apostila de portugues carolina santana

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APOSTILA BSICA DE PORTUGUSConcursos variados

Carolina Santana e Ricardo Erse

20101

SUMRIOParte 1: Tpicos comuns maioria dos concursosUnidade 1: Pr-requisitos para a concordncia nominal (substantivo, adjetivo, advrbio)........................... 3 Unidade 2: Concordncia nominal ............................................................................................................... 8 Unidade 3: Pronomes............................................................................................................... ...................14 Unidade 4: Verbos ............................................................................................................... .......................19 Unidade 5: Concordncia verbal............................................................................................................. ....23 Unidade 6: Pr-requisitos para a regncia verbal: predicao....................................................................27 Unidade 7: Regncia...................................................................................................................................30 Unidade 8: Crase.........................................................................................................................................40 Unidade 9: Pontuao.................................................................................................................................44 Unidade 10: Perodo composto......................................................................................................... .........50

Parte 2: Contedos mais especficosUnidade 1: Estrutura das palavras...............................................................................................................55 Unidade 2: Processo de formao de palavras...........................................................................................57 Unidade 3: Fonologia........................................................................................................ .........................59 Unidade 4: Nova ortografia.................................................................................................. ......................61 Unidade 5: Acentuao grfica...................................................................................................................67

Parte 3: Texto e produo de sentido

Unidade 1: A importncia do texto nas provas de concursos pblicos.......................................................68 Unidade 2: O texto na prtica.....................................................................................................................70 Unidade 3: Linguagem denotativa e conotativa.................................................................................... ....76 Unidade 4: Linguagem verbal e no verbal............................................................................ ...................77 Unidade 5: Variao lingustica.......................................................................................................... .......79 Unidade 6: Tipologia textual.......................................................................................................................83 Unidade 7: Desmontando um texto dissertativo.........................................................................................87 Unidade 8: Funes de linguagem.............................................................................................................91 Unidade 9: Figuras de linguagem...............................................................................................................98

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PARTE 1: TPICOS COMUNS MAIORIA DOS CONCURSOSUnidade 1: Pr-requisitos para a concordncia nominal: substantivo adjetivo advrbio SUBSTANTIVO Substantivo tudo o que nomeia as "coisas" em geral. Substantivo tudo o que pode ser visto, pego ou sentido. Substantivo tudo o que pode ser precedido de artigo .

Classificao e Formao Substantivo Comum Substantivo comum aquele que designa os seres de uma espcie de forma genrica. Por exemplo pedra, computador, cachorro, homem, caderno. Substantivo Prprio Substantivo prprio aquele que designa um ser especfico, determinado, individualizando-o. Por exemplo Maxi, Londrina, Dlson, Ester. O substantivo prprio sempre deve ser escrito com letra maiscula. Substantivo Concreto Substantivo concreto aquele que designa seres que existem por si s ou apresentam-se em nossa imaginao como se existissem por si. Por exemplo ar, som, Deus, computador, Ester. Substantivo Abstrato Substantivo abstrato aquele que designa prtica de aes verbais, existncia de qualidades ou sentimentos humanos. Por exemplo sada (prtica de sair), beleza (existncia do belo), saudade. Formao dos substantivos Os substantivos, quanto sua formao, podem ser: Substantivo Primitivo primitivo o substantivo que no se origina de outra palavra existente na lngua portuguesa. Por exemplo pedra, jornal, gato, homem. Substantivo Derivado derivado o substantivo que provm de outra palavra da lngua portuguesa. Por exemplo pedreiro, jornalista, gatarro, homnculo. Substantivo Simples simples o substantivo formado por um nico radical. Por exemplo pedra, pedreiro, jornal, jornalista.

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Substantivo Composto composto o substantivo formado por dois ou mais radicais. Por exemplo pedra-sabo, homem-r, passatempo. Substantivo Coletivo coletivo o substantivo no singular que indica diversos elementos de uma mesma espcie.

ADJETIVO Adjetivo a palavra que expressa uma qualidade ou caracterstica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo. Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que alm de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo: homem bondoso, moa bondosa, pessoa bondosa. J com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, no acontece o mesmo; no faz sentido dizer: homem bondade, moa bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, no adjetivo, mas substantivo, pois admite o artigo: a bondade. Morfossintaxe do Adjetivo: O adjetivo exerce sempre funes sintticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). Classificao do Adjetivo fria.

Explicativo: exprime qualidade prpria do ser. Por exemplo: neve Restritivo: exprime qualidade que no prpria do ser. Por exemplo: fruta madura. Formao do Adjetivo Quanto formao, o adjetivo pode ser: ADJETIVO SIMPLES ADJETIVO COMPOSTO ADJETIVO PRIMITIVO ADJETIVO DERIVADO Formado por um s radical.

Por exemplo: brasileiro, escuro, magro, cmico. Formado por mais de um Por exemplo: luso-brasileiro, castanhoradical. escuro, amarelo-canrio. aquele que d origem a outros Por exemplo: belo, bom, feliz, puro. adjetivos. aquele que deriva de Por exemplo: belssimo, bondoso, substantivos ou verbos. magrelo.

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ADVRBIODefinio: palavra invarivel que modifica essencialmente o verbo, exprimindo uma circunstncia.

ADVRBIO MODIFICANDO UM VERBO OU ADJETIVO Ocorre quando o advrbio modifica um verbo ou um adjetivo acrescentando a eles uma circunstncia. Por circunstncia entende-se qualquer particularidade que determina um fato, ampliando a informao nele contida. Ex.: Antnio construiu seu arraial popular ali. Estradas to ruins. ADVRBIO MODIFICANDO OUTRO ADVRBIO Ocorre quando o advrbio modifica um adjetivo ou outro advrbio, geralmente intensificando o significado. Ex.: Grande parte da populao adulta l muito mal ADVRBIO MODIFICANDO UMA ORAO INTEIRA Ocorre quando o advrbio est modificando o grupo formado por todos os outros elementos da orao, indicando uma circunstncia. Ex.:Lamentavelmente o Brasil ainda tem 19 milhes de analfabetos. Locuo Adverbial um conjunto de palavras que pode exercer a funo de advrbio. Ex.: De modo algum irei l. TIPOS DE ADVERBIOS DE MODO: Ex.:Sei muito BEM que ningum deve passar atestado da virtude alheia. Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde,devagar, s pressas, s claras, s cegas, toa, vontade, s escondas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a p, de cor, em vo e a maior parte dos que terminam em -mente:calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente DE INTENSIDADE: Ex.:Acho que, por hoje, voc j ouviu BASTANTE. Muito, demais, pouco, to, menos, em excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quo, tanto, assaz, que(equivale a quo), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo,bem (quando aplicado a propriedades graduveis) DE TEMPO: Ex.: Leia e depois me diga QUANDO pode sair na gazeta. Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora, amanh, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, ento, ora, jamais, agora, sempre, j, enfim, afinal, amide, breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, s vezes, tarde, noite, de manh, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia DE LUGAR: Ex.: A senhora sabe AONDE eu posso encontrar esse pai-de-santo? Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acol, atrs, alm, l, detrs, aqum, c, acima, onde, perto, a, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures,

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nenhures, aqum, embaixo, externamente, a distancia, distancia de, de longe, de perto, em cima, direita, esquerda, ao lado, em volta DE NEGAO :Ex.: DE MODO ALGUM irei No, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum l

DE DVIDA: Ex.: TALVEZ ela volte hoje Acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, qui, talvez, casualmente, por certo, quem sabe DE AFIRMAO: Ex.: REALMENTE eles sumiram Sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubitavelmente DE EXCLUSO: Apenas, exclusivamente, salvo, seno, somente, simplesmente, s, unicamente DE INCLUSO: Ex.: Emocionalmente o indivduo TAMBM amadurece durante a adolescncia. Ainda, at, mesmo, inclusivamente, tambm DE ORDEM: Depois, primeiramente, ultimamente DE DESIGNAO: Eis DE INTERROGAO: Ex.: E ento?QUANDO que embarca? onde?(lugar), como?(modo), quando?(tempo), porque?(causa), quanto?(preo e intensidade), para que?(finalidade Palavras Denotativas H, na lngua portuguesa, uma srie de palavras que se assemelham a advrbios. A Nomenclatura Gramatical Brasileira no faz nenhuma classificao especial para essas palavras, por isso elas so chamadas simplesmente de palavras denotativas. ADIO: Ex.: Comeu tudo e ainda queria mais Ainda, alm disso AFASTAMENTO: Ex.: Foi embora daqui. embora AFETIVIDADE: Ex.: Ainda bem que passei de ano Ainda bem, felizmente, infelizmente APROXIMAO: quase, l por, bem, uns, cerca de, por volta de DESIGNAO: Ex.: Eis nosso novo carro eis EXCLUSO: Ex.: Todos iro, menos ele. Apenas, salvo, menos, exceto, s, somente, exclusive, sequer, seno, EXPLICAO: Ex.: Viajaremos em julho, ou seja, nas frias. isto , por exemplo, a saber, ou seja

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INCLUSO: Ex.: At ele ir viajar. At, inclusive, tambm, mesmo, ademais LIMITAO: Ex.: Apenas um me respondeu. s, somente, unicamente, apenas REALCE: Ex.: E voc l sabe essa questo? que, c, l, no, mas, porque, s, ainda, sobretudo. RETIFICAO: Ex.: Somos trs, ou melhor, quatro alis, isto , ou melhor, ou antes SITUAO: Ex.: Afinal, quem perguntaria a ele? ento, mas, se, agora, afinal

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Unidade 2:

Concordncia nominal

Introduo Leia a frase abaixo e observe as inadequaes: Aquele dois meninos estudioso leram livros antigo. Note que as inadequaes referem-se aos desajustes entre as palavras que a constituem. Para que a frase concorde, adequadamente, entre todos os termos, necessrio: Aquele concordar com a palavra dois; Estudioso concordar com meninos; Antigo concordar com livros. Fazendo-se os ajustes necessrios a frase ficar assim: Aqueles dois meninos estudiosos leram os livros antigos

Assim, concordncia nominal consiste na adaptao de uns nomes aos outros, harmonizando-se nas suas flexes com as palavras de que dependem. REGRA GERAL O artigo, o pronome, o adjetivo e o numeral devem concordar em gnero (masculino/feminino) e nmero (singular/plural) com o substantivo a que se refere. Exemplo: O alto ip cobre-se de flores amarelas. Adj. Adjetivo

Faz duas horas que cheguei de viagem. Num. OUTROS CASOS DE CONCORDNCIA NOMINAL 1. Um adjetivo aps vrios substantivos 1.1 Quando os substantivos so do mesmo gnero h duas concordncias: a) assumir o gnero do substantivo e vai para o plural: exemplo: Encontramos um jovem e um homem preocupados. Adjetivo

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No exemplo acima o adjetivo assumiu o gnero masculino e foi para o plural. b) concordar s com o ltimo substantivo em gnero e nmero: Exemplo: Ela tem irmo e primo pequeno. Adjetivo Acima o adjetivo assumiu o gnero masculino e concordou s com o ltimo substantivo. Observao: Quando os substantivos so do mesmo gnero as duas concordncias podem ser usadas, embora a primeira seja mais adequada porque mostra que a caracterstica atribuda aos dois substantivos. Se o ltimo substantivo estiver no plural, a concordncia s poder ficar no plural. Exemplo: Ele possui perfume e carroscaros. Se o adjetivo funcionar como predicativo, o plural ser obrigatrio. Exemplo: O irmo e o primo dele so pequenos. VL Predicativo 1.2 Quando os substantivos so de gneros diferentes tambm h duas possibilidades: a) ir para o masculino plural: Exemplo: Uma solicitude e um interesse mais que fraternos. (Mrio Alencar) b) concordar s com o substantivo mais prximo: Exemplo: A Marinha e o Exrcito brasileiro estavam alerta. Observao: No caso de substantivos de gneros diferentes o adjetivo ir para o masculino plural, se o adjetivo tiver a funo de predicativo.

