apostila desenho técnico

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Desenho Técnico Professor Gleison Moysés Neckel

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Page 1: Apostila Desenho Técnico

Desenho Técnico

Professor Gleison Moysés Neckel

Page 2: Apostila Desenho Técnico

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Razão e Importância

O desenho foi utilizado, desde a pré-história, para traçar e representar

numa superfície objetos e seres tridimensionais. Acompanhando a evolução da

humanidade, ao valorizar os aspectos estéticos e formais, transformou-se em

desenho artístico, ao aperfeiçoar sua capacidade de representação da forma e

de solução de problemas geométricos, evoluiu para o desenho técnico.

A compreensão do desenho técnico, por ter linguagem específica, ser

resultante de determinações matemáticas e obedecer rigorosamente às regras

da geometria descritiva, é efetuada apenas pelas pessoas a ela relacionadas

ou nela interessadas, pois é o processo de interpretação de linhas e traços

para formar uma imagem mental de como uma peça é na realidade.

Como exemplo, imagine você tendo que fazer uma determinada peça

mecânica. As informações para execução desta peça poderão ser

apresentadas de diversos modos:

a) Recebendo a descrição verbal da peça;

b) Recebendo uma fotografia da peça;

c) Recebendo um modelo da peça;

d) Recebendo um desenho da peça;

Analisemos, agora, cada um deles:

a) Você deve concordar que a palavra não é bastante para transmitir a

idéia da forma de uma peça, mesmo que ela não seja muito complicada.

Experimente, usando, SOMENTE o recurso da palavra descrever um objeto de

maneira que outra pessoa o faça. Você concluirá que isto é praticamente

impossível.

b) Embora a fotografia transmita relativamente bem a idéia da parte

exterior da peça, não mostra seus detalhes interiores, além de não transmitir a

idéia das dimensões, logo a fotografia não resolve seu problema.

c) O modelo resolve até certo ponto. Mas em determinadas

circunstâncias, não é mais possível. Imagine você transportando um eixo de

navio para executá-lo! Além disso, a peça a ser feita, pode estar sendo

idealizada, não existindo portanto um modelo para a mesma.

Page 3: Apostila Desenho Técnico

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d) Finalmente, através de um desenho é que se consegue, com clareza

e precisão, de maneira simples, transmitir todas as idéias de forma e

dimensões de uma peça. Além disso, há uma série de outras informações

necessárias que somente o desenho pode dar. São algumas destas:

• Especificação do material a ser executada a peça;

• Os diferentes acabamentos de uma superfície;

• As tolerâncias de sua medida;

• Formato interior;

Geometria

A geometria (do grego geo = terra + metria = medida, ou seja, "medir

terra") surgiu da necessidade de melhorar o sistema de arrecadação de

impostos de áreas rurais, e foram os antigos egípcios que deram os primeiros

passos para o desenvolvimento da disciplina.

Todos os anos o rio Nilo extravasava as margens e inundava o seu delta

(local onde o rio Nilo deságua no mar Mediterrâneo através de vários canais)

destruindo as delimitações entre as propriedades de terra. Deste modo os

agricultores não podiam saber qual era a sua propriedade para poderem

cultivá-la e pagarem os impostos devidos aos governantes.

Os antigos faraós nomearam os escribas (agrimensores), cuja tarefa era

restabelecer as fronteiras entre as diversas propriedades. Foi assim que

nasceu a geometria. Foi, porém, com o livro “Os Elementos” do matemático

grego Euclides de Alexandria (por volta de 300 a.c.) que a geometria realmente

se desenvolveu.

Noções primitivas sobre ângulos:

As noções primitivas em geometria são o ponto, a reta e o plano

conhecidas intuitivamente:

Ponto

Reta

Plano

Page 4: Apostila Desenho Técnico

Posições relativas entre duas retas (contidas num mesmo plano):

Conceito de ângulo entre duas retas:

Tipos de ângulos:

Ângulos opostos pelo vértice são iguais:

Classificação de ângulos

Complementares:

Paralelas

Posições relativas entre duas retas (contidas num mesmo plano):

Conceito de ângulo entre duas retas:

As duas retas (s e r) se interceptam no

ponto O, que é o centro do ângulo ����

valor α. Os dois segmentos de reta ������ e

delimitam este ângulo.

Ângulos opostos pelo vértice são iguais:

α = β

Classificação de ângulos – sendo dois ângulos α e β:

Complementares: α + β = 90º

Paralelas

Coincidentes

Concorrentes

3

Posições relativas entre duas retas (contidas num mesmo plano):

As duas retas (s e r) se interceptam no

���� de

� e ������

Page 5: Apostila Desenho Técnico

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Suplementares: α + β = 180º

Explementares: α − β = 180º

Replementares: α + β = 360º

Ângulos formados por duas paralelas cortadas por uma transversal.

