apostila de orçamento público para concursos

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APOSTILA PARA CONCURSOS PÚBLICOS ORÇAMENTO PÚBLICO Encontre o material de estudo para seu concurso preferido em www.acheiconcursos.com.br Conteúdo: 1. Orçamento público; 2. O conceito de orçamento público; 3. Legislação do Direito Orçamentário brasileiro; 4. Princípios orçamentários; 5. Créditos adicionais – Lei 4.320/64, artigos 40 ao 46; 6. Ciclo orçamentário; 7. Receita pública; 8. Despesa pública; 9. Tópicos especiais de despesa pública; 10. Lei de responsabilidade fiscal. Teoria completa com exercícios resolvidos; 80 questões extraídas de concursos anteriores; 82 questões comentadas didaticamente. ATENÇÃO: Esta apostila é uma versão de demonstração, contendo 46 páginas. A apostila completa contém 257 páginas e está disponível para download aos usuários assinantes do ACHEI CONCURSOS. Acesse os detalhes em http://www.acheiconcursos.com.br

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Apostila de Orçamento Público para Concursos, contendo:1. Orçamento público; 2. O conceito de orçamento público; 3. Legislação do Direito Orçamentário brasileiro; 4. Princípios orçamentários; 5. Créditos adicionais – Lei 4.320/64, artigos 40 ao 46; 6. Ciclo orçamentário; 7. Receita pública; 8. Despesa pública; 9. Tópicos especiais de despesa pública; 10. Lei de responsabilidade fiscal. Teoria completa com exercícios resolvidos; 80 questões extraídas de concursos anteriores; 82 questões comentadas didaticamente.

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Page 1: Apostila de Orçamento Público para Concursos

APOSTILA PARA CONCURSOS PÚBLICOS

ORÇAMENTO PÚBLICO

Encontre o material de estudo para seu concurso preferido em

www.acheiconcursos.com.br Conteúdo: 1. Orçamento público; 2. O conceito de orçamento público; 3. Legislação do Direito Orçamentário brasileiro; 4. Princípios orçamentários; 5. Créditos adicionais – Lei 4.320/64, artigos 40 ao 46; 6. Ciclo orçamentário; 7. Receita pública; 8. Despesa pública; 9. Tópicos especiais de despesa pública; 10. Lei de responsabilidade fiscal.

Teoria completa com exercícios resolvidos; 80 questões extraídas de concursos anteriores; 82 questões comentadas didaticamente.

ATENÇÃO: Esta apostila é uma versão de demonstração, contendo 46 páginas.

A apostila completa contém 257 páginas e está disponível para download aos usuários assinantes do ACHEI CONCURSOS.

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Orçamento público

Fernando Lima Gama Junior*

Orçamento público é uma das disciplinas mais interessantes que estu-damos para o ingresso em uma carreira pública. Ciência multidisciplinar, o orçamento público promove a interface entre três outros ramos do conheci-mento: Direito Financeiro, Finanças e Contabilidade e Administração Pública. No entanto, em termos de concurso público, o foco do estudo do orçamento público ganha um viés notadamente jurídico, embora o conhecimento con-tábil seja um forte aliado.

Uma das poucas dificuldades encontradas por alunos no estudo do orça-mento público é justamente a falta de visualização da disciplina como algo prático e concreto. Diferentemente do Direito Penal ou do Direito Trabalhista, por exemplo, que são mais intuitivos, o aluno que se defronta com o Direito Fi-nanceiro provavelmente nunca estudou ou ouviu nada sobre o assunto ante-riormente. No entanto, uma vez assimilados os principais conceitos, o estudo do orçamento público é relativamente tranquilo e, por vezes, agradável.

Para contornar os problemas iniciais de adaptação à disciplina, pelo fato desta ser abstrata e desconectada da realidade de muitos, geralmente in-troduz-se o tema com uma análise paralela entre o orçamento familiar e o público.

Em nosso cotidiano, temos que administrar nossos próprios recursos, o que nos permite ter (ou não) uma sobrevivência tranquila. Temos que tra-balhar, administrar nosso salário e nossas despesas de modo a evitar que fiquemos sem o necessário para viver. Entretanto, a maioria das pessoas faz isso de modo intuitivo, na maioria das vezes, sem planejar. Não é hábito do brasileiro planejar, tampouco guardar dinheiro e administrar sua própria vida financeira. E não é por outro motivo que somos um país de endividados, em que muitas pessoas, até mesmo aquelas que possuem uma boa remune-ração, não conseguem construir uma vida tranquila. Imagine, então, o que acontece com aqueles que não ganham bem.

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* Auditor Federal de Con-trole Externo do Tribunal de Contas da União em Mato Grosso. Professor de preparatórios para concur-sos nas disciplinas de Con-trole Externo, Orçamento Público, Contabilidade Pública e Legislação Tribu-tária do ICMS. Engenheiro Químico pela Universi-dade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2001. Bacharelando em Direito pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).

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Portanto, a atividade de orçar, ou melhor dizendo, de administrar um orçamento, está intimamente ligada à atividade de planejar. Uma pessoa equilibrada, consciente das suas obrigações, geralmente analisa quanto ganha para saber o quanto pode gastar e, quando gasta, geralmente investe, guarda e seleciona apenas aquilo que é necessário e essencial gastar. Já o desorganizado, mal sabe quanto ganha, quanto gasta, quanto deve e, muito menos, quando irá acertar sua vida financeira. Infelizmente, a maioria dos brasileiros está no segundo grupo, razão pela qual não deve ser surpresa o fato de que por muitos anos a economia brasileira sofreu com desequilíbrios orçamentários, que levavam a dívidas impagáveis e a crises constantes.

No entanto, essa situação vem mudando atualmente. O Estado brasilei-ro sentiu a necessária imposição de realizar um planejamento adequado de suas finanças, com a finalidade de alcançar o desenvolvimento, cons-truído com bases sólidas, já que as atividades privadas necessitam de um ambiente seguro e tranquilo, garantido pelo setor público, para crescer e se desenvolver. Nesse sentido, orçar é basicamente planejar, mas nem sempre foi assim.

Quando pensamos em orçamento, ou em fazer um orçamento, qual é a primeira coisa que nos vem à mente? Uma planilha contendo um conjun-to de receitas e despesas, certo? Sim, a primeira coisa que uma pessoa que está fazendo um orçamento deve saber é quanto ganha e quanto precisará gastar em um determinado período. Isso é o que chamamos de viés contábil do orçamento público e foi assim, como uma mera peça contábil, que ele foi encarado por muitos anos. Depois, com a evolução das técnicas orçamentá-rias na Administração Pública, o orçamento foi sendo cada vez mais associa-do ao planejamento das ações públicas.

Assim, para efeito didático, os autores dividem a evolução do orçamento em duas fases: orçamento tradicional e orçamento moderno.

Orçamento tradicionalNa fase do orçamento tradicional, a peça orçamentária existente era co-

nhecida como orçamento clássico ou tradicional. Este orçamento caracteri-zava-se por ser um documento onde constava apenas a previsão da receita e a autorização da despesa, classificando-as como objeto do gasto e distribuin-do-as pelos diversos órgãos, para o período de um ano.

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Nesse tipo de orçamento não havia nenhuma preocupação com as reais necessidades da administração ou da população, e não se consideravam ob-jetivos econômicos e sociais. É um orçamento dissociado do planejamento. Além disso, era corrigido monetariamente de acordo com o que se gastava no exercício anterior. Sua principal característica: dar ênfase aos objetos de gastos.

Antes do advento da Lei 4.320/64, o orçamento utilizado pelo Governo Federal era o orçamento tradicional.

Orçamento modernoNa fase do orçamento moderno, destacam-se dois tipos de orçamento:

orçamento de desempenho e orçamento-programa.

Orçamento de desempenhoO orçamento tradicional evoluiu para o orçamento de desempenho,

também conhecido como orçamento de realizações. Nesse tipo de orçamen-to, o gestor começa a se preocupar com o que o Governo realiza e não com o que compra, ou seja, preocupa-se agora em saber “as coisas que o Governo faz e não as coisas que o Governo compra”.

O orçamento de desempenho é o processo orçamentário que se caracte-riza por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto de gasto e um programa de trabalho, contendo as ações desenvolvidas.

Apesar de ser um passo importante, o orçamento de desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das ações do gover-no, ou seja, embora já interligue os objetos de gastos aos objetivos, não po-deria, ainda, ser considerado um orçamento-programa, visto que lhe faltava uma característica essencial: a vinculação ao sistema de planejamento.

Orçamento-programaComo o orçamento de desempenho ainda era falho, faltando-lhe a vin-

culação com o planejamento governamental, partiu-se para uma técnica mais elaborada, que foi o orçamento-programa, introduzido nos Estados Unidos no final da década de 1950, sob a denominação de PPBS (Planning

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Programning Budgeting System). Esse orçamento foi introduzido no Brasil através da Lei 4.320/64 e do Decreto-Lei 200/67.

Muito importante: o orçamento-programa foi instituído no Brasil em 1964, pela Lei 4.320/64. O Decreto 200/67 também trouxe várias inovações que visavam à descentralização administrativa, com vários reflexos na legisla-ção orçamentária. No entanto, o orçamento-programa só ganhou efetividade em 1998, com a edição de várias normativas do Ministério do Planejamento. No entanto, para fins de concurso, a Lei 4.320/64 é ainda o marco do orça-mento-programa no Brasil.

O orçamento-programa pode ser entendido como um plano de trabalho, um instrumento de planejamento da ação do governo, através da identifica-ção dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, além do estabele-cimento de objetivos e metas a serem implementados, bem como a previsão dos custos relacionados.

A Constituição Federal (CF) de 1988 pela primeira vez constitucionalizou o orçamento-programa no Brasil (que estava regrado apenas por leis infra-constitucionais, desde 1964) ao estabelecer a normatização da matéria or-çamentária através do Plano Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamen-tárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA), ficando evidente o extremo zelo do constituinte pelo planejamento das ações do governo.

As principais características do orçamento-programa são: integração, pla-nejamento, orçamento; quantificação de objetivos e fixação de metas; rela-ções insumo-produto; alternativas programáticas; acompanhamento físico- -financeiro; avaliação de resultados e gerência por objetivos.

Isso já foi cobrado em concursos!1. (Esaf ) O orçamento-programa é definido como um plano de trabalho

expresso por um conjunto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários à sua execução. No Brasil, a Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento propriamente dito. O orçamento-programa não permite:

a) estabelecer o conjunto de metas e prioridades da Administração Pública Federal.

(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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EVOLUÇÃO DO ORÇAMENTO - QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS 01. O orçamento-programa pode ser definido como: a) plano que se caracteriza como sendo um documento de previsão da receita e fixação da despesa. b) instrumento que busca saber o que a administração pública compra e não a destinação dos gastos. c) plano de trabalho expresso po r um conjunto de açõ es a realizar e pela identificação dos recursos necessários a sua execução. d) demonstrativo das receitas e despesas realizadas no setor público. 02. Identifique, dentre as alternativas abaixo, uma vantagem relacionada ao orçamento-programa: a) através dele o governo imprime maior ênfase no que pretende realizar e não no que ele gasta. b) a possibilidade de vir a ser executado dentro do ano civil, isto é, de 1º de janeiro a 31 de dezembro. c) por intermédio dele o governo consegue alocar recursos de forma mais eficaz, visando à aquisição de meios capazes de realizar as necessidades das unidades organizacionais. d) permitir ao Legislativo um controle mais eficaz sobre as ações do Execut ivo, marcando um efetivo controle político. (MPU, Esaf - Técnico de Orçamento - 2004) 03. A programação orçamentária, com base nas metas fiscais, admite vários processos na elaboração do orçamento. Identifique qual é o processo que expressa financeira e fi sicamente os programas de trabalho de governo, possibilitando a integração do planejamento com o orçamento, a quantificação de objetivos e a fixação de metas, as relações insumo, produto e a avaliação de resultados. a) Orçamento de desempenho. b) Orçamento-programa. c) Orçamento base-zero. d) Orçamento tradicional. e) Orçamento com teto fixo. 04. De a cordo com as técnicas de elaboração orçamentária, assinale a ú nica opção falsa em relação ao processo ascendente de decisão: a) ap resenta a vantagem de as unid ades, por conhecerem m elhor o mei o onde estã o situada s, apresentarem maior realismo de programação. b) no processo ascendente, os objetivos são estabelecidos pelos órgãos inferiores da hierarquia e são aprovados pela cúpula. c) apresenta a tendência de concentrar recursos em programas de amplia ção apenas qualitativa, por ausência de objetivos. d) no processo asce ndente, órgãos operacionais geralmente têm visão limitada na determi nação dos objetivos. e) apresenta riscos da falta de adesão das unidades executoras. ______________________ 05. Em relação ao orçamento base-zero - OBZ, analise as afirmativas a seguir e, em seguida, assinale a alternativa correta: I - O OBZ está intimamente relacionado aos conceitos do orçamento tradicional. II - O OBZ constitui-se num excelente instrumento para eliminar programas e projetos antieconômicos. III - No OBZ a solicitação de todo e qualquer dotação or çamentária requer que o agent e público a fundamente, indep endentemente de se tratar de do tação d estinada a p rogramas já exi stentes (no orçamento de exercícios anteriores) ou a novos programas a serem incorporados pela primeira vez ao exercício ao qual se refere.

