120g) - de broto de feijo/ ervilha torta (100g)/ sal a gosto/ xcara de ch (100g) - de abacaxi em cubos/ 1 colher de ch (5g) - de amido de milho/ xcara de ch (100ml) - de suco de abacaxi.

  • Modo de preparo Doure o frango em uma panela antiaderente at que fique dourado. Adicione a cebola, o gengibre, mexa bem e v adicionando os ingredientes at sal a gosto. Regue com meia xcara (ch) de gua e deixe cozinhar por cerca de 15 minutos. Adicione o abacaxi, o amido de milho dissolvido no suco de abacaxi e mexa at encorpar. Retire, acrescente a salsa e retire. Ingredientes Arroz integral: Arroz tipo integral (60g) Modo de preparo Lavar o arroz, adicionar cebola, alho e sal gosto e acrescent-lo a gua fervente. Cozinhar em fogo brando. 5.1.2 Dieta Lquida Restrita

    Objetivos: fornecer lquidos e eletrlitos via oral para prevenir a desidratao, minimizar o

    trabalho do trato gastrintestinal e a presena de resduos no clon.

    Indicao para uso: preparo e ps-operatrio de cirurgias do trato gastrintestinal, aps

    perodo de alimentao por via intravenosa, durante infeces graves e diarreia aguda,

    antes ou depois de procedimentos de diagnstico, e como primeiro passo na alimentao

    por via oral. Deve haver precauo com o uso dessa dieta naqueles pacientes apresentando

    disfagia com risco de broncoaspirao. indicada a progresso para uma dieta mais

    adequada logo que tolerada pelo paciente.

    Caractersticas: dieta altamente restrita e nutricionalmente inadequada em todos os

    nutrientes. No deve ser utilizada por mais que trs dias, pois fornece uma quantidade

    limitada de quilocalorias, provenientes principalmente de carboidratos. Inclui alimentos que

    so translcidos, com baixa quantidade de resduos e que so ou se transformam em

    lquidos temperatura corporal.

    Alimentos Recomendados e Evitados

    Grupo Alimentar Recomendados Evitados

    Peixes, Cereais, Arroz e Massas

    Nenhum Todos

    Hortalias Caldos e sucos coados de hortalias

    Nenhum, exceto as leguminosas

    Frutas Sucos coados Abacate, manga e outros que no produzem sucos claros

    Leite, Iogurte, Queijo Nenhum Todos

    Carnes, Aves, Ovos Caldo de frango ou de carne de gado sem gordura

    Ovos, oleaginosas

    Gorduras, leos e Acares

    Todos, sem excesso. Nenhum

  • Recomendaes

    Podem ser utilizados: gelatina de todos os sabores, acar, sal, mel e bebidas como caf e o ch.

    Os alimentos com altas concentraes de acares simples, eletrlitos e aminocidos so hipereosmolares e pode promover sintomas gastrintestinais, como a diarria. Portanto, esses merecem cautela na incluso.

    No caso de no haver condies de progresso da dieta, recomendado a introduo de suplementos industrializados contendo baixa quantidade de resduos para melhor aporte nutricional.

    A ingesto de lquidos deve ser monitorada para evitar a desidratao.

    Preparaes

    Caldo de carne (desengordurado): O percentual de concentrao final varia de 12,5 a 20%.

    Ingredientes Carne magra (25g)/ gua (200ml) + gua que ser perdida durante o cozimento / sal (q.s.)/ coentro (q.s.) Modo de preparo Cortar a carne em pedaos mdios. Acrescentar sal, coentro e gua. Levar ao fogo por aproximadamente 40 minutos. Coar em gaze em 4 dobras. Servir a temperatura ambiente. OBS: 200ml de caldo pronto.

    Ch de Hortel com raspas de limo siciliano Ingredientes 02 ramos de hortel/ Raspas de um limo siciliano/ 250 ml de gua filtrada e/ou fervida Modo de preparo Ferva a gua. Fora do fogo, acrescente a hortel e as rapas do limo siciliano, tampe a panela e deixe descansar por 20 minutos. Coe em peneira fina. Se necessrio, adoce com adoante.

    Caldo de vegetais: O percentual de concentrao final varia de 20 a 30%. Ingredientes Chuchu (30g)/ cenoura (30g) / sal (q.s.) / gua (300ml) + gua que ser perdida na evaporao. Modo de preparo Descascar e cortar os vegetais em pedaos pequenos. Levar ao fogo com a quantidade de gua apropriada. Deixar no fogo de 20 a 30 minutos. Coar em gaze em 4 dobras. Servir a temperatura ambiente. OBS: 300ml de caldo pronto

    Caldo de frutas: O percentual de concentrao final varia de 20 a 30% Ingredientes Ma (60g)/ gua (200ml) + quantidade que ser perdida na evaporao/ acar (10g) (de preferncia menos fermentecvel) Modo de preparo Partir a ma em 4 pedaos. Retirar a semente e lev-la ao fogo com a quantidade de gua apropriada por aproximadamente 15minutos. Coar em gaze em 4 dobras. Servir a temperatura ambiente. OBS : 200 ml de caldo pronto.

