apostila desenho tecnico

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1 DESENHO TÉCNICO Definição: - O desenho técnico é a linguagem gráfica que permite representar formas, posicionamentos e dimensões de objetos de maneira objetiva, pois é balizada por normas e convenções internacionais. Como em um idioma, a linguagem do desenho técnico obedece a regras para que a comunicação seja perfeitamente compreendida, tornando esta linguagem universalizada. Vários organismos internacionais, participantes da ISO (Internacional Organization for Standardization), entre elas a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) elaboram, adotam e difundem normas no sentido de estabelecer as mesmas premissas para desenvolvimento de projetos e produtos. Assim as normas e convenções estabelecem condições que devem ser observadas na execução dos desenhos técnicos. CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS Os desenhos técnicos se classificam segundo os seguintes critérios: 1- Quanto ao aspecto geométrico A) Desenho projetivo Desenho resultante de projeções do objeto sobre um ou mais planos, criando correspondência entre as projeções nestes planos, que se fazem coincidir com o do próprio desenho. - Vistas Ortogonais Figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do objeto, sobre planos convenientemente escolhidos, de modo que representem com exatidão as formas e detalhes dos objetos projetados. - Perspectivas Figuras resultantes de projeções cilíndricas ou cônicas sobre um plano, conferindo uma percepção de profundidade na representação do objeto. B) Desenho não projetivo Desenho não subordinado à correspondência, por meio de projeção entre as figuras que o constituem e o que é por ele representado. Compreende grande variedade de representações gráficas, como: ábacos, diagramas, esquemas, fluxogramas, gráficos, organogramas etc. 2- Quanto ao grau de elaboração - Esboço Representação gráfica dos estágios iniciais de elaboração de um projeto podendo servir de representação de elementos existentes ou para execução.

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  • 1

    DESENHO TCNICO

    Definio: - O desenho tcnico a linguagem grfica que permite representar formas, posicionamentos e dimenses de objetos de maneira objetiva, pois balizada por normas e convenes internacionais. Como em um idioma, a linguagem do desenho tcnico obedece a regras para que a comunicao seja perfeitamente compreendida, tornando esta linguagem universalizada. Vrios organismos internacionais, participantes da ISO (Internacional Organization for Standardization), entre elas a ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas) elaboram, adotam e difundem normas no sentido de estabelecer as mesmas premissas para desenvolvimento de projetos e produtos. Assim as normas e convenes estabelecem condies que devem ser observadas na execuo dos desenhos tcnicos. CLASSIFICAO DOS DESENHOS TCNICOS Os desenhos tcnicos se classificam segundo os seguintes critrios:

    1- Quanto ao aspecto geomtrico

    A) Desenho projetivo Desenho resultante de projees do objeto sobre um ou mais planos, criando correspondncia entre as projees nestes planos, que se fazem coincidir com o do prprio desenho.

    - Vistas Ortogonais Figuras resultantes de projees cilndricas ortogonais do objeto, sobre planos convenientemente escolhidos, de modo que representem com exatido as formas e detalhes dos objetos projetados.

    - Perspectivas Figuras resultantes de projees cilndricas ou cnicas sobre um plano, conferindo uma percepo de profundidade na representao do objeto.

    B) Desenho no projetivo Desenho no subordinado correspondncia, por meio de projeo entre as figuras que o constituem e o que por ele representado. Compreende grande variedade de representaes grficas, como: bacos, diagramas, esquemas, fluxogramas, grficos, organogramas etc.

    2- Quanto ao grau de elaborao

    - Esboo Representao grfica dos estgios iniciais de elaborao de um projeto podendo servir de representao de elementos existentes ou para execuo.

  • 2

    - Desenho Preliminar Representao grfica empregada nos estgios intermedirios da elaborao do projeto e que est sujeita s modificaes. Corresponde ao anteprojeto.

    - Desenho Definitivo Desenho da soluo final do projeto, revisado, contendo os elementos necessrios sua compreenso e execuo.

    Tambm denominado Desenho de execuo.

    3- Quanto ao grau de pormenorizao

    - Desenho de detalhe Desenho de componente isolado ou de parte de um todo.

    - Desenho de conjunto Desenho que mostra todos os componentes reunidos na forma da concepo funcional do todo. Os elementos que compem o conjunto podem ser representados em perspectiva, montados ou expandidos, orientando a sequncia de montagem.

    4- Quanto s tcnicas para desenhar

    - Desenho a mo livre ou com instrumentos convencionais Usando lpis ou outro tipo de elemento que impressione graficamente com ou sem o apoio de instrumentos de para desenhar rguas, esquadros, compassos etc.

    - Desenho Computacional Desenho com assistncia de softwares especficos de desenho CAD COMPUTER AIDED DESIGN. Pro- Engineer, Catia, Auto CAD, Solid Edge, SolidWorks etc.

    5- Denominaes especficas de desenhos

    - Desenho Mecnico - Desenho de Mquinas - Desenho de Estruturas - Desenho Arquitetnico - Desenho Eltrico/Eletrnico - Desenho de Tubulaes

  • 3

    NORMAS TCNICAS As condies gerais que devem ser observadas na execuo dos desenhos tcnicos so fixadas pela Norma Geral de Desenho Tcnico, NBR 10647 DESENHO TCNICO NORMA GERAL - Associao Brasileira de Normas Tcnicas. Outras normas so especficas para aplicaes em desenho. Exemplo:

    NBR 10067 PRINCPIOS GERAIS DE REPRESENTAO EM DESENHO TCNICO NBR 8196 DESENHO TCNICO EMPREGO DE ESCALAS. E outras para:

    Formato do Papel

    Legenda

    Letras e Algarismos

    Tipos de Linhas

    Cotagem etc. Normas internacionais tambm so utilizadas, como por exemplo, as normas ISO (International Standards Organization), Organizao Internacional de Normalizao, e as normas DIN (Deutsch Industrien Normen).

    1- Formato do Papel

    Os papis utilizados para o Desenho Tcnico so padronizados e obedecem a NBR 10068 FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSES com medidas em milmetros:

    Formato Tamanho da Folha no Recortada

    Tamanho do Papel entre as Margens

    Margem

    4 A0 1720 x 2420 1628 x 2378 20

    2 A0 1230 x 1720 1189 x 1682 15

    A0 880 x 1230 841 x 1189 10

    A1 625 x 880 594 x 841 10

    A2 450 x 625 420 x 594 10

    A3 330 x 450 297 x 420 10

    A4 240 x 330 210 x 297 7

    O formato A0 o bsico com rea de 1 m (841 x 1189 = 1 m). A margem esquerda sempre de 25 mm, para facilitar o arquivamento em pastas.

    2- Legenda

    Toda folha deve levar em seu canto inferior direito um retngulo destinado legenda, que tem a finalidade de dar as informaes necessrias para identificao e classificao do desenho. Devem constar: nome da empresa, o ttulo do desenho, os responsveis, as datas, a escala e todas as indicaes necessrias sua exata identificao e interpretao.

  • 4

    Quando necessrio, no caso de desenhos de conjunto, sobre a legenda aparece lista de peas, numeradas, feito de baixo para cima e com o nmero da parte identificada no conjunto. Um modelo completo de legenda apresentado a seguir. comum cada empresa ter seu modelo prprio com indicaes especiais que lhe convm.

    Nome Visto Data

    (Nome da Empresa) Des.

    Verif.

    Aprov.

    Escala (Ttulo do Desenho)

    Substitui a:

    Substitudo por:

    Cdigo:

    Os valores do comprimento (L) e da altura (H) variam conforme o formato do papel.

    Formato do Papel

    L H

    A0 A1 A2 175 50 A3 A4 120 35

    A4 A5 A6 90 25

    Para o desenvolvimento desta disciplina ser adotado uma legenda simplificada como a mostrada na seqncia.

  • 5

    3- Escalas Escala a relao entre o tamanho de uma dimenso no desenho e a sua respectiva medida real. Por exemplo, um objeto em forma de placa quadrada tendo 50 cm de lado representado num desenho por um quadrado de 20 mm de lado. Neste caso, se diz que a escala do desenho :

    Isso significa que o desenho foi feito 25 vezes menor que o tamanho real do objeto e essa escala dita, por isso, de reduo. Se, por acaso, o desenho (a placa quadrada) tivesse sido traado com 250 centmetros de lado, a escala seria:

    Esta uma escala de ampliao.

    Quando o objeto e o desenho tm o mesmo tamanho a escala chamada de natural, ou seja, 1:1.

    A NBR 8196 DESENHO TCNICO EMPREGO DE ESCALAS, recomenda que se utilizem as seguintes escalas: Reduo: 1:2; 1:2,5; 1:5; 1:10; 1:20; 1:25; 1:50; 1:100; 1:200;

    1:500; 1:1000; 1:2000; etc.

    Ampliao: 2:1; 5:1; 10:1; 20:1; etc. A escala deve constar obrigatoriamente na legenda.

    Quando numa mesma folha houver desenhos com varias escalas, elas devem ser indicadas junto a cada desenho aos quais elas pertencerem. 4- Letras e Algarismos A NBR 8402 EXECUO DE CARACTER PARA ESCRITA EM DESENHO TCNICO estabelece critrios no sentido de tornar as informaes escritas do desenho tcnico, legveis e uniformes. A padronizao da escrita muito importante no sentido de estabelecer formato visual que busca permitir uma compreenso homognea e, adequao para reproduo e armazenamento deste material. A ilustrao a seguir de grafia utilizada no desenho de prancheta indica que a escrita deve ser de linhas retas e simples. Com o uso do computador fica mais fcil atender a norma.