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IV - Diante de um OBZ o agente p úblico tem a sen sação d e esta r sem pre dia nte d e um novo orçamento, fato que, na realidade, pode não ocorrer. V - O OBZ não incorpora o conceito de 'programas governamentais' em razão deste conceito ser de utilização exclusiva do orçamento-programa. a) apenas a I está correta. b) apenas a I está errada. c) I e IV estão erradas. d) II, III e IV estão corretas. e) I e V estão corretas. 06. Assinale a alternativa que deixa transparecer a idéia-síntese do OBZ. a) Cada unidade da administração pública, a cada ano, deve justificar por que deve gastar os recursos que estão sendo pleiteados. b) Cada unidade da administração pública, a cada ano, deve justificar por que deve gastar os recursos que estão sendo pleiteados adicionalmente. c) Cada unidade da administração pública, a cada ano, deve justificar por que deve gastar os recursos que estão sendo pleiteados para atender à implantação de novos programas de trabalho. d) Ca da unid ade da admi nistração pú blica, a cad a ano, deve justificar por que deve re manejar os recursos de um programa para outro. 07. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso). a) No OBZ há uma constante e intensa avaliação das ações governamentais. b) O OBZ p ropicia o d esenvolvimento do pe ssoal ligado à elaboração da p roposta orçamentária, na medida em que cada programa nele incluído terá de ser justificado. c) Diante de uma proposta orçamentária fundamentada num OBZ, a margem de discricionariedade do Poder Legislativo é meno r ante à s inúmeras justificativas apresentadas pelas unidades orçamentárias em relação à cada programa por elas proposto. d) O s 'pa cotes de d ecisão' num OB Z estão inti mamente rel acionados com a apresentação da s alternativas disponíveis no caso de cada programa, com a identificação das ações requeridas. 08. Analise as afirmativas a seguir e, em seguida, assinale a resposta correta. I - O orçam ento tradicional era utilizado como instru mento de pol ítica fiscal do governo, isto é, como meio para ampliar os níveis da ativida de econômica mediante e stímulo à de manda agregada ou sua estabilização. II - Vigorava no o rçamento tradi cional uma p reocupação p olítica no sentido de o poder legisl ativo utilizar-se dele como instrumento de controle dos gastos públicos. III - O orçamento tradi cional nasceu durante a fase do li beralismo econôm ico em que havia forte consciência contrária ao crescimento das despesas públicas (pois isso determinaria aumentos na carga tributária). IV - O princípio da exclusividade guarda estreita relação com o orçamento tradicional. a) todas as afirmativas estão certas. b) apenas as afirmativas IV e I estão corretas. c) apenas a afirmativa IV está errada. d) as afirmativas II, III e IV estão corretas. e) as afirmativas II, III e IV estão erradas. 09. Julgue os itens a seguir assinalando “V” (verdadeiro) ou “F” (falso). a) O aspecto econômico tinha posição secundária em se t ratando do orçamento tradicional já qu e o orçamento público não se prestava a servir como mecanismo de intervenção do Estado na economia. b) Para a demonstração das despesas públicas o o rçamento tradicional socorre-se d as classificações

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por objeto de gasto, institucional e funcional-programática. c) A atrib uição do term o "Lei de Mei os" à lei orçamentária an ual na sceu na épo ca e m que era prevalecente o o rçamento tra dicional no m undo e refere-se ao caráter nitida mente inve ntariante d o orçamento público tradicional. d) O o rçamento tradicional foca a s necessidades da coletividade em detrimento das necessidades da administração pública. e) O orça mento tradicional não co nhece sistemas de acompanhamento e med ição do trabalho, assim como dos resultados. f) Num orçamento tradicional a ótica do controle se refere a focar a licitude ou não das ações do agente público. g) O orça mento tradicional é impreg nado por u ma administração pública dinâmica que busca, dentre outros objetivos, a identificação das necessidades de toda a coletividade. 10. De acordo com a concepção moderna de orçamento público, o orçamento-programa reveste-se de um caráter: a) estático. b) dinâmico. c) não intervencionista na economia. d) político tão-somente. e) de previsão da receita e fixação da despesa. 11. Em relação ao orçamento-programa assinale “V” (verdadeiro) ou “F” (falso) nas afirmativas que se seguem a) O o rçamento público, muito embora concebido como instrumento de atu ação do aparelho estatal, não se apresenta como elo entre o planejamento e as funções executivas da organização. b) A alocação dos recursos visa à aquisição de meios. c) As decisões orça mentárias são tomadas com ba se em avalia ções e an álises técni cas das alternativas possíveis. d) Há uma preocupação apenas elementar de se utilizar indicadores e padrões de medição do trabalho e dos resultados. e) A s a ções de controle prestam-se a avaliar o s re sultados sob a ótica da eficiê ncia, e ficácia e a efetividade das ações governamentais. f) O principal critério de classificação da despesa pública é o funcional-programático. g) É apenas uma das modernas formas de concepção do orçamento público. 12. O orçam ento-programa é con stituído po r elem entos e ssenciais. Em rel ação a tais elementos, relacione a 2ª coluna de acordo com a 1ª. (1) Objetivos e propósitos (2) Programas (3) Custos dos programas (4) Medidas de desempenho ( ) são m esurados p or interm édio da identificaçã o do s m eios o u insu mos (pe ssoal, material, equipamentos, serviços etc.) necessários à obtenção dos resultados. ( ) são perseguidos pela instituição e para cuja consecução são utilizados os recursos orçamentários. ( ) possu em a finalidad e de men surar as reali zações (produto final) e o s esforços despendidos na execução dos programas. ( ) são inst rumentos d e integra ção d os e sforços govern amentais no sentid o da con cretização do s objetivos.

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a) 3, 2, 1, 4 b) 2, 3, 4, 1 c) 1, 3, 2, 4 d) 3, 1, 4, 2 e) 4, 2, 1, 3 13. A partir da depressão de 1929, que culminou com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, foi incorporado e defendi do uma maio r interven ção do Estad o na Eco nomia com vi stas a corrigir distorções no sistema econômico que a economia de mercado mostrava-se incapaz de solucionar. Em razão dessa nova p ostura fora m reco nhecidas 3 (trê s) fun ções orçam entárias. A respeit o de ssas funções orçamentárias relacione a segunda coluna de acordo com a primeira. (1) Função alocativa (2) Função distributiva (3) Função estabilizadora ( ) função relacionada à redução das desigualdades de renda existente na economia. ( ) função que luta contra as pressões inflacionárias e o desemprego. ( ) funçã o que procu ra su prir as falhas de mercado, rel acionadas à ausê ncia d e ofertas d e determinados bens. a) 1, 2, 3 b) 3, 1, 2 c) 2, 3, 1 d) 3, 2, 1 e) 2, 1, 3 14. O co nceito de orçam ento públi co tem sofrid o significativas mudan ças ao long o do tempo, em decorrência de suas funções. Com base nessas funções, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira. (1) Orçamento tradicional (2) Orçamento moderno ( ) instrumento de administração. ( ) controle político. 15. Relacione cada técnica orçamentária com a sua definição correspondente. (1) Orçamento tradicional (2) Orçamento de desempenho (3) Orçamento-programa (4) Orçamento base-zero ( ) processo orçamentário que apresenta os propósitos e objetivos para os quais os créditos se fazem necessários, os custo s dos programas propostos para atingir aqueles objetivos e dad os quantitativos que meçam as realizações e o trabalho levado a efeito em cada programa. ( ) processo orçamentário no qual os programas são justificados a cada ciclo orçamentário. ( ) processo orçamentário em que se presta particular atenção às coisas que um governo realiza mais do que às coisas que adquire. ( ) processo orçamentário em q ue apenas uma dimensão do orçamento é explicitada, qual seja, o

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objeto de gasto. a) 2, 4, 3, 1 b) 2, 3, 4, 1 c) 1, 2, 3, 4 d) 3, 2, 1, 4 e) 3, 4, 2, 1 16. Critéri o de al ocação de re cursos que tra balha com a aplicação de p ercentuais di ferenciados, procurando refletir um escalonamento de prioridades entre programações, órgãos e unidades: a) orçamento com teto móvel. b) orçamento-programa. c) orçamento base-zero. d) orçamento sem teto fixo. e) orçamento com teto fixo. 17. (INCRA, NCE -UFRJ - Analis ta Administra tivo - 2005) Identifique a altern ativa que e stá INCOMPATÍVEL com as técnicas para elaboração do orçamento público: a) o o rçamento ba se-zero ou p or e stratégia constitui uma técnica qu e se volta espe cialmente às avaliações do orçamento em curso. b) na el aboração do o rçamento-programa, os p rincipais critérios classificatóri os devem se r unidades administrativas e elementos. c) o Sistem a de Planejamento, Programação e Orçamento (P PBS) corresponde a uma técni ca de orçamentação que tem a intenção de aproximar o planejamento do orçamento. d) o orçamento participativo constitui uma técnica de elaboração do orçamento público que é realizado com a participação da comunidade na discussão dos problemas e identificação das soluções. e) n o orça mento ela borado pel a técn ica tradi cional, o processo é dissociado d os processos de planejamento e programação. GABARITO e COMENTÁRIOS 01. C O orçamento-programa foca as realizações do Poder Público, que se trad uzem em escolas, hospitais, rodovias, distribuição de remédios etc. Não tem por finalidade última o que o Poder Público adquire. Na verdade, tud o aquilo que é por el e a dquirido servirá de in strumento pa ra atender à s realizaçõe s governamentais. Exemplo: compra de ambulâncias para otimizar a pre stação de serviços públicos de saúde. 02. A O orçamento-programa foca as realizações do Poder Público, que se trad uzem em escolas, hospitais, rodovias, distribuição de remédios etc. Não tem por finalidade última o que o Poder Público adquire. Na verdade, tud o aquilo que é por el e a dquirido servirá de in strumento pa ra atender à s realizaçõe s governamentais. Exemplo: compra de ambulâncias para otimizar a pre stação de serviços públicos de saúde. 03. B

(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA. O GABARITO INTEGRAL DAS QUESTÕES DESTE ASSUNTO ESTÃO APENAS NA APOSTILA COMPLETA QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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O conceito de orçamento público

Fernando Lima Gama Junior*

No linguajar popular, orçamento é uma relação ou um rol de despesas e receitas que determinada pessoa tem para pagar ou para receber durante um determinado período, que pode ser de um mês ou um ano, por exemplo. Não é por outro motivo que nos primórdios do orçamento na Administração Pública, a peça era vista como um documento meramente contábil, sem ne-nhuma ou com pouca vinculação aos instrumentos de planejamento (orça-mento tradicional).

O orçamento, portanto, pode ter um viés mais contábil, enfocando exclu-sivamente os recursos financeiros em uma planilha (uma peça meramente contábil), mas também pode ser um instrumento de planejamento da aqui-sição de algum bem, como um imóvel ou um veículo, quando as pessoas re-solvem reter ou guardar parte de suas rendas por um determinado período com vistas a uma aquisição futura.

Essa integração entre o planejamento e o orçamento se deu com força no meio empresarial na década de 1960, quando passou a ser visto como um instrumento poderoso de planejamento e não só como um documento con-tábil. Essa discussão também teve lugar no setor público que evoluiu de um orçamento que se caracterizava por ser uma mera peça contábil (orçamento tradicional) para ser um importante instrumento de planejamento dos go-vernos (orçamento-programa).

Nos dias de hoje, o orçamento não é apenas uma peça contábil, mas um instrumento de planejamento da Administração, ao passo que a contabili-dade pública, outra disciplina interligada ao estudo do orçamento público, registra as variações do patrimônio público e da execução do orçamento subsidiando a tomada de decisão dos administradores públicos, além de contribuírem para a transparência da administração.

Bancas de concurso costumam exigir o conceito literal de orçamento pú-blico. O conceito mais antigo, mais conhecido e difundido é o do professor Aliomar Baleeiro (1994), que diz que:

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* Auditor Federal de Con-trole Externo do Tribunal de Contas da União em Mato Grosso. Professor de preparatórios para concur-sos nas disciplinas de Con-trole Externo, Orçamento Público, Contabilidade Pública e Legislação Tribu-tária do ICMS. Engenheiro Químico pela Universi-dade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2001. Bacharelando em Direito pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).

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[...] o orçamento é um ato pelo qual o Poder Legislativo autoriza o Poder Executivo, por um certo período e em pormenor, a realização das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica e geral do país, assim como a arrecadação das receitas criadas em lei.

Já nos dizeres do professor Francisco Glauber Lima Mota (2006), “o orça-mento público é um documento que dá autorização para se receber e gastar recursos financeiros”. Já para o mestre João Fortes (2006), “o orçamento é uma prévia autorização do Legislativo para que se realizem receitas e despe-sas de um ente público, obedecendo a um determinado período de tempo”.

Da leitura da definição do professor Aliomar Baleeiro (1994), pode-se iniciar o estudo pormenorizado do orçamento público, já que o texto traz muitos conceitos importantes.

IniciativaO texto do eminente professor começa afirmando que “o orçamento é

um ato pelo qual o Poder Legislativo autoriza o Poder Executivo”, o que sig-nifica que o orçamento público é ato de iniciativa exclusiva do chefe do Poder Executivo.

O processo orçamentário brasileiro começa com cada um dos poderes elaborando sua proposta orçamentária. O Poder Executivo, o Legislativo, o Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e a Defensoria Pública elaboram suas próprias propostas orçamentárias e encaminham ao Poder Executivo para consolidação.

Uma vez feita a consolidação, é enviada uma proposta de orçamento da unidade da federação envolvida (União, estado ou município) ao respectivo Poder Legislativo. Assim, por exemplo, no caso da União, os Poderes Legisla-tivo, Executivo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas da União e Defensoria Pública da União elaboram suas próprias propostas orçamentá-rias e encaminham ao Poder Executivo, para a consolidação. Uma vez conso-lidada, a proposta de orçamento da União segue para o Congresso Nacional, o Poder Legislativo federal.

São comuns questões de concurso que abordam a questão da iniciati-va da lei orçamentária. Muitas alegam, por exemplo, que seria possível um poder qualquer enviar sua própria proposta orçamentária diretamente ao Poder Legislativo. Nesse caso, deve-se marcar falso. A iniciativa é exclusiva

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do chefe do Poder Executivo (presidente, governador e prefeito), não poden-do nem mesmo eventual vício de iniciativa ser convalidado (corrigido pela pessoa que tem a iniciativa).