  • 5.1.3 Dieta Lquida Completa

    Objetivos: fornecer uma dieta oral que seja bem tolerada por pacientes que no podem

    ingerir alimentos slidos (ISOSAKI et al, 2004; MARTINS et al, 2003).

    Indicaes: em casos de anorexia, leses obstrutivas do trato gastrintestinal, pr e ps

    cirrgicos preparo de determinados exames (ISOSAKI et al, 2004; MARTINS et al, 2003).

    Aps cirurgias de cabea e pescoo, em doenas agudas e para aqueles pacientes incapazes

    de tolerar alimentos slidos ou com dificuldade de mastigao e deglutio. Deve haver

    precauo com o uso dessa dieta naqueles com risco de broncoaspirao. ,

    preferencialmente, uma dieta de transio, e a progresso para alimentos slidos deve ser

    completada to rapidamente quanto possvel. Inclui pacientes no-diabticos e diabticos.

    Caractersticas: composta de alimentos lquidos e de substncias que em contato com o

    lquido se dissolvem, sendo administrada de 200 a 300ml por refeio, com um

    fracionamento de 2 em 2 ou de 3 em 3 horas (ISOSAKI et al, 2004; MARTINS et al, 2003).

    nutricionalmente inadequada. Permite adio de leite e derivados, ovos e cereais

    refinados.

    Alimentos Recomendados e Evitados

    Grupo Alimentar Recomendados Evitados

    Peixes, Cereais, Arroz e Massas

    Cereais refinados e cozidos, farinha de aveia, creme de arroz, milho e trigo.

    Alimentos integrais, farelos, sementes.

    Hortalias Caldos e sucos, sopas liquidificadas. Hortalias cruas e inteiras.

    Frutas Sucos coados Frutas inteiras.

    Leite, Iogurte, Queijo

    Leite integral e desnatado, bebidas lcteas, iogurte lquido, suplementos comerciais base de leite, queijo cottage, tofu, requeijo cremoso e outros queijos macios, pudim, flans, manjar.

    Queijos ricos em gorduras.

    Carnes, Aves, Ovos

    Ovos, aves, peixes, carne de gado acrescidas sopas liquidificadas.

    Carnes ricas em gordura. Embutidos.

    Gorduras, leos e Acares

    Todos, sem excesso. Nenhum

    Recomendaes

    Essa dieta no recomendada por tempo prolongado pelo fato de ser nutricionalmente inadequada. A progresso para uma dieta slida deve ocorrer assim que possvel.

    No caso de no haver condies de progresso, ou com a necessidade de ajustes na prpria dieta, suplementos industrializados com baixa quantidade de resduos, as frmulas completas quimicamente definidas ou mdulos de nutrientes devem ser utilizadas para melhor adequao nutricional.

  • Os pacientes com mandbula imobilizadas podem necessitar de uso de seringa ou canudo para facilitar a alimentao.

    Podem ser utilizados: gelatina de todos os sabores, acar, sal, mel, margarina, manteiga, gelias sem pedaos, sorvetes cremosos e bebidas como o caf e o ch.

    Os alimentos podem ser mais facilmente liquidificados se cortados em pedaos pequenos antes de colocados no liquidificador ou processador.

    A maioria dos alimentos pode ser liquidificada atravs da mistura de partes iguais de slidos e lquidos. Alguns alimentos, como frutas e hortalias, no necessitam de quantidades iguais de lquido adicionado.

    Os alimentos liquidificados devem ser utilizados imediatamente, mas podem ser mantidos sob refrigerao at 24 horas, ou congelados logo aps o preparo.

    Preparaes

    Sopa de vegetal com cereal e carne: O percentual de concentrao final varia de 25 a 37,5%.

    Ingredientes Carne magra (30g)/ arroz (10g)/ batata inglesa (20g)/ cenoura (20g)/ margarina (5g)/ sal (q.s.)/ coentro (q.s.)/ gua (300ml) + gua que ser perdida na evaporao Modo de preparo Descascar e cortar as verduras. Cortar a carne. Lavar o arroz. Juntar todos os ingredientes e acrescentar a quantidade de gua adequada. Levar ao fogo por aproximadamente 40 minutos. Liquidificar e coar se necessrio.

    Mingau ralo Ingredientes Leite (250ml)/ maisena (7,5g) (3 -7%)/ acar (25g) ( 10-15%)/ margarina (5g) Modo de preparo Desmanchar a maisena em um pouco de leite. Acrescentar o restante do leite, o acar a margarina. Levar ao fogo mexendo sempre.

    Mingau de aveia Ingredientes Leite (250ml)/aveia (7,5g) ( 3-7%)/ acar (25g) ( 10-15%) Modo de preparo Desmanchar a aveia em um pouco de leite. Acrescentar o restante do leite e o acar. Levar ao fogo mexendo sempre.

