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Guitarra I By Mozart Fernando

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Apostila de guitarra nível intermediário escola livre de música

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Guitarra I

By Mozart Fernando

Índice

A breve História da guitarra elétrica

Começa quando o violão é eletrificado, assumindo o papel que até então era do banjo nas bandas de tradicional Jazz. A Gibson lança em 1935 a “eletric Spanish” (ES 150), um violão de tampo abaulado com bocais em f (estilo violino) com um captador de grandes dimenções. Na década de 40, surgiram várias semi-acústicas, cujo reinado foi e é nas bandas e combos de Jazz. Um dos Grandes nomes dessa época é Charlie Christian, que foi o primeiro a criar solos “imitando” o som do saxofone de Lester Young.A produção de feedback ( microfonia) sempre foi um problema, pois , num determinado volume fica incontrolável; para resolver isso surge a guitarra semi-sólida, mais fina que a anterior e com um bloco maciço no meio, permitindo uma inovação, uma alavanca de trêmolo, estilo bigsby, é a guitarra de Chuck Berry ( cujos riffs serviram de inspiração para toda uma geração de músicos) ou a famosa “Lucille” de BB King.A guitarra continua a desenvolver-se, várias pessoas começam a trabalhar em projetos de sólidas, o músico e inventor Les Paul apresenta seu protótipo, apelidado de “tora”, um violão gibson cortado ao meio, não foi bem recebido até que surge Leo Fender com sua Broadcaster (posteriormente telecaster), foi um sucesso, em seguida cria um dos maiores sucessos a Stratocaster. Tanto as Les Paul quanto as Stratocaster viraram referência e até hoje são modelos muito copiados. Durante todos esses anos ainda surgiram algumas modificações, como sistemas de microafinação, rolernut, guitarras de 7 cordas, etc, tudo procurando arprimorar esse que é um instrumento muito novo se comparado ao violino, por exemplo, portanto muita história ainda pode acontecer!

Anatomia da Guitarra

Parte ElétricaSe olharmos para o corpo da guitarra iremos ver que no seu centro, temos nocaso do nosso desenho 3 (três) peças, podendo ser 1(uma) ou2(duas) variando de acordo com o tipo de guitarra, que são chamadas de;captadores e pick-ups (em inglês), que cuja função é captar o som emitidopelas cordas tocadas logicamente pelo guitarrista e enviá-lo para oamplificador que por sua vez tem a função de dimensioná-lo em volumeatravés do auto falante instalado na própria caixa do amplificador.Os captadores ou pick-ups são chamados fisicamente de “transdutores”, quepor definição quer dizer; qualquer dispositivo eletrônico ou eletromagnéticoque converte formas de energia física em energia elétrica. Havendo dois tiposbásicos de pick-ups :1) Bobina simples: conhecido como “single coil”, consiste num captadorenrolado por um fio de cobre muito delgado com centenas de voltas em tornoda barra do captador. O modelo Fender por exemplo é usado com seiscaptadores individuais que são um tipo de “cabecinhas redondas” facilmentevisualizáveis.2) Bobina dupla:!Conhecido como “Humbuckers”.Os singles são vulneráveis à interferência de radiação eletromagnética ou seja,eles possuem uma tendência a captar ruídos quando próximos aamplificadores ou aparelhos elétricos. Pensando nisto, um engenheiro daGibson em 1955, decidiu criar um captador que eliminasse estes ruídos,assim surgindo os Humbuckers. Existem ainda as outras peças que completama parte elétrica da guitarra, sendo; os potenciômetros de controle de volume etonalidade que são operados pelos knobs (botões que se encontram abaixodos pick-ups à direita no corpo), a chave seletora de pick-ups podendo haverainda uma chave defasadora ( de pick-ups ou poli-tones ) e o jack que é aentrada do plug do cabo da guitarra, que normalmente encontra-se na lateraldo instrumento, que através deste fio envia o sinal para o amplificador.