É importante notar, também, que não é possível o próprio Poder Legis-lativo aprovar o seu orçamento, já que esse é o poder que aprova as leis. Esse é outro tipo de questão comum que deve ser considerada falsa. O Poder Legislativo, assim como todos os demais, tem que enviar sua proposta orça-mentária para consolidação pelo Poder Executivo, para posterior envio ao Congresso (no caso da União).

Portanto, a iniciativa da lei orçamentária é de competência privativa do Poder Executivo, não podendo ser suprida por outro órgão, ainda que do Poder Legislativo.

Orçamento autorizativoContinuando na leitura da definição do professor Aliomar Baleeiro, vimos

que “o orçamento é um ato pelo qual o Poder Legislativo autoriza o Poder Executivo”. Portanto, no Brasil, o orçamento público é de natureza autorizati-va. O que significa isso, exatamente?

Nos orçamentos autorizativos não existe a obrigatoriedade de executar todas as despesas consignadas na lei orçamentária. Esta é vista apenas como peça necessária, uma condição para a execução das despesas, mas não é, por si só, suficiente para a execução orçamentária, tarefa essa do administrador público que, em razão da sua discricionariedade, pode escolher o melhor momento para executar determinadas despesas.

Como nessa visão a lei orçamentária é uma condição para a execução da despesa, convencionou-se chamar os orçamentos autorizativos de ato-con-dição, para diferenciá-lo das outras leis, que em geral criam obrigações, que são chamadas de atos-regra. O Código Penal, por exemplo, é um ato-regra, já que não existe discricionariedade das pessoas no cumprimento de suas determinações. Todo mundo, por exemplo, é proibido de matar ou roubar.

Embora, no Brasil, o orçamento público tenha caráter autorizativo (ato- -condição), a doutrina orçamentária reconhece a existência de outro tipo de orçamento público, o orçamento impositivo. Nele, o administrador pú-

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blico perde a discricionariedade para decidir sobre o que deve ser executa-do, já que como lei, nessa visão, o orçamento deve ser integralmente exe-cutado como aprovado. É o orçamento público em sua versão ato-regra, obrigatório.

O STF, ao ser instado a se manifestar sobre o assunto, entendeu que, no Brasil, o orçamento não é impositivo, mas sim, autorizativo. Isso quer dizer que não existe obrigatoriedade de execução das despesas consignadas no orçamento público, já que a avaliação do que deve ou não ser executado está a cargo da discricionariedade do gestor.

É notável perceber que o orçamento público do tipo autorizativo conce-de maior poder ao chefe do Executivo (presidente, governador e prefeito), a quem cabe decidir o que executar. Já os orçamentos do tipo impositivo transferem esse poder ao Legislativo, já que ao chefe do Executivo caberá meramente a tarefa de execução (e não a de decisão) do orçamento aprova-do por deputados e senadores.

A questão das emendas parlamentares é um caso emblemático dessa dis-cussão. Como se sabe, emendas parlamentares são destaques que deputa-dos e senadores (no caso da União) podem fazer no orçamento (da União, de estados e municípios). A ideia inicial era a de que o parlamentar, eleito pelo povo, pudesse tomar parte nas decisões orçamentárias para beneficiar a sua região ou algum projeto prioritário de seu interesse.

No entanto, o instrumento foi desvirtuado e as emendas parlamenta-res passaram a ser usadas como forma de corrupção, apadrinhamento e compra de votos, entre outras irregularidades. Atualmente, embora os par-lamentares ainda possam fazer as emendas parlamentares, fica a cargo do Poder Executivo decidir se elas receberão ou não recursos orçamentários. Se o Poder Executivo decidir não mandar verbas financeiras para a emenda, embora aprovada, ela não é executada.

Muitos parlamentares, insatisfeitos com a não execução das despesas orçamentárias consignadas por meio de emendas, tentaram encampar a tese de que o orçamento público, por ser lei, deveria ter execução obriga-tória, ou seja, queriam que no Brasil fosse adotado o modelo orçamentário impositivo.

Assim, o Supremo Tribunal Federal foi acionado e decidiu que o orça-mento é ato-condição (condição necessária para execução da despesa),

(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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Legislação do Direito Orçamentário brasileiro

Fernando Lima Gama Junior*

No Brasil vige o chamado princípio da hierarquia constitucional, onde a Carta Política está localizada no ápice do ordenamento jurídico, motivo pelo qual todas as normas infraconstitucionais devem a ela se adequar. Além disso, a nossa Constituição atual é analítica, ou seja, adentra vários aspectos da vida estatal de forma minuciosa, de modo que o ordenamento jurídico- -orçamentário pátrio é altamente calcado em sua matriz constitucional plas-mada nos artigos 165 ao 169 da Carta Política, fonte primária do Direito Or-çamentário no Brasil.

Além da Constituição Federal (CF), outra fonte importante para o Direito Orçamentário pátrio é a Lei 4.320/64, Lei de Normas Gerais de Orçamento e Contabilidade Pública. Com jurisdição sobre a Administração Pública das três esferas e dos três poderes, a Lei 4.320/64 não se aplica às empresas estatais que não recebam recursos da União para a sua manutenção ou para investi-mentos, que estão submetidas à Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas – SA), as chamadas “estatais independentes”. Em relação às empresas estatais dependentes, aquelas que recebem recursos do orçamento, estas estão su-jeitas aos ditames da Lei 4.320/64.

A Lei 4.320/64 foi publicada originalmente como lei ordinária, sob a égide da Constituição de 1946. Entretanto, em face da atual Constituição exigir para as matérias que ela regulamenta a edição de uma lei complementar, a Lei 4.320/64 foi recepcionada no novo ordenamento jurídico da CF de 1988 como lei complementar.

O fenômeno da recepção é um curioso caso de economia legislativa ad-mitido em nosso ordenamento jurídico constitucional. Com a promulgação de uma nova Constituição, duas opções estariam disponíveis para o legisla-dor: a) considerar toda a legislação anterior incompatível com a nova Carta e b) verificar, caso a caso, se as normas editadas anteriormente à Constituição em vigor são compatíveis com o novo texto.

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* Auditor Federal de Con-trole Externo do Tribunal de Contas da União em Mato Grosso. Professor de preparatórios para concur-sos nas disciplinas de Con-trole Externo, Orçamento Público, Contabilidade Pública e Legislação Tribu-tária do ICMS. Engenheiro Químico pela Universi-dade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2001. Bacharelando em Direito pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).

Page 16: Apostila de Orçamento Público para Concursos

É fácil perceber que na adoção da primeira opção haveria um gasto enorme de tempo e trabalho para editar as mais variadas normas sobre os mais diversos assuntos, além da criação de um vácuo legislativo temporal entre a promulgação da Constituição e a edição dessas novas leis.

O Brasil adotou a segunda opção por questão de economia legislativa: todas as leis que foram editadas antes da Constituição são mantidas, a não ser que materialmente incompatíveis com o novo texto ou, ainda, caso a nova Carta tenha expressamente revogado alguma lei em seu texto.

Esse processo é chamado de recepção. Nele, não é verificada a compatibi-lidade formal da lei, apenas a material. A compatibilidade formal diz respeito, como o nome indica, à forma de aprovação da lei. Assim, se a Constituição diz que determinado assunto deve ser regulamentado por lei complementar, a edição de uma lei ordinária para tratar o assunto seria inconstitucional do ponto de vista formal. No entanto, em relação ao direito pré-constitucional, uma lei ordinária pode ser recepcionada como lei complementar, como é o caso da Lei 4.320/64 e do Código Tributário Nacional. Pelo fenômeno da re-cepção, um decreto, por exemplo, norma típica do chefe do Executivo, pode ganhar status de lei ordinária.

Embora a compatibilidade formal não seja verificada, para que ocorra o fenômeno da recepção é necessário que a lei editada antes da atual consti-tuição esteja materialmente compatível com ela, ou seja, que não infrinja o seu conteúdo, o seu texto. Se isso ocorrer, diz-se que não houve a recepção e que a lei antiga foi revogada pela nova Constituição. Não há, portanto, em nosso país, previsão para inconstitucionalidade de norma pré-constitucio-nal: elas são revogadas, se materialmente incompatíveis com o novo texto.

A Lei 4.320/64 foi editada sob a Constituição de 1946, como lei ordinária. Naquela Carta, não havia previsão de leis complementares. Com a aprova-ção da Constituição de 1988, verificou-se que a Lei 4.320/64 era compatível materialmente com o novo texto. No entanto, a Constituição previa para as matérias da Lei 4.320/64 (normas gerais de Direito Financeiro, artigo 165 §9.º da CF) a adoção de lei complementar. Por esse motivo a Lei 4.320/64 foi re-cepcionada como lei complementar pelo novo ordenamento.

Senão vejamos:

Art. 165. [...]

§9.º Cabe à lei complementar:

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I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;

[...]

É bom ter atenção a este fato: a Lei 4.320/64 é uma lei ordinária, mas tem status de lei complementar, o que significa que só pode ser alterada por lei complementar e não mais, desde a vigência da nova constituição, por lei ordinária nem por medida provisória. Nos termos da Constituição, medida provisória tem força de lei ordinária e não pode, portanto, alterar leis complementares.

Instrumentos normativos orçamentáriosA Constituição Federal estabelece três instrumentos legais de planeja-

mento, em seu artigo 165, o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orça-mentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA):

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

Introduzidos em 1988, o PPA e a LDO são novidades trazidas pela atual Carta Magna. Já a Lei Orçamentária Anual é instrumento orçamentário de longa data, sendo citada inclusive na edição da Lei 4.320/64. Os três instru-mentos normativos (PPA, LDO e LOA) são leis ordinárias aprovadas pelo Poder Legislativo, depois da iniciativa do Poder Executivo nos prazos e nos forma-tos definidos na Constituição, de modo a compor um sistema integrado e harmonizado de planejamento orçamentário.

Ao PPA cabe estabelecer o planejamento de longo prazo (quatro anos), para as despesas de capital e outras delas decorrentes. As metas do PPA são divididas em metas anuais, de acordo com o fluxo financeiro e os objetivos governamentais. Essas metas anuais constam da Lei de Diretrizes Orçamen-tárias. Uma vez definida a meta anual, elas têm que ser traduzidas em termos financeiros, ou seja, em dinheiro. E é nesse momento que entra em cena a Lei Orçamentária Anual, que prevê a receita e fixa a despesa para um determina-do período.

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Para ficar mais clara a situação, vamos a um exemplo. Suponha que o Go-verno Federal tenha estabelecido no seu Plano Plurianual a necessidade de se construir 200 hospitais no período de quatro anos. De acordo com o fluxo financeiro, e com os objetivos governamentais, teremos o estabelecimento de metas anuais, em cada uma das quatro LDOs que serão publicadas nos quatro anos do PPA (ou seja, para cada PPA existem quatro LDOs).

Como estamos em um exemplo podemos supor que se decidiu que no ano um iria construir apenas 20 hospitais; no ano dois, 30; no terceiro, 50 e, finalmente, no quarto, os 100 restantes. Assim, a cada LDO teremos uma LOA prevendo em valores financeiros os hospitais. Supondo que cada hospital custe R$ 1 milhão, no primeiro ano a LDO vai fixar para a construção de hos-pitais 20 milhões; no segundo ano 30 milhões, e assim por diante.

O exemplo anterior é aplicável a qualquer tipo de projeto ou planejamen-to na Administração Pública. Poderia ser número de hospitais, quantidade de salas de aula, quilômetros de rodovia etc. No entanto, é importante res-saltar que aquelas obras, cuja duração for inferior a um exercício financeiro, não precisam constar do PPA, podem ser alocadas, diretamente, na LDO. Por outro lado é crime de responsabilidade iniciar programas e projetos de dura-ção superior a um ano, sem sua inclusão no PPA.

Do ponto de vista da sua tramitação e aprovação, o PPA, a LDO e a LOA são leis ordinárias e não complementares, como alguns alunos acabam pen-sando. A confusão ocorre em razão da Lei 4.320/64, que é uma lei ordinária, que foi recepcionada pelo ordenamento jurídico como lei complementar. Mas a Lei 4.320/64 não é uma lei orçamentária, mas sim uma lei que trata sobre a organização dos orçamentos anuais.

É que a Constituição diz que cabe à lei complementar dispor sobre o exer-cício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA, da LDO e da LOA. Essa lei ainda não existe, mas a Lei 4.320/64 vem suprindo algumas dessas lacunas e, por esse motivo, ela hoje tem status equivalente ao de uma lei complementar.

Assim como os orçamentos, os projetos de lei relativos ao PPA, à LDO e à LOA são de iniciativa exclusiva do chefe do Poder Executivo, ou seja, somente o presidente da República, no caso da União, os governadores e os prefeitos, nos casos dos estados e municípios, respectivamente, podem encaminhá- -los ao Congresso Nacional.

(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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Princípios orçamentários

Fernando Lima Gama Junior*

Suponha que você esteja passando por graves dificuldades financeiras, em razão da perda de um emprego ou de algum outro infortúnio da vida cotidiana. Mesmo passando por uma situação difícil, você sabe que não poderá matar, roubar ou fazer qualquer mal a outras pessoas, porque, provavelmente, ao invés de ter a sua vida resolvida, você vai acabar se envolvendo em mais confusão.

É claro que roubar propriedade alheia talvez fosse a saída mais rápida para a solução dos problemas, mas ela não é, nem de longe, a melhor, em razão da perspectiva clara da penalidade a que o indivíduo que comete tal crime está sujeito. Parece que existe uma “lei” superior que dita o que é certo e o que é errado e roubar parece claramente estar do lado errado, juntamen-te com matar, maltratar, fofocar, entre outros.