• Correspondentes – ocupam a

mesma posição em cada uma das

paralelas (a,e)(b,f)(c,g)(d,h) – são

iguais entre si.

• Colaterais internos – ocupam o

mesmo lado da transversal,

internos às paralelas (c,f)(d,e) –

são suplementares entre si

• Colaterais internos – ocupam o

mesmo lado da transversal,

externos às paralelas (a, h) (b, g)

– são suplementares entre si.

• Alternos internos – ocupam lados

diferentes na transversal, internos

às paralelas (c,e)(d,f) – são iguais

entre si.

• Alternos externos – ocupam lados

diferentes na transversal, externos

às paralelas (a,g)(b,h) – são iguais

entre si.

Polígonos

Polígono é uma figura plana formada por três ou mais segmentos

chamados lados, de modo que cada lado tem interseção com somente outros

dois lados próximos, sendo que tais interseções são denominadas vértices do

Page 6: Apostila Desenho Técnico

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polígono e os lados próximos não são paralelos. A região interior ao polígono é

muitas vezes tratada como se fosse o próprio polígono.

Nº de lados Nome

3 Triângulo

4 Quadrilátero

5 Pentágono

6 Hexágono

7 Heptágono

8 Octógono

9 Eneágono

10 Decágono

Polígonos Importantes

Triângulos:

Os triângulos mais simples são classificados de acordo com os limites

das proporções relativas de seus lados:

• Um triângulo equilátero possui todos os lados congruentes ou seja iguais.

Um triângulo equilátero é também equiângulo: todos os seus ângulos

internos são congruentes (como consequência, medem 60°), sendo,

portanto, classificado como um polígono regular.

• Um triângulo isósceles possui pelo menos dois lados de mesma medida e

dois ângulos congruentes. O triângulo equilátero é, conseqüentemente, um

caso especial de um triângulo isósceles. Num triângulo isósceles, o ângulo

formado pelos lados congruentes é chamado ângulo do vértice. Os

demais ângulos denominam-se ângulos da base e são congruentes.

• Em um triângulo escaleno, as medidas dos três lados são diferentes. Os

ângulos internos de um triângulo escaleno também possuem medidas

diferentes.

Page 7: Apostila Desenho Técnico

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Equilátero Isósceles Escaleno

Um triângulo também pode ser classificado de acordo com seus ângulos

internos:

• Um triângulo retângulo possui um ângulo reto. Num triângulo retângulo,

denomina-se hipotenusa o lado oposto ao ângulo reto. Os demais lados

chamam-se catetos. Os ângulos agudos de um triângulo retângulo são

complementares.

• Um triângulo obtusângulo possui um ângulo obtuso e dois ângulos

agudos.

• Em um triângulo acutângulo, os três ângulos são agudos.

Retângulo Obtusângulo Acutângulo

Page 8: Apostila Desenho Técnico

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Quadriláteros:

Os quadriláteros podem ser considerados Trapézios ou Não Trapézios.

O seguinte esquema ilustra a classificação dos diferentes tipos de

quadriláteros.

Polígonos regulares:

Polígonos regulares são aqueles que têm todos os lados de mesmo

comprimento e todos os ângulos internos iguais. O triângulo regular é o

triângulo equilátero e o paralelogramo regular é o quadrado. Os sequentes

apenas recebem a palavra “regular” na denominação (pentágono regular,

hexágono regular...).

Todos os polígonos regulares podem ser inscritos ou circunscritos em

circunferências:

Quadrilátero

Trapézio

(2 lados paralelos)

Paralelogramo

(lados opostos paralelos)

Paralelogramo

obliquângulo Retângulo Losango Quadrado

Trapézio propriamente dito

(apenas dois lados paralelos)

Trapézio

Isósceles

Trapézio

retângulo

Trapézio

Escaleno

Não

trapézio

Page 9: Apostila Desenho Técnico

Polígonos regulares inscritos

Normalização

Todos os assuntos abordados pelo desenho técnico seguem a

padronização dada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas),

em Normas Brasileiras Recomendadas (NBR) como alguns exemplos:

• NBR-8196 – Emprego de escalas em

• NBR-8402 – Execução de caracteres para a escrita em desenho técnico;

• NBR-8403 – Aplicação de linhas em desenhos

de linhas;

• NBR-8404 - Indicação do estado de superfícies em desenho técnico;

• NBR-8993 – Represent

técnico;

• NBR-10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico

vistas e cortes;

• NBR-10068 – Folha de desenho

• NBR-10126 – Cotagem em desenho técnico;

• NBR-10582 – Apresentaç

• NBR-10647 – Desenho técnico

Polígonos regulares inscritos Polígonos regulares

circunscritos

Todos os assuntos abordados pelo desenho técnico seguem a

padronização dada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas),

em Normas Brasileiras Recomendadas (NBR) como alguns exemplos:

Emprego de escalas em desenho técnico;

Execução de caracteres para a escrita em desenho técnico;

Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas

Indicação do estado de superfícies em desenho técnico;

Representação convencional de partes roscadas em desenho

Princípios gerais de representação em desenho técnico

Folha de desenho – Leiaute e dimensões;

Cotagem em desenho técnico;

Apresentação da folha para desenho técnico;

Desenho técnico – Terminologia.

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Polígonos regulares

Todos os assuntos abordados pelo desenho técnico seguem a

padronização dada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas),

em Normas Brasileiras Recomendadas (NBR) como alguns exemplos:

Execução de caracteres para a escrita em desenho técnico;

Tipos de linhas – Largura

Indicação do estado de superfícies em desenho técnico;

ação convencional de partes roscadas em desenho

Princípios gerais de representação em desenho técnico –

Page 10: Apostila Desenho Técnico

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Croqui

O desenho técnico caracteriza-se em duas modalidades: o desenho com

instrumentos e sem instrumentos. Em essência, trabalharemos apenas com o

desenho com instrumentos (esquadros, réguas, compassos...), entretanto é de

fundamental importância compreender o desenho sem instrumentos, visto que

é uma técnica importante quando se está privado das condições instrumentais

(por exemplo em campo fabril) ou quando necessita-se identificar certa

geometria de alguma peça em um curto espaço de tempo.

Um croqui (palavra oriunda da língua francesa croquis, traduzida como

esboço ou rascunho) costuma se caracterizar como um desenho rápido, feito

com o objetivo de discutir ou expressar graficamente uma idéia plástica,

bastante caracterizada pelo gesto de seu autor em atacar o papel com o

instrumento de traçado. Um croqui, portanto, não exige grande precisão,

refinamento gráfico ou mesmo cuidados com sua preservação, diferente de

desenhos finalizados. Costuma ser realizado em intervalos de tempo

relativamente curtos, como períodos de 10 a 15 minutos. O que costuma ser

mais importante no croqui é o registro gráfico de uma idéia instantânea, através

de uma técnica de desenho rápida e descompromissada.

Page 11: Apostila Desenho Técnico

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Caligrafia Técnica

Outra utilidade do desenho sem instrumentos é a Caligrafia Técnica.

Como veremos no decorrer da disciplina, a tecnologia do Desenho Técnico

tende a ser padronizada, de forma que um projeto realizado aqui possa ser

interpretado em qualquer parte do mundo. A caligrafia (maneira de desenhar as

letras) não leva outra sorte.

Tipos

As letras e algarismos podem ser verticais ou inclinadas para a direita.

Page 12: Apostila Desenho Técnico

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A escrita inclinada deve estar a 75º para a direita em relação à linha de base.

Padronização das distâncias na Caligrafia Técnica

Page 13: Apostila Desenho Técnico

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Linhas

As linhas são à base do desenho. Combinado linhas de diferentes tipos

e espessuras, é possível descrever graficamente qualquer peça, com riqueza

de detalhes.

Desse modo, o profissional, com conhecimentos básicos de leitura de

desenho, pode visualizar, com precisão, a forma da peça apresentada.

Linha para Arestas e Contornos Visíveis

É contínua larga e indica todas as partes visíveis do objeto,

determinando o contorno.

Linha para Arestas e Contornos Não Visíveis

Para ser bem compreendido o desenho deve apresentar linhas

mostrando todas as arestas e interseção das superfícies de uma peça. Muitas

destas linhas não são visíveis para o observador porque estão encobertas por

outras partes da peça. Para a indicação destas partes não visíveis usa-se uma

linha tracejada estreita.

Linhas de Centro e Eixo de Simetria

Trata-se de uma linha estreita, formada por traços e pontos alternados.

Page 14: Apostila Desenho Técnico

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Linhas Auxiliares e Linhas de Cota

Uma linha contínua e estreita, auxiliar para a linha de cota. A linha de

cota trata-se de uma linha estreita e contínua limitada por setas.

Linhas de corte

Linha traço e ponto estreito, largo nas extremidades e na mudança de

direção, para indicar cortes e seções.

