apostila de histÓria do brasil perfeita

Upload: wandemberg-marques

Post on 14-Apr-2018

225 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    1/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 1

    HISTRIA DO BRASIL

    I ANTECEDENTES: O SISTEMA FEUDAL

    O ano de 476 ( sculo V) convencionalmente utilizado para demarcar o fim da Idade Antiga e o incio da Idade Mdia.Naquele ano, aps longa decadncia e sucessivas invases, o Imprio Romano foi destrudo, por tribos germnicas (brbaros)

    As principais CARACTERSTICAS do sistema feudal eram a economia de subsistncia, a sociedade estamental, adescentralizao poltica e a cultura teocntrica.

    O FEUDO Unidade bsica do sistema feudal. Tinha como sede o castelo pertencente ao senhor feudal, era umagrande propriedade agrria formada por terras de cultivo, onde viviam os demais habitantes do feudo.

    A ECONOMIA era de subsistncia, se produzia apenas o necessrio para a sobrevivncia dos habitantes do feudo.No havia praticamente comrcio ou moeda, as trocas eram de um produto por outro.

    O TRABALHO baseava-se no regime de servido. Neste regime no existia trabalho assalariado, os servos eram

    obrigados a prestar servios gratuitos e ceder a maior parte da produo ao senhor feudal, recebendo deste, emcontrapartida, proteo militar.

    A SOCIEDADE era estamental. No existia mobilidade social no sentido ascendente ou descendente.

    A POLTICA era descentralizada. No existia um poder central. O rei era apenas o primeiro entre os pares, ou seja, omais prestigioso dos senhores feudais

    A CULTURA era essencialmente religiosa ou teocntrica. Grande proprietria de terras, a Igreja catlica justificou esantificou as estruturas feudais, exercendo influncia dominante sobre as letras, artes, as cincias e a filosofia.

    II A CRISE DO FEUDALISMO :

    Por volta do sc. X cessaram as invases brbaras. Houve o restabelecimento de uma relativa paz, o que impulsionou ocrescimento demogrfico europeu. O crescimento populacional levou ocupao de reas ainda no utilizadas para oplantio, como florestas e pntanos. Ao mesmo tempo, os senhores feudais ampliaram as obrigaes dos servos, o quelevou muitos destes a abandonar as terras em que viviam ou a serem expulsos delas. Por outro lado, a produo desubsistncia no atendia mais as necessidades alimentares da populao que crescia. Essas populaes famintasformavam bandos de miserveis, que, em grande parte apelavam para o banditismo, o roubo e o saque.Nesta poca, o Oriente Prximo, a frica do Norte e a pennsula Ibrica estavam sob o domnio dos muulmanos, adeptosda religio fundada por Maom, o islamismo. A sada para a crise europia foi organizar expedies militares paracombater os muulmanos (AS CRUZADAS sec. XI); dessa forma, deslocavam para as terras conquistadas osexcedentes populacionais europeus. Uma das principais conseqncias das cruzadas foi a retomada do comrcio entre aEuropa e o Oriente atravs do mar Mediterrneo. O desenvolvimento do comrcio, por sua vez, incentivou o renascimentourbano, ou seja, o ressurgimento dos burgos ou cidades que tambm haviam se despovoado no perodo anterior. Orenascimento comercial e urbano propiciou o surgimento de uma prspera camada de mercadores e artesos que

    trabalhavam nos burgos medievais. Esta nova classe ficou conhecida como burguesia. Para os burgueses interessava osurgimento de um poder poltico forte e centralizado, que protegesse e impulsionasse as atividades comerciais. Era o inciodos tempos Modernos e suas transformaes econmicas (surgia o capitalismo). A esta mudana de uma economia nolucrativa (feudalismo) para uma capitalista, levou o nome de REVOLUO COMERCIAL Este o contexto inicial daformao dos Estados Modernos, que, mediante uma aliana entre burguesia e a realeza, assumem a forma dasMonarquias Nacionais de poder centralizado

    III ESTADOS NACIONAIS OU MONARQUIAS NACIONAIS:

    Muito interessada em ampliar seus negcios e superar as dificuldades para o desenvolvimento do comrcio , a burguesiaemergente busca aliana com o rei, o qual tem por objetivo a centralizao poltica e territorial. Para concretizar estaaliana, a burguesia oferece recursos para a formao do aparelho burocrtico, tais como: funcionrios para administraoe legistas para justificar o poder monrquico, e tambm, recrutamento de forasmilitares e armas de fogo. Assim, os

    monarcas foram impondo sua autoridade sobre a nobreza feudal, unificando territrios e centralizando o poder, originando,a partir do sculo XV, O estado Moderno.

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    2/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 2

    POLTICA ECONMICA MERCANTILISMO Princpios: MONOPLIO ( direito exclusivo de exportao) PROTECIONISMO ALFANDEGRIO ( restries a importao) METALISMO ( acmulo de metais preciosos ) BALANA COMERCIAL FAVORVEL ( vender mais que comprar ) COLONIALISMO

    IV - O FEUDALISMO PORTUGUES

    Em 711, na Alta Idade Mdia, os muulmanos invadiram e conquistaram a maior parte da pennsula Ibrica . A origem dePortugal est ligada a Guerra de Reconquista ( luta pela expulso dos rabes muulmanos da regio). Durante a Guerrade Reconquista formaram-se 4 reinos: LEO, CASTELA, ARAGO E NAVARRA. Da juno de LEO e CASTELA,originou-se o CONDADO PORTUCALENSE. Portanto, a Guerra de Reconquista trouxe a centralizao do poder paraPortugal ( 1139). Surgiu da a Dinastia de BORGONHA.

    V PORTUGAL E A CRISE DO SCULO XIV

    Fome... Peste Negra ... Guerra dos Cem Anos causaram uma crise que devastou o continente. A Grande Fome - Conseqncia do crescimento demogrfico, das ms colheitas e da alta dos preos dos cereais. A Peste Negra - Foi um surto da peste bubnica que dizimou um tero dos europeus. A Guerra dos Cem Anos - Entre Frana X Inglaterra, devastou a agricultura e desarticulou o comrcio no Ocidente

    europeu. O perigo das estradas Rota da Champanhe A opo Rota Martima

    VI PIONEIRISMO PORTUGUES - FATORES

    Posio geogrfica estratgica caminho aberto para o Atlntico. Burguesia vida de lucros Principal agente das grandes navegaes. Paz interna Enquanto parte da Europa se envolvia na Guerra dos Cem Anos. Centralizao monrquica Portugal foi o primeiro Estado centralizado

    Escola de Sagres ... Inveno da Imprensa ... O fascnio pelas ndias

    VII - ETAPAS DA EXPANSO - O PRIPLO AFRICANO

    1415 - Conquista da cidade de CEUTA 1419 - Expedio portuguesa chega ilha da MADEIRA 1431 - Reconhecimento do arquiplago dos AORES 1434 - Gil Eanes ultrapassa o CABO BOJADOR 1488 - Bartolomeu Dias ( Cabo da Boa Esperana ou Cabo das Tormentas ) 1498 - VASCO DA GAMA Chega a Calicute ( ndias ) 1500 Cabral chega ao Brasil

    VIII - CHEGADA DE COLOMBO NA AMRICA ( 1492 )

    Esta situao impediu que a descentralizao poltica, se configurasse em Portugal. Nestesentido, o feudalismo portugus nunca assumiu plenamente as caractersticas dofeudalismo clssico.

    Em 1383, uma crise sucessria dividiu a sociedade portuguesa. De um lado ospartidrios de CASTELA, de outro, a burguesia comercial ( que pretendia mudanas),apoiavam D. Joo, Mestre de Avis BATALHA DE ALJUBARROTA

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    3/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 3

    Enquanto Portugal ampliava seu comrcio nas costas Africana ( Feitorias ), a Espanha lutava para expulsar os Mouros (expulsos em 1492 ).

    1492 - Colombo chega na Amrica( BULA INTERCOETERA - 1493 )

    ( TRATADO DE TORDESILHAS 1494 )

    IX - A CHEGADA AO BRASIL

    Casualidade Calmarias; Corrente Martima Intencionalidade Navegadores experientes; Tratado de Tordesilhas; Clculos precisos

    RELEVANTE contexto scio-econmico-poltico razes do descobrimento est:

    expanso da burguesia portuguesa no apoio da monarquia portuguesa na busca de mercados fora da Europa

    X - O BRASIL PR-COLONIAL ( 1500 - 1530 )

    Perodo de relativo abandono, os portugueses dedicaram-se ao reconhecimento e a explorao do pau-brasil. Portugalestava voltado para o Oriente, o comrcio com as ndias. O Brasil ficou por alguns anos numa posio secundria.

    1501 Expedio Exploradora Gaspar de Lemos Nomeou os acidentes geogrficos ( Cabo de S. Roque, Rio So Francisco, baa de Todos os Santos, So

    Sebastio do Rio de Janeiro).

    1503 Expedio Exploradora Gonalo Coelho Fundou feitorias( postos de armazenagem de madeira e de carregamento dos navios) Devido abundncia da madeira entre o Rio G do Norte e o Rio de Janeiro, Portugal estabeleceu o ESTANCO

    sobre o produto, isto , monoplio sobre a explorao Entre 1502 e 1505, o Brasil foi arrendado para FERNO DE NORONHA, para a explorao ( indiscriminada )do

    pau-brasil - ESCAMBO.

    1516 e de 1526 - Expedies Guarda-Costas Cristvo Jacques

    Causa: Visitas sistemticas de corsrios franceses. No entanto, pouco puderam fazer contra os piratas estrangeiros, em virtude da grande extenso do litoral

    brasileiro.

    XI BRASIL COLONIA ( 1530 1822 )

    A presena de estrangeiros no litoral brasileiro representava uma ameaa a Portugal. O monarca portugus, D. Joo III,

    chegou a reclamar do contrabando francs ao rei Francisco I, da Frana. Este respondeu: Gostaria muito de ver otestamento de Ado e Eva dividindo as terras do Novo Mundo entre Portugal e Espanha. Diante da insistente investida dos piratas, a Coroa viu-se obrigada a ocupar as novas terras, sob pena de perd-las paraoutras naes.

    1530 Expedio Colonizadora Martim Afonso de Souza

    Causas ameaa da pirataria francesa; decadncia do comrcio com as ndias.

    Objetivos combater os franceses, explorar o litoral e colonizar a terra 1532 - Fundao da 1 vila ( So Vicente ) - Depois: Sto. Andre e Sto Amaro

    1534 Capitanias Hereditrias

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    4/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 4

    No dispondo de capital necessrio para a colonizao, D. Joo III resolveu implantar um sistema jexperimentado nas ilhas atlnticas da Madeira, Aores e Cabo Verde. AS CAPITANIAS HEREDITRIAS.

    Sem condies financeiras, D. Joo III tratou de determinar muito mais direitos do que deveres a quem aceitasseparticipar da aventura da colonizao

    ADMINISTRAO Carta de doao e Foral

    Carta de doao cedia terras aos donatrios e o poder jurdico sobre elas; o donatrio tinha a posse hereditria,mas no a propriedade; dava direito de autorizar a pena de morte, escravizar ndios

    Carta Foral ( especificava os detalhes fiscais do sistema):

    receber a redzima ( 1/10 das rendas que iriam para a Coroa ) receber a vintena( 5% da arrecadao do pau-brasil e pesca) cobrar tributos sobre salinas, moendas e engenhos a renda da terra ( donatrio); sub-solo, mato e mar ( coroa)

    O fracasso:

    a falta de recursos e interesse; conflitos com os indgenas falta de terras frteis, distncia da Metrpole criminalidade ( o direito de couto e homizio)

    Prosperaram So Vicente e Pernambuco

    As capitanias possuam alguns traos feudais, na sua estrutura jurdica e poltica, mas na sua base econmica apresentavacaractersticas no-feudais. A economia da colnia era determinada pelo comrcio internacional e o trabalho nunca foipredominantemente servil. A produo voltava-se para a exportao e a mo-de-obra era basicamente escravista eexportadora, nem de longe assemelhando-se economia de subsistncia tpica do feudalismo.

    As demais capitanias ou faliram, ou sequer foram ocupadas por seus donatrios. Por isso a Metrpole criou, em 1548,o Governo Geral, transferindo para este uma parte dos poderes anteriormente pertencentes aos donatrios.

    Com o passar dos anos, as capitanias foram, paulatinamente, retornando ao governo portugus. Em alguns casos, aCoroa comprou-as; em outros, recebeu-as ou porque morriam os donatrios sem deixar herdeiros ou porque as capitaniaseram ocupadas por seus proprietrios.

    As capitanias pertencentes ao Estado chamavam-se capitanias da Coroa, sendo administradas por um governador,nomeado por um rei. Entre elas incluam-se algumas capitanias nocas, criadas nos sculos XVII e XVIII, como as do Gro-Par, Minas Gerais, Gois e Mato Grosso.

    Finalmente, em 1759, a ltima capitania particular ainda existente foi expropriada pelo governo portugus, entochefiado pelo Marqus de Pombal. Ministro do rei D. Jos.

    XII OS GOVERNOS GERAIS 1548

    Diante do fracasso do sistema de capitanias, a metrpole procurou recorrer centralizao do poder. Criou-se oGOVERNO-GERAL, no para acabar com as capitanias, mas para centralizar sua administrao, pois a autonomia dos

    donatrios chocava-se com os interesses do estado portugus. O REGIMENTO

    Assinado em 17/12/1548, este documento estabelecia a criao do Governo-geral no Brasil e continha entre outrasdisposies: O comando e a defesa militar da Colnia ficava a cargo do governador-geral; Os donatrios perderiam os seus poderes judiciais; Estava proibida, de modo geral, a escravido do ndio; O governador geral teria trs auxiliares:

    Ouvidor-Mor Justia Provedor-Mor Cobrana de impostos Capito-Mor Defesa do territrio

    1 TOM DE SOUSA ( 1549 53 ) Trouxe consigo o Regimento A sede do governo-geral foi na Bahia ( Salvador 1 capital da colnia ) Chegaram os primeiros jesutas, liderados por Manuel da Nbrega

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    5/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 5

    Foi criado o 1 bispado no Brasil ( D. Pero Fernandes Sardinha )

    2 DUARTE DA COSTA ( 1553 58 ) Trouxe consigo mais colonos e padres jesutas, entre eles: Jos de Anchieta Em 1554, Nbrega e Anchieta fundaram o Colgio de So Paulo

    Os franceses, que h muitos anos freqentavam o litoral brasileiro fazendo contrabando. Foram os primeirosestrangeiros que tentaram conquistar uma parte da Colnia.Em 1555, invadiram o Rio de Janeiro, liderados porNicolau Durant de Villegaignon, com apoio dos tamoios Confederao dos Tamoios fundaram a FRANAANTRTICA. Nesta colnia se estabeleceram os huguenotes ( assim eram chamados os protestantes naFrana) para fugir s perseguies de que eram vtimas.

    A briga de Duarte da Costa com D. Pero Fernandes Sardinha + a desorganizao do seu governo, acabousendo substitudo por Mem de S.

    A ineficincia de Duarte da Costa obrigou o rei de Portugal a nomear outro Governador

    3 MEM DE S ( 1558 72 ) Mem de S buscou restabelecer o domnio da colnia Formao das primeiras misses jesuticas para reduzir os conflitos entre colonos X jesutas Dissoluo Confederao dos Tamoios Paz de Iperoig (Ubatuba) apoio de Nbrega e Anchieta Fundao da cidade do Rio de Janeiro ( 1565 ) por Estcio de S 1567 Expulso dos franceses do Rio de Janeiro Importao de escravos para suprir mo-de-obra 1572 morte de Mem de S

    AS DIVISES DA COLNIA 1572 a 1578 Objetivos: a) melhorar a fiscalizao do acar; b) preocupao de D. Sebastio, em conquistar o norte Norte D. Lus de Brito de Almeida Salvador ( sede) Sul D. Antonio Salema Rio de Janeiro ( sede )

    A REUNIFICAO Loureno da Veiga (capital: Salvador) Governou de 1578 a 1580

    XIII - O DOMNIO ESPANHOL UNIO IBRICA ( 1580 1640 )

    Em 1578, D. Sebastio, rei de Portugal, morreu lutando contra os rabes Batalha de Alccer-Quibir. Amorte de D. Sebastio, com apenas 24 anos de idade gerou uma grave crise poltica. Isto por que D.

    Depois de criar os governos-gerais, o rei de Portugal resolveu dividir a administrao do Brasil emdois centros: um ao norte e outro ao sul.

    INTRODUO: A anexao de PortugalDesde 1556 a Espanha era governada por Felipe II ( 1556-1598 ), membro de uma das maispoderosas dinastias europias: OS HABSBURGOS ou CASA DUSTRIA, que alm da Espanhatinham o controle do Sacro Imprio Romano Germnico, sediado na ustria, com influncia tambmsobre a Alemanha e a Itlia.Nos tempos do reinado de Felipe II, a explorao das minas de prata da Amrica espanhola haviaatingido o seu apogeu. Com a entrada da prata do Mxico e do Peru, a Espanha se transformara nosculo XVI na mais poderosa nao europia. Isso levou os historiadores a classificarem o sculoXVI c Omo o sculo da preponderncia espanhola. Tendo em mos recursos abundantes, Felipe IIaliou o poderio econmico a uma agressiva poltica internacional, da qual resultou na anexao dePortugal (at ento, reino independente) e a independncia da Holanda ( at ento, possessoes anhola

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    6/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 6

    Sebastio no havia deixado descendente para ocupar o trono portugus. De imediato assumiu a coroaseu tio-av, o cardeal D. Henrique, que j contava com sessenta e seis anos de idade. Dois anos depois,em 1580, o cardeal D. Henrique, morreu. Terminava assim a DINASTIA DE AVIS. Surgia a uma questodinstica. Quem herdaria o trono portugus? Existiam vrios pretendentes ao trono entre eles D. Antonio, que foi proclamado rei. Felipe II (outro

    pretendente) reagiu duramente. Conquistou Portugal pela fora militar e pelo dinheiro com o qualsubornou a classe dominante portuguesa. Por isso, teria dito:Portugal, o herdei, o comprei e oconquistei ( Felipe II )

    Assim, por 60 anos, Portugal e por extenso, seu imprio colonial inclusive o Brasil estiveramsob o domnio dos HABSBURGOS (perodo dos Filipes II, III e IV) (O Sebastianismo X Canudos)

    O JURAMENTO DE TOMAR -1581

    ( Portugal seria governado por um vice-rei indicado por ele, Felipe II, mas os cargos pblicos, no Reino e naspossesses ultramarinas, seriam preenchidos com gente da casa, por portugueses. O interesse maior do monarcano eram as rendas e tenas( * ) de Portugal ou do seu imprio colonial, mas manter a to querida integridade polticada Pennsula Ibrica ).( * ) - Penso com que se remuneram servios.

    Exigncias das Cortes portuguesas a Felipe II ( que aceitou ). Este acordo concedia certaautonomia a Portugal, tais como:1. Comrcio colonial: deveria ser realizado e comandado por navios portugueses.2. No plano administrativo:deveriam ser mantidos funcionrios portugueses3. Leis e costumes: respeitados ; Idioma: portugus4. Existia uma clusula: que impedia as autoridades espanholas a se envolverem nos assuntos

    da Colnia. NO PLANO INTERNACIONAL: MUITAS MUDANAS

    Eram os holandeses que controlavam o transporte, a refinao e a distribuio do acarbrasileiro.

    Os Pases Baixos (hoje Holanda, Blgica e pequena parte da Frana) eram dominados pela

    Espanha, que imps um bloqueio econmico s atividades comerciais da Holanda. Em 1581, proclamaram sua independncia, surgiu a Repblica das Provncias Unidas(Holanda)

    Em 1602, os holandeses criaram a CIA. DAS NDIAS ORIENTAIS, que se apossou de colniasespanholas no Oriente.

    Em 1621, os holandeses fundaram a CIA. DAS NDIAS OCIDENTAIS, que objetivava controlar oacar brasileiro. Sendo responsvel pela ocupao do nordeste.

    A DIVISO DE 1621 Em 1621, foi criado o Estado do Maranho, com as capitanias do Maranho e Gro-Par (Maranho, Par

    e Amazonas atuais). A capital primeiro foi em So Lus e depois em Belm. O restante da Colnia formava o Estado do Brasil (Sede incio: Salvador; depois: Rio de Janeiro).

    OS VICE-REIS Em 1640, surgiu no Brasil o ttulo de vice-rei, por causa da Restaurao Portuguesa, porm, esta

    denominao s foi oficializada em 1720. E foi entregue pela primeira vez ao Marqus deMontalvo, embora o pas no fosse elevado, oficialmente, categoria de vice-reino. At 1714,porm, s para dois governantes foi entregue o ttulo: Marqus de Montalvo e Conde debidos. Desta data at 1808 (chegada da Famlia Real ao Brasil), todos os nossos governadoresgerais(total de 13) receberam, indistintamente, o ttulo de vice-rei.

    AS CMARAS MUNICIPAISA organizao poltico-administrativo do Brasil tinha um carter central, tendo por base o governo-geral. Entretanto,essa administrao centralizada tinha um poder mais formal (terico) do que prtico. Isto porque na prtica o poderestava descentralizado pelas vilas e municpios, ficando em geral nas mos dos grandes proprietrios.Paralelamente formao das primeiras vilas, tambm foi sendo estruturada uma administrao de mbito local, a

    cargo das CMARAS MUNICIPAIS. As Cmaras Municipais eram controladas pelos chamados HOMENSBONS, representados pelos grandes proprietrios de terra, de escravos ou de gado.

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    7/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 7

    Assim, as cmaras municipais constituam poderosos rgos da administrao local, controlados pela aristocraciarural da Colnia. Nessa condio, opunham-se ao centralismo administrativo representado pelos rgos da coroaportuguesa.

    A RESTAURAO PORTUGUESA 1640A Unio Ibrica terminou em 1640, quando o duque de BRAGANA recuperou o governo de Portugal, e ps fim nodomnio espanhol. Ao assumir o trono, recebe o ttulo de D. Joo IV, iniciando assim a DINASTIA DE BRAGANA.Esse episdio da histria portuguesa conhecido como RESTAURAO ou RESTAURAO PORTUGUESA.

    O CONSELHO ULTRAMARINO 1642Atendendo aos interesses da classe dominante colonial, as cmaras municipais assumiram posies autonomistas,passando por cima da autoridade dos funcionrios e delegados do rei. O poder de fato superava o poder terico dacoroa.Essa situao durou at meados do sculo XVII.Terminado o domnio espanhol ( 1640), Portugal retomou com vigor seus cuidados para com a colnia brasileira. Emjulho de 1642, foi criado o CONSELHO ULTRAMARINO. O Conselho Ultramarino tinha como objetivo reduzir opoder e a autoridade das Cmaras Municipais e, em contrapartida, aumentar o poder dos governadores e demaisfuncionrios do rei.O Conselho Ultramarino passou a nomear os juzes que deveriam presidir as cmaras (juzes de fora) dos principais

    municpios, substituindo osjuzes ordinrios, eleitos pelos homens bons . Os prprios vereadores passaram a serdiretamente nomeados pelo rei.

    XIV A ECONOMIA COLONIAL

    A ESCOLHA PELA CANA-DE-ACAR Considerado um bem precioso alcanava preos altssimos para venda A cana adaptava-se bem ao clima e ao solo brasileiro produto conhecido em toda Europa Portugal j tinha experincia do plantio do produto Ilhas de Aores, Madeira e Cabo Verde. Chegava at a constar em testamentos e inventrios, fazendo parte de heranas O acar se tornou o produto-chave da colonizao brasileira

    Monocultura

    SISTEMA DE PRODUO COLONIAL PLANTATION Latifndio

    Escravos

    A FUNO ECONMICA DA COLNIA

    No item Mercantilismo e colonizao so os fundamentos que definem a funo econmica de uma colnia para suametrpole. Isto , a metrpole adquire na colnia as mercadorias nela produzidas, comercializando-as na Europa.Desta forma, a metrpole no precisa importar produtos de outros pasesAssim, a colnia se dedica a produo e a metrpole a comercializao ( atividade mais lucrativa ).

    Resumindo: Domnio da Metrpole sobre a colnia, define-se pelo Monoplio = PACTO COLONIAL A colnia envia matria-prima para a Metrpole, e esta, envia manufaturados para a colnia.

    Porm, a Metrpole no podia arcar com o investimento inicial, nem solucionar os problemas de transporte e

    fretes. Isto porque sua indstria naval e sua marinha estavam em declnio. Estas dificuldades foram sanadasatravs da aliana com os flamengos (ui...afe... que horrrooorrrr!!!), digo: holandeses -, que j distribuam oacar produzido pelos portugueses nas ilhas do Atlntico, desde o sculo XV. Os holandeses interessadosem comercializar o produto forneceram emprstimos financeiros para Portugal para investimento inicial - epassaram a cuidar da distribuio do acar, solucionando o problema bsico da colonizao: o mercado

    Produzir acar no Brasil, esbarrava em vrios problemas. Um deles:o trabalhador. 1) no se podia incentivaimigrao de portugueses e utilizar o trabalho assalariado (porque encarecia ainda mais); 2) Ficava invivel autilizao da populao indgena.Por outro lado, Portugal tinha acesso desde meados do sculo XV, aos mercados fornecedores de mo-de-obraescrava da frica. O problema do trabalhador foi resolvido, com a transferncia de mo-de-obra relativamentebarata para a nova colnia agrcola, sem a qual a colonizao seria invivel.

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    8/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 8

    ATIVIDADES COMPLEMENTARES: * Mandioca (alimento bsico); Pecuria (fora motriz)* Tabaco e Aguardente ( 2 lugar nas exportaes )* Algodo ( produto secundrio roupa para escravo )

    XV AS INVASES ESTRANGEIRAS / EXPANSO TERRITORIAL

    Expulsos do Rio de Janeiro (1567), os franceses passaram a freqentar o litoral nordeste do Brasil, daParaba ao Maranho, ameaando a posse portuguesa sobre a regio. As autoridades portuguesasresolveram ocupar efetivamente a regio. Expedies militares foram enviadas e, partindo da Bahia ePernambuco, atacaram os franceses e os ndios aliados, fundando diversas fortalezas, em torno dasquais surgiram atuais capitais dos estados nordestinos:Paraba: Frutuoso Barbosa e Diogo Flores Valdez, ocuparam a regio onde fundaram entre 1583 e1585, fundaram um forte s margens do rio Paraba (origem da atual Joo Pessoa)Rio Grande do Norte: Manuel Mascarenhas Homem, ocupou a regio onde fundou, em 1598, o Fortedos Reis Magos (origem de Natal).Cear: Martim Soares Moreno ocupou-o entre 1607 e 1610, fundando o forte e a igreja de NossaSenhora do Amparo (origem da cidade de Fortaleza).

    Franceses no Maranho (1612 1615)

    Em 1612, a Frana tentou novamente estabelecer uma colnia no Brasil, escolhendo o litoral doMaranho, liderados por Daniel de La Touche, fundou So Lus (capital do Maranho). Dando a novacolnia o nome de Frana Equinocial.Em 1615, foram expulsos por Alexandre de Moura e Jernimo de Albuquerque.Os franceses, casadoscom ndias, preferiram ficar e fundaram umacolnia querecebeu o nome de GUIANA FRANCESA.Criou-se, ento, a capitania do Marnho, cujo o governo foi entregue a Jernimo de Albuquerque. Aomesmo tempo iniciou-se a explorao do litoral norte, em direo foz do Amazonas. Neste local em1616 , Francisco Castelo Branco, fundou o Forte do Prespio, em torno do qual surgiu a cidade deBelm.

    A invaso holandesa Bahia (1624-15)

    As causas das invases esto ligadas a acontecimentos polticos e econmicos ocorridos na Europadurante a segunda metade do sculo XVI. Entre estes acontecimentos, destacam-se a queda dePortugal sob o domnio da Espanha e o processo de independncia poltica da Holanda (folhas 5 e 6).A invaso: O local escolhido foi Salvador, regio conhecida pelos holandeses e um porto de fcilacesso. Em 09/05/1624 atacaram a capital da colnia, Salvador. A cidade foi saqueada, o GovernadorDiogo de Mendona Furtado foi preso e enviado para Amesterd.A resistncia e expulso: Uma grande parte da populao que havia abandonado a cidade,resolveu resistir ao invasor. Liderados por D. Marcos Teixeira, aliando-se a ele: Senhores de engenho,escravos e ndios. Organizaram-se pequenos grupos de 25 a 40 soldados, iniciando-se uma ativaguerrilha, bloqueando o avano para o interior.As tropas holandesas comeavam a sofrer a falta de alimentos e o abastecimento ficava dia-a-dia maisdifcil. Praticamente bloqueados em Salvador, sem esperanas de apoderar-se da rea produtora deacar, foram desanimando. Enquanto isso, o rei da Espanha (Felipe IV) enviava a Bahia uma esquadrade 13 mil homens. Em 1 de maio de 1625, os holandeses foram expulsos da Bahia.

    A invaso holandesa em Pernambuco ( 1630-1654 )

    Devida ameaa representada aos corsrios e piratas, o governo espanhol determinou quenavios que transportavam ouro e prata da Amrica para a Espanha no viajassem maissozinhos, mas agrupados em grandes frotas, que anualmente se dirigiam Espanha. Umadestas tropas foi aprisionada pelos holandeses, dando-lhes um lucro trs vezes maior do quetodo o capital das Companhias das ndias.

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    9/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 9

    Em FEV/1630, os holandeses atacaram a mais rica capitania da poca, Pernambuco. Olinda foidominada,o governador MATIAS DE ALBUQUERQUE fugiu para o interior do territrio e fundou oARRAIAL DO BOM JESUS, foco de resistncia durante 5 anos.

    Domingos Calabar: passou para o lado holands Com a resistncia portuguesa liquidada o domnio holands cresceu da BAHIA at o MARANHO,

    formando a Nova Holanda Vitoriosos a Cia. das ndias Ocidentais, passou a organizar sua administrao e MAURCIO DE

    NASSAU SIEGEN, tornou-se o primeiro governador holands.

    A administrao de Nassau - Medidas

    Abriu crdito para os Srs. de Engenho para recuperar canaviais e comprar escravos Criou um Conselho de Escabinos em substituio s Cmaras Municipais Tolerncia Religiosa Urbanizao da cidade de Recife Nova Holanda ( caladas, pontes, saneamento) Artistas, mdicos, astrnomos

    Jardim Botnico, Zoolgico, observatrio

    A contradio do domnio holands: A conquista + Estrutura Administrativa + Estrutura Militar = Responsveis pelo DEFICIT Cia das

    ndias Ocidentais Diviso administrativa : Zona Rural domnio luso-brasileiro

    Zona Urbana Maurcia ( funcionrios ) O capital holands estava empregado na zona rural ( emprstimos )

    Some-se a estes fatos: A proibio de catlicos de entrar em Recife Acusao a Nassau de corrupo ( colnia livre ) A reao( Nassau) contra o aumento de impostos

    Nassau deixa o cargo (22/5/1644) volta para Europa

    A Insurreio Pernambucana ( 1645 1654 )

    CAUSAS Com a sada de Nassau Pernambuco foi governado por uma Junta Intolerncia Religiosa ... Cobrana de emprstimos... Confisco

    BATALHAS Monte das Tabocas ( Olinda foi tomada pelos portugueses ) 1 batalha de Guararapes Os holandeses cercados em Recife 2 batalha de Guararapes foram derrotados 1654 os holandeses se renderam na Campina do Taborda

    Conseqncias da expulso Holandesa Arrocho no sistema colonial .... Criao do Conselho Ultramarino Submisso ao capital ingls .... Concorrncia do acar das Antilhas

    Em 1640 ( fim da Unio Ibrica) o rei de Portugal ( D. Joo IV- ex-Duque de Bragana) teve a inteno de recuperar o nordeste brasileiro. S que Portugal no tinha podereconmico, isto porque: A RESTAURAO PORTUGUESA, levou o pas a Guerracontra a Espanha. Este motivo fez com que D. Joo procurasse os holandeses como

    aliados para defender Portugal contra a Espanha, o governo luso fez um acordo comos flamengos, em troca de apoio militar. Reconhecia-se a posse holandesa sobre oNordeste, pelo prazo de 10 anos. A Holanda em meio s disputas internacionaiscontra a Espanha) reforou a explorao do Nordeste. Os impostos sobre o acarforam aumentados e o que era mais grave, passaram a ser cobrados, quem nopagasse teria sua propriedade confiscada.

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    10/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 10

    Decadncia do acar nordestino

    o Atravs da assinatura da PAZ DE HAIA, a Repblica das Provncias Unidas reconheceu oficialmente odomnio portugus sobre o nordeste brasileiro e Angola. Em troca Portugal teve que pagar umaindenizao de 4 milhes de cruzados para a Companhia das ndias Ocidentais, pelos prejuzos causados.

    Alm disso, a coroa portuguesa abriu mo de algumas colnias do extremo oriente (Ceilo, Mlaca eMolucas), ocupadas pela Companhia das ndias Orientais.

    As invases inglesas: As tentativas inglesas de ataque limitaram-se a saques em portos brasileiros e apresamento de carga

    de navios que se dirigiam a Europa

    Edward Fenton ( assaltou o porto de Santos ) Nomes Thomas Cavendish ( saqueou a cidade de Santos )

    James Lancaster ( saqueou (pilhou) a cidade de Recife)

    EXPANSO E OCUPAO TERRITORIAL O gado e o serto nordestino:

    A expanso da atividade pastoril no Nordeste apresentou trs fases distintas: 1. Fase: os animaiseram criados dentro da prpria fazenda de acar, pertencendo o rebanho e a lavoura ao mesmoproprietrio. O gado destinava-se alimentao da populao, particularmente dos escravos, aotransporte e movimentao dos engenhos.

    2. Fase: Iniciou-se com a separao entre as atividades agrcola e pastoril, quando esta comeou aentrar no interior. Embora separadas as atividades, o proprietrio do gado ainda era o senhor deengenho. Nesta fase o gado fornecia o couro principal matria-prima da regio utilizado naconfeco de roupas, calados, telhas e janelas

    3. Fase: As atividades separaram-se, o pastoreio foi para o interior, alcanou o rio S. Francisco e, com

    a descoberta das minas, chegou ao Norte da zona mineradora. Deste modo, a pecuria, serviu de eloentre a economia aucareira e mineradora, fornecendo gado para corte para as minas. Chamado de gado de quintal embrenhava-se nos canaviais antieconmico 1701 - proibio de criar de gado a menos de 10 lguas do litoral

    1. Olinda da para Pernambuco e ParabaZonas de irradiao pecuria

    2. Bahia em direo ao S. Francisco (Rio dos Currais)

    Conquista do litoral norte, do Par e do Amazonas: Os franceses, depois de expulsos do Rio de Janeiro, passaram a ocupar regies desabitadas do litoral

    norte da colnia. Com as ameaas de ocupao, o governo luso-espanhol promoveu expedies paraocupar e defender essas terras ( hoje: Paraba, Rio G. do Norte, Cear e Maranho)

    Data dessa poca a fundao de vrias fortalezas litorneas que mais tarde viriam a ser importantescidades:

    Filipia de Nsa.Sra. das Neves atual Joo Pessoa Forte dos Reis Magos atual Natal ( capital do R.G.Norte) Forte de Nsa. Sra. do Amparo atual Fortaleza (cap. do Cear) Forte do Prespio originou Belm ( atual estado do Par )

    A pecuria serviu para amenizar as disputas entre as classes dominantes, pois umsenhor de engenho falido sempre tinha a possibilidade de se tornar fazendeiro de gado.A pecuria entrou em decadncia com o declnio dos engenhos de acar e das reas de

    minerao.

    AS DROGAS DO SERTO A regio da foz do rio Amazonas era um paraso para oscontrabandistas europeus, o que levou os luso-espanhis a povo-la atravs do forte do Prespio.Como os portugueses haviam perdido o comrcio com as ndias passaram a preencher, pelo menosem parte, esse vazio comercial, as drogas do serto ( cravo-do-maranho, canela, castanha-do-par, cacau, urucum, essncias para perfumes, plantas mdicas, resinas etc....

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    11/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 11

    ENTRADAS Expedies Oficiais Dentro doslimites de Tordesilhas

    Expanso Territorial BANDEIRAS Patrocinada por particulares Alm de Tordesilhas Centro Irradiador: So Vicente Motivo: Fracasso do acar Objetivo: riquezas minerais ultrapassavam os limites

    Tipos ou Ciclos do Bandeirantismo:

    POLO DE IRRADIAO > Capitania de So Vicente. Para entendermos melhor o porqu de So Vicente,

    s lembrarmos que o Nordeste do Brasil instalou um modelo agro-primrio exportador baseado noacar, bem diferente de So Vicente, que possua um litoral pobre e alagadio, cuja economia estavavoltada para a subsistncia e sem condies de sediar a estrutura aucareira .A mais importante fonte de renda era a venda de doce de banana para os espanhis na regio de Iguape.Diante da misria, os vicentinos foram obrigados a copiar os usos e costumes dos indgenas ( incesto,nudez, poligamia...) A alternativa para a sobrevivncia chegou atravs da expanso bandeirante.

    1. Ciclo do Ouro de Lavagem = Prospector Nesta fase no se afastaram do litoral

    Descoberta de ouro de aluvio: So Roque(S.P), Itanham, Iguape, Paranagu,Curitiba e Laguna

    2. Ciclo da Caa ao ndio = Apresador

    Nessa poca (sec. XVII), a Holanda conquistara as principais praas fornecedoras deescravos na frica, anteriormente dominada por Portugal. Por essa razo, o trfico deescravos negros atendia essencialmente o nordeste holands.

    Da a valorizao da mo-de-obra indgena em outras regies Alvo dos bandeirantes : Redues e Misses ( 1 Priplo interno Raposo Tavares

    ultrapassou os limites de Tordesilhas)

    3. Ciclo do Sertanismo de Contrato Causa: Diminuio do ouro de lavagem Os bandeirantes foram contratados para reprimir a resistncia de ndios e negros

    aquilombados ( Domingos Jorge Velho )

    4. Ciclo do Ouro e Diamante No final do sc. XVII decadncia da lavoura canavieira A sada para Portugal foi dar cobertura s bandeiras de metais preciosos Com a descoberta do ouro em Mato Grosso, Minas Gerais e Gois efetivaram-se seu

    povoamento

    O TRATADO DE METHUEN ( 1703 )Portugal adquiria da Inglaterra praticamente todos os produtos manufaturados que consumia. Parapagar estas importaes, os portugueses utilizavam o ouro brasileiro, o qual, assim acabou-seacumulando quase todo na Inglaterra.Este acmulo de ouro gerou uma grande disponibilidade de capitais, permitindo burguesia inglesainvestir na montagem de um parque industria. Deste modo, o ouro do Brasil foi uma das principaiscausas monetrias da Revoluo Industrial inglesa.

    Era o fim do Mercantilismo e incio do capitalismo industrial ( de produo)

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    12/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 12

    O avano para o Sul - Causas:Os primeiros limites estabelecidos entre os territrios espanhis e portugueses na Amrica foram criadosainda antes da descoberta do Brasil, pelo Tratado de Tordesilhas. Em termos aproximados, a linhaimaginria passava por Belm, ao norte, e Laguna, no sul.At a segunda metade do sculo XVII no surgiram problemas fronteirios. Mesmo no incio daquelesculo quando os portugueses ultrapassaram a Linha de Tordesilhas: ocupando o Maranho, e no sul,com as bandeiras de apresamento, no se verificaram quaisquer choques . Isto, alis, era natural, pois osdois povos ibricos estavam sob um nico governo. Nos 60 anos do domnio castelhano Tordesilhasperdeu o sentido, j que todo o territrio pertencia a Madri.A partir de 1650, surgiram os problemas fronteirios. Portugal ultrapassou e ocupou o territrio queteoricamente seria espanhol, o sul.Foi assim que iniciou as lutas fronteirias, que levaram vrios anos at a assinatura dos tratados de

    limites.

    1. Pecuria SulinaO extremo sul ficou muito tempo esquecido pelos portugueses. Regio com imensos campos, a baseeconmica da colonizao foi a pecuria. O negcio principal era o couro ( a carne, a princpio, erainvivel para negcio). Com a descoberta de ouro nas Minas Gerais e o nascimento da indstria docharque ( carne-seca ), acabaram-se os desperdcios. O abastecimento s Minas cavalos muares e ovelhas

    2. Fundao da Colnia do Sacramento ( 1680 )Razo Evitar o contrabando do ouro espanhol, vindo de Potos ( Bolvia)

    Escoamento: pelo rio da Prata at o Atlntico

    Os Tratados de LimitesEm 1580 com a unio das Coroas, Portugal e Espanha foram dominadas por um s rei, na prtica oslimites de Tordesilhas foram suspensos, abolidos. O resultado disso foi espanhis em terras portuguesas eportugueses em terras espanholas.Em 1640, Portugal separou-se da Espanha e as questes fronteirias (na Amrica) voltaram tona.Principais tratados Lisboa, Utrechet, Madri, El Pardo, Santo Ildefonso e Badajs.

    Tratado de Lisboa (1681) A Causa os portugueses fundaram a Colnia do Ssmo. Sacramento ( 1680) com apoio da

    Inglaterra, cujo objetivo era conquistar o prspero comrcio uruguaio. O temor Espanhol que os portugueses controlassem o comrcio da regio e alcanassem

    Potosi.A Espanha resolveu impedir e atacou a colnia do Sacramento ocupando a colnia.

    A corte de Lisboa, com apoio da Inglaterra, pressionou a Espanha que restituiu a Colnia(Tratado de Lisboa 1681)

    Tratado de Utrecht 1713 Portugal X Frana decidia que o rio Oiapoque seria limite entre Brasil e Guiana

    Francesa. 1715 Portugal X Espnha a Espanha devolve a Colnia para Portugal.

    MONES Expedies fluviais com objetivos comerciais. Transportavammercadorias para vrias regies brasileiras, completando a obra dosbandeirantes.

    Trinta anos de quase paz envolveu na regio. Portugal envolveu-se na Guerra de SucessoEspanhola, apoiando o candidato austraco ( Carlos Habsburgo ) ao trono Espanhol.Conseqncia: a Espanha atacou a Colnia do Sacramento

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    13/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 13

    Tratado de Madri ( 1750 ) Destaque Alexandre de Gusmo UTI POSSIDETIS Garantiu a Portugal a demarcao das fronteiras, semelhantes ao Brasil hoje. Portanto: a Colnia do Sacramento ficaria com a Espanha e Portugal receberia, em troca, os Sete

    Povos das Misses

    O Tratado de Madri foi anulado pelo Convnio ( acordo) de EL PARDO 1761 Isto quer dizer:Sacramento continuava de Portugal e 7 Povos das Misses, da Espanha.

    Tratado de Santo Ildefonso ( 1777)

    Este tratado foi prejudicial a Portugal, pois a nao lusa perdia a Colnia do Sacramento e os 7Povos das Misses ( quase todo o territrio atual do Rio G. do Sul). S que as fronteiras noforam demarcadas, ou seja NO ENTROU EM VIGOR.

    Aproveitando-se disso e do fato dos espanhis ocuparem territrios na Amaznia, Portugal invadiue ocupou os 7 Povos das Misses, incorporando-o definitivamente ao Brasil, era a o TRATADODE BADAJS 1801.

    XVI O CICLO DO OURO

    Principais descobertas de ouro

    1674 Ferno Dias Pais ( bandeirante ) procurou esmeralda e encontrou turmalinas ( pedrade pouco valor ).( Expedio que deu incio ao desbravamento do interior da colnia. )

    ltima dcada do sculo XVII encontrado ouro em MINAS GERAIS 1698 descoberto o metal em Ouro Preto 1700 descoberto ouro em Sabar

    Aps meio sculo de lutas, pela disputa do local, nenhum dos lados levou vantagem.A soluo surgiu por via diplomtica: TRATADOS DE LIMITES.

    Quantos aos jesutas ali estabelecidos, poderiam se mudar para o territrio espanhol( Colnia do Sacramento Uruguai). Como os ndios e os padres se recusaram adeixar a regio ( 7 Povos das Misses), foram atacados por um exrcito Luso-Espanhol GUERRA GUARANTICA. Conseqncia desta Guerra Expulsodos jesutas do Brasil(1759) pelo Marqus de Pombal.

    A partir da Segunda metade do sculo XVII, a exportao do acar decaiu, perdendo aconcorrncia para os holandeses nas Antilhas. A colnia empobrecia rapidamente, ecom ela a Metrpole. Como as finanas lusitanas dependiam da explorao colonial,Portugal voltou a se empenhar na descoberta de ouro em terras brasileiras.

    AS DESAVENAS - Com a descoberta do ouro, a vinda de portugueses para a colniaaumentou muito. Os bandeirantes paulistas passaram a se desentender com osforasteiros portugueses ( GUERRA DOS EMBOABAS ). Os interesses lusos terminaram

    por prevalecer, e os paulistas, expulsos procuraram novas reas. Da a descoberta deouro na regio de MATO GROSSO, CUIAB E GOIS Brasil central.

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    14/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 14

    A organizao da explorao de ouro e diamante

    A Coroa publicou o REGIMENTO

    Foram criadas as INTENDNCIAS DAS MINAS, que s prestava contas para o Governo deLisboa. Executava o Regimento e fiscalizava.

    Composio da Intendncia:

    1. SUPERINTENDENTE Superviso Geral dos Trabalhos1. GUARDA MOR Repartia as Jazidas ... Fiscalizava ... Cobrava o quinto

    demarcava o terreno dividido em lotes (DATAS) Entregue aos mineradores por sorteio

    O incio da explorao:Todos mineradores deveriam ser inscritos na Intendncia. A descoberta de uma jazida aurfera devia ser

    obrigatoriamente comunicada. O guarda-mor dirigia-se ao local, ordenando a demarcao do terreno aser explorado.

    A cobrana de impostos: QUINTO 20% do ouro encontrado ( era fcil sonegar ) A FINTA Imposto Adicional ao Quinto Foi extinto devido a sonegao 1725Casas de Fundio Fundir ...quintar ( retirar a parte do rei ) 1735 - Capitao17 gm de ouro por cabea/escravo ( at 1750 ) 1750 - Permanece o Quinto novas exigncias:

    Arrecadao mnima 100 arrobas DERRAMA Conseqncias da Minerao:

    1. Desenvolvimento da agricultura e formao de um mercado interno na colnia ( S.P, sul de M.G.,R.J., vale do Paraba)

    2. Desenvolvimento da pecuria no sul do pas o plo econmico descolou-se do nordeste para osudeste

    3. Transferncia da capital de Salvador para o Rio de Janeiro4. Calcula-se que 800 mil pessoas vieram de Portugal para a zona mineradora5. A procura de escravos negros fez com que aumentasse o preo, estabelecendo um surto no trfico

    negreiro.6. Milhes de escravos vieram da frica. Sendo Recife, Salvador e Rio de Janeiro centros

    receptores.Na base da sociedade estavam os escravos. O trabalho mais duro era o da minerao,especialmente quando o ouro do leito dos rios escasseou e teve de ser buscado nas galeriassubterrneas A explorao do negro levou-os fuga e luta, formando-se centenas de quilombosem Minas, violentamente combatidos pela elite branca

    7. Articulao da regio Mineira com outras reas da Colnia Do Rio de Janeiro ( Bens deConsumo ); Rio G. do Sul ( Gado e Charque ); Regies intermedirias ( Engorda de animas );Nordeste ( Gado para corte) TUDO ISSO PAGO EM OURO

    8. Nascimento de uma sociedade diferenciada ( onde havia mobilidade social ) constituda no s demineradores, mas de negociantes, advogados, padres, fazendeiros artesos, burocratas, militares No por acaso que ocorreu em Minas uma srie de revoltas e conspiraes contra asautoridades coloniais

    9. O Brasil, finalmente, deixara de ser uma colnia ilhada, em que cada capitania estava isolada dasdemais. A ligao econmica entre as vrias regies comeava a lanar germes de uma futuraunidade nacional, cujo centro era a zona mineradora.

    10. Cultura: Barroco / Igrejas Aleijadinho11. O ESGOTAMENTO, gerou:

    Desconfiana de sonegao de impostos Atritos entre Metrpole X Mineradores (Causa: Inconfidncia Mineira)

    Empobrecimento ( surgiram as roas para subsistncia) As cidades desapareceram

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    15/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 15

    A ECONOMIA NOS FINS DO SCULO XVIII

    Com o declnio da minerao na segunda metade do sculo XVIII a agricultura voltou a ocupar um lugar dedestaque ( renascimento da agricultura).

    Vrios acontecimentos internacionais contriburam tambm para esse fenmeno: o crescimento da populao

    mundial, a Revoluo Industrial e a Revoluo Francesa. Com a Independncia dos EUA, a Inglaterra perdeu um importante fornecedor de algodo para sua indstria

    txtil e voltou-se para outros fornecedores, beneficiando o Brasil. Com a Revoluo Francesa, as colnias antilhanas da Frana se rebelaram (Haiti), favorecendo a produo

    aucareira do Brasil. Assim, o renascimento da agricultura, no final do sculo XVIII caracterizou-se pela diversificao da produo

    A CRISE DO SISTEMA COLONIAL

    No final do sculo XVIII e incio do XIX, quase todas as colnias da Amrica separaram-se de suasmetrpoles, obtendo, a independncia. A este processo d-se o nome de CRISE DO SISTEMA COLONIAL.

    Tal crise foi ocasionada por acontecimentos ocorridos em duas reas diferentes: nas metrpoles edentro das colnias

    NAS METRPOLES:A queda do Antigo Regime. Sistema econmico vigente na Europa nos sculos XVI, XVII e XVIII. Tal

    regime inclua: 1) no plano poltico, o absolutismo; 2) no plano econmico, o mercantilismo e o capitalismocomercial; 3) no plano social, uma sociedade estamental, porm, com o surgimento de uma nova classe social - aburguesia - entre elas.

    Atravs de um Estado fortemente centralizado esta sociedade heterognea era mantida equilibrada,devido a poltica mercantilista. Assim, a poltica adotada visava enriquecer o estado para fortalec-lo, o que, pormfortaleceu tambm a burguesia.

    No sculo XVIII, o Antigo Regime entrou em crise devido industrializao (Revoluo Industrial), pois ocapitalismo industrial, com produo em grande escala, no admitia barreiras ao consumo, tais como: o monopliocomercial e o trabalho escravo.

    Por isso a burguesia industrial passou a ver no intervencionismo econmico do Estado no mais umauxilio, mas um entrave ao crescimento da economia, opondo-se assim ao absolutismo e ao mercantilismo.

    Resumindo: a Revoluo Industrial inglesa, que liquidou o mercantilismo. A Revoluo Francesa, iniciou aderrubada do absolutismo. E a Independncia dos Estados Unidos, mostrou o resultado natural da oposio deinteresses entre colnia e metrpole.

    NAS COLNIAS:Estes acontecimentos nas metrpoles, enfraqueceram o sistema colonial. Este enfraquecimento

    praticamente inevitvel, pois, conforme se explora uma colnia, a rea ocupada expande-se, a populao cresce ea produo aumenta, fazendo surgir novas camadas sociais, surgindo assim oposies de interesses entre acolnia e a metrpole, as quais se agravam progressivamente.

    A CRISE DO ANTIGO REGIMEAs ltimas dcadas do sculo XVIII marcada por uma srie de transformaes no mundo ocidental. O ANTIGOREGIME, ou seja, o conjunto de monarquias absolutas, que imperava na Europa, desde o incio do sculo XVI, entrou emcrise.Em diversos pases da Europa e mesmo em certas regies da Amrica nasciam idias e atitudes contrrias aocolonialismo mercantilista.

    Na Europa este sculo marcou um grande movimento cultural denominado ILUMINISMO ( Voltaire, Montesquieu, Diderot,Rosseau ) que condenavam a estrutura absolutista e colonialista. Defendiam a reorganizao a sociedade fundamentadanuma lei bsica, a Constituio.

    O capital acumulado pela burguesia mais inovaes tecnolgicas dos sculos XVII e XVIII, possibilitou osurgimento da REVOLUO INDUSTRIAL, na Inglaterra.

    Em contraposio ao mercantilismo, surgiu na Inglaterra o LIBERALISMO ECONMICO, teoria que pregava ano-interveno do Estado na economia, a livre concorrncia e o fim do Pacto Colonial.

    Portugal sem condies para a industrializao entrou em franca decadncia, isto explica odesmoronamento do sistema colonial.

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    16/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 16

    Algumas destas contradies, existentes desde o incio da colonizao, referiam-se s oposies deinteresses entre: ndios X Colonos; Colonos X Jesutas; Escravos X Senhores.

    A partir do final do sculo XVII, e particularmente durante a minerao, duas outras contradies surgirame agravaram-se, envolvendo:

    1. Consumidores X monoplios metropolitanos;

    2. Classe dominante colonial X Metrpole

    XVII MANIFESTAES CONTRA A METRPOLE

    CAUSAS Com o fim da Unio Ibrica, a coroa portuguesa ampliou o arrocho administrativo etributrio sobre o Brasil. Alguns desses movimentos chegaram a propor a separaopoltica e transformaes sociais.

    REBELIES NATIVISTAS ( no propunham independncia ) Aclamao a Amador Bueno (1641) - SP Rebelio de Beckaman ( 1684 ) MA Guerra dos Emboabas ( 1708 09) MG Guerra dos Mascates ( 1710 14 ) - PE Revolta de Felipe dos Santos ou Vila Rica (1720) MG

    REBELIES SEPARATISTAS ou COLONIAS ( pr-independncia ) Inconfidncia Mineira ( 1789 ) A Conjura do Rio de Janeiro ( 1794 ) A Conjurao Baiana ( 1798 ) A Insurreio Pernambucana ( 1817 )

    NATIVISTAS

    Aclamao a Amador Bueno ( 1641 SP ) - Causas

    1. Algumas famlias espanholas estabelecidas em S. Paulo, desejavam incorporar a Capitaniaaos domnios espanhis de Buenos Aires, com os quais mantinham relaes econmicas,mais do que com Portugal.

    2. A coroa portuguesa reprimia a escravido indgena, mo-de-obra essencial para os paulistas3. 1641 Fim da Unio Ibrica, os paulistas aproveitaram o momento para se desligar de

    Portugal.Aclamaram Amador Bueno como rei de So Paulo. Com a recusa do aclamado, houve o fimdo movimento.

    Revolta de Beckman ( 1684 MA )

    Causa Escassez de mo-de-obra substituda por indgenas, que no Maranho,defrontavam-se com a resistncia dos jesutas

    Soluo Criao da Cia. de Comrcio do Maranho Responsvel pela venda de trigo,azeite, vinho, bacalhau e importao de 10 mil negros.

    A Revolta O no cumprimento do prometido, fez com que comerciantes + proprietriosrurais maranhaenses, liderados por Manuel e Toms Beckeman passaram a lutar pelaextino da Companhia.

    O desfecho Toms partiu para Lisboa para informar os abusos da Companhia, foi preso.Manuel Beckaman foi enforcado.

    A Guerra dos Emboabas ( 1708-09 MG )

    Causas 1. Descobrimento dos paulistas, na regio das Minas2. O fluxo migratrio de aventureiros (Emboabas)3. A defesa da terra pelos paulistas (se julgavam donos)

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    17/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 17

    O Episdio O Capo da Traio

    A Guerra dos Mascates ( 1710-14 PE )

    Causas 1. Est na expulso dos holandeses no sculo XVII2. Luta entre os proprietrios rurais de Olinda

    XComerciantes portugueses de Recife

    O fato Os comerciantes lusitanos passaram a financiar a produo aucareira Olindensecom elevadas taxas de juros e grandes hipotecas.Por outro lado, Recife no tinha fora poltica, isto porque, seus habitantes continuavamdependendo da Cmara de Olinda.Em 1710, os recifenses conseguiram sua emancipao poltica e administrativa. Os olindensesno aceitaram a perda do controle administrativo de Recife, invadiram a cidade.

    A revolta de Vila Rica ou Felipe dos Santos ( 1720 MG ) Causa Criao das Casas de Fundio Revolta Tributao excessiva Conseqncia Felipe dos Santos foi preso enforcado, esquartejado

    1720 - Criao da Capitania de Minas Gerais separada de So Paulo.

    MOVIMENTOS SEPARATISTAS

    Conjurao Mineira ( 1789 1792 )

    Causa remota 1. O Tratado de Methuen desvantajoso para Portugal

    Causas da Inconfidncia Mineira Decadncia da produo do ouro

    Meados do sculo XVIII, Pombal procurou equilibrar a Balana ComerciaPortuguesa e tomou duas medidas:1. Estmulo a manufatura local Isto diminua a dependncia de Portuga

    com a Inglaterra.2. Colocar brasileiros ou portugueses ricos em cargos pblicos Evitar os

    desvios de ouro. Esta medida criou uma PLUTOCRACIA (governo dosricos, que reagiu contra a Coroa portuguesa com a queda de Pombal.

    Administrao Pombalina: Em meados do sculo XVIII, Portugal era um pas atrasado, em relaos grandes potncias europias. Em 1750, Dom Jos I assumiu o trono portugus. Porm, um marcoimportante desta ascenso foi seu ministro Sebastio Jos de Carvalho e Melo (futuro Marqus dePombal 1750-1777). Seu objetivo: reformar a administrao para maior controle da Metrpole.Reformas: 1. Extino do sistema de capitanias hereditrias em 1759 (era o fim do poder dosdonatrios); 2. Reunificao Administrativa ficava abolida a diviso administrativa de 1621, quandoo Brasil ficou dividido em Estado do Maranho e do Brasil, cada qual com seu prprio governador ; 3.a transferncia da capital Salvador para o Rio de Janeiro (1763); 4. a elevao do estado do Brasil categoria de vice-reino (1762), governado por um vice-rei, subordinado ao Conselho Ultramarino(criado em 1642, com o fim da Unio Ibrica); 5. Expulso dos jesutas da metrpole e de todos osseus domnios (acusao: um Estado dentro do Estado); 6. Criou a Cia. Geral do Comrcio doGro-Par e Maranho em1755 (para atuar no norte) e a Cia. Geral do Comrcio de Pernambuco eParaba em 1759 ara atuar no nordeste .

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    18/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 18

    A cobrana do Quinto (atrasado) Lanada a DERRAMA ( seria desencadeado omovimento com a senha: Hoje o dia do batizado.

    A elite discordava do Pacto Colonial A influncia do Iluminismo. As idias de Voltaire, Rosseau, Montesquieu, Diderot Independncia dos E.U.A (1776) e Revoluo Francesa (1789)

    Plano dos Conjurados Criar uma Repblica (em S. Joo Del Rei; uma nova bandeira; Criar uma Universidade em

    Vila Rica; Servio Militar obrigatrio No saiu das salas de reunio Denncia: Cel. Joaquim Silvrio dos Reis (devedor dos cofres reais) A figura de Tiradentes

    Conjura do Rio de Janeiro ( 1794 )

    Causa: Est na frase Os reis so uns tiranos atribuda a 10

    membros da Sociedade Literria do Rio de Janeiro. A denncia Sustentava que membros dessa sociedade preferiam o regime republicano aomonrquico.

    O Implicado Mariano Pereira Fonseca ( futuro marqus de Maric) porque possua umaobra do iluminista Rosseau ( considerado subversivo, na poca.)

    No foi um movimento nem uma Revoluo. Sua importncia histrica reside no temor que aMetrpole tinha das idias liberais.

    Conjurao Baiana ( 1798 1792 )

    Outros nomes: Conjurao dos Alfaiates, Revolta dos Franceses, Conspirao dasArgolinhas, Conjurao dos Barbados e Conspirao dos Bzios.

    Caractersticas :

    Os participantes pertenciam as camadas pobres da populao. Foi um grito dos explorados,dos oprimidos contra a dominao portuguesa.

    Fundamentao: Revoluo Francesa Apoio: Loja Manica Cavaleiros da Luz. Divulgao: manuscritos nos postes, muros, praas pblicas O fim: 08/11/1799 Descobertos foram presos e enforcados

    AS GUERRAS NAPOLE NICASO surgimento do capitalismo industrial na Inglaterra aumentou a competio econmica entre os

    principais pases europeus, justamente no momento em que cresciam as divergncias polticas entreingleses e franceses e entre a Frana revolucionria e as monarquias absolutistas da Europa continental.

    Este conjunto de circunstncia gerou um conflito militar generalizado: AS GUERRAS NAPOLENICAS.Iniciadas na ltima dcada do sculo XVIII e estendendo-se at 1815, estas guerras tiveram

    profundas consequncias para o processo de independncia da Amrica Latina e particularmente do Brasil.Em 1805, na Batalha de Trafalgar, os ingleses destruram a esquadra francesa, invalidando o plano

    de Napoleo de desembarcar um grande exrcito na Inglaterra.O Imperador francs resolveu asfixiar economicamente a Gr-Bretanha, decretando, em 1806, o

    Bloqueio Continental, que proibiu os pases europeus de comerciarem com a Inglaterra.Portugal e Espanha, metrpoles decadentes, encontraram-se num impasse: se aderissem ao

    Bloqueio, a Inglaterra ocuparia suas colnias; se no aderissem, a Frana ocuparia as metrpoles.A corte espanhola acabou-se rendendo a Napoleo, que ocupou militarmente a Espanha. A Corte

    portuguesa, ento chefiada pelo prncipe regente D. Joo ( a rainha, DNA. Maria I, estava louca), noresistiu aos franceses, comandados por Junot, mas tambm, no se rendeu: transferiu-se para o Brasil.

    Estes acontecimentos foram extremamente significativos no processo de independncia do Brasil e

    demais colnias latino-americanas, pois ocasionaram o desaparecimento do monoplio comercial.Nos itens seguintes, faremos uma anlise mais detalhadas da permanncia de D.Joo VI no Brasil

    e das consequncias da advindas.

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    19/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 19

    XVIII A VINDA DA FAMLIA REAL PARA AO BRASIL

    Causas Remotas Na Inglaterra

    Na FranaEm Portugal

    No sc. XVIII, A INGLATERRA substituiu os TEARES MECNICOS movidos vapor por umaindstria txtil. Nesta transformao o algodo tomou o lugar da l.

    Portanto, o monoplio portugus era incompatvel com o desenvolvimento industrial. O

    desaparecimento do monoplio seria o primeiro passo para a independncia do Brasil.

    No sc. XVIII, A FRANA (1789) Queda da Bastilha Fim do Antigo Regime.

    Fases da Revoluo Francesa :1. Das Instituies (1789/92) Declarao dos Direitos do Homem2. Das Antecipaes(1792/94) Perodo da Revoluo Popular3. Das Consolidaes Era Napolenica ( dividida em 3 etapas )

    DIRETRIO, CONSULADO E IMPRIO

    IMPRIO ( 1804/1815) Guerras de Conquistas (objetivos)1. Ampliar o mercado consumidor dos produtos franceses

    2. Fornecer matria-prima para suas fbricas3. Diminuir o poder econmico da Inglaterra no continente Europeu.

    No sc. XVIII ( incio), PORTUGAL SITUAO CRTICA:

    1. De um lado, Napoleo exigindo o fechamento dos portos;2. De outro lado, o Tratado de Methuen (1703), contribuiu para o no desenvolvimento da

    indstria portuguesa e para aliana poltica e militar entre Portugal e Inglaterra.3. Fins de 1807 TRATADO DE FONTAINEBLEAU

    Objetivo Invadir Portugal e dividir suas colniasEm Lisboa ocorreu a notcia que tropas francesas estavam invadindo o norte de Portugal.Houve pnico na corte Fuga para o Brasil

    A VINDA DA FAMLIA REAL/ PERODO JOANINO ( 1808/21 )

    Chegada em Salvador em 28/jan/1808 ABERTURA DOS PORTOS

    Brasil sede da Coroa Portuguesa Fim do Pacto Colonial

    Inicia-se a relao entre a Inglaterra e as vrias reas coloniais, fornecedoras de matriaprima. O Brasil tinha excedente em algodo, s que estava submetido ao monopliocomercial portugus. Isto encarecia o produto e reduzia o poder de consumo.

    Impossibilitado de dominar militarmente a Inglaterra, Napoleo dominouo resto da Europa para enfraquecer a Inglaterra BLOQUEIOCONTINENTAL.

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    20/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 20

    OS TRATADOS DE 1810:

    De Aliana e Amizade e do Tratado de Comrcio e Navegao:

    Ingleses aqui residentes teriam plena liberdade religiosa e seriam julgados, em qualquer caso,por juizes ingleses;

    O governo portugus comprometia-se a abolir gradualmente o trabalho escravo, e ainda,determinava a proibio da Santa Inquisio no Brasil;

    Os produtos ingleses pagariam tarifas alfandegrias de 15%, os portugueses 16% enquantoaos demais naes 24%

    Um porto livre Santa Catarina

    Chegada no Rio de Janeiro ( 07/MAR/1808 )

    POLTICA INTERNA Criao da Imprensa Rgia Academia Real Militar, Biblioteca Pblica, Jardim Botnico, Banco do Brasil, Escola Cirrgica

    (RJ). Errio Rgio e o Conselho da Fazenda Dez/1815 O Brasil era elevado 1a categoria de REINO UNIDO, a Portugal e Algarves. ( o

    Brasil deixava de ser colnia Congresso de Viena )

    POLTICA EXTERNA Ordenou a invaso da Guiana Francesa ( que foi devolvida a Frana em 1817, por de

    terminao do Congresso de Viena). Em 1818, estendeu as fronteiras brasileiras at a rio da Prata ( atual Montevidu). A regio

    anexada passou a chamar-se PROVNCIA CISPLATINA, que em 1825, conquistou suaindependncia e ganhou o nome atual de Uruguai.

    A REVOLUO LIBERAL DO PORTO (1820) E A RECOLONIZAO Com a vinda da Famlia Real para o Brasil, a situao de Portugal tornou-se calamitosa. A regncia portuguesa era manipulada pelo militar ingls WILLIAM BERESFORD (tirano). Agravava-se em Portugal a crise econmica, o descontentamento popular, deficit, fome,

    misria, decadncia do comrcio. Estes fatores, aliados difuso de idias liberais, resultaram na REVOLUO DO PORTO

    Objetivos: Estabelecer um regime Constitucional Liberal A volta de D. Joo para Portugal

    Derrubar a Junta Governativa de BERESFORD PARA O BRASIL Exigiam a recolonizao, em outras palavras, exigiam o retornodo PACTO COLONIAL

    REVOLUO PERNAMBUCANA DE 1817

    Considerada movimento separatista, a Revoluo Pernambucana aconteceu durante a vinda daFamlia Real para o Brasil. Foi o nico movimento que ultrapassou a fase conspirativa, tendo osrevoltosos conseguido ocupar Pernambuco por algum tempo e chegaram a formar um GovernoProvisrio, com 5 membros representando o exrcito, o clero, o comrcio, a magistratura e aagricultura. As foras portuguesas conseguiram reocupar a regio. Os lideres foram presos econdenados morte.

    Os fatores principais foram:1. A Independncia das colnias espanholas da Amrica;2. O domnio portugus do comrcio, cargos pblicos e exrcito;3. O Arepago de Itamb e o Seminrio de Olinda idias libertrias4. Aumento de impostos para manter a Corte no Brasil.

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    21/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 21

    O PROCESSO DE INDEPENDNCIA

    26/ABRIL/1821, A Famlia Real retorna a Portugal e entrega a seu filho D. Pedro a regncia doBrasil.

    Para as Cortes portuguesas, promover a recolonizao do Brasil, tinha que, obrigatoriamente,enfraquecer a autoridade administrativa de D. Pedro aqui no Brasil e fora-lo a regressar aopas natal.

    Para isso, vrios decretos foram criados para anular o poder poltico de D. Pedro. Os brasileiros jamais poderiam permitir a perda da liberdade de comrcio conseguida em 1808

    ( Abertura dos Portos) e a autonomia administrativa consolidada em 1815 ( Reino Unido ). Os brasileiros, resolveram ento, se organizar em torno do prncipe D. Pedro, dando-lhe

    necessrio apoio para que ele desobedecesse s ordens que chegavam de Portugal. Nascia o PARTIDO BRASILEIRO ou PARTIDO DA INDEPENDNCIA, homens de faces

    polticas diferentes (conservadores e liberais), mais unidos contra um inimigo comum: ASCORTES.

    8 mil assinaturas O FICO ( 09/01/1822 )( A presena de D. Pedro no Brasil dificultava as pretenses das Cortes portuguesas deRECOLONIZARo Brasil)

    Maio/1822 - O CUMPRA-SE s vigorariam no Brasil as leis das Cortes portuguesas querecebessem o cumpra-se do regente.

    Maio/1822 recebeu o ttulo de DEFENSOR PERPTUO DO BRASIL.

    Em junho

    convocava uma Assemblia Constituinte e Legislativa 07/set/1822 Proclamao da Independncia(Sendo a independncia do Brasil, em boa parte, fruto da influncia inglesa, implicou emcompromissos econmicos muito fortes com a Inglaterra)

    1/dez/1822 foi aclamado imperador e coroado com o ttulo de D. Pedro I

    XIX O BRASIL IMPRIO ( 1822 1889 )

    O NO RECONHECIMENTO DA INDEPENDNCIA NAS PROVNCIAS Comerciantes portugueses + Governadores + militares controlavam o governo e o comrcio local PAR, MARANHO, PIAU, BAHIA E CISPLATINA

    Estas provncias revoltaram-se contra a independncia e lutaram para manter os laos com Portugal O episdio da Bahia Os portugueses ocuparam Salvador

    Soror Joana Anglica foi assassinada Maria Quitria alistou-se nas tropas brasileiras Batalha de Piraj derrota dos portugueses

    O RECONHECIMENTO DA INDEPENDNCIA 1 pasE.U.A26/maio/1824 Doutrina Monroe: Amrica p/ os americanos 29/ agosto/1825 Portugal mediante indenizao de 2 milhes de libras 1826 Inglaterra mediante a renovao do Tratado de 1810 e o final da escravido

    ASSEMBLIA CONSTITUINTE ( 1823)

    CONSERVADORES Liderados pelos irmos Andrada, pretendiam um governocentralizado, com uma monarquia assessorada por umministrio.

    LIBERAIS defendiam uma monarquia constitucional, descentralizaoadministrativa e autonomia nas provncias.

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    22/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 22

    Convocada antes da independncia, somente em 3/maio/1823 iniciaram-se os trabalhos do projetoconstitucional.

    Lideres da Assemb. Constituinte os irmos Andrada encarregados da redao do projetoconstitucional.

    O projeto tinha 3 caractersticas bsicas: ANTICOLONIALISTA, ANTIABSOLUTISTA E CLASSISTA

    ANTICOLONIALISTA firme oposio aos portugueses. O projeto proibia estrangeiros em cargospblicos.

    ANTIABSOLUTISTA reduzia os poderes do imperador e valorizava e ampliava os poderes dolegislativo

    CLASSISTA o voto seria CENSITRIO, isto , s votariam ou seriam candidatos aqueles quetivessem um determinado nvel de renda:

    Para votar para Deputado um rendimento anual o equivalente a 150 alqueires demandioca.

    Para votar para senador idem... idem... 250 alqueires Para candidatar-se a esses cargos a renda deveria ser de 500 a 1000 alqueires,

    respectivamente. Este projeto ficou conhecido como CONSTITUIO DA MANDIOCA

    PEDRO DISSOLVE A CONSTITUINTE

    Insatisfeito com o projeto constitucional que restringia seus poderes, em 12/11/1823, D. Pedro, dissolveua Assemblia Constituinte.

    Na noite anterior, cercou a Assemblia e prendeu os irmos Andrada ( NOITE DA AGONIA)

    A CONSTITUIO DE 1824 CARACTERSTICAS:

    OUTORGADA ao pas no dia 25/maro/1824; Forma de governo: Monrquico hereditrio, Constitucional e Representativo Quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judicirio e Moderador Este, exercido pelo imperador, que

    tinha poderes para escolher, dissolver a Cmara, nomear e demitir ministros) Voto Censitrio s votava que tivesse uma renda acima de 100 mil reis anuais. Religio oficial do Estado era a catlica.

    A CONFEDERAO DO EQUADOR 1824 PE

    Fechamento da Assemblia Constituinte ( 1823 ); Causas Carta Outorgada;

    No aceitao do Presidente da Provncia indicado por D. Pedro.

    Objetivo Proclamar uma Repblica Federativa que se chamou Confederao do Equador Apoio Cear, Paraba, Rio Grande do Norte e Piau Fundamento Constituio da Colmbia Conseqncias Aboliram o trfico de escravos ( desagrado: latifundirios )

    Violncia entre a opinio pblica X D. Pedro Morte de Frei Caneca A violncia ao movimento evidenciou o absolutismo de D. Pedro, o que

    gerou desprestgio do imperador.

    A INDEPENDNCIA DA PROVNCIA CISPLATINA Incorporada em 1820 ao Brasil, por D. Joo VI Tornou-se independente e, 1828, anexando-se a Argentina D. Pedro declarou Guerra a Argentina Conseqncias Milhares de mortos, empobrecimento do governo, perda do apoio dos grandes

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    23/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 23

    proprietrios a D. Pedro.

    A ABDICAO DE D. PEDRO I (1831) CAUSAS Autoritarismo do Imperador ... Centralizao do poder Fechamento da Assemblia Constituinte ( 1823 ) A desconfiana de favorecimento a comerciantes portugueses Crise econmica gerada pelas guerras Dvida com o exterior queda das exportaes Falncia do Banco do Brasil O assassinato do jornalista Lbero Badar A noite das Garrafadas A formao do Ministrio dos Marqueses 07/abril/1831 D. Pedro I abdicou em favor de seu filho ( tutelado de Jos Bonifcio)

    XX O PERODO REGENCIAL ( 1831 1840 )

    Partido Moderado Trs Grupos Polticos disputavam o Governo Regencial Partido Exaltado

    Partido Restaurador

    PARTIDO MODERADO ( Chimangos ) Defendiam: Poder Centralizado; Governo Monrquico ( No Absolutista); voto censitrio

    Composto : Grandes proprietrios de terras ( S.P, M.G, R.J) Lder : Pe. Diogo Feij

    PARTIDO EXALTADO ( Farroupilha ) Defendiam : Descentralizao de poder ( poder nas provncias )

    Mudana de regime: de Monrquico para RepublicanoFim do Poder ModeradorFim do Senado vitalcio

    Composto : Por profissionais liberais

    PARTIDO RESTAURADOR ( Caramurus ) Defendiam : a volta de D. Pedro I ao governo do Brasil Com a morte de D. Pedro (1834), este grupo perdeu a finalidade

    A EVOLUO DOS PARTIDOS POLTICOS, DESDE O PRIMEIRO AT O SEGUNDO REINADO

    PRIMEIRO REINADO(1822-1831)

    PERODO REGENCIAL(1831-40)

    SEGUNDOREINADO(1840-89)

    Perodo conturbado de nossa histria, caracterizado pelas lutas entre

    RESTAURADORES, EXALTADOS E MODERADOS, assim como pelas rebeliesprovinciais que colocaram em risco a integridade territorial e poltica do pas,encerrou-se 1840, com o golpe da maioridade e o incio do Segundo Reinado.

    PARTIDOBRASILEIRO

    (LIBERAL)

    ALADIREITA

    PARTIDOMODERADO(CONSERVA

    DOR

    PARTIDOREGRESSISTA

    CONSERVADOR

    PARTIDOCONSERVAD

    OR

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    24/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 24

    1834A

    1836

    REGRESSO CONSERVADOR

    (1836-1840)AVANO LIBERAL

    (1831-1836)

    AS REGNCIAS: Trina Provisria de abril a junho/1831

    Composio: Nicolau Vergueiro, Jos Joaquim de Campos e Francisco de Lima e Silva Anistia poltica Reconduo do Ministrio dos Brasileiros ao poder Junho/1831 ( Nova Lei) de Provisria para Permanente

    Trina Permanente de 1831 a 1835 ( Partido Conservador ) Francisco de Lima e Silva, Jos da Costa Carvalho e Joo Braulio Muniz

    Em set/1834, D. Pedro I morria Fim do Partido Restaurador

    O ATO ADICIONAL DE 1834 Chamado de O cdigo da Anarquia representava uma conciliao das elites.

    MUDANAS: A Regncia passou a ser Una; O Rio de Janeiro passou a sede do Imprio com a designao de Municpio

    Neutro; Foram criadas as Assemblias Legislativas nas Provncias; 1834 Realizaram-se eleies para o cargo de regente, sendo eleito o Padre

    Feij A Regncia Una de Diogo Antonio Feij ( 1835-37)

    Provncias mais autnomas X Centralizao do poder Oposio acusa-o de INCAPAZ de por ordem no pas Venceu com pequena margem de voto ( forte oposio ) Doente e com fificuldades Renunciou

    REBELIES Cabanagem ( 1835/40 ) ParFarroupilha (1835/45 ) RS

    MEDIDAS RESTRITIVAS

    Os regentes no poderiam dispor do poder Moderador ( esta medidadefendia o Parlamento de qualquer investida do Executivo).

    Criou-se a GUARDA NACIONAL Criada para reprimir Exaltados eRestauradores. O comando coube ao Ministro da Justia, PADRE FEIJ ( foraparalela ao exrcito. Com esse contingente, os fazendeiros formavam milciasparticulares e aumentou o poder dos latifundirios. A esta a origem do poder doscoronis na Repblica Velha )

    Foi aprovado o CDIGO DE PROCESSO CRIMINAL atribua aosmunicpios ampla autonomia judiciria, os juizes eram eleitos pela populao local(que consagrou o arbtrio dos fazendeiros, pois j controlavam as CmarasMunicipaise tinham a fora daGuarda Nacional O poder descentralizava-se.)

    ALA

    ESQUERDA

    PARTIDOPORTUGUS

    (ABSOLUTISTA

    PARTIDORESTAURADOR(REACIONRIO)

    PARTIDOPROGRESSISTA

    ( LIBERAL )

    PARTIDOLIBERAL

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    25/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 25

    O Regente Interino PEDRO ARAJO LIMA ( Conservador )

    Medidas: 1) anular a descentralizao do pas2) Movimento: Lema REGRESSO ORDEM

    (Pregava a volta da Constituio de 1824 )

    Surgem 2 partidos polticos: LIBERAIS ( antigo progressista ) CONSERVADORES ( antigo regressista )

    Liderados por Pedro de Arajo Lima Criou novo Ministrio

    Ministrio das Capacidades ( que criou a Lei de Interpretaouma investida contra osaspectos liberais do Ato Adicional de 1834 )

    Objetivos limitar a autonomia dos municpios

    promover a centralizao do poder a polcia e a justia ficariam sob o poder central os juizes municipais e delegados seriam nomeados pelo governo

    da capital do imprio

    Em contrapartida Os liberais criaram o CLUBE DA MAIORIDADE Objetivo Antecipao da maioridade de D. Pedro Emenda Constitucional que foi aprovada

    Poltica Monarquia Parlamentarista 2 Partidos: LIBERAL E CONSERVADOR

    Rebelies: Balaiada ( 1838/41 Maranho ) Sabinada( 1837/38 Bahia )

    REBELIES REGENCIAIS:

    A CABANAGEM ( Par 1835-40 )O Par era uma provncia a parte, dominada por portugueses, cuja populao pobre tomou

    conscincia de que a independncia no trouxera transformaes sociais. Com a abdicao de D.Pedro, esse sentimento de frustrao aflorou e as autoridades nomeadas pelo poder regencial foram

    obrigadas a demitir-se devido a presses populares.Na noite de 6/jan/1835, os CABANOS, populao pobre que vivia em cabanas margem dos

    rios revoltaram-se, dominando a capital e executando o presidente da provncia e outras autoridades.Para a chefia do governo foi chamado CLEMENTE MALCHER que declarou que ficaria

    no poder at a maioridade do imperador. Foi acusado de trair os cabanos.Paralelamente, cresceu o prestgio de Francisco Vinagre que executou MALCHER. Porm

    como seu antecessor, declarou-se fiel ao governo imperial.O governo regencial enviou ao Par uma numerosa fora militar comandada por Manoel

    Jorge Rodrigues, que assumiu o poder, em Belm, com o apoio de Pedro Francisco Vinagre. O novopresidente, dominava apenas a capital. No interior, os cabanos reagruparam-se e marcharam sobreBelm, tomando a cidade e proclamando a Repblica, liderados por EDUARDO ANGELIM, tornou-seo 3 presidente rebelde.

    Em abril de 1836, chegou ao Par uma numerosa esquadra, impondo um novo presidente provncia. Aps algum tempo de luta, chegava ao fim um dos mais notveis movimentos populares de

    nossa histria (40 mil mortos indgenas e negros). Teve carter de guerra civil, porm, no foi ummovimento separatista e nem republicano.

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    26/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 26

    XXI O SEGUNDO REINADO ( 1840 1889 ) Causas Regncias em carter provisrio ( at a maioridade do Imperador ) O excesso do poder regencial A descentralizao do poder nas provncias As revoltas nas provncias, ameaavam o poder regencial Ameaa de dividir o pas

    ( Moderados NECESSRIO DETER O CARRO DA REVOLUO

    SABINADA ( Bahia 1837-38 )A Sabinada deve seu nome ao mdico FRANCISCO SABINO DA ROCHA que liderou o

    movimento restrito camada mdia da populao de Salvador.O motivo da rebelio foi a insatisfao com as autoridades nomeadas pelo governo regencial,

    excessivamente centralizadoras e despticas e a defesa da autonomia provincial contra o centralismono extinto pelo Ato Adicional, levando os rebeldes a proclamarem a Repblica Bahiense, em 1837. Arepresso do governo central, entretanto, foi violenta, e a provncia separatista foi reintegrada.

    BALAIADA ( Maranho 1835-1841)Foi um movimento popular. Seus lderes foram Raimundo Gomes, vaqueiro; Manoel

    Francisco dos Anjos, fazedor de cestos chamados balaios; e Cosme, lder negrode escravosforagidos.

    As camadas populares, impulsionadas pelas idias liberais revoltaram-se contra aaristocracia rural local. Os rebeldes chegaram a tomar a cidade de Caxias, no Maranho, e atentar implantar um governo prprio. Entretanto, devido falta de unidade do movimento, os

    revoltosos foram controlados pelas foras do governo central.

    REVOLUO FARROUPILHA ( R.G. do Sul 1835-45 )Ou Guerra dos Farrapos. Seus promotores foram os estancieiros, criadores de gado gacho,

    classe dominante do Rio Grande do Sul, que pretendiam separar-se politicamente do Brasil.Politicamente lutavam os Farroupilhas( Republicanos - favorveis a autonomia para as provncias)Chimangos( P. Moderado representavam a aristocracia rural favorveis monarquia ).

    Uma outra causa foi econmica. O principal produto da regio, o charque, comercializado nomercado interno, foi taxado de forma elevada( pelo governo regencial), o que facilitou a concorrncia docharque do Uruguai e da Argentina, privilegiado por baixas taxas alfandegrias.

    O conflito armado eclodiu em 20/setembro/1835, sob a liderana de BENTO GONALVES. Emfins de 1835, os rebeldes dominaram Porto Alegre um ano mais tarde proclamaram a REPBLICAPIRATINI.

    BENTO GONALVES tornou-se o primeiro presidente, mas foi preso e conduzido Bahia,fugiu em 1837, retornando ao Rio Grande do Sul, onde reassumiu o comando dos farroupilhas.Em 1839 o italiano GIUSEPPE GARIBALDI e DAVI CANABARRO chefiaram expedies

    militares que resultaram na conquista de Santa Catarina, proclamando ali a REPBLICA JULIANA.Em 1840, D. Pedro II assumiu o trono e, com inteno de estabilizar politicamente o pas. O

    acordo s aconteceu em 1845, entre DAVI CANABARRO e CAXIAS. As concesses oficiaissatisfizeram os revoltosos, que foram anistiados. Os soldados e oficiais farroupilhas acabaramincorporados ao exrcito imperial, as terras confiscadas foram devolvidas. Superava-se assim a longaguerra civil, que durara dez anos.

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    27/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 27

    O Golpe da Maioridade Golpe poltico dos liberais durante a Regncia Conservadora de Arajo de Lima. Responsveis pelo golpe: Os irmos Andradas ( Antonio Carlos, Martim Francisco e Jos

    Bonifcio) e os irmos Cavalcantes Julho/1840 Foi dado o Golpe da Maioridade

    O golpe agradou Liberais e Conservadores( latifundirios) A quem interessava:

    a) o fim das revoltas provinciaisb) o fim das lutas polticas

    c) um governo que garantisse a estabilidade no pas

    A poltica INTERNA do Segundo Reinado As ltimas rebelies provinciais foram debeladas: Balaiada e Farroupilha Nomeao do 1 Ministrio ( composto por Liberais ) Ministrio dos irmos.

    Eleies do Cacete

    * no apresentavam diferenas polticasLiberais e Conservadores * defendiam os grandes proprietrios

    * defendiam o voto censitrio* ambos disputavam as eleies da Cmara

    Os liberais foram acusados de fraude. O voto no era secreto ( capangas foravameleitores)

    Diante dos flagrantes indcios de fraude, D. Pedro dissolveu a Cmara e convocou novas eleies.

    Prejudicados em seus interesses, OS LIBERAIS paulistas e mineiros revoltaram-se contra o governo.

    A Revolta Liberal de 1842 Causa

    Dissoluo da Cmara dos Deputados Lder: Pe. Diogo Antonio Feij (ex- regente) Foram derrotados por Lus Alves de Lima e Silva ( Duque de Caxias)

    O Parlamentarismo ( s avessas)

    Em 1847 no Brasil, foi criado o cargo de Presidente de Conselho de Ministros, que tinha asfunes de 1 Ministro, encarregado de organizar o Gabinete do Governo.

    Funcionava deste Modo:a) realizada as eleies, D. Pedro nomeava um destacado poltico do partido vencedor;b) O 1 Ministro formava seu Gabinete de Governoc) Organizado o Gabinete, apresentava a Cmarad) Aprova: passava exercer suas funes de Governo

    Este Ministrio defrontava-se com uma Cmara de maioria Conservadora, que

    impedia o funcionamento do Executivo.Houve a dissoluo da Cmara e convocao de novas eleies, em 1840.

    PARLAMENTARISMOSistema de governo onde o Poder Legislativo tem fora efetiva no comando da nao. NaInglaterra onde surgiu, os cidados elegem os Parlamentares, estes, escolhem o Primeiro-Ministro ( Chefe do Poder Executivo )

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    28/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 28

    e) No caso de no aceitao Cabia a D. Pedro II, titular do Poder Moderador, demitir oGabinete ou Dissolver a Cmara, convocando novas eleies.

    Revoluo Praieira Pe ( 1848-1850 )

    ltima rebelio do II Reinado Recebeu este nome porque a sede dos revoltosos, Dirio Novo, localizava-se a rua da Praia. Causas:

    Os Cavalcantes dominavam 1/3 dos engenhos e a poltica de Pernambuco O comrcio nas mos dos portugueses Explorao econmica e injustia social, em Pernambuco

    O Plano dos Revolucionrios - O MANIFESTO AO MUNDO

    Proclamao da Repblica; abolio da escravatura; nacionalizao do Comrcio; garantia de

    Trabalho; liberdade nas provncias; fim do poder Moderador. Sem recursos militares Fim do ciclo de revoltas

    Situao Econmica do Imprio

    No sculo XIX, dois fatos marcaram a transformao de nossa economia:

    1. DE NATUREZA GEOGRFICA o eixo econmico das velhas regies agrcolas do norte enordeste se deslocaram para as reas do centro-sul.

    2. DECADNCIA da cana-de-acar, algodo e tabaco e o desenvolvimento do caf. O Brasil erapraticamente o nico grande produtor mundial de caf.Surgiram os grandes proprietrios de caf agrupados em dois setores bsicos:

    a) SETOR TRADICIONAL: Situados na Baiaxada Fluminense e no Vale do Paraba A produo dependia da mo-de-obra escrava

    b) SETOR MODERNO: situado ao longo do oeste de S. Paulo ( Ribeiro Preto - trabalhoassalariado imigrante )

    Incentivo a Indstria no Brasil

    Duas medidas importantes colaboraram para incentivar as atividades industriais:1. a extino do trfico negreiro, em 1850, que liberou grande soma de dinheiro, antes destinada

    compra de escravos.2. A Tarifa Alves Branco, que estabelecia:

    a) Os produtos importados pagariam 60% de imposto sobre seu valor, caso no Brasiltivesse similar.

    b) No havendo similar, o artigo importado pagaria 30%.

    Irineu Evangelista de Souza ( o Baro de Mau )

    OS PRIMEIROS IMIGRANTESOs imigrantes chegaram no Brasil entre 1847 e 1857. Esses imigrantes foram contratadosno SISTEMA DE PARCERIA: davam ao proprietrio uma parte de colheita e ficavam comoutra parte. No entanto, eram enganados e muito explorados pelo fazendeiros.Trabalhavam de sol a sol e eram tratados como escravos. A conseqncia foi o completofracasso do sistema de parceria.

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    29/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 29

    Responsvel por vrios empreendimentos no Brasil: Fundou empresas de construo de navio a vapor, de fundio de ferro; Construiu a primeira estrada de ferro ( Guanabara a Petrpolis ) Instalou uma rede telegrfica ( + ou 1000 Km ) principais provncias Instalou um cabo submarino intercontinental ( Brasil / Europa )

    Construiu a Companhia de iluminao a Gs, no Rio de Janeiro.

    * QUESTO CHRISTIE A poltica EXTERNA do Segundo Reinado * QUESTO PLATINA

    * GUERRA DO PARAGUAI

    A QUESTO CHRISTIE

    Duas pequenas questes envolvendo William Christie ( Embaixador Ingls) Conseqncia: Rompimento diplomtico com a Inglaterra. Razes:

    1) o naufrgio (1861) do navio Prncipe de Gales, na costa do Rio Grande do Sul indenizao de 3.200 libras

    2) Priso de 2 oficiais ingleses, no Rio de Janeiro

    D. Pedro II recusou-se em atender as exigncias de Christie Em represlia: 3 navios da marinha brasileira foram aprisionados, pelos ingleses, em nosso litoral. Houve revolta da populao Leopoldo I, rei da Blgica, foi favorvel ao Brasil, cabendo a Inglaterra desculpar-se por ofender a

    nao brasileira. A recusa dos ingleses, levou D. Pedro II a romper relaes diplomticas com a Inglaterra.

    Em 1865, foram reatadas as relaes diplomticas em Uruguaiana. O governo ingls pediudesculpas, preocupado com o crescimento do Paraguai, na Amrica do Sul.

    A QUESTO PLATINA

    reas de fronteiras entre Brasil, Argentina e Paraguai ( REGIO PLATINA ) O Brasil tinha interesse na regio nico caminho para o Mato Grosso Tentava impedir que os Uruguaios atacassem as fazendas gachas Impedir que a Argentina anexasse o Uruguai Para assegurar seus interesses, o Brasil interveio militarmente no Uruguai e Argentina.

    A interveno contra Oribe e Rosas ( 1850-52 )

    Em 1828 o Uruguai se torna uma Repblica. Surgem 2 partidos polticos diferentes:

    BLANCOS (ORIBE) criadores de gado competiam com o R.G. do Sul (mercado) ligados ao ditador argentino (ROSAS)

    COLORADO(RIVERA) Comerciantes de Montevidu Lder: Frutuoso Rivera ligados aos brasileiros

    1828 Primeira eleio no Uruguai Foi eleito:

    As relaes diplomticas entre os dois pases somente foram reatadas em 1865, quandoo governo ingls apresentou desculpas oficiais a D. Pedro II.

  • 7/30/2019 APOSTILA DE HISTRIA DO BRASIL PERFEITA

    30/55

    TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA 30

    Frutuoso Rivera ( Colorado) ligado aos brasileiros

    1834 novas eleies a situao se inverteu Oribe ( Blancos ) foi para o poder uniu-se a Rosas, da Argentina, que

    pretendia anexar o Uruguai

    O Brasil resolveu intervir militarmente na regio platina Aliou-se com Frutuoso Rivera ( Colorado) Na luta contra Oribe, este foi afastado do poder ( 1851) Rosas, da Argentina, entra em ao e apoia Oribe(Blanco Objetivo de Rosas: anexar o Uruguai a Argentina

    Aproveitando-se da ocasio, o Brasil deu apoio as duas provncias queeram comandadas pelo Gal. argentino Urquiza e invadiram a Argentina.

    Conseqncias:1) Oribe, do Uruguai, foi derrotado por Caxias;2) Rosas, da Argentina, foi derrotado por Urquiza, com ajuda de tropas brasileiras;3) Depois da vitria, Urquiza foi conduzido ao poder da Argentina;4) No Uruguai e Argentina os governos foram favorveis aos interesses de brasileiros e

    ingleses5) Foi liberada a navegao comercial

    A luta contra Aguirre (1864-65)

    As fronteiras do Rio Grande do Sul, continuavam ser desrespeitadas O Brasil enviou um emissrio a Montevidu para solucionar o caso O presidente do Uruguai, ATANSIO AGUIRRE, no deu ateno ao pedido. O governo brasileiro declarou guerra ao Uruguai e, novamente, procurou aliar-se ao

    Partido Colorado, agora liderado por VENNCIO FLORES. Em 1865, com auxlio das tropas brasileiras, VENNCIO FLORES derrotou AGUIRRE e

    assumiu o governo do Uruguai. A situao se agravou, AGUIRRE tinha um forte aliado: FRANCISCO SOLANO LOPES, do

    Paraguai. A Guerra do Paraguai ( 1865-1870)

    1 Presidente: JOS GASPAR DE FRANCIA ( 1811-40) 1811: tornou-se independente O Paraguai um pas continental Nao auto-suficiente que sobrevivia sem recorrer a capital estrangeiro O Paraguai era

    uma exceo na Amrica Latina. Francia foi sucedido por ANTONIO CALOS LOPES, que:

    Incentivou a criao de indstrias Aperfeioamento das comunicaes Contratou tcnicos estrangeiros Adquiriu mquinas, navios...

    Em 1862, Solano Lopes ( seu filho), tornou-se Presidente:

    Da unio entre Oribe e Rosas nasceu uma linha poltica que contrariava osinteresses do Brasil na regio.

    No entanto, duas provncias argentinas, ENTRE RIOS e CORRIENTES,or anizaram uma revolta contra Rosas.

    A luta poltica entre BLANCOS e COLORADOS continuou intensa ao longo da

    dcada de 1850. Fazendeiros do Brasil permaneceram brigando violentamente comuruguaios pertencentes aos BLANCOS.

    Para o Brasil, o episdio que deu incio ao conflito foi o aprisionamento pelo governoparaguaio, em novembro de 1864, do navio brasileiro MARQU S DE OLINDA, que

    navegava prxim