Em razão da nossa vida social, sabemos desde pequenos o que é certo e errado por princípio. Mesmo aos quatro ou cinco anos de idade, não preci-samos ler o Código Penal para saber o que é certo e o que é errado (mesmo porque a maioria de nós não consegue ler aos quatro ou cinco anos de idade). Por outro lado, há alguns crimes e contravenções tão incrustados em normas que muitas vezes acabamos por cometê-los “sem querer”, já que nem todas as pessoas estão habituadas a ler o Código Tributário, o Estatuto do Idoso ou o Código Florestal.

Talvez alguém possa se surpreender ao saber que cometeu um crime am-biental ao cortar aquela antiga e enorme árvore da frente de casa que estava causando uma sombra indesejada. Outros recebem a ingrata surpresa do fiscal tributário que apreende algumas mercadorias que entraram na lista de proibidas em razão da última portaria do secretário de Fazenda, publica-da semana passada, e que não tinha ainda se tornado conhecida de todos. Embora casos como esses aconteçam todos os dias, algumas outras normas parecem tão naturais, que sabemos por instinto, por princípio, o que deve-mos (ou não devemos) fazer.

O termo “princípio” tem relação com a ideia de início, começo. É por isso que algumas pessoas podem falar que “seus princípios” não admitem o roubo como forma de vida. E talvez seja por essa razão que alguns políticos dizem que são pessoas de “princípios”; eles só não dizem quais.

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* Auditor Federal de Con-trole Externo do Tribunal de Contas da União em Mato Grosso. Professor de preparatórios para concur-sos nas disciplinas de Con-trole Externo, Orçamento Público, Contabilidade Pública e Legislação Tribu-tária do ICMS. Engenheiro Químico pela Universi-dade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2001. Bacharelando em Direito pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).

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Do ponto de vista jurídico, princípio é a estrutura basilar de qualquer ramo do Direito. O Direito Tributário tem seus princípios, assim com o Direito Ad-ministrativo, o Direito Civil ou o Direito Financeiro1. Para fazer uma analogia com a construção de um prédio, os princípios seriam a estrutura, a fundação do edifício, onde as outras normas repousam. Assim, princípios, em Direito, são normas2 orientadoras básicas para a harmonização e integração de todo o ramo do Direito, servindo tanto para a interpretação das normas já existen-tes como guia para a elaboração de novos diplomas legais.

Em caso de um possível conflito de uma norma com um princípio, por exemplo, esta deverá deixar de prevalecer sob aquela interpretação que esteja incidindo sobre um princípio basilar daquele ramo do Direito. Por outro lado, ao elaborar novas normas, o legislador deve estar atento aos princípios, de modo a não violá-los.

Como ramo do Direito, o Direito Financeiro também possui diversos princípios, construídos pela legislação, pela doutrina e pela jurisprudência. Segundo o professor Francisco Glauber Lima Mota (2006), princípios “são preceitos fundamentais e imutáveis de uma doutrina, que orientam procedi-mentos e que indicam a postura a ser adotada diante de uma realidade”.

A Lei 4.320/64, principal norma do nosso Direito Financeiro, estabeleceu em seu artigo 2.º alguns dos mais importantes princípios orçamentários, quais sejam, os princípios da unidade, universalidade e anualidade:

Art. 2.º A lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios da unidade, universalidade e anualidade.

Além desses três, há vários princípios orçamentários que têm origem no texto constitucional e outros que foram sendo construídos pela doutrina e pela jurisprudência. Iremos abordar cada um deles, a seguir3.

Princípio da anualidade ou periodicidadeA lei orçamentária é, na verdade, uma autorização concedida pelo Poder

Legislativo (que representa o povo) ao Executivo para a realização de despe-sas e a arrecadação de receitas. No entanto, essa autorização não pode ser concedida por prazo indefinido, uma vez que, nesse caso, o povo perderia o controle sobre o que o Governo faz com os seus recursos. Por outro lado, a autorização não pode ser feita por um período muito curto, sob pena de se inviabilizar a Administração.

1 Direito Financeiro é a face jurídica do estudo do orçamento público.

2 O termo “norma” aqui está empregado em sen-tido amplo, como regra, e não no sentido de lei, decreto ou outros atos do Poder Público. Muitos princípios do Direito estão, de fato, positivados nos textos constitucionais e legais, mas há uma grande quantidade de normas que não estão escritas e decor-rem da evolução doutriná-ria e da jurisprudência. Em nosso Direito há diversas regras não escritas, mas que têm força equivalente à das normas formais.

3 A lista de princípios apre-sentada nesse texto não tem a finalidade de exaurir o tema, tendo em vista que a evolução da jurisprudên-cia e da doutrina faz com que, de tempos em tempos, novos princípios surjam e outros sejam reformula-dos. No entanto, para fins de concurso público, o rol apresentado é, na grande maioria dos casos, suficien-te para o conhecimento solicitado na maioria dos editais no país.

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Em razão da necessidade de renovação periódica da autorização é que se instituiu o princípio orçamentário da periodicidade (Decreto-Lei 200/67, art. 16) que permite um maior controle do Legislativo sobre os atos admi-nistrativos de natureza financeira, além de possibilitar que os planos sejam revistos anualmente, de forma a aperfeiçoá-los. Como o prazo dessa renova-ção atualmente é de um ano, nos termos do artigo 165, III, da Constituição Federal, o princípio da periodicidade também é conhecido como princípio da anualidade.

O princípio da anualidade, previsto no artigo 2.º da Lei 4.320/64, estabele-ce que a cada ano financeiro (período de 12 meses) seja elaborada uma nova lei orçamentária. No Brasil, por força do artigo 34 da mesma lei, que definiu que o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, este período vai de 1.º de janeiro a 31 de dezembro. No entanto, não é incomum a existência de países que adotam exercícios financeiros (ou fiscais) que não coincidem com o ano civil. Nos Estados Unidos, por exemplo, o ano fiscal inicia-se em abril. Mesmo no Brasil, é possível a adoção de ano fiscal com termo de início e fim diverso, bastando, para tanto, a edição de lei complementar alterando a Lei 4.320/64, nos termos do artigo 165, §9.º da Constituição Federal.

É importante notar que o princípio da anualidade diz que a autorização para a execução orçamentária deve ser renovada anualmente e não que o orçamento anual deve coincidir com o ano civil, como algumas questões de concurso já sugeriram.

A exceção a esse princípio da anualidade ocorre em relação aos créditos adicionais especiais e extraordinários, que poderão ser reabertos, nos limites dos seus saldos, e incorporados ao orçamento do exercício seguinte, confor-me previsto no §2.º do artigo 167 da CF.

Art. 167. [...]

§2.º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

Créditos adicionais são utilizados quando é preciso alterar a lei orçamen-tária vigente, em razão da mudança de planejamento ou de algum fato im-previsto. Eles podem ser classificados em três tipos: créditos adicionais su-plementares, quando reforçam uma dotação orçamentária (seria necessária uma quantia para a construção do hospital, mas ela se revelou insuficiente); créditos adicionais especiais, quando criam uma nova dotação (será neces-

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sária a construção de um hospital adicional, que não estava previsto no orça-mento) ou créditos extraordinários, quando criam novas dotações em razão de fatos imprevisíveis, tais como guerra ou outros eventos relacionados à calamidade pública (será necessária a construção de um hospital que não estava previsto no orçamento para atender às vítimas de enchentes).

Cada tipo de crédito adicional tem o seu tratamento jurídico específico, não cabendo entrar em detalhes nesse momento. Por hora é suficiente saber que os créditos que criam novas dotações orçamentárias, seja em razão de uma alte-ração no planejamento (créditos especiais) ou em razão de um fato imprevisto (créditos extraordinários), podem ser reabertos no ano seguinte ao da sua auto-rização inicial, caso esta tenha ocorrido nos últimos quatro meses do ano.

Nesse caso, estes créditos podem ter vigência plurianual (por mais de um ano), desde que possuam saldo a ser reaberto, constituindo-se exceção ao princípio da anualidade (que diz que os créditos devem ter vigência anual).

Assim, caso um crédito extraordinário seja aberto em março de um deter-minado ano, ele não poderá ter, em hipótese alguma, vigência além desse exercício. Mas, caso tenha sido autorizado em setembro e haja saldo no fim do exercício, esse saldo poderá ser reincorporado ao exercício seguinte, sem a necessidade de nova autorização legislativa. Neste caso ele pode ter vigên-cia por até 16 meses (4 meses do ano de autorização e mais 12 meses do ano seguinte), constituindo exceção ao princípio da anualidade. O mesmo ocorre em relação aos créditos adicionais especiais.

Princípio da unidadeSe fosse possível para o Governo manter orçamentos paralelos ao orça-

mento oficial, a exigência de autorização legislativa orçamentária para reali-zação de gastos e a arrecadação de receitas seria mera formalidade jurídica. Desse modo, deve existir apenas uma única peça orçamentária para cada exercício financeiro (artigo 2.º da Lei 4.320/64), traduzindo o que chamamos de princípio da unidade orçamentária: o orçamento deve ser uno, ou seja, não se admite orçamentos paralelos.

Embora esse princípio pareça bastante abstrato – uma pessoa não inicia-da em Direito Financeiro vai acreditar que é difícil de fato existir um “orça-mento paralelo” com tantos controles governamentais – há bastante aplica-ção prática dos conceitos envolvidos nesse princípio.

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Um órgão envolvido com pesquisa agrícola pode ofertar cursos para agricultores ou fazendeiros de determinada região. Se o curso for cobrado, é necessário que a receita seja incluída no orçamento do órgão para que a despesa posterior também seja contabilizada. Mas isso, muitas vezes, não ocorre, o que infringe o princípio da unidade.

Há outros casos semelhantes, como órgãos que organizam eventos e cobram ingressos que depois não são contabilizados, ou outros que vendem produtos alimentícios criados em atividades secundárias sem recolher os re-cursos à conta única do Tesouro.

Por outro lado, alguns entendem que o princípio da unidade poderia ter sido relativizado ou mesmo extinto em razão do fato de a Constituição Fe-deral, em seu artigo 165, prever três leis orçamentárias (PPA, LDO E LOA) e três esferas orçamentárias: orçamento fiscal, orçamento de investimento e orçamentos da seguridade social (art. 165, §5.º).

No entanto, a doutrina majoritária entende que o princípio da unidade continua existindo, ainda que sob um novo conceito, qual seja o de totalida-de. Em algumas provas recentes, já foi cobrado o conhecimento do princípio da totalidade, sob esse novo prisma do princípio da unidade. Diferentemen-te do princípio da anualidade, o princípio da unidade não admite exceções.

Princípio da universalidadeO princípio da universalidade é corolário lógico do princípio da unida-

de, visto anteriormente. Diz ele que a lei de orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive de operações de crédito autorizadas em lei, bem como todas as despesas próprias dos órgãos do governo e da administração cen-tralizada, ou que por intermédio deles se devam realizar (Lei 4.320/64, arts. 2.º, 3.º e 4.º).

O objetivo desse princípio é manter controle sobre tudo o que se arreca-da e se gasta pelo Governo. Se alguma receita ou despesa não estivesse in-cluída no orçamento, estaríamos diante não só de uma infração ao princípio da universalidade, mas também ao princípio da unidade, pela criação de um orçamento paralelo.

O princípio da universalidade, além de estar previsto na Lei 4.320/64, também tem forte base constitucional. A Constituição Federal reforça esse princípio ao orientar, no §5.º do artigo 165, que o orçamento deve

(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS - QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS 01. (SEFAZ-PI, Esaf - 20 01) Acerca dos princípios orçamentários aceitos em nosso p aís, é incorreto afirmar que: a) a existê ncia da sepa ração d o orça mento da União em fiscal , de investim ento da s e statais e d a seguridade social não fere o princípio da unidade. b) o p rincípio da unive rsalidade exige a inclusão das receitas operacionais das empresas estatais no orçamento da União. c) a existência do Plano Plurianual não conflita com o princípio da anualidade. d) a s tran sferências tribut árias ob rigatórias a e stados e municípios, constit ucionalmente prevista s, constituem exceção ao princípio da não-afetação das receitas. e) o pri ncípio da exclu sividade imp õe ao orçam ento públi co o trato exclu sivo de matéri a financei ra, vedada a inclusão de qualquer dispositivo estranho à estimativa das receitas e à fixação das despesas. 02. Pelo princípio da discriminação ou especialização, e considerando o que dispõe a Lei n º 4.320/64, a despesa pública deverá ser discriminada até, pelo menos, o nível de: a) elemento de despesa. b) modalidade de aplicação. c) categoria econômica. d) grupo de natureza da despesa. 03. O princípio da anualidade define que: a) as previsões de receita e despesa devem referir-se, sempre, a um período limitado de tempo. b) o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento. c) vedar as autorizações globais. d) estimar a receita e fixar a despesa. 04. O princípio do equilíbrio estabelece que: a) a despesa empenhada no exercício deve ser igual à receita arrecadada. b) em cada exercício financeiro, o montante da despesa não deve ultrapassar a receita prevista para o período. c) o o rçamento deve com preender as metas e p rioridades da a dministração pública federal dispondo-as de forma equilibrada. d) N. R. A. 05. Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. Esse artigo (6º da Lei nº 4.320/64) explicita, respectivamente: a) os princípios da unidade e exclusividade. b) os princípios da anualidade e universalidade. c) os princípios do equilíbrio e unidade. d) os princípios da não afetação das receitas e do orçamento bruto. e) os princípios da universalidade e do orçamento bruto. 06. A Lei de Orçamento poderá conter autorizações ao Executivo para: a) alienar bens imóveis. b) celebrar convênios. c) modificar a legislação tributária. d) conceder isenções e reconhecer imunidades.

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e) abrir crédito suplementar e realizar operações de crédito, ainda que por antecipação da receita. 07. A Lei nº 628, de 30 d e novembro de 2003, que aprovou o orçamento do Município de São Gabriel da Cachoeira para 2004, contém o seguinte dispositivo: "Fica igualmente o Poder Executivo autorizado a elevar a alíquota do imposto sobre serviços (...)" Referido dispositivo: a) não fere nenhum princípio orçamentário. b) fere o princípio da exclusividade. c) fere o princípio da não afetação da receita. d) fere o princípio da universalidade. e) fere o princípio da anualidade. 08. Na lei orçamentá ria do Município de Apuí para o exercício X1 consta um dispositivo autorizando o Poder Executivo a alienar 10 imóveis sendo três imóveis para o exercício X1, cinco para o exercício X2 e dois para o exercício X3. Este dispositivo: a) fere o princípio da programação. b) fere o princípio da exclusividade. c) fere o princípio da não afetação da receita. d) fere o princípio da anualidade. e) não fere nenhum princípio orçamentário. 09. O Município d e Boa Vista d o Ramos preci sa adquirir no e xercício de " X5" 20 (vinte) veículo s. Todavia, sua arrecadação suporta apenas a aquisição de 5 (cinco) deles. De posse dessa informação, e ante à importância e necessidade dos veículos para a realização das ações governamentais naquele exercício, consegue fazer co m que o governo federal, mediante seu o rçamento, adquira os veículos restantes. E m ra zão di sso, ao el aborar a sua pr oposta orça mentária pa ra o ano d e "X5", solicita autorização ao Legislativo municipal apenas para a aquisição dos 5 (cin co) veículos, uma vez que os demais não serão adquiridos com recursos municipais. Com base nessa informação, e considerando o conteúdo dos princípios orçamentários, é correto afirmar: a) a decisão tomada pelo Município de Boa Vista do Ramos não fere nenhum princípio orçamentário. b) p or certo a de cisão tomada pelo Muni cípio de Boa Vista do Ram os fe re o p rincípio d a universalidade. c) é po ssível que a de cisão to mada pelo M unicípio de Bo a V ista do Ram os fira o princípio da publicidade. d) certamente qu e a d ecisão toma da pelo Mu nicípio d e Bo a Vista d o Ramos fere o princípio da unidade. e) não é p ossível se afirm ar que a d ecisão tomada pelo Município de Boa Vista do Ramo s fira algu m princípio. 10. Pelo princípio da unidade: a) cada unidade orçamentária deve possuir um e somente um orçamento próprio. b) as despesas devem ser liquidadas uma única vez. c) o empenho da despesa deverá ocorrer sempre em relação a um elemento de despesas. d) as receitas e d espesas do Pode r Público devem estar contidas numa única proposta orçamentária sem prejuízo de referir-se aos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais. e) deverá existir apenas um Plano Plurianual. 11. Ao tomar recursos do governo federal, mediante convênio, para a aquisição de uma ambulância, o governo am azonense te rá que e mpenhá-la e liqu idá-la. T ais procedimentos são de correntes d a

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aplicação de qual princípio orçamentário? a) Unidade. b) Anualidade. c) Universalidade. d) Exclusividade. e) Programação. 12. A a ção planejada do Estado mat erializa-se at ravés do orçamento público. Indiq ue o pri ncípio orçamentário que co nsiste na não-i nserção de matéria estranha à previsão da receita e à fixação d a despesa: a) princípio da discriminação. b) princípio da exclusividade. c) princípio do orçamento bruto. d) princípio da universalidade. e) princípio do equilíbrio. 13. Julgue os itens a seguir, assinalando “V” (verdadeiro) ou “F” (falso). a) Consoante o princípio da anualidade, as previsões de receita e despesa devem referir-se sempre a um período limitado de tempo. O período de vigência do orçamento chama-se exercício financeiro e, de acordo com a Lei nº 4.320/64, coincide com o ano civil: 1º de janeiro a 31 de dezembro. b) Segundo o princípio do orçamento bruto, todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução. c) O orçamento deve conter apenas matéria orçamentária e não deverá cuidar de assuntos estranhos, conforme previsto n a Constituição F ederal, e xceção feita à autoriza ção para a abe rtura d e crédito s suplementares e à contratação de operações de crédito. Tal preceito caracteriza o p rincípio da não-afetação. d) Antes d a Con stituição de 198 8, embora constasse na legi slação, o pri ncípio da unid ade não e ra praticado na administração orçamentária da União. 14. Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira: (1) Princípio da unidade (2) Princípio da universalidade (3) Princípio do orçamento bruto (4) Princípio da anualidade ou da periodicidade (5) Princípio da não-afetação das receitas (6) Princípio da discriminação ou especialização (7) Princípio da exclusividade (8) Princípio do equilíbrio (9) Princípio da programação ( ) o orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado. ( ) a lei orçamentária deverá conter apenas matéria financeira, excluindo-se dela qualquer dispositivo estranho à estimativa da receita e à fixação da despesa para o próximo exercício. ( ) as receitas e as despesas devem aparecer no orçamento de maneira discriminada, de tal fo rma que se possa saber, pormenorizadamente, a origem dos recursos e sua aplicação. ( ) o orçamento d eve expre ssar as realizaç ões prete ndidas disp ondo o s "meio s" n ecessários (pessoal, material, serviços etc.) traduzidos em termos físicos financeiros. ( ) cada unidade (orçamentária) deve possuir apenas 1 (um) orçamento.

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( ) to das as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus valores totais, sem qualquer tipo de dedução. ( ) o monta nte da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao total das receitas estimadas para o mesmo período. ( ) o orça mento público deve ser elaborado e autorizado para um período determinado, geralmente de um ano. ( ) nenhuma parcela da receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos. a) 4, 7, 1, 3, 2, 9, 5, 8, 6 b) 3, 5, 7, 2, 8, 1, 6, 9, 4 c) 9, 6, 3, 2, 4, 1, 7, 8, 5 d) 5, 3, 2, 1, 7, 8, 4, 6, 9 e) 2, 7, 6, 9, 1, 3, 8, 4, 5 15. A Constituição Federal de 1988 disciplinou, dentre outros aspectos, várias condutas relacionadas à elaboração, discussão e votação dos orçamentos públicos. Com base nessa regulação imposta pela Carta Magna, relacione cada um dos dispositivos abaixo com o princípio correspondente: a) Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - (...) II - (...) III - os orçamentos anuais. b) Art. 167. São vedados: (....) IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa (...); c) Art. 165. (...) § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa (...); d) Art. 165. (...) § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: I - o o rçamento fiscal referente ao s Poderes da Uni ão, se us fun dos, órgã os e e ntidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orça mento de inve stimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguri dade social, abrangendo todas as enti dades e órgão s a ela vinculados, da administração direta o u indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e ma ntidos pelo Poder Público. ( ) Princípio da exclusividade. ( ) Princípio da anualidade. ( ) Princípio da não-afetação das receitas. ( ) Princípio da universalidade. a) a, d, b, c b) b, c, d, a c) c, a, b, d

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d) c, b, d, c e) d, a, c, b 16. Sobre o princípio da não-afetação das receitas públicas é correto afirmar que: I - proíbe o administrador público de vincular uma receita de contribuição a uma determinada despesa sob pena de violação ao princípio. II - não proíbe o administrador público de vincular a receita proveniente da cobrança e arrecadação do IPVA, fora daquelas situações previstas na Constituição Federal. III - as receitas de capital não estão alcançadas pelo princípio, mas apenas as receitas correntes. a) I, II e III estão corretas b) I e II estão erradas c) I, II e III estão erradas d) apenas I está correta e) apenas II está correta 17. Relaciona-se diretamente com o princípio da unidade de tesouraria: a) a previsão da receita. b) o recolhimento das receitas. c) a arrecadação da receita, apenas. d) a liquidação da despesa, apenas. e) a arrecadação da receita e a liquidação da despesa. 18. Identifique a única opção correta pertinente aos princípios orçamentários: a) Com base no princípio da universalidade, o orçamento deve ser uno. b) O p rincípio da an ualidade enfatiza que o orçamento d eve conter tod as as receitas e toda s as despesas referentes aos três Poderes da União. c) O princípio da exclusividade afirma que o conteúdo orçamentário deve ser divulgado por meio de veículos oficiais de comunicação, para conhecimento público e para a eficácia de sua validade. d) O princípio da especificação estabelece que o montante da despesa não deve ultrapassar a receita prevista para o período. e) O prin cípio da não-afe tação afirm a que é vedad a a vincula ção da re ceita de imposto s a órgão s, fundos ou despesas, excetuadas as afetações que a própria Carta Magna determina. 19. (TCE-RN, Esaf - 2 000) Tendo como refe rência os princípios o rçamentários, assin ale a op ção correta: a) A inclusão, na lei orçamentária anual, de autorização para aumento da alíquota de um imposto fere o princípio da exclusividade. b) A auto rização pa ra a realização de de spesas sem a indi cação d os recurso s correspondentes é incompatível com o princípio da discriminação. c) A in stituição de fu ndos me diante alocação d e parcelas d e i mpostos está em d esacordo com o princípio da especialização. d) A possibil idade d e rea bertura de créditos e speciais autori zados n os últi mos q uatro meses d o exercício anterior é uma decorrência do princípio da universalidade. e) A inclu são dos o rçamentos fiscal, da se guridade so cial e d e investiment os da s e statais na le i orçamentária anual resulta da aplicação do princípio da publicidade. (MPU, Esaf - Técnico de Orçamento - 2004) 20. O prin cípio que esta belece que de verão ser in cluídos todo s os a spectos do pro grama de cada órgão, principalmente aqueles que envolvam qualquer transação financeira e econômica, denomina-se:

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a) unidade. b) universalidade. c) exclusividade. d) anualidade. e) clareza. 21. Com base na Constituição Federal de 1988, o princípio orçamentário que consiste na não-inserção de matéria estranha à previsão da receita é o: a) princípio da não-afetação das receitas. b) princípio da discriminação. c) princípio da clareza. d) princípio da exclusividade. e) princípio da unidade. ______________ 22. Entre a s defini ções mencionadas, identifi que qual é pe rtinente ao p rincípio orça mentário do equilíbrio: a) todas as receitas e despesas devem estar contidas numa só lei orçamentária b) todas as receitas e todas as despesas devem constar da lei orçamentária pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. c) a lei o rçamentária nã o pode rá conter maté ria estranha à fixaçã o da s d espesas e à p revisão da s receitas. d) os valores autorizados para realização das despesas no exercício deverão ser compatíveis com os valores previstos para a arrecadação das receitas. e) o orçamento deve ser claro e de fácil compreensão. 23. (TRT-11ª Região, FCC – Contador - 2 005) Conforme artigo 165, § 8º, da Constituição Federal, o texto "(...) não se incluindo na proibição a autoriz ação para abertura de créditos supl ementares e contratação de ope rações de crédito, ainda q ue por a ntecipação d e re ceita, nos term os da l ei" expressa exceção ao princípio orçamentário da (adaptado): a) unidade. b) anualidade. c) exclusividade. d) especificidade. e) programação. 24. (SEFAZ-AM, NCE-UFRJ - Analista do Tesouro Estadual - 2005/) São princípios orçamentários: a) afetação e ponderação. b) universalidade e afetação. c) exclusividade e afetação. d) universalidade e exclusividade. e) universalidade e ponderação. 25. (TCE-MA, FCC - Analista de Controle Externo - 200 5) Em matéria orçamentária, o p rincípio da exclusividade, con sagrado na Co nstituição F ederal de 198 8, est abelece a v edação d e conteúd os estranhos à fixação da despesa e à previsão da receita, excetuando a) a autorização para criação de estruturas administrativas. b) a propositura de emendas parlamentares sem indicação de fontes de recursos.

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c) o remanejamento de dotações entre diferentes categorias de programação. d) a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. e) a autorização para abertura de créditos extraordinários para atender a despesas previstas de forma insuficiente no orçamento. 26. (TCU, Esaf - Analista de Con trole Externo - 2002) A ação planejada do Estado mat erializa-se através do orçamento público. Indi que o p rincípio orçamentário que con siste n a nã o-inserção de matéria estranha à previsão da receita e à fixação da despesa.

a) princípio da discriminação

b) princípio da exclusividade

c) princípio do orçamento bruto

d) princípio da universalidade

e) princípio do equilíbrio 27. (MPOG, Esaf - Analista de Plan ejamento e Orçamento - 2002) De a cordo com o s prin cípios orçamentários, identifique o prin cípio que está in serido nos dispositivos constitucionais, orientando a construção do sistema orçamentário em sintonia com o planejamento e programação do poder público e garantindo que todos os atos relacionados aos interesses da sociedade devem passar pelo exame e pela aprovação do parlamento.

a) Princípio da periodicidade

b) Princípio da exclusividade

c) Princípio da universalidade

d) Princípio da unidade

e) Princípio da legalidade 28. Identifique a única opção correta pertinente aos princípios orçamentários. a) Com base no princípio da universalidade, o orçamento deve ser uno. b) O p rincípio da an ualidade enfatiza que o orçamento d eve conter tod as as receitas e toda s as despesas referentes aos três poderes da União. c) O princípio da exclusividade afirma que o conteúdo orçamentário deve ser divulgado por meio de veículos oficiais de comunicação, para conhecimento público e para a eficácia de sua validade. d) O princípio da especificação estabelece que o montante da despesa não deve ultrapassar a receita prevista para o período.

e) O prin cípio da não-afe tação afirm a que é vedad a a vincula ção de re ceita de imposto s a órgão s, fundos ou despesas, excetuadas as afetações que a própria Carta Magna determina. GABARITO e COMENTÁRIOS 01. B O termo "re ceitas operacionais" é com umente utilizado pela Contabilidade Empresarial. Refere-se às receitas originadas a partir das atividades normais da entidade. Assim, as receitas operacionais de uma empresa que presta serviços decorrem da venda efetiva desses serviços; as receitas operacionais de uma emp resa que reven de sa patos originam-se da co mercialização efetiv a dessa m odalidade de mercadoria e por aí vai. As receitas operacionais das empresas estatais são, portanto, geradas nessas condições. Tais receitas são receitas p róprias. Em razão disso, não necessitam ser alocadas na peça orçamentária, em se tratando de uma empresa estatal. Essa forma de tratamento, saliente-se, não fere o princípio da universalidade, que determina a inclusão, na peça orçamentária, de todas as receitas do Estado. Frise-se, por oportuno, que as receitas próprias aqui referidas são vinculadas a uma empresa

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estatal. Essa particularidade é imp ortante pois, em se tratando de receitas próprias geradas por uma pessoa juríd ica de di reito públi co, u ma autarqui a, por exe mplo, deverão co mpor a pro posta orçamentária, por força do princípio da universalidade. 02. A Ver artigo 15 da Lei nº 4.320/64. 03. A Entendemos que o conceito dispensa comentários. 04. B Esse equilíbrio é o chamado equilíbrio formal. Há, ai nda, o equilíbrio interno, que se extrai a partir da comparação entre o s mo ntantes da s receitas e d espesas correntes; e d as re ceitas e des pesas de capital. 05. E A primei ra p arte do dispositivo refe re-se ao p rincípio da universalid ade, enquanto su a última parte reflete o princípio do orçamento bruto. 06. E Ver art. 7º, I e II, da Lei nº 4.320/64, c/c art. 165, § 8º, da Constituição Federal. 07. B A lei orçame ntária anual somente deve tratar d e matérias orçamentárias, que se resumem à previ são da receita e à fixação da despesa. Há, contudo, duas exceções a essa regra: a de autorizar a abertura de crédito suplementar e de realizar operações de crédito, ainda que por antecipação da receita. Com efeito, a aut orização p ara a eleva ção de alíqu otas de impo stos não se in sere no escopo da p eça orçamentária, ferind o, poi s, o princípio da exclu sividade. O o bjetivo de sse prin cípio é corrigir u m problema que come çou a ocorrer no passado. É qu e, em razão da celeridade de sua tra mitação, o projeto de lei orçamentária passou a servir de "carona" a matérias sem qualquer vinculação com o seu objetivo. Com efeito, mui tas matérias que se encontravam "engavetadas" passavam à aprovação por força da peça orçamentária. A partir d e então, torn ou-se necessário um princípio que corrigisse essa anomalia. Surgiu, assim, o princípio da exclusividade. Ver art. 7º, I e II, da Lei nº 4.320/64. 08. D A autorizaçã o para alienar deve re stringir-se a um e apena s u m orçame nto, não pode ndo alcan çar diversos orçamentos, conforme alude a questão. A autorização, portanto, deverá ser anual. 09. B Na verdade, por imposição do prin cípio da universa lidade, a propo sta orçamentária do Município de Boa Vista deveria contemplar também os recursos originários do governo federal. Ver art. 6º da Lei nº 4.320/64. 10. D A diversidade de o rçamentos não colide com o p rincípio da unidade, pois este se refe re à pro posta orçamentária, que deverá ser una. Ver art. 2º da Lei nº 4.320/64. 11. C Ver comentários à questão 9.

(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA. O GABARITO INTEGRAL DAS QUESTÕES DESTE ASSUNTO ESTÃO APENAS NA APOSTILA COMPLETA QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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Lei de responsabilidade fiscal

Fernando Lima Gama Junior*

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) veio para regulamentar o Capítulo II, do Título VI da Constituição Federal, que trata das finanças públicas, em especial o artigo 163 conforme segue:

Art. 163. Lei complementar disporá sobre:

I - finanças públicas;

[...]

É importante frisar que a LC 101/2000 não revogou a Lei 4.320/64, embora o artigo acima estabelece que uma nova LC deverá ser editada em substitui-ção a 4.320/64. Inclusive, já existem alguns projetos em tramitação no Con-gresso Nacional.

Na verdade, os objetivos das duas normas são bastante distintos: enquanto a Lei 4.320/64 se preocupa em definir normas gerais voltadas para a elaboração e o controle dos orçamentos e balanços, a LRF define normas de finanças públi-cas para uma gestão fiscal eficiente. Apesar da Lei 4.320/64 ter ganhado força de Lei Complementar, por força da Constituição Federal de 1988, em eventual conflito entre as duas normas, deverá prevalecer a norma mais recente.

Edson Ronaldo Nascimento (2001) cita casos concretos onde se verificam algumas alterações de entendimento sofridas pela Lei 4.320/64, em decor-rência da publicação da LRF, quais sejam:

conceito de dívida fundada; �

conceito de empresa estatal dependente; �

conceito de operações de crédito; �

tratamento dado aos restos a pagar. �

A LRF também disciplina o artigo 169 ao estabelecer, na sua seção II, as regras para despesa de pessoal, em particular os limites para despesa de pessoal. A LC 96/99, conhecida como Lei Camata II, que disciplinava os limites das despesas com pessoal, foi expressamente revogada pelo artigo 75, da LC 101/2000.

* Auditor Federal de Con-trole Externo do Tribunal de Contas da União em Mato Grosso. Professor de preparatórios para concur-sos nas disciplinas de Con-trole Externo, Orçamento Público, Contabilidade Pública e Legislação Tribu-tária do ICMS. Engenheiro Químico pela Universi-dade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2001. Bacharelando em Direito pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).

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Alguns estudiosos, a exemplo de Edson Ronaldo Nascimento (2001), en-tendem que a LRF atende à prescrição do artigo 165 da CF, mais precisamen-te, o inciso II do parágrafo 9.º do referido dispositivo. De acordo com o citado artigo,

Art. 165. [...]

§9.° [...]

II - Cabe à Lei Complementar estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta, bem como condições para a instituição e funcionamento de Fundos”.

Nesse ponto, ocorreria sobreposição de tema com a Lei 4.320/64.

Nos artigos 68 e 69, a LRF vem atender à prescrição do artigo 250 da Cons-tituição de 1988, que assim determina:

Art. 250. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento dos benefícios concedidos pelo regime geral de previdência social, em adição aos recursos de sua arrecadação, a União poderá constituir fundo integrado por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei, que disporá sobre a natureza e administração desse fundo.

ConceitoA Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é um marco em matéria de

finanças públicas no Brasil, estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, mediante ações em que se previ-nam riscos e corrijam desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públi-cas, destacando-se o planejamento, o controle, a transparência e a responsa-bilização como premissas básicas.

A LRF é de aplicação obrigatória para todas as esferas de Governo: União, estados, Distrito Federal e municípios, aqui compreendidos os órgãos da ad-ministração direta de todos os poderes (Executivo, Legislativo, nestes abran-gidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público) e, no âmbito da administração indireta, as autarquias, os fundos, as fundações e as empresas estatais dependentes.

Atenção: a inclusão da expressão e do conceito de empresas estatais de-pendentes é uma inovação da LRF, e é bastante cobrada em concursos.

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ObjetivosO principal objetivo da Lei de Responsabilidade Fiscal, previsto no seu

artigo 1.º, consiste em estabelecer

Art. 1.° normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.

São objetivos da lei de responsabilidade fiscal:

a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem �

desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas;

garantia de equilíbrio nas contas, via cumprimento de metas de resul- �

tados entre receitas e despesas e obediência a limites e condições no que tange:

à renúncia de receita; �

geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras; �

dívidas consolidada e mobiliária; �

operações de crédito, inclusive por antecipação de receita; �

concessão de garantia; �

inscrição em restos a pagar. �

A ação planejada, no serviço público, nada mais é do que a ação baseada em planos previamente traçados, sujeitos à apreciação e aprovação do legislativo, garantindo-lhes a necessária legitimidade. Para viabilizar essa ação planejada a LRF revigorou e reestruturou três instrumentos de planejamento do gasto público, que já estavam previstos na Constituição: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).

A compatibilidade entre os instrumentos de planejamento: PPA, LDO e LOA, também é destacada como objetivo da LRF por alguns doutrinadores, a exemplo do Prof. João Fortes (2006).

A ação transparente será garantida através do conhecimento e da partici-pação da sociedade, que somente poderá ser efetiva se houver ampla publi-cidade de todos os atos e fatos ligados à gestão dos recursos públicos.

(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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ORÇAMENTO PÚBLICO - QUESTÕES DE CONCURSOS 01. (TRE-AL, Cespe - Técnico Judiciário - 2 004) No Brasil, o processo de elaboração e execução orçamentária é demarcado por um conjunto de normas, técnicas, sistemas, princípios e institutos que estabelece a abrangência e a forma dos procedimentos a serem adotados. Acerca desse tema, julgue os itens a seguir em (C) CERTO ou (E) ERRADO. a) Cada ente federativo deve aprovar, anualmente, uma lei orçamentária. b) De a cordo com o pri ncípio o rçamentário d a n ão-afetação, as re ceitas d e imposto s, inadmitida qualquer exceção, não devem ser vinculadas a órgãos, fundos ou despesas. c) A Lei de Diret rizes Orçamentárias (L DO) dev e incluir met as f iscais p ara o s t rês exercícios subsequentes ao do ano em que for aprovada. d) A iniciativa do projeto de lei orçamentária anual cabe ao Poder Legislativo. e) Cada pa rlamentar po de ap resentar até vi nte e mendas i ndividuais ao s projetos de l ei do pl ano plurianual de diretrizes orçamentárias relativas ao anexo de metas e prioridades, do orçamento anual e de seus créditos adicionais, excluídas desse limite aquelas destinadas à receita, ao texto da lei e ao cancelamento parcial ou total de dotação. f) O orçamento brasileiro tem alto gra u de vinculações, tais como transferências constitucionais para estados e m unicípios, m anutenção do en sino, seguridade so cial e receitas próp rias de entidad es. Essas vinculações tornam o processo orçamentário extremamente rígido. g) A função denominada encargos especiais engloba as ações às quais não é possível associar bens ou serviços a se rem g erados no p rocesso produt ivo corrente, tais co mo dívidas, tran sferências, ressarcimentos e indenizações, representando, portanto, uma agregação neutra. h) A função denominada operaçõe s e speciais não inclui as de spesas que não co ntribuem para a manutenção das ações de governo, não resultam em um produto e não geram contraprestação sob a forma de bem ou serviço. i) O SIDOR e o SIAFI utilizam o mesmo sistema de classificação, de modo que há consistência entre as informações financeiras e contábeis. j) O pa gamento d e despesas de e xercícios a nteriores é c aracterizado co mo d espesa extra-orçamentária. l) No âmbito da classificação da despesa por elementos, existe um item específico para classificar as despesas pagas mediante a execução de restos a pagar. m) A Conta Única é uma conta mantida junto ao Banco Central do Brasil e destinada a acolher, em conformidade com o disposto na Constituição Fe deral, o s recursos fin anceiros da Uniã o qu e se encontrem à disposição, on line, das unidades gestoras, nos limites financeiros previamente definidos. n) Leilã o é a modalid ade de licitaçã o utilizada p ara a venda de bens m óveis inserví veis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis. O maior lance deve corresponder a valor igual ou superior ao valor da avaliação. (TRE-SC - Analista Judiciário - 2005) 02. Por m andamento con stitucional, n o Bra sil a lei orçame ntária anu al deve rá compreender quais orçamentos, dentre os relacionados a seguir? I - O orçamento de investimento dos Poderes. II - O orçamento fiscal. III - O orçamento monetário. IV - O orçamento da seguridade social. V - O orçamento das diretrizes orçamentárias. VI - O orçamento de investimento das empresas em que a União detenha o controle decisorial. VII - O orçamento da receita. VIII - O orçamento da despesa. Assinale a alternativa CORRETA. a) Deverá compreender os orçamentos II, IV e VI.

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b) Deverá compreender os orçamentos II, III, IV e VI. c) Deverá compreender os orçamentos I, II, IV e V. d) Deverá compreender os orçamentos II, IV, V e VIII. 03. Analise as afirmativas abaixo sobre orçamento público no Brasil. I - Tecnicamente os chamados “cortes lineares” tomam na devida conta a finali dade da classificação funcional-programática da despesa, embora prejudiquem as propostas orçamentárias realistas. II - A nova classificação funcional estabelecida em 1999 não preservou, na sua lógica de aplicação, a matricialidade da classificação funcional-programática anterior, ou seja, as subfunções não podem ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas. III - A aquisição de um im óvel pronto é classificada como “inversão financeira”; já a construção de um prédio para abrigar serviços administrativos é classificada como um “investimento”. Assinale a alternativa CORRETA. a) Apenas a afirmativa III é verdadeira. b) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. c) Apenas a afirmativa I é verdadeira. d) Todas as afirmativas são verdadeiras. (TRE-SE, FCC - Analista Judiciário - 2007) 04. De acordo com os ditames estabelecidos pela Lei nº 4.320/64, em relação à receita orçamentária, NÃO é correto afirmar que: a) o tributo é uma receita derivada que compreende os impostos, taxas e contribuições. b) o superávit do orçamento corrente constituirá item de receita orçamentária. c) o produto da arre cadação do tri buto é de stinado a o cust eio da s ativi dades exe rcidas pelas entidades de direito público. d) as receitas correntes são destinadas a atender despesas classificáveis em despesas correntes. e) são exemplos de receitas de capital as provenientes da conversão em espécie, de bens e direitos. 05. Considere as afirmativas abaixo. I. Restos a Pagar é despesa empenhada, mas não paga. II. A inscrição em Restos a Pagar é receita extraorçamentária. III. O regi stro dos Restos a Pagar será feito por exercício, separando-se as de spesas processadas das não processadas. IV. O pagamento de Restos a Pagar é despesa extraorçamentária. É correto o que se afirma em a) I e II, apenas. b) I, II e III, apenas. c) II e III, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. 06. O orçamento a) é uma peça contábil que indica a movimentação financeira do exercício. b) tem como finalidade demonstrar o total de bens, direitos e obrigações da entidade pública. c) tem como principal finalidade evidenciar o resultado do período. d) é uma lei que trata da fixação da despesa e da previsão da receita. e) é uma Portaria elaborada pelo Poder Executivo.