  • 6

    5- Tipos de Linhas

    Os vrios tipos de linhas e onde e como devem ser empregadas esto relacionadas no quadro a seguir:

  • 7

    No caso de haver superposio de linhas deve-se representar apenas uma delas, obedecida a seguinte ordem de precedncia: arestas visveis, arestas invisveis, linhas de corte, linhas de centro e linhas de extenso.

    Nos cruzamentos de linhas devem ser observadas as seguintes indicaes: a- Linhas em um mesmo plano

    b- Linhas em planos diferentes

    Para o traado destas linhas h a necessidade de materiais e instrumentos adequados. Segue-se uma relao mnima e alguma orientao sobre o seu uso. Pranchetas: Deve estar sempre limpa antes de se iniciar o trabalho. Se necessrio pode-se recorrer fita adesiva para fixao do papel na mesma. Lpis: H dezoito tipos de lpis, desde os extremamente duros at os bem macios. Os duros, em ordem decrescente, so: 9H, 8H, 7H, 6H, 5H, 4H. Os mdios so: 3H, 2H, H, F, HB e B. J os macios so: 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B. Para traos iniciais utiliza-se o lpis H, por poder ser apagado sem estrago para o papel, desde que o traado seja leve. Para apresentao final deve-se usar o lpis HB. Esquadros: So indispensveis o uso dos esquadros sem escalas gravadas de 60 e de 45. Os traos devem sempre ser feitos da esquerda para a direita e de baixo para cima. Escala (Rgua): Deve ser de boa qualidade, graduada em milmetros, possibilitando um bom dimensionamento do desenho. Compasso: O uso de um compasso normal indispensvel e a sua manuteno requer cuidado uma vez que suas pontas devem sempre estar limpas (ponta seca) e afiadas corretamente (grafite).

  • 8

    6- Cotagem

    Cotar um desenho inserir os valores dimensionais e informaes que possibilitem seu perfeito entendimento. As cotas necessrias caracterizao da forma e da grandeza do objeto devem ser indicadas de maneira inequvocas nas posies que melhor associem os valores dimensionais. Alm das cotas, o desenho pode conter informaes necessrias ao bom entendimento de todos os detalhes apresentados, atravs do uso de frases em anotaes onde melhor atenda compreenso. Sempre procurar atender as seguintes recomendaes:

    Deve ser evitada a repetio de cotas.

    Cada cota deve ser indicada na vista que melhor representa o elemento cotado.

    A unidade dimensional sempre o milmetro.

    Quando for usada outra unidade no desenho esta dever aparecer aps o valor, na cota.

    Cotar sempre as dimenses totais: comprimento, largura e profundidade.

    O valor dimensional deve ser escrito sobre a linha de cota e centrado.

    Para dimenses verticais o valor estar do lado esquerdo da linha de cotas.

    Linhas de cotas no podem cruzar arestas do desenho. As linhas de cota so representadas por linhas finas e setas em suas extremidades, tendo estas a largura igual a um tero de seu comprimento, mostrando que alongada no sentido do comprimento.

    As linhas de cotas so limitadas por linhas de chamadas ou arestas, nas quais as setas tocam e que compreendem a dimenso que se quer identificar e que estar paralela linha de cota. Orientaes para cotagem em desenho tcnico: a- Linha de extenso, de cota, algarismos e setas

    Linha de cota Linha de chamada A distncia da linha de cota aresta deve ficar entre 7 e 10 mm

    Valor da cota (sobre e centrado)

    A linha de chamada passa a ponta da seta A linha de chamada no toca a aresta

    (O valor da cota

    no toca a linha)

    a 3a

  • 9

    b- Cotas em espaos reduzidos

    2 2

    3

    2 2

    2 7 10

    c- Cotas em dimetros

    d- Cotas em ngulos

  • 10

    e- Cotas em raios

    f- Cotas em chanfros

    g- Cotas de corda, arco e ngulo

  • 11

    h- Cotas em superfcies esfricas

    i- Cotas diversas

    j- Cotas escalonadas

  • 12

    Exemplos de Cotagem

    a- Desenho com cotas e indicaes freqentemente usadas

    b- Cotas em desenhos de perspectiva Nos desenhos em perspectiva, as cotas devem ser escritas como se estivessem contidas no plano pelas linhas do desenho e de extenso.

    Persp. Cavaleira Persp. Isomtrica

    c- Cotas em estruturas metlicas (medidas em centmetros)

  • 13

    EXERCCIOS SOBRE COTAGEM

    1- Cotar a perspectiva isomtrica abaixo, supondo que a escala desse desenho seja 1:2

    2- Cotar o desenho abaixo considerando a escala 1:5

    3- Cotar o desenho abaixo considerando a escala 1:2,5

  • 14

    II- CONICIDADE, INCLINAO E CONVERGNCIA

    1- Conicidade

    Nas superfcies cnicas (cones e troncos de cones) h interesse em definir conicidade e ngulo de conicidade.

    Cone Circular Reto

    2- Inclinao

    Para as superfcies inclinadas em relao a um eixo tomado como referncia h interesse em se definir a inclinao, o que feito atravs da relao:

    3- Convergncia

    Nos casos em que aparecem pirmides (ou tronco de pirmides) interessante se usar o conceito de convergncia para cotagem.

  • 15

    Exemplos de uso de Conicidade, Inclinao e Convergncia:

  • 16

    III- PERSPECTIVAS

    O desenho em perspectiva pretende representar o objeto atravs de uma nica vista. Perspectivas:

    - Cilndrica Axonomtrica Ortogonal Isomtrica Dimtrica Trimtrica Axonomtrica Oblqua (Cavaleira)

    - Cnica Com um ponto de fuga Com dois pontos de fuga Com trs pontos de fuga

    1- Perspectiva Cilndrica

    Seu objetivo , com apenas uma vista, colocar em evidncia as trs dimenses do objeto. Na perspectiva cilndrica as linhas sobre as quais so marcadas as profundidades, as projetantes, ou seja, as linhas que saem do objeto e vo at o quadro perpendicularmente ao plano, uma vez que o observador se encontra no infinito, so paralelas entre si. A- Perspectiva Axonomtrica Ortogonal (Iso, di e trimtrica) Na perspectiva axonomtrica ortogonal o objeto (vamos sempre consider-lo como sendo um cubo, para efeito didtico) tem suas faces colocadas inclinadas em relao ao quadro (papel onde ser traada a perspectiva). Se a posio do cubo for tal que as trs arestas formem com o quadro ngulos iguais, a perspectiva ser chamada de isomtrica ( = = ); se apenas duas arestas formarem ngulos iguais, a perspectiva ser chamada de dimtrica ( = ), e se as trs arestas formarem ngulos diferentes com o quadro, ento a perspectiva ser chamada de trimtrica ( ). Na projeo sobre o quadro as trs direes ortogonais aparecem formando ngulos entre si tal que a soma das direes ser sempre igual a 360. As projetantes so sempre perpendiculares ao quadro.

  • 17

    As medidas sobre as trs direes bsicas podem ser mantidas em Verdadeira Grandeza (V.G.) ou sofrerem algum tipo de reduo. A NB-8 fornece um quadro onde aparecem: a proporo entre os lados e os respectivos coeficientes de reduo em cada direo e os ngulos utilizados entre as direes X, Y e Z.

    Dentre todas as alternativas possveis, a mais usada a isomtrica com a proporo entre os lados de 1:1:1, isto , sem nenhuma reduo, apesar do prximo quadro nos indicar valores diferentes que no so usados na prtica.

    Segue-se o quadro citado:

    Coeficientes de

    Reduo ngulos dos Eixos

    SISTEMAS x:y:z das escalas dos Eixos N

    x y z

    ISOMTRICOS 1:1:1 0,816 0,816 0,816 12000 12000 12000 1

    DIMTRICOS

    4:3:4

    3:2:3

    2:1:2

    0,883

    0,905

    0,943

    0,663

    0,603

    0,471

    0,883

    0,905

    0,943

    12650

    12835

    13125

    10620

    10250

    9710

    12650

    12835

    13125

    2

    3

    4

    4

    TRIMTRICOS 7:6:8

    5:4:6

    0,811

    0,806

    0,695

    0,645

    0,927

    0,967

    11446

    10813

    10659

    10110

    13815

    15037

    5

    6 6

    Perspectiva Axonomtrica Ortogonal de um cubo representando todas as 6 posies possveis mostradas no quadro acima.

  • 18

    B- Perspectiva Axonomtrica Oblqua (Cavaleira) Na perspectiva cavaleira o objeto (novamente o cubo) colocado com uma de suas faces paralela ao quadro e as projetantes so paralelas entre si e igualmente inclinadas em relao ao quadro (observador no infinito).

    Na perspectiva essas projetantes so traadas formando ngulos de 30, 45, 60, 120, 135, 150, 210, 225, 240, 300, 315 ou 330 com a horizontal.

    A face paralela ao quadro ter suas medidas no desenho em Verdadeira Grandeza (V.G.). Na direo inclinada que da a idia da profundidade as propores so de 2:3 para 30, 1:2 para 45 e 1:3 para 60. Quando se adota a reduo de 1:2 a perspectiva assim obtida chamada de Cabinet.

    No traado da perspectiva cavaleira deve-se obedecer a duas regras prticas, sendo que a primeira tem precedncia sobre a segunda: 1 - Colocar a face mais irregular (ou que contenha crculos) paralela ao quadro; 2 - Colocar a face maior paralela ao quadro.

    Perspectiva Axonomtrica Oblqua (Cavaleira) de um cubo segundo todos os ngulos possveis.