Page 15: Apostila Desenho Técnico

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Outros Tipos de Linha

a) Linha traço dois pontos estreita, para perfis e contornos auxiliares e

complementares.

b) Linha contínua estreita à mão livre para indicar rupturas e cortes

parciais.

Page 16: Apostila Desenho Técnico

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c) Linha continua estreita em ziguezague.

d) Linha contínua estreita para hachuras.

Sistemas de projeções Ortogonais

Ângulos Diedros

A representação de objetos tridimensionais por meio de desenhos

bidimensionais, utilizando projeções ortogonais, foi idealizada por Gaspar

Page 17: Apostila Desenho Técnico

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Monge no século XVIII. O sistema de representação criado por Gaspar Monge

é denominado Geometria Descritiva.

Considerando os planos vertical e horizontal prolongados além de suas

interseções, como mostra a Figura abaixo, dividiremos o espaço em quatro

ângulos diedros (que tem duas faces). Os quatros ângulos são numerados no

sentido anti-horário, e denominados 1º, 2º, 3º, e 4º Diedros.

Utilizando os princípios da Geometria Descritiva, pode-se, mediante

figuras planas, representar formas espaciais utilizando os rebatimentos de

qualquer um dos quatro diedros.

Entretanto, para viabilizar o desenvolvimento industrial e facilitar o

exercício da engenharia, foi necessário normalizar uma linguagem que, a nível

internacional, simplifica o intercâmbio de informações tecnológicas.

Assim, a partir dos princípios da Geometria Descritiva, as normas de

Desenho Técnico fixaram a utilização das projeções ortogonais somente pelos

1º e 3º diedros, criando pelas normas internacionais dois sistemas para

representação de peças:

• sistema de projeções ortogonais pelo 1º diedro

• sistema de projeções ortogonais pelo 3º diedro

Page 18: Apostila Desenho Técnico

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O uso de um ou do outro sistema dependerá das normas adotadas por

cada país. Por exemplo, nos Estados Unidos da América (USA) é mais

difundido o uso do 3º diedro; nos países europeus é mais difundido o uso do 1º

diedro. No Brasil é mais utilizado o 1º diedro, porém, nas indústrias oriundas

dos USA, da Inglaterra e do Japão, poderão aparecer desenhos representados

no 3º diedro. Como as normas internacionais convencionaram, para o desenho

técnico, o uso dos 1º e 3º diedros é importante a familiarização com os dois

sistemas de representação.

Projeções Ortogonais pelo 1º Diedro

As projeções feitas em qualquer plano do 1º diedro seguem um princípio

básico que determina que o objeto a ser representado deverá estar entre o

observador e o plano de projeção, conforme mostra a Figura abaixo.

A partir daí, considerando o objeto imóvel no espaço, o observador pode

vê-lo por seis direções diferentes, obtendo seis vistas da peça.

Ou seja, aplicando o princípio básico em seis planos circundando a

peça, obtemos, de acordo com as normas internacionais, as vistas principais

no 1º diedro.

Page 19: Apostila Desenho Técnico

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Para serem denominadas vistas principais, as projeções têm de ser

obtidas em planos perpendiculares entre si e paralelos dois a dois, formando

uma caixa.

A Figura mostra a peça circundada pelos seis planos principais, que

posteriormente são rebatidos de modo a se transformarem em um único plano.

Cada face se movimenta 90º em relação à outra.

A projeção que aparece no plano 1 (Plano vertical de origem do 1º

diedro) é sempre chamada de vista de frontal.

Em relação à posição da vista de frente, aplicando o princípio básico do

1º diedro, nos outros planos de projeção resultam nas seguintes vistas:

• Plano 1 – Vista de Frontal – mostra a projeção frontal do objeto.

• Plano 2 – Vista Superior – mostra a projeção do objeto visto por cima.

• Plano 3 – Vista Lateral Esquerda – mostra o objeto visto pelo lado esquerdo.

• Plano 4 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado direito.

• Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo.

• Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás.

Page 20: Apostila Desenho Técnico

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Exemplo

Exercícios Propostos

1. Dadas as perspectivas faça o esboço das seis vistas.

Escolha das Vistas

Dificilmente será necessário fazer seis vistas para representar qualquer

objeto. Porém, quaisquer que sejam as vistas utilizadas, as suas posições

relativas obedecerão às disposições definidas pelas vistas principais.

No 1º diedro é mais difundido o uso da vista lateral esquerda, resultando

no conjunto preferencial composto pelas vistas de frontal, superior e lateral

esquerda, mostradas na Figura abaixo.