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(TRE-PA, Cespe - Analista Judiciário - 2007) 07. Ten do como referência a d outrina e a l egislação a plicável às receitas e de spesas públicas, assinale a opção correta. a) As tra nsferências intergovernamentais voluntárias efetuadas não exigem contrap restação, mas o ente beneficiário só pode utilizar os recursos em despesas da correspondente categoria econômica. b) O s cham ados re cursos condi cionados constituem fontes d estinadas a despesas q ue só serão efetuadas se a administração julgá-las, discricionariamente, necessárias e prioritárias. c) Su bvenção so cial é a contribuição do ente p úblico pa ra custear a dife rença ent re o s preços de revenda, pelo governo, e os de mercado, de bens destinados à população de baixa renda. d) Os juros que a União deixa de pagar e converte em nova dívida são cont abilizados como despesa de capital no exercício correspondente a essa conversão. e) As despesas rel ativas a cont ratos de vigên cia pluria nual serão objeto de emp enho global n a assinatura do contrato, substituído por empenho ordinário a cada exercício da execução do contrato. 08. Com base no Decreto nº 93.872/1986, assinale a opção correta. a) A S ecretaria de Orçamento Federal aprova o li mite global de saques de cada poder e órgão, de acordo com o montante das dotações e a previsão do fluxo de caixa do Tesouro Nacional. b) As tran sferências de recursos para entidade s supervi sionadas, quando decorrente s de receitas vinculadas ou com destinação legal específica, independem da programação financeira do Tesouro. c) Resto s a pagar constituem item e specífico d a p rogramação f inanceira, e seu pa gamento deve efetuar-se dentro do limite de saques fixado para cada órgão. d) Os recursos correspondentes às dotações não utilizadas no exercício permanecem à disposição da unidade orçamentária, que poderá utilizá-los independentemente de nova programação financeira. e) Os recursos correspondentes às dotações destinadas aos órgãos do Poder Judiciário obedecem a programação financeira própria, estabelecida em cada um desses órgãos. 10. Com base na Lei de Diret rizes Orçamentárias, assinale a op ção correta em relação aos créditos orçamentários e adicionais. a) Os créditos adicionais devem ser aprovados pelo Congresso Nacional e abertos mediante decreto do presidente da República. b) Projetos de lei relativos a cré ditos adicionais encaminhados pelo Pode r Judiciário devem conte r parecer de mérito emitido pelo STF. c) Créditos suplementares autorizados na lei orçamentária e solicitados no âmbito do Poder Judiciário mediante co mpensação de recursos devem ser abertos po r ato dos p residentes d os re spectivos tribunais superiores. d) A re abertura d e saldo de crédito especial aut orizado nos últimos q uatro meses do exercí cio financeiro anterior, se necessária, deve ser efetuada por meio de decreto do presidente da República. e) Caso o projeto de l ei orça mentária n ão seja sa ncionado até 3 1 d e dezembro, o s créditos orçamentários propostos estarão automaticamente abertos. 11. Com base nos dispositivos constitucionais em matéria orçamentária, assinale a opção correta. a) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais são de competência do Congresso Nacional e iniciativa de qualquer um dos poderes da República e do Ministério Público. b) Maté ria o rçamentária está sujeita à aprova ção sucessiva d e amba s a s Casas d o Con gresso Nacional. c) No âmbito do Poder Judiciário, a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de um órgão para outro independe de prévia autorização legislativa. d) O plano plurianual deve subordinar-se aos planos e programas nacionais, regionais e setoriais em vigor. e) Os investimentos efetuados pela União nas entidades vinculadas às áreas de saúde, assistência social e previdência social devem constar do orçamento da seguridade social.

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12. Considerando a comparação entre o orçamento-programa e o orçame nto tradicional, assinale a opção correta. a) A utilização si stemática de indicadores e padrões de medição do t rabalho e dos resultados é comum a ambos. b) O orça mento-programa é um inst rumento dos pro cessos de plan ejamento e prog ramação governamentais. c) O orçamento tradicional tem como principal critério classificatório o funcional. d) Os custos dos programas são medidos por meio das necessidades financeiras de cada unidade organizacional em ambos os casos. e) No o rçamento-programa, a aloca ção de re cursos é efetuad a prioritariamente para a ma nutenção das atividades típicas de cada órgão ou entidade. (TSE, Cespe - Analista Judiciário - 2007) 13. Nos term os da Lei nº 4.320/1 964, a discriminação da receita o rçamentária tem como ba se a s fontes econô micas de su a geração, exce ção feita às tra nsferências en tre ó rgãos e es feras de governo, cuja classificação é feita atu almente conforme o destino dos recursos: se p ara aplicações correntes o u de ca pital. Com referência à classificação e conômica d a re ceita públi ca, assinale a opção incorreta. a) A remun eração da s di sponibilidades do Te souro Nacional é classificada como outra s re ceitas correntes. b) A re ceita patrimonial resulta d a util ização, po r t erceiros, do s elemento s patrimoniais: aluguéi s, arrendamentos, foros e laudêmios, taxa de ocupação de imóveis, juros de títulos de renda, dividendos e outras participações em capital de outras empresas. c) Operações de crédito são os recursos deco rrentes da col ocação de títulos públicos ou de empréstimos obtidos junto a entidades estatais ou particulares, internas ou externas. d) Destinadas a ap licações correntes, a s tr ansferências correntes são os re cursos re cebidos de outras pessoas de direito público ou privado, independentemente da contraprestação direta em bens e se rviços. Podem o correr d e forma intrag overnamental ou i ntergovernamental, bem com o ser recebidos de instituições privadas, do exterior e de pessoas. 14. O processo de elaboração e execução orçamentária do governo federal é regido por uma série de normas constitucionais, legais e administrativas, que determinam os in stitutos, práticas e estruturas onde ele se realiza. Com respeito a esse assunto, assinale a opção correta. a) O Congresso Nacional está impedido, por dispositivo constitucional, de alterar receitas e despesas com o pag amento de be nefícios da p revidência so cial propo stas na Lei Orçamentá ria Anual pelo Poder Executivo. b) Os in centivos fiscai s, po r serem uma a ção extra-orçam entária, não co nstam e m ne nhum documento das normas orçamentárias, nem precisam ser considerados para fins de disciplina fiscal. c) O pagamento de d espesas nas modalid ades re stos a p agar é sempre con siderado extra-orçamentário. d) A realização de uma obra cuja execução perdure dois anos depende de sua prévia inclusão na Lei de Diretrizes Orçamentárias. 15. A estrutu ra programática, centrada no modelo de gerenciamento de programas, começou a ser utilizada em 1999 (Pl ano Plurian ual para o período 200 0-2003 e o rçamento pa ra 2000), em substituição à cla ssificação func ional-programática, até entã o us ada. Dentro d essa estrutu ra, programas finalísticos são aqueles que a) abrang em as açõ es d e gestão d e govern o e serão compostos de atividade s de plan ejamento, orçamento, controle interno, siste mas de informação e diag nóstico de sup orte à formulação, coordenação, supervisão, avaliação e divulgação de políticas públicas. b) resultam em bens e se rviços ofertados diretamente ao E stado, por in stituições criadas para esse fim específico.

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c) corre spondem ao co njunto de de spesas de n atureza tipica mente admin istrativa e outras q ue, embora colaborem para a consecução dos objetivos de programas, não são passíveis de apropriação a esses programas. d) resultam em bens e serviços ofertados diretamente à sociedade. 16. A forma de alterar a lei orçamentária vigente é mediante a abertura de créditos adicionais. A Lei nº 4.320/1964 já dispunha sobre o assunto, mas sofreu alterações em face do texto constitucional atual. Nesse contexto, assinale a opção correta. a) Consideram-se recursos disponíveis para fins de abertura de créditos adicionais os p rovenientes do excesso de arrecadação, que constitui o sal do positivo das di ferenças, acumuladas mês a mê s, entre a arrecadação prevista e a realizada, levando-se em conta, ainda, a te ndência dos últimos três exercícios financeiros. b) A emenda parlamentar aos projetos de lei de cr éditos adicionais deve ser compatível com o que dispõe a Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício. c) Os créditos e speciais e extrao rdinários te rão vigênci a no exercí cio fi nanceiro em que forem abertos, salvo se o ato d e abertura for publicado nos últimos quatro meses daquele exercício, ca so em que, re abertos no s li mites de seus saldo s, serão in corporados a o orçame nto do exercí cio financeiro subseqüente. d) A abertu ra de cré dito extraordinário somente será admitida p ara atender a despesas decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, por meio da edição de medida provisória. (TRE-PB, FCC - Analista Judiciário - 2007) 17. Ao lo ngo do exe rcício finan ceiro, o G overno do Esta do precisou in stituir n ovo p rograma d e assistência ao educando. Para tanto, valeu-se de um a) crédito adicional suplementar. b) crédito adicional especial. c) crédito financeiro. d) crédito extra-orçamentário. e) crédito orçamentário. 19. Restos a Pagar decorrem de a) despesas orçamentárias empenhadas, mas não pagas até o término do exercício financeiro. b) obrigação de despesa contraída entre maio e dezembro do último ano do mandato. c) despesas extra-orçamentárias, regularmente empenhadas, mas não quitadas até 31 de novembro de cada ano civil. d) dívidas assumidas em anos anteriores, ainda não empenhadas. e) valor principal das operações de crédito por antecipação da receita orçamentária (ARO). 20. Nos termos da Constituição Federal, compõe a lei de diretrizes orçamentárias: a) metas e prio ridades para os 4 (q uatro) anos do ma ndato e ori entações p ara ela boração do orçamento anual. b) orçamento fiscal; orçamento de investimento das estatais; orçamento da seguridade social. c) metas e prioridades para o exercício subseqüente; alterações na le gislação tributária; política de aplicação das agências oficiais de fomento. d) programas de duração continuada; diretrizes e objetivos para as despesas de capital; critérios para limitação de empenho. e) todos os investimentos cuja execução ultrapasse um exercício financeiro. 21. (TRT-24ª Região, F CC - Analista Judiciário - 2006) Segundo o di sposto na Lei de Orçamento Público (Lei nº 4.320/64), consideram-se subvenções as

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a) transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas. b) dotações para despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços. c) dotações para o planejamento e a execução de obras. d) dotações destinadas à aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização. e) receitas provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas. (TRE-MS, FCC - Analista Judiciário - 2007) 23. De conformidade com o estabelecido pela Lei nº 4.320/64, é correto afirmar que: a) O em penho d e d espesa é o ato emanado d e autoridade competente q ue cria pa ra o Esta do obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. b) A de spesa anulada no exercício reverte-se à dotação. A de spesa anulada no exercício seguinte será considerada despesa extra-orçamentária do ano em que se efetivar. c) Em hipótese alguma será dispensada a emissão da Nota de Empenho. d) A dívida flutuante comp reende apenas os serviços da dívida a pagar, de pósitos e resto s a pagar, excluídos os serviços da dívida. e) O empenho da despesa pode exceder o limite de crédito concedido. 24. É INCORRETO o que se afirma em: a) O projeto de lei o rçamentária an ual deve ser elabo rado de form a co mpatível co m o Plano Plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas da Lei de Responsabilidade Fiscal. b) A lei de diretrizes o rçamentárias conterá A nexo de Riscos Fiscai s, on de serão avaliados o s passivos co ntingentes e outros riscos ca pazes de afetar as contas p úblicas, i nformando a s providências a serem tomadas, caso se concretizem. c) A lei de diretrizes orçamentárias disporá sobre normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos. d) A lei orçamentá ria po derá con signar dota ção para inve stimento com du ração supe rior a u m exercício financeiro que não esteja previsto no Plano Plurianual. e) O Plano Plurianual, a lei de Diretrizes O rçamentárias e o Orçamento a nual são in strumentos relativos ao processo orçamentário. 25. Corresponde à atividade exercida pelo Controle da Execução Orçamentária: a) T em como úni co obj etivo verifica r o cump rimento da Lei do Orçamento, pelo Po der L egislativo, conforme disposto na Lei nº 4.320/64. b) A verifi cação da l egalidade dos atos de exe cução orçamentária de fo rma prévia, concomitante e subseqüente. c) Permitir ao Ministério Público exigir a limitação de empenho quando, verificado que, ao final de um semestre, a realização d a receita poderá não cumprir as metas de resultado primário estabelecidos no Anexo de Metas Fiscais. d) Determinar que o m ontante previsto para as receitas de operações de crédito poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária. e) Especifi car quai s a s d espesas d estinadas ao pagamento do servi ço d a dívida que p odem ser objeto de limitação. 26. Determinar a p arcela do crédito adicional a ser reaberta no exercício de 2006 considerando os seguintes dados: I. O crédito especial foi aberto no mês de novembro de 2005. II. Os valores contidos no Balanço Orçamentário abaixo.

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a) (R$ 6.800) b) (R$ 3.000) c) R$ 3.800 d) R$ 3.000 e) R$ 800 (TCE-TO, Cespe - Técnico de Controle Externo - 2009) 27. Nos Estados democráticos, o orçamento é considerado o ato p elo qual o Po der Legislativo prevê e autori za a o Poder Exe cutivo, por certo pe ríodo e em porm enor, a s de spesas d estinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei.

Aliomar Baleeiro. Uma introdução à ciência das finanças. In: Revista e atualizada por Dejalma Campos, Rio de Janeiro: 2006, Editora Forense, 16.ª Edição, p. 411.