  • 19

    C- Consideraes Finais sobre Perspectivas a- Perspectivas em Corte

    A perspectiva de um objeto, qualquer que seja o tipo adotado, muitas vezes no mostra certos detalhes que so importantes. usual nestes casos, se traar perspectiva de apenas parte do objeto, a metade ou trs quartas partes. Exemplo:

  • 20

    b- Perspectivas constando de mais de uma vista do objeto (ou de parte dele)

    Vista posterior

    c- Perspectivas de peas que apresentam arredondamentos

    2- Perspectiva Cnica

    Na perspectiva cnica as projetantes no so paralelas entre si, mas convergentes para pontos previamente determinados e chamados de pontos de fuga. Sua finalidade representar um objeto tal qual ele visto pelo observador colocado nesse ponto de fuga. Podem existir: um, dois ou at trs pontos de fuga, sendo que a com dois a mais utilizada. Geometricamente a figura resultante da interseco do cone formado pelos raios visuais que vo do observados ao objeto, com o plano vertical de projeo. Sendo assim as distncias obtidas quase nunca esto em V.G., o que torna esse procedimento inaplicvel ao desenho tcnico, embora visualmente seja mais agradvel por aproximar-se da realidade, sendo muito utilizado em arquitetura.

  • 21

  • 22

    A norma geral de desenho recomenda utilizar a perspectiva cnica quando a finalidade do desenho exigir do objeto uma imagem mais fiel do que a obtida pelas perspectivas cilndricas. A seguir esto cubos representados com um, dois e trs pontos de fuga e uma representao prtica do que realmente se representa.

    EXERCCIOS SOBRE PERSPECTIVAS 1- Desenhar uma perspectiva cavaleira a partir das trs vistas ortogonais abaixo. Determinar a escala do desenho.

    2- Passar a perspectiva dada para Cavaleira.

    14

    6

    R18

    34

    31

    10

    22

    20 26

    56

    30

    90

    30

    56

    50

    75

    24

    35

  • 23

    3-) Passar a perspectiva dada para isomtrica.

    78

    200

    90

    50

    80 42

    16

    120

    75

    45

    30

    45

    40

    46

    34

    19

    32

    10

    6

    45

    10

    4-) Passar a perspectiva dada para isomtrica.

    14,4

    3,5

    24,010,0

    3,6

    6,0

    2,0

    3,6

    3,6

    10,4

    5,2

    4,0

    5,2

  • 24

    IV-) VISTAS ORTOGONAIS

    Vistas ortogonais so as projees do objeto sobre os planos horizontais e verticais (que formam o triedro) que so convenientemente colocadas em relao a ele. Esse processo o que satisfaz s necessidades do desenho tcnico por ser de traado simples e que fornece com preciso todos os detalhes do objeto.

    Ao se desejar desenhar as projees ou vistas ortogonais de um objeto deve-se, primeiramente, imagin-lo dentro de um paraleleppedo envolvente de modo que o maior nmero de faces do objeto seja paralelo as faces desse paraleleppedo. Um exemplo vem a seguir.

    Geralmente so necessrias apenas trs vistas (frente, superior e uma lateral) para representar o objeto, sendo que dificilmente precisar-se- utilizar das seis vistas: frente,

  • 25

    superior, lateral direita, lateral esquerda, inferior e posterior. Deve-se apenas utilizar do nmero de vistas estritamente necessrio. A vista de frente deve ser a principal e, portanto, a escolha deve ser criteriosa. A escolha deve levar em conta:

    - a vista que mostra a forma caracterstica do objeto; - a posio de trabalho do objeto; - a posio que mostra a maior dimenso do objeto; - a posio que resulte o menor nmero de linhas ocultas.

    O objeto pode ser colocado em 1 ou em 3 diedro. Isso pode causar confuso considerando-se que as vistas do 1 diedro ficam invertidas em relao s vistas do 3 diedro.

    A partir do momento em que so fixadas as vistas frontal e o diedro, sendo ele qual for, o posicionamento das demais vistas est definido, no podendo ser, em hiptese alguma, ser modificado. indispensvel correta identificao quando a pea for desenhada em 3 diedro. Normalmente costuma-se chamar o 1 diedro de padro europeu e o 3 diedro de padro americano e seus smbolos correspondentes so:

    No desenho que foi usado como exemplo, traado em 1 diedro, teria o seguinte aspecto se feito em 3 diedro:

    Exemplo Prtico

  • 26

    Traar as projees ortogonais (vistas) do objeto representado em perspectiva isomtrica. Resoluo: - um simples exame mostra serem necessrias trs vistas; - a frente escolhida ser assinalada com uma seta;

    - a escala escolhida foi de 1:2,5 que foi considerada a mais interessante no caso.

  • 27

    Observaes:

    1- Os espaos entre as vistas e entre elas e as margens so uniformes. 2- As cotas esto distribudas de maneira uniforme pelas trs vistas. 3- As linhas ocultas foram traadas. 4- As linhas de centro foram traadas. 5- No se repetiram as cotas. 6- O nmero de vistas absolutamente o necessrio. 7- O desenho foi feito observando-se o primeiro diedro.

    1- Traado de Perspectivas a partir das Vistas Ortogonais

    o problema inverso do tratado at aqui, isto , dadas as vistas ortogonais de um objeto, deve-se traar a sua perspectiva. Naturalmente um problema cuja soluo muito mais difcil porque exige a visualizao do objeto no espao, o que nem sempre feito de imediato. Recomenda-se bastante treino, devido importncia desse tipo de problema. Exemplo:

    EXERCCIOS PROPOSTOS 1-

  • 28

    2-

    3-

    4-

  • 29

    5-

    6- 7-

    8- 9-

    10- 11-

    12- 13-

  • 30

    14- 15-

    16- 17-

    18- 19-

    20- 21-

  • 31

    22- 23-

    24- 25-

    26- 27-

    28- 29-

  • 32

    2- Traado da 3 Vista a partir de duas Vistas

    Apenas sob o ponto de vista didtico e para desenvolver a viso espacial interessante a explorao desse assunto. So dadas duas vistas e solicitado o traado da terceira. A soluo pode ser facilitada com o traado prvio da perspectiva. s vezes o problema admite mais de uma soluo.

    EXERCCIOS PROPOSTOS

    1-

    2-

    3-

  • 33

    4-

    5- 6-

    7- 8-

    9- 10-

  • 34

    11- 12-

    13- 14-

    15- 16-

    17- 18-

    19- 20-

  • 35

    21- 22-

    23- 24-

    25- 26-

  • 36

    3- Vistas Auxiliares

    Quando o objeto a ser representado por suas projees ortogonais apresenta faces que no so paralelas aos planos usuais de projeo (horizontal, vertical e lateral), tais projees aparecem deformadas. Desse modo, elas so de pouca utilidade e, s vezes, de traado trabalhoso.

    Prefere-se ento lanar mo das chamadas vistas auxiliares, que so projees obtidas sobre planos auxiliares onde elas aparecem em Verdadeira Grandeza (V.G.). H no traado das vistas auxiliares dois casos a considerar:

    1 Caso: quando a superfcie inclinada for perpendicular a um plano de projeo.

    Para o objeto acima as projees ortogonais so as apresentadas direita. Todavia, essa soluo considerada desaconselhvel por causa das deformaes surgidas. Para sanar esse inconveniente utilizado o conceito de vista auxiliar obtendo assim uma nova soluo considerada aconselhvel.

    Observe que o plano auxiliar paralelo superfcie ABCD. usual utilizar-se de outro modo para representar a vista auxiliar, com inverso das posies das vistas; nesse caso obrigatrio o uso da inscrio Vista de A e a seta respectiva.

  • 37

    Exemplos de Vistas Auxiliares: Exemplo 1:

    Soluo Desaconselhvel Soluo Recomendada (Vistas Parciais)

  • 38

    Exemplo 2:

    Exemplo 3:

    Exemplo 4 ( mo livre):

    Exemplo 5 - Conexo de ferro fundido com flanges.

    No recomendado

    Recomendado

  • 39

    Exemplo 6 Conexo de ferro fundido com flanges e com inspees (soluo adequada):

    2 Caso: Quando a superfcie inclinada no perpendicular a nenhum dos planos de projeo. Quando uma superfcie no perpendicular a nenhum dos planos principais de projeo usada uma tcnica com planos auxiliares ortogonais, primeiramente a algum dos planos principais e depois perpendiculares entre si, mantendo a metodologia do rebatimento, para que seja determinada sua Verdadeira Grandeza (VG). Assim, a superfcie que est inclinada em relao aos trs planos principais deve ser analisada para inserir um plano perpendicular a um dos planos principais, que seja perpendicular superfcie que se quer descobrir a VG.

    No exemplo acima o problema consiste em achar a VG da face ABC de um tetraedro ABCD. A face ABC no perpendicular nenhum dos planos principais de projeo.

    Suas projees em pura so as mostradas direita e nenhuma VG da superfcie ABC do tetraedro.

  • 40

    A partir das vistas de planta e elevao do tetraedro um plano auxiliar (LT=) inserido, perpendicular a uma aresta do plano que esteja em VG e, isto ocorre quando a sua projeo est paralela linha de terra LT(-) na outra projeo.

    No plano auxiliar (=) a projeo da superfcie ser uma nica aresta AC_B, o que prova que este plano est perpendicular superfcie. As cotas neste caso foram obtidas no plano frontal, a para A e C e b para B.

    Um novo plano auxiliar inserido, (LT= ), paralelo aresta projetada no anterior e este plano receber a projeo em VG da superfcie. Os afastamentos para esta projeo so os da anterior: a1 para A, b1para B e c1 para C.

  • 41

  • 42

    A LT(=) est colocada perpendicularmente projeo da aresta 12, pois a aresta que est em VG na vista de planta, por estar paralela LT(-). Toda vez que uma linha pertencente a um plano, for perpendicular ao de projeo, o plano ao qual ela pertence, estar perpendicular ao de projeo, e sua projeo ser uma linha. No exemplo acima o plano de 5 lados tem uma projeo em linha no plano da LT(=).