Page 21: Apostila Desenho Técnico

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Na Figura abaixo, considerando como frente a direção indicada, as três

vistas preferenciais do 1º diedro são suficientes para representar o objeto.

Observe no conjunto de seis vistas que as outras três vistas, além de

apresentarem partes ocultas, são desnecessárias na definição da forma do

objeto.

Exemplos

Page 22: Apostila Desenho Técnico

21

Exercícios Propostos

2. Dadas as perspectivas faça o esboço das três vistas que melhor

representam as peças.

Page 23: Apostila Desenho Técnico

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a)

b)

c)

d)

e)

Page 24: Apostila Desenho Técnico

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f)

g)

h)

3. Dadas as perspectivas faça o esboço das três vistas que melhor

apresentam as peças, considerando a direção indicada.

Page 25: Apostila Desenho Técnico

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Projeções Ortogonais pelo 3º Diedro

Assim como no 1° diedro, qualquer projeção do 3º diedro também segue

um princípio básico.

Para fazer qualquer projeção no 3º diedro, o plano de projeção deverá

estar posicionado entre o observador e o objeto, conforme mostra a Figura

abaixo.

O plano de projeção precisa ser transparente (como uma placa de vidro)

e o observador, por trás do plano de projeção, puxa as projetantes do objeto

para o plano.

Page 26: Apostila Desenho Técnico

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As vistas principais são obtidas em seis planos perpendiculares entre si

e paralelos dois a dois, como se fosse uma caixa de vidro e, posteriormente,

rebatidos de modo a formarem um único plano.

A Figura abaixo mostra os rebatimentos dos planos que compõem a

caixa de vidro, onde cada plano se movimenta 90º em relação ao outro.

Da mesma forma que no 1° diedro, a projeção que é representada no

plano 1 corresponde ao lado da frente da peça.

Deste modo, considerando o princípio básico e os rebatimentos dados

aos planos de projeção, têm-se as seguintes posições relativas das vistas:

• Plano 1 – Vista de Frontal – mostra a projeção frontal do objeto.

• Plano 2 – Vista Superior – mostra a projeção do objeto visto por cima.

Page 27: Apostila Desenho Técnico

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• Plano 3 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado direito.

• Plano 4 – Vista Lateral Esquerda – mostra o objeto visto pelo lado esquerdo.

• Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo.

• Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás.

No 3° diedro as vistas mais utilizadas, que acabam se constituindo nas

vistas preferenciais, são o conjunto formado pelas vistas de frente, superior e

lateral direita. A Figura abaixo mostra as vistas principais e as vistas

preferenciais do 3º diedro.

Exemplos

Analise as projeções das peças abaixo e procure entender os

rebatimentos convencionados para o 3° diedro.

Page 28: Apostila Desenho Técnico

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Exercícios Propostos

4. Tome como vista frontal as direções indicadas e, analisando

cuidadosamente os rebatimentos, faça o esboço das seis vistas principais

de cada peça dada.

Comparações entre as Projeções do 1° e do 3° Diedros

Visando facilitar o estudo e o entendimento dos dois sistemas de

projeções ortogonais, normalizados como linguagem gráfica para o desenho

técnico, serão realçadas as diferenças e as coincidências existentes entre o 1º

e o 3º diedros a seguir.

1 – Quanto à vista de Frente

Tanto no 1° como no 3° diedro, deve-se escolher como frente o lado que

melhor representa a forma da peça, respeitando sua posição de trabalho ou de

equilíbrio.

2 – Quanto às Posições relativas das vistas

A Figura abaixo mostra as vistas principais do 1° e do 3° diedros. Para

facilitar a comparação, nos dois casos, a vista de frente corresponde ao mesmo

lado do objeto. Como é mantida a mesma frente, conseqüentemente, todas as

outras vistas são iguais, modificando somente as suas posições relativas.

Page 29: Apostila Desenho Técnico

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1 - Vista Frontal 4 - Vista Lateral Direita

2 - Vista Superior 5 - Vista Lateral Esquerda

3 - Vista Inferior 6 - Vista Posterior

Posições Relativas à Vista Frontal

As figuras abaixo fazem respectivamente a comparação dos sentidos

dos rebatimentos dos planos de projeções e dos tombamentos do objeto.

De acordo com as normas internacionais, na execução de desenhos

técnicos, pode-se utilizar tanto o 1º diedro como o 3° diedro.

Para facilitar a interpretação do desenho é recomendado que se faça a

indicação do diedro utilizado na representação. A indicação pode ser feita

escrevendo o nome do diedro utilizado ou utilizando os símbolos conforme

Figura abaixo.

Page 30: Apostila Desenho Técnico

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