Sobre o assunto orçamento público, assinale a opção correta. a) A inflexibilidade deve ser uma característica da programação de desembolso financeiro. b) A lei orçamentária é organizada na forma de dotações orçamentárias, às quais estão consignados os créditos orçamentários. c) A dota ção orçame ntária é o mo ntante de re cursos fin anceiros com que conta o cré dito orçamentário. d) A dotaçã o orça mentária é con stituída pelo conj unto de cate gorias cl assificatórias e contas q ue especificam as ações e operações autorizadas pela lei orçamentária. e) A norm a brasileira determina que o Poder Executivo deve esta belecer e p ublicar a programação financeira na mesma data da publicação da lei orçamentária. 28. Conforme disposição da Constituição Federal (CF), a Lei Orçamentária Anual (LOA) é constituída por três orçamentos: fiscal, seguridade social e investimento das empresas. A respeito desse assunto, assinale a opção correta. a) O orçamento de investimento das estatais não contempla as despe sas de pessoal e ma nutenção das empresas estatais independentes. b) As empresas estatais dependentes estão incluídas nos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento. c) O orçamento da seguridade social cobre apenas as entidades e órgãos da seguridade social. d) Entre a s funçõe s d os orçam entos fiscais e da se guridade so cial in clui-se a de redu zir desigualdades interregionais, segundo critério populacional. e) O instrumento norteador da elaboração da LOA é o plano plurianual. 29. Sobre a classificação da despesa segundo a sua natureza, assinale a opção correta. a) O primeiro dígito nessa classificação representa o grupo de natureza da despesa. b) A modalidade de aplicação é classificada em despesas correntes e despesas de capital. c) O elemento de despesa tem como finalidade identificar os objetos de gasto.

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d) O grupo de natureza de despesa é um agregador de classes de despesa que possuem as mesmas características quanto ao objetivo do gasto. e) A categoria e conômica obj etiva, prin cipalmente, elimina r a du pla contagem d os recursos transferidos ou descentralizados. QUESTÃO 25 30. Quanto ao ciclo orçamentário no governo Federal, assinale a opção correta. a) O projeto da LOA e os créditos adicionais são apreciados somente pelo Senado Federal, na forma do regimento comum. b) A metodologia de projeç ão de receitas orçamentárias adotada pelo governo Federal está baseada na sé rie hist órica de arre cadação da s mesmas ao longo dos a nos ou me ses a nteriores, co rrigida pelos efeitos: preço, quantidade e legislação. c) O projeto de lei orçamentária, ao chegar à Comissão Mista de Orçamentos Públicos e Fiscalização – CM O, é d istribuído a os relatores gerais do projeto d a L OA, desig nados pelo presidente da comissão, para elaboração do relatório final consolidado, que é submetido ao Congresso Nacional. d) A s dive rsas unidades orçamentárias e nviam suas propo stas de orçam ento através d o sistema integrado de administração financeira (SIAFI). A secretari a de orçamento federal tem a incumbência de apreciar essas propostas orçamentárias e consolidá-las. e) O ci clo o rçamentário se confu nde com o exe rcício finan ceiro, pois e ste é uma da s fase s d o exercício. 31. A importância do planejamento da atividade da administração pública, em sintonia com o sistema orçamento-programa, é reafirma da pe la Co nstituição Fed eral (CF). A ssinale a op ção correta em relação ao orçamento-programa. a) Seus principais critérios de classificação são as classificações institucional e funcional. b) A elaboração do orça mento-programa ab range, em ordem cro nológica, as se guintes etapas: projeto, planejamento, avaliação, programação e orçamentação. c) Tem como característica a não existência de direitos adquiridos da unidade orçamentária, cabendo a ela justificar todas as atividades que desenvolverá no exercício corrente. d) Tamb ém con hecido como orçam ento clás sico, possui ape nas um a dimensão expl icitada d o orçamento. Todos o s programas dev em ser justif icados cada vez que se inicia um n ovo ci clo orçamentário. e) Na elaboração do orça mento são considerados todos os custos dos programas, inclusive os qu e extrapolam o exercício. QUESTÃO 27 32. Os créditos adi cionais são auto rizações de despesas n ão comp utados ou insuficie ntemente dotados ou programados na LOA. Acerca de créditos adicionais, assinale a opção correta. a) Q uando o ato de auto rização d o crédito adi cional ao orçamento for pro mulgado n os últimos 4 meses do exercício financeiro, estes poderão ser reabertos nos limites de seus saldos. b) Na apuração do excesso d e a rrecadação, f onte para abe rtura de crédi tos supl ementares e especiais, será deduzida a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício. c) Os créditos suplementares destinam-se a atender programas de trabalho novos, que não estariam inicialmente previstos no orçamento. d) O produto de ope rações de cré dito por ant ecipação de receita orçamentária constitui-se fonte de recursos para abertura de créditos suplementares. e) A LOA deve conter em seu texto a autorização para abertura de créditos extraordinários. 33. O Relatório Resumido de Execução Orçamentária a) deve ter o balanço financeiro como uma de suas peças básicas. b) deve ser elaborado e publicado pelos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e do s municípios. c) deve ser publicado semestralmente.

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d) deve conter o montante das operações de crédito em comparação com os limites estabelecidos na LRF. e) deve a presentar ju stificativas qua ndo houver limi tação d e em penho, assi m como frustraçã o de receitas. QUESTÃO 30 34. A respeito da reserva de contingências, assinale a opção correta. a) Deve ser destinada ao pagamento de restos a pagar que excederem as disponibilidades de caixa ao final do exercício financeiro. b) Seu montante deve ser definido com base na receita corrente. c) Deve ser a única forma de cobertura dos riscos fiscais. d) Sua forma de utilização e montante devem ser estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. e) Deve constar do Relatório de Gestão Fiscal. (TCE-TO, Cespe - Analista de Controle Externo - 2009) 35. Orçam ento públi co é um inst rumento de pl anejamento a dotado p ela a dministração pública — União, estados, Distrito Federal e mun icípios —, realizado nas três esferas de Poder — E xecutivo, Legislativo e Judiciário —, o q ual prevê ou estima todas as receitas a serem arrecadadas e fixa as despesas a serem reali zadas no exe rcício financeiro segui nte, objetivando contin uidade, eficácia, eficiência, efetividade e economicidade na qualidade dos serviços públicos.

Deusvaldo Carvalho. Orçamento e contabilidade pública. Rio de Janeiro: Campus, 2005, p. 5 (com adaptações).

Assinale a opção correta acerca dos princípios orçamentários que constituem regras norteadoras a serem cumpridas na elaboração da proposta orçamentária. a) O prin cípio da publi cidade dete rmina que o cont eúdo orçamentá rio seja divulgad o para o conhecimento de todos os administradores públicos. b) Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve conter todas as receitas e despesas. c) De acord o com o pri ncípio d a especi alização, as re ceitas e as de spesas devem a parecer no orçamento d e manei ra di scriminada p ara p ermitir o con hecimento da ori gem dos recursos e su a aplicação. d) São exceções ao princípio orçamentário da universalidade: a autorização para abertura de créditos suplementares; a contrata ção de operações de crédito por a ntecipação de receita orçamentária; e a indicação de recursos para a cobertura de deficit. e) O pri ncípio da anuali dade determina que as p revisões da re ceita e da despesa devem referir-se, sempre, a um período limitado de tempo denominado ciclo orçamentário. UESTÃO 22 36. Segund o a Constitui ção Fede ral d e 1988 (CF ), leis de inici ativa do Poder Executivo devem estabelecer os segui ntes instrum entos legai s de planejamento: Plano Pluri anual (PPA); Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); e Lei de Orçamento Anual (LOA). A respeito das leis orçamentárias, assinale a opção correta. a) A LOA compreenderá o orçamento fiscal e o orçamento da seguridade social. b) É vedado o início de programas ou projetos não incluídos no PPA. c) O p rojeto de LDO será en caminhado a o Co ngresso Nacional até qu atro me ses antes d o encerramento do exercício financeiro. d) O projeto do PPA, com vigência até o final do mandato presi dencial, será encaminhado ao Congresso Nacional até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro. e) As emendas ao projeto de LDO não poderão ser aprovadas quando forem incompatíveis com o PPA. 37. Orçamento programa a) é aquele que estima e autoriza as despesas pelos produtos finais a obter ou as tarefas a realizar.

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b) tem com o caracte rística a não e xistência de direitos a dquiridos em relação ao s re cursos autorizados no orçam ento anterio r, devend o se r justificadas todas a s atividade s a sere m desenvolvidas no exercício corrente. c) po ssui m edidas de desempenho com a fin alidade de m edir as reali zações, o s esforços despendidos na execução do orçamento e a responsabilidade pela sua execução. d) é o orçam ento clá ssico, confeccio nado com base no orçament o do ano ant erior e acre scido da projeção de inflação. e) apresenta duas dimensões do orçamento: o objeto do gasto e as ações desenvolvidas. QUESTÃO 24 38. As ações são operações das quais resultam produtos, que contribuem para atender ao objetivo de um program a. Confo rme sua s características, as açõ es pod em ser classificadas com o atividades, projetos ou operações especiais. Acerca desse assunto, assinale a opção correta. a) Operação especial é um inst rumento de program ação utilizado par a se al cançar o objetivo de um programa específico. b) O projeto envolve um conjunto de operaçõe s das quais resulta produto ou se rviço necessário à manutenção da ação de governo e que se realizam de modo contínuo e permanente. c) A atividad e é um i nstrumento de p rogramação que envolve um conju nto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente. d) A op eração especial envolve um conjunto de operações das quais resulta um p roduto que gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. e) A atividade envolve um conjunto de operações limitadas no tempo. 39. Por política fiscal, entende-se a atuação d o go verno no q ue diz respeito à a rrecadação de impostos e aos gastos públicos. Com relação à tributação, não é correto afirmar que: a) os tributos específicos e ad valorem são exemplos clássicos de impostos diretos. b) o sistema tributário é dito progressivo quando a participação dos impostos na renda dos indivíduos aumenta conforme a renda aumenta. c) o sistema tributário é considerado proporcional quando se aplica a mesma alíquota do tributo para os diferentes níveis de renda. d) a aplicação de um si stema de im posto regres sivo afeta o padrã o de distrib uição de ren da, tornando-a mais desigual. e) conforme aumenta a renda dos indivíduos e a ri queza da sociedade, aumenta a arrecadação de impostos diretos. 40. O orçamento público pode ser ent endido como um conjunto de i nformações que evidenciam as ações governamentais, bem como um elo capaz de ligar os si stemas de planejamento e finanças. A elaboração d a Lei Orçamentária Anua l (LOA ), segundo a Con stituição Federal de 1988, deverá espelhar que: a) exclusivamente os investimentos. b) as metas fiscais somente para as despesas. c) a autorização para a abertura de créditos adicionais extraordinários. d) as estimativas de receita e a fixação de despesas. e) a autorização para criação de novas taxas.

41. O modelo de elaboração orçamentária, nas t rês esferas de governo, foi sensivelmente afetado pelas disposições introduzidas pela Constituição Federal de 1988. Anualmente, o Poder E xecutivo encaminha ao Poder Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que contém: a) a receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta. b) a receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se elaborou a proposta. c) as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.

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d) o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e os investimentos das empresas. e) a despesa realizada no exercício imediatamente anterior. 42. A classifica ção p rogramática é considerada a mais mo derna cla ssificação o rçamentária de despesa pública. A Portaria n° 42/1999, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, propôs um elenco de funções e subfu nções padronizadas para a União , Estados e Municípios. Assim, de acordo com a referida Portaria, a despesa que não se inclui na nova classificação é a despesa por: a) Função. b) Projeto. c) Subprograma. d) Atividade. e) Subfunção. 43. A Lei n° 4.320/19 64 estabelece dois sistemas de controle da execução orçame ntária: interno e externo. Segundo a Constituição Federal de 1988, não é objetivo do sistema de controle interno: a) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, Distrito Federal ou a Município. b) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. c) avaliar a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. d) exercer o controle da s operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União. e) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual. 44. A realida de que surg e da atuaçã o do Estado moderno exige a adoçã o de novos enfo ques de avaliação orçame ntária d o seto r públi co. A av aliação tam bém é instrum ento de prom oção do aperfeiçoamento dos processos relacionados à gestão de recursos humanos, financeiros e materiais utilizados na execução dos programas. Uma das opções abaixo é incorreta. Identifique-a. a) O teste d a eficiê ncia, na avalia ção da s a ções govername ntais, busca c onsiderar os resultado s obtidos em face dos recursos disponíveis. b) Efetividade é a medida do grau de atingimento dos objetivos que orientaram a constituição de um determinado pro grama, expressa p ela sua contribuição à va riação alcançada d os in dicadores estabelecidos pelo Plano. c) Eficácia é a medida do grau de atingimento das metas fixadas para um determinado projeto, ativi-dade ou programa em relação ao previsto. d) Eficiência é a medida da relação entre os recu rsos efetivamente utilizados para a real ização de uma meta para um projeto, atividade ou programa, frente a padrões estabelecidos. e) A incorporação de cust os, esti mativos (no orçamento) e efetivos (na execução), auxilia as ava-liações da eficácia.

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GABARITO 01. C, E, C, E, C, C, C, E, C, E, E, C, C 02. A 03. A 04. B 05. D 06. D 07. A 08. C 09. D 10. E 11. B 12. A 13. C 14. D 15. B 16. B 17. A 18. C 19. A 20. A 21. D 22. B 23. E 24. C 25. A 26. C 27. B 28. E 29. B 30. E 31. D 32. C 33. E 34. C 35. C 36. C 37. C 38. C 39. A 40. D 41. C 42. C 43. A 44. E

(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA. O GABARITO INTEGRAL DAS QUESTÕES DESTE ASSUNTO ESTÃO APENAS NA APOSTILA COMPLETA QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .