apostila de manutenÇÃo atual

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SISTEMA BÁSICO DE COMPUTADORES Um sistema de computador consiste em componentes de hardware e software. Hardware é o equipamento físico, como gabinetes, unidades de armazenamento, teclados, monitores, cabos, caixas de som e impressoras. O termo software inclui o sistema operacional e os programas. O sistema operacional instrui o computador sobre como operar. Essas operações podem incluir a identificação, o acesso e o processamento de informações. Programas ou aplicativos executam funções diferentes. Os programas variam muito, dependendo do tipo de informação que será acessada ou gerada. Por exemplo, as instruções para verificar o saldo de um talão de cheque são muito diferentes das instruções para simular um mundo de realidade virtual na Internet. As seções deste capítulo abordam os componentes de hardware encontrados em um sistema de computador. GABINETE E FONTE DE ENERGIA O gabinete do computador fornece proteção e suporte para os componentes internos do computador. Todos os computadores precisam de uma fonte de alimentação para converter tensão AC (alternating current, corrente alternada) da tomada da parede em alimentação CC (direct current, corrente contínua). O tamanho e a forma do gabinete do computador geralmente são determinados pela placa-mãe e por outros componentes internos. Você pode selecionar um gabinete de computador grande para acomodar componentes adicionais que podem ser necessários no futuro. Outros usuários podem selecionar um gabinete menor, que exija um espaço mínimo. Em geral, o gabinete do computador deve ser durável, fácil para se fazer manutenção e ter espaço suficiente para expansão. A fonte de alimentação deve fornecer energia suficiente para os componentes que estão instalados no gabinete e para possibilitar que componentes adicionais sejam instalados posteriormente. Se você optar por uma fonte de alimentação que alimente somente os componentes atuais, poderá ser necessário substituí-la quando outros componentes forem atualizados. Após a conclusão desta seção, você estará apto a: Descrever os gabinetes. Descrever as fontes de alimentação. Um gabinete de computador contém a estrutura para suportar os componentes internos de um computador e também tem uma carcaça para proteção adicional. Geralmente, os gabinetes são feitos de plástico, aço e alumínio e estão disponíveis em vários estilos. O tamanho e o layout de um gabinete é chamado de formato. Há muitos tipos de gabinetes, mas os formatos básicos para gabinetes de computador incluem desktop e torre. Os gabinetes podem ser finos ou de tamanho normal e os gabinetes em forma de torre podem ser mini ou de tamanho normal, como mostrado na Figura 1. Os gabinetes de computador são chamados de várias maneiras: 1

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Page 1: APOSTILA DE MANUTENÇÃO atual

SISTEMA BÁSICO DE COMPUTADORES

Um sistema de computador consiste em componentes de hardware e software. Hardware é o equipamento físico, como gabinetes, unidades de armazenamento, teclados, monitores, cabos, caixas de som e impressoras. O termo software inclui o sistema operacional e os programas. O sistema operacional instrui o computador sobre como operar. Essas operações podem incluir a identificação, o acesso e o processamento de informações. Programas ou aplicativos executam funções diferentes. Os programas variam muito, dependendo do tipo de informação que será acessada ou gerada. Por exemplo, as instruções para verificar o saldo de um talão de cheque são muito diferentes das instruções para simular um mundo de realidade virtual na Internet.

As seções deste capítulo abordam os componentes de hardware encontrados em um sistema de computador.

GABINETE E FONTE DE ENERGIA

O gabinete do computador fornece proteção e suporte para os componentes internos do computador. Todos os computadores precisam de uma fonte de alimentação para converter tensão AC (alternating current, corrente alternada) da tomada da parede em alimentação CC (direct current, corrente contínua). O tamanho e a forma do gabinete do computador geralmente são determinados pela placa-mãe e por outros componentes internos.

Você pode selecionar um gabinete de computador grande para acomodar componentes adicionais que podem ser necessários no futuro. Outros usuários podem selecionar um gabinete menor, que exija um espaço mínimo. Em geral, o gabinete do computador deve ser durável, fácil para se fazer manutenção e ter espaço suficiente para expansão.

A fonte de alimentação deve fornecer energia suficiente para os componentes que estão instalados no gabinete e para possibilitar que componentes adicionais sejam instalados posteriormente. Se você optar por uma fonte de alimentação que alimente somente os componentes atuais, poderá ser necessário substituí-la quando outros componentes forem atualizados.

Após a conclusão desta seção, você estará apto a:

Descrever os gabinetes. Descrever as fontes de alimentação.

Um gabinete de computador contém a estrutura para suportar os componentes internos de um computador e também tem uma carcaça para proteção adicional. Geralmente, os gabinetes são feitos de plástico, aço e alumínio e estão disponíveis em vários estilos.

O tamanho e o layout de um gabinete é chamado de formato. Há muitos tipos de gabinetes, mas os formatos básicos para gabinetes de computador incluem desktop e torre. Os gabinetes podem ser finos ou de tamanho normal e os gabinetes em forma de torre podem ser mini ou de tamanho normal, como mostrado na Figura 1.

Os gabinetes de computador são chamados de várias maneiras:

Chassi de computador Gabinete Torre Caixa Carcaça

Além de fornecer proteção e suporte, os gabinetes também fornecem um ambiente projetado para manter os componentes internos frios. As ventoinhas do gabinete são usadas para movimentar o ar pelo gabinete do computador. À medida que o ar passa pelos componentes quentes, ele absorve o calor e sai do gabinete. Esse processo evita que os componentes do computador se superaqueçam.

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Há muitos fatores a serem considerados ao escolher um gabinete:

O tamanho da placa-mãe A quantidade de locais de unidades internas ou externas, chamadas de baias Espaço disponível

Consulte a Figura 2 para obter uma lista de recursos.

Além de fornecer proteção ao ambiente, os gabinetes ajudam a evitar danos provenientes de eletricidade estática. Os componentes internos do computador são aterrados por conexão com o gabinete.

OBSERVAÇÃO: É necessário selecionar um gabinete que corresponda às dimensões físicas da fonte de alimentação e da placa-mãe.

FONTE DE ALIMENTAÇÃO

fonte de energia, mostrada na Figura 1, converte a alimentação AC (alternating current, corrente alternada) que sai de uma tomada em alimentação CC (direct current, corrente contínua), que é uma voltagem mais baixa. A alimentação CC é exigida para todos os componentes dentro do computador.

ConectoresA maioria dos conectores atuais são conectores polarizados. Os conectores polarizados foram projetados para serem inseridos em apenas uma posição. Cada parte do conector tem um fio colorido com voltagem diferente que passa por ele, como visto na Figura 2. Conectores diferentes são usados para encaixar componentes específicos e em vários locais da placa-mãe. 

Um conector Molex é um conector polarizado que costuma ser encaixado em uma unidade óptica ou no disco rígido.

Um conector Berg é um conector polarizado que costuma ser encaixado em uma unidade de disquete. Um conector Berg é menor que um conector Molex.

Um conector fêmea de 20 ou 24 pinos é usado para conectar à placa-mãe. O conector fêmea de 24 pinos tem duas fileiras com 12 pinos cada uma e o conector fêmea de 20 pinos tem duas fileiras com 10 pinos cada uma.

Um conector de alimentação auxiliar de 4 a 8 pinos tem duas fileiras de dois a quatro pinos e fornece energia para todas as áreas da placa-mãe. Esse conector tem a mesma forma que o conector de alimentação principal, mas é menor.

As fontes de energia padrão mais antigas usavam dois conectores chamados P8 e P9 para encaixar na placa-mãe. P8 e P9 eram conectores não polarizados. Eles podiam

ser instalados de forma reversa, podendo danificar a placa-mãe ou a fonte de energia. A instalação exigia que os conectores estivessem alinhados com os fios pretos juntos no meio.

OBSERVAÇÃO: Se você tiver dificuldade no momento de inserir um conector, tente uma maneira diferente, ou verifique se não há pinos tortos ou objetos estranhos no caminho. Lembre-se que, se parecer difícil conectar qualquer cabo ou outra peça, algo está errado. Cabos, conectores e componentes foram projetados para encaixar juntos firmemente. Nunca force nenhum conector ou componente. Os conectores encaixados de forma incorreta danificarão o plugue e o conector. Aproveite para verificar se você está manipulando o hardware corretamente.

Geralmente, os computadores usam fontes de energia que variam de 200 W a 500 W. Entretanto, alguns computadores podem precisar de fontes de energia de 500 W a 800 W. Ao construir um computador, selecione uma fonte de alimentação com potência em watts suficiente para alimentar todos os componentes. Obtenha as informações de potência em watts para os componentes na documentação do fabricante. Quando for decidir sobre uma fonte de alimentação, escolha uma que tenha energia mais do que suficiente para alimentar os componentes atuais.

CUIDADO: Não abra uma fonte de alimentação. Os capacitores localizados dentro de uma fonte de energia, mostrados na Figura 3, podem reter uma carga por longos períodos.

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COMPONENTES DO COMPUTADOR

PLACA MÃE

A placa-mãe é a principal placa de circuito impresso e contém os barramentos ou passagens elétricas encontrados em um computador. Esses barramentos permitem que os dados percorram os vários componentes que formam um computador. A Figura 1 mostra uma série de placas-mãe. Uma placa-mãe também é conhecida como a placa do sistema, o backplane ou a placa principal.

A placa-mãe acomoda a CPU (central processing unit, unidade central de processamento), a RAM, os slots de expansão, o dissipador de calor/ventoinha, o chip do BIOS, o chipset e o circuito impresso que interconecta os componentes da placa-mãe. Soquetes, conectores internos e externos e várias portas também são colocados na placa-mãe. Soquetes, conectores internos e externos e várias portas também são colocados na placa-mãe.  

O diâmetro total das placas-mãe é relativo ao tamanho e à forma da placa. Ele também descreve o layout físico dos diferentes componentes e dispositivos contidos na placa-mãe. Existem vários formatos para placas-mãe, como mostrado na Figura 2.

Um conjunto importante de componentes na placa-mãe é o chipset. O chipset é composto por vários circuitos integrados conectados à placa-mãe que controlam como o hardware do sistema interage com a CPU e a placa-mãe. A CPU é instalada em um slot ou soquete na placa-mãe. O soquete na placa-mãe determina o tipo de CPU que pode ser instalada.

O chipset de uma placa-mãe permite que a CPU se comunique e interaja com os outros componentes do computador e, também, que troque dados com a memória do sistema, ou RAM, as unidades de disco rígido, as placas de vídeo e outros dispositivos de saída. O chipset estabelece a quantidade de memória que pode ser adicionada a uma placa-mãe. Ele também determina o tipo de conectores da placa-mãe.

A maioria dos chipsets é dividida em dois componentes distintos: Northbridge e Southbridge. A função de cada componente varia de fabricante para fabricante, mas, em geral, o Northbridge controla o acesso à RAM, à placa de vídeo e as velocidades em que a CPU pode se comunicar com elas. Às vezes, a placa de vídeo é integrada no Northbridge. Na maioria dos casos, o Southbridge possibilita a comunicação da CPU com os discos rígidos, a placa de som, as portas USB e as outras portas de E/S.

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COMPONENTES DO COMPUTADOR

Vamos destacar os mais importantes componentes de uma placa mãe:

Processador (conectado ao soquete) Memória RAM Bios (memória ROM) Bateria Chipset (norte e sul)

Conectores

Slots de expansão (PCI, PCI EXPRESS, AGP...) Conector IDE Conector SATA Conector Mouse(br)/Rato(pt) Conector Teclado Conector Impressora (porta paralela) Conector USB

BARRAMENTO DE EXPANSÃO OU SLOT

Sua função é ligar os perifericos ao barramento e suas velocidades são correspondentes as do seus respectivos barramentos. Nas placas-mãe são encontrados vários slots para o encaixe de placas (vídeo, som, modem e rede por exemplo).

BIOS

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O BIOS é um programa de computador pré-gravado em memória permanente (firmware) executado por um computador quando ligado. Ele é responsável pelo suporte básico de acesso ao hardware, bem como por iniciar a carga do sistema operacional.

Quando o computador é ligado, o BIOS opera na seguinte sequência:

Verifica as informações armazenadas em uma minúscula memória RAM, que se localiza em um chip fabricado com tecnologia CMOS.

POST (Power-On Self-Test ou Autoteste de Partida), que são os diagnósticos e testes realizados nos componentes físicos (Disco rígido, processador, etc).

Descompactação para a memória principal. Os dados, armazenados numa forma compactada, são transferidos para a memória, e só aí descompactados. Isso é feito para evitar a perda de tempo na transferência dos dados.

Leitura dos dispositivos de armazenamento, cujos detalhes e ordem de inicialização são armazenados na CMOS

BARRAMENTO

É um conjunto de linhas de comunicação que permitem a interligação entre dispositivos, como a CPU, a memória e outros periféricos.

Esses fios estão divididos em três conjuntos:

via de dados: onde trafegam os dados; via de endereços: onde trafegam os endereços; via de controle: sinais de controle que sincronizam as duas anteriores.

MEMÓRIA

São todos os dispositivos que permitem a um computador guardar dados, temporariamente ou permanentemente.

Memórias voláteis

Memórias voláteis são as que requerem energia para manter a informação armazenada. São fabricadas com base em duas tecnologias: dinâmica e estática.

Memórias não voláteis

São aquelas que guardam todas as informações mesmo quando não estiverem a receber alimentação. Como exemplos, citam-se as memórias conhecidas por ROM, FeRAM e FLASH, bem como os dispositivos de armazenamento em massa, disco rígido, CDs e disquetes.

MEMÓRIA RAM

Memória de acesso aleatório (do inglês Random Access Memory, frequentemente abreviado para RAM) é um tipo de memória que permite a leitura e a escrita, utilizada como memória primária em sistemas eletrônicos digitais e responsável pela execução dos programas e inicialização do sistema operacional.

MEMÓRIA ROM

é um tipo de memória que permite apenas a leitura, ou seja, as suas informações são gravadas pelo fabricante uma única vez e após isso não podem ser alteradas ou apagadas, somente acessadas. São memórias cujo conteúdo é gravado permanentemente. EX: BIOS

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MEMÓRIA CACHE

é um dispositivo de acesso rápido, interno a um sistema, que serve de intermediário entre um operador de um processo e o dispositivo de armazenamento ao qual esse operador acede. A vantagem principal na utilização de uma cache consiste em evitar o acesso ao dispositivo de armazenamento - que pode ser demorado -, armazenando os dados em meios de acesso mais rápidos.

MEMÓRIA AUXILIAR

É utilizada para uso posterior. Tudo que é gravado nela não se apaga ao desligar o computador.

EX: HD, CD, DVD, Pen drive

MEMÓRIA FLASH

Memória flash é uma memória de computador do tipo EEPROM (Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory), desenvolvida na década de 1980 pela Toshiba, cujos chips são semelhantes ao da Memória RAM, permitindo que múltiplos endereços sejam apagados ou escritos numa só operação.

PROCESSADOR

A CPU (central processing unit, unidade de processamento central) é considerada o cérebro do computador. Algumas vezes é citada como o processador. A maioria dos cálculos ocorre na CPU. No que diz respeito ao cálculo de energia, a CPU é o elemento mais importante de um sistema de computador. As CPUs vêm em diferentes formatos, e cada estilo exige um slot ou soquete específico de CPU que incluem a Intel e a AMD.

O soquete ou slot da CPU é o conector que estabelece interface entre a placa-mãe e o próprio processador. A maioria dos soquetes e processadores da CPU em uso no momento é construída em torno da arquitetura PGA (pin grid array, matriz da grade de pinos), na qual os pinos no lado de baixo do processador são inseridos no soquete, geralmente com ZIF (zero insertion force, força de inserção zero). ZIF refere-se à quantidade de força necessária para instalar uma CPU no soquete ou no slot da placa-mãe. Os processadores com slot têm a forma de cartucho e se encaixam em um slot com aparência similar a de um slot de expansão. A Figura 1 lista as especificações comuns de soquetes de CPU.

A CPU executa um programa, que é uma seqüência de instruções armazenadas. Cada modelo de processador executa um conjunto de instruções. A CPU executa o programa processando cada parte dos dados de acordo com a orientação do programa e do conjunto de instruções. Enquanto a CPU está executando uma etapa do programa, as instruções restantes e os dados são armazenados próximos a uma memória especial, chamada cache. Há duas arquiteturas de CPU principais relacionadas aos conjuntos de instruções:

RISC (Reduced Instruction Set Computer, computador com conjunto de instruções reduzido) – As arquiteturas usam um conjunto relativamente pequeno de instruções e os chips RISC foram projetados para executar essas instruções muito rapidamente.

CISC (Complex Instruction Set Computer, computador com conjunto de instruções complexo) – As arquiteturas usam um amplo conjunto de instruções, resultando em menos etapas por operação.

Algumas CPUs incorporam o hiperprocessamento para melhorar o desempenho da CPU. Com o hiperprocessamento, a CPU tem várias partes de código sendo executadas simultaneamente em cada pipeline. Para um sistema operacional, uma única CPU com hiperprocessamento parece ser duas CPUs.

A potência de uma CPU é medida pela velocidade e quantidade de dados que ela pode processar. A velocidade de uma CPU é classificada em ciclos por segundo. A velocidade das CPUs atuais é medida em milhões de ciclos por segundo, chamados de megahertz (MHz), ou bilhões de ciclos por segundo, chamados de gigahertz (GHz). A quantidade de dados que uma CPU pode processar em determinado momento depende do tamanho do barramento de dados do processador. Isso também é chamado de barramento da CPU ou FSB (front side bus, barramento frontal). Quanto maior for a largura do barramento de dados do processador, mais potente o processador será. Os processadores atuais têm um barramento de dados de 32 ou 64 bits.

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A tecnologia de processador mais recente resultou em fabricantes de CPU descobrindo maneiras de incorporar mais de um núcleo de CPU em um só chip. Muitas CPUs são capazes de processar várias instruções simultaneamente:

CPU de núcleo único – Um núcleo dentro de um único chip de CPU que controla todos os recursos de processamento. Um fabricante de placa-mãe pode fornecer soquetes para mais de um processador único, fornecendo o recurso para construir um computador potente, com vários processadores.

CPU de núcleo duplo – Dois núcleos dentro de um único chip de CPU em que os dois núcleos podem processar informações ao mesmo tempo.

Componentes

O processador é composto por alguns componentes, cada um tendo uma função específica no processamento dos programas.

Unidade lógica e aritmética

A Unidade lógica e aritmética (ULA) é a responsável por executar efetivamente as instruções dos programas, como instruções lógicas, matemáticas, desvio, etc.

Unidade de controle

A Unidade de controle (UC) é responsável pela tarefa de controle das ações a serem realizadas pelo computador, comandando todos os outros componentes.

Registradores

Os registradores são pequenas memórias velozes que armazenam comandos ou valores que são utilizados no controle e processamento de cada instrução. Os registradores mais importantes são:

Contador de Programa (PC) – Sinaliza para a próxima instrução a ser executada; Registrador de Instrução (IR) – Registra a execução da instrução;

COOLER E DISSIPADOR DE CALOR

Componentes eletrônicos geram calor. O calor é provocado pelo fluxo de corrente dentro dos componentes. Os componentes do computador funcionam melhor quando mantidos resfriados. Se o calor não for removido, o funcionamento do computador poderá ser mais lento. Se houver grande acúmulo de calor, os componentes poderão ser danificados.

O aumento do fluxo de ar no gabinete do computador possibilita uma maior dissipação de calor. Uma ventoinha do gabinete, mostrada na Figura 1, é instalada no gabinete do computador para tornar o processo de resfriamento mais eficaz.

Além das ventoinhas de gabinete, um dissipador de calor elimina o calor do núcleo da CPU. Uma ventoinha na parte superior do dissipador de calor, como mostrado na Figura 2, elimina o calor da CPU. Uma ventoinha na parte superior do dissipador de calor, como mostrado na Figura 2, elimina o calor da CPU.

Outros componentes também são suscetíveis a danos provocados pelo calor e em alguns casos estão equipados com ventoinhas. As placas de vídeo também geram bastante calor. Ventoinhas são dedicadas a resfriar a GPU (graphics-processing unit, unidade de processamento de gráficos), como visto na Figura 3.

Computadores com CPUs e GPUs extremamente rápidas podem usar um sistema de resfriamento a água. Uma chapa de metal é colocada sobre o processador e a água é bombeada sobre a parte superior para coletar o calor provocado pela CPU. A água é bombeada para um radiador para ser resfriada pelo ar e, em seguida, colocada novamente em circulação.

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ADAPTADORES DE EXPANSÃO

As placas aumentam a funcionalidade de um computador adicionando controladores para dispositivos específicos ou substituindo portas com mau funcionamento. A Figura 1 mostra vários tipos de placas. As placas são usadas para expandir e personalizar a capacidade do computador.

Placa de rede – Conecta um computador a uma rede usando um cabo de rede. Placa de rede sem fio – Conecta um computador a uma rede usando radiofreqüências. Placa de som – Fornece recursos de áudio. Placa de vídeo – Fornece recursos gráficos. Placa de modem – Conecta um computador à Internet usando uma linha telefônica. Placa SCSI – Conecta dispositivos SCSI, como discos rígidos ou unidades de fita, a um

computador. Placa RAID – Conecta vários discos rígidos a um computador para fornecer redundância e

melhorar o desempenho. Porta USB – Conecta um computador a dispositivos periféricos. Porta paralela – Conecta um computador a dispositivos periféricos. Porta serial – Conecta um computador a dispositivos periféricos.

Os computadores têm slots de expansão na placa-mãe para instalar placas. O tipo de conector da placa deve corresponder ao slot de expansão. Uma placa riser foi usada em sistemas de computador com formato LPX, possibilitando que as placas fossem instaladas horizontalmente. A placa riser foi usada principalmente em slim-line desktops (computadores compactos de mesa). Os diferentes tipos de slots de expansão são mostrados na Figura 2.

UNIDADES DE ARMAZENAMENTO

Uma unidade de armazenamento lê ou grava informações em mídia de armazenamento óptico ou magnético. A unidade pode ser usada para armazenar dados permanentemente ou para recuperar informações de um disco. As unidades de armazenamento podem ser instaladas dentro do gabinete do computador, como um disco rígido. Para portabilidade, as unidades de armazenamento podem ser conectadas ao computador usando uma porta USB, uma porta FireWire ou uma porta SCSI. Essas unidades de armazenamento portáteis são também chamadas de unidades removíveis e podem ser usadas em vários computadores. A seguir, são descritos alguns tipos comuns de unidades de armazenamento:

Unidade de disquete Disco rígido Unidade óptica Unidade flash Unidade de rede

Unidade de disqueteÉ um dispositivo de armazenamento que usa disquetes removíveis de 3,5 polegadas. Esses disquetes magnéticos podem armazenar 720 KB ou 1,44 MB de dados. Em um computador, geralmente a unidade de disquete é configurada como unidade A:. A unidade de disquete poderá ser usada para inicializar o computador se ele contiver um disquete de boot. Uma unidade de disquete de 5,25 polegadas é uma tecnologia mais antiga e raramente utilizada.

Disco rígidoÉ um dispositivo de armazenamento magnético que é instalado dentro do computador. O disco rígido é usado como armazenamento permanente para dados. Em um computador, geralmente o disco rígido é configurado como unidade C: e contém o sistema operacional e os aplicativos. O disco rígido geralmente é configurado como a primeira unidade na seqüência de inicialização (boot). A capacidade de armazenamento de um disco rígido é medida em bilhões de bytes, ou gigabytes (GB). A velocidade de um disco rígido é medida em revoluções por minuto (RPM). Vários discos rígidos podem ser adicionados para aumentar a capacidade de armazenamento.

Unidade ópticaÉ um dispositivo de armazenamento que usa lasers para ler dados na mídia óptica. Existem dois tipos de unidades ópticas:

CD (compact disc, disco compacto)

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DVD (digital versatile disc, disco versátil digital)

As mídias ópticas CD e DVD podem ser pré-gravadas (somente leitura), graváveis (gravar uma vez) ou regraváveis (ler e gravar várias vezes). Os CDs têm capacidade de armazenamento de dados de aproximadamente 700 MB. Os DVDs têm capacidade de armazenamento de dados de aproximadamente 8,5 GB, em um lado do disco.

Há diversos tipos de mídia óptica:

CD-ROM – Mídia de CD de memória somente leitura que é pré-gravada. CD-R – Mídia de CD gravável que pode ser gravada uma vez. CD-RW – Mídia de CD regravável que pode ser gravada, apagada e regravada. DVD-ROM – Mídia de DVD de memória somente leitura que é pré-gravada. DVD-RAM – Mídia de DVD de memória de acesso aleatório que pode ser gravada, apagada e

regravada. DVD+/-R – Mídia de DVD gravável que pode ser gravada uma vez. DVD+/-RW – Mídia de DVD regravável que pode ser gravada, apagada e regravada.

Unidade flashTambém conhecida como thumb drive, é um dispositivo de armazenamento removível que se conecta a uma porta USB. Uma unidade flash usa um tipo de memória especial que não necessita de energia para manter os dados. Essas unidades podem ser acessadas pelo sistema operacional da mesma maneira que os outros tipos de unidades são acessados.

Tipos de interfaces da unidadeAs unidades ópticas e de discos rígidos são fabricadas com interfaces diferentes que são usadas para conectar a unidade ao computador. Para instalar uma unidade de armazenamento em um computador, a interface de conexão na unidade deve ser a mesma que da controladora na placa-mãe. A seguir, são descritas algumas interfaces comuns de unidades:

IDE – Integrated Drive Electronics, também chamada de ATA (Advanced Technology Attachment), é uma interface antiga da controladora da unidade que conecta computadores e unidades de disco rígido. Uma interface IDE usa um conector de 40 pinos.

EIDE – Enhanced Integrated Drive Electronics, também chamada de ATA-2, é uma versão atualizada da interface da controladora da unidade IDE. A EIDE suporta discos rígidos maiores que 512 MB, ativa o DMA (Direct Memory Access, Acesso direto à memória) referente à velocidade e usa a ATAPI (AT Attachment Packet Interface, Interface de pacote de conexão AT) para acomodar unidades ópticas e unidades de fita no barramento EIDE. Uma interface EIDE usa um conector de 40 pinos.

PATA – ATA paralela refere-se à versão paralela da interface da controladora da unidade ATA. SATA – ATA serial refere-se à versão serial da interface da controladora da unidade ATA. Uma

interface SATA usa um conector de 7 pinos. SCSI – Small Computer System Interface (interface de sistema de computadores de pequeno

porte) é uma interface da controladora da unidade que pode conectar até 15 unidades. A SCSI pode conectar unidades internas e externas. Uma interface SCSI usa um conector de 50, 68 ou 80 pinos.

CABOS INTERNOS

As unidades precisam de cabo de energia e cabo de dados. Uma fonte de energia terá um conector de energia SATA para unidades SATA, um conector de energia Molex para unidades PATA e um conector de 4 pinos Berg para unidades de disquete. Os botões e os LEDs na parte frontal do gabinete conectam-se à placa-mãe com os cabos do painel frontal.

Os cabos de dados conectam as unidades à controladora, que está localizada em um adaptador ou na placa-mãe. A seguir, são descritos alguns tipos comuns de cabos de dados:

Cabo de dados da FDD (Floppy disk drive, unidade de disquete) – O cabo de dados tem até dois conectores de unidade de 34 pinos e um conector de 34 pinos para a controladora da unidade.

Cabo de dados da PATA (IDE) – O cabo de dados da ATA paralela tem 40 condutores, até dois conectores de 40 pinos para unidades e um conector de 40 pinos para a controladora da unidade.

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Cabo de dados da PATA (EIDE) – O cabo de dados da ATA paralela tem 80 condutores, até dois conectores de 40 pinos para unidades e um conector de 40 pinos para a controladora da unidade.

Cabo de dados da SATA – O cabo de dados da ATA serial tem até sete condutores, um conector chaveado para a unidade e um conector chaveado para a controladora da unidade.

Cabo de dados SCSI – Há três tipos de cabos de dados SCSI. Um cabo de dados SCSI estreito tem 50 condutores, até sete conectores de 50 pinos para unidades e um conector de 50 pinos para a controladora da unidade, também chamada de adaptador de host. Um cabo de dados SCSI largo tem 68 condutores, até 15 conectores de 68 pinos para unidades e um conector de 68 pinos para o adaptador de host. Um cabo de dados SCSI Alt-4 tem 80 condutores, até 15 conectores de 80 pinos para unidades e um conector de 80 pinos para o adaptador de host.

OBSERVAÇÃO: Uma faixa colorida em um cabo identifica o Pino 1 no cabo. Ao instalar um cabo de dados, sempre verifique se o Pino 1 no cabo está alinhado ao Pino 1 na unidade ou na controladora da unidade. Alguns cabos podem ser chaveados e, portanto, podem ser conectados somente de uma maneira à unidade e à controladora da unidade.

PORTAS DE ENTRADA E SAÍDA

As portas de E/S (Entrada/Saída) em um computador conectam dispositivos periféricos, como impressoras, scanners e unidades portáteis. Os seguintes cabos e portas são geralmente usados:

Serial USB FireWire Paralelo SCSI Rede PS/2 Áudio Vídeo

Portas e cabos seriaisUma porta serial pode ser um conector DB-9, como mostrado na Figura 1, ou um conector macho DB-25. As portas seriais transmitem um bit de dados de cada vez. Para conectar um dispositivo serial, como modem ou impressora, deve-se usar um cabo serial. Um cabo serial tem um comprimento máximo de 15,2 m (50 pés).

Portas e cabos USBO USB (Universal Serial Bus, barramento serial universal) é uma interface que conecta dispositivos periféricos a um computador. Ele foi originalmente projetado para substituir conexões paralelas e seriais. Os dispositivos USB são “hot-swappable”, o que significa que os usuários podem conectar e desconectar os dispositivos enquanto o computador está ligado. As conexões USB podem ser encontradas em computadores, câmeras, impressoras, scanners, dispositivos de armazenamento e muitos outros dispositivos eletrônicos. Um hub USB é usado para conectar vários dispositivos USB. Uma única porta USB em um computador pode suportar até 127 dispositivos separados com o uso de vários hubs USB. Alguns dispositivos também podem ser ligados por meio da porta USB, não havendo necessidade de uma fonte de energia externa. A Figura 2 mostra os cabos USB com conectores.

O USB 1.1 permitia taxas de transmissão de até 12 Mbps em modo de velocidade total (full-speed) e 1,5 Mbps em modo de baixa velocidade (low speed). O USB 2.0 permite velocidades de transmissão de até 480 Mbps. Os dispositivos USB transferem dados somente até a velocidade máxima permitida pela porta específica.

TIPOS DE MONITORES

Um dispositivo de saída é usado para que o computador apresente informações ao usuário. Veja alguns exemplos de dispositivos de saída:

Monitores e projetores Impressoras, scanners e máquinas de fax

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Caixas de som e fones de ouvido

Monitores e projetoresMonitores e projetores são os principais dispositivos de saída de um computador. Há tipos diferentes de monitores, como mostrado na Figura 1. A diferença mais importante entre esses tipos de monitores é a tecnologia usada para criar uma imagem:

CRT – O monitor de tubo de raio catódico é o tipo mais comum. Feixes de elétrons vermelhos, verdes e azuis movem-se para trás e para frente na tela revestida em fósforo. O fósforo produz calor quando fulminado pelo feixe de elétrons. As áreas não fulminadas pelo feixe de elétrons não produzem calor. A combinação de áreas incandescentes e não incandescentes é o que cria a imagem na tela. A maioria das televisões também usa essa tecnologia.

LCD – A tela de cristal líquido geralmente é usada em laptops e em alguns projetores. Ela consiste em dois filtros polarizados com uma solução de cristal líquido entre si. Uma corrente eletrônica alinha os cristais, de forma que a luz possa passar ou não. O efeito da luz passando em certas áreas e não passando em outras é o que cria a imagem. A LCD é fornecida em dois formatos, matriz ativa e matriz passiva. Algumas vezes, a matriz ativa é chamada de TFT (Thin Film Transistor, transistor de película fina). O TFT possibilita que cada pixel seja controlado, criando imagens de cores muito nítidas. A matriz passiva é menos dispendiosa que a matriz ativa, mas não oferece o mesmo nível de controle de imagem.

DLP – Processamento de luz digital é outra tecnologia usada em projetores. Os projetores DLP usam uma roda de cores giratória com um vetor de espelhos controlada por microprocessador, chamada de DMD (Digital Micromirror Device, dispositivo de microespelho digital). Cada espelho corresponde a um pixel específico. Cada espelho reflete a luz na direção ou para longe da óptica do projetor. Isso cria uma imagem monocromática de até 1.024 sombras de cinza entre branco e preto. Em seguida, a roda de cores adiciona os dados coloridos para completar a imagem colorida projetada.

A resolução do monitor refere-se ao nível de detalhe da imagem que pode ser reproduzido. A Figura 2 é um gráfico de resoluções comuns de monitor. As configurações de resolução mais altas produzem melhor qualidade de imagem. Há vários fatores envolvidos na resolução do monitor:

Pixels – O termo pixel é uma abreviação para elemento de imagem. Pixels são pontos minúsculos que formam uma tela. Cada pixel consiste em vermelho, verde e azul.

Distância entre dois pontos (Dot Pitch) – É a distância entre pixels na tela. Um número mais baixo da distância entre dois pontos produz uma imagem melhor.

Taxa de atualização (Refresh Rate) – A taxa de atualização é a freqüência por segundo em que a imagem é recriada. Uma taxa de atualização mais alta produz uma imagem melhor e reduz o nível de oscilação.

Entrelaçar/Não entrelaçar – Monitores entrelaçados criam a imagem digitalizando a tela duas vezes. A primeira digitalização abrange as linhas ímpares, de cima para baixo, e a segunda digitalização abrange as linhas pares. Monitores não entrelaçados criam a imagem digitalizando a tela, uma linha de cada vez, de cima para baixo. Atualmente, a maioria dos monitores CRT é não entrelaçado.

HVC (Horizontal Vertical Colors, cores na horizontal/vertical) – O número de pixels em uma linha é a resolução horizontal. O número de pixels em uma tela é a resolução vertical. O número de cores que podem ser reproduzidas é a resolução de cores.

Proporção da imagem (Aspect Ratio) – É a medição horizontal à vertical da área de visualização de um monitor. Por exemplo, uma proporção de imagem 4:3 será aplicada a uma área de visualização com 16 polegadas de largura por 12 polegadas de altura. Uma proporção de imagem 4:3 também será aplicada a uma área de visualização com 24 polegadas de largura por 18 polegadas de altura. Uma área de visualização com 22 polegadas de largura por 12 polegadas de altura tem uma proporção de imagem de 11:6.

Os monitores têm controles para ajustar a qualidade da imagem. Veja algumas configurações comuns de monitor:

Brilho – Intensidade da imagem Contraste – Proporção de claro para escuro Posição – Localização vertical e horizontal da imagem na tela Reconfiguração – Retorna as configurações de monitor para as configurações de fábrica

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Impressoras, scanners e máquinas de fax Impressoras são dispositivos de saída que criam cópias impressas de arquivos de computador. Algumas impressoras são específicas para determinadas aplicações, como a impressão de fotografias coloridas. Outras impressoras do tipo all-in-one, como aquela mostrada na Figura 3, foram projetadas para fornecer vários serviços, como funções de impressão, fax e copiadora.

Caixas de som e fones de ouvidoSão dispositivos de saída para sinais de áudio. A maioria dos computadores tem suporte para áudio integrado à placa-mãe ou a um adaptador. O suporte para áudio inclui portas que permitem a entrada e saída de sinais de áudio. A placa de áudio tem um amplificador para potencializar fones de ouvido e caixas de som externos, os quais são mostrados na Figura 4.

PORTAS DE INTERRUPÇÃO

Os recursos do sistema são usados para fins de comunicação entre a CPU e outros componentes de um computador. Há três recursos comuns de sistema:

IRQ (Interrupt Requests, pedidos de interrupção) Endereços de porta de E/S (entrada/saída) DMA (Direct Memory Access, acesso direto à memória)

Pedidos de interrupçãoOs IRQs são usados por componentes do computador para solicitar informações da CPU. O IRQ é transmitido através de um fio na placa-mãe até a CPU. Quando a CPU recebe um pedido de interrupção, ela determina como atender esse pedido. A prioridade do pedido é determinada pelo número do IRQ atribuído a esse componente do computador. Os computadores mais antigos tinham somente oito IRQs para atribuir aos dispositivos. Os computadores mais novos têm 16 IRQs, que são numerados de 0 a 15, como mostrado na Figura 1. Como uma regra geral, um IRQ exclusivo deve ser atribuído a cada componente no computador. Os conflitos de IRQ podem fazer com que os componentes parem de funcionar e, até mesmo, com que o computador trave. Com os inúmeros componentes que podem ser instalados em um computador, é difícil atribuir um IRQ exclusivo a cada componente. Atualmente, a maioria dos números de IRQs é atribuída automaticamente com sistemas operacionais PnP (Plug and Play) e a implementação de slots PCI, portas USB e portas FireWire.

Endereços de porta de E/S (entrada/saída) Os endereços das portas de E/S são usados para comunicação entre dispositivos e software. O endereço da porta de E/S é usado para enviar e receber dados para um componente. Assim como com os IRQs, cada componente terá uma porta de E/S exclusiva atribuída. Há 65.535 portas de E/S em um computador e elas são referenciadas por um endereço hexadecimal no intervalo de 0000h a FFFFh. A Figura 2 mostra um gráfico de portas de E/S.

Acesso direto à memóriaOs canais DMA são usados por dispositivos de alta velocidade para estabelecer comunicação direta com a memória principal. Esses canais permitem que o dispositivo ignore a interação com a CPU e armazene e recupere diretamente informações da memória. Um canal DMA pode ser atribuído somente a determinados dispositivos, como adaptadores de host SCSI e placas de som. Os computadores mais antigos tinham somente quatro canais DMA para atribuir aos componentes. Os computadores mais novos têm oito canais DMA que são numerados de 0 a 7, como mostrado na Figura 3.

SINAIS DE ADVERTÊNCIA

INTRODUÇÃO

Este capítulo abrange as práticas básicas de segurança no local de trabalho, as ferramentas de hardware e software e o descarte de materiais perigosos. As diretrizes de segurança ajudam a proteger as pessoas contra acidentes e ferimentos e os equipamentos contra danos. Algumas dessas diretrizes foram criadas para proteger o ambiente da contaminação por materiais descartados. Fique atento às situações que

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poderiam resultar em avarias ou danos aos equipamentos. Os sinais de alerta foram projetados para alertá-lo sobre o perigo. Mantenha-se sempre atento a esses sinais e tome as medidas apropriadas de acordo com o alerta fornecido.

Após a conclusão deste capítulo, você estará apto a:

Explicar a finalidade das condições e procedimentos de trabalho com segurança. Identificar as ferramentas e o software utilizados com os componentes do computador pessoal e

suas finalidades. Implementar o uso da ferramenta adequada

Explicar a finalidade das condições e procedimentos de trabalho com segurança

As condições de trabalho com segurança ajudam a evitar que as pessoas se machuquem e que ocorram danos aos equipamentos de computador. Um local de trabalho seguro é limpo, organizado e iluminado adequadamente. Todos devem compreender e seguir os procedimentos de segurança.

Siga os procedimentos adequados quando manusear equipamentos de computador a fim de diminuir o risco de ferimentos, danos aos bens e perda de dados. Danos ou perdas podem resultar em ações por danos movidas pelo proprietário dos bens e dos dados.

O descarte ou reciclagem adequada de componentes perigosos de computador é um problema global. Não deixe de cumprir as regulamentações que regem a maneira de descartar determinados itens. As organizações que violam essas regulamentações podem ser multadas ou enfrentar onerosas batalhas jurídicas.

Após a conclusão desta seção, você estará apto a:

Identificação dos procedimentos de segurança e os possíveis riscos aos usuários e técnicos. Identificação dos procedimentos de segurança para proteger o equipamento de danos e de

perda de dados. Identificação dos procedimentos de segurança para proteger o ambiente contra contaminação.

Explicar a finalidade das condições e procedimentos de trabalho com segurança

Identificar os procedimentos de segurança e os possíveis riscos aos usuários e técnicos

Diretrizes gerais de segurançaSiga as diretrizes básicas de segurança para evitar cortes, queimaduras, choques elétricos e danos à visão. De acordo com as melhores práticas, certifique-se de que há extintor de incêndio e kit de primeiros socorros disponíveis em caso de incêndio ou ferimentos. A Figura 1 descreve uma lista de diretrizes gerais de segurança

CUIDADO: a voltagem de fontes de energia e monitores é muito alta. Não use a pulseira antiestática quando consertar fontes de energia ou monitores.

CUIDADO: algumas peças da impressora podem ficar muito quentes durante o funcionamento e outras peças podem conter alta voltagem. Antes de fazer os reparos, verifique se a impressora teve tempo de esfriar. Consulte o manual da impressora para saber onde ficam os componentes que podem conter alta voltagem. Alguns componentes podem reter alta voltagem mesmo depois que a impressora foi desligada.

Diretrizes de segurança em caso de incêndioSiga as diretrizes de segurança em caso de incêndio para proteger vidas, estruturas e equipamentos. Para evitar choque elétrico e evitar danos ao computador, desligue-o e tire-o da tomada antes de iniciar os reparos.

O fogo pode se alastrar rapidamente e causar muitos estragos. O uso adequado do extintor de incêndio pode impedir que um pequeno incêndio fuja do controle. Ao trabalhar com componentes do computador,

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sempre considere a possibilidade de ocorrer um incêndio acidental e saiba como reagir. Em caso de incêndio, siga os seguintes procedimentos de segurança:

Nunca tente combater um incêndio que está fora de controle ou não foi contido. Sempre tenha uma rota de fuga de incêndio planejada antes de iniciar qualquer trabalho. Saia do prédio rapidamente. Chame os serviços de emergência para pedir ajuda.

Localize as instruções de uso do extintor de incêndio no local de trabalho e leia-as antes de haver necessidade de usá-lo. O treinamento de segurança pode estar disponível em sua organização.

Nos Estados Unidos, existem quatro classificações para extintores de incêndio. Letras, cores e formas diferentes identificam cada categoria de extintor, como mostra a Figura 2. Cada tipo de extintor de incêndio possui produtos químicos específicos para combater tipos diferentes de incêndios:

Classe A – Papel, madeira, plástico e papelão Classe B – Gasolina, querosene e solventes orgânicos Classe C – Equipamentos elétricos Classe D – Metais inflamáveis

Quais são os tipos de classificações de extintores de incêndio em seu país?

É importante saber como usar um extintor de incêndio. Use a sigla de memorização P-D-A-M para ajudá-lo a lembrar as instruções básicas da operação de um extintor de incêndio:

P - Puxe a trava.D - Direcione à base do fogo, não às chamas.A - Aperte o gatilho.M - Mova o jato de um lado para o outro.

Probabilidade de ESD – Descarga eletro estática

ESD (Electrostatic discharge, descarga eletrostática), climas extremos e fontes de eletricidade com qualidade precária podem causar danos ao equipamento do computador. Siga as diretrizes de manuseio adequado, conscientize-se das questões referentes ao ambiente e utilize equipamentos que estabilizem a energia para evitar danos ao equipamento e perda de dados.

ESD Eletricidade estática é a formação de uma carga elétrica depositada sobre uma superfície. Esse depósito pode destruir um componente e provocar danos. A ESD pode ser destrutiva aos componentes eletrônicos de um sistema de computador.

Para que uma pessoa consiga sentir a ESD, é preciso que se tenham formado no mínimo 3.000 volts de eletricidade estática. Por exemplo, é possível que se forme eletricidade estática em você enquanto caminha sobre um piso acarpetado. Ao tocar outra pessoa, ambos recebem um choque. Se a descarga causar dor ou produzir ruído, significa que provavelmente foi superior a 10.000 volts. Em termos comparativos, menos de 30 volts de eletricidade estática bastariam para danificar um componente do computador.

Recomendações de proteção contra a ESDA ESD pode provocar danos permanentes em componentes elétricos. Siga as recomendações a seguir para ajudar a evitar os danos da ESD:

Mantenha todos os componentes em sacos antiestáticos até estar pronto para instalá-los. Utilize malhas metálicas de aterramento elétrico nas bancadas. Utilize malhas metálicas no piso para aterramento elétrico nas áreas de trabalho. Utilize pulseiras antiestáticas quando trabalhar nos computadores.

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ClimaO clima afeta o equipamento de computador de diversas maneiras:

Se a temperatura ambiente estiver alta demais, o equipamento pode sofrer superaquecimento. Se o nível de umidade estiver baixo demais, a probabilidade é de que a ESD aumente. Se o nível de umidade estiver alto demais, o equipamento pode sofrer os danos com essa

umidade.

A Figura 1 mostra como as condições do ambiente aumentam ou reduzem o risco de ESD.

Tipos de oscilação de energiaVoltagem é a força que movimenta os elétrons em um circuito. O movimento de elétrons é denominado corrente. Os circuitos de computador necessitam de voltagem e corrente para operar componentes eletrônicos. Quando a voltagem em um computador não é exata nem constante, seus componentes podem não funcionar corretamente. Voltagens instáveis são denominadas oscilações de energia.

Os tipos de oscilações de energia CA a seguir podem provocar perda de dados ou falha de hardware:

Blecaute – perda total de energia CA. O blecaute pode ser causado por fusível queimado, transformador danificado ou queda na rede de energia elétrica.

Corte parcial de energia – nível de voltagem da energia CA reduzido que se estende por um período de tempo. Os cortes parciais de energia ocorrem quando a voltagem da rede de energia elétrica cai para menos de 80% do nível de voltagem normal. O corte parcial de energia pode ser causado pela sobrecarga dos circuitos elétricos.

Ruído – interferência de geradores e raios. O ruído resulta em uma energia desordenada, que pode provocar erros no sistema de computador.

Pico – aumento repentino na voltagem que se estende por um período bem curto e ultrapassa 100% da voltagem normal de uma rede. Os picos podem ser causados por relâmpagos, mas também podem ocorrer quando o sistema elétrico volta a funcionar após um blecaute.

Surto de energia – aumento drástico na voltagem acima do fluxo normal da corrente elétrica. O surto de energia se estende por alguns nanossegundos ou por um bilionésimo de segundo.

Dispositivos de proteção da energiaPara ajudar a se proteger contra problemas ligados à oscilação de energia, use dispositivos de proteção para preservar os dados e o equipamento de computador:

Supressor de surto (Surge Suppressor) – ajuda na proteção contra danos causados por surtos e picos. O supressor de surto desvia a voltagem elétrica extra na rede para o fio terra.

UPS (Uninterruptible Power Supply, fonte de energia ininterrupta) – ajuda na proteção contra possíveis problemas de energia elétrica fornecendo-a para um computador ou outro dispositivo. A bateria é constantemente recarregada enquanto a UPS está funcionando. A UPS é capaz de fornecer uma qualidade de energia consistente quando ocorrem blecautes e cortes parciais de energia. Muitos dispositivos de UPS conseguem se comunicar diretamente com o sistema operacional de um computador. Essa comunicação permite que a UPS desligue o computador com segurança e salve os dados antes que a UPS perca toda a energia elétrica.

SPS (Standby Power Supply, fonte de energia de reserva) – ajuda na proteção contra possíveis problemas de energia elétrica fornecendo uma bateria de backup para fornecer energia quando a voltagem recebida cai ficando abaixo do nível normal. A bateria fica em standby durante as operações normais. Quando a voltagem diminui, a bateria fornece energia CD a um inversor de energia, que a transforma em energia AC para o computador. Esse dispositivo não é tão confiável quanto a UPS devido ao tempo que demora para acionar a bateria. Se houver falha no dispositivo de acionamento, a bateria não conseguirá fornecer a energia para o computador. A Figura 2 mostra alguns exemplos de supressores de surto e dispositivos UPS e SPS.

CUIDADO: nunca conecte uma impressora a um dispositivo UPS. Os fabricantes de UPS recomendam não conectar uma impressora a uma UPS devido ao risco de queimar o motor da impressora.

COMPONENTES DO COMPUTADOR CONTENDO MATERIAIS PERIGOSOS

Os computadores e periféricos, como mostra a Figura 1, contêm materiais que podem ser nocivos ao meio-ambiente. Materiais perigosos também podem ser chamados de resíduo tóxico. Esses materiais podem conter elevadas concentrações de metais pesados como cádmio, chumbo ou mercúrio. As regulamentações referentes ao descarte de materiais perigosos variam conforme o estado ou o país. Para

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obter informações sobre os procedimentos e serviços de descarte, entre em contato com as autoridades locais responsáveis pela reciclagem ou pela remoção do lixo em sua comunidade.

MSDSA MSDS é uma planilha que resume as informações sobre a identificação do material, incluindo ingredientes perigosos que podem afetar a saúde pessoal, riscos de incêndio e necessidades de primeiros socorros. Na Figura 2, a planilha MSDS contém informações sobre incompatibilidade e reatividade química que incluem procedimentos para derramamento, vazamento e descarte. Inclui ainda medidas de proteção para o manuseio e o armazenamento seguro dos materiais.

Para identificar se um material é classificado como perigoso, consulte a MSDS do fabricante. Nos EUA, o OSHA (Occupational Safety and Health Administration, departamento de segurança e saúde ocupacional) exige que todos os materiais perigosos sejam acompanhados por uma MSDS quando transferidos para um novo proprietário. As informações da MSDS incluídas com produtos adquiridos para reparos ou manutenção de computadores podem ser relevantes aos técnicos de computadores. O OSHA também exige que os funcionários sejam informados sobre os materiais com que estão trabalhando e que recebam informações de segurança do material. No Reino Unido, a lei de 2002 CHIP3 (Chemicals Hazard Information and Packaging for Supply, informações e embalagem de produtos químicos perigosos para comercialização) controla o manuseio de materiais perigosos. A CHIP3 exige que os fornecedores de produtos químicos embalem e transportem produtos químicos perigosos com segurança e incluam uma planilha de dados com o produto.

OBSERVAÇÃO: a MSDS é muito importante para determinar como descartar materiais potencialmente perigosos da maneira mais segura possível. Sempre verifique as leis locais referentes aos métodos aceitáveis de descarte antes de descartar qualquer equipamento eletrônico.

Qual órgão controla o uso de produtos químicos perigosos em seu país? As planilhas MSDS são obrigatórias?

A MSDS possui informações extremamente importantes, tais como:

O nome do material As propriedades físicas do material Qualquer ingrediente perigoso que componha o material Dados de reatividade, como dados sobre incêndio e explosão Procedimentos para derramamentos e vazamentos Precauções especiais Perigos à saúde Necessidades de proteção especial

Os computadores e outros dispositivos de computador acabam sendo descartados devido a um dos seguintes motivos:

Peças ou componentes começam a apresentar falhas mais freqüentes à medida que o dispositivo fica mais antigo.

O computador se torna obsoleto para os aplicativos a que se destinava em princípio. Modelos mais novos possuem recursos aprimorados.

Antes de descartar um computador ou algum de seus componentes, é fundamental considerar o descarte seguro de cada componente separado.

Descarte adequado de baterias As baterias muitas vezes contêm metais terrosos raros que podem ser nocivos ao meio-ambiente. As baterias de sistemas de computador portáteis podem conter chumbo, cádmio, lítio, manganês alcalino e mercúrio. Esses metais não se decompõem e permanecerão no meio-ambiente durante muitos anos. O mercúrio é muito usado na fabricação de baterias e é extremamente tóxico e prejudicial às pessoas.

A reciclagem de baterias deve ser uma prática padrão dos técnicos. Todas as baterias, incluindo as de íon de lítio, níquel-cádmio, níquel-metal hidrido e ácido-chumbo, estão sujeitas aos procedimentos de descarte que cumprem as leis ambientais locais.

Descarte adequado de monitores ou CRTsManuseie monitores e CRTs com cuidado. Uma voltagem extremamente alta pode ser armazenada nos

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monitores e CRTs, mesmo depois de terem sido desconectados da fonte de energia. Os CRTs contêm vidro, metal, plástico, chumbo, bário e metais terrosos raros. Segundo a EPA (U.S. Environmental Protection Agency, agência norte-americana de proteção ambiental), os CRTs podem conter aproximadamente 1,8 kg de chumbo. Os monitores devem ser descartados cumprindo as leis ambientais.

Descarte adequado de kits de toner, cartuchos e reveladoresKits de toner e cartuchos de impressoras usados devem ser descartados adequadamente ou reciclados. Alguns fornecedores e fabricantes de cartuchos de toner aceitam cartuchos vazios para serem reabastecidos. Há também empresas especializadas em reabastecer cartuchos vazios. Há kits para reabastecer cartuchos de impressora jato de tinta disponíveis, mas não são recomendados porque a tinta pode vazar dentro da impressora causando danos irreversíveis. Essa opção pode ser ainda mais dispendiosa porque usar cartuchos de jato de tinta reabastecidos também pode anular a garantia da impressora.

Descarte adequado de solventes químicos e latas de aerossolEntre em contato com a empresa de saneamento local para saber como e onde descartar os produtos químicos e solventes usados para limpar os computadores. Nunca jogue produtos químicos ou solventes na pia, nem descarte-os em fossos que tenham ligação com o esgoto público.

As latas ou garrafas que contêm solventes e outros materiais de limpeza devem ser manuseadas com cuidado. Verifique se foram identificadas e consideradas como lixo perigoso especial. Por exemplo, algumas latas de aerosol podem explodir quando expostas ao calor, se o conteúdo não foi usado completamente.

FERRAMENTAS DO COMPUTADOR

Para cada trabalho existe a ferramenta certa. Certifique-se de que você está familiarizado com o uso correto de cada ferramenta e que a ferramenta correta está sendo usada para a tarefa que está em andamento. O uso de ferramentas e softwares de modo hábil facilita o trabalho e assegura que as tarefas sejam realizadas de modo adequado e com segurança.

As ferramentas de software existem para ajudar a diagnosticar problemas. Use essas ferramentas para identificar qual dispositivo de computador não está funcionando corretamente.

O técnico deve documentar todos os reparos e problemas dos computadores. A documentação poderá, então, ser usada como material de referência para problemas que venham a ocorrer no futuro ou para outros técnicos que talvez nunca tenham enfrentado o mesmo problema antes. A documentação pode ser feita em papel, porém os formatos eletrônicos são mais recomendados porque são meios mais fáceis de pesquisar problemas específicos.

Após a conclusão desta seção, você estará apto a:

Identificação das ferramentas de hardware e suas finalidades. Identificar as ferramentas de software e suas finalidades. Identificação das ferramentas organizacionais e suas finalidades.

FERRAMENTAS ESD

O kit de ferramentas deve conter todas as ferramentas necessárias para concluir reparos de hardware. À medida que ganhamos experiência, aprendemos quais ferramentas devemos ter disponíveis para diferentes tipos de trabalhos. As ferramentas de hardware são agrupadas nas quatro categorias a seguir:

Ferramentas ESD (descarga eletrostática) Ferramentas manuais Ferramentas de limpeza Ferramentas de diagnóstico

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Ferramentas ESDExistem duas ferramentas ESD: a pulseira e a manta antiestáticas. A pulseira antiestática protege os equipamentos de computador quando estão aterrados em um chassi de computador. A manta antiestática protege o equipamento de computador evitando que a eletricidade estática se acumule no hardware ou no técnico. Clique nos itens da Figura 1 para saber mais sobre as ferramentas ESD.

Ferramentas manuaisA maioria das ferramentas usadas no processo de montagem do computador são pequenas ferramentas manuais. Elas são vendidas separadamente ou como parte de um kit de ferramentas de reparos de computador. Os kits de ferramentas variam muito em tamanho, qualidade e preço. Clique nos itens da Figura 2 para saber mais sobre as ferramentas manuais.

Ferramentas de limpezaTer as ferramentas de limpeza adequadas é fundamental para a manutenção ou o reparo de computadores. O uso dessas ferramentas garante que os componentes do computador não serão danificados durante a limpeza. Clique nos itens da Figura 3 para saber mais sobre as ferramentas de limpeza.

Ferramentas de diagnósticoO multímetro digital e o adaptador loopback são usados para testar o hardware. Clique nos itens da Figura 4 para saber mais sobre as ferramentas de diagnóstico.

FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO DE DISCO

O técnico deve estar apto a utilizar diversas ferramentas de software para ajudar no diagnóstico de problemas, na manutenção de hardware e na proteção dos dados armazenados no computador.

Ferramentas de gerenciamento de discoÉ importante que você identifique o software a ser usado nas diversas situações. As ferramentas de gerenciamento de disco ajudam a detectar e corrigir erros do disco, preparar discos para o armazenamento de dados e remover arquivos indesejados.

Clique em cada um dos botões na Figura 1 para ver imagens das seguintes ferramentas de gerenciamento de disco:

Fdisk ou Gerenciamento de disco – usada para criar e excluir partições do disco rígido Format – usada para preparar o disco rígido para o armazenamento de informações Scandisk ou Chkdsk - usada para verificar a integridade de arquivos e pastas no disco rígido

examinando a superfície do disco em busca de erros físicos. Defrag – usada para otimizar o espaço no disco rígido de forma a agilizar o acesso a programas

e dados Disk Cleanup (Limpeza de disco) - usada para limpar espaço no disco rígido procurando os

arquivos que podem ser excluídos com segurança Disk Management (Gerenciamento de disco) - utilitário do sistema usado para gerenciar

discos rígidos e partições, e que realiza tarefas como inicialização de discos, criação e formatação de partições

System File Checker (SFC) – utilitário de linha de comando que verifica os arquivos críticos do sistema operacional e substitui os que estiverem corrompidos

Use o disco de inicialização do Windows XP para solucionar problemas e reparar arquivos corrompidos. O disco de inicialização do Windows XP destina-se a reparar arquivos de sistema do Windows, restaurar arquivos danificados ou perdidos, e reinstalar o sistema operacional. Há ferramentas de software de terceiros disponíveis para ajudar na solução de problemas.

Ferramentas de software de proteçãoVírus, spyware e outros tipos de ataques maliciosos infectam milhões de computadores todos os anos. Esses ataques podem danificar o sistema operacional, aplicativos e dados. Os computadores infectados podem até mesmo apresentar problemas de desempenho do hardware ou de falha de componentes.

Para garantir a segurança dos dados e a integridade do sistema operacional e hardware, use software elaborado para oferecer proteção contra ataques e remover programas maliciosos.

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Vários tipos de software são usados para proteger hardware e dados. Clique em cada botão na Figura 2 para ver imagens dessas ferramentas de software de proteção:

Windows XP Security Center (Centro de segurança do Windows XP) – permite que você verifique o status de configurações essenciais do computador. O Centro de segurança faz verificações contínuas para certificar-se de que os programas antivírus e firewall de software estão em execução. Além disso, ele garante que atualizações automáticas sejam definidas para download e instalação automáticos.

Antivírus Program (Programa antivírus) – protege o computador contra ataques de vírus. Spyware Remover (Removedor de spyware) – protege contra software que envia informações

sobre hábitos de navegação na Web a um invasor. Spyware pode ser instalado sem o conhecimento ou a permissão do usuário.

Firewall – programa executado continuamente para proteger contra comunicações não autorizadas enviadas e recebidas no computador.

Planilha de exercícios: Software de diagnósticoImprima e preencha esta planilha de exercícios.Nesta planilha de exercícios, você utilizará a Internet, um jornal ou uma loja local para coletarinformações sobre um programa de diagnóstico do disco rígido. Prepare-se para discutir osoftware de diagnóstico que você pesquisou.1. Com base em sua pesquisa, liste pelo menos dois fabricantes diferentes de disco rígido.2. Com base em sua pesquisa, escolha um fabricante de disco rígido. Este fabricanteoferece software de diagnóstico do disco rígido para acompanhar seus produtos? Seoferecer, liste o nome e os recursos do software de diagnóstico.Fabricante:Nome do software:Nome do arquivo:Tamanho do arquivoVersão:Data de publicação:

Descrição:

É importante que o técnico documente todos os serviços e reparos. Esses documentos precisam ser armazenados em local central e estar disponíveis a todos os outros técnicos. A documentação poderá, então, ser usada como material de referência para problemas semelhantes que ocorram futuramente. Um bom serviço inclui uma descrição detalhada do problema e da solução para o cliente.

Ferramentas de referência pessoalAs ferramentas de referência pessoal incluem guias de solução de problemas, manuais do fabricante, guias de referência rápida e um diário de reparos. Além da fatura, o técnico mantém um diário das atualizações e dos reparos executados. A documentação no diário deve incluir descrições do problema, possíveis tentativas de soluções para corrigir o problema e as etapas para repará-lo. Certifique-se de anotar toda alteração realizada na configuração do equipamento e as peças substituídas durante o reparo. Essa documentação será valiosa se você se deparar com situações semelhantes no futuro.

Anotações – faça anotações durante o processo de investigação e reparo. Consulte essas notas para evitar a repetição de etapas anteriores e determinar as etapas seguintes.

Diário – documente as atualizações e os reparos realizados. A documentação deve incluir descrições do problema, possíveis tentativas de soluções para corrigir o problema e as etapas para repará-lo. Certifique-se de anotar toda alteração realizada na configuração do equipamento e as peças substituídas durante o reparo. O seu diário e suas anotações poderão ser valiosos se você se deparar com situações semelhantes no futuro.

Histórico de reparos – faça uma lista detalhada dos problemas e reparos, que inclua a data, as peças de substituição e as informações do cliente. O histórico permite ao técnico determinar o trabalho que já foi realizado em um computador.

Ferramentas de referência na InternetA Internet é uma fonte excelente de informações sobre problemas específicos de hardware e possíveis soluções:

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Mecanismos de pesquisa na Internet Grupos de notícias Perguntas freqüentes do fabricante Manuais on-line de computador Fóruns e bate-papo on-line Sites técnicos

A Figura 1 mostra um exemplo de site técnico.

Ferramentas diversasCom a prática, você descobrirá vários outros itens que poderão ser adicionados ao kit de ferramentas. A Figura 2 mostra como um rolo de fita crepe pode ser usado para etiquetar as peças que foram removidas de um computador, caso não haja um organizador de peças disponível.

Um computador de trabalho também é um recurso valioso a ser utilizado em reparos locais de computador. O computador de trabalho pode ser usado para pesquisar informações, fazer download de ferramentas ou drivers ou comunicar-se com outros técnicos.

A Figura 3 mostra os tipos de peças de substituição de computador a serem incluídas em um kit de ferramentas. Verifique se as peças estão em boas condições antes de usá-las. A utilização de componentes de trabalho em bom estado para a substituição de componentes danificados nos computadores o ajudará a determinar rapidamente qual componente não funciona bem.

A segurança no local de trabalho é responsabilidade de todos. É bem menos provável que você se machuque ou danifique componentes se usar a ferramenta adequada para o trabalho.

Antes de limpar ou reparar equipamentos, verifique se suas ferramentas estão em boas condições. Limpe, repare ou substitua todos os itens que não funcionem corretamente.

Após a conclusão desta seção, você estará apto a:

Demonstração do uso adequado de uma pulseira antiestática. Demonstração do uso adequado de uma manta antiestática. Demonstração do uso adequado de várias ferramentas manuais. Demonstração do uso adequado de materiais de limpeza.

PUSEIRA ANTI- ESTÁTICA

Como informado anteriormente, um exemplo de descarga eletrostática é o choque suave que alguém sente ao atravessar uma sala acarpetada e tocar na maçaneta de uma porta. Embora esse choque não lhe cause problemas, a mesma descarga elétrica que passar de você para o computador causará danos aos seus componentes. O uso da pulseira antiestática pode evitar danos por descarga elétrica aos componentes do computador.

O objetivo de uma pulseira antiestática é equilibrar a descarga elétrica entre você e o equipamento. A pulseira antiestática é um condutor que conecta seu corpo ao equipamento no qual você está trabalhando. Quando a eletricidade estática se acumula em seu corpo, a conexão estabelecida entre a pulseira e o equipamento (ou terra) canaliza a eletricidade através do fio conectado à pulseira.

Como indica a Figura 1, a pulseira tem duas partes e é fácil de usar:

1. Coloque a pulseira ao redor do seu punho e prenda-a com o fecho ou o velcro. O metal na parte traseira da pulseira deve permanecer em contato com a pele o tempo inteiro.

2. Prenda o conector à extremidade do fio da pulseira e conecte a outra extremidade ao equipamento ou ao mesmo ponto de aterramento ao qual a esteira antiestática está conectada. A estrutura metálica do gabinete é um bom local para conectar o fio. Para conectar o fio ao equipamento no qual você está trabalhando, escolha uma superfície metálica sem pintura. Superfícies pintadas não conduzem a eletricidade tão bem quanto as de metal sem pintura.

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OBSERVAÇÃO: conecte o fio ao equipamento, no mesmo lado do braço com a pulseira antiestática. Assim, o fio não o atrapalhará enquanto você trabalha.

Embora a pulseira antiestática ajude a evitar a descarga eletrostática, você pode reduzir ainda mais os riscos se não usar roupas de seda, poliéster ou lã. Esses tecidos são mais propensos a gerar descarga estática.

OBSERVAÇÃO: os técnicos devem dobrar as mangas, retirar lenços ou gravatas, e prender as camisas dentro da calça para evitar interferência de suas roupas. Verifique se brincos, colares e outras bijuterias ou jóias soltas estão bem presas.

CUIDADO: nunca use a pulseira antiestática ao reparar monitores ou CRTs.

MANTA ANTI-ESTÁTICA

Nem sempre você tem a opção de trabalhar em um computador em um espaço bem equipado. Se você tiver controle sobre o ambiente, procure manter seu espaço de trabalho longe de áreas acarpetadas. Os carpetes podem acumular descarga eletrostática. Se você não puder evitar os tapetes, crie um ponto de aterramento na parte sem pintura do gabinete do computador no qual você está trabalhando antes de tocar em qualquer componente.

Manta antiestáticaA manta antiestática é levemente condutora. Ela retira a eletricidade estática de um componente e a transfere para um ponto de aterramento, como mostra a Figura 1:

1. Disponha a manta no espaço de trabalho ao lado ou por baixo do gabinete do computador. 2. Prenda a manta ao gabinete para ter uma superfície aterrada sobre a qual você poderá colocar

as peças removidas do sistema.

A redução do potencial de energia eletrostática diminui a probabilidade de danos a circuitos ou componentes delicados.

OBSERVAÇÃO: sempre segure os componentes pelas bordas.

BancadaAo trabalhar em uma bancada, aterre a bancada e a manta antiestática do piso. Com a manta e a pulseira, seu corpo terá a mesma carga do equipamento, o que reduzirá as chances de descarga eletrostática.

USO DE CHAVES ADQUADAS

O técnico tem que saber usar corretamente todas as ferramentas do kit. Este tópico aborda muitas das diversas ferramentas manuais usadas para o reparo de computadores.

ParafusosUtilize a chave de fenda apropriada para cada parafuso. Posicione a ponta da chave de fenda na cabeça do parafuso. Gire a chave de fenda em sentido horário para apertar o parafuso e em sentido anti-horário para soltá-lo, como mostra a Figura 1.

Os parafusos podem ficar deformados se você os apertar demais com a chave de fenda. Um parafuso deformado, como indica a Figura 2, pode ficar emperrado ou não prender com firmeza. Descarte os parafusos deformados.

Chave de fenda de cabeça chataComo mostra a Figura 3, use uma chave de fenda de cabeça chata ao trabalhar com parafusos com fenda. Não use chave de fenda com cabeça chata para remover parafusos Phillips. Não use a chave de fenda como alavanca. Se você não conseguir remover um componente, verifique se há algum clipe ou trinco que prenda o componente.

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CUIDADO: se for necessário usar excesso de força para remover ou adicionar um componente, provavelmente há algo errado. Verifique mais uma vez para certificar-se de que você não se esqueceu de algum parafuso ou não destravou algum clipe que mantém o componente preso. Consulte o manual ou o diagrama do dispositivo para obter informações adicionais.

Chave de fenda PhillipsComo mostra a Figura 4, use uma chave de fenda Phillips com parafusos de cabeça flangeada. Não utilize esse tipo de chave de fenda para furações. Isso irá danificar a cabeça da chave de fenda.

Chave de fenda hexagonalComo mostra a Figura 5, use uma chave de fenda hexagonal para afrouxar ou prender parafusos de cabeça hexagonal (sextavada). Os parafusos hexagonais não devem ser apertados demais, pois isso pode deformar seus filamentos. Não use chaves de fenda hexagonais que sejam grandes demais para o parafuso.

CUIDADO: algumas ferramentas são magnetizadas. Quando trabalhar perto de dispositivos eletrônicos, verifique se as ferramentas em uso não foram magnetizadas. Campos magnéticos podem ser prejudiciais aos dados armazenados em mídia magnética. Para testar sua ferramenta, toque-a com o parafuso. Se a ferramenta atrair o parafuso, não a utilize.

Recuperador de peças, alicates de ponta fina ou pinçasComo mostra a Figura 6, o recuperador de peças, os alicates de ponta fina e as pinças podem ser utilizados para prender e retirar peças difíceis de alcançar com as mãos. Não arranhe ou atinja qualquer componente ao usar essas ferramentas.

CUIDADO: não insira lápis no computador para alterar a configuração de botões ou remover jumpers. O chumbo do lápis pode atuar como condutor e danificar componentes do computador.

ACUMULO DE POEIRA

A limpeza interna e externa dos computadores é uma tarefa importantíssima do programa de manutenção. A poeira pode causar problemas relacionados ao funcionamento físico de ventoinhas, botões e outros componentes mecânicos. A Figura 1 mostra um grande acúmulo de poeira em componentes do computador. Nos componentes elétricos, o acúmulo de poeira agirá como um isolador e impedirá a dispersão do calor. O isolamento impedirá que os dissipadores de calor e as ventoinhas mantenham a temperatura dos componentes, o que causará o superaquecimento e a falha de chips e circuitos.

CUIDADO: antes de limpar qualquer dispositivo, desligue-o e desconecte-o da fonte de energia.

Gabinetes de computador e monitoresLimpe os gabinetes de computador e a parte externa dos monitores com um pano umedecido em solução de limpeza não abrasiva. Misture uma gota de detergente de cozinha em aproximadamente 150 ml de água para criar uma solução de limpeza. Se a água respingar dentro do gabinete, espere o líquido secar antes de ligar o computador.

Telas LCDNão use produtos de limpeza para vidro à base de amônia ou qualquer outra solução em telas LCD, a não ser que o produto seja específico para esse fim. Produtos químicos abrasivos danificarão a cobertura da tela. Essas telas não são protegidas por vidro; portanto, limpe-as com suavidade, sem pressioná-las com força.

Telas CRTPara limpar as telas de monitores CRT, umedeça um pano macio e limpo com água destilada e limpe a tela de cima para baixo. Em seguida, use um pano macio e seco para remover manchas após a limpeza do monitor.

Remova a poeira dos componentes com um spray de ar comprimido. O ar comprimido não provoca o acúmulo de energia eletrostática nos componentes. Verifique se você está em uma área bem ventilada antes de remover a poeira do computador. É recomendável usar uma máscara para evitar a inspiração de partículas de poeira.

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Remova a poeira com jatos rápidos do spray. Nunca incline ou vire o spray de ar comprimido de cabeça para baixo. As pás da ventoinha não devem girar com a força do ar comprimido. Mantenha a ventoinha imóvel. Os seus motores podem ser danificados se girarem enquanto não estão ligados.

Contatos dos componentesLimpe os contatos dos componentes com álcool isopropílico. Não aplique álcool de uso tópico, pois ele contém impurezas que podem danificar os contatos. Certifique-se de que não ficaram fiapos do pano ou do cotonete nos contatos. Remova os fiapos com ar comprimido antes de reinstalar os contatos.

TecladoLimpe o teclado com ar comprimido ou com um pequeno aspirador de mão que tenha uma escova acoplada.

CUIDADO: nunca use um aspirador comum dentro do gabinete do computador. As peças de plástico do aspirador podem acumular eletricidade estática e descarregá-la nos componentes. Use somente um aspirador aprovado para componentes eletrônicos.

MouseUse um produto de limpeza para vidro e um pano macio para limpar o exterior do mouse. Não borrife o produto de limpeza para vidro diretamente no mouse. Ao limpar um mouse com esfera, remova a esfera e limpe-o com produto de limpeza para vidro e um pano macio. Limpe os roletes no interior do mouse com o mesmo pano. Você talvez precise de uma lixa de unha para limpar os roletes. Não borrife líquidos dentro do mouse.

O gráfico da Figura 2 indica os itens do computador que devem ser limpos e os materiais de limpeza a serem usados em cada caso.

2.3.4 Laboratório: Desmontagem de computadorImprima e conclua este laboratório.Neste laboratório, você desmontará um computador utilizando procedimentos seguros delaboratório e as ferramentas adequadas. Tome o máximo cuidado e siga todos os procedimentosde segurança. Familiarize-se com as ferramentas que utilizará neste laboratório.OBSERVAÇÃO: Se você não puder localizar nem remover o componente correto, peça ajudaao instrutor.Ferramentas recomendadasÓculos ou luvas de proteçãoPulseira antiestáticaManta antiestáticachave de fendachave de fenda Phillipschave estrelachave de fenda hexagonalAlicate para corte de fiosPlásticoRecuperador de peças (pinça ou alicate de ponta fina)Composto térmicoSolução de limpeza para aparelhos eletrônicosCâmara de ar comprimidoAmarrações de caboOrganizador de peçasComputador com disco rígido instaladoTubo plástico para armazenar peças do computadorBolsas antiestáticas para peças eletrônicasEtapa 1Desligue e desconecte o computador da tomada.Etapa 2Localize todos os parafusos que prendem os painéis laterais à parte traseira do computador.Use o tamanho e o tipo adequados de chave de fenda para remover os parafusos dos painéislaterais. Não remova os parafusos que prendem a fonte de energia ao gabinete. Coloquetodos os parafusos em um local, como uma xícara ou um compartimento em um organizadorde peças. Etiquete a xícara ou o compartimento com um pedaço de fita adesiva e escreva‘parafusos dos painéis laterais’. Remova os painéis laterais do gabinete.Que tipo de chave de fenda você usa para remover os parafusos?Quantos parafusos prenderam os painéis laterais?Etapa 3

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Coloque uma pulseira antiestática. Uma extremidade do condutor deve ser conectada à pulseira.Prenda a outra extremidade do condutor em uma peça de metal sem pintura do gabinete.Se você tiver uma manta antiestática, coloque-a sobre a superfície de trabalho e coloqueo gabinete do computador sobre ela. Aterre a manta antiestática a uma peça de metal sempintura do gabinete.Conceitos básicos de TI: Hardware e Software para PC v4.0 Capítulo 2 – Laboratório/AlunoCisco Systems, Inc. 2007 Página 2Etapa 4Localize o disco rígido. Desconecte com cuidado o cabo de energia e o cabo de dados daparte traseira do disco rígido.Que tipo de cabo de dados você desconectou?Etapa 5Localize todos os parafusos que prendem o disco rígido no lugar. Use o tamanho e o tipoadequados de chave de fenda para remover os parafusos do disco rígido. Coloque todosesses parafusos em um local e etiquete-os.Quais os tipos de parafusos que prenderam o disco rígido no gabinete?Quantos parafusos prenderam o disco rígido no gabinete?O disco rígido está conectado a um suporte de montagem? Se estiver, que tipo de parafusoprende o disco rígido ao suporte de montagem?CUIDADO: NÃO remova os parafusos do compartimento do disco rígido.Etapa 6Remova cuidadosamente o disco rígido do gabinete. Procure um gráfico de referência dejumper no disco rígido. Se houver um jumper instalado no disco rígido, use o gráfico dereferência de jumper para ver se o disco rígido está definido como Mestre, Escravo ou CS(Cable Select, Seleção de cabo). Coloque o disco rígido em uma bolsa antiestática.Etapa 7Localize a unidade de disquete. Desconecte com cuidado o cabo de energia e de dados.Etapa 8Localize e remova todos os parafusos que prendem a unidade de disquete ao gabinete.Coloque todos esses parafusos em um local e etiquete-os.Coloque a unidade de disquete em uma bolsa antiestática.Quantos parafusos prenderam a unidade de disquete ao gabinete?Conceitos básicos de TI: Hardware e Software para PC v4.0 Capítulo 2 – Laboratório/AlunoCisco Systems, Inc. 2007 Página 3Etapa 9Localize a unidade óptica (CD-ROM, DVD, etc.). Desconecte com cuidado o cabo de energiae de dados da unidade óptica. Remova o cabo de áudio da unidade óptica.Que tipo de cabo de dados você desconectou?Há um jumper na unidade óptica? Qual é a configuração do jumper?Etapa 10Localize e remova todos os parafusos que prendem a unidade óptica ao gabinete. Coloquetodos esses parafusos em um local e etiquete-os. Coloque a unidade óptica em umabolsa antiestática.Quantos parafusos prenderam a unidade óptica ao gabinete?Etapa 11Localize a fonte de energia. Localize as conexões de energia com a placa-mãe.Remova cuidadosamente as conexões de energia da placa-mãe. Quantos pinos há noconector da placa-mãe?A fonte de energia fornece energia para um ventilador de CPU ou de gabinete? Se fornecer,desconecte o cabo de energia.A fonte de energia fornece energia auxiliar para a placa de vídeo? Se fornecer, desconecte ocabo de energia.Etapa 12Localize e remova todos os parafusos que prendem a fonte de energia ao gabinete. Coloquetodos esses parafusos em um local e etiquete-os.Quantos parafusos prendem a fonte de energia ao gabinete?Remova cuidadosamente a fonte de energia do gabinete. Coloque a fonte de energia com osoutros componentes do computador.Etapa 13Localize todos os adaptadores que estejam instalados no computador, como um adaptadorde vídeo, uma placa de rede ou um adaptador de modem.Conceitos básicos de TI: Hardware e Software para PC v4.0 Capítulo 2 – Laboratório/AlunoCisco Systems, Inc. 2007 Página 4Localize e remova o parafuso que prende o adaptador ao gabinete. Coloque os parafusosdo adaptador em um local e etiquete-os.Remova cuidadosamente o adaptador do slot. Certifique-se de prender o adaptador pelosuporte de montagem ou pelas bordas. Coloque o adaptador em uma bolsa antiestática.

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Repita este processo para todos os adaptadores.Liste os adaptadores e os tipos de slot a seguir.Adaptador Tipo de slot_______________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ _______________________________Etapa 14Localize os módulos de memória na placa-mãe.Que tipo de módulo de memória está instalado na placa-mãe?Quantos módulos de memória estão instalados na placa-mãe?Remova os módulos de memória da placa-mãe. Certifique-se de soltar todas as lingüetasde trava que podem estar prendendo o módulo de memória. Segure o módulo de memóriapelas bordas e retire-o cuidadosamente do slot. Coloque os módulos de memória em umabolsa antiestática.Etapa 15Remova todos os cabos de dados da placa-mãe. Anote o local de conexão de qualquercabo que você desconectar.Quais tipos de cabos foram desconectados?Você concluiu este laboratório. O gabinete do computador deve contera placa-mãe, a CPU e quaisquer dispositivos de resfriamento. Não

remova nenhum outro componente do gabinete.

SOLUÇÕES DE PROBLEMAS NO COMPUTADOR

Este capítulo apresenta o processo de manutenção preventiva e de solução de problemas. Manutenção preventiva é a inspeção regular e sistemática, a limpeza e a substituição de peças, materiais e sistemas usados. A manutenção preventiva ajuda a evitar falhas de peças, materiais e sistemas, pois assegura sempre o seu bom funcionamento. A solução de problemas é uma abordagem sistemática para localizar a causa de falhas em um sistema de computador. Um bom programa de manutenção preventiva ajuda a minimizar falhas. Com menos falhas, há menos problemas para solucionar, o que representa economia de tempo e dinheiro para a empresa.

A solução de problemas é uma habilidade aprendida. Nem todos os processos de solução de problemas são iguais, e os técnicos tendem a refinar suas habilidades de acordo com seus conhecimentos e sua experiência pessoal. Siga as diretrizes deste capítulo como ponto de partida para o desenvolvimento de habilidades de solução de problemas. Embora cada situação seja única, o processo descrito neste capítulo o ajudará a determinar as suas ações quando tentar solucionar problemas técnicos para o cliente.

Após a conclusão deste capítulo, você estará apto a:

Explicação da finalidade da manutenção preventiva. Identificação das etapas do processo de solução de problemas.

MANUTENÇÃO DO HARDWARE

A manutenção preventiva serve para reduzir a probabilidade de problemas de hardware ou software, pois verifica periódica e sistematicamente todos os hardwares e softwares para garantir seu funcionamento adequado.

HardwareVerifique a condição de cabos, componentes e periféricos. Limpe os componentes para diminuir a possibilidade de superaquecimento. Repare ou substitua os componentes que demonstram sinais de

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desgaste ou mau uso. Oriente-se pelas tarefas indicadas na Figura 1 para criar um programa de manutenção de hardware.

Que outras tarefas de manutenção de hardware podem ser incluídas na lista?

SoftwareVerifique se os softwares instalados estão atualizados. Siga as políticas da empresa ao instalar atualizações de segurança, atualizações do sistema operacional e atualizações de programas. Muitas empresas só permitem atualizações depois de amplamente testadas. Esses testes são realizados para confirmar se a atualização não causará problemas ao sistema operacional e ao software. Oriente-se pelas tarefas indicadas na Figura 2 para criar uma agenda de manutenção de software que atenda às necessidades dos seus equipamentos de computador.

Que outras tarefas de manutenção de software podem ser incluídas na lista?

BenefíciosSeja proativo com a manutenção de equipamentos e a proteção de dados do computador. A execução de rotinas de manutenção pode reduzir possíveis problemas de hardware e software. Esse procedimento minimizará tempos de inatividade do computador e custos de reparo.

O plano de manutenção preventiva é desenvolvido de acordo com as necessidades do equipamento. Um computador exposto a um ambiente empoeirado, como um local de construção, precisará de mais atenção do que um computador instalado em um escritório. Redes de tráfego intenso, como as de uma escola, podem precisar de verificação e remoção adicional de softwares maliciosos e arquivos indesejados. Documente as tarefas de manutenção de rotina a serem realizadas no equipamento de computador e a freqüência em que ocorrem. Essa lista de tarefas poderá ser usada em seguida para criar um programa de manutenção.

A Figura 3 mostra alguns dos benefícios da manutenção preventiva. Você pode sugerir outros benefícios?

PROCESSO DE SOLUÇÃO DO PROBLEMA

A solução de problemas requer uma abordagem organizada e lógica dos problemas de computadores e outros componentes. A abordagem lógica da solução de problemas lhe permite eliminar variáveis de forma sistemática. Elaborar as perguntas certas, testar o hardware certo e examinar os dados certos ajudam a entender o problema. Assim você pode formular uma proposta de solução.

A solução de problemas é uma habilidade que você apura com o passar do tempo. Toda vez que você solucionar um problema, a experiência aumentará suas habilidades. Você saberá como e quando combinar (e também ignorar) etapas que conduzem rapidamente a uma solução. O processo de solução de problemas é uma diretriz que pode ser modificada de acordo com as suas necessidades.

Nesta seção, você conhecerá uma abordagem para a solução de problemas que poderá ser aplicada a hardware e software. Muitas das etapas também poderão ser aplicadas à solução de problemas em outras áreas do trabalho.

OBSERVAÇÃO: O termo cliente, usado neste curso, refere-se a qualquer usuário que precise de assistência técnica de computador.

Após a conclusão desta seção, você estará apto a:

Explicação da finalidade da proteção de dados. Coleta de dados do cliente. Verificação dos problemas óbvios. Tentativa de aplicar primeiro soluções rápidas. Coleta de dados do computador. Avaliação do problema e implementação da solução. Encerramento da questão com o cliente.

BACK-UP DPS DADOS

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Antes de começar a solucionar problemas, tome sempre as precauções necessárias para proteger os dados do computador. Alguns reparos, como a substituição do disco rígido ou a reinstalação do sistema operacional, podem representar um risco para os dados. Faça todo o possível para evitar a perda de dados ao realizar reparos.

CUIDADO: Embora a proteção de dados não seja uma das seis etapas da solução de problemas, é preciso protegê-los antes de iniciar qualquer trabalho no computador do cliente. Se seu trabalho resultar na perda de dados do cliente, você ou a companhia poderão ser responsabilizados.

Backup de dadosBackup é uma cópia dos dados existentes na unidade de disco rígido do computador que é salva em uma mídia como uma unidade de CD, DVD ou fita. Nas empresas, os backups são realizados rotineiramente todo dia, semana ou mês.

Caso você não tenha certeza se o backup foi executado, não realize atividades de solução de problemas até confirmar com o cliente. Esta é uma lista de itens a verificar com o cliente quanto aos backups de dados:

Data do último backup Conteúdo do backup Integridade dos dados do backup Disponibilidade de todas as mídias de backup para restauração de dados

Se o cliente não tiver um backup atual e você não puder criar um, peça ao cliente que assine um formulário de isenção de responsabilidade. O formulário deve conter pelo menos as seguintes informações:

Permissão para você trabalhar no computador sem um backup atual disponível Isenção de sua responsabilidade se os dados forem perdidos ou corrompidos Descrição do trabalho a ser realizado

DADOS DOS CLIENTES

Durante o processo de solução de problemas, colete o máximo de informações possíveis do cliente. O cliente lhe fornecerá informações básicas sobre o problema. A Figura 1 contém algumas das informações importantes a obter com o cliente.

Etiqueta da conversaAo conversar com o cliente, siga estas diretrizes:

Faça perguntas diretas para coletar informações. Não use jargão do setor ao falar com os clientes. Não menospreze o cliente. Não insulte o cliente. Não acuse o cliente de causar o problema.

Com uma boa comunicação, você poderá obter do cliente as informações mais relevantes sobre o problema.

Perguntas iniciaisAs perguntas iniciais são usadas para obter informações gerais. Elas permitem que o cliente explique os detalhes do problema com suas próprias palavras. A Figura 2 mostra alguns exemplos de perguntas iniciais.

Perguntas finaisCom base nas informações do cliente, você poderá passar para as perguntas finais. Em geral, as perguntas finais requerem uma resposta "sim" ou "não". O objetivo dessas perguntas é obter informações mais relevantes no menor tempo possível. A Figura 3 mostra alguns exemplos de perguntas finais.

As informações obtidas do cliente devem ser documentadas na ordem de trabalho e no diário de reparos. Anote tudo que possa ser importante para você ou outro técnico. Com freqüência, pequenos detalhes podem ser a chave da solução de um problema difícil ou complicado.

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VERIFICAR PROBLEMAS

A segunda etapa do processo de solução de problemas é verificar os problemas óbvios. Mesmo que o cliente pense que este é um problema sério, comece com as questões óbvias antes de passar para diagnósticos mais complexos.

Se o problema não for resolvido durante a verificação dos problemas óbvios, será preciso continuar com o processo de solução de problemas. Se você encontrar alguma questão óbvia que solucione o problema, poderá ir para a última etapa e encerrar. Essas etapas servem apenas como uma diretriz para ajudá-lo a solucionar problemas com eficiência.

A próxima etapa do processo de solução de problemas é tentar soluções rápidas. Problemas óbvios e soluções rápidas muitas vezes se sobrepõem e podem ser usados em conjunto para reparar o problema. Documente todas as soluções tentadas. É fundamental registrar informações sobre as soluções experimentadas e usá-las caso o problema tenha que ser escalado para outro técnico.

A Figura 1 identifica algumas soluções rápidas comuns. Se uma solução rápida não resolver o problema, documente os resultados e tente a próxima solução mais provável. Continue esse processo até solucionar o problema ou até esgotar todas as soluções rápidas. Documente a resolução para futura referência, como mostra a Figura 2.

COLETAR DADOS DO COMPUTADOR

 A próxima etapa do processo de solução de problemas é coletar dados do computador, como mostra a Figura 1. Você tentou todas as soluções rápidas, mas o problema ainda não foi resolvido. Este é o momento de verificar a descrição do cliente para o problema coletando dados do computador.

Visualizador de eventosQuando ocorrem erros do sistema, do usuário ou do software no computador, o Visualizador de eventos é atualizado com informações sobre os erros. O aplicativo Visualizador de eventos, exibido na Figura 2, registra as seguintes informações sobre o problema:

O problema ocorrido A data e a hora do problema A gravidade do problema A origem do problema O número de ID do evento O usuário conectado quando o problema ocorreu

Embora esse utilitário compile detalhes sobre o erro, você talvez ainda precise pesquisar a solução.

Gerenciador de dispositivosO Gerenciador de dispositivos, como mostra a Figura 3, exibe todos os dispositivos configurados no computador. Qualquer dispositivo cujo funcionamento o sistema operacional julgue incorreto será destacado com um ícone de erro. Esse tipo de erro é indicado com um círculo amarelo e um ponto de exclamação ("!"). Se o dispositivo estiver desativado, ele será marcado com um círculo vermelho e um "X".

Códigos de bipesCada fabricante de BIOS tem uma seqüência única de bipes para falhas de hardware. Durante a solução de problemas, ligue o computador e ouça. À medida que o sistema executa o POST, a maioria dos computadores emite um bipe para indicar que o sistema está inicializando corretamente. Se houver algum erro, você talvez ouça vários bipes. Documente a seqüência de códigos de bipes e pesquise o código para determinar a falha de hardware específica.

Informações de BIOSSe o computador inicializar e parar após o POST, verifique as configurações do BIOS para determinar onde está o problema. Algum dispositivo pode não ter sido detectado ou configurado corretamente. Consulte o manual da placa-mãe para certificar-se de que as configurações do BIOS estão certas.

Ferramentas de diagnósticoPesquise para determinar qual software está disponível para ajudá-lo a diagnosticar e solucionar

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problemas. Existem diversos programas para ajudá-lo a solucionar problemas de hardware. Freqüentemente, os fabricantes de hardware do sistema fornecem ferramentas de diagnóstico próprias. Um fabricante de unidade de disco rígido, por exemplo, pode fornecer uma ferramenta para inicializar o computador e diagnosticar problemas com a unidade de disco rígido se ela não inicializar o Windows.

Você conhece alguma ferramenta de terceiros que possa ser usada para solucionar problemas de computador?

IMPLEMENTAR SOLUÇÕES

A próxima etapa do processo de solução de problemas é avaliar o problema e implementar a solução. Avalie o problema e pesquise possíveis soluções. A Figura 1 indica possíveis locais para pesquisa. Divida os problemas maiores em problemas menores que possam ser analisados e resolvidos individualmente. As soluções devem ser priorizadas, a partir da mais fácil e mais rápida de implementar.

Crie uma lista de possíveis soluções e implemente-as uma por vez. Se você implementar uma possível solução e ela não funcionar, reverta-a e tente outra.

CONCLUSÃO DO PROCESSO DO CLIENTE

Depois de realizar os reparos no computador, encerre o processo de solução de problemas com o cliente. Comunique o problema e a solução ao cliente verbalmente e em toda a documentação. A Figura 1 mostra as etapas a serem seguidas depois que você realizar um reparo e encerrar a questão com o cliente.

Verifique a solução com o cliente. Se o cliente estiver disponível, demonstre como a solução corrigiu o problema do computador. Peça ao cliente para testar a solução e tentar reproduzir o problema. Se o cliente puder verificar que o problema foi resolvido, finalize a documentação referente ao reparo na ordem de trabalho e no seu diário. A documentação deve incluir as seguintes informações:

A descrição do problema As etapas para solucionar o problema Os componentes usados no reparo

MONTAGEM DE COMPUTADORES

INTRODUÇÃO

A montagem de computadores é uma das grandes tarefas do técnico. Como um técnico, você precisará utilizar lógica e método ao trabalhar com componentes de computador. Como em qualquer função, as habilidades para a montagem de computadores melhorarão drasticamente com a prática.

Após a conclusão deste capítulo, você estará apto a:

Abrir o gabinete. Instalar a fonte de energia. Conectar os componentes à placa-mãe e instalá-la. Instalar unidades internas. Instalar unidades nos compartimentos externos. Instalar adaptadores. Conectar todos os cabos internos. Recolocar os painéis laterais e conectar os cabos externos ao computador. Inicializar o computador pela primeira vez.

ABRINDO O GABINETE

Os gabinetes de computador são produzidos em diversos formatos. Os formatos referem-se ao tamanho e à forma do gabinete.

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Prepare o espaço de trabalho antes de abrir o gabinete do computador. Deve haver iluminação adequada, boa ventilação e temperatura ambiente confortável. Todos os lados da bancada ou da mesa de trabalho devem estar livres. Evite acumular ferramentas ou componentes de computador sobre a superfície da bancada ou da mesa. Uma manta antiestática sobre a mesa ajudará a evitar danos por descarga eletrostática aos equipamentos. Pequenos recipientes podem ser usados para guardar parafusos e outras peças à medida que são removidos.

Existem diversos métodos para abrir gabinetes. Para saber como abrir determinado gabinete de computador, consulte o manual do usuário ou o site do fabricante. A maioria dos gabinetes é aberta de uma das seguintes maneiras:

A tampa do gabinete pode ser retirada como um todo. Os painéis superior e laterais do gabinete podem ser removidos. A parte superior do gabinete pode ser removida antes dos painéis laterais.

INSTALANDO FONTE DE ENERGIA

O técnico pode ser solicitado para substituir ou instalar uma fonte de energia. A maioria das fontes de energia se encaixa apenas de uma forma no gabinete do computador. Há três ou quatro parafusos que conectam a fonte de energia ao gabinete. As fontes de energia têm ventoinhas que vibram e podem soltar os parafusos que não estejam bem presos. Ao instalar uma fonte de energia, verifique se todos os parafusos estão em uso e bem fixos.

Estas são as etapas de instalação da fonte de energia:

1. Insira a fonte de energia no gabinete. 2. Alinhe os furos da fonte de energia com os furos do gabinete. 3. Fixe a fonte de energia ao gabinete usando os parafusos corretos.

PLACA MÃE E SEUS COMPONENTES

Esta seção detalha as etapas para instalar componentes na placa-mãe e, em seguida, instalar a placa-mãe no gabinete do computador.

Após a conclusão desta seção, você estará apto a:

Instalar uma CPU e um dissipador de calor/ventoinha. Instalar a RAM. Instalar a placa-mãe.

INSTALANDO O PROCESSADOR

A CPU e o dissipador de calor/ventoinha podem ser instalados na placa-mãe antes da inserção da placa-mãe no gabinete do computador.

CPUA Figura 1 mostra a imagem amplificada da CPU e da placa-mãe. A CPU e a placa-mãe são sensíveis à descarga eletrostática. Ao manusear a CPU e a placa-mãe, tenha o cuidado de posicioná-las sobre uma manta anti estática aterrada. Use uma pulseira anti estática ao trabalhar com esses componentes.

CUIDADO: Nunca toque nos contatos da CPU ao manuseá-la.

A CPU é fixada ao soquete da placa-mãe por uma trava. Os soquetes de CPU atuais são soquetes ZIF. Familiarize-se com a trava antes de tentar fixar uma CPU ao soquete da placa-mãe.

O composto térmico ajuda a manter a temperatura da CPU. A Figura 2 mostra o composto térmico sendo aplicado à CPU.

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Se você instalar uma CPU usada, use álcool isopropílico para limpar a CPU e a base do dissipador de calor. Esse procedimento remove todos os resquícios de compostos térmicos antigos. Assim, as superfícies estarão prontas para uma nova camada de composto térmico. Siga as instruções do fabricante sobre como aplicar o composto térmico.

Dissipador de calor/ventoinhaA Figura 3 mostra o dissipador de calor/ventoinha. Trata-se de um dispositivo de resfriamento dividido em duas partes. O dissipador de calor dispersa o calor da CPU. A ventoinha afasta o calor do dissipador de calor. Em geral, o dissipador de calor/ventoinha tem um conector de energia de 3 pinos.

A Figura 4 mostra o conector e o cabeçote da placa-mãe para o dissipador de calor/ventoinha.

Siga estas instruções para instalar a CPU e o dissipador de calor/ventoinha:

1. Alinhe a CPU para que o indicador da Conexão 1 se alinhe com o Pino 1 no soquete da CPU. Esse procedimento garante que os entalhes da CPU se alinhem às travas no soquete da CPU.

2. Encaixe a CPU cuidadosamente no soquete. 3. Feche a placa de carregamento da CPU e prenda-a no lugar, fechando a alavanca de

carregamento e movendo-a sob a lingüeta de retenção da alavanca. 4. Aplique uma pequena quantidade de composto térmico à CPU e espalhe-o uniformemente. Siga

as instruções de aplicação fornecidas pelo fabricante. 5. Alinhe os retentores do dissipador de calor/ventoinha com os furos na placa-mãe: 6. Insira o dissipador de calor/ventoinha no soquete da CPU cuidadosamente para não prender os

fios da ventoinha. 7. Aperte os retentores do dissipador de calor/ventoinha para que fiquem bem presos. 8. Conecte o cabo de energia do dissipador de calor/ventoinha ao cabeçote da placa-mãe.

MEMPORIA RAM

A exemplo da CPU e do dissipador de calor/ventoinha, a RAM é instalada na placa-mãe antes da inserção da placa-mãe no gabinete do computador. Antes de instalar o módulo de memória, consulte a documentação ou o site do fabricante da placa-mãe para verificar se a RAM é compatível com a placa-mãe.

A RAM fornece armazenamento de dados temporário à CPU enquanto o computador está em funcionamento. RAM é memória volátil, e isso significa que seu conteúdo se perde quando o computador é desligado. Normalmente, o uso de mais RAM melhora o desempenho do computador.

Siga estas etapas para a instalação da RAM:

1. Alinhe os entalhes do módulo de RAM às travas do slot e pressione o módulo para baixo até suas guias laterais se encaixarem.

2. Certifique-se de que as guias laterais prenderam o módulo de RAM. Verifique se há contatos expostos.

Repita essas etapas para módulos de RAM adicionais.

INSTALANDO A PLACA MÃE NO GABINETE

A placa-mãe está pronta para ser instalada no gabinete do computador. Suportes de plástico e metal são usados para a montagem da placa-mãe e para evitar que ela toque as partes metálicas do gabinete. Instale somente os suportes que se encaixam aos furos da placa-mãe. A instalação de suportes adicionais pode impedir o bom posicionamento da placa-mãe no gabinete do computador.

Siga estas etapas para a instalação da placa-mãe:

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1. Instale suportes no gabinete do computador. 2. Alinhe os conectores de E/S na parte traseira da placa-mãe com as aberturas na parte traseira

do gabinete. 3. Alinhe os furos do parafuso da placa-mãe com os suportes. 4. Insira todos os parafusos da placa-mãe. 5. Aperte todos os parafusos da placa-mãe.

INSTALANDO AS UNIDADES INTERNAS

As unidades instaladas em compartimentos internos chamam-se unidades internas. A unidade de disco rígido (HDD) é um exemplo de unidade interna.

Siga estas etapas para a instalação da unidade de disco rígido:

Posicione a unidade de disco rígido para que se encaixe no compartimento de unidade de cerca de 9 cm.

Insira a unidade de disco rígido no compartimento de forma que os furos da unidade se alinhem aos do parafuso do gabinete.

Fixe a unidade de disco rígido ao gabinete usando os parafusos corretos

Unidades ópticas e unidades de disquete são instaladas em compartimentos que podem ser alcançados pela frente do gabinete. As unidades ópticas e as unidades de disquete armazenam dados em mídia removível. As unidades nos compartimentos externos permitem acesso à mídia sem necessidade de abrir o gabinete.

Após a conclusão desta seção, você estará apto a:

Instalar a unidade óptica. Instalar a unidade de disquete.

INSTALANDO UNIDADE ÓPTICA

A unidade óptica é um dispositivo de armazenamento que lê e grava informações em CDs e DVDs. Um conector de energia Molex fornece energia da fonte de energia à unidade óptica. Um cabo PATA conecta a unidade óptica à placa-mãe.

Siga estas etapas para a instalação da unidade óptica:

1. Posicione a unidade óptica para que se encaixe no compartimento da unidade de cerca de 13,4 cm.

2. Insira a unidade óptica no compartimento de forma que os furos da unidade se alinhem aos do parafuso do gabinete.

3. Fixe a unidade óptica no gabinete usando os parafusos corretos.

INSTALANDO ADAPTADORES

Os adaptadores são instalados para conferir funcionalidade extra ao computador. Os adaptadores devem ser compatíveis com o slot de expansão. Esta seção enfoca a instalação de três tipos de adaptadores.

Placa de rede PCIe x1 Placa de rede PCI sem fio Placa de vídeo PCIe x16

Após a conclusão desta seção, você estará apto a:

Instalar a placa de rede. Instalar a placa de rede sem fio.

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Page 33: APOSTILA DE MANUTENÇÃO atual

Instalar a placa de vídeo.

PLACA DE REDE

A placa de rede permite que o computador se comunique com a rede. As placas de rede usam slots de expansão PCI e PCIe na placa-mãe.

Siga estas etapas para a instalação da placa de rede:

1. Encaixe a placa de rede no slot de expansão apropriado na placa-mãe. 2. Pressione cuidadosamente a placa de rede para baixo até encaixá-la totalmente. 3. Prenda o suporte de montagem da placa de rede do PC ao gabinete com o parafuso correto.

PLACA DE VIDEO

A placa de vídeo é a interface entre o computador e o monitor. Uma placa de vídeo atualizada pode oferecer melhores recursos gráficos para jogos e programas gráficos. As placas de vídeo usam slots de expansão PCI, AGP e PCIe na placa-mãe.

Siga estas etapas para a instalação da placa de vídeo:

1. Encaixe a placa de vídeo no slot de expansão apropriado na placa-mãe. 2. Pressione cuidadosamente a placa de vídeo para baixo até encaixá-la totalmente. 3. Prenda o suporte de montagem da placa de vídeo do PC no gabinete com o parafuso correto.

CONECTAR CABOS INTERNOS

Os cabos de energia são usados para distribuir eletricidade da fonte de energia para a placa-mãe e para outros componentes. Os cabos de dados transmitem dados entre a placa-mãe e os dispositivos de armazenamento, como os discos rígidos. Cabos adicionais conectam os botões e os leds dos links na parte frontal do gabinete do computador à placa-mãe.

Após a conclusão desta seção, você estará apto a:

Conectar os cabos de energia. Conectar os cabos de dados.

CONECTOR DE ENERGIA

Conexões de energia da placa-mãeAssim como outros componentes, a placa-mãe requer energia para funcionar. O principal conector de energia ATX (Advanced Technology Extended) tem 20 ou 24 pinos. A fonte de energia também pode ter um conector de energia auxiliar (AUX) de 4 ou 6 pinos que se encaixa na placa-mãe. Um conector de 20 pinos funcionará na placa-mãe com um conector (soquete) de 24 pinos.

Siga estas etapas para a instalação do cabo de energia da placa-mãe:

1. Encaixe o conector de energia ATX de 20 pinos no conector da placa-mãe. [Figura 1] 2. Pressione cuidadosamente o conector para baixo até encaixá-lo. 3. Encaixe o conector de energia AUX de 4 pinos no conector da placa-mãe. [Figura 2] 4. Pressione cuidadosamente o conector para baixo até encaixá-lo.

Conectores de energia SATAOs conectores de energia SATA usam um conector de 15 pinos. Conectores de energia SATA são usados em unidades de disco rígido, unidades ópticas ou outros dispositivos que tenham um conector de energia SATA.

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Page 34: APOSTILA DE MANUTENÇÃO atual

Conectores de energia MolexUnidades de disco rígido e unidades ópticas que não têm conectores de energia SATA usam o conector de energia Molex.

CUIDADO: Não utilize o conector Molex e o conector de energia SATA na mesma unidade simultaneamente.

Conectores de energia BergO conector de energia Berg de 4 pinos fornece energia à unidade de disquete.

Siga estas etapas para a instalação do conector de energia:

1. Encaixe o conector de energia SATA à unidade de disco rígido. [Figura 3] 2. Encaixe o conector de energia Molex na unidade óptica. [Figura 4] 3. Encaixe o conector de energia Berg de 4 pinos na unidade de disquete. [Figura 5] 4. Encaixe o conector de energia da ventoinha de 3 pinos na cabeça da ventoinha apropriada da

placa-mãe, como indica o manual da placa-mãe. [Figura 6] 5. Encaixe os cabos adicionais do gabinete nos conectores apropriados, como indica o manual da

placa-mãe.

CONEXÃO PATA

As unidades conectam-se à placa-mãe por meio de cabos de dados. A unidade a ser conectada determina o tipo de cabo de dados que será usado. Os tipos de cabos de dados são: PATA, SATA e disquete.

Cabos de dados PATAO cabo PATA também é conhecido como cabo fita por ser largo e achatado. O cabo PATA pode ter 40 ou 80 condutores. Normalmente, o cabo PATA tem três conectores de 40 pinos. Um conector na extremidade do cabo encaixa-se na placa-mãe. Os outros dois conectores encaixam-se nas unidades. Se várias unidades de disco rígido forem instaladas, a unidade mestre será encaixada no conector da extremidade. A unidade escrava se encaixará no conector do meio.

Uma faixa no cabo de dados denota o pino 1. Conecte o cabo PATA à unidade, com o indicador de pino 1 no cabo, alinhado ao indicador do pino 1 no conector da unidade. O indicador do pino 1 no conector da unidade em geral fica mais próximo ao conector de energia da unidade. Muitas placas-mães têm dois controladores de unidade PATA, que aceitam no máximo quatro unidades PATA.

Cabos de dados SATAO cabo de dados SATA tem um conector de sete pinos. Uma extremidade do cabo é conectada à placa-mãe. A outra extremidade é conectada a qualquer unidade que tenha um conector de dados SATA.

Siga estas etapas para a instalação do cabo de dados:

1. Encaixe a extremidade da placa-mãe do cabo PATA no conetor da placa-mãe. [Figura 1] 2. Encaixe o conector na extremidade do cabo PATA na unidade óptica. [Figura 2] 3. Encaixe uma extremidade do cabo SATA no conector da placa-mãe. [Figura 3] 4. Encaixe a outra extremidade do cabo SATA à unidade de disco rígido. [Figura 4] 5. Encaixe a extremidade da placa-mãe do cabo da unidade de disquete no conector da placa-mãe.

[Figura 5] 6. Encaixe o conector na extremidade do cabo da unidade de disquete na unidade de disquete.

[Figura 6]

COMPUTADOR MONTADO

Agora que todos os componentes internos estão instalados e conectados à placa-mãe e à fonte de energia, os painéis laterais são recolocados no gabinete do computador. A próxima etapa será conectar os cabos de todos os periféricos do computador e o cabo de energia.

após a conclusão desta seção, você estará apto a:

Recolocar os painéis laterais no gabinete.

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Page 35: APOSTILA DE MANUTENÇÃO atual

Conectar os cabos externos ao computador.

Os gabinetes de computador em geral têm dois painéis, um em cada lado. Alguns gabinetes têm uma tampa com três lados que se encaixa sobre a estrutura do gabinete. Depois que a tampa estiver encaixada, verifique se os parafusos estão bem presos. Certos gabinetes usam parafusos que são inseridos com uma chave de fenda. Outros gabinetes têm parafusos do tipo porca que podem ser colocados manualmente.

Se você não tiver certeza sobre como remover ou substituir o gabinete do computador, consulte a documentação ou o site do fabricante para obter mais informações.

CUIDADO: Manuseie as peças do gabinete com cuidado. Há tampas de gabinetes cujas bordas são afiadas ou pontudas.

Depois de recolocar os painéis do gabinete, conecte os cabos externos novamente ao computador. Estas são algumas conexões comuns de cabo externo:

Monitor Teclado Mouse USB Ethernet Energia

Verifique se os cabos estão conectados aos locais corretos no computador. Por exemplo, alguns cabos de mouse e de teclado usam o mesmo tipo de conector PS/2.

CUIDADO: Nunca force os cabos ao conectá-los.

OBSERVAÇÃO: Conecte o cabo de energia depois de ter conectado todos os outros.

Siga estas etapas para a instalação de cabos externos:

1. Conecte o cabo do monitor à porta de vídeo. [Figura 1] 2. Aperte os parafusos do conector para prender o cabo. 3. Conecte o cabo do teclado à porta do teclado PS/2. [Figura 2] 4. Conecte o cabo do mouse à porta do mouse PS/2. [Figura 3] 5. Conecte o cabo USB a uma porta USB. [Figura 4] 6. Conecte o cabo de rede à porta de rede. [Figura 5] 7. Encaixe a antena sem fio no conector da antena. [Figura 6] 8. Conecte o cabo de energia à fonte de energia. [Figura 7]

A Figura 8 mostra todos os cabos externos conectados novamente ao computador.

SOLUÇÕES DE PROBLEMAS

Este capítulo apresenta o processo de manutenção preventiva e de solução de problemas. Manutenção preventiva é a inspeção regular e sistemática, a limpeza e a substituição de peças, materiais e sistemas usados. A manutenção preventiva ajuda a evitar falhas de peças, materiais e sistemas, pois assegura sempre o seu bom funcionamento. A solução de problemas é uma abordagem sistemática para localizar a causa de falhas em um sistema de computador. Um bom programa de manutenção preventiva ajuda a minimizar falhas. Com menos falhas, há menos problemas para solucionar, o que representa economia de tempo e dinheiro para a empresa.

A solução de problemas é uma habilidade aprendida. Nem todos os processos de solução de problemas são iguais, e os técnicos tendem a refinar suas habilidades de acordo com seus conhecimentos e sua experiência pessoal. Siga as diretrizes deste capítulo como ponto de partida para o desenvolvimento de habilidades de solução de problemas. Embora cada situação seja única, o processo descrito neste capítulo o ajudará a determinar as suas ações quando tentar solucionar problemas técnicos para o cliente.

Após a conclusão deste capítulo, você estará apto a:

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Page 36: APOSTILA DE MANUTENÇÃO atual

Explicação da finalidade da manutenção preventiva. Identificação das etapas do processo de solução de problemas.

MANUTENÇÃO DE HARDWARE

A manutenção preventiva serve para reduzir a probabilidade de problemas de hardware ou software, pois verifica periódica e sistematicamente todos os hardwares e softwares para garantir seu funcionamento adequado.

HardwareVerifique a condição de cabos, componentes e periféricos. Limpe os componentes para diminuir a possibilidade de superaquecimento. Repare ou substitua os componentes que demonstram sinais de desgaste ou mau uso. Oriente-se pelas tarefas indicadas na Figura 1 para criar um programa de manutenção de hardware.

Que outras tarefas de manutenção de hardware podem ser incluídas na lista?

SoftwareVerifique se os softwares instalados estão atualizados. Siga as políticas da empresa ao instalar atualizações de segurança, atualizações do sistema operacional e atualizações de programas. Muitas empresas só permitem atualizações depois de amplamente testadas. Esses testes são realizados para confirmar se a atualização não causará problemas ao sistema operacional e ao

software. Oriente-se pelas tarefas indicadas na Figura 2 para criar uma agenda de manutenção de software que atenda às necessidades dos seus equipamentos de computador.

Que outras tarefas de manutenção de software podem ser incluídas na lista?

BenefíciosSeja proativo com a manutenção de equipamentos e a proteção de dados do computador. A execução de rotinas de manutenção pode reduzir possíveis problemas de hardware e software. Esse procedimento minimizará tempos de inatividade do computador e custos de reparo.

O plano de manutenção preventiva é desenvolvido de acordo com as necessidades do equipamento. Um computador exposto a um ambiente empoeirado, como um local de construção, precisará de mais atenção do que um computador instalado em um escritório. Redes de tráfego intenso, como as de uma escola, podem precisar de verificação e remoção adicional de softwares maliciosos e arquivos indesejados. Documente as tarefas de manutenção de rotina a serem realizadas no equipamento de computador e a freqüência em que ocorrem. Essa lista de tarefas poderá ser usada em seguida para criar um programa de manutenção.

A Figura 3 mostra alguns dos benefícios da manutenção preventiva. Você pode sugerir outros benefícios?

SOLUÇÕES DE PROBLEMAS

A solução de problemas requer uma abordagem organizada e lógica dos problemas de computadores e outros componentes. A abordagem lógica da solução de problemas lhe permite eliminar variáveis de forma sistemática. Elaborar as perguntas certas, testar o hardware certo e examinar os dados certos ajudam a entender o problema. Assim você pode formular uma proposta de solução.

A solução de problemas é uma habilidade que você apura com o passar do tempo. Toda vez que você solucionar um problema, a experiência aumentará suas habilidades. Você saberá como e quando combinar (e também ignorar) etapas que conduzem rapidamente a uma solução. O processo de solução de problemas é uma diretriz que pode ser modificada de acordo com as suas necessidades.

Nesta seção, você conhecerá uma abordagem para a solução de problemas que poderá ser aplicada a hardware e software. Muitas das etapas também poderão ser aplicadas à solução de problemas em outras áreas do trabalho.

OBSERVAÇÃO: O termo cliente, usado neste curso, refere-se a qualquer usuário que precise de assistência técnica de computador.

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Page 37: APOSTILA DE MANUTENÇÃO atual

Após a conclusão desta seção, você estará apto a:

Explicação da finalidade da proteção de dados. Coleta de dados do cliente. Verificação dos problemas óbvios. Tentativa de aplicar primeiro soluções rápidas. Coleta de dados do computador. Avaliação do problema e implementação da solução. Encerramento da questão com o cliente.

BACKUP DOS DADOS

Antes de começar a solucionar problemas, tome sempre as precauções necessárias para proteger os dados do computador. Alguns reparos, como a substituição do disco rígido ou a reinstalação do sistema operacional, podem representar um risco para os dados. Faça todo o possível para evitar a perda de dados ao realizar reparos.

CUIDADO: Embora a proteção de dados não seja uma das seis etapas da solução de problemas, é preciso protegê-los antes de iniciar qualquer trabalho no computador do cliente. Se seu trabalho resultar na perda de dados do cliente, você ou a companhia poderão ser responsabilizados.

Backup de dadosBackup é uma cópia dos dados existentes na unidade de disco rígido do computador que é salva em uma mídia como uma unidade de CD, DVD ou fita. Nas empresas, os backups são realizados rotineiramente todo dia, semana ou mês.

Caso você não tenha certeza se o backup foi executado, não realize atividades de solução de problemas até confirmar com o cliente. Esta é uma lista de itens a verificar com o cliente quanto aos backups de dados:

Data do último backup Conteúdo do backup Integridade dos dados do backup Disponibilidade de todas as mídias de backup para restauração de dados

Se o cliente não tiver um backup atual e você não puder criar um, peça ao cliente que assine um formulário de isenção de responsabilidade. O formulário deve conter pelo menos as seguintes informações:

Permissão para você trabalhar no computador sem um backup atual disponível Isenção de sua responsabilidade se os dados forem perdidos ou corrompidos Descrição do trabalho a ser realizado

COLETAR DADOS DO CLIENTE

Durante o processo de solução de problemas, colete o máximo de informações possíveis do cliente. O cliente lhe fornecerá informações básicas sobre o problema. A Figura 1 contém algumas das informações importantes a obter com o cliente.

Etiqueta da conversaAo conversar com o cliente, siga estas diretrizes:

Faça perguntas diretas para coletar informações. Não use jargão do setor ao falar com os clientes. Não menospreze o cliente. Não insulte o cliente. Não acuse o cliente de causar o problema.

Com uma boa comunicação, você poderá obter do cliente as informações mais relevantes sobre o problema.

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Page 38: APOSTILA DE MANUTENÇÃO atual

Perguntas iniciaisAs perguntas iniciais são usadas para obter informações gerais. Elas permitem que o cliente

explique os detalhes do problema com suas próprias palavras. A Figura 2 mostra alguns exemplos de perguntas iniciais.

Perguntas finaisCom base nas informações do cliente, você poderá passar para as perguntas finais. Em geral, as perguntas finais requerem uma resposta "sim" ou "não". O objetivo dessas perguntas é obter informações mais relevantes no menor tempo possível. A Figura 3 mostra alguns exemplos de perguntas finais.

As informações obtidas do cliente devem ser documentadas na ordem de trabalho e no diário de reparos. Anote tudo que possa ser importante para você ou outro técnico. Com freqüência, pequenos detalhes podem ser a chave da solução de um problema difícil ou complicado.

VERIFICAR DEFEITOS OBVIOS

A segunda etapa do processo de solução de problemas é verificar os problemas óbvios. Mesmo que o cliente pense que este é um problema sério, comece com as questões óbvias antes de passar para diagnósticos mais complexos.

Se o problema não for resolvido durante a verificação dos problemas óbvios, será preciso continuar com o processo de solução de problemas. Se você encontrar alguma questão óbvia que solucione o problema, poderá ir para a última etapa e encerrar. Essas etapas servem apenas como uma diretriz para ajudá-lo a solucionar problemas com eficiência.

TENTAR AS SOLUÇÕES RÁPIDAS PRIMEIRO

A próxima etapa do processo de solução de problemas é tentar soluções rápidas. Problemas óbvios e soluções rápidas muitas vezes se sobrepõem e podem ser usados em conjunto para reparar o problema. Documente todas as soluções tentadas. É fundamental registrar informações sobre as soluções experimentadas e usá-las caso o problema tenha que ser escalado para outro técnico.

A Figura 1 identifica algumas soluções rápidas comuns. Se uma solução rápida não resolver o problema, documente os resultados e tente a próxima solução mais provável. Continue esse processo até solucionar o problema ou até esgotar todas as soluções rápidas. Documente a resolução para futura referência, como mostra a Figura 2.

COLETAR OS DADOS NO COMPUTADOR

 A próxima etapa do processo de solução de problemas é coletar dados do computador, como mostra a Figura 1. Você tentou todas as soluções rápidas, mas o problema ainda não foi resolvido. Este é o momento de verificar a descrição do cliente para o problema coletando dados do computador.

Visualizador de eventosQuando ocorrem erros do sistema, do usuário ou do software no computador, o Visualizador de eventos é atualizado com informações sobre os erros. O aplicativo Visualizador de eventos, exibido na Figura 2, registra as seguintes informações sobre o problema:

O problema ocorrido A data e a hora do problema A gravidade do problema A origem do problema O número de ID do evento O usuário conectado quando o problema ocorreu

Embora esse utilitário compile detalhes sobre o erro, você talvez ainda precise pesquisar a solução.

Gerenciador de dispositivosO Gerenciador de dispositivos, como mostra a Figura 3, exibe todos os dispositivos configurados no computador. Qualquer dispositivo cujo funcionamento o sistema operacional julgue incorreto será destacado com um ícone de erro. Esse tipo de erro é indicado com um círculo amarelo e um ponto de

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Page 39: APOSTILA DE MANUTENÇÃO atual

exclamação ("!"). Se o dispositivo estiver desativado, ele será marcado com um círculo vermelho e um "X".

Códigos de bipesCada fabricante de BIOS tem uma seqüência única de bipes para falhas de hardware. Durante a solução de problemas, ligue o computador e ouça. À medida que o sistema executa o POST, a maioria dos computadores emite um bipe para indicar que o sistema está inicializando corretamente. Se houver algum erro, você talvez ouça vários bipes. Documente a seqüência de códigos de bipes e pesquise o código para determinar a falha de hardware específica.

Informações de BIOSSe o computador inicializar e parar após o POST, verifique as configurações do BIOS para determinar onde está o problema. Algum dispositivo pode não ter sido detectado ou configurado corretamente. Consulte o manual da placa-mãe para certificar-se de que as configurações do BIOS estão certas.

Ferramentas de diagnósticoPesquise para determinar qual software está disponível para ajudá-lo a diagnosticar e solucionar problemas. Existem diversos programas para ajudá-lo a solucionar problemas de hardware. Freqüentemente, os fabricantes de hardware do sistema fornecem ferramentas de diagnóstico próprias. Um fabricante de unidade de disco rígido, por exemplo, pode fornecer uma ferramenta para inicializar o computador e diagnosticar problemas com a unidade de disco rígido se ela não inicializar o Windows.

Você conhece alguma ferramenta de terceiros que possa ser usada para solucionar problemas de computador?

AVALIAR PROBLEMA E IMPLANTAR SOLUÇÃO

A próxima etapa do processo de solução de problemas é avaliar o problema e implementar a solução. Avalie o problema e pesquise possíveis soluções. A Figura 1 indica possíveis locais para pesquisa. Divida os problemas maiores em problemas menores que possam ser analisados e resolvidos individualmente. As soluções devem ser priorizadas, a partir da mais fácil e mais rápida de implementar.

Crie uma lista de possíveis soluções e implemente-as uma por vez. Se você implementar uma possível solução e ela não funcionar, reverta-a e tente outra.

CONCLUSÃO DO PROCESSO COM O CLIENTE

Depois de realizar os reparos no computador, encerre o processo de solução de problemas com o cliente. Comunique o problema e a solução ao cliente verbalmente e em toda a documentação. A Figura 1 mostra as etapas a serem seguidas depois que você realizar um reparo e encerrar a questão com o cliente.

Verifique a solução com o cliente. Se o cliente estiver disponível, demonstre como a solução corrigiu o problema do computador. Peça ao cliente para testar a solução e tentar reproduzir o problema. Se o cliente puder verificar que o problema foi resolvido, finalize a documentação referente ao reparo na ordem de trabalho e no seu diário. A documentação deve incluir as seguintes informações:

A descrição do problema As etapas para solucionar o problema Os componentes usados no reparo

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Page 40: APOSTILA DE MANUTENÇÃO atual

SISTEMA OPERACIONAL

O sistema operacional controla quase todas as funções do computador. Neste capítulo, você conhecerá os componentes, as funções e a terminologia referentes aos sistemas operacionais Windows 2000 e Windows XP.

Após a conclusão deste capítulo, você estará apto a:

Explicação da finalidade de um sistema operacional. Descrição e comparação dos sistemas operacionais para incluir finalidades, limitações e

compatibilidades. Determinação do sistema operacional com base nas necessidades do cliente. Instalação de um sistema operacional. Navegação na GUI. Identificar e aplicar técnicas comuns de manutenção preventiva para sistemas operacionais. Solução de problemas de sistemas operacionais.

FUNÇÕES DO SISTEMA OPERACIONAL

Todos os computadores utilizam um sistema operacional para oferecer a interface de interação entre usuários, aplicativos e hardware. O sistema operacional inicializa o computador e gerencia o sistema de arquivos. Praticamente todos os sistemas operacionais modernos operam com mais de um usuário, tarefa ou CPU.

Após a conclusão desta seção, você estará apto a:

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Page 41: APOSTILA DE MANUTENÇÃO atual

Descrição das características dos sistemas operacionais modernos. Explicar conceitos de sistema operacional.

FUNÇÕES

- Controlar o acesso ao hardware- Gerenciar arquivos e pastas- Controlar a interface com o usuário- Gerenciar aplicativos

INTERFACE DE LINHA DE COMANDO

Seja qual for o tamanho e a complexidade do computador e do sistema operacional, todos os sistemas operacionais executam as mesmas quatro funções básicas. Os sistemas operacionais controlam o acesso do hardware, gerenciam arquivos e pastas, oferecem uma interface de usuário e gerenciam aplicativos.

Controlar acesso do hardwareO sistema operacional gerencia a interação entre aplicativos e hardware. Para ter acesso ao hardware e comunicar-se com ele, o sistema operacional instala um driver de dispositivo para cada componente de hardware. O driver de dispositivo é um pequeno programa desenvolvido pelo fabricante e fornecido com o componente de hardware. Primeiramente o dispositivo de hardware é instalado, em seguida é instalado o driver de dispositivo, que permite ao sistema operacional comunicar-se com o componente de hardware.

O processo de atribuição de recursos do sistema e instalação de drivers pode ser realizado com PnP (Plug and Play). O processo PnP foi introduzido no Windows 95 para simplificar a instalação de novos hardwares. Todos os sistemas operacionais modernos são compatíveis com PnP. Com o PnP, o sistema operacional detecta se o hardware é compatível com PnP e instala o driver desse componente. Em seguida, o sistema operacional configura o dispositivo e atualiza o Registro, que é um banco de dados que contém todas as informações sobre o computador.

OBSERVAÇÃO: O Registro contém informações sobre aplicativos, usuários, hardware, configurações de rede e tipos de arquivos.

Gerenciamento de arquivos e pastas O sistema operacional cria uma estrutura de arquivos na unidade de disco rígido para o armazenamento dos dados. Um arquivo é um bloco de dados relacionados que recebe um nome exclusivo e é tratado como uma unidade. Os arquivos de programas e de dados são agrupados em diretórios. Os arquivos e os diretórios são organizados para facilitar a recuperação e o uso. Os diretórios podem conter outros diretórios. Esses diretórios aninhados chamam-se subdiretórios. Em sistemas operacionais Windows, os diretórios são chamados de pastas e os subdiretórios de subpastas.

Interface de usuário O sistema operacional permite que o usuário interaja com o software e o hardware. Existem dois tipos de interfaces de usuário:

CLI (Command Line Interface, interface de linha de comando) – o usuário digita comandos em um prompt, como mostra a Figura 1.

GUI (Graphical User Interface, interface gráfica de usuário) – o usuário interage com menus e ícones, como mostra a Figura 2.

A maioria dos sistemas operacionais, como o Windows 2000 e o Windows XP, inclui os dois tipos de interface.

Gerenciamento de aplicativosO sistema operacional localiza um aplicativo e carrega-o na RAM do computador. Aplicativos são programas de software, como editores de texto, bancos de dados, planilhas, jogos e muitos outros. O sistema operacional garante que cada aplicativo tenha os recursos do sistema adequados.

API (Aplication Programming Interface, interface de programação de aplicativos) é um conjunto de diretrizes usadas pelos programadores para assegurar a compatibilidade do aplicativo em desenvolvimento com um sistema operacional. Estes são dois exemplos de APIs:

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Page 42: APOSTILA DE MANUTENÇÃO atual

OpenGL (Open Graphics Library) – especificação padrão de várias plataformas para elementos gráficos multimídia

DirectX – conjunto de APIs relacionadas a tarefas multimídia do Microsoft Windows

GERENCIAMENTO DE MEMÓRIA

Para entender os recursos de um sistema operacional, é importante conhecer alguns termos básicos. Os seguintes termos são freqüentemente usados para comparações entre sistemas operacionais:

Multiusuário – dois ou mais usuários podem trabalhar com programas e compartilhar dispositivos periféricos, como impressoras, ao mesmo tempo.

Multitarefa – o computador é capaz de executar vários aplicativos simultaneamente. Multiprocessamento – o computador tem duas ou mais CPUs (Central, Processing Units,

unidades de processamento interno) que os programas compartilham. Multiencadeamento (multithread) – um programa pode ser dividido em partes menores que

podem ser carregadas conforme a necessidade do sistema operacional. O multiencadeamento permite que os programas sejam multitarefa.

Quase todos os sistemas operacionais modernos são multiusuário e multitarefa, e capazes de multiprocessamento e multiencadeamento.

Modos de operaçãoHá diversos modos de operação para as CPUs modernas. O modo de operação é a capacidade da CPU e do ambiente operacional. O modo de operação determina como a CPU gerencia os aplicativos e a memória. A Figura 1 mostra um exemplo da alocação lógica de memória. Os quatro modos de operação comuns são: real, protegido, virtual e compatível.

Modo realA CPU que opera em modo real pode executar somente um programa por vez, e utilizar apenas 1 MB de memória do sistema por vez. Embora os processadores modernos tenham o modo real disponível, ele só

é usado pelo DOS e seus aplicativos ou por sistemas operacionais de 16 bits, como o Windows 3.x. No modo real, quando um aplicativo gera um erro, o computador inteiro pode ser afetado, pois o programa tem acesso direto à memória. Isso pode impedir o computador de responder, reiniciar ou desligar devido ao espaço da memória corrompido. A Figura 2 é uma tabela de alguns comandos comuns do DOS que ainda podem ser usados em sistemas operacionais modernos, como o Windows XP.

Modo protegidoA CPU que opera em modo protegido tem acesso à memória inteira do computador, inclusive à memória virtual. A memória virtual é o espaço no disco rígido usado para emular a RAM. Os sistemas operacionais que usam o modo protegido podem gerenciar diversos programas simultaneamente. O modo protegido oferece acesso de 32 bits a memória, drivers e transferências entre dispositivos de I/O (Input and Output, entrada e saída). O modo protegido é usado por sistemas operacionais de 32 bits, como o Windows 2000 ou o Windows XP. No modo protegido, os aplicativos são impedidos de usar a memória reservada para outro aplicativo que esteja em execução.

Modo real virtualA CPU que opera em modo real virtual permite que um aplicativo de modo real seja executado em um sistema operacional de modo protegido. É o que ocorre quando um aplicativo do DOS é executado em um sistema operacional de 32 bits, como o Windows XP.

Modo de compatibilidadeO modo de compatibilidade cria o ambiente de um sistema operacional anterior para os aplicativos que não são compatíveis com o sistema operacional atual. Por exemplo, pode-se desenvolver um aplicativo que verifique a versão do sistema operacional Windows NT e que precise de determinado service pack. O modo de compatibilidade pode criar o ambiente ou versão adequado do sistema operacional para que o aplicativo seja executado como se estivesse no ambiente pretendido.

SISTEMA OPERACIONAL DE REDE E COMPUTADOR

O técnico pode ser solicitado a escolher e instalar um sistema operacional para o cliente. O tipo de sistema operacional selecionado depende das necessidades do cliente em relação ao computador. Há

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dois tipos distintos de sistemas operacionais: os de computador de mesa e os de rede. O sistema operacional de computador de mesa destina-se ao uso em pequenas empresas ou escritórios residenciais (SOHO) com um número limitado de usuários. O sistema operacional de rede (NOS) é desenvolvido para o ambiente empresarial com o objetivo de atender a vários usuários com variadas necessidades.

Após a conclusão desta seção, você estará apto a:

Descrição dos sistemas operacionais de computador de mesa. Descrição dos sistemas operacionais de rede.

SISTEMA OPERACIONAL DO COMPUTADOR

O sistema operacional de computador de mesa tem as seguintes características:

Aceita somente um usuário Executa aplicativos de um único usuário Compartilha arquivos e pastas em uma pequena rede com segurança limitada

No mercado de software atual, os sistemas operacionais de computador de mesa mais usados encaixam-se em três grupos: Microsoft Windows, Apple Mac OS e UNIX/Linux.

Microsoft Windows O Windows é um dos mais conhecidos. Os seguintes produtos são versões dos sistemas operacionais Windows para computadores de mesa:

Windows XP Professional – usado na maioria dos computadores conectados a um servidor Windows na rede

Windows XP Home Edition – usado em computadores domésticos e tem segurança limitada Windows XP Media Center – usado em computadores de lazer para assistir a filmes e ouvir

música Windows XP Tablet PC Edition – usado para tablet PCs Windows XP 64-bit Edition – usado para computadores com processadores de 64 bits Windows 2000 Professional – sistema operacional Windows mais antigo que foi substituído pelo

Windows XP Professional Windows Vista – versão mais recente do Windows

Apple Mac OS Os computadores Apple são patenteados e usam um sistema operacional denominado Mac OS. O Mac OS foi projetado para ser um sistema operacional com GUI fácil de usar. As versões atuais do Mac OS agora baseiam-sem em uma versão personalizada de UNIX.

UNIX/Linux O UNIX, que surgiu no fim da década de 60, é um dos sistemas operacionais mais antigos. Hoje há diversas versões do UNIX. Uma das mais recentes é o conhecidíssimo Linux. O Linux foi desenvolvido por Linus Torvalds em 1991, e é um sistema operacional com código-fonte aberto. Os programas com código-fonte aberto permitem a distribuição e a alteração do código-fonte por qualquer usuário por meio de download gratuito ou de desenvolvedores por um custo inferior ao de outros sistemas operacionais.

SISTEMA OPERACIONAL DE REDE

O sistema operacional de rede tem as seguintes características:

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Page 44: APOSTILA DE MANUTENÇÃO atual

Aceita vários usuários Executa aplicativos de vários usuários É robusto e redundante Oferece segurança superior à de sistemas operacionais de computador de mesa

Estes são os sistemas operacionais de rede mais comuns:

Microsoft Windows – os sistemas operacionais de rede oferecidos pela Microsoft são o Windows 2000 Server e o Windows Server 2003. Os sistemas operacionais Windows Server usam um banco de dados central denominado Active Directory para gerenciar recursos da rede.

Novell Netware – o Novell NetWare foi o primeiro sistema operacional a atender aos requisitos dos sistemas operacionais de rede e a ser amplamente implantado em redes LAN baseadas em PCs na década de 80.

Linux – os sistemas operacionais Linux incluem Red Hat, Caldera, SuSE, Debian e Slackware. UNIX – várias empresas oferecem sistemas operacionais patenteados com base no UNIX.

COMPATIBILIDADE DO SISTEMA OPERACIONAL

O sistema operacional deve ser compatível com todos os aplicativos instalados no computador. Antes de recomendar o sistema operacional ao cliente, verifique os tipos de aplicativos que o cliente utiliza. Se o computador integrar uma rede, o sistema operacional também deverá ser compatível com os sistemas operacionais dos outros computadores da rede. O tipo de rede determina quais sistemas operacionais são compatíveis. As redes do Microsoft Windows podem conter vários computadores com diversas versões de sistemas operacionais da Microsoft. Estas são algumas diretrizes que o ajudarão a determinar o melhor sistema operacional para o cliente:

O computador tem aplicativos novos ou aplicativos personalizados que tenham sido programados especificamente para o cliente? Se o cliente usar um aplicativo personalizado, o programador desse aplicativo especificará qual sistema operacional é compatível. O exterior da caixa da maioria dos aplicativos novos apresenta uma lista dos sistemas operacionais compatíveis.

Os aplicativos são programados para um usuário ou vários usuários? Essas informações o ajudarão a recomendar um sistema operacional de computador de mesa ou de rede. Se o computador estiver conectado a uma rede, recomende a mesma plataforma de sistema operacional dos outros computadores da rede.

Existem arquivos de dados compartilhados com outros computadores, como laptops ou PCs? Para assegurar a compatibilidade de formatos de arquivos, recomende a mesma plataforma de sistema operacional dos outros computadores.

Por exemplo, o seu cliente pode ter uma rede Windows instalada e querer adicionar mais computadores à rede. Nesse caso, recomende um sistema operacional Windows para os novos computadores. Se o cliente não tiver equipamentos de computador, a opção de plataformas de sistema operacional disponíveis é maior. Para recomendar um sistema operacional, será preciso saber se há limitações de orçamento, entender como o computador será usado e determinar quais tipos de aplicativos serão instalados.

REQUISITOS MINIMOS PARA INSTALAÇÃO

Os sistemas operacionais têm requisitos mínimos de hardware que devem ser atendidos para garantir a instalação e o funcionamento adequados. A Figura 1 é uma tabela dos requisitos mínimos de hardware para os sistemas operacionais Windows 2000, Windows XP Pro e Windows XP Home.

Identifique os equipamentos que o cliente tem instalados. Se forem necessárias atualizações de hardware para atender aos requisitos mínimos do sistema operacional, faça uma análise de custo para determinar a melhor ação. Em alguns casos, pode ser menos dispendioso para o cliente adquirir um novo computador do que atualizar o sistema que possui. Em outros casos, pode ser mais econômico atualizar um ou mais dos seguintes componentes:

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RAM Unidade de disco rígido CPU Placa de vídeo 

OBSERVAÇÃO: Há casos em que os requisitos de aplicativo podem ultrapassar os requisitos de hardware do sistema operacional. Para que o aplicativo funcione corretamente, será necessário cumprir os requisitos adicionais.

Depois de determinar os requisitos mínimos de hardware, verifique se todo o hardware do computador é compatível com o sistema operacional selecionado para o cliente.

Lista de compatibilidade de hardwareMuitos sistemas operacionais têm uma HCL (Hardware Compatibility List, lista de compatibilidade de hardware) que pode ser encontrada no site do fabricante, como indica a Figura 2. Essas listas contêm um inventário detalhado de hardware que foi testado e comprovado para o sistema operacional. Se algum hardware do cliente não estiver na lista, esses componentes talvez precisem ser atualizados para corresponder aos componentes da lista HCL.

OBSERVAÇÃO: Uma lista HCL não pode ser atualizada continuamente e, portanto, talvez não seja uma referência abrangente.

ACESSO AO DISCO RIGIDO

A instalação e a primeira inicialização do sistema operacional chama-se configuração do sistema operacional. Embora seja possível instalar um sistema operacional na rede de um servidor ou de uma unidade de disco rígido, o método de instalação mais comum é com CDs e DVDs. Para instalar um

sistema operacional com um CD ou DVD, primeiro configure o BIOS para inicializar o sistema com CD ou DVD.

Particionamento e formataçãoAntes de instalar um sistema operacional em uma unidade de disco rígido, essa unidade deve ser particionada e formatada. Depois de particionada, a unidade de disco rígido é dividida logicamente em uma ou mais áreas. Após a formatação da unidade de disco rígido, as partições são preparadas para conter arquivos e aplicativos. Durante a fase de instalação, a maioria dos sistemas operacionais particiona e formata automaticamente a unidade de disco rígido. O técnico deve entender o processo relacionado à configuração da unidade de disco rígido. Os seguintes termos são usados como referência à configuração da unidade de disco rígido:

Partição primária – esta é normalmente a primeira partição. A partição primária não pode ser subdividida em seções menores. Pode haver até quatro partições por unidade de disco rígido.

Partição ativa - esta é a partição usada pelo sistema operacional para inicializar o computador. Somente uma partição primária pode ser marcada como ativa.

Partição estendida – esta partição normalmente usa o espaço livre restante na unidade de disco rígido ou assume o lugar da partição primária. Pode haver apenas uma partição estendida por unidade de disco rígido, e ela pode ser subdividida em seções menores denominadas unidades lógicas.

Unidade lógica – é uma seção da partição estendida que pode ser usada para separar informações para fins administrativos.

Formatação – este processo prepara o sistema de arquivos em uma partição para armazenar arquivos.

Cluster – é também conhecido como unidade de alocação de arquivo. Trata-se da menor unidade de espaço usada para armazenar dados.

Faixa – é um círculo completo de dados em um dos lados da unidade de disco rígido. Uma faixa divide-se em grupos de 512 bytes chamados setores.

Cilindro – é uma pilha de faixas superpostas que assumem uma forma cilíndrica. Mapeamento de unidade - é o processo de atribuição de uma letra a uma unidade física ou

lógica.

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A reinstalação de um sistema operacional ocorre como se o disco fosse totalmente novo; não existe qualquer tentativa de preservar as informações que estão contidas na unidade de disco rígido. A primeira fase do processo de instalação compreende o particionamento e a formatação da unidade de disco rígido. Esse processo prepara o disco para aceitar o sistema de arquivos. O sistema de arquivos cria a estrutura de diretórios que organiza os arquivos do sistema operacional, dos aplicativos, de configurações e de dados do usuário.

O sistema operacional Windows XP pode usar um destes dois sistemas de arquivos:

FAT32 (File Allocation Table 32-bit, tabela de alocação de arquivos de 32 bits) – sistema de arquivos que pode conter partições de até 2 TB ou 2.048 GB. O sistema de arquivos FAT32 é aceito pelo Windows 9.x, Windows Me, Windows 2000 e Windows XP.

NTFS (New Technology File System, nova tecnologia de sistema de arquivos) – sistema de arquivos que, teoricamente, pode conter partições de até 16 exabytes. O NTFS incorpora mais recursos de segurança e atributos estendidos do que o sistema de arquivos FAT.

A Figura 1 mostra as etapas necessárias para particionar e formatar uma unidade de disco rígido no Windows XP. Clique no botão Iniciar no canto inferior direito para ver as etapas de configuração da unidade de disco rígido.

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