apostila de ruido e linha 2008

Upload: geane-lacerda

Post on 10-Jul-2015

207 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

1 PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DO DECIBELIMETROPara fins de inspeo obrigatria e fiscalizao de veculos em uso, os ensaios para medio dos nveis de rudo devero ser feitos de acordo com a norma brasileira NBR 9714 - rudo Emitido por Veculos Automotores na Condio Parado - Mtodo de Ensaio, no que se refere medio de rudo nas proximidades do escapamento, utilizando-se equipamento previamente calibrado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial-Inmetro ou laboratrios pertencentes Rede Brasileira de Calibrao-RBC, observada a seguinte alterao no tocante velocidade angular do motor, que dever ser estabilizada nos seguintes valores, onde N a mxima velocidade angular de potncia mxima do motor, sendo admitida uma variao mxima de 100 rpm. I - Para todos os veculos automotores, exceto os constantes nos incisos II e III: N. II - Para motocicletas e semelhados: a) N se N ? 5000 rotaes por minuto, ou b) N se N ? 5000 rotaes por minuto. III - Para veculos que, por projeto, no permitam a estabilidade a N: rotao mxima que possa ser estabilizada. Para facilitar o posicionamento do microfone pode ser utilizado o gabarito do ANEXO A. Os valores limites estabelecidos nesta Resoluo sero utilizados como referncia para fins de inspeo obrigatria e fiscalizao de veculos em uso na fase inicial dos programas, no estando, os veculos em desconformidade com estes limites mximos, sujeitos reprovao e s respectivas sanes durante esta fase dos programas. Os registros dos ensaios de rudo emitidos por veculos automotores na condio parado, bem como aqueles relativos inspeo visual dos itens que influenciam diretamente nas emisses de rudo externo dos veculos, obtidos pelas operadoras de I/M e fornecidos ao IBAMA onde sero centralizados durante a fase inicial dos programas de inspeo obrigatria, comporo um banco de dados, que ser utilizado pelo CONAMA no processo de reviso da TABELA 1. TABELA 1: Limites mximos de rudo emitidos por veculos automotores na condio parado para fins de inspeo e fiscalizao de veculos automotores em uso, relativos aos modelos de veculos do ciclo Otto que no atendam aos limites mximos de rudos emitidos por veculos automotores em acelerao estabelecidos nas Resolues CONAMA ns 2 e 8, de 1993, e aos modelos de veculos do ciclo Diesel produzidos at 31 de dezembro de 1998.CATEGORIA Veculo de passageiros at nove lugares e Veculos de uso misto derivado de automvel Veculo de passageiros com PBT at 2.000 kg Posio do Motor Dianteiro Traseiro DianteiroNVEL DE RUDO dB(A)

95 103 95

mais de nove lugares Veculo de carga Traseiro ou de trao, veculo de uso PBT acima de 2.000 kg e Dianteiro Traseiro at 3.500 kg misto no derivado de Potncia mxima abaixo de automvel Dianteiro 150 kW (204 CV) Traseiro e entre eixos Veculo de passageiros ou de Potncia mxima igual ou Dianteiro uso misto com mais de 9 superior a lugares e PBT acima de 150 kW (204CV) Traseiro e entre eixos 3.500 kg Potncia mxima abaixo de 75 kW (102CV) Potncia mxima entre 75 e Todas 150 kW (102 a 204 CV) Veculo de carga ou de trao Potncia mxima igual ou com PBT acima de 3.500 kg superior a 150 kW (204CV ) Motocicletas, motonetas, ciclomotores, bicicletas com Todas motor auxiliar e veculos assemelhados

103 95 103 92 98 92 98

101

99

Observaes: 1) Designaes de veculos conforme NBR 6067. 2) PBT: Peso Bruto Total. 3) Potncia: Potncia efetiva lquida mxima conforme NBR ISO 1585. 2 Entende-se por fase inicial dos programas de Inspeo, o perodo necessrio realizao de inspees de rudo em pelo menos 200000 veculos do ciclo Otto (exceto motocicletas e assemelhados), 200000 veculos do ciclo Diesel e 200000 motocicletas e assemelhados ou at quando julgado necessrio pelo rgo ambiental competente, de modo a garantir um dimensionamento estatstico da amostra de registros, compatvel com as necessidades de confiabilidade nos novos limites a serem estabelecidos. 3 A partir do estabelecimento, pelo CONAMA, da tabela definitiva, o no atendimento aos limites implicar na reprovao e nas sanes cabveis relativas aos programas de inspeo e fiscalizao de veculos em uso. Art. 3 No esto sujeitas aos requisitos desta Resoluo as emisses sonoras de buzinas, sirenes, alarmes e equipamentos similares utilizados por veculos nas vias urbanas. Art. 4 Os veculos concebidos exclusivamente para aplicao militar, agrcola, de competio, tratores, mquinas de terraplenagem, pavimentao e outros de aplicao especial, bem como aqueles que no so normalmente utilizados para o transporte urbano e/ou rodovirio, sero dispensados do atendimento das exigncias desta Resoluo. Art. 5 Independentemente do nvel de rudo medido, o motor, o sistema de escapamento, o sistema de admisso de ar, encapsulamentos, barreiras acsticas e outros componentes do veculo que influenciam diretamente na emisso de rudo do veculo, no devero apresentar avarias ou estado avanado de deteriorao.2

1 Os sistemas de escapamento, ou parte destes, podero ser substitudos por sistemas similares, desde que os novos nveis de rudo no ultrapassem os nveis original veculo, conforme Resolues CONAMA ns 1, 2, e 8, de 1993, e os estabelecidos na TABELA 1. 2 Os veculos submetidos inspeo obrigatria e/ou fiscalizao, em desconformidade com as exigncias constantes no caput deste artigo, sero reprovados e sofrero as sanes cabveis, independentemente da fase em que se encontram estes programas. 3 Durante a fase de levantamento de dados para reviso da TABELA 1, constante no art. 1, ser admitida uma flexibilizao do nmero de veculos para cada categoria definida no art. 2, 2, de modo que 25% (vinte e cinco por cento) dos veculos, escolhidos de forma aleatria, sejam testados visando a otimizao da eficcia do programa. 4 O CONAMA utilizar os dados e a experincia obtidos nesta fase para efetuar revises necessrias dos procedimentos de ensaio e dos critrios de seleo dos veculos. Art. 6 de responsabilidade dos rgos estaduais e municipais de meio ambiente e rgos a eles conveniados, especialmente os de trnsito, a inspeo e a fiscalizao em campo dos nveis de emisso de rudo dos veculos em uso, sem prejuzo de suas respectivas competncias, atendidas as demais exigncias estabelecidas pelo CONAMA relativas aos Programas de Inspeo e Fiscalizao, especialmente as Resolues CONAMA ns 7/93, 18/95 e 227, de 20 de agosto de 1997. Pargrafo nico. As aes de inspeo e fiscalizao do rudo emitido por veculos em uso desenvolvidas pelos Estados e Municpios, sero realizadas de forma coordenada e harmonizada, devendo ser precedidas de articulaes e definies expressas no Plano de Controle da Poluio por Veculos em Uso-PCPV, conforme as exigncias da Resoluo CONAMA n 18/95. Art. 7 A partir de 1 de janeiro de 1999, visando o atendimento a processos de verificao de prottipos conforme as Resolues CONAMA ns 1, 2 e 8, de 1993, e 17, de 1995, o ensaio para medio do nvel de rudo na condio parado dever ser feito de acordo com a norma brasileira NBR 9714 - Rudo Emitido por Veculos Automotores na Condio Parado - Mtodo de Ensaio, no que se refere medio de rudo nas proximidades do escapamento, observada a seguinte alterao, no tocante velocidade angular de potncia mxima do motor, que dever ser estabilizada nos seguintes valores, onde N a mxima velocidade angular de potncia mxima do motor, sendo admitida uma variao mxima de 100 rpm. I - Para todos os veculos automotores, exceto os constantes nos incisos II e III: N. II - Para motocicletas e assemelhados: a) b) N se N ? 5000 rotaes por minuto, ou N se N ? 5000 rotaes por minuto.

III - Para veculos que, por projeto, no permitam a estabilidade a N: rotao mxima que possa ser estabilizada. Art. 8 Os fabricantes, importadores, encarroadores, modificadores e complementadores de veculos automotores devero informar ao IBAMA, at 31 de dezembro de 1998, o valor do nvel de rudo na condio parado para todos os modelos em3

produo, medido conforme a alterao da norma NBR-9714, constante do caput deste artigo, respeitado o art. 4 desta Resoluo. Art. 9 Para fins desta Resoluo ficam estabelecidas as definies do ANEXO B. Art. 10 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao. Art 11 Ficam revogadas as disposies em contrrio.ANEXO A INSTRUES PARA USO DO GABARITO1.

Gabarito para medio de rudo um dispositivo auxiliar para possibilitar o posicionamento preciso do microfone, conforme a NBR 9714. Consiste em tringulo com dois encostos (1), um para posicionamento junto ao escapamento e outro para o posicionamento do microfone. O terceiro vrtice possui uma mira para balizamento (5). O dispositivo possui tambm dois nveis de bolha (3).

2. Dependendo do posicionamento do sistema de escapamento (lado esquerdo ou direito), um dos encostos (1) dever ser posicionado junto ao orifcio de sada dos gases de escapamento. Devese verificar atravs dos nveis (3) o correto nivelamento do dispositivo.

3. Atravs da mira (5) procura-se, visualmente, o alinhamento correto do encosto (1) com o fluxo dos gases. 4. Microfone posicionado no outro encosto (1). 5. Dependendo do dimetro do escapamento, os encostos podero ser maiores que os apresentados na figura. 6. Dispositivo deve ser usado, sempre, a uma altura do solo igual ou maior que 0,2 m.

4

ANEXO B DEFINIES dB(A): unidade do nvel de presso sonora em decibel, ponderada pela curva de resposta (A) para quantificao de nvel de rudo.

Peso Bruto Total-PBT: peso indicado pelo fabricante para condies especficas de operao, baseado em consideraes sobre resistncia dos materiais, capacidade de carga dos pneus etc., conforme NBR 6070. Sistema de escapamento: conjunto de componentes compreendendo o coletor do escapamento, tubo de escapamento, tubo de descarga, cmara(s) de expanso, silencioso(s) e versor(es) cataltico(s), quando aplicveis.

5

ANEXO C EQUIPAMENTOS DE MEDIO DE RUDO Nas medies de rudo, utiliza-se medidores de nvel sonoro, popularmente (e erroneamente) denominados de decibelmetros. Estes so na verdade sistemas de medio que podem incluir diversas funes. A figura abaixo mostra uma representao esquemtica de um destes equipamentos

Os medidores de nvel sonoro mais simples no possuem filtros eletrnicos. Os elementos mais importantes destas cadeias de medio so: 1. microfones so transdutores eletro-mecnicos que transformam as oscilaes mecnicas oriundas das ondas sonoras em sinais eltricos correspondentes;

6

2. pr-amplificadores como os sinais eltricos produzidos pelos microfones so de amplitude muito baixa, estes elementos proporcionam uma amplificao inicial destes sinais, garantindo assim uma melhor relao sinal/rudo para o restante do circuito de medio 3. malha de ponderao nos medidores mais simples, somente encontramos a malha de ponderao A. Esta malha de ponderao procura reproduzir o comportamento do ouvido humano. A curva de ponderao A mostrada na figura abaixo:

Como pode ser observado, os sinais de baixas freqncias sofrem uma atenuao sensivelmente maior que os de alta freqncia. Este na verdade um mecanismo de proteo do ouvido humano, uma vez que as amplitudes das ondas sonoras de baixa freqncia so muito maiores que aquelas correspondentes s altas, e sem este mecanismo, colocariam a integridade do mecanismo em risco. Um sinal acstico qualquer portanto ponderado segundo esta curva para fornecer um resultado prximo quele que uma pessoa ouviria. Uma tabela com as ponderaes mostrada abaixo: Freqncia (Hz) 20 25 31,5 40 50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 Atenuao (dB) -50,5 -44,7 -39,4 -34,6 -30,2 -26,2 -22,5 -19,1 -16,1 -13,4 -10,9 -8,6 -6,6 -4,8 -3,2 -1,9 Freqncia (Hz) 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 4000 5000 6300 8000 10000 12500 16000 20000 Atenuao (dB) -0,8 0 0,6 1 1,2 1,3 1,2 1 0,5 -0,1 -1,1 -2,5 -4,3 -6,6 -9,3

7

Na indicao do valor em dB(A), um medidor de nvel sonoro integra toda a energia ponderada pela curva A e a indica como um valor nico correspondente energia total em todas as bandas de freqncia. Os medidores de nvel sonoro so classificados em tipos, de acordo com a IEC 60651, de acordo com a sua classe de exatido: Tipo Exatido 0 0,4 1 0,7 2 1,0 3 1,5

Para o caso especfico do controle de rudo veicular, a norma brasileira NBR 9714 rudo Emitido por Veculos Automotores na Condio Parado - Mtodo de Ensaio especifica os medidores de nvel sonoro de tipo 1.Uma verificao e eventual ajuste do medidor de nvel de presso sonora ou do sistema de medio, deve ser realizada pelo operador do equipamento, com um calibrador acstico, imediatamente antes e aps cada medio, ou conjunto de medies relativas ao mesmo evento.

O calibrador de nvel sonoro um equipamento que produz um sinal acstico de nvel e freqncia conhecidos. Basicamente, existem dois tipos de calibradores no mercado: aqueles que geram um sinal de freqncia igual a 250 Hz e um nvel nominal de 124 dB, e outros que geram um sinal de 1000 Hz e um nvel de 94 dB, 104 dB ou 114 dB. No caso de calibradores cuja freqncia de 1000 Hz, no so necessrios maiores cuidados na sua utilizao, uma vez que a ponderao A nesta freqncia de 0 dB. Entretanto, no caso de calibradores que produzem sinais de 250 Hz, deve ser levado em considerao que a ponderao A nesta freqncia de 8,6 dB, ou seja, o medidor de dB(A) ir acusar um nvel 8,6 dB abaixo do valor real do sinal. O calibrador de nvel sonoro deve ser de mesmo tipo que o equipamento de medio, ou seja, no caso especfico, de tipo 1, de acordo com a IEC 60942, uma vez que a aplicao de um calibrador de incerteza maior degradar o sistema para a pior classe. Apesar dos calibradores de nvel sonoro terem este nome, na verdade so apenas equipamentos que permitem um ajuste do sistema de medio, supondo intacta sua estabilidade e planicidade em funo da freqncia. Portanto, todos os elementos da cadeia de medio (medidores de nvel sonoro, microfones e calibradores de nvel sonoro) devem ser obrigatoriamente calibrados periodicamente em laboratrios competentes.Embora no exista uma determinao sobre os intervalos de periodicidade mximos admissveis, podemos analisar alguns conceitos gerais. A periodicidade de calibrao de um equipamento um compromisso entre diversos fatores que determinam sua extenso. Os intervalos aceitveis devem ser acordados entre o detentor do equipamento e o usurio dos servios por ele prestados.

Existe uma recomendao da OIML para a determinao da periodicidade de calibrao de equipamentos de medir - Recomendao OIML R 10 - Diretrizes para a Determinao de Intervalos de Recalibrao de Equipamentos de Medio usados em Laboratrios de Ensaios. Embora este documento seja de 1984 e bastante confuso, fornece as diretrizes iniciais para a determinao destes intervalos.8

Deste documento, podemos extrair alguns aspectos fundamentais: Um aspecto importante da operao eficiente de um sistema de calibrao dentro de um laboratrio de ensaios a determinao do perodo mximo entre calibraes sucessivas de padres de referncia e equipamentos de medio. Um nmero grande de fatores influencia a freqncia de recalibrao e deve ser levado em conta pelo laboratrio de ensaios e pelo rgo de credenciamento. Os fatores mais importantes so: - tipo de equipamento, - recomendao de fabricante, - dados de tendncia obtidos de registros de calibrao prvios, - histrico registrado de manuteno e consertos, - extenso e severidade de uso, - tendncia de uso e desvio, - freqncia de verificao cruzada contra outros padres de referncia, - freqncia e qualidade de calibraes de verificao prprias, - condies ambientais (temperatura, umidade, vibrao, etc.), - exatido de medio pretendida. Com base nestes fatores, recomenda-se normalmente para a rea de medio de rudos, uma periodicidade inicial de 1 ano, com a conseqente observao do comportamento da curva de calibrao do equipamento. Aps uma srie de trs calibraes consecutivas pode-se ento construir uma curva de tendncia do equipamento em questo, verificando-se a necessidade de reduo ou a possibilidade de extenso do intervalo. Este estudo deve ser considerado para o estabelecimento de um intervalo inicial, no sendo no entanto exclusivo. Assim, em caso de utilizao em condies extremas, eventuais manutenes, uso intenso, etc. o intervalo inicial pode necessitar de uma reduo para a manuteno da garantia da qualidade das medies realizadas. Medidores de nvel sonoro que freqentemente so utilizados em ambientes agressivos, podem ter a necessidade de reduo da periodicidade de recalibrao face a esta utilizao. Outros equipamentos que no so expostos a estas condies podem entretanto ter a sua periodicidade de recalibrao estendida. Cada caso portanto um caso, que deve ser avaliado individualmente pelo usurio do equipamento. De qualquer forma, vale a regra inicial de uma periodicidade inicial mxima de 1 ano.

9

2 INSTRUMENTO DE MEDIR DA LINHA DE SEGURANA VEICULARSegurana veicular um termo muito genrico e envolve muitos aspectos da engenharia automotiva. Para o escopo do nosso trabalho estamos restritos a abordar a segurana veicular somente nos temas ligados a linha de inspeo conforme definida na norma ABNT 14040. Esta norma define os parmetros a serem verificados numa linha de inspeo veicular visando a inspeo de itens de segurana veicular de forma rpida e que garanta a repetibilidade de resultados . Uma linha de segurana veicular e dividida em itens seqenciais tais como : alinhamento, suspenso, freios, inspeo visual e verificao de faris. 2.1 Alinhamento de Direo A primeira etapa na verificao tambm a mais simples que pr intermdio de uma placa verifica o alinhamento de direo. Consiste simplesmente de uma placa de ao com comprimento conhecido que possui grau de liberdade no sentido transversal ao veiculo passar sobre a mesma a desloca para a direita ou esquerda conforme o alinhamento . 2.2 Suspenso A avaliao de suspenso segue as especificaes da norma e consiste basicamente no conceito de que a suspenso ideal aquela que mantm os pneus aplicando a fora correspondente ao peso suportado pelas rodas em todas as situaes de solicitao do veculo . Para isto cada roda pesada e cada eixo avaliado individualmente submetendo cada roda, apoiada a uma placa, a uma oscilao de maior ou igual a 6 milmetros com freqncia variando de 60 Hz a 0 Hz . Durante todo a aplicao destas condies so analisadas as foras aplicadas as placas de apoio. A menor fora que ocorreu durante o ensaio serve como numerador para o calculo de eficincia da suspenso que tem como denominador o peso da roda em repouso. 2.3. Freios Na avaliao dos freios as rodas so colocadas sobre dois rolos, com coeficiente de atrito estabelecido e o eixo de um dos rolos, que fazem os rodas girarem, esta ligado a uma clula de carga para registrar o tosque de frenagem. Os rolos promovem uma velocidade de 5 km/h ,velocidade esta propositadamente baixa , de forma a impedir a atuao do ABS que poderia mascarar algum problema no sistema de freios se estivesse atuando. Com o resultado da fora de frenagem dividido pelo peso da roda fornece como resultado a eficincia de frenagem. 2.4 Inspeo Visual A inspeo visual realizada principalmente na parte inferior do veiculo e abrange aspectos como: avaliao da carroeria quanto a aplicao de soldas, corroso e estado da estrutura do veiculo; avaliao do sistema de suspenso; avaliao da direo; sistema de freios e etc.10

A inspeo visual de fundamental importncia pois a avaliao dos itens a serem observados feita pelo inspetor e no pelo equipamento, da a importncia do conhecimento tcnico e experincia prtica serem fundamentais aliadas ao aspecto tico. Considerando as condies de ensaio, que recaem unicamente na responsabilidade e no julgamento do tcnico avaliador, apresentaremos caractersticas e tipos de situaes encontradas na inspeo visual que merecem destaque e objetivam melhor preparar o avaliador evitando dvidas e procurando promover um julgamento uniforme e baseado em premissas tcnicas. 2.5 Alinhamento Ao passarmos com um veculo sobre a placa de verificao de alinhamento da linha de inspeo temos que tomar cuidado em no acelerarmos, pois a roda de trao estando em cima da placa, defletiria a mesma que apresentaria um resultado falso. Devemos ter o mesmo cuidado e preocupao com a direo no momento da passagem do veculo sobre a placa e devemos segurar suavemente o volante sem corrigir a trajetria do mesmo. As figuras abaixo so referentes ao alinhamento de direo.

Pela complexidade de ajustes e ngulos envolvidos em todos os modernos sistemas de direo, faz-se necessrio e indispensvel a freqente preocupao com este item de segurana veicular, portanto outros aspectos tcnicos devem ser comentados.

11

A placa de verificao da linha de inspeo simplesmente uma ferramenta para indicar irregularidades no sistema de alinhamento da direo e no para fornecer um diagnstico preciso do problema.

