apostila derivativos

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Derivativos – Banco do Brasil Prezado Aluno, Sabemos que o público-alvo dos cursos de pós-graduação lato sensu da Fundação Getulio Vargas é constituído de executivos que buscam atualizar-se nas áreas de Economia, Gestão e Direito, que são fundamentais para seu desempenho profissional. Por razões diversas, muitos desses executivos optam pelos cursos a distância do FGV Online. Por estarmos atentos, em todos os momentos, à presença do sujeito do aprendizado – você, nosso aluno –, bem como a suas demandas ao realizar um curso a distância, elaboramos o material didático dos cursos do FGV Online acreditando que a prática educativa deve torná-lo apto à auto-aprendizagem, ao autocontrole e à automotivação. Planejamos e elaboramos o material didático que você acaba de receber para facilitar a (re)construção de conhecimentos, já que tanto a apostila quanto o CD disponibilizam todo o conteúdo teórico, os gráficos, as tabelas, os diagramas que constituem as disciplinas veiculadas na web. Porém, apenas no ambiente do curso, você contará com os links, recurso que, certamente, enriquece as informações contidas nos textos. Ressaltamos ainda que todos os recursos que constituem a Biblioteca Virtual também só estarão acessíveis no ambiente do curso. Além do conteúdo teórico das disciplinas, no material impresso, disponibilizamos o manual de navegação do LearningSpace – ambiente em que são estruturados os cursos do FGV Online – e o manual de utilização da ferramenta utilizada para reuniões on-line. No CD, além de textos, você acessará vídeos, programas e plugins necessários à adequada utilização do curso. Cientes da relevância dos materiais e dos recursos multimídia de um curso a distância, nós, do FGV Online, acreditamos que o trabalho que agora conosco você inicia seja, de fato, capaz de responder positivamente às mudanças tecnológicas e sociais de nosso tempo, bem como às suas necessidades e expectativas. A Coordenação Pedagógica

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Page 1: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil

Prezado Aluno,

Sabemos que o público-alvo dos cursos de pós-graduação lato sensu da Fundação

Getulio Vargas é constituído de executivos que buscam atualizar-se nas áreas de

Economia, Gestão e Direito, que são fundamentais para seu desempenho

profissional. Por razões diversas, muitos desses executivos optam pelos cursos a

distância do FGV Online.

Por estarmos atentos, em todos os momentos, à presença do sujeito do

aprendizado – você, nosso aluno –, bem como a suas demandas ao realizar um

curso a distância, elaboramos o material didático dos cursos do FGV Online

acreditando que a prática educativa deve torná-lo apto à auto-aprendizagem,

ao autocontrole e à automotivação.

Planejamos e elaboramos o material didático que você acaba de receber para

facilitar a (re)construção de conhecimentos, já que tanto a apostila quanto o CD

disponibilizam todo o conteúdo teórico, os gráficos, as tabelas, os diagramas que

constituem as disciplinas veiculadas na web. Porém, apenas no ambiente do curso,

você contará com os links, recurso que, certamente, enriquece as informações

contidas nos textos. Ressaltamos ainda que todos os recursos que constituem a

Biblioteca Virtual também só estarão acessíveis no ambiente do curso.

Além do conteúdo teórico das disciplinas, no material impresso, disponibilizamos

o manual de navegação do LearningSpace – ambiente em que são estruturados

os cursos do FGV Online – e o manual de utilização da ferramenta utilizada para

reuniões on-line.

No CD, além de textos, você acessará vídeos, programas e plugins necessários à

adequada utilização do curso.

Cientes da relevância dos materiais e dos recursos multimídia de um curso a

distância, nós, do FGV Online, acreditamos que o trabalho que agora conosco

você inicia seja, de fato, capaz de responder positivamente às mudanças

tecnológicas e sociais de nosso tempo, bem como às suas necessidades e

expectativas.

A Coordenação Pedagógica

Page 2: Apostila Derivativos
Page 3: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil S U M Á R I O

SUMÁRIO

ABERTURA ................................................................................................................................. 9APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................................... 9

OBJETIVO E CONTEÚDO .......................................................................................................................................................... 9

ATIVIDADES ............................................................................................................................................................................... 11

GRADE DE CORREÇÃO DE ATIVIDADES .......................................................................................................................... 11

SEÇÕES ........................................................................................................................................................................................ 12

MATERIAL .................................................................................................................................................................................... 13

AVALIAÇÃO ................................................................................................................................................................................ 13

AVALIAÇÃO PRESENCIAL ...................................................................................................................................................... 14

MARCAÇÃO DA AVALIAÇÃO PRESENCIAL ..................................................................................................................... 15

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................................................... 16

NAVEGAÇÃO .............................................................................................................................................................................. 17

PROGRAMAS E PLUGINS .................................................................................................................................................... 18

PROFESSORAS-AUTORAS ..................................................................................................................................................... 18

EQUIPE DE PRODUÇÃO ......................................................................................................................................................... 19

MÓDULO 1– MERCADO À VISTA DE AÇÕES ........................................................................ 21APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 21

UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 21

1.1 DESASTRE NA BOLSA ...................................................................................................................................................... 21

1.2 POTENCIAL DOS DERIVATIVOS .................................................................................................................................... 22

1.3 RISCOS DO MERCADO DE DERIVATIVOS .................................................................................................................. 22

UNIDADE 2 – MERCADO DE AÇÕES ................................................................................................... 22

2.1 NATUREZA DOS DERIVATIVOS ..................................................................................................................................... 22

2.2 MERCADO DE AÇÕES ...................................................................................................................................................... 23

2.3 AÇÕES ................................................................................................................................................................................... 23

2.3.1 TIPOS DE AÇÕES ............................................................................................................................................................ 24

2.4 DIVIDENDOS E BONIFICAÇÕES .................................................................................................................................... 24

2.5 SUBSCRIÇÕES ..................................................................................................................................................................... 24

2.6 CORRETORAS DE VALORES ........................................................................................................................................... 25

2.7 TIPOS DE MERCADO ........................................................................................................................................................ 25

2.8 CONTROLE DA COMPANHIA ........................................................................................................................................ 25

UNIDADE 3 – RISCO E LUCRO ............................................................................................................. 26

3.1 RISCO E DESFECHO ADVERSO ..................................................................................................................................... 26

3.2 PROJETOS DE RISCO ........................................................................................................................................................ 26

3.3 ANTECIPAÇÃO DO FUTURO .......................................................................................................................................... 26

3.3.1 PREVISÕES CIENTÍFICAS ............................................................................................................................................. 27

3.4 PREVISÕES NO MERCADO DE AÇÕES ....................................................................................................................... 27

3.4.1 EXEMPLO 1 ...................................................................................................................................................................... 28

3.4.2 EXEMPLO 2 ...................................................................................................................................................................... 29

3.5 GRÁFICO DE LUCRO VERSUS AÇÃO DE VALOR ...................................................................................................... 31

3.5.1 GRÁFICO DE LUCROS ................................................................................................................................................... 31

3.6 IMPOSTO DE RENDA SOBRE LUCROS COM VENDA DE AÇÕES ....................................................................... 32

3.6.1 ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA ......................................................................................................................... 32

UNIDADE 4 – CENÁRIO CULTURAL .................................................................................................... 33

4.1 FILME ..................................................................................................................................................................................... 33

Page 4: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilS U M Á R I O

4.2 OBRA LITERÁRIA ................................................................................................................................................................ 33

4.3 OBRA DE ARTE ................................................................................................................................................................... 33

UNIDADE 5 – ATIVIDADES ................................................................................................................. 33

5.1 AUTO-AVALIAÇÃO ............................................................................................................................................................ 33

MÓDULO 2 – MERCADOS A TERMO E DE FUTUROS .......................................................... 35APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 35

UNIDADE 1 – CONCEITUAÇÕES ......................................................................................................... 35

1.1 DERIVATIVOS ...................................................................................................................................................................... 35

1.2 CONTRATO OU MERCADO FUTURO .......................................................................................................................... 35

1.2.1 IMPORTÂNCIA DOS MERCADOS FUTUROS ......................................................................................................... 36

1.3 ORIGENS ............................................................................................................................................................................... 36

1.4 MERCADO FUTURO ATUAL ........................................................................................................................................... 37

UNIDADE 2 – CARACTERÍSTICAS BÁSICAS ....................................................................................... 37

2.1 MERCADO FUTURO VERSUS MERCADO A TERMO ................................................................................................ 37

2.2 PADRONIZAÇÃO DOS CONTRATOS ........................................................................................................................... 38

2.3 LIVRE NEGOCIAÇÃO DE PREÇO ................................................................................................................................... 38

2.4 NOVOS PRODUTOS DERIVATIVOS .............................................................................................................................. 38

2.5 EXEMPLO ............................................................................................................................................................................. 39

2.5.1 OUTRO EXEMPLO .......................................................................................................................................................... 39

2.6 AJUSTES DIÁRIOS ............................................................................................................................................................. 40

2.7 MERCADO FUTURO E MERCADO SPOT .................................................................................................................. 40

2.7.1 ESPECULAÇÃO ............................................................................................................................................................... 41

UNIDADE 3 – PARTICIPANTES ............................................................................................................ 41

3.1 CATEGORIAS ....................................................................................................................................................................... 41

3.2 HEDGERS .......................................................................................................................................................................... 42

3.2.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 42

3.3 ESPECULADORES .............................................................................................................................................................. 43

3.4 HEDGERS VERSUS ESPECULADORES ........................................................................................................................... 43

3.5 ENTIDADES REGULATÓRIAS ......................................................................................................................................... 44

UNIDADE 4 – IMPORTÂNCIA DOS MERCADOS FUTUROS ................................................................ 44

4.1 FONTE DE INFORMAÇÕES ............................................................................................................................................. 44

4.2 FORMAÇÃO DE PREÇOS ................................................................................................................................................. 44

4.3 REDUÇÃO DE RISCO ........................................................................................................................................................ 44

UNIDADE 5 – CENÁRIO CULTURAL ................................................................................................... 45

5.1 FILME ..................................................................................................................................................................................... 45

5.2 OBRA LITERÁRIA ................................................................................................................................................................ 45

5.3 OBRA DE ARTE ................................................................................................................................................................... 45

UNIDADE 6 – ATIVIDADES ................................................................................................................. 45

6.1 AUTO-AVALIAÇÃO ............................................................................................................................................................ 45

MÓDULO 3 – FUNCIONAMENTO DOS MERCADOS A TERMO E DE FUTUROS................. 47APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 47

UNIDADE 1 – PRINCIPAIS CONCEITOS ............................................................................................... 47

1.1 MARGENS DE GARANTIA ............................................................................................................................................... 47

1.2 ALAVANCAGEM ................................................................................................................................................................. 47

1.2.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 48

1.2.2 OUTRO EXEMPLO .......................................................................................................................................................... 48

Page 5: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil S U M Á R I O

1.3 PRECIFICAÇÃO ................................................................................................................................................................... 49

UNIDADE 2 – ESTRATÉGIAS ............................................................................................................... 49

2.1 ESTRATÉGIAS ...................................................................................................................................................................... 49

2.2 ESTAR COMPRADO ........................................................................................................................................................ 50

2.3 ESTAR VENDIDO ............................................................................................................................................................. 50

2.4 SPREAD ............................................................................................................................................................................. 51

2.5 CASH AND CARRY .......................................................................................................................................................... 52

UNIDADE 3 – OPERAÇÕES COM CONTRATOS FUTUROS .................................................................. 52

3.1 PROCEDIMENTOS BÁSICOS .......................................................................................................................................... 52

3.2 INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS ...................................................................................................................................... 52

3.3 TIPOS DE ORDENS ............................................................................................................................................................ 53

3.4 MERCADO FUTURO DE AÇÕES .................................................................................................................................... 53

3.4.1 OPERAÇÕES DAY-TRADE .......................................................................................................................................... 53

3.5 FORMAÇÃO DE PREÇO .................................................................................................................................................... 54

3.5.1 FÓRMULA ......................................................................................................................................................................... 54

3.5.2 DEMARCAÇÃO DE PREÇO JUSTO ............................................................................................................................. 54

3.6 ENCERRAMENTO ANTECIPADO ................................................................................................................................... 55

3.6.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 55

UNIDADE 4 – CONTRATOS FUTUROS MINIS ...................................................................................... 56

4.1 INVESTIMENTO EM PESSOA FÍSICA ........................................................................................................................... 56

4.2 OPERAÇÕES ......................................................................................................................................................................... 56

4.3 CONTRATOS MINIS ........................................................................................................................................................... 57

UNIDADE 5 – CENÁRIO CULTURAL ..................................................................................................... 57

5.1 FILME .................................................................................................................................................................................... 57

5.2 OBRA LITERÁRIA ................................................................................................................................................................ 57

5.3 OBRA DE ARTE ................................................................................................................................................................... 57

UNIDADE 6 – ATIVIDADES .................................................................................................................. 57

6.1 AUTO-AVALIAÇÃO ............................................................................................................................................................ 57

6.2 FÓRUM – ANIMAÇÃO ...................................................................................................................................................... 57

6.2.1 FÓRUM – DINÂMICA .................................................................................................................................................... 58

6.2.2 FÓRUM – TAREFA INDIVIDUAL ................................................................................................................................. 58

6.2.3 FÓRUM – ANÁLISE DOS TRABALHOS .................................................................................................................... 59

6.2.4 FÓRUM – DISCUSSÃO DOS TRABALHOS .............................................................................................................. 60

6.2.5 FÓRUM – REUNIÃO ON-LINE ................................................................................................................................. 60

6.2.5.1 FÓRUM – REUNIÕES ON-LINE ............................................................................................................................ 60

TEXTO UTILIZADO ............................................................................................................................. 61

O FUTURO EM SUAS MÃOS ................................................................................................................................................. 61

MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL .................................................................................................. 63

MATRIZ DO FÓRUM ............................................................................................................................ 64

MÓDULO 4 – MERCADO DE OPÇÕES ................................................................................... 65APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 65

UNIDADE 1 – NOÇÕES BÁSICAS ........................................................................................................ 65

1.1 VERSATILIDADE DAS OPÇÕES ...................................................................................................................................... 65

1.2 DEFINIÇÃO DE OPÇÕES .................................................................................................................................................. 65

1.2.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 66

1.2.2 CARACTERÍSTICAS DAS OPÇÕES ............................................................................................................................. 66

1.3 TERMINOLOGIA ................................................................................................................................................................. 67

Page 6: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilS U M Á R I O

1.3.1 PREÇO DE EXERCÍCIO ................................................................................................................................................... 67

1.3.2 ATIVO-OBJETO E PRÊMIO ........................................................................................................................................... 67

1.3.3 VENCIMENTO .................................................................................................................................................................. 68

1.3.3.1 EXEMPLOS .................................................................................................................................................................... 68

1.4 PARTICIPANTES .................................................................................................................................................................. 68

1.4.1 TITULARES ........................................................................................................................................................................ 69

1.4.2 LANÇADORES .................................................................................................................................................................. 69

1.4.3 TITULARES VERSUS LANÇADORES ........................................................................................................................... 70

1.5 JARGÕES ............................................................................................................................................................................... 70

UNIDADE 2 – CLASSIFICAÇÃO DAS OPÇÕES ..................................................................................... 70

2.1 OPÇÃO DE COMPRA OU CALL ................................................................................................................................... 70

2.1.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 71

2.2 OPÇÃO DE VENDA ............................................................................................................................................................ 72

2.2.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 72

2.3 OUTRO EXEMPLO ............................................................................................................................................................. 73

2.4 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ...................................................................................................................................... 73

UNIDADE 3 – ESPECULAÇÃO E HEDGE ............................................................................................... 74

3.1 OBJETIVOS DAS OPÇÕES ............................................................................................................................................... 74

3.1.1 ESPECULAÇÃO ................................................................................................................................................................ 74

3.1.2 HEDGE ........................................................................................................................................................................... 74

3.1.3 PROTEÇÃO ........................................................................................................................................................................ 74

3.2 POSIÇÕES MISTAS ............................................................................................................................................................. 75

3.2.1 COMPRA DE CALL SINTÉTICA .................................................................................................................................... 75

3.2.2 COMPRA DE PUT SINTÉTICA ...................................................................................................................................... 75

3.2.3 VENDA DE CALL SINTÉTICA ....................................................................................................................................... 76

3.2.4 VENDA DE PUT SINTÉTICA ......................................................................................................................................... 76

3.3 OUTRAS OPÇÕES ............................................................................................................................................................... 76

UNIDADE 4 – VALOR INTRÍNSECO E VALOR TEMPO ......................................................................... 77

4.1 EXERCÍCIO VERSUS TROCA ............................................................................................................................................ 77

4.2 PRÊMIO – VALOR INTRÍNSECO E VALOR TEMPO .................................................................................................. 77

4.3 MODELO BINOMIAL ........................................................................................................................................................ 77

4.3.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 78

4.3.1.1 CÁLCULO DO VALOR ................................................................................................................................................ 79

4.3.2 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 79

4.3.2.1 VALOR JUSTO ............................................................................................................................................................... 80

4.4 MODELO BLACK-SCHOLES ......................................................................................................................................... 80

UNIDADE 5 – OPÇÕES EXÓTICAS ....................................................................................................... 80

5.1 PLAIN VANILLA ................................................................................................................................................................ 80

5.2 TIPOS DE OPÇÕES EXÓTICAS ....................................................................................................................................... 81

5.2.1 CAPS, FLOORS E COLLARS ........................................................................................................................................ 81

5.2.2 SWAPTIONS .................................................................................................................................................................. 82

UNIDADE 6 – CENÁRIO CULTURAL ..................................................................................................... 82

6.1 FILME .................................................................................................................................................................................... 82

6.2 OBRA LITERÁRIA ................................................................................................................................................................ 82

6.3 OBRA DE ARTE ................................................................................................................................................................... 82

UNIDADE 7 – ATIVIDADES .................................................................................................................. 82

7.1 AUTO-AVALIAÇÃO ............................................................................................................................................................ 82

Page 7: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil S U M Á R I O

MÓDULO 5 – ESTRATÉGIAS COM OPÇÕES ............................................................................. 83APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 83

UNIDADE 1 – REVISÃO DAS POSIÇÕES A DESCOBERTO ................................................................... 83

1.1 COMPRA DE CALL A DESCOBERTO ............................................................................................................................. 83

1.1.1 ANÁLISE DO GRÁFICO ................................................................................................................................................. 84

1.1.2 RESUMO DAS POSSIBILIDADES DE RESULTADO ............................................................................................... 84

1.1.3 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 84

1.2 VENDA DE CALL A DESCOBERTO ................................................................................................................................ 85

1.2.1 ANÁLISE DO GRÁFICO ................................................................................................................................................. 86

1.2.2 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 86

1.3 COMPRA DE PUT A DESCOBERTO ............................................................................................................................... 87

1.3.1 ANÁLISE DO GRÁFICO ................................................................................................................................................. 88

1.3.2 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 88

1.4 VENDA DE PUT A DESCOBERTO .................................................................................................................................. 89

1.4.1 ANÁLISE DO GRÁFICO ................................................................................................................................................. 90

1.4.2 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 90

1.4.3 VANTAGEM DO LANÇAMENTO DE UMA PUT .................................................................................................. 91

1.5 VENDA DE PUT A DESCOBERTO .................................................................................................................................. 91

UNIDADE 2 – ESTRATÉGIAS COM UMA ÚNICA OPÇÃO E UMA AÇÃO ............................................... 93

2.1 COMPRA DA AÇÃO E VENDA DE CALL ................................................................................................................... 93

2.1.1 ANÁLISE DO GRÁFICO ................................................................................................................................................. 93

2.1.2 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 93

2.2 COMPRA DA AÇÃO E VENDA DE PUT ..................................................................................................................... 94

2.2.1 ANÁLISE DO GRÁFICO ................................................................................................................................................. 95

2.2.2 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 95

UNIDADE 3 – SPREADS ....................................................................................................................... 96

3.1 DEFINIÇÃO DE SPREAD ............................................................................................................................................... 96

3.2 BULL SPREAD ................................................................................................................................................................... 97

3.2.1 ANÁLISE DO GRÁFICO ................................................................................................................................................. 97

3.2.2 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 98

3.3 BEAR SPREAD .................................................................................................................................................................. 98

3.3.1 ANÁLISE DO GRÁFICO ................................................................................................................................................. 99

3.3.2 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 99

3.4 OUTROS TIPOS DE SPREAD ..................................................................................................................................... 100

UNIDADE 4 – COMBINAÇÕES ........................................................................................................... 100

4.1 DEFINIÇÃO DE COMBINAÇÃO ................................................................................................................................... 100

4.2 STRADDLE ..................................................................................................................................................................... 100

4.2.1 ANÁLISE DO GRÁFICO ............................................................................................................................................... 101

4.2.2 EXEMPLO ........................................................................................................................................................................ 101

4.2.2.1 APLICAÇÃO DA ESTRATÉGIA ................................................................................................................................ 102

4.2.2.2 STRIP E STRAP ....................................................................................................................................................... 102

4.3 STRANGLE ..................................................................................................................................................................... 103

4.3.1 ANÁLISE DO GRÁFICO ............................................................................................................................................... 103

4.3.2 EXEMPLO ........................................................................................................................................................................ 103

UNIDADE 5 – CENÁRIO CULTURAL ................................................................................................... 104

5.1 FILME .................................................................................................................................................................................. 104

5.2 OBRA LITERÁRIA .............................................................................................................................................................. 104

5.3 OBRA DE ARTE ................................................................................................................................................................. 104

Page 8: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilS U M Á R I O

UNIDADE 6 – ATIVIDADES ................................................................................................................ 104

6.1 AUTO-AVALIAÇÃO .......................................................................................................................................................... 104

6.2 ATIVIDADE INDIVIDUAL – ANIMAÇÃO ................................................................................................................... 104

6.2.1 ATIVIDADE INDIVIDUAL – TAREFA ........................................................................................................................ 105

6.2.2 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO PARA CORREÇÃO .......................................................................................... 106

TEXTOS UTILIZADOS ....................................................................................................................... 106

AÇÕES DA VARIG RECUAM 50% APÓS OFERTA UNICA DE COMPRA EM LEILÃO ......................................... 106

MINISTRO CONSIDERA FRUSTRANTE FATO DE LEILÃO DA VARIG TER TIDO APENAS UMA PROPOSTA107

ATENÇÃO, PASSAGEIROS: TURBULÊNCIA NAS AÇÕES DA VARIG! ....................................................................... 108

MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL ................................................................................................ 109

MÓDULO 6 – ENCERRAMENTO .............................................................................................. 111APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................................................... 111

ANEXOS .................................................................................................................................. 113ANEXO 1 ............................................................................................................................................ 113

ATIVIDADE EM EQUIPE – APRESENTAÇÃO DE TRABALHO .................................................................................... 113

ANEXO 2 ............................................................................................................................................ 114

ATIVIDADE EM EQUIPE – ANÁLISE DE TRABALHOS ................................................................................................. 114

ANEXO 3 ............................................................................................................................................ 115

APRESENTAÇÃO DO TRABALHO PARA CORREÇÃO ................................................................................................. 115

ANEXO 4 ............................................................................................................................................ 116

FÓRUM – APRESENTAÇÃO DE TRABALHO .................................................................................................................. 116

ANEXO 5 ............................................................................................................................................ 117

FÓRUM – ANÁLISE DE TRABALHOS ............................................................................................................................... 117

ANEXO 6 ............................................................................................................................................ 118

FÓRUM – DISCUSSÃO DE TRABALHOS ......................................................................................................................... 118

ANEXO 7 ............................................................................................................................................ 119

PARTICIPANDO DE UMA REUNIÃO ON-LINE ............................................................................................................ 119

ANEXO 8 ............................................................................................................................................ 120

ABRINDO UMA VOTAÇÃO .................................................................................................................................................. 120

ANEXO 9 ............................................................................................................................................ 121

GRADE DE CORREÇÃO DE ATIVIDADES ....................................................................................................................... 121

Page 9: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil ABERTURA

9

ABERTURA

APRESENTAÇÃO

O Derivativos parte do pressuposto de que, com o desenvolvimento dos mercados de bolsa,

surgiram novos tipos de mercado, utilizados por empresas e bancos para garantirem preços

de produtos, taxas de câmbio e juros.