Exemplo: O aluno e a aluna esto reprovados. VL Predicativo

2. Um adjetivo anteposto a vrios substantivos A concordncia se dar com o substantivo mais prximo. Exemplo: Tiveste m idia e pensamento. Velhos livros e revistas estavam empilhados na prateleira.

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Observao: Quando o adjetivo exerce a funo de predicativo, ele pode concordar s com o primeiro ou ir para o plural. Exemplo: Ficou reprovada a aluna e o aluno. Ficaram reprovados a aluna e o aluno. Se o adjetivo anteposto referir-se a nomes prprios, o plural ser obrigatrio. Exemplo: As simpticas Lcia e Luana so irms. 3. Um substantivo e mais de um adjetivo Admitem-se duas concordncias: a) Quando o substantivo estiver no plural, no se usa o artigo antes dos adjetivos. Exemplo: Estudava os idiomas francs e ingls. b) Se o substantivo estiver no singular, o uso do artigo ser obrigatrio a partir do segundo adjetivo. Exemplo: Estudo a lngua inglesa, a francesa e a italiana. 4. bom, necessrio, proibido Essas expresses concordam obrigatoriamente com o substantivo a que se referem, quando for precedido de artigo. Caso contrrio so invariveis. Exemplo: Vitamina C bom para sade. necessria muita pacincia. 5. Um e outro (num e noutro) Nesse caso o substantivo fica no singular e o adjetivo vai para o plural. Exemplo: Numa e noutra questo complicadas ela se confundia.

6. Anexo, incluso, apenso, prprio, obrigado Por serem adjetivos, concordam com o substantivo a que se referem. Exemplo: Seguem anexos os acrdos. A procurao est apensa aos autos. Os documentos esto inclusos no processo. Obrigado, disse o rapaz.

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Elas prprias resolveram os exerccios. Observao A expresso em anexo invarivel. Exemplo: Em anexo segue a procurao Em anexo segue o despacho. 7. Mesmo, bastante Tanto pode ser advrbio como pronome. Quando for advrbio permanece invarivel. Quando pronome concorda com a palavra a que se refere. Exemplo: Os alunos mesmos resolveram o problema. Pronome Os alunos resolveram mesmo o problema. Nesse caso mesmo = realmente Advrbio Haviam bastantes razes para ela reclamar. Pronome Eles chegaram bastante cedo ao aeroporto. Advrbio

8. Menos, alerta So palavras invariveis. Exemplo: O Amazonas o Estado menos populoso do Brasil. Havia menos alunas na sala hoje. Os soldados estavam alerta.

Observao Atualmente alerta vem sendo utilizada no plural. Exemplo: Nossos chefes esto alertas.

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9. Meio Essa palavra pode ser numeral ou advrbio. a) Quando for numeral varivel e concorda com a palavra a que se refere. Exemplo: Tomou meia garrafa de champanhe. numeral Isso pesa meio quilo. numeral

b) Se for advrbio invarivel. Exemplo: A porta estava meio aberta. Advrbio Ele anda meio cabisbaixo. Advrbio

10. Muito, pouco, longe, caro Quando essas palavras funcionam como adjetivo variam de acordo com a palavra a que se referem. Se funcionarem como advrbio so invariveis. Exemplo: Muitos alunos compareceram formatura. Adjetivo Os perfumes eram caros. Adjetivo As mensalidades escolares aumentaram muito. Advrbio Vocs moram longe. Advrbio

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11. S a) Quando tem o significado de sozinho(s) ou sozinha(s) essa palavra vai para o plural. Exemplo: Joana ficou s em casa. (sozinha) Lcia e Lvia ficaram ss. (sozinhas) b) Ela invarivel quando significa apenas/somente. Exemplo: Depois da guerra s restaram cinzas. (apenas) Eles queriam ficar s na sala. (apenas) Observao A locuo adverbial a ss invarivel. 12. Possvel Quando acompanhada de expresses superlativas (o mais, a menos, o melhor, a pior) varia conforme o artigo que integra as expresses. Exemplo: As previses eram aspiorespossveis. Recebemos a melhor notcia possvel. 13. Pronomes de tratamento Os pronomes de tratamento sempre concordam em 3 pessoa. Exemplo: Vossa Santidade est muito preocupado. 3 P.S

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Unidade 3:

Pronomes

PRONOMES PESSOAIS so termos que substituem ou acompanham o substantivo. Servem pararepresentar os nomes dos seres e determinar as pessoas do discurso, que so: 1 pessoaa que fala 2 pessoacom quem se fala 3 pessoade quem se fala Eu aprecio tua dedicao aos estudos. Ser que ela aprecia tambm? Os pronomes pessoais classificam-se em retos e oblquos: So pronomes retos, quando atuam como sujeito da orao. Singular 1 pessoa 2 pessoa 3 pessoa eu tu ele/ela Plural ns vs eles/elas Exemplo Eu estudo todos os dias. Tu tambm tens estudado? Ser que ela estuda tambm?

So pronomes oblquos, quando atuam como complemento (objeto direto ou indireto). Quanto acentuao, classificam-se em oblquos tonos (acompanham formas verbais) e oblquos tnicos ( acompanhados de preposio): Pronomes oblquos tonos: me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes. Desejo-te boa sorte Faa-me o favor Em verbos terminados em -r, -s ou -z, elimina-se a terminao e os pronomes o(s), a(s) se tornam lo(s), la(s).Em verbos terminados em -am, -em, -o e -e os pronomes se tornam no(s), na(s). Pronomes oblquos tnicos: mim, A mim pouco importa o que dizem ti, ele, ela, si, ns, vs, eles, elas.

Os pronomes de tratamento tem a funo de pronome pessoal e serve para designar as pessoas do discurso. Colocao pronominal De acordo com as autoras Rose Jordo e Clenir Bellezi, a colocao pronominal a posio que os pronomes pessoais oblquos tonos ocupam na frase em relao ao verbo a que se referem. So pronomes oblquos tonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. O pronome oblquo tono pode assumir trs posies na orao em relao ao verbo: 1. prclise: pronome antes do verbo 2. nclise: pronome depois do verbo 3. mesclise: pronome no meio do verbo

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Prclise A prclise aplicada antes do verbo quando temos: Palavras com sentido negativo: Nada me faz querer sair dessa cama. Ningum me falou que tinha prova. Advrbios: Nesta casa se fala alemo. Naquele dia me falaram que a professora no veio. Pronomes relativos: A aluna que me mostrou a tarefa no veio hoje. No vou deixar de estudar os contedos que me falaram. Pronomes indefinidos: Quem me disse isso? Todos se comoveram durante o discurso de despedida. Pronomes demonstrativos: Isso me deixa muito feliz! Aquilo me constrangeu a mudar de atitude! Preposio seguida de gerndio: Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola o site mais indicado pesquisa escolar. Conjuno subordinativa: Vamos estabelecer critrios, conforme lhe avisaram. nclise A nclise empregada depois do verbo. A norma culta no aceita oraes iniciadas com pronomes oblquos tonos. A nclise vai acontecer quando: Verbo estiver no imperativo afirmativo: Amem-se uns aos outros. Sigam-me e no tero derrotas. O verbo iniciar a orao: Diga-lhe que est tudo bem. Chamaram-me para ser scio. O verbo estiver no infinitivo: Eu no quis vangloriar-me. Gostaria de elogiar-te hoje pelo bom trabalho. O verbo estiver no gerndio: No quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocupada. Despediu-se, beijando-me a face. Houver vrgula ou pausa antes do verbo:

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Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no mesmo instante. Se no tiver outro jeito, alisto-me nas foras armadas. Mesclise A mesclise acontece quando o verbo est flexionado no futuro do presente ou no futuro do pretrito: A prova realizar-se- neste domingo pela manh. Far-lhe-ei uma proposta irrecusvel.

PRONOMES POSSESSIVOS Indicam posse. Estabelece relao da pessoa do discurso com algo que lhe pertence. Singular 1 pessoa 2 pessoa 3 pessoa meu(s), minha(s) teu(s), tua(s) seu(s), sua(s) Plural nosso(s), nossa(s) vosso(s), vossa(s) dele(s), dela(s)

PRONOMES DEMONSTRATIVOS Indicam a posio de um ser ou objeto em relao s pessoas do discurso. 1 pessoa este(s), esta(s), isto..se refere a algo que est perto da pessoa que fala. 2 pessoa esse(s), essa(s), isso.se refere a algo que esta perto da pessoa que ouve. 3 pessoa aquele(s), aquela(s), aquilose refere a algo distante de ambos. Estes livros e essas apostilas devem ser guardadas naquela estante. Estes perto de quem fala essas perto de quem ouve naquela distante de ambos PRONOMES INDEFINIDOS So imprecisos, vagos. Se referem 3 pessoa do discurso. Podem ser variveis (se flexionando em gnero e nmero) ou invariveis. So formas variveis: algum(s), alguma(s), nenhum(s),nenhuma(s), todo(s), toda(s), muito(s), muita(s), pouco(s), pouca(s), tanto(s), tanta(s), certo(s), certa(s), vrio(s), vria(s), outro(s), outra(s), certo(s), certa(s), quanto(s), quanta(s), tal, tais, qual, quais, qualquer, quaisquer So formas invariveis: quem, algum, ningum, outrem, cada, algo, tudo, nada.. Algumas pessoas estudam diariamente. Ningum estuda diariamente. PRONOMES INTERROGATIVOS So empregados para formular perguntas diretas ou indiretas. Podem ser variveis ou invariveis. Variveis: qual, quais, quanto(s), quanta(s). Invariveis: que, onde, quem Quantos de vocs estudam diariamente? Quem de vocs estuda diariamente? PRONOMES RELATIVOS So os que relacionam uma orao a um substantivo que representa. Tambm se classificam em variveis e invariveis.