  • 43

    EXERCCIOS SOBRE VISTAS AUXILIARES

    1- Traar as vistas, utilizando vista auxiliar.

    2- Traar as vistas utilizando vista auxiliar.

    3- Traar as vistas utilizando vista auxiliar.

  • 44

    4-) Traar as vistas utilizando vistas auxiliares.

    5-) Traar as vistas utilizando vista auxiliar.

  • 45

    6- Traar as vistas utilizando vistas auxiliares.

    EXERCCIOS SOBRE VISTAS ORTOGONAIS 1- Traar as trs vistas.

    2- Traar as trs vistas.

    3- Traar as trs vistas.

  • 46

    8,5 22,5

    9,5

    9,0

    2,5

    R4,0

    6,3 21,0

    Furo Prof. 5,0 - 0,8

    R 4,0

    4- Traar as trs vistas.

    5- Traar as trs vistas.

    6- Traar as trs vistas.

  • 47

    V- VISTAS EM CORTE

    Quando o objeto a ser representado por suas projees ortogonais apresenta detalhes internos, suas vistas aparecem com linhas ocultas (tracejadas) que, de um modo geral, dificultam o entendimento desse desenho. Nesses casos deve-se lanar mo do recurso da tcnica do corte, que consiste em cortar o objeto por um plano secante e representar as vistas mostrando o objeto cortado, em substituio s vistas normais. O plano de corte indicado numa das vista com a linha trao-ponto larga e tendo setas nas extremidades apontadas na direo e sentido em que o observador olha ou, pelas linhas de centro ou simetria tornando-as largas nas extremidades e inflexes. Junto s setas escrevem-se letras maisculas, por exemplo A e B. Em baixo da vista cortada deve-se escrever: Corte AB.

    Para a pea desenhada acima em perspectiva isomtrica e em perspectiva de corte, apresentar-se-o duas solues para sua representao em vistas ortogonais: a primeira, com duas vistas comuns e a segunda com uma vista (superior) e outra em corte, substituindo a vista de frente. Pode-se avaliar nesse exemplo a vantagem da segunda soluo.

  • 48

    Como se pode observar no exemplo, a regio onde o material foi cortado deve aparecer na vista obrigatoriamente hachurada, sendo essa realizada a 45 da horizontal. Para cada material ou grupo de materiais a NB-8 estabelece o tipo de hachura a ser empregado e que so os seguintes:

    Observaes:

    1-) Se a espessura da pea a ser hachurada for muito estreita, deve-se substituir a hachura por negrito (fig 1). 2-) Quando houver duas peas encostadas s hachuras de cada uma devem ter inclinaes diferentes pois isso ajuda muito a visualizao das partes do desenho (fig 3). 3-) A NB-8 recomenda que pinos, rebites, parafusos, porcas, chavetas, nervuras, eixos e braos de polias no sejam cortados no sentido longitudinal mesmo quando situados no plano de corte. A experincia mostra a convenincia desse procedimento. (Ver Omisso de Corte) 4-) A tcnica de corte admite variantes que devem ser usadas para cada caso especfico: corte total, meio-corte, corte em desvio, corte rebatido, corte parcial e sees (dentro e fora da vista).

  • 49

    5-) Quando duas peas adjacentes so delgadas e elas so, portanto, enegrecidas, deve ser deixado entre elas uma linha de luz em branco (fig 2). 6-) Nas vistas seccionais no se deve representar linhas invisveis, isto , linhas tracejadas, salvo casos especiais em que essas linhas venham a contribuir para a clareza ou a simplificao do desenho. 7-) Quando a rea a ser hachurada muito grande pode-se apenas hachurar a regio de contorno da pea (fig 3).

    Figura 1 Figura 2 Figura 3

    1-) Omisso de Corte A NB-8 prescreve que certas peas ou detalhes no devem ser cortados e,

    portanto, hachurados, quando esto situadas no plano de corte. A justificativa que agindo desta forma a clareza aumentada.

    Assim, convenciona-se no hachurar: pinos, rebites, parafusos, eixos, chavetas, nervuras, raios de polias quando tais elementos so atingidos longitudinalmente pelo plano secante.

    36

    Exemplos:

  • 50

    2-) Corte Total (ou Corte Pleno)

    Temos esse tipo de corte quando h um nico plano de corte que atravessa a pea de fora a fora. Se for interessante pode-se, na mesma pea, passar dois planos de corte, como no exemplo seguinte:

    EXERCCIOS SOBRE CORTE TOTAL

  • 51

    1-) Traar uma vista e dois cortes totais.

    2-) Traar 3 vistas sendo uma em corte total.

    3-) Traar 3 vistas sendo uma em corte total.

  • 52

    4-) Traar as 2 vistas sendo uma em corte total.

    5-) Traar 2 vistas sendo uma em corte total.

    3-) Meio-corte

    Esse tipo s pode ser empregado em peas que admitam um eixo de simetria. Com o meio-corte mostra-se metade da pea em corte e a outra metade em vista. Na metade que aparece no se devem colocar linhas ocultas (tracejadas).

    Exemplo:

  • 53

    39

    Tem-se duas peas encaixadas uma na outra, sendo uma em ao e a outra em ferro fundido. Para fins de comparao de efeitos apresentamos trs solues possveis: a-) duas vistas ortogonais; b-) uma vista e um corte total; c-) uma vista e um meio-corte.

    EXERCCIOS SOBRE MEIO-CORTE 1-) Traar as vistas utilizando um meio-corte.

    2-) Traar as vistas utilizando um meio-corte.

  • 54

    3-) Traar as vistas utilizando o meio-corte.

    40

    4-) Traar as vistas de frente, superior e meio-corte AB.

    4-) Corte em Desvio

  • 55

    Usa-se o corte em desvio quando se deseja mostrar detalhes que no esto alinhados. No exemplo a seguir fica bem clara a vantagem do emprego do corte em desvio.

    Exemplo:

    EXERCCIOS SOBRE CORTE EM DESVIO

    1-) Traar as vistas sendo uma em corte em desvio.

    41

    2-) Traar as vistas utilizando corte em desvio.

  • 56

    3-) Traar as vistas utilizando corte em desvio.

    4-) Traar as vistas utilizando corte em desvio.

  • 57

    42

    5-) Traar as vistas utilizando corte em desvio.

    5-) Corte Rebatido

    Esse tipo apropriado para o caso de peas que tenham detalhes situados sobre os eixos que no so paralelos entre si. Consiste em se usar dois ou mais planos que se encontram formando ngulos tal que entre 90 e 180 (90

  • 58

    43

    EXERCCIOS SOBRE CORTE REBATIDO

    1-) Traar as projees ortogonais utilizando corte rebatido. Fazer detalhe ampliado do rasgo de chaveta.

  • 59

    2-) Traar as vistas utilizando corte rebatido.

    6-) Corte Parcial

    Muitas vezes s h interesse em mostrar em corte, apenas detalhes localizados de um objeto. Nesse caso deve-se usar o corte parcial.

    Ele representa em um trecho da prpria vista, o detalhe que se deseja mostrar em corte. bem mais simples o traado da vista inteira, sem prejuzo na clareza. Numa mesma vista pode-se fazer mais de um corte parcial.

    44

  • 60

    EXERCCIOS SOBRE CORTE PARCIAL

    1-) Traar as vistas utilizando cortes parciais.

  • 61

    45

    2-) Traar as vistas utilizando um corte parcial.

    3-) Traar as vistas utilizando cortes parciais.

  • 62

    4-) Traar as vistas utilizando cortes parciais.

    46

    7-) Sees

    Em certos casos no h o interesse na vista em corte da pea, mas em somente informaes sobre determinadas sees transversais. Nesses casos usa-se a tcnica de traar as sees desejadas, sem preocupao com as outras partes da pea que apareceriam na vista se o traado fosse em corte.

    As sees podem ser desenhadas dentro do contorno da vista, fora do contorno ou ainda numa regio interrompida.

    Exemplos:

  • 63

    Vrias sees sucessivas, em planos paralelos, podem ser indicadas no desenho

    conforme os prximos exemplos.

    Mais exemplos:

    47

    Embora a NB-8 no recomende, em alguns livros observa-se o costume de se traar na seo, alm da parte macia cortada e hachurada, tudo aquilo que visto imediatamente atrs e que faz parte do detalhe secionado, com o argumento de que h melhora no entendimento do desenho.

  • 64

    Exemplos:

    EXERCCIOS SOBRE SEES

    1-) Traar uma vista da pea recomposta e depois as sees transversais determinadas pelo planos secantes A, B, C e D.

    2-) Traar uma vista e 3 sees.

  • 65

    48 EXERCCIOS SOBRE CORTES Traar para os 6 casos abaixo, nos espaos respectivos, os cortes indicados.

  • 66

    49

    8-) Vistas Parciais

    Certas peas podem ter suas vistas ortogonais simplificadas traando-se apenas pequenos trechos que so suficientes para seu perfeito entendimento. Tais vistas so chamadas de vistas parciais e podem at aparecer hachuradas.

    Exemplos:

  • 67

    9-) Detalhes Ampliados

    s vezes certos detalhes da vista ortogonal so to pequenos que convm ampli-los, no s para melhorar seu entendimento como para permitir a colocao de cotas com mais facilidade.

    Para a ampliao deve-se traar, com linha fina, uma circunferncia envolvendo-se a regio em foco e depois, repetir em outro local, na mesma folha, seu traado num

  • 68

    crculo de tamanho maior, na escala desejada. Ao lado do primeiro crculo, o menor, anota-se uma letra maiscula, A, por exemplo, e sob o crculo maior deve-se escrever: Detalhe A.