Anatomia:

1) O Corpo pode ter dois tipos básicos do ponto de vista anatômico; o acústicoe o maciço. Sendo o acústico mais antigo por ser praticamente um violãoeletrificado que foi evoluindo e o maciço que é um co rpo sólido ( conforme onosso desenho da anatomia da Guitarra ).

2) O Braço da guitarra é constituído por duas partes de madeira que estãocoladas obviamente e a parte posterior é a escala onde colocamos os dedos para tocar, outra parte está encaixada no corpo.

3) O headstock serve para sustentar as tarraxas que estão instaladas e queservem para afinar o instrumento.

4) A Ponte que se encontra instalada na parte inferior do corpo serve paraprender e sustentar as cordas que estão presas à outra extremidade já citadaque são as tarraxas.

5) O Tensor é uma peça de ferro tipo uma vareta que se encontra dentro dobraço com a finalidade de evitar o eventual empenamento do instrumentoatravés da sua regulagem que deve ser feita por alguém especializado. Esseespecialista é conhecido como luthier.

6) Os Trastes que estão instalados no braço são responsáveis pelo temperamentoda escala que é o lugar onde pressionamos para sair os sons das notas e quechamamos de casas. Existem ainda peças suplementares como a alavanca, porexemplo.

Afinação:

PosturaMão da escala: procure usar ponta de dedo, deixando-os próximos a escala(economia de movimentos é importante para a uma técnica mais apurada)

Mão da palheta

Segurando a palheta

• Segurar corretamente a palheta é muito importante, mesmo que lhe pareça incômodo a princípio

• Essa é uma mão que merece atenção, ela é o motor, a mais dificil em todos os instrumentos de corda

• é importante dominar a técnica básica que é alternar a palheta• sempre segure a palheta com a ponta para baixo• não pressione a palheta nem de mais, nem de menos, com o tempo você pega o jeito• seja paciente e pratique os exercícios com dedicação e afinco!

Exercícios de palheta

Primeiros acordes

vocês podem notar que o B é praticamente o A um tom acima e o F é o E um semitom acima, isso quer dizer que posso transpor os desenhos adicionando apenas uma pestana para manter a relação dos intervalos entre as notas, essa é a ideia básica do sistema 5, também conhecido como CAGED

O sistema 5 foi desenvolvido pelo guitarrista Pat Martino, cujo pensamentoprincipal é o foco nos desenhos (shapes) básicos, tornando cada acorde um modelo.

exemplo C nas 5 regiões:

modelo de C modelo de A modelo de G modelo de E modelo de D

Cifrado com Divisão:

4 4 A

%

E

%

34 A D E A

24 D G D A

44 C F G

C

IntervalosIntervalo é a distância que há entre dois sons ou notas, essa é medida eanalisada, sua compreensão é de extrema importância para o entendimento daformação das escalas & acordes.No momento aprenderemos o seguinte:

O intervalo pode serHarmônico - as notas são tocadas simultaneamente (3ªM – 3ªm)

Melódico - as notas são tocadas na seqüência (3ªM – 3ªm)

Tons & semitonsSemitom – menor intervalo que há na organização da música ocidental,também conhecido como “meio-tom”

Tom – é a soma de 2 semitonsObservação: a cada meio-tom somado teremos: 1 tom e meio, 2 tons, etc...etc.

curiosidade: o oriente não segue esse raciocínio, eles trabalham com divisõesmenores ainda, dando a característica tão peculiar à sua música.

A guitarra, bem como o violão e outros instrumentos de corda é uminstrumento temperado, ou seja, tem seu braço dividido em semitons porpeças metálicas denominadas trastes.

Existe uma ordem de tons e semitons na organização das notas naturais:

decore a sequência acima, tudo que virá depois depende desse entendimento.

Dica:as Notas terminadas com a letra “i” ( mi ) & ( Si ) são as que tem meio tom de distância para a próxima nota, consequentemente ( fa ) & ( do ).

O Braço da guitarra está dividido em semitons, portanto de uma casa à outra é meio tom, duas casas um tom, e assim consecutivamente.