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Variveis: o(a) qual, os(as) quais, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s). Invariveis:que, quem, onde. Conseguiu o emprego que tanto queria. Emprego dos pronomes relativos 1. Os pronomes relativos viro precedidos de preposio se a regncia assim determinar. Este o pintor a cuja obra me refiro. Este o pintor de cuja obra gosto. 2. O pronome relativo quem empregado com referncia a pessoas: No conheo o poltico de quem voc falou. 3. O relativo quem pode aparecer sem antecedente claro, sendo classificado como pronome relativo indefinido. Quem faltou foi advertido. 4. Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem vir precedido de preposio. Marcelo era o homem a quem ela amava. 5. O pronome relativo que o de mais largo emprego, chamado de relativo universal, pode ser empregado com referncia a pessoas ou coisas, no singular ou no plural. No conheo o rapaz que saiu. Gostei muito do vestido que comprei. Eis os ingredientes de que necessitamos. 6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o, a, os, as. Falo o que sinto. (o pronome o equivale a aquilo) 7. Quando precedido de preposio monossilbica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposies de mais de uma slaba, usa-se o relativo o qual (e flexes). Aquele o livro com que trabalho. Aquela a senhora para a qual trabalho. 8. O pronome relativo cujo (e flexes) relativo possessivo equivale a do qual, de que, de quem. Deve concordar com a coisa possuda. Apresentaram provas em cuja veracidade eu creio. 9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas so pronomes relativos quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas. Comprou tudo quanto viu. 10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de em que, no qual. Este o pas onde habito. a) onde empregado com verbos que no do idia de movimento. Pode ser usado sem antecedente. Sempre morei no pas onde nasci.

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b) aonde empregado com verbos que do idia de movimento e equivale a para onde, sendo resultado da combinao da preposio a + onde. Voltei quele lugar aonde minha me me levava quando criana.

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Unidade 4:

Verbos

O verbo a palavra varivel que exprime um acontecimento representado no tempo, seja ao, estado ou fenmeno da natureza. Os verbos apresentam trs conjugaes. Em funo da vogal temtica, podem-se criar trs paradigmas verbais. De acordo com a relao dos verbos com esses paradigmas, obtm-se a seguinte classificao: regulares: seguem o paradigma verbal de sua conjugao; irregulares: no seguem o paradigma verbal da conjugao a que pertencem. As irregularidades podem aparecer no radical ou nas desinncias (ouvir - ouo/ouve, estar estou/esto); Entre os verbos irregulares, destacam-se os anmalos que apresentam profundas irregularidades. So classificados como anmalos em todas as gramticas os verbos ser e ir. defectivos: no so conjugados em determinadas pessoas, tempo ou modo (falir - no presente do indicativo s apresenta a 1 e a 2 pessoa do plural). Os defectivos distribuemse em trs grupos: impessoais, unipessoais (vozes ou rudos de animais, s conjugados nas 3 pessoas) por eufonia ou possibilidade de confuso com outros verbos; abundantes - apresentam mais de uma forma para uma mesma flexo. Mais freqente no particpio, devendo-se usar o particpio regular com ter e haver; j o irregular com ser e estar (aceito/aceitado, acendido/aceso - tenho/hei aceitado /est aceito); auxiliares: juntam-se ao verbo principal ampliando sua significao. Presentes nos tempos compostos e locues verbais; certos verbos possuem pronomes pessoais tonos que se tornam partes integrantes deles. Nesses casos, o pronome no tem funo sinttica (suicidar-se, apiedar-se, queixarse etc.); formas rizotnicas (tonicidade no radical - eu canto) e formas arrizotnicas (tonicidade fora do radical - ns cantaramos). Quanto flexo verbal, temos: nmero: singular ou plural; pessoa gramatical: 1, 2 ou 3; tempo: referncia ao momento em que se fala (pretrito, presente ou futuro). O modo imperativo s tem um tempo, o presente;

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voz: ativa, passiva e reflexiva; modo: indicativo (certeza de um fato ou estado), subjuntivo (possibilidade ou desejo de realizao de um fato ou incerteza do estado) e imperativo (expressa ordem, advertncia ou pedido). As trs formas nominais do verbo (infinitivo, gerndio e particpio) no possuem funo

exclusivamente verbal. Infinitivo antes substantivo, o particpio tem valor e forma de adjetivo, enquanto o gerndio equipara-se ao adjetivo ou advrbio pelas circunstncias que exprime. Quanto ao tempo verbal, eles apresentam os seguintes valores: presente do indicativo: indica um fato real situado no momento ou poca em que se fala; presente do subjuntivo: indica um fato provvel, duvidoso ou hipottico situado no momento ou poca em que se fala; pretrito perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ao foi iniciada e concluda no passado; pretrito imperfeito do indicativo: indica um fato real cuja ao foi iniciada no passado, mas no foi concluda ou era uma ao costumeira no passado; pretrito imperfeito do subjuntivo: indica um fato provvel, duvidoso ou hipottico cuja ao foi iniciada mas no concluda no passado; pretrito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ao anterior a outra ao j passada; futuro do presente do indicativo: indica um fato real situado em momento ou poca vindoura; futuro do pretrito do indicativo: indica um fato possvel, hipottico, situado num momento futuro, mas ligado a um momento passado; futuro do subjuntivo: indica um fato provvel, duvidoso, hipottico, situado num momento ou poca futura; Quanto formao dos tempos, os chamados tempos simples podem ser primitivos (presente e pretrito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal) e derivados: So derivados do presente do indicativo: pretrito imperfeito do indicativo: TEMA do presente + VA (1 conj.) ou IA (2 e 3 conj.) + Desinncia nmero pessoal (DNP);

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presente do subjuntivo: RAD da 1 pessoa singular do presente + E (1 conj.) ou A (2 e 3 conj.) + DNP; Os verbos em -ear tm duplo "e" em vez de "ei" na 1 pessoa do plural (passeio, mas

passeemos). imperativo negativo (todo derivado do presente do subjuntivo) e imperativo afirmativo (as 2 pessoas vm do presente do indicativo sem S, as demais tambm vm do presente do subjuntivo). So derivados do pretrito perfeito do indicativo: pretrito mais-que-perfeito do indicativo: TEMA do perfeito + RA + DNP; pretrito imperfeito do subjuntivo: TEMA do perfeito + SSE + DNP; futuro do subjuntivo: TEMA do perfeito + R + DNP. So derivados do infinitivo impessoal: futuro do presente do indicativo: TEMA do infinitivo + RA + DNP; futuro do pretrito: TEMA do infinitivo + RIA + DNP; infinitivo pessoal: infinitivo impessoal + DNP (-ES - 2 pessoa, -MOS, -DES, -EM) gerndio: TEMA do infinitivo + -NDO; particpio regular: infinitivo impessoal sem vogal temtica (VT) e R + ADO (1 conjugao) ou IDO (2 e 3 conjugao). Quanto formao, os tempos compostos da voz ativa constituem-se dos verbos auxiliares TER ou HAVER + particpio do verbo que se quer conjugar, dito principal. No modo Indicativo, os tempos compostos so formados da seguinte maneira: pretrito perfeito: presente do indicativo do auxiliar + particpio do verbo principal (VP) [Tenho falado]; pretrito mais-que-perfeito: pretrito imperfeito do indicativo do auxiliar + particpio do VP (Tinha falado); futuro do presente: futuro do presente do indicativo do auxiliar + particpio do VP (Terei falado); futuro do pretrito: futuro do pretrito indicativo do auxiliar + particpio do VP (Teria falado). No modo Subjuntivo a formao se d da seguinte maneira:

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pretrito perfeito: presente do subjuntivo do auxiliar + particpio do VP (Tenha falado); pretrito mais-que-perfeito: imperfeito do subjuntivo do auxiliar + particpio do VP (Tivesse falado);

futuro composto: futuro do subjuntivo do auxiliar + particpio do VP (Tiver falado). Quanto s formas nominais, elas so formadas da seguinte maneira: infinitivo composto: infinitivo pessoal ou impessoal do auxiliar + particpio do VP (Ter falado / Teres falado);

gerndio composto: gerndio do auxiliar + particpio do VP (Tendo falado). O modo subjuntivo apresenta trs pretritos, sendo o imperfeito na forma simples e o

perfeito e o mais-que-perfeito nas formas compostas. No h presente composto nem pretrito imperfeito composto Quanto s vozes, os verbos apresentam a voz: ativa: sujeito agente da ao verbal; passiva: sujeito paciente da ao verbal; A voz passiva pode ser analtica ou sinttica: analtica: - verbo auxiliar + particpio do verbo principal; sinttica: na 3 pessoa do singular ou plural + SE (partcula apassivadora); reflexiva: sujeito agente e paciente da ao verbal. Tambm pode ser recproca ao mesmo tempo (acrscimo de SE = pronome reflexivo, varivel em funo da pessoa do verbo); Na transformao da voz ativa na passiva, a variao temporal indicada pelo auxiliar (ser na maioria das vezes), como notamos nos exemplos a seguir: Ele fez o trabalho - O trabalho foi feito por ele (mantido o pretrito perfeito do indicativo) / O vento ia levando as folhas - As folhas iam sendo levadas pelas folhas (mantido o gerndio do verbo principal).

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Unidade 5:

Concordncia verbal

Regra geral da concordncia verbal O verbo concorda com o sujeito em nmero e pessoa. Exemplos: O tcnico escalou o time. Os tcnicos escalaram os times. Casos especiais da concordncia verbal Sujeito composto a) anteposto: verbo no plural. b) posposto: verbo concorda com o mais prximo ou fica no plural. c) de pessoas diferentes: verbo no plural da pessoa predominante. d) com ncleos em correlao: verbo concorda com o mais prximo ou fica no plural. e) ligado por COM: verbo concorda com o antecedente do COM ou vai para o plural. f) ligado por NEM: verbo no plural e, s vezes, no singular. g) ligado por OU: verbo no singular ou plural, dependendo do valor do OU. Exemplos da concordncia verbal: O tcnico e os jogadores chegaram ontem a So Paulo. Chegou(aram) ontem o tcnico e os jogadores. Eu, voc e os alunos iremos ao museu. Tu, ela e os peregrinos visitareis o santurio. O cientista assim como o mdico pesquisa(m) a causa do mal. O professor, com os alunos, resolveu o problema. O maestro com a orquestra executaram a pea clssica. Nem Paulo nem Maria conquistaram a simpatia de Joana. Valdir ou Leo ser o goleiro titular. Joo ou Maria resolveram o problema. O policial ou os policiais prenderam o perigoso assassino.