    Exemplos:

    10-) Intersees de Superfcies de Revoluo (Cilindros, esferas e cones)

    Essas intersees normalmente so traadas de modo aproximado. s vezes, h necessidade do traado ser exato, nesse caso procede-se como mostrado a seguir.

    Sero vistos vrios exemplos de como so feitas estas intersees em vrias espcies de peas que podem ser utilizadas. Interseo Cilindro x Cilindro (Cruzamento perpendicular e dimetros diferentes)

  • 69

    Interseo Cilindro x Cilindro (Cruzamento perpendicular e dimetros iguais)

    Interseo Cilindro x Esfera Interseo Cilindro x Cone

    Interseo Cilindro x Cilindro (Cruzamento Oblquo)

  • 70

    Interseo Cilindro x Cone

  • 71

    11-) Tratamentos Convencionais

    A bem da clareza e simplicidade dos desenhos devem ser observadas as seguintes convenes: 1-) Vistas em Situaes Especiais

    Em certas peas conveniente traar, alm das vistas normais, outras vistas em posies no determinadas, indicando-se, porm, o sentido da observao por uma seta acompanhada de uma letra maiscula (A, por exemplo) e identificando-se a vista por um Vista de A.

    Exemplos:

    2-) Representao Simplificada de Intersees

    As intersees onde intervm corpos redondos podem ser representadas com exatido, mas d-se preferncia s formas simplificadas.

    Exemplos:

  • 72

    54

    3-) Concordncia em Intersees de Superfcies Quando a interseo de duas superfcies se fizer por meio de uma concordncia

    (arredondamento), se utilizaro representaes convencionais, como as que se seguem:

    VI-) ELEMENTOS DE LIGAO

  • 73

    Na fabricao mecnica, os elementos que ligam as partes de um conjunto so representados por meio de desenhos convencionais. As ligaes, de acordo com a necessidade, podem ser desmontveis ou fixas.

    Ligaes Desmontveis: So as que podem ser montadas e desmontadas fazendo-se uso dos mesmos elementos utilizados em sua unio. Exemplos: Ligaes com parafusos, porcas, arruelas, pinos, chavetas, etc.

    Ligaes Fixas: So as que podem ser desmontadas sem a destruio do elemento de unio. Exemplos: Ligaes com rebites e soldas.

    Para iniciarmos os estudos destes elementos devemos primeiramente estudar as roscas.

    1-) Roscas

    Rosca a crista de uma seo reta uniforme, em forma de hlice, sobre a superfcie de um cilindro.

    Seu emprego muito antigo. Em 1841 Joseph Whitworth tentou a normalizao delas, estabelecendo uma srie de dimetros-passos, instituindo assim o Sistema Whitworth. A caracterstica desta srie de roscas era o perfil triangular do filete com ngulo de 55. Em 1864, William Sellers criou o sistema que leva seu nome e que era praticamente igual ao de Whitworth, diferindo apenas no ngulo do filete, que era de 60.

    Em 1957 a Organizao Internacional de Normalizao (ISO) estabeleceu normas definitivas adotando duas sries de roscas, sendo uma em milmetros e a outra em polegadas, e um perfil nico triangular, com ngulo de 60. A srie em milmetros chamada Rosca Mtrica, possuindo largo emprego no Brasil, onde regulamentada pela NB-97.

    55

    a-) Terminologia das Roscas

    De acordo com a P-TB-41 os termos mais comuns s roscas so:

    Filete: Salincia de seo uniforme, em forma de hlice ou espiral cnica, gerada sobre uma superfcie cilndrica, externa ou interna, ou sobre uma superfcie cnica (externa ou interna). Rosca Externa: Rosca cujos filetes so gerados sobre um corpo cilndrico ou cnico, em sua superfcie externa (macho). Rosca Interna: Rosca cujos filetes so gerados sobre um corpo cilndrico ou cnico, em sua superfcie interna (fmea). Rosca Direita: Rosca que, vista axialmente, tem seu filete avanando no sentido horrio. Rosca Esquerda: Rosca que, vista axialmente, tem seu filete avanando no sentido anti-horrio. Rosca de Uma Entrada: Rosca gerada por um s filete, ou seja, os fios das roscas de um componente gerados por uma nica hlice. Rosca de Vrias Entradas: Rosca gerada por vrios filetes paralelos, ou seja, perfil gerado por duas ou mais hlices.

  • 74

    Dimenso Nominal da Rosca: o valor numrico usado para a identificao da rosca. Passo: Distncia medida paralelamente ao eixo da rosca entre pontos correspondentes de dois perfis adjacentes, no mesmo plano axial e do mesmo lado do eixo, ou seja, distncia paralela ao eixo do parafuso, de qualquer ponto do filete ao ponto correspondente no prximo filete. Avano: Distncia que um elemento roscado percorre axialmente numa rotao completa, relativamente ao elemento acoplado fixo, ou seja, distncia percorrida pela rosca numa rotao completa de 360. Filetes por Polegadas: o inverso do passo medido em polegadas. Dimetro Nominal: Dimetro do cilindro circunscrito crista de uma rosca externa ou raiz de uma rosca interna. Dimetro do Ncleo: Dimetro do cilindro inscrito na raiz de uma rosca externa. b-) Desenho das Roscas e sua Cotagem

    Existem vrios tipos de roscas, todas de emprego corrente: Whitworth normal e

    fina, mtrica normal e fina, rosca para canos ou tubos (RC), SAE (autos), American National Course (NC), American National Fine (NF), trapezoidal, quadrada e outras mais.

    Qualquer que seja o tipo da rosca, usa-se em desenho tcnico, sempre a mesma representao convencional, a cotagem feita conforme a rosca, obedecendo-se uma seqncia de dados cuja ordem e significados so os seguintes: 1 Dado: Uma letra (ou letras) indicando o tipo de rosca. 2 Dado: O dimetro nominal (polegadas ou milmetros). 3 Dado: O passo (em milmetros ou em filetes por polegada); no caso do passo ser fino a indicao numrica obrigatria sendo omitida quando for o normal. 4 Dado: Nmero de entradas; se for de uma s entrada a indicao omitida. 5 Dado: Rosca Esquerda (RE); se for a direita dispensada a indicao.

    Exemplos: 1-) M 20x1,5 2 fil RE Trata-se de uma rosca mtrica, dimetro nominal de 20 mm, passo de 1,5 mm, com duas entradas e rosca esquerda.

    56 2-) W 1 Trata-se de uma rosca Whitworth, dimetro nominal de 1 e passo normal com rosca direita. 3-) W 2x4 Trata-se de uma rosca Whitworth de dimetro nominal de 2 com 4 , ou seja, 4,5 filetes por polegada (ou passo de 25,4/4,5 = 5,664 mm); a rosca tem uma s entrada e direita. c-) Representao das Roscas

  • 75

    d-) Tabelas das Roscas

    Rosca Mtrica (mm) Rosca Whitworth (pol)

    Dimetro Nominal

    Passo Normal

    Passo Fino

    Dimetro Nominal

    Passo (mm)

    Passo Fil/pol

    1,6 0,35 0,2 1,27 20

    2 0,4 0,25 5/16 1,41 18

    2,5 0,45 0,35 1,59 16 3 0,5 0,35 2,12 12

    4 0,7 0,5 2,31 11 5 0,8 0,5 2,54 10

    6 1 0,75 2,82 9 8 1,25 1 0,75 1 3,18 8

    10 1,5 1 0,75 1 4,23 6 12 1,75 1,5 1 2 5,65 4 16 2 1,5 1

    57

    20 2,5 2 1,5 1 24 3 2 1,5 1 30 3,5 3 2 1,5 1 Roscas para Canos 36 4 3 2 1,5 Dimetro Dimetro Passo

  • 76

    42 4,5 4 3 2 1,5 Nominal Externo (mm) 48 5 4 3 2 1,5 (pol) (mm) 56 5,5 4 3 2 1,5 9,73 0,907 64 6 4 3 2 1,5 13,16 1,336 72 - 6 4 3 2

    1,5 16,66 1,366

    80 - 6 4 3 2 1,5

    20,96 1,814

    90 - 6 4 3 2 22,91 1,814 100 - 6 4 3 2 26,44 1,814 110 - 6 4 3 2 30,20 1,814 125 - 6 4 3 2 1 33,25 2,309 140 - 6 4 3 2 1 37,90 2,309 160 - 6 4 3 1 41,91 2,309 180 - 6 4 3 1 44,33 2,309 200 - 6 4 3 1 47,80 2,309 220 - 6 4 3 250 - 6 4 3 280 - 6 4

    EXERCCIOS SOBRE ROSCAS

    1-) Traar duas vistas sendo uma em meio corte.

    2-) Traar as vistas usando vistas auxiliares e cortes parciais.

  • 77

    58 3-) Traar as vistas do conjunto.

    2-) Parafusos

    So peas cilndricas ou cnicas, fabricadas em diferentes materiais, contendo

    filetes em forma de espiral (rosca). Os parafusos, de acordo com a P-PB-97, so indicados por uma seqncia de nmeros e letras. Sua qualidade mecnica tratada na

  • 78

    P-EB-168/69. Como so elementos normalizados eles geralmente no so desenhados em projetos de execuo.

    H inmeros tipos de parafusos, cada um com um emprego especfico. Alguns exemplos so: de cabea triangular, de cabea retangular, de cabea arredondada, de cabea escareada, de cabea com fenda, de cabea com fenda cruzada, de cabea em borboleta, de cabea com olhal, de cabea

    59 recartilhada, parafuso para ancoragem em pedra, parafuso especial para fundao, parafusos prisioneiros, parafusos auto-atarraxantes, parafuso tipo bujo roscado e ainda parafusos para madeiras (que so cnicos e no usam porcas). Para mais especificaes consultar a P-TB-56.

