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1 ____________________________________________CURSO DE ENGENHARIA C DESENHO BÁSICO ARQ. ELERY ADRIANA KALISKI 2013

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DESENHO

BÁSICO

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1 Normas ABNT............................................................................ ..........

03

2 Folhas de Desenho............................................................. ..................

04

3 Instrumentos para desenho............................................................... .

08

4 Letras Tácnicas.....................................................................................

14

5 Escalas....................................................................................................

16

5 Cotas.......................................................................... ...........................

17

7 Geometria Descritiva..................................................................... ....

44

8 Perspectivas..................................................................................... ......

61

9 Noções Básicas de Geometria descritiva em Elementos de Desenho Topográfico ..............................................................................................

68

10 Noçoes de desenho em Auto Cad.............................................................................. ............................

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Sumário

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1 NORMAS ABNT

As primeiras normas técnicas foram criadas no século XIX com a Revolução industrial , onde surgiu a necessidade de padronizar a forma de utilização da geometria descritiva como linguagem gráfica de engenharia e arquitetura , sendo criado assim o desenho técnico.

Cada país tinha seu próprio sistema de normas, porém existia uma falta de uniformidade nos desenhos, com isso após a 11 Guerra Mundial foram criadas as Normas ISO, que consistem na uniformização das normas de desenho técnico.

No Brasil as Normas de desenho são editadas pela ABNT ( Associação Brasileira de Normas Técnicas), que são adaptações das Normas ISO.

Algumas Normas para Desenho podem ser encontradas em:

• NBR 10647 – Desenho Técnico – Norma Geral;

• NBR10067 – Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico;

• NBR 10068/87 – Folha de Desenho, Layout e Dimensões;

• NBR 10582 – Apresentação da Folha para Desenho Técnico;

• NBR 13142/99 – Desenho Técnico – Dobramento de Cópias;

• NBR 8402 – Execução de Caracteres para Escrita;

• NBR 8403/04 – Aplicação de Linhas em Desenhos;

• NBR10126 – Cotagem em Desenho Técnico;

• NBR 8196/99– Desenho Técnico – Emprego de Escalas;

• NBR 6492/94 – Representação de Projetos de Arquitetura.

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2 FOLHA DE DESENHO

As Normas Brasileiras (NBR 10068/87 – NBR 10582 – NBR 13142/99) ditam os principais aspectos a serem observados a respeito do tamanho das folhas para desenhos técnicos.

As normas em vigor editadas pela ABNT adotam a sequencia “A” de folhas, partindo de A0 com aproximadamente 1,0 m² de área. A sequencia de cada folha, possui dimensões iguais a metade do tamanho da folha anterior , temos então:

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FOLHA LARGURA COMPRIMENTO

A0 841 1189

A1 594 841

A2 420 594

A3 297 420

A4 210 297

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2.1 MARGENS

Na tabela a seguir são apresentadas as dimensões para margens das folhas de desenho da sequencia “A”:

OBS: A margem esquerda é sempre maior pois é nela que as folhas são perfuradas para que possam ser arquivadas ou colocadas em pastas.

2.2 CONFIGURAÇÃO DA FOLHA

A seguir são apresentadas as regiões das folhas de desenho e a posição de cada elemento nas mesmas. Usualmente a região acima da legenda é utilizada para as marcas de revisão, para observações, convenções e carimbos de aprovação dos órgãos públicos.

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FOLHA MARGEM ESQUERDA (mm)

DEMAISMARGENS (mm)

A0 25 10

A1 25 10

A2 25 7

A3 25 7

A4 25 7

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2.3 DOBRAGEM

A Norma da ABNT (NBR 13142 – Dobramento de Cópia) recomenda para que as cópias sejam dobradas de forma que estas fiquem com dimensões, após dobradas, similares as dimensões das folhas tamanho A4. Esta padronização se faz necessária para arquivamento e armazenamento destas cópias, pois os arquivos e as pastas possuem dimensões padronizadas.

Exemplo de dobragem das folhas:

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2.4 SELO OU LEGENDA

A legenda de um desenho técnico deve conter, no mínimo, as seguintes

informações:

• Designação e emblema da empresa que está elaborando o projeto ou a obra;

• Nome do responsável técnico pelo conteúdo do desenho, com sua identificação ( inscrição no órgão de classe) e local para assinatura;

• Local e data;

• Nome ou conteúdo do projeto;

• Conteúdo da prancha (quais desenhos estão presentes na prancha);

• Escala(s) adotada(s) no desenho e unidade;

• Número da Prancha.

O local em que cada uma destas informações deve ser posicionada dentro da legenda pode ser escolhido pelo projetista, devendo sempre procurar destacar mais as informações de maior relevância.

O número da prancha deve ser posicionada sempre no extremo inferior direito da legenda .

O nome da empresa ou seu emblema usualmente são localizados na região superior esquerda da legenda.

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2.5 NUMERAÇÃO DAS PRANCHAS

Junto com o numero da prancha usualmente se informa o total de pranchas do projeto, ex : 2/9, que significa : prancha 2 de um total de 9 pranchas.

A prancha de numero 01 é a que contem a situação e localização da obra, ou seja a prancha 01/x, onde “x” é o numero total de pranchas do projeto.

Na mesma prancha 01/x poderá aparecer a planta baixa, se o projeto possuir mais de um pavimento o primeiro que aparece é o térreo, depois o superior, podendo ainda aparecer na mesma prancha a situação (canto superior direito); a planta do pavimento térreo (lado esquerdo da prancha) e a planta do pavimento superior (lado direito da prancha).

Na sequencia, prancha 02/x devem aparecer o(s) corte(s), sempre em ordem crescente do alfabeto, sendo colocados de cima para baixo da esquerda pra direita.

Após os cortes, é a vez das elevações, e planta de cobertura.

3 INSTRUMENTOS PARA DESENHO

3.1 Lápis e lapiseiras

Ambos possuem vários graus de dureza: uma grafite mais dura permite pontas finas, mas traços muito claros. Uma grafite mais macia cria traços mais escuros, mas as pontas serào rombudas.

Recomenda-se uma grafite HB, F ou H para traçar rascunhos e traços finos, e uma grafite HB ou B para traços fortes. O tipo de grafite dependerá da preferência pessoal de cada um.

Os lápis devem estar sempre apontados, de preferência com estilete. Para lapiseiras, recomenda-se usar grafites de diâmetro 0,3 - 0,5 – 0,7 – 0,9 mm.

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3.2 Esquadros

São usados em pares: um de 45o e outro de 30o / 60o. A combinação de ambos permite obter vários ângulos comuns nos desenhos, bem como traçar retas paralelas e perpendiculares.

Para traçar retas paralelas, segure um dos esquadros, guiando o segundo esquadro através do papel. Caso o segundo esquadro chegue na ponta doprimeiro, segure o segundo esquadro e ajuste o primeiro para continuar o traçado.

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3.3 Compasso

Usado para traçar circunferências e para transportar medidas. O compasso tradicional possui uma ponta seca e uma ponta com grafite, com alguns modelos com cabeças intercambiáveis para canetas de nanquim ou tira-linhas. Em um compasso ideal, suas pontas se tocam quando se fecha o compasso, caso contrário o instrumento está descalibrado. A ponta de grafite deve ser apontada em “bizel”, feita com o auxílio de uma lixa.

Os compassos também podem ter pernas fixas ou articuladas, que pode ser útil para grandes circunferências. Alguns modelos possuem extensores para traçar circunferências ainda maiores.

Existem ainda compassos específicos, como o de pontas secas (usado somente para transportar medidas), compassos de mola (para pequenas circunferências), compasso bomba (para circunferências minúsculas) e

3.4 Escalímetro

Conjunto de réguas com várias escalas usadas em engenharia. Seu uso elimina o uso de cálculos para converter medidas, reduzindo o tempo de execução do projeto.

O tipo de escalímetro mais usado é o triangular, com escalas típicas de arquitetura: 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125. A escala 1:100 corresponde a 1 m = 1 cm, e pode ser usado como uma régua comum (1:1). O

uso de escalas será explicado mais adiante.

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4 LETRAS TÉCNICAS

Assim como o resto do desenho técnico, as letras e algarismos também seguem uma forma definida por norma. Até pouco tempo atrás as letras eram desenhadas individualmente com o auxílio de normógrafos e “aranhas”. Hoje, tem-se a facilidade de um editor de texto para descrever o desenho. (ver Norma especifica)

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ

Abcdefghijklmnopqrstuwvxyz abcdefghijklmnopqrstuwvxyz

1234567890 1234567890

O desenho técnico não se faz somente pelo uso de linhas e desenhos de precisão absoluta. Também se utiliza da linguagem escrita representada em letras e algarismos execução, é a simplificação máxima do “desenho” de letras e números. Tal simplificação busca evitar os riscos de dupla interpretação das informações que elas trazem.

O tipo bastão é recomendado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).Trata-se de caracteres desenhados com linhas de espessura uniforme, sem enfeites ou serifas.

EXEMPLO COMPARATIVO:Os desenhos são compostos de informações escritas, dispostas segundo a hierarquia apresentadaa seguir:

Títulos e números, somente maiúsculas de 6mm de altura;Subtítulos e números, maiúsculas de 5mm de altura;Subtítulos e números, maiúsculas de 5mm de alturaListas de materiais, peças, dimensões e notas em geral, maiúsculas de 4mm de altura;

A ABNT, pela NB-8, dispõe sobre o uso de letras maiúsculas e números na vertical, ou seja, sem inclinação.

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Porém, nos exercícios seguintes de traçado da caligrafia técnica são apresentadas também letras inclinadas e minúsculas, para que se tornem conhecidas e sejam aprimoradas.

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5 .ESCALAS

Escala e a relação de proporcionalidade entre um objeto e sua representação gráfica, ou seja, o seu desenho.

Por exemplo, se dizemos que um desenho esta na escala 1:50 significa que cada dimensão representada no desenho será 50 vezes maior ou seja, cada 1 cm medido no papel corresponde a 50cm na realidade.

As escalas se dividem em dois tipos:

a) Escala Numérica

é a escala expressa através de uma relação do tipo D/R = X/Y , onde:

“D”, representa as dimensões do desenho;

“R”, representa as dimensões do objeto real.

As escalas numéricas se subdividem em:

I. Escala Natural: D/R = 1/1 ,

onde uma unidade do desenho,corresponde a uma unidade do objeto real;

II. Escala deAmpliação: D/R = X/1

, onde “x” unidades do desenho, correspondem a uma unidade do objeto real;

III. Escala de Redução: D/R= 1/Y

onde uma unidade do desenho, corresponde a “y” unidades do objeto real.

O tipo de escala numérica a ser adotada dependerá, principalmente:

1)Do tamanho do objeto real, a ser representado;

II)Da relação entre o tamanho do objeto real a ser representado e o espaço

disponível para tal representação;

III.)Se a representação do objeto real apresenta, de forma legível, todos os

elementos necessários à perfeita leitura e interpretação do dito objeto, para o que se fizer necessário.

b) Escala Gráfica

As escalas gráficas são obtidas a partir de uma escala numérica. Elas são representadas conforme desenho abaixo, com as respectivas subdivisões.

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O talão da escala gráfica será sempre desenhado a esquerda do corpo e correspondera a uma fração do corpo da escala subdividida em dez partes iguais.

Por sua vez, o corpo da escala gráfica será composto por tantas frações quanto forem necessárias.

As escalas gráficas aparecem normalmente em mapas e visam facilitar a compreensão, por parte do leigo, de dimensões de elementos que sofreram grandes reduções, como neste caso.

Toda escala gráfica sempre devera estar acompanhada da escala numérica que lhedeu origem.

6. COTAS

Apesar dos desenhos componentes dos projetos usualmente serem representados em escala é necessário a representação numérica das dimensões dos elementos: a cota.

As regras adotadas na cotagem tem como objetivo deixar sua representação clara e padronizada. Como regra geral para a realização da cotagem se deve privilegiar sempre a clareza e a precisão na transmissão das informações.

6.1 COMPONENTES DAS COTAS

• Linha de Cota

É a linha que contém a dimensão do que está sendo cotado e na qual é posicionado o valor numérico da cota;

• Linha de Extensão (ou auxiliar)

É a linha que une a linha da cota ao elemento que está sendo cotado deve ser prolongada ligeiramente em relação a alinha de cota;

• Finalização das Linhas da Cota

É o encontro da linha da cota com a linha de extensão usualmente representado por um ponto ou um traço em 45º.

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6.2 POSIÇÃO DAS COTAS

Como regra geral na representação e leitura de desenhos deve-se observar que os mesmos possam ser lidos da base da folha de desenho ou de sua direita (leitura de cima para baixo ou da esquerda para a direita). As posições inversas a estas são consideradas “de cabeça para baixo”.

Diversas posições intermediárias poderão ser adotadas, conforme recomenda a norma NBR 10126/87 no ítem 4.4.2

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Alguns autores recomendam que as posições de cotagem nas quais a cota fica tão inclinada que quase é lida a partir da esquerda do desenho(posição equivalente ao trecho entre 10 e 12 horas) sejam evitadas posicionando-se as linhas de cotagem em locais mais adequados.

6.3 POSIÇÃO DAS COTAS NAS LINHAS DE COTAS

A distribuição das cotas de projetos de arquitetura é usual a utilização de cotas em série, posicionada tanto pelo lado externo do desenho quanto interno.

6.4 UNIDADE DE COTAGEM

Na representação de projetos de arquitetura os elementos usualmente são cotados em metros ou em centímetros. De preferência deve-se escolher uma destas unidades e adota-las em todo o projeto.

A NBR 6492/94 em seu item A-9.1, entretanto, permite que em um desenho seja cotado em metros mas que as dimensões que forem menores que a unidade ( 1,00m) sejam representadas em centímetros.

6.5 DESENHO DA COTA

- Para melhorar a interpretação da medida, usa-se os seguintes símbolos:

1. ∅ - Diâmetro

2. R – Raio

3. ² - Quadrado

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4. ∅ ESF – Diâmetro esférico

5. R ESF – Raio esférico

- Os símbolos de diâmetro e quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente indicada.

O símbolo “∅” pode ser escrito no AutoCAD digitando “%%c”.

Ao cotar uma curva ou circunferência, deve-se localizar o centro do raio:

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É de bom uso alinhar cotas em sequência (no qual se pode aproveitar setas de cotas adjacentes para cotar espaços estreitos). Também se usa cotar as dimensões totais da peça – não deixe para quem for ler o desenho calcular Nesta aula, você aprenderá a cotar elementos das peças.

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6.6TIPOS DE ELEMENTOS DE COTAGEM

Nos modelos e peças com elementos, além de indicar as cotas básicas, é necessário indicar, também, as cotas de tamanho e de localização dos elementos.As cotas de tamanho referem-se às medidas do elemento, necessárias à execução da peça.As cotas de localização indicam a posição do elemento na peça, ou a posição do elemento em relação a outro, tomado como referência.Primeiro você vai saber como são definidas as cotas de tamanho. Em seguida conhecerá as cotas de localização.

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6.7COTAGEM DE REBAIXOS

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7 Geometria Descritiva - Conceitos

Relacionamos abaixo algumas noções de Geometria Descritiva presentes em vários programas de planificação de faces tridimensionais:

História e Conceitos:

Gaspar Monge foi um sábio desenhista francês, figura política do final do século XVIII e início do século XIX, um dos fundadores da Escola Politécnica Francesa, criador da Geometria Descritiva e grande teórico da Geometria Analítica, pode ser considerado o pai da Geometria Diferencial de curvas e superfícies do espaço. Aprimorou uma técnica de representação gráfica já iniciada pelos egípcios que representavam apenas: a planta, a elevação e o perfil. Gaspard Monge definiu a Geometria Descritiva como sendo a parte da Matemática que tem por fim representar sobre um plano as figuras do espaço, de modo a poder resolver, com o auxílio da Geometria Plana, os problemas em que se consideram as três dimensões. A Geometria Descritiva surgiu no século XVII. É uma ciência que estuda os métodos de representação gráfica das figuras espaciais sobre um plano. Resolve problemas como: construção de vistas, obtenção das verdadeiras grandezas de cada face do objeto através de métodos descritivos e também a construção de protótipos do objeto representado.

7.1Métodos de Projeção:A palavra projeção vem do latim "projectione". Projeção é o processo pelo qual se incidem raios sobre um objeto em um plano chamado plano de projeção.A projeção do objeto é sua representação gráfica no plano de projeção. Como os objetos têm três dimensões, sua representação num plano bidimensional se dá através de alguns artifícios de desenho, para tanto, são considerados os elementos básicos da projeção: Plano de projeção, Objeto, Raio projetante, Centro de projeção.Os sistemas de projeções são classificados de acordo com a posição ocupada pelo centro de projeção. Esse centro pode ser finito ou infinito, determinando: Sistema Cônico e Sistema Clilíndrico.

A Projeção Cônica, também chamada de projeção central, é o tipo de projeção, cujos raios que incidem no

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objeto e no plano de projeção são todos concorrentes no ponto V (vértice do cone), como as geratrizes do cone (fig. 01).A Projeção Cilíndrica, também chamada de projeção paralela, é o tipo de projeção, cujos raios projetantes que incidem no objeto e no plano de projeção são todos paralelos entre si, como as geratrizes do cilindro. A projeção cilíndrica pode ser ortogonal ou oblíqua (fig. 02).O sistema de projeção utilizado na Geometria Descritiva é a projeção cilíndrica ortogonal, que é um caso particular de projeção cilíndrica que ocorre quando a direção de projeção é perpendicular ao plano de projeção, no entanto, a projeção cilíndrica ortogonal efetuada em um único plano pode acarretar perdas de informações e erros de interpretação. Procurando resolver essas questões, Gaspar Monge, criou um método de representação gráfica através da projeção em planos perpendiculares hoje denominados Sistema Mongeano (fig. 03).

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7.2 Sistema Mongeano:Gaspard Monge solucionou os problemas relacionados à projeção em um único plano com a criação de um sistema duplo de projeção que leva seu nome: Projeções Mongeanas ou Sistema Mongeano de Projeção. Através da aplicação dos conceitos básicos de Projeções Mongeanas, qualquer objeto, seja qual for sua forma, posição ou dimensão, pode ser representado no plano bidimensional, por suas projeções cilíndricas ortogonais.O Sistema Mongeano de projeção utiliza uma dupla projeção cilíndrico-ortogonal, onde dois planos, um horizontal e um vertical, se interceptam no espaço, sendo, portanto, em função de suas posições, perpendiculares entre si. A intersecção desses planos determina uma linha chamada Linha de Terra (LT).Esses planos determinam no espaço 4 diedros numerados no sentido anti-horário.

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1º diedro: região limitada pelo plano vertical superior (PVS) e pelo plano horizontal anterior (PVA).2º diedro: região limitada pelo plano vertical superior (PVS) e pelo plano horizontal posterior (PHP).3º diedro: região limitada pelo plano vertical inferior (PVI) e pelo plano horizontal posterior (PHP).4º diedro: região limitada pelo plano vertical inferior (PVI) e pelo plano horizontal anterior (PHA).

7.3Planificação

Sistema Mongeano (Continuação):

Após Monge ter sistematizado a Geometria Descritiva, foi acrescentado por Gino Loria um terceiro plano de projeção (fig. 04) para melhor localização de objetos no espaço.

Este terceiro plano de projeção, denominado plano Lateral (PL), forma com o diedro conhecido um triedro trirretângulo, sendo, portanto, perpendicular aos planos Horizontal e Vertical de projeção. O plano lateral fornecerá uma terceira projeção do objeto.

A planificação dos objetos tridimensionais visa determinar a verdadeira grandeza de todas a as partes do objeto representado em um único plano, para isso, devemos utilizar os métodos da Geometria Descritiva denominados: Mudança de Planos e ou Rebatimentos.

7.4 Mudança de Planos

é feita quando um objeto possui uma face inclinada em relação aos planos principais de projeção e esta face não aparece em verdadeira grandeza. Para obter a verdadeira grandeza desta face, é preciso projetá-la em um plano auxiliar que lhe seja paralelo. Para isso é preciso mudar a posição de um dos planos de projeção, plano horizontal (PH) de projeção ou plano vertical (PV) de projeção, ou os dois; um após o outro; de forma

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que fique paralelo à face inclinada. Assim o objeto permanece fixo e os planos de projeção mudam de posição.

7.5 Rebatimento

de um plano sobre outro consiste em fazê-lo coincidir com este último. O eixo de rebatimento é conhecido por "charneira". Ao rebater um plano, poderemos rebater qualquer ponto ou reta contidos nele. Nota-se que a definição de rebatimento se refere exclusivamente ao plano que gira ao redor de sua interseção com o PH ou PV. Portanto, as expressões: rebater um ponto, ou rebater uma reta é usado apenas para abreviar a nomenclatura. Então, quando quisermos rebater uma reta, teremos que fazer passar por ela um plano.

Assim, a partir dos princípios da Geometria Descritiva, as normas de Desenho Técnico fixaram a utilização das projeções ortogonais somente pelos 1º e 3º diedros, criando pelas normas internacionais dois sistemas para representação de peças:

•sistema de projeções ortogonais pelo 1ºdiedro

•sistema de projeções ortogonais pelo 3º diedro.

O uso de um ou do outro sistema dependerá das normas adotadas por cada país.

Por exemplo, nos Estados Unidos da América (USA) é mais difundido o uso do 3º diedro; nos países europeus é mais difundido o uso do 1º diedro. No Brasil é mais utilizado o 1º diedro, porém, nas indústrias oriundas dos USA, da Inglaterra e do Japão, poderão aparecer desenhos representados no 3º diedro.

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Como as normas internacionais convencionaram, para o desenho técnico, o uso dos 1º e 3º diedros é importante a familiarização com os dois sistemas de representação. A interpretação errônea de um desenho técnico poderá causar grandes prejuízos

7.6Projeções Ortogonais pelo 1º Diedro

As projeções feitas em qualquer plano do 1º diedro seguem um princípio básico que determina que o objeto a ser representado deva estar entre o observador e o plano de projeção, considerando o objeto imóvel no espaço, o observador pode vê-lo por seis direções diferentes, obtendo seis vistas da peça. Ou seja, aplicando o princípio básico em seis planos circundando a peça, obtemos, de acordo com as normas internacionais, as vistas principais no 1º diedro.

Para serem denominadas vistas principais, as projeções têm de ser obtidas em planos perpendiculares entre si e paralelos dois a dois, formando uma caixa.

A Figura abaixo mostra a peça circundada pelos seis planos principais, que posteriormente são rebatidos de modo a se transformarem em um único plano. Cada face se movimenta 90º em relação à outra.

7.7 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DESENHO TÉCNICO

A projeção que aparece no plano1 (Plano vertical de origem do 1º diedro) é sempre chamada de vista de frente ou vista frontal. Em relação à posição da vista frontal, aplicando o princípio básico do 1º diedro, nos outros planos de projeção resultam nas seguintes vistas:

•Plano 1 – Vista de Frente, Frontal ou Elevação – mostra a projeção frontal do objeto.

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•Plano 2 – Vista Superior ou Planta – mostra a projeção do objeto visto de cima.

•Plano 3 – Vista Lateral Esquerda ou Perfil – mostra o objeto visto pelo lado esquerdo.

•Plano 4 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado direito.

•Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo.

•Plano 6 – Vista Posterior –mostra o objeto sendo visto por trás.

A padronização dos sentidos de rebatimentos dos planos de projeção garante que no 1º diedro as vistas sempre terão as mesmas posições relativas. Ou seja, os rebatimentos normalizados para o 1º diedro mantêm, em relação à vista de frente, as seguintes posições:

•a vista de cima fica em baixo;

•a vista de baixo fica em cima;

•a vista da esquerda fica à direita;

•a vista da direita fica à esquerda.

Talvez o entendimento fique mais simples, raciocinando-se como tombamento do objeto. O resultado será o mesmo se for dado ao objeto o mesmo rebatimento dado aos planos de projeção. A figura a baixo mostra o tombamento do objeto. Comparando como resultado das vistas resultantes dos rebatimentos dos planos de projeção, pode-se observar:

•O lado superior do objeto aparece embaixo e o inferior em cima, ambos em relação à posição frente.

•O lado esquerdo do objeto aparece à direita da posição de frente, enquanto o lado direito está à esquerda do lado da frente.

A figura abaixo mostra o desenho final

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das seis vistas. Observe que não são colocados os nomes das vistas, bem como não aparece mais linhas de limite dos planos de projeções.

É importante olhar para o desenho sabendo que as vistas, apesar de serem desenhos bidimensionais, representam o mesmo objeto visto por diversas posições. Com a consciência de que em cada vista existe uma terceira dimensão escondida pela projeção ortogonal; partindo da posição definida pela vista de frente e sabendo a disposição final convencionada para as outras vistas, é possível entender os tombos (rebatimentos) efetuados no objeto.

Outra consequência da forma normalizada para obtenção das vistas principais do 1º diedro é que as vistas são alinhadas horizontalmente e verticalmente.

Para facilitar a elaboração de esboços, como as distâncias entre as vistas devem ser visualmente iguais, pode-se relacionar as dimensões do objeto nas diversas vistas. Verticalmente relacionam-se as dimensões de comprimento, horizontalmente relacionam-se as dimensões de altura e os arcos transferem as dimensões de largura.

Ainda que dificilmente ocorra a necessidade de se desenhar todas as vistas principais de uma peça, é importante fazer os exercícios propostos para desenvolver a habilidade de raciocinar com os rebatimentos. Procure analisar os rebatimentos de todas as superfícies que compõem cada peça. Dificilmente será necessário fazer seis vistas para representar qualquer objeto. Porém, quaisquer que sejam as vistas utilizadas, as suas posições relativas obedecerão às disposições definidas pelas vistas principais. Na maioria dos casos, o conjunto formado pelas vistas de frente, vista superior e uma das vistas laterais é suficiente para representar, com perfeição, o objeto desenhado.

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No 1º diedro é mais difundido o uso da vista lateral esquerda, resultando no conjunto preferencial composto pelas vistas de frente, superior e lateral esquerda, que também são chamadas, respectivamente, de elevação, planta e perfil, mostradas na Figura abaixo;

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Na prática, devido à simplicidade de forma da maioria das peças que compõem as máquinas e equipamentos, são utilizadas somente duas vistas. Em alguns casos, com auxílio de símbolos convencionais, é possível definir a forma da peça desenhada com uma única vista. Não importa o número de vistas utilizadas, o que importa é que o desenho fique claro e objetivo. O desenho de qualquer peça, em hipótese alguma, pode dar margem à dupla interpretação. O ponto de partida para determinar as vistas necessárias é escolher o lado da peça que será considerado como frente.

Normalmente, considerando a peça em sua posição de trabalho ou de equilíbrio, toma- se como frente o lado que melhor define a forma da peça. Quando dois lados definem bem a forma da peça, escolhe-se o de maior comprimento.

Feita a vista de frente faz-se tantos rebatimentos quantos forem necessários para definir a forma da peça.

Quando a vista de frente for uma figura simétrica, conforme mostra a Figura, teoricamente poderia utilizar qualquer uma das vistas laterais, porém deve-se utilizar a vista lateral esquerda para compor o conjunto das vistas preferenciais.

É preciso ter muito cuidado com a escolha das vistas, porque o uso de vistas inadequadas pode levar a soluções desastrosas. A figura abaixo mostra que as duas vistas escolhidas em podem representar qualquer uma das peças mostradas se considerarmos os sentidos de observação indicados no paralelepípedo.

Ainda que pareça que o problema está resolvido, a solução pode ser enganosa como é mostrado na Figura. As duas vistas escolhidas podem corresponder a qualquer uma das quatro peças mostradas As vistas

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precisam ser escolhidas de modo que o desenho defina fielmente a forma da peça e que, em hipótese nenhuma, dê margem a dupla interpretação.

Para desenvolver a visão espacial todo o esforço deve ser concentrado na automação do raciocínio para os rebatimentos convencionados do 1º diedro. A automação do raciocínio para os rebatimentos significa que, quando se olha para um conjunto de vistas deve-se, automaticamente, estar associando (enxergando) a peça, ou as superfícies que a compõem, em suas diferentes posições. Na maioria das vezes não se consegue

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enxergar todos os detalhes da peça, mas é possível analisar individualmente cada superfície, e entender suas posições espaciais em cada vista.

Visando ajudar o desenvolvimento da visão espacial, os exercícios propostos devem ser resolvidos seguindo a seguinte metodologia:

1.Considerando a direção indicada, olhando para a perspectiva, faça o desenho da vista de frente;

2.Não se esqueça que o desenho da vista de frente, apesar de ser bidimensional, representa uma peça tridimensional e existe uma terceira dimensão que está escondida pelas projeções ortogonais;

3.Olhando para a vista de frente mas com o sentimento da forma espacial da peça, sem olhar para as perspectivas, faça a vista superior.

4.Confira as duas vistas com a perspectiva dada;e

5.Também sem olhar para a perspectiva, a partir da vista de frente, desenhe a vista lateral mais conveniente.

Assim como no 1°diedro, qualquer projeção do 3º diedro também segue um princípio básico. Para fazer qualquer projeção no 3º diedro, o plano de projeção deverá estar posicionado entre o observador e o objeto, conforme mostra a Figura acima.

O plano de projeção precisa ser transparente (como uma placa de vidro) e o observador, por trás do plano de projeção, puxa as projetantes do objeto para o plano. As vistas principais são obtidas em seis planos perpendiculares entre si e paralelos dois a dois, como se fosse uma caixa de vidro e, posteriormente, rebatidos de modo a formar em um único plano.

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A figura acima mostra os rebatimentos dos planos que compõem a caixa de vidro, onde cada plano se movimenta 90º em relação ao outro. Da mesma forma que no 1°diedro, a projeção que é representada no plano 1 corresponde ao lado da frente da peça. Deste modo, considerando o princípio básico e os rebatimentos dados aos planos de projeção, têm-se as seguintes posições relativas das vistas:

•Plano 1 – Vista de Frente – mostra a projeção frontal do objeto.

•Plano 2 – Vista Superior – mostra a projeção do objeto visto por cima.

•Plano 3 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado direito.

•Plano 4 – Vista Lateral Esquerda – mostra o objeto visto pelo lado esquerdo.

•Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo.

•Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás.

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A Figura acima mostra as vistas principais resultante das projeções na caixa de vidro e também os tombamentos que devem ser dados à peça para obter o mesmo resultado.

Analise as projeções das peças abaixo e procure entender os rebatimentos convencionados para o 3° diedro.

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Comparações entre as Projeções do 1°e do 3°Diedros Visando facilitar o estudo e o entendimento dos dois sistemas de projeções ortogonais, normalizados como linguagem gráfica para o desenho técnico será realçadas as diferenças e as coincidências existentes entre o 1º e o 3º diedros a seguir.1-Quanto à vista de Frente Tanto no 1°como no 3° diedro, deve- se escolher como frente o lado que melhor representa a forma da peça, respeitando sua posição de trabalho ou de equilíbrio.2–Quanto às Posições relativas das vistas A Figura abaixo mostra as vistas principais do 1° e do 3°diedros. Para facilitar a comparação, nos dois casos, a vista de frente corresponde ao mesmo lado do objeto. Como é mantida a mesma frente, consequentemente, todas as outras vistas são iguais, modificando somente as suas posições relativas. 1–Vista de Frente 2-Vista Superior 3-Vista Inferior 4-Vista Lateral Direita 5 – Vista Lateral Esquerda- 6- Vista Posterior.

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As figuras acima fazem respectivamente a comparação dos sentidos dos rebatimentos dos planos de projeções e dos tombamentos do objeto. Observe que no 1º diedro, olha-se a peça por um lado e desenha-se o que se está vendo do outro lado, enquanto no terceiro diedro, o que se está vendo é desenhado no próprio lado do desenho. Não se pode esquecer que cada projeção ortogonal representa o objeto em uma determinada posição e, assim sendo, no 1º diedro qualquer projeção ortogonal corresponde àquilo que é visto pelo outro lado da projeção que estiver ao seu lado. Da mesma forma, no 3 º diedro qualquer projeção ortogonal corresponde àquilo que é visto na direção da projeção que estiver ao seu lado.

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Das vistas superior e inferior das vistas laterais para desenvolver habilidade na interpretação de desenhos técnicos é necessário associar, automaticamente, o conjunto de vistas com os rebatimentos que a peça sofreu. Em função de uma maior utilização, deve ser dada maior ênfase no estudo dos rebatimentos formados pelas vistas preferenciais. Afigura abaixo mostra a comparação destes rebatimentos.

1ºDIEDRO 3ºDIEDRO

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8 PERSPECTIVAS

Os desenhos em perspectiva foram concebidos como um meio termo entre a visão da peça no espaço, mantendo suas proporções e a escala. Existem vários tipos de perspectiva, cada um com sua utilidade. Os desenhos em perspectiva exata ilustram com perfeição o ângulo do observador, porém as dimensões variam com a posição e proximidade dos objetos.

Outros tipos de perspectiva são:

OBLÍQUAS – CAVALERA, MILITAR E GABINETE

AXONOMÉTRICAS - DIMÉTRICA, ISOMETRICA E TRIMÉTRICA.

Neste capítulo estudaremos a perspectiva isométrica, por ser a mais utilizada e pela sua facilidade de utilização, levando em conta os erros, toleráveis, de suas aproximações.

8.1 Conceito

Partindo de um ponto de vista do objeto pela sua face frontal, a perspectiva isométrica é o produto da rotação do objeto em 45o em torno do eixo vertical, sendo logo depois de inclinado para a frente, de forma que as medidas de todas as arestas reduzem-se à mesma escala.

Nesta configuração os eixos ortogonais serão encontrados com ângulos de 120oentre si. Esta posição dos eixos é facilmente encontrada com o auxílio do esquadro de 30o/ 60o, usando seu menor ângulo para traçar os eixos X e Y, com o eixo Z na vertical. A Figura 51 ilustra os eixos isométricos e a transformação de um conjunto de vistas em uma perspectiva isométrica.

Teoricamente a escala das arestas é reduzida em 81% do original. Na prática, isto não é praticado, sendo a perspectiva feita na mesma escala do original. Esta é chamada de perspectiva isométrica simplificada, e seu traçado implica em uma figura aparentemente maior que nas vistas ortogonais.

 

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9 NOÇÕES BÁSICAS DE GEOMETRIA DESCRITIVA EM ELEMENTOS DE DESENHO

TOPOGRÁFICO

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9.1 Formas de representação de relevo

Para representar cartograficamente as altitudes das diferentes formas de relevo utilizamos dois tipos de mapas: os mapas hipsométricos e os mapas topográficos.

Os mapas hipsométricos representam a altitude através de cores. Normalmente utilizam-se os tons de verde, amarelo, laranja e castanho para representar as altitudes positivas e os tons de azul para representar as altitudes negativas.

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Osmapas topográficos ( fig.3) representam a altitude através de linhas chamadas curvas de nível (fig.4) ou isohipsas.

Estes mapas, normalmente, utilizam grandes escalas , Em Portugal são produzidos pelo Instituto Geográfico do Exército na escala de 1/25 000. As curvas de nível são linhas que unem ponto com igual valor de altitude, Nos mapas topográficos a equidistância natural entre as curvas de nível é de 10m.

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Com base nas curvas de nível podemos construir perfis topográficos do relevo. O perfil topográfico é uma representação gráfica de um corte vertical do terreno segundo uma direção previamente escolhida.

Um dos processos para construir um perfil topográfico é o seguinte: • Sobre o mapa topográfico traça uma reta, que corresponde à secção transversal l, cujo perfil pretendemos construir. • Orienta sobre o mapa uma folha de papel milimétrico ou quadriculado de maneira que o eixo horizontal sobre o qual se vai construir o perfil seja paralelo à linha reta que traçaste no mapa. • Projeta-se sobre o eixo horizontal a intersecção de cada curva de nível com a linha reta, tendo em conta a cota de altitude correspondente.. • Traça um eixo vertical, que representa a altitude ou cotas.

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• Recorrendo ao eixo vertical localiza e marca o valor de cada curva de nível projetada. • Depois de marcados todos os pontos correspondentes às curvas de nível projetadas, unem-se dando origem a um perfil topográfico.

Fig. 5: Construção de um perfil topográfico

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10 NOÇÕES DE DESENHO EM AUTO CAD

OBS : Esse tópico será elaborado posteriormente de acordo com a necessidade da turma.

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