2.6 Suspenso O sistema para avaliao da suspenso dimensionado para atender os quesitos da norma NBR 14040 (Inspeo de segurana veicular - Veculos leves e pesados). Esta avaliao, conforme foi mencionado anteriormente, limita-se aos quesitos estabelecidos pelo mtodo EUSAMA (European Schock Absorber Manufactures ). O ensaio consiste em apoiar o eixo dianteiro, e posteriormente o eixo traseiro, sobre duas placas que devem deslocar-se no sentido vertical com amplitude maior ou igual a 6mm e freqncia de oscilao maior ou igual a 16 Hz, atravs de um motor eltrico ligado a um excntrico. Previamente este eixo foi pesado em repouso e obtemos desta forma o peso inicial do eixo em repouso. O motor eltrico ento acionado submetendo, primeiramente a roda direita ou esquerda a oscilao de 16Hz, que pr estar apoiada na placa que contem um sensor de fora, registrar a cada instante a fora atuante na roda ensaiada.

12

Com os dados obtidos aps o ensaio, o software para o clculo da eficincia da suspenso, analisar todos esforos sobre a placa e selecionar o menor esforo que indica a condio de menor eficincia da suspenso. Com a razo entre o dado selecionado e o peso da roda em repouso se obtm o ndice de transferncia de peso. Como j foi mencionado anteriormente, a linha de inspeo no tem o objetivo de fornecer um diagnstico de avaliao da suspenso e sim indicar se o veculo submetido ao ensaio atende aos requisitos da norma ABNT (NBR 14040), ou seja, se os resultados obtidos para a suspenso avaliada encontram-se entre os limites de eficincia estabelecidos. 2.7 Freio O sistema da linha de inspeo exigido pela norma NBR14040 para avaliao de freios consiste de dois rolos independentes, um para roda direita e outro para a roda esquerda, tracionados pr motor eltrico acoplado a um redutor de fora, que confere ao mesmo a fora necessria a execuo do ensaio, e de um equipamento capaz de pesar o eixo ensaiado. O procedimento de ensaio consiste em posicionar o veculo sobre os rolos os quais, automaticamente ou manualmente, entraro em funcionamento levando a roda ensaiada a uma velocidade de 5 km/h e que atravs da reduo fornecida pelo conjunto motor/redutor proporcionaro uma fora de frenagem capaz de promover ate o travamento da roda e consequentemente a destruio dos pneus. Como o sistema possui um terceiro rolo no tracionado e, que pr contato, acompanha o movimento do pneu e registra a sua velocidade tangencial temos desta forma como controlar o travamento das rodas e desligar o motor eltrico todo a vez que a velocidade tangencial dos pneus for menor que a velocidade tangencial do terceiro rolo. O conjunto de motor eltrico/redutor esta ligado a uma clula de carga que registra as fora de frenagem mxima que ocorre logo aps atingido o travamento das rodas e posterior desligamento do motor eltrico. O clculo da eficincia de frenagem por roda consiste na diviso da fora de frenagem pelo peso do eixo. Abaixo apresentamos o desenho esquemtico do sistema de frenagem.

13

2.8 Inspeo Visual A inspeo visual a etapa final da inspeo veicular e se tratando de uma inspeo subjetiva, pois depende da avaliao crtica do inspetor, diferentemente das etapas anteriores, onde equipamentos devidamente calibrados so usados para avaliar o veiculo, h de se preocupar com o aspecto de treinamento e experincia do tcnico envolvido. Como existe uma complexidade de sistemas de suspenso, freios, exausto e direo dependentes da avaliao do tcnico responsvel pelo trabalho de inspeo torna-se imprescindvel que o mesmo tenha conhecimentos e experincia compatveis com a responsabilidade da tarefa a ser assumida sem mencionar a questo tica. A responsabilidade do tcnico, na inspeo visual vai desde a anlise da documentao veicular(identificao), passando pela inspeo dos itens de sinalizao, iluminao, equipamentos obrigatrios e proibidos, freios, direo, eixos e suspenso, pneus e rodas, e por fim sistemas e componentes complementares. Todos os itens passveis de verificao encontram-se definidos na norma NBR 14040 da ABNT que tambm qualifica cada item segundo uma grade de defeitos em nveis de gravidade como DEFEITOS LEVES (DL); DEFEITOS GRAVES (DG); e DEFEITOS MUITO GRAVES (DMG). A linha de inspeo possui tambm um recurso como o verificador de folgas que consiste de placas onde as rodas so apoiadas e que, atravs do movimento relativo das mesmas, proporcionam deslocamento do conjunto suspenso/direo de forma a permitir uma avaliao visual dos pivots, terminais de direo(ponteira), buchas (balana, barras tensoras, brao de suspenso e etc). Abaixo a figura esquemtica do verificador de folgas:

14