    Assim para sua identificao pode-se simplesmente escrever: 1-) Parafuso ABNT PB 54 5.6 M12 x 50 f Sabe-se tratar de um parafuso sextavado, rosca mtrica, dimetro nominal 12 milmetros, comprimento total 50 milmetros, qualidade fina e com propriedades mecnicas da classe 5.6.

    2-) Parafuso ABNT PB 53 3.6 M12 RE x 50 um parafuso de cabea abaulada e pescoo quadrado, rosca mtrica, dimetro 12 mm, comprimento 50 mm, propriedades mecnicas da classe 3.6 e rosca esquerda. 3-) Parafuso ABNT PB 40 5.6 M12 x 50 zincado 4 imerses MB-25 Trata-se de um parafuso sextavado, com rosca total e acabamento grosso, rosca mtrica, dimetro 12 mm, comprimento 50 mm, com 4 imerses em zinco, de acordo com o Mtodo Brasileiro 25.

    3-) Porcas

    So peas que trabalham roscadas ao parafuso de modo que ambas, trabalhando

    em conjunto, servem para fixar duas ou mais peas entre si. As porcas tambm so normalizadas e vale para elas tudo que foi dito em relao aos parafusos.

    Existem vrios tipos de porcas. Destacamos: sextavada, quadrada, triangular, castelo, cegas, com recartilhas, com fenda, com furos radiais e outras especiais (borboleta, argola, dupla para esticador) e outras mais. Para maiores informaes consultar a P-TB-56. Exemplos:

    1-) Porca ABNT PB 44 M16 5 uma porca sextavada, rosca mtrica, dimetro 16 mm, classe de resistncia 5 e acabamento grosso.

  • 79

    2-) Porca ABNT P PB 51 M16 uma porca quadrada, rosca mtrica, dimetro 16 mm, e acabamento grosso.

    4-) Arruelas

    So peas que geralmente acompanham o par parafuso-porca e podem ser basicamente de trs tipos: simples (planas), de presso (reversas) e de segurana (de travamento). Citaremos alguns tipos:

    1-) Planas: simples, chanfrada, quadrada, com furo quadrado, para perfis. 2-) de Presso: simples, de presso e travamento, dupla de presso, curva de presso, ondulada de presso, com denteado externo, com denteado cnico, com serrilhado externo, com serrilhado interno, com serrilhado cnico. 3-) de Travamento: com orelha, com unha externa, com unha interna, com duas orelhas.

    60

    Para a escolha adequada da arruela plana usa-se a tabela abaixo, onde: D = dimetro externo da arruela d = dimetro interno da arruela d = dimetro do parafuso s = espessura da arruela

    D 4 5 5,5 6,5 7 9 10 12,5 17 21 24 30 37

    d 1,8 2,2 2,4 2,7 3,2 4,3 5,3 6,4 8,4 10,5 13 17 21

    d 1,6 2 2,2 2,5 3 4 5 6 8 10 12 16 20

    s 0,3 0,3 0,5 0,5 0,5 0,8 1 1,6 1,6 2 2,5 3 3

    5-) Cupilhas

    Cupilhas (ou contrapinos) so peas normalizadas que servem para impedir, por exemplo, que uma porca desaperte por ao, digamos, de vibraes. A P-TB-56 indica as formas padronizadas das cupilhas e que podem ser as duas mostradas a seguir:

  • 80

    nom. 0,6 0,8 1 1,5 2 3 4 5 6 8

    D 0,5 0,7 0,9 1,3 1,8 2,7 3,7 4,7 5,7 7,7

    a 2,5 2,8 3 3,7 4,5 6 8 10 12 15 c 1 1,3 1,7 2,5 3,4 4,7 6,7 8,7 10,7 13,7 U 1 2 2,5

    de 4 5 6 8 10 15 20 28 35 45 at 10 12 15 30 40 60 70 80 90 140

    Pino 1,4 > 2 > 3 > 4 > 5 > 6 > 8 > 11 > 17 > 23 > 30 > 38

    D 2 3 4 5 6 8 11 17 23 30 36 45

    2 3 4 5,5 7 8 11 16 22 30 39 45

    Parafuso 2,6 3,5 5 6 - 10 14 20 27 36 42 52

    w 1,2 1,5 1,8 2 2,5 3 4 5 6,5 8 10 11 v 3 4 5 6 8 10 12 14 7-) Pinos

    So peas que se ajustam com folga ou com aperto em furos lisos. So rgos para conexes provisrias e no regulveis. Podem ser cilndricos, cnicos ou elsticos. A ABNT no tem normas para eles mas so designados pelo tipo, dimetro e comprimento.

    8-) Chavetas

    Pelo modo como agem as chavetas podem ser definidas como rgos de conexo

    provisria por atrito. So cunhas com seo transversal retangular, com leve inclinao longitudinal (1:100) em uma face.

  • 81

    Elas so inseridas a fora em uma sede (rasgo de chaveta) tendo forma de ranhura, feita respectivamente parte no eixo e parte no cubo da roda, com uma superfcie plana e paralela no prprio e com superfcie plana e inclinada (como a face inclinada da chaveta) no cubo da roda. Essa ligeira inclinao assegura um encunhamento eficaz das chavetas que no precisam, portanto, de algum cuidado especial contra desmontagem acidental. As regies da chaveta que sofrem esforos (presso e atrito) so as que se apiam nos fundos das ranhuras.

    De acordo com a PB-121 as chavetas podem apresentar vrios formatos sendo, basicamente, com ou sem cabea (ressalto).

    a-) Identificao e Comprimento das Chavetas

    Como as chavetas so elementos normalizados podem ser identificados por

    designaes como as indicadas a seguir: 1-) Chav A 10 x 8 x 56 Trata-se de uma chaveta do tipo A, com largura de 10 mm, altura de 8 mm, e comprimento de 56 mm.

    63 2-) Chav B 16 x 10 x 90 uma chaveta do tipo B, largura 16 mm, altura 10 mm, e comprimento igual a 90 mm.

    Os comprimentos recomendados para as chavetas so: 6 8 10 12 14 16 18 20 22 15 28 32 36 40 45 50 56 63 70 80 90 100 110 125 140 160 180 200 220 250 280 320 360 400.

    H ainda a recomendao de ordem prtica de que o comprimento L da chaveta deve estar entre uma vez e meia e duas vezes o dimetro d do eixo (1,5d < L < 2d).

    b-) Chavetas Encaixadas e No Encaixadas

    Isso diz respeito a como a chaveta se acomoda ao eixo. Nos desenhos seguintes

    mostram-se duas possibilidades.

  • 82

    c-) Tabela de Chavetas (fornecida pela PB-121)

    Dimetro do Eixo

    B h h t t

    6 a 8 2 2 1,2 0,5 -

    8 a 10 3 3 1,8 0,9 -

    10 a 12 4 4 2,5 1,2 7

    12 a 17 5 5 3 1,7 8

    17 a 22 6 6 3,5 2,2 10

    22 a 30 8 7 4 2,4 11

    30 a 38 10 8 5 2,4 12

    38 a 44 12 8 5 2,4 12

    44 a 50 14 9 5,5 2,9 14

    50 a 58 16 10 6 3,4 16

    58 a 65 18 11 7 3,4 18

    65 a 75 20 12 7,5 3,9 20

    75 a 85 22 14 9 4,4 22

    85 a 95 25 14 9 4,4 22

    95 a 110 28 16 10 5,4 25

    110 a 130 32 18 11 6,4 28

    130 a 150 36 20 12 7,1 32

    150 a 170 40 22 13 8,1 36

    170 a 200 45 25 15 9,1 40

    200 a 230 50 28 17 10,1 45

    230 a 260 56 32 20 11,1 40

    260 a 290 63 32 20 11,1 50

    290 a 330 70 36 22 13,1 56

    9-) Lingetas

    Aparentemente semelhante s chavetas, diferem delas por proporcionarem conexo eixo-cubo da roda por meio do obstculo que se opem rotao relativa das duas peas ligadas. Para evitar movimentos no sentido axial usa-se algum meio impeditivo como anis de reteno ou parafuso ou

    64 outro meio qualquer. As regies das linguetas que sofrem esforos so as suas laterais, provocando cisalhamento.

    No apresentam inclinao alguma e podem ter, de acordo com a norma PB-122, as mesmas formas das chavetas sem declividade.

    a-) Tabela de Lingetas

    Dimetro do Eixo

    b H t t

    6 a 8 2 2 1,2 1

    8 a 10 3 3 1,8 1,4

    10 a 12 4 4 2,5 1,8

    12 a 17 5 5 3 2,3

    17 a 22 6 6 3,5 2,8

    22 a 30 8 7 4 3,3

  • 83

    30 a 38 10 8 5 3,3

    38 a 44 12 8 5 3,3

    44 a 50 14 9 5,5 3,8

    b-) Outros Tipos Usuais de Lingetas

    H diversos outros tipos de lingetas e que so equivocadamente chamadas de

    chavetas e assim conhecidas. Os mais comuns so: 1-) Lingeta Pratt & Whitney bastante semelhante ao tipo B da nossa PB-122 e muito empregada nos Estados Unidos. Suas medidas so em polegadas. Exemplo de designao: Chav Pratt & Whitney 5 ou Chav Pratt & Whitney x 3/16

    Tabela (parcial) para a Chaveta Pratt & Whitney

    B h L e 1 1/16 3/32 1/16

    2 3/32 9/64 3/32

    3 3/16 4 3/32 9/64 3/32 5 3/16 6 5/32 15/64 5/32 A 13 3/16 9/32 1 3/16

    2-) Lingeta Woodruff Tem um formato caracterstico de meia lua e de largo emprego tambm nos Estados Unidos (ASA B.17f). Exemplo de designao: Chav Woodruff 305 ou Chav Woodruff 3/32 x (largura x dimetro)

    65 Tabela (parcial) para a Chaveta Woodruff

    Tamanho Nominal Altura Rasgo

    Largura Dimetro Mxima e w h b D h

    204 1/16 0,203 3/64 0,0630 0,1718

    304 3/32 0,203 3/64 0,0943 0,1561

    106 0,313 1/16 0,1255 0,2505 607 3/16 0,375 1/16 0,1880 0,2813 808 1 0,438 1/16 0,2505 0,3130

  • 84

    3-) Lingeta de Seo Circular S empregada para absorver esforos de baixo valor. O dimetro da lingeta

    est relacionado com o dimetro do eixo.

    c-) Distino entre Chaveta e Lingeta

    Como j foi citado anteriormente a diferena entre ambas est na maneira como elas recebem os esforos. Isso implica em que as chavetas tenham uma face com inclinao. As figuras seguintes mostram as faces que recebem esforos nas chavetas e nas lingetas.

