apostila de exercicios de filosofia

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PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 1 QUESTES VESTIBULAR UFU 2000 2010 FILOSOFIA MEDIEVAL PATRSTICA QUESTO 9 (ANO 2000 - 2) A Patrstica (sculos II ao V d.C.) o movimento intelectual dos primeiros padres da Igreja, destinado a justificar a f crist, tendo em vista a converso dos pagos. Sobre a Patrstica pode-se afirmar, com certeza: I- assume criticamente elementos da filosofia platnica na tentativa de melhor fundamentar a doutrina crist. II- considera que as verdades da razo esto sempre em contradio com as verdades reveladas por Deus. III- incorpora as teses da metafsica aristotlica para fundar uma teologia estritamente racionalista. IV- considera a razo como auxiliar da f e a ela subordinada, tal como expressa a frase de Sto. Agostinho "creio porque entendo". A) II e IV so corretas. B) I e IV so corretas. C) III e IV so corretas. D) Apenas II correta. QUESTO 3 (ANO 2002 - 1) Diz o profeta: Se no credes, no entendereis ; certamente no diria isto se no julgasse necessrio pr uma diferena entre as duas coisas. Portanto, creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creio tambm entendo . Sto. Agostinho. De Magistro. Coleo Os Pensadores . So Paulo: Abril Cultural, 1973. Explique a idia central desse fragmento a partir da relao entre F e Razo no contexto da Filosofia Patrstica. Sto. AGOSTINHO QUESTO 5 (ANO 2000 - 2) "Assim at as coisas materiais emitem um juzo sobre as suas formas, comparando-as quela Forma da eterna Verdade e que intumos com o olhar de nossa mente." (Sto. Agostinho, A Trindade, Livro IX, Captulo 6. So Paulo, Paulus, 1994. p. 299) Esta frase de Sto. Agostinho refere-se A) teologia mstica de Agostinho, que se funda na experincia imediata da alma humana com Deus; B) moral agostiniana que prope ao homem regras para uma vida santa e asctica, apartada do mundo; C) doutrina da iluminao que afirma que o conhecimento humano iluminado pela Verdade Eterna, isto , Deus; D) esttica intelectualista de Agostinho, que consiste num profundo desprezo pela sensibilidade humana. QUESTO 4 (ANO 2001 - 2) Sobre a doutrina da iluminao divina de Santo Agostinho, considere o contedo das assertivas abaixo: I) A iluminao divina dispensa o homem de ter intelecto prprio. II) A iluminao divina capacita o intelecto humano para entender que h determinada ordem entre o mundo criado e as realidades inteligveis. III) Agostinho nomeia as realidades inteligveis de forma pouco precisa como, por exemplo, idia, forma, espcie, regra ou razo e afirma, platonicamente, que essas

realidades j foram contempladas pela alma. IV) A iluminao divina exige que o homem tenha intelecto prprio, a fim de pensar corretamente os contedos da f postos pela revelao. Assinale a alternativa que contm somente as afirmaes corretas: A) II e III B) I e III C) II e IV D) III e IV QUESTO 5 (ANO 2002 - 2) Agostinho formula sua teoria do conhecimento a partir da mxima creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creio conheo . A posio do autor no impede que cada um busque a sabedoria com suas prprias foras; o que ainda no conhecido pode ser revelado mediante a consulta da verdade interior.

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 2 Com base neste argumento, assinale a alternativa correta. A) incorreto afirmar que a verdade interior que soa no ntimo das pessoas seja o Cristo; e o arbtrio humano consultado sobre o que no se conhece. B) As coisas que ainda no conhecemos s podem ser percebidas pelos sentidos do corpo e podem ser comunicadas facilmente por intermdio das palavras. C) A verdade interior est disposio de cada um e encontra-se armazenada na memria, de modo que o uso da memria dispensa a contemplao da luz interior. D) A verdade interior s pode ser percebida pelo homem interior, que iluminado pela luz desta verdade interior, que contemplada por cada um. QUESTO 4 (ANO 2003 - 1) Nos Solilquios, Agostinho escreveu: A luz comum, medida que pode, nos indica como aquela luz. Pois h alguns olhos to sos e vivos que, ao se abrirem, fixam-se no prprio sol sem nenhuma perturbao. Para esses a prpria luz , de algum modo, sade, sem necessidade de algum que lhes ensine, seno talvez apenas de alguma exortao. Para eles suficiente crer, esperar, amar . Agostinho, Solilquio e Vida feliz. So Paulo: Paulus, 1998, p.23. Em conformidade com a Teoria da Iluminao, analise as assertivas abaixo. I A luz comum o conhecimento humano, obtido por intermdio das demonstraes da lgica e da matemtica, porm, ainda resta saber como tal conhecimento possvel. II A luz, que superior luz comum, o intelecto humano, que, servindo-se unicamente de si mesmo, encontra em si toda a certeza e o fundamento da verdade. III O intelecto humano, pela sua natureza perecvel, no pode se colocar como a certeza do conhecimento, pois a verdade eterna. Aquela luz, ento, acima da luz comum, Deus. IV A sade alcanada por todos, uma vez que a salvao e a felicidade so unicamente o resultado do esforo do homem nesta vida terrena. Assinale a NICA alternativa que contm as assertivas verdadeiras. A) II e IV B) II, III e IV C) I, II e IV D) I e III QUESTO 7 (ANO 2003 - 2) A teoria da iluminao divina, contribuio original de Agostinho filosofia da cristandade, foi influenciada pela filosofia de Plato, porm, diferencia-se dela em seu aspecto central. Assinale a alternativa abaixo que explicita esta diferena. A) A filosofia agostiniana compartilha com a filosofia platnica do dualismo, tal como este foi definido por Agostinho na Cidade de Deus. Assim, a luz da teoria da iluminao est situada no plano suprasensvel e s alcanada na transcendncia da existncia terrena para a

vida eterna. B) A teoria da Iluminao, tal como sugere o nome, est fundamentada na luz de Deus, luz interior dada ao homem interior na busca da verdade das coisas que no so conhecidas pelos sentidos; esta luz Cristo, que ensina e habita no homem interior. C) Agostinho foi contemporneo da Terceira Academia, recebendo os ensinamentos de Arcesilau e Carnades, o que resultou na posio dogmtica do filsofo cristo quanto impossibilidade do conhecimento da verdade, sendo o conhecimento humano apenas verossmil. D) A alma a morada da verdade, todo conhecimento nela repousa. Assim, a posio de Agostinho afasta-se da filosofia platnica, ao admitir que a alma possui uma existncia anterior, na qual ela contemplou as idias, de modo que o conhecimento de Deus anterior existncia. QUESTO 2 (ANO 2001 - 1) "Creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creio tambm entendo. Tudo o que compreendo conheo, mas nem tudo que creio conheo." (Agostinho. De Magistro. So Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 319. Coleo "Os Pensadores"). A citao de Agostinho refere-se relao entre f e razo. Explique como este filsofo concebe esta relao. QUESTO 2 (ANO 2007 - 1) Leia com ateno o texto abaixo em que o autor comenta e cita Santo Agostinho, e, em seguida, responda as questes apresentadas. Deus cria as coisas a partir de modelos imutveis e eternos, que so as idias divinas. Essas idias ou razes no existem em um mundo parte, como afirmava Plato, mas na prpria mente ou sabedoria divina, conforme o testemunho da Bblia. Que a mesma sabedoria divina, por quem foram criadas todas as coisas, conhecia aquelas primeiras, divinas, imutveis e eternas razes de todas as coisas antes de serem criadas, a Sagrada Escritura d este testemunho: No princpio era o Verbo e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas pelo Verbo e sem Ele nada foi feito.. Quem seria to nscio a ponto de afirmar que Deus criou as coisas sem conhec-las? E se as conheceu, onde as conheceu seno em si mesmo, junto a quem estava o Verbo pelo qual tudo foi feito?. (Santo Agostinho, Sobre o Gnese, V, 29). COSTA, Jos Silveira da. A Filosofia Crist. In: RESENDE, Antnio. Curso de Filosofia. Rio de

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 3 Janeiro: Jorge Zahar/SEAF, 1986, p. 78, captulo 4. A) Explique a relao, sugerida neste texto, entre a teoria das Idias de Plato e o pensamento de Agostinho. B) Explique como Agostinho usa essa teoria para explicar o conhecimento humano, na sua conhecida Doutrina da Iluminao Divina. QUESTO 2 (ANO 2008 - 1) Sobre a doutrina da iluminao em Santo Agostinho, leia os trechos a seguir. No queiras sair para fora; no interior do homem habita a verdade. Santo Agostinho. Da verdadeira religio, 39, 72. Santo Agostinho se pergunta ento como pode a mente humana, mutvel e falvel, atingir uma verdade eterna com certeza infalvel. MARCONDES, D. Iniciao histria da filosofia. So Paulo: Zahar, 2005. p. 111. A gnosiologia agostiniana alcana o seu remate na chamada teoria da iluminao. BOEHNER, P. GILSON, E. Histria da filosofia crist. Petrpolis: Vozes, 1970. p. 163. A) Em que sentido Agostinho afirma que a verdade eterna habita no interior do homem? B) Em que sentido Agostinho afirma que o conhecimento das verdades eternas se d pela iluminao? QUESTO 2 (ANO 2008 - 1) Segundo Agostinho de Hipona (354-430), no aprendemos pelas palavras que repercutem exteriormente, mas pela verdade que ensina interiormente . Tal pensamento ficou conhecido como a doutrina do mestre interior. Leia a histria em quadrinhos e o texto abaixo e responda o que se pede. Para Agostinho, a utilidade da linguagem no pequena, certamente; mas nos enganamos quanto ao seu verdadeiro papel. Damos a alguns homens o nome de mestres porque eles falam e geralmente transcorre um tempo imperceptvel ou nulo entre o momento em que eles falam e o momento em que ns os compreendemos. Aprendemos interiormente to logo suas palavras tenham sido pronunciadas exteriormente; por isso conclumos que esses mestres tenham nos instrudo. [...] Na realidade, os mestres apenas expem, com a ajuda de palavras, as disciplinas que eles professam ensinar; em seguida, aqueles que se nomeiam alunos examinam em si mesmos se o que os professores dizem verdade. O mestre verdadeiro a Verdade, e como origem da concrdia entre os espritos que Deus recebe o ttulo de mestre interior . Para tudo o que aprendemos temos apenas um mestre: a verdade interior que reside na alma, ou seja, Cristo, virtude imutvel e sabedoria eterna de Deus. GILSON, E. Introduo ao estudo de Santo Agostinho. So Paulo: Paulus, 2008, p. 153-154. 1) Sobre a doutrina do mestre interior de Agostinho, responda: A) Como aprendemos a verdade? B) Qual o papel da linguagem no aprendizado ? 2) Relacione o mal-entendido entre Mafalda e Filipe (no

quadrinho acima) com o pensamento agostiniano sobre a relao mestre/aluno.

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 4 A QUESTO DOS UNIVERSAIS QUESTO 4 (ANO 2000 - 1) Na Idade Mdia, filsofos como Anselmo de Canturia e Guilherme de Champeaux consideravam que o universal tinha realidade objetiva. Entendiam o universal como res, como coisa comum a outras coisas. Sobre a posio desses filsofos realistas, correto afirmar que I- possuiam a influncia platnica do Mundo das Idias. II- sustentaram a f e a autoridade como critrio de verdade. III- consideraram o individual mais real, porque deslocaram o critrio de verdade da f e da autoridade para a razo humana. Assinale a alternativa correta. A) II B) I e II C) II e III D) III QUESTO 4 (ANO 2001 - 1) Pedro Abelardo foi o filsofo que mais se destacou na discusso da "questo dos universais" durante a Idade Mdia. De acordo com o pensamento de Abelardo, analise as assertivas que se seguem. I- Os universais, por si mesmos, no existem seno no intelecto, entretanto eles se referem a seres reais. II- Os universais existem, eles constituem uma natureza comum real que engloba indivduos semelhantes, diferenciados apenas pelos seus acidentes. III- Os universais so apenas palavras (flatus vocis) e, enquanto palavras, nada podem significar para os indivduos. IV- Os universais so corpreos enquanto palavras e incorpreos pela sua funo significativa, pois significam algo comum para a multiplicidade dos indivduos. Assinale a alternativa cujas assertivas estejam corretas: A) II e III. B) I e IV. C) I e II. D) II e IV. QUESTO 5 (ANO 2001 - 2) Sobre a questo dos universais, todas as afirmativas abaixo so falsas, EXCETO: A) Pedro Abelardo sustenta a tese de que as palavras nada significam, porque so simples emisso da voz humana sendo por isso, que os universais devem ser necessariamente incorpreos. B) O realismo sustenta a tese de que apenas as palavras so reais, porque so corpreas enquanto som, e os universais nada significam porque so incorpreos, isto , no possuem realidade fsica. C) O nominalismo sustenta a tese de que os universais so corpreos, porque o gnero e a espcie no podem estar separados dos indivduos a que pertencem. D) Pedro Abelardo sustenta a tese de que, por si mesmo, os universais existem apenas no intelecto, mas eles referem-se a seres reais.

QUESTO 7 (ANO 2002 - 1) Na Filosofia Escolstica (sc. VIII ao sc. XIV), aparece um tema filosfico novo que ficou conhecido na Histria da Filosofia como o Problema dos universais. A esse respeito correto afirmar que o Problema dos universais I - consiste em saber sobre seu modo de existncia, ou seja, se os universais existem realmente ou se so apenas produtos do pensamento. II - consiste em saber se eles constituem a essncia material das coisas sensveis ou se constituem a essncia espiritual de cada alma humana. III - consiste em saber se eles esto separados das coisas sensveis ou se esto no interior delas. IV - consiste em saber se eles foram as idias gerais, os modelos, de que Deus se serviu para criar o mundo ou se so apenas produtos da imaginao humana destitudos de qualquer importncia terica. Assinale a alternativa que contm as afirmativas corretas. A) Apenas II e III. B) Apenas I e II. C) Apenas I e III. D) Apenas III e IV. QUESTO 4 (ANO 2003 - 2) Com efeito, alguns tomam a coisa universal da seguinte maneira: eles colocam uma substncia essencialmente a mesma em coisas que diferem umas das outras pelas formas; essa a essncia material das coisas singulares nas quais existe, e uma s em si mesma, sendo diferente apenas pelas formas dos seus inferiores. ABELARDO, Lgica para principiantes. So Paulo: Abril Cultural, 1973. Coleo Os Pensadores . p. 218.

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 5 Sobre o texto acima, correto afirmar que A) trata-se de uma tese realista, pois demonstra que a coisa universal existe por si mesma e constitui a essncia material das coisas singulares. B) defende a tese nominalista, segundo a qual os universais no podem existir fora dos sujeitos de que so atributos. C) os universais so termos significativos, pois no so uma nica essncia em si mesmos. D) distingue as coisas singulares pela quantidade de matria que nelas se apresentam. QUESTO 2 (ANO 2006 - 2) Leia o texto a seguir e responda s questes propostas. Para os filsofos, durante a Idade Mdia, que faziam da idia geral uma realidade, a prpria espcie constitua necessariamente uma realidade, ao passo que se a idia geral for apenas um nome, a verdadeira realidade se encontra nos indivduos que constituem a espcie. Em outras palavras, para um realista, a humanidade uma realidade, existe realmente como algo separado dos homens singulares; para um nominalista, a nica coisa real so os indivduos humanos, humanidade no passa de um conceito, ou nome. Roscelino adota abertamente a segunda soluo do problema. Para ele, o termo homem ou humanidade no designa nenhuma realidade que seja, em qualquer grau, a da espcie humana. GILSON, ETIENNE. A filosofia na Idade Mdia. So Paulo: Martins Fontes, 1998. p. 289. A) Segundo o texto acima, nominalistas e realistas interpretam de modo diferente a relao entre as palavras ou idias e a realidade existente fora de nossa mente. Explique essas duas posies filosficas (nominalismo e realismo). B) Segundo o texto, Roscelino nominalista ou realista? Por qu? QUESTO 2 (ANO 2007 - 2) Leia o texto a seguir e responda o que se pede. O grande inspirador da questo (dos universais) foi o neoplatnico Porfrio, que em sua obra Isagoge afirma: No tentarei enunciar se os gneros e as espcies existem por si mesmos ou somente na inteligncia, nem, no caso de subsistirem (existirem por si), se so corpreos ou incorpreos, nem se existem separados dos objetos (que nomeiam), formando partes dos mesmos . Esse problema gerou muitas disputas. Era a grande discusso sobre a existncia ou no das idias gerais, isto , os chamados universais de Aristteles. Tal discusso ficou conhecida como a questo (ou querela) dos universais . COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. So Paulo: Saraiva, 1993. p. 31. A) O que um universal? B) O que foi a questo dos universais na Idade Mdia? Quais as posies em debate? QUESTO 2 (ANO 2009 - 2) Leia com ateno o seguinte dilogo, entre Adso de Melk e Guilherme de Baskerville, personagens do romance O nome da rosa, de Umberto Eco, cuja histria se passa na

Itlia no final do ano de 1327. Adso: Porm, quando vs lestes as pegadas sobre a neve e nos ramos, ainda no conheceis (o cavalo) Brunello. De certo modo, os rastros nos falavam de todos os cavalos, ou pelo menos de todos os cavalos daquela espcie. No devemos ento dizer que o livro da natureza nos fala s por meio de essncias, como afirmam admirveis filsofos? (...) Guilherme: S ento soube que meu raciocnio anterior me levara para perto da verdade. De modo que as ideias, que eu usava antes para figurar-me um cavalo que ainda no tinha visto, eram puros signos, como eram signos da ideia de cavalo as pegadas (que vimos) sobre a neve: e usam-se signos e signos de signos apenas quando nos fazem falta as coisas . Adso (refletindo sobre o seu mestre Guilherme): Outras vezes eu o tinha escutado falar com muito ceticismo das ideias universais e com grande respeito das coisas individuais: e depois parece que essa tendncia ele a tivesse tanto por ser britnico como por ser franciscano . ECO, Umberto. O nome da rosa. Traduo de Aurora F. Bernardini e Homero F. de Andrade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983. p. 42-43. O trecho em questo pode ser interpretado como uma reflexo sobre o problema dos universais na Idade Mdia. Nesta famosa questo, destacam-se duas posies: o Realismo e o Nominalismo. Segundo o Realismo, os conceitos universais so entidades que existem por si e separadas das coisas individuais. Para o Nominalismo, ao contrrio, os universais no passam de entidades ou signos mentais, sem existncia real separada das coisas individuais. Responda as seguintes questes. A) Guilherme de Baskerville est defendendo a posio nominalista ou realista? Por qu? B) Justifique sua resposta destacando elementos do trecho apresentado.

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 6 Sto. TOMS DE AQUINO QUESTO 3 (ANO 2001 - 1) A Escolstica o perodo da filosofia crist da Idade Mdia, que vai do sculo IX ao sculo XIV. Sobre a Escolstica correto afirmar, EXCETO A) no sculo XIII, servindo-se das tradues das obras de Aristteles, que foram feitas diretamente do grego, Toms de Aquino realizou a sntese magistral entre a teologia crist e a filosofia aristotlica. B) a fundao das universidades, j no sculo XI, permitiu a expanso da cultura letrada, secularmente guardada nos mosteiros, e a fermentao de idias que culminaria nos grandes sistemas filosficos e teolgicos do sculo XIII. C) no sculo XII a Igreja condenou o pensamento platnico, principalmente na sua verso rabe, porque os telogos perceberam um atesmo intrnseco na forma de argumentao dialtica da personagem Scrates. D) no sculo XIV surgiram pensadores, tais como Guilherme de Ockam, que criticaram a filosofia tomista pelo seu carter substancialista; isto abriu perspectivas fecundas para o advento da cincia moderna. QUESTO 5 (ANO 2003 - 1) Toms de Aquino no via conflito entre a f e a razo, sendo possvel para a segunda atingir o conhecimento da existncia de Deus. Contudo, Toms de Aquino defende a relao harmnica entre ambas, pois, se a razo demonstra a existncia de Deus, ela o faz graas f que revela tal verdade. Assim, a filosofia de Toms de Aquino insistiu nos limites do conhecimento humano. Com base nas afirmaes precedentes, assinale a alternativa correta. A) O conhecimento humano atinge a verdade do mundo e de Deus sem precisar se servir de outra ordem que no aquela da prpria razo, o que se confirma com o fato de que os governantes organizam o mundo conforme sua inteligncia. B) A realidade sensvel a via direta e exclusiva para a ascenso do conhecimento humano, porque, tal como afirmou Santo Anselmo, a perfeio de Deus tem, entre seus atributos, a existncia na realidade mundana. C) Existe um domnio comum f e razo. Este domnio a realidade do mundo sensvel, morada humana, que a razo pode conhecer, porque a realidade sensvel oferece razo os vestgios imperfeitos da substncia de Deus. D) A razo humana impotente para tratar de idias que estejam alm da realidade do mundo sensvel. Deus, portanto, nada mais que uma palavra que deve ser reverenciada como o centro sensvel de irradiao de tudo o que existe. QUESTO 1 (ANO 2000 - 2) "Se verdade que a verdade da f crist ultrapassa as capacidades da razo humana, nem por isso os princpios inatos naturalmente razo podem estar em contradio com esta verdade sobrenatural." (Toms de Aquino, Suma contra os Gentios, So Paulo. Abril Cultural, 1973. p. 70) Com base no texto acima, explique como Toms de

Aquino harmoniza as verdades da f com as verdades da razo natural. QUESTO 2 (ANO 2001 - 2) Todas as coisas brutas, que no possuem inteligncia prpria, existem na natureza cumprindo uma funo, um objetivo, uma finalidade, semelhante flecha dirigida pelo arqueiro. Devemos admitir, ento, que existe algum ser inteligente, que dirige todas as coisas da natureza para que cumpram seu objetivo. Este ser Deus. Toms de Aquino. Compndio de Teologia. So Paulo: Abril Cultural, 1973. Coleo Os Pensadores . O texto acima a quinta prova da existncia de Deus elaborada por Toms de Aquino. Explique o argumento da prova, considerando a ordenao do ser criado, segundo o princpio da finalidade divina. QUESTO 2 (ANO 2003 - 1) Leia com ateno a citao da obra de Toms de Aquino. Para quem reflete, torna-se claro que as realidades sensveis em si mesmas, que fornecem razo humana a fonte do conhecimento, conservam nelas um certo vestgio de semelhana com Deus, embora se trate de um vestgio to imperfeito, que incapaz de exprimir a substncia de Deus. AQUINO, Toms de. Smula contra os gentios. So Paulo: Nova Cultural, 1988. Coleo Os Pensadores . p. 67. Responda: Como podero as realidades sensveis auxiliar a razo humana a conhecer a existncia de Deus? QUESTO 2 (ANO 2006 - 1) Tudo o que se move movido por outro ser. Por sua vez, este outro ser, para que se mova, necessita tambm que seja movido por outro ser. E assim sucessivamente. Se no houver um primeiro ser movente, cairamos num processo infinito, o que absurdo. Logo, preciso que haja um primeiro ser movente que no seja movido por nenhum outro. Esse ser Deus . Toms de Aquino. Suma de Teologia. Citado por: COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia. So Paulo: Saraiva, 1996. p. 135.

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 7 O texto acima apresenta uma das cinco provas da existncia de Deus chamada por alguns de argumento do Primeiro Motor Imvel, proposta por Toms de Aquino. A propsito desse tema, responda o que pedido nos itens A e B. A) Comente a influncia de Aristteles na elaborao do argumento dessa prova. B) Cite e exponha uma das outras quatro provas desenvolvidas por Toms de Aquino.

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 8 TEORIA DO CONHECIMENTO REN DESCARTES QUESTO 6 (ANO 2000 - 1) Sobre a filosofia de Descartes, pode-se afirmar, com certeza, que as suas mais importantes conseqncias foram I- a afirmao do carter absoluto e universal da razo que, atravs de suas prprias foras, pode descobrir todas as verdades possveis. II- a adoo do Mtodo Matemtico, que permite estabelecer cadeias de razes. III- a superao do dualismo psico-fsico, isto , a dicotomia entre corpo e conscincia. Assinale a alternativa correta. A) II e III B) III C) I e III D) I e II QUESTO 8 (ANO 2000 - 2) Descartes (1596-1650) importante para a Filosofia Moderna porque foi quem superou o ceticismo da filosofia do sculo XVI. Embora tenha se servido do recurso dos cticos . a dvida ., Descartes utilizou este recurso para atingir a idia clara e distinta, algo evidente e, portanto, irrefutvel. Com base neste argumento, I- a evidncia no diz respeito clareza e distino das coisas; II- a anlise o procedimento que deve ser realizado para dividir as dificuldades at a sua menor parte; III- a enumerao a primeira regra do mtodo para a investigao da verdade; IV- a sntese proporciona a ordem para os raciocnios, desde o mais simples at o mais complexo. Esto corretas as afirmaes: A) I, II e III B) I, III e IV C) II e IV D) II e III QUESTO 6 (ANO 2001 - 1) Leia com ateno a citao e, em seguida, analise as assertivas. "E, tendo notado que nada h no eu penso, logo existo, que me assegure de que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente que, para pensar, preciso existir, julguei poder tomar por regra geral que as coisas que concebemos mui clara e mui distintamente so todas verdadeiras, havendo apenas alguma dificuldade em notar bem quais so as que concebemos distintamente." (DESCARTES, Discurso do Mtodo. So Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 55. Coleo "Os Pensadores") I- Este "eu" cartesiano a alma e, portanto, algo mais difcil de ser conhecido do que o corpo. II- O "eu penso, logo existo" a certeza que funda o primeiro princpio da Filosofia de Descartes. III- O "eu", tal como est no Discurso do Mtodo, inteiramente distinto da natureza corporal. IV- Ao concluir com o "logo existo", fica evidente que o "eu penso" depende das coisas materiais.

Assinale a alternativa cujas assertivas estejam corretas. A) Apenas II e IV. B) I, II, IV. C) Apenas III e IV. D) Apenas II e III. QUESTO 3 (ANO 2001 - 2) O exerccio da dvida o procedimento identificado com o ceticismo. Descartes, no entanto, utilizou do expediente da dvida com outro propsito. A respeito de sua conduta e o comportamento dos cticos, Descartes manifestou-se na Terceira Parte do Discurso do Mtodo: No que imitasse, para tanto, os cticos, que duvidam apenas por duvidar e afetam ser sempre irresolutos: pois, ao contrrio, todo o meu intuito tendia to-somente a me certificar e remover a terra movedia e a areia, para encontrar a rocha ou a argila. R. Descartes. Discurso do Mtodo. So Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleo Pensadores . Com base na citao acima, explique o uso da dvida e a finalidade do seu emprego. QUESTO 2 (ANO 2002 - 1) Leia com ateno a exposio dos preceitos fundamentais do Mtodo, feito por Descartes. O primeiro era de jamais acolher alguma coisa como verdadeira que no conhecesse evidentemente como tal; (...). O segundo, o de dividir cada uma das dificuldades que eu examinasse em tantas parcelas quantas possveis e quantas necessrias fossem para melhor resolv-las. O terceiro, o de conduzir por ordem os meus pensamentos,

Os

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 9 comeando pelos objetos mais simples e mais fceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus, at o conhecimento dos mais compostos, (...) e o ltimo, o de fazer revises to gerais, que eu tivesse a certeza de nada omitir. DESCARTES. Discurso do Mtodo. Coleo Os Pensadores . So Paulo: Abril Cultural, 1987. A efetivao do mtodo ocorre graas ao esforo do pensamento que objetiva descobrir a verdade das coisas existentes. Tomando o texto de Descartes por referncia, indique as quatro operaes mentais que cada um deve fazer para executar o mtodo proposto pelo filsofo francs. QUESTO 2 (ANO 2002 - 2) De acordo com Descartes: a razo (...) naturalmente igual em todos os homens; e, destarte, que a diversidade de nossas opinies no provm do fato de serem uns mais racionais do que outros, mas somente de conduzirmos nossos pensamentos por vias diversas e no considerarmos as mesmas coisas. Pois no suficiente ter o esprito bom, o principal aplic-lo bem. DESCARTES. Discurso do Mtodo, para bem conduzir a prpria razo e procurar a verdade nas cincias. So Paulo: Nova Cultural, 1987, p.29. Com relao ao fragmento acima, responda. Quais so as vias diversas, que prejudicam a boa aplicao da razo? QUESTO 3 (ANO 2003 - 2) Descartes afirmou no Discurso do mtodo que a boa conduo da razo na pesquisa da verdade das coisas deve ser feita em poucas regras. Sendo assim, o primeiro dos quatro preceitos bsicos do seu mtodo diz o seguinte: jamais acolha alguma coisa como verdadeira que no conhea evidentemente como tal. A aplicao desta primeira regra evita dois graves defeitos. Responda: quais so e como se caracterizam os dois defeitos a que se refere Descartes? QUESTO 2 (ANO 2009 - 1) O texto abaixo de Ren Descartes (1596 1650). Leia-o com ateno. Mas, logo em seguida, adverti que, enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era to firme e to certa que todas as mais extravagantes suposies dos cticos no seriam capazes de a abalar, julguei que podia aceit-la, sem escrpulo, como o primeiro princpio da filosofia que procurava. Descartes. Discurso do Mtodo. Coleo OsPensadores. So Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 41. Com base no pensamento de Descartes, reponda o que se pede. A) Por que o cogito o primeiro princpio da filosofia para Descartes? B) Qual a relao entre o procedimento da dvida hiperblica e a descoberta do cogito em Descartes?

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 10 DAVID HUME QUESTO 8 (ANO 2001 - 1) A respeito da filosofia de David Hume (1711-1776), escolha entre as alternativas abaixo a nica que oferece, respectivamente, uma caracterstica empirista e uma caracterstica ctica do pensamento deste filsofo escocs. A) Nenhuma idia complexa pode ser derivada das sensaes; a idia de eu pode ser representada pelo pensamento puro. B) As idias simples so inatas e independem dos sentidos; a causalidade uma conexo necessria e facilmente observvel. C) As idias se originam da experincia sensvel; as impresses no so constantes e invariveis a ponto de constituir a idia de eu. D) A relao causa-efeito apreendida pelo raciocnio a priori; as impresses so variveis, por isso no h nada de regular no mundo. QUESTO 10 (ANO 2001 - 2) Para David Hume, a negao da validade universal do princpio de causalidade e da noo de necessidade que tal princpio implica, fundamentada: A) na observao dos fenmenos que permite a compreenso e o conhecimento do mecanismo interno das coisas reais. Assim, qualquer cincia pode atingir o conhecimento pleno e definitivo dos fenmenos. B) na observao dos fatos e no hbito que permitem a afirmao mais geral quando a observao permite a associao de situaes semelhantes; o hbito, portanto, vai alm da experincia. C) em toda relao de causa e efeito, porm, a causalidade que permite a passagem de um objeto para outro objeto, cada associao permite o conhecimento da natureza ntima das coisas, ou seja, da sua realidade interior. D) no conhecimento que s possvel pela refutao de todas as crenas; isto significa purificar o entendimento dos hbitos que o condicionam, permitindo o fluir das idias inatas e independentes da experincia. QUESTO 2 (ANO 2002 - 1) Hume escreveu: Quando pensamos numa montanha de ouro, apenas unimos duas idias compatveis, ouro e montanha, que outrora conhecramos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, pois o sentimento que temos de ns mesmos nos permite conceber a virtude e podemos uni-la figura e forma de um cavalo, que um animal bem conhecido . HUME. Investigaes acerca do entendimento humano Seo II. In: Da origem das idias. Coleo Os Pensadores . So Paulo: Abril Cultural, 1989. (Grifos do autor). Observando os exemplos empregados pelo filsofo escocs, analise as assertivas abaixo. I - Todas as idias utilizadas pela razo originam-se, diretamente, do pensamento puro, sem nenhuma relao com as sensaes. II - A vinculao de uma coisa o ouro, com outra a montanha, no depende da vontade de querer associ-las.

III - Tudo aquilo que est no pensamento deriva das sensaes externas e internas: o cavalo e a virtude do exemplo acima. IV - Toda composio das coisas, conhecidas em separado, depende do esprito e da vontade que as empregam. Assinale a alternativa que contm as assertivas verdadeiras. A) Apenas II e III. B) Apenas I, III e IV. C) Apenas I e II. D) Apenas III e IV. QUESTO 8 (ANO 2002 - 2) David Hume escreveu que podemos, por conseguinte, dividir todas as percepes do esprito em duas classes ou espcies, que se distinguem por seus diferentes graus de fora e vivacidade . HUME, D. Investigao acerca do entendimento humano. So Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 69. Assinale a NICA alternativa, que apresenta estas duas classes de percepes: A) os pensamentos e as impresses. B) as idias inatas e os dogmas religiosos. C) as certezas evidentes e os hbitos sociais. D) as supersties e as intuies intelectuais. QUESTO 7 (ANO 2003 - 1) De acordo com David Hume, ... embora nosso pensamento parea possuir esta liberdade ilimitada, verificamos, atravs de um exame mais minucioso, que ele est realmente confinado dentro de limites muito reduzidos e que todo poder criador do esprito no ultrapassa a faculdade de combinar, de transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos foram fornecidos pelos sentidos e pela experincia. HUME, David. Investigao acerca do entendimento humano. So Paulo: Nova Cultural, 1989. Coleo Os Pensadores . p. 70. Com base na citao acima correto afirmar:

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 11 I as idias inatas funcionam como fonte de todos os conhecimentos e so, tambm, o princpio regulador dos conhecimentos humanos, pois nada pode ser concebido sem a vitalidade dessas idias, que so anteriores a toda experincia. II o pensamento constri uma realidade independente da percepo sensvel, pois os sentidos contaminam a inteligncia humana com o erro. Para operar com retido, portanto, o pensamento deve compor, no seu interior, as idias adventcias com as quais, em seguida, manifestarse sobre a veracidade ou a falsidade das coisas. III a base de todo conhecimento a experincia, pois ela que permite a formao das impresses, que estando ligadas s coisas, permitem que a inteligncia tenha acesso aos objetos do conhecimento. IV o conhecimento humano formado pelas impresses, que so percepes muito vivas e que se diferenciam das idias, que so percepes menos vivas. Disto se conclui, segundo Hume, que o pensamento por si s inferior sensao. Assinale a alternativa que contm as assertivas verdadeiras. A) III e IV B) I e IV C) II e III D) I e II QUESTO 3 (ANO 2000 - 2) "O hbito , pois, o grande guia da vida humana. aquele princpio nico que faz com que nossa experincia nos seja til e nos leve a esperar, no futuro, uma seqncia de acontecimentos semelhantes s que se verificaram no passado." (Hume, So Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 146) Comente, acerca do conhecimento verdadeiro, a crtica que Hume fez aos limites da experincia sensvel e ao princpio da causalidade vigente na filosofia moderna. QUESTO 3 (ANO 2006 - 1) Inclinamo-nos a imaginar que poderamos descobrir os efeitos pela mera operao da nossa razo, sem a experincia. Supomos que, se fssemos subitamente trazidos a este mundo, poderamos, a princpio, ter inferido que uma bola de bilhar comunicava o movimento a outra aps impulso; e que no precisvamos ter esperado pelo acontecimento para nos pronunciarmos com certeza a seu respeito. Tal a influncia do hbito (...). HUME, David. Investigao sobre o entendimento humano. Lisboa: Edies 70. p. 34. Hume, com certeza, no est preocupado em investigar a inteleco dos seres extra terrestres, mas em examinar a relao entre a construo do conceito de causalidade e o hbito. Assim, a partir deste texto e dos fundamentos da filosofia humeana, conteste ou seja, recuse as duas concepes de causalidade apresentadas a seguir: A) o conceito de causalidade contm um raciocnio construdo a priori. B) o conceito de causalidade contm uma conexo necessria.

QUESTO 3 (ANO 2007 - 2) Leia com ateno o texto, e responda as questes a seguir. [...] vemos que qualquer impresso, da mente ou do corpo, constantemente seguida por uma idia que a ela se assemelha, e da qual difere apenas nos graus de fora e vividez. A conjuno constante de nossas percepes semelhantes uma prova convincente de que umas so as causas das outras; e essa anterioridade das impresses uma prova equivalente de que nossas impresses so as causas de nossas idias, e no nossas idias as causas de nossas impresses . HUME. Tratado da natureza humana. So Paulo: Ed. Unesp, Imp. Oficial do Estado, 2001, p. 29. A) Quais os dois principais termos ou conceitos que Hume relaciona nessa passagem? B) Essa relao caracteriza a posio de Hume no tocante teoria do conhecimento. Esta posio ficou conhecida como empirismo, realismo ou idealismo? C) A partir do texto acima e da sua resposta na questo B, explique a posio que Hume assume em relao teoria do conhecimento. QUESTO 3 (ANO 2009 - 2) Leia atentamente o texto e responda as questes que se seguem. Suponha-se que seja trazida de sbito a este mundo uma pessoa [...]. verdade que ela observaria imediatamente uma contnua sucesso de objetos, e um acontecimento seguindo-se a outro, mas no conseguiria descobrir mais nada alm disso. [...] Suponhamos agora que ela tenha adquirido mais experincia e vivido no mundo o bastante para observar que objetos ou acontecimentos semelhantes esto constantemente unidos uns aos outros. Qual o resultado dessa experincia? O resultado que essa pessoa passa a inferir imediatamente a existncia de um objeto a partir do aparecimento do outro . HUME, D. Investigao sobre o entendimento humano. So Paulo: Editora UNESP, 1999. p. 63-64. A) O texto refere-se sobretudo a que princpio de associao de ideias: semelhana, contiguidade ou causalidade?

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 12 B) Segundo Hume, a progresso do nosso conhecimento por inferncia se funda sobre a razo ou sobre a experincia? C) A partir de suas respostas nas questes A e B, explique, do ponto de vista do que Hume denomina hbito, a diferena que o texto estabelece entre as duas pessoas hipotticas: a que foi trazida de sbito para este mundo e a que aqui j vive de longa data.

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 13 IMMANUEL KANT QUESTO 9 (ANO 2000 - 1) Kant (sc. XVIII) distinguiu duas modalidades de conhecimentos: os empricos e os apriorsticos. Segundo ele, esse dois tipos de conhecimentos se exprimem como juzos sintticos e juzos analticos. Assim, I- juzo analtico aquele em que o predicado a explicitao do contedo do sujeito. II- juzo sinttico aquele no qual o predicado no acrescenta novos dados sobre o sujeito. III- um juzo, para ter valor cientfico ou filosfico, deve ser universal e necessrio e verdadeiro. IV- juzo sinttico, a priori, o conhecimento universal, necessrio e verdadeiro. Esto corretas as afirmativas. A) I, II e III B) I, III e IV C) I, III, e IV D) I e II QUESTO 9 (ANO 2001 - 2) A respeito da distino entre o conhecimento puro e o conhecimento emprico, tal como so apresentados na Crtica da Razo Pura de I. Kant, analise as assertivas abaixo: I) O conhecimento emprico resulta da experincia sensvel e expresso pelas impresses, portanto, trata-se de um conhecimento a priori. II) O conhecimento a priori um conhecimento puro e independente de todas as impresses dos sentidos, portanto, livres dos elementos empricos. III) O conhecimento puro, a priori, um juzo pensado com universalidade rigorosa, de modo que tal juzo no aceita nenhuma exceo. IV) O conhecimento emprico, a posteriori, um juzo analtico, pois ele s possvel por intermdio de um conhecimento analtico dos conceitos. Assinale a alternativa que contm as assertivas verdadeiras: A) II e III B) I, II e IV C) I, III e IV D) III e IV QUESTO 1 (ANO 2002 - 1) O criticismo de Kant representa a reao do pensamento do Sculo das Luzes polarizao decorrente do racionalismo e do empirismo do sculo anterior. Logo, na introduo da sua obra Crtica da razo pura, Kant defende a realizao da revoluo copernicana na filosofia. Sobre esta revoluo, analise as assertivas abaixo. I - A filosofia, at ento, sempre se guiou pelos instintos, deixando sempre no plano inferior o objeto do conhecimento. II - Nas atividades filosficas preciso que o objeto seja regulado pelo conhecimento humano, o conhecimento a priori. III - O conhecimento a priori resulta da faculdade de intuio, cuja comprovao alcanada com a experincia.

IV - S verdadeiro o conhecimento resultante da experincia, quando esta toma o objeto como a coisa em si mesma, sem o auxlio da razo. Assinale a alternativa que contm as assertivas verdadeiras. A) Apenas II e IV. B) Apenas I, II e IV. C) Apenas II e III. D) Apenas I, III e IV. QUESTO 10 (ANO 2003 - 1) A respeito dos juzos analticos e dos juzos sintticos em Kant, correto afirmar que: A) Juzos analticos ou de experincia so aqueles em que a relao entre o sujeito e seu predicado pensada sem identidade; juzos sintticos ou afirmativos so aqueles em que h identidade entre o sujeito e seu predicado. B) Juzos analticos ou afirmativos, so aqueles que resultam da identidade do sujeito com seu predicado; os juzos sintticos ou de experincia so aqueles que so pensados sem a identidade entre o sujeito e seu predicado. C) Juzo analtico fundado sobre a experincia, porque o fundamento sempre o testemunho da experincia; os juzos sintticos, que so princpios de identidade, no acrescentam ao sujeito nenhum predicado novo. D) Juzos analticos, resultantes da identidade do sujeito com o seu predicado, podem ser denominados de juzos de ampliao; os juzos sintticos, nos quais no h identidade, podem ser denominados de juzos de elucidao.

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 14 QUESTO 10 (ANO 2003 - 2) Na Crtica da razo pura, Kant vincula o sistema da moralidade felicidade. Assinale a alternativa que explica no que consiste a relao moralidade subjetividade. A) A esperana de ser feliz e a aspirao por tornar-se feliz podem ser conhecidas pela razo prtica, desde que o fundamento da ao e a norma da conduta sejam a mxima do no faa aos outros aquilo que no queres que te faam . B) A convico da felicidade humana decorre da certeza de que todos os entes racionais comportam-se com a mais rigorosa conformidade lei moral, de maneira que cada um age orientado pela sua vontade, ou seja, pela razo prtica do arbtrio individual. C) Quando a liberdade dirigida e restringida pelas leis morais, possvel pensar na felicidade universal, pois a observncia dos princpios morais pode proporcionar no s o bem estar para si, como tambm ser o responsvel pelo bem estar dos outros. D) A felicidade implica na transcendncia do mundo moral, pois somente na esfera sensvel possvel o conhecimento pleno das aes humanas, j que somente nesse mundo sensvel possvel a conexo entre moralidade e felicidade. QUESTO 4 (ANO 2000 - 2) De acordo com Kant, o Esclarecimento " a sada do homem de sua menoridade, da qual ele prprio culpado", e concluiu que esta culpa resulta da "falta de deciso e coragem de servir-se de si mesmo sem a direo de outrem". (Kant. Resposta pergunta: que "Esclarecimento"?, In Textos Seletos, Petrpolis, Vozes, 1985. p. 100). Responda: Segundo Kant, como se caracteriza a menoridade do homem? Qual o nico meio para o homem alcanar o Esclarecimento? QUESTO 3 (ANO 2001 - 1) O comentrio abaixo foi feito por Kant (1724-1804) para justificar o incio do novo estgio da filosofia moderna, almejado com a sua obra Crtica da Razo Pura. "At agora se sups que todo nosso conhecimento tinha que se regular pelos objetos; porm, todas as tentativas de mediante conceitos estabelecer algo a priori sobre os mesmos, atravs do que o nosso conhecimento seria ampliado, fracassaram sob esta pressuposio." (Kant. Crtica da Razo Pura. So Paulo: Nova Cultural, 1987. p.14. Coleo "Os Pensadores") A partir desta citao, explique em que consiste a Revoluo Copernicana realizada por Kant na filosofia. QUESTO 1 (ANO 2004 - 1) Ao discutir sobre a noo de esclarecimento, I. Kant em sua obra Resposta pergunta: que .Esclarecimento.? ressalta: .Para este esclarecimento [.Aufklrung.] porm nada mais se exige seno LIBERDADE. E a mais inofensiva entre tudo aquilo que se possa chamar liberdade, a saber: a de fazer uso pblico de sua razo em todas as questes.. KANT, I. .Resposta pergunta: que .Esclarecimento.?. In: Textos

Seletos. 2 ed. Trad. de Raimundo Vier. Petrpolis: Vozes, 1985, p. 104. Responda: Por que o uso pblico da razo est em oposio menoridade do entendimento humano?

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 15 FILOSOFIA POLTICA QUESTO 4 (ANO 2000 - 2) O que h de comum entre as teorias dos filsofos contratualistas que A) eles partem da anlise do homem em estado de natureza, isto , antes de qualquer sociabilidade, tendo direito a tudo. B) no estado de natureza, o homem possui segurana e paz, pois dono de um poder ilimitado. C) os interesses egostas no existem no estado de natureza, pois os homens realizam todos os seus desejos. D) as disputas evitam a guerra de todos contra todos, pois os homens desfrutam de todas as coisas. QUESTO 6 (ANO 2000 - 2) Leia com ateno o fragmento que se segue, extrado de um dos maiores clssicos do pensamento poltico moderno: "A diminuio do amor ptria, a ao do interesse particular, a imensido dos Estados, as conquistas, os abusos do Governo fizeram com que se imaginasse o recurso dos deputados ou representantes do povo nas assemblias da nao. o que em certos pases ousam chamar de Terceiro Estado. Desse modo, o interesse particular das duas ordens colocado em primeiro e segundo lugares, ficando o interesse pblico em terceiro." O autor dessas palavras foi A) Jean Bodin. B) Jean-Jacques Rousseau. C) Francis Bacon. D) John Locke. QUESTO 8 (ANO 2001 - 2) Podemos afirmar que I) segundo Rousseau, os indivduos aceitam perder a liberdade civil; aceitam perder a posse natural para ganhar a individualidade civil, isto , a cidadania. II) para Hobbes, o soberano o povo, entendido como vontade geral, pessoa moral coletiva livre e corpo poltico de cidados. III) para Locke, o poder est fundamentado nas instituies polticas e no no arbtrio dos indivduos. Assinale A) se apenas II e III estiverem corretas. B) se apenas I e II estiverem corretas. C) se apenas I e III estiverem corretas. D) se I, II e III estiverem corretas.

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 16 THOMAS HOBBES QUESTO 5 (ANO 2000 - 1) A filosofia poltica de Thomas Hobbes combatia as tendncias liberais de sua poca. Hobbes sustentava que o poder resultante do pacto poltico deveria ser I- ilimitado, julgando sobre o justo e o injusto, acima do bem e do mal e em que a alienao do sdito ao soberano deveria ser total. II- dividido entre o rei e o parlamento, superando as discrdias e disputas em favor do bem-comum da coletividade. III- absoluto, podendo utilizar a fora das armas para manter a soberania e o silncio dos sditos. Assinale a alternativa correta. A) I e III B) II e III C) I e II D) II QUESTO 5 (ANO 2001 - 1) Para Hobbes (1588-1679), o homem reconhece a necessidade de renunciar ao seu direito sobre todas as coisas em favor de um "contrato". Isso implica tambm na abdicao de sua vontade em favor de "um homem ou assemblia de homens, como representantes" da sua pessoa. Assim para Hobbes o contrato social se justifica porque A) a situao dos homens, entregues a si prprios, de segurana, de estabilidade e de felicidade, graas a esta organizao primitiva, os homens vivem sempre em paz e harmonia. B) as disputas so importantes para o desenvolvimento da indstria, da agricultura, da cincia, da navegao, enfim, ela a responsvel pelas comodidades e por todo o bemestar dos homens. C) os interesses egostas predominam entre os homens, a ponto de cada indivduo representar um perigo eminente aos outros indivduos, de modo que o homem se torna o lobo do prprio homem. D) o homem socivel por natureza e, por meio dela, levado a fundar um estado social pautado pela autoridade poltica, abdicando dos seus direitos em favor de um corpo poltico. QUESTO 6 (ANO 2002 - 1) Leia o enunciado abaixo. Para complet-lo marque a alternativa correta. Segundo Hobbes (sc. XVII), para cessar o estado de vida em que os indivduos vivem isolados e em luta permanente, onde homem o lobo do homem , A) os homens reafirmam a liberdade natural e a posse natural de bens, riquezas e armas. B) os homens inventaram as armas e cercaram as terras que ocupavam. C) os homens aceitaram que a nica lei a fora do mais forte, que conquista e conserva tudo quando usa. D) os homens decidem passar sociedade civil e ao Estado Civil, criando as leis e o poder poltico. QUESTO 8 (ANO 2003 - 1)

Thomas Hobbes escreveu que Uma lei de natureza (lex naturalis) um preceito ou regra geral, estabelecido pela razo, mediante o qual se probe a um homem fazer tudo o que possa destruir sua vida ou priv-lo dos meios necessrios para preservla, ou omitir aquilo que pense poder contribuir melhor para preserv-la. HOBBES, Thomas. Leviat, ou matria, forma e poder de um Estado Eclesistico e Civil. So Paulo: Nova Cultural, 1988. Coleo Os Pensadores . p.79. Assinale a alternativa correta. A) A condio natural do homem a perfeita harmonia em relao ao seu semelhante. B) A lei primeira e fundamental da natureza procurar a paz e segui-la. C) No estado de natureza, os homens so governados pela razo divina. D) No estado de natureza, o homem no tem direito a todas as coisas, por isso, ele tem segurana. QUESTO 3 (ANO 2007 - 1) Thomas Hobbes nasceu em Malmesbury, Inglaterra, em 1588 e faleceu em 1679. Sua obra mais conhecida o Leviat, publicada em 1651. Esta obra foi motivo de inmeras polmicas desde que veio a pblico por causa do teor ousado de suas teses principais. Dentre elas destacamos duas em especial: a primeira, a doutrina poltica deriva da sua concepo de natureza humana; a segunda, essa concepo permite o estabelecimento de um pacto social. Hobbes tambm conhecido por ter proferido algumas frases marcantes, como as que se seguem: .o homem o lobo do homem. (Do Cidado, de 1642) e .os pactos sem a espada no passam de palavras.( Leviat). A partir dessas consideraes, A) relacione a primeira frase (.o homem o lobo do homem.) concepo hobbesiana de homem.

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 17 B) relacione a segunda frase (.os pactos sem a espada no passam de palavras.) concepo poltica de Hobbes. C) responda o que representa a espada na segunda frase. QUESTO 3 (ANO 2008 - 2) Leia a afirmao abaixo e responda. A funo que Hobbes atribui ao pacto de unio a de fazer passar a humanidade do estado de guerra para o estado de paz, instituindo o poder soberano. BOBBIO, Norberto. Thomas Hobbes. Rio de Janeiro: Campus, 1991. p. 43. A) Por que, sem o pacto, no h paz entre os homens? B) Por que a instituio do poder soberano resultado de uma passagem?

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 18 JEAN-JACQUES ROUSSEAU QUESTO 8 (ANO 2000 - 1) Jean-Jacques Rousseau ( 1712-1778) faz parte dos contratualistas, porm tem uma posio inovadora em relao a Hobbes e a Locke, quanto ao conceito de soberania. Para ele, A) a democracia direta impede que os cidados vivam em paz, pois libera as paixes que impedem essa paz. B) soberano o poder executivo, que tem o poder absoluto para garantir paz ao povo. C) necessrio distinguir os conceitos de soberano e de governo, atribuindo ao povo a soberania inalienvel e indivisvel. D) a vontade geral institui o governo, que submete o povo, para garantir a paz, no podendo, portanto, ser destitudo. QUESTO 7 (ANO 2001 - 1) As assertivas abaixo referem-se ao pensamento poltico de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). I- No estado de natureza os indivduos vivem isolados e vagueando pela imensa selva, sobrevivem com aquilo que a natureza lhes oferece, desconhecem as lutas; este estgio equivale ao estado de felicidade original: o homem o bom selvagem. II- O que originou o estado de sociedade foi o aparecimento da propriedade privada, isto , a diviso arbitrria que define o que meu e o que teu; tal situao, acarretou o rompimento do estado de felicidade original. III- O governante o indivduo que est investido da soberania, ele que representa a vontade geral; sob esta situao poltica, o povo transfere de livre e espontnea vontade os seus direitos civis ao governante. Assinale a nica alternativa que contm as afirmativas corretas. A) Apenas I e II. B) Apenas I e III. C) Apenas II e III. D) I, II e III. QUESTO 6 (ANO 2001 - 2) Para Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), o contrato social que seja verdadeiro e legtimo aquele que: A) os indivduos pelo pacto, reconhecem, como seus, os atos e decises de algum, no podendo, legitimamente, celebrar entre si um novo pacto no sentido de obedecer a outrem, seja no que for, sem sua licena. B) o indivduo pelo pacto, abdica de sua liberdade, mas sendo ele prprio parte integrante e ativa do todo social, ao obedecer lei, obedece a si mesmo sendo, portanto, livre. C) pelo pacto, todos os homens associados se alienam totalmente, abdicam, sem reserva, de todos os seus direitos em favor da comunidade, mas somente os proprietrios nada perdem, porque, somente eles, participam plenamente da sociedade civil. D) pelo pacto, os homens deixam de ser livres, pois o poder soberano deve ser absoluto, ilimitado, sendo que o

pouco que seja conservado da liberdade natural do homem, instaura de novo o estado de guerra. QUESTO 7 (ANO 2002 - 2) A relao homem-natureza consome a maior parte das obras de Rousseau, que seguiu uma direo peculiar assentada na crtica ao progresso das cincias e das artes. A este respeito, pode-se afirmar que I - prevalece, nos escritos de Rousseau, a moral fundada na liberdade, a primazia do sentimento sobre a razo e, principalmente, a teoria da bondade natural do homem. II - o bom selvagem ou o homem natural dotado de livre arbtrio e sentido de perfeio, sentimentos esses corrompidos com o surgimento da propriedade privada. III - o bom selvagem, descrito por Rousseau, possui uma sabedoria mais refinada que o conhecimento cientfico, o que confirma a completa ignorncia da cultura letrada. IV - Rousseau no defende o retorno do homem animalidade, ao contrrio, preciso conservar a pureza da conscincia natural, isto , alcanar a verdadeira liberdade. Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas. A) I, III e IV B) II, III e IV C) I, II e IV D) I, II e III QUESTO 9 (ANO 2003 - 1) De acordo com Rousseau, A passagem do estado de natureza para o estado civil determina no homem uma mudana muito notvel, substituindo na sua conduta o

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 19 instinto pela justia e dando s suas aes a moralidade que antes lhes faltava. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. So Paulo: Abril Cultural, 1983. Coleo Os Pensadores . p.36. Sobre a passagem do estado de natureza para o estado civil, correto afirmar que A) o homem mantm a liberdade natural e o direito irrestrito, e ainda ganha uma moralidade muito particular guiada pelo seu puro apetite. B) o homem perde a liberdade natural e o direito propriedade, mas adquire a obrigao de seguir sua prpria vontade. C) o homem perde a liberdade natural e o direito ilimitado, mas ganha a liberdade civil e a propriedade de tudo o que possui. D) o homem mantm a liberdade natural e o direito ilimitado, mas abdica da liberdade civil em favor da liberdade moral. QUESTO 5 (ANO 2004 - 1) Antes de escrever Discursos sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens e o Do contrato social, Rousseau j havia manifestado seu pessimismo em relao ao progresso social. Na dissertao escrita em 1750, para o concurso literrio promovido pela Academia de Dijon, est escrito: Antes que a arte polisse nossas maneiras e ensinasse nossas paixes a falarem a linguagem apurada, nossos costumes eram rsticos, mas naturais e a diferena dos procedimentos denunciava, primeira vista, a dos caracteres. No fundo, a natureza humana no era melhor, mas os homens encontravam sua segurana na facilidade para se penetrarem reciprocamente, e essa vantagem, de cujo valor no temos mais a noo, poupava-lhes muitos vcios.. ROUSSEAU, J.J. Discurso sobre as cincias e as artes. Trad. de Lourdes Santos Machado. 3 ed. So Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 336. Coleo .Os Pensadores.. Analise as assertivas abaixo. I . A palavra natural significa sabedoria, portanto, o primitivo era dotado de um saber comparvel ao estgio do conhecimento do sculo das luzes. II . As cincias e as artes serviram no s para o progresso material, mas tambm levaram os homens a criarem vcios, antes inexistentes. III . O homem em estado de natureza era ignorante, porm, a ignorncia preservava a pureza de corao e fazia, do primitivo, um ser livre. IV . A ignorncia um vcio adquirido da natureza, portanto, as cincias e artes so necessrias para promover a liberdade humana. Assinale a alternativa correta. A) II e III B) I e III C) I e IV D) II e IV QUESTO 2 (ANO 2002 - 1) O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a

ferros. O que se cr senhor dos demais, no deixa de ser mais escravo do que eles. Como adveio tal mudana? Ignoro-o. Que poder legitim-la? Creio poder resolver esta questo (...). A ordem social um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, no se origina da natureza: funda-se, portanto, em convenes. ROUSSEAU. Do contrato social. Coleo Os Pensadores. So Paulo: Abril Cultural, 1978. O que significa afirmar que para Rousseau (sc. XVIII), os indivduos, quando criam a soberania e nela se fazem representar, so cidados, enquanto se submetem s leis e autoridade do governante que os representa, so sditos? QUESTO 3 (ANO 2002 - 2) Interprete o fragmento abaixo. O princpio da vida poltica reside na autoridade soberana. O poder legislativo o corao do Estado, o poder executivo, o crebro que d movimento a todas as partes. ROUSSEAU, Do contrato social. Col. Os Pensadores, So Paulo: Abril Cultural, 1978. Defina, segundo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), o conceito de soberania e, em seguida, explique em que essa concepo se diferencia dos outros contratualistas. QUESTO 4 (ANO 2006 - 2) Leia o texto abaixo. A ordem social (...) um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, no se origina da natureza: funda-se, portanto, em convenes. Trata-se, pois, de saber que convenes so essas. ROUSSEAU, J. J. Do Contrato Social. 4 ed. So Paulo: Editora Nova Cultural, 1987. Responda: A) Por que, para Rousseau, a natureza no ordena a sociedade? B) Por que, para Rousseau, somente a conveno ordena a sociedade?

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 20 QUESTO 3 (ANO 2008 - 1) O problema fundamental para o qual o contrato social, segundo Rousseau, oferece uma soluo Encontrar uma forma de associao que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda a fora comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, s obedece, contudo a si mesmo, permanecendo assim to livre quanto antes. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. So Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 32. (Coleo Os Pensadores) A partir do texto acima, responda as questes que se seguem: A) Quais so os principais objetivos do contrato social? B) Proteger cada associado com a fora comum significa que o Estado pode mobilizar foras como, por exemplo, a polcia ou o exrcito para defender os cidados. Por que, conforme Rousseau, isso legtimo?

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 21 JOHN LOCKE QUESTO 7 (ANO 2000 - 1) Assinale a alternativa INCORRETA. Segundo John Locke (1632-1704), so proprietrios A) todos que so proprietrios de suas vidas, de seus corpos, de seus trabalhos, isto , todos so proprietrios. B) todos os operrios, pois fazem parte da sociedade civil, portanto, podem governar como qualquer cidado, pois sua prerrogativa. C) todos os homens, j que a primeira coisa que o homem possui o seu prprio corpo; assim, todo homem proprietrio de si mesmo e de suas capacidades. D) somente aqueles que podem governar, isto , os homens de fortuna, pois somente esses podem ter plena cidadania. QUESTO 9 (ANO 2001 - 1) John Locke (1632-1704), vigoroso adversrio do absolutismo, nos seus escritos polticos partiu da situao de que os homens isolados no estado de natureza buscaram se reunir por intermdio de um contrato social, tendo em vista a edificao da sociedade civil. Esta ao poltica associativa, quando concretizada, confere soberania ao: A) Poder Legislativo. B) Poder Executivo. C) Poder Federativo. D) Povo. QUESTO 4 (ANO 2002 - 1) Marque a alternativa correta, considerando aquela que melhor completa o enunciado abaixo. Locke (final do sc. XVII e incio do sc. XVIII) legitima a propriedade privada como direito natural, porque A) os homens, por natureza, nascem com o direito de possuir o que j existe e lhe doado. Esse direito dado por Deus. B) Deus o artfice do mundo que, como obra do trabalhador divino, a ele pertence. O mundo sua propriedade. Deus criou o homem sua imagem e semelhana, deu-lhe a possibilidade de, atravs do trabalho, ter direito propriedade privada. C) os homens, sendo lobos dos homens, cercam as terras que ocupam e as defendem com armas, porque Deus permite aos homens conquistar e conservar a propriedade pela fora do mais forte, a nica lei. D) os homens, em estado de natureza, vivem isolados pelas florestas, sobrevivendo com o que a natureza lhes d, desconhecendo lutas e comunicando-se pelo gesto, grito e canto. QUESTO 9 (ANO 2003 - 2) Locke foi o defensor do Liberalismo poltico, que pretendeu instaurar algumas garantias para o cidado frente ao poder soberano. Sobre este assunto, leia o texto abaixo. Verdade que os governos no podem sustentar-se sem grande dispndio, sendo natural que todos quantos gozam de uma parcela de proteo paguem do que possuem a proporo necessria para mant-lo. Todavia, ser ainda

com o seu prprio consentimento, isto o consentimento da maioria, dado diretamente ou por intermdio dos seus representantes. Se algum pretender possuir o poder de lanar impostos sobre o povo, pela autoridade prpria sem estar por ele autorizado, invadir a lei fundamental da propriedade e subverter o objetivo do governo; porque qual a propriedade que terei naquilo que outrem tiver o direito de tomar para si quando lhe aprouver? LOCKE, J. Segundo Tratado sobre o governo. In: Locke. 3.ed. So Paulo: Abril Cultural, 1983. Coleo Os Pensadores. p. 89-90. Considere as assertivas abaixo. I - O texto acima descreve a poltica econmica de Locke, sustentada pela cobrana indiscriminada de tributos rgios, pois, a cada novo endividamento do rei, novos tributos passavam a ser incorporados carga tributria. II - Partidrio da lei natural como fundamento para o funcionamento do Estado, Locke defende o interesse da burguesia em expanso, ao afirmar que os impostos dos sditos devem ser proporcionais ao seu patrimnio e regulamentados pelo parlamento. III - A cobrana de impostos uma prerrogativa do rei, cabendo a ele a criao de novos tributos que incidam sobre a propriedade e a renda dos seus sditos, principalmente em relao propriedade, pois essa subsidiada pelo tesouro real. IV - O imposto um tributo necessrio para o funcionamento do Estado e, em ltima instncia, a garantia dos direitos naturais, sendo a preservao da vida e a proteo da propriedade privada, juntamente com a liberdade, os essenciais. Assinale a alternativa que contm todas as afirmativas verdadeiras. A) II e IV

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 22 B) I e IV C) II e III D) I e III QUESTO 3 (ANO 2004 - 1) John Locke justificou a existncia do Estado com estas palavras: .O motivo que leva os homens a entrarem em sociedade a preservao da propriedade; e o objetivo para o qual escolhem e autorizam um poder legislativo tornar possvel a existncia de leis e regras estabelecidas como guarda e proteo s propriedades de todos os membros da sociedade, a fim de limitar o poder e moderar o domnio de cada parte e de cada membro da comunidade; pois no se poder nunca supor seja vontade da sociedade que o legislativo possua o poder de destruir o que todos intentam assegurar-se, entrando em sociedade e para o que o povo se submeteu a legisladores por ele mesmo criado.. LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo. Trad. de E. Jacy Monteiro. 3 ed. So Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 121. Coleo .Os Pensadores.. Analise as assertivas em conformidade com a citao acima. I . A propriedade privada contratual, isto , ela subseqente ao nascimento do Estado, que institui o direito propriedade, distribuindo a cada um aquilo que era propriedade comunal no estado de natureza. II . A propriedade privada surge com o aparecimento da sociedade civil, a geradora do Estado, que a instituio suprema que tem, inclusive, a prerrogativa de suprimir a propriedade em benefcio da segurana do Estado. III . A propriedade privada parte do estado de natureza, pois o homem possui a propriedade de si mesmo e, com isso, tem o direito de tornar como sua propriedade aquilo que est vinculado com seu trabalho. IV . A propriedade privada anterior sociedade civil, portanto, a propriedade antecedeu ao Estado, cuja existncia resultou do contrato social e teve a finalidade de preservar e proteger a propriedade privada de cada um. Assinale a alternativa que tem as assertivas corretas. A) III e IV B) I e II C) II e III D) II e IV QUESTO 3 (ANO 2003 - 1) Locke foi um dos principais representantes do liberalismo poltico. Sobre a passagem do estado de natureza para a sociedade civil, o autor, a respeito desse tema, fez a seguinte afirmao: Assim os homens, apesar de todos os privilgios do estado de natureza, mantendo-se em ms condies enquanto nele permanecerem, so rapidamente levados sociedade. LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o governo. So Paulo: Abril Cultural, 1983. Coleo Os Pensadores . p. 83. Responda: O que leva os homens a escolher a vida em sociedade civil? QUESTO 3 (ANO 2005 - 2) Leia o trecho seguir.

Se o homem no estado de natureza to livre, conforme dissemos, se senhor absoluto da sua prpria pessoa e posses, igual ao maior e a ningum sujeito, por que abrir ele mo dessa liberdade, por que abandonar o seu imprio e sujeitar-se- ao domnio e controle de qualquer outro poder? LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o governo. So Paulo: Nova Cultural, 1991, p. 264. Col. Os Pensadores. Apresente a resposta de John Locke a esta questo, explicitando: A) a razo que faz com que o homem saia do estado de natureza. B) quais direitos so garantidos no estado civil. QUESTO 4 (ANO 2007 - 2) Conforme seus conhecimentos sobre a obra do filsofo ingls John Locke (1632 1704) e as informaes do texto abaixo, explique como ele concebe a passagem do estado de natureza para o estado civil. Para Locke, no estado natural cada um juiz em causa prpria; portanto, os riscos das paixes e da parcialidade so muito grandes e podem desestabilizar as relaes entre os homens. Por isso, visando a segurana e a tranqilidade necessrias ao gozo da propriedade, as pessoas consentem em instituir o corpo poltico. O ponto crucial do pensamento de Locke que os direitos naturais dos homens no desaparecem em conseqncia desse consentimento, mas subsistem para limitar o poder do soberano. ARANHA, M. L. de A.; e MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introduo Filosofia. So Paulo: Moderna, 1986. QUESTO 3 (ANO 2010 - 2) John Locke (1632 1704) elaborou algumas teorias sobre filosofia poltica que permitem coloc-lo entre o grupo dos contratualistas , ainda que esta definio no seja suficiente para classificar corretamente estes filsofos. Leia o texto abaixo e, com base nele e em seus conhecimentos sobre a filosofia de John Locke, responda as questes que se seguem. A nica maneira pela qual uma pessoa qualquer pode abdicar de sua liberdade natural e revestirse dos elos da sociedade civil concordando com outros homens em juntar-se e unir-se em uma comunidade, para viverem

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 23 confortvel, segura e pacificamente uns com outros, num gozo seguro de suas propriedades e com maior segurana contra aqueles que dela no fazem parte. Locke, Dois tratados sobre o governo. Traduo Julio Fischer. 2 ed. So Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 468. Sobre o contratualismo de Locke, responda: 1) Qual o instrumento que opera a passagem desse estado de natureza para o estado civil? Explique sua caracterstica principal. 2) A) Essa passagem para o estado civil ocorre pela vontade dos mais fortes que obrigam os mais fracos, ou por livre consentimento de cada um para formar o corpo poltico? B) Qual trecho do texto citado pode fundamentar sua resposta?

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 24 NICOLAU MAQUIAVEL QUESTO 6 (ANO 2003 - 1) Muito citado e pouco conhecido, Nicolau Maquiavel um dos maiores expoentes do Re nascimento e sua contribuio determinou novos horizontes para a filosofia poltica. A respeito do conceito de virt, analise as assertivas abaixo. I A virt a qualidade dos oportunistas, que agem guiados pelo instinto natural e i rracional do egosmo e almejam, exclusivamente, sua vantagem pessoal. II O homem de virt antes de tudo um sbio, aquele que conhece as circunstncias do mo mento oferecido pela fortuna e age seguro do seu xito. III Mais do que todos os homens, o prncipe tem de ser um homem de virt, capaz de c onhecer as circunstncias e utiliz-las a seu favor. IV Partidrio da teoria do direito divino, Maquiavel v o prncipe como um predestinad o e a virt como algo que no depende dos fatores histricos. Assinale a NICA alternativa que contm as assertivas verdadeiras. A) I, II, e III B) II e III C) II e IV D) II, III e IV QUESTO 6 (ANO 2003 - 2) Portanto, um prncipe deve gastar pouco para no ser obrigado a roubar seus sditos; pa ra poder defender-se; para no se empobrecer, tornando-se desprezvel; para no ser forado a tornar-se rapace; e pouco cuidado lhe d a pecha de miservel; pois esse um dos defeitos que lhe do a possibilidade de bem governar. MAQUIAVEL, Nicolau. O Prncipe. So Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleo Os Pensadores. p . 66. Assinale a alternativa que interpreta corretamente o pensamento do filsofo floren tino. A) O prncipe no precisa roubar os sditos, porque a ele reservada a fortuna, toda ri queza possvel de ser acumulada graas capacidade de poupar os tesouros. Esta definio de fortuna, cunhada por Maquiavel, tpica da poca em que havia o apego s riquezas materiais, especialmente, a prata e o ouro da Amrica. B) A viso poltica de Maquiavel era a mesma dos seus contemporneos, favorvel ao poder absoluto dos governantes e defensora da opresso do Estado sobre os sditos, o que resultou na manuteno do Estado feudal, caracterizado pela expropriao da sociedade, por meio de tributos elevados e injustos. C) A defesa da sobriedade administrativa do prncipe evidencia a forte ligao que uni a Maquiavel Igreja Catlica, ambos imbudos na defesa do poder divino dos soberanos. Prova disso que, em seu livro O Prncipe, Maquiavel exorta o novo prncipe a ser sempre piedoso, fiel, humano, ntegro e religioso. D) Maquiavel identifica o prncipe com o homem de ao, cujo carter formado pela tica qu e lhe permite o uso dos meios apropriados para a organizao do seu Estado; o novo prncipe deve ser corajoso e inte ligente, evitando a opulncia e a ostenso em favor de seu poder poltico. QUESTO 4 (ANO 2004 - 1) Analise os dois textos abaixo: .Muitos argumentaram que a guerra contra o terrorismo a desculpa esfarrapada do

governo Bush [George W. Bush] para construir um imprio clssico, no modelo do romano ou britnico. Dois anos depois de i niciada a cruzada, fica claro que isso um erro. A guangue de Bush no dispe da persistncia compulsiva necessria para ocupar sequer um pas, quanto mais uma dzia deles.. KLEIN, Naomi. Imprio cria .franquias.. Folha de So Paulo, 07 de setembro de 2003.

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 25 .Creio que isto [a usurpao de um principado] seja conseqncia de serem as crueldades mal ou bem praticadas. Bem usadas se podem chamar aquelas (se que se pode dizer bem do mal) que so feitas, de uma s vez, pela necessidade de prover algum prpria segurana, e depois so postas margem, transformando-se o mais possvel em vantagem para os sditos. Mal usadas so as que, ainda que a princpio sejam poucas, em vez de extinguirem-se [as crueldades], crescem com o tempo.. MAQUIAVEL, Nicolau. O prncipe. Trad. Lvio Xavier. So Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 38. Coleo .Os Pensadores.. O primeiro texto afirma a falcia do argumento da poltica blica norte-americana aps 1 1de setembro de 2001. O texto de Maquiavel faz meno aos resultados do emprego da violncia para a conquista de novos principados e, conseqentemente, a expanso do poder desptico. Por que o recurso agresso e fraude so ineficazes, tal como assevera a autora do pr imeiro texto, s fazendo aumentar a violncia e a instabilidade poltica, como concluiu Maquiavel, no segundo texto cita do? QUESTO 3 (ANO 2006 - 2) Sobre os conceitos de fortuna e virt na filosofia poltica de Maquiavel, considere o trecho abaixo. O desejo de conquistar coisa verdadeiramente natural e ordinria e os homens que p odem faz-lo sero sempre louvados e no censurados. Mas se no podem e querem faz-lo, de qualquer modo, que esto em erro , e so merecedores de censura. MAQUIAVEL, N. O prncipe. Traduo de Lvio Teixeira. So Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 1 4. Responda: A) Em que condies a ao bem sucedida de quem quer conquistar no deve ser censurada? B) Em que consiste o erro crucial de quem fracassa na conquista de um Estado? QUESTO 2 (ANO 2008 - 2) Leia o seguinte fragmento de O Prncipe, de Maquiavel, e faa o que se pede a seguir . E h de se entender o seguinte: que um prncipe, e especialmente um prncipe novo, no p ode observar todas as coisas a que so obrigados os homens considerados bons, sendo freqentemente forado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a f, a humanidade, a religio. necessrio, por isso, que possua nimo disposto a voltar-s e para a direo a que os ventos e as variaes da sorte o impelirem, e, como disse mais acima, no partir do bem, mas poden do, saber entrar para o mal, se a isso estiver obrigado. MAQUIAVEL, Nicolau. O Prncipe. So Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 8. Coleo Os Pensad ores A) Extraia uma expresso do texto acima que defina a idia de que, para Maquiavel, os fins justificam os meios e justifique sua resposta. B) Extraia uma expresso do texto acima que esteja adequada ao conceito de fortuna e explique por que ela adequada.

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 26 FRIEDRICH HEGEL QUESTO 5 (ANO 2003 - 2) Leia com ateno o fragmento abaixo, extrado das Lies de Filosofia da Histria, do filsofo alemo G.W.F. Hegel. A finalidade do esprito universal encontrar-se, voltar-se para si mesmo e encarar-se como realidade. Porm, o que poderia ser questionado se essa vitalidade dos indivduos e dos povos, quando buscam os seus interesses e os satisfazem, tambm meio e instrumento de algo mais sublime e abrangente a respeito do que eles nada sabem, e que realizam sem conscincia. Analise as assertivas abaixo. I - Quando Hegel fala da finalidade do esprito universal, ele refere-se a algo que se concretiza na histria sob a forma do Estado, tendo como pice o Estado Moderno, inspirado na revoluo francesa, cuja constituio reuniu os direitos do homem, isto , os direitos naturais, e os direitos do cidado, ou seja, os direitos civis. II - Aquilo que merece ser questionado conduz refutao da vitalidade dos indivduos e dos povos como agentes histricos, pois a edificao do Estado acontece graas cadeia cega dos eventos humanos, que so arrastados pelo destino e sempre produziram, como resultado, o melhor dos mundos. Essa teoria foi enunciada por Leibniz. III - A questo, levantada por Hegel, se a vitalidade dos indivduos e dos povos quando buscam os seus interesses e os satisfazem, tambm meio e instrumento de algo mais sublime e abrangente , encontra, no prprio texto da Filosofia da Histria, uma resposta afirmativa, pois Hegel acreditava que o Estado Moderno resultado da astcia da razo. IV - O voltar-se para si tpico da viso da histria como passado, essa viso no admite o progresso na histria universal, de maneira que todos os eventos humanos concorrem para a runa da sociedade humana. Por isso, o voltar-se para si mesmo equivale ao mito do eterno retorno, amplamente popularizado no sculo XIX com a filosofia de Nietzsche. Assinale a alternativa que contm as assertivas verdadeiras. A) II e IV B) I e IV C) II e III D) I e III QUESTO 2 (ANO 2004 - 1) Considere o fragmento abaixo. O Estado a idia moral exteriorizada na vontade humana e liberdade desta. Por isso, a alterao da histria pertence essencialmente a ele, e os momentos da idia nele se apresentam como princpios diferenciados.. HEGEL, G.W.F. Filosofia da Histria. Trad. de Maria Rodrigues e Hans Harden. 2.ed. Braslia: Editora da UnB, 1998. p. 45. A constatao de Hegel foi feita no incio do sculo XIX e retrata a nova constituio do Estado que deixou de ser a encarnao do poder divino na figura do soberano, ou ainda, o despotismo monrquico. Com base na citao

acima, explique o Estado moderno como processo histrico. QUESTO 4 (ANO 2006 - 1) Na obra Introduo Histria da Filosofia, Hegel expressou o seguinte juzo: Na realidade, porm, tudo o que somos, somo-lo por obra da histria; ou para falar com maior exatido, do mesmo modo que na histria do pensamento o passado apenas uma parte, assim no presente, o que possumos de modo permanente est inseparavelmente ligado com o fato da nossa existncia histrica. O patrimnio da razo autoconsciente que nos pertence no surgiu sem preparao, nem cresceu s do solo atual, mas caracterstica de tal patrimnio o ser herana e, mais propriamente, resultado do trabalho de todas as geraes precedentes do gnero humano. Hegel. Introduo Histria da Filosofia. So Paulo: Nova Cultural, 1989. Coleo Os Pensadores , p. 87. Responda: A) qual a meta, segundo Hegel, do processo histrico? B) aponte a diferena fundamental entre a concepo de histria de Hegel e a de Marx. QUESTO 4 (ANO 2008 - 1) Para Hegel a histria universal representa a evoluo da conscincia do esprito no tocante sua liberdade e realizao efetiva de tal conscincia. Filosofia da Histria. 2.ed. Trad. Maria Rodrigues e Hans Harden. Braslia: Editora da UnB, 1998. p. 60. A partir do texto acima e de seus conhecimentos sobre o pensamento de Hegel, responda: A) O que a realizao efetiva da conscincia? B) Qual a relao entre Estado e Histria em Hegel?

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 27 QUESTO 3 (ANO 2009 - 1) Considerando que a concepo dialtica da Histria foi apresentada por Hegel antes de Marx e que o agente histrico na filosofia hegeliana o Estado, explique: A) qual a finalidade do Estado no processo histrico? B) o que garante a atuao do Estado na Histria?

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 28 KARL MARX QUESTO 7 (ANO 2000 - 1) Segundo Marx (sc. XIX), o Estado A) garantidor do bem-comum, da justia, da ordem, da lei, da paz, da segurana e da liberdade para todas as classes sociais. B) o aparato da ordem e da fora pblica, sendo um poder pblico distante e separado da sociedade civil, garantidor de justia para todas as classes sociais. C) garantidor do direito de propriedade privada e expresso do interesse geral, intervindo para impedir a luta de classes. D) a expresso legal - jurdica e policial - dos interesses de uma classe social particular, a classe dos proprietrios privados dos meios de produo ou classe dominante. QUESTO 7 (ANO 2000 - 2) Sobre a filosofia de Marx, analisando o conceito de trabalho, correto afirmar que I- a produo e a reproduo das condies de existncia se realizam atravs do trabalho; II- a diviso social do trabalho no uma simples diviso de tarefas, mas a manifestao da existncia da propriedade; III- os seres humanos distinguem-se dos animais porque so dotados de conscincia e no porque produzem. Assinale a alternativa correta. A) II e III B) III C) I e III D) I e II QUESTO 3 (ANO 2002 - 1) O filsofo alemo Karl Marx (1818-1883) afirmou que a totalidade das relaes de produo forma a estrutura econmica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta uma superestrutura jurdica e poltica . MARX, Karl. Para a crtica da economia poltica. Coleo Os Pensadores . So Paulo: Abril Cultural, 1987, pp: 29-30. Considerando a afirmativa de Karl Marx, assinale a alternativa correta. A) O capitalismo industrial tornou-se realidade efetiva porque no existiu nenhuma contradio entre suas foras produtivas com as antigas relaes de produo. B) No capitalismo, o desenvolvimento das foras produtivas conduz a classe operria realizao da liberdade, ou seja, ao reino da felicidade. C) a conscincia dos homens que determina o seu ser, pois as condies materiais so apenas contingncias histricas que independem das foras materiais. D) O modo de produo da vida material determina as condies concretas em geral de vida social, poltica e espiritual. QUESTO 10 (ANO 2003 - 2) Para compreender a Histria, a anlise marxista remonta aos fundamentos materiais da ao humana, produo e reproduo materiais da vida humana. Nela descobre as leis histricas objetivas, mas no nega, no entanto, o papel

da subjetividade na Histria. Apenas determina o lugar exato que lhe cabe na totalidade objetiva da evoluo da natureza e da sociedade. LUKCS, G. Existencialismo ou marxismo. So Paulo: Senzala, 1967. p. 127. A citao acima exprime, com rigor, o mtodo materialista dialtico, concebido por Karl Marx para a investigao social, cujo propsito era a transformao da sociedade, tendo em vista a superao do capitalismo e a construo da sociedade sem classes. Com base na citao, assinale a alternativa correta. A) Os fundamentos materiais da ao humana decorrem das relaes sociais, manifestadas nas relaes de produo, que determinam o ser social do homem e interferem no mundo da natureza. B) A subjetividade o motor da histria, pois ela, como conscincia, que determina todo o progresso material e dirige a integrao do homem com a natureza, resultando, ento, a objetivao da natureza. C) As relaes de produo, enquanto relaes materiais celebradas entre os homens, so relaes mecnicas e independentes da vontade e da subjetividade humana, que se submetem lei natural. D) A totalidade objetiva da evoluo da natureza e da sociedade cumprem seu destino natural e realizam a sua finalidade, que a harmonia, a paz e a prosperidade do homem graas ao trabalho assalariado. QUESTO 1 (ANO 2004 - 1) Leia o fragmento abaixo, de Karl Marx. .Com o prprio funcionamento, o processo capitalista de produo reproduz, portanto,

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 29 a separao entre a fora de trabalho e as condies de trabalho, perpetuando, assim, as condies de explorao do trabalhador. Compele sempre o trabalhador a vender sua fora de trabalho para viver, e capacita sempre o capitalista a compr-la.. MARX, K. O capital, Livro I, O processo de produo do Capital [Vol. II]. Trad. de Reginaldo Sant.Anna. 11.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1987, p. 672. De acordo com o filsofo alemo, a condio do trabalhador na economia capitalista clssica I . de realizao plena da sua capacidade produtiva, alcanando a autonomia financeira e a satisfao dos valores existenciais to almejados pela humanidade, desde os primrdios da histria. II . de alienao, pois os trabalhadores possuem apenas sua capacidade de trabalhar, que vendida ao capitalista em troca do salrio, por isso, a produo no pertence ao trabalhador, sendo-lhe estranha. III . de superao da sua condio de ser natural para tornar-se ser social, liberto graas diviso do trabalho, que lhe permite o desenvolvimento completo de suas habilidades naturais na fbrica. IV . de coisa, isto , o trabalhador reificado, tornando-se mercadoria, cujo preo o salrio, ao passo que as coisas produzidas pelo trabalhador, na tica capitalista, parecem dotadas de existncia prpria. Assinale a alternativa que apresenta as assertivas corretas. A) II e IV B) I e II C) II e III D) III e IV QUESTO 4 (ANO 2001 - 2) Na produo social da prpria vida, os homens contraem relaes determinadas, necessrias e independentes de sua vontade, relaes de produo estas que correspondem a uma etapa determinada de desenvolvimento das suas foras produtivas materiais. A totalidade destas relaes de produo forma a estrutura econmica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta uma superestrutura jurdica e poltica, e qual correspondem formas sociais determinadas de conscincia. O modo de produo da vida material condiciona o processo em geral de vida social, poltico e espiritual. Karl Marx. Para a crtica da economia poltica Prefcio. So Paulo: Abril Cultural, 1978. Coleo Os Pensadores . Explique por que Marx afirma que no so as idias humanas que movem a Histria, mas so as condies histricas que produzem as idias. QUESTO 4 (ANO 2002 - 2) Considere o fragmento abaixo.

O modo de produo da vida material condiciona o processo em geral de vida social, poltico e espiritual. MARX, K. Prefcio de 1859 de Para a crtica da Economia Poltica. Col. Os Pensadores, So Paulo: Abril Cultural, 1978. Explique como determinada a conscincia, segundo Karl Marx (1818-1883). QUESTO 4 (ANO 2005 - 2) Tal como os indivduos manifestam sua vida, assim so eles. O que eles so coincide, portanto, com sua produo, tanto com o que produzem, como com o modo como produzem. O que os indivduos so, portanto, depende das condies materiais de sua produo. MARX, Karl. A Ideologia Alem. So Paulo: Hucitec, 1987, p. 27-28. Considerando o trecho acima e a teoria marxiana, responda: A) o que significa, para Marx, afirmar que o ser social dos homens que determina a conscincia? B) a dialtica marxista idealista ou no? Explique.

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 30 TICA ARISTTELES QUESTO 5 (ANO 2007 - 2) Leia atentamente o trecho de Aristteles, citado abaixo, e assinale a alternativa que o interpreta corretamenente. Como j vimos h duas espcies de excelncia: a intelectual e a moral. Em grande parte a excelncia intelectual deve tanto o seu nascimento quanto o seu crescimento instruo (por isto ela requer experincia e tempo); quanto excelncia moral, ela o produto do hbito [...] . ARISTTELES. tica a Nicmaco. Coleo Os Pensadores. So Paulo: Nova Cultural, 1996. A) A excelncia moral superior intelectual porque resultado do nascimento. B) A excelncia intelectual positiva e a moral negativa. C) As excelncias intelectual e moral anulam-se respectivamente. D) As excelncias moral e intelectual possuem, respectivamente, origem no hbito e na instruo. QUESTO 2 (ANO 2003 - 2) Sendo, pois, de duas espcies a virtude, intelectual e moral, a primeira, por via de regra, gera-se e cresce graas ao ensino - por isso requer experincia e tempo; enquanto a virtude moral adquirida em resultado do hbito, donde ter se formado o seu nome tica [thik] por uma pequena modificao da palavra hbito [thos]. Por tudo isso, evidenciase tambm que nenhuma das virtudes morais surge em ns por natureza; com efeito, nada do que existe naturalmente pode formar um hbito contrrio sua natureza. Por exemplo, a pedra que por natureza se move para baixo no se pode imprimir o hbito de ir para cima, ainda que tentemos adestr-la jogando-a dez mil vezes no ar; nem se pode habituar o fogo a dirigir-se para baixo, nem qualquer coisa que por natureza se comporte de certa maneira a comportar-se de outra . Aristteles. tica a Nicmaco. So Paulo: Abril Cultural, 1973. Coleo Os Pensadores . p. 267. A partir da anlise do texto acima, estabelea, em primeiro lugar, a distino entre virtude intelectual e moral; mostre, a seguir, por que a virtude moral no surge em ns por natureza. QUESTO 1 (ANO 2010 - 2) Uma parte importante da doutrina de Aristteles sobre a tica foi registrada em seu livro tica Nicomaquia. Nele, encontra-se o seguinte trecho: Com relao ao temor, ao ardor, ao desejo, ira, piedade e, em geral, ao gozo e dor, h um excesso e uma falta, e ambos no so bons; mas se experimentamos aquelas paixes [...] com a finalidade e do modo como se deve, ento estaremos no meio e na excelncia, que so prprios da virtude [...]. Portanto, a virtude certa mediania, que tem por escopo o justo meio. Aristteles, tica Nicomaquia, B 6, 1106 b. p. 18-28. Com base no texto citado e em seus conhecimentos, responda: A) Em que consiste a virtude, de acordo com Aristteles?

B) Segundo Aristteles, qual o papel da prudncia na busca pelo justo meio do qual se fala a propsito da virtude tica?

PROF. ALEXSANDER / FILOSOFIA 31 IMMANUEL KANT QUESTO 6 (ANO 2002 - 2) O esclarecimento exige liberdade. Kant associou a liberdade ao exerccio da razo em todas as circunstncias da vida. Frente s informaes apresentadas, analise as assertivas abaixo. I - A liberdade consiste no uso pblico da razo, ou seja, cada um faz uso de sua prpria razo e fala em seu prprio nome. II - O uso privado da razo , sempre e em todas as circunstncias, o impedimento do progresso do esclarecimento. III - A prtica de uma profisso, a do professor por exemplo, quando destituda de crtica, ela to s o uso privado da razo. IV - O sbio aquele que, alm de desempenhar uma funo profissional, exerce sua liberdade de expor publicamente suas idias. Assinale a alternativa que contm todas as afirmaes corretas. A) II, III e IV B) I, II e III C) I, III e IV D) II e IV QUESTO 4 (ANO 2007 - 1) Leia com ateno o texto abaixo. Um menino, a pedido de sua me, foi de manh padaria para comprar pes de queijo. Como estivesse em dificuldades financeiras, o comerciante cobrou-lhe trinta centavos a mais pela mercadoria, considerando que este dinheiro por certo no faria falta a uma criana de aparncia to saudvel. No incio da noite, o pai do menino voltou padaria para comprar leite, e equivocou-se ao pagar o comerciante, dando-lhe cinqenta centavos a mais. O comerciante, no entanto, prontamente, restituiu ao fregus os cinqenta centavos pagos a mais, considerando que o pai do menino era fiscal da prefeitura e que, em qualquer caso, seria conveniente manter boas relaes com as autoridades locais. Em conformidade com o pensamento kantiano, responda as trs questes que se seguem. A) Por que a primeira atitude do comerciante (em relao ao menino) contrria ao dever e imoral? B) Por que a segunda atitude do comerciante (em relao ao pai do menino) conforme ao dever, mas mesmo assim imoral? C) De acordo com o pensamento de Kant, cite, para o caso 1 (relativo ao menino) e para o caso 2 (relativo ao pai do menino), uma regra que o comerciante poderia ter