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Sujeito constitudo por: a) um e outro, nem um nem outro: verbo no singular ou plural. b) um ou outro: verbo no singular. c) expresses partitivas seguidas de nome plural: verbo no singular ou plural. d) coletivo geral: verbo no singular. e) expresses que indicam quantidade aproximada seguida de numeral: verbo concorda com o substantivo. f) pronomes (indefinidos ou interrogativos) seguidos de pronome: verbo no singular ou plural. g) palavra QUE: verbo concorda com o antecedente. h) palavra QUEM: verbo na 3 pessoa do singular. i) um dos que: verbo no singular ou plural. j) palavras sinnimas: verbo concorda com o mais prximo ou fica no plural. Exemplos da concordncia verbal: Um e outro mdico descobriu(ram) a cura do mal. Nem um nem outro problema propostos foi(ram) resolvido(s). A maioria dos candidatos conseguiu(iram) aprovao. Mais de um jogador foi elogiado pela crnica esportiva. Cerca de dez jogadores participaram da briga. O povo escolher seu governante em 15 de novembro. Qual de ns ser escolhido? Poucos dentre eles sero chamados pelo Exrcito. Alguns de ns seremos eleitos. Hoje sou eu que fao o discurso. Amanh sero eles quem resolver o problema. Foi um dos alunos desta classe que resolveu o problemas. Seu filho foi um dos que chegaram tarde. A tica ou a Moral preocupa-se com o comportamento humano.

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Verbo acompanhado da palavra SE a) SE = pronome apassivador: verbo concorda com o sujeito paciente. Exemplos da concordncia verbal: Viam-se ao longe as primeiras casas. Ofereceu-se um grande prmio ao vencedor da corrida. b) SE = ndice de indeterminao do sujeito: verbo sempre na 3 pessoa do singular. Exemplos da concordncia verbal: Necessitava-se naqueles dias de novas idias. Estava-se muito feliz com o resultado dos jogos. Morria-se de tdio durante o inverno. Verbos impessoais Verbos que indicam fenmenos; verbo haver indicando existncia ou tempo; verbo fazer, ir, indicando tempo: ficam sempre na 3 pessoa do singular. Exemplos da concordncia verbal: Durante o inverno, nevava muito. Ainda havia muitos candidatos para a Universidade. Ontem fez dez anos que ela se foi. Vai para dez meses que tudo terminou. Verbo SER a) indicando tempo, distncia: concorda com o predicativo. Exemplos da concordncia verbal: Hoje dia trs de outubro, pois ontem foram dois e o amanh sero quatro. Daqui at o centro so dez quilmetros. b) com sujeito que indica quantidade e predicativo que indica suficincia, excesso: concorda com o predicativo. Exemplos da concordncia verbal: Dez feijoadas era muito para ela. Vinte milhes era muito por aquela casa. c) com sujeito e predicativo do sujeito: concorda com o que prevalecer.

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Exemplos da concordncia verbal: O homem sempre foi suas idias. Santo Antnio era as esperanas da solteirona. O problema eram os mveis. Hoje, tudo so alegrias eternas. Mulheres discretas coisa rara. A Ptria no ningum; somos todos ns. Verbo DAR Verbo dar (bater e soar) + hora(s): concorda com o sujeito. Exemplos da concordncia verbal: Deram duas horas no relgio do campanrio. Deu duas horas o relgio da igreja. Verbo PARECER Verbo parecer + infinitivo: flexiona-se um dos dois. Exemplos da concordncia verbal: Os cientistas pareciam procurar grandes segredos. Os cientistas parecia procurarem grandes segredos. Sujeito = nome prprio plural. a) com artigo singular ou sem artigo: verbo no singular. Exemplos da concordncia verbal: O Amazonas desgua no Atlntico. Minas Gerais exporta minrios. b) com artigo plural: verbo no plural. Exemplos da concordncia verbal: Os Estados Unidos enviaram tropas zona de conflito. "Os Lusadas" narram as conquistas portuguesas.

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Unidade 6:

Pr-requisitos para a regncia verbal: predicao

o estudo do comportamento do verbo na orao. a partir da predicao verbal que se analisa a ocorrncia de ao ou de fato, de qualidade, estado ou modo de ser do sujeito.Quanto predicao verbal, os verbos podem ser: Intransitivos Transitivos De Ligao Os transitivos e os intransitivos so tambm denominados verbos significativos. Verbos Intransitivos: So verbos intransitivos os que no necessitam de complementao, pois j possuem sentido completo. Leia estas frases, retiradas de manchetes de jornais: Rei Hussein, da Jordnia, 24 mil casam-se ao 2 parcela do IPVA vence a partir de hoje. morre mesmo aos 63. tempo.

Observe que esses verbos no necessitam de elemento algum para complementar seu sentido, pois quem morre, morre, quem se casa, casa-se e aquilo que vence, vence. H verbos intransitivos, porm, que vm acompanhados de um termo acessrio, exprimindo alguma circunstncia - lugar, tempo, modo, causa, etc. O estudante no deve confundir esse elemento acessrio com complemento de verbo. Observe esse exemplo: Governador diz que ir a Braslia para reunio. Aparentemente, o verbo ir apresenta complementao, pois quem vai, vai a algum lugar, porm lugar uma circunstncia e no complementao, como primeira vista possa parecer. Os verbos que indicam destino ou procedncia so verbos intransitivos, normalmente acompanhados de circunstncia de lugar - Adjunto Adverbial de Lugar. So eles ir, vir, voltar, chegar, cair, comparecer, dirigir-se.... Esses verbos admitem as preposies a, para e de; esta para indicao de procedncia, aquelas para a indicao de destino. Outros exemplos: O avio caiu ao mar. Cheguei a casa antes da meia-noite. Nessa frase no ocorre o acento indicador de crase, pois a palavra casa s admite o artigo quando estiver especificada: Cheguei casa de Joana.

Verbos Transitivos: So verbos que necessitam de complementao. pois tm sentido incompleto. Observe as oraes:

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O Santos venceu o Cliente reclama de promoo Medida tomada pelo Governo d alvio para os Estados.

da

Corinthians. BCP.

Observe que os trs verbos utilizados nos exemplos necessitam de complementao, pois quem vence, vence algum, quem reclama, reclama de algo e quem d, d algo a/para algum. A complementao, porm, d-se de trs maneiras diferentes: na primeira, o verbo no exige preposio, mas na segunda, sim, e, na terceira, h dois complementos, um com preposio, outro,sem. Quanto a isso, os verbos so:

Transitivos diretos: Exigem complemento sem preposio obrigatria. O complemento denominado de objeto direto. O Presidente A falta de verbas causa problemas. Transitivos indiretos: Exigem complemento com preposio obrigatria. O complemento denominado de objeto indireto. Eleitor no obedece A populao ainda acredita nos polticos. convocao do TRE. receber os governadores.

Transitivos diretos e indiretos ou bitransitivos: Possuem dois complementos; o objeto direto e o objeto indireto. O Governador perdoa a Deputado Empresrio doa rendimentos do ms Unicef. traio do passado.

Junto de verbo significativo pode surgir uma qualidade do sujeito ou uma qualidade do objeto. Esta denomina-se predicativo do objeto; aquela, predicativo do sujeito. Veja estes exemplos: O professor encontrou os alunos estressados naquela tarde. (O verbo encontrar transitivo direto, o termo alunos, objeto direto e estressados, predicativo do objeto.) Maria morreu feliz. (O verbo morrer intransitivo, e feliz, predicativo do sujeito)

Verbos de Ligao: So verbos que servem como elementos de ligao entre o sujeito e uma qualidade ou estado ou modo de ser, denominado de Predicativo do Sujeito. Os principais verbos de ligao so ser, estar, parecer, permanecer, ficar, continuar. No decore, porm, quais so os verbos de ligao, e sim memorize o significado dele: Verbo de ligao aquele que indica a existncia de uma qualidade do sujeito, sem que ele pratique uma ao nem que participe ativamente de um fato.

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Investimento direto Matria-prima fica mais cara.

ser

menor

no

prximo

ano.

Quando o verbo indica ao, alm de qualidade do sujeito, denominado transitivo ou intransitivo, mesmo que haja predicativo do sujeito. Seleo volta abatida da sia. Nesse exemplo o verbo no de ligao, pois est indicando uma ao - quem volta, volta de algum lugar, mesmo que haja o predicativo do sujeito abatida. , ento, um verbo intransitivo, j que da sia Adjunto Adverbial de Lugar. Ento, conclui-se que pode haver predicativo do sujeito sem que haja verbo de ligao.

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Unidade 7:

Regncia

Regncia Verbal e Nominal Definio: D-se o nome de regncia relao de subordinao que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos. Ocupa-se em estabelecer relaes entre as palavras, criando frases no ambguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras. REGNCIA VERBAL Termo Regente: VERBO A regncia verbal estuda a relao que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). O estudo da regncia verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas significaes que um verbo pode assumir com a simples mudana ou retirada de uma preposio. Observe: A me agrada o filho. -> agradar significa acariciar, contentar. A me agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer. Logo, conclui-se que "agradar algum" diferente de "agradar a algum". Saiba que: O conhecimento do uso adequado das preposies um dos aspectos fundamentais do estudo da regncia verbal (e tambm nominal). As preposies so capazes de modificar completamente o sentido do que se est sendo dito. Veja os exemplos: Cheguei ao metr. Cheguei no metr. No primeiro caso, o metr o lugar a que vou; no segundo caso, o meio de transporte por mim utilizado. A orao "Cheguei no metr", popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai, possui, no padro culto da lngua, sentido diferente. Alis, muito comum existirem divergncias entre a regncia coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regncia culta. Para estudar a regncia verbal, agruparemos os verbos de acordo com sua transitividade. A transitividade, porm, no um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases distintas. Verbos Intransitivos Os verbos intransitivos no possuem complemento. importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanh-los. a) Chegar, Ir Normalmente vm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na lngua culta, as preposies usadas para indicar destino ou direo so: a, para. Exemplos: Fui ao teatro. Adjunto Adverbial de Lugar Ricardo foi para a Espanha. Adjunto Adverbial de Lugar Obs.: "Ir para algum lugar" enfatiza a direo, a partida." Ir a algum lugar" sugere tambm o retorno. Importante: reserva-se o uso de "em" para indicao de tempo ou meio. Veja:

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Cheguei a Roma em outubro. Adjunto Adverbial de Tempo Chegamos no trem das dez. Adjunto Adverbial de Meio b) Comparecer O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a. Por Exemplo: Comparecemos ao estdio (ou no estdio) para ver o ltimo jogo.

Verbos Transitivos Diretos Os verbos transitivos diretos so complementados por objetos diretos. Isso significa que no exigem preposio para o estabelecimento da relao de regncia. Ao empregar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (aps formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (aps formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes so, quando complementos verbais, objetos indiretos. So verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, abenoar, aborrecer, abraar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar. Na lngua culta, esses verbos funcionam exatamente como o verbo amar: Amo aquele rapaz. / Amo-o. Amo aquela moa. / Amo-a. Amam aquele rapaz. / Amam-no. Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve am-la. Obs.: os pronomes lhe, lhes s acompanham esses verbos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais). Exemplos: Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) Conheo-lhe o mau humor! (= conheo seu mau humor)

Verbos Transitivos Indiretos Os verbos transitivos indiretos so complementados por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma preposio para o estabelecimento da relao de regncia. Os pronomes pessoais do caso oblquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos so o "lhe", o "lhes", para substituir pessoas. No se utilizam os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que no representam pessoas, usam-se pronomes oblquos tnicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes tonos lhe, lhes. Os verbos transitivos indiretos so os seguintes:

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a) Consistir Tem complemento introduzido pela preposio "em". Por Exemplo: A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos. b) Obedecer e Desobedecer: Possuem seus complementos introduzidos pela preposio "a". Por Exemplo: Devemos obedecer aos nossos princpios e ideais. Eles desobedeceram s leis do trnsito. c) Responder Tem complemento introduzido pela preposio "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a quem" ou "ao que" se responde. Por Exemplo: Respondi ao meu patro. Respondemos s perguntas. Respondeu-lhe altura. Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva analtica. Veja: O questionrio foi respondido corretamente. Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. d) Simpatizar e Antipatizar Possuem seus complementos introduzidos pela preposio "com". Por Exemplo: Antipatizo com aquela apresentadora. Simpatizo com os que condenam os polticos que governam para uma minoria privilegiada.

Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos H verbos que admitem duas construes, uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso implique modificaes de sentido. Dentre os principais, temos: Abdicar Abdicou as vantagens do cargo. / Abdicou das vantagens do cargo.

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Acreditar No acreditava a prpria fora. / No acreditava na prpria fora. Almejar Almejamos a paz entre as naes. / Almejamos pela paz entre as naes. Ansiar Anseia respostas objetivas. / Anseia por respostas objetivas. Anteceder Sua partida antecedeu uma srie de fatos estranhos. / Sua partida antecedeu a uma srie de fatos estranhos. Atender Atendeu os meus pedidos. / Atendeu aos meus pedidos. Atentar Atente esta forma de digitar. / Atente nesta forma de digitar. / Atente para esta forma de digitar. Cogitar Cogitvamos uma nova estratgia. / Cogitvamos de uma nova estratgia. / Cogitvamos em uma nova estratgia. Consentir Os deputados consentiram a adoo de novas medidas econmicas. / Os deputados consentiram na adoo de novas medidas econmicas. Deparar Deparamos uma bela paisagem em nossa trilha. / Deparamos com uma bela paisagem em nossa trilha. Gozar Gozava boa sade. / Gozava de boa sade. Necessitar Necessitamos algumas horas para preparar a apresentao. / Necessitamos de algumas horas para preparar a apresentao. Preceder Intensas manifestaes precederam a mudana de regime./ Intensas manifestaes precederam mudana de regime.

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Presidir Ningum presidia o encontro. / Ningum presidia ao encontro. Renunciar No renuncie o motivo de sua luta. / No renuncie ao motivo de sua luta. Satisfazer Era difcil conseguir satisfaz-la. / Era difcil conseguir satisfazer-lhe. Versar Sua palestra versou o estilo dos modernistas. / Sua palestra versou sobre o estilo dos modernistas. Verbos Transitivos Diretos e Indiretos Os verbos transitivos diretos e indiretos so acompanhados de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse grupo: Agradecer, Perdoar e Pagar So verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. Veja os exemplos: Agradeo aos ouvintes a audincia. Objeto Indireto Objeto Direto Cristo ensina que preciso perdoar o pecado ao pecador. Objeto Direto Objeto Indireto Paguei o dbito ao cobrador. Objeto Direto Objeto Indireto O uso dos pronomes oblquos tonos deve ser feito com particular cuidado. Observe: Agradeci o presente. / Agradeci-o. Agradeo a voc. / Agradeo-lhe. Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. Paguei minhas contas. / Paguei-as. Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes. Saiba que: Com os verbos agradecer, perdoar e pagar a pessoa deve sempre aparecer como objeto indireto, mesmo que na frase no haja objeto direto. Veja os exemplos: A empresa no paga aos funcionrios desde setembro. J perdoei aos que me acusaram. Agradeo aos eleitores que confiaram em mim.

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Informar Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a pessoas, ou viceversa. Por Exemplo: Informe os novos preos aos clientes. Informe os clientes dos novos preos. (ou sobre os novos preos) Na utilizao de pronomes como complementos, veja as construes: Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preos. Informe-os dos novos preos. / Informe-os deles. (ou sobre eles) Obs.: a mesma regncia do verbo informar usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir. Comparar Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposies "a" ou "com" para introduzir o complemento indireto. Por Exemplo: Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criana. Pedir Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de orao subordinada substantiva) e indireto de pessoa. Por Exemplo: Pedi lhe Objeto Indireto Pedi lhe Objeto Indireto Saiba que: 1) A construo "pedir para", muito comum na linguagem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na lngua culta. No entanto, considerada correta quando a palavra licena estiver subentendida. Por Exemplo: Peo (licena) para ir entregar-lhe os catlogos em casa. Observe que, nesse caso, a preposio "para" introduz uma orao subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe os catlogos em casa). 2) A construo "dizer para", tambm muito usada popularmente, igualmente considerada incorreta. favores. Objeto Direto que mantivesse em silncio. Orao Subordinada Substantiva Objetiva Direta

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Preferir Na lngua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela preposio "a". Por Exemplo: Prefiro qualquer coisa a abrir mo de meus ideais. Prefiro trem a nibus. Obs.: na lngua culta, o verbo "preferir" deve ser usado sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um milho de vezes, mais. A nfase j dada pelo prefixo existente no prprio verbo (pre).

Mudana de Transitividade versus Mudana de Significado H verbos que, de acordo com a mudana de transitividade, apresentam mudana de significado. O conhecimento das diferentes regncias desses verbos um recurso lingustico muito importante, pois alm de permitir a correta interpretao de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, esto: AGRADAR 1) Agradar transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar. Por Exemplo: Sempre agrada o filho quando o rev. / Sempre o agrada quando o rev. Cludia no perde oportunidade de agradar o gato. / Cludia no perde oportunidade de agrad-lo. 2) Agradar transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradvel a. Rege complemento introduzido pela preposio "a". Por Exemplo: O cantor no agradou aos presentes. O cantor no lhes agradou. ASPIRAR 1) Aspirar transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar. Por Exemplo: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) 2) Aspirar transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambio. Por Exemplo: Aspirvamos a melhores condies de vida. (Aspirvamos a elas)

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Obs.: como o objeto direto do verbo "aspirar" no pessoa, mas coisa, no se usam as formas pronominais tonas "lhe" e "lhes" e sim as formas tnicas "a ele (s)", " a ela (s)". Veja o exemplo: Aspiravam a uma existncia melhor. (= Aspiravam a ela) ASSISTIR 1) Assistir transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assistncia a, auxiliar. Por Exemplo: As empresas de sade negam-se a assistir os idosos. As empresas de sade negam-se a assisti-los. 2) Assistir transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer. Exemplos: Assistimos ao documentrio. No assisti s ltimas sesses. Essa lei assiste ao inquilino. Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo "assistir" intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar introduzido pela preposio "em". Por Exemplo: Assistimos numa conturbada cidade.

CHAMAR 1) Chamar transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a ateno ou a presena de. Por exemplo: Por gentileza, v chamar sua prima. / Por favor, v cham-la. Chamei voc vrias vezes. / Chamei-o vrias vezes. 2) Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo preposicionado ou no. Exemplos: A torcida chamou o jogador mercenrio. A torcida chamou ao jogador mercenrio. A torcida chamou o jogador de mercenrio. A torcida chamou ao jogador de mercenrio. CUSTAR 1) Custar intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preo, sendo acompanhado de adjunto adverbial. Por exemplo:

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Frutas e verduras no deveriam custar muito. 2) No sentido de ser difcil, penoso pode ser intransitivo ou transitivo indireto. Por exemplo: Muito custa viver to longe da famlia. Verbo Orao Subordinada Substantiva Subjetiva Intransitivo Reduzida de Infinitivo Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela atitude. Objeto Orao Subordinada Substantiva Subjetiva Indireto Reduzida de Infinitivo Obs.: a Gramtica Normativa condena as construes que atribuem ao verbo "custar" um sujeito representado por pessoa. Observe o exemplo abaixo: Custei para entender o problema. Forma correta: Custou-me entender o problema. IMPLICAR 1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: a) dar a entender, fazer supor, pressupor Por exemplo: Suas atitudes implicavam um firme propsito. b) Ter como consequncia, trazer como consequncia, acarretar, provocar Por exemplo: Liberdade de escolha implica amadurecimento poltico de um povo. 2) Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, envolver Por exemplo: Implicaram aquele jornalista em questes econmicas. Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicncia, transitivo indireto e rege com preposio "com". Por Exemplo: Implicava com quem no trabalhasse arduamente.

PROCEDER 1) Proceder intransitivo no sentido de ser decisivo, ter cabimento, ter fundamento ou portarse, comportar-se, agir. Nessa segunda acepo, vem sempre acompanhado de adjunto adverbial de modo.

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Exemplos: As afirmaes da testemunha procediam, no havia como refut-las. Voc procede muito mal. 2) Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposio" de") e fazer, executar (rege complemento introduzido pela preposio "a") transitivo indireto. Exemplos: O avio procede de Macei. Procedeu-se aos exames. O delegado proceder ao inqurito. QUERER 1) Querer transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade de, cobiar. Querem melhor atendimento. Queremos um pas melhor. 2) Querer transitivo indireto no sentido de ter afeio, estimar, amar. Exemplos: Quero muito aos meus amigos. Ele quer bem linda menina. Despede-se o filho que muito lhe quer. VISAR 1) Como transititvo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pr visto, rubricar. Por Exemplo: O homem visou o alvo. O gerente no quis visar o cheque. 2) No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, transitivo indireto e rege a preposio "a". Exemplos: O ensino deve sempre visar ao progresso social. Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar pblico.

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Unidade 8:

Crase

Crase a fuso de duas vogais idnticas. Representa-se graficamente a crase pelo acento grave. Fomos piscina artigo e preposio Ocorrer a crase sempre que houver um termo que exija a preposio a e outro termo que aceite o artigo a. Para termos certeza de que o "a" aparece repetido, basta utilizarmos alguns artifcios: I. Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer ao ou aos diante de palavras masculinas, porque ocorre a crase. Exemplos: Temos amor arte. (Temos amor ao estudo) Respondi s perguntas. (Respondi aos questionrio) II. Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a, ocorre a crase: Exemplos: Contarei uma estria a voc. (Contarei uma estria para voc.) Fui Holanda (Fui para a Holanda) 3. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expresso voltar da, porque ocorre a crase. Exemplos: Iremos a Curitiba. (Voltaremos de Curitiba) Iremos Bahia (Voltaremos da Bahia)

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No ocorre a Crase a) antes de verbo Voltamos a contemplar a lua. b) antes de palavras masculinas Gosto muito de andar a p. Passeamos a cavalo. c) antes de pronomes de tratamento, exceo feita a senhora, senhorita e dona: Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza Dirigiu-se Sra. com aspereza. d) antes de pronomes em geral: No vou a qualquer parte. Fiz aluso a esta aluna. e) em expresses formadas por palavras repetidas: Estamos frente a frente Estamos cara a cara. f) quando o "a" vem antes de uma palavra no plural: No falo a pessoas estranhas. Restrio ao crdito causa o temor a empresrios. Crase facultativa 1. Antes de nome prprio feminino: Refiro-me (a) Julinana. 2. Antes de pronome possessivo feminino: Dirija-se (a) sua fazenda. 3. Depois da preposio at: Dirija-se at (a) porta. Casos particulares 1. Casa Quando a palavra casa empregada no sentido de lar e no vem determinada por nenhum adjunto adnominal, no ocorre a crase.

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Exemplos: Regressaram a casa para almoar Regressaram casa de seus pais 2. Terra Quando a palavra terra for utilizada para designar cho firme, no ocorre crase. Exemplos: Regressaram a terra depois de muitos dias. Regressaram terra natal. 3. Pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aqueles, aquilo. Se o tempo que antecede um desse pronomes demonstrativos reger a preposio a, vai ocorrer a crase. Exemplos: Est a nao que me refiro. (Este o pas a que me refiro.) Esta a nao qual me refiro. (Este o pas ao qual me refiro.) Estas so as finalidades s quais se destina o projeto. (Estes so os objetivos aos quais se destino o projeto.) Houve um sugesto anterior que voc deu. (Houve um palpite anterior ao que voc me deu.) Ocorre tambm a crase a) Na indicao do nmero de horas: Chegamos s nove horas. b) Na expresso moda de, mesmo que a palavra moda venha oculta: Usam sapatos (moda de) Lus XV. c) Nas expresses adverbiais femininas, exceto s de instrumento: Chegou tarde (tempo). Falou vontade (modo). d) Nas locues conjuntivas e prepositivas; medida que, fora de... OBSERVAES: Lembre-se que:

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H - indica tempo passado. Moramos aqui h seis anos A - indica tempo futuro e distncia. Daqui a dois meses, irei fazenda. Moro a trs quarteires da escola.

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Unidade 9:

Pontuao

Os sinais de pontuao so recursos variados e representam as pausas e entonaes da fala. A pontuao d escrita maior clareza e simplicidade. A seguir veremos os principais empregos de alguns sinais de pontuao. USO DA VRGULA Quanto ao emprego, a vrgula provoca muitas dvidas, pois tem vrias funes. O uso da vrgula no interior de oraes: Separar elementos que exercem a mesma funo sinttica. Ex: Tivera pai, me, marido, dois filhos. Todos aos poucos tinham morrido. (nesse exemplo a vrgula separa uma srie de objetos diretos do verbo ter.) LISPECTOR, Clarice. A legio estrangeira. Quando elementos que tm mesma funo sinttica aparecem unidos pelas conjunes e, nem e ou, no se usa vrgulas, a no ser que as conjunes apaream repetidas: Ex: Tenho muito cuidado com meus livros e meus CDs. Ou voc, ou sua esposa deve comparecer escola de seu filho. Para indicar que uma palavra, geralmente verbo, foi suprimida. Ex: Patrcia, a todos os seus irmos, deu um presente de Natal; ao marido, apenas um beijo. (A vrgula aps marido" est indicando a supresso do verbo dar.) Isolar vocativo. Ex: - E agora, meu marido, aceito ou no o emprego? Isolar aposto. Ex: Goinia, capital de Gois, uma cidade que tem belas mulheres. Isolar complemento verbal ou nominal antecipados. Ex: Um medo terrvel, eu senti naquele momento. (inverso do objeto direto) De cobra, eu morro de medo! (inverso do complemento nominal) Isolar adjunto adverbial antecipado. Ex: Dizem muito que, no Brasil, os corruptos ficam soltos enquanto os ladres de galinha vo para a cadeia. VERISSIMO, Luis Fernando. Novas comdias da vida pblica A verso dos afogados. Isolar nome de lugar, quando se transcrevem datas. Ex: Goinia, 21 de janeiro de 2001. Isolar conjunes intercaladas. Ex: A ferida j foi tratada. preciso, porm, cuidar para que no infeccione. Intercalar expresses como em suma, isto , ou seja, vale dizer, a propsito. Ex: Preciso dar uma maquiada no texto, ou seja, subentender algumas idias. Uso da vrgula entre oraes

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A vrgula usada para: Separar as oraes coordenadas assindticas e as sindticas que no sejam introduzidas pela conjuno e: Ex: Cheguei, peguei o livro, voltei correndo para o curso. H aqueles que se esforam muito, porm nunca so reconhecidos. aconselhvel usar a vrgula quando a conjuno e: - aparece repetida no perodo: Ex: Passaram aqui para perguntar, e questionar, e amolar, e comprometer. - aparece entre oraes de sujeitos diferentes: Ex: O tempo estava nublado, e o piloto desistiu do vo. - no tem sentido de adio: Ex: A senhora apertou a campainha, e ningum veio atender. ( o e tem valor de conjuno adversativa) Isolar oraes intercaladas. Ex: E o ladro, perguntei eu, foi condenado ou no? Isolar oraes adjetivas explicativas. Ex: As frutas, que estavam maduras, caram no cho. Isolar oraes adverbiais. Ex: Fiquei to alegre com esta idia, que ainda agora me treme a pena na mo. (Machado de Assis) Isolar oraes reduzidas. Ex: Para serenar a roda, propus novo chope. (Cyro dos Anjos) PONTO FINAL utilizado na finalizao de frases declarativas ou imperativas. Exemplo: Lembrei-me de um caso antigo. Vamos animar a festa. O ponto final tambm utilizado em abreviaturas. Exemplo: Sr. (senhor), Sra. (senhora), Srta. (senhorita), pg. (pgina). PONTO DE INTERROGAO (?) utilizado no fim de uma palavra, orao ou frase, indicando uma pergunta direta. Exemplo: Quem voc? Por que ningum ligou? No deve ser usado nas perguntas indiretas.

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Exemplo: Perguntei a voc quem estava no quarto. PONTO DE EXCLAMAO (!) usado no final de frases exclamativas, depois de interjeies ou locues. Exemplo: Ah! Deixa isso aqui. Nossa! Isso demais! VRGULA A vrgula usada nos seguintes casos: - para separar o nome de localidades das datas. Recife, 28 de junho de 2005. - para separar vocativo. Exemplo: Meu filho, venha tomar seus remdios. - para separar aposto. Exemplo: Brasil, pas do futebol, um grande centro de formao de jogadores. - para separar expresses explicativas ou retificativas, tais como: isto , alis, alm, por exemplo, alm disso, ento. Exemplo: O nosso sistema precisa de proteo, isto , de um bom antivrus. Alm disso, precisamos de um bom firewall. - para separar oraes coordenadas assindticas. Exemplo: Ela ganhou um carro, mas no sabe dirigir. - para separar oraes coordenadas sindticas, desde que no sejam iniciadas por e, ou e nem. Exemplo: Cobram muitos impostos, poucas obras so feitas. - para separar oraes adjetivas explicativas. Exemplo: A Amaznia, pulmo mundial, est sendo devastada.

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- para separar o adjunto adverbial. Exemplo: Com a p, retirou a sujeira. PONTO E VRGULA O ponto e vrgula indica uma pausa mais longa que a vrgula, porm mais breve que o ponto final. Emprega-se o ponto e vrgula nos seguintes casos: - para itens de uma enumerao. Exemplo: As vozes do verbo so: voz ativa; voz passiva; voz reflexiva. - para aumentar a pausa antes das conjunes adversativas mas, porm, contudo, todavia e substituir a vrgula. Exemplo: Deveria entregar o documento hoje; porm s o entregarei amanh noite. DOIS PONTOS Os dois pontos so empregados nos seguintes casos: - para iniciar uma enumerao. Exemplo: O computador tem a seguinte configurao: - memria RAM 256 MB; - HD 40 GB; - fax-modem; - placa de rede; - som. - antes de uma citao. Exemplo: J diz o ditado: tal pai, tal filho. Como j diz a msica: o poeta no morreu. - para iniciar a fala de uma pessoa, personagem. Exemplo: O reprter disse: - Nossa reportagem volta cena do crime. - para indicar esclarecimento, um resultado ou resumo do que j foi dito.

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Exemplo: O Ministrio de Sade adverte: fumar prejudicial sade. Nota de esclarecimento: Nossa empresa no envia e-mail a seus clientes. Quaisquer informaes devem ser tratadas em nosso escritrio. RETICNCIAS Indicam uma interrupo ou suspenso na seqncia normal da frase. So usadas nos seguintes casos: - para indicar suspenso ou interrupo do pensamento. Exemplo: Estava digitando quando... Guiava tranquilamente quando passei pela cidade e... - para indicar hesitaes comuns na lngua falada. Exemplo: No vou ficar aqui por que... por que... no quero problemas. - para indicar movimento ou continuao de um fato. Exemplo: E a bola foi entrando... - para indicar dvida ou surpresa na fala da pessoa. Exemplo: Rodrigo! Voc... passou no vestibular! Antnio... voc vai viajar? ASPAS So usados nos seguintes casos: - na representao de nomes de livros e legendas. Exemplo: J li O Ateneu de Raul Pompia. Os Lusadas de Cames tem grande importncia literria. - nas citaes ou transcries. Exemplo: Tudo comeou com um telefonema da empresa, convidando-me para trabalhar l na sede. J havia mandado um currculo antes, mas eles nunca entraram em contato comigo. Quando as selees recomearam mandei um currculo novamente, revelou Cleber.

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- destacar palavras que representem estrangeirismo, vulgarismo, ironia. Exemplo Que belo exemplo voc deu. Vamos assistir a show de mgica. PARNTESES So usados nos seguintes casos: - na separao de qualquer indicao de ordem explicativa. Exemplo: Predicado verbo-nominal aquele que tem dois ncleos: o verbo (ncleo verbal) e o predicativo (ncleo nominal). - na separao de um comentrio ou reflexo. Exemplo: Os escndalos esto se proliferando (a imagem poltica do Brasil est manchada) por todo o pas. - para separar indicaes bibliogrficas. Pra que partiu? Estou sentado sobre a minha mala No velho bergantim desmantelado... Quanto tempo, meu Deus, malbaratado Em tanta intil, misteriosa escala! (Mario Quintana, A Rua dos Cata-Ventos, Porto Alegre, 1972). CONCLUSO-RESUMO O ponto final utilizado na finalizao de frases declarativas ou imperativas. Tambm usado em abreviaturas. O ponto de interrogao utilizado no final de palavras, oraes ou frases para indicar uma pergunta direta. No deve ser empregado em perguntas indiretas. O ponto de exclamao usado no final de frases exclamativas e depois de interjeies ou locues. A vrgula tem vrios casos de emprego, entre eles esto: separao de nomes de localidades, vocativos, aposto, expresses explicativas, oraes coordenadas sindticas, etc. O ponto e vrgula servem para enumerar itens, aumentar a pausa antes de conjunes adversativas. Dois pontos so usados para iniciar uma enumerao, antes de citaes, no incio da fala de uma pessoa, personagem e para indicar esclarecimento, resultado ou resumo do que j foi dito.

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Unidade 10: Perodo composto o perodo constitudo de duas ou mais oraes, sabendo-se que cada orao , obrigatoriamente, estruturada em torno de um verbo. "Traziam / no sei / que fluido misterioso e enrgico, uma fora / que arrastava para dentro,/ como a vaga / que se retira da praia, nos dias de ressaca. (M. Assis). I - ORAES SUBORDINADAS So oraes dependentes sintaticamente de outra. Exercem uma funo sinttica correspondente ao substantivo, adjetivo ou advrbio. Exemplo: Os credores internacionais esperavam / que o Brasil suspendesse o pagamento dos juros. Nesse exemplo, a segunda orao est subordinada primeira, pois exerce funo sinttica de objeto direto do verbo esperar. Oraes subordinadas substantivas So aquelas que exercem funo sinttica prpria de um substantivo, a saber: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito, aposto ou agente da passiva. Assim temos: a) Subjetiva Funo de sujeito em relao ao verbo da principal. Exemplos: importante / que tenhamos o equilbrio da balana comercial. Ainda se espera / que o governo mude as normas do imposto de renda. Ainda era esperado / que a equipe palmeirense se reabilitasse. Consta / que haver mudanas no ministrio, caso o presidente seja reeleito. b) Objetiva direta Funo de objeto direto em relao ao verbo da principal. Exemplo: Os contribuintes esperam / que o governo altere as normas do imposto de renda. c) Objetiva indireta Funo de objeto indireto em relao ao verbo da principal. Exemplo: O pas necessita / de que se faa uma melhor distribuio de renda. d) Completiva nominal Funo sinttica de complemento nominal em relao a um substantivo, adjetivo ou advrbio da principa Exemplos: O pas tem necessidade / de que se faa uma reforma social. O governador era contrrio / a que mudassem as regras do jogo. Percebia-se que agia favoravelmente / a que mudassem as regras do jogo. e) Predicativa Funo de predicativo do sujeito em relao principal. Exemplo:

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O medo dos empresrios era / que sobreviesse uma violenta recesso. f) Apositiva Funo de aposto em relao a um termo da principal. Exemplo: O receio dos jogadores era esse: / que o tcnico no os ouvisse. g) Agente da passiva Funo de agente da passiva em relao principal. Exemplo: O assunto era explicado / por quem o entendia profundamente. Oraes subordinadas adjetivas So aquelas que exercem funo sinttica prpria de um adjetivo: a) Restritivas Restringem, limitam o sentido de um termo da orao principal. No so isoladas por vrgulas. Exemplo: A doena que surgiu nestes ltimos anos pode matar muita gente. b) Explicativas Explicam, generalizam o sentido de um termo da orao principal. So isoladas por vrgulas. Exemplo: As doenas, que so um flagelo da humanidade, j mataram muita gente. Observao: As oraes subordinadas adjetivas so introduzidas por pronomes relativos: que, quem, o qual, a qual, cujo, onde, como, quando etc. Os pronomes relativos exercem funes sintticas, a saber: a) Sujeito Exemplo: Os trabalhadores que fizeram greve exigiam aumento salarial. (= Os trabalhadores fizeram greve.) b) Objeto direto Exemplo: As reivindicaes que os trabalhadores faziam preocupavam os empresrios. (= Os trabalhadores faziam as reivindicaes.) c) Objeto indireto Exemplo: O aumento de que todos necessitavam proveria o sustento da casa. (= Todos necessitavam do aumento.) d) Complemento nomina Exemplo: O aumento de que todos tinham necessidade proveria o sustento da casa. (= Todos tinham necessidade do aumento.) e) Predicativo do sujeito

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Exemplo: O grande mestre que ele sempre foi agradava a todos. (= Ele sempre foi o grande mestre.) f) Adjunto adnominal Exemplo: Os peregrinos de cujas contribuies a parquia dependia retornaram sua cidade. (= A parquia dependia de suas contribuies.) g) Adjunto adverbial Exemplo: Observem o jeitinho como ela se requebra. (= Ela se requebra com jeitinho.) Oraes subordinadas adverbiais So aquelas que exercem funo sinttica prpria de advrbio, ou seja, adjunto adverbial em relao principal. a) Causal Exemplo: Todos se opuseram a ele, porque no concordavam com suas idias. b) Condicional Exemplo: Se houvesse opinies contrrias, o acordo seria desfeito. c) Temporal Exemplo: Assim que chegou a casa, resolveu os problemas. d) Proporcional Exemplo: Quanto mais obstculos surgiam, mais ele se superava. e) Final Exemplo: O pai sempre trabalhou para que os filhos estudassem. f) Conformativa Exemplo: Os jogadores procederam segundo o tcnico lhes ordenara. g) Consecutiva Exemplo: Suas dvidas eram tantas que vivia nervoso. h) Concessiva Exemplo: Embora enfrentasse dificuldades, procurava manter a calma.

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i) Comparativa Exemplo: Ele sempre se comportou tal qual um cavalheiro.

II - ORAES COORDENADAS As oraes coordenadas so independentes sintaticamente. No exercem nenhuma funo sinttica em relao a outra dentro do perodo. Quando no so introduzidas por conjunes (conectivos), so classificadas como assindticas. Exemplo: "No alto da figueira estava, / no alto da figueira fiquei." (J. C. de Carvalho) Se introduzidas por conjunes (conectivo), classificam-se como sindticas, recebendo o nome da conjuno que as introduzem, assim: a) aditivas (e, nem, mas tambm...) Exemplo: O ministro no pediu demisso e manteve sua posio anterior. b) adversativa (mas, porm, todavia, contudo, entretanto) Exemplo: O ministro pediu demisso, mas o presidente no a aceitou. c) explicativas (que, porque, e a palavra pois antes do verbo) Exemplo: Peam a demisso dos seus assessores, pois eles pouco fazem para o bem do povo. d) conclusivas (logo, portanto, por conseguinte, por isso, de modo que e a palavra pois aps o verbo) Exemplo: Os assessores pouco fazem pelo povo; devem, pois, deixar seus cargos. e) alternativas (ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, seja ... seja, j ... j, talvez ... talvez) Exemplo: O Congresso deve ser soberano, ou perder a legitimidade. III - ORAES REDUZIDAS No so introduzidas por conjuno e possuem verbo em uma das formas nominais (infinitivo, particpio ou gerndio). a) Infinitivo (pessoal ou impessoal) Exemplos: Todos sabiam ser impossvel a manuteno da poltica econmica. O.S.S.Objetiva Direta reduzida de infinitivo. Seria bom manteres a calma nesse momento. O.S.S. Subjetiva reduzida de infinitivo.

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b) Gerndio Exemplos: Entrando na sala de aula, foi recebido com frieza. O.S. Ad. Temporal reduzida de gerndio. Vencendo seus adversrios futuros, o clube ganhar o campeonato. O.S. Adv. Condicional reduzida de gerndio. c) Particpio Exemplos: Realizado o congresso internacional, percebeu-se a gravidade da molstia. O.S. Ad. Temporal reduzida de particpio. Encontrado o autor dos assaltos, a populao ficar aliviada. O.S. Condicional reduzida de particpio. Entristecido com a campanha do seu clube, no mais discutia futebol. O.S. Adv. Causal reduzida de particpio.

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PARTE 2: CONTEDOS MAIS ESPECFICOSUnidade 1: Estrutura das palavrasEstudar a estrutura das palavras estudar os elementos que formam a palavra, denominados de morfemas. So os seguintes os morfemas da Lngua Portuguesa. Radical O que contm o sentido bsico do vocbulo. Aquilo que permanecer intacto, quando a palavra for modificada. Ex. falar, comer, dormir, casa, carro. Obs: Em se tratando de verbos, descobre-se o radical, retirando-se a terminao AR, ER ou IR. Vogal Temtica Nos verbos, so as vogais A, E e I, presentes terminao verbal. Elas indicam a que conjugao o verbo pertence: 1 conjugao = Verbos terminados em AR. 2 conjugao = Verbos terminados em ER. 3 conjugao = Verbos terminados em IR. Obs.: O verbo pr pertence 2 conjugao, j que proveio do antigo verbo poer. Nos substantivos e adjetivos, so as vogais A, E, I, O e U, no final da palavra, evitando que ela termine em consoante. Por exemplo, nas palavras meia, pente, txi, couro, urubu. Cuidado para no confundir vogal temtica de substantivo e adjetivo com desinncia nominal de gnero, que estudaremos mais frente. Tema a juno do radical com a vogal temtica. Se no existir a vogal temtica, o tema e o radical sero o mesmo elemento; o mesmo acontecer, quando o radical for terminado em vogal. Por exemplo, em se tratando de verbo, o tema sempre ser a soma do radical com a vogal temtica - estuda, come, parti; em se tratando de substantivos e adjetivos, nem sempre isso acontecer. Vejamos alguns exemplos: No substantivo pasta, past o radical, a, a vogal temtica, e pasta o tema; j na palavra leal, o radical e o tema so o mesmo elemento - leal, pois no h vogal temtica; e na palavra tatu tambm, mas agora, porque o radical terminado pela vogal temtica. Desinncias a terminao das palavras, flexionadas ou variveis, posposta ao radical, com o intuito de modific-las. Modificamos os verbos, conjugando-os; modificamos os substantivos e os adjetivos em gnero e nmero. Existem dois tipos de desinncias: Desinncias verbais Modo-temporais = indicam o tempo e o modo. So quatro as desinncias modo-temporais: -va- e -ia-, para o Pretrito Imperfeito do Indicativo = estudava, vendia, partia. -ra-, para o Pretrito Mais-que-perfeito do Indicativo = estudara, vendera, partira. -ria-, para o Futuro do Pretrito do Indicativo = estudaria, venderia, partiria. -sse-, para o Pretrito Imperfeito do Subjuntivo = estudasse, vendesse, partisse. Nmero-pessoais = indicam a pessoa e o nmero. So trs os grupos das desinncias nmero-pessoais.

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Grupo I: i, ste, u, mos, stes, ram, para o Pretrito Perfeito do Indicativo = eu cantei, tu cantaste, ele cantou, ns cantamos, vs cantastes, eles cantaram. Grupo II: -, es, -, mos, des, em, para o Infinitivo Pessoal e para o Futuro do Subjuntivo = Era para eu cantar, tu cantares, ele cantar, ns cantarmos, vs cantardes, eles cantarem. Quando eu puser, tu puseres, ele puser, ns pusermos, vs puserdes, eles puserem. Grupo III: -, s, -, mos, is, m, para todos os outros tempos = eu canto, tu cantas, ele canta, ns cantamos, vs cantais, eles cantam. Desinncias nominais de gnero = indica o gnero da palavra. A palavra ter desinncia nominal de gnero, quando houver a oposio masculino - feminino. Por exemplo: cabeleireiro - cabeleireira. A vogal a ser desinncia nominal de gnero sempre que indicar o feminino de uma palavra, mesmo que o masculino no seja terminado em o. Por exemplo: crua, ela, traidora. de nmero = indica o plural da palavra. a letra s, somente quando indicar o plural da palavra. Por exemplo: cadeiras, pedras, guas. Afixos: So elementos que se juntam a radicais para formar novas palavras. So eles: Prefixo: o afixo que aparece antes do radical. Por exemplo destampar, incapaz, amoral. Sufixo: o afixo que aparece depois do radical, do tema ou do infinitivo. Por exemplo pensamento, acusao, felizmente. Vogais e consoantes de ligao: So vogais e consoantes que surgem entre dois morfemas, para tornar mais fcil e agradvel a pronncia de certas palavras. Por exemplo flores, bambuzal, gasmetro, canais.