    10-) Rebites

    Os rebites so empregados para unies, em carter permanente, de chapas (reservatrios, caldeiras, navios, aeronaves, etc.) e perfis laminados (estruturas). Eles devem ser feitos de material

    66 resistente e dctil como o ao, lato ou alumnio. Podem ser aplicados a quente ou a frio. Em qualquer caso o furo introduzido num furo de um dimetro um pouco maior e com uma mquina apropriada sua extremidade amassada tomando forma idntica a da sua

    Dimetro do Eixo

    e

    13 a 17 7,5

    18 a 22 8,5

    23 a 30 10

    31 a 38 11,5

    39 a 44 12,5

    45 a 50 13,5

    51 a 58 14,5

    59 a 68 16

    69 a 78 17

  • 85

    cabea.Quando for a quente, ao resfriar as chapas ficaro mais unidas por causa da contrao trmica.

    De acordo com a P-EB-48 R os rebites de dimetros compreendidos entre 3/32 e 7/16 podem ter cabeas de 4 formatos distintos: redonda (Rd), cogumelo (Cg), chata (Ch) e escareada chata (EC). De acordo com a P-EB-49 os rebites de dimetros compreendidos entre e 1 as cabeas sero: boleadas (Rb) e cnica (Rc).

    a-) Identificao dos Rebites

    feita pela indicao do tipo da cabea seguido do dimetro nominal e do

    comprimento do corpo. Exemplos:

    1-) Rebite Rd x Sabem-se tratar de um rebite de cabea redonda, com dimetro nominal de e de comprimento . 2-) Rebite Rd x 100 um rebite de cabea boleada com dimetro nominal de e comprimento 100 mm. b-) Emendas Rebitadas

    As emendas rebitadas podem ser de dois tipos:

    a-) por Superposio; b-) por Cobrejuntas (com uma ou duas cobrejuntas).

    O tipo de emenda, o dimetro do rebite a ser utilizado, o nmero deles e a sua disposio (chamada costura) deve ser estabelecido mediante dimensionamento baseados na resistncia dos materiais.

    Desenho de Emenda Rebitada Tipo Superposio

  • 86

    67 Desenho de Emenda Rebitada Tipo Cobrejuntas

    11-) Soldas

    Solda o processo em que se efetua a unio de peas metlicas sob ao do calor, com ou sem enchimento de material metlico (metal de adio), de modo a realizar, nos pontos de ligao a continuidade fsica entre as partes.

    Metal base o metal das partes que so unidas e metal de adio o metal que pode, eventualmente, ser interposto, no estado de fuso, entre as partes a se soldar.

    H vrios tipos de soldas, mas os seus processo so basicamente divididos em trs: a-) Soldagem por Fuso

    Esse processo consiste em que as partes so fundidas por meio de energia

    fornecida, sendo ela eltrica ou qumica, sem existir, no entanto, aplicao de presso. Como exemplos das soldas por fuso podem-se citar: - arco eltrico (arco voltaico disparado ente a pea e o eletrodo), que por sua vez subdividido naquelas que se utilizam de eletrodo no-consumvel (arco eltrico, com proteo gasosa e eletrodo de tungstnio TIG), e por eletrodo consumvel, que se subdivide em: com proteo gasosa (GMA), sendo com gs inerte (MIG) ou com gs de ativo de proteo, no caso CO (MAG); com proteo gasosa e fluxo (fundente), que o arco eltrico com arame tubular e proteo de CO; com proteo por meio de fluxo, sendo por arco submerso ou por arco eltrico, tendo eletrodo revestido ou arame tubular (soldagem non-gas); e sem proteo efetiva, sendo por arco eltrico com eletrodo nu. - a gs; - por eletrottica; - por eletrogs; - termite; - por feixe de eltrons; - a plasma. b-) Soldagem por Presso

    Nesse processo as partes so coalescidas e pressionadas uma contra a outra,

    fazendo com que se unam dessa maneira. Como exemplos desse processo tem-se soldagem: - por resistncia, que subdividida em 4 tipos: a pontos, por costura, a topo por fluncia e a topo por descarga eltrica; - a gs por presso; - por forjamento; - por atrito; - por exploso;

  • 87

    - por induo de alta-frequncia; - por ultra-som. c-) Brasagem

    Esse o processo em que as partes so unidas por meio de uma liga de metal de

    baixo ponto de fuso, ocorrendo apenas a fuso do metal de adio, sendo preservado o metal base. muito utilizada para se soldar terminais eltricos de aparelhos eletrodomsticos, por exemplo. Como exemplos citam-se:

    68 - brasagem; - soldagem fraca. d-) Definies e Smbolos Grficos Bsicos para Soldas

    As definies foram estradas da P-NB-117:

    Abertura da raiz: distncia entre as peas a unir, na raiz da junta.

  • 88

    Cordo de Solda: metal de solda depositado ao longo de uma junta, formando um elemento contnuo. Garganta de um Filete (Altura de um Filete): altura relativa hipotenusa do maior tringulo retngulo que puder ser inscrito na seo transversal do filete. Junta de Topo: junta entre duas peas, topo a topo, dispostas aproximadamente no mesmo plano. Lados de um Filete: so os catetos do maior tringulo retngulo que puder ser inscrito na seo transversal do filete. Passe: metal de solda depositado em uma passagem do eletrodo ao longo do eixo da solda. Pontos de Solda: segmentos de solda, aplicados na montagem de oficina, para manter na posio adequada as peas a serem unidas. Raiz da Junta: zona da junta em que menor o afastamento das peas a serem unidas. Solda de Filete (Solda de ngulo): solda de seo aproximadamente triangular, unindo duas superfcies aproximadamente ortogonais.

    69 Observaes sobre os smbolos:

    1-) o smbolo estando abaixo da linha de referncia indica que a solda feita no lado prximo e acima da linha no lado oposto.

    2-) a ponta da seta deve ser dirigida para o componente que sofreu preparao (o chanfro). Quando a solda simtrica, a seta aponta exatamente para o centro do ponto de solda.

    3-) o acabamento da solda (plano ou convexo) indicado junto com o smbolo. Exemplos:

    4-) para se indicar como a solda deve ser feita usam-se os smbolos suplementares:

    5-) quando necessrio o ngulo da solda (obtido na preparao dos chanfros), a abertura da raiz (distncia entre as chapas), a profundidade da solda, o tipo de acabamento e o sinal de usinagem devem ser indicados somo se segue, o comprimento da solda e o passo so indicados aps o smbolo de solda.

  • 89

    6-) quando a solda necessita de dados adicionais para seu entendimento, deve-se colocar letras na cauda da seta e que so especficas na legenda do desenho.

    7-) quando em ambos os lados da emenda a solda do mesmo tamanho e tipo, as medidas so escritas apenas uma vez.

    70

    VII-) ELEMENTOS DE TRANSMISSO DE MOVIMENTOS

    So slidos providos de salincias chamadas dentes, que transmitem ou recebem movimentos rotativos de um eixo, por contato direto.

    1-) Engrenagens

    Tipos principais:

    a-) Engrenagens Cilndricas de dentes retos (com eixos paralelos); b-) Engrenagens Cnicas (com eixos concorrentes); c-) Parafuso Sem-fim e Roda Helicoidal (com eixos em planos diferentes formando ngulo igual a 90); d-) Engrenagens Helicoidais (com eixos paralelos ou com eixos no paralelos e no concorrentes). a-) Terminologia e Abreviaturas

  • 90

    Dimetro Primitivo (d): o dimetro da circunferncia que passa pela face da roda dentada, dividindo os seus dentes em duas partes: superior (cabea) e inferir (p). Dimetro de Cabea (da): o dimetro do crculo, que passa pelos extremos das cabeas dos dentes. Dimetro de P (df): o dimetro da circunferncia, que passa pelo fundo dos vos entre os dentes. Dimetro de Base (db): o dimetro do crculo concntrico ao crculo primitivo, tambm chamado de dimetro de construo dos dentes. Espessura do Dente (s): o comprimento do arco do crculo primitivo, compreendido entre os planos do mesmo dente. Vo entre Dentes (e): o comprimento do arco do crculo primitivo, compreendido entre os flancos opostos de dois dentes. Cabea de Dente (a): a parte do dente, tambm chamada de Addendum, compreendida entre o crculo primitivo e o crculo de cabea.