    Refresco de manga com gua de coco Ingredientes 01 manga madura/ 01 copo (250ml) de gua de coco Modo de Preparo Descascar a manga, cortar em cubos e bater no liquidificador com a gua de coco. Coar e, se necessrio, utilizar adoante. 5.1.4 Dieta Pastosa

    Objetivos: fornecer uma dieta que possa ser mastigada e deglutida com pouco ou nenhum

    esforo (ISOSAKI et al, 2004; MARTINS et al, 2003).

    Indicaes: indicada para pacientes que apresentem disfagias, dificuldades de

    mastigao e/ou alteraes gastrintestinais, danos neurolgicos, distrbios neuromotores,

  • retardo mental severo, doena esofgica, alteraes anatmicas da boca ou esfago, uso

    de prtese dentria, em ps operatrio ou em situaes clnicas especiais (ISOSAKI et al,

    2004; MARTINS et al,2003).

    Caractersticas: possui uma consistncia pastosa (alimentos slidos, porm amaciados ou

    modos, sob a forma de purs ou mingaus), com fracionamento de 5 a 6 refeies por dia

    (ISOSAKI et al, 2004; MARTINS et al, 2003). Normal em todos os nutrientes.

    Alimentos Recomendados e Evitados

    Grupo Alimentar

    Recomendados Evitados

    Peixes, Cereais, Arroz e Massas

    Todos que possam ser transformados em pur. Mingaus de amido de milho, aveia, creme de arroz, outros.

    Pes duros ou com sementes, biscoitos amanteigados, pastelarias. Cereais secos, contendo passas, nozes e outras frutas oleaginosas, ou sementes.

    Hortalias Pur de batata, batata doce, cenoura. Suco de hortalias.

    Hortalias folhosas cruas. Hortalias com sementes e/ou casca.

    Frutas Todas na forma de pur, sem pele. Suco de frutas.

    Frutas com polpas (ex.: laranja, uva, abacaxi) que so difceis de transformar em pur.

    Leite, Iogurte, Queijo

    Leite, milkshake, achocolatados, iogurte batido. Pudim, manjar, queijo cottage ou ricota amassada.

    Iogurte com pedaos de frutas.

    Carnes, Aves, Ovos

    Carnes, peixes e aves na forma de pur, sem pele. Ovos mexidos ou poch, na forma de pur. Gemada.

    Carnes duras, crocantes, empanadas, ovos fritos.

    Gorduras, leos e Acares

    Todos, sem excesso. Sal, pimentas, catchup, e mostarda.

    Recomendaes

    mais atraente e melhor tolerado quando os alimentos so transformados na consistncia pastosa em itens separados, em vez de todos misturados juntos.

    Os lquidos podem necessitar de espessamento com uso de espessantes industrializados.

    O leite, os molhos, a margarina, manteiga, mel ou acar podem ser adicionados aos alimentos slidos e lquidos, para aumentar o aporte calrico.

    O baixo teor de fibras pode resultar em obstipao intestinal. Pode ser utilizado o suco de trs ameixas pretas em conserva liquidificadas, e os chs laxativos.

    As fibras devem ser includas gradativamente dieta, de acordo com a tolerncia do paciente.

    Preparaes

    Arroz bem cozido, carne moda e pur de batata

  • Ingredientes Arroz (60g)/ carne magra (80g)/ batata inglesa (80g)/ margarina (10g)/ leite (40ml)/ coentro (q.s.)/ tomate (q.s.) Modo de preparo Lavar o arroz e acrescent-lo a gua fervente. Cozinhar em fogo brando. Cozinhar as batatas descasc-las, passar no espremedor e acrescentar o leite, a margarina e o sal. Levar ao fogo para uma ligeira fervura. Cozinhar a carne em pouca gua com coentro e tomate. Acrescentar 3ml de leo, se necessrio. 5.1.5 Dieta Branda

    Objetivos: fornecer uma dieta contendo o mnimo possvel de fibras que no foram

    abrandadas pela coco e uma quantidade moderada de resduos (ISOSAKI et al, 2004;

    MARTINS et al, 2003).

    Indicaes: indicada para pacientes que apresentem dificuldades quanto a mastigao

    e/ou digesto, em situaes ps operatrias (fase de transio para a dieta geral), ou

    durante a recuperao aps procedimentos invasivos (ISOSAKI et al, 2004; MARTINS et al,

    2003).

    Caractersticas: dieta isenta de fibras speras e alimentos gases formadores. Tecido

    conectivo e a celulose so abrandados pela coco (ISOSAKI et al, 2004; MARTINS et al,

    2003). Normal em todos os nutrientes.

    Alimentos Recomendados e Evitados

    Grupo Alimentar Recomendados Evitados

    Peixes, Cereais, Arroz e Massas.

    Pes moles, de forma, bolinhos cozidos ou assados moles, biscoitos sem recheio e gordura, panquecas, torradas, cereais cozidos, arroz, massas em geral. Centeio e integrais (de acordo com a tolerncia)

    Pes duros ou com sementes, biscoitos amanteigados, pastelarias.

    Hortalias Todas cozidas, exceto as flatulentas. Hortalias folhosas cruas, brcolis, abbora, couve-flor, pepino, pimento, e hortalias formadoras de gases.

    Frutas Todas cozidas. Todas as cruas e as ctricas.

    Leite, Iogurte, Queijo.

    Com pouco sal e gordura. Queijo prato, mussarela, cottage, ricota.

    Queijos muito gordurosos.

    Carnes, Aves, Ovos.

    Carnes sem gordura, cozidas, modas, desfiadas, pur, ensopados ao molho, grelhadas ou assadas. Ovos mexidos, moles ou poch.

    Carnes duras, crocantes, empanadas, ovos fritos.

    Gorduras, leos e Acares.

    Todos, sem excesso. Nenhum

  • Recomendaes

    Preferencialmente, cozinhar as hortalias em fogo brando e com sal adicionado.

    Evitar caf, lcool, condimentos, pimenta, catchup, maionese, mostarda, refrigerantes, gua com gs, sucos artificiais e extrato de carnes.

    O baixo teor de fibras pode resultar em obstipao intestinal. Pode ser utilizado o suco de trs ameixas pretas em conserva liquidificadas, e os chs laxativos.

    As fibras devem ser includas gradativamente dieta, de acordo com a tolerncia do paciente.

    Preparaes

    Desjejum Ingredientes Suco de Laranja (200 ml)/ Caf (100ml)/ Leite integral fervido (150ml)/ Acar (25g)/ Torrada (02 unid.)/ Geleia (20 g)/ Margarina (5g)/ Po de leite (50g) Modo de preparo Laranja Lave bem as laranjas (2 unidades) e em seguida, corte e retire o suco utilizando o espremedor de suco Caf - Coloque 20g de p de caf modo e torrado no filtro de papel, espalhando-o uniformemente (no compacte, nem aperte a camada de caf). Em seguida adicione gua quente (90C) num total de 100 ml. Comece molhando o p de caf das beiradas para o centro do coador/filtro. Em seguida, despeje a gua lentamente (em fio) bem no centro do filtro, sem misturar com a colher. Outros ingredientes: Disponha os outros ingredientes numa bandeja, de forma atraente.

    Almoo (Peixe Nevado com Cenoura Saut e Arroz) Ingredientes Peixe Nevado: Fil de pescada (400g)/ sal (q.s.)/ 2 claras/ 1 pote de iogurte desnatado (200g)/ queijo minas (200g) Modo de preparo Tempere os fils com o sal. Coloque em um refratrio e reserve. Bata o iogurte e o queijo minas no liquidificador. Bata as claras em neve e adicione a mistura de queijo. Coloque sobre o peixe e leve ao forno mdio (180 C) para cozinhar e dourar, por cerca de 30 minutos. Ingredientes Cenoura Saut: Cenoura (200g)/ Margarina (01 colher de sopa)/ Sal a gosto/ Salsa gosto Modo de preparo Cozinhe a cenoura cortada em rodelas com sal. A seguir, coloque-a numa frma com um pouco de margarina. Salpique salsa e leve ao forno para gratinar (10 minutos). Ingredientes Arroz cozido: Arroz (60g) / leo (10ml)/ Sal (q.s.)/ Coentro (q.s.) Modo de preparo Lavar o arroz e acrescent-lo a gua fervente. Cozinhar em fogo brando.

  • 5.1.6 Dieta Hiperprotica e Hipercalrica

    Objetivos: fornecer uma dieta com alto aporte calrico e protico, a fim de minimizar a

    resposta catablica injria que o indivduo esteja sofrendo e maximizar a recuperao da

    desnutrio, a cicatrizao de feridas e o combate infeco (ISOSAKI et al, 2004; MARTINS

    et al, 2003).

    Indicaes: indicada nos casos de desnutrio protico energtica, estresse metablico,

    tais como processos infecciosos, ps cirrgicos, queimaduras, politraumatizados, spticos

    e outros.(ISOSAKI et al, 2004; MARTINS et al, 2003).

    Caractersticas: rica em quilocalorias e protena, mas normal para os demais nutrientes

    (ISOSAKI et al, 2004; MARTINS et al, 2003).

    Alimentos Recomendados e Evitados

    Grupo Alimentar Recomendados Evitados

    Peixes, Cereais, Arroz e Massas.

    Gros e seus produtos integrais.

    Nenhum

    Hortalias Todas Nenhuma

    Frutas Todas Nenhuma

    Leite, Iogurte, Queijo. Todos Nenhum

    Carnes, Aves, Ovos. Todos Nenhum

    Gorduras, leos e Acares. Todos Nenhum

    Recomendaes

    Em pacientes desnutridos, introduzir a alimentao gradativamente.

    Iniciar as refeies com os alimentos mais proticos (ex.: leite, carnes, ovos).

    Os molhos e temperos podem auxiliar no momento da ingesto alimentar, pois estimulam o apetite.

    Podem ser utilizadas frituras e outras preparaes ricas em gordura, porm preferir os leos ricos em monoinsaturados (ex.: oliva, canola).

    Em caso de necessidade de aumentar o valor calrico da dieta, podem ser adicionados alimentos como: mel, melado, acar, xarope de milho, gelias, creme de amendoim, margarina, creme de leite, leite condensado, doce de leite, queijos, requeijo, sorvetes cremosos, outros.

    No caso de dificuldade de ingesto de alimentos slidos (falta de apetite), podem ser introduzidos o leite em p adicional ou suplementos proticos em p industrializados, misturados aos alimentos lquidos das refeies.

    Preparaes

    Vitamina de Vero Ingredientes pacote de polpa de acerola congelada (50g)/ 1 cenoura pequena descascada e picada/ mamo papaia/ 2 colheres de sopa de suplemento proteico calrico sabor baunilha/ xcara de ch de suco de laranja (180ml)/ 1 colher de sopa de acar Modo de preparo

  • Adicione todos os ingredientes, em seguida liquidifique e coe.

    Mingau de Farinha Lctea Ingredientes Leite integral (200ml)/ Farinha lctea (25g)/ Mdulo Proteico Caseical (5g)/ leo de soja (5ml)/ Acar (10g) Modo de preparo Adicione a farinha lctea, o acar a 200 ml de leite quente, em seguida acrescente o outros ingredientes e liquidifique.

    Hot Chocolate Ingredientes 2 xcaras de ch de leite (400ml)/ 4 colheres de sopa de Nutren Chocolate (60g)/ 1 colher de sopa de caf solvel (5g)/ 1 gema de ovo (25g)/ TCM (5ml)/ 2 colheres de sopa de acar (60g). Modo de preparo Bata todos os ingredientes. Leve ao fogo, mexendo sempre. Sirva imediatamente.

    Vitamina de Abacate Ingredientes Leite integral (140ml)/ Abacate (40g)/ Acar (15g)/ Leite em p integral (15g)/ Mdulo calrico Oligossac (5g) Modo de preparo Adicione os ingredientes ao liquidificador, bata por cerca de 3 minutos.

    Salada de Frutas com Leite Condensado Ingredientes Laranja (40g) picada/ Banana (50g) picada/ Ma (20g) picado/ Mamo (40g) picado/ Suco de laranja (40ml)/ Leite Condensado (15ml) Modo de preparo Disponha os ingredientes de modo atraente.

    Milk Shake Ingredientes Leite integral (70ml)/ Sorvete de fruta (130g) Modo de preparo Adicione os ingredientes ao liquidificador, bata por cerca de 3 minutos.

    Bolo Europeu Ingredientes 1 xcara de ch de uva passa (100g)/ 2 mas (300g) /1 tablete de margarina (100g)/ 1 xcara de ch de acar (170g) / 2 ovos (120g)/ 1 colher de sopa de canela em p (5g)/ xcara de ch de castanha-de caju (50g) / 1 xcara (ch) de farinha de trigo (180g) / 1 xcara de ch de Suplemento proteico-calrico sabor Baunilha (150g)/ 1 colher de sobremesa de fermento em p (10g)

  • Modo de preparo Escalde as passas em gua fervente, escorra e reserve. Descasque as mas, retire as sementes, pique miudinho e reserve. Bata a margarina com o acar, junte os ovos e continue a bater. Retire da batedeira e misture a canela, a castanha- do- par picadinha, a farinha de trigo, o suplemento proteico-calrico, as mas, as passas e o fermento. Despeje em frma redonda (20 cm de dimetro) untada com margarina e polvilhada com farinha de trigo. Leve a assar em forno previamente aquecido a 160C por, aproximadamente, 40 minutos. Obs.: a castanha-do-par pode ser substituda por igual quantidade de amndoas ou nozes.

    Macarro com Molho Branco Ingredientes Macarro espaguete (100g)/ 02 colheres de sopa de Margarina / Cebola ralada ( unidade mdia)/ Amido de milho (01 colher de sopa)/ Leite integral (01 xcara de ch)/ Gema (01 unidade batida)/ Presunto (03 fatias finas)/ Queijo prato 03 fatias finas/ Sal a gosto Modo de preparo Refogue a cebola ralada com a margarina. Adicione a maisena dissolvida no leite e a gema batida. Cozinhe em fogo brando, mexendo at engrossar. Depois retire do fogo e acrescente o presunto e queijo picado, homogeneizando bem. Cozinhe o macarro ao dente, escorra em seguida e depois misture o creme branco, servindo em seguida. 5.1.7 Hiperprotica e Normocalrica Objetivos: manter o estado nutricional de pacientes com grandes perdas ou alto catabolismo protico. Indicao de uso: pacientes adultos e idosos que no requerem modificaes especficas no aporte calrico, porm com necessidades proticas aumentadas (ex.: obesos), com funo renal normal. Caractersticas: dieta nutricionalmente adequada, hiperprotica.

    Alimentos Recomendados e Evitados

    Grupo Alimentar Recomendados Evitados

    Peixes, Cereais, Arroz e Massas.

    Todos Ricos em gorduras e acar.

    Hortalias Todas Nenhuma

    Frutas Todas Em calda de acar, cristalizadas.

    Leite, Iogurte, Queijo. Desnatados e queijos pobres em gorduras.

    Integrais

    Carnes, Aves, Ovos. Pobres em gordura, sem a pele e sem gordura visvel.

    Ricos em gorduras

    Gorduras, leos e Acares.

    Todos com moderao Nenhum

    Recomendaes

    Evitar alimentos ricos em gorduras e em acar.

    Iniciar as refeies com os alimentos mais proticos.

  • Os molhos e temperos podem auxiliar no momento da ingesto alimentar, pois estimulam o apetite.

    No caso de dificuldade de ingesto de alimentos slidos (falta de apetite), podem ser introduzidos o leite em p adicional ou suplementos proticos em p industrializados, misturados aos alimentos lquidos das refeies. 5.1.8 Dieta Hiperprotica e Hipocalrica

    Objetivos: reduo do peso corporal, melhorando os sintomas de doenas relacionadas obesidade (ISOSAKI et al, 2004; MARTINS et al, 2003). Indicaes de uso: pacientes em tratamento pr-operatrio de cirurgia para obesidade mrbida, obesos com diabetes mellitus descompensada e funo renal normal (ISOSAKI et al, 2004; MARTINS et al, 2003). Caractersticas: dieta reduzida em quilocalorias e rica em protenas (para o valor calrico); nutricionalmente adequada. (ISOSAKI et al, 2004; MARTINS et al, 2003).

    Alimentos Recomendados e Evitados

    Grupo Alimentar Recomendados Evitados

    Peixes, Cereais, Arroz e Massas.

    Gros e seus produtos integrais.

    Pes e cereais preparados com muita gordura, produtos de confeitaria ricos em gordura, biscoitos recheados.

    Hortalias Todas Fritas ou amanteigadas

    Frutas Todas Em calda de acar e cristalizadas.

    Leite, Iogurte, Queijo.

    Com pouca gordura e sal

    Leite integral, queijos gordos (amarelos), iogurtes integrais.

    Carnes, Aves, Ovos.

    Sem pele e gordura. At 3 ou 4 ovos por semana.

    Salsichas e embutidos, todas as carnes gordurosas ou fritas.

    Gorduras, leos e Acares.

    Nenhum. Margarinas, manteiga, bacon, banha, azeite. Sobremesas muito doces, produtos de confeitaria, sorvetes, pudins ou cremes feitos base de leite integral, doces cremosos, chocolate.

    Recomendaes

    Iniciar as refeies com os alimentos mais proteicos (ex.: leite, carnes, ovos).

    Evitar alimentos ricos em gordura e em acar.

    Utilizar hortalias frescas ou congeladas.

    Incluir hortalias verde-escuras e leguminosas vrias vezes na semana.

    Preferir as frutas frescas e com casca.

    6. SUPORTE NUTRICIONAL

    6.1 NUTRIO ENTERAL

    6.1.1 Indicaes e Contra Indicaes da Nutrio Enteral

  • A nutrio enteral a tcnica preferida quando o intestino funciona normalmente,

    tendo em vista que causa menos complicaes, tem custo baixo e possibilita desfechos

    mais favorveis. Entre os benefcios da nutrio enteral (NE) esto a utilizao mais ampla

    dos nutrientes, a preservao do pH e da flora intestinal em razo da inibio da

    proliferao excessiva das bactrias oportunistas, e o suporte funo de barreira

    imunolgica da mucosa intestinal, que pode reduzir risco de sepse relacionada com o trato

    intestinal. Alguns exemplos de indivduos que no conseguem atender s necessidades

    nutricionais por meio de uma dieta oral so os pacientes com alteraes do estado mental,

    disfagia grave, perda do apetite e insuficincia respiratria com necessidade de utilizar um

    tubo traqueal (1,2).

    Indicaes e contraindicaes do suporte nutricional enteral

    Indicaes

    - Paciente desnutrido que provavelmente no ter capacidade de ingerir alimentos por >5

    a 7 dias

    - Paciente normalmente nutrido que provavelmente no ter capacidade d ingerir

    alimentos por >7 a 9 dias

    - Funo intestinal normal ou parcialmente preservada

    - Fase adaptativa da sndrome do intestino curto

    - Depois do traumatismo ou queimaduras graves

    Contraindicaes

    - Doenas terminais nas quais os benefcios no seriam maiores do que os riscos

    - Sndrome do intestino curto

    - Obstruo intestinal

    - Vmitos e diarreia refratrios ao tratamento

    - Fstula de alto dbito

    - Isquemia GI

    - leo

    - Inflamao GI

    - Paciente desnutrido que provavelmente conseguir ingerir alimentos nos prximos 5 a 7

    dias, com intervalo esperado de suporte nutricional < 5 a 7 dias

    - Pancreatite aguda grave

    - Nenhum acesso para o cateter

    6.1.2 Vias de Acesso e Mtodos de Administrao da Nutrio Enteral

    A escolha da via de acesso da NE o prximo passo depois de determinar que o

    paciente poderia ser beneficiado pelo suporte nutricional. Um acesso de longa durao

    deve ser considerado, caso o paciente necessite de suporte nutricional por > 4 a 6

    semanas.

    Depois do estabelecimento de uma via de acesso para a NE, pode-se determinar o

    mtodo de administrao. Os mtodos viveis so gravitacional ou por bomba de infuso.

  • Dispositivos de acesso enteral

    Descrio Prs Contras

    Curto prazo

    (< 4 semanas)

    Cateter nasogstrico

    (CNG); Cateter pr-

    pilrico

    Cateter orogstrico;

    cateter pr-pilrico

    Cateter nasoentrico;

    cateter ps-pilrico

    Utilizado para alimentar, descomprimir o

    estmago, administrar frmacos, avaliar o

    pH e os resduos gstricos. Para evitar

    obstruo do cateter pelas frmulas

    enterais, o cateter deve ter calibre mnimo

    de 10F.

    Via ideal quando no possvel passar

    cateter pelo nariz (fratura facial ou trauma

    craniano).

    A ponta do cateter posicionada depois do

    esfncter pilrico. Antes de comear a

    utilizar o cateter, sua posio precisa ser

    confirmada radiologicamente.

    - Vrios calibres disponveis (5F a 18F).

    - Em geral, a instalao fcil

    - Os cateteres mais calibrosos facilitam

    a administrao intermitente (em

    bolus) de frmulas enterais ou

    frmacos.

    - Incidncia menor de sinusite

    - Os cateteres menos calibrosos so

    mais flexveis e confortveis

    - Riscos menores de aspirao, refluxo

    esofgico e retardo do esvaziamento

    gstrico quando o cateter colocado

    depois do tero distal do duodeno.

    - Contraindicado se houver fraturas

    nasais/faciais, coagulopatia grave,

    trombocitopenia grave, obstruo esofgica.

    - As complicaes incluem obstruo,

    perfurao do esfago ou dos seios da face,

    lceras da mucosa nasal, pneumotrax,

    epistaxe e aspirao pulmonar.

    - Tolerado por intervalos curtos

    - As mesmas complicaes do CNG, com

    exceo dos eventos relacionados com

    problemas nasais.

    - necessrio usar bombas de infuso

    - Dificuldade de colocar o cateter depois do

    ligamento de Treitz

    - Dificuldade de administrar alguns frmacos

  • Longo prazo

    (> 4 semanas)

    Cateter de gastronomia:

    pr-pilrico

    Cateter de jejunostomia:

    pr-pilrico

    Jejunostomia

    transgstrica

    Colocao cirrgica, endoscpica (PEG) ou

    radiolgica no estmago. Disponvel em

    calibres 10F a 28F.

    Colocao cirrgica, endoscpica (PEJ) ou

    radiolgica no jejuno. Os dimetros do

    cateter variam de 9F a 12F. No possvel

    verificar a presena de resduos para avaliar

    a tolerncia. Exige a infuso por meio de

    bomba de infuso.

    Colocao cirrgica, endoscpica ou

    radiolgica. O acesso jejunal colocado por

    meio do cateter de gastronomia e permite a

    administrao das frmulas no intestino

    delgado e tambm a aspirao do contedo

    gstrico.

    - Permite a alimentao intermitente

    - Existem cateteres finos disponveis

    - Reduz o risco de aspirao

    - Existem cateteres finos disponveis

    -Pode ser convertida para alimentao

    por gastrostomia, conforme a

    tolerncia

    - Reduz o risco de aspirao

    - As complicaes podem incluir aspirao

    desprendimento, sangramento, infeco da

    ferida, obstruo do cateter, pneumoperitnio,

    infeco e vazamento pela ostomia.

    - No permite a alimentao enteral

    intermitente

    - As complicaes podem incluir deiscncia ou

    infeco da ferida, obstruo intestinal,

    sangramento, desprendimento e vlvulo.

    - No permite a alimentao enteral

    intermitente

    - Mesmas complicaes dos cateteres de

    gastronomia e jejunostomia.

  • 6.1.3 Prescrio e Evoluo da Nutrio Enteral

    As frmulas enterais so fornecidas em concentrao mxima em razo dos risco de

    contaminao. Para pacientes em unidades de terapia intensiva, a NE deve ser iniciada nas

    primeiras 24h depois da admisso, caso se espere que eles no reiniciem a ingesto oral

    plena dentro de 3 dias.

    Os rudos peristlticos no precisam ser detectados antes da primeira refeio.

    Lquidos e ar devem estar presentes na luz intestinal para que rudos peristlticos sejam

    ouvidos, o que pode no acontecer se houver um cateter de gastronomia endoscpico

    nasogstrico ou percutneo (PEG) para aspirao ou descompresso.

    Volumes de gua tambm devem ser acrescentados prescrio da NE, para

    assegurar a nutrio adequada e atenuar a constipao intestinal. Esta pode ser

    administrada pelo mtodo intermitente (bolus), mas algumas bombas de infuso fazem uma

    hidratao automtica, pela qual o aparelho administra 25ml/h de gua livre.

    A monitorao da tolerncia gastrintestinal, do grau de hidratao e do estado

    nutricional dos pacientes tratados com NE importante.

    O suporte temporrio com NE comumente necessrio durante o processo de

    tratamento intensivo e deve ser descontinuado medida que os pacientes possam tolerar

    adequadamente a dieta oral. medida que as dietas orais so reiniciadas, a nutrio enteral

    tambm deve ser infundida durante a noite por uma bomba infusora, administrada entre as

    refeies para estimular o apetite. Quando o paciente capaz de consumir 75% das

    necessidades nutricionais por via oral, a alimentao por cateter por de ser interrompida.

    6.2 NUTRIO PARENTERAL

    A Nutrio parenteral (NP) (para alm do, nteron intestino) se

    refere a nutrio feita por uma via diferente da gastrointestinal. A

    nutrio parenteral pode servir para complementar (parcial) ou para

    substituir completamente (total) a alimentao normal, pela via enteral.

    Consiste basicamente de uma soluo ou emulso preparada para estar

    em equilbrio com as demandas do organismo de nutrientes como

    carboidratos, aminocidos, lipdeos, vitaminas e minerais.

    utilizada quando o paciente no deve, no pode ou no quer se alimentar

    normalmente. contraindicado no caso de problemas na perfuso tissular, grandes e graves

    queimaduras corporais, discrasia sangunea e imediatamente ao final da cirurgia.

    So exemplos desta necessidade:

    Recm-nascidos prematuros, cujo sistema digestivo no capaz de processar (digerir) o leite de modo suficiente sua necessidade;

    Pacientes submetidos a cirurgias gastrintestinais de grande porte com risco de fstulas;

    Pacientes com a sndrome do intestino curto;

    Paciente com anorexia e grave risco de transtornos cardiovasculares.

    Macronutrientes

    Os componentes da nutrio parenteral so:

  • gua: o de maior volume, necessrio para repor as perdas e transportar os outros componentes. O clculo da quantidade total de fluido necessrio (o volume) deve levar em conta as necessidades e as perdas. Pode ser usado o peso e a diurese neste balano.

    No adulto segue-se um padro de 2000 a 2500 ml no frasco de nutrio parenteral e o restante administrado atravs de soros em veias perifricas.

    Glicose: Utilizada na forma de solues hipertnicas de glicose, geralmente a 50% - ou seja, 50 gramas de glicose para cada 100 ml.

    Aminocidos: Necessrio para formar a protena, utilizam-se solues a 10% (10 gramas por 100 ml). Existem comercialmente solues especiais para problemas renais e hepticos e solues especiais para recm-nascidos muito prematuros.

    Lipdios: Utilizado preferencialmente todos os dias como fonte de energia, juntamente a glicose, apresenta-se em solues a 10 e 20% (10 ou 20 g/100 ml)

    Eletrlitos

    Sdio: na forma de NaCl a 20%.

    Potssio: na forma de KCl e fosfato cido de potssio.

    Clcio: Utilizado em veia perifrica para evitar precipitao do soluto.

    Fsforo: na forma de fosfato cido de potssio

    Magnsio: na forma de sulfato de magnsio.

    Vitaminas (A, B1, B6, B12, C, D, K- utilizado uma vez por semana, preferencialmente em veia perifrica.)

    Como principal complicao, por tratar-se de uma soluo altamente nutritiva, a

    contaminao por bactrias e fungos que colonizam os frascos. Para evitar este problema

    tcnicas de esterilizao dos frascos e materiais, bem como uma tcnica assptica so

    necessrias. O acesso venoso da nutrio parenteral total deve ser uma veia central para

    evitar a flebite, isto , deve ser em uma veia calibrosa prximo ao corao para evitar uma

    reao inflamatria da veia, devido a concentrao alta de glicose.

    Vias de administrao

    Existem trs vias de administrao da nutrio parenteral:

    Via Central: Introduo do cateter na cava, jugular ou femural.

    Via Perifrica: Introduo do cateter nas veias perifricas dos membros superiores.

    PICC: Introduo do cateter pela veia perifrica do membro superior indo at a cava.

  • REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS DE TODA A APOSTILA MAHAN, L. K. & SCOTT-STRUMP. KRAUSE: Alimentos Nutrio e Dietoterapia. So Paulo: Roca, 2005. CHEMIN SM & MURA JDP. Tratado de Alimentao, Nutrio & Dietoterapia. 1ed. Roca. So Paulo, 2007. CUPARRI, L. Guias de Medicina Ambulatrial e Hospitalar. UNIFESP- Escola Paulista de Medicina. Nutrio Clnica do Adulto. 2ed.Manoele. So Paulo, 2005. SHILLS, M.E.; OLSON, J.A.; SHIKE, M.; ROSS, A.C. Tratado de nutrio moderna na sade e na doena. vols. 1 e 2. Barueri: Ed. Manole, 2003.