apostila de guitarra

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Page 1: Apostila de Guitarra

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Page 2: Apostila de Guitarra

ÍndiceÍNDICE..........................................................................................................................................................................2

HISTÓRIA DA GUITARRA.......................................................................................................................................3

CONHECENDO SUA GUITARRA............................................................................................................................6

TEORIA BÁSICA INTRODUTÓRIA......................................................................................................................10

INTERVALOS............................................................................................................................................................13

FORMAÇÃO DE ACORDES....................................................................................................................................19

LEI DE FORMAÇÃO DE ACORDES MAIS COMUNS.......................................................................................22

ESTUDO DOS ACORDES E CAMPO HARMÔNICO.........................................................................................23

AFINAÇÃO NA GUITARRA....................................................................................................................................27

TEORIA MUSICAL...................................................................................................................................................31

COMO LER TABLATURAS....................................................................................................................................36

POSTURA NA GUITARRA......................................................................................................................................46

ESCALAS....................................................................................................................................................................50

ARPEJOS, HARMÔNICOS, TAPPING E HARMONIZAÇÃO...........................................................................67

APRENDA A SOLAR................................................................................................................................................72

DEDOS MAIS ÁGEIS................................................................................................................................................77

EXERCÍCIOS DE MÃO E PUNHOS........................................................................................................................80

IMPROVISAÇÃO........................................................................................................................................................81

CROMATISMOS.........................................................................................................................................................82

SIMBOLOGIA E ACORDES.....................................................................................................................................86

TIPOS DE ACORDES...............................................................................................................................................104

ENCORDAMENTO...................................................................................................................................................116

TOM E CAMPO HARMÔNICO..............................................................................................................................119

PROGRESSÃO HARMÔNICA................................................................................................................................123

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Page 3: Apostila de Guitarra

COMO TROCAR DE ACORDES............................................................................................................................127

GLOSSÁRIO DOS TERMOS MAIS UTILIZADOS.............................................................................................128

A MELHOR MANEIRA DE CIFRAR....................................................................................................................132

A IMPORTÂNCIA DO METRÔNOMO.................................................................................................................134

ESCOLHENDO SUA GUITARRA..........................................................................................................................135

AJUSTANDO SEU INSTRUMENTO......................................................................................................................136

CONCLUSÃO.............................................................................................................................................................142

História da Guitarra

A guitarra estabeleceu-se durante o século 20 como o mais popular instrumento do mundo. Por ser adaptável, portátil, atrativa e versátil, tem sido usada em um ilimitado número de estilos. É um dos mais práticos instrumentos de corda, para se tocar tanto solos quanto ritmo. O som da guitarra pode ser ouvido em todos os países de todos os continentes, com uma inigualável diversidade.

Depois de mais de 150 anos, ela mudou radicalmente. De um pequeno instrumento com um som delicado, baixo volume, é agora rica em timbres e dinâmica. Alguns desenhos de guitarra, tem se tornado verdadeiros ícones, e ela tornou-se hoje um elemento essencial para a música. Originada na família dos instrumentos de cordas antigos, as primeiras guitarras, apareceram na Itália e na Espanha durante a Renascenssa, e daí espalhou-se gradativamente pela Europa. A Espanha é o berço da guitarra clássica moderna, que emergiu durante o século 19. Neste período ocorreu também o desenvolvimento das cordas de aço, e o aparecimentos de guitarras flat-top e das archtop na América do Norte. Os modelos elétricos foram lançados em 1930 como resultado de experimentos com a amplificação de instrumentos. Durante o século 20 ocorre a popularização da guitarra em todo o mundo, e que coincide com o desenvolvimento das técnicas de gravação.

Hoje a guitarra é usada em uma grande variedade de formas e estilos de composição, aparecendo desde a música Barroca, passando pelo Jazz, Blues e até o Rock'n Roll. Certos gêneros musicais tem uma associação imediata com a guitarra, em particular o flamenco, o country, o blues, o pop e o rock.

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Nos últimos 70 anos, a guitarra tornou-se o mais popular instrumento para solos e acompanhamentos, tanto para artistas solos, ou para banda.

No início do século 16, apareceu em um livro uma descrição, que seria para um instrumento chamado vihuela. Os compositores escreviam peças para serem executadas diante da Corte Real e dos membros da Aristocracia. Neste tempo, em muitos países da Europa, a guitarra era usada por músicos profissionais. Era também tocada como fundo para as apresentações teatrais.

Durante o século 18, o uso frequente do piano e de outros instrumentos de teclas afetaram a popularidade da guitarra. Entretanto, com o desenvolvimento de técnicas, e o surgimento de uma nova geração de virtuosos, levaram ao ressurgimento da guitarra (fim do século 18 e início do 19). O uso de cordas únicas, ao invés de pares de cordas, facilitou a execução, e artistas como Dionisio Aguado, Mauro Giuliani e Fernando Sor produziram músicas repletas de virtuosismo.

Durante o século 19, a guitarra tornou-se mais popular, com vários métodos de execução, e com um grande repertório. Francisco Tarrega foi uma figura chave tanto como executor como professor. Neste tempo, novos instrumentos foram desenvolvidos por Antonio de Torres, que levaram a guitarra a um novo nível. Tarrega influenciou uma escola de artistas que fundaram a música clássica como conhecemos hoje. A música Flamenca da Espanha, ganhou destaque durante este século. Na América a guitarra tinha um importante lugar tanto na tradição clássica quanto no folk. E na América do Norte, o blues, começou a desenvolver-se nos estados sulinos.

No século 20, Andres Segovia, Ramón Montoya e Robert Johnson foram quem ajudou a estabelecer a força do instrumento nos mais diversos estilos musicais. A guitarra também faz parte da música country, popular nos anos 30. Também começou a substituir o banjo no Jazz.

A guitarra foi um dos primeiros instrumentos a se adaptar com sucesso a amplificação. A guitarra elétrica foi pioneira no jazz, pelas mãos de Charlie Christian nos anos 30. Depois da 2.ª guerra mundial, o interesse pela guitarra aumentou, e uma nova geração de virtuosos apareceu. No anos 50 e 60, a guitarra começou a tornar-se moda em todo o mundo, em vários campos da música.

A diversidade de estilos, requer uma grande diversidade de técnicas de execução para a guitarra. As guitarra para música clássica e flamenco, usam cordas de nylon e são tocadas com o dedos, enquanto que as guitarra que usam cordas de aço são normalmente tocadas com palhetas. Guitarra elétricas tem uma técnica muito extensa de mão direita e mão esquerda.

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Hoje estima-se que exista mais de 50 milhões de guitarristas no mundo. Devido a grande número de possibilidades, a ao grande número de guitarristas, as técnicas de guitarra são muito pessoais, e são diversos os artistas que lançam seus métodos.

Vale lembrar que a história da guitarra se confunde com a própria história do Rock N' Roll, porque no mesmo tempo em que inventaram a distorção( efeito de pedal composto por um gerador que transforma o sinal emitido pelo instrumento, saturando-o antes que seja amplificado) o rock foi criado e a guitarra se tornou popular porque foi o instrumento que melhor se encaixava nas amplificações.

Quem nunca dedilhou uma guitarra imaginária? Foi este fascínio que gerou tantos admiradores e estrelas da guitarra como Jimi Hendrix o maior de todos.A guitarra é relativamente o instrumento mais recente que existe no Planeta Terra e sua história ainda está sendo construída.

Charlie Christian jamais teria acreditado se alguém lhe falasse em 1939 que meio século depois já teríamos á disposição guitarras sintetizadas a sistemas MIDI, que transmitem o sinal do instrumento através de um raio de luz infra vermelha ou até que haveria vários efeitos para a guitarra feito apenas por um pedal que possui centenas desses efeitos.

Ao longo de sua evolução, durante mais de meio século de existência, a guitarra elétrica assumiu significados tão diversos quanto ás possibilidades musicais abertas por esse único instrumento que pode valer por vários outros.A guitarra no começo foi apenas um instrumento acompanhante como qualquer outro, mas já no começo se tornou o instrumento principal no Jazz e no Blues e além disso se tornou o estandarte maior do Rock N' Roll.

A origem da guitarra vem de por volta de 1920, o violão já era extremamente popular nos Estados Unidos, principalmente em músicos negros e bandas de Jazz, onde apresentava apenas o ritmo das músicas que nem dava muita diferença na música pois a amplificação da época era tão ruim que ficava atrás das barulhentas turbas. Foi assim que surgiu novas idéias para a amplificação de guitarras. Assim surgiu a descoberta do captador magnético feito por Beauchamp que foi um sucesso, pois ele foi o primeiro a pensar em amplificar a partir da freqüência das vibrações das cordas. Essa invenção foi um sucesso e mostrando o poder de amplificação que se podia ter da guitarra.

Logo após que a a Spanish foi lançada no mercado uma outra empresa - a Rowe-De Armond Company - começou a produção de guitarras com

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captadores em escala industrial. Essa guitarra foi a Gibson ES-150 que foi a primeira guitarra colocada a disposição de qualquer pessoa. Ela tinha um formato muito inovador para época e ainda possuía um potente captador acoplado ao tampo por intermédio de parafusos e molas, que permitia regular a sua distância em relação ás cordas.

A guitarra teve algumas outras evoluções depois com a invenção da Gibson Les Paul que é a melhor guitarra que existe até hoje, a alavanca que faz conseguir vários outros sons da guitarra e a Fender Stratocaster feita por Leo Fender que a guitarra preferida por vários guitarristas de hoje pois ela é o modelo mais leve e simples que existe até hoje.

Capítulo 1 – CONHECENDO SUA GUITARRA

No primeiro capítulo desta Apostila, iremos abordar as partes da guitarra uma a uma. Iremos descrever suas funções e passar algumas dicas fundamentais. Abaixo podemos ver uma ilustração de uma guitarra elétrica com as partes que descreveremos.

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Corpo BraçoCaptadores ou Pick-Ups Headstock ou MãoPonte ou Cavalete TarraxasChave seletora de Captador Capotraste ou PestanaPotenciômetros Escala ou EspelhoEscudo TrastesSaída ou Output Casas

* Braço

É composto basicamente pelo espelho, onde estão os trastes, as casas e a pestana, e o braço, onde estão as tarraxas.

Mão ou Headstock

É a extremidade do braço. Neste local estão as tarraxas e uma das extremidades das cordas.

Tarraxas

São as peças localizadas no headstock que servem para afinar as cordas. Elas são seis, sendo uma para cada corda. Conforme você girá-las, a corda ficará mais apertada, o que mudará o seu som. É indispensável que seu instrumento esteja bem afinado antes de tocar.

Pestana ou Capotraste

Esta peça não está exatamente na escala, mas sim no local de separação entre o headstock e a escala. Nela ficam apoiadas as cordas, e ela pode ser "substituída" com o uso dos dedos ou de instrumentos apropriados para tal.

Espelho ou Escala

É a parte da frente do braço, onde estão presos os trastes e onde o músico toca ao pressionar as casas. É uma parte fina que varia de cor conforme sua guitarra e que possui marcas, geralmente algumas bolinhas brancas, nas casas de número 3, 5, 7, 9, 12 (geralmente duas marcas), 15, 17, 19 e 21. Note que estas algumas dessas marcas podem não estar presentes em algumas guitarras, mas a maioria possui, e istoé algo que ajuda bastante na localização das casas.

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Trastes

São as barrinhas de metal que se localizam em toda a escala. Elas separam as casas e é muito importante que elas estejam bem colocadas para uma boa afinação da guitarra. Com o tempo você pode trocá-las, caso fiquem desgastadas, fora do local certo, etc.

Casas

As casas são os espaços localizados entre os trastes, que são pressionadas durante toda a música. A variação do local que for pressionado, fará mudar o som, variando os acordes. Uma observação é que as casas diminuem do headstock até o corpo da guitarra, e o som torna-se mais agudo.

* Corpo É o local onde está a maior parte dos componentes de uma guitarra, como os captadores, a ponte, os pontenciometros, entre outros. Veja abaixo uma explicação sobre cada um deles.

Captadores ou Pick-ups

Os captadores são elementos fundamentais de uma guitarra. São eles que captam o som das cordas e o levam até a saída da guitarra. Os captadores possuem seis pólos magnéticos, um para cada corda. São mais precisamente eles que captam o som das cordas. O número de captadores varia em cada guitarra, podendo ter um, dois, três, que podem ser usados simultaneamente ou separados. Para isso usa-se a chave seletora. Os captadores variam o seu som conforme sua proximidade do cavalete, isto é, quando mais próximo do cavalete, mais agudo será seu timbre.

Existem dois tipos de captadores:

Single-coil Captador mais simples, apresenta apenas uma bobina, que tem um timbre mais "estalado", porém com bastante ruído.

Humbuckers Captador com duas bobinas, que tem um timbre mais "apagado", mas com menos ruído.

Ponte ou Cavalete

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É a parte em que ficam presas as uma das extremidades das cordas. Existem dois tipos de pontes, móveis e fixas. Veja abaixo como elas são.

Fixas São como as de violão, servindo apenas para prender uma das extremidades das cordas.

Móveis Possuem molas presas na parte de trás do corpo da guitarra. Este tipo de ponte pode ser movido com o uso de uma alavanca que faz com que a guitarra fique desafinada e depois volte ao normal. Algumas possuem o recurso de microafinação, que consiste em alguns parafusos que ao serem movidos mudam a afinação muito mais sutilmente que as tarraxas.

Chave seletora de captador

Como o nome diz, serve para que você selecione qual captador de sua guitarra será usado ou não. Ela exite apenas em guitarra com dois ou mais captadores, logicamente. Ela pode ser de três ou cinco posições.

Três posições Usa-se com guitarras que possuem dois captadores. Ao colocar a chave para baixo, funciona o captador próximo a ponte, ao colocar para cima funciona o captador próximo ao braço, e ao deixar no meio, funcionam os dois captadores.

Cinco posições É usada com guitarras que possuem três captadores. Seguindo de baixo para cima, a primeira posição faz funcionar o captador próximo a ponte. A segunda posição aciona o captador próximo a ponte e o do meio. A terceira posição aciona apenas o captador do meio. A quarta faz funcionar o captador do meio e o próximo ao braço. E por fim, a quinta posição faz funcionar apenas o captador próximo ao braço.

Potenciômetros

São dispositivos usados para controlar o volume e o tone da guitarra. Para isso usa-se botões localizados no corpo da guitarra, sendo geralmente dois ou quatro botões. São conhecidos como Knobs.

Escudo

Como o nome diz, o escudo serve de proteção para a guitarra contra choques, arranhões, etc.

Saída ou Output

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É o local onde se encaixa o fio que liga a guitarra ao amplificador. Recebe o som dos captadores e o transforma em energia elétrica, para transportá-lo até o amplificador.

Capítulo 2– TEORIA BÁSICA INTRODUTÓRIA

Você que esta começando a tocar agora, é muito importante a leitura deste capítulo. O primeiro tópico que gostaria de mencionar é sobre a escala musical, é por ela que conhecemos a seqüência de notas, vamos à elas:

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Sí

Outro assunto importante é saber que notas são as cordas soltas da guitarra.

1 2 3 4 5 6Mí Sí Sol Ré Lá Mí

Como você notou, nós temos duas cordas Mí, sendo a primeira a mais fina conhecida popularmente como "Mízinha", e obviamente, a sexta e a corda mais grossa conhecida vulgarmente hehe, como "Mízona".

Cifras

As cifras são letras que correspondem as notas, tornando assim ler notas, uma linguagem universal, qualquer livro de música as notas aparecem em forma de cifras, vamos à elas:

A: LáB: SíC: DóD: RéE: MíF: FáG: Sol

Notas

Outro aspecto importantíssimo na guitarra, mas que muitos professores não dão o devido valor, é você saber a nota que você está tocando,

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aparentemente parece bem difícil, é difícil, mas existem algumas maneiras de tornar esse estudo um pouco menos complicado. Nós vamos usar um processo matemático para aprender a ver as notas do braço, muitas pessoas "decoram" as notas, o quê torna o processo mais chato e lento, nós vamos vê-las.

Primeiro vamos explicar o quê quer dizer 1 ton e ½ ton. 1 ton: ande 2 casas no braço, ex: você esta na primeira casa de qualquer corda você andando 1 ton vai para a terceira, ½ ton: ande 1 casa no braço, ex: você esta na primeira casa, andando ½ ton vai para a segunda casa. Existe uma pequena regra muito fácil para achar as notas (já em cifras).

C/DD/EF/GG/AA/B

Você andará 1 ton (2casas). Note que as notas estão na seqüência da escala musical, isso porque sempre depois do "C" vem o "D" e assim por diante. E das notas:

B/CE/F

Você andará ½ ton (1 casa). Agora é só você decorar esta regrinha pensando: de "B" para "C" e do "E" para "F", ande uma casa o resto eu ando 2 casas! Pronto agora você esta pronto para começar a achar todas as notas do braço.

Ex:

Estamos na sexta corda "E"Qual seria a nota seguinte ao "E" na escala musical? F

Quantas casas você andaria do E para F? ½ ton ou uma casa, portanto na primeira casa da nota E é a nota F.

Depois da nota F que nota temos na escala musical?? Nota G

A nota F está na primeira casa da corda E, quantas casas você andaria de F para G?

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É só consultar a tabela

1 ton, ou 2 casas, portanto casa 3 da corda E é a nota G

Agora pratique em todas as cordas achando todas as notas. Olhando a escala musical você perceberá que ela é formada por 7 notas, mas na verdade existem 12 notas, para acharmos estas outras notas temos que aprender sobre o "Sustenido"; que é representado por este símbolo # , e o "Bemol" que é representado por este símbolo b. Como você percebeu existem notas que para chegar na nota seguinte você tem que andar ½ ton e outras 1 ton, nestas notas que você andou 1 ton o que seria a casa do meio?? É ai que entra o "Sustenido" e o "Bemol"!!

Sustenido está uma casa à frente da nota e o Bemol uma casa atras Por exemplo:

Vimos no exemplo para achar notas, que da nota F para G você teria que andar 1 ton certo? E que a nota G esta na casa 3 da corda E.

Que nota seria na casa 2? Seria F# ou Gb, não importa como você escreve, as duas formas são a mesma coisa Então aqui vai a lista de notas que existem:

C-C# ou (Db)-D-D# ou (Eb)-E-F-F# ou (Gb)-G-G# ou (Ab)-A-A# ou (Bb)-B.

É importante lembrar que não existe - B# ou Cb nem E# ou Fb, porque B# e a nota C e, E# é a nota F Talvez você esteja se perguntando, se: F# e Gb são a mesma nota porque não existe só o # ou so o b?

Para "Partituras" e "Cifras" essas duas nominações são importantes porque torna a leitura musical mais rápida e a escrita menos poluida; vou dar um exemplo pratico!

Imagine que você vai tocar com um pessoal que você nunca viu na vida, uma música mais ou menos conhecida por você, e é claro alguém da banda escreveu em cifras a música para você, e terá que ser tocada quase que simultaneamente, e imaginemos uma seqüência F/A#/Gb , não seria melhor escrever F# do que Gb??

Capítulo 3–INTERVALOS

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Para construir e entender um acorde é preciso entender sobre "intervalos". Mais o que seria isso? "INTERVALOS" são a relação que as notas tem entre si, seria uma maneira de definir que uma nota seria das outras, uma maneira de criar um "parentesco" entre elas.

Mas antes de falar-mos diretamente sobre o intervalo musical, iremos tomar como exemplo algumas coisas do nosso cotidiano para uma melhor ilustração.Quase todos os dias nos deparando com medidas (distância, peso); um exemplo: para medir-mos o comprimento de qualquer coisa usamos o metro .O metro, ou esse sistema de medidas, pode ser usado para medir a distância entre dois pontos. Na música também há um sistema de medidas, se é que podemos chamá-lo assim. Mas, ao invés deste sistema medir a distância física entre dois pontos, ele mede a distância sonora entre duas notas musicais. Esse sistema chama-se intervalo musical.

Para entender-mos a escala, os acordes e tudo o que há na música, é essencial o estudo dos intervalos. Mas o que é intervalo ? A definição mais comum é que intervalo é a diferença sonora entre duas notas . Para ilustrar melhor, vamos pegar um exemplo prático:

C --- D

Existe entre as notas C e D um intervalo de 1(um) tom . Se as notas fossem C e C# o intervalo seria de 1/2(meio) tom .

Se você tiver a mão um instrumento, que não seja de percussão, e tocar a nota C e em seguida a nota D, você irá sentir o som que elas proporcionam . Você irá notar que ao tocar a nota D seguida da nota C o som foi mais para o agudo. Da até uma impressão de que o som subiu um pouco, foi mais para frente, se assim fosse possível visualizar aS notas musicais. Dessa maneira fica um pouco mais fácil entender como pode ser medida a distância entre duas notas.

Mas o intervalo não é apenas isso . Para ir um pouco mais fundo eu pergunto à você, o que é a música ? Um pouco difícil de definir, mas para o nosso propósito, podemos definir música como sendo a arte de expressar sentimentos através de sons, ou notas musicais.

Dizemos que na música existem dois tipos básicos de expressão: tensão e relaxamento . Tensão seria aquele tipo de música que você escuta e fica tenso agitado, ex: Heavy Metal, alguns Jazz e Fusion são bem tensos, repare também nas músicas utilizadas em trilhas sonoras de filmes, principalmente filmes de terror, catástrofes, etc. Como relaxante podemos tomar como

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exemplo a música erudita (porém nem todas, algumas são tensas) e músicas bem calmas, aquelas que você (que não é roqueiro) põem para dormir .

Para nos expressar em um desses tipos básicos, precisamos conhecer o intervalo de cada nota em relação a outra, e sentir-mos o som que ele proporciona .

Quando você escuta ou faz um solo, na verdade você esta tocando uma seqüência de intervalos, se não fosse assim, você não iria produzir som algum que não fosse apenas o som da primeira nota tocada.

Exemplos de intervalos e seus tipos de som

Intervalos tensos

O intervalo entre a primeira de um escala e sua quarta aumentada:

C e F# .

O intervalo entre a primeira de uma escala e sua sétima maior:

C e B .

Intervalos relaxantes

O intervalo entre a primeira de uma escala e a sua Quarta

C e F

O intervalo entre a primeira de uma escala e a sua Sexta

C e A

Para saber-mos qual é o intervalo entre duas notas, temos sempre que tomar como referência a primeira nota tocada . Após isso iremos ver onde se encontra a outra nota dentro da escala maior da primeira . Um exemplo :

O intervalo entre as notas C e E .

A primeira nota tocada é a nota C, portanto vamos procurar a nota E dentro da escala de C maior para saber-mos o intervalo correspondente entre as duas .A escala de C é a seguinte : C D E F G A B C

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Para isso vamos contar a partir da nota C até a nota E (conta-se inclusive a nota C) . O número que achamos foi 3, portanto dizemos que entre a nota C e a nota E existe um intervalo de terça. Esse intervalo irá proporcionar uma sensação sonora que é típica e exclusiva do intervalo de terça e que nenhum outro intervalo poderá reproduzir.

Portanto cada intervalo têm a sua identidade própria, não importando o tom em que estamos tocando . Uma mesma música pode ser tocada em tons diversos, e nem por isso ela perderá suas características .

Agora que temos uma pequena noção do intervalo musical, podemos compreender como se formam as escalas. Iremos tratar em particular da escala maior, por ser esta a principal escala e mãe de todas as outras .

Mas chega de explicação e vamos exemplificar mais os intervalos:

Temos os seguintes intervalos:

SegundaTerça Quarta Quinta SextaSétima Oitava

Para você entender bem vamos a um exemplo, vamos achar os intervalos da nota "A" é só contar, seguindo a escala musical, a nota A no caso, mais o número do intervalo, a segunda de A seria B e assim por diante, veja a lista completa abaixo:

Nota: "A"Segunda: B *Terça: C*Quarta: D*Quinta: E*Sexta: FSétima: GOitava: A (sempre a oitava é ela mesmo)

Alguns intervalos terão mais afinidade com a tônica do que outros, olhando acima você verá um asterisco nos intervalos de terça/quarta/quinta/sexta,

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esses intervalos têm uma relação perfeita com a "tônica", experimente tocar junto a nota "A" com a "C" e assim por diante, você perceberá que elas têm uma sonoridade, elas se combinam, enquanto que os intervalos de segunda e sétima não se relacionam com a tônica, note que são as notas, posterior e a anterior, então para tornar a explicação mais clara, as notas próximas à tônica não se relacionam com ela.

Vamos ver agora um exemplo pratico de como os acordes são formados. Temos aqui o acorde de C maior, no modelo sem pestana, vamos ver quais notas fazem parte do acorde:

CEGCE

A Segunda nota do acorde é a nota E

O QUE "E" SERIA DE "C" EM INTERVALOS? LEMBRE SEMPRE DE CONTAR A PARTIR DA TÔNICA!

C-D-E(1-2-3)

É A TERÇA DE C! E TEMOS A NOTA G QUE É QUINTA DE CC É OITAVA DE C E O RESTO É UMA REPETIÇÃO.

Sempre ao ver que notas fazem parte de um acorde, associe com os intervalos, isso torna a compreensão deles muito mais fácil e clara, e todos os acordes maiores e menores se formam como no exemplo acima.

Regras

Porque o acorde é maior ou menor? Qual seria a diferença entre eles? Existe um intervalo que define se o acorde é maior ou menor, é o intervalo de "terça". Nós temos dois tipos de terça:

Maior/menor.

A terça maior está sempre 4 casas a frente da tônica, enquanto a terça menor esta sempre 3 casas a frente da tônica. A regra é simples e matematica, quando você estiver tocando um C maior, a terça é a nota E, se você contar a partir da nota C (que é a tônica do acorde) 4 casas você cairá na nota E, portanto a terça menor de C é Eb ou D#.

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Isso explica por exemplo a pouca diferença que existe entre o modelo de acorde menor/maior com pestana da corda E ou A, perceba que a diferença de um para o outro é de uma nota, exatamente a "terça".

Nós vimos em intervalos que existem certos intervalos que se relacionam muito bem com a tônica e outros, mais especificamente o de segunda e de sétima, que não se relacionam muito bem com a tônica, mas isso não quer dizer que esses intervalos não são usados na formação de acordes! Veja o exemplo deste acorde: Am7.(A MENOR COM SÉTIMA)

Vamos analisar o acorde vendo que notas fazem parte dele:

Am7:E (quinta de A)G (sétima de A)C (terça de A)E (quinta)

Neste acorde nós temos uma "sétima". Mas a sétima não se relaciona com a tônica, então como acorde soa tão bem? A nota G não se relaciona com o A, mas o que G seria de E que também faz parte do acorde? Seria "terça" de E! Então a conclusão e que todos os intervalos poderão ser usados desde que dentro do acorde tenha uma nota que se relaciona com ela, se pensarmos bem a probabilidade de em um acorde não ter uma nota que se relaciona com qualquer outra e praticamente nula, nós temos uma infinidade de opções, e você vai ouvir falar bastante em acordes com sétima e nona.

Portanto todos os intervalos são usados na formação de acordes, é só você achar uma relação com outra nota que está formado o acorde.Tríades

Um acorde é formado, caracterizado, basicamente por sua triade, como a palavra já diz, tríade são as três primeiras notas do acorde, e com essas três notas que você caracteriza o acorde, sendo as outras notas uma repetição delas mesmas. Veja abaixo algumas construções básicas de tríades.

MAIOR:

T/3/5 EX:C/E/G

MENOR:

T/3b/5 EX:C/Eb/G

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Page 18: Apostila de Guitarra

AUMENTADA

T/3/5# EX:C/E/G#

DIMINUTA

T/3b/5b EX:C/Eb/Gb.

Conclusão

Intervalo então é a distância entre duas notas. Se você toca uma nota após a outra, temos um Intervalo Melódico; se você toca duas notas diferentes ao mesmo tempo, o intervalo é Harmônico; e se você toca duas notas idênticas ao mesmo tempo, o intervalo é chamado de “Uníssono”.

Os intervalos são:

Nome DistânciaUníssono Nenhuma2ª Menor 1/2 tom2ª Maior 1 tom3ª Menor 1 1/2 tom3ª Maior 2 tons4ª Perfeita 2 1/2 tons4ª Aumentada ou 5ª Diminuta (Tritone)3 tons5ª Perfeita 3 1/2 tons6ª Menor 4 tons6ª Maior 4 1/2 tons7ª Menor 5 tons7ª Maior 5 1/2 tonsOitava 6 tons

Exemplos:

- De A (5º traste da 6ª corda) a A (corda aberta): “Uníssono”- De F a B: 4ª Aumentada / 5ª Diminuta- De E a F: 2ª Menor- E assim por diante...

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Capítulo 4– FORMAÇÃO DE ACORDES

Até o momento, estavamos preocupados em estudar a melodia: os intervalos e como eles podem ser arranjados para dar origem à escala maior. Agora iremos iniciar no estudo da harmonia, formação de acorde. Como pudemos ver, podemos medir a distância entre duas notas através do intervalo entre elas. Isso é essencial para entendermos como são formados os acordes.

Há quatro categorias de acordes:

Acordes maiores; Acordes menores; Acordes aumentados; Acordes diminutos.

Daqui a pouco iremos tratar de cada um em particular, por enquanto estaremos falando ainda de uma forma genérica.A definição de acorde é a seguinte: 3 (tres) ou mais notas tocadas em intervalos de Terça (3ª). Vamos visualizar isto para entendermos melhor:

Tomaremos como exemplo o acorde de C (dó) mair, o qual é formado pelas seguintes notas:

C ----- E ----- GVamos analisar a escala de C e a disposição dos intervalos acima dentro dela:

C – D – E – F – G – A – B

A nota dó é a primeira nota. Em seguida vem a nota ré que é a segunda de dó. Logo após vem a nota mi que é a terça de dó e fá que é a quarta de dó e sol que é a quinta . Podemos notar que entre as notas C e E há um intervalo de terça.

Depois podemos notar também que entre E e G também temos um intervalo de terça chegando então à definição que demos que o acorde é formado por no mínimo três notas ou mais e que elas estão dispostas em intervalos de terça umas das outras.

Há uma outra forma de achar-mos as notas de um acorde. A regra para isso é a seguinte:

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Suponhamos que a tônica é a nota Dó e queremos achar sua terça maior. Dizemos que a terça está a 2 tons em relação à tônica. Em seguida quando quiser-mos achar a quinta, dizemos que ela está a 3 tons e meio em relação à tônica. Portanto a fórmula do acorde maior básico seria a seguinte:

Assim podemos concluir que o acorde maior é formado por: T 3 5, tônica terça e quinta.

Como dissemos há 4 tipos de acorde, acordes maiores, menores, aumentados e diminutos. O maior nós praticamente já sabemos, é o que temos estudado até aqui. Vamos ver os outros acordes, e tentar entender como são feitos:Acorde Menor.

Fica mais fácil entender como funciona a estrutura do acorde menor, se entender-mos a importância da terça no acorde. É justamente ela que determina se o acorde é maior ou menor. Por exemplo, quando o acorde é maior dizemos que ele é formado por: Tônica, Terça maior e Quinta justa. No caso do acorde menor essa estrutura fica assim: Tônica, Terça menor e Quinta justa.

O único intervalo alterado foi a terça. Para passar a terça de maior para menor basta diminuir meio tom. Assim se a distância da terça para a tônica no acorde maior era de 2 tons, no acorde menor essa distância será de 1 ½ tom. Portanto o acorde de Dó menor ficará assim: C – Eb – G.

Portanto a fórmula ficará como a na figura abaixo:

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Page 21: Apostila de Guitarra

Podemos concluir assim que o acorde menor é formado por: T 3b 5.

- Acorde aumentado

O que faz com que este acorde receba esse nome, é a alteração que fazemos na quinta. O acorde pode ser tanto maior quanto menor. A alteração a qual nos referimos, é simplesmente aumentar a quinta do acorde meio tom acima. Este acorde também é muito conhecido como acorde alterado. Mas adiante iremos estudar com mais detalhes os acordes alterados suas escalas e aplicações. O dó maior ficaria assim: dó – mi – sol#; e o menor: dó – mib – sol#.

- Acorde diminutoO acorde diminuto representado pelo símbolo º recebe este nome justamente porque nós pegamos todos os intervalos do acorde maior, e diminuímos meio tom, com exceção da tônica é claro. O acorde de Cº seria assim: dó – mib – solb . Neste caso não existe acorde maior diminuto ou menor diminuto, dizemos simplesmente diminuto.

A fórmula deste acorde é a seguinte: T – 3b – 5b.

- Extensão de acorde

São os intervalos que não fazem parte do som básico do acorde (T 3 5 7). Colocamos também a sétima por ela ser tão popular que muitos já a consideram como nota de acorde. As extensões de acorde são popularmente conhecidas com acordes dissonantes. Mas creio que este é um termo um pouco erronio, pois dissonância é o efeito sonoro e francamente, não há nada de dissonante em um acorde com nona ou sétima e nona. Para ilustrar melhor vamos dar um exemplo:

Vamos entender como é formado o acorde de C7/9 (dó com sé tima e nona). Além do som básico do acorde, acrescentamos o intervalo de sétima, que é a nota Bb já que B é a sétima maior, e a nona que é a nota D uma oitava acima, veja a escala abaixo:

1 2 3 4 5 6 7 8 9C - D - E - F - G- A - Bb - C - D

Neste caso em particula a nota E pode ser omitida do acorde. O motivo disto é que o acorde fica dificil de ser executado com ela, e ela também não irá fazer tanta falta como a terça ou tônoca do acorde.

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Page 22: Apostila de Guitarra

Capítulo 5– LEI DE FORMAÇÃO DOS ACORDES MAIS COMUNS

Neste capítulo daremos prosseguimento sobre a formação dos acordes. Falaremos sobre uma lei existente entre os acordes mais comuns. Preste atenção nesta dica.

Existem fórmulas para a construção de um acorde. É extremamente saudável ter uma noção pelo menos das principais, pois você coloca o acorde certo, na hora certa e na posição que ele soa melhor quando está escrevendo algum riff, sem risco de erro.

Como a guitarra não possui uma seqüência exatamente definida e linear como num piano, por exemplo (existem várias notas no mesmo pitch e em posições diferentes no braço -- F no primeiro traste da corda E ou no oitavo traste da corda A), pode-se notar que existem acordes que soam melhor quando tocados em uma determinada posição em um certo riff, enquanto o mesmo acorde, agora em outro lugar, soa horrível (toque um G com a D, G e B soltas e depois com pestana no terceiro traste e você vai entender o que estou falando).

Nesse momento entra o conhecimento da construção dos acordes. Neste capítulo será mostrado apenas os mais comuns. Note que as fórmulas aqui mostradas estão na forma tradicional, com o baixo na tônica. No entanto, você pode colocar o baixo em qualquer nota do acorde.

1. Acordes Maiores:

- Maj : Tônica - 3ª - 5ª- Maj6 : Tônica - 3ª - 5ª - 6ª- Maj6/7 : Tônica - 3ª - 5ª - 6ª - 7ª- Maj6/9 : Tônica - 3ª - 5ª - 6ª - 9ª- Maj7 : Tônica - 3ª - 5ª - 7ª- Maj7/5b : Tônica - 3ª - 5ª b - 7ª- Maj7/5# : Tônica - 3ª - 5ª # - 7ª

2. Acordes Menores:

- Min: Tônica - 3ª b - 5ª- Min6 : Tônica - 3ª b - 5ª - 6ª- Min6/7 : Tônica - 3ª b - 5ª - 6ª - 7ª- Min6/9 : Tônica - 3 bª - 5ª - 6ª - 9ª

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- Min7 : Tônica - 3ª b - 5ª - 7ª- Min7/5b : Tônica - 3ª b - 5ª b - 7ª- Min7/5# : Tônica - 3ª b - 5ª # - 7ª

3. Acordes Suspensos:

- Sus2 : Tônica - 2ª - 5ª- Sus4 : Tônica - 4ª - 5ª- Sus7 : Tônica - 4ª - 5ª - 7ª

4. Acordes Dominantes:

- 7 : Tônica - 3ª - 5ª - 7ª b- 7/5b : Tônica - 3ª - 5ª b - 7ª- 7/5# : Tônica - 3ª - 5ª # - 7ª b

5. Acordes Diminutos:

- dim : Tônica - 3ª b - 5ª b- dim7 : Tônica - 3ª b - 5ª b - 6ª

6. Power Chord:

- 5 : Tônica - 5ª

Capítulo 6– ESTUDO DOS ACORDES E CAMPO HARMÔNICO

Estudo dos Acordes

Toda música possui um tom. Isto quer dizer, que toda música ao ser executada, deve obedecer à uma certo campo harmônico para que a sonoridade da música seja agradável.

Cada estilo Musical possui uma maneira de tratar seu campo harmônico, por exemplo, na Bossa Nova, as dissonantes (alterações de acordes) mais utilizadas são as Sétimas maiores, Nonas e Nonas Diminutas. Não que a Bossa não utilize outros acordes, porém são estas alterações que caracterizam o estilo. No Blues, a utilização de Sétimas menores é indispensável, enquanto no Jazz, as Décimas Terceiras, nonas, Sextas, e todas as alterações que se maginar, são aplicadas.

Campo harmônico maior

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Page 24: Apostila de Guitarra

Até agora vimos como é formada a escala maior e os acordes. Iremos estudar agora o campo harmônico maior. Para entendermos melhor podemos dizer que a escala maior é o campo melódico maior e os acordes formados pela escala maior forma o campo harmônico maior. Estudamos os acordes de forma isolada até agora, o campo harmônico é o encadeamento de acordes.

O campo harmônico é formado pela sua escala de origem, ou seja, escala maior gera campo harmônico maior, escala maior gera campo harmônico menor.Vamos tomar como exemplo o campo harmônico de dó maior:

C – Dm – Em – F – G – Am – Bº

Neste momento surge a seguinte questão: como foi gerada esta seqüência de acordes ?

Vamos ver passo a passo como foi feito isso:

A partir da escala a qual queremos gerar o campo harmônico (no caso escala de dó maior) iremos achar acorde por acorde seguindo a regra de formação de acordes vista anteriormente. O primeiro acorde refere-se à primeira nota da escala, no caso dó maior. Para acha-lo pegue a primeira nota da escala, em seguida a terça e a quinta equivalente à aquela nota dentro da escala em questão. Depois você analisa o intervalo entre elas para determinar se o acorde é maior, menor, aumentado ou diminuto. Em seguida vá para a segunda nota da escala, ache sua terça e quinta equivalentes e repita esta operação até a última nota.

A figura acima pode ser um pouco confusa mas ela ilustra as notas da escala maior que estão formando cada acorde do campo harmônico. Veja um outro exemplo abaixo:

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Acorde Tônica Terça / menor maiorQuinta J=justaC C E maior G J

Dm D F menor A JEm E G menor B JF F A maior C JG G B maior D JBº B D menor F Diminuta

O campo harmônico pode ser representados por graus. Dessa forma fica mais fácil quando se está trabalhando com análise harmônica. Além do que você pose cifrar uma música apenas com os graus proporcionais aos acordes originais. Dessa forma a música fica mais fácil de ser transposta para outro tom.

I – IIm – IIIm – IV – V – VIm – VIIºC Dm Em F G Am Bº

Acima, campo harmônico e seus graus (representados em algarismos romanos).Nós estudamos até aqui o campo harmônico básico, ou seja, formado apenas por acordes comuns (tríades). Geralmente o campo harmônico é formado por acordes tétrades. Além de T, 3 e 5 o acorde pode conter a sétima. Dessa forma a sonoridade do C.H. fica mais sofisticada. Veja como ficaria o C.H. de dó maior:

I7+ – IIm7 – IIIm7 – IV7+ – V7 – VIm7 – VIIm7(5b)C7+ - Dm7 – Em7 – F7+ - G7 – Am7 - Bm7(5b) (meio diminuto)

Abaixo estão os campos harmônicos dos principais tons maiores:

Ré maior:D7+ Em7 F#m7 G7+ A7 Bm7 C#m7(5b)Mi maior:E7+ F#m7 G#m7 A7+ B7 C#m7 D#m7(5b)Fá maior:F7+ Gm7 Am7 Bb7+ C7 Dm7 Em7(5b)Sol maior:G7+ Am7 Bm7 C7+ D7 Em7 F#m7(5b)Lá maior:

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A7+ Bm7 C#m7 D7+ E7 F#m7 G#m7(5b)Sí maior:B7+ C#m7 D#m7 E7+ F#7 G#m7 A#m7(5b)

Repare que a disposição dos graus não muda, ou seja, o primeiro é sempre maior com sétima maior, o segundo e o terceiro menor com sétima, o quarto maior com sétima maior, o quinto com sétima, o sexto menor com sétima e o sétimo meio diminuto.

Conclusão

O Campo harmônico são aqueles acordes que naturalmente são aplicados na música de acordo com sua tonalidade.

Este campo obedece uma regra de percepção cujos acordes receberam nomes para que pudessemos tecar uma mesma música em qualquer tom.Um campo harmonico natural possui:

Tônica(T), Dominante(D), Sub Dominante(S), Relativa da Tônica (rT), Relativa da Dominante (rD) e Relativa da Sub Dominante(rS).

Imaginemos a Tonalidade de Dó Maior, e pegamos sua escala harmonica:Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré...

Contamos a partir da primeira nota os Graus, como:

1o, 2o, 3a, 4a, 5a, 6a, 7a, ... (Lê-se primeira, segunda, terça, quarta, ...)

A partir destas duas colocações, montamos os acordes possíveis dentro da Tonalidade que abaixo segue, contendo o Campo harmônico Naturais de Dó Maior.

Dó Maior:

C, Dm, Em, F, G, Am

Temos então :

Tônica : C - A partir do 1o GrauDominante : G - A partir do 5o GrauSub Dominante : F - A partir do 4o GrauRelativa da Tônica: Am - A partir do 6o Grau

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Relativa da Sub Dominante: Dm - A partir do 2o GrauRelativa da Dominante: Em - A partir do 3o Grau

Veja também algumas outras tonalidades.

* Si bemol Maior:

Escala: Sib, Do, Re, Mib, Fa, Sol, LabCampo: Bb, Cm, Dm, Eb, F, Gm

* La Maior:

Escala: La, Si, Do#, Re, Mi, Fa#, Sol#

Campo: A, Bm, C#m, D, E, F#mSol Maior:Escala: Sol, La, Si, Do, Re, Mi, Fa#

Campo: G, Am, Bm, C, D, Em

Tente agora montar o campo harmônico das seguintes Tonalidades para ver se você está aprendendo nossa teoria inicial dos acordes.

Mi Maior:

Escala: Mi, Fa#, Sol#, La, Si, Do#, Re#

Mi Bemol Maior:

Escala: Mib, Fa, Sol, Lab, Sib, Do, Re

Capítulo 7– AFINAÇÃO NA GUITARRA

Antes de entrarmos nesse assunto vamos dar uma explicação rápida sobre a posição dos guitarristas de plantão. A guitarra acústica clássica tem seis cordas, sendo elas numeradas da direita para a esquerda, de acordo com a orientação do desenho. Assim, a primeira corda é a mais aguda (a mais à direita), segue-se a segunda, e por aí a fora, até à sexta corda, que é a mais grave (a mais à esquerda).

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Page 28: Apostila de Guitarra

O guitarrista destro deverá ter o braço da guitarra no seu lado esquerdo, de modo a pisar as cordas com a mão esquerda e deverá usar a mão direita para fazer vibrar as cordas.

O guitarrista canhoto deverá, se não conseguir tocar na posição destra, ter o braço do seu lado direito, devendo neste caso proceder à troca das cordas, de modo a ter sempre acessível ao polegar que dedilha, as três cordas mais graves (4ª, 5ª e 6ª cordas).

Dito isso, podemos afirmar que antes de tentar começar a tocar qualquer instrumento, deve-se proceder à afinação do mesmo. Este processo deve ser feito sempre antes de tocar, de modo a obter-se sempre a melhor sonoridade possível. Qualquer corda, com a utilização, tende a desviar-se da tensão correcta, sendo necessário afinar as cordas com alguma frequência.

A afinação é simples e deverá ser automatizada, de modo a evitar a consulta desta apostila sempre que se desejar afiná-la. Há que ter especial paciência com as cordas acabadas de comprar, pois estas, nas primeiras semanas de uso, desafinam com muita frequência (um truque consiste em esticá-las bastante durante a primeira colocação, sempre com o cuidado de não abusar).

A guitarra pode ser afinada de várias maneiras, consoante o estilo de música ou o som que se deseja obter e irei apresentar aqui apenas a afinação típica, que é de longe a mais utilizada. Quem perceber bem este mecanismo não terá dificuldade em mudar de afinação sem perder muito tempo (por exemplo, entre duas músicas que exijam afinações diferentes, convém efectuar rapidamente esta operação).

Cada corda, quando afinada corretamente, constitui uma base com a qual se pode tocar uma escala de notas como a apresentada na primeira lição (subindo de meio em meio tom) bastando apenas deslocar o dedo que está a pisar a corda para a "divisão" acima ou para a "divisão" abaixo (estas "divisões" estão separadas pelos pontos ou trastos de metal).

Há que ter especial cuidado ao pisar as cordas de modo a colocar o dedo o mais possível junto ao trasto seguinte (os trastos, como já referi, são os separadores metálicos existentes no braço) de modo a evitar que a corda ao vibrar resvale no trasto produzindo um som desagradável.

Ao afinar cada corda, estamos a selecionar a nota (a frequência) inicial da escala que cada corda irá constituir. A utilização de seis cordas de diferentes espessuras dispostas paralelamente garante uma gama de quase quatro

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Page 29: Apostila de Guitarra

oitavas e a rápida passagem entre notas relativamente distantes uma da outra.

Há que diferenciar as cordas, atribuindo-se-lhes a designação da nota que produzem soltas quando afinadas nas condições padrão. Assim, a primeira corda, a mais aguda, é o Mi, pois quando colocada na guitarra e tocada solta deverá produzir um Mi. A segunda corda é o Si. A terceira o Sol, a quarta o Ré, a quinta o Lá e a sexta um Mi, este duas oitavas abaixo do Mi da primeira corda.

Mas como saber se uma corda está a produzir a nota que lhe dá o nome? A solução está no uso de um diapasão. Existem já sofisticados aparelhos que tornam a tarefa de afinar mais simples e precisa, mas o diapasão, fornecendo uma precisão bastante razoável, é de todos o mais barato e portátil. O diapasão, quando posto a vibrar produz, como já referi na primeira lição, um Lá a 440 Hz.

A terceira corda, o Sol, quando pisada antes do segundo trasto deverá emitir um som exatamente igual ao do diapasão. Isto porque se a terceira corda solta produz um Sol, esta corda premida antes do primeiro trasto produz um Sol #, ou Lá b. Assim, subindo o dedo para o próximo trasto, a corda produzirá um Lá.

Alguns perguntarão: "Porque não utilizar a corda chamada Lá (a quinta corda) de modo a que ela solta soe igual ao diapasão?

Na verdade, qualquer músico experiente usará esta corda para iniciar a afinação, colocando a corda Lá a soar solta uma oitava abaixo do diapasão. Com a experiência, será fãcil a qualquer um afinar uma corda uma oitava abaixo do som do diapasão, mas para principiantes pode-se utilizar como ponto de partida a afinação da corda Sol premida antes do segundo trasto. A afinação do som produzido por cada corda será feita rodando o carrilhão correspondente.

Se as cordas estiverem bem colocadas, uma rotação no sentido horário tornará o som mais agudo, logo uma rotação anti-horária baixará a frequência.

Resumindo, eis a receita de afinação, devendo ser ajustada em cada passo a corda correspondente:

1. A corda Sol (a terceira) premida antes do segundo trasto (na segunda divisão) deve soar igual ao diapasão;

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2. A corda Si (a segunda) deverá produzir o mesmo som da terceira premida no quarto trasto;

3. A corda Mi (a primeira) deverá produzir o mesmo som da segunda premida no quinto trasto;

4. A corda Ré (a quarta) deverá produzir premida no quinto trasto, o mesmo som da terceira solta;

5. A corda Lá (a quinta) deverá produzir premida no quinto trasto, o mesmo som da quarta solta;

6. A corda Mi (a sexta) deverá produzir premida no quinto trasto, o mesmo som da quinta solta;

Conclusão

Caso você não tenha entendido o que colocamos acima siga esta regrinha básica.

Em primeiro lugar, é necessário saber quais são as cordas (falando de afinação); elas são denominadas pela nota em que estão afinadas.

Da mais fina (corda 1) para a mais grossa (corda 6), temos o seguinte: E (Mi), B (Si), G (Sol), D (Ré), A (Lá), E (Mi) -- note que a afinação E da corda 1 é mais aguda do que a da corda 6.

Para afinar a guitarra, faça o seguinte:

• Pegue o som da corda 6 (E grave) de uma outra guitarra, diapasão e gire a tarraxa até conseguir obter um som igual ao que você ouviu.

• Aperte a corda E grave no quinto traste ("casa" do braço) e toque esta e a corda A ao mesmo tempo. Ajuste a tarraxa da A até o som ficar igual ao da corda E grave apertada no quinto traste. Isso é facilmente perceptível pois quanto maior a vibração, mais fora da afinação a corda está.

• Repita o segundo item com as outras cordas, exceto a G, que deve ser apertada no quarto traste.

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Page 31: Apostila de Guitarra

É muito aconselhável a quem não o tem um diapasão, que o compre. Qualquer loja de música vende-os e o preço não fugirá muito dos mil escudos. Você pode usar sua pedaleira elétrica (Caso haja um afinador eletrônico embutido - geralmente as da marca Zoom têm - ou um diapasão caso tenha bastante dificuldade, mas lembre-se que saber afinar sem ajuda desses acessórios é fundamental já que numa roda de amigos ou em algum evento você não poderá contar com a ajuda deles e tem que improvisar).

OBS:

Afinando com auxílio de um teclado ou piano

Basta voçê igualar as cordas da guitarra com as notas de um teclado, seguindo a ordem: (de cima para baixo)

1ª corda da guitarra - nota mi (grave)2ª corda da guitarra - nota lá3ª corda da guitarra - nota ré4ª corda da guitarra - nota sol5ª corda da guitarra - nota si6ª corda da guitarra - nota mi (aguda)

Capítulo 8– TEORIA MUSICAL

Já vimos uma teoria introdutória em nossos estudos agora vamos ampliar pra uma mais abrangente no sentido musical. Preste atenção, pois este capítulo dará uma noção de partituras e seus respectivos símbolos e sinais.

Propriedades dos sons:

1- altura: diferente entoação das notas.2- duração: espaço de tempo em que soa o som.3- intensidade: mesmo que volume.4- timbre: característica que difere os sons. Ex: timbre de piano e timbre de

guitarra.

Elementos fundamentais da música:31

Page 32: Apostila de Guitarra

1- Melodia: sucessão de sons, para a formação de uma linha musical. Ex: um solo de guitarra.

2- Harmonia: seqüência de sons simultâneos. Ex: uma progressão de acordes.

3- Ritmo: Movimento dos sons de acordo com a sua duração.4-Para representar os sons, foram criadas as notas musicais. São 7 fundamentais, mais 5 acidentes, formando uma escala cromática de 12 notas:

C C# D D# E F F# G G# A A# B

Fundamentais: C=Dó D=Ré E=Mi F=Fá G=Sol A=Lá B=Si

As notas sem o “#”, são as notas naturais (fundamentais), que todo mundo conhece. Aquelas com o “#”, são chamadas “notas sustenidas” (por exemplo: C#=Dó Sustenido). Elas também podem ser escritas como “bemóis” (por exemplo: Db=Ré Bemol).

C Db D Eb E F Gb G Ab A Bb B

Quando você adiciona um sustenido à nota, você está a elevando ½ tom acima e quando você adiciona um bemol à nota, você está a elevando ½ tom abaixo. Assim, temos as notas organizadas de uma maneira cromática (em seqüência de ½ em ½ tom), uma após a outra.

Nota: Dois semitons (1/2 tom) corresponde a um tom.

Quando aplicamos essa teoria na guitarra, fica fácil de entender. Para cada traste que você sobe ou desce no braço, tem-se um intervalo de ½ tom (ou 1 semitom). Então, a cada 2 trastes, temos 1 tom. Por exemplo: na corda E (Mi ou 6ª corda), temos, da corda aberta até o 12º traste:

E F F# G G# A A# B C C# D D# E

Outro exemplo para visualização das notas pode ser um diagrama de acordes:E Ae-0-(E)---|--5-(A)----|B-0-(B)---|--5-(E)----|G-1-(G#)--|--6-(C#)---|D-2-(E)---|--7-(A)----|

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A-2-(B)---|--7-(E)----|E-0-(E)---|--5-(A)----|

Temos aqui dois acordes: E (Mi Maior) e A (Lá Maior). As notas entre parênteses são as que compõem os dados acordes. Se você observar a organização cromática das notas descritas anteriormente, e sair contando nas casas do braço a seqüência delas até chegar em um dos números indicados no diagrama, irá perceber que corresponde justamente àquela nota entre parênteses.

Lendo notação musical:

As notas musicais são escritas em partituras, compostas de pautas (ou pentagramas), que são aquele conjunto de cinco linhas e quatro espaços. As linhas (de baixo para cima), representam as notas E, G, B, D e F; os espaços, as notas F, A, C e E. Veja um exemplo abaixo:

Para podemos dar nomes às notas que colocamos na pauta, devemos colocar, no seu início, um sinal chamado clave. Existem 3 tipos de claves: de sol (sons médios), de fá (sons graves) e de dó (sons agudos). Na figura abaixo, temos, respectivamente, as claves de sol, fá e dó. Nas partituras para guitarra, é mais comum encontrarmos a clave de sol, por isso, trabalharemos apenas com essa nessa lição.

Na armadura da clave (logo a sua frente), temos uma fração que determina o número de tempos por compasso (numerador) e a figura que irá determinar 1 tempo nesse compasso (denominador). Os compassos são conjuntos de tempos, divididos por barras. Todas as músicas são divididas em vários compassos. Quando o primeiro compasso de uma música vem incompleto (em um que caibam 4 tempos, existem somente 2, por exemplo), chamamos esse de anacruse.

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Page 34: Apostila de Guitarra

Na pauta, são escritas as figuras musicais, que indicam o tempo de duração das notas. Também são escritas as pausas, que indicam silêncio. A seguir, temos uma tabela com os valores-padrão (compasso 4/4) de cada figura e pausas, além de outros símbolos utilizados freqüentemente

1=Semibreve (4 tempos)2= Mínima (2 tempos)3= Semínima (1 tempo)4 e 5= Colcheia (1/2 tempo)6= Mínima com Ponto de Aumento (3 tempos) -- O Ponto de Aumento aumenta o tempo da nota em 50% do valor original.7 e 8= Semicolcheias (1/4 de tempo)9= Pausa de semicolcheia (1/4 de tempo)10= Fusa (1/8 de tempo)11= Pausa de fusa (1/8 de tempo)12= Semifusa (1/16 avos de tempo)13= Pausa de semifusa (1/16 avos de tempo)14= Pausa de semínima (1 tempo)15= Pausa de mínima (2 tempos)

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16= Pausa de semibreve (4 tempos) 17= Acidentes -- Respectivamente: bemol (abaixa a nota 1/2 tom), sustenido (eleva a nota 1/2 tom), bequadro (anula os bemóis e sustenidos) e nota natural (sem acidentes).18= Tercinas (3 notas por tempo)19= Ligaduras -- une duas notas. Se as notas forem iguais, não devemos tocar a segunda nota.

Esses valores podem mudar de acordo com a fórmula de compasso. A seguir, temos a lista dos valores de denominadores nos compassos simples:

1 = Semibreve = 1 tempo2 = Mínima = 1 tempo3 = Semínima = 1 tempo4 = Mínima = 1 tempo8 = Colcheia = 1 tempo16 = Semicolcheia = 1 tempo32 = Fusa = 1 tempo64 = Semifusa = 1 tempo

Seguindo essa tabela, temos que num compasso 4/2, por exemplo, uma Mínima vale 1 tempo, e assim por diante.

Como já vimos, os compassos são divididos por barras. Cada tipo de barra representa uma coisa diferente:

- Barras simples: separam um compasso do outro.- Barras duplas: indicam mudança de trecho musical.- Barras de repetição: uma das barras é mais grossa e essas possuem dois-

pontos (:) ao seu lado -- indicam repetição de um trecho.- Barras finais: visualmente iguais às barras de repetição, porém, indicam o

final da música.

Quanto aos acidentes, anteriormente mencionados, podem aparecer de 3 maneiras distintas:- Na armadura da clave: são os sinais fixos, que valem para toda a música.

- No decorrer da partitura: sinais ocorrentes -- aparecem no decorrer da partitura, tendo efeito apenas no compasso em que estão.- Entre parênteses: sinais de precaução, para evitar erros numa eventual leitura rápida

- Curiosidade sobre o Assunto:

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Page 36: Apostila de Guitarra

Aproveitando que estamos falando em tom, você que não conhece, deveria se inteirar sobre o O Círculo Das Quintas . Trata-se de uma ferramenta muito importante quando se trata de encontrar tons musicais. Ele mostra quantos acidentes (bemóis ou sustenidos) existem em um determinado tom. Veja o Círculo:

É chamado de Círculo Das Quintas porque toda vez que você anda um espaço no sentido horário, você sobe uma quinta. Tente memorizá-lo. Será útil para as próximas lições.

Capítulo 9– COMO LER TABLATURAS

Chegamos a um ponto onde nossos estudos vão começando a ficar mais difíceis. As famosas e chatas tablaturas são consideradas um assunto super complicado. Vamos tentar detalhar todas as dúvidas com a finalidade de esclarecer esse assunto de vez. As tablaturas são fundamentais pros guitarristas. Eles utilizam muito mesmo. Os violonistas nem tanto.

O que é Tablatura ?

Tablatura (ou tab) é um método usado para se escrever música para instrumentos de corda, como violão, guitarra e baixo.

Utiliza-se de símbolos e números para mostrar casas, variações de afinação e outros efeitos que podem ser feitos nestes instrumentos. Não a confunda com a partitura.

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Page 37: Apostila de Guitarra

Qual a diferença entre Tablatura e Partitura?

Ambas se parecem muito (por causa das linhas). Mas a similaridade para por ai. A tablatura serve apenas para indicar acordes e solos sem noção de tempo, sendo usada apenas em instrumentos de cordas como o violão, a guitarra e o baixo. É muito boa para músicos iniciantes ou práticos, por ser de fácil entendimento.

Mas tem uma desvantagem: para entendê-la, tem que se conhecer a música descrita. Já a partitura, pode-se dizer, é como se fosse a música escrita, com todos os seus detalhes. Nela não precisa se conhecer a música que será tocada, pois a partitura transcreve da música para o papel todos os tempos, durações das notas, solos, acordes, etc. A partitura não indica (no caso dos instrumentos de corda) em quais casas estão as notas. Por isso mesmo, requer um conhecimento teórico (e prático) extenso, pois é um tanto quanto complexa de ser entendida. Outro ponto positivo da partitura é que esta serve para diversos instrumentos (como violinos, trompetes, trombones, etc.)

Como faço para ler as Tablaturas ?

É muito simples. As tablaturas consistem em linhas horizontais que indicam as cordas do instrumento. Para guitarras, teremos 6 linhas (pois temos 6 cordas), para baixo de 4 cordas, teremos 4 linhas, e assim por diante. O princípio é o mesmo para qualquer quantidade de cordas.

As tablaturas podem ser apresentadas de duas formas:

1) Com a 1ª corda (Mi - e) na 1ª linha;

e|------------------------------------------------------|B|------------------------------------------------------|G|------------------------------------------------------|D|------------------------------------------------------|A|------------------------------------------------------|E|------------------------------------------------------|

2) Com a 1ª corda (Mi - e) na 6ª linha;

E|------------------------------------------------------|A|------------------------------------------------------|D|------------------------------------------------------|G|------------------------------------------------------|B|------------------------------------------------------|e|------------------------------------------------------|

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Page 38: Apostila de Guitarra

* A forma mais utilizada é a com a 1ª corda sendo indicada na 1ª linha.

Um exemplo de tablatura de baixo de 4 cordas:

G|------------------------------------------------------|D|------------------------------------------------------|A|------------------------------------------------------|E|------------------------------------------------------|

Sendo a 1ª corda a Sol (G) e a 4ª, Mi (E).

Numa tablatura, as cordas a serem tocadas são indicadas por números, sendo que "0" indica corda solta e "X" corda que não deverá ser tocada (isso vale quando a tablatura indicar acordes). Veja um exemplo:

e|---------------------------------|B|---------------------------------|G|---------------------------------|D|---------------------------------|A|---------------------------------|E|---0--1--2--3--------------------|

Observando este exemplo, concluímos que:

- devemos tocar a 6ª corda (Mi - E) solta (0);- depois tocar a mesma corda na 1ª casa (1);- depois tocar a mesma corda na 2ª casa (2);- depois tocar a mesma corda na 3ª casa (3).

Outras notações usadas na tablatura

Nos exemplos acima vimos apenas solos. Mas as tablaturas também podem indicar:

- Acordes:

Observe um acorde de C (Dó) maior na tablatura:

e|-0----------------|B|-1----------------|G|-0----------------|D|-2----------------|A|-3----------------|

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Page 39: Apostila de Guitarra

E|-X----------------|

Quando as cordas a serem tocadas aparecerem uma sobre a outra isso indicará que é um ACORDE. O "X" na 6ª corda (Mi - E) indica que esta não deverá ser tocada (pois não faz parte da formação do acorde).

- Dedilhados:

Observe o dedilhado da introdução da música "Consagração" da Aline Barros:

A9 A4 A9 e|---------0---0-----------------|B|-------0---3---3---------------|G|-----2-----------2-------------|D|---2---------------2-----------|A|-0-------------------0---------|E|-------------------------------|

Logo acima da tablatura vemos as notas correspondentes ao dedilhado (que nem sempre vem presentes na tablatura).

Para executar este dedilhado, dedilhamos normalmente com os dedos, seguindo o que a tablatura nos informa: primeiro tocamos a 5ª corda (A - Lá) solta (que é o baixo da nota), depois a 4ª corda (D - Ré) na 2ª casa e logo após a 3ª corda (G - Sol ) na 2ª casa também (esse é o acorde de A9). Depois, tocamos a 2ª corda (B - Si) solta, a 1ª corda (e - Mi) solta e a 3ª corda na 3ª casa (note que esse é o acorde de A4), e assim por diante, chegando novamente ao acorde de A9.

- Batidas:

Veja este exemplo com o ritmo de valsa:Execução: uma batida no baixo e duas nos acordes

A E e|-------------------------------| B|--2-2----2-2----0-0---0-0------|G|--2-2----2-2----1-1---1-1------| D|--2-2----2-2----2-2---2-2------|A|-0------0----------------------|E|---------------0-----0---------|

Os acordes executados aparecem em cima, mas nem sempre estes estão presentes.

Outra forma de representar os acordes

Uma forma que simplifica muito a exibição de acordes é um meio 39

Page 40: Apostila de Guitarra

minimizado da tablatura, que indica apenas as casas que deverão ser tocadas dentro de chaves "[ ]".

Observe este exemplo:

[ x 3 2 0 1 0 ]

Aqui podemos ver o acorde de C (Dó) maior. Veja: neste tipo de representação, as cordas estão dispostas dessa forma: [ MI Lá Ré Sol Si Mi ], ou seja: [ 6ª 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª cordas ] . O "X" indica cordas que não deverão ser tocadas e o "0" cordas soltas, como numa tablatura normal. Volte até a tablatura que indica acordes: na verdade, esta é uma versão diminuta daquela representação.

Os símbolos utilizados na Tablatura

Além dos números que indicam as casas a serem tocadas, existem também alguns símbolos que servem para identificar efeitos feitos durante os solos. A notação desses efeitos pode variar (vai depender do autor da tablatura). Mas o mais comum é o seguinte:

h - hammer-on p - pull-off b - bend para cima r - (release bend) soltar o bend / - slide up - para cima (pode-se escrever s) \ - slide down - para baixo (pode-se escrever s)~ - vibrato (pode-se escrever v) t - tap x - (muffled strings ) tocar a nota abafada (som percusivo) H. - harmônico natural H.A. - harmônico artificial P.H. - pinch harmonicTr - trill

Hammer-on (h)

Toque a nota normalmente com a mão direita (supondo que você seja destro) e, sem o auxílio da mão direita (ou seja, sem tocar novamente a corda), "martele" a nova nota com a mão esquerda. ejamos como exemplo o final do antigo solo da introdução de guitarra da música "Deus Eterno" do Oficina G3:

e|-----------------------------| B|-6-5-3---3h5-3---------------|

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Page 41: Apostila de Guitarra

G|-------5-------5-4-5-4-0h2-0-|D|-----------------------------|A|-----------------------------|E|-----------------------------|

No momento de realizar o hammer-on, tocamos a 2ª corda na 3ª casa e rapidamente, com algum dedo da mão esquerda, "martelamos" a 5ª casa da mesma corda. No outro hammer-on, use o mesmo esquema.

Pull-off (p)

Pode-se dizer que um pull-off é o inverso de um hammer-on. Fazer um pull-off consiste em tocar a nota e soltar rapidamente a corda a fim de que esta soe mais alta. Veja o exemplo:

e|-5p0-------------|B|-----5p0---------|G|---------4p0-----|D|-----------------|A|-----------------|E|-----------------|

Primeiramente, tocamos na 1ª corda (Mi - e) a 5ª casa e rapidamente soltamos a corda para que esta soe mais alta. O mesmo acontece com os outros exemplos exibidos acima.

Pull-offs e hammer-ons costumam aparecer juntos. Veja o exemplo:

e|-------------------|B|-------------------|G|---5h7p5-----------|D|---------6h8p6-----|A|-------------------|E|-------------------|

No primeiro caso toca-se a 3ª corda (G - Sol) na 5ª casa, martela-se com algum dedo da mão esquerda a 7ª casa depois solta-se rapidamente a 7ª casa fazendo um pull-off na 5ª casa. Note que a mão direita só tocará a 1ª nota, as outras serão executadas com hammer-ons e pull-offs. O mesmo vale para o exemplo posterior.

Bend (b) e Release Bend (r)

Um bend ocorre quando elevamos a nota para cima (ou para baixo) aumentando ou diminuindo sua tensão e gerando, assim, uma nota mais

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Page 42: Apostila de Guitarra

aguda (ou grave). Quanto mais elevarmos a nota mais aguda esta será (o contrário para a diminuição). Um número ao lado indica o quanto a nota deverá ser aumentada (ou diminuída. Nesse caso, o número apresentado para bend será menor que o da casa em questão). Veja o exemplo:

e|-----------------------|B|-10b12-----------------|G|-----------------------|D|-----------------------|A|-----------------------|E|-----------------------|

A 2ª corda (Si - B) deve ser tocada na 10ª casa e rapidamente elevada para cima até que soe como se esta estivesse sido feita na 12ª casa (um tom acima). Mas note que o dedo continuará na 10ª casa. O bend também pode ser indicado entre parênteses: 10b(12).

Mais um exemplo, agora com bend e release bend:

e|-----------------------|B|-10b12---12r10---------|G|-----------------------|D|-----------------------|A|-----------------------|E|-----------------------|

Faça o bend tocando na 2ª corda, 10ª casa, eleve um tom, depois toque novamente na casa (note que a casa estará elevada) e volte a tensão original. Existem bends que podem ser de meio tom (10b11), de quarto tom (10b10.5 - que equivale a meia casa) entre outros. Quando no bend não vier indicado o quanto se deve elevar a nota (10b), deve-se ouvir a música para se saber o quanto esta foi elevada. Slide up (/) e Slide down (\)

Um slide consiste em deslizar um dedo da mão esquerda (supondo que você seja destro) para cima (up) ou para baixo (down) do braço do instrumento (lembrando que "para cima" consiste no sentido crescente das casas e "para baixo" no sentido decrescente). Vejamos um exemplo, o de um dos solos de guitarra feitos numa música:

e|-----------------------------------|B|-8/10--8/10------------------------|G|------------9-7-----7-5---5--------|D|----------------10------7---7-5-7--|

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Page 43: Apostila de Guitarra

A|-----------------------------------|E|-----------------------------------|

Logo no início do solo já surgem dois slides up. Para executá-los, toque na 2ª corda (Si - B) na 8ª casa e deslize seu dedo até a décima casa enquanto a corda ainda está soando. Para slides down (\), faça o mesmo esquema do slide up, só que desta vez deslize o dedo para traz (no sentido decrescente das casas). Vejamos outros exemplos:

e|-----------------------|B|-/10--10\--------------|G|-----------------------|D|-----------------------|A|-----------------------|E|-----------------------|

Neste caso deve-se iniciar o slide em alguma das primeiras casas da 2ª corda, ir até a 10ª casa e volta a 1ª. Perceba que apenas na 1ª ida do slide é que a nota deve ser tocada.

e|----------------------|B|-3/7\5\1--------------|G|----------------------|D|----------------------|A|----------------------|E|----------------------|

Neste exemplo foram feitos vários slides. Toca-se na 2ª corda na 3ª casa e desliza-se até a 7ª casa, retornando logo após à 5ª casa e terminando na 1ª casa. Mas lembre-se: apenas a 1ª nota deve ser tocada.

Vibrato (v ou ~)

O vibrato consiste em variar o tom de uma nota, causando um efeito de "vibração". Pode ser conseguido movendo o dedo sobre a corda na casa da nota para cima e para baixo (diversos bends rápidos) ou com alavancas. Veja este exemplo:

e|--------------------------------------|B|--------4/5--8------------------------|G|-----5---------7v--5---5v-------------|D|-5-7-----------------7----7--5--7-----|A|--------------------------------------|E|--------------------------------------|

Ao tocarmos na 3ª corda (Sol - G) na 7ª casa, efetuamos um vibrato com o

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Page 44: Apostila de Guitarra

dedo (subindo e descendo a corda rapidamente) ou com uma alavanca. O legal é que se conheça a música para se saber como o vibrato deve ser feito.

Tap (t)

O tap (ou tapping) consiste em tocar notas com a mão direita (supondo que você seja destro) diretamente nas cordas do instrumento. Veja o exemplo:

e|---------------------|B|--10h12---15t--------|G|---------------------|D|---------------------|A|---------------------|E|---------------------|

Aqui deve-se fazer primeiro um hammer-on tocando na 2ª corda (Si - B) na 10ª casa e martelando na 12ª casa da mesma corda e, logo após, com a mão direita, tocar na 15ª casa da mesma corda.

Muffled Strings (x)

Para realizar este efeito (que é comumente feito com acordes em riff), faça o acorde indicado e toque encostando apenas os dedos da mão esquerda sobre as cordas (não apertando as cordas contra o braço do instrumento), causando, assim, um efeito percusivo. Veja um exemplo:

e|------------------|B|------------------|G|------------------|D|--5x--------------|A|--5x--------------|E|--3x--------------|

Forma-se o acorde indicado (que é o riff do acorde Sol - G) mas não se pressiona os dedos contra o braço do instrumento, apenas encostando-os sobre as casas. Toque normalmente. Isso dará um efeito "percusivo" no acorde.

Harmônico Natural (H.)

Consiste em tocar a corda onde se localiza a casa da nota desejada e, após tocá-la, ainda com a corda vibrando, encostar levemente um dos dedos da mão esquerda sobre a casa desejada. Veja o exemplo:

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Page 45: Apostila de Guitarra

e|----------------|B|--10H.----------|G|----------------|D|----------------|A|----------------|E|----------------|

Toca-se a 2ª corda (Si - B) e logo após, com a corda ainda vibrando, coloca-se levemente o dedo sobre a 10ª casa. Lembre-se: não se deve apertar a casa, mas apenas colocar levemente o dedo sobre a corda.

Harmônico Artificial (H.A.)

Para conseguir este efeito, deve-se tocar a nota na casa indicada e logo após colocar outro dedo da mão esquerda (ou da mão direita) suavemente sobre a corda ainda vibrando. Observe o exemplo:

e|----------------|B|--5H.A.(17)-----|G|----------------|D|----------------|A|----------------|E|----------------|

Coloca-se algum dedo da mão esquerda na 17ª casa da 2ª corda (Si - B) e logo após, "martela-se" na casa 5 com algum dedo da mão direita.

Pinch Harmonic (P.H.)

Para realizar este efeito (o famoso "gritinho" feito nos solos), posiciona-se primeiramente a palheta entre as bordas do polegar e do indicador, e logo após, toca-se com firmeza a corda do instrumento. Veja o exemplo:

e|----------------|B|--5P.H.---------|G|----------------|D|----------------|A|----------------|E|----------------|

Toca-se com firmeza a 2ª corda (Si - B) com algum dedo da mão direita posicionada sobre a 5ª casa. DICA: comece treinando nas casas inferiores (7ª à 1ª casa), é mais fácil de se obter esse harmônico.

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Page 46: Apostila de Guitarra

Trill (Tr)

Este efeito consiste em pull-off's e hammer-on's executados repetidamente. Veja o exemplo:

e|------------------------|B|--Tr3(5)3(5)3(5)...-----|G|------------------------|D|------------------------|A|------------------------|E|------------------------|

Toca-se a 2ª corda (Si - B) na 3ª casa e faz-se alternância entre pull-off's e hammer-on's rapidamente. Note que "Tr" (a notação do Trill) aparece no começo do efeito.

Capítulo 10– POSTURA NA GUITARRA

Posição da Mão Direita

Se o seu posicionamento corporal e do instrumento estiver conforme foi descrito no início deste artigo, seu antebraço direito deverá estar formando um ângulo de aproximadamente 160 graus com o braço do instrumento. Este ângulo pode variar um pouco - alguns músicos tocam com o braço quase paralelo às cordas, como uma continuação delas - mas deve-se evitar é que seu braço direito fique perpendicular às cordas. Por este motivo, começamos posicionando o instrumento à altura do abdômen - mesmo quando de pé. Quanto mais baixo, mais perpendicular ficará seu braço direito. Agora, dois enfoques básicos: o uso dos dedos e o uso da palheta.

Usando os dedos da mão direita

Antes de continuarmos, outro conceito, os nomes dos dedos da MD:

p=polegar; i=indicador; m=médio; a=anular

em inglês, respectivamente: t=thumb; p=pointer; m=medium; r=ringer

Qualquer que seja seu instrumento - violão, baixo ou guitarra - existem técnicas para o uso dos dedos da mão direita ao tocar, sem a palheta. Para isto, devemos primeiro adequar a mão direita a isto.

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Page 47: Apostila de Guitarra

Um ponto importantíssimo para o uso dos dedos da MD (mão direita) são as unhas. O seu uso é primordial para que se obtenha um som claro e definido; sem elas, o som ficará "abafado", além da formação de calos nos dedos, o que pode interferir tb. no som, pela irregularidade da superfície.

Os dedos i,m,a DEVEM ter as unhas com tamanho adequado. A unha do polegar pode ou não ser usada, de acordo com o gosto e estilo de cada músico; como o polegar geralmente trabalha com a marcação dos bordões (baixos), é até lógico que o som seja obtido de maneira diferente dos outros dedos. Alguns músicos utilizam um acessório chamado "dedeira" (feita de plástico ou osso-encontrada em music shops), que substitui a unha do polegar, dando assim uma variedade no som obtido pelo músico.

O uso do dedo mínimo não é muito popular, embora não seja descartado de forma alguma - músicos clásssicos, flamencos e até baixistas usam este dedo. Se vc/ estudar ou desenvolver técnicas com sua utilização, mantenha a unha deste dedo como as dos i,m,a.

As unhas do i,m,a devem estar com um comprimento tal que, ao olhar o dedo pelo lado da digital, seja possível enxergar um pedaço mínimo de unha. Na prática, o comprimento deve ser tal que ao passar o dedo pela corda, seja ouvido o som obtido pela unha com facilidade, mas nunca comprida demais para dificultar a passagem do dedo pela corda (ou seja, não pode "prender" na corda).

As unhas devem ser lixadas e polidas, acompanhando a forma da ponta dos dedos, sem nenhuma irregularidade, para que não "prendam" na corda ou façam barulhos indesejáveis. Mantenha-as assim para que elas o ajudem, e não o contrário.

Tocando com os dedos da MD

A técnica para tocar utilizando os dedos baseia-se muito no seu estilo; basicamente, a posição da mão direita será a seguinte: o pulso ficará a uma pequena distância do tampo do instrumento; a mão se posicionará sobre o aro, no violão, e na guitarra, de acordo com o som que se deseja obter (escolha de captadores e timbre) - mas numa posição semelhante.

O polegar ficará separado dos outros dedos da MD, fazendo uma linha quase reta com o lado superior do antebraço. No caso de se tocar utilizando a unha, ele se posicionará da mesma forma, só que um pouco mais virado para o instrumento.

Os dedos i,m,a ficam perpendiculares às cordas, semi-curvados, com as pontas dos dedos prontas para tocar as cordas.

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Page 48: Apostila de Guitarra

Os dedos da MD podem tocar utilizando duas técnicas: com ou sem apoio. Com apoio, eles tocarão a corda e "descansarão" na corda seguinte, sem tocá-la; sem apoio, tocarão a corda e não encostarão em corda nenhuma após o fato. Alguns músicos utilizam o apoio para o polegar e sem apoio para o resto dos dedosm, como uma forma de localizar a MD relativamente às cordas. Embora diversos professores adotem esta técnica para iniciantes, a fim de obter um condicionamento para o posicionamento da MD, deve ser utilizado por um tempo limitado, porque, embora facilite a localização das cordas, cria um vício na necessidade de um "guia" para o s dedos. O guia para os seus dedos deve ser a sua técnica e o seu cérebro.

Se vc. tocar baixo, defina bem seu estilo para deixar ou não as unhas da MD crescerem. O som da unha nas cordas do contrabaixo realça o som agudo, mais metálico. Se esta for sua intenção, tudo bem. Mas lembre-se: para tocar contrabaixo com as unhas vc. terá que ter cuidado dobrado com elas - as cordas são muito mais prejudiciais ao seu formato, exigindo manutenção contínua, e podem até quebrá-las.

Tocando com a palheta ("picking")

A palheta (pick) é um assessório obrigatório para a maioria dos guitarristas, baixistas e até violonistas modernos. Seu som é característico, claro, e seu uso com técnica apurada fornece velocidade e precisão indiscutíveis. São poucos os grandes guitarristas se utilizam somente dos dedos para tocar e solar (Mark Knopfler, do Dire Straits é um grande exemplo).

As palhetas são encontradas em diversos formatos, tamanhos e espessuras. Para começar, escolha uma palheta de formato regular (quase triangular, com os cantos arredondados), de espessura média. Após acostumar-se com seu movimento, vc. pode experimentar outras espessuras e tamanhos.

O posicionamento da MD para tocar com a palheta é o seguinte: ela deve ser segurada entre a polpa do dedo polegar e o nó da última articulação do dedo indicador, com a ponta voltada para as cordas do instrumento. Os outros dedos da MD devem ficar curvados para dentro da palma. NÃO se deve apoiar qualquer dedo no instrumento, NEM a mão sobre a ponte ou cavalete. Estes maus-hábitos devem ser cortados desde o início, pois são dificílimos de abandonar após instalados. (imagine vc. acostumar com o apoio na ponte e precisar, um dia, tocar com uma guitarra equipada com Floyd Rose.... vai ser engraçado - senão trágico...)

A área de contato entre palheta/corda é de, no máximo, 1mm. A superfície da palheta deverá ficar paralela à corda, e não transversal. Embora alguns espertos acreditem que esta técnica dá mais velocidade, o som obtido não é claro. Existem músicos que utilizam a técnica da palhetada inclinada para

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obter um timbre difierente em uma ou outra música, mas não é um padrão a se seguir. Vc. deverá buscar precisão e velocidade com a técnica correta. A palheta deve ser segura de maneira firme: não com força, mas suficientemente segura para não cair durante seu uso.

O movimento da palheta é obtido de duas maneiras: com o movimento dos dedos ou com o movimento do pulso.

O movimento de dedos é conseguido pelo movimento do polegar para frente e para trás ou para cima e para baixo, sobre a palheta, como se fosse uma gangorra, usando o dedo indicador como suporte. O curso da palheta deverá ser mínimo, para que se consiga um movimento uniforme e rápido.

O movimento da palheta através do pulso é obtido ou com a rotação do pulso ou com o deslocamento do pulso para os lados. Vamos exagerar: para perceber a rotação, segure a palheta do modo correto. Agora, vire sua palma da mão para cima, e depois para baixo. Isto é rotação do pulso. É claro que este movimento deverá ser mínimo, quase imperceptível. Vamos ao deslocamento lateral. Segure a palheta do modo correto. SEM MEXER O BRAÇO direito, posicione a palheta na direção da 6a. corda, depois, na direção da 1a. Notou como sua mão desloca-se lateralmente em relação ao pulso?

Vc. viu que, na verdade, as 2 maneiras podem ser efetuadas de 4 jeitos. Tente todas, para ver qual se adapta melhor a vc. Uma dica: NÃO faça o movimento vir do cotovelo. Além de descontrolado, este movimento ocasiona cansaço e dores, além de problemos ortopédicos futuros, pela tensão exagerada que é utilizada.

Faça o seguinte: se o movimento através dos dedos é difícil para vc., faça os movimentos vindos do pulso, MAS CONCENTRE-SE NOS DEDOS. Parece ridículo, mas o esforço direcionado para os dedos para no pulso, e evita o movimento do cotovelo. Existem diversos estilos de palhetada, mas vamos começar com 3: sweep up, sweep down, alternate = só pra cima, só pra baixo, alternado

Treine bastante desde o início para acostumar-se com o posicionamento, pulos entre as cordas, movimento. Procure obter sempre o MENOR movimento possível da MD. Isto proporciona um costume que lhe levará a dominar as palhetadas, obter clareza, técnica e velocidade com o tempo.

- Sempre que for estudar ou tocar, faça um RELAX total, seguindo este guia:

sente-se relaxe seu couro cabeludo

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Page 50: Apostila de Guitarra

relaxe suas pálpebras relaxe suas bochechas relaxe seu nariz relaxe suas orelhas relaxe sua mandíbula relaxe seu pescoço relaxe sua garganta relaxe seus ombros relaxe suas costas relaxe seus deltóides relaxe seus bíceps relaxe seus tríceps relaxe seus antebraços relaxe seu peito relaxe seu abdomen relaxe seus braços relaxe sua cintura relaxe suas nádegas(he,he...) relaxe suas coxas relaxe seus calcanhares relaxe seus pés relaxe os dedos dos pés relaxe seus pulsos relaxe suas mãos e dedos Adote um exercício (provavelmente, um cromático) para aquecer, SEMPRE.

Fazendo isto, no máximo em 5 min., vc. começará tocando sem tensões, e sem aquele negócio de chegar, pegar o instrumento e sair tocando, o que nem sempre traz algo produtivo de início.

Capítulo 11– ESCALAS

Bom, chegamos ao capítulo que todo mundo esperava. As tão faladas escalas musicais! Primeiramente, você precisa saber o que é uma escala. De uma maneira bem grotesca, mas para um fácil entendimento, uma escala é um grupo de notas que soam bem quando tocadas em grupos ("seqüências").

Mas de uma maneira bem formal podemos dizer que Escala nada mais é que uma  seqüência de notas sucessivas, separadas por tons e semitons. Dependendo da forma que estão organizados estes intervalos, nós obteremos um modo maior ou menor.

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Page 51: Apostila de Guitarra

Em geral precisamos das escalas para fazer um solo enquanto alguém em outro violão ou teclado ou qualquer instrumento harmônico faz ao mesmo tempo uma base, a harmonia. É possível ainda solar fazendo junto a harmonia, o que dificulta um pouco mais a execução. É possível também solar e sugerir a harmonia apenas através do solo o que já é bem mais avançado.

Existem duas questões básicas neste estudo que são:

1) a execução da escala, ou seja saber o desenho dos dedos no braço do violão (que é um exercício físico, exige muita repetição)

2) o uso da escala, ou seja saber em que casos ou circunstâncias aquela escala deve ser usada (que é um exercício mental, precisa ser decifrado pelo menos uma vez).

Depois de termos uma pequena noção dos intervalos, fica fácil entender como se formam as escalas. Para tanto, basta saber uma pequena fórmula que chamada de fórmula da escala maior.

A formula consiste em um conjunto de oito intervalos que são os seguintes .

1 2 3 4 5 6 7 8

Esses números representam cada nota da escala e eles são lidos como intervalo de primeira ou tônica, segunda, terça, quarta ... oitava. Mas para podermos ver realmente a cara da escala maior temos que ver a fórmula em sua totalidade. Entre cada número daqueles existe uma distância (intervalo) seja ela de um tom ou meio tom . A fórmula é apresentada a seguir:

Vamos ver agora como podemos achar qualquer escala maior sabendo apenas o tom da escala .

Supunhamos que a escala que queremos achar é a escala de A ( la ) maior , portanto o tom da escala é A maior então a primeira nota da escala será o

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Page 52: Apostila de Guitarra

próprio A maior, pois ele é que é a tônica . Em seguida vamos analisar a fórmula da escala . A primeira nota nós já sabemos, é o A, para achar-mos a segunda vamos ver o que a fórmula pede. A fórmula diz que a segunda está um tom acima da primeira , portanto vamos ver qual nota esta a um tom inteiro da nota A .

A nota que está um tom acima da nota A é a nota B . Após achar-mos a segunda vamos achar a terceira nota, ou intervalo. A fórmula me diz que a terça está um tom acima da primeira , portanto vamos ver que nota está um tom acima de B. A nota é C#.

Agora que já achamos a tônica, segunda e terça vamos achar a próxima nota que é a quarta da escala . A fórmula me diz que a quarta esta 1/2 (meio) tom acima da terça, portanto a nota é D. Após isso vamos para a próxima que é a quinta . A fórmula me diz que a quinta esta um tom acima da quarta, portanto a nota que está um tom acima da nota D é a nota E. Vamos agora achar a sexta. A fórmula diz que a sexta está um tom acima da quinta, portanto a nota que está um tom acima da nota E é a nota F#

Vamos agora achar a sétima. A fórmula diz que a sétima está um tom acima da sexta, portanto a nota que está um tom acima da nota F# é a nota G#. Vamos para a última que é a oitava . A fórmula diz que a oitava está 1/2 (meio) tom acima da sétima, portanto a nota que está meio tom acima da nota G# é a nota A.

Dessa maneira, seguindo sistematicamente a fórmula, não há como errar . Achar a escala maior de qualquer tom, torna-se uma tarefa obsoleta, tendo com pré requisito o conhecimento mínima da disposição das notas musicais e a simples tarefa de decorar a fórmula e aplicar as notas dentro dela .No final dessa apostila, eu preparei alguns exercícios relacionados a tudo o que vamos estudar. Também coloquei as respostas de cada um; mas para que você possa ter algum proveito dessa apostila, faça todos os exercícios sem olhar nas resposta .

Tipos de Escalas

Nesta apostila não temos o objetivo de fornecer todas as escalas que existem até porque há infinitas combinações. Analiseremos e colocaremos as mais famosas e utilizadas nas músicas ok? Então vamos a elas.

A Escala Maior

A Escala Maior é a mais importante de todas, pois a partir dela, obtemos todas as outras escalas. A fórmula para obtermos essa escala é:

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Page 53: Apostila de Guitarra

Tônica - 2ª - 3ª - 4ª - 5ª - 6ª - 7ª - Oitava

Os intervalos são: Tônica --1 tom--> 2ª --1 tom--> 3ª --1/2 tom--> 4ª --1 tom--> 5ª --1 tom--> 6ª --1 tom--> 7ª --1/2 tom--> 8ª

Exemplos:1 - se a tônica for C (Dó), temos: C D E F G A B C (Escala Maior de Dó).2 - se a tônica for A (Lá), temos: A B C# D E F# G# A (Escala Maior de Lá).

Aplicando na guitarra:

1- Escala Maior de Dó:e-----------------------------------------B-----------------------------------------G-----------2-4-5-------------------------D-----2-3-5-------------------------------A-3-5-------------------------------------E------------------8-10-12-13-15-17-19-20-1 3 1 2 4 1 2 4 1 2 4 1 2 4 1 2

ou

2- Escala Maior de Lá:e-----------------B-----------------G-----------------D-------------6-7-A-------5-7-9-----E-5-7-9-----------1 2 4 1 2 4 1 2

Estes são apenas alguns exemplos de possibilidade de patterns (seqüências prontas) para a Escala Maior. Note que você pode aplicá-la em qualquer lugar do braço, colocando a tônica em posições diferentes (ex: C no 8º traste da E grave ou 1º traste da B).

É importante não ficar viciado em padrões "sobe-e-desce" da escala, pois isso limita sua criatividade na hora de escrever os licks. Tente improvisar sobre a escala de diferentes formas. Esta escala soa bem sobre os acordes maiores e tem uma sonoridade "alegre". É muito utilizada em rock, country, jazz e fusion.

- A Escala Menor

A Escala Menor é a Escala Maior com bemóis na 3ª, 6ª e 7ª. Logo, a sua fórmula é:

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Tônica - 2ª - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª b - OitavaOs intervalos são:

Tônica --1 tom--> 2ª --1/2 tom--> 3ª b --1 tom--> 4ª --1 tom--> 5ª --1/2 tom--> 6ª b --1 tom--> 7ª b --1 tom--> OitavaExemplo:

Escala Menor de Fá: F G Ab Bb C Db Eb F

Aplicando na guitarra: Fá Menor

e--------------------B--------------------G-------------6-8-10-D------6-8-10--------A-8-10---------------E--------------------1 3 1 2 4 1 2 4

Novamente (aliás, sempre), você pode criar quantos patterns quiser sobre a escala: basta tocar em lugares diferentes do braço. Quanto a sonoridade, essa escala soa mais melancólica, é muito utilizada nos mais diferentes estilos (pop, blues, rock, fusion, country e heavy metal) e é tocada sobre acordes menores.

Uma nota importante a se fazer é o fato de toda Escala Maior ter uma relativa Menor e vice-versa. Para descobrir qual é a relativa Menor, observe a 6ª nota da Escala Maior (ex: relativa menor de C é A); para a relativa Maior, veja a 3ª da Escala Menor (ex: relativa maior de D é F).

Escala Pentatônica Menor

Junto com a Pentatônica Maior, é a escala mais simples que você pode aprender. São apenas cinco notas . mas que soam muito bem e, pelo que me consta, é a escala mais utilizada em toda a história da guitarra elétrica. Alguns mestres nessa escala: Stevie Ray Vaughan, Eric Clapton, Jimmy Page e, claro, B.B. King e Jimi Hendrix.

É uma escala fácil de se tocar porque, como o número de notas é menor, a margem de erro no improviso também é menor. A fórmula é:

Tônica - 3ª b - 4ª - 5ª - 7ª b – Oitava

Exemplo: Penta Menor de Ee------------------------------------B----------12-15b17--b17r15-12-------G----12-14---------------------14----D-14------------------------------14-

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A------------------------------------E------------------------------------3 1 3 1 2 2 1 2 2

A escala é aplicável em quase todos os estilos musicais e soa bem sobre acordes Menores, Menores com 7ª ou com 7ª Dominante

Escala De Blues

Como o próprio nome já diz, é muito usada em blues. Trata-se de uma Pentatônica Menor com uma 5ª Menor incluída. Logo:

Tônica - 3ª b - 4ª - 5ª b - 5ª - 7ª b – Oitava

Exemplo -- Blues em E: E G A Bb B -D E

Na guitarra, temos, em E:e-17-15----------------------------------B-------17-15----------------------------G-------------16-15-14-12-14b16-14-12----D-------------------------------------14-A----------------------------------------E----------------------------------------

Tocamos essa escala sobre acordes Menores, Menores com 7ª, Menores com 9ª, 7ª Dominante e 9ª Dominante.

Escala Pentatônica Maior

Essa escala é muito usada em country devido a sua sonoridade característica. Para obtê-la, utilizamos a mesma fórmula de construção do acorde Maj6/9:

Tônica - 3ª - 5ª - 6ª - 9ª - Oitava ou, se você preferir (é a mesma coisa): Tônica - 2ª - 3ª - 5ª - 6ª - Oitava

Exemplo -- Penta Maior de F: F G A C D F

Aplicando na guitarra, em F:e----------------------------B----------------------------G----------------------------D---------8-10b12-12---------A-8-10-12------------12-10-8-E----------------------------1 2 4 1 2 4 4 2 1

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Page 56: Apostila de Guitarra

É tocada sobre os acordes Maiores, Maiores com 7ª e com 7ª Dominante

Escala Menor Harmônica

É uma escala derivada da Escala Menor Natural. Apenas adicione um sustenido na 7ª:

Tônica - 2ª - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª - Oitava

Exemplo -- Menor Harmônica em A: A B C D E F G# A

Aplicando no braço:e---------------------B---------------------G---------------------D-----------------6-7-A-------5-7-8-7-8-----E-5-7-8---------------1 2 4 1 2 4 2 4 1 2

Sua sonoridade é bem próxima a da Escala Menor Natural. Cai muito bem em solos rápidos estilo Yngwie Malmsteen (ouça esse cara tocar se você não o conhece ainda!).

Escala Melódica Menor

Esta escala é muito diferente das outras até agora. Ela se caracteriza por ter duas configurações diferentes, uma quando ascendendo e outra quando descendendo. Quando ascendendo, temos uma Escala Menor Natural com suas 6ª e 7ª sustenidas (assim, apenas a 3ª bemol a diferencia da Escala Maior).

Já descendendo, tocamos a Escala Menor Natural, sem nenhuma alteração:

Ascendendo: Tônica - 2ª - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª - 7ª - Oitava

Descendendo: Tônica - 2ª - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª b – Oitava

Exemplos:

Ascendendo em Melódica Menor de A: A B C D E F# G# ADescendendo em Melódica Menor de A: A B C D E F G A

Na guitarra, em A:e---------------------------B---------------------------

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G---------------------------D-------------6-------------A-------5-7-9---8-7-5-------E-5-7-8---------------8-7-5-1 2 4 1 2 4 1 4 2 1 4 2 1

Treine bem essa escala, pois é um pouco complicado de pegar o jeito no começo. Depois, quando tiver prática, ela é muito legal para solos rápidos, tipo Speed Metal.

Escalas Exóticas

Estas são escalas não muito comuns, mas que podem aparecer no seu dia-a-dia como músico. A maioria é "fundo-de-baú", as quais você não vai encontrar tão facilmente (já ouviu falar da Escala Penta Kumoi??); as que serão mostradas aqui são as que julgo mais legais e já vi em algumas músicas. Vamos a elas:

1. Escala Espanhola:

Como o próprio nome diz, possui uma sonoridade hispânica e é muito legal para algumas introduções de música. A fórumula é:

Tônica - 2ª b - 3ª - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª b – Oitava

Quase uma Escala Menor Natural (troca-se a 3ª bemol por uma 2ª bemol). Para uma experiência mais prática, tente emendar, antes do riff da introdução de "The Unforgiven" (Metallica), algum lick nessa escala. Fica bem legal!

2. Escala Pentatônica Egípcia:

Essa aqui é muito estranha quanto ao som. Só ouvindo mesmo. A fórmula é:Tônica - 2ª - 4ª - 5ª - 7ª b - Oitava

3. Escala Napolitana Menor:

Muito parecida com a Escala Espanhola, pois a única diferença é um bemol na 3ª. Aliás, você pode combinar as duas escalas, produzindo um efeito interessante, parecido com a Escala Melódica Menor. A fórmula:

Tônica - 2ª b - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª b – Oitava

Outras Escalas Exóticas (Só pra vocês terem uma idéia)

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Page 58: Apostila de Guitarra

Menor Pentatônica

F G A# C D# F G A C

Hirojoshi

D# G G# C D D# G G# C

8 Tone Spanish

A# C C# D# E F F# G# A#

Kumoi

D# G A C D D# G B C

Persian

C C# E F F# G# B C

Enigmatic Scale

G# A# B C C# E F# G# A#

Composite II

G# B A A# E F# G G# B

- Exercícios de Escala

Veja se você está dominando um pouco esse assunto de escalas. Estamos colocando abaixo algumas delas para você praticar:

Fique uns 5 min em cima de cada uma subindo e descendo.

Quando vc estiver craque no dominio e sabendo qual é qual, leia o apítulo sobre improvisação que se encontra nos capítulos finais desta apostila.

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Page 59: Apostila de Guitarra

Cada escala e modos tem seus climas próprios para serem usados em suas músicas.

Escala de Lá pentatônica menor:

---------------------------------------5--8---------------------------- --------------------------------5--8----------------------------------- -------------------------5--7------------------------------------------ ------------------5--7------------------------------------------------- ----------5--7--------------------------------------------------------- --5--8-----------------------------------------------------------------

Escala de C maior:

----------------------------------------------------------------10-12-13-- --------------------------------------------------10-12-13---------------- --------------------------------------9-10-12----------------------------- --------------------------9-10-12----------------------------------------- --------------8-10-12----------------------------------------------------- --8-10-12-----------------------------------------------------------------

Escala de Sol harmônica:

------------------------------------------2-3----------- ------------------------------------3-5----------------- --------------------------2-3-5------------------------ --------------------4-5--------------------------------- -----------3-5-6--------------------------------------- --3-5-6------------------------------------------------

Escala de E natural

|------------------------------1012131210-------------------------||------------------------101213-----------131210------------------||------------------9-1012-----------------------12109-------------||------------9-1012-----------------------------------12109-------||------8-1012-----------------------------------------------12108-||8-1012-----------------------------------------------------------|

Escala menor harmônica em A:

|------------------------------7-8-10-8-7------------------------------||------------------------6-9-10-----------109-6------------------------||------------------5-7-9------------------------9-7-5------------------||------------6-7-9------------------------------------9-7-6------------||------5-7-8------------------------------------------------8-7-5------||5-7-8------------------------------------------------------------8-7-5|

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Page 60: Apostila de Guitarra

Escala menor harmônica em E:

|------------------------8-11-12-11-8--------------------------------||------------------8-1012-------------12108--------------------------||------------8-9-11-------------------------119-8--------------------||------7-9-10--------------------------------------109-7-------------||7-9-10--------------------------------------------------109-7-------||--------------------------------------------------------------------|

Em Ré:

E-------------------------------------------------10---13---10------------------------------------------------------- B-------------------------------------------12---------------------12------------------------------------------------- G-------------------------------10---13---------------------------------13---10------------------------------------- D--------------------9---12---------------------------------------------------------12---9--------------------------- A--------------11------------------------------------------------------------------------------11--------------------- E---10---13------------------------------------------------------------------------------------------13---10---------

Em Fá:

E--------------------------------------------------13---16---13------------------------------------------------------- B--------------------------------------------15---------------------15------------------------------------------------- G--------------------------------13---16---------------------------------16---13------------------------------------- D--------------------12---15---------------------------------------------------------15---12------------------------- A--------------14---------------------------------------------------------------------------------14------------------- E---13---16---------------------------------------------------------------------------------------------16---13-------

Em Sol Sustenido:

E---------------------------------------4---7---4------------------------------------------------------------------------- B----------------------------------6-----------------6-------------------------------------------------------------------- G-------------------------4---7--------------------------7---4----------------------------------------------------------- D----------------3---6--------------------------------------------6---3-------------------------------------------------- A-----------5--------------------------------------------------------------5---------------------------------------------- E---4---7-----------------------------------------------------------------------7---4-------------------------------------

Em Si:

E-------------------------------------------7---10---7-------------------------------------------------------------------- B--------------------------------------9------------------9---------------------------------------------------------------- G---------------------------7---10----------------------------10---7----------------------------------------------------- D------------------6---9-------------------------------------------------9---6-------------------------------------------- A-------------8-------------------------------------------------------------------8---------------------------------------- E---7---10----------------------------------------------------------------------------------------------------------------10---7------------------------------

Capítulo 12– MODOS GREGOS

Os Modos Gregos são escalas derivadas da Escala Maior, que por sinal também é um modo, chamado Jônio. Outro Modo que você já deve conhecer é o Eólio (Escala Menor Natural). Agora, irei introduzir os restantes: Dórico,

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Page 61: Apostila de Guitarra

Frígio, Lídio, Mixolídio e Lócrio. Antes, você deve tomar conhecimento do Campo Harmônico Maior, onde estão localizados os mesmos.

Campo Harmônico Maior

Escala I Grau II (IX) Grau III Grau IV (XI) Grau V Grau VI (XIII) Grau VII Grau I (Oitava) Grau

A A B C# D E F# G# A

A# / Bb A# C D D# F G A A#

B B C# D# E F# G# A# B

C C D E F G A B C

C# / Db C# D# F F# G# A# C C#

D D E F# G A B C# D

D# / Eb D# F G G# A# C D D#

E E F# G# A B C# D# E

F F G A A# C D E F

F# / Gb F# G# A# B C# D# F F#

G G A B C D E F# G

G# / Ab G# A# C C# D# F G G#

Modo Jônio Dórico Frígio Lídio Mixolídio Eólio Lócrio Jônio

A tabela deve ser interpretada da seguinte maneira: pegamos como exemplo o Modo Dórico. Ele é o segundo grau do Campo Harmônico Maior, ou seja, D Dórico corresponde a C Jônio (C Maior).

Analogamente, B Frígio corresponde a G Jônio e assim por diante. Dessa forma, você consegue montar os patterns de todos os Modos, já que conhece todas as escalas maiores. Aqui estão os exemplos em áudio para se ter uma idéia da sonoridade de cada modo, no campo harmônico de G:

Para referência no braço, abaixo estão os patterns para todos os modos (com a tônica na 6ª corda), no campo de G:

G Jônio (I Grau)e-------------------------------5-7-8-B-------------------------5-7-8-------G-------------------4-5-7-------------D-------------4-5-7-------------------A-------3-5-7-------------------------E-3-5-7-------------------------------A Dórico (II Grau)e--------------------------------7-8-10-B-------------------------7-8-10--------G-------------------5-7-9---------------

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D-------------5-7-9---------------------A-------5-7-9---------------------------E-5-7-8---------------------------------B Frígio (III Grau)e-------------------------------------8-10-12-B-----------------------------8-10-12---------G----------------------7-9-11-----------------D---------------7-9-10------------------------A--------7-9-10-------------------------------E-7-8-10--------------------------------------C Lídio (IV Grau)e------------------------------------------10-12-14-B---------------------------------10-12-13----------G-------------------------9-11-12-------------------D-----------------9-10-12---------------------------A---------9-10-12-----------------------------------E-8-10-12-------------------------------------------D Mixolídio (V Grau)e----------------------------------------------12-14-15-B-------------------------------------12-13-15----------G----------------------------11-12-14-------------------D-------------------10-12-14----------------------------A----------10-12-14-------------------------------------E-10-12-14----------------------------------------------E Eólio (VI Grau)e----------------------------------------------14-15-17-B-------------------------------------13-15-17----------G----------------------------12-14-16-------------------D-------------------12-14-16----------------------------A----------12-14-15-------------------------------------E-12-14-15----------------------------------------------F# Lócrio (VII Grau)e----------------------------------------------15-17-19-B-------------------------------------15-17-19----------G----------------------------14-16-17-------------------D-------------------14-16-17----------------------------A----------14-15-17-------------------------------------E-14-15-17----------------------------------------------

Portanto, concentre-se. Se você não entendeu o que relatamos acima, estamos explicando melhor os famosos Modos Gregos. Veja:

Modos são apenas escalas derivadas da escala maior. Já vimos que cada escala maior tem uma relativa menor derivada a partir do VI grau. A escala de C, por exemplo, tem a de Am como sua relativa.

Reveja abaixo.

(-----Escala de Am-----)=>C D E F G A B C D E F G A=>(---- Escala de C ------)

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Page 63: Apostila de Guitarra

A questão é simples: assim como posso construir uma escala contendo as mesmas notas a partir do VI grau, é possivel construi-las a partir de qualquer grau da escala maior. Há, portanto, 7 modos distintos de se tocar uma escala diatônica, iniciando-se em qualquer ponto da mesma. Se você iniciar em E, por exemplo, terá:

E F G A B C D E

Este modo, que se inicia no III grau da escala (E, no caso da escala de C) é denominado de modo Frígio. Agora você precisa usar um pouco o ouvido e, se possível, um amigo. Peça para que ele toque o acorde de C enquanto você executa a escala no modo frígio, de E à E.

Ela deve soar exatamente como a escala de C. Agora peça para que ele toque Em e repita a escala. Soa diferente? Mais alegre ou mais triste? Para entender porque eu disse para tocar o acorde de Em você precisa rever lição anterior sobre formação de acordes. Repita este mesmo procedimento iniciando em D. Toque a escala sobre o acorde de C e depois sobre o de Dm. Que tal o efeito? Esta escala iniciando no II grau é conhecida como modo Dórico.

A tabela abaixo resume os modos com suas principais caraterísticas:

Grau Nome Tipo (Acorde) - Ver lição V

Característica Sonora

I Jônico(=Jônio) Maior Imponente, majestoso, alegre

II Dórico Menor "Weepy" - Musica countryIII Frígio Menor "Dark", "down" - "Heavy

metal"IV Lídeo Maior Suave, doceV Mixolídeo Maior Levemente triste - Blues e

rockVI Eólio Menor Escala Menor Natural - Uso

geralVII Lócrio Menor Exótico, meio oriental

O interessante agora seria que você construisse os 7 modos possíveis em cada uma das escala e, evidentemente, tocasse em seguida cada um deles.

Observe que neste sistema utilizou-se modos diferentes em um mesmo tom, isto é, as notas componentes de cada modo eram exatamente as mesmas e, por isto, oriundas da escala de um mesmo tom.

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Page 64: Apostila de Guitarra

Acontece que é também possível construir modos diferentes mantendo o I grau fixo e modificando o tom em cada uma delas, isto é, modos diferentes em tons diferentes. Isto é um pouco mais complicado (por favor, só siga adiante se você já tiver realmente um bom conhecimento das lições anteriores) e exige que se decore algumas regras básicas, a saber:

Seria também conveniente que você escrevesse cada um dos modos para os diferentes tons e, em seguida, tocasse cada um deles. Procure perceber as diferenças entre eles do ponto de vista melódico.

Capítulo 13– APLICAÇÃO DAS ESCALAS

Nesse capítulo iremos abordar sobre vários assuntos relacionados as escalas, tentarei descomplicar o estudo, você aprenderá a entender as escalas e aplica-las baseando-se no campo harmônico.

Para completo entendimento desse assunto será necessário que os desenhos dos Modos Gregos e Pentatônicas, estejam bem decorados, por isso, treine incansavelmente as escalas até que elas estejam quase perfeitas.

É muito importante antes de nos aprofundarmos no assunto, esclarecermos certos pontos relacionado as escalas. Os Modos Gregos são compostos de 5 desenhos, mas na verdade são 7 escalas, pois Lôcrio/Jônio e Frígio/Lídio na verdade são 2 escalas "embutidas" em 1 desenho.

As escalas estão escritas no que chamamos de posição natural, onde você estará tocando somente notas naturais, ou seja, sem "Sustenidos' e "Bemóis", essa vai ser nossa área de estudo. Cada escala corresponde a uma nota tônica, vamos a elas:

MIXOLÍDIO: GEÓLIA: ALÔCRIO: BJÔNIO: CDÓRICO: DFRÍGIO: ELÍDIO: F

Veja porquê Lôcrio/Jônio e Frígio/Lídio são formados por um desenho mas na verdade são, na teoria, escalas diferentes, Lôcrio/Jônio são correspondentes as escalas de B/C, notas que você anda 1/2ton, assim como o FrÍgio/Lídio

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Page 65: Apostila de Guitarra

correspondem a E/F notas que também andam 1/2ton. Agora vamos descomplicar o pensamento em relação as escalas!

Todos os modos são formados pelas mesmas notas, sendo por exemplo a escala Mixolidio formada pelas notas:

G/A/B/C/D/E/F/G/ETC

e a Eólia formada pelas notas:

A/B/C/D/E/F/G/ETC

E assim por diante, as únicas coisas que mudam de uma escala para outra são: o desenho, e a nota de saida da escala, sendo o desenvolvimento dela igual em todas as outras escalas. Se todas as escalas têm as mesmas notas, elas seriam iguais então? Na teoria não, mas na prática sim.

Todas elas têm a mesma importância, em um solo todas elas podem ser encaixadas perfeitamente, porque como vimos -em matéria de notas- não há diferença entre elas.

Note que todas os desenhos se encaixam entre si, a idéia seria; onde termina uma escala já é o começo da outra, então elas têm uma seqüência lógica, o que é claro, facilita o estudo de visualização.

No assunto campo harmônico foi dito que escalas e acordes estão juntos, embutidos em uma coisa só, por exemplo, a escala Eólia começa em A, que acorde, maior ou menor casaria com a escala?

AM ou Am, visualizando, você verá que é o Am porque não há "sustenidos" nesse acorde, portanto a Eólia têm um desenho menor, mas isso não quer dizer que é uma escala menor porque na Jônio por exemplo, se encaixa um acorde de CM, então ela seria uma escala com desenho maior, mas na Eólia, assim como na Jônio, nós temos as mesmas notas, então não há diferença em nenhuma das duas, você poderá usar qualquer escala, em qualquer base, é claro com certos critérios que serão citados aqui. No campo harmônico os graus são relacionados as escalas sendo:

Primeiro grau: JônioSegundo grau: DóricoTerceiro grau: FrígioQuarto grau: LídioQuinto grau: MixolidioSexto grau: EóliaSétimo grau: Lôcrio

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Page 66: Apostila de Guitarra

Será muito mais fácil primeiro a leitura da seção "campo harmônico" para compreensão desta. Agora você tem que sempre pensar nas escalas como uma unidade, temos os desenhos mas todo o bloco é importante. O que vai acontecer muito com escalas, é a mudança de região, mas tudo é feito matematicamente, nós temos o campo harmônico original, onde seria a área de estudo e onde você não encontrará sustenidos, mas veja por exemplo, o campo harmônico de G.

G é claro está no primeiro grau que é da escala Jônio, então faça a escala Jônio sair da nota G na 6 corda, e pronto você fez a transposição correta! E as outras escalas vão andar proporcionalmente. No campo já estarão escritas as posições, mas você pode fazer isso usando a lógica, onde termina uma, começa a outra e assim por diante.

As escalas não mudam de ordem, elas mudam de região, tudo matematicamente, sempre depois da Jônio virá a Dórico e depois da Dórico, Frígio e assim por diante! Por isso é muito importante decorar as escalas muito bem, para ter opções, e para não "bitolarmos" em um desenho, as trilhas por exemplo são nada mais nada menos que forma prontas de duas ou mais escalas juntas e são importantes para conhecer novas formas.

As Pentatônicas são um resumo dos Modos Gregos, "Penta" significa 5, elas são as 5 tônicas dos Modos Gregos, e cada Modo Grego têm a sua Pentatônica correspondente, e só dar uma olhada nos desenhos, e para usa-las é a mesma coisa, elas acompanham os Modos. Existe um truque para solar em "Blues", que seria o seguinte: o "Blues" têm uma sonoridade muito característica, para seguir adiante temos que entender a sonoridade, o quê torna o "Blues" tão peculiar.

O "Blues" basicamente é construído por acordes maiores, mais especificamente é só pegar os acordes do Primeiro/Quarto/Quinto graus, esses graus são todos maiores, e em qualquer campo harmônico tocando essa seqüência, você terá uma "cadência Blues".

A particularidade do "Blues" vem de um efeito harmônico muito interessante, o "Blues" então é criado basicamente por acordes maiores, o quê caracteriza se um acorde é maior ou menor (consulte formação de acordes) seria o intervalo de terça, e temos a terça maior para acordes maiores e a terça menor para acordes menores, para ter um efeito "Blues", é tocado junto com o acorde maior a terça menor desse acorde, por exemplo, vamos pegar a tônica de um "Blues" em um campo harmônico natural, o de estudo, a tônica do "Blues" estaria no primeiro grau, C, o acorde de CM é formado pela terça maior que é a nota E, toque junto a nota Eb, que é a

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Page 67: Apostila de Guitarra

terça menor, pronto esse é o efeito "Blues"( Blue Note). Note que na Penta Blues a nota a mais que ela tem é exatamente o Eb.

Mas ainda não é só isso, o que os guitarristas de "Blues" fazem é mais radical; por exemplo: um "Blues" no campo harmônico natural seria basicamente CM/FM/GM, você de cara pode solar em, Modos gregos, Pentatônicas e Penta blues na posição original sem problemas, vai ficar bem dinâmico.

Mas para ter o efeito "Blues" realmente, pegue somente a Pentâtonica e a Penta blues e faça elas andarem 1 ton e ½ à frente da posição original. Ai sim você estará solando com a sonoridade "Blues"! mas o quê foi feito na verdade?

A idéia "Blues" é você tocar em cima de acordes maiores a terça menor da tônica do "Blues" certo? Agora vejamos, o tom do "Blues" natural é C, que escala faz parte desse ton? A escala Jônio, que é claro uma escala com desenho maior, andando todos os desenhos 1 ton e ½ a frente, que escala está agora em C? Seria a Eólia que é uma escala com desenho menor. Ou seja a idéia básica, que era tocar em cima de um acorde maior a terça menor se estendeu para onde havia uma escala com desenho maior há agora uma com desenho menor demais!

O quê é muito importante dizer é que quando você desloca as escalas 1 ton e ½ à frente, só use Pentas e Penta blues e esse efeito é só para "Blues"! Ou para músicas que usem o primeiro/ quato e quinto graus do campo harmônico.Então veja que linha de raciocínio simples que você pode seguir agora! Imagine um "Blues" em E.

A tônica de um "Blues" é sempre um acorde do primeiro grau!! ENTÃO ESTE SERIA O CAMPO HARMÔNICO DE E. Um Blues nessa tonalidade seria formado basicamente por, E/A/B, (primeiro grau/quarto e quinto) a tônica do "Blues" é sempre o acorde do primeiro grau.

Você poderia usar a Jônio saindo de E, Modos gregos /Pentatônicas, e poderia também usar a Penta da Eólia em E, o que daria o efeito "Blues"! É o mesmo raciocínio para todos os campos! LEMBRANDO QUE, QUANDO VOCÊ PEGA A PENTA DA EÓLIA E ANDA 1TON E ½ A FRENTE, TODOS OS OUTROS DESENHOS ANDARAM PROPORCIONALMENTE! A IDEIA DE PEGAR A EÓLIA E SÓ PARA FACILITAR O RACIOCÍNIO.

Capítulo 14– ARPEJOS, HARMÔNICOS, TAPPING E HARMONIZAÇÃO

Vamos elaborar neste capítulos conceitos importantes que darão um suporte para seu aprendizado. Saiba o que o Arpejo, o Harmônico, Tapping e

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Harmonização representam pra nossos estudos. São técnicas avançadas que lhe ajudarão a realizar muitas nuances. Vamos a elas.

1. Arpejos

Bom, os Arpejos são notas de um acorde tocadas em seqüência. Por exemplo, quando você tem o acorde C (C - E - G), se você toca uma nota após a outra, independente da ordem em que são tocadas, está realizando um arpejo do acorde C (Dó Maior).

Arpejo de C:

e-----------------B-----------------G-----------------D---------2-3-----A-3-5---5-----5-3-E-----3-----------1 3 2 4 1 2 4 1

Os patterns de arpejos, assim como os de escala, repetem a partir do 12º traste. Existem vários tipos de patterns diferentes, como este:

Arpejo de Gm (tocar em tercinas -- 3 notas por tempo)

e-----------------------------------------------B-----------------------------------------1-----G-----------------------------2-----4---2-------D-----------2-----4---2-5---4---2-5---4-----4-5-A---2-5---4---2-5---3-----5---------------------E-3-----5---------------------------------------2 1 4 4 2 1 1 4 2 2 1 4 4 2 1 1 4 2 4 2 1 1 2

2. Harmônicos

Toda vez que você toca uma nota na guitarra, são produzidos diversos harmônicos. No entanto, você só ouve, na maioria das vezes, o 1º harmônico (harmônico fundamental), que é aquele que possui o som mais alto. Quando se fala em tocar harmônicos na guitarra, leia: tocar harmônicos artificiais (eliminando o 1º harmônico e outros não desejados).

Esquecendo um pouco a física (você aprende isso na escola mesmo...) e colocando as coisas na prática, podemos ver duas maneiras distintas de tocar harmônicos na guitarra:

- Harmônicos com cordas abertas:

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Page 69: Apostila de Guitarra

São os mais simples de serem tocados. Apenas toque levemente as cordas (sem apertar contra a escala) sobre as posições indicadas à seguir para produzir o harmônico desejado. As posições que você pode tocar são as seguintes: trastes de nº 0 (pouco após a pestana), 3, 4, 5, 7, 9, 12, 16, 19 e 24. Uma observação que vale a pena fazer é que as tablaturas muitas vezes se referem à essa técnica como "Harmônicos Naturais".

- Harmônicos com a corda apertada:

Esses aqui podem trazer problemas no início. Consiste em tocar uma nota e tocar levemente a mesma corda, com um dedo da mão da palheta, exatamente uma oitava acima da nota tocada. A maneira mais fácil de tocar esses harmônicos é a seguinte:

- Toque a nota com uma palhetada no local certo (12 trastes acima da nota tocada) e, quase simultaneamente, utilize o polegar da mão da palheta para tocar levemente a corda nesse local.

- Se der tudo certo, você irá ouvir uma nota bem aguda, exatamente uma oitava acima da original.

Treine bastante essa técnica, pois é difícil de se pegar no começo.

3. Tapping

Muitos guitarristas iniciantes tentam imaginar como Steve Vai ou Eddie Van Halen conseguem colocar tanta velocidade em algumas partes de seus solos. Uma das técnicas utilizadas é o Tapping, difundida por Eddie Van Halen (muitos atribuem a ele a criação dessa técnica, mas não existe nada comprovado quanto a isso). Consiste em executar um hammer-on com um dos dedos da sua mão direita (que segura a palheta), seguido de alguma parte legato na mão da escala. Para simplificar, vamos para um exemplo prático:

Te----------B-12p8p7p5-G---------- T=tappingD----------A----------E----------

Com um dos dedos da sua mão direita (geralmente o médio ou o indicador), toque o B indicado na tab. Enquanto faz isso, sua mão da escala deve estar posicionada adequadamente, com os dedos 1, 2 e 4 no E, F# e G, respectivamente. Após o hammer, execute a seqüência de pull-offs na mão esquerda.

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Treine com metrônomo, começando em 60 bpm, lembrando que cada nota da tab dura 1/8 de tempo.Quando já tiver segurança desse início da técnica, tente o Tapping do início do solo de "One" (Metallica):

T T T T T T T Te-19p15p12--19p15p12-19p15p12-19p15p12-19p15p12-19p15p12-19p15p12-19p15p12-|B--------------------------------------------------------------------------|G--------------------------------------------------------------------------|D--------------------------------------------------------------------------|A--------------------------------------------------------------------------|E--------------------------------------------------------------------------|T T T T T T T Te-20p15p12--20p15p12-20p15p12-20p15p12-20p15p12-20p15p12-20p15p12-20p15p12-|B--------------------------------------------------------------------------|G--------------------------------------------------------------------------|D--------------------------------------------------------------------------|A--------------------------------------------------------------------------|E--------------------------------------------------------------------------|T T T T T T T Te--------------------------------------------------------------------------|B-19p15p12--19p15p12-19p15p12-19p15p12-19p15p12-19p15p12-19p15p12-19p15p12-|G--------------------------------------------------------------------------|D--------------------------------------------------------------------------|A--------------------------------------------------------------------------|E--------------------------------------------------------------------------|T T T T T T T Te--------------------------------------------------------------------------|B-20p15p12--20p15p12-20p15p12-20p15p12-20p15p12-20p15p12-20p15p12-20p15p12-|G--------------------------------------------------------------------------|D--------------------------------------------------------------------------|A--------------------------------------------------------------------------|E--------------------------------------------------------------------------|T T T T T T T Te--------------------------------------------------------------------------|B-17p13p10--17p13p10-17p13p10-17p13p10-17p13p10-17p13p10-17p13p10-17p13p10-|G--------------------------------------------------------------------------|D--------------------------------------------------------------------------|A--------------------------------------------------------------------------|E--------------------------------------------------------------------------|T T T T T T T Te--------------------------------------------------------------------------|B-18p13p10--18p13p10-18p13p10-18p13p10-18p13p10-18p13p10-18p13p10-18p13p10-|G--------------------------------------------------------------------------|D--------------------------------------------------------------------------|A--------------------------------------------------------------------------|E--------------------------------------------------------------------------|T T T T T T T T T T T Te---------------------------------------|----------------------------------|B-17p12h14-17p12-17p10-17p12-17p10-17p8-|-17p10-17p8-17p7-17p8-17p7-17p5---|G---------------------------------------|----------------------------------|

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D---------------------------------------|----------------------------------|A---------------------------------------|----------------------------------|E---------------------------------------|----------------------------------|

Se você já está sabendo essa técnica, passe para a próxima. Agora, na mão da escala, também irão aparecer hammer-ons:

Te-12p5h8-B--------G--------D--------A--------E--------

Como exercício, tente essa subida em G Jônio:

e----------------------------------------------15p5h7h8-|B-------------------------------------12p5h7h8----------|G----------------------------12p4h5h7-------------------|D-------------------12p4h5h7----------------------------|A----------10p3h5h7-------------------------------------|E-10p3h5h7----------------------------------------------|

4. Tapping

A Harmonização ocorre quando duas escalas diferentes se harmonizam uma a outra. Você pode ouvir essa técnica em "Wherever I May Roam" (Metallica) . Primeiramente, você deve escolher o lick que vai ser harmonizado e saber a escala em que ele foi escrito. Vamos tomar de exemplo a Escala Maior de C. Toque algo simples, como um "Dó a Dó" (1 oitava em seqüência linear crescente).

Agora, peça para alguém com outra guitarra tocar ao mesmo tempo que você, só que em uma escala diferente. Pronto, você fez uma harmonização. Para saber qual escala utilizar na harmonização, é uma questão de tentativa e erro, embora as mais comuns sejam em 3ª ou 5ª (exemplo, se o lick for em C Maior, toque a outra guitarra em E Maior ou G Maior). Como exemplo prático, tente este riff de "Wherever I May Roam":

tr tre-----------------------------B-----------------------------G---------------------------9- Guitar 1 (Kirk)D--------------6-7-6-7—9-10---A-2---7-8-7-8-----------------E-0-0-------------------------

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e---------------------------8-B-----------------------8-9---G--------------4-5-4-5-------- Guitar 2 (James)D-----6-7-6-7-----------------A-2---------------------------E-0-0-------------------------

Capítulo 15– APRENDA A SOLAR

Para quem já tem um certo nível de aprendizagem este método servirá para aprimorar ainda mais o seu desenvolvimento musical, e quem sabe, até lhe tirar algumas dúvidas quanto à técnicas. Mas para quem não sabe ainda solar, este é o maior estudo de solo que você não pode passar nem se quer um segundo sem executar cada exercício.

A seguir você verá que destaco as mais variadas formas de incrementar seus solos, além do mais explico cada passo dos truques, ou seja, como aplicá-los, onde aplicá-los e desvendo para você numa forma simples a estrutura de cada frase.

Tudo isso é para ser aproveitado e executado nas mais diversas situações.

Para começar nosso estudo coloquei no Ex. A1 uma seqüência ascendente dentro da escala de C, mas esta seqüência possui algo de comum em cada bloco de notas. Observe que cada bloco contém 2 grupos, sendo o primeiro grupo constituído das notas G-A e o segundo grupo A-G. Visivelmente é bem notável que o segundo grupo é a repetição do primeiro, porém invertido e além do mais num intervalor de oitava "acima".

G - A

2M ascendente

A - G

uma oitava acima "invertida"

A princípio seria essa a estrutura deste simples truque. É importante conhecer bem as oitavas de todas as notas (no braço da guitarra), no Ex. A1

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Page 73: Apostila de Guitarra

destaco inversões ascendentes na escala de C em 3 oitavas, na qual será muito usado no decorrer do estudo. Este truque funciona muito bem e dá um ótimo resultado na resolução do solo, mas isso não quer dizer que não pode ser modificado, podemos ainda incrementar mais.

No primeiro bloco do Ex. A1 as duas primeiras notas do grupo possuem um intervalo de 2M (Segunda maior G-A), porém este intervalo poderá ser alterado (terça maior; quarta justa etc.) ou até mesmo ser invertido (ascendente ou descendente).

Pegue o Ex. A2 e observe que os grupos são descendentes e (em relação um ao outro) não foram invertidos, somente executados repetitivamente com uma diferença de oitava, observe também que o truque foi feito com uma divisão rítmica que se encaixa do quarto tempo do 1º compasso para o primeiro tempo do 2º compasso (ponto 1), em fim, os grupos neste exemplo são descendentes, isso prova que é possível inverter a seqüência de ascendente para descendente.

A - G

2M descendente

A - G

uma oitava acima "idêntica"

Neste mesmo exemplo temos no terceiro compasso a execução deste mesmo truque, porém em outra divisão rítmica numa seqüência ascendente com intervalo de Terça maior (ponto 2).

Já neste caso os grupos tornaram a ser invertidos, o primeiro grupo ascende e o segundo descende, também é alterado o intervalo dos mesmos "uso uma terça maior".

F - A

3M ascendente

A - F

uma oitava acima "invertida"

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Page 74: Apostila de Guitarra

Independente de qual seja o intervalo das notas pode-se aplicar o truque.

É importante salientar-mos um pouco sobre a divisão. Veja que no ponto 2 o "F" é anacruze do segundo tempo, onde o terceiro tempo é dividido pela execução de duas notas "A" com duração de colcheias numa diferença de uma oitava ascendente, até cairmos novamente num tético "F" com intervalo (distância) de uma oitava do primeiro (observe a PARTITURA).

No Ex. A3 temos o truque dispensado em tercinas na qual dá um ótimo e perfeito resultado (ponto 3), observe que o truque preenche o terceiro e quarto tempos do compasso e é executado por quatro sons, sendo estes sons tirados de apenas duas notas: C - D e D - C, porém o primeiro C possui um tempo de semínima, restando apenas três notas na qual foi aplicado a tercina.

Esta tipo de divisão funciona muito bem, embora não se destaca muito o movimento do truque, pois passa pelas notas com um tanto de obscuridade, tanto é que se na execução deste truque (nesta divisão) não estiver-mos ligados no sentido melódico do solo, é capaz de passar por nós sem perceber-mos que foi executado tal truque. Podemos esclarecer ainda mais, observe que a maior parte das notas do truque são executadas em tempo rápido, ou seja, as três últimas notas do truque são executadas em apenas um tempo (tercinas), e é isso que deixa um tanto de dificuldade para desvendar-mos tal truque.

Mas com tudo isso torno a dizer que o truque em tercinas funciona muito bem porque a tercina conclui o truque, pois após o primeiro C é completado o restante do truque, não dando tempo para apoiar-se em alguma nota do mesmo, restando a seguir somente outro ponto na qual deve apoiar-se para harmonizar com a base do solo. Neste mesmo exemplo encontramos o truque começando já em tercinas (ponto 4), já neste caso o truque usa o último A para apoiar-se num tempo de mínima. Se observar-mos bem o ponto 4 tem uma função de finalização, veja que a frase acaba no A grave, usei o truque neste caso somente para não deixar um final vazio, dando término na mesma nota, ainda podemos concluir neste caso que o truque foi usado somente como uma forma de chegar-mos até outra nota "A".

A - C 3m

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Page 75: Apostila de Guitarra

C - A

oitava acima (invertido)

Seria muito bom se analisar-mos ainda mais este ponto. Veja que as três primeiras notas são tercinas, restando então apenas a última nota (A) para apoiar-se, sendo esta nota integrante do truque. Se ainda formos mais além veremos também que o intervalo do grupo foi alterado, usei uma terça menor (3m), ascendendo as duas primeira notas e descendendo as duas segunda notas.

Quero somente te alertar que ao usar notas de apoio para harmonização do solo com a base, é necessário ter em mente a tríade do acorde na qual esta sendo usado no momento do solo, pois bem, o ponto 4 escrevi em cima do acorde Am7, e obviamente deveria apoiar-se em uma das notas triádicas de Am7, na qual usei a própria tônica do acorde num tempo de mínima.

A seguir temos ainda no Ex. A4 o truque executado mas na ordem inversa das notas, também dá um bom resultado, embora é menos percebido ainda, mas não deixa de ser um bom argumento para incrementar seu improviso. Usei neste caso (ponto 5) um intervalo de oitava justa e inverti os grupos, ou seja, um grupo ascende oito notas e outro descende oito notas.

C - C ascende oito notas

B - B

descende oito notas

O truque é dispensado em colcheias que ao iniciar puxa logo um C anacruze (ponto 5) do terceiro tempo do compasso e ao terminar rouba uma colcheia do segundo compasso (nota B), e o mesmo desenho adaptei no final do segundo compasso (ponto 6), e por isso digo que todo truque, macete ou técnica aprendida tem muito valor para um guitarrista (músico em geral), você poderá até concretizar um bom e perfeito solo na qual usa somente truques de seqüência, de divisão rítmica ou até de digitação, basta pegar toda essa matéria e valorizar o conteúdo e estudar diferentes aplicações destas inversões nas mais diversas tonalidades, não fique somente nestes exercícios, crie os seus.

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Page 76: Apostila de Guitarra

Ao contrário do que muitos pensam, solar exige muita técnica e um conhecimento profundo de escalas musicais, A maioria dos solos são compostos baseados em escalas musicais,  fazendo as adaptações adequadas, por isso,  nesta quero deixar a sua disposição as escalas mais conhecidas para lhe auxiliarem a melhor desenvolver um solo, e que além da guitarra é muito usado no violão e ainda pode ser feito no baixo, dependendo do modelo.

Obs.: A escala é executada da seguinte forma:

De baixo do braço para cima. Da sexta corda para primeira. Ou seja, faça todas as notas de uma corda de cada vez, assim: faça todas as notas da Sexta corda, depois da Quinta e assim por diante! No sentido de baixo para cima e volte pelo mesmo caminho !

Obs.: Você não é obrigado a seguir rigorosamente a escala, pode também tocar somente as notas que lhe convém e até pular de uma corda para outra, conforme você achar melhor !

Existem técnicas que quando executadas nos dão uma similação de efeitos sonoros, que podem ser usados para dar mais brilho e vida na música, os mais conhecidos são: LICK quando se tira 2 ou mais notas de uma única palhetada.

BAND quando se faz uma nota em uma casa e puxa uma nota um tom mais alto puxando a corda.

BAND INVERSO quando se faz uma nota em uma casa com a corda já puxada, depois você deixará de esticá-la.

TWO-HAND deixar o indicador pressionando uma casa e fazer um revezamento com o anular da mesma mão e o dedo médio da mão direita, esse método é usado na guitarra e no baixo.

HARMÔNICO é executado nas 5a, 7a e 12a casas, encostando de leve o dedo na corda, nas casas já mencionadas.

SOLO é executado tocando apenas uma corda de cada vez, como na guitarra.

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Page 77: Apostila de Guitarra

FISICATTO é muito semelhante ao harmônico, só que é feito em qualquer casa, encostando a mão direita de leve nas cordas, mas o som não é tão claro, OBS: esse é um arranjo de guitarra!

FEED BACK é um arranjo usado em guitarras, mas pode ser usado em alguns modelos de violão, segure a palheta de forma que quando você tocar o polegar direito toque de leve na corda para causar o efeito de grito!

SLIDE é feito a nota em uma casa e puxamos uma outra nota na mesma corda em uma casa diferente arrastando o dedo para cima.

SLIDE INVERSO é feito a nota em uma casa e puxamos uma outra nota na mesma corda em uma casa diferente arrastando o dedo para baixo.

LIGADO é feito em uma das cordas tocando uma nota qualquer, depois você irá tirar duas ou mais notas alternando os dedos sem palhetar o instrumento.

Capítulo 16– DEDOS MAIS ÁGEIS

Para complementar o capítulo que abordamos acima, estamos trazendo vários exercícios que foram preparados para deixar os dedos mais ágeis e a musculatura da mão mais preparada para a guitarra.

Aproveite e treine bastante, pois a medida que os dedos ficam mais fortes e resistentes melhor será sua performance ao praticar pestanas, solar e tocar acordes difíceis.

Então aí estão :

Este 1° exercício é puramente de digitação. Use os dedos 1, 2, 3 e 4 (mão esquerda) alternando a ordem em que eles são tocados. Na mão direita, use os dedos I , M e A.

Exemplo:

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------(1)--(4)--(2)--(3)---------------------------(2)--(3)--(4)--(1)---------------------------(1)--(3)--(2)--(4)-----------------------------------------------

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Continue o exercício trocando a ordem dos dedos. Tente as seguintes combinações:

1 2 4 3 2 1 3 4 3 1 2 4 4 1 2 3 1 3 4 2 2 1 4 3 3 1 4 2 4 1 3 2 1 4 3 2 2 3 1 4 3 2 1 4 4 2 1 3

Dica: Faça uma série da 6ª corda até a 1ª indo do começo ao fim do braço do violão. Comece lentamente e vá aumentando gradativamente a velocidade à medida que não haja erros.

Voltando agora para a mão direita, faça o seguinte: Deixe as cordas soltas e toque dessa maneira

----------A-----------M------------I----------------------------------------P-------------

Toque o polegar na 6° corda e depois seguidamente os dedos I, M, e A nas 3°, 2° e 1° cordas respectivamente.

O Polegar é tocado de cima para baixo e o restante dos dedos de baixo para cima, "puxando" as cordas.

Dica:

Quando tocar o Polegar faça como se estivesse "empurrando" a corda para frente e não apertando-a para baixo. Toque primeiro o polegar na 6° corda mas depois faça o exercício usando a 5° e 4° cordas.

Comece lentamente e aumente a velocidade quando estiver seguro.

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Tente manter um ritmo ao fazer esse exercício. Faça também desta maneira:

P   I   M   A   M   I

Partiremos então para a escala maior:

Outras digitações: Em E (Mi Maior)

----------------------------------------------------2--4--5------------------------------------------------2--4--5------------------------------------------------1--2--4------------------------------------------------1--2--4------------------------------------------------0--2--4------------------------------------------------0--2--4--------------------------------------------------

Este próximo é em C(dó Maior) e está dividido em terças, toque uma nota e a próxima será uma terça acima dela.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------3-----5----------------------------------2------4----2----5----4-----5-------------2------3---2---5---3-------5------------------------------3---------5--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Faça esses dois últimos exercícios em todos os tons indo e voltando.

Este exercício também é ótimo para soltar os dedos e ganhar velocidade.

Tente executá-lo o mais rápido e limpo possível.

>--------------------------------------------------|>--------------------------------------------------|>--------------------------------------------------|>--------------------------------------------------|>-------5-----------6-----------7-----------8------|>-5-6-8---8-6-5-6-8---8-6-5-6-8---8-6-5-6-8---8-6-5|

>--------------------------------------------------|>--------------------------------------------------|

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Page 80: Apostila de Guitarra

>--------------------------------------------------|>-------5-----------6-----------7-----------8------|>-5-6-8---8-6-5-6-8---8-6-5-6-8---8-6-5-6-8---8-6-5|>--------------------------------------------------|

>--------------------------------------------------|>--------------------------------------------------|>-------5-----------6-----------7-----------8------|>-5-6-8---8-6-5-6-8---8-6-5-6-8---8-6-5-6-8---8-6-5|>--------------------------------------------------|>--------------------------------------------------|>--------------------------------------------------|>-------5-----------6-----------7-----------8------|>-5-6-8---8-6-5-6-8---8-6-5-6-8---8-6-5-6-8---8-6-5|>--------------------------------------------------|>--------------------------------------------------|>--------------------------------------------------|

>-------5-----------6-----------7-----------8------|>-5-6-8---8-6-5-6-8---8-6-5-6-8---8-6-5-6-8---8-6-5|>--------------------------------------------------|>--------------------------------------------------|>--------------------------------------------------|>--------------------------------------------------|

Capítulo 17– EXERCÍCIOS DE MÃO E PUNHOS

Agora faremos uma abordagem sobre um assunto bastante importante para dar elasticidade as suas mãos e ao mesmo tempo fazer com que elas fiquem relaxadas e não force tanto os nervos a fim de que possa vir futuramente a ter problemas musculares.

Muitas vezes, quem está começando agora e não tem experiência necessária pra dosar, acaba desistindo devido as fortes dores que as mãos e punhos sofrem com as pestanas e solos.

Então, fique ligado nessas dicas. Vamos a elas:

1. Abra as mãos e encoste as palmas em "posição de rezar". Com os dedos juntos, flexione os punhos e comprima uma mão contra a outra (frente do peito).2. Aperte dedo contra dedo, alongando-os

- polegar contra polegar- indicador contra indicador- médio contra médio- anular contra anular- mínimo contra mínimo.

Obs: este exercício pode ser feito com todos os dedos ao mesmo tempo.80

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3. Aperte o dedo polegar cotra o indicador e estique (mesma mão). Ainda com o polegar, faça o mesmo contra os dedos: médio, anular e mínimo.4. Cruze dedo com dedo e puxe (gancho)

- polegar com polegar- indicador com indicador- médio com médio- anular com anular- mínimo com mínimo.

5. Cruze dedo com dedo em gancho, alternando-os.

Ex: polegar com médio, anular com mínimo

Obs: A variedade fica por conta de cada um

6. Feche bem a mão, como se estivesse segurando algo com força. Estique bem os dedos.ista na dica 20 (lembre-se: para um melhor resultado, cada exercício deve ser

7. Abra bem os dedos, afastando-os o máximo possível. Feche os dedos, apertando-os com a mão esticada (ligeiro apoi na mesa).

8. Faça "ondas" com os dedos.

9. Gire os punhos em círculo, com as mão soltas no sentido horário e anti-horário.

10. Balance as mãos.

Capítulo 18– IMPROVISAÇÃO

Vamos tratar de um assunto muito legal para qualquer músico ou aspirante: a improvisação.

O estilo mais aberto à improvisadores é sem dúvida o Jazz, pois além de dar espaço, a cada música a sua construção toda engloba muitos acordes e escalas diferentes.

Já o Rock limita o uso dos mesmos. Há composições onde só uma escala (pentatônica) está em uso. Apesar de que na maioria das vezes a guitarra é usada para músicas deste gênero.

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Músicos eruditos geralmente reclamam de não saberem improvisar. Isso é porque a partitura lhes gerou dependência e só tocam o que lêem na frente. Pensando nisso, elaboramos algumas dicas importantes para fazer uma improvisação.

Aqui vão algumas dicas essenciais para você chegar lá:

Em seu instrumento não se limite a tocar sua frase musical sempre começando do grave para o agudo, use linhas melódicas que combinem movimento descendente e ascendente.

Não se restrinja ao registro médio ou à região mais confortável de seu instrumento, explore-o totalmente.

Não fique caçando notas. Memorize a escala a ser usada por toda a extensão do seu instrumento até tocá-la com naturalidade deixando sua mente livre para o desenvolvimento melódico.

Varie a dinâmica. Tem momentos para tocar mais fraco, mais forte, mais suave ou agressivo. Não toque sempre do mesmo jeito.

Use uma variedade de articulações (ligaduras, glissandos, bends, etc). Não toque sempre "staccato".

Concentre-se em ouvir mentalmente a nota antes de tocá-la. Isso requer antecipação e controle constante. Esta é a parte mais difícil, requer muito estudo, paciência e total controle do instrumento para que aquilo que você cantou na mente flua pela suas mãos.

Procure controlar tensão e resolução. Seu solo deve ser como uma história com começo e fim, deve ter um senso de direção.

Ouça o que você toca. Se possível grave para depois se auto-analisar e daí melhorar.

Capítulo 19– CROMATISMOS

O cromatismo serve para você adquirir coordenação motora para tocar com mais precisão. Quem já fez aula de violão ou guitarra sabe o quanto é importante sempre treinar cromatismo.

Se você já fez aula de guitarra alguma vez na vida, já deve ter visto este exercício antes, mas não custa nada relembrar o que já foi visto, até por que os exercícios seguintes são apenas variações deste exercício.

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Neste exercício você vai soltar seus dedos !

v ^ v ^ ...e. |---------|---------|---------|---------|---------|-5-6-7-8-|---------|B. |---------|---------|---------|---------|-5-6-7-8-|---------|-5-6-7-8-|G. |---------|---------|---------|-5-6-7-8-|---------|---------|---------|D. |---------|---------|-5-6-7-8-|---------|---------|---------|---------|A. |---------|-5-6-7-8-|---------|---------|---------|---------|---------|E. |-5-6-7-8-|---------|---------|---------|---------|---------|---------|| | | | | | | |e. |---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|B. |---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|G. |-5-6-7-8-|---------|---------|---------|---------|---------|---------|D. |---------|-5-6-7-8-|---------|---------|---------|---------|---------|A. |---------|---------|-5-6-7-8-|---------|---------|---------|---------|E. |---------|---------|---------|-5-6-7-8-|---------|---------|---------|

Neste primeiro exercício nós vamos utilizar um padrão de cinco notas por tempo, ou seja, vamos digitar uma nota a mais para cada tempo, com relação ao exercício anterior.

v ^ v ^...

e. |-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|B. |-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|G. |-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|D. |-----------|-----------|-----------|-----------|---------5-|A. |---------5-|-------5-6-|-----5-6-7-|---5-6-7-8-|-5-6-7-8---|E. |-5-6-7-8---|-6-7-8-----|-7-8-------|-8---------|-----------|

| | | | | |e. |-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|B. |-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|G. |-----------|-----------|-----------|---------5-|-------5-6-|D. |-------5-6-|-----5-6-7-|---5-6-7-8-|-5-6-7-8---|-6-7-8-----| etc...A. |-6-7-8-----|-7-8-------|-8---------|-----------|-----------|E. |-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

Agora vamos explorar o mesmo exercício, só que utilizando seis notas para cada tempo.

O exercício não muda muito visualmente falando, porém sua digitação vai ficar bem mais complicada o que vai ser muito bom para auxiliar em sua precisão e agilidade.

v ^ v ^...e. |-------------|-------------|-------------|-------------|B. |-------------|-------------|-------------|-------------|G. |-------------|-------------|-------------|-------------|D. |-------------|-------------|-------------|-----------5-|

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A. |---------5-6-|-------5-6-7-|-----5-6-7-8-|---5-6-7-8---|E. |-5-6-7-8-----|-6-7-8-------|-7-8---------|-8-----------|| | | | |e. |-------------|-------------|-------------|-------------|B. |-------------|-------------|-------------|-------------|G. |-------------|-------------|-------------|-----------5-|D. |---------5-6-|-------5-6-7-|-----5-6-7-8-|---5-6-7-8---|A. |-5-6-7-8-----|-6-7-8-------|-7-8---------|-8-----------|E. |-------------|-------------|-------------|-------------|

Este exercício tem por finalidade, apresentar um uso prático para cromatismos, ou seja, vamos mostrar como um grande guitarrista como Jonh Petrucci (Dream Theater) utiliza os cromatismos em seus solos. Este exemplo foi extraído de uma vídeo aula onde Jonh está improvisando e nos explicando como utilizar esta técnica. Espero que vocês gostem dele, eu particularmente gostei muito. Só um lembrete, este exemplo só fica interessante quando tocado muito rápido.

v ^ v ^...e. |---------------------------------------------------------------------|B. |----------------------------------------------------------9-10-11-12-|G. |----------------------------7-8-9-10-11-10-9-8-9-10-11-12------------|D. |-------------------7-8-9-10------------------------------------------|A. |----------7-8-9-10---------------------------------------------------|E. |-7-8-9-10------------------------------------------------------------|| |e. |-9-10-11-12-13-12-11-10----------------------------------------------|B. |------------------------13-12-11-10----------------------------------|G. |------------------------------------13-12-11-10----------------------|D. |------------------------------------------------13-12-11-10-9-10-11--|A. |---------------------------------------------------------------------|E. |---------------------------------------------------------------------|| |e. |---------------------------------------------------------------------|B. |---------------------------------------------------------------------|G. |---------------------------------------------------------------------|D. |-12-11-10-9-8--------------------------------------------------------|A. |--------------11-10-9-8----------------------------------------------|E. |------------------------11-10-9-8-~~~~-------------------------------|

Este é o tipo de exercício que chamamos de Estado da Arte, isto por que tudo o que pode ser feito sobre cromatismos está representado na tablatura abaixo.

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v ^ v ^...e. |---------------------------------------------------------------------|B. |---------------------------------------------------------------------|G. |---------------------------------------------------------------------|D. |---------------------------------------------------------------------|A. |---------5---------------6---------------7---------------8-----------|E. |-5-6-7-8---8-7-6-5-6-7-8---8-7-6-5-6-7-8---8-7-6-5-6-7-8---8-7-6-5---|| |e. |---------------------------------------------------------------------|B. |---------------------------------------------------------------------|G. |---------------------------------------------------------------------|D. |---------------5-6-5---------------5-7-5---------------5-8-5---------|A. |-------5-6-7-8-------8-7-6-5-6-7-8-------8-7-6-5-6-7-8-------8-7-6-5-|E. |-6-7-8---------------------------------------------------------------|| |e. |---------------------------------------------------------------------|B. |---------------------------------------------------------------------|G. |---------------------------------------------------------------------|D. |-------6-7-6---------------6-8-6---------------7-8-7-----------------|A. |-5-7-8-------8-7-6-5-6-7-8-------8-7-6-5-6-7-8-------8-7-6-5-6-7-8---|E. |---------------------------------------------------------------------|| |e. |---------------------------------------------------------------------|B. |---------------------------------------------------------------------|G. |---------5-6-7-6-5---------------5-6-8-6-5---------------5-7-8-7-5---|D. |-5-6-7-8-----------8-7-6-5-6-7-8-----------8-7-6-5-6-7-8-------------|A. |---------------------------------------------------------------------|E. |---------------------------------------------------------------------|| |e. |-------------------------------------------------------------------5-|B. |-----------------------------------------------5-6-7-8-7-6-5-6-7-8---|G. |---------------6-7-8-7-6---------------5-6-7-8-----------------------|D. |-8-7-6-5-6-7-8-----------8-7-6-5-6-7-8-------------------------------|A. |---------------------------------------------------------------------|E. |---------------------------------------------------------------------|| |e. |---------------5-6-5---------------5-6-7-6-5---------------5-6-7-8-7-|B. |-8-7-6-5-6-7-8-------8-7-6-5-6-7-8-----------8-7-6-5-6-7-8-----------|G. |---------------------------------------------------------------------|D. |---------------------------------------------------------------------|A. |---------------------------------------------------------------------|E. |---------------------------------------------------------------------|| |e. |-6-5---------------5-6-7-8-9-8-7-6-----------------------------------|B. |-----8-7-6-5-6-7-8-----------------9-8-7-6---------------------------|G. |-------------------------------------------9-8-7-6-------------------|D. |---------------------------------------------------9-8-7-6-----------|A. |-----------------------------------------------------------9-8-7-6---|E. |-------------------------------------------------------------------9-|| |e. |---------------------------------------------------------------------|B. |---------------------------------------------------------------------|G. |---------------------------------------------------------------------|D. |---------------------------------------------------------------------|A. |---------------5---------------6--etc...-----------------------------|

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Page 86: Apostila de Guitarra

E. |-8-7-6-5-6-7-8---8-7-6-5-6-7-8---------------------------------------|

Este exercício é muito interessante, pois permite a você que utilize várias mudanças de cordas (saltos) o que é muito bom para quem precisa aumentar a precisão sobre fraseados rápidos.

v ^ v ^ ^ ^ ^ v ^ v v v v ^ v ^ ^ ^ ^ v ^ v v ve. |--------------------------------------------------|B. |--------------------------------------------------|G. |-------------1-2-3-4-----------------1-2-3-4------|D. |-----------2---------3-------------2---------3----| etc...A. |---------3-------------2---------3-------------2--|E. |-1-2-3-4-----------------1-2-3-4------------------|

Mais uma excelente opção para treinar palhetada, precisão e velocidade. A grande vantagem deste exercício é a exploração de vários saltos entre as cordas, o que praticamente lhe obriga a brigar com seus dedos para conseguir a coordenação necessária para executá-lo.

v ^ v ^ v ^ v ^ v ^ v ^ v ^...e. |--------------------------------------------------------------------|B. |---------------------------------------------------------1-2-3-4----|G. |-----------------------------------------1-2-3-4--------------------|D. |-------------------------1-2-3-4------------------------------------|A. |---------1-2-3-4----------------------------------------------------|E. |-1-2-3-4---------1-2-3-4---------1-2-3-4---------1-2-3-4------------|

e. |---------1-2-3-4----------------------------------------------------|B. |--------------------------------------------------------------------|G. |--------------------------------------------------------------------|D. |-------------------------------------------2-3-4-5------------------|A. |---------------------------2-3-4-5----------------------------------|E. |-1-2-3-4---------1-2-3-4/5---------2-3-4-5---------2-3-4-5-...------|

Mais "Xs", este é mais um exercício baseado em cromatismos que utilizam uma digitação em formato de "X" e que tem por objetivo auxiliá-lo com sua precisão e facilidade em trocar de cordas durante suas frases ou solos.

v ^ v ^ v ^ v ^ v ^ v ^ v...e. |-----------------------4-1------------------------------------------|B. |---------------4-----3-----2-----1----------------------------------|

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Page 87: Apostila de Guitarra

G. |-------4-----3-----2---------3-----2-----1--------------------------|D. |-----3-----2-----1-------------4-----3-----2------------------------|A. |---2-----1-----------------------------4-----3----------------------|E. |-1---------------------------------------------4--------------------|

Capítulo 20– SIMBOLOGIA E ACORDES

Aqui começaremos a abordar as simbologias que existem nos acordes e também uma grande surpresa: um dicionário de acordes super completo. Você lendo e entendendo tudo direito terá um estudo ainda mais valorizado.

Veja os símbolos:

maj= maioraug= aumentado (Brasil= +)#= sustenidob= bemoldim= diminuto (Brasil= º)sus= suspensoadd= adicionadodom= dominante

Dicionário de Acordes

0= Corda solta e os Números são as casa que você vai por os dedos

Os acordes estão distribuídos da (esquerda para a direita) Sexta para primeira corda ( de cima para baixo ). "Esquema de Tablatura"

A or Amaj [0 0 2 2 2 0] (Db E A) : major triadA or Amaj [0 4 x 2 5 0] (Db E A) : major triadA or Amaj [5 7 7 6 5 5] (Db E A) : major triadA or Amaj [x 0 2 2 2 0] (Db E A) : major triadA or Amaj [x 4 7 x x 5] (Db E A) : major triadA #5 or Aaug [x 0 3 2 2 1] (Db F A) : augmented triadA #5 or Aaug [x 0 x 2 2 1] (Db F A) : augmented triadA/Ab [x 0 2 1 2 0] (Db E Ab A) : major triad (altered bass)A/B [0 0 2 4 2 0] (Db E A B) : major triad (altered bass)A/B [x 0 7 6 0 0] (Db E A B) : major triad (altered bass)A/D [x 0 0 2 2 0] (Db D E A) : major triad (altered bass)A/D [x x 0 2 2 0] (Db D E A) : major triad (altered bass)A/D [x x 0 6 5 5] (Db D E A) : major triad (altered bass)A/D [x x 0 9 10 9] (Db D E A) : major triad (altered bass)A/G [3 x 2 2 2 0] (Db E G A) : major triad (altered bass)

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Page 88: Apostila de Guitarra

A/G [x 0 2 0 2 0] (Db E G A) : major triad (altered bass)

A/G [x 0 2 2 2 3] (Db E G A) : major triad (altered bass)A/Gb [0 0 2 2 2 2] (Db E Gb A) : major triad (altered bass)A/Gb [0 x 4 2 2 0] (Db E Gb A) : major triad (altered bass)A/Gb [2 x 2 2 2 0] (Db E Gb A) : major triad (altered bass)A/Gb [x 0 4 2 2 0] (Db E Gb A) : major triad (altered bass)A/Gb [x x 2 2 2 2] (Db E Gb A) : major triad (altered bass)A5 or A(no 3rd) [5 7 7 x x 5] (E A): root and 5th (power chord)A5 or A(no 3rd) [x 0 2 2 x 0] (E A) : root and 5th (power chord)A5 or A(no 3rd) [5 7 7 x x 0] (E A) : root and 5th (power chord)A6 [0 0 2 2 2 2] (Db E Gb A) : major triad plus 6thA6 [0 x 4 2 2 0] (Db E Gb A) : major triad plus 6thA6 [2 x 2 2 2 0] (Db E Gb A) : major triad plus 6thA6 [x 0 4 2 2 0] (Db E Gb A) : major triad plus 6thA6 [x x 2 2 2 2] (Db E Gb A) : major triad plus 6thA6/7 [0 0 2 0 2 2] (Db E Gb G A) : major triad plus 6th, minor 7thA6/7 sus or A6/7 sus4 [5 5 4 0 3 0] (D E Gb G A) : sus4 triad plus 6th, minor 7thA6/7 sus or A6/7 sus4 [x 0 2 0 3 2] (D E Gb G A) : sus4 triad plus 6th, minor 7thA7 or Adom 7 [3 x 2 2 2 0] (Db E G A) : major triad, minor 7thA7 or Adom 7 [x 0 2 0 2 0] (Db E G A) : major triad, minor 7thA7 or Adom 7 [x 0 2 2 2 3] (Db E G A) : major triad, minor 7thA7(#5) [1 0 3 0 2 1] (Db F G A) : minor 7th, sharp 5thA7/add11 or A7/11 [x 0 0 0 2 0] (Db D E G A) : major triad, minor 7th, plus 11thA7sus4 [x 0 2 0 3 0] (D E G A) : sus4 triad, minor 7thA7sus4 [x 0 2 0 3 3] (D E G A) : sus4 triad, minor 7thA7sus4 [x 0 2 2 3 3] (D E G A) : sus4 triad, minor 7thA7sus4 [5 x 0 0 3 0] (D E G A) : sus4 triad, minor 7thA7sus4 [x 0 0 0 x 0] (D E G A) : sus4 triad, minor 7thAadd9 or A2 [0 0 2 4 2 0] (Db E A B) : major triad plus 9thAadd9 or A2 [x 0 7 6 0 0] (Db E A B) : major triad plus 9thAaug/D [x x 0 2 2 1] (Db D F A) : augmented triad (altered bass)Aaug/G [1 0 3 0 2 1] (Db F G A) : augmented triad (altered bass)Ab or Abmaj [4 6 6 5 4 4] (C Eb Ab) : major triadAb #5 or Abaug [x 3 2 1 1 0] (C E Ab) : augmented triadAb/A [x x 1 2 1 4] (C Eb Ab A) : major triad (altered bass)Ab/F [x 8 10 8 9 8] (C Eb F Ab) : major triad (altered bass)Ab/F [x x 1 1 1 1] (C Eb F Ab) : major triad (altered bass)Ab/Gb [x x 1 1 1 2] (C Eb Gb Ab) : major triad (altered bass)Ab/Gb [x x 4 5 4 4] (C Eb Gb Ab) : major triad (altered bass)Ab5 or Ab(no 3rd)[4 6 6 x x 4] (Eb Ab): root and 5th (power chord)Ab6 [x 8 10 8 9 8] (C Eb F Ab) : major triad plus 6thAb6 [x x 1 1 1 1] (C Eb F Ab) : major triad plus 6thAb7 or Abdom 7 [x x 1 1 1 2] (C Eb Gb Ab) : major triad, minor 7thAb7 or Abdom 7 [x x 4 5 4 4] (C Eb Gb Ab) : major triad, minor 7thAbdim/E [0 2 0 1 0 0] (D E Ab B) : diminished triad (altered bass)Abdim/E [0 2 2 1 3 0] (D E Ab B) : diminished triad (altered bass)Abdim/E [x 2 0 1 3 0] (D E Ab B) : diminished triad (altered bass)Abdim/E [x x 0 1 0 0] (D E Ab B) : diminished triad (altered bass)Abdim/Eb [x x 0 4 4 4] (D Eb Ab B) : diminished triad (altered bass)

Abdim/F [x 2 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad (altered bass)Abdim/F [x x 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad (altered bass)

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Page 89: Apostila de Guitarra

Abdim/F [x x 3 4 3 4] (D F Ab B) : diminished triad (altered bass)Abdim7 [x 2 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad, diminished 7thAbdim7 [x x 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad, diminished 7thAbdim7 [x x 3 4 3 4] (D F Ab B) : diminished triad, diminished 7thAbm [x x 6 4 4 4] (Eb Ab B) : minor triadAbm/D [x x 0 4 4 4] (D Eb Ab B) : minor triad (altered bass)Abm/E [0 2 1 1 0 0] (Eb E Ab B) : minor triad (altered bass)Abm/E [0 x 6 4 4 0] (Eb E Ab B) : minor triad (altered bass)Abm/E [x x 1 1 0 0] (Eb E Ab B) : minor triad (altered bass)Abm/Gb [x x 4 4 4 4] (Eb Gb Ab B) : minor triad (altered bass)Abm7 [x x 4 4 4 4] (Eb Gb Ab B) : minor triad, minor 7thAbsus or Absus4 [x x 6 6 4 4] (Db Eb Ab) : no 3rd but a 4th from a major triadAbsus2/F [x 1 3 1 4 1] (Eb F Ab Bb) : sus2 triad (altered bass)Adim/Ab [x x 1 2 1 4] (C Eb Ab A) : diminished triad (altered bass)Adim/E [0 3 x 2 4 0] (C Eb E A) : diminished triad (altered bass)Adim/F [x x 1 2 1 1] (C Eb F A) : diminished triad (altered bass)Adim/F [x x 3 5 4 5] (C Eb F A) : diminished triad (altered bass)Adim/G [x x 1 2 1 3] (C Eb G A) : diminished triad (altered bass)Adim/Gb [x x 1 2 1 2] (C Eb Gb A) : diminished triad (altered bass)Adim7 [x x 1 2 1 2] (C Eb Gb A) : diminished triad, diminished 7thAm [x 0 2 2 1 0] (C E A) : minor triadAm [x 0 7 5 5 5] (C E A) : minor triadAm [x 3 2 2 1 0] (C E A) : minor triadAm [8 12 x x x 0] (C E A) : minor triadAm/B [0 0 7 5 0 0] (C E A B) : minor triad (altered bass)Am/B [x 3 2 2 0 0] (C E A B) : minor triad (altered bass)Am/D [x x 0 2 1 0] (C D E A) : minor triad (altered bass)Am/D [x x 0 5 5 5] (C D E A) : minor triad (altered bass)Am/Eb [0 3 x 2 4 0] (C Eb E A) : minor triad (altered bass)Am/F [0 0 3 2 1 0] (C E F A) : minor triad (altered bass)Am/F [1 3 3 2 1 0] (C E F A) : minor triad (altered bass)Am/F [1 x 2 2 1 0] (C E F A) : minor triad (altered bass)Am/F [x x 2 2 1 1] (C E F A) : minor triad (altered bass)Am/F [x x 3 2 1 0] (C E F A) : minor triad (altered bass)Am/G [0 0 2 0 1 3] (C E G A) : minor triad (altered bass)Am/G [x 0 2 0 1 0] (C E G A) : minor triad (altered bass)Am/G [x 0 2 2 1 3] (C E G A) : minor triad (altered bass)Am/G [x 0 5 5 5 8] (C E G A) : minor triad (altered bass)Am/Gb [x 0 2 2 1 2] (C E Gb A) : minor triad (altered bass)Am/Gb [x x 2 2 1 2] (C E Gb A) : minor triad (altered bass)Am6 [x 0 2 2 1 2] (C E Gb A) : minor triad plus 6thAm6 [x x 2 2 1 2] (C E Gb A) : minor triad plus 6thAm7 [0 0 2 0 1 3] (C E G A) : minor triad, minor 7thAm7 [x 0 2 0 1 0] (C E G A) : minor triad, minor 7thAm7 [x 0 2 2 1 3] (C E G A) : minor triad, minor 7thAm7 [x 0 5 5 5 8] (C E G A) : minor triad, minor 7thAm7(b5) or Ao7 [x x 1 2 1 3] (C Eb G A) : diminished triad, minor 7th : half-diminished 7thAm7/add11 or Am7/11 [x 5 7 5 8 0] (C D E G A) : minor triad, minor 7th, plus 11thAmaj7 or A#7 [x 0 2 1 2 0] (Db E Ab A) : major triad, major 7thAmin/maj9 [x 0 6 5 5 7] (C E Ab A B) : minor triad, major 7th plus 9thAsus or Asus4 [0 0 2 2 3 0] (D E A) : no 3rd but a 4th from a major triadAsus or Asus4 [x 0 2 2 3 0] (D E A) : no 3rd but a 4th from a major triadAsus or Asus4 [5 5 7 7 x 0] (D E A) : no 3rd but a 4th from a major triad

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Page 90: Apostila de Guitarra

Asus or Asus4 [x 0 0 2 3 0] (D E A) : no 3rd but a 4th from a major triad

Asus2 or Aadd9(no3)[0 0 2 2 0 0] (E A B) : no 3rd but a 2nd from a major triadAsus2 or Aadd9(no3)[0 0 2 4 0 0] (E A B) : no 3rd but a 2nd from a major triadAsus2 or Aadd9(no3)[0 2 2 2 0 0] (E A B) : no 3rd but a 2nd from a major triadAsus2 or Aadd9(no3)[x 0 2 2 0 0] (E A B) : no 3rd but a 2nd from a major triadAsus2 or Aadd9(no3)[x x 2 2 0 0] (E A B) : no 3rd but a 2nd from a major triadAsus2/Ab [x 0 2 1 0 0] (E Ab A B) : sus2 triad (altered bass)Asus2/C [0 0 7 5 0 0] (C E A B) : sus2 triad (altered bass)Asus2/C [x 3 2 2 0 0] (C E A B) : sus2 triad (altered bass)Asus2/D [0 2 0 2 0 0] (D E A B) : sus2 triad (altered bass)Asus2/D [x 2 0 2 3 0] (D E A B) : sus2 triad (altered bass)Asus2/Db [0 0 2 4 2 0] (Db E A B) : sus2 triad (altered bass)Asus2/Db [x 0 7 6 0 0] (Db E A B) : sus2 triad (altered bass)Asus2/Eb [x 2 1 2 0 0] (Eb E A B) : sus2 triad (altered bass)Asus2/F [0 0 3 2 0 0] (E F A B) : sus2 triad (altered bass)Asus2/G [3 x 2 2 0 0] (E G A B) : sus2 triad (altered bass)Asus2/G [x 0 2 0 0 0] (E G A B) : sus2 triad (altered bass)Asus2/G [x 0 5 4 5 0] (E G A B) : sus2 triad (altered bass)Asus2/Gb [x 0 4 4 0 0] (E Gb A B) : sus2 triad (altered bass)Asus2/Gb [x 2 4 2 5 2] (E Gb A B) : sus2 triad (altered bass)Asus4/Ab [4 x 0 2 3 0] (D E Ab A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/B [0 2 0 2 0 0] (D E A B) : sus4 triad (altered bass)Asus4/Bb [0 1 x 2 3 0] (D E A Bb) : sus4 triad (altered bass)Asus4/C [x x 0 2 1 0] (C D E A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/C [x x 0 5 5 5] (C D E A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/Db [x 0 0 2 2 0] (Db D E A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/Db [x x 0 2 2 0] (Db D E A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/Db [x x 0 6 5 5] (Db D E A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/Db [x x 0 9 10 9] (Db D E A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/F [x x 7 7 6 0] (D E F A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/G [x 0 2 0 3 0] (D E G A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/G [x 0 2 0 3 3] (D E G A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/G [x 0 2 2 3 3] (D E G A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/G [x 0 0 0 x 0] (D E G A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/Gb [0 0 0 2 3 2] (D E Gb A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/Gb [0 0 4 2 3 0] (D E Gb A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/Gb [2 x 0 2 3 0] (D E Gb A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/Gb [x 0 2 2 3 2] (D E Gb A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/Gb [x x 2 2 3 2] (D E Gb A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/Gb [x 5 4 2 3 0] (D E Gb A) : sus4 triad (altered bass)Asus4/Gb [x 9 7 7 x 0] (D E Gb A) : sus4 triad (altered bass)B or Bmaj [x 2 4 4 4 2] (Eb Gb B) : major triadB #5 or Baug [3 2 1 0 0 3] (Eb G B) : augmented triadB #5 or Baug [3 x 1 0 0 3] (Eb G B) : augmented triadB/A [2 x 1 2 0 2] (Eb Gb A B) : major triad (altered bass)B/A [x 0 1 2 0 2] (Eb Gb A B) : major triad (altered bass)B/A [x 2 1 2 0 2] (Eb Gb A B) : major triad (altered bass)B/A [x 2 4 2 4 2] (Eb Gb A B) : major triad (altered bass)B/Ab [x x 4 4 4 4] (Eb Gb Ab B) : major triad (altered bass)B/E [x 2 2 4 4 2] (Eb E Gb B) : major triad (altered bass)B/E [x x 4 4 4 0] (Eb E Gb B) : major triad (altered bass)B5 or B(no 3rd) [7 9 9 x x 2] (Gb B): root and 5th (power chord)B5 or B(no 3rd) [x 2 4 4 x 2] (Gb B): root and 5th (power chord)

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Page 91: Apostila de Guitarra

B6 [x x 4 4 4 4] (Eb Gb Ab B) : major triad plus 6thB7 or Bdom 7 [2 x 1 2 0 2] (Eb Gb A B) : major triad, minor 7thB7 or Bdom 7 [x 0 1 2 0 2] (Eb Gb A B) : major triad, minor 7thB7 or Bdom 7 [x 2 1 2 0 2] (Eb Gb A B) : major triad, minor 7th

B7 or Bdom 7 [x 2 4 2 4 2] (Eb Gb A B) : major triad, minor 7thB7/add11 or B7/11 [0 0 4 4 4 0] (Eb E Gb A B) : major triad, minor 7th, plus 11thB7/add11 or B7/11 [0 2 1 2 0 2] (Eb E Gb A B) : major triad, minor 7th, plus 11thB7sus4 [x 0 4 4 0 0] (E Gb A B) : sus4 triad, minor 7thB7sus4 [x 2 4 2 5 2] (E Gb A B) : sus4 triad, minor 7thBaug/E [3 x 1 0 0 0] (Eb E G B) : augmented triad (altered bass)Baug/E [x x 1 0 0 0] (Eb E G B) : augmented triad (altered bass)Bb or Bbmaj [1 1 3 3 3 1] (D F Bb) : major triadBb or Bbmaj [x 1 3 3 3 1] (D F Bb) : major triadBb or Bbmaj [x x 0 3 3 1] (D F Bb) : major triadBb #5 or Bbaug [x x 0 3 3 2] (D Gb Bb) : augmented triadBb b5 [x x 0 3 x 0] (D E Bb) : flat 5thBb/A [1 1 3 2 3 1] (D F A Bb) : major triad (altered bass)Bb/Ab [x 1 3 1 3 1] (D F Ab Bb) : major triad (altered bass)Bb/Ab [x x 3 3 3 4] (D F Ab Bb) : major triad (altered bass)Bb/Db [x x 0 6 6 6] (Db D F Bb) : major triad (altered bass)Bb/E [x 1 3 3 3 0] (D E F Bb) : major triad (altered bass)Bb/G [3 5 3 3 3 3] (D F G Bb) : major triad (altered bass)Bb/G [x x 3 3 3 3] (D F G Bb) : major triad (altered bass)Bb5 or Bb(no 3rd)[6 8 8 x x 6] (F Bb): root and 5th (power chord)Bb5 or Bb(no 3rd)[x 1 3 3 x 6] (F Bb): root and 5th (power chord)Bb6 [3 5 3 3 3 3] (D F G Bb) : major triad plus 6thBb6 [x x 3 3 3 3] (D F G Bb) : major triad plus 6thBb6/add9 or Bb6/9 [x 3 3 3 3 3] (C D F G Bb) : major triad plus 6th and 9thBb7 or Bbdom 7 [x 1 3 1 3 1] (D F Ab Bb) : major triad, minor 7thBb7 or Bbdom 7 [x x 3 3 3 4] (D F Ab Bb) : major triad, minor 7thBb7sus4 [x 1 3 1 4 1] (Eb F Ab Bb) : sus4 triad, minor 7thBbadd#11 [x 1 3 3 3 0] (D E F Bb) : major triad, augmented 11thBbaug/E [2 x 4 3 3 0] (D E Gb Bb) : augmented triad (altered bass)Bbdim/C [x 3 x 3 2 0] (C Db E Bb) : diminished triad (altered bass)Bbdim/D [x x 0 3 2 0] (Db D E Bb) : diminished triad (altered bass)Bbdim/G [x 1 2 0 2 0] (Db E G Bb) : diminished triad (altered bass)Bbdim/G [x x 2 3 2 3] (Db E G Bb) : diminished triad (altered bass)Bbdim/Gb [2 4 2 3 2 2] (Db E Gb Bb) : diminished triad (altered bass)Bbdim/Gb [x x 4 3 2 0] (Db E Gb Bb) : diminished triad (altered bass)Bbdim7 [x 1 2 0 2 0] (Db E G Bb) : diminished triad, diminished 7thBbdim7 [x x 2 3 2 3] (Db E G Bb) : diminished triad, diminished 7thBbm [1 1 3 3 2 1] (Db F Bb) : minor triadBbm/Ab [x 1 3 1 2 1] (Db F Ab Bb) : minor triad (altered bass)Bbm/D [x x 0 6 6 6] (Db D F Bb) : minor triad (altered bass)Bbm/Gb [x x 3 3 2 2] (Db F Gb Bb) : minor triad (altered bass)Bbm7 [x 1 3 1 2 1] (Db F Ab Bb) : minor triad, minor 7thBbmaj7 or Bb#7 [1 1 3 2 3 1] (D F A Bb) : major triad, major 7thBbmaj9 or Bb9(#7) [x 3 3 3 3 5] (C D F A Bb) : major triad, major 7th plus 9thBbsus2 or Bbadd9(no3)[x x 3 3 1 1] (C F Bb) : no 3rd but a 2nd from a major triadBbsus2/G [x 3 5 3 6 3] (C F G Bb) : sus2 triad (altered bass)Bbsus4/Ab [x 1 3 1 4 1] (Eb F Ab Bb) : sus4 triad (altered bass)Bdim/A [1 2 3 2 3 1] (D F A B) : diminished triad (altered bass)Bdim/A [x 2 0 2 0 1] (D F A B) : diminished triad (altered bass)Bdim/A [x x 0 2 0 1] (D F A B) : diminished triad (altered bass)

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Page 92: Apostila de Guitarra

Bdim/Ab [x 2 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad (altered bass)Bdim/Ab [x x 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad (altered bass)Bdim/Ab [x x 3 4 3 4] (D F Ab B) : diminished triad (altered bass)Bdim/G [1 x 0 0 0 3] (D F G B) : diminished triad (altered bass)Bdim/G [3 2 0 0 0 1] (D F G B) : diminished triad (altered bass)Bdim/G [x x 0 0 0 1] (D F G B) : diminished triad (altered bass)Bdim7 [x 2 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad, diminished 7thBdim7 [x x 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad, diminished 7thBdim7 [x x 3 4 3 4] (D F Ab B) : diminished triad, diminished 7thBm [2 2 4 4 3 2] (D Gb B) : minor triadBm [x 2 4 4 3 2] (D Gb B) : minor triadBm [x x 0 4 3 2] (D Gb B) : minor triadBm/A [x 0 4 4 3 2] (D Gb A B) : minor triad (altered bass)Bm/A [x 2 0 2 0 2] (D Gb A B) : minor triad (altered bass)Bm/A [x 2 0 2 3 2] (D Gb A B) : minor triad (altered bass)Bm/A [x 2 4 2 3 2] (D Gb A B) : minor triad (altered bass)Bm/A [x x 0 2 0 2] (D Gb A B) : minor triad (altered bass)Bm/G [2 2 0 0 0 3] (D Gb G B) : minor triad (altered bass)Bm/G [2 2 0 0 3 3] (D Gb G B) : minor triad (altered bass)Bm/G [3 2 0 0 0 2] (D Gb G B) : minor triad (altered bass)Bm/G [x x 4 4 3 3] (D Gb G B) : minor triad (altered bass)Bm7 [x 0 4 4 3 2] (D Gb A B) : minor triad, minor 7thBm7 [x 2 0 2 0 2] (D Gb A B) : minor triad, minor 7thBm7 [x 2 0 2 3 2] (D Gb A B) : minor triad, minor 7thBm7 [x 2 4 2 3 2] (D Gb A B) : minor triad, minor 7thBm7 [x x 0 2 0 2] (D Gb A B) : minor triad, minor 7thBm7(b5) or Bo7 [1 2 3 2 3 1] (D F A B) : diminished triad, minor 7th : half-diminished 7thBm7(b5) or Bo7 [x 2 0 2 0 1] (D F A B) : diminished triad, minor 7th : half-diminished 7thBm7(b5) or Bo7 [x x 0 2 0 1] (D F A B) : diminished triad, minor 7th : half-diminished 7thBm7/add11 or Bm7/11 [0 0 2 4 3 2] (D E Gb A B) : minor triad, minor 7th, plus 11thBm7/add11 or Bm7/11 [0 2 0 2 0 2] (D E Gb A B) : minor triad, minor 7th, plus 11thBmaj7/#11 [x 2 3 3 4 2] (Eb F Gb Bb B) : major triad, major 7th, augmented 11thBsus or Bsus4 [7 9 9 x x 0] (E Gb B) : no 3rd but a 4th from a major triadBsus or Bsus4 [x 2 4 4 x 0] (E Gb B) : no 3rd but a 4th from a major triadBsus2 or Badd9(no3)[x 4 4 4 x 2] (Db Gb B): no 3rd but a 2nd from a major triadBsus2 or Badd9(no3)[x x 4 4 2 2] (Db Gb B) : no 3rd but a 2nd from a major triadBsus2/E [x 4 4 4 x 0] (Db E Gb B) : sus2 triad (altered bass)Bsus4/A [x 0 4 4 0 0] (E Gb A B) : sus4 triad (altered bass)Bsus4/A [x 2 4 2 5 2] (E Gb A B) : sus4 triad (altered bass)Bsus4/Ab [0 2 2 1 0 2] (E Gb Ab B) : sus4 triad (altered bass)Bsus4/Ab [0 x 4 1 0 0] (E Gb Ab B) : sus4 triad (altered bass)Bsus4/Ab [2 2 2 1 0 0] (E Gb Ab B) : sus4 triad (altered bass)Bsus4/Db [x 4 4 4 x 0] (Db E Gb B) : sus4 triad (altered bass)Bsus4/Eb [x 2 2 4 4 2] (Eb E Gb B) : sus4 triad (altered bass)Bsus4/Eb [x x 4 4 4 0] (Eb E Gb B) : sus4 triad (altered bass)Bsus4/G [0 2 2 0 0 2] (E Gb G B) : sus4 triad (altered bass)Bsus4/G [0 2 4 0 0 0] (E Gb G B) : sus4 triad (altered bass)Bsus4/G [0 x 4 0 0 0] (E Gb G B) : sus4 triad (altered bass)Bsus4/G [2 2 2 0 0 0] (E Gb G B) : sus4 triad (altered bass)C or Cmaj [0 3 2 0 1 0] (C E G) : major triadC or Cmaj [0 3 5 5 5 3] (C E G) : major triadC or Cmaj [3 3 2 0 1 0] (C E G) : major triadC or Cmaj [3 x 2 0 1 0] (C E G) : major triadC or Cmaj [x 3 2 0 1 0] (C E G) : major triad

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Page 93: Apostila de Guitarra

C or Cmaj [x 3 5 5 5 0] (C E G) : major triadC #5 or Caug [x 3 2 1 1 0] (C E Ab) : augmented triadC b5 [x x 4 5 x 0] (C E Gb) : flat 5thC/A [0 0 2 0 1 3] (C E G A) : major triad (altered bass)C/A [x 0 2 0 1 0] (C E G A) : major triad (altered bass)C/A [x 0 2 2 1 3] (C E G A) : major triad (altered bass)C/A [x 0 5 5 5 8] (C E G A) : major triad (altered bass)C/B [0 3 2 0 0 0] (C E G B) : major triad (altered bass)C/B [x 2 2 0 1 0] (C E G B) : major triad (altered bass)C/B [x 3 5 4 5 3] (C E G B) : major triad (altered bass)C/Bb [x 3 5 3 5 3] (C E G Bb) : major triad (altered bass)C/D [3 x 0 0 1 0] (C D E G) : major triad (altered bass)C/D [x 3 0 0 1 0] (C D E G) : major triad (altered bass)C/D [x 3 2 0 3 0] (C D E G) : major triad (altered bass)C/D [x 3 2 0 3 3] (C D E G) : major triad (altered bass)C/D [x x 0 0 1 0] (C D E G) : major triad (altered bass)C/D [x x 0 5 5 3] (C D E G) : major triad (altered bass)C/D [x 10 12 12 13 0] (C D E G) : major triad (altered bass)C/D [x 5 5 5 x 0] (C D E G) : major triad (altered bass)C/F [x 3 3 0 1 0] (C E F G) : major triad (altered bass)C/F [x x 3 0 1 0] (C E F G) : major triad (altered bass)C5 or C(no 3rd) [x 3 5 5 x 3] (C G): root and 5th (power chord)C6 [0 0 2 0 1 3] (C E G A) : major triad plus 6thC6 [x 0 2 0 1 0] (C E G A) : major triad plus 6thC6 [x 0 2 2 1 3] (C E G A) : major triad plus 6thC6 [x 0 5 5 5 8] (C E G A) : major triad plus 6thC6/add9 or C6/9 [x 5 7 5 8 0] (C D E G A) : major triad plus 6th and 9thC7 or Cdom 7 [x 3 5 3 5 3] (C E G Bb) : major triad, minor 7thC7sus4 [x 3 5 3 6 3] (C F G Bb) : sus4 triad, minor 7thC9(b5) [0 3 x 3 3 2] (C D E Gb Bb) : diminished 5th, minor 7th, plus 9thCadd9 or C2 [3 x 0 0 1 0] (C D E G) : major triad plus 9thCadd9 or C2 [x 3 0 0 1 0] (C D E G) : major triad plus 9thCadd9 or C2 [x 3 2 0 3 0] (C D E G) : major triad plus 9thCadd9 or C2 [x 3 2 0 3 3] (C D E G) : major triad plus 9thCadd9 or C2 [x x 0 0 1 0] (C D E G) : major triad plus 9thCadd9 or C2 [x x 0 5 5 3] (C D E G) : major triad plus 9thCadd9 or C2 [x 10 12 12 13 0] (C D E G) : major triad plus 9thCadd9 or C2 [x 3 2 0 3 0] (C D E G) : major triad plus 9thCadd9 or C2 [x 5 5 5 x 0] (C D E G) : major triad plus 9thCdim/A [x x 1 2 1 2] (C Eb Gb A) : diminished triad (altered bass)Cdim/Ab [x x 1 1 1 2] (C Eb Gb Ab) : diminished triad (altered bass)Cdim/Ab [x x 4 5 4 4] (C Eb Gb Ab) : diminished triad (altered bass)Cdim/D [x 5 4 5 4 2] (C D Eb Gb): diminished triad (altered bass)Cdim7 [x x 1 2 1 2] (C Eb Gb A) : diminished triad, diminished 7thCm [x 3 5 5 4 3] (C Eb G) : minor triadCm [x x 5 5 4 3] (C Eb G) : minor triadCm/A [x x 1 2 1 3] (C Eb G A) : minor triad (altered bass)Cm/Bb [x 3 5 3 4 3] (C Eb G Bb) : minor triad (altered bass)Cm6 [x x 1 2 1 3] (C Eb G A) : minor triad plus 6thCm7 [x 3 5 3 4 3] (C Eb G Bb) : minor triad, minor 7thCmaj7 or C#7 [0 3 2 0 0 0] (C E G B) : major triad, major 7thCmaj7 or C#7 [x 2 2 0 1 0] (C E G B) : major triad, major 7thCmaj7 or C#7 [x 3 5 4 5 3] (C E G B) : major triad, major 7thCmaj9 or C9(#7) [x 3 0 0 0 0] (C D E G B) : major triad, major 7th plus 9th

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Page 94: Apostila de Guitarra

Csus or Csus4 [x 3 3 0 1 1] (C F G) : no 3rd but a 4th from a major triadCsus or Csus4 [x x 3 0 1 1] (C F G) : no 3rd but a 4th from a major triadCsus2 or Cadd9(no3)[x 10 12 12 13 3] (C D G): no 3rd but a 2nd from a major triadCsus2 or Cadd9(no3)[x 5 5 5 x 3] (C D G): no 3rd but a 2nd from a major triadCsus2 or Cadd9(no3)[x 3 0 0 3 3] (C D G) : no 3rd but a 2nd from a major triadCsus2 or Cadd9(no3)[x 3 5 5 3 3] (C D G) : no 3rd but a 2nd from a major triadCsus2/A [x 5 7 5 8 3] (C D G A): sus2 triad (altered bass)Csus2/A [x x 0 2 1 3] (C D G A) : sus2 triad (altered bass)

Csus2/B [3 3 0 0 0 3] (C D G B) : sus2 triad (altered bass)Csus2/B [x 3 0 0 0 3] (C D G B) : sus2 triad (altered bass)Csus2/E [3 x 0 0 1 0] (C D E G) : sus2 triad (altered bass)Csus2/E [x 3 0 0 1 0] (C D E G) : sus2 triad (altered bass)Csus2/E [x 3 2 0 3 0] (C D E G) : sus2 triad (altered bass)Csus2/E [x 3 2 0 3 3] (C D E G) : sus2 triad (altered bass)Csus2/E [x x 0 0 1 0] (C D E G) : sus2 triad (altered bass)Csus2/E [x x 0 5 5 3] (C D E G) : sus2 triad (altered bass)Csus2/E [x 10 12 12 13 0] (C D E G) : sus2 triad (altered bass)Csus2/E [x 5 5 5 x 0] (C D E G) : sus2 triad (altered bass)Csus2/F [3 3 0 0 1 1] (C D F G) : sus2 triad (altered bass)Csus4/A [3 x 3 2 1 1] (C F G A) : sus4 triad (altered bass)Csus4/A [x x 3 2 1 3] (C F G A) : sus4 triad (altered bass)Csus4/B [x 3 3 0 0 3] (C F G B) : sus4 triad (altered bass)Csus4/Bb [x 3 5 3 6 3] (C F G Bb) : sus4 triad (altered bass)Csus4/D [3 3 0 0 1 1] (C D F G) : sus4 triad (altered bass)Csus4/E [x 3 3 0 1 0] (C E F G) : sus4 triad (altered bass)Csus4/E [x x 3 0 1 0] (C E F G) : sus4 triad (altered bass)D or Dmaj [x 5 4 2 3 2] (D Gb A): major triadD or Dmaj [x 9 7 7 x 2] (D Gb A): major triadD or Dmaj [2 0 0 2 3 2] (D Gb A) : major triadD or Dmaj [x 0 0 2 3 2] (D Gb A) : major triadD or Dmaj [x 0 4 2 3 2] (D Gb A) : major triadD or Dmaj [x x 0 2 3 2] (D Gb A) : major triadD or Dmaj [x x 0 7 7 5] (D Gb A) : major triadD #5 or Daug [x x 0 3 3 2] (D Gb Bb) : augmented triadD/B [x 0 4 4 3 2] (D Gb A B) : major triad (altered bass)D/B [x 2 0 2 0 2] (D Gb A B) : major triad (altered bass)D/B [x 2 0 2 3 2] (D Gb A B) : major triad (altered bass)D/B [x 2 4 2 3 2] (D Gb A B) : major triad (altered bass)D/B [x x 0 2 0 2] (D Gb A B) : major triad (altered bass)D/C [x 5 7 5 7 2] (C D Gb A): major triad (altered bass)D/C [x 0 0 2 1 2] (C D Gb A) : major triad (altered bass)D/C [x 3 x 2 3 2] (C D Gb A) : major triad (altered bass)D/C [x 5 7 5 7 5] (C D Gb A) : major triad (altered bass)D/Db [x x 0 14 14 14] (Db D Gb A) : major triad (altered bass)D/Db [x x 0 2 2 2] (Db D Gb A) : major triad (altered bass)D/E [0 0 0 2 3 2] (D E Gb A) : major triad (altered bass)D/E [0 0 4 2 3 0] (D E Gb A) : major triad (altered bass)D/E [2 x 0 2 3 0] (D E Gb A) : major triad (altered bass)D/E [x 0 2 2 3 2] (D E Gb A) : major triad (altered bass)D/E [x x 2 2 3 2] (D E Gb A) : major triad (altered bass)D/E [x 5 4 2 3 0] (D E Gb A) : major triad (altered bass)D/E [x 9 7 7 x 0] (D E Gb A) : major triad (altered bass)D/G [5 x 4 0 3 5] (D Gb G A): major triad (altered bass)

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Page 95: Apostila de Guitarra

D/G [3 x 0 2 3 2] (D Gb G A) : major triad (altered bass)D5 or D(no 3rd) [5 5 7 7 x 5] (D A): root and 5th (power chord)D5 or D(no 3rd) [x 0 0 2 3 5] (D A): root and 5th (power chord)D6 [x 0 4 4 3 2] (D Gb A B) : major triad plus 6thD6 [x 2 0 2 0 2] (D Gb A B) : major triad plus 6thD6 [x 2 0 2 3 2] (D Gb A B) : major triad plus 6thD6 [x 2 4 2 3 2] (D Gb A B) : major triad plus 6thD6 [x x 0 2 0 2] (D Gb A B) : major triad plus 6thD6/add9 or D6/9 [0 0 2 4 3 2] (D E Gb A B) : major triad plus 6th and 9thD6/add9 or D6/9 [0 2 0 2 0 2] (D E Gb A B) : major triad plus 6th and 9thD7 or Ddom 7 [x 5 7 5 7 2] (C D Gb A): major triad, minor 7thD7 or Ddom 7 [x 0 0 2 1 2] (C D Gb A) : major triad, minor 7thD7 or Ddom 7 [x 3 x 2 3 2] (C D Gb A) : major triad, minor 7th

D7 or Ddom 7 [x 5 7 5 7 5] (C D Gb A) : major triad, minor 7thD7sus4 [x 5 7 5 8 3] (C D G A): sus4 triad, minor 7thD7sus4 [x x 0 2 1 3] (C D G A) : sus4 triad, minor 7thD9 or Ddom 9 [0 0 0 2 1 2] (C D E Gb A) : major triad, minor 7th plus 9thD9 or Ddom 9 [2 x 0 2 1 0] (C D E Gb A) : major triad, minor 7th plus 9thD9 or Ddom 9 [x 5 7 5 7 0] (C D E Gb A) : major triad, minor 7th plus 9thD9(#5) [0 3 x 3 3 2] (C D E Gb Bb) : augmented 5th, minor 7th plus 9thDadd9 or D2 [0 0 0 2 3 2] (D E Gb A) : major triad plus 9thDadd9 or D2 [0 0 4 2 3 0] (D E Gb A) : major triad plus 9thDadd9 or D2 [2 x 0 2 3 0] (D E Gb A) : major triad plus 9thDadd9 or D2 [x 0 2 2 3 2] (D E Gb A) : major triad plus 9thDadd9 or D2 [x x 2 2 3 2] (D E Gb A) : major triad plus 9thDadd9 or D2 [x 5 4 2 3 0] (D E Gb A) : major triad plus 9thDadd9 or D2 [x 9 7 7 x 0] (D E Gb A) : major triad plus 9thDaug/E [2 x 4 3 3 0] (D E Gb Bb) : augmented triad (altered bass)Db or Dbmaj [4 4 6 6 6 4] (Db F Ab) : major triadDb or Dbmaj [x 4 3 1 2 1] (Db F Ab) : major triadDb or Dbmaj [x 4 6 6 6 4] (Db F Ab) : major triadDb or Dbmaj [x x 3 1 2 1] (Db F Ab) : major triadDb or Dbmaj [x x 6 6 6 4] (Db F Ab) : major triadDb #5 or Dbaug [x 0 3 2 2 1] (Db F A) : augmented triadDb #5 or Dbaug [x 0 x 2 2 1] (Db F A) : augmented triadDb b5 [x x 3 0 2 1] (Db F G) : flat 5thDb/B [x 4 3 4 0 4] (Db F Ab B) : major triad (altered bass)Db/Bb [x 1 3 1 2 1] (Db F Ab Bb) : major triad (altered bass)Db/C [x 3 3 1 2 1] (C Db F Ab) : major triad (altered bass)Db/C [x 4 6 5 6 4] (C Db F Ab) : major triad (altered bass)Db5 or Db(no 3rd)[x 4 6 6 x 4] (Db Ab): root and 5th (power chord)Db6 [x 1 3 1 2 1] (Db F Ab Bb) : major triad plus 6thDb7 or Dbdom 7 [x 4 3 4 0 4] (Db F Ab B) : major triad, minor 7thDbaug/D [x x 0 2 2 1] (Db D F A) : augmented triad (altered bass)Dbaug/G [1 0 3 0 2 1] (Db F G A) : augmented triad (altered bass)Dbdim/A [3 x 2 2 2 0] (Db E G A) : diminished triad (altered bass)Dbdim/A [x 0 2 0 2 0] (Db E G A) : diminished triad (altered bass)Dbdim/A [x 0 2 2 2 3] (Db E G A) : diminished triad (altered bass)Dbdim/B [0 2 2 0 2 0] (Db E G B) : diminished triad (altered bass)Dbdim/Bb [x 1 2 0 2 0] (Db E G Bb) : diminished triad (altered bass)Dbdim/Bb [x x 2 3 2 3] (Db E G Bb) : diminished triad (altered bass)Dbdim/D [3 x 0 0 2 0] (Db D E G) : diminished triad (altered bass)Dbdim/D [x x 0 0 2 0] (Db D E G) : diminished triad (altered bass)Dbdim7 [x 1 2 0 2 0] (Db E G Bb) : diminished triad, diminished 7th

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Page 96: Apostila de Guitarra

Dbdim7 [x x 2 3 2 3] (Db E G Bb) : diminished triad, diminished 7thDbm [x 4 6 6 5 4] (Db E Ab) : minor triadDbm [x x 2 1 2 0] (Db E Ab) : minor triadDbm [x 4 6 6 x 0] (Db E Ab) : minor triadDbm/A [x 0 2 1 2 0] (Db E Ab A) : minor triad (altered bass)Dbm/B [0 2 2 1 2 0] (Db E Ab B) : minor triad (altered bass)Dbm/B [x 4 6 4 5 4] (Db E Ab B) : minor triad (altered bass)Dbm7 [0 2 2 1 2 0] (Db E Ab B) : minor triad, minor 7thDbm7 [x 4 6 4 5 4] (Db E Ab B) : minor triad, minor 7thDbm7(b5) or Dbo7 [0 2 2 0 2 0] (Db E G B) : diminished triad, minor 7th : half-diminished 7thDbmaj7 or Db#7 [x 3 3 1 2 1] (C Db F Ab) : major triad, major 7thDbmaj7 or Db#7 [x 4 6 5 6 4] (C Db F Ab) : major triad, major 7th

Dbsus2 or Dbadd9(no3) [x x 6 6 4 4] (Db Eb Ab) : no 3rd but a 2nd from a major triadDbsus4/Bb [x x 4 3 2 4] (Db Gb Ab Bb) : sus4 triad (altered bass)Ddim/B [x 2 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad (altered bass)Ddim/B [x x 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad (altered bass)Ddim/B [x x 3 4 3 4] (D F Ab B) : diminished triad (altered bass)Ddim/Bb [x 1 3 1 3 1] (D F Ab Bb) : diminished triad (altered bass)Ddim/Bb [x x 3 3 3 4] (D F Ab Bb) : diminished triad (altered bass)Ddim/C [x x 0 1 1 1] (C D F Ab) : diminished triad (altered bass)Ddim7 [x 2 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad, diminished 7thDdim7 [x x 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad, diminished 7thDdim7 [x x 3 4 3 4] (D F Ab B) : diminished triad, diminished 7thDm [x 0 0 2 3 1] (D F A) : minor triadDm/B [1 2 3 2 3 1] (D F A B) : minor triad (altered bass)Dm/B [x 2 0 2 0 1] (D F A B) : minor triad (altered bass)Dm/B [x x 0 2 0 1] (D F A B) : minor triad (altered bass)Dm/Bb [1 1 3 2 3 1] (D F A Bb) : minor triad (altered bass)Dm/C [x 5 7 5 6 5] (C D F A) : minor triad (altered bass)Dm/C [x x 0 2 1 1] (C D F A) : minor triad (altered bass)Dm/C [x x 0 5 6 5] (C D F A) : minor triad (altered bass)Dm/Db [x x 0 2 2 1] (Db D F A) : minor triad (altered bass)Dm/E [x x 7 7 6 0] (D E F A) : minor triad (altered bass)Dm6 [1 2 3 2 3 1] (D F A B) : minor triad plus 6thDm6 [x 2 0 2 0 1] (D F A B) : minor triad plus 6thDm6 [x x 0 2 0 1] (D F A B) : minor triad plus 6thDm7 [x 5 7 5 6 5] (C D F A) : minor triad, minor 7thDm7 [x x 0 2 1 1] (C D F A) : minor triad, minor 7thDm7 [x x 0 5 6 5] (C D F A) : minor triad, minor 7thDm7(b5) or Do7 [x x 0 1 1 1] (C D F Ab) : diminished triad, minor 7th : half-diminished 7thDm7/add11 or Dm7/11 [3 x 0 2 1 1] (C D F G A) : minor triad, minor 7th, plus 11thDmaj7 or D#7 [x x 0 14 14 14] (Db D Gb A) : major triad, major 7thDmaj7 or D#7 [x x 0 2 2 2] (Db D Gb A) : major triad, major 7thDmin/maj7 [x x 0 2 2 1] (Db D F A) : minor triad, major 7thDsus or Dsus4 [5 x 0 0 3 5] (D G A): no 3rd but a 4th from a major triadDsus or Dsus4 [3 0 0 0 3 3] (D G A) : no 3rd but a 4th from a major triadDsus or Dsus4 [x 0 0 0 3 3] (D G A) : no 3rd but a 4th from a major triadDsus or Dsus4 [x x 0 2 3 3] (D G A) : no 3rd but a 4th from a major triadDsus2 or Dadd9(no3)[5 5 7 7 x 0] (D E A): no 3rd but a 2nd from a major triadDsus2 or Dadd9(no3)[x 0 0 2 3 0] (D E A): no 3rd but a 2nd from a major triadDsus2 or Dadd9(no3)[0 0 2 2 3 0] (D E A) : no 3rd but a 2nd from a major triadDsus2 or Dadd9(no3)[x 0 2 2 3 0] (D E A) : no 3rd but a 2nd from a major triadDsus2 or Dadd9(no3)[x x 0 2 3 0] (D E A) : no 3rd but a 2nd from a major triadDsus2/Ab [4 x 0 2 3 0] (D E Ab A) : sus2 triad (altered bass)

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Page 97: Apostila de Guitarra

Dsus2/B [0 2 0 2 0 0] (D E A B) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/B [x 2 0 2 3 0] (D E A B) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/Bb [0 1 x 2 3 0] (D E A Bb) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/C [x x 0 2 1 0] (C D E A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/C [x x 0 5 5 5] (C D E A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/Db [x 0 0 2 2 0] (Db D E A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/Db [x x 0 2 2 0] (Db D E A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/Db [x x 0 6 5 5] (Db D E A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/Db [x x 0 9 10 9] (Db D E A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/F [x x 7 7 6 0] (D E F A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/G [x 0 2 0 3 0] (D E G A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/G [x 0 2 0 3 3] (D E G A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/G [x 0 2 2 3 3] (D E G A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/G [5 x 0 0 3 0] (D E G A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/G [x 0 0 0 x 0] (D E G A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/Gb [0 0 0 2 3 2] (D E Gb A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/Gb [0 0 4 2 3 0] (D E Gb A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/Gb [2 x 0 2 3 0] (D E Gb A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/Gb [x 0 2 2 3 2] (D E Gb A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/Gb [x x 2 2 3 2] (D E Gb A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/Gb [x 5 4 2 3 0] (D E Gb A) : sus2 triad (altered bass)Dsus2/Gb [x 9 7 7 x 0] (D E Gb A) : sus2 triad (altered bass)Dsus4/B [3 0 0 0 0 3] (D G A B) : sus4 triad (altered bass)Dsus4/B [3 2 0 2 0 3] (D G A B) : sus4 triad (altered bass)Dsus4/C [x 5 7 5 8 3] (C D G A): sus4 triad (altered bass)Dsus4/C [x x 0 2 1 3] (C D G A) : sus4 triad (altered bass)Dsus4/E [x 0 2 0 3 0] (D E G A) : sus4 triad (altered bass)Dsus4/E [x 0 2 0 3 3] (D E G A) : sus4 triad (altered bass)Dsus4/E [x 0 2 2 3 3] (D E G A) : sus4 triad (altered bass)Dsus4/E [5 x 0 0 3 0] (D E G A) : sus4 triad (altered bass)Dsus4/E [x 0 0 0 x 0] (D E G A) : sus4 triad (altered bass)Dsus4/Gb [5 x 4 0 3 5] (D Gb G A): sus4 triad (altered bass)Dsus4/Gb [3 x 0 2 3 2] (D Gb G A) : sus4 triad (altered bass)E or Emaj [0 2 2 1 0 0] (E Ab B) : major triadE or Emaj [x 7 6 4 5 0] (E Ab B) : major triadE #5 or Eaug [x 3 2 1 1 0] (C E Ab) : augmented triadE/A [x 0 2 1 0 0] (E Ab A B) : major triad (altered bass)E/D [0 2 0 1 0 0] (D E Ab B) : major triad (altered bass)E/D [0 2 2 1 3 0] (D E Ab B) : major triad (altered bass)E/D [x 2 0 1 3 0] (D E Ab B) : major triad (altered bass)E/D [x x 0 1 0 0] (D E Ab B) : major triad (altered bass)E/Db [0 2 2 1 2 0] (Db E Ab B) : major triad (altered bass)E/Db [x 4 6 4 5 4] (Db E Ab B) : major triad (altered bass)E/Eb [0 2 1 1 0 0] (Eb E Ab B) : major triad (altered bass)E/Eb [0 x 6 4 4 0] (Eb E Ab B) : major triad (altered bass)E/Eb [x x 1 1 0 0] (Eb E Ab B) : major triad (altered bass)E/Gb [0 2 2 1 0 2] (E Gb Ab B) : major triad (altered bass)E/Gb [0 x 4 1 0 0] (E Gb Ab B) : major triad (altered bass)E/Gb [2 2 2 1 0 0] (E Gb Ab B) : major triad (altered bass)E11/b9 [0 0 3 4 3 4] (D E F Ab A B) : major triad, minor 7th, flat 9th, plus 11thE5 or E(no 3rd) [0 2 x x x 0] (E B) : root and 5th (power chord)E5 or E(no 3rd) [x 7 9 9 x 0] (E B) : root and 5th (power chord)E6 [0 2 2 1 2 0] (Db E Ab B) : major triad plus 6thE6 [x 4 6 4 5 4] (Db E Ab B) : major triad plus 6th

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E7 or Edom 7 [0 2 0 1 0 0] (D E Ab B) : major triad, minor 7thE7 or Edom 7 [0 2 2 1 3 0] (D E Ab B) : major triad, minor 7thE7 or Edom 7 [x 2 0 1 3 0] (D E Ab B) : major triad, minor 7thE7 or Edom 7 [x x 0 1 0 0] (D E Ab B) : major triad, minor 7thE7/add11 or E7/11 [x 0 0 1 0 0] (D E Ab A B) : major triad, minor 7th, plus 11thE7/b9(b5) [0 1 3 1 3 1] (D E F Ab Bb) : diminished 5th, minor 7th, flat 9thE7sus4 [0 2 0 2 0 0] (D E A B) : sus4 triad, minor 7thE9 or Edom 9 [0 2 0 1 0 2] (D E Gb Ab B) : major triad, minor 7th plus 9thE9 or Edom 9 [2 2 0 1 0 0] (D E Gb Ab B) : major triad, minor 7th plus 9thEadd9 or E2 [0 2 2 1 0 2] (E Gb Ab B) : major triad plus 9thEadd9 or E2 [0 x 4 1 0 0] (E Gb Ab B) : major triad plus 9thEadd9 or E2 [2 2 2 1 0 0] (E Gb Ab B) : major triad plus 9thEb or Ebmaj [x 1 1 3 4 3] (Eb G Bb) : major triadEb or Ebmaj [x x 1 3 4 3] (Eb G Bb) : major triadEb or Ebmaj [x x 5 3 4 3] (Eb G Bb) : major triadEb #5 or Ebaug [3 2 1 0 0 3] (Eb G B) : augmented triadEb #5 or Ebaug [3 x 1 0 0 3] (Eb G B) : augmented triadEb/C [x 3 5 3 4 3] (C Eb G Bb) : major triad (altered bass)Eb/D [x 6 8 7 8 6] (D Eb G Bb) : major triad (altered bass)Eb/Db [x 1 1 3 2 3] (Db Eb G Bb) : major triad (altered bass)Eb/Db [x 6 8 6 8 6] (Db Eb G Bb) : major triad (altered bass)Eb/Db [x x 1 3 2 3] (Db Eb G Bb) : major triad (altered bass)Eb/E [x x 5 3 4 0] (Eb E G Bb) : major triad (altered bass)Eb5 or Eb(no 3rd)[x 6 8 8 x 6] (Eb Bb): root and 5th (power chord)Eb6 [x 3 5 3 4 3] (C Eb G Bb) : major triad plus 6thEb7 or Ebdom 7 [x 1 1 3 2 3] (Db Eb G Bb) : major triad, minor 7thEb7 or Ebdom 7 [x 6 8 6 8 6] (Db Eb G Bb) : major triad, minor 7thEb7 or Ebdom 7 [x x 1 3 2 3] (Db Eb G Bb) : major triad, minor 7thEbaug/E [3 x 1 0 0 0] (Eb E G B) : augmented triad (altered bass)Ebaug/E [x x 1 0 0 0] (Eb E G B) : augmented triad (altered bass)Ebdim/B [2 x 1 2 0 2] (Eb Gb A B) : diminished triad (altered bass)Ebdim/B [x 0 1 2 0 2] (Eb Gb A B) : diminished triad (altered bass)Ebdim/B [x 2 1 2 0 2] (Eb Gb A B) : diminished triad (altered bass)Ebdim/B [x 2 4 2 4 2] (Eb Gb A B) : diminished triad (altered bass)Ebdim/C [x x 1 2 1 2] (C Eb Gb A) : diminished triad (altered bass)Ebdim7 [x x 1 2 1 2] (C Eb Gb A) : diminished triad, diminished 7thEbm [x x 4 3 4 2] (Eb Gb Bb) : minor triadEbm/Db [x x 1 3 2 2] (Db Eb Gb Bb) : minor triad (altered bass)Ebm7 [x x 1 3 2 2] (Db Eb Gb Bb) : minor triad, minor 7thEbmaj7 or Eb#7 [x 6 8 7 8 6] (D Eb G Bb) : major triad, major 7thEbsus2/Ab [x 1 3 1 4 1] (Eb F Ab Bb) : sus2 triad (altered bass)Ebsus4/F [x 1 3 1 4 1] (Eb F Ab Bb) : sus4 triad (altered bass)Edim/C [x 3 5 3 5 3] (C E G Bb) : diminished triad (altered bass)Edim/D [3 x 0 3 3 0] (D E G Bb) : diminished triad (altered bass)Edim/Db [x 1 2 0 2 0] (Db E G Bb) : diminished triad (altered bass)Edim/Db [x x 2 3 2 3] (Db E G Bb) : diminished triad (altered bass)Edim/Eb [x x 5 3 4 0] (Eb E G Bb) : diminished triad (altered bass)Edim7 [x 1 2 0 2 0] (Db E G Bb) : diminished triad, diminished 7thEdim7 [x x 2 3 2 3] (Db E G Bb) : diminished triad, diminished 7thEm [0 2 2 0 0 0] (E G B) : minor triadEm [3 x 2 0 0 0] (E G B) : minor triadEm [x 2 5 x x 0] (E G B) : minor triadEm/A [3 x 2 2 0 0] (E G A B) : minor triad (altered bass)Em/A [x 0 2 0 0 0] (E G A B) : minor triad (altered bass)

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Em/A [x 0 5 4 5 0] (E G A B) : minor triad (altered bass)Em/C [0 3 2 0 0 0] (C E G B) : minor triad (altered bass)Em/C [x 2 2 0 1 0] (C E G B) : minor triad (altered bass)Em/C [x 3 5 4 5 3] (C E G B) : minor triad (altered bass)Em/D [0 2 0 0 0 0] (D E G B) : minor triad (altered bass)Em/D [0 2 0 0 3 0] (D E G B) : minor triad (altered bass)Em/D [0 2 2 0 3 0] (D E G B) : minor triad (altered bass)Em/D [0 2 2 0 3 3] (D E G B) : minor triad (altered bass)Em/D [x x 0 12 12 12] (D E G B) : minor triad (altered bass)Em/D [x x 0 9 8 7] (D E G B) : minor triad (altered bass)Em/D [x x 2 4 3 3] (D E G B) : minor triad (altered bass)Em/D [0 x 0 0 0 0] (D E G B) : minor triad (altered bass)Em/D [x 10 12 12 12 0] (D E G B) : minor triad (altered bass)Em/Db [0 2 2 0 2 0] (Db E G B) : minor triad (altered bass)Em/Eb [3 x 1 0 0 0] (Eb E G B) : minor triad (altered bass)Em/Eb [x x 1 0 0 0] (Eb E G B) : minor triad (altered bass)Em/Gb [0 2 2 0 0 2] (E Gb G B) : minor triad (altered bass)Em/Gb [0 2 4 0 0 0] (E Gb G B) : minor triad (altered bass)Em/Gb [0 x 4 0 0 0] (E Gb G B) : minor triad (altered bass)Em/Gb [2 2 2 0 0 0] (E Gb G B) : minor triad (altered bass)Em6 [0 2 2 0 2 0] (Db E G B) : minor triad plus 6thEm7 [0 2 0 0 0 0] (D E G B) : minor triad, minor 7thEm7 [0 2 0 0 3 0] (D E G B) : minor triad, minor 7thEm7 [0 2 2 0 3 0] (D E G B) : minor triad, minor 7thEm7 [0 2 2 0 3 3] (D E G B) : minor triad, minor 7thEm7 [x x 0 0 0 0] (D E G B) : minor triad, minor 7thEm7 [x x 0 12 12 12] (D E G B) : minor triad, minor 7thEm7 [x x 0 9 8 7] (D E G B) : minor triad, minor 7thEm7 [x x 2 4 3 3] (D E G B) : minor triad, minor 7thEm7 [0 x 0 0 0 0] (D E G B) : minor triad, minor 7thEm7 [x 10 12 12 12 0] (D E G B) : minor triad, minor 7thEm7(b5) or Eo7 [3 x 0 3 3 0] (D E G Bb) : diminished triad, minor 7th : half-diminished 7thEm7/add11 or Em7/11 [0 0 0 0 0 0] (D E G A B) : minor triad, minor 7th, plus 11thEm7/add11 or Em7/11 [0 0 0 0 0 3] (D E G A B) : minor triad, minor 7th, plus 11thEm7/add11 or Em7/11 [3 x 0 2 0 0] (D E G A B) : minor triad, minor 7th, plus 11thEm9 [0 2 0 0 0 2] (D E Gb G B) : minor triad, minor 7th plus 9thEm9 [0 2 0 0 3 2] (D E Gb G B) : minor triad, minor 7th plus 9thEm9 [2 2 0 0 0 0] (D E Gb G B) : minor triad, minor 7th plus 9thEmaj7 or E#7 [0 2 1 1 0 0] (Eb E Ab B) : major triad, major 7thEmaj7 or E#7 [0 x 6 4 4 0] (Eb E Ab B) : major triad, major 7thEmaj7 or E#7 [x x 1 1 0 0] (Eb E Ab B) : major triad, major 7thEmaj9 or E9(#7) [0 2 1 1 0 2] (Eb E Gb Ab B) : major triad, major 7th plus 9thEmaj9 or E9(#7) [4 x 4 4 4 0] (Eb E Gb Ab B) : major triad, major 7th plus 9thEmin/maj7 [3 x 1 0 0 0] (Eb E G B) : minor triad, major 7thEmin/maj7 [x x 1 0 0 0] (Eb E G B) : minor triad, major 7thEmin/maj9 [0 6 4 0 0 0] (Eb E Gb G B) : minor triad, major 7th plus 9thEsus or Esus4 [0 0 2 2 0 0] (E A B) : no 3rd but a 4th from a major triadEsus or Esus4 [0 0 2 4 0 0] (E A B) : no 3rd but a 4th from a major triadEsus or Esus4 [0 2 2 2 0 0] (E A B) : no 3rd but a 4th from a major triadEsus or Esus4 [x 0 2 2 0 0] (E A B) : no 3rd but a 4th from a major triadEsus or Esus4 [x x 2 2 0 0] (E A B) : no 3rd but a 4th from a major triadEsus2 or Eadd9(no3)[7 9 9 x x 0] (E Gb B): no 3rd but a 2nd from a major triadEsus2 or Eadd9(no3)[x 2 4 4 x 0] (E Gb B): no 3rd but a 2nd from a major triadEsus2/A [x 0 4 4 0 0] (E Gb A B) : sus2 triad (altered bass)

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Page 100: Apostila de Guitarra

Esus2/A [x 2 4 2 5 2] (E Gb A B) : sus2 triad (altered bass)Esus2/Ab [0 2 2 1 0 2] (E Gb Ab B) : sus2 triad (altered bass)Esus2/Ab [0 x 4 1 0 0] (E Gb Ab B) : sus2 triad (altered bass)Esus2/Ab [2 2 2 1 0 0] (E Gb Ab B) : sus2 triad (altered bass)Esus2/Db [x 4 4 4 x 0] (Db E Gb B) : sus2 triad (altered bass)Esus2/Eb [x 2 2 4 4 2] (Eb E Gb B) : sus2 triad (altered bass)Esus2/Eb [x x 4 4 4 0] (Eb E Gb B) : sus2 triad (altered bass)Esus2/G [0 2 2 0 0 2] (E Gb G B) : sus2 triad (altered bass)Esus2/G [0 2 4 0 0 0] (E Gb G B) : sus2 triad (altered bass)Esus2/G [0 x 4 0 0 0] (E Gb G B) : sus2 triad (altered bass)Esus2/G [2 2 2 0 0 0] (E Gb G B) : sus2 triad (altered bass)Esus4/Ab [x 0 2 1 0 0] (E Ab A B) : sus4 triad (altered bass)Esus4/C [0 0 7 5 0 0] (C E A B) : sus4 triad (altered bass)Esus4/C [x 3 2 2 0 0] (C E A B) : sus4 triad (altered bass)Esus4/D [0 2 0 2 0 0] (D E A B) : sus4 triad (altered bass)Esus4/D [x 2 0 2 3 0] (D E A B) : sus4 triad (altered bass)Esus4/Db [0 0 2 4 2 0] (Db E A B) : sus4 triad (altered bass)Esus4/Db [x 0 7 6 0 0] (Db E A B) : sus4 triad (altered bass)Esus4/Eb [x 2 1 2 0 0] (Eb E A B) : sus4 triad (altered bass)Esus4/F [0 0 3 2 0 0] (E F A B) : sus4 triad (altered bass)Esus4/G [3 x 2 2 0 0] (E G A B) : sus4 triad (altered bass)Esus4/G [x 0 2 0 0 0] (E G A B) : sus4 triad (altered bass)Esus4/G [x 0 5 4 5 0] (E G A B) : sus4 triad (altered bass)Esus4/Gb [x 0 4 4 0 0] (E Gb A B) : sus4 triad (altered bass)Esus4/Gb [x 2 4 2 5 2] (E Gb A B) : sus4 triad (altered bass)F or Fmaj [1 3 3 2 1 1] (C F A) : major triadF or Fmaj [x 0 3 2 1 1] (C F A) : major triadF or Fmaj [x 3 3 2 1 1] (C F A) : major triadF or Fmaj [x x 3 2 1 1] (C F A) : major triadF #5 or Faug [x 0 3 2 2 1] (Db F A) : augmented triadF #5 or Faug [x 0 x 2 2 1] (Db F A) : augmented triadF/D [x 5 7 5 6 5] (C D F A) : major triad (altered bass)F/D [x x 0 2 1 1] (C D F A) : major triad (altered bass)F/D [x x 0 5 6 5] (C D F A) : major triad (altered bass)F/E [0 0 3 2 1 0] (C E F A) : major triad (altered bass)F/E [1 3 3 2 1 0] (C E F A) : major triad (altered bass)F/E [1 x 2 2 1 0] (C E F A) : major triad (altered bass)F/E [x x 2 2 1 1] (C E F A) : major triad (altered bass)F/E [x x 3 2 1 0] (C E F A) : major triad (altered bass)F/Eb [x x 1 2 1 1] (C Eb F A) : major triad (altered bass)F/Eb [x x 3 5 4 5] (C Eb F A) : major triad (altered bass)F/G [3 x 3 2 1 1] (C F G A) : major triad (altered bass)F/G [x x 3 2 1 3] (C F G A) : major triad (altered bass)F5 or F(no 3rd) [1 3 3 x x 1] (C F): root and 5th (power chord)F5 or F(no 3rd) [x 8 10 x x 1] (C F): root and 5th (power chord)F6 [x 5 7 5 6 5] (C D F A) : major triad plus 6thF6 [x x 0 2 1 1] (C D F A) : major triad plus 6thF6 [x x 0 5 6 5] (C D F A) : major triad plus 6thF6/add9 or F6/9 [3 x 0 2 1 1] (C D F G A) : major triad plus 6th and 9thF7 or Fdom 7 [x x 1 2 1 1] (C Eb F A) : major triad, minor 7thF7 or Fdom 7 [x x 3 5 4 5] (C Eb F A) : major triad, minor 7thFadd9 or F2 [3 x 3 2 1 1] (C F G A) : major triad plus 9thFadd9 or F2 [x x 3 2 1 3] (C F G A) : major triad plus 9thFaug/D [x x 0 2 2 1] (Db D F A) : augmented triad (altered bass)

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Page 101: Apostila de Guitarra

Faug/G [1 0 3 0 2 1] (Db F G A) : augmented triad (altered bass)Fdim/D [x 2 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad (altered bass)Fdim/D [x x 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad (altered bass)Fdim/D [x x 3 4 3 4] (D F Ab B) : diminished triad (altered bass)Fdim/Db [x 4 3 4 0 4] (Db F Ab B) : diminished triad (altered bass)Fdim7 [x 2 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad, diminished 7thFdim7 [x x 0 1 0 1] (D F Ab B) : diminished triad, diminished 7thFdim7 [x x 3 4 3 4] (D F Ab B) : diminished triad, diminished 7thFm [x 3 3 1 1 1] (C F Ab) : minor triadFm [x x 3 1 1 1] (C F Ab) : minor triadFm/D [x x 0 1 1 1] (C D F Ab) : minor triad (altered bass)Fm/Db [x 3 3 1 2 1] (C Db F Ab) : minor triad (altered bass)Fm/Db [x 4 6 5 6 4] (C Db F Ab) : minor triad (altered bass)Fm/Eb [x 8 10 8 9 8] (C Eb F Ab) : minor triad (altered bass)Fm/Eb [x x 1 1 1 1] (C Eb F Ab) : minor triad (altered bass)Fm6 [x x 0 1 1 1] (C D F Ab) : minor triad plus 6thFm7 [x 8 10 8 9 8] (C Eb F Ab) : minor triad, minor 7thFm7 [x x 1 1 1 1] (C Eb F Ab) : minor triad, minor 7thFmaj7 or F#7 [0 0 3 2 1 0] (C E F A) : major triad, major 7thFmaj7 or F#7 [1 3 3 2 1 0] (C E F A) : major triad, major 7thFmaj7 or F#7 [1 x 2 2 1 0] (C E F A) : major triad, major 7th

Fmaj7 or F#7 [x x 2 2 1 1] (C E F A) : major triad, major 7thFmaj7 or F#7 [x x 3 2 1 0] (C E F A) : major triad, major 7thFmaj7/#11 [0 2 3 2 1 0] (C E F A B) : major triad, major 7th, augmented 11thFmaj7/#11 [1 3 3 2 0 0] (C E F A B) : major triad, major 7th, augmented 11thFmaj9 or F9(#7) [0 0 3 0 1 3] (C E F G A) : major triad, major 7th plus 9thFsus or Fsus4 [x x 3 3 1 1] (C F Bb) : no 3rd but a 4th from a major triadFsus2 or Fadd9(no3)[x 3 3 0 1 1] (C F G) : no 3rd but a 2nd from a major triadFsus2 or Fadd9(no3)[x x 3 0 1 1] (C F G) : no 3rd but a 2nd from a major triadFsus2/A [3 x 3 2 1 1] (C F G A) : sus2 triad (altered bass)Fsus2/A [x x 3 2 1 3] (C F G A) : sus2 triad (altered bass)Fsus2/B [x 3 3 0 0 3] (C F G B) : sus2 triad (altered bass)Fsus2/Bb [x 3 5 3 6 3] (C F G Bb) : sus2 triad (altered bass)Fsus2/D [3 3 0 0 1 1] (C D F G) : sus2 triad (altered bass)Fsus2/E [x 3 3 0 1 0] (C E F G) : sus2 triad (altered bass)Fsus2/E [x x 3 0 1 0] (C E F G) : sus2 triad (altered bass)Fsus4/G [x 3 5 3 6 3] (C F G Bb) : sus4 triad (altered bass)G or Gmaj [x 10 12 12 12 10] (D G B): major triadG or Gmaj [3 2 0 0 0 3] (D G B) : major triadG or Gmaj [3 2 0 0 3 3] (D G B) : major triadG or Gmaj [3 5 5 4 3 3] (D G B) : major triadG or Gmaj [3 x 0 0 0 3] (D G B) : major triadG or Gmaj [x 5 5 4 3 3] (D G B) : major triadG or Gmaj [x x 0 4 3 3] (D G B) : major triadG or Gmaj [x x 0 7 8 7] (D G B) : major triadG #5 or Gaug [3 2 1 0 0 3] (Eb G B) : augmented triadG #5 or Gaug [3 x 1 0 0 3] (Eb G B) : augmented triadG/A [3 0 0 0 0 3] (D G A B) : major triad (altered bass)G/A [3 2 0 2 0 3] (D G A B) : major triad (altered bass)G/C [3 3 0 0 0 3] (C D G B) : major triad (altered bass)G/C [x 3 0 0 0 3] (C D G B) : major triad (altered bass)G/E [0 2 0 0 0 0] (D E G B) : major triad (altered bass)G/E [0 2 0 0 3 0] (D E G B) : major triad (altered bass)G/E [0 2 2 0 3 0] (D E G B) : major triad (altered bass)

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Page 102: Apostila de Guitarra

G/E [0 2 2 0 3 3] (D E G B) : major triad (altered bass)G/E [x x 0 12 12 12] (D E G B) : major triad (altered bass)G/E [x x 0 9 8 7] (D E G B) : major triad (altered bass)G/E [x x 2 4 3 3] (D E G B) : major triad (altered bass)G/E [0 x 0 0 0 0] (D E G B) : major triad (altered bass)G/E [x 10 12 12 12 0] (D E G B) : major triad (altered bass)G/F [1 x 0 0 0 3] (D F G B) : major triad (altered bass)G/F [3 2 0 0 0 1] (D F G B) : major triad (altered bass)G/F [x x 0 0 0 1] (D F G B) : major triad (altered bass)G/Gb [2 2 0 0 0 3] (D Gb G B) : major triad (altered bass)G/Gb [2 2 0 0 3 3] (D Gb G B) : major triad (altered bass)G/Gb [3 2 0 0 0 2] (D Gb G B) : major triad (altered bass)G/Gb [x x 4 4 3 3] (D Gb G B) : major triad (altered bass)G5 or G(no 3rd) [3 5 5 x x 3] (D G): root and 5th (power chord)G5 or G(no 3rd) [3 x 0 0 3 3] (D G) : root and 5th (power chord)G6 [0 2 0 0 0 0] (D E G B) : major triad plus 6thG6 [0 2 0 0 3 0] (D E G B) : major triad plus 6thG6 [0 2 2 0 3 0] (D E G B) : major triad plus 6thG6 [0 2 2 0 3 3] (D E G B) : major triad plus 6thG6 [x x 0 12 12 12] (D E G B) : major triad plus 6thG6 [x x 0 9 8 7] (D E G B) : major triad plus 6thG6 [x x 2 4 3 3] (D E G B) : major triad plus 6thG6 [0 x 0 0 0 0] (D E G B) : major triad plus 6thG6 [x 10 12 12 12 0] (D E G B) : major triad plus 6thG6/add9 or G6/9 [0 0 0 0 0 0] (D E G A B) : major triad plus 6th and 9thG6/add9 or G6/9 [0 0 0 0 0 3] (D E G A B) : major triad plus 6th and 9thG6/add9 or G6/9 [3 x 0 2 0 0] (D E G A B) : major triad plus 6th and 9thG7 or Gdom 7 [1 x 0 0 0 3] (D F G B) : major triad, minor 7thG7 or Gdom 7 [3 2 0 0 0 1] (D F G B) : major triad, minor 7thG7 or Gdom 7 [x x 0 0 0 1] (D F G B) : major triad, minor 7thG7/add11 or G7/11 [x 3 0 0 0 1] (C D F G B) : major triad, minor 7th, plus 11thG7sus4 [3 3 0 0 1 1] (C D F G) : sus4 triad, minor 7thG9 or Gdom 9 [x 0 0 0 0 1] (D F G A B) : major triad, minor 7th plus 9thG9 or Gdom 9 [x 2 3 2 3 3] (D F G A B) : major triad, minor 7th plus 9thGadd9 or G2 [3 0 0 0 0 3] (D G A B) : major triad plus 9thGadd9 or G2 [3 2 0 2 0 3] (D G A B) : major triad plus 9thGaug/E [3 x 1 0 0 0] (Eb E G B) : augmented triad (altered bass)Gaug/E [x x 1 0 0 0] (Eb E G B) : augmented triad (altered bass)Gb or Gbmaj [2 4 4 3 2 2] (Db Gb Bb) : major triadGb or Gbmaj [x 4 4 3 2 2] (Db Gb Bb) : major triadGb or Gbmaj [x x 4 3 2 2] (Db Gb Bb) : major triadGb #5 or Gbaug [x x 0 3 3 2] (D Gb Bb) : augmented triadGb/Ab [x x 4 3 2 4] (Db Gb Ab Bb) : major triad (altered bass)Gb/E [2 4 2 3 2 2] (Db E Gb Bb) : major triad (altered bass)Gb/E [x x 4 3 2 0] (Db E Gb Bb) : major triad (altered bass)Gb/Eb [x x 1 3 2 2] (Db Eb Gb Bb) : major triad (altered bass)Gb/F [x x 3 3 2 2] (Db F Gb Bb) : major triad (altered bass)Gb6 [x x 1 3 2 2] (Db Eb Gb Bb) : major triad plus 6thGb7 or Gbdom 7 [2 4 2 3 2 2] (Db E Gb Bb) : major triad, minor 7thGb7 or Gbdom 7 [x x 4 3 2 0] (Db E Gb Bb) : major triad, minor 7thGb7(#5) [2 x 4 3 3 0] (D E Gb Bb) : minor 7th, sharp 5thGb7/#9 [x 0 4 3 2 0] (Db E Gb A Bb) : major triad, minor 7th augmented 9thGb7sus4 [x 4 4 4 x 0] (Db E Gb B) : sus4 triad, minor 7thGbadd9 or Gb2 [x x 4 3 2 4] (Db Gb Ab Bb) : major triad plus 9th

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Page 103: Apostila de Guitarra

Gbaug/E [2 x 4 3 3 0] (D E Gb Bb) : augmented triad (altered bass)Gbdim/D [x 5 7 5 7 2] (C D Gb A): diminished triad (altered bass)Gbdim/D [x 0 0 2 1 2] (C D Gb A) : diminished triad (altered bass)Gbdim/D [x 3 x 2 3 2] (C D Gb A) : diminished triad (altered bass)Gbdim/D [x 5 7 5 7 5] (C D Gb A) : diminished triad (altered bass)Gbdim/E [x 0 2 2 1 2] (C E Gb A) : diminished triad (altered bass)Gbdim/E [x x 2 2 1 2] (C E Gb A) : diminished triad (altered bass)Gbdim/Eb [x x 1 2 1 2] (C Eb Gb A) : diminished triad (altered bass)Gbdim7 [x x 1 2 1 2] (C Eb Gb A) : diminished triad, diminished 7thGbm [2 4 4 2 2 2] (Db Gb A) : minor triadGbm [x 4 4 2 2 2] (Db Gb A) : minor triadGbm [x x 4 2 2 2] (Db Gb A) : minor triadGbm/D [x x 0 14 14 14] (Db D Gb A) : minor triad (altered bass)Gbm/D [x x 0 2 2 2] (Db D Gb A) : minor triad (altered bass)Gbm/E [0 0 2 2 2 2] (Db E Gb A) : minor triad (altered bass)Gbm/E [0 x 4 2 2 0] (Db E Gb A) : minor triad (altered bass)Gbm/E [2 x 2 2 2 0] (Db E Gb A) : minor triad (altered bass)Gbm/E [x 0 4 2 2 0] (Db E Gb A) : minor triad (altered bass)Gbm/E [x x 2 2 2 2] (Db E Gb A) : minor triad (altered bass)Gbm7 [0 0 2 2 2 2] (Db E Gb A) : minor triad, minor 7thGbm7 [0 x 4 2 2 0] (Db E Gb A) : minor triad, minor 7thGbm7 [2 x 2 2 2 0] (Db E Gb A) : minor triad, minor 7thGbm7 [x 0 4 2 2 0] (Db E Gb A) : minor triad, minor 7thGbm7 [x x 2 2 2 2] (Db E Gb A) : minor triad, minor 7thGbm7(b5) or Gbo7 [x 0 2 2 1 2] (C E Gb A) : diminished triad, minor 7th : half-diminished 7thGbm7(b5) or Gbo7 [x x 2 2 1 2] (C E Gb A) : diminished triad, minor 7th : half-diminished 7thGbm7/b9 [0 0 2 0 2 2] (Db E Gb G A) : minor triad, minor 7th flat 9thGbmaj7 or Gb#7 [x x 3 3 2 2] (Db F Gb Bb) : major triad, major 7thGbsus or Gbsus4 [x 4 4 4 2 2] (Db Gb B) : no 3rd but a 4th from a major triadGbsus2/Bb [x x 4 3 2 4] (Db Gb Ab Bb) : sus2 triad (altered bass)Gbsus4/E [x 4 4 4 x 0] (Db E Gb B) : sus4 triad (altered bass)Gdim/E [x 1 2 0 2 0] (Db E G Bb) : diminished triad (altered bass)Gdim/E [x x 2 3 2 3] (Db E G Bb) : diminished triad (altered bass)Gdim/Eb [x 1 1 3 2 3] (Db Eb G Bb) : diminished triad (altered bass)Gdim/Eb [x 6 8 6 8 6] (Db Eb G Bb) : diminished triad (altered bass)Gdim/Eb [x x 1 3 2 3] (Db Eb G Bb) : diminished triad (altered bass)Gdim7 [x 1 2 0 2 0] (Db E G Bb) : diminished triad, diminished 7thGdim7 [x x 2 3 2 3] (Db E G Bb) : diminished triad, diminished 7thGm [3 5 5 3 3 3] (D G Bb) : minor triadGm [x x 0 3 3 3] (D G Bb) : minor triadGm/E [3 x 0 3 3 0] (D E G Bb) : minor triad (altered bass)Gm/Eb [x 6 8 7 8 6] (D Eb G Bb) : minor triad (altered bass)Gm/F [3 5 3 3 3 3] (D F G Bb) : minor triad (altered bass)Gm/F [x x 3 3 3 3] (D F G Bb) : minor triad (altered bass)Gm13 [0 0 3 3 3 3] (D E F G A Bb) : minor triad, minor 7th, plus 9th and 13thGm6 [3 x 0 3 3 0] (D E G Bb) : minor triad plus 6thGm7 [3 5 3 3 3 3] (D F G Bb) : minor triad, minor 7thGm7 [x x 3 3 3 3] (D F G Bb) : minor triad, minor 7thGm7/add11 or Gm7/11 [x 3 3 3 3 3] (C D F G Bb) : minor triad, minor 7th, plus 11thGm9 [3 5 3 3 3 5] (D F G A Bb) : minor triad, minor 7th plus 9thGmaj7 or G#7 [2 2 0 0 0 3] (D Gb G B) : major triad, major 7thGmaj7 or G#7 [2 2 0 0 3 3] (D Gb G B) : major triad, major 7thGmaj7 or G#7 [3 2 0 0 0 2] (D Gb G B) : major triad, major 7thGmaj7 or G#7 [x x 4 4 3 3] (D Gb G B) : major triad, major 7th

103

Page 104: Apostila de Guitarra

Gsus or Gsus4 [x 10 12 12 13 3] (C D G): no 3rd but a 4th from a major triadGsus or Gsus4 [x 3 0 0 3 3] (C D G) : no 3rd but a 4th from a major triadGsus or Gsus4 [x 3 5 5 3 3] (C D G) : no 3rd but a 4th from a major triadGsus or Gsus4 [x 5 5 5 3 3] (C D G) : no 3rd but a 4th from a major triadGsus2 or Gadd9(no3)[5 x 0 0 3 5] (D G A): no 3rd but a 2nd from a major triadGsus2 or Gadd9(no3)[3 0 0 0 3 3] (D G A) : no 3rd but a 2nd from a major triadGsus2 or Gadd9(no3)[x 0 0 0 3 3] (D G A) : no 3rd but a 2nd from a major triadGsus2 or Gadd9(no3)[x x 0 2 3 3] (D G A) : no 3rd but a 2nd from a major triadGsus2/B [3 0 0 0 0 3] (D G A B) : sus2 triad (altered bass)Gsus2/B [3 2 0 2 0 3] (D G A B) : sus2 triad (altered bass)Gsus2/C [x 5 7 5 8 3] (C D G A): sus2 triad (altered bass)Gsus2/C [x x 0 2 1 3] (C D G A) : sus2 triad (altered bass)Gsus2/E [x 0 2 0 3 0] (D E G A) : sus2 triad (altered bass)Gsus2/E [x 0 2 0 3 3] (D E G A) : sus2 triad (altered bass)Gsus2/E [x 0 2 2 3 3] (D E G A) : sus2 triad (altered bass)Gsus2/E [5 0 0 0 3 0] (D E G A) : sus2 triad (altered bass)Gsus2/Gb [5 x 4 0 3 5] (D Gb G A): sus2 triad (altered bass)Gsus2/Gb [3 x 0 2 3 2] (D Gb G A) : sus2 triad (altered bass)Gsus4/A [x 5 7 5 8 3] (C D G A): sus4 triad (altered bass)Gsus4/A [x x 0 2 1 3] (C D G A) : sus4 triad (altered bass)Gsus4/B [3 3 0 0 0 3] (C D G B) : sus4 triad (altered bass)Gsus4/B [x 3 0 0 0 3] (C D G B) : sus4 triad (altered bass)Gsus4/E [3 x 0 0 1 0] (C D E G) : sus4 triad (altered bass)Gsus4/E [x 3 0 0 1 0] (C D E G) : sus4 triad (altered bass)Gsus4/E [x 3 2 0 3 0] (C D E G) : sus4 triad (altered bass)Gsus4/E [x 3 2 0 3 3] (C D E G) : sus4 triad (altered bass)Gsus4/E [x x 0 0 1 0] (C D E G) : sus4 triad (altered bass)Gsus4/E [x x 0 5 5 3] (C D E G) : sus4 triad (altered bass)Gsus4/E [x 10 12 12 13 0] (C D E G) : sus4 triad (altered bass)Gsus4/E [x 5 5 5 x 0] (C D E G) : sus4 triad (altered bass)Gsus4/F [3 3 0 0 1 1] (C D F G) : sus4 triad (altered bass)

Neste capítulo abordaremos os variados tipos de acordes que existem e suas combinações. Preste atenção, pois é bastante difícil o que iremos relatar abaixo.

Capítulo 21– TIPOS DE ACORDES

1) Acordes maiores

Aquilo que é mais importante conhecer para iniciar, é a escala maior.Ela caracteriza-se pela distância sucessiva entre notas musicais:

Tabela 1:

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nota base distância nota

======================================1 Sol2 2 meios tons Lá3 4 meios tons Si4 5 meios tons Dó5 7 meios tons Ré6 9 meios tons Mi7 11 meios tons Fá# 8 12 meios tons Sol======================================

Podemos referirmo-nos às notas desta tabela como a 3ª, a 5ª, etc..., tal como vemos nos números na coluna da esquerda (nota base).

Vamos agora à primeira "lição":

Os acordes maiores, são constituídos por:

1ª, 3ª e 5ª

Exemplo:

Pedindo ajuda à tabela 1, vemos que para construir um Sol maior,precisamos da nota base ou 1ª (Sol), da sua 3ª (Si) e da sua 5ª (Ré). Ouseja, o acorde de Sol maior é constituído pelas notas Sol, Si e Ré. Daípoder dizer-se que:

Sol = 320003

Quando o acorde é maior, indica-se apenas pelo seu nome. Portanto, Sol

maior indica-se apenas "Sol".

Conclusão:

Todos os acordes maiores são formados pela sua nota base (1ª), pela sua

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3ª e pela sua 5ª.

A isto chama-se intervalos. (isto é importante)

Claro que todos sabemos de cor como fazer os acordes maiores, mas isto vai servir de base à continuação da nossa aprendizagem

2. Acordes menores

Chegado a este ponto já deve ter reparado que faltam algumas notas musicais na tabela 1.

Podemos dizer com alguma incorreção de linguagem, que os intervalos que vimos antes podem ter diferentes "sabores":

Pode ter-se uma 3ª menor ou uma 3ª maior.

Pode ter-se uma 5ª perfeita ou uma 5ª aumentada.

Pode ter-se uma 9ª ou uma 9ª diminuída.

sendo que,

a 3ª menor tem menos meio tom que a 3ª maior.

a 5ª aumentada tem mais meio tom que a 5ª perfeita.

Agora, já se pode construir uma tabela de intervalos mais completa:

Tabela 2:

meios tons intervalos Exemplo para a nota Ré

0 NOTA BASE RÉ

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1 2ª diminuida Ré#2 2ª Mi3 3ª menor Fá4 3ª maior Fá#5 4ª Sol6 5ª diminuida Sol#7 5ª Lá8 6ª menor Lá#9 6ª maior Si10 7ª menor Dó11 7ª maior Dó#12 8ª Ré13 9ª diminuida Ré#14 9ª Mi15 10ª menor Fá16 10ª maior Fá#17 11ª Sol18 11ª aumentada Sol#19 12ª Lá20 13ª aumentada Lá#21 13ª Si

Bem, esta tabela é tal e qual a tabela 1, só que tem mais notas.

Os acordes menores, são constituídos por:

1ª, 3ª menor e 5ª

Exemplo:

Pedindo ajuda à tabela 2, vemos que para construir um Ré menor,precisamos da nota base ou 1ª (Ré), da sua 3ª menor (Fá) e da sua 5ª(Lá). Ou seja, o acorde de Ré menor é constituído pelas notas Ré, Fá eLá. Daí pode dizer-se que

Rém = x00231107

Page 108: Apostila de Guitarra

O x serve para nos dizer que não se deve tocar na 1ª corda, pois não énem um Ré, nem um Fá, nem um Lá, mas sim um Mi. Logo, não faz parte doacorde, não se toca nela

Quando o acorde é menor, indica-se pelo seu nome seguido da letra mminúscula. Portanto, Ré menor indica-se Rém.

Conclusão:

Todos os acordes menores são formados pela sua nota base (1ª), pela sua3ª menor e pela sua 5ª.

Outro exemplo:

Como formar o acorde Rém7?

Vamos à tabela 2 e vemos então que para formar Ré menor precisamos de

1ª = Ré

3ª menor = Fá (+3 semi-tons)

5ª = Lá (+7 semi-tons)

Até aqui, nada de novo. Resta apenas adicionar a 7ª menor para completaro acorde:

7ª menor = Dó (+10 semi-tons)

Pode fazer-se então Rém = x00211

Em resumo:

A construção de acordes faz-se utilizando intervalos.

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Estes intervalos dizem-nos que notas devemos utilizar para construir osacordes.

3. Acordes de 7ª

Existem notas que além de serem formados pela PRIMEIRA, TERÇA e a QUINTA são formados também pela SÉTIMA. Estes acordes são chamados de Acordes com 7ª. Neste capítulo aprenderemos a fazer os acordes com 7ª a partir das tabelas dos capitulo 4 e 5.

Para acharmos a sétima menor de uma nota devemos pegar a primeira (que é sempre ela própria) e diminuir um tom inteiro e para acharmos a 7ª Maior (Ex. D7M) pegamos a primeira e diminuímos 1/2 tom!

Estes acordes vão surgir aqui um pouco "fora da ordem", mas é apenas porque é um tipo de acorde que aparece com bastante frequência e com o qual todos estamos mais ou menos familiarizados.

Portanto a notação é: X7 - Leia X com 7ª menor ou apenas, X com sétima X7M - Leia X com 7ª maior. Por Exemplo: A7 (La com 7ª), pegamos o próprio Lá (nota), que é a primeira de A (acorde) e diminuímos 1 tom inteiro. ou seja, o A era formado por, La, Do e Mi daí pegamos a primeira de A que é Lá e diminuímos 1 tom, então A7 é formado por Sol, Do e Mi. Por que pegar a primeira e diminuir 1 tom para achar a sétima menor, qual é a lógica?

Muito simples, um acorde com sétima é formado pela TERÇA, QUINTA e a SÉTIMA, para encontrarmos a sétima, é mais fácil você pegar a OITAVA e diminuir 1 tom inteiro, não é mesmo? É, exatamente o que nós fizemos, lembra que a 1ª a a oitava são iguais! Baixamos direto da primeira porque já sabemos que a primeira de qualquer nota é ela mesma!

Vamos a outro exemplo:

Como achar D7 (Ré com 7ª)?

Primeiro passo: Quais as notas que formam D?

Elas são: Ré, Fa# e Lá (Consulte o capítulo 4 se tiver dúvidas)

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Page 110: Apostila de Guitarra

Sabemos que a primeira de qualquer nota é ela mesma, então a primeira do acorde Ré é a nota Ré, então vamos achar a sétima diminuindo 1 tom da primeira. Ré - 1 tom = Dó

Então, D7 é formada por: Do, Fa# e Lá.

(Cuidado quando for diminuir 1 tom de Fa e Dó, pois Dó - 1 tom = La# e Fá - 1 tom = Ré#)

* Acordes de 7ª normais

Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de 7. Por exemplo:

Lá7 = Lá maior de sétima.

Mim7 = Mi menor de sétima e assim sucessivamente.

Formam-se, quer os maiores, quer os menores, adicionando uma sétimamenor ao acorde. Se pedirmos ajuda novamente (e sempre) à tabela 2,vemos que, por exemplo, a sétima menor da nota Mi é a nota Ré. Logo:

Mi7 = 022130

Mim7 = 022030

* Acordes do tipo maj7

Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de maj7. Por exemplo:

Lámaj7

Na sua constituição, diferem dos anteriores, pois adiciona-se uma 7ª maior (e não menor) ao acorde normal.

Exemplo:

Fámaj7 = x33210

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Page 111: Apostila de Guitarra

4. Acordes suspensos

Este tipo de acorde é muito fácil de construir. Costuma surgir em duasversões: o sus2 e o sus4.

No sus2, substitui-se a 3ª por uma 2ª.

No sus4, substitui-se a 3ª por uma 4ª.

Portanto, para fazer um acorde sus2 precisamos de:

1ª, 4ª e 5ª

e para fazer um acorde sus4 precisamos de:

1ª, 2ª e 5ª

Exemplos (Não esquecer de pedir ajuda à tabela)

Résus2 = 000230 (a 3ª - Fá# foi trocada pela 2ª - Mi)

Misus4 = 022200 (a 3ª - Sol# foi trocada pela 4ª - Lá)

Os acordes assim formados não são maiores nem menores.

Importante: a nota suspensa só deve aparecer uma vez na formação doacorde.

5. Acordes de 6ª

* Acordes de 6ª normais

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Page 112: Apostila de Guitarra

Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de 6. Por exemplo:

Lá6 = Lá maior de sexta.

Mim6 = Mi menor de sexta e assim sucessivamente.

Formam-se, quer os maiores, quer os menores, adicionando uma sexta maiorao acorde. Se pedirmos ajuda à tabela 2, vemos que, por exemplo, a sextamaior da nota Mi é a nota Dó. Logo:

Mim6 = 022010

* Acordes 6/9

Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de 6/9. Por exemplo:

Lá6/9

Como já deve ter adivinhado, formam-se a partir do acorde de sexta comose viu antes, mas adicionando também uma 9ª.

Exemplo:

Mim6/9 = 022012

7. Acordes de 9ª, 11ª e 13ª

Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de 9, 11, ou 13. Por exemplo:

Mi9Lám11Ré13

Em primeiro lugar, porque é que estes três acordes surgem juntos?

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Page 113: Apostila de Guitarra

A resposta é: todos eles incluem uma 7ª na sua formação.

Formam-se do seguinte modo:

Para se formar um acorde de 9ª, adiciona-se uma 9ª ao acorde de 7ª.Para se formar um acorde de 11ª, adiciona-se uma 11ª ao acorde de 7ª.Para se formar um acorde de 13ª, adiciona-se uma 13ª ao acorde de 7ª.

Basta ir à tabela 2 e fazer como temos feito até aqui para os outrosacordes. Por exemplo, para se fazer um Mim9, parte-se de Mim7:

Mim7 = 022030

e adiciona-se-lhe uma 9ª (Fá#), fica então:

Mim9 = 022032

8. Acordes separados por um travessão

Por exemplo, Dó/Mi.

É o acorde normal de Dó, mas em que devemos tocar o baixo na nota Mi.

É sempre assim. Exemplo:

Dó/Sol = 332010

9. Acordes dim

Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de dim. Por exemplo:

Ládim

Formam-se com:

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Page 114: Apostila de Guitarra

1ª, 3ª menor, 5ª menor e 6ª maior

Exemplo:

Ládim tem que ter as notas Lá, Dó, Mib e Solb

10. Acordes com indicação da nota a tocar

Neste tipo de acordes, é indicada qual ou quais a(s) nota(s) que deve(m)ser adicionada(s) ao acorde normal. Por exemplo:

RéDm7#5b9

É um Rem7 com a 5ª aumentada e a 9ª diminuída (meio tom, claro).

11. Acordes add

Todos os acordes que não caibam nas categorias anteriore, designam-sepor add.

O seu significado é direto. Por exemplo:

Dóadd2

Para construir este acorde, parte-se do acorde de Dó normal (032010) eadiciona-se-lhe uma segunda. Fica então:

Dóadd2 = 032030

Nota importante: atenção à diferença entre sus2 e add2:

Em sus2, a 3ª é substituída por uma 2ª.

Em add2, não há substituição da 3ª (ela continua lá), há só adição deuma segunda.

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Page 115: Apostila de Guitarra

Exemplos:

Dóadd2 = 032030

Dósus2 = 030010

Notas Finais

Nota importante: atenção à diferença entre acorde 9 e add9.

Um acorde normal 9, tem que ter a 7ª incluída.

Um acorde add9, não precisa. É um acorde normal, apenas com uma 9ªadicionada.

Podemos lembrar também todos os acordes se apresentam conforme as seguintes denominações:

a) ACORDES CONSONANTES: Representam a série de acordes que ao serem tocados transmitem uma sensação repousante e harmoniosa. Geralmente são as "posições" mais fáceis de serem tocadas Portanto, nesta fase do curso, vamos usar principalmente estes acordes.

b) ACORDES DISSONANTES: Ao contrário dos anteriores, estes transmitem uma sensação mais tensa, mais chocante (dando a impressão de pouco harmoniosa). Estes acordes são utilizados principalmente na execução da "Bossa Nova" e do "Jazz". Muitas vezes, quando estes acordes são tocados separadamente, transmitem uma sensação de "erro", porém, no contexto geral da música tornam-se agradáveis.

Podemos relembrar dessa forma que sete símbolos abaixo são utilizados para nomear acordes:

M ou + Lê-se maior +5 " com quinta aumentada 6 " com sexta maior 7 " com sétima (menor) - da dominante 7M " com sétima - Maior

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9 " com nona - Maior m " menor m6 " menor com sexta dim ou o " sétima diminuta m7 " menor com sétima -9 " com nona menor

Capítulo 22– ENCORDAMENTO

Nesse capítulo vamos falar sobre o encordamento para diferentes tipos de braço da guitarra. Um assunto importante, pois as cordas é que determinam a qualidade do som. Muitas vezes você sente o som do seu violão meio abafado, diferente dos instrumentos dos artistas quando estes se apresentam ao vivo em alguns programas. Pois é. eles trocam as cordas pra cada apresentação!

Claro que não precisamos trocar as cordas sempre. Manter elas limpas depois de usá-las é muito importante. Mas nesse capítulo iremos abordar como cada tipo de corda influi diretamente nas técnicas de guitarras.Inicialmente podemos dizer que o   importante é usar sempre o mesmo tipo de encordoamento. Pra braços finos, é mais cômodo usar cordas 0.9, enquanto que para guitarras tipo Gibson e Fender, pode-se usar tranqüilamente 0.10 ou  até 0.12. A diferença é que cordas mais grossas têm mais "sustain", mais brilho.

Aliás, para quem for gravar uma demo ou um cd, aqui vai uma dica: usar encordoamento 0.10 ou 0.11 para base, o efeito é bem legal!! Por outro lado para guitarristas mais tecnicos, cordas 0.10 são um problema para técnicas de "ligadura" e "tapping", por exemplo.

Tipos de Cordas

   0.08= extremamente leve, são recomendáveis apenas a aqueles que não podem fazer muita força / esforço com os dedos. Nos anos 80, este tipo de encordoamento foi muito popular, pois era usado por guitarristas que

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tocavam heavy-metal, devido à facilidade de tocar rápido, mas que no fim acaba gerando um som de guitarra mais fraco e magrinho....

   0.09= possivelmente a mais vendida de todos os tipos. Som razoável, fácil de dar bends, mas também é fácil de quebrá-las...   

   0.10= em minha opinião, a melhor. O som vem na medida certa, possibilitando graves suficientes... Os bends ainda continuam fáceis, e a corda nova, de boa marca,  em uma guitarra bem regulada (ponte, braçø) dificilmente vai quebrar. Se você está procurando um som de guitarra mais cheio, gordo e encorpado, experimente a BLUE STEEL®  0.10/0.46, da empresa Dean-Markley®.

   0.11= pesada. Dificilmente vai conviver bem com uma guitarra com micro-afinação ( a ponte possivelmente vai ficar enclinada...). O som é muito bom, e você pode usar em Satratocasters ® e similares, e Les-Paul's , além de guitarras semi-acústicas para jazz e R&B.

   0.12= extremamente pesada, dura e difícil de dar bends. Dependendo do tipo de guitarra (japonesas e coreanas principalmente), pode-se até mesmo empenar (enclinar demasiadamente) o braço do instrumento, devido à tensão gerada. 0.12 podem conviver bem em uma guitarra com braço grosso, gordo de jazz, como a Gibson® ES- 175, mais cuidado com a tendinite....

   Você também deve prestar atenção no número que se  segue à estes acima. 0.09, 0.10, etc... correspondem a 1ª corda, a mais aguda (mizinha). Existem no mercado cordas híbridas, que misturam , por exemplo, 0.09 com 0.10, entre outras. As combinações mais populares em todo o mundo são:

   0.09  - 0.42    0.09  - 0.46    0.10  - 0.46    0.10  - 0.52

   TÍPICA TABELA DE ESCOLHA:  

   extra-little = 0.08 - 0.38     little  = 0.09 - 0.42     custom little = 0.09 - 0.46     regular  = 0.10 - 0.46     reg.-medium = 0.10 - 0.52     medium = 0.11 - 0.52     jazz hard = 0.12 - 0.56

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 Enfim, achar a corda certa para seus dedos e seu instrumento pode levar um certo tempo, mais com certeza vale a pena pesquisar. Aproveite bastante essas dicas!Trocando as Cordas

Não adianta você escolher uma boa corda, se você não sabe  como trocá-la. Aproveitando esse capítulo sobre encordamento vamos dar os toques principais no momento da troca das cordas.

Quando você for trocar as cordas da sua guitarra tenha em mente o seguinte: as cordas esticadas aplicam um certo esforço no instrumento que forçam o braço a se curvar. Para compensar isso, existe uma barra de metal dentro do instrumento chamado TENSOR que permite que se ajuste a curvatura do braço para mais ou para menos. Esse tipo de ajuste é delicado   e o ideal é que esse serviço seja feito por um Luthier especializado.

Por isso você deve evitar tirar todas as cordas do instrumento ao mesmo tempo. Se você fizer isso, a curvatura do braço vai se alterar, afetando a regulagem do instrumento.Aí você pode estra imaginando: mas na hora que eu colocar as cordas de novo o braço volta para a sua curvatura anterior, certo? Infelizmente não funciona desse jeito. A guitarra é feita basicamente de madeira, que é um material bastante temperamental e pode ser afetado por diversos fatores diferentes, como temperatura e umidade por exemplo.

Se você ainda não ficou convencido faça esse teste: afine uma corda da guitarra e memorize bem o jeito que a tarracha ficou posicionada. Agora, solte a corda dando umas três ou quatro voltas na tarracha. Volte a apertar a corda de modo que a tarracha fique na posição que você tinha memorizado e verifique a afinação da corda. Nove entre dez vezes a corda não vai estar afinada.

Se for possível, evite também ficar variando de marca de encordoamento e de bitola. Procure escolher o tipo que mais lhe agrada, leve seu instrumento para uma regulagem em um Luthier de confiança e não mude mais de marca e modelo. Por exemplo: se você prefere usar cordas D'Addario XL140, toda vez que for trocá-las compre SEMPRE D'Addario XL140. Se você colocar outra marca, aquela regulagem que você pagou uma grana pra fazer pode não valer mais nada.

Então quando for trocar as cordas da sua guitarra faça a troca uma corda de cada vez e certifique-se que a corda esteja afinada corretamente antes de trocar a próxima.Guitarras com ponte tipo Floyd Rose são prolemáticas para trocar as cordas porque o sistema é flutuante. Isso quer dizer que a alavanca não tem um

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ponto de descanso como nas pontes tipo Fender onde a alavanca fica apoiada na madeira do instrumento quando não está sendo usada. As Floyd tanto podem ser apertadas como puxadas. Quando você solta uma corda, as outras cordas restantes tem que aguentar o esforço a mais gerado pelas molas da alavanca. Então você corre o risco de estourar uma corda durante a troca e dar prejuízo pro seu bolso.

Uma solucão interessante é você colocar um calço na alavanca antes de soltar a corda. Pode ser um pedaço de plástico fino e resistente ou um papelão duro ou então pode fazer como eu fiz: usei uma cartolina dobrada e colada com fita adesiva.

Capítulo 23– TOM E CAMPO HARMÔNICO

Neste capítulo abordaremos sobre um assunto muito procurado pelas pessoas que tocam guitarra e também outros instrumentos: Como tirar uma música que ouviu, seja por cifras, seja por TAB?

Recebo infinitos e-mail perguntando como tirar músicas, como achar o Tom delas, o que é o Tom e como reconhecer o Tom tocando ou lendo partituras/cifras/TAB.

É bom deixar claro que essas dicas foram passadas por meu antigo professor e que os tempos mudam e as vezes já existam novas técnicas para esse assunto.

Quando falamos em TOM, temos que entender o seguinte: existe uma nota, a TÔNICA, que "rege" tudo o que fazemos durante aquela música. Os solos, o clima, os acordes, tudo gira em torno do TOM dado por esta nota tônica. Por isso é tão importante saber qual o Tom - daí podemos começar com mais facilidade o trabalho de compor ou tirar uma música. Vamos trabalhar em cima do tom C inicialmente.

Obviamente, não estaremos utilizando sempre C (dó maior) em todas as músicas; logo, teremos que enfrentar alguns acidentes (sustenidos-# e bemóis-b) -> lembram-se que somente a escala de C (dó maior) é isenta de acidentes?Portanto, quando estamos escrevendo música em um pentagrama (ou pauta), temos que seguir uma regra pré-estabelecida na Teoria musical, onde foi definido uma ordem para que estes sinais fossem inseridos: eles ficam ao lado da clave (que é o símbolo que define uma nota chave na pauta - sol, fá, dó...), numa sequência estratégica. A regra é a seguinte:

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Os sustenidos são : F - C - G - D - A - E - BOs bemóis são: B - E - A - D - G - C – F(exatamente o contrário da sequência de sustenidos)

Decorando isto, você pode montar uma tabela que define o número de acidentes representados em cada escala. Comece pelo C, que é 0(zero) nos dois casos, já que não tem acidentes. Olhe como fica:

sustenidos:C - G - D - A - E - B - F# - C#0 1 2 3 4 5 6 7

bemóis:C - F - Bb - Eb - Ab - Db - Gb - Cb0 1 2 3 4 5 6 7Analisando isto, teremos, por exemplo, usando a escala de A, 3 sustenidos. (confira na tabela de sustenidos). Não acredita? Verifiquemos na escala:

A - B - C# - D - E - F# - G# - A

Viu? Estão os 3 aí: C#, F# e G#.

(se vc. não entendeu como formamos a escala, relembre o artigo!)Vamos tentar a de E? São 4 sustenidos:

E - F# - G# - A - B - C# - D# - E

Estão todos presentes! São: F#, G#, C#, D#.

Sei que tem pessoas perguntando como é que eu sabia onde colocar as escalas de F# e C# e onde colocar as escalas naturais de F e C. Aliás, deve ter gente perguntando porque algumas escalas são naturais, outras sustenidas e outras bemóis. Vou explicar tudo com um exemplo.Vejamos a escala de fá maior (F):

F - G - A - A# - C - D - E - F

Notaram que teríamos dois lá: A e A#? No pentagrama só existe uma linha (ou espaço) para o A. Então foi estipulado que a escala de F seria representada por bemóis (b) ao lado da clave. Então a escala de F ficou assim:

F - G - A - Bb - C - D - E – F

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Confira na regra lá em cima: F = 1 bemol (que é o Bb).Quem ficou representada pelos sustenidos foi a escala de F#:

F# - G# - A# - B - C# - D# - F - F#Mas também ficou com 2 Fá: F e F#!!!! E agora?Agora vem a "manha": o F é representado no pentagrama pelo E#!

A escala ficaria assim:F# - G# - A# - B - C# - D# - E# - F#

Vamos conferir: escala de F# = 6 sustenidosO mesmo ocorre com a de C#:

C# - D# - F - F# - G# - A# - C - C#

(E#) (B#)Embora não se escreva E# e B#, como notação em pentagrama é utilizado, justamente para evitar um monte de sinais no meio da pauta e para facilitar o músico na identificação da escala escolhida para compor a peça.

Na prática, é só contar os símbolos na pauta para saber qual a escala utilizada.exemplos:

pentagrama com 3# ao lado da clave: escala de Apentagrama com 2b ao lado da clave: escala de Bb

Mesmo sendo muito simples, é determinada a ESCALA utilizada, e não TOM. Para determinar o Tom, teríamos que analisar as notas da maneira como são utilizadas, com que acordes, se menor ou maior, além de outros conceitos que analisaremos no futuro (como MODOS, por exemplo).

Esquecendo as pautas, com TAB's e cifras a coisa muda um pouco. Vamos lembrar que sabendo qual o Tom será infinitamente mais fácil determinar os acordes, além da tônica dos solos e improvisos.

Sabendo que os acordes derivam das escalas (já vimos isto antes), é fácil perceber que as notas da escala utilizada DEVEM estar contidos nos acordes. Logo, qualquer acorde formado pelas notas da escala soará incrivelmente agradável quando esta for utilizada.

Normalmente os acordes são formados através da harmonização em terças diatônicas. Vamos relembrar este tipo de harmonização (que fizemos em Dominando Acordes).

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A escala de C (dó maior) éC - D - E - F - G - A – B

Começando por C, conte 2 notas para a direita. teremos E. Mais 2 para a direita. Teremos G. Reconhecem a nossa tríade (acorde de 3 notas)? É o C-E-G, ou dó maior (C). Não é por mera coincidência que ele é perfeitamente compatível com a escala de C...

Se fizermos isto com todas as notas da escala, teremos 7 tríades:C-E-G = C (dó maior)D-F-A = Dm (ré menor)E-G-B = Em (mi menor)F-A-C = F (fá maior)G-B-D = G (sol maior)A-C-E = Am (lá menor)B-D-F = Bº (si diminuto)

Esta seria a "família" de acordes de 3 notas (ou tríades) compatíveis com a escala de C, ou seja, estes acordes pertencem a um "CAMPO HARMÔNICO" no TOM de C (dó maior). Quando utilizada uma escala de C, ou composta uma melodia neste TOM, utilizando combinações destes acordes pertencentes ao Campo Harmônico, o resultado será com certeza agradável aos ouvidos.

Pode-se ainda harmonizar desta mesma forma, utilizando as mesmas notas da escala, acordes com 4 notas, gerando acordes mais ricos e sofisticados; indo mais longe, podemos chegar aos acordes de 5 e 6 notas, que embora não tão usuais, são de grande valia para composições ecléticas e originais.

Abaixo temos uma tabela com as 3 famílias de acordes (3,4,5 notas) derivadas da escala de C maior, determinando um vasto campo harmônico (do lado direito, as notas que formam cada acorde).

+----------------------------------------------------+| CAMPO HARMÔNICO DE: C (dó maior) |+----+-------+-------+-------+-------+-------+-------+|nota| 3 | 4 | 5 | 3 | 4 | 5 |+----+-------+-------+-------+-------+-------+-------+| C | C | Cmaj7 | Cmaj9 | CEG | CEGB | CEGBD |+----+-------+-------+-------+-------+-------+-------+| D | Dm | Dm7 | Dm9 | DFA | DFAC | DFACE |+----+-------+-------+-------+-------+-------+-------+| E | Em | Em7 | Em7b9 | EGB | EGBD | EGBDF |+----+-------+-------+-------+-------+-------+-------+

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| F | F | Fmaj7 | Fmaj9 | FAC | FACE | FACEG |+----+-------+-------+-------+-------+-------+-------+| G | G | G7 | G9 | GBD | GBDF | GBDFA |+----+-------+-------+-------+-------+-------+-------+| A | Am | Am7 | Am9 | ACE | ACEG | ACEGB |+----+-------+-------+-------+-------+-------+-------+| B | Bmb5 | Bm7b5 |Bm7b5b9| BDF | BDFA | BDFAC |+----+-------+-------+-------+-------+-------+-------+

Só com estas 3 "famílias" já temos 21 acordes que se encaixam perfeitamente no Tom da escala original, que é C (dó maior).

Antes de prosseguir, vamos recapitular tudo:

1.) O TOM representa a ESCALA utilizada na composição;2.) Os ACORDES derivam da ESCALA escolhida;3.) Os ACORDES são formados pela HARMONIZAÇÃO da ESCALA (no nosso exemplo, em TERÇAS DIATÔNICAS);4.) Os ACORDES RESULTANTES formam o CAMPO HARMÔNICO do TOM escolhido.

Capítulo 24– PROGRESSÃO HARMÔNICA

Agora a pergunta que se encaixa é essa:O que vamos fazer com este monte de acordes vistos no capítulo anterior? Teremos que compreender um novo conceito: PROGRESSÃO HARMÔNICA. Progressão Harmônica é uma sequência de acordes harmonizados, ou seja, um trecho de qualquer música é uma progressão harmônica.A música "Ainda é Cedo", do Legião Urbana, por exemplo, é baseada inteirinha em uma só progressão de 3 acordes: Am-Dm-C. Toque esta progressão e você notará que os acordes Dm-C criam uma "tensão" que é "relaxada" quando chegamos ao acorde de Am.

Este "clima" é a arma que os músicos tem para quebrar a monotonia da música - as progressões tem características próprias, dependendo de como o compositor as utiliza. Vamos analisar os acordes do nosso campo harmônico de C (dó maior) e construir algumas progressões (você certamente reconhecerá algumas - de músicas muito familiares...)

[1] C - F - G7 - C[2] C - F - C - G7 - F - C[3] C - Am - F - G7 - C[4] C - Am - Em - Am - Dm - G - C[5] Dm - G7 - Cmaj7 - Fmaj7 - Bm7b5 - G7 – C

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Tente tocar as progressões acima - tudo se encaixa perfeitamente? Não é sorte ou coincidência... Levando em consideração que uma música ou trecho musical normalmente começa ou termina no tom dominante, se você for compor é só escolher o tom e sair encaixando os acordes, tirados de dentro do Campo Harmônico, e formar uma Progressão Harmônica.

Para "tirar" uma música, verifique a nota inicial/final da maior parte dos trechos (primeiros versos, versos finais ou refrão) e na maioria das vezes (99%) todos os acordes pertencerão àquele campo harmônico - geralmente usando as mesmas progressões que estudamos.

É claro que para isto você deverá analisar o Campo Harmônico no tom da música, ou seja, em todas as escalas - e para isto, você deverá montar os Campos Harmônicos para todas elas. Comece montando para as 7 maiores - lembre-se que você poderá usar os acordes para o Tom Menor relativo (lembram-se que a relativa de C é Am? Se as notas das 2 escalas são as mesmas, os acordes serão os mesmos para os dois campos Harmônicos - só muda a ordem dos acordes nas progressões!)

Voltemos às progressões - analisando as 5 acima, notaremos:

[1] e [2] usam somente 3 acordes: C-F-G7. De fato, é incrível como existem tantas músicas, tradicionais e contemporâneas, que utilizam este tipo de progressão (seja em C ou em qualquer outro tom). Esta progressão é chamada I-IV-V, porque usa estes graus da escala.

[3] e [4] tem um "sabor" mais "down" por usarem acordes menores - Am, Dm e Em. Estas duas progressões aparecem frequentemente em várias músicas, e principalmente a [3] é muito utilizada no rock desde os anos 60 até os dias atuais. É conhecida como "turnaround" (ou retorno) porque soa como uma tensão indo e vindo.

A [5] é a mais rica harmonicamente, criando um som interessante pelo uso de acordes com 4 notas. O som sofisticado obtido é uma das vantagens destas progressões, muito utilizada em jazz. Note que embora a frase não comece pela tônica (C), ela reaparece para "fechar"a progressão em seu final.

Outro exemplo de progressão simples muitíssimo usada é a I-III-V (note que são os acordes correspondentes às notas formadoras da tríade maior de C = C-E-G). Milhares de músicas utilizam esta progressão (e suas correspondentes em outros tons).

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As progressões dentro de um Campo Harmônico são a base para trascrever/compor músicas, devido às suas propriedades derivadas das sequências de acordes. Devemos ter em mente, entretanto, que a música é uma arte, e não existem regras fixas para fazer arte - existem padrões teóricos, que podem, e devem ser quebrados.

Assim como tocar notas fora de uma escala numa melodia, é permitido utilizar acordes fora do campo harmônico numa composição, desde que seus ouvidos julguem a progressão agradável.

Vários músicos inovadores e excelentes frequentemente fogem dos padrões da teoria musical, e acresentam muito a este contexto, com resultados incrivelmente satisfatórios. Se você quiser partir para um novo campo, tudo bem, mas primeiro saiba onde está pisando, e só depois escolha caminhos alternativos.

Mais observações acerca do assunto

Vimos o campo harmônico e as progressões para o acorde de C (dó maior), que pode ser aplicado a todas as escalas maiores e suas menores relativas (no caso de C, Am). Outros campos harmônicos podem ser obtidos da mesma forma sobre outras escalas. Veremos abaixo as Escalas menores de C: Cm, Cm Melódico e Cm Harmônico.

Lembra-se como construir uma escala Menor?Tom - semitom - tom - tom - semitom - tom - tomNo nosso caso, Cm, seria:

C - D - Eb - F - G - Ab - Bb - CVejamos o Campo Harmônico:

+-------------------------------------------------------+| CAMPO HARMÔNICO DE: Cm (dó menor) |+----+-------+--------+--------+-------+-------+--------+|nota| 3 | 4 | 5 | 3 | 4 | 5 |+----+-------+--------+--------+-------+-------+--------+| C | Cm | Cm7 | Cm9 | CEbG |CEbGBb |CEbGBbD |+----+-------+--------+--------+-------+-------+--------+| D | Dmb5 | Dm7b5 |Dm7b5b9 | DFAb |DFAbC |DFAbCEb |+----+-------+--------+--------+-------+-------+--------+| Eb | Eb | Ebmaj7 | Ebmaj9 | EbGBb |EbGBbD |EbGBbDF |+----+-------+--------+--------+-------+-------+--------+| F | Fm | Fm7 | Fm9 | FAbC |FAbCEb |FAbCEbG |+----+-------+--------+--------+-------+-------+--------+| G | Gm | Gm7 | Gm9 | GBbD |GBbDF |GBbDFAb |

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+----+-------+--------+--------+-------+-------+--------+| Ab | Ab | Abmaj7 | Abmaj9 | AbCEb |AbCEbG |AbCEbGBb|+----+-------+--------+--------+-------+-------+--------+| Bb | Bb | Bb7 | Bb9 | BbDF |BbDFAb |BbDFAbC |+----+-------+--------+--------+-------+-------+--------+

Algumas progressões muito interessantes podem ser construídas:[1] Cm - Fm - Bb7 - Cm[2] Cm - Cm7 - Ab - Gm7 - Cm[3] Cm - Fm - Gm7 - Cm[4] Cm - Fm7 - Dm7b5 - Ab - Gm7 - Gm[5] Cm - Eb - Cm - Gm7 - Fm7 - Dm7b5 - Gm7 – Cm

As Escalas Menores Melódicas são idênticas às Maiores, trocando-se somente o III grau (no caso de C, seria E) pelo IIIb (Eb). Ficaria assim:

C - D - Eb - F - G - A - B – C

Veja o Campo Harmônico pronto: (harmonizado em 3as. Diatônicas)

+------------------------------------------------------+|CAMPO HARMÔNICO DE: Cm MELÓDICO (dó menor) |+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+|nota| 3 | 4 | 5 | 3 | 4 | 5 |+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+| C | Cm |Cm(maj7)|Cm(maj9)| CEbG | CEbGB |CEbGBD |+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+| D | Dm | Dm7 | Dm7b9 | DFA | DFAC |DFACEb |+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+| Eb | Eb+ |Ebmaj7#5|Ebmaj9#5| EbGB | EbGBD |EbGBDF |+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+| F | F | F7 | F9 | FAC | FACEb |FACEbG |+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+| G | G | G7 | G9 | GBD | GBDF | GBDFA |+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+| A | Amb5 | Am7b5 | Am9b5 | ACEb | ACEbG |ACEbGB |+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+| B | Bmb5 | Bm7b5 |Bm7b5b9 | BDF | BDFA | BDFAC |+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+

Esta escala tem progressões menos comuns ( na verdade, ela é mais utilizada para solos). Mas podemos formar algumas:

[1] Cm - F - G - Cm[2] Cm - Cm(maj7) - Dm7 - G7 - Cm

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As Escalas Menores Harmônicas são idênticas às Menores Melódicas, trocando-se somente o VI grau (no caso de C, seria A) pelo VIb (Ab). Ficaria assim:

C - D - Eb - F - G - Ab - B - C

Veja o Campo Harmônico pronto: (harmonizado em 3as. Diatônicas)

+------------------------------------------------------+|CAMPO HARMÔNICO DE: Cm HARMÔNICO (dó menor) |+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+|nota| 3 | 4 | 5 | 3 | 4 | 5 |+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+| C | Cm |Cm(maj7)|Cm(maj9)| CEbG | CEbGB |CEbGBD |+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+| D | Dmb5 | Dm7b5 |Dm7b5b9 | DFAb | DFAbC |DFAbCEb|+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+| Eb | Eb+ |Ebmaj7#5|Ebmaj9#5| EbGB | EbGBD |EbGBDF |+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+| F | Fm | Fm7 | Fm9 | FAbC |FAbCEb |FAbCEbG|+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+| G | G | G7 | G7b9 | GBD | GBDF |GBDFAb |+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+| Ab | Ab | Abmaj7 |Abmaj7#9| AbCEb |AbCEbG |AbCEbGB|+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+| B | Bmb5 | Bdim | Bdimb9 | BDF | BDFAb |BDFAbC |+----+-------+--------+--------+-------+-------+-------+Podemos montar várias progressões sobre o Campo Harmônico de Cm Harmônico - e elas são muito úteis (e muito conhecidas!):

[1] Cm - Fm - G - Cm[2] Cm - G - Fm - G - Fm - G - Cm[3] Cm - Fm7 - Bdim - Cm - G - Fm - Cm[4] Cm - Ab - G7 - Cm - Dm7b5 - G7b9 - Cm

Capítulo 25– COMO TROCAR DE ACORDES

Um problema que a maioria dos iniciantes enfrentam é que, para tocar o acompanhamento de uma música, no caso da guitarra, a mão esquerda fica parada em uma posição ( também chamada de acorde ) , e a mão direita fica "batucando " o ritmo , até trocar a posição da mão esquerda e assim por diante. Acontece que a mão esquerda demora demais até ficar ágil e habilidosa o suficiente para trocar na hora certa sem "atrasar " o ritmo . Ou seja: enquanto estamos no mesmo acorde, tudo bem, só a mão direita trabalha. Na hora de mudar de posição, que sufoco ! se descuidar , acaba

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"atrasando " ou "cruzando " o ritmo. Há uma solução que encontrei em vários livros sobre violão que colocarei aqui:

Escolha três acordes bem diferentes entre si.

Numere cada um ( 1, 2, e 3 )

Monte o acorde 1 e toque uma vez só.

Monte o acorde 2 e toque uma vez só

Monte o acorde 3 e toque uma vez só

Vá repetindo ( 1, 2, 3... ) em seqüência cada vez mais depressa, mais depressa, até não precisar mais pensar antes de tocar qualquer um dos três, isto é : a mão vai "sozinha".

Experimente com quatro acordes, depois com cinco, etc...

Experimente também, passar a seqüência dos acordes de uma música, (uma nova canção, ou uma que é difícil de tocar).

Muitos violonistas e guitarristas precisam saber que os melhores e mais rápidos instrumentistas do mundo praticam seus exercícios de velocidade, em um violão comum, acústico, sem amplificadores. Isso porque o "peso " das cordas do violão é perfeito para um rápido desenvolvimento muscular dos dedos.

Em uma guitarra elétrica, por causa das cordas macias e da amplificação, leva-se mais tempo, e dá muito mais trabalho até se atingir o mesmo progresso. Porque os músculos não são forçados, não se exercitam e não se desenvolvem tão bem. Por tanto preste sempre atenção para esse detalhe!!!

Capítulo 26– GLOSSÁRIO DE TERMOS MAIS UTILIZADOS

Neste capítulo final listaremos uma infinidade de termos utilizados no aprendizado da guitarra e que você deve Ter em mente pra não fazer papel de bobo quando alguém te pergunta.

Ai vão eles:

A

Ação - Distância entre as cordas e os trastes.Acento - Nota ou acorde realçado ou tocado em maior volume.Acidente -Um símbolo usado nos acordes ou notas, que indica se a nota é aumentada em meio tom (#) ou diminuída em meio tom (b).Acorde - Efeito de duas ou mais notas tocadas ao mesmo tempo.Acústica, guitarra - Guitarra para execução sem amplificação eletrônica.

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ADT - Automatic Double Tracking ("Pista Dupla Automática"). Efeito eletrônico que consiste em reproduzir uma repetição única muito rápida, dando a impressão de que dois instrumentos tocam a mesma parte.Amplificador - Aparelho eletrônico que majora o som produzido pela guitarra, e captado pelos captadores.Archtop - Instrumentos que tem o tampo em forma de curva.

B

Bigsby - Fabricante de guitarras, conhecido por um modelo de tremolo.Blues - Termo dado a um estilo musical, predominantemente negro, dos EEUU.Bottleneck - Literalmente, "gargalo". Técnica de execução de acordes ou notas isoladas pelo deslizamento (sliding) de um tubo demetal ou vidro pelas cordas. O mesmo que Slide.Bridge - Ponte. Mecanismo onde as cordas da guitarra se fixam no tampo do intrumento.Bypass - Muitas unidades de efeito, tem um botão que acionado, permite que o sinal, passe direto (o som não é processado), sem sofrer nenhuma alteração.

C

Capo - Dispositivo em forma de garra fixado sobre a escala do braço para possibilitar o uso de acordes de corda solta nos diversos tons ou chaves.Captador - Transdutor eletromagnético que converte as vibrações das cordas em impulsos elétricos, amplificanso-os.Cavalete - (Bridge) Dispositivo ajustado ao corpo da guitarra para suportar e conduzir as cordas a seus lugares.Chorus - Efeito baseado em delay que simula eletronicamente dois ou mais instrumentos tocando o mesmo trecho. As variações na altura ou no tempo são usadas para dar um efeito mais realista.Clássico - Um clássico, é algo que se perpetua por si só. Como a Les Paul ou a Stratocaster são guitarras clássicas.Compressão - Efeito eletrônico que reduz o volume das notas agudas e amplia o das mais suaves e graves.Cravelha - Dispositivo mecânico para controlar a tensão e, por conseguinte, a altura de uma corda.Cromática - Uma escla cromática, é uma escala completa, incluindo todos as doze notas.

D

Damping - (Abafamento) Técnica usada para silenciar uma corda ou várias. Pode ser usada para impedir que uma nota ou acorde ressoe de modo indesejável, ou como efeito.Dedeira - Ver Palheta.Dedilhado - Técnica de execução com a mão direita onde as cordas cão sendo feridas pelos dedos um de cada vez.Delay - Quando um som se reflete, ouve-se uma repetição atrasada, ou eco. Este efeito costuma ser produzido pela unidade eletrônica digital de delay.Diatônica - Uma escala diatônica, é aquela composta por 7 notas (maior ou menor).Distorção - Efeito eletrônico usado no rock, onde o vloume é ampliado pesadamente na pré-amplificação ou por efeito eletrônico.Dobro - Tipo de guitarra acústica construída com um tampo ressonador metálico para ampliar o volume e o sustain. Também conhecida como ressonador.Dominante - É a nota do 5.º de uma escala.Dreadnought - Guitarra acústica de corpo grande e cordas de aço, em geral usada em música country e rock.

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E

Efeitos - O resultado de algumas formas de processamento do som.Efeitos Digitais - Muitos efeitos podem ser produzidos digitalmente. Quando se usa um efeito digital, o sinal da gutarra é convertido em códigod binário, processado e depois convertido a impulsos elétricos.Eletroacústica, guitarra - Uma guitarra (ou violão) que se pode tocar acusticamente ou ligar a um apmlificador.Equalizador Gráfico - Um equalizador que tem como características, a divisão das freqüências do som (através de uma escla), é possível acrescentar ou diminuir somente uma freqüência, sem interferir em outras.Expander - É o oposto do Compressor.

F

Feedback - Ver Microfonia.F-hole - Buraco no tampo de algumas giutarras em forma de f.Fingerboard - Lugar onde se acomoda os dedos da mão esquerda (parte de cima do braço).Flanger - Também um efeito baseado no Delay, porém, aqui existe alterações na altura do som (afinação). Originalmente, concebido com fitas magnéticas, hoje é encontrado em unidades digitais.Flat-top, guitarra - Guitarra de cordas de aço com tampo do corpo plano ou chato.Freqüências - Número de cilcos por segundo de uma determinada nota.Fuzz, caixa de - Unidade de pedal para criar distorção ou, mais exatamente, saturação.

G

Guia de cordas - Suporte de osso, plástico ou outro material, para as cordas no final da escala em direção à haste das cravelhas.

H

Hammer - Técnica que consiste em "martelar" o braço da guitarra com os dedos da mão esquerda.Harmonizer - Também comhecido como "pitch shifter", este efeito é capaz de dobrar a nota da guitarra. Programando, quando o guitarrista tocar a nota C (por exemplo), o Harmonizer dobra com a 5.ª (G).Haste das cravelhas - Parte superior no fim do braço da guitarra, onde ficam as cravelhas e as tarrachas das cordas.Haste de suporte do braço - Haste de metal que atravessa na longitudinal o braço da guitarra, por trás da escala, reforçando-o contra a tensão das cordas.Headstock - Parte da guitarra onde se acomodam as tarrachas de afinação.Humbuckers - Captadores eletrônicos de bobinas duplas, que dão um som mais espesso e "grosso", muito apreciado no rock.

L

Lead, guitar - Termo que designa o guitarrista principal.Leslie, Gabinetes - O Leslie éum alto falante torativo, feito originalmente para ser usado em órgãos. Em 1960, jimi Hendrix, usou um alto falante Leslie em sua guitarra. Hoje esse efeito é obtido digitalmente.Luthier - Um construtor de guitarras ou intrumentos musicais.

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M

Microfonia - Som produzido quando um captador ou microfone recolhe seu próprio sinal de um alto-falante e o reamplifica. Algumas vezes é usada como técnica em solos de rock.MIDI - Musical Instrument Digital Interface ("Interface Digital de Instrumentos Mudicias"). Linguagem eletrônica que permite a apare;hos equipados de modo semelhante, como sintetizadores, seqüenciadores, mesas de mixagem e baterias eletrônicas, se intercomunicarem.Multi Efeitos - São aparelhos capazes de produzir variados tipos de efeitos. Pode se programar um tipo de som, mesclando vários efeitos e armazaná-lo para utilização futura.

O

Oitava - Intervalo de 12 semitons. P

Palheta - Dispositivo, em geral de plástico, usado para ferir as cordas. Um tipo específico é a dedeira, usada em guitarra de folk ou country e na música sertaneja brasileira.Panning, ou Panpot - É um recurso dos dons emitidos em estéreo, que permite mandar para um só canal o som.PA, sistema - Sistema de public addres (direcionamento ao público) ou de amplificação eletrônica usado ao vivo.Pedais ou Pedaleira - Unidades eletrônicas controladas com o pé, instaladas entre a saída da guitarra e a entrada do amplificador, para processar o som de vários modos.Pentatônica - Uma escala de cinco notas.Pickguard - Peça em plástico resistente, para proteger o acabamento da guitarra (escudo).Pickup - O mesmo que captador.Placa de arranhadura - Placa de plástico para proteger a giutarra das palhetadas.Plectrum - O mesmo que palheta.Pré-Amplificador - Ajuda a aumentar o sinal da guitarra antes de entrar no amplificador, propriamente dito. É muito usado para se obter distorções.

R

Reverb - Uma unidade de Reverb, simula o desenvolvimento natural de um som tocado em certo ambiente. Pode simular um grande salão, ou uma pequena sala, variando com a programção.Riff - Seqüência repetida de notas, que caracterizam a música. Usada regularmente pelos guitarristas de rock.

S

Sinal de tempo - Símbolo composto de dois números no início de uma partitura. Indica o número de tempos e seu valor dentro de cada compasso.Sintetizador de guitarra - Guitarras projetadas e constrúidas com sistemas instalados para produzir alterações radicais de som, ou as equipadas com MIDI para controlar sintetizadores externos, baterias eletrônicas ou efeitos de processamento de som.Slide - Ver Bottleneck.Solid-state - Amplificadores equipados com transistores.

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Soundboard ou tampo - Parte da frente do corpo da giutarra sobre a uqal se instala o cavalete (bridge). cortada em separado, como nos violões, é chamado tampo.

T

Tapping de trastes - Técnica de excução em que tanto a mão esquerda como a direita são usadas para apertar as notas contra os trastes. Às vezes é chamada tapping de dedos.Tempo - Velocidade de uma peça musical.Tone-Pedal - Ver Wah-Wah.Traste - Tiras de metal colocadas a intervalos ao longo do braço da guitarra.Tremolo - É a popular alavanca (ex.: Floid Rose). Mecanismo que permite alterar a afinação da guitarra durante a performance.

V

Vávula - Tubo de vidro com um cátodo e um ánod, usado em equipamentos eletrônicos.Violão - Ver Acústica, guitarra.Vibrato - Dispositivo mecânico para alterar a altura de uma corda ao ser tocada. Também uma técnica de tocar onde se usam um ou mais dedos da mão esquerda para dar uma oscilação menor na altura do som.Volume, Pedal de - Pedal que permite a mudança do volume do instrumento, durante a performance. É acionado com os pés.

W

Wah wah, pedal - Unidade de acionamento por pedal que pode ser usada como controle de tonalidade ou pressionada para obter o típico som de "wah".

Capítulo 27– A MELHOR MANEIRA DE CIFRAR

Para cifrar uma música é preciso antes de mais nada ter um ouvido bem apurado e dominar os acordes suas formações escalas e seqüências. Estude muito. A dica que eu dou é a seguinte.

Escreva a letra da música - Comece a marcar as sílabas fortes da letra, o que fica mais fácil se você for cantando:

Quando olhei a terra ardendo -- -- Qual fogueira de São João --- -- Eu perguntei, ai a Deus do céu, ai, -- -- Por quê tamanha, judiação... --

Você deve sempre escolher um trecho ou a música inteira para marcar as silabas fortes. No caso de escolher um trecho, prefira um que tenha começo,

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meio e fim bem claros. Isto por que o aparecimento da tônica no fim da música, ou do trecho nos levará a definição do tom da música.

No exemplo acima, cante a letra, ao chegar no fim, toque a nota dó do baixo, insista até se afinar com o acorde final. Agora vá usando as sete notas dos baixos dos acordes do campo harmônico de dó, vá experimentando cada uma na primeira sílaba forte do trecho.

Para facilitar use a principio as três funções principais do campo Harmônico (Do, Fá e Sol). Análise da letra do exemplo de "Asa Branca". - Da 1ª para 2ª silaba teremos um afastamento da Tônica para Subdominante. - Da 2ª para 3ª silaba voltaremos ao ponto de partida que e a Tônica. - Podemos variar a Tônica na 4ª e 5ª sílaba forte, usando a relativa ou anti-relativa. - Já na 6ª sílaba temos outro afastamento da tônica. - Na 7ª silaba forte soa muito a dominante que no caso é a nota SOL. - Na última finalmente voltamos à tônica, completando um círculo.

Quando pretender harmonizar uma música você pode usar o ouvido (intuição) ou a teoria, claro que em alguns momentos a intuição pode não ser suficiente, então recorremos a teoria. Podemos dizer que: o que é "descoberto" pelo ouvido é explicado na teoria. Qualquer pessoa pode aprender a teoria, mas a intuição o sentimento não pode ser ensinado !!! Bom, se você já consegue perceber as harmonias de ouvido, parabéns, já é meio caminho andado. Mas sempre pesquise e tente aprimorar seus conhecimentos, muitos estudos já foram feitos sobre harmonia, estuda-los pode adiantar seu aprendizado.

Como sabemos , e infelizmente as Cifras ainda não são mundialmente padronizadas , por isso você pode encontrar em composições diferentes algumas Cifras estranhas , agora pelo bom senso e para uma leitura bem definida retirei de um livro as maneiras mais usadas em notações de musica veja :

Recomendadas Aceitáveis Evitadas Erradas

C X-X-X-X-X-X-X-X-X CM , C+ , Dó Cm C- CM

C(#5) C5+ , C+ X-X-X-X-X-X-X-X-X Cº , Cdim X-X-X-X-X-X-X-X-X X-X-X-X-X-X-X-X-X

C69 C9

6 X-X-X-X-X-X-X-X-X C7M Cmaj7 , C7+ CM7

C7M(9#11) C7M(+11

9) , C7M(11+9) C7++11

9 , C7+9+11

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Cm(7M) Cm(maj7) , Cm7+ X-X-X-X-X-X-X-X-X Cm7(b5) Cm7(-5) , Cm7(5-) , C Cm7-5 , Cm75- C7(#5) C7(+5) , C7(5+) X-X-X-X-X-X-X-X-X C7(9) C7

9 X-X-X-X-X-X-X-X-X C7(b9) C7(9-) , C7(-9) C7

-9 , C9-7

C7(#9) C7(+9) , C7(9+) C7+9 , C9+

7 C7(#11) C7(+11) , C7(11+) C7

+11 , C11+7

C7(b13) C7(-13) , C7(13-) C7-13 , C13-

7 C7(13) X-X-X-X-X-X-X-X-X C13 C7(#9

#11) C7(+9+11) , C7(9+

11+) Nunca Sem parênteses

C7(b9b13) C7(-13

-9) C7(13-9-) Nunca Sem parênteses

C4 Csus , Csus4 C11 C7

4 C7sus , C7sus4 C711

C74(9) C7sus(9) , C7sus4(9) C7

119 C(add9) Cadd9 , C9 C2 , Cadd2

Capítulo 28– A IMPORTÂNCIA DO METRÔNOMO

Para quem não sabe, o metrônomo, como o nome diz, é um aparelho destinado a marcar o tempo musical. Existem vários tipos e modelos - não tem um? O melhor para este tipo de exercício é o movido a pilha/bateria, com dial frontal.

O tempo mantido é infalível, o dial tem incrementos de tempo standard e você pode mudar de velocidade instantâneamente - tudo isto é bem vindo nesta técnica. Outros tipos são os pequenos digitais, os tipo plug-in mecânicos e os "vovôs" de pëndulo invertido.

Os pequenos digitais são ótimos para todos os propósitos - são mais baratos o mantém o tempo infalível. Tavez sejam um pouco impróprios para este tipo de exercíco pois para incrementar a velocidade você tem que ficar segurando os pequenos botoezinhos até chegar ao valor desejado - e os incrementos não são standard, e sim, em unidades. Numa hora de estudo, com tantas digitações e um tempo pra cada uma, você vai perder 1/2 hora só com o metrônomo.

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Os outros são muito ruins. Os mecânicos tipo plug-in variam a velocidade de acordo com a corrente elétrica do local, acusando maior velocidade do que o real quando houver quedas na corrente (você vai se sentir Joe Satch quando os vizinhos ligarem chuveiro, ar-condicionado e secadora de roupas...). E os velhinhos com pêndulo não marcam o tempo com exatidão.

11.2.) Incrementos "Standard" em Metrônomos

40 - 60 acréscimos de 2 40, 42, 44, 46, 48, 50, 52, 54, 56, 58, 60 60 - 72 acréscimos de 3 60, 63, 66, 69, 72 72 - 120 acréscimos de 4 72, 76, 80, 84, 88, 92, 96, 100, 104, 108, 112, 116, 120 120 - 144 acréscimos de 6 120, 126, 132, 138, 144 144 - 208 acréscimos de 8 144, 152, 160, 168, 176, 184, 192, 200, 208

Capítulo 29– ESCOLHENDO SUA GUITARRA

Neste penúltimo capítulo falaremos tudo que você deve fazer antes e depois de comprar sua guitarra. Preste atenção nessas dicas pois elas são muito importantes para que você não seja passado pra trás.

Para valer o investimento, primeiramente a guitarra deve ter boa entonação. Como já vimos antes , isto significa que ao longo do comprimento do braço, as notas tem o tom correto, sem desafinações em certas partes. Uma guitarra com entonação ruim simplesmente soa ruim, sendo horrível até para iniciantes e amadores, pois atrapalha o treinamento do que seria um instrumento "afinado" - em outras palavras, é possível que o uso prolongado de um instrumento mau entonado acostume o seu ouvido a uma afinação errada - além de espantar qualquer possível audiência.

Além disso, uma boa guitarra deve oferecer ajuste pleno na ponte e através de tensor. Isto permite que com um investimento baixo você possa submeter o instrumento a um Luthier, modificando consideravelmente sua qualidade e tocabilidade.

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Note também: trastes de material ruim, gastos, mal fixados ou irregulares (deite a guitarra e, colocando-a à altura de seus olhos, observe o braço como se fosse um trilho de trem: observe se os trastes são paralelos e têm a mesma altura) proporcionam uma entonação ruim e trastejamento - vale a pena pagar para ajustar este tipo de problema.

No tocante à afinação, a guitarra deve manter a afinação. Nada é mais chato do que assistir à uma apresentação onde o guitarrista tem que afinar o instrumento a cada música - além do que, normalmente ao final da música, a desafinação acaba com seu som. Problemas de desafinação constante provém normamente de 2 fatores: pestana ou tarrachas.

Se a pestana for de plástico ou osso, pague para um técnico ajustar os cortes na medida correta. Lubrificá-la é outra alternativa. Trocar por uma de grafite ou circular podem ser alternativas - consulte um luthier.

Tarrachas de boa qualidade também não são caras, e a troca é muito simples, se feita por um profissional. Kits da Grover, Sperzel ou até Gotoh(que contam com sistema de "lock") são ótimas opções.

Os pick-ups (captadores) não devem chiar demais. Caps baratos normalmente chiam demasiadamente - além de terem timbre pobre e fraco. Não devem proporcionar microfonia em excesso - especialmente quando ligados a equipamentos de distorção. Isto ocorre porque os fios do enrolamento das bobinas vibram uns contra os outros - típico de caps baratos, que tem blindagem inapropriada. Você tem 2 possibilidades: uma delas é mergulhar os caps em parafina derretida, o que diminui a vibração - mas não corrige o timbre; a outra, é investir um bocado e instalar pick-ups de boa qualidade. Se a segunda opção é a sua, lembre-se: o valor do investimento em pick-ups de boa qualidade - como Fender, Gibson, PRS, DiMarzio, Seymour/Duncan (visite os sites destes fabricantes e confira - em inglês - as características de cada um) é altíssimo.

Considere ao comprar uma guitarra se valerá a pena fazer a alteração - recomendada somente se a guitarra for realmente boa, ou se ao vendê-la, você recolocar os antigos caps e guardar os de boa qualidade para sua próxima aquisição.

Verifique também os controles: se ao girá-los você ouvir ruídos ou eles não modificarem o som da guitarra ao serem girados, é melhor trocá-los. O investimento é barato e vale muito a pena. Normalmente, os problemas são causados por potenciômetros velhos e/ou zenabrados.

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O jack de saída deve proporcionar um encaixe perfeito com o plug do cabo - o conserto deste problema também é barato.

Não tente economizar em cabos. Cabos de baixa qualidade roubam o sinal da guitarra (principalmente as freqüências altas). Além disso, os cabos mais baratos são mal soldados e não possuem blindagem, o que os torna fracos e propensos a ruídos. Prefira os cabos com blindagem nos plugs. Molas na saída dos plugs também são muito úteis, para evitar a quebra dos fios. Cabos com revestimento de nylon, tipo corda, são os mais resistentes, além de serem coloridos e facilmente diferenciados (porque a maioria dos baratos são de borracha preta) - na hora de sair do palco, você cata o seu e deixa o resto da banda desembaraçando aquele monte de cabo preto todo emaranhado...

Cordas são fundamentais para abrilhantar seu som e fazer com que a música soa suave. Um jogo de cordas importado profissional, o mesmo utilizado por seu "guitar hero", não custa mais do que US$8,00. Cordas novas tem melhor entonação e soam muito mais brilhantes. Investir num líquido de limpeza de cordas (geralmente antioxidantes) maximizará ainda mais o tempo de vida de suas cordas (experimente o Fast Fret, da GHS - passar com um pano sempre que terminar de tocar). De qualquer forma, trocar as cordas uma vez por mês não vai te matar - mais ainda levando-se em consideração as altas taxas de umidade relativa do ar em nosso país (Brasil), o que acelera o processo de oxidação.

Capítulo 30– AJUSTANDO SEU INSTRUMENTO

O que vamos discutir aqui nesse capítulo de encerramento é buscar o Ajuste Perfeito do SEU equipamento - mesmo que não seja o que você busca, será o melhor que o equipamento permite. Se mesmo assim o instrumento não for adequado à sua expectativa, acho que você terá que procurar algo novo.As dicas a seguir foram enviadas para meu e-mail por alguns profissionais e segundo eles, extraídas de 2 sites de muito respeito: Fender e Gibson. Algumas especificações técnicas são referenciais, pois referem-se aos equipamentos originais destes fabricantes. Entretanto, o conjunto servirá, com toda a certeza, para que você possa fazer pequenos ajustes no seu instrumento. Se, após seguir este pequeno guia seu instrumento não alcançar os referenciais mostrados, ou continuar apresentando problemas, você deve procurar um profissional especializado - o "LUTHIER".

Um luthier é especializado em ajustar instrumentos de cordas, como guitarras, violões, baixos, cavacos, bandolins, harpas, etc. Esse profissional, trabalhando por conta própria ou no serviço técnico do instrumento que você possui é o único que pode consertar problemas graves, e conseguir o

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máximo de seu instrumento. Portanto, se você sentir dificuldades no ajuste, leve o problema a um LUTHIER.

O que você precisará:

1-régua de metal, do comprimento do braço;

2-chaves de fenda, Philips e Allen (sextavada);

3-paquímetro ou régua dividida em polegadas (em espaços de 1/16");

4-um novo jogo de cordas.

I.) Instale novas cordas. Um novo jogo de cordas sempre traz um som mais claro e brilhante ao instrumento. Use como regra: utilize sempre a mesma medida de cordas no instrumento. Diferentes medidas causam diferentes ajustes. Por isso, se o instrumento está ajustado para aquele corda, nunca mude, ou terá de refazer os ajustes. As Fender Strato e as Tele corpo sólido vem com cordas .010; as Tele Holow-Body, com cordas .011. Já as Gibson corpo sólido utilizam como original .009 (Les Paul, Flying V, SG); as semi-acústicas, vem com .010. Os violões vem com encordoamento .013. Compare as características do seu equipamento com estes - não estamos falando de qualidade - e faça sua escolha.

II.) Afine o instrumento. (caso você não saiba afiná-lo, vou dar uma explicadinha no final desta lição. Mas se é o seu caso, não acho que esteja preparado para ajustar o instrumento sozinho...). Novamente, lembre-se: nova afinação, nova regulagem. Utilize a afinação que você costuma fazer e mantenha-a desta forma.

III.) Pegue a régua metálica e verifique a retidão do braço. Podem ocorrer 3 situações: a régua encosta em TODOS os trastes ao mesmo tempo, ou seja, o braço está perfeitamente reto; a régua encosta nos primeiros e nos últimos trastes, mas não encosta no meio; ou a régua encosta nos trastes do meio, mas não nos primeiros e nem nos últimos trastes. No primeiro caso, o braço perfeitamente reto deverá ser ajustado, porque isto ocasiona uma ação(=posicionamento das cordas em relação ao braço do instrumento) muito mais alta do que num braço abaulado para a frente, como no 2o. caso, porque certamente haverá trastejamento (=buzz - ruído da corda encostando em um traste) nos trastes mais altos. Da mesma forma, um braço abaulado para trás ocasionará o trastejamento nos trastes próximos à cabeça. Considera-se ideal um braço ligeiramente abaulado para a frente, na maioria dos estilos, pois permite uma vibração livre das cordas, sem trastejamento.

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IV.) Para conseguir uma curvatura excelente do braço, siga estes procedimentos:

a. pressione a primeira casa com uma pestana;b. pressione: na guitarra , última casa no violão, a casa sobre a junta do

corpo com o braço;c. com o paquímetro ou a régua em polegadas, verifique a altura da 6a. e

1a. cordas até a escala no 8o. traste;d. compare com a tabela abaixo (valores referenciais!!!)

Padrões Fender:

---------------------------------------------(violões)medida da 6a.corda 1a.cordacorda .010 6/64" 5/64".008 6/64" 5/64"---------------------------------------------(guitarras)medida 6a.corda 1a.corda.012 5/64" 4/64".010 4/64" 4/64".008 4/64" 3/64"---------------------------------------------(baixos)medida 6a.corda 1a.corda.014 7/64" 6/64".010 6/64" 5/64"

=============================================padrões GIBSON:---------------------------------------------(violões)medida 6a.corda 1a.corda.013 7/64" 5/64"---------------------------------------------(guitarras)medida 6a.corda 1a.cordade.009 a .011 5/64" 3/64"=============================================

Obs.: Antes de começar a medir a distância no 8o. traste, confira a medida da distância da 1a. e 6a. cordas até a escala no CAPOTRASTE. A medida

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deve ser próxima da tabela. SOMENTE se for muito maior você deverá mexer nos cortes do CAPOTRASTE. Caso você exagere, poderá causar problemas no restante. Por isso, se você encontrar dificuldade, leve o instrumento a um especialista. medidas no primeiro traste:

(guitarras ou violões)

1a. corda: 1/64" - 6a. corda: 2/64"

e. ajuste, com a chave allen correta, o estirante. (em alguns modelos, você terá que tirar o pequeno escudo que cobre a cabeça do tirante com uma chave philips). Use sempre a chave allen de encaixe perfeito!!! Se você não tiver, vale a pena comprá-la. Será bem mais barato do que você "espanar" a rosca sextavada do estirante e impossibilitar qualquer tipo de ajuste. NUNCA gire o estirante mais do que 1/4 de volta de cada vez. Após virar um quarto de volta, aguarde pelo menos 2 horas antes de fazer novo ajuste.

f. O braço terá que se adaptar à nova posição, e isto não é imediato. Sempre que você efetuar o ajuste, volte a afinar o instrumento. Isto faz com que o braço se adapte à posição com o tensionamento correto das cordas. Antes de fazer novo ajuste, lembre-se de medir o 8o. traste novamente - repita tudo até que você consiga o ajuste ideal. Vai valer a pena!!!

Obs.: Se você tem um instrumento equipado com Bi-Flex (dupla curvatura) ou com dois estirantes, e detectar problemas com a curvatura do braço, leve-o a um Luthier!!! NUNCA tente, sem conhecimento, regular este tipo de estirante.

V.) Ajuste a altura da ponte. Nas guitarras, é bem fácil, pois geralmente existe um sistema mecânico que permite este ajuste. Verifique qual o seu modelo. As mais comuns possuem roscas em cada extremidade. Gire-as para obter a altura desejada. Para subir a ponte, você precisará afrouxar um pouco as cordas. Nas tune-o-matic, o ajuste é individual para cada corda. Geralmente, são 2 parafusos tipo allen. Procure fazer uma linha imaginária passando por todas as cordas, para que não haja dificuldade na passagem de uma para outra na hora de tocar.

Mas não é necessário que seja um "desenho"... As regulagens são feitas para regular, e não para enfeitar. Em violões, a coisa fica um pouco mais difícil...A altura é determinada pelo rastilho. Se o problema for encordoamento muito alto, você deverá retirar o rastilho com cuidado (geralmente é só encaixado, mas em algns casos pode estar ligeiramente colado) e desbastar,

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com uma lixa fina, o lado DE BAIXO da peça. NUNCA desbaste o lado de cima, pois ele é arredondado e influi diretamente na entonação do instrumento. Lembre-se: coloque a lixa sobre uma superfície perfeitamente plana e deslize o rastilho sobre ela, aos poucos, experimentando a modificação feita. É melhor afinar o instrumento 4 ou 5 vezes (não retire as cordas todas as vezes - só afrouxe) até atingir o objetivo, do que passar do ponto e ter que comprar outra peça.

VI.) Verifique se existe trastejamento (aquele buzz chato da corda batendo no traste). Com fazer isso? Reafine o instrumento. Comece pela 6a corda: aperte a 1a. casa e toque com uma palheta média a nota presa. Não existe buzz? Vá para a segunda casa, e assim por diante, corda por corda. Caso você encontre algum problema, você pode tentar ajustar novamente a altura da ponte, até uma altura confortável. Se o problema continuar, é provável que seja necessário ajustar alguns trastes. Esse serviço deve ser feito por um LUTHIER!(obs.: estamos supondo que vc. tenha feito os passos anteriores corretamente, OK?)

VII.) Verifique a entonação. Entonação perfeita é conseguida quando obtemos as notas na frequência correta em qualquer lugar da escala. Para fazer isto, Toque um tom harmônico (ponha o dedo sobre o traste, sem apertar a corda; ao mesmo tempo que tocar com a mão direita, solte o dedo da esquerda) na 6a. corda, 12o. traste. Depois toque a nota da 12a. casa. Se for obtido o mesmo tom, a entonação está correta. Faça isso em todas as cordas.

VIII.) Ajustando a entonação:a. Guitarras tune-o-matic - é a única que possibilita corrigir qualquer

problema, pois permite regulagem individual das cordas. Se a nota da 12a. casa for mais alta que o harmônico, "aumente" o comprimento da corda, levando o apoio da corda para longe do braço. Se a nota for mais baixa que o harmônico, "encurte" a corda, fazendo o procedimento contrário. Faça isto para todas as cordas. Novamente, não se importe com o "desenho" obtido pela regulagem. Importe-se com a entonação.

b. Guitarras com ponte "solta" - algumas guitarras tem a ponte "solta". Ela tem 2 encaixes, que se guiam por parafusos fixos no corpo da guitarra. Chama-se solta por que, tirando-se as cordas, ela realmente fica solta - é presa pela pressão que as mesmas fazem sobre ela. Neste tipo, você também moverá a ponte para perto ou longe do braço, dependendo do caso, mas com um problema - TODAS as cordas são alongadas ou encurtadas. Tente também movimentos diagonais para tentar chegar a uma entonação correta.

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c. Guitarras tipo TAILPIECE (presas na parte oposta ao braço) - também são reguladas somente em conjunto, impossibilitando um ajuste perfeito.

d. Violões com cavalete fixo - o cavalete não pode ser movido, mas pode ser "entonado", mudando-se o ponto de encontro da corda com o rastilho. Em alguns casos, um rastilho mais fino resolve o problema, em outros, angula-se o rastilho de forma a entonar a corda corretamente. Estes procedimentos devem ser efetuados somente por um luthier, por exigirem conhecimento e precisão. DICA: Se o problema de entonação não for resolvido com regulagens de ponte, e vier de SOMENTE UMA CORDA, tente trocá-la por uma de medida superior ou inferior. Em muitos casos, resolve-se o problema.

IX.) Regule a altura dos captadores (para guitarras), utilizando a seguinte técnica: pressione a 6a. e 1a. cordas na última casa, e meça, com a régua em polegadas, a distância. Utilize a tabela abaixo para referência (padrões Fender).Para ajustar a altura, geralmente utiliza-se uma chave de fenda ou philips, nos 2 parafusos existentes nas extremidades dos captadores.

======================================tipo do 1a.corda 6a.cordacaptador Texas Special(Telecaster) 6/64" 8/64" Amer/Mex.STD(Strato) 5/64" 6/64" Humbuckers 4/64" 5/64" BAIXOS 6/64" 8/64"======================================

Se você seguiu todos os procedimentos acima corretamente, eu nem preciso dizer nada - seu instrumento está falando por si próprio !!! Se você parou no ítem no. 1 e não entendeu mais nada, não se desespere... Leve seu instrumento a um Luthier e ele fará o serviço por você.

Lembre-se: mantenha seu instrumento limpo, sem poeira; limpe as cordas com uma flanela cada vez que terminar de tocar (existem tb. líquidos anti-corrosivos à venda nas lojas); evite calor, luz, sol, umidade. Não vai tocar, estojo, pelo menos um "bag". Está tocando mas vai descansar, suporte - chão, nunca! Quanto mais próximo você se tornar do instrumento, mais rápido melhorará seu desempenho.

CONCLUSÃO

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Bom chegamos ao final de mais uma apostila. E com certeza essa também tem sinônimo de sucesso. Acredito que muitas pessoas ao adquirirem esse material começarão a tocar a guitarra da melhor forma. Depois com um bom treinamento e método de estudo ficará mais ágil e desenvolverá técnicas mais aprofundadas.

O objetivo dessa apostila é ajudar todos os alunos que estejam aprendendo e os que estão começando agora. A ajuda do professor vai ser fundamental principalmente nos exercícios práticos, pois é a parte mais complicada dos estudos.

Não seja o dono da verdade. Não pense que já esteja sabendo tudo. Lembre-se: Humildade é fundamental nessas horas. Saber reconhecer quando erra e quando acerta é um dos princípios para um músico alcançar o sucesso. Portanto, se você errou, assuma e treine novamente. É só com os erros que vêm os acertos. Se você não errar, nunca vai acertar depois.

O treinamento e a vontade é que vão fazer de você um grande instrumentista. Não desanime com qualquer obstáculo que ver pela frente. Seja grande. Seja um vencedor. Seja uma pessoa capaz de passar por cima de tudo, mas com muito equilíbrio e paciência. Você ainda tem muito tempo pra aprender.

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