    71 P do Dente (f): a parte do dente, tambm conhecida como Deddendum, compreendida entre o crculo primitivo e o crculo de p. Altura do Dente (H): a soma da altura da cabea (ha) e da altura do p do dente (hf). Passo Frontal (pt): a distncia entre os raios que passam pelos centros de dois dentes consecutivos, medida sobre a circunferncia primitiva. Mdulo Frontal (mf): o valor padronizado em mm, que se multiplica constante , a fim de se obter o passo frontal, de uma engrenagem. Folga no Fundo do Dente (c): a diferena entre a altura do p de uma engrenagem e a altura da cabea da engrenagem conjugada. b-) Representao Grfica

  • 91

    O desenho de uma roda dentada caracterizado pelos seus dimetros principais,

    que so: d, da e df. O crculo primitivo (d) desenhado em linha fina trao-ponto; o crculo de cabea (da) em linha grossa contnua e o crculo de p (df) em linha mdia tracejada.

    No desenho de duas rodas engrenadas, o dimetro de cabea de uma das rodas

    aparecer tracejado. 72

    Representao Convencional e Simplificada da Roda Cilndrica

  • 92

    Terminologia de Engrenagens Cnicas

    Representao Convencional e Simplificada da Roda Cnica Na representao convencional as rodas podero aparecer em corte pleno. Na

    representao simplificada das rodas so mostrados somente os dimetros primitivos e a geratriz, que comum s duas rodas.

  • 93

    73

    Representao Convencional e Simplificada da Roda Helicoidal

    2-) Molas

    So dispositivos utilizados para impulsionar ou conter peas num conjunto mecnico. Existem diversos tipos, porm as helicoidais so as mais empregadas. Essas classificam-se em: de trao e de compresso.

    Mola Helicoidal de Trao

  • 94

    74 Mola Helicoidal de Compresso

    Nas molas de trao, como nas de compresso, so especificadas no desenho os

    seguintes elementos: dimetro do fio (d), dimetro interno da espira (Dm), comprimento livre da mola (L) e o nmero de espiras.

    Mola Cnica

    3-) Mancais

    So dispositivos que servem de apoio fixo aos elementos de mquinas dotados de movimento giratrio (eixos). Em relao ao sentido das cargas axiais, os mancais classificam-se em horizontais e verticais.

    De acordo com o atrito do eixo com o apoio, os mancais podem ser de

    deslizamento ou de rolamento. Os mancais de rolamento, atravs de seus corpos rolantes, transformam o atrito de deslizamento em atrito de rolamento.

  • 95

    Na representao grfica dos mancais de rolamento, desenham-se o anel interno,

    o externo e o elemento rolante. O desenho feito sempre em corte e convenciona-se no hachurar os corpos rolantes atingidos pelo plano secante.

    75

    a-) Tipos de Rolamentos

    VIII-) DESENHO PARA EXECUO

  • 96

    O desenho para execuo aquele que fornece todos os elementos necessrios construo ou manufatura completa do objeto representado. a descrio tcnica de uma mquina ou estrutura de modo que nenhum outro dado seja necessrio para sua confeco ou montagem.

    O desenho de execuo compreende: - desenho de conjunto (ou de montagem); - desenho de detalhes. O desenho de conjunto deve mostrar a mquina com suas partes montadas, em vistas ortogonais, podendo-se usar todos os recursos fornecidos pelo Desenho Tcnico: cortes, vistas auxiliares e parciais.

    As peas recebem um nmero e um nome para serem identificadas. Os desenhos de conjunto no so cotados, eventualmente recebem apenas as

    cotas principais. obrigatria a colocao de um quadro conhecido por lista de peas, disposto acima da legenda, contendo 4 colunas de preenchimento de baixo para cima. 1 coluna: o nmero de cada pea do conjunto. 2 coluna: o nome de cada pea. 3 coluna: a quantidade de cada pea. 4 coluna: para observao (designao normalizada, por exemplo).

    Eventualmente, no quadro, pode ainda constar outras colunas dando, por exemplo, o peso e o volume necessrios para aquela pea.

    O desenho de detalhes mostra o desenho de cada pea com suas vistas ortogonais (cortes, vistas auxiliares, detalhes ampliados, etc.), enfim, tudo que se possa melhorar o entendimento e a compreenso desse desenho.

    76 No desenho de execuo no comum traar-se as perspectivas mas, s vezes,

    isso deve ser feito. Esse desenho encaminhado para a oficina onde ser avaliado sob vrios aspectos, principalmente quanto a cotagem. Poder, ento, receber nova cotagem chamada de funcional, onde se leva em considerao o funcionamento das peas entre si e posteriormente, poder receber uma cotagem final chamada de fabricao que levar em conta as mquinas disponveis para a manufatura das peas.

    Exemplo de Desenho de Execuo: Desenho de Execuo de uma Alavanca de Comando utilizada em mquinas como

    um Torno, por exemplo.

  • 97

    77

  • 98

  • 99

    78 EXERCCIOS SOBRE DESENHO PARA EXECUO

    1-) Traar o projeto de um Porta Ferramenta.

  • 100

    79

  • 101

    2-) Traar os desenhos de montagem e de detalhes do macaco mecnico.

  • 102

    80 3-) Traar o conjunto montado e o desenho de detalhes da vlvula.

  • 103

    81

  • 104

    4-) Traar os desenhos de conjunto e de detalhes da Morsa.

  • 105

    82

    ndice

    I-) Normas Tcnicas 01 1-) Formato do Papel 01 2-) Legenda 01 3-) Escalas 02 4-) Letras e Algarismos 02

    5-) Tipos de Linhas 03 6-) Cotagem 04

    Exerccios sobre Cotagem 08 II-) Conicidade, Inclinao e Convergncia 09 1-) Conicidade 09

    2-) Inclinao 09

    3-) Convergncia 10 III-) Perspectivas 11 1-) Perspectiva Cilndrica 11 a-) Perspectiva Axonomtrica Ortogonal 11 b-) Perspectiva Axonomtrica Oblqua (Cavaleira) 12 c-) Consideraes Finais sobre Perspectivas 14 2-) Perspectiva Cnica 15 Exerccios sobre Perspectivas 16 IV-) Vistas Ortogonais 18 1-) Traado de Perspetivas a partir de Vistas Ortogonais 21 Exerccios Propostos 21

    2-) Traado da 3 Vista a partir de 2 Vistas 25 Exerccios Propostos 25 3-) Vistas Auxiliares 27 Exerccios sobre Vistas Auxiliares 31

  • 106

    Exerccios sobe Vistas Ortogonais 33 V-) Vistas em Corte 35 1-) Omisso de Corte 36

    2-) Corte Total 37 Exerccios sobre Corte Total

    38 3-) Meio-Corte 39

    Exerccios sobre Meio-Corte 40 4-) Corte em Desvio

    41 Exerccios sobre Corte em Desvios

    41 5-) Corte Rebatido 43

    Exerccios sobre Corte Rebatido 44 6-) Corte Parcial 44

    Exerccios sobre Corte Parcial 45 7-) Sees 47

    Exerccios sobre Sees 48 Exerccios sobre Cortes 49 8-) Vistas Parciais 50 9-) Detalhes Ampliados 51 10-) Intersees de Superfcies de Revoluo 51 11-) Tratamentos Convencionais 54

    VI-) Elementos de Ligao 55 1-) Roscas 55

    a-) Terminologia das Roscas 56

    b-) Desenho das Roscas e sua Cotagem 56 c-) Representao das Roscas 57 d-) Tabelas das Roscas 57 Exerccios sobre Roscas 58 2-) Parafusos 59 3-) Porcas 60 4-) Arruelas 60 5-) Cupilhas 61 6-) Recartilhas 62

    7-) Pinos 63 8-) Chavetas 63 a-) Identificao e Comprimento das Chavetas 63 b-) Chaveta Encaixadas e No Encaixadas 64 c-) Tabelas de Chavetas 64 9-) Lingetas 64

  • 107

    a-) Tabelas de Lingetas 65 b-) Outros Tipos Usuais de Lingetas 65 c-) Distino entre Chaveta e Lingeta 66 10-) Rebites 66 a-) Identificao dos Rebites 67 b-) Emendas Rebitadas 67 11-) Soldas 68 a-) Solda por Fuso 68 b-) Solda por Presso 68 c-) Brasagem 68 d-) Definies e Smbolos Bsicos para Soldas 69 VII-) Elementos de Transmisso de Movimentos 71 1-) Engrenagens 71 a-) Terminologias e Abreviaturas 71 b-) Representao Grfica 72 2-) Molas 74 3-) Mancais 75 a-) Tipos de Rolamentos 76 VIII-) Desenho para Execuo 76 Exerccios sobre Desenho para Execuo 79 Apndice 84 Agradecimentos 87 Bibliografia 87

    6-) Recartilhas

    Em muitos casos h necessidade de se tornar uma superfcie spera, mas, de maneira uniforme, atendendo ao uso e esttica. Assim, certas partes de ferramentas e mesmo cabeas de parafusos que devem ser girados com os dedos para ajustes, sofrem uma operao que se chama de recartilhado.

  • 108

    H vrios tipos de recartilha que nada mas so do que pequenas estrias marcadas na regio desejada da pea. Tais recartilhas so padronizadas: a-) Tipo Chanfrado

    b-) Tipo Boleado

    A recartilha pode ser fina, grossa ou mdia conforme o passo (P) seja igual a 0,5, 1,0 ou 1,5 mm.

    O recartilhado indicado numa pea conforme os exemplos a seguir:

    Aplicao das Recartilhas

    Paralela

    Largura Aumento d At 2 2 a 6 6 a 16 16 a 32 >32

    At 8 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5

    De 8 a 16 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5

    De 16 a 32 0,5 0,5 1 1 1

    De 32 a 63 0,5 0,5 1 1 1

    De 63 a 100 1 1 1 1 1,5

    Acima de 100

    1 1 1 1 1,5

  • 109