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Unidade 2: Processos de formao de palavrasA lngua portuguesa possui dois processos bsicos de formao de palavras: derivao e composio. 1) Derivao: consiste, basicamente, na modificao de determinada palavra primitiva por meio do acrscimo de afixos. 1.1) Derivao prefixal: acrscimo de um prefixo ao radical. A derivao prefixal um processo de formar palavras no qual um prefixo ou mais so acrescentados palavra primitiva. Ex.: re/com/por ( dois prefixos), desfazer, im paciente. 1.2) Derivao sufixal: acrscimo de um sufixo ao radical. A derivao sufixal um processo de formar palavras no qual um sufixo ou mais so acrescentados palavra primitiva. Ex.: realmente, folhagem. 1.3) Derivao prefixal e sufixal: acrscimo de um prefixo e um sufixo num mesmo radical. A derivao prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo so acrescentados palavra primitiva de forma independente, ou seja, sem a presena de um dos afixos a palavra continua tendo significado. Ex.: deslealmente ( des- prefixo e -mente sufixo ). Voc pode observar que os dois afixos so independentes: existem as palavras desleal e lealmente 1.4) Derivao parassinttica: ocorre quando a palavra derivada resulta do acrscimo simultneo de prefixo e do sufixo. A derivao parassinttica ocorre quando um prefixo e um sufixo so acrescentados palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos no podem se separar, devem ser usados ao mesmo tempo, pois sem um deles a palavra no se reveste de nenhum significado. Ex.: anoitecer ( a- prefixo e -ecer sufixo), neste caso, no existem as palavras anoite e noitecer, pois os afixos no podem se separar. 1.5) Derivao regressiva: ocorre quando se retira a parte final de uma palavra derivada. o processo de formao de substantivos derivados de verbos (1 e 2 conjugaes); tais substantivos so chamados de deverbais. A derivao regressiva existe quando morfemas da palavra primitiva desaparecem. Ex.: mengo (flamengo), dana (danar), portuga (portugus). 1.6) Derivao imprpria: ocorre quando a palavra muda de classe gramatical. A derivao imprpria, mudana de classe ou converso ocorre quando palavra comumente usada como pertencente a uma classe usada como fazendo parte de outra. Ex.: coelho (substantivo comum) usado como substantivo prprio em Daniel Coelho da Silva; verde geralmente como adjetivo (Comprei uma camisa verde.) usado como substantivo (O verde do parque comoveu a todos.)

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2) Composio: consiste na formao de palavras pela juno de duas delas. A formao de palavras por composio do-se por: 2.1) Justaposio: semalterao fontica (palavras compostas sem alterao fontica). 2.2) Aglutinao: h alterao fontica na formao da palavra. Outros Processos de Formao de Palavras 3) Hibridismo: palavras formadas por elementos vindos de outros idiomas. 4) Onomatopia: palavras que procuram imitar sons, rudos, sons de animais. 5) Abreviao vocabular: a forma original deu origem a uma forma abreviada. Ex: motocicleta > moto 6) Siglas: criao de palavras a partir de siglas. Ex: AIDS.

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Unidade 3: FonologiaFonologia o ramo da Lingustica que estuda o sistema sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones (sons) se organizam dentro de uma lngua, classifica-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas Letra o sinal grfico da escrita. Exemplos: pipoca tem 6 letras hoje tem 4 letras Fonema o som da fala. Exemplos: pipoca tem 6 fonemas Hoje tem 3 fonemas *Observe de acordo com os exemplos que o nmero de letras e fonemas no precisam ter a mesma quantidade. Chuva tem 5 letras e 4 fonemas, j que o ch tem um nico som. Hipoptamo tem 10 letras e 9 fonemas, j que o h no tem som. Galinha tem 7 letras e 6 fonemas, j que o nh tem um nico som. Pssaro tem 7 letras e 6 fonemas, j que o ss s tem um nico som. Nascimento 10 letras e 8 fonemas, j que no se pronuncia o s e o en tem um nico som. Exceo 7 letras e 6 fonemas, j que no tem som o x. Txi 4 letras e 5 fonemas, j que o x tem som de ks. Guitarra 8 letras e 6 fonemas, j que o gu tem um nico som e o rr tambm tem um nico som. Queijo 6 letras e 5 fonemas, j que o qu tem um nico som. Repare que atravs do exemplo a mudana de apenas uma letra ou fonema gera novas palavras. CAVALO CAVADO CALADO COLADO SOLADO Encontro voclico o encontro de duas ou mais vogais em uma palavra. Exemplos: corao, mame, heri, loiro, Paraguai, cime e potico. Classificao do encontro voclico: ditongo, hiato e tritongo. DITONGO -> o encontro de duas vogais pronunciadas na mesma slaba. Exemplos: gua -> gua espcie -> es p cie muito -> mui to peloto -> pe lo to pais -> pais HIATO -> o encontro de duas vogais pronunciadas em slabas separadas. Exemplos: receoso -> re ce o so triunfo -> tri un fo poeta -> po e ta pas -> pa is

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TRITONGO -> o encontro de trs vogais pronunciadas na mesma slaba. Exemplos: sague sa s gues quai quais squer quer enxaguou en xa guou Encontro consonantal o encontro de duas consoantes, as duas consoantes so pronunciadas. Exemplos com as consoantes na mesma slaba: Pedra -> pe dra Planta -> plan ta Glicose -> gli co se Gravidade -> gra vi da de Exemplos com as consoantes em slabas separadas: Garfo -> gar fo Ignorar -> ig no rar Vista -> vis ta Dgrafo o encontro de duas letras com um nico som. Exemplos: chapu, piscina, carroa, descer, pssaro, mosquito, exceo, galinha, tampa, ponta, ndia, comprimido e renda. Na modalidade escrita, indicamos a diviso silbica com o hfen. Esta separao obedece s regras de silabao. No se separam: 1. as letras com que representamos os dgrafos ch, lh e nh: cha-ma, ma-lha, ma-nh, a-char, fi-lho, a-ma-nhe-cer; 2. os encontros consonantais que iniciam slaba: a-blu-o, cla-va, re-gra, a-bran-dar, dra-go, tra-ve; 3. a consoante inicial seguida de outra consoante: gno-mo, mne-m-ni-co, psi-c-ti-co; 4. as letras com que representamos os ditongos: a-ni-mais, c-rie, s-bio, gl-ria, au-ro-ra, or-dei-ro, j-ia, ru; 5. as letras com que representamos os tritongos: a-gen-tar, sa-guo, Pa-ra-guai, u-ru-guai-a-na, ar-giu, en-x-guam. Separam-se: 1. as letras com que representamos os dgrafos rr, car-ro, ps-sa-ro, des-ci-da, cres-a, ex-ce-len-te; 2. as letras com que representamos sa--de, cru-el, gra--na, re-cu-o, v-o; 3. as consoantes seguidas que pertencem a slabas diferentes: ab-di-car, cis-mar, ab-d-men, bis-ca-te, sub-lo-car, as-pec-to. Diviso de palavras no fim da linha Muitas vezes, quando estamos produzindo um texto, no h espao no final da linha para escrevermos uma palavra toda. Devemos, ento, recorrer a sua diviso em duas partes. Esta partio sempre indicada com hfen e obedece s regras de separao silbica que acabamos de mencionar. ss, sc, os s, xc:

hiatos:

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Unidade 4: Nova ortografiaO Acordo Ortogrfico meramente ortogrfico; portanto, restringe-se lngua escrita, no afetando nenhum aspecto da lngua falada. Ele no elimina todas as diferenas ortogrficas observadas nos pases que tm a lngua portuguesa como idioma oficial, mas um passo em direo pretendida unificao ortogrfica desses pases. Mudanas no alfabeto O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z Trema No se usa mais o trema (), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Como era agentar argir bilnge Como fica aguentar argir bilnge nas palavras estrangeiras e em suas

Ateno: o trema permanece apenas derivadas.Exemplos: Mller, mlleriano.

Mudanas nas regras de acentuao 1. No se usa mais o acento dos ditongos abertos i e i das palavras paroxtonas (palavras que tm acento tnico na penltima slaba). Como era Como fica alcalide alcaloide alcatia alcateia andride androide apia (verbo apoiar) apoia apio (verbo apoiar) apoio asteride asteroide bia boia celulide celuloide clarabia claraboia Ateno: essa regra vlida somente para palavras paroxtonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxtonas e os monosslabos tnicos terminados em is e i(s). Exemplos: papis, heri, heris, di (verbo doer),sis etc. 2. Nas palavras paroxtonas, no se usa mais o acento no i e no u tnicos quando vierem depois de um ditongo decrescente. Como era Como fica baica baiuca bocaiva bocaiuva* caula cauila** feira feira * bocaiuva = certo tipo de palmeira **cauila = avarento

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Ateno: 1) se a palavra for oxtona e o i ou o u estiverem em posio final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiui, tuiuis, Piau; 2) se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos: guaba, Guara. 3. No se usa mais o acento das palavras terminadas em em e o(s). Como era Como fica abeno abenoo crem (verbo crer) creem dem (verbo dar) deem do (verbo doar) doo enjo enjoo lem (verbo ler) leem 4. No se usa mais o acento que diferenciava os pares pra/para, pla(s)/ pela(s), plo(s)/pelo(s), plo(s)/polo(s) e pra/pera. Como era Como fica Ele pra o carro. Ele para o carro. Ele foi ao plo Ele foi ao plo Norte. Norte. Ele gosta de jogar plo Ele gosta de jogar. polo. Esse gato tem plos brancos Esse gato tem pelos brancos. Ateno! Permanece o acento diferencial em pde/pode. Pde a forma do passado do verbo poder (pretrito perfeito do indicativo), na 3. pessoa do singular. Pode a forma do presente do indicativo, na 3. pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele no pde sair mais cedo, mas hoje ele pode. Permanece o acento diferencial em pr/por. Pr verbo. Por preposio. Exemplo: Vou pr o livro na estante que foi feita por mim. Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles tm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vm de Sorocaba. Ele mantm a palavra. / Eles mantm a palavra. Ele convm aos estudantes. / Eles convm aos estudantes. Ele detm o poder. / Eles detm o poder. Ele intervm em todas as aulas. / Eles intervm em todas as aulas. facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ frma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: