apostila de eletricidade (módulo i)

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  • 7/27/2019 Apostila de eletricidade (mdulo I)

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    EELLEETTRRNNIICCAABBSSIICCAA

    CCAATTEERRPPIILLLLAARR((MMDDUULLOO II))

    Elaborado por Leandro RodriguesTreinamento tcnico

    Maio de 2010

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    Sumrio

    Introduo a eletricidade 3

    tomos 3Princpios Eltricos 5Tenso Eltrica 7Corrente Eltrica 8Magnetismo 11Transformador 12Induo Eletromagntica 14Tenso Alternada 15Tenso Contnua 18Circuito Eltrico 18Resistncia Eltrica 20Resistncia em um Condutor (1 Lei de Ohm) 24

    Potncia Eltrica 26Circuitos Bsicos (Srie, Paralelo e Srie-Paralelo) 27Divisor de Tenso 31Capacitor 32Diodo 33Gerador de Tenso 34Bateria 35Alternador 37Condutores 40Dispositivos de Proteo 43

    Rel 45Solenide 46Motor de Arranque 47Lmpadas 48Interruptores 49Sensores 53Conectores 61Mdulo de Controle Eletrnico (ECM) 65Voltagem Pull Up 69Cabos Data Link 70

    Sistemas de Monitoramento Caterpillar (CMS) 72Sistema de Monitoramento Caterpillar 74

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    Introduo a eletricidade

    Lanternas, furadeiras eltricas, e os motores so eltricos. Computadores e televisores so

    referidos como eletrnicos. Qualquer componente que funciona com eletricidade eltrica, incluindo

    as lanternas e furadeiras eltricas, mas nem todos os componentes eltricos so eletrnicos. O termo

    refere-se aos dispositivos eletrnicos semicondutores conhecidos como dispositivos de eltron. Esses

    dispositivos dependem do fluxo de eltrons para a operao.

    tomos

    O tomo a menor partcula que ainda caracteriza um elemento qumico. Ele apresenta um

    ncleo com carga positiva (Z a quantidade de prtons e "E" a carga elementar) que apresenta quase

    toda sua massa (mais que 99,9%) e Z eltrons determinando o seu tamanho.

    At fins do sculo XIX, era considerado a menor poro em que se poderia dividir a matria. Mas nas

    duas ltimas dcadas daquele sculo, as descobertas do prton e do eltron revelaram o equvoco

    dessa ideia. Posteriormente, o reconhecimento do nutron e de outras partculas subatmicas

    reforou a necessidade de reviso do conceito de tomo.

    O tamanho e a carga eltrica das partculas invisveis de um tomo indicada, por quanto os tomos

    so desviados por foras desconhecidas. O atual modelo atmico, com um ncleo no centro foi

    proposto por Niels Bohr em 1913. O modelo atmico modelado do sistema solar com o sol no centroe os planetas girando em torno dele.

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    O centro de um tomo chamado de ncleo. O ncleo composto principalmente de

    partculas chamadas prtons e nutrons. Girando em torno de cada ncleo so as pequenas

    partculas chamadas de eltrons. Estes eltrons so muito menores em massa que o prton e

    nutrons.

    Normalmente, um tomo tem um nmero igual de prtons no ncleo e eltrons em torno doncleo. O nmero de prtons e eltrons chamado de nmero atmico. O peso atmico de um

    elemento o nmero total de partculas, prtons e nutrons que esto no ncleo

    Os cientistas descobriram muitas partculas no tomo. Para explicar a eletricidade de base,

    apenas trs partculas sero discutidas: eltrons, prtons e nutrons. Para melhor compreender os

    conceitos bsicos de eletricidade, vamos utilizar um tomo de cobre como um exemplo .

    .

    Na ilustrao acima mostra um tomo de cobre tpico. O ncleo do tomo no muito maior do que

    um eltron. No tomo de cobre no ncleo contm 29 prtons (+), 35 nutrons. O tomo de cobre tem

    29 eltrons (-) que orbitam o ncleo. O nmero atmico do tomo de cobre de 29 e o peso atmico

    64. Quando um comprimento de fio de cobre est ligado fonte de positivo e negativo, como uma

    pilha seca, ocorre o seguinte processo.

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    Um eltron (-) forado a sair de rbita e atraiu para o positivo (+) da bateria. O tomo agora

    positivo (+) porque ele agora tem uma deficincia de eltrons O tomo, por sua vez atrai um eltron

    de um vizinho. O vizinho, por sua vez recebe um eltron do tomo seguinte, e assim por diante at o

    ltimo tomo de cobre recebe um eltron a partir do final negativo da bateria.

    O resultado desta reao em cadeia que os eltrons se movem atravs do condutor a partir

    do final negativo para o plo positivo da bateria. O fluxo de eltrons vai continuar enquanto as cargas

    positivas e cargas negativas da bateria so mantidas em cada extremidade dos bornes.

    Princpios Eltricos

    A eletricidade uma propriedade bsica da matria, gases, slidos e os lquidos presentes no

    mundo. Por esta razo, comearemos a explorar a eletricidade revendo a estrutura bsica da matria.

    A matria composta de substncias bsicas chamadas de elementos qumicos. O

    hidrognio, o oxignio, o carbono, o cobre e o urnio so exemplos de elementos.

    Algumas substncias so combinaes de elementos qumicos. A gua, por exemplo, uma

    combinao de hidrognio e oxignio. Outras substncias contm somente um elemento, por

    exemplo, o cobre puro.

    Estes elementos so conhecidos por tomos e possuem caractersticas prprias. Estes

    elementos possuem diversos comportamentos eltricos. Para entendermos melhor estes

    comportamentos, vamos visualizar o comportamento de um tomo de cobre, freqentemente

    encontrado em aplicaes eltricas.

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    No centro de cada tomo de cobre existe um ncleo, contendo partculas chamadas de

    Prtons e Nutrons. No cobre, h 29 Prtons no ncleo.

    Cercando o ncleo de cada tomo h uma ou mais partculas orbitando, chamadas de

    eltrons. O tomo de cobre possui normalmente 29 eltrons.

    Uma forca de atrao entre os prtons e eltrons sustenta os eltrons em rbita ao redor do

    ncleo. Os Prtons no ncleo possuem carga positiva que atrai a carga negativa de cada Eltron. As

    cargas dos Prtons e Eltrons possuem foras iguais, porem de sinal oposto (+ ou -).

    O equilbrio eltrico ocorre quando o nmero de eltrons de um tomo exatamente igual ao

    nmero de prtons. Nesta condio, o tomo no exerce foras externas de atrao, nem positiva

    nem negativa.

    ltimo eltron

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    Considere o que aconteceria se uma carga positiva, fora do tomo, atrasse o ltimo eltron

    deste tomo. A quantidade de prtons maior que a quantidade de eltrons, com isso, o tomo

    estaria predominantemente positivo.

    +

    Considere o que aconteceria se uma carga negativa for acrescentada a este tomo. A

    quantidade de eltrons ser maior do que a quantidade de prtons, com isso, o tomo estaria

    predominantemente negativo.

    Tenso EltricaA diferena de carga eltrica entre dois pontos gera um tipo de fora chamada de tenso

    eltrica. Esta fora capaz de mover eltrons atravs do fio, da extremidade negativa at a

    positivamente carregada. Quanto maior a diferena de carga entre as duas extremidades, maior ser

    a tenso, e maior ser a fora disponvel para deslocar os eltrons. Com isso, se a tenso de um

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    circuito aumentar, o deslocamento de eltrons aumentara tambm, e se, a tenso diminuir, o

    deslocamento tambm diminuir. A unidade de medida de tenso eltrica Volts (V).

    Nestas ilustraes, o primeiro exemplo mostra uma diferena de cargas eltricas V1. Na

    segunda ilustrao, a uma diferena de cargas eltricas V2. Quanto maior for esta diferena de

    cargas maior ser a tenso entre estas regies eletricamente (V2 > V1).

    Corrente Eltrica

    A tendncia no tomo estar eletricamente neutro, ou seja, a quantidade de prtons e eltrons

    serem iguais. Devido a esta tendncia que ocorre a transferncia de eltrons em um condutor,

    chamada de corrente eltrica.

    Vamos analisar o fluxo de eltrons em um condutor. Considere o efeito de uma carga positiva

    aplicada extremidade de um condutor em um circuito eltrico, e de uma carga negativa aplicada na

    extremidade oposta.

    A carga positiva remove um eltron de cada tomo da extremidade do fio, e os tomos na

    extremidade tornam-se carregados positivamente. Estes tomos exercero, por sua vez, uma fora de

    atrao positiva nos tomos de cobre adjacentes e puxaro os eltrons dos tomos para a direita.

    Este processo continua enquanto houver diferena de cargas entre as extremidades.

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    H dois modos para descrever a corrente eltrica em um condutor: Corrente Convencional e

    Corrente de Fluxo de Eltrons.

    Antes do uso de teoria atmica, os cientistas definiram na poca que o movimento eltrico era

    feito por prtons em um condutor, e era feito de uma regio positivamente polarizada para uma regio

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    negativamente polarizada. Esta concluso ainda contida amplamente em alguns padres de

    engenharia e livros de ensino. Esta teoria de fluxo chamada de Corrente Convencional.

    Com a descoberta da teoria atmica, foi descoberto que o fluxo em um condutor feito pelos

    eltrons, e que o fluxo da regio negativamente polarizada para a regio positivamente polarizada,

    ou seja, a direo correta feita no sentido oposto e que no so os prtons que se deslocam e sim

    os eltrons. Esta teoria de fluxo chamada de Corrente de Fluxo de Eltrons.

    A corrente mede o nmero de eltrons que flui em um circuito, quanto maior o nmero de

    eltrons que flui, maior ser a ser a corrente. A unidade de corrente chamada de Ampres.

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    Magnetismo

    Magnetismo outra forma de fora que causa fluxo de eltron. Os equipamentos eltricos

    dependem direta ou indiretamente do magnetismo.

    Um cientista dinamarqus nomeado Oersted descobriu uma relao entre magnetismo e

    corrente eltrica. Ele descobriu que um eltron fluindo em um condutor produz um campo magntico

    ao redor do condutor, propriedade dos ims.

    Os ims podem ser encontrados naturalmente, artificialmente ou projetado, como o eletro-im.

    Todo im tem dois pontos defronte um ao outro que atrai ferros. Estes pontos so chamados de plo

    norte e plo sul. Da mesma maneira que ocorre nas cargas eltricas, plos iguais se repelem e

    diferentes se atraem. A intensidade da forca de atrao aos ferros em um im chamada de Campo

    Magntico.

    O campo magntico composto de linhas de fora que partem do plo ao plo sul. Quanto

    maior a fora do im, maior a rea coberta pelo campo magntico. O grupo de linhas em um campo

    magntico chamado de fluxo magntico.

    Estas linhas magnticas passam por todos os materiais, no h nenhum isolador contra

    magnetismo conhecido. Porm, o fluxo magntico passa mais facilmente por materiais que possam

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    ser magnetizados, tambm conhecido por materiais de baixa relutncia magntica. Ar tem relutncia

    alta e o ferro tem baixa relutncia.

    O fluxo de eltrons em um condutor cria linhas magnticas ao redor do condutor. O campo

    eletromagntico permanece enquanto houver passagem de corrente pelo condutor. O campo

    produzido em um condutor no produz bastante magnetismo, por isso, so projetados carretis com

    muitas voltas de fios para fortalecer o campo magntico. Estes carretis so conhecidos como

    bobinas.

    A fora magntica de um eletrom proporcional ao nmero de voltas de fios na bobina e a

    corrente que flui pelos condutores. Se as bobinas possuem em seu ncleo material metlico, como

    ferro, a fora magntica aumenta consideravelmente.

    Transformador

    O transformador , simplificadamente, constitudo por duas bobinas (chamadas de

    enrolamentos). A energia passa de uma bobina para outra atravs do fluxo magntico. Abaixo um

    exemplo de transformador:

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    A tenso e a corrente de entrada U1 est conectada ao que se chama de enrolamento primrio

    e a tenso e a corrente de sada ao enrolamento secundrio.

    Em um transformador ideal:

    Onde:

    U1 e I1 tenso e corrente no primrio

    U2 e I2 tenso no secundrio

    N1 nmero de espiras no enrolamento primrio

    N2 nmero de espiras no enrolamento secundrio

    Por exemplo: Se a tenso de entrada for 115 V, a corrente de sada de 1,5A e a relao de

    espiras for 9:1 (primrio/secundrio). Qual a tenso no enrolamento secundrio? E a corrente eltrica

    no primrio?

    As potncias eltricas de entrada e de sada num transformador ideal so iguais.

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    . Induo eletromagntica

    O efeito de criar um campo magntico atravs da corrente tambm tem uma situao oposta.

    Tambm possvel criar corrente com um campo magntico atravs da induo de uma voltagem no

    condutor. Este processo conhecido como induo eletromagntica. Quando h movimento relativo

    entre o arame e o campo magntico, uma voltagem induzida no condutor

    A voltagem induzida causa o fluxo de eltrons. Se dentro da bobina utilizado um meio

    metlico, a voltagem induzida aumentada. Este mtodo o princpio operacional usado em sensor

    de velocidade, geradores e alternadores. Em alguns casos as bobinas so fixas e o ims so

    movimentados. Em outros casos, os ims so fixos e as bobinas so movimentadas.

    A fora de uma voltagem induzida depende de vrios fatores:

    A fora do campo magntico.

    A velocidade do movimento relativo entre o campo e o rolo.

    Os nmeros de condutores no rolo.

    Movimento na direo oposta causa fluxo de eltrons em sentido oposto. Ento, de um lado

    para outro movimento produz voltagem alternada. Em um gerador, move-se a bobina e os ims so

    fixados. Em um alternador, o im girado pelo eixo e as bobinas so fixas

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    Tenso Alternada

    Quando a diferena de cargas entre duas regies alternar em funo do tempo, chamada

    tenso alternada. Em uma tenso alternada a tenso parte do zero, aumenta gradativamente at o

    valor mximo e diminui at zerar. Em seguida, aumenta gradativamente negativamente e depois zera.

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    Exemplos deste tipo de tenso so encontradas em tenses residenciais, em alternadores

    (internamente), em alguns sensores de rotao, etc.

    O grfico de tenso

    alternada representado por

    uma senoidal. Em um

    determinado instante, o valor

    da tenso assume valores

    positivos e negativos

    alternadamente. Num sinal

    senoidal, o maior valor num

    trecho positivo da tenso

    conhecido por pico e o maior

    valor negativamente

    conhecido por vale. O pico e

    o vale correspondem a um

    ciclo.

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    A freqncia de uma corrente alternada o nmero de vezes que um pico e um vale se

    sucedem, em um segundo, ou ento, e o nmero de ciclos que acontece em um segundo. A unidade

    de medida em freqncia HERTZ, ou, abrevia-se por Hz.

    Assim, uma corrente alternada tem freqncia de 2 hertz, quando ela efetua dois ciclos no

    tempo de um segundo, sua representao grfica indicara dois picos e dois vales. Por exemplo, em

    correntes alternadas domsticas, industriais, a freqncia de 60 hertz.

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    Tenso Continua

    Quando a diferena de cargas eltricas entre duas regies tiver sempre a mesma polaridade

    chamada de tenso continua. Exemplos clssicos onde voc encontra este tipo de tenso esto nas

    pilhas, baterias, fontes de alimentao, etc.

    O grfico de tenso continua constante em relao ao tempo, ou seja, representado por

    trao continuo, no importando a referencia analisada (tenso positiva ou negativa).

    Circuito eltrico

    Circuitos eltricos so percursos ou caminhos para a corrente percorrer. Os circuitos so

    divididos em duas categorias principais de acordo com o tipo de corrente: Circuitos de corrente

    alternada e Circuitos de corrente contnua.

    Circuito de Corrente Alternada

    Como a corrente esta associada tenso eltrica, o sentido do fluxo de eltrons nos

    condutores tambm alterna. Se a tenso e positiva, a corrente possui um sentido, se a tenso

    negativa, a corrente inverte o sentido. Em um circuito de corrente alternada a corrente parte do zero,

    aumenta gradativamente positivamente at um valor mximo e depois diminui at zerar, em seguida,

    aumenta gradativamente negativamente e depois zera.

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    (Obs: Capacitores e Indutores

    adiantam ou atrasam uma onda senoidal

    de corrente em relao onda senoidal

    da tenso, este assunto no ser

    abordado neste curso).

    O grfico de corrente alternada

    representado por uma senoidal. Em um

    determinado instante, o valor da corrente

    assume valores positivos e negativos

    alternadamente.

    Circuito de Corrente Continua

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    Neste tipo de circuito, a corrente percorre num nico sentido. Quem determina este sentido a

    tenso. Podemos encontrar diversos tipos de circuitos de corrente continua, por exemplo, Brinquedos

    pilha, Toca-fitas, CDs, Rdios automotivos, etc. Predominantemente, os circuitos presentes nas

    mquinas Caterpillar so de corrente continua.

    Resistncia Eltrica

    Georg Simon Ohm descobriu que para uma voltagem fixa, a quantia de eltrons que flui por

    um material (corrente eltrica) depende do tipo de material e as dimenses fsicas do material. Em

    outras palavras, todos os materiais apresentam um pouco de oposio ao fluxo de eltrons. Estaoposio e chamada de resistncia eltrica. Se a oposio pequena, o material considerado um

    condutor. Se a oposio for grande, considerado um isolante. A unidade de medida de resistncia

    Ohm ().

    Para a maioria dos materiais, quanto mais alta a temperatura, maior ser mais a resistncia,

    porm h alguns materiais cuja resistncia diminui com o aumento de temperatura, so os

    termistores.

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    A resistncia em um componente independente polaridade aplicada em seus terminais.

    Quanto maior o valor da resistncia menor ser a corrente. Em um circuito em srie, quanto maior a

    resistncia maior ser a teno aplicada em seus terminais.

    Observao: Resistncia Eltrica est presente dentro de todo circuito eltrico, inclusive em

    componentes como condutores, conexes, bobinas, etc.

    Resistores fixos

    Como o nome sugere, um resistor fixo oferece uma intensidade fixa de resistncia.

    Tambm so utilizados resistores com vrios terminais de resistncia para poder limitar

    rotaes em ventiladores na cabine da mquina.

    Cdigo de cores em resistores fixos

    Os valores hmicos dos resistores podem ser reconhecidos pelas cores das faixas em suas

    superfcies. Cada cor e sua posio no corpo do resistor representam o valor hmico do resistor. A

    seguir, atravs desta tabela de cores, vamos mostrar como feita a leitura nestes resistores.

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    A primeira faixa neste resistor interpretada como o primeiro digito valor hmico da resistncia

    do resistor. Para o resistor mostrado, a primeira faixa amarela, assim o primeiro dgito 4: A

    segunda faixa d o segundo dgito. Essa uma faixa violeta, ento o segundo dgito 7. A terceira

    faixa chamada de MULTIPLICADOR e no interpretada do mesmo modo. O nmero associado cor do multiplicador nos informa quantos "zeros" devem ser colocados aps os dgitos que j temos.

    Aqui, uma faixa vermelha nos diz que devemos acrescentar 2 zeros. O valor hmico desse resistor

    ento 4700 ohms, 4,7K ohms ou 4k7.

    A quarta faixa (se existir), um pouco mais afastada das outras trs, a faixa de tolerncia. Ela

    nos informa a preciso do valor real da resistncia em relao ao valor lido pelo cdigo de cores. Isso

    expresso em termos de porcentagem. Neste resistor, a cor da quarta faixa OURO. Isso significa

    que o valor nominal que encontramos 4 700 Ohms tem uma tolerncia de 5% para mais ou para

    menos. A ausncia da quarta faixa indica uma tolerncia de 20%.Existem resistores que possuem mais de 4 anis em seus encapsulamento, este devem ser

    lidos da seguinte forma:

    - Para ler um resistor com 5 faixas :

    1 faixa: Algarismo significativo; 2 faixa: Algarismo significativo; 3 faixa: Algarismo

    significativo; 4 faixa: N de zeros e 5 faixa: Tolerncia

    - Para ler um resistor com 6 faixas :

    1 faixa: Algarismo significativo; 2 faixa: Algarismo significativo; 3 faixa: Algarismo

    significativo; 4 faixa: N de zeros; 5 faixa: Tolerncia e 6 faixa: TemperaturaDevido frico eletrica causada pela corrente, gerado calor no interior destes componentes.

    Muito calor altera a gama projetada no resistor, levando muitas vezes ruptura. A potncia dos

    resistores medida pela quantia de potncia consumida pelo resistor. Quanto maior a potncia, mais

    calor um resistor pode trabalhar.

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    Resistores Variveis (Potencimetros)

    Estes componentes so resistores cujo valor de resistncia pode ser variado, atravs do

    movimento de um contato mvel sobre tiras de carvo depositado, ou fios enrolados, chamados de

    pista. Ao ajustar este contato, possvel obter valores resistivos entre o mnimo (0%) e o mximo

    (100%) valor do potencimetro.

    Os resistores variveis tm muitas aplicaes, como sensores de nvel de combustvel,reguladores de limpadores de pra-brisa de algumas mquinas, etc.

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    Termistores

    Na maioria dos termistores, a resistncia diminui medida que a temperatura aumenta. Eles

    so denominados termistores de coeficiente negativo de temperatura e indicados como NTC. Um

    termstor NTC tpico feito de material semicondutor base de um xido metlico (Os

    semicondutores possuem propriedades resistivas).

    Estes componentes so muitos utilizados em sensores de temperatura nos diversos sistemas

    das mquinas Caterpillar, como motores, transmisso, hidrulico, etc.

    (Voltar)

    Resistncia em um condutor (1 Lei de OHM)

    A resistncia eltrica pode ser definida como a relao entre a tenso aplicada s

    extremidades do condutor e a corrente que o atravessa. Representando por R a resistncia, por V, E

    ou U, a tenso aplicada e por I ou A, a intensidade da corrente, tem-se a definio abaixo:

    No sistema internacional de unidades (SI), a tenso medida em Volts, a corrente em

    Ampres e a resistncia eltrica em Ohms (abrevia-se ):

    Atravs da equao de Lei de ohm, voc pode derivar as seguintes regras gerais.

    Assumindo a resistncia constante: Com o aumento da voltagem, aumenta a corrente.

    Assumindo a voltagem constante: Com o aumento da resistncia, diminui a corrente.

    1 OHM = 1 VOLT1 AMPRE

    1 = 1 VA

    OU

    R =Vi

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    Se voc souber duas variveis da equao de lei do

    Ohm, voc pode calcular terceira parte. Por exemplo:

    Para determinar voltagem, multiplique a resistncia

    com a corrente.

    Para determinar corrente, divida a voltagem pela

    resistncia.

    Para determinar resistncia, divida a voltagem pela

    corrente.

    Este crculo um modo fcil para se

    lembrar como resolver qualquer parte da equao.

    Para usar o crculo, cubra qualquer varivel que

    voc no saiba.

    Desconhecida a resistncia: Neste circuito,

    o valor da resistncia desconhecido. A corrente

    6 ampres e a voltagem 12 volts. Para encontrar

    a resistncia, dividida a voltagem pela corrente.

    Assim, a resistncia no circuito 2 ohm.

    Desconhecida a voltagem: Neste circuito, o

    valor da voltagem desconhecido. A corrente 6

    ampres e a resistncia de 2. Aplicando o

    circulo voc encontrara o valor da tenso, neste

    caso de 12 volts.

    Desconhecida a corrente. A resistncia da

    carga 2 ohm e a tenso 12 volts. Aplicando o

    circulo voc encontrara o valor da corrente, nestecaso de 6 ampres.

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    Eletrnica Bsica Maio/2010

    - 26 -

    Potncia Eltrica

    Potncia eltrica a medida da taxa qual energia produzida ou consumida. Em eletrnica,

    potncia esta associada taxa na qual convertida energia eltrica em calor pelos elementos

    resistivos dentro de um condutor. So exemplos dispositivos como, condutores, isoladores, resistor,

    bobinas, motores, etc. Muitos dispositivos eltricos so avaliados por quanta potencia eltrica eles

    consumam, em lugar de por quanto poder produzem eles.

    Potencia o produto da corrente multiplicada por voltagem. Em um circuito, se voltagem e ou

    a corrente aumentar, aumentar a potncia. Se a corrente e ou a voltagem diminuir, a potncia

    tambm diminuir. A formula para determinar a potncia eltrica e descrita abaixo:

    No sistema internacional de unidades (SI), a tenso

    medida em Volts, a corrente em Ampres e a resistncia

    eltrica em Ohms (abrevia-se ):

    Por exemplo, num circuito com corrente de 2 Ampres, alimentado por uma tenso de 24

    Volts, qual e o valor do resistor hmico? Qual a potncia do resistor?

    W = E x I W = 24 x 2 W = 48 Watts

    A potncia do resistor de 48 Watts.

    Outro exemplo. Um secador de cabelo tpico usa aproximadamente 10 ampres de corrente. A

    voltagem em sua casa aproximadamente 120 volts. Multiplicando estes valores, o valor aproximado

    da potencia deste secador de 1200 watts.

    Se a carga for um resistor, esta alimentao crescente est sendo convertida em calor. No

    grfico a seguir, a linha azul esta representando o aumento de potncia e a linha vermelha esta

    representando o aumento de temperatura. No entanto, devido a restries fsicas dos componentes, a

    potncia limitada. Depois de um determinado valor limite de tenso, ocasionar a queima do

    componente.

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    Prefixos

    Alm de usar nmeros, em muitas variveis eltricas podemos encontrar tambm prefixos e ou

    expresses com as unidades para descrever estes valores. Estas unidades pertencem ao sistema

    mtrico.

    Voc precisar estar bem familiarizado com estes prefixos, pois um descuido ao analisar uma

    varivel, voc poder ter srios problemas, desde a queima de componentes ate sua segurana.

    Basicamente, estes prefixos simbolizam valores multiplicados ou divididos por fatores de 10. Estes

    prefixos tm nomes no sistema mtrico.

    Em aplicaes eletroeletrnicas so utilizados

    muitos prefixos devido aos valores das grandezas

    eletrnicas muitas vezes serem extremamente altas

    ou extremamente baixas. No sistema mtrico, os

    prefixos freqentemente usados em variveis

    eletrnicas esto mostrados na tabela ao lado. (Voltar)

    Circuitos Bsicos (Srie, Paralelo e Srie-Paralelo).

    Os circuitos eltricos podem associar-se de trs maneiras bsicas, podendo ter os mesmos

    componentes, mas apresentando comportamentos eltricos diferentes. As associaes podem ser:

    - Circuito em srie;

    - Circuito em paralelo;

    - Circuito srie-paralelo.O objetivo destes tpicos e mostrar as leis fundamentais destes circuitos. Calcular a corrente,

    resistncia e a voltagem nos circuitos e as aplicaes delas.

    Circuito em Srie

    Um circuito de srie o tipo mais simples de circuito. Em um circuito de srie, cada dispositivo

    eltrico conectado a outros dispositivos eltricos de tal modo que h s um caminho para corrente

    fluir.

    As regras seguintes se aplicam a todos os

    circuitos em srie:- Em qualquer ponto no circuito o valor da

    corrente a mesma.

    - A resistncia de circuito total igual

    soma de todas as resistncias individuais,

    chamada de Resistncia Equivalente.

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    - A soma de todas as tenses aplicadas em

    cada resistor igual voltagem de fonte.

    Por exemplo, a resistncia total deste circuito em srie :

    5 (R1) + 10 (R2) +25 (R3) =40.

    Os trs resistores tm o mesmo efeito que um resistor de 40.

    Voc pode usar a resistncia total para encontrar a corrente em um circuito em srie, dividindo

    pela tenso.

    Por saber o valor da tenso do gerador, voc pode calcular o valor da corrente pela formula;

    I = E / R I = 24 / 40 I = 0,6 Ampres.

    Como a corrente a mesma em cada resistor, voc pode calcular a queda de tenso atravs

    de R1, R2 e R3.

    E1 = 0,6 x 5 = 3 Volts

    E2 = 0,6 x 10 = 6 Volts

    E3 = 0,6 x 25 = 15 Volts

    Exatamente como o total da resistncia em srie a soma das resistncias individuais, a soma

    das quedas de tenso igual tenso fornecida ao circuito.

    E = E1 + E2 + E3

    E = 3 + 6 + 15 E = 24 Volts.

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    Circuito em paralelo

    Em uma associao em paralelo, a corrente atravessa cada resistor individualmente, de forma

    que a corrente total do circuito dividida fluindo em dois ou mais trajetos, conforme a ligao dos

    componentes.

    As regras seguintes se aplicam a todos os circuitos em paralelo:

    - A voltagem a mesma em cada trecho paralelo.

    - A corrente total a soma das correntes de todos os trechos em paralelo. As somas das

    correntes de entrada e sada nos trechos em paralelo devem ser iguais, no entanto, a corrente em

    cada trecho depende da resistncia associada a cada trecho.

    - A resistncia equivalente menor em

    relao s resistncias em qualquer trecho, isto

    ocorre em conseqncia dos mltiplos trajetos de

    correntes. Para encontrar a resistncia de dois

    resistores em paralelo, divida o produto da

    resistncia de R1 e de R2 pela soma de R1 e R2.

    Para circuitos com trs ou mais resistores em

    paralelo, voc pode trabalhar por etapas,

    encontrando a resistncia equivalente de cada par

    de resistores de cada vez.

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    Por exemplo, para encontrar a resistncia equivalente deste circuito, voc deve primeiramente

    calcular a resistncia equivalente entre R1 e R2 (5 x 10 = 50), dividido pela soma de R1 e R2 (5

    + 10 = 15) igual resistncia equivalente R (3,33). Em seguida, encontre a resistncia

    equivalente entre R e R3, cujo resultado ser igual a 2,94. Conseqentemente, a Requivalente do

    circuito total ser 2,94.

    Como em circuito em srie, voc pode usar a Requivalente com a lei de Ohm para calcular a

    corrente total no circuito.

    I = E / R I = 24 / 2,94 I = 8,16 Ampres

    Note que, num circuito paralelo, a queda de tenso atravs de cada resistor a mesma.

    Porem, a corrente em cada trecho pode ser a mesma ou diferente, dependendo do valor de cada

    resistor.

    Por exemplo, voc pode calcular as correntes de R1, R2 e R3 neste circuito da seguinte forma:

    I1 = 24 / 5 = 4,8 A (Ampres)

    I2 = 24 / 10 = 2,4 A

    I3 = 24 / 25 = 0,96 A

    Observe que a soma das correntes em cada resistncia igual corrente total do circuito.

    I = I1 + I2 + I3

    I = 4,8 + 2,4 + 0,96

    I = 8,16 A

    Circuito Srie-paralelo

    Um circuito srie-paralelo combina um circuito em srie e outro em paralelo. As mesmas

    regras aplicadas em circuitos em srie e em paralelo so aplicadas nestes circuitos.

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    (Voltar)

    Divisor de tenso

    A tenso em cada resistor proporcional ao valor de sua resistncia. O divisor de tenso,

    como o prprio nome diz, tem a funo de dividir a tenso em um circuito em srie. O circuito bsico

    de um divisor de tenso, por vezes tambm denominado "divisor de potenciais eltricos" o ilustrado

    a seguir.

    Como voc pode ver, foram

    conectados dois resistores, um fixo

    (no caso uma lmpada) e um

    potencimetro em srie. A

    associao recebe alimentada de

    entrada das baterias. Note que,

    nesta situao, a lmpada acende

    com a luminosidade total, pois o

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    potencimetro est ajustado de

    maneira a no ter resistncia em

    seus terminais.

    Porem, nesta outra situao,

    ajustando o potencimetro a 50% de

    sua capacidade resistiva, ele agora

    possui queda de tenso em seus

    terminais, e a potncia do circuito

    agora dividida entre o

    potencimetro e a lmpada. Note

    que a lmpada diminuiu sua

    luminosidade.

    Agora, o potencimetro est

    ajustado a 100% de sua capacidade

    resistiva. A queda de tenso em

    seus terminais aumentou mais ainda

    e a luminosidade e a queda de

    tenso na lmpada diminuiu. Nas

    mquinas Caterpillar, muitos

    sensores esto associados nestes

    circuitos divisores de tenso.

    Capacitor

    O capacitor um componente eletrnico constitudo por duas placas condutoras, separadas

    por um material isolante. Ao ligar uma bateria com um capacitor descarregado, haver uma

    distribuio de cargas e aps um certo tempo, as tenses na bateria e no capacitor sero as mesmas

    e deixa de circular corrente eltrica entre o capacitor e a bateria.

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    Se o capacitor for desconectado da bateria, as cargas eltricas acumuladas permanecem no

    capacitor, com isso, ser mantida a diferena de potencial no capacitor. Por isso, o capacitor pode

    armazenar carga eltrica, porem num tempo curto.

    A capacitncia a propriedade que

    o capacitor apresenta, armazenando mais

    ou menos cargas eltricas, o smbolo que

    representa a capacitncia a letra C e

    medida em farad.

    C=Q/V

    Onde: C = capacitncia medida em farad.

    Q= quantidade cargas eltricas medida em Coulomb.

    V= Tenso medida em Volts

    Diodos

    Os diodos so componentes eletrnicos formados por semicondutores. Externamente, os

    diodos possuem dois terminais: nodo (A) e o Catodo (K) e h, prximo ao terminal Catodo uma faixa

    que o indica. A principal finalidade do diodo sua propriedade retificadora, ou seja, s deixa passar a

    corrente em certo sentido (Anodo-Catodo). Na polarizao direta, o diodo permite que a correntepercorra sobre ele. Porem, na polarizao reversa, o diodo no permite a passagem de corrente no

    circuito.

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    Existem tambm os diodos emissores de luz, os

    famosos LED's (light emissor diode), um diodo que quando

    polarizado diretamente emite luz visvel (amarela, verde,

    vermelha, laranja ou azul) ou luz infravermelha.

    amplamente usada em equipamentos devido a sua longa

    vida, baixa tenso de acionamento e boa resposta em

    circuitos de chaveamento. O LED esquematizado como um

    diodo comum com seta apontando para fora como smbolo

    de luz irradiada.

    Gerador de tensoO gerador de tenso tem a funo de fornecer energia ao sistema eltrico, armazenada ou

    gerada. As baterias fornecem a energia eltrica para o acionamento dos motores. Os alternadores

    recarregam as baterias aps a partida, e atendem a demanda de energia do sistema eltrico durante

    o funcionamento do motor.

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    O gerador de tenso possui terminais positivos e negativos que servem como tomadas para a

    carga positiva e negativa armazenada ou gerada. A diferena de carga entre os dois terminais

    representa o potencial ou sada eltrica da tenso da fonte.

    Os geradores de tenso podem tambm transportar informaes, como exemplo, alguns

    sensores passivos.

    Bateria

    As baterias atendem a duas principais funes. Uma delas fornecer a energia de

    acionamento do motor de partida, a outra, atuam como acumuladores para regular as variaes de

    tenso no sistema.

    A tenso de uma bateria resultante das reaes qumicas entre os materiais ativos das

    placas e o acido sulfrico no liquido da bateria, chamado eletrlito. Com o uso, a bateria perde

    gradualmente sua carga, a no ser que seja recarregada. O recarregamento pode ser realizado ao se

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    fornecer corrente continua da fonte externa, tal como um alternador, no sentido oposto ao fluxo de

    corrente. Se houver uma falha no alternador, a bateria poder fornecer energia por um tempo limitado,

    antes que fique totalmente descarregada.

    A maior parte dos sistemas Caterpillar emprega baterias de 12 Volts. No entanto, os sistemas

    de 24 volts so resultados de ligaes em srie destas baterias.

    Associaes de baterias

    Quando associao em srie, a tenso total no circuito a soma das tenses das duas

    baterias, porm, a corrente total mxima que o circuito poder fornecer ser igual capacidade de

    uma bateria (considerando baterias iguais).

    1 2

    Tenso Total = V1 + V2

    Corrente Total = A1= A2

    Total

    Quando feita associao em paralelo, a tenso total ser igual tenso individual das

    baterias, porm, a corrente total mxima que o circuito poder fornecer ser igual soma das duas

    baterias.

    1 2

    Tenso Total = V1 = V2

    Corrente Total= A1 + A2

    Total

    Geralmente, podemos encontrar em diversas mquinas os dois tipos de associao. No

    exemplo a seguir, considerando 12 volts cada bateria e corrente mxima 700 Ampres cada bateria,

    teremos:

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    Tenso Total = 24 volt

    Corrente mxima total = 1400 ampres

    Cuidado, no significa que o

    circuito ira trabalhar necessariamente com

    1400 ampres. Se o circuito necessitar, as

    baterias podero fornecer no mximo

    1400 ampres.

    Total

    Alternador

    As mquinas antigas Caterpillar usavam um gerador de corrente contnua, ou magneto, ao

    invs de um alternador. Estes dispositivos produziam corrente contnua e no precisavam converter a

    corrente alternada em corrente continua.

    Os alternadores, por serem mais compactos e fornecerem correntes mais elevadas com

    velocidades mais baixas do motor que os geradores de corrente continua, substituram tais geradores

    nos sistemas eltricos Caterpillar.

    A rotao do eixo do alternador transforma energia mecnica em energia eltrica. Esta rotao

    gera corrente alternada (CA). H trs fontes de corrente alternada no alternador onde cada uma

    produz uma fase da corrente. Cada fase tem 120 graus, ou um tero do ciclo completo de alternao,

    de afastamento das outras.

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    R

    R

    Durante o semiciclo positivo da tenso V1, os diodos D3 e D2 conduzem a corrente em seus

    terminais, porem, os diodos D1 e D4 bloqueiam a corrente. Nesta etapa, o resistor de carga R recebe

    todo o semiciclo positivo da tenso de entrada de V1.

    Durante o semiciclo negativo da tenso V1, os diodos D1 e D4 conduzem a corrente em seus

    terminais, porem, os diodos D2 e D3 bloqueiam a corrente. Nesta etapa, o resistor de carga R recebe

    todo o semiciclo negativo da tenso de entrada de V1.

    Como a corrente, em ambas as etapas percorrem a carga num nico sentido, a tenso

    resultante esta em funo desta corrente. Note que a corrente de entrada de V1 alternada, porem

    ela sai num nico sentido, logo, o mesmo acontecer com a tenso. Portanto a tenso e a corrente

    na carga pulsante e sempre positiva.

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    O regulador de tenso dentro do alternador limita a sada para um valor limite pr-ajustado,

    com isso, a tenso mantida constante, principalmente nas altas rotaes do motor. O circuito de

    regulamento controla a produo de voltagem do alternador.

    Se a voltagem da bateria baixa e a demanda de corrente eltrica nos acessrios alta, o

    regulador de voltagem aumentar a produo do alternador para carregar a bateria e prover corrente

    suficiente para que opere os acessrios. Quando voltagem de bateria alta e a demanda de corrente

    eltrica e baixa, o regulador de voltagem reduzir produo do alternador.

    A variao rtmica na tenso reduzida pela energia das baterias, tornando-se uma variao

    menor que 0,2 volts em sistemas de 24 volts.

    Condutores

    Os condutores so trajetos projetados para a corrente eltrica, destinados a levar corrente de

    um componente para outro no circuito. Geralmente so cercados por um material no condutor

    chamado de isolante, a fim de impedir que condutores adjacentes se toquem.

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    Existem elementos que, devido a propriedades fsicas especificas, funcionam como isolantes,

    semicondutores e condutores.

    Os isolantes so maus condutores e so altamente resistentes ao fluxo de corrente. Os

    materiais constitudos por tomos com mais de quatro eltrons no orbital mais afastado do ncleo so

    classificados como isolantes.

    Os elementos com exatamente quatro eltrons no orbital mais afastado do ncleo so

    chamados de semicondutores. A condutibilidade eltrica destes elementos sensvel ao seu grau de

    pureza e temperatura. So utilizados na construo de dispositivos, como diodos, transistores, etc.

    Os bons condutores so feitos de elementos cujos tomos possuem menos de quatro eltrons

    no orbital mais afastado do ncleo. A maioria dos metais so bons condutores. A prata o condutor

    mais eficiente. O cobre geralmente o mais usado por causa de sua disponibilidade na natureza.

    A resistncia de um condutor determinada atravs de quatro fatores:

    1. Estrutura atmica (eltrons livres). Quanto mais eltrons livres um material tiver, menor a

    resistncia passagem da corrente.

    2. Comprimento. Quanto mais longo o condutor, maior ser resistncia. Se o comprimento do

    condutor dobrado, a resistncia tambm dobrar.

    3. Largura (rea seccional). Quanto maior a rea seccional de um condutor, menor a

    resistncia (um tubo maior de dimetro permite mais gua fluir).

    4. Temperatura. Para a maioria dos materiais, aumentando a temperatura, aumenta a

    resistncia.

    O fio de um condutor pode ser uma pea

    alongada, continua de cobre (conhecido como Fio

    Rgido), ou de tiras de pequenos fios agrupados

    (chamado de Cabo). O grupo de fios mais

    flexvel e pode facilmente ser conduzido durante a

    montagem do circuito. O conjunto com vrios

    condutores conhecido como Chicote.

    O dimetro do fio expresso pela bitola.

    Quanto maior for este nmero, mais fino o fio. Os

    fios de grande dimetro e baixos nmeros de bitolaso chamados de fios de bitola grossa.

    A rea da seo transversal do fio de bitola

    (#8), oferece menor resistncia ao fluxo de

    corrente e, conseqentemente, estes condutores

    podem conduzir mais corrente do que os fios de

    bitola maiores (#24).

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    O isolante um fator muito importante na seleo de condutores para aplicaes especificas.

    A fiao interna (1) pode ter um fino revestimento de material isolante. J a fiao externa (2)

    coberta por um material isolante plstico que altamente resistente ao calor, vibrao e a umidade.

    A corrente em um circuito depende do dimetro do condutor. Quanto maior a corrente em um

    circuito, maior ter que ser o dimetro do condutor. Se voc substituir algum trecho do circuito, nunca

    reponha com um condutor de dimetro interno menor, caso contrario, aumentar a resistncia e o

    calor no condutor, levando ruptura.

    Vamos supor que voc tenha que dimensionar os condutores em uma instalao eltrica para

    acionar uma mquina de solda. Nesta mquina, voc encontra seguinte especificao: 110V / 80A e

    220V / 40A. Isto significa que se a alimentao desta mquina for 110 volts, a mquina consumira 80

    Ampres. Se a alimentao desta mquina for 220 volts, a mquina consumira 40 Ampres. Como a

    dimenso interna de condutor depende da corrente consumida no circuito, se voc ligar esta mquina

    em 220V, voc ter que usar uma determinada dimenso interna de condutor. Porem, se voc ligar a

    mquina em 110V, voc ter que usar um condutor de dimenso interna aproximadamente duas

    vezes maior a anterior.

    Isto ocorre pois a potncia desta mquina depende da tenso e da corrente (P = U x I).Quando a mquina alimentada a 220 V, a corrente no circuito 40 A. Se voc aplicar a formula da

    potncia e considerarmos esta mquina ideal, ou seja, sem perdas em seus circuitos internos, P=U x I

    (embora esta frmula seja usada para calcular potncia em resistores hmicos, vamos us-