Sinais de AlteraçãoSão sinais que aparecem para “acertar” as notas dentro do que a melodia ou a harmonia propõe, são símbolos utilizados na notação musical para modificar a altura da nota imediatamente à sua direita e de todas as notas na mesma posição da pauta até o final do compasso corrente, tornando-asmeio tom mais graves ou meio tom mais agudas.

Juntando todos os conceitos temos uma escala cromática (escala cujos intervalos são de semitons)

Notas no braço da guitarra

Nota: cifra é a substituição do nome da nota por uma letra:A B C D E F G

la si dó re mi fa sol

Exercício de assimilação: toque a seguinte sequência em cada corda!

C – G – D – A – E – B – F# - C# - F – Bb – Eb – Ab – Db – Gb – CB ( B )

EscalasA palavra escala vem do latim “scala” que significa “escada” e pode-se definircomo qualquer série de notas consecutivas que formem uma progressão entrea nota e sua oitava.Existem diferentes tipos:Diatônicas – estão organizadas em tons e semitons (escala maior e menores)

Cromáticas – estão organizadas em semitonsTons inteiros – estão organizadas apenas em tonsEtcImportanteCada tipo de escala tem seu padrão, que deve ser seguido para que seobtenha a mesma sonoridade.

Escala Maior

Segue o mesmo padrão das notas naturais

escala C

escala G escala F

Monte as escalas maiores:

D maior

A maior

E maior

B maior

F# maior

C# maior

Bb maior

Eb maior

Ab maior

Db maior

Gb maior

Cb maior

Digitação da escala Maior (tom G )

Aberta

3 notas por corda

TríadesA Tríade é a base do acorde, é formada pela primeira, terceira e quinta notas dequalquer escala (diz-se Tônica - Terça - Quinta).Se pegarmos a escala maior de Do, por exemplo, teremos Do-Mi-Sol, e assimpor diante.Existem 4 famílias de tríade, das quais saem todos os outros acordes.Estudaremos a seguir:

Tríades Fechadas: exemplos D ( re, Fa#, La )

Exercício 1

Exercício 2

Exercício 3

Transponha as tríades para C

Transponha as tríades para G

Arpejos Tríade

Efeitos de interpretaçãoAo executar uma música, não basta apenas tocar as notas e os acordes, é necessário extrair vida destes. O músico coloca expressão, seja do compositor ou sua própria e a isso damos o nome de interpretação. Existem casos em que o compositor indica o que quer e casos em que ele abre espaço para “criação espontânea”. Para tal discernimento é necessário bom gosto e estudo para conhecer muito bem o que se esta tocando. O conhecimento do criador e da linguagem é essencial, pois podemos nosdeparar com musicas cuja base seja a improvisação, como no caso do Jazz edo Blues, em contrapartida à música européia do Período Barroco, porexemplo, onde a interpretação entra justamente para caracterizar essa época ecompositor.Na guitarra existem ferramentas que ajudam nesse quesito, são os efeitos deinterpretação quer ajudam a “incrementar” o som, deixando-o mais “quente”.BendComo foi explicado anteriormente, o braço da guitarra está dividido emsemitons, o bend consiste justamente em modificar essa estrutura.Ao levantar a corda, começamos a atingir outras notas, um bend pode subir em", 1/2, 1 tom e assim por diante, o que define o limite é a força na mão e atensão da corda.É um efeito muito expressivo e pode-se dizer que é o “auge” da interpretaçãodo guitarrista e portanto, estudar para que eles saiam afinados é essencial.Tipos Bend - consiste em levantar ou abaixar a corda partindo de uma notapara atingir o som de outra.

Bend release - após a chegada na nota desejada você volta à nota deorigem.

Pré bend (ou reverse bend) - consiste em puxar a corda e sódepois palhetar, dando a impressão de um bend ao contrário, como seele fosse do agudo para o grave.

Bend em uníssono - consiste em um bend junto com outra nota em umacorda diferente e afinar o bend de acordo com a nota mais aguda, atéchegar na igualdade dos sons, uníssono. Bend duplo - consiste em esticar duas cordas ao mesmo tempo.

Hammer-onEfeito onde a primeira nota é palhetada e ligada a uma outra, sempre nosentido ascendente, ou seja, do grave para o agudo.Conhecido antigamente como “martelada” justamente por causa domovimento do dedo.

Pull-offMovimento contrario ao hammer-on, a nota é tocada e ligada a uma anteriorsempre descendente, ou seja, do agudo para o grave.

VibratoConsiste na oscilação da corda da guitarra com o dedo, produzindo o som devibração, é próprio dos instrumentos de corda, sopro, e até no canto.

AlavancaA princípio é simples, quando o músico aciona a barra da alavanca, ativa umsistema de molas existentes no interior da guitarra, fazendo com que as cordassoltem-se, criando o efeito.Esse sistema evoluiu com o tempo visando melhorar a afinação, chegando asoluções como as ponte flutuantes (floyd rose), que permitem inclusive umaalavancada ascendente como um bend, e o sistema roler nut, usado em algumas stratos.

TrinadoUma alternância rápida entre a nota especificada e o grau imediatamenteacima ou abaixo, durante toda a duração da nota.Essa técnica tem uma variação com alavanca

Tapping/Two HandsTécnica popularizada pelo guitarrista Eddie Van Halen, consiste em tocar com

as duas mãos na escala, no caso do two hands há uma independência totaldas mão, uma fazendo melodia e outra harmonia, alguns adeptos dessatécnica usam até duas guitarras, o tapping é mais simples mas com um efeitobem interessante

Harmônico NaturalUma nota é vibração que se propaga no ar chegando aos nossos ouvidos, eessa nota não esta sozinha, as vibrações que a acompanham são osharmônicos, quanto maior o numero deles, mais rico é o som.Existem pontos da corda que podemos extrair esses harmônicos, são pontosestratégicos como a décima segunda casa que é a metade da corda.

Consiste em tocar uma corda solta e logo depois encostar o dedo levementeem um determinado traste da guitarra, extraindo assim o som.

Falso harmônico ou Harmônico ArtificialÉ feita com o auxílio de uma palheta. Consiste em segurar uma nota qualquerno braço da guitarra e tocá-la junto com a parte lateral do polegar abafando deforma suave o som da nota. A nota deve ser tocada com a palheta e logodepois, o dedo deve raspar na corda lateralmente para que haja o quechamamos de "grito". O Harmónico Artificial está relacionado à distorçãoutilizada: se houver uma distorção pesada (ou bastante drive), o harmónico irasoar melhor.

Tappin HarmônicoTécnica que extrai o harmônico através de um ‘tappin’, sempre uma oitavaacima da nota que se esta apertando.

Escalas Pentatônicas na Guitarra

Ao contrário do que muitos pensam, a escala Pentatônica é muito antiga e também é muito utilizada no mundo todo. Em tese ela possui origens mongólicas e japonesas e desempenha um papel muito importante em toda a música oriental, africana e celta.A escala pentatônica é uma escala de 5 notas e a sua diferença em relação à escala maior diatônica é notada pela ausência de duas notas na escala pentatônica, a 4a. e a 7a. da escala diatônica.

Também existe uma escala pentatônica menor. Em relação à escala menor natural diatônica, ela também tem duas notas a menos, só que desta vez, a 2a. e a 6a.. Caracteriza-se como escala menor pelo intervalo de 3 semitons (terça menor) entre a 1a. e a 2a. Notas (lembre-se: a 2a. da escala pentatônica menor equivale à 3a. de escala menor natural diatônica).

Observação :

A escala de C maior e de A menor são relativas, ou seja , dividem as mesmas notas ( esse conceito será aprofundado na próxima apostila )

Digitação da Penta m7 tom A

Desenho 1

Desenho 2

Desenho 3

Desenho 4

Desenho 5

Digitação da Penta maior de C

Desenho 1

Desenho 2

Desenho 3

Desenho 4

Desenho 5