Nos últimos anos, os mercados de futuros e de opções tornaram-se extremamente importantes

no mundo das finanças e dos investimentos. Atingimos um estágio em que se faz necessário

que todos os investidores – sejam profissionais ou iniciantes – compreendam o funcionamento

dos instrumentos dos mercados de futuros e de opções, suas utilizações e os fatores que afetam

a formação dos preços futuros.

Mais ainda... Ao optar por fazer o Derivativos, você optou também por participar de um novo

método de ensino – o ensino a distância. Dessa forma, você terá bastante flexibilidade para

realizar as atividades nele previstas. Embora você possa definir o tempo que irá dedicar a esse

trabalho, ele foi planejado para ser concluído em um prazo determinado. Verifique sempre, no

calendário, o tempo de que você dispõe para dar conta das atividades nele propostas. Lá estarão

agendados todos os trabalhos, inclusive aqueles a serem realizados em equipe ou

encaminhados, em data previamente determinada, ao Professor-Tutor da disciplina.

Finalmente, sempre que você tiver qualquer dúvida sobre a utilização do programa, clique no

ícone , na barra de ferramentas. Nesse momento, será aberta uma janela de help com

vários itens. Selecione aquele a que se refere sua questão. Caso não consiga esclarecê-la, entre

em contato com o help desk do FGV Online, pelo telefone (21) 2210-1440...

de segunda a sexta-feira, das 9h às 22h30min;

aos sábados e aos domingos, das 9h às 18h.

Lembre-se...

Estamos aqui, no FGV Online, prontos para ajudá-lo a realizar bem este trabalho.

OBJETIVO E CONTEÚDO

No Derivativos, além de discutirmos o conceito de derivativos, trataremos dos contratos futuros

e de opções, ou seja, dos derivativos ou produtos derivativos. Analisaremos ainda as estratégias

e as metodologias como ferramentas que possibilitam um ganho de capital e de patrimônio.

Sob esse foco, o Derivativos foi estruturado em seis módulos, nos quais foi inserido o seguinte

conteúdo...

Page 10: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilABERTURA

10

Módulo 1 – Mercado à vista de ações

Neste módulo, explicaremos, em linhas gerais, o que é o mercado à vista de ações –

matéria necessária para o entendimento do mercado de derivativos.

Módulo 2 – Mercados a termo e de futuros

Neste módulo, veremos como surgiram os mercados a termo e de futuros. E, além

de apresentarmos sua história, suas características principais e seus participantes,

avaliaremos sua importância econômica.

Módulo 3 – Funcionamento dos mercados a termo e de futuros

Neste módulo, analisaremos o funcionamento dos mercados a termo e de futuros,

identificando as estratégias usadas, nesses mercados, para fazermos bons

investimentos.

Módulo 4 – Mercado de opções

Neste módulo, enfocaremos as opções, um dos muitos instrumentos que o mercado

nos oferece. Nesse sentido, analisaremos as opções de compra e de venda, os

participantes desse mercado e os jargões que seus profissionais utilizam, além das

diversas classificações de opções simples e mistas, e alguns modelos de precificação.

Módulo 5 – Estratégias com opções

Neste módulo, vamos analisar algumas estratégias construídas com posições em

diferentes tipos de opções, que possibilitam uma variedade maior de resultados.

Analisaremos estratégias com uma opção e uma ação, spreads e combinações.

Módulo 6 – Encerramento

Neste módulo – além da avaliação deste trabalho –, você encontrará algumas

divertidas opções para testar seus conhecimentos sobre o conteúdo desenvolvido

nos módulos anteriores – caça-palavras, jogo da memória, jogo da caça e jogo do

labirinto. Entre neles e bom trabalho!

Page 11: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil ABERTURA

11

ATIVIDADES

Aqui foram definidos os seguintes tipos de atividades...

Auto-avaliação: cujo objetivo é possibilitar que você verifique até que ponto apreendeu o

conteúdo tratado no módulo. Por se tratar de auto-avaliações, estas tarefas são constituídas

de questões objetivas devidamente gabaritadas. Dessa forma, tais tarefas não serão

encaminhadas ao Professor-Tutor e delas não resultará uma nota a ser considerada em sua

média final.

Atividade individual: tarefas individuais, visando à produção de texto escrito relacionado a

questões relevantes inerentes ao conteúdo aqui tratado.

Fórum: atividades predeterminadas visando à participação dos alunos nos debates que serão

realizados on-line. Aqui foram definidas as seguintes tarefas...

tarefa individual: participações individuais visando à produção de texto escrito;

análise de textos: comentários a serem feitos nos trabalhos dos colegas;

discussão de trabalhos: réplicas às análises recebidas dos colegas;

reunião on-line: debate entre os alunos, divididos por equipe, a partir da

problemática trabalhada no fórum.

Reunião on-line: debate, via ferramenta de chat, entre todos os alunos da turma e o Professor-

Tutor a partir de questões gerais ou do trabalho realizado no fórum.

GRADE DE CORREÇÃO DE ATIVIDADES

A grade de correção de atividades do Programa FGV Online tem como objetivo minimizar as

discrepâncias e as variações nas avaliações dos trabalhos de uma mesma disciplina nas

diferentes turmas ou cursos.

Do mesmo modo, por meio da grade de correção de atividades, temos a oportunidade de

garantir a transparência do processo de avaliação de nossos alunos.

A grade de correção de atividades é utilizada pelo Professor-Tutor para avaliar...

a atividade individual;

a atividade em equipe ou o fórum;

a participação individual em sala de aula.

É importante que você, ao receber o resultado de uma atividade, analise seu desempenho de

maneira detalhada. Só assim você saberá em que pontos especificamente você precisa

melhorar.

A grade de correção de atividades encontra-se no Anexo 9.

Page 12: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilABERTURA

12

SEÇÕES

Aqui você poderá navegar pelas seguintes seções...

calendário – na página inicial do LearningSpace, você poderá acessar as atividades

agendadas para todas as disciplinas em que estiver escrito por ordem cronológica.

desempenho – no site do FGV Online, na área de alunos, você terá acesso aos

resultados das avaliações feitas, podendo, dessa forma, acompanhar seu

desempenho acadêmico, consultando, sempre que desejar, sua área de

desempenho.

área de estudos – aqui você terá acesso às disciplinas em que estiver inscrito; aos

módulos, às unidades e às seções, onde está estruturada a parte teórica; às orientações para os

trabalhos individuais e em equipe, e às avaliações. Pela área de estudos, você também poderá

acessar o seguinte recurso...

calendário – para que você possa acompanhar, com tranqüilidade, as atividades

aqui propostas, fique atento ao calendário. É justamente neste espaço que serão

agendados os trabalhos a serem realizados individualmente ou em equipe.

biblioteca virtual – esta área funciona como um centro de recursos multimídia. Neste

espaço, ficarão a sua disposição as questões colocadas com mais freqüência pelos alunos que

já fizeram esta disciplina, verbetes, biografias, textos, estudos de caso, indicações de filmes e

sites, FAQs...

sala de aula – por ser este espaço interativo, você poderá desenvolver trabalhos em

equipe, interagir com os demais participantes da turma e receber um atendimento

personalizado do Professor. Pela sala de aula, você poderá acessar ainda a área de...

perfis – onde você poderá registrar seus dados pessoais, assim como saber

quem/como são seus colegas de turma e seu Professor. Este é o espaço reservado

ainda para e-mails.

reunião on-line – uma ferramenta de chat por onde você poderá trabalhar

com qualquer participante da turma, seja ele um colega, um grupo ou o Professor-

Tutor.

calendário – para que você possa consultar as atividades programadas para a

disciplina por que estiver navegando, agendadas por mês.

Page 13: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil ABERTURA

13

MATERIAL

Aqui você terá acesso aos seguintes tipos de material, via web...

textos teóricos relativos à temática tratada;

atividades diversas;

jogos didáticos;

vídeos e desenhos animados;

textos complementares de diversos tipos;

biografias das pessoas citadas nos textos;

verbetes de termos técnicos, conceitos, processos...

links para diversos sites;

modelos específicos de documentos.

Além disso, você recebeu, via correio, uma apostila contendo também todo o conteúdo aqui

tratado. Nesse material, foi incluído ainda um CD onde foram inseridos tanto os textos e os

vídeos – em formato digital – quanto os programas e plugins necessários à adequada utilização

do material na web.

Ainda em relação ao material disponibilizado no CD, lembramos que, por estar fora do

ambiente da web, nele você não contará com os links, recurso que, certamente, enriquece as

informações contidas nos textos.

Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada deste material, no todo ou em

parte, constitui violação do copyright – Lei nº 9.610/98. Em relação às imagens que

compõem as diferentes telas, ou elas foram criadas pelo FGV Online ou foram capturadas

no Corel Gallery™Gallery 1.3 Million, tendo sido a titularidade dos direitos autorais assim

definida: Direitos Autorais/Copyright (c) 1999 FGV Online e seus licenciantes. Em relação aos

desenhos animados, eles foram criados pela AB2 Comunicação e por Rodrigo Pádua, a partir

de roteiros criados pelo FGV Online.

AVALIAÇÃO

Por estarmos tratando de ensino a distância, aqui não nos preocupamos em utilizar os métodos,

as técnicas e os instrumentos tradicionais de avaliação da aprendizagem. Preocupamo-nos,

de fato, em criar mecanismos que nos possibilitem acompanhar seu desempenho,

possibilitando ainda que você possa reelaborar e construir o conhecimento necessário ao

aperfeiçoamento que se propõe a obter.

Ainda por se tratar de ensino a distância, estamos cientes de todas as vantagens e limitações

que um trabalho como este pode apresentar. Das vantagens, não precisamos agora falar.

Acreditamos que você poderá, concretamente, avaliá-las. Das limitações, uma que muito nos

incomoda é a percepção de solidão, que se manifesta pela ausência da sala de aula... pela

necessidade do grupo... pela falta do bate-papo dos intervalos...

Page 14: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilABERTURA

14

Por estarmos conscientes disso, optamos aqui por uma metodologia centrada na interação, na

participação e na auto-avaliação. Nesse sentido, interessam-nos também os trabalhos em

equipes, equipes dinâmicas que compartilham trabalhos... que trocam experiências... que se

avaliam... que avaliam o outro. Nos trabalhos em equipe, todos, de alguma forma, deverão

contribuir com suas idéias, suas sugestões, seus levantamentos de dados... Contudo, a cada

tarefa, apenas um dos integrantes da equipe será indicado por ela como o responsável tanto

pela edição quanto pela apresentação do trabalho ao Professor-Tutor.

Embora sejam propostas atividades em equipe, isso não quer dizer que aqui não se valorize o

esforço solitário... o trabalho individual. Valorizamos e muito... até porque, no ensino a distância,

definir o local, a hora, o tempo de trabalho é regra geral. Não há como não procedermos assim.

Considerando essas diretrizes, a avaliação se dará a partir das seguintes atividades...

atividade individual (AI): avaliada a partir da escala de 0 a 10.0 pontos;

fórum (Fo): avaliado na escala de 0 a 10.0 pontos;

participação e intervenções significativas (PI) nas reuniões síncronas e

assíncronas realizadas: avaliadas na escala de 0 a 10.0 pontos.

Sua média final on-line (MF) será assim computada...

MO = (AI + Fo + PI) / 3

AVALIAÇÃO PRESENCIAL

Após concluir todas as atividades da disciplina on-line, deve ser realizada uma avaliação

presencial de acordo com o calendário do curso. A avaliação presencial é obrigatória e sua

nota compõe a média final da disciplina.

Para realizar a avaliação presencial (AP), você tem de ter obtido média on-line (MO) igual ou

superior a 5,0 (cinco). Caso não obtenha a média mínima on-line, você será considerado

reprovado.

Para aprovação, a média final (MF) de cada disciplina – 7,0 (sete) – é assim computada...

MF = (MO X 0,6) + (AP X 0,4)

Você tem direito, em uma única oportunidade, à realização de uma segunda avaliação

presencial que substitui a primeira avaliação. Essa oportunidade contempla duas situações...

ausência justificada – junto ao FGV Online – à primeira avaliação presencial;

não obtenção da média final para aprovação na disciplina, após a primeira

avaliação presencial.

Você tem direito ainda a realizar um outro tipo de prova, denominado verificação

suplementar.

Page 15: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil ABERTURA

15

A verificação suplementar é ofertada ao aluno que...

tendo realizado avaliação presencial de primeira ou segunda chamada, obtiver

média final igual ou superior a 5,0 (cinco) e inferior a 7,0 (sete) na disciplina;

não tendo realizado avaliação presencial de primeira ou segunda chamada –

mas tendo justificado sua ausência a cada avaliação junto ao FGV Online –, obtiver

média on-line igual ou superior a 5,0 (cinco).

A nota obtida na verificação suplementar substitui a média final anterior.

Atenção...

Na verificação suplementar, a nota mínima para aprovação e a nota máxima para

registro é 7,0 (sete).

MARCAÇÃO DA AVALIAÇÃO PRESENCIAL

No início do curso, você recebeu seu cronograma de avaliações presenciais, com a indicação

de datas e horários de realização dessas avaliações.

Contudo, você sempre será lembrado dessas avaliações, quando então você também será

informado do local em que ocorrerão essas provas.

A confirmação da avaliação presencial segue os seguintes passos...

até uma semana antes do encerramento da disciplina, você receberá um e-mail

confirmando o a data e o horário de realização de sua avaliação presencial, bem

como a indicação do local em que essa avaliação será realizada;

na área de alunos do site do FGV Online, você também terá acesso a essas

mesmas informações.

Atenção...

Após a realização da avaliação presencial, sua nota é lançada na área de

desempenho e sua média final na disciplina é calculada.

Caso não tenha obtido média final para aprovação ou caso não tenha comparecido

a nenhuma das duas primeiras avaliações presenciais – tendo média on-line igual

ou superior a 5,0 (cinco) –, você receberá – também por e-mail – comunicação para

marcação de sua verificação suplementar.

Havendo dúvida acerca da marcação da avaliação presencial, você deve entrar em

contato com o Programa FGV Online, via e-mail [email protected].

Page 16: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilABERTURA

16

BIBLIOGRAFIA

BRIGHAM, Eugene F.; EHRHARDT, Michael C. Financial management: theory and practice.

Thomson: South-Western, 2005.

De longe, o mais clássico dos livros-texto americanos sobre finanças corporativas é

muito conhecido e, há tempos, adotado nas boas faculdades brasileiras. Além disso,

é ricamente ilustrado, colorido, com grande variedade de cases, problemas e

exercícios, inclusive com CD-Rom, e prima por uma abordagem moderna e agradável

de se estudar. Seus capítulos são cuidadosamente dimensionados e podem ser

estudados em qualquer ordem.

COPELAND, Tom; KOLLER, Tim; MURRIN, Jack. Valuation: measuring and managing the value of

companies. 2nd ed. [S.l.]: John Wiley & Sons, Inc., 1996.

Manual clássico e pioneiro na área. Os autores são reconhecidos profissionais do

ramo, e sua abordagem é completa e sólida. Cobre extensivamente a teoria e a prática

de avaliação de empresas no contexto internacional.

HAWAWINI, Gabriel; VIALLET, Claude. Finance for executives: managing for value creation.

Thomson: South-Western, 2002.

Texto indicado e muito usado em programas de educação continuada internacionais.

Moderno na seleção dos tópicos, sua abordagem é rigorosa e faz uso de exemplos

práticos. Entretanto, uma dose de conhecimento prévio seria interessante para um

melhor aproveitamento dos temas. Os autores são professores do INSEAD, na França.

HAZZAN, Samuel; POMPEO, José Nicolau. Matemática financeira. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

É um texto consagrado no mercado, há vários anos, pela qualidade do conteúdo e

pela reconhecida didática de seus autores. É recomendado tanto para principiantes

quanto para os que desejam reciclar seus conhecimentos no assunto. Contém

inúmeros exemplos e exercícios, demonstra os cálculos matematicamente e também

com o uso da calculadora financeira HP 12-C.

HIGGINS, Robert C. Analysis for financial management. New York: Irwin Mcgraw-Hill, 2001.

Obra pequena e enxuta, mas que cobre tópicos interessantes de finanças. Adota

exemplos práticos, uma linguagem livre de jargões e tecnicismos, além das

oportunas pitadas de humor. Seu autor é reconhecido pela didática e é uma pena

que o texto não esteja disponível em português.

MARTELANC, Roy; PASIN, Rodrigo; CAVALCANTE, Francisco. Avaliação de empresas. São Paulo:

Pearson Prentice Hall, 2005.

Escrito por profissionais experientes no mercado e com formação acadêmica, este

texto apresenta a teoria e a prática da avaliação de empresas. Ilustrado com exemplos

extraídos da realidade brasileira, constitui uma boa fonte de consulta para os que

desejam conhecer bem os métodos e as abordagens relativas a esse tema.

Page 17: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil ABERTURA

17

NETO, Alexandre Assaf. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2003.

Busca priorizar o estudo das finanças corporativas dentro do contexto econômico

brasileiro, o que lhe confere especial destaque. É um livro-texto que apresenta um

tratamento completo dos principais temas das finanças modernas, inclusive,

aspectos inflacionários e outros elementos típicos de nosso país. É denso, às vezes,

um pouco prolixo, mas, seguramente, bem escrito e consistente.

NAVEGAÇÃO

O LearningSpace é um sistema de aprendizado baseado na web, criado para atividades

individuais, em equipe ou orientadas por um professor-tutor. Todo o trabalho on-line é feito

por meio de um browser.

A maioria das atividades é inserida na área de estudos. Desta seção, você poderá se dirigir a

outras seções, tais como a sala de aula – para realizar um trabalho com seus colegas de equipe

– ou a biblioteca virtual – para ler ou consultar um material.

Para exibir as disciplinas nas quais você já está inscrito, clique no botão . A seguir, clique

na disciplina que lhe interessa para exibir seu conteúdo programático na janela à direita. Nesta

seção, você acessará o conteúdo teórico disponibilizado e as atividades propostas. Para acessar

a biblioteca virtual, clique em , na barra de ferramentas.

Para iniciar uma atividade na , clique em seu respectivo nome. Se a atividade for individual,

leia as telas associadas a ela e siga as instruções fornecidas. Se a atividade for em equipe ou

interativa – ou seja, uma reunião on-line –, clique nela para abrir a ferramenta de chat do

LearningSpace.

Você pode ainda verificar todas as atividades agendadas no calendário disponibilizado na

área de ferramentas do curso, à esquerda da tela.

Para realizar, adequadamente, esta disciplina, você deverá observar a seqüência em que as

atividades foram planejadas. Para isso, fique atento, ao final de cada seção, às seguintes

possibilidades de navegação...

navegação a partir dos botões específicos do curso, localizados na barra de

ferramentas, na base das telas;

navegação a partir da função back/retorna do browser.

Para acompanhar a seqüência de telas, em qualquer seção, é suficiente clicar no botão ,

localizado na base de cada tela.

Por meio dos botões que aparecem na barra inferior de tarefas, você poderá se locomover,

livremente, revendo textos, exercícios, avaliações... Porém, não esqueça que, para acompanhar

Page 18: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilABERTURA

18

a seqüência em que as atividades foram planejadas, você deverá caminhar pelas seções

utilizando os procedimentos apontados acima.

Ao final de algumas seções, indicamos alguns materiais que complementam o conteúdo que

está sendo trabalhado.

Clique no ícone para acessar as informações disponibilizadas. Algumas palavras aparecem

marcadas na tela. Clique nelas para ter acesso a mais informações sobre seu conteúdo. Ao

terminar qualquer consulta a esses materiais complementares, clique em back/retorna, na

barra superior de ferramentas do browser.

PROGRAMAS E PLUGINS

Para que você possa usufruir de todos os recursos aqui disponibilizados, é necessário que

você tenha instalados, em seu micro, alguns programas e plugins. São eles...

Zip Central – programa necessário à descompactação dos arquivos em Word;

Adobe Acrobat Reader – programa que possibilita a visualização dos arquivos

criados pelo Adobe Acrobat;

Flash Player – plugin que possibilita a visualização das animações criadas em

Flash;

Windows Media Player – programa que permite a reprodução de aúdios e vídeos.

Todos esses programas e plugins poderão ser instalados, em seu micro, por meio do CD que

você recebeu ao se matricular no FGV Online.

PROFESSORAS-AUTORAS

Sandra Blanco, além de ter realizado cursos em Administração

Financeira pela University of North Carolina, EUA, é formada em

Matemática pela PUC-SP e pós-graduada em Finanças pelo IBMEC-

SP. Com 10 anos de experiência no mercado financeiro nacional e

internacional, atuou em instituições como a Merrill Lynch e o Credit

Suisse First Boston Garantia. Possui profundos conhecimentos em

mercados monetários e de capitais, cartões de crédito e contas

correntes.

Verônica Mannarino tem graduação e mestrado em Engenharia de

Produção pela PUC-RJ, com ênfase em finanças e análise de projetos.

Foi consultora da Andersen Consulting – atual Accenture, tesoureira da

Ceras Johnson e Assistente de Direção do FGV Management, além de

ter trabalhado em outras empresas, como Gafisa e Banco Nacional. É

Gerente de Projetos do FGV Online e é diretora da empresa Simulation

Empresarial Ltda. Desde 1998, atua na área de e-learning por meio do

desenvolvimento e da aplicação de Jogos de Empresa on-line, que já treinaram mais de 10.000

executivos e universitários.

Page 19: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil ABERTURA

19

EQUIPE DE PRODUÇÃO

Sandra Blanco – Professora-Autora

Verônica Mannarino – Professora-Autora

Coordenação

Prof. Carlos Longo – Diretor Geral

Profª. Elisabeth Silveira – Coordenadora Pedagógica

Profª. Mary Murashima – Coordenadora dos Cursos de Pós-Graduação

Profª. Maristela Rivera – Coordenadora Adjunta de Pós-Graduação

Profª. Claudia Capello – Coordenadora de Tutoria e Turmas

Profª. Marta Costa Rego – Coordenadora Adjunta de Tutoria e Turmas

Aloysio Bezerra – Coordenador de Operações

João Carlos Freitas – Coordenador de Tecnologia

Profª. Sophia Pimenta – Coordenadora de E-Learning

Felipe Spinelli – Coordenador de Marketing

Prof. Beethoven Barreto Alvarez – Coordenador de Integração

Operações

Ângela Campos – Suporte Operacional

Douglas Moreira – Suporte Operacional

Rita Filippo – Suporte Operacional

Produção

Alan Rabelo – Supervisor de Biblioteca

Alexander Rodrigues Silva – Designer Gráfico

Andréa Rabello – Instructional Designer Trainee

Carlos Gonçalves – Designer Gráfico

Carolina Mendonça – Instructional Designer Trainee

Débora Dias – Instructional Designer Trainee

Diego Verissimo de Oliveira – Instructional Designer Trainee

Felipe Acioli – Supervisor de Vídeo

Page 20: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilABERTURA

20

Gisele Andrade – Instructional Designer Jr.

Gustavo Cavalcanti – Designer Gráfico

Luciana Nunes – Instructional Designer Trainee

Rodrigo Pádua – Supervisor de Animação

Tatiana Bernacci Sanchez – Supervisora de Diagramação

Tatiany Pessoa – Instructional Designer Trainee

Vanise Gomes de Medeiros – Supervisora de Atividades

Page 21: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 1

21

MÓDULO 1– MERCADO À VISTA DE AÇÕES

APRESENTAÇÃO

Neste módulo, explicaremos, em linhas gerais, o que é o mercado à vista de ações – matéria

necessária para o entendimento do mercado de derivativos.

Entenderemos também alguns conceitos tais como sociedades anônimas, ações ordinárias e

preferenciais, dividendos.

Além disso, observaremos que há investidores que utilizam análises gráficas e fundamentalistas

para auxiliá-los em suas decisões de investimento.

UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO

1.1 DESASTRE NA BOLSA

Em 1995, o operador de mercado Nicholas William Leeson, com apenas 25 anos, arruinou o

tradicional Banco Barings, que se orgulhava de ter como cliente a rainha Elizabeth II.

No episódio, investidores viram suas economias desaparecerem. Cerca de 1.200 funcionários

perderam seus empregos.

Leeson simplesmente contraiu obrigações de 1,3 bilhões de dólares – mais do que

todo o capital e as reservas do banco.

O banco holandês ING assumiu a dívida do Barings, adquirindo o banco pela irrisória quantia

de 1 libra esterlina.

As dívidas de Leeson foram contraídas no mercado de derivativos, e o caso contribuiu para a

fama malévola desses investimentos.

Os derivativos eram extremamente exóticos, pouco compreendidos e praticamente não

regulados.

Os derivativos movimentam 35 trilhões de dólares no mercado mundial.

Acreditamos que eles são tão imprevisíveis que poderiam pôr abaixo todo o sistema

bancário mundial.

Vamos começar!

De acordo com um programa da rede CBS de televisão, explicar o

mercado de derivativos era muito complicado, mas, devido a sua importância,

não poderia ser ignorado.

Page 22: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 1

22

1.2 POTENCIAL DOS DERIVATIVOS

Os derivativos, quando são utilizados para fins especulativos, têm, com toda certeza, potencial

para alavancar investimentos ou mesmo para produzir grandes estragos.

Os derivativos não só podem como devem também ser utilizados para neutralizar o

risco de outros investimentos. Nesse caso, o termo empregado pelo mercado é

hedge – do inglês, cercar, proteger, abrigar.

Dessa forma, os derivativos mostram-se instrumentos muito úteis no mundo atual, cada vez

mais arriscado e globalizado.

1.3 RISCOS DO MERCADO DE DERIVATIVOS

O mercado de derivativos, devido a todos os riscos que envolve, é, certamente, um

mercado para profissionais com formação específica nesse assunto.

Ainda que esses profissionais sejam analistas com mestrado ou doutorado na área, eles devem

ser extremamente cautelosos e conscientes na hora de fazer seus investimentos.

Portanto, forneceremos uma idéia geral do assunto, sem a intenção de formar

operadores para esse mercado.

Aqui a matemática normalmente utilizada – complexa, porque envolve cálculo diferencial e

estatística avançada – será substituída por aproximações mais simples.

UNIDADE 2 – MERCADO DE AÇÕES

2.1 NATUREZA DOS DERIVATIVOS

Derivativos são contratos financeiros cujos valores dependem ou derivam de outros ativos.

Esses outros ativos são usualmente chamados de ativos objetos.

O mercado de ativos objetos é normalmente chamado de mercado à vista.

Entretanto, há o outro lado da moeda...

Mostraremos de que forma os derivativos são utilizados, seja como

apostas especulativas, seja como ferramentas para neutralizar o risco.

Page 23: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 1

23

Embora exista uma variedade muito grande de derivativos, há poucos tipos básicos a partir

dos quais todos os outros tipos de derivativos podem ser estruturados. Esses building blocks

são os futuros a termo e as opções.

Aqui vamos nos concentrar em três dos principais instrumentos derivativos...

contratos a termo;

contratos futuros;

opções.

Entretanto, é necessário que, primeiramente, entendamos o funcionamento de um dos ativos

objetos usualmente utilizados – o mercado à vista de ações.

2.2 MERCADO DE AÇÕES

No sistema capitalista de produção, uma parte importante da atividade econômica é exercida

pelas chamadas sociedades anônimas.

As sociedades anônimas – reguladas pela Lei nº 10.303, de 31 de outubro de 2001 – são

companhias de capital aberto ao público, com ações negociadas em bolsas de valores.

Quem adquire ações de uma determinada empresa assume a condição de sócio,

com direitos estabelecidos em lei e nos estatutos da empresa considerada.

Para que uma empresa abra seu capital, é necessária a autorização da Comissão de Valores

Mobiliários – CVM –, uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que regula e fiscaliza

as operações da bolsa, e garante a confiabilidade das demonstrações financeiras das

companhias de capital aberto.

2.3 AÇÕES

Podemos definir ações como...

...títulos nominativos negociáveis que representam, para quem as possui, uma fração

do capital social de uma dada empresa.

As ações tradicionais das bolsas de valores – as chamadas blue chips ou ações de primeira linha

– têm como características a grande liquidez e a expectativa de segurança e de rentabilidade.

Contudo, para qualquer ação, não há garantia formal nem para liquidez, nem para

segurança ou rentabilidade. Com isso, é transmitida ao mercado de ações uma forte

conotação de risco.

O investidor cauteloso deverá escolher ações de empresas cuja história indique maior

esperança de liquidez, de segurança e de rentabilidade.

Page 24: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 1

24

Há, contudo, investidores com maior propensão ao risco, que escolhem ações menos líquidas

e de menor tradição no mercado, na esperança de obterem lucros maiores.

2.3.1 TIPOS DE AÇÕES

As ações podem ser ordinárias e preferenciais...

Ações ordinárias...

Concedem a seus detentores o poder de voto nas assembléias deliberativas da

companhia, cujos membros votam com o peso da quantidade das ações que possuem.

Ações preferenciais...

Possuem predileção na distribuição de resultados ou no reembolso do capital em

caso de liquidação da companhia. Seus detentores só podem votar nas assembléias

em ocorrências excepcionais – por exemplo, quando a companhia passar três anos

consecutivos sem distribuir dividendos.

2.4 DIVIDENDOS E BONIFICAÇÕES

A companhia deve distribuir, no mínimo, 25% de seu lucro líquido ajustado.

A parte não distribuída do lucro, que pode alcançar 75% do total auferido, deve ser reaplicada

nas atividades da própria empresa. Com isso, há um potencial aumento do lucro no futuro e,

portanto, dividendos progressivamente maiores.

Os dividendos são isentos de imposto de renda. Atualmente, há uma única forma de dividendos

– juros sobre capital próprio – sujeita à retenção de imposto de renda na fonte, à alíquota de 15%.

As bonificações são benefícios – em dinheiro ou em ações – que a empresa oferece a seus

acionistas, de acordo com a quantidade de ações que possuem.

2.5 SUBSCRIÇÕES

Os acionistas possuem ainda o direito de preferência na compra de novas ações emitidas ou

na subscrição.

Além de garantir a possibilidade de manter a mesma participação no capital total,

esse direito pode significar ganho adicional, dependendo das condições do

lançamento.

Os dividendos correspondem à parcela de lucro líquido distribuída aos

acionistas, na proporção da quantidade de ações possuídas, ao fim de cada

exercício social.

Por fim, se não exercido, o direito pode ser vendido a terceiros.

Page 25: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 1

25

2.6 CORRETORAS DE VALORES

As corretoras de valores são instituições financeiras, membros das bolsas de valores,

credenciadas pelo Banco Central, pela CVM e pelas próprias bolsas.

Além de possuir outras atividades nos mercados financeiro e de capitais, essas

corretoras estão habilitadas a negociar valores mobiliários com exclusividade no

sistema de negociação das bolsas.

Elas cobram uma remuneração – corretagem – na compra e na venda das ações entre 0,5% e

2% do montante negociado pelo investidor em um determinado dia.

2.7 TIPOS DE MERCADO

As operações na bolsa podem ser efetuadas nos seguintes mercados...

Mercado à vista...

Compradores e vendedores estabelecem um preço para um determinado lote de

ações, a ser entregue e pago no prazo determinado. Atualmente, a entrega é feita

na Bolsa de São Paulo, no terceiro dia após a operação.

Mercado a termo...

As partes fixam um preço para a liquidação físico-financeira da ação em prazo futuro

determinado.

Mercado de opções de compra ou venda...

As partes negociam o direito de comprar e vender a ação a preço e prazo futuro

determinados.

Mercado futuro...

A compra ou venda de ação é feita a um preço acordado entre as partes para

liquidação em data futura específica.

2.8 CONTROLE DA COMPANHIA

O controle da companhia é feito com a maioria das ações ordinárias – com margem de

segurança, há a detenção de 50% das ações ordinárias mais uma –, já que, para ações

preferenciais, não há voto nas assembléias.

A União Federal exerce o controle da PETROBRAS, com cerca de 56% das ações

ordinárias, ou seja, 23% das ações totais da companhia.

No Brasil, o tag along é previsto na Lei nº10.303/01 – Lei das SAs –, em seu artigo 254-A, e assegura

a extensão das condições oferecidas aos acionistas controladores, no caso de venda do controle

da companhia, aos outros acionistas detentores de ações com direito a voto.

Page 26: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 1

26

Portanto, o tag along obrigatório por lei se restringe às ações ordinárias.

Há também empresas que, voluntariamente, estenderam o tag along aos possuidores de ações

preferenciais, tais como a Braskem, a Gerdau e a Sadia, garantindo-lhes, em caso de transferência

de controle, um valor entre 80 e 100% do preço das ações de controle. Esse percentual é

estabelecido por cada uma das empresas consideradas.

UNIDADE 3 – RISCO E LUCRO

3.1 RISCO E DESFECHO ADVERSO

Quando uma decisão implica consequências prejudiciais, contrárias a nossa expectativa no

momento de decidir, podemos dizer que há risco.

Cada um de nós, em sua vida pessoal e familiar, tem de tomar decisões ligadas a experiências

que terão um desfecho efetivo. É muito ruim quando esse desfecho – dentre todos os que

poderiam existir, dependendo de nossa escolha – nos é adverso.

As decisões sobre profissão, casamento, emprego, planos de saúde e de aposentadoria

carregam o risco do insucesso.

Logo, assumir riscos faz parte de nosso cotidiano, ainda que o desfecho adverso não tenha

sido considerado no momento da decisão.

3.2 PROJETOS DE RISCO

Há, entretanto, decisões econômicas que possuem grande probabilidade de

insucesso, como no caso da exploração de petróleo.

No momento da decisão, o fracasso não pode ser negligenciado, devido a sua alta possibilidade

de ocorrência.

Isso é o que chamamos de projetos de risco, dentre os quais podemos incluir a compra de

ações, atividade que pode acarretar prejuízos importantes contra nossas expectativas de lucros

exitosos.

3.3 ANTECIPAÇÃO DO FUTURO

A possibilidade do risco leva o homem à fantasia de querer antecipar o futuro, muitas vezes,

por meio de métodos mágicos, o que pode implicar o envolvimento de oráculos, pitonisas,

profetas, adivinhos, cartomantes, astrólogos...

Por exemplo, Braskem, 100%, Gerdau, 100% e Sadia, 80%.

Nem todas as pessoas saem de casa portando guarda-chuva quando não

está chovendo ou quando não há ameaça de chuva.

Page 27: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 1

27

Saber o que vai acontecer em termos de futuro permite tomar a decisão certa no

presente.

Infelizmente, contudo, a antecipação de eventos futuros não está ao alcance do homem, com

algumas exceções, em casos muito especiais, em que o resultado desconhecido pode ser

calculado por meio de leis físicas e de suas equações.

3.3.1 PREVISÕES CIENTÍFICAS

Podemos calcular a distância a ser percorrida por um móvel, em certo tempo, quando

conhecemos sua velocidade e aceleração.

Calculamos também o tempo que um corpo leva para cair até o solo a partir da altitude, da

velocidade inicial e da aceleração da gravidade no local.

Com a fórmula estabelecida por Darcy para calcular a quantidade de água potável a ser

fornecida a Paris, calculamos até a vazão de um fluido através de um meio poroso, a partir de

algumas variáveis estratégicas, como pressão, espessura, permeabilidade e viscosidade.

Thales de Mileto previu o eclipse do sol de 585 a.C. Dois séculos depois, Hiparco de Nicéia

antecipou, corretamente, os eclipses do sol e da lua, que iriam ocorrer nos 600 anos seguintes.

No dia 21 de agosto de 2126, o cometa Swift-Tuttle passará raspando a Terra, com uma

diferença de apenas duas semanas...

No Natal do ano 2500, um sábado, a lua nascerá, em Paris, às 10h01min e se porá às

20h13min, em uma posição intermediária entre lua nova e quarto crescente...

3.4 PREVISÕES NO MERCADO DE AÇÕES

Para administrar o risco, devemos atuar com racionalidade.

Alguns, como recurso, atuam no mercado de ações de acordo com sua intuição. Outros se

utilizam de análises gráficas, financeiras ou fundamentalistas.

Seja como for, é necessário agir com cautela e estudar as informações disponíveis.

Os que investem no mercado em caráter especulativo costumam valer-se da chamada análise

gráfica, procurando ver as tendências das cotações no curto prazo.

Hoje nossa capacidade de fazer previsões científicas é muito mais abrangente...

No caso das decisões relacionadas com o mercado de ações, houve inúmeras

tentativas sem sucesso de construir modelos para prever futuras cotações.

Page 28: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 1

28

Para os grafistas, as médias móveis de 5 dias – de baixo para cima – cruzam as médias

móveis de 20 dias em um ponto de compra. Contudo, de cima para baixo, essas

mesmas médias se cruzam em um ponto de venda.

Nessa indicação, o que se reflete é uma tendência do mercado – a percepção do efeito manada

pode ser uma comparação –, não os dados intrínsecos da empresa considerada.

3.4.1 EXEMPLO 1

Um especulador utilizou os gráficos de média móvel de 5 e 20 dias para especular com ações

da Vale do Rio Doce.

A decisão foi tomada no dia 14 de março. O gráfico a seguir demonstra suas decisões de compra

e venda.

A curva pontilhada representa a média móvel de 5 dias. A curva cheia, a média móvel

de 20 dias.

Perto do dia 24 de março, a curva pontilhada corta a curva cheia de baixo para cima. Portanto,

nesse dia, o especulador adquiriu ações da Vale, cotadas, cada uma, a R$ 43,00.

Perto do dia 15 de maio, a curva pontilhada corta a curva cheia de cima para baixo. Portanto,

nesse dia, o especulador vendeu cada uma de suas ações a cerca de R$ 47,50, obtendo um

lucro de R$ 4,50 por ação – mais de 10%.

Page 29: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 1

29

Devemos considerar, entretanto, que essa estratégia nem sempre dá certo....

Se o especulador decidisse usar essa análise no final de fevereiro, sem nenhuma

crítica, teria comprado a ação por cerca de R$ 45,00 perto do dia 1º de março e teria

vendido por R$ 44,00 perto do dia 7 de março, obtendo um prejuízo de cerca de R$

1,00 por ação negociada.

3.4.2 EXEMPLO 2

Há investidores mais cautelosos, sobretudo, os de médio e longo prazo, que investem de acordo

com as análises financeira e fundamentalista da companhia, examinando o preço da ação, o

lucro anual, o lucro anual por ação, os dividendos anuais, o valor patrimonial da ação, o dividend

yield, entre outros dados do balanço anual.

Esse investidor poderá adotar critérios pessoais, como o de adquirir ações de uma companhia

de primeira linha com preço/lucro do último balanço anual inferior a 8 e dividend yield

(dividendo anual/preço) x 100 superior a 4%. Em longo prazo, dificilmente, sairá perdendo.

Em alguns sites, como no da Infomoney, encontramos os índices dividend yield e de

preço por lucro – P/LPA. Veremos, a seguir, algumas informações sobre a PETROBRAS

PN – PETR4...

Page 30: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 1

30

Page 31: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 1

31

3.5 GRÁFICO DE LUCRO VERSUS AÇÃO DE VALOR

No gráfico a seguir, podemos verificar os resultados ou lucros possíveis em um tempo T ao

mantermos a posse de determinada ação por esse mesmo período...

3.5.1 GRÁFICO DE LUCROS

Vimos que a ação foi adquirida por um preço AO. Ao final do prazo T, o detentor vai obter lucros

e venderá a ação por um preço AT maior que A

O. Contudo, ele terá prejuízo se A

T for menor que

AO.

Se comprássemos hoje ações da Vale do Rio Doce a R$ 44,00 (A = 44), daqui a 1 mês,

caso o preço da ação seja R$ 54,00 (AT), teríamos um lucro de (A

O - A

T) = R$ 10,00.

Se, por outro lado, o preço fosse R$ 34,00 (AT) daqui a 1 mês, o resultado seria negativo, pois

(AO

- AT) = -R$ 10,00.

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Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 1

32

Representamos, no gráfico de lucros a seguir – que será muito útil nas estretégias com

opções –, todos os resultados possíveis...

3.6 IMPOSTO DE RENDA SOBRE LUCROS COM VENDA DE AÇÕES

Nas operações no mercado à vista, o imposto é cobrado sobre a receita de venda das ações

em um determinado mês, após a subtração do custo real das ações vendidas.

Nesse cálculo, é permitido compensar perdas decorrentes de operações acionárias incorridas

na mesma modalidade operacional – mercado à vista de ações –, no mês considerado ou em

meses anteriores.

Tratando-se do mercado à vista de ações, a alíquota do imposto é de 0,15. Nesse caso, há

retenção na fonte de 0,0005% sobre o valor de cada operação.

O imposto pela venda de ações em um determinado mês deve ser recolhido por DARF até o

último dia do mês subseqüente ao que se efetuaram as operações de venda das ações.

3.6.1 ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA

É importante saber que a Lei nº 11.033 estabeleceu, em seu artigo terceiro, que...

...são isentos do imposto de renda os ganhos líquidos auferidos por pessoa física em

operações efetuadas com ações, no mercado à vista de bolsas de valores, se o total das

alienações realizadas no mês não ultrapassar R$ 20.000,00.

O imposto de renda é devido nos termos da Lei nº 11.033 de 21 de

dezembro de 2004.

Page 33: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 1

33

UNIDADE 4 – CENÁRIO CULTURAL

4.1 FILME

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, assista a

uma cena do filme Pi no CD que acompanha a apostila.

4.2 OBRA LITERÁRIA

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, leia o

texto A cigarra e a formiga no ambiente on-line.

4.3 OBRA DE ARTE

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, aprecie

o quadro Na Bolsa de Valores no ambiente on-line.

UNIDADE 5 – ATIVIDADES

5.1 AUTO-AVALIAÇÃO

Page 34: Apostila Derivativos
Page 35: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 2

35

MÓDULO 2 – MERCADOS A TERMO E DE FUTUROS

APRESENTAÇÃO

Neste módulo, analisaremos o surgimento dos mercados a termo e de futuros. Além de discutirmos

suas características principais, seus participantes, avaliaremos sua importância econômica.

Discutiremos, inicialmente, os derivativos, os mercados futuros e os mercados a termo. Veremos,

a seguir, como é feita a padronização dos contratos futuros e as cláusulas contratuais que,

previamente definidas, conferem mais agilidade e transparência de preços.

Finalmente, identificaremos os dois tipos de participantes do mercado futuro – os hedgers e

os especuladores.

UNIDADE 1 – CONCEITUAÇÕES

1.1 DERIVATIVOS

Os contratos futuros e de opções são exemplos do que chamamos derivativos ou

produtos derivativos.

Os derivativos ou produtos derivativos são títulos cujos valores dependem de outras variáveis

mais básicas.

Uma opção de ação da Telemar é um derivativo, pois seu valor depende do preço da

ação da Telemar.

Um contrato futuro de café arábico é um derivativo, pois seu valor depende do preço

do café.

1.2 CONTRATO OU MERCADO FUTURO

Ao comprar um contrato futuro, estamos, basicamente, concordando em comprar – por um

determinado preço – alguma coisa que o vendedor ainda não produziu.

Contudo, participar do mercado futuro não significa, necessariamente, ser responsável por

receber ou entregar vultuosos estoques de commodities.

Enfim, iremos nos familiarizar com o que chamamos de derivativos de mercado.

Um contrato futuro é um instrumento de derivativo, ou seja, é um contrato

financeiro no qual duas partes concordam em executar um depósito de instrumentos

financeiros ou commodities físicas para entrega futura a um preço combinado.

Page 36: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 2

36

Compradores e vendedores, no mercado futuro, fazem contratos futuros, principalmente,

para se proteger do risco ou para especular – mais do que para realizar a troca física de

bens.

Os contratos futuros são utilizados como instrumentos financeiros não somente

pelos produtores e consumidores, mas também pelos especuladores.

1.2.1 IMPORTÂNCIA DOS MERCADOS FUTUROS

No mundo dos investimentos, é consenso que o mercado futuro é o mais importante núcleo

financeiro, provendo meios para uma competição intensa entre compradores e vendedores.

Mais importante é a capacidade do mercado futuro de criar um centro que possibilita

a gerência dos riscos dos preços.

Os mercados futuros são, contudo, extremamente líquidos, arriscados e complexos por

natureza.

1.3 ORIGENS

O que sabemos das origens do mercado futuro é que ele teve um modesto começo...

Operações de futuro foram originadas no Japão – durante o século XVIII – e foram

usadas, primeiramente, para o comércio de arroz e seda.

Até 1850, os Estados Unidos ainda não utilizavam os mercados futuros para comprar

e vender commodities como algodão, milho e trigo.

Antes da origem do mercado futuro americano – há, aproximadamente, 150 anos –,

os agricultores levavam suas colheitas ao mercado na esperança de vender seu

estoque.

Contudo, sem nenhuma indicação de demanda, a oferta era sempre excessiva, e as

colheitas não compradas eram deixadas para apodrecer nas ruas.

Por outro lado, quando dada commodity estava fora de época, tudo que era

produzido a partir dela tornava-se excessivamente caro porque não havia estoque

disponível.

Em meados do século XIX, um mercado central de grãos, criado pelos agricultores

para vender suas commodities para entrega imediata ou futura, foi estabelecido.

Embora não o sejam para quem tem aversão a riscos...

Page 37: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 2

37

Os contratos a termo foram os precursores dos atuais contratos futuros.

Na verdade, esses contratos salvaram muitos agricultores de perderem suas colheitas,

e ajudaram na geração de lucro e na estabilização da oferta e de preços fora de

estação.

1.4 MERCADO FUTURO ATUAL

O mercado futuro atual é um mercado global não apenas para produtos agrícolas,

mas também para moedas e instrumentos financeiros – ações, títulos...

No mercado futuro, agricultores, exportadores, importadores, produtores e especuladores se

encontram.

Devido à modernização da tecnologia, os preços das commodities estão disponíveis no mundo

todo...

Um fazendeiro do Kansas pode fechar negócios com um comprador da Europa...

Um investidor no Brasil pode comprar ações em Wall Street...

UNIDADE 2 – CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

2.1 MERCADO FUTURO VERSUS MERCADO A TERMO

Contratos futuros são os contratos a termo – com padronização estabelecida pela

bolsa.

Os mercados a termo – apesar de mais modernos e transparentes – não são tão

versáteis quanto os mercados futuros.

As diferenças entre mercado a termo e mercado futuro são...

Page 38: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 2

38

2.2 PADRONIZAÇÃO DOS CONTRATOS

No mercado futuro, compradores e vendedores do mundo inteiro podem negociar

seus produtos.

No mercado futuro, os preços podem-se basear em um sistema de pregão, e as

apostas e ofertas podem encontrar suas contrapartes eletronicamente.

Nos contratos futuros, devem ser definidos...

A quantidade...

A unidade de comercialização é padronizada. Cada unidade representa uma

quantidade fixa do produto.

A qualidade...

O preço de um produto está diretamente ligado a sua qualidade. Determiná-la de

forma correta é muito importante.

A data de vencimento...

Como o pico de comercialização dos produtos ocorre na safra ou na entressafra, as

bolsas estabelecem datas específicas para a liquidação dos contratos.

O local da entrega...

As bolsas, normalmente, estabelecem pontos de entrega próximos dos centros de

consumo e produção do bem.

Caso um desses itens não possa ser especificado, muito dificilmente o contrato

poderá ser negociado.

2.3 LIVRE NEGOCIAÇÃO DE PREÇO

Com todas as cláusulas contratuais previamente definidas – o que confere mais agilidade e

transparência de preços –, resta aos participantes do mercado futuro apenas a negociação do

valor do contrato.

Com a padronização dos contratos, o único item que está livre para negociação,

realmente, é o preço pelo qual o contrato será liquidado em seu vencimento.

A maioria dos contratos futuros é cumprida sem que haja a entrega física da mercadoria.

2.4 NOVOS PRODUTOS DERIVATIVOS

Existem produtos que não são passíveis de padronização e, portanto, não se prestarão a uma

negociação padronizada.

Page 39: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 2

39

Já se tentou criar um contrato futuro de diamante. Entretanto, como é muito difícil

padronizar essa pedra, um contrato futuro nunca poderia ser facilmente liquidado.

Contudo, contratos a termo de diamantes podem ser negociados.

Nos últimos anos, os bancos de investimentos têm sido muito criativos no desenvolvimento

de novos produtos derivativos, como criação de novas estratégias para minimização do risco,

alavancagem das posições para entrega de maior rentabilidade, entre outros, com o intuito de

satisfazer às necessidades de seus clientes.

Normalmente, tais títulos não são negociados em bolsa, mas vendidos no mercado de balcão

por instituições financeiras ou incorporados à emissão de ações ou títulos no intuito de torná-

los mais atrativos.

A possibilidade de desenvolver títulos derivativos novos parece, realmente, ilimitada.

2.5 EXEMPLO

Devido à redução de investimentos no setor rural por parte do governo, novas formas

de captação de recursos se faziam necessárias. Uma das soluções encontradas foi a

busca de investidores, realizada pela Cédula do Produto Rural – CPR. A venda do

produto rural por meio da CPR antecipa recursos ao produtor.

A CPR – regulamentada pela Lei n. 8.929, de 22 de agosto de 1994 – foi criada como um título

a termo.

O emitente desse título cambial vende sua produção a termo, recebe o valor da venda à vista

e se compromete a entregar o produto negociado na quantidade, na qualidade, no local e na

data estipulados.

A partir de 20 de janeiro de 2000, a CPR passou a ser admitida com liquidação financeira, o que

ampliou o leque de compradores àqueles que não queriam, de fato, receber a mercadoria – e

que, no prazo estipulado, receberiam o dinheiro equivalente à mercadoria comprada.

2.5.1 OUTRO EXEMPLO

Por um lado, um plantador de trigo está tentando assegurar um preço para a colheita da

próxima estação.

Por outro, um produtor de pães está tentando assegurar o preço de compra para determinar

quantos pães poderão ser produzidos e quais os lucros projetados.

O Banco do Brasil é o principal intermediador das operações com CPR e

avalizou, entre 1994 e 2004, mais de R$ 7 bilhões com esse título cambial.

Page 40: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 2

40

Nesse caso, o agricultor e o produtor podem firmar um contrato futuro para a entrega

de 5.000 sacas de grão, em junho próximo, ao preço de R$ 4,00 por saca.

Aceitando esse contrato de futuro, o agricultor e o produtor asseguram o preço que

ambas as partes acreditam ser o preço justo em junho.

É esse contrato – e não o grão em si – que pode ser comprado ou vendido no mercado futuro.

2.6 AJUSTES DIÁRIOS

Os lucros e prejuízos dos contratos futuros dependem dos movimentos diários do mercado.

Se, depois de o agricultor e o produtor firmarem o contrato de R$ 4,00 por saca, os

contratos futuros de trigo subirem para R$ 5,00 por saca, o agricultor – como

detentor da posição de venda – perde R$ 1,00 por saca porque o preço justo superou

o preço futuro ao qual está obrigado a vender seu trigo.

O produtor – como detentor da posição de compra – lucrou R$ 1,00 por saca porque o preço

que irá pagar no futuro será menor do que aquele que o resto do mercado será obrigado a

pagar.

No dia em que a mudança ocorre – como são 5.000 sacas –, são debitados da conta do agricultor

R$ 5.000,00. Na conta do produtor, são creditados R$ 5.000,00.

Como o mercado varia todos os dias, esses tipos de ajustes são realizados

diariamente.

Logo, ganhos e perdas de um dia de operação são creditados ou debitados todos os

dias.

Da mesma forma que, em um contrato futuro, as contas das partes são ajustadas diariamente,

a maioria das transações no mercado futuro é completada em dinheiro, e a mercadoria física,

comprada ou vendida no mercado spot com dinheiro vivo.

2.7 MERCADO FUTURO E MERCADO SPOT

Os preços tendem a se mover, paralelamente, no mercado à vista e no mercado futuro...

Quando um contrato futuro expira, os preços convergem para um preço único.

Depois de encerrado o contrato futuro, o produtor ainda precisa do trigo para fazer

o pão.

No mercado de ações, ganhos ou perdas de capital são definidos por

movimentos nos preços até que o investidor venda sua ação.

Page 41: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 2

41

O produtor vai, certamente, comprar seu trigo no mercado ou em um pool de trigo a

R$ 5,00 por saca, totalizando R$ 25.000,00 (5.000 sacas x R$ 5,00). Esse é o preço do

trigo quando o contrato vencer.

Tecnicamente, o produtor lucrou R$ 5.000,00 com o contrato futuro.

Para adquirir sua mercadoria, o produtor ainda paga o preço acertado de R$ 4,00

por saca (R$ 25.000,00 - R$ 5.000,00), ou seja, R$ 20.000,00.

O agricultor – depois de fechar contrato – pode vender seu trigo no mercado spot a R$ 5,00

por saca. Contudo, por ter perdido no contrato futuro fechado com o padeiro, na realidade, ele

receberá do padeiro apenas R$ 4,00 por saca.

2.7.1 ESPECULAÇÃO

Um contrato futuro é, na verdade, mais uma posição financeira.

As duas partes – no contrato futuro de trigo – poderiam ser dois especuladores.

Nesse caso, o especulador na ponta de venda teria perdido apenas R$ 5.000,00.

Nesse caso, o especulador na ponta de compra teria ganhado esse montante.

UNIDADE 3 – PARTICIPANTES

3.1 CATEGORIAS

Os participantes do mercado futuro estão subdivididos em duas categorias...

Hedgers...

Compram ou vendem no mercado futuro para assegurar o preço futuro de um

produto no mercado spot.

Especuladores...

Pessoa ou grupo de pessoas com uma tarefa fixa e encarregado de montar uma das

partes do produto.

Em outras palavras, o prejuízo do agricultor nos contratos futuros é

compensado por um preço de venda maior no mercado spot... Chamamos isso

de hedger.

Nenhum dos dois teria de ir ao mercado para comprar ou vender a

mercadoria depois que o contrato expirasse.

Page 42: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 2

42

3.2 HEDGERS

O hedger compra ou vende no mercado futuro para assegurar o preço futuro de um

dado produto no mercado spot, ajudando na proteção contra os riscos da oscilação

de preços.

Os detentores de posições de compra nos contratos futuros tentam assegurar o preço mais

baixo possível.

Por fornecerem um preço definido para ambas as partes, os contratos futuros

reduzem os riscos associados ao preço, ou seja, reduzem a volatilidade.

Fazer – por meio de contratos futuros – um hedge também pode possibilitar que

seja mantida uma margem de preço aceitável entre o custo de matéria-prima e o

custo de varejo do produto final vendido.

3.2.1 EXEMPLO

Um joalheiro tem de garantir – por pelo menos seis meses – o estoque de prata para brincos e

pulseiras que já foram anunciados em um catálogo, a preços específicos.

Se o preço da prata aumentar nos próximos seis meses, o custo extra da prata não poderá ser

transferido ao comprador de varejo – uma vez que os preços dos brincos e das pulseiras já

foram definidos e divulgados.

Para se proteger ou minimizar esse tipo de risco, o joalheiro poderia entrar no

mercado futuro.

No mercado futuro, o joalheiro poderia comprar um contrato de prata com vencimento em

seis meses, ao preço de R$ 5,00 por onça.

Se, ao final do sexto mês, o preço da prata no mercado à vista for R$ 6,00 por onça,

o joalheiro terá se beneficiado com os contratos futuros e escapará dos preços mais

altos.

Se, ao final do sexto mês, o preço da prata no mercado à vista baixar, o joalheiro terá

prejuízo.

Como o mercado de prata é muito volátil, o joalheiro pode-se proteger usando contratos futuros

como estratégia de minimizar risco.

Produtores, manufatureiros, importadores, exportadores... todos podem

ser hedgers.

Page 43: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 2

43

Então, basicamente, o que é hedge?

É a tentativa de minimizar o risco assegurando os preços para futuras compras ou

vendas.

3.3 ESPECULADORES

Os especuladores – em vez de tentarem minimizar o risco – tentam-se beneficiar do

risco inerente aos mercados futuros.

No mercado de futuro, o especulador compra um contrato por um preço mais baixo

para vendê-lo no futuro, por um preço maior.

No mercado de futuro, o especulador tem grandes probabilidades de comprar o contrato de

um hedger, que vende um contrato por um preço menor para se antecipar a uma futura queda

de preços.

Diferente do hedger, o especulador não procura, necessariamente, adquirir uma

mercadoria.

O especulador entra no mercado em busca de lucros, balanceando as altas e baixas

de preços durante compras e vendas de contratos.

3.4 HEDGERS VERSUS ESPECULADORES

As diferenças entre hedgers e especuladores são...

Em um mercado agitado – no qual a informação é contínua –, os especuladores e hegders se

beneficiam mutuamente.

Quanto mais se aproxima o prazo de vencimento do contrato, mais concreta será a

informação que entra no mercado.

Os especuladores querem obter lucros com as mudanças de preços... Os

hedgers querem-se proteger dessas mudanças.

Page 44: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 2

44

3.5 ENTIDADES REGULATÓRIAS

No Brasil, os mercados da Bolsa de Mercadorias & Futuros – BM&F – são regulamentados pela

Comissão de Valores Mobiliários – CVM – e pelo Banco Central do Brasil.

Nos Estados Unidos, esse mercado é regulado pela Commodity Futures Trading Commission –

CFTC – e também está sujeito à regulação da National Futures Association – NFA.

UNIDADE 4 – IMPORTÂNCIA DOS MERCADOS FUTUROS

4.1 FONTE DE INFORMAÇÕES

Em razão de sua intensa atividade e de sua função central no mercado globalizado, o mercado

futuro é fonte vital de informações, principalmente em relação à...

Formação de preço...

Instrumentos econômicos para determinação de preços, baseados nos montantes

de oferta e demanda presentes e futuras.

Redução de risco...

Os participantes devem saber, anteriormente, o valor que será necessário

disponibilizar para comprar ou vender.

4.2 FORMAÇÃO DE PREÇOS

Devido a sua natureza altamente competitiva, os mercados futuros se tornaram

instrumentos econômicos importantes para determinação de preços, baseados nos

montantes de oferta e demanda presentes e futuras.

O mercado futuro de preços depende do contínuo fluxo de informações vindo de todo o

mundo – conseqüentemente, o mercado futuro tem de ser transparente.

Clima, guerras, não pagamento de dívidas, recuperação da terra, desflorestamento

são algumas das variáveis que podem afetar a oferta e a demanda em relação tanto

ao preço presente quanto futuro de um produto.

O processo que leva em consideração todos esses fatores é conhecido como formação de

preço.

4.3 REDUÇÃO DE RISCO

O mercado futuro reduz os riscos do mercado spot, porque preestabelece preços.

Com contratos futuros, riscos podem ser reduzidos.

Page 45: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 2

45

Conseqüentemente, os participantes do mercado futuro sabem, com antecedência, o valor que

será necessário disponibilizar para comprar ou vender.

Isso ajuda a reduzir o custo do comprador de varejo.

Com menos risco, há menos chances de produtores aumentarem os preços para

conseguir elevar os lucros.

UNIDADE 5 – CENÁRIO CULTURAL

5.1 FILME

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse uma

cena do filme Quanto vale ou é por quilo? no CD que acompanha a apostila.

5.2 OBRA LITERÁRIA

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, leia o

texto O tempo no ambiente on-line.

5.3 OBRA DE ARTE

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, aprecie

o quadro Colheita de algodão no ambiente on-line.

UNIDADE 6 – ATIVIDADES

6.1 AUTO-AVALIAÇÃO

Page 46: Apostila Derivativos
Page 47: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 3

47

MÓDULO 3 – FUNCIONAMENTO DOS MERCADOS A TERMO E DE FUTUROS

APRESENTAÇÃO

Além do mercado à vista de ações, há também, em Bolsa de Valores, o mercado a termo, o

mercado futuro e o mercado de opções.

Neste módulo, em linhas gerais, vamos estudar o funcionamento dos mercados a termo e de

futuros em Bolsa. Após conhecermos as estratégias usadas nesses mercados para fazermos

bons investimentos, nos concentraremos em exemplos mais práticos do mercado futuro.

UNIDADE 1 – PRINCIPAIS CONCEITOS

1.1 MARGENS DE GARANTIA

No mercado de futuros, margem é o recurso utilizado para debitar qualquer perda

do dia-a-dia.

Quando se opera um contrato futuro, a bolsa de futuros exige que um mínimo de dinheiro

seja depositado em conta – esse depósito inicial é chamado de margem de garantia.

No Brasil, podem ser depositados como margem...

títulos públicos – BBC, NTN, LTN...

títulos privados – CDB...

ações, cartas de fiança...

Quando um contrato é liquidado, a margem de garantia é devolvida juntamente com os ganhos

ou as perdas ocorridas no período de vigência do contrato futuro.

O nível mínimo de margem determinado pela bolsa de futuros é, em geral, de 5 a

10% do valor do contrato. Contudo, esse montante está, continuamente, sob revisão

já que – em tempos de alta volatilidade de mercado – as necessidades de margem

inicial podem ser aumentadas.

1.2 ALAVANCAGEM

No mercado futuro, alavancagem se refere ao controle sobre uma grande quantidade de

commodities em relação a um baixo nível de capital.

O objetivo é determinar o que comprar ou vender, e quando comprar

ou vender.

No mercado de futuros, margem refere-se ao depósito inicial realizado em

uma conta para operar com contratos futuros.

Page 48: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 3

48

Em outras palavras, com um pequeno montante de dinheiro, podemos comprar um

contrato futuro que vale muito mais do que o depositado na conta margem.

No mercado futuro – mais do que em qualquer outra forma de investimento –, as mudanças

de preços são altamente alavancadas.

Isso significa que uma pequena mudança em um preço futuro pode traduzir um enorme ganho

ou uma enorme perda.

As posições futuras são altamente alavancadas porque as margens iniciais – impostas pelas

bolsas – são relativamente pequenas se comparadas ao valor dos contratos.

Quanto menor a margem em relação ao valor do contrato futuro, maior a

alavancagem.

Isso explica por que o mercado futuro é útil, porém muito arriscado se entramos

para especular.

1.2.1 EXEMPLO

Com uma margem de garantia de apenas R$ 5.000,00, é possível comprar um contrato futuro

de 30.000 libras de café, com valor de R$ 50.000,00.

Esse seria um investimento considerado altamente alavancado.

1.2.2 OUTRO EXEMPLO

Em antecipação a um aumento nos preços das ações, uma empresa comprou um contrato

futuro para um índice corrente situado aos 1.300 pontos com um depósito em margem de R$

10.000,00.

O contrato vale R$ 250,00 x 1.300, ou seja, R$ 325.000,00.

Isso significa que, para cada ponto ganho ou perdido, haverá um lucro ou um prejuízo

de R$ 250,00.

Se, após alguns meses, o índice proporcionar um ganho de 5%, este se traduzirá em um ganho

de 65 pontos.

Em termos financeiros, como investidora, a empresa teria lucrado R$ 16.250,00

(65 x R$ 250,00), ou seja, um lucro de 162,5%.

Investimentos altamente alavancados podem produzir dois resultados –

bons lucros ou grande prejuízos!

Page 49: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 3

49

Por outro lado, se o índice tivesse diminuído 5%, haveria uma perda de R$ 16.250,00.

Essa perda representa um prejuízo muito grande em relação à margem de garantia depositada

para obter o contrato – R$ 10.000,00 –, pois ainda faltaria pagar R$ 6.250,00 para cobrir as

perdas.

1.3 PRECIFICAÇÃO

Contratos no mercado de futuros resultam da competição entre os preços.

Os preços são cotados conforme são negociados no mercado à vista, em dólares,

em reais ou por unidades – onças de ouro, sacas, barris, pontos de índices,

percentagens...

Preços em contratos futuros apresentam um montante mínimo – estabelecidos pelas bolsas

de futuros – para se moverem.

Os investidores do mercado de futuros têm de entender como os movimentos de preços

mínimos para cada mercadoria afetarão o tamanho do contrato.

Em um contrato de café de 100 sacas, um mínimo de US$ 5,00 (US$ 0,05 x 100

sacas) poderia ser ganho ou perdido em um contrato particular, em um único dia.

UNIDADE 2 – ESTRATÉGIAS

2.1 ESTRATÉGIAS

Essencialmente, os contratos futuros tentam projetar, em uma data futura, o valor de um índice

ou de uma mercadoria.

Os especuladores do mercado de futuros podem usar estratégias diferentes para

levar vantagem tanto na alta quanto na queda de preços.

Vejamos alguns exemplos...

Estar comprado...

O investidor pretende lucrar com a alta antecipada no preço futuro.

Estar vendido...

O investidor pretende lucrar com a queda dos preços.

Uma pequena mudança de 5% no índice pode resultar em um lucro

ou prejuízo muito grande para o investidor – essa é a aritmética arriscada

da alavancagem.

Page 50: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 3

50

Spread...

O investidor pretende lucrar com a diferença de preço entre dois contratos de uma

mesma mercadoria.

Cash and carry...

O investidor acredita que os preços à vista e futuro estão desbalanceados e que,

futuramente, esse desequilíbrio se corrigirá de tal forma que os ganhos com a posse

de uma das posições compensará a perda da outra.

2.2 ESTAR COMPRADO

Um investidor está comprado quando, em um contrato firmado, ele concorda em

comprar e receber uma mercadoria a um determinado preço.

Esse investidor pretende lucrar em cima de uma alta antecipada no preço futuro.

Com uma margem de garantia de R$ 2.000,00 em junho, um especulador compra um contrato

de 1.000 onças de ouro para setembro, a R$ 350,00 por onça, totalizando R$ 350.000,00.

O especulador está comprado na expectativa de haver um aumento no preço do

ouro dentro do período de validade do contrato.

Por outro lado, se, em agosto, o preço do ouro subir R$ 2,00 por onça e o especulador decidir

vender o contrato para lucrar, o contrato de 1.000 onças valerá R$ 352.000,00 – seu lucro

será de R$ 2.000,00.

Se, em agosto, o preço do ouro diminuir R$ 2,00 por onça e o especulador decidir vender o

contrato, ele perderá 100%.

Durante a validade do contrato comprado pelo especulador, a margem poderia ter

caído abaixo do nível da margem de manutenção. Dessa forma, ele teria de ter

respondido a várias chamadas de margens, o que resultaria em um prejuízo ainda

maior ou em um lucro menor.

2.3 ESTAR VENDIDO

O especulador que está vendido firma um contrato concordando em vender e entregar uma

mercadoria a um determinado preço.

Esse especulador pretende lucrar na queda dos preços – vendendo um contrato a

um preço mais alto em um primeiro momento. Esse contrato poderá ser recomprado,

no futuro, a um preço menor, gerando lucro para o especulador.

Dada a alta alavancagem, estar comprado deu ao especulador um lucro

de 100%...

Page 51: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 3

51

Essa estratégia é muito utilizada quando o mercado está em queda.

O estrategista de uma empresa chega à conclusão de que o preço do petróleo deverá cair nos

próximos seis meses.

Dessa forma, a empresa poderia vender um contrato hoje, ao preço corrente, e

comprá-lo de volta nos seis meses seguintes, depois que os preços caíssem.

Em dezembro, com um depósito de margem de garantia de R$ 3.000,00, esse estrategista

vende um contrato para maio de crude oil – contrato equivalente a 1.000 barris –, a R$ 25,00

por barril, totalizando R$ 25.000,00.

Se, em março, o preço do petróleo chegar a R$ 20,00 por barril – e o estrategista achar que é

hora de obter algum lucro –, ele poderá comprar de volta o contrato que valeria então R$

20.000,00.

Como vendida, a empresa lucraria R$ 5.000,00.

2.4 SPREAD

Estar comprado ou vendido são posições que, basicamente, envolvem a compra ou a venda de

um contrato visando à obtenção de vantagem dos altos ou baixos preços do mercado futuro.

Uma outra estratégia comum usada por operadores de futuros é o spread.

Os spreads pretendem levar vantagem da diferença de preço entre dois diferentes

contratos de uma mesma mercadoria...

Por exemplo, comprar um contrato futuro de ouro com vencimento em outubro e vender um

contrato futuro de ouro com vencimento em dezembro...

O lucro da diferença de ajuste entre os dois contratos é o spread.

O spread é uma das mais conservadoras formas de operar no mercado futuro.

Se as pesquisas não tivessem sido bem feitas, essa estratégia seria

um desastre!

Quando especulamos, o spread é muito mais seguro do que

simplesmente estar comprado ou vendido em contratos futuros.

Page 52: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 3

52

2.5 CASH AND CARRY

Na estratégia de cash and carry, o investidor pode comprar ações de determinada companhia

e vendê-las no mercado futuro, de forma a garantir as posições contra as oscilações de preços.

Dessa forma, ele obtém como resultado uma taxa de retorno prefixada, que equivale à diferença

entre o preço da carteira à vista e o preço contratado no mercado de IBOVESPA.

UNIDADE 3 – OPERAÇÕES COM CONTRATOS FUTUROS

3.1 PROCEDIMENTOS BÁSICOS

Para operar contratos futuros, deve ser escolhida uma corretora de mercadorias.

Por intermédio dessas corretoras – sócias da BM&F –, as ordens dos clientes são

executadas, da melhor forma possível, em um pregão ou em um mercado de balcão.

Escolhida a corretora, deve ser preenchida a documentação cadastral e depositada

a margem de garantia para, em seguida, começarmos a operar.

Para negociar no mercado futuro de ações, temos de proceder da mesma forma que em

qualquer outro mercado da BOVESPA.

Devemos nos dirigir à corretora de nossa confiança – na qual já temos cadastro

para operação em bolsa – e, após atendidas as exigências da corretora, temos de

ordenar a compra ou a venda a futuro do papel que desejarmos, nas condições que

especificarmos.

3.2 INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS

As informações necessárias para o envio de ordens de compra ou venda de ações no mercado

futuro são as mesmas vigentes para o mercado à vista.

No mínimo, deve ser informado...

tipo de operação – compra ou venda;

quantidade – em múltiplos do lote-padrão do papel;

código de negociação – o código do papel ou vencimento no mercado futuro

de ações;

condição de preço.

Há ainda a opção de rolagem da posição.

Page 53: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 3

53

3.3 TIPOS DE ORDENS

Como no mercado à vista e de opções, os principais tipos de ordens são...

3.4 MERCADO FUTURO DE AÇÕES

As transações no mercado futuro de ações podem ser realizadas tanto no pregão viva-voz

quanto eletronicamente.

O lote-padrão e a forma de cotação das ações negociadas no mercado futuro são os

mesmos praticados no mercado à vista.

As ações são transacionadas em múltiplos de 100, 1.000, 10.000 ou 100.000 e

cotadas em reais.

Diariamente, a BOVESPA divulga – em jornais, no Boletim Diário de Informações, no site da

CBLC... – a relação de empresas autorizadas a negociar no mercado futuro de ações.

3.4.1 OPERAÇÕES DAY-TRADE

No mercado futuro, também são realizadas as operações day-trade...

...operações de compra e venda a futuro dos mesmos papéis, para o mesmo mês de

vencimento, em uma mesma sessão de negociação, por uma mesma sociedade

corretora e por conta de um mesmo comitente.

Se o preço de compra for superior ao preço de venda, o investidor deverá pagar a

diferença entre esses dois valores multiplicada pela quantidade de ações negociada.

Se o preço de compra for inferior ao preço de venda, o investidor terá o direito de

receber a diferença entre os dois valores multiplicada pela quantidade de ações

negociada.

Somente as ações previamente autorizadas podem ser negociadas no

mercado futuro de ações.

Tais operações são liquidadas por compensação financeira a um valor

equivalente à diferença entre o preço de compra e o preço de venda.

Page 54: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 3

54

3.5 FORMAÇÃO DE PREÇO

Se houver mais investidores interessados em comprar determinado papel a futuro para um

específico vencimento do que investidores que queiram vendê-lo, esse papel, naturalmente,

terá seu preço aumentado, pois os investidores estarão dispostos a pagar mais para obtê-lo ou

vice-versa.

O preço praticado em mercado gira em torno de um preço calculado – preço teórico ou preço

justo – cuja formação se baseia no princípio de que o preço justo de negociação no mercado

futuro de ações corresponde ao preço do papel no mercado à vista mais uma taxa de juros.

3.5.1 FÓRMULA

A fórmula que explica essa relação é...

Em que...

F = valor do contrato futuro;

S = valor do ativo no mercado à vista;

i = taxa de juros na forma decimal;

n = número de dias a decorrer até o vencimento do contrato futuro;

m = número de dias da base da taxa de juros – ano, mês, semestre...

3.5.2 DEMARCAÇÃO DE PREÇO JUSTO

Se os preços no mercado à vista e no mercado futuro de ações hoje forem

exatamente iguais, seria preferível assumir uma posição de compra no mercado

futuro de ações...

No mercado à vista, o investidor teria de desembolsar o valor total da operação em d + 3.

No mercado futuro de ações, o investidor teria de fazer o depósito de garantias e o pagamento

total apenas na data de liquidação, v + 3, e somente se o investidor optasse por levar o contrato

até o vencimento.

Os preços negociados no mercado futuro de ações são formados pela

interação entre a oferta e a demanda por um determinado papel.

Mas por quê?

Page 55: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 3

55

O investidor poderia utilizar o montante não desembolsado em aplicações livres de

risco, obtendo, dessa forma, uma determinada rentabilidade.

Entretanto, há situações menos usuais em que o mercado está invertido. Neste caso, os contratos

de vencimento mais próximos são praticados a preços mais altos do que os de vencimento

mais distante.

Normalmente, isso acontece quando a oferta de determinado ativo é mais escassa em curto

prazo – com relação à demanda – do que em médio ou longo prazo.

3.6 ENCERRAMENTO ANTECIPADO

O investidor que detém uma posição comprada ou vendida no mercado futuro de ações e que

não deseja efetivar a liquidação física pode sair de sua posição realizando uma operação oposta,

envolvendo os mesmos papéis e o mesmo vencimento.

Se o investidor é detentor de uma posição vendedora de 100.000 ações – que vence, por

exemplo, em dezembro – e deseja encerrar sua posição no mercado futuro antes do dia de

vencimento, ele poderá comprar 100.000 ações nesse mercado com vencimento para

dezembro.

Dessa forma, ele estará anulando sua posição original.

A liquidação do encerramento antecipado de posições é exclusivamente financeira – o preço

de liquidação corresponde à diferença entre o preço do negócio de encerramento e o preço

de ajuste do dia útil imediatamente anterior.

3.6.1 EXEMPLO

Um investidor detém uma posição de compra futura de 500.000 ações, com vencimento em

outubro. Contudo, ele deseja-se desfazer de parte de sua posição.

Esse investidor pode ir à sociedade corretora por meio da qual opera e dar uma ordem para a

venda de 300.000 ações no mercado futuro de ações, com vencimento em outubro.

São aceitos encerramentos totais ou parciais de uma mesma posição.

Contudo, o encerramento antecipado de posições pode ser realizado a qualquer

momento, desde a abertura da posição até o dia de vencimento do contrato.

Page 56: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 3

56

A operação é realizada ao preço de R$ 105,00 por ação...

UNIDADE 4 – CONTRATOS FUTUROS MINIS

4.1 INVESTIMENTO EM PESSOA FÍSICA

O ano de 2004 foi um marco para a Bolsa de Mercadorias & Futuros – BM&F. Houve um

crescimento de 30% no volume de operações.

O forte crescimento do mercado de derivativos levou a BM&F a apostar em um novo

segmento – a pessoa física.

Seguindo os passos da Bolsa de Chicago – que lançou os mini-contratos de derivativos

e atraiu novos investidores –, a BM&F lançou, pela internet, os contratos minis do

IBOVESPA.

4.2 OPERAÇÕES

Com o dólar futuro – cujo contrato-padrão futuro é de US$ 50 mil –, o pequeno

investidor teria de desembolsar apenas US$ 5 mil para participar da negociação

via webtrading da BM&F.

A operação é feita diretamente com a bolsa, sem intermediação de um corretor.

As corretoras apenas atuam como consultoras financeiras.

Atualmente, são três os contratos minis, e suas especificações podem ser obtidas nos sites da

CBOT e da CME.

Atualmente, são negociados, diariamente, em torno de 800 mil contratos

na BM&F.

Os contratos minis são negociados com valores correspondentes a 10%

dos contratos-padrão negociados na bolsa.

Page 57: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 3

57

4.3 CONTRATOS MINIS

Alguns exemplos de contratos minis...

Do IBOVESPA...

A utilização do mercado futuro de IBOVESPA serve como proteção de uma carteira

de ações. O mini do IBOVESPA é muito utilizado pelos investidores como hedge.

Do boi gordo...

O contrato normal de boi é de 330 arrobas ou cerca de 20 cabeças. Já o mini fica em

33 arrobas ou 2 cabeças.

De dólar...

O contrato padrão futuro de dólar é de US$ 50 mil. O pequeno investidor teria de

desembolsar US$ 5 mil para participar da negociação.

UNIDADE 5 – CENÁRIO CULTURAL

5.1 FILME

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse

uma cena do filme A última noite no CD que acompanha a apostila.

5.2 OBRA LITERÁRIA

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, leia o

texto A cena do cemitério no ambiente on-line.

5.3 OBRA DE ARTE

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, aprecie

a obra Pequena oscilação no ambiente on-line.

UNIDADE 6 – ATIVIDADES

6.1 AUTO-AVALIAÇÃO

6.2 FÓRUM – ANIMAÇÃO

Os hedgers querem minimizar o risco, não importando o objetivo de seu investimento,

enquanto os especuladores querem aumentar o risco, e conseqüentemente maximizar

seus lucros.

Antes de iniciar a próxima tarefa, assista à animação no ambiente on-

line, que introduz a problemática do Fórum Contratos futuros para o

pequeno investidor.

Page 58: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 3

58

6.2.1 FÓRUM – DINÂMICA

Estamos abrindo o Fórum Contratos futuros para o pequeno investidor.

Neste fórum, discutiremos se os contratos futuros devem fazer parte da estratégia do pequeno

investidor, a partir das seguintes atividades...

tarefa individual sobre o tema apresentado;

apresentação do trabalho à turma;

análise de trabalhos de dois colegas;

discussão dos trabalhos;

debate, via reunião on-line, sobre a temática do fórum.

Por esta atividade, você poderá receber de 0 a 10.0 pontos.

6.2.2 FÓRUM – TAREFA INDIVIDUAL

Não se esqueça de verificar a data agendada para esta atividade no calendário.

INFORMAÇÕES SOBRE A TAREFA INDIVIDUAL

Com o desenvolvimento da tecnologia, até os mais arriscados tipos de investimentos

tornaram-se acessíveis.

Objetivo

Discutir se os contratos futuros devem fazer parte da estratégia do pequeno investidor.

Suporte ao trabalho

Para desenvolver esta atividade...

leia o texto O futuro em suas mãos, disponível no final desta unidade;

acesse o site da Bolsa de Mercadorias & Futuros <www.bmf.com.br>.

Tarefa

Elabore um texto que discuta se os contratos futuros devem fazer parte da estratégia do

pequeno investidor – ou investidor iniciante. Para tal, considere os contratos mini...

do IBOVESPA;

de boi gordo;

de dólar.

Todas as etapas do fórum prevêem apenas tarefas individuais.

Page 59: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 3

59

Registro do trabalho

Registre os dados desta atividade na Matriz de atividade individual. Para tal...

acesse o arquivo com a Matriz de atividade individual, disponível no ambiente

on-line;

abra o arquivo;

salve esse arquivo em seu computador;

preencha a matriz com os dados de seu trabalho;

salve seu trabalho;

disponibilize o trabalho a sua turma na sala de aula.

Não se esqueça de verificar a data agendada para esta atividade no calendário.

Para saber como disponibilizar seu trabalho na sala de aula, leia o Anexo 4.

6.2.3 FÓRUM – ANÁLISE DOS TRABALHOS

Não se esqueça de verificar a data agendada para esta atividade no calendário.

INFORMAÇÕES SOBRE A ANÁLISE DOS TRABALHOS

Objetivo

Avaliar o trabalho de dois colegas da turma sobre os contratos futuros e a estratégia do

pequeno investidor.

Tarefa

Nesta avaliação, faça um levantamento e registre as opiniões...

que sejam compatíveis com as suas;

que sejam diferentes das suas, mas que possam ser levadas em consideração na

análise da questão central do fórum;

que devam ser refutadas ou que devam ser melhor explicadas.

Registro do trabalho

Registre os dados desta atividade na Matriz do fórum. Para tal...

acesse o arquivo com a Matriz do fórum, disponível no final desta unidade;

abra o arquivo;

salve esse arquivo em seu computador;

preencha a matriz com os dados de seu trabalho;

salve seu trabalho;

disponibilize sua Matriz do fórum na sala de aula, antes da reunião on-line.

Page 60: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 3

60

Não se esqueça de verificar a data agendada para esta atividade no calendário.

Para saber como acessar os trabalhos de seus colegas e disponibilizar sua análise na

sala de aula, leia o Anexo 5.

6.2.4 FÓRUM – DISCUSSÃO DOS TRABALHOS

Você analisou os trabalhos elaborados por dois colegas de turma em sua Matriz do

fórum.

É necessário agora que você se posicione em relação às análises de seu trabalho

feitas por um ou mais colegas de turma, ou pelo Professor-Tutor.

Não se esqueça de verificar a data agendada para esta atividade no calendário.

Para saber como acessar as análises dirigidas a seu trabalho e como disponibilizar

seus comentários a essas análises, leia o Anexo 6.

6.2.5 FÓRUM – REUNIÃO ON-LINE

6.2.5.1 FÓRUM – REUNIÕES ON-LINE

Para encerrar o Fórum Contratos futuros para o pequeno investidor, iremos debater a

coerência dos trabalhos elaborados pela turma em uma reunião on-line.

Para otimizar esse debate, agendamos mais de uma reunião on-line com as equipes, de acordo

com o número de alunos da turma.

Para cada uma dessas reuniões, foi agendado um cronograma diferente.

Sua avaliação na reunião on-line – como nas demais etapas de trabalho previstas no

fórum – será individual.

Por esta atividade, você poderá receber de 0 a 10.0 pontos.

Verifique o dia e o horário em que a reunião on-line de sua equipe foi agendada no calendário.

DINÂMICA DA REUNIÃO ON-LINE

Antes da reunião on-line, o Professor-Tutor irá sugerir à turma a leitura de um dentre os trabalhos

individuais apresentados para o fórum.

Lembre-se... É muito importante defender nossas idéias, mas é igualmente

importante saber receber críticas construtivas!

Page 61: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 3

61

As idéias presentes nesse trabalho nortearão a discussão realizada na reunião on-line.

Para que a reunião on-line seja produtiva, devemos observar as seguintes regras...

a reunião on-line não poderá exceder uma hora e meia;

os alunos deverão participar da reunião on-line de maneira organizada, seguindo

às orientações do Professor-Tutor.

Dessa forma, todos poderão participar da discussão, expondo suas idéias.

Para saber como participar de uma reunião on-line, leia o Anexo 7.

TEXTO UTILIZADO

O FUTURO EM SUAS MÃOS

BM&F inaugura, em outubro, sistema de negociação pela internet

A febre do investimento on-line contagiou, enfim, a Bolsa de Mercadorias e Futuros. Até o final

de outubro, a BM&F lança seu sistema de transação pela internet, voltado para pessoas físicas.

Batizado de web trade, a nova plataforma permitirá que o investidor negocie minicontratos a

partir de seu computador. Os minis, como são conhecidos, têm valor mais baixo do que os

contratos tradicionais. Hoje a BM&F oferece minis de dólar e do índice da Bolsa de Valores de

São Paulo, o Ibovespa. Funciona assim: cada contrato de dólar custa US$50 mil. Já o mini é

negociado a US$5 mil. Com a abertura das operações pela internet, a bolsa espera aumentar o

volume de aplicações de investidores comuns. O serviço estréia com uma novidade: a

negociação de minicontratos de boi gordo. A intenção do web trade é facilitar o acesso à

Bolsa, baratear os custos e permitir que os pequenos investidores também operem no mercado

futuro, afirma José Carlos Branco, diretor de pregão da BM&F. Com a internet, nosso potencial

de crescimento é enorme.

A rede mundial de computadores já deu provas de que é capaz de turbinar os negócios. Um

exemplo é a Bovespa, a poucos metros da sede da Bolsa de Mercadorias. Com a entrada do

sistema de compra e venda on-line de ações, o chamado home broker, a Bovespa viu as

transações darem um salto. Em abril de 1999, quando foi inaugurado, apenas seis corretoras

ofereciam o home broker aos seus clientes, que respondiam por 0,58% dos negócios da Bolsa.

Hoje, o sistema é utilizado por 40 corretoras. Em junho, a compra e venda de ações via internet

somou R$1,7 bilhão, equivalente a 12,86% dos negócios da Bovespa. Corretores e operadores

esperam que o mesmo fenômeno se repita na BM&F. Hoje o volume de minicontratos

negociados diariamente não chega a 1% do total. No último dia 20, por exemplo, a negociação

com os minis somou pouco mais de R$105 milhões, contra um total de cerca de R$60 bilhões

da BM&F. O web trade é a ferramenta que faltava para o investidor comum perceber que ele

também pode ganhar dinheiro no mercado futuro, diz Gregorio Mancebo Rodriguez, vice-

presidente da Associação Nacional dos Investidores do Mercado de Capitais – Animec. De

Page 62: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 3

62

olho no novo mercado, empresas como a CMA, dona de terminais de negociação e análise de

informações financeiras, já se preparam para a chegada dos novos clientes. Depois que a BM&F

anunciar os parâmetros técnicos, em 30 dias colocamos nosso produto na rua, diz Romualdo

Salata, diretor geral da CMA. É só entrar e começar a negociar.

Fonte

MAGELLA, Geraldo. O futuro em suas mãos. Istoé Dinheiro. São Paulo, n.360, jul. 2004. Disponível

em: <http://www.terra.com.br/istoedinheiro/360/seudinheiro/futuro_maos.htm>. Acesso em:

09 set. 2005.

Page 63: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 3

63

MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL

Registre os dados de seu trabalho nessa tabela...

A partir dos dados registrados, elabore seu texto...

Page 64: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 3

64

MATRIZ DO FÓRUM

Page 65: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 4

65

MÓDULO 4 – MERCADO DE OPÇÕES

APRESENTAÇÃO

Neste módulo, enfocaremos as opções, um dos muitos instrumentos que o mercado nos

oferece. Nesse sentido, analisaremos as opções de compra e de venda, os participantes desse

mercado e os jargões que seus profissionais utilizam, além das diversas classificações de opções

simples e mistas.

Por fim, discutiremos também os modelos de precificação binominal, uma simplificação do

modelo de Black-Scholes.

UNIDADE 1 – NOÇÕES BÁSICAS

1.1 VERSATILIDADE DAS OPÇÕES

Atualmente, muitas carteiras de investimentos incluem fundos, ações e títulos...

As opções – um dos muitos instrumentos que o mercado oferece – apresentam um

mundo de oportunidades.

O poder das opções consiste em sua versatilidade.

As opções podem ser tão especulativas ou conservadoras quanto desejemos.

Com as opções, podemos fazer o que quisermos – desde proteger uma posição de

uma queda repentina até fazer uma aposta no movimento de um mercado ou de

um índice.

Contudo, essa versatilidade não existe sem custos.

As opções são instrumentos complexos e podem ser extremamente arriscadas.

1.2 DEFINIÇÃO DE OPÇÕES

A opção é um contrato que concede a seu comprador o direito – mas não a obrigação – de

comprar ou vender, até uma certa data, um determinado ativo, a um preço específico.

Neste módulo, você também vai conhecer as chamadas opções exóticas.

Opções envolvem riscos. Operar opções apresenta um caráter

especulativo por natureza e um considerável risco de perda. Invista somente

com capital de risco!

Page 66: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 4

66

Uma opção – da mesma forma que uma ação ou qualquer outro título – é um

instrumento financeiro, um contrato com termos e propriedades rigorosamente

definidos.

1.2.1 EXEMPLO

Você deseja comprar uma casa, mas só terá o dinheiro necessário em três meses.

Você tenta então negociar com o proprietário uma opção para comprar a casa em

três meses pelo preço de R$ 200.000,00.

O proprietário aceita, mas, por essa possibilidade, você pagará R$ 3.000,00.

Agora consideremos duas situações hipotéticas...

Situação 1...

Descobrimos que a casa pertenceu a uma ilustre figura da sociedade. Como

resultado, o valor de mercado da casa sobe muito, atingindo R$ 500.000,00.

O proprietário vendeu uma opção, portanto é obrigado a vender a casa por

R$ 200.000,00.

No final, seu lucro foi de R$ 297.000,00 (R$ 500.000,00 - R$ 200.000,00 -

R$ 3.000,00).

Situação 2...

Fazendo uma visita à casa, descobrimos que há infiltrações irreparáveis no banheiro

e na cozinha. Embora, originalmente, tenhamos pensado que aquela era uma

excelente oferta, agora a consideramos sem valor.

E, como compramos uma opção, não temos a obrigação de exercê-la, ou seja, não

temos a obrigação da compra. Basta desistirmos da opção. Contudo, perderemos os

R$ 3.000,00 que pagamos pelo preço da opção.

1.2.2 CARACTERÍSTICAS DAS OPÇÕES

Se esperarmos até a data do vencimento sem exercer uma opção, poderemos perder 100%

do investimento – ou seja, o que pagamos pela opção.

Ainda confuso?

Quando compramos uma opção, temos o direito – mas não a obrigação –

de exercê-la.

Page 67: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 4

67

Uma opção é meramente um contrato que negocia um ativo principal.

Por essa razão, as opções são chamadas derivativos – o valor de uma opção é derivado

do valor do ativo.

Na maioria das vezes, o ativo principal é uma ação ou um índice.

No Brasil, a principal bolsa que negocia opções sobre ouro, dólar, entre outros, é a

Bolsa de Mercadorias e Futuros – BM&F –, de São Paulo. Em segundo lugar, temos a

Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA –, que lista opções sobre determinadas

ações.

1.3 TERMINOLOGIA

A terminologia associada à operação de opções é...

preço de exercício;

ativo-objeto;

prêmio;

vencimento.

1.3.1 PREÇO DE EXERCÍCIO

Conhecido também como strike price, esse é o preço que servirá de parâmetro para o titular da

opção – exercer ou não seu direito de compra ou venda.

A opção que é negociada em uma bolsa nacional de opções – opção listada – possui preço de

exercício e data de vencimento fixos.

Cada opção listada representa 100 ações – o que é conhecido como contrato.

1.3.2 ATIVO-OBJETO E PRÊMIO

O custo de uma opção – prêmio – é determinado por fatores que incluem o preço

do ativo-objeto, o preço de exercício, o tempo restante até a data de vencimento e

a volatilidade, além da taxa livre de risco e da expectativa de dividendos durante a

vida útil da opção.

Preço de exercício é o preço pelo qual será exercida a opção. Os preços de

exercício das opções são determinados pela bolsa.

Ativo-objeto é o ativo sobre o qual a opção é lançada – uma ação, um

índice... Já o prêmio...

Page 68: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 4

68

Determinar o prêmio de uma opção pode ser muito complicado, devido à

mensuração e à avaliação dessas variáveis.

1.3.3 VENCIMENTO

Vencimento é data em que expira a opção. Na BOVESPA, os vencimentos ocorrem

mensalmente.

Ao ser autorizado um novo vencimento, a bolsa abre séries de negociação com preços de

exercício próximos ao preço à vista da ação-objeto. No entanto, em caso de alterações futuras

nas cotações da ação-objeto, podem ser autorizadas emissões de novas séries cujos preços de

exercício reflitam o movimento do preço da ação...

1.3.3.1 EXEMPLOS

Vejamos alguns exemplos...

1.4 PARTICIPANTES

São quatro os participantes no mercado de opções...

compradores de opções de compra ou calls;

vendedores de opções de compra ou calls;

compradores de opções de venda ou puts;

vendedores de opções de venda ou puts.

Page 69: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 4

69

1.4.1 TITULARES

Titulares de opções de compra ou de venda – compradores – não são obrigados a comprar ou

vender.

Os titulares têm a escolha de exercer seus direitos. Contudo, podem perder a totalidade do

capital investido em um período relativamente curto – prejuízo máximo.

1.4.2 LANÇADORES

Lançadores de opções de compra ou de venda – vendedores – são obrigados a

comprar ou vender.

Os lançadores de opção de compra – quando descobertos – comprometem-se a entregar

títulos que não possuem – se designados para tal.

Os lançadores correm um grande risco – o mercado pode ir contra suas expectativas.

Nesse caso, os lançadores teriam de comprar as ações para atender a um valor acima

do preço de exercício, correndo o risco de não só devolverem o prêmio recebido

como também de ter de pagar uma quantia muito grande – potencial de prejuízo

ilimitado.

Quando cobertos, os lançadores correm um risco um pouco menor, pois possuem as ações

que deverão entregar em caso de exercício – como cobertura a sua obrigação.

O risco dos lançadores de opção de venda é quase equivalente ao risco do lançador

descoberto de opção de compra. Esse lançador compromete-se a comprar as ações

do titular – ao preço de exercício –, e seu maior prejuízo ocorre na hipótese de o

preço da ação ser zero no momento em que ele for designado para atender ao

exercício – potencial de risco praticamente ilimitado.

Aqueles que compram opções são chamados compradores ou

titulares; e aqueles que vendem, vendedores ou lançadores – sejam opções

de compra ou venda.

Titular é o comprador!

Um lançamento de opção de compra coberta não constitui uma operação

de renda fixa.

Page 70: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 4

70

1.4.3 TITULARES VERSUS LANÇADORES

Um resumo das diferenças entre titulares e lançadores é...

1.5 JARGÕES

No mercado de opções, há expressões bastantes comuns...

Dentro-do-dinheiro – ‘in-the-money’…

Uma opção de compra é considerada dentro-do-dinheiro se o preço da ação estiver

acima do preço de exercício.

Uma opção de venda é considerada dentro-do-dinheiro quando o preço da ação

estiver abaixo do preço de exercício.

No-dinheiro – ‘at-the-money’…

O montante pelo qual uma opção é considerada no-dinheiro é conhecido como

valor intrínseco – o que ocorre quando o preço da ação é igual ao preço de exercício.

Fora-do-dinheiro – ‘out-of-the-money’…

Uma opção de compra é considerada fora-do-dinheiro se o preço da ação estiver

abaixo do preço de exercício.

Uma opção de venda é considerada fora-do-dinheiro se o preço da ação estiver acima

do preço de exercício.

UNIDADE 2 – CLASSIFICAÇÃO DAS OPÇÕES

2.1 OPÇÃO DE COMPRA OU CALL

Uma opção de compra ou call concede ao comprador o direito de comprar um ativo

a certo preço dentro de um período específico.

Compradores de calls contam com um significativo aumento das ações antes da

opção expirar.

Para uma opção de compra de 100 ações da PETROBRAS...

preço de exercício = R$ 100,00;

preço atual da ação = R$ 95,00;

prêmio = R$ 3,00;

investimento inicial = R$ 300,00 (100 x R$3,00).

Page 71: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 4

71

Se, no vencimento da opção, o preço da ação for de R$ 110,00, a opção é exercida

com um ganho de R$ 1.000,00, ou seja, 100 x (R$ 110,00 - R$ 100,00).

Computando o custo inicial da opção, o ganho líquido é de R$ 700,00, ou seja, R$

1.000,00 - R$ 300,00.

Se, no vencimento, o preço da ação for menor do que o preço de exercício, o investidor preferirá

não exercê-la.

Não faz sentido comprar uma ação por R$ 100,00 quando seu valor de mercado é

mais baixo. Nesse caso, o investimento inicial de R$ 300,00 é perdido.

2.1.1 EXEMPLO

Os possíveis resultados da aquisição de uma opção de compra de uma ação, com o prêmio da

opção sendo R$ 3,00, e o preço de exercício, R$ 100,00, são...

Se o preço final for menor que o preço de exercício, a opção não será exercida, e o

prejuízo será o valor pago pela opção.

Se o preço da ação fosse R$ 102,00 no vencimento, o investidor exerceria a opção

obtendo um ganho de 100 x (R$ 102,00 - R$ 100,00) = R$ 200,00 e uma perda

total de R$ 100,00, em função do custo inicial da opção, R$ 300,00.

Notemos que, ainda que o preço da ação seja maior que o preço do exercício, há

situações em que, mesmo exercendo a opção,o investidor incorre em prejuízo. Nesse

caso, isso ocorre com o preço da ação entre R$ 100,00 e R$ 103,00.

De um modo geral, as opções de compra devem ser sempre exercidas quando o preço da

ação estiver acima do preço de exercício.

Page 72: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 4

72

2.2 OPÇÃO DE VENDA

Enquanto o comprador de opção de compra espera que o preço da ação suba, o comprador

de uma opção de venda espera que ele caia.

Uma opção de venda ou put dá ao comprador o direito de vender um ativo a certo

preço dentro de um período específico.

Um investidor adquire uma opção de compra de 100 ações da Vale do Rio Doce...

...preço de exercício = R$ 60,00;

...preço atual da ação = R$ 55,00;

...prêmio = R$ 1,50;

...investimento inicial = R$ 150,00 (R$ 100,00 x R$ 1,50).

Se o preco da ação é de R$ 55,00, o investidor adquire 100 ações e, sob o termo da opção,

vende-as por R$ 60,00 cada, realizando um ganho de R$ 5,00 por ação, ou seja, R$ 500,00 no

total.

Computando o custo inicial da opção, o ganho líquido é de R$ 350,00, ou seja, R$ 500,00 - R$

150,00.

2.2.1 EXEMPLO

A relação entre lucro e prejuízo de um investidor, em uma opção de venda, varia com o preço

final de uma ação.

Observemos agora o resultado possível...

Page 73: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 4

73

Em geral, se o preço da ação for maior do que o preço de exercício, a opção não será

exercida, e o prejuízo será o prêmio, ou seja, R$ 150,00 (R$ 1,50 x R$ 100,00).

2.3 OUTRO EXEMPLO

Existem duas pontas em cada contrato de opção.

Em uma delas, está o investidor, que assume a posição comprada, isto é, compra a

opção.

Na outra, está o investidor que assume a posição vendida, isto é, vende ou lança a

opção.

O lançador de uma opção recebe dinheiro adiantado, porém tem obrigações potenciais

posteriormente. Sua relação de lucro e perda é oposta à do comprador da opção.

2.4 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

Como o máximo que um comprador de opções poderá perder será sempre o valor do prêmio

que já tenha sido pago – não havendo a necessidade de solicitar depósito de margem –, um

comprador não apresenta riscos para o mercado.

O lançador da opção – que já recebe o prêmio anteriormente – apresenta um risco ilimitado,

pois nunca poderemos saber, com certeza, se a opção vendida será ou não exercida e, muito

menos, qual será o resultado financeiro desse exercício.

Ao lançador, por apresentar risco para o sistema, é necessária a solicitação do

depósito de margem.

A margem cobrada dos lançadores de opções é, geralmente, uma fração

do prêmio recebido.

Page 74: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 4

74

UNIDADE 3 – ESPECULAÇÃO E HEDGE

3.1 OBJETIVOS DAS OPÇÕES

Há apenas duas razões pelas quais um investidor utiliza opções...

para especular;

para se proteger ou fazer hedge.

3.1.1 ESPECULAÇÃO

Uma das vantagens das opções – em função de sua versatilidade – é a possibilidade

de gerar lucros mesmo quando o mercado está em queda.

Quanto à especulação, podemos dizer que muito dinheiro é gerado – porém muito

é perdido.

Quando compramos uma opção, temos de estar seguros sobre a direção e o momento correto

do movimento das ações.

Quando compramos uma opção, temos de estar seguros sobre a magnitude desse processo.

É preciso apostar na alta ou na queda dos preços e estar seguro quanto a sua variação.

Especular é uma tarefa difícil e com grandes chances de insucesso.

3.1.2 HEDGE

Uma outra função das opções é a proteção.

Estratégias de proteção ou de hedge podem ser úteis – especialmente, para grandes instituições.

Um pequeno investidor que queira apostar no potencial de alta das ações do setor

de telecomunicações – mas que queira limitar qualquer perda – também pode-se

beneficiar com as opções.

Operando com opções, esse investidor seria capaz de restringir as perdas em caso

de quedas e gerar lucro de movimentos de alta.

3.1.3 PROTEÇÃO

O mercado de opções fornece aos hedgers um seguro para o preço de suas

mercadorias.

Por que as pessoas especulam com opções se as chances são tão

pequenas? Será que tem a ver com versatilidade e alavancagem?

Page 75: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 4

75

Como no mercado de seguros, um prêmio será cobrado para tal garantia.

Caso um sinistro ocorra – ou seja, caso o mercado esteja acima ou abaixo de

determinado nível –, a garantia será exercida.

A não ocorrência do sinistro implicará a perda do prêmio pago.

A primeira e mais direta forma de hedge no mercado de opções é a compra de opções de

venda pelo produtor da mercadoria e a compra de opções de compra pelo consumidor dessa

mercadoria.

3.2 POSIÇÕES MISTAS

O último passo para uma boa compreensão dos mecanismos de especulação e de hedge nos

mercados futuros e de opções é a análise das posições mistas.

Temos de estar atentos a um maior custo de corretagem nessa modalidade de

negociação.

Essas posições podem apresentar um comportamento próprio ou simular ao de outra posição,

geralmente, chamada de posição direta.

Dessa forma, a compra do objeto físico ou futuro combinada com a compra de uma opção de

venda resultará em uma posição cujo comportamento simule o da compra de uma call...

3.2.1 COMPRA DE CALL SINTÉTICA

Se combinarmos a compra do objeto do contrato com a compra de uma opção de venda,

estaremos montando uma carteira que terá o mesmo comportamento de uma posição

comprada em opção de compra.

Se o mercado cair, as perdas no objeto – tanto no mercado futuro quanto no físico –

serão compensadas pelo ganho na opção de venda.

Se o mercado subir, a opção de venda perderá seu valor, mas a posição comprada

no objeto da opção subirá de preço, como seria o caso da opção de compra.

3.2.2 COMPRA DE PUT SINTÉTICA

A soma de uma venda do objeto mais a compra de uma opção de compra proporcionará uma

carteira de mesmo comportamento de uma posição comprada em opção de venda.

Posições sintéticas são posições cujo comportamento é equivalente ao

das posições simples, obtidas por meio da combinação de duas ou mais

dessas posições.

Page 76: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 4

76

Se o mercado cair, a venda do futuro terá um ganho, e a opção de compra perderá

seu valor.

Se o mercado subir, a posição em futuro terá uma perda, que será compensada pelo

ganho da opção de compra.

3.2.3 VENDA DE CALL SINTÉTICA

A venda de uma opção de venda somada à venda do contrato futuro irá comportar-

se como a posição vendida de uma opção de compra.

Se o mercado subir, a opção de venda perderá seu valor – o titular da opção de venda não

exercerá seu direito de vender o objeto por um preço inferior ao preço de mercado –, e a

venda do objeto resultará em prejuízo.

Se o mercado cair, a opção de venda será exercida, mas o contrato vendido no futuro dará

lucro, compensando a perda na opção de venda.

3.2.4 VENDA DE PUT SINTÉTICA

A venda de uma opção de compra somada à compra do mercado futuro irá comportar-se

como uma posição vendida em uma opção de venda.

Se o mercado subir, a opção de compra será exercida pelo titular. Contudo, a perda

na opção de compra será compensada pelo ganho na posição do futuro.

Se o mercado cair, a opção de compra perderá seu valor, e a posição em futuro causará

uma perda.

Para sintetizar determinada opção que será combinada com a posição no futuro, devemos,

obrigatoriamente, ter o mesmo preço de exercício da opção-alvo.

Só devemos usar ativos sintéticos quando o preço destes for melhor que o preço da

posição-alvo ou quando o mercado não estiver negociando a opção-alvo desejada.

3.3 OUTRAS OPÇÕES

Embora as opções de ações oferecidas aos empregados de uma empresa não estejam

disponíveis para todos os níveis hierárquicos, esse tipo de bonificação poderia, de alguma

maneira, ser classificada como uma terceira razão para usar opções.

Muitas empresas usam opções de ações para atrair e manter talentos –

especialmente, em sua administração.

Esse sintético, mais conhecido como financiamento, é comum nos

mercados de opções e ações da BOVESPA.

Page 77: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 4

77

Elas são similares às opções de ações uma vez que o detentor da opção tem o direito – mas

não a obrigação – de comprar a ação da empresa.

UNIDADE 4 – VALOR INTRÍNSECO E VALOR TEMPO

4.1 EXERCÍCIO VERSUS TROCA

Na maioria das vezes, os detentores de opções escolhem realizar seus lucros mudando ou

encerrando suas posições.

Os detentores vendem suas opções no mercado.

Os lançadores compram as opções de volta para encerrá-las.

De acordo com a Chicado Board Options Exchange – CBOE –, aproximadamente...

10% das opções são exercidas;

60% são trocadas;

30% vencem sem valor.

4.2 PRÊMIO – VALOR INTRÍNSECO E VALOR TEMPO

As flutuações de preço podem ser explicadas pelo valor intrínseco e pelo valor tempo – prêmio

de risco ou valor extrínseco.

O prêmio de uma opção é a soma do valor intrínseco com o valor tempo. O valor

intrínseco é o montante no-dinheiro que, para uma opção de compra, significa que o

preço da ação é igual ao preço de exercício.

O valor tempo representa a possibilidade de a opção se valorizar...

Na realidade, muitas vezes, as opções operam acima do valor intrínseco.

4.3 MODELO BINOMIAL

William Sharpe – professor de finanças da Universidade de Stanford – descobriu uma forma de

analisar o valor dos títulos similares às opções.

Além de não necessitar de muito conhecimento de matemática, o modelo provou ser também

eficiente na prática depois de testes nos mercados americanos e europeus.

Page 78: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 4

78

Mais tarde, John C. Cox e Mark Rubinstein ampliaram o conceito do método e aplicaram-no ao

mercado de opções.

Esse método parte do pressuposto de que, no último momento para exercício, o

valor tempo da opção é zero.

Nesse momento, a opção está dentro ou fora-do-dinheiro – tem valor intrínseco ou

não vale nada –, ou seja, o prêmio de risco de uma opção é zero.

4.3.1 EXEMPLO

Uma opção de compra – cujo preço de exercício é de R$ 100,00 no objeto – vale hoje também

R$ 100,00.

Essa opção será exercida em T1, ou seja, na próxima unidade de tempo.

Supondo que o preço do objeto só poderá subir ou cair R$ 5,00, existem apenas

duas possibilidades de preço para o último momento de exercício – R$ 105,00 ou

R$ 95,00.

Esse esquema – chamado de árvore – mostra as possibilidades para o preço do objeto no dia

do exercício.

O pressuposto de que o valor do objeto subirá ou cairá em uma quantia fixa é o conceito

fundamental associado a uma distribuição de preços binomial – o preço do ativo só poderá

assumir um entre dois valores a cada movimento.

Eles criaram um método novo, conhecido como modelo binomial.

100

105

95

Page 79: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 4

79

4.3.1.1 CÁLCULO DO VALOR

Como não existe tendência no mercado, a opção deverá valer 0 ou 5, e as chances

de ocorrência de qualquer um desses dois valores são as mesmas. Ou seja, o

comprador da opção tem 50% de chances de ganhar R$ 5,00, e 50% de não ganhar

nada.

Para que esse comprador não tenha mais chances de perder do que ganhar, ele

deverá pagar R$ 2,50 por essa opção.

A análise inversa também é válida para o vendedor. Para que este não tenha mais chances de

perder do que ganhar, ele deverá receber R$ 2,50 pela opção.

O valor da opção de compra é calculado desta forma...

4.3.2 EXEMPLO

Com o mercado oscilando em R$ 5,00 e com o prazo de vencimento da opção em T2, teremos

de montar a árvore para o objeto.

Em T0, o valor do objeto é R$ 100,00.

Em T1, esse valor poderá ser R$105,00 ou R$ 95,00.

Em T2, as possibilidades de preço para o ativo são três – R$ 110,00, R$100,00 e R$

90,00.

Page 80: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 4

80

Na parte superior da árvore, a opção vale R$ 10,00, pois, nessa posição, teremos o valor objeto

em R$ 110,00. Dessa maneira, quando exercermos essa opção, ganharemos R$ 10,00.

Logo abaixo, o valor é 0, a opção estará no-dinheiro e, portanto, não terá valor. O mesmo acontece

com o último 0 abaixo – a opção estará fora-do-dinheiro e não terá valor nenhum.

Em T2, a opção poderá adquirir dois valores diferentes. Se o objeto estiver em R$ 105,00, o

titular da opção de compra terá 50% de chance de ganhar R$ 10,00, e 50% de perder tudo.

4.3.2.1 VALOR JUSTO

O valor justo da opção será...

4.4 MODELO BLACK-SCHOLES

Em 1973, Fischer Black e Myron Scholes apresentaram a primeira solução para a

fórmula de equilíbrio na avaliação do prêmio de opções, utilizando um instrumental

matemático sofisticado para a construção da fórmula.

No modelo binomial, consideramos intervalos de tempo discretos e admitimos que, a cada

período, o ativo-objeto pode assumir apenas dois valores – um, no caso de aumento de preço;

outro, no caso de queda.

No modelo de Black e Scholes, devemos considerar intervalos infinitesimais de tempo

para a formação de preços.

Para tanto, esse modelo utiliza a distribuição normal – em vez da binomial – para

calcular a probabilidade de o ativo-objeto atingir determinado nível de preço.

De fato, a distribuição binomial aproxima-se da normal, tendendo ao infinito.

UNIDADE 5 – OPÇÕES EXÓTICAS

5.1 PLAIN VANILLA

As opções simples de compra e venda são referenciadas no mercado como plain vanilla – que

significa, mais ou menos, sem sofisticação.

Para entendermos conceito básico do modelo, vamos adotar uma

aproximação intuitiva com modelo binomial.

Page 81: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 4

81

Entretanto, em função da versatilidade das opções, existem diversos outros tipos e variações

de opções.

Opções não padrão são chamadas opções exóticas, o que pode implicar variações

na indução dos perfis das opções plain vanilla ou produtos completamente

diferentes com opcionalidades próprias.

As opções exóticas são instrumentos de gestão de risco que – além de proporcionar

alavancagem e proteção similares às opções de bolsa – apresentam características muito

peculiares.

Mesmo sendo negociadas fora da bolsa, elas procuram atender, de forma mais

eficiente, à necessidade dos agentes econômicos.

Normalmente, essas opções são negociadas entre bancos e clientes, com o banco

assumindo tanto o risco de crédito quanto o risco de mercado de seu cliente.

Como esse é um acordo particular, as partes definem suas características...

...prazo de vencimento, taxas de juro ou câmbio, tamanho do contrato, forma de

liquidação, opções embutidas...

5.2 TIPOS DE OPÇÕES EXÓTICAS

Algumas das opções exóticas se tornaram bem conhecidas no mercado financeiro

internacional... São elas...

caps;

floors;

collars;

swaptions.

5.2.1 CAPS, FLOORS E COLLARS

As opções exóticas podem ser definidas dessa maneira...

Caps...

Série de opções de compra do tipo européia sobre uma taxa de juros. Cada uma das

opções possui data de exercício coincidente com as datas de pagamento dos juros

devidos.

Floor...

Série de opções de compra do tipo européia que tem datas de exercício coincidentes

com as datas de recebimento dos juros da aplicação.

Page 82: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 4

82

Essas opções estabelecem um piso de taxa de juros abaixo do qual o retorno da

aplicação não cairá. São utilizados, principalmente, pelos investidores que desejam

proteger seus investimentos contra uma queda nas taxas de juros.

Collars...

Os caps e os floors podem ser combinados para criar várias outras posições. A mais

comum delas é o collar – combinação de compra de um cap e a venda de um floor.

O collar é uma posição que permite a oscilação da taxa de juros entre a taxa do cap

e a taxa do floor.

5.2.2 SWAPTIONS

Nos últimos anos, uma das principais áreas de desenvolvimento nos mercados de derivativos

foi a dos swaps. Com o crescimento e a sofisticação desse mercado, foram criadas as opções de

swap ou swaptions.

Os swaptions – opções de entrar em um swap de taxas de juros – são negociados

em balcão.

Os swaptions são negociados em duas modalidades diferentes...

na primeira, o vendedor da opção dá ao titular o direito de entrar em um swap e

trocar o pagamento de taxas de juros pós-fixadas por prefixadas;

na segunda, o lançador da opção dá ao titular o direito de entrar em um swap e

trocar o recebimento de taxas pós-fixadas por prefixadas.

UNIDADE 6 – CENÁRIO CULTURAL

6.1 FILME

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse

uma cena do filme Casa de areia e névoa no CD que acompanha a apostila.

6.2 OBRA LITERÁRIA

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, leia o

texto A viúva do Estanislau no ambiente on-line.

6.3 OBRA DE ARTE

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, aprecie

a obra Conversão: o Banco no ambiente on-line.

UNIDADE 7 – ATIVIDADES

7.1 AUTO-AVALIAÇÃO

Page 83: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 5

83

MÓDULO 5 – ESTRATÉGIAS COM OPÇÕES

APRESENTAÇÃO

No módulo anterior, concentramo-nos nas propriedades básicas e na terminologia do mercado

de opções.

Neste módulo, vamos analisar algumas estratégias construídas com posições em opções de

venda – puts –, opções de compra – calls – e seus ativos objetos, que possibilitam uma variedade

maior de resultados.

Para isso, analisaremos as estratégias chamadas de travas, pela possibilidade de limitarem os

riscos. De fato, tendo a seu dispor um mercado de opções, os investidores podem definir, com

precisão, o risco em que aceitam incorrer.

UNIDADE 1 – REVISÃO DAS POSIÇÕES A DESCOBERTO

1.1 COMPRA DE CALL A DESCOBERTO

O gráfico a seguir mostra os lucros ou os resultados associados à compra de uma opção de

compra – call – a descoberto – long position na call.

A opção foi adquirida por um prêmio P e tem preço de exercício E.

O eixo AT representa o preço do ativo no momento da liquidação. A linha 1 representa

os resultados da estratégia de uma opção de compra, que são limitados a -P...

Em todos os gráficos e exemplos utilizados neste módulo, utilizaremos

opções européias e, para simplificar as análises, desconsideraremos comissões,

margens, dividendos e custos de oportunidade.

Page 84: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 5

84

Na maturidade T, se o preço da ação AT for maior que a soma do preço do exercício E com o

valor do prêmio P, o investidor obterá lucros com a estratégia. Se, por outro lado, AT for menor

que (E + P), o investidor obterá prejuízos com a estratégia.

1.1.1 ANÁLISE DO GRÁFICO

É importante ressaltar que o tipo de gráfico que mostra os lucros ou os resultados associados

à compra de uma opção de compra – call – a descoberto – long position na call – indica todos

os resultados possíveis.

Contudo, para o investidor que comprou as opções, só há um ponto notável – o valor de AT na

maturidade.

Observando o gráfico, podemos perceber que, enquanto as possibilidades de ganho

com essa operação são ilimitadas, as possibilidades de perda são limitadas ao valor

do prêmio P.

Como o valor do prêmio, normalmente, é uma fração do preço da ação, essa operação pode

ter uma alavancagem significativa.

1.1.2 RESUMO DAS POSSIBILIDADES DE RESULTADO

A tabela a seguir nos mostra um resumo das possibilidades de resultado da estratégia de

compra de call a descoberto.

A coluna de retorno final é a soma das demais colunas – retorno da compra de call

e custo da estratégia...

1.1.3 EXEMPLO

Adquirimos uma opção de compra de ações da Vivo com preço de exercício de R$ 6,00 e

vencimento em junho – VIVOF6 – por R$ 1,19. Na data de exercício, o preço dessa ação dobrou,

passando a valer R$ 12,00. Valeu a pena exercermos a opção, adquirindo a ação, pois

compramos por R$ 6,00 um ativo que, no mercado, vale R$ 12,00.

Isso é o que torna a compra de uma call uma alternativa tão atraente para

os investidores.

Page 85: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 5

85

Para cada ação comprada, tivemos um lucro de...

Se tivéssemos comprado uma opção de compra de 1.000 ações, nosso lucro seria de...

Por outro lado, se a ação da Vivo tivesse sofrido um forte revés e acabasse sendo cotada pela

metade do preço, a R$ 3,00, nosso prejuízo seria apenas do valor do prêmio...

Mesmo que a Vivo fosse à falência e sua ação passasse a não valer nada, nosso prejuízo

seria o mesmo... R$ 1.190,00.

Na tabela a seguir, encontramos resumidas as possibilidades de resultado dessa estratégia...

A coluna de retorno final é a soma das demais colunas – retorno da compra de call e custo da

estratégia...

1.2 VENDA DE CALL A DESCOBERTO

Em um contrato de opções, há sempre dois lados...

o que está na long position – que compra o contrato;

o que está na short position – que vende ou lança a opção.

Quem vende uma opção recebe o dinheiro na frente, mas adquire obrigações em potencial

no futuro. Seu resultado – lucro ou perda – é o inverso do comprador da opção.

Page 86: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 5

86

Portanto, o gráfico de seu retorno é o inverso do apresentado anteriormente...

Na maturidade T, se o preço da ação AT for menor que o preço do exercício E, o lançador não

terá nenhuma obrigação e terá lucrado P. Se, por outro lado, AT for maior do que E, o comprador

do outro lado do contrato desejará exercer a opção, e o investidor obterá prejuízos com a

estratégia se (AT - E) for maior que o prêmio P.

1.2.1 ANÁLISE DO GRÁFICO

Como vimos, as possibilidades de ganho com a venda de opção de compra – call – a descoberto

– short position na call – são limitadas a P, e as possibilidades de perda são ilimitadas para

quem vende a descoberto, ou seja, para quem não possui o bem a ser entregue.

Podemos resumir as possibilidades de resultado dessa estratégia na tabela a seguir...

1.2.2 EXEMPLO

Vamos agora analisar o lado de quem lançou ou vendeu a opção...

Um vendedor que lança uma opção de compra de ações da Vivo com preço de

exercício de R$ 6,00 e vencimento em junho – VIVOF6 – por R$ 1,19, receberá,

quando comprarmos a opção, R$ 1,19 por cada uma.

Se comprarmos um lote de 1.000 ações, ele receberá, no lançamento, R$ 1.190,00.

Se, na data de exercício, a ação da Vivo tiver dobrado de preço, passando a valer R$

12,00, teremos exercido a opção.

Page 87: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 5

87

Como ele vendeu a opção a descoberto, não tinha as ações para nos entregar. Teve

de ir a mercado e comprar a R$ 12,00 uma ação que terá de vender por R$ 6,00.

Para cada ação que compramos, ele terá um prejuízo de...

Como compramos uma opção de compra de 1.000 ações, o prejuízo dele será de...

Se, por outro lado, a ação da Vivo sofresse um forte revés e acabasse cotada pela

metade do preço, a R$ 3,00, nós não exerceríamos a opção.

Nesse caso, o lucro dele terá sido o valor integral do prêmio...

Mesmo que a Vivo vá à falência e sua ação passe a não valer nada, o lucro dele será

o mesmo... R$ 1.190,00.

Podemos resumir as possibilidades de resultado dessa estratégia a partir da seguinte tabela...

1.3 COMPRA DE PUT A DESCOBERTO

No gráfico a seguir, podemos ver todos os lucros ou resultados possíveis associados à compra

de uma opção de venda – put – a descoberto – long position na put.

Novamente, AT é o preço da ação. A linha 1 representa o resultado da estratégia, isto é, a

diferença entre o preço de exercício – E – e o preço do ativo – AT –, limitada a -P...

Page 88: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 5

88

Na maturidade T, se o preço da ação for maior que o preço de exercício, não valerá a pena

exercer a opção, e o investidor terá perdido o valor do prêmio. Se, por outro lado, o preço da

ação for menor que o preço de exercício, começa a valer a pena exercer a opção, e se AT for

menor que (E - P) , o investidor obterá lucros com a estratégia.

1.3.1 ANÁLISE DO GRÁFICO

Da mesma forma que nas compras de call, nas compras de put a descoberto, as possibilidades

de perda são limitadas ao valor do prêmio.

A tabela a seguir mostra um resumo das possibilidades de resultado dessa estratégia.

O retorno total é a soma das colunas retorno da compra de ‘put’ e custo da estratégia...

1.3.2 EXEMPLO

Consideremos outro exemplo...

Vamos supor que recorramos à NASDAQ para comprar uma put da Intel, com preço

de exercício de US$ 15,00 e vencimento para 06 de junho – INTC 6 Jun 15.00 –, NQ

RC. O prêmio que pagamos pela ação custou US$ 0,05.

Se, na data de vencimento, o valor da Intel estiver a US$ 17,00, não exerceremos

nossa opção, pois não há vantagem nenhuma em vender a US$ 15,00 uma ação

que vale US$ 17,00.

Nesse caso, nosso prejuízo se limitou ao valor que pagamos pela opção – US$ 0,05

por ação.

Page 89: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 5

89

Se tivermos comprado a opção de venda de um lote de 1.000 ações, nosso prejuízo seria de...

Se, por outro lado, o valor da Intel estivesse a US$ 13,00, seria vantajoso vender a

mesma ação a US$ 15,00. Dessa forma, exerceríamos nossa opção de venda.

Como não temos a ação, vamos a mercado, compramos a ação por US$ 13,00 e

revendemos a US$ 15,00.

Portanto, nosso lucro por ação será de...

Em um lote de 1.000 ações, teremos um lucro de US$ 1.950,00, ou seja, o resumo das

possibilidades de resultado dessa estratégia é...

1.4 VENDA DE PUT A DESCOBERTO

O gráfico de retornos possíveis do vendedor da put – o outro lado do contrato – é inverso ao

do comprador da put...

Nesse caso, o retorno máximo é o valor do prêmio. A perda, entretanto, só é limitada porque o

valor da ação não pode ser menor do que zero...

Page 90: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 5

90

1.4.1 ANÁLISE DO GRÁFICO

A tabela a seguir resume as possibilidades de resultado dessa estratégia.

O retorno total é a soma das colunas retorno da venda de ‘put’ e receita da estratégia...

1.4.2 EXEMPLO

Vamos analisar agora o lado de quem lançou ou vendeu a opção...

Vamos supor que um vendedor lance uma opção de venda de ações da Intel com

preço de exercício de US$ 15,00 e vencimento para 06 de junho – INTC 6 Jun 15.00

–, NQ RC. Dessa forma, ele recebe de nós, no lançamento, US$ 0,05 pela opção de

venda de cada ação.

Se adquiríssemos um lote de 1.000 ações, ele receberia US$ 50,00.

Se, na data de vencimento, o valor da Intel estiver a US$ 17,00, não exerceremos

nossa opção. Nesse caso, o vendedor terá recebido o prêmio de US$ 50,00 e não

terá nenhuma obrigação na maturidade da opção.

Se, por outro lado, o valor da Intel estiver a US$ 13,00, vamos exercer nossa opção

de venda.

O vendedor será obrigado a comprar nossas ações por US$ 15,00, mesmo que o

preço de mercado esteja a US$ 13,00.

Portanto, seu prejuízo, por ação, será de...

Em um lote de 1.000 ações, ele terá um prejuízo de US$ 1.950,00.

As possibilidades de resultados podem ser resumidas da seguinte forma...

Page 91: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 5

91

1.4.3 VANTAGEM DO LANÇAMENTO DE UMA PUT

O investidor acredita que uma ação da Intel por US$ 13,00 seja uma boa compra, já que, no

mercado, ela custa US$ 15,00. Ele então dá uma ordem de compra com preço de US$ 13,00.

Dois meses depois, a ação da Intel cai para US$ 14,00. Caso o preço comece a subir rapidamente,

se o investidor não tiver comprado a ação, ele não estará no mercado.

Melhor do que dar uma ordem de compra com preço de US$ 13,00 é então lançar

uma put de US$ 15,00 por US$ 2,00.

Se a Intel for a menos de US$ 15,00 na maturidade, a put será exercida e o investidor terá de

pagar US$ 15,00 por ação. Como US$ 2,00 foram recebidos de prêmio pela venda da put, o

custo líquido da ação será US$ 13,00.

Logo, a vantagem de lançar uma put, ao invés de dar uma ordem de compra limitada,

é que, se o preço da ação não cair, essa estratégia dará lucros até o nível limite para

compra.

1.5 VENDA DE PUT A DESCOBERTO

As demais estratégias apresentadas nada mais são do que a soma dos retornos identificados

na estratégia gráfico de lucro ‘versus’ ação de valor e na compra de ‘call’ a descoberto, que se

encontram resumidas no quadro a seguir...

A estratégia apresentada pode ser utilizada por investidores que desejam,

de fato, adquirir uma ação. Por exemplo...

Page 92: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 5

92

Page 93: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 5

93

UNIDADE 2 – ESTRATÉGIAS COM UMA ÚNICA OPÇÃO E UMA AÇÃO

2.1 COMPRA DA AÇÃO E VENDA DE CALL

No mercado, uma estratégia bastante comum é a de lançar opções de compra – calls – de

ações estando coberto, isto é, tendo o ativo objeto – no caso, as próprias ações.

No gráfico a seguir, a linha 1 representa os lucros obtidos com a posse da ação, a linha 2, os

lucros obtidos com a venda da call, e a linha 3 é a soma dessas duas linhas.

2.1.1 ANÁLISE DO GRÁFICO

Vimos que o gráfico resultante é semelhante ao gráfico da venda de uma put, com preço de

exercício E. Contudo, seu prêmio é maior do que o de venda da call que compõe o portfólio,

pois está acrescido da valorização da ação.

Trata-se da venda de put sintética.

A tabela a seguir resume as possibilidades de resultado dessa estratégia. O retorno total é a

soma das colunas – resultado da posse da ação, da venda de call e da receita da estratégia.

2.1.2 EXEMPLO

Em geral, um investidor compra a ação e vende opções correspondentes a essa compra. Por

exemplo, ele compra ações da PETROBRAS a R$ 45,00 e vende suas opções de compra a R$

48,00 por R$ 1,00, na maturidade de 60 dias, em uma uma operação casada.

E

Page 94: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 5

94

Se a ação ultrapassar R$ 48,00, a opção será exercida e ele terá um lucro de R$ 4,00

em 60 dias – um rendimento de 4,45% ao mês, exatamente o que o investidor

pretendia.

Se cair ou não ultrapassar R$ 48,00, quem comprou a opção perde. Quem a vendeu

talvez não tenha prejuízo, pois recebeu R$ 1,00 por ação – o que lhe permite safar-

se até R$ 44,00 por cada uma. Contudo, certamente, não terá a rentabilidade de

4,45% ao mês.

Se a intenção era guardar a ação, o valor recebido de R$ 1,00 por ação poderia ser

encarado como um dividendo extra, caso não fosse exercido.

Dessa forma, podemos perceber que o hedge pode limitar tanto as perdas quanto os ganhos.

Vejamos o gráfico da estratégia desse exemplo...

O quadro-resumo dos retornos com a estratégia pode ser representado dessa maneira...

2.2 COMPRA DA AÇÃO E VENDA DE PUT

Da mesma forma, se comprarmos um direito de venda de uma ação que, de fato, possuímos,

adquirimos uma put coberta.

orcul

TA54 84

Page 95: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 5

95

No gráfico apresentado a seguir, a linha 1 mostra os lucros possíveis obtidos com a

posse da ação; a 2, os lucros possíveis obtidos com a compra da put, e a 3 é a soma

dessas duas linhas.

2.2.1 ANÁLISE DO GRÁFICO

O gráfico resultante de uma put coberta é semelhante ao da compra de uma call com preço de

exercício E. Contudo, como o prêmio da compra da put que compõe o portfólio já possui os

resultados da ação, ele é maior.

Trata-se da venda de call sintética.

A tabela a seguir resume as possibilidades de resultado dessa estratégia. O retorno total é a

soma das demais colunas...

2.2.2 EXEMPLO

Adquirimos um lote de 100 ações da PETROBRAS por R$ 4.500,00.

Limitamos nossos prejuízos a R$ 1,50 por ação em caso de queda nos preços. Decidimos então

comprar por R$ 1,00 uma opção de venda de 100 ações da PETROBRAS com preço de

exercício de R$ 44,50 e vencimento dentro de 1 mês.

Page 96: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 5

96

O gráfico relacionado a essa estratégia e os resultados possíveis podem ser

representados dessa forma...

Ou seja, por menos valorizado que fique nosso papel, nossa perda se limitará a R$

1,50 por ação.

O investidor aqui adquiriu uma espécie de seguro contra quedas do valor do papel,

ao custo de R$ 1,00 por ação.

UNIDADE 3 – SPREADS

3.1 DEFINIÇÃO DE SPREAD

Como a negociação de opções de compra – calls – é mais comum na BOVESPA, vamos aqui

nos concentrar em exemplos em que o investidor toma posições em duas calls.

adoçerpoãça

E<

adodatluseroãçaadessop

5454

1ahnil

adonroteredarpmoc tup

05,44

2ahnil

adotsucaigétartse

05,164

onroterlatot

3ahnil

O que caracteriza o spread é o fato de o investidor tomar posições em

duas ou mais opções de venda – puts – ou em duas ou mais opções de

compra – calls.

Page 97: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 5

97

Da mesma forma que nos itens anteriores, o gráfico resultante será assinalado pela linha 3, e as

posições que compõem esse gráfico estarão marcadas como linhas 1 e 2.

Isso vale também para os gráficos de retorno.

3.2 BULL SPREAD

A respeito das características do bull spread – spread de alta –, podemos observar...

consiste de compra venda de calls de uma mesma ação;

a estratégia adotada quando o investidor espera que a ação suba de preço;

a exigência de investimento inicial;

o preço de exercício da compra de call – E1 – menor que o preço de exercício da

venda de call – E2;

a mesma data de expiração para as duas calls;

P1 como o prêmio da compra de call;

P2 como o prêmio da venda de call.

3.2.1 ANÁLISE DO GRÁFICO

O valor de calls com preço de exercício maior são sempre menores que os de calls com preços

de exercício menores. Por isso, a estratégia de bull spread requererá um investimento inicial no

valor de P1 - P2.

Podemos resumir os retornos possíveis na tabela a seguir...

Page 98: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 5

98

3.2.2 EXEMPLO

Digamos que as ações da Vivo estejam cotadas a R$ 7,00. Acreditamos que, no próximo mês, elas

valham mais do que R$ 8,00.

Compramos então uma call com preço de exercício R$ 7,50 por R$ 0,20 e, simultaneamente,

vendemos uma call com preço de exercício R$ 8,00 por R$ 0,17.

O custo de nossa estratégia será de -0,03, ou seja, 0,17 - 0,20...

Se o preço da Vivo ficar cotado acima de R$ 8,00, ganharemos R$ 0,47 por ação.

Logo, se investirmos em um lote de 1.000 ações, ganharemos R$ 470,00 com essa

estratégia.

Entretanto, se o preço se mantiver a R$ 7,00, teremos um prejuízo de R$ 0,03. Para um lote de

1.000 ações, o prejuízo será de R$ 30,00.

Podemos perceber que a estratégia apresentaria custos relativamente baixos para grandes retornos

caso nossas expectativas fossem concretizadas, pois utilizaríamos duas opções fora do dinheiro.

Apesar de custarem pouco, esses bull spreads que têm duas opções fora do dinheiro têm

probabilidades pequenas de dar certo. Quanto mais opções dentro do dinheiro compuserem a

estratégia, mais conservadores e mais caros se tornam os bull spreads.

3.3 BEAR SPREAD

Sobre as características do bear spread – spread de baixa –, podemos observar...

consiste de compra e venda de calls de uma mesma ação;

a estratégia adotada quando o investidor espera que a ação caia de preço;

a existência de retorno inicial;

o preço de exercício da compra de call – E2 – maior que o preço de exercício da

venda de call – E1;

a mesma data de expiração para as duas calls;

P1 como o prêmio da venda de call;

P2 como o prêmio da compra de call.

Page 99: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 5

99

3.3.1 ANÁLISE DO GRÁFICO

Da mesma forma que o bull, o bear spread constitui-se da compra e da venda de duas calls com

preços de exercícios diferentes.

Contudo, no bear spread, o preço de exercício da opção vendida é menor do que o preço de

exercício da opção comprada.

O retorno inicial dessa estratégia será de P1 - P2, já que o valor de calls com preço de exercício

maior é menor que o valor de calls com preço de exercício menor.

A tabela a seguir resume os retornos possíveis...

3.3.2 EXEMPLO

Suponhamos agora que as mesmas ações da Vivo, cotadas a R$ 7,00, caiam, no próximo mês,

para menos de R$ 6,00.

O investidor compra então uma call com preço de exercício R$ 7,00 por R$ 0,40 e vende, ao

mesmo tempo, uma call com preço de exercício R$ 6,00 por R$ 1,20.

Page 100: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 5

100

A receita inicial de nossa estratégia de bear spread será de 0,80, ou seja, 1,20 - 0,40.

Se sua expectativa se concretizar, o investidor ganhará R$ 0,80 por ação.

Logo, para um lote de 1.000 ações, o lucro com essa estratégia será de R$ 800,00.

Contudo, se o preço da Vivo se mantiver a R$ 7,00 ou subir, ele terá um prejuízo de R$ 0,20 por

ação. Para um lote de 1.000 ações, o prejuízo será de R$ 200,00.

3.4 OUTROS TIPOS DE SPREAD

Da mesma maneira, é possível montar estratégias de spread em que tanto a data de expiração

quanto os preços de exercício são diferentes. De acordo com o mercado, esse tipo de spread é

chamado de ‘spread’ diagonal.

UNIDADE 4 – COMBINAÇÕES

4.1 DEFINIÇÃO DE COMBINAÇÃO

Diferentemente do spread, em que o investidor toma posições em duas ou mais opções de

venda ou em duas ou mais opções de compra, nas combinações, o investidor toma posições

em opções de compra e de venda de uma mesma ação.

Como nos itens anteriores, o gráfico resultante estará assinalado com a linha 3, e as

posições que compõem o gráfico resultante estarão marcadas como linhas 1 e 2.

4.2 STRADDLE

Sobre as características do straddle, podemos observar...

a previsão do investidor de grande oscilação no preço de uma ação, sem saber,

ao certo, a direção;

a compra de uma opção de compra – call – e de uma opção de venda – put –

com o mesmo preço de exercício e a mesma data de expiração;

Os retornos desses spreads são usualmente semelhantes aos retornos de

bull ou bear spreads.

Isso vale também para os gráficos de retorno.

Page 101: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 5

101

E como o preço de exercício, AT como o valor final da ação, P1 como o prêmio da

call e P2 como o prêmio da put.

4.2.1 ANÁLISE DO GRÁFICO

A tabela a seguir resume os retornos possíveis do straddle...

4.2.2 EXEMPLO

Quando o preço da ação é muito volátil ou quando a empresa possui uma oferta de takeover,

o investidor utiliza a estratégia de straddle.

Vamos supor que uma empresa de petróleo anuncie a seus acionistas uma descoberta em

uma área importante. O potencial dessa descoberta só será conhecido a partir dos resultados

de um teste de avaliação, os quais, entretanto, só estarão disponíveis em 15 dias.

Como esse projeto de risco é o principal ativo dessa empresa, se a descoberta for relevante, o

preço da ação da empresa sofrerá forte alta. Contudo, se os resultados forem negativos, haverá

uma forte queda no valor da ação.

Há puts e calls dessa ação disponíveis.

Page 102: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 5

102

4.2.2.1 APLICAÇÃO DA ESTRATÉGIA

Como não sabemos o resultado do teste, decidimos fazer um straddle.

A ação da empresa está cotada a R$ 60,00. Os preços das calls que vencem em 2

meses são cotados como...

A estratégia straddle adotada será...

comprar uma call com preço de exercício de R$ 62,00 a R$ 5,00;

comprar uma put com preço de exercício de R$ 62,00 a R$ 4,00.

O custo dessa estratégia será de R$ 9,00, ou seja, R$ 5,00 + R$ 4,00.

Quanto mais longe de R$ 62,00 o preço ficar, mais rentável será o straddle. Devemos notar

que, para dar lucro, a ação deve cair mais de R$ 53,00 ou subir mais de R$ 71,00.

4.2.2.2 STRIP E STRAP

Se o investidor acredita que a queda no preço da ação é mais provável do que a alta, ele poderá

comprar duas puts e uma call com o mesmo preço de exercício e a mesma data de expiração.

Dessa maneira, ainda que as quedas sejam menores do que no straddle, ele terá retornos.

Chamamos esse tipo de estratégia de strip.

Por outro lado, se o investidor acredita que a alta no preço da ação é mais provável do que a

queda, ele poderá comprar duas calls e uma put com o mesmo preço de exercício e a mesma

data de expiração.

Seus retornos virão mesmo com altas menores do que no straddle.

Essa estratégia é chamada de strap.

Provavelmente, muitos investidores estão pensando, como nós, no que faz

o preço das opções subir e a estratégia ficar mais cara...

Page 103: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 5

103

4.3 STRANGLE

Resumidamente, o strangle envolve a compra de uma put e de uma call com a mesma data de

expiração, mas com diferentes preços de exercício.

É semelhante ao straddle, mas, ao mesmo tempo em que o preço deve variar mais para obtermos

lucros, os prejuízos serão menores – caso o preço se mantenha.

4.3.1 ANÁLISE DO GRÁFICO

A tabela a seguir resume os retornos possíveis da estratégia de strangle...

4.3.2 EXEMPLO

No caso da empresa de petróleo, vamos supor que resolvamos comprar as seguintes ações...

A estratégia strangle adotada será...

comprar uma call com preço de exercício de R$ 64,00 a R$ 4,00;

comprar uma put com preço de exercício de R$ 60,00 a R$ 2,00.

Page 104: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 5

104

O custo da estratégia de strangle é de R$ 6,00, ou seja, R$ 4,00 + R$ 2,00. Os retornos possíveis

serão...

Quanto mais longe de R$ 62,00 o preço ficar, mais rentável será a estratégia. Nesse caso, para

dar lucros, a ação deve cair mais de R$ 52,00 ou subir mais de R$ 72,00.

Contudo, se o preço se mantiver entre R$ 60,00 e R$ 64,00, o prejuízo será de apenas R$ 6,00

por ação contra R$ 9,00, se a estratégia anterior de straddle fosse adotada.

UNIDADE 5 – CENÁRIO CULTURAL

5.1 FILME

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse

uma cena do filme Dr. Mabuse no CD que acompanha a apostila.

5.2 OBRA LITERÁRIA

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, leia o

texto O cortiço no ambiente on-line.

5.3 OBRA DE ARTE

Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, aprecie

a obra Tra-la-la no ambiente on-line.

UNIDADE 6 – ATIVIDADES

6.1 AUTO-AVALIAÇÃO

6.2 ATIVIDADE INDIVIDUAL – ANIMAÇÃO

Algumas estratégias construídas com posições em opções de venda – puts –, opções de

compra – calls – e seus ativos-objetos possibilitam uma variedade maior de resultados.

Antes de iniciar a próxima tarefa, assista à animação a seguir, no ambiente

on-line que introduz a Atividade Individual Obtendo maiores lucros.

Page 105: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do Brasil M Ó D U L O 5

105

Tendo a seu dispor um mercado de opções, os investidores podem definir, com precisão, o

risco em que aceitam incorrer ou, até mesmo criar possibilidades de ganhos – com papéis

muito voláteis, em baixa, em alta... – em situações normalmente adversas.

6.2.1 ATIVIDADE INDIVIDUAL – TAREFA

Nesta atividade, iremos definir uma estratégia com opções de escolha, de forma a obter lucros.

Por esta tarefa, você poderá receber de 0 a 10 pontos.

INFORMAÇÕES SOBRE A ATIVIDADE INDIVIDUAL

Objetivo

Definir uma estratégia com opções de escolha, de forma a obter lucros.

Suporte ao trabalho

Para subsidiar seu trabalho...

leia o texto Ações da Varig recuam 50% após oferta única de compra em leilão,

disponível no final desta unidade;

leia o texto Ministro considera frustrante fato de leilão da Varig ter tido apenas uma

proposta, disponível no final desta unidade;

leia o texto Atenção, passageiros: turbulência nas ações da Varig!, disponível no

final desta unidade.

Tarefa

A partir da leitura feita e supondo que haja opções de compra e venda de ações da Varig

disponíveis na bolsa de valores, selecione uma estratégia de investimento com opções que

julgue mais possível de se obterem lucros. Para tal..

descreva a estratégia escolhida;

justifique a escolha dessa estratégia;

descreva o que acontecerá em caso de falência da empresa;

descreva o que acontecerá em caso de venda bem-sucedida da empresa em

leilão;

justifique a obtenção de lucros com a estratégia selecionada.

Registro do trabalho

Registre os dados desta tarefa na Matriz de atividade individual. Para tal...

acesse o arquivo com a Matriz de atividade individual, disponível no ambiente

on-line;

abra o arquivo;

Page 106: Apostila Derivativos

Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 5

106

salve esse arquivo em seu computador;

preencha a matriz com os dados de seu trabalho;

salve seu trabalho;

encaminhe o trabalho ao Professor-Tutor para correção.

6.2.2 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO PARA CORREÇÃO

Lembre-se de que as orientações sobre o desenvolvimento desta atividade começam no início

desta seção, ou seja, na tela da animação.

Não se esqueça de verificar a data agendada para esta atividade no calendário.

Para saber como apresentar seu trabalho ao Professor-Tutor na sala de aula, leia o

Anexo 3.

TEXTOS UTILIZADOS

AÇÕES DA VARIG RECUAM 50% APÓS OFERTA ÚNICA DE COMPRA EM LEILÃO

Valor Online

08/06/2006 15:11

SÃO PAULO - O leilão de venda da Varig adicionou forte volatilidade aos preços das ações

preferenciais da companhia, que firmaram a trajetória de queda nesta tarde, após ter sido alvo

de uma única oferta de compra. Os papéis, sem direito a voto, chegaram a marcar R$4,20 pela

manhã, com alta de 16,6% na máxima, mas recuavam 50%, para R$1,8, instantes atrás, na mínima

até o momento.

No único lance pela companhia, a NV Participações, consórcio liderado pelos trabalhadores

do grupo Varig, ofereceu R$1,01 bilhão pela Varig Operacional completa (com rotas domésticas

e internacionais). Pelo valor de conversão ao dólar usado na proposta, o lance corresponde a

US$449,48 milhões.

O preço mínimo para a Varig Operacional completa era de US$860 milhões, mas nenhum dos

cinco investidores participantes do leilão fez lances acima desse valor. Quando foi aberta a

recepção de envelopes com propostas inferiores ao preço mínimo, apenas a NV Participações

entregou oferta.

Agora, o lance será avaliado pelo juiz da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Luiz Roberto

Ayoub, em um intervalo de 24 horas. Ou seja, o leilão só será validado (se o for) após esse

período.

O analista da Ágora Senior, Alexandre Garcia, atribui a expressiva oscilação das ações ao leilão

de venda. Para Garcia, as negociações com os papéis deveriam ter sido suspensas durante a

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operação, para que as informações fossem repassadas de forma integral a todos os investidores.

“Ação só deveria voltar a ser negociada após a decisão do juiz”, disse.

Fonte

LAIER, Paula. Ações da Varig recuam 50% após oferta única de compra em leilão. Valor Online,

[S.l.], 08 jun. 2006. Disponível em: <www.valoronline.com.br>. Acesso em: 13 jul. 2006.

MINISTRO CONSIDERA FRUSTRANTE FATO DE LEILÃO DA VARIG TER TIDO APENAS UMA PROPOSTA

Agência Brasil

09/06/2006 16:53

RIO - O ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, considerou frustrante o fato de o leilão

da Varig, realizado ontem (8), ter recebido apenas uma proposta, feita pelos trabalhadores da

empresa. Ele disse que esperava um maior número de compradores, mas classificou de “positiva”

a iniciativa dos funcionários, que “acreditam mais do que ninguém que é possível reerguer a

empresa”.

Ao participar, hoje (9), de um seminário sobre turismo, na sede da Associação Comercial do Rio

de Janeiro, o ministro disse que um voto de confiança tem que ser dado a esse grupo, para que

os trabalhadores consigam um sócio estratégico que possa investir recursos e acertar a

economia da empresa.

Mares Guia afirmou que torce pela recuperação da empresa e pela aceitação da proposta dos

trabalhadores. Ele entende que, no caso de uma possível falência, todos sairão perdendo, não

só os acionistas e as pessoas que têm crédito com o grupo. O ministro lembrou, no entanto,

que a Varig é uma empresa privada, de tradição, mas que foi mal gerenciada.

Ele defendeu a criação de um marco regulatório para que as empresas possam competir e

ressaltou que a obrigação do governo não é proteger empresas. “Elas é que tratem de buscar

competência financeira, gerencial e tecnológica. E as outras empresas que não conseguiram

se recuperar, como supermercados e sapatarias? Tanta gente já quebrou. Como a Panair, que

deu lugar à Varig. Isso não é papel do governo: salvar empresas”.

Segundo ele, o papel do governo é incentivar o crescimento do país, com políticas públicas, e

cuidar da educação, saúde, justiça e liberdade.

Mares Guia explicou que, por um período, à época em que ocorreu um acordo entre a TAM e a

Varig, foi proibido que as empresas de aviação comprassem ou alugassem aviões novos para

que essas empresas aumentassem suas frotas. “Isso não acontece em lugar nenhum do mundo

e desfavorece o país. Nós não estamos aqui para proteger empresas. Nós estamos para proteger

o passageiro, o turista”, enfatizou.

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Derivativos – Banco do BrasilM Ó D U L O 5

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O ministro do Turismo ressaltou que a Varig controla mais de 30% dos vôos internacionais no país

e afirmou que o trabalho agora é ampliar os acordos para que quem quiser viajar não seja

prejudicado.

Ele disse que a crise da Varig fez diminuir, entre março e abril, 24% da oferta de assentos em

vôos internacionais. Atualmente, 800 vôos para o Brasil estão lotados, quando a previsão para

o período era de 900 vôos lotados, contra os 710 do ano passado. A estimativa foi feita para

que o país possa cumprir, neste ano, a meta de receber sete milhões de turistas estrangeiros

por semana e nove milhões em 2007. O ministro garantiu que a crise não chegou a prejudicar

o setor, embora não tenha contribuído para seu desenvolvimento, ficando na contramão do

que está ocorrendo no país.

Fonte

AGÊNCIA BRASIL. Ministro considera frustrante fato de leilão da Varig ter tido apenas uma

proposta. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/economia>. Acesso em: 13 jul. 2006.

ATENÇÃO, PASSAGEIROS: TURBULÊNCIA NAS AÇÕES DA VARIG!

No dia 13 de junho de 2006, a Folha Online, na matéria Ações da Varig sobem mais de 26% apesar

de queda da Bovespa, informou que as ações da empresa aérea registraram forte alta naquele

dia, apesar da queda da Bolsa de Valores de São Paulo. A volatilidade caracterizava o movimento

das cotações das ações da Varig, de acordo com a notícia.

Ainda de acordo com a matéria, os preços oscilavam conforme o que era publicado na imprensa,

assim como as expectativas do mercado quanto ao futuro da companhia. No último dia 8 de

julho, por exemplo, quando aconteceu o leilão da companhia aérea, a ação preferencial da

companhia chegou a subir mais de 15%, mas inverteu a direção antes do fechamento do pregão

e encerrou o dia com desvalorização de quase 60%.

Fonte

MANNARINO, Verônica. Atenção, passageiros: turbulência nas ações da Varig! Rio de Janeiro:

FGV Online, 2006.

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MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL*

*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas

as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.

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MÓDULO 6 – ENCERRAMENTO

APRESENTAÇÃO

Na unidade 1 deste módulo, você encontrará algumas divertidas opções para testar seus

conhecimentos sobre o conteúdo desenvolvido em toda a disciplina, a fim de se preparar para

seu exame final. São elas...

caça-palavras;

jogo da memória;

jogo da caça;

jogo do labirinto.

A estrutura desses jogos é bem conhecida por todos. Você poderá escolher o jogo de sua

preferência ou jogar todos eles... a opção é sua! Em cada um deles, você encontrará perguntas

– acompanhadas de gabaritos e comentários – por meio das quais você poderá se auto-avaliar.

Já na unidade 2, é hora de falarmos sério! Sabemos que o novo – e a disciplina que você terminou

de cursar enquadra-se em uma modalidade de ensino muito nova para todos nós, brasileiros

– tem de estar sujeito a críticas... a sugestões... a redefinições. Por estarmos cientes desse

processo, contamos com cada um de vocês para nos ajudar a avaliar nosso trabalho.

Finalmente, como é indicado ao final deste módulo, este é o momento de nos prepararmos

para a avaliação final da disciplina, que será feita presencialmente na instituição conveniada

ao Programa FGV Management ou nas instalações do Banco do Brasil mais próxima à cidade

em que você reside.

Lembre-se... Apesar de essas atividades não serem pontuadas na sua média final, o

objetivo delas é lhe oferecer saber... De preferência, com algum sabor! Divirta-se!

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ANEXOS

ANEXO 1

ATIVIDADE EM EQUIPE – APRESENTAÇÃO DE TRABALHO

Para apresentar seu trabalho a sua equipe...

vá à sala de aula e selecione a área de <discussões da equipe>;

selecione a entrada para a discussão Trabalho individual para a atividade em

equipe;

na área <novo comentário>, anexe seu trabalho, clicando no ícone

<adicionar anexo>, disponível na tela;

se preferir, digite seu trabalho. Para isso, você ainda terá a opção de selecionar a

fonte, o tamanho e a cor de seu texto;

à esquerda da tela, você encontrará diferentes opções de Emoticons – cuja

utilização, contudo, não é obrigatória – para personalizar seu texto;

a qualquer momento da edição de seu texto, você poderá <pré-visualizar> a

forma de exibição da mensagem ou ainda <limpar tudo> o que escreveu;

você poderá optar ainda por acrescentar sua assinatura à mensagem e ser avisado

por e-mail quando sua mensagem for respondida, selecionando,

respectivamente, <mostrar assinatura> e <notificar-me por e-mail quando

responderem>;

salve a atividade.

Se julgar necessário, depois de salvar a mensagem, você poderá reeditá-la, bastando, para isso,

selecionar o ícone <editar>, logo abaixo dela.

Não se esqueça de verificar a data agendada para esta atividade no calendário.

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Derivativos – Banco do BrasilA N E X O S

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ANEXO 2

ATIVIDADE EM EQUIPE – ANÁLISE DE TRABALHOS

Para analisar os trabalhos de sua equipe...

vá à sala de aula e selecione a área de <discussões da equipe>;

selecione a entrada para a tarefa Trabalho individual para a atividade em equipe;

abra cada um dos trabalhos encaminhados por seus colegas de equipe;

na área <novo comentário>, abaixo da última mensagem, anexe sua análise,

clicando no ícone <adicionar anexo>, disponível na tela;

se preferir, digite sua análise. Para isso, você ainda terá a opção de selecionar a

fonte, o tamanho e a cor do seu texto;

à esquerda da tela, você encontrará diferentes opções de Emoticons – cuja

utilização, contudo, não é obrigatória – para personalizar seu texto.

Se julgar necessário, depois de salvar a mensagem, você poderá reeditá-la, bastando, para isso,

selecionar o ícone <editar>, logo abaixo dela.

Atenção! Não utilize a área de discussões particulares para disponibilizar seus

comentários e análises aos trabalhos dos colegas.

Não se esqueça de verificar a data agendada para esta atividade no calendário.

Lembre-se de que as orientações sobre o desenvolvimento desta atividade começam na

primeira seção da atividade em equipe.

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Derivativos – Banco do Brasil A N E X O S

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ANEXO 3

APRESENTAÇÃO DO TRABALHO PARA CORREÇÃO

Para enviar seu trabalho ao Professor-Tutor para correção...

vá à área de <discussões particulares>;

clique no ícone <nova mensagem>;

no campo <para>, selecione o Professor-Tutor;

você também poderá iniciar uma nova mensagem particular, quando na área

discussões gerais. Para isso, clique em <lista de usuários>, no alto da página.

Selecione o Professor-Tutor e, na janela aberta do perfil desse usuário, clique no

ícone <MP>, de mensagem privada;

no campo <assunto>, selecione <atividade individual – solicitar revisão>

(caso esteja enviando a tarefa pela primeira vez ao Professor-Tutor) ou <entrega

final> (caso esteja enviando a tarefa para a atribuição de nota);

na área <mensagem>, anexe seu trabalho clicando no ícone <adicionar anexo>,

disponível na tela;

se preferir, digite seu trabalho. Para isso, você ainda terá a opção de selecionar a

fonte, o tamanho e a cor de seu texto;

à esquerda da tela, você encontrará diferentes opções de Emoticons – cuja

utilização, contudo, não é obrigatória – para personalizar seu texto;

a qualquer momento da edição de seu texto, você poderá <pré-visualizar> a

forma de exibição da mensagem ou ainda <limpar tudo> o que escreveu;

você poderá optar ainda por acrescentar ser avisado quando sua mensagem for

lida, selecionando <notificar-me quando a mensagem for lida>;

salve a mensagem.

Lembre-se de que as orientações sobre o desenvolvimento desta tarefa começam na primeira

seção da atividade.

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Derivativos – Banco do BrasilA N E X O S

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ANEXO 4

FÓRUM – APRESENTAÇÃO DE TRABALHO

Para apresentar seu trabalho à turma...

vá à sala de aula e selecione a área de <discussões gerais>;

selecione a entrada para a discussão Trabalho individual para o fórum;

na área <novo comentário>, anexe seu trabalho, clicando no ícone

<adicionar anexo>, disponível na tela;

se preferir, digite seu trabalho. Para isso, você ainda terá a opção de selecionar a

fonte, o tamanho e a cor de seu texto;

à esquerda da tela, você encontrará diferentes opções de Emoticons – cuja

utilização, contudo, não é obrigatória – para personalizar seu texto;

a qualquer momento da edição de seu texto, você poderá <pré-visualizar> a

forma de exibição da mensagem ou ainda <limpar tudo> o que escreveu;

você poderá optar ainda por acrescentar sua assinatura à mensagem e ser avisado

por e-mail quando sua mensagem for respondida, selecionando,

respectivamente, <mostrar assinatura> e <notificar-me por e-mail quando

responderem>;

salve a atividade.

Se julgar necessário, depois de salvar a mensagem, você poderá reeditá-la, bastando, para isso,

selecionar o ícone <editar>, logo abaixo dela.

Não se esqueça de verificar a data agendada para esta atividade no calendário.

Lembre-se de que as orientações sobre o desenvolvimento desta atividade começam na

primeira seção do fórum.

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Derivativos – Banco do Brasil A N E X O S

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ANEXO 5

FÓRUM – ANÁLISE DE TRABALHOS

Para analisar os trabalhos de seus colegas de turma...

vá à sala de aula e selecione a área de <discussões gerais>;

selecione a entrada para a tarefa Trabalho individual para o fórum;

abra cada um dos trabalhos encaminhados por seus colegas de turma;

selecione dois trabalhos;

registre suas anotações sobre esses trabalhos na Matriz do fórum;

selecione a entrada para a discussão Análise de trabalhos para o fórum;

na área <novo comentário>, anexe sua Matriz do fórum preenchida, clicando

no ícone <adicionar anexo>, disponível na tela.

Não se esqueça de verificar a data agendada para esta atividade no calendário.

Lembre-se de que as orientações sobre o desenvolvimento desta atividade começam na

primeira seção do fórum.

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ANEXO 6

FÓRUM – DISCUSSÃO DE TRABALHOS

Para acessar as análises de seus colegas a seu trabalho...

vá à sala de aula e selecione a área de <discussões gerais>;

selecione a entrada para a tarefa Análise de trabalhos para o fórum;

abra as análises encaminhadas a seu trabalho;

registre suas anotações e crie um comentário.

Para apresentar seus comentários às análises direcionadas a seu trabalho...

vá à sala de aula e selecione a área de <discussões gerais>;

selecione a entrada para a discussão Análise de trabalhos para o fórum;

na área <novo comentário>, anexe seu comentário, clicando no ícone

<adicionar anexo>, disponível na tela;

se preferir, digite seu trabalho. Para isso, você ainda terá a opção de selecionar a

fonte, o tamanho e a cor de seu texto;

à esquerda da tela, você encontrará diferentes opções de Emoticons – cuja

utilização, contudo, não é obrigatória – para personalizar seu texto;

a qualquer momento da edição de seu texto, você poderá <pré-visualizar> a

forma de exibição da mensagem ou ainda <limpar tudo> o que escreveu;

você poderá optar ainda por acrescentar sua assinatura à mensagem e ser avisado

por e-mail quando sua mensagem for respondida, selecionando,

respectivamente, <mostrar assinatura> e <notificar-me por e-mail quando

responderem>;

salve a atividade.

Se julgar necessário, depois de salvar a mensagem, você poderá reeditá-la, bastando, para isso,

selecionar o ícone <editar>, logo abaixo dela.

Não se esqueça de verificar a data agendada para esta atividade no calendário.

Lembre-se de que as orientações sobre o desenvolvimento desta atividade começam na

primeira seção do fórum.

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Derivativos – Banco do Brasil A N E X O S

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ANEXO 7

PARTICIPANDO DE UMA REUNIÃO ON-LINE

As reuniões on-line são agendadas com antecedência.

Não se esqueça de verificar, no calendário, o dia e a hora da próxima reunião!

Para participar de uma reunião on-line...

vá à sala de aula;

se você deseja participar de uma reunião on-line com toda a turma, clique em

<discussões gerais>. Caso você deseje participar de uma reunião on-line apenas

com sua equipe, clique em <discussões da equipe>;

localize a entrada para a reunião on-line no topo ou na base da tela. As reuniões

on-line podem ser identificadas pelo ícone .

Uma nova janela se abrirá – estamos em uma reunião on-line. Nessa área...

o painel central mostra as mensagens enviadas pelos participantes da reunião;

acima do painel central, localiza-se o espaço no qual você deverá digitar suas

mensagens. Digitada a mensagem, tecle <ENTER> ou clique em <Enviar>;

o painel à direita contém a lista dos nomes dos participantes da reunião on-line.

Você também pode conversar em particular com alguém, clicando sobre o nome dessa pessoa.

O nome dela ficará assinalado com um fundo cor de abóbora.

Para salvar a reunião on-line...

clique no link <Histórico>;

na nova janela aberta – que também registra todas as discussões realizadas

durante o dia –, selecione <Arquivo>;

clique em <Salvar como>;

selecione a pasta em que será gravada a reunião e o nome desse arquivo.

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ANEXO 8

ABRINDO UMA VOTAÇÃO

Para abrir uma votação...

vá à sala de aula e selecione a área de discussão na qual a votação será

aberta: <discussões gerais> ou <discussões da equipe>;

selecione <nova votação>, à direita da tela;

digite, no campo <assunto>, o tópico de sua votação;

especifique, no campo <questão>, a premissa a partir da qual serão apresentadas

diferentes opções de escolha;

nos campos numerados de <escolha>, você deverá digitar cada uma das opções

dessa votação;

defina se as pessoas poderão votar mais de uma vez, assinalando a opção

<permitir múltiplos votos nesta votação>;

na área <novo comentário>, anexe seus comentários sobre a votação aberta,

clicando no ícone <adicionar anexo>, disponível na tela;

se preferir, digite seus comentários. Para isso, você ainda terá a opção de

selecionar a fonte, o tamanho e a cor de seu texto;

à esquerda da tela, você encontrará diferentes opções de Emoticons – cuja

utilização, contudo, não é obrigatória – para personalizar seu texto;

a qualquer momento da edição de seu texto, você poderá <pré-visualizar> a

forma de exibição da mensagem ou ainda <limpar tudo> o que escreveu;

salve a atividade.

Abrir votações na sala de aula é muito fácil. Por meio delas, você poderá

facilmente eleger o editor para os trabalhos em equipe, marcar dia e horário

mais apropriado para as reuniões on-line com seus colegas...

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ANEXO 9

GRADE DE CORREÇÃO DE ATIVIDADES1

Atividade individual (AI) – 0 a 10 pontos

1 Quando o item não se aplicar, considerar a pontuação máxima.

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Atividade em equipe (AE)

Tarefa individual – 0 a 4 pontos

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Tarefa em equipe – 0 a 6 pontos

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Fórum (Fo)

Tarefa individual – 0 a 5 pontos

Análise dos trabalhos em sala de aula – 0 a 2 pontos

Participação na reunião on-line – 0 a 3 pontos

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Participação individual (PI) – 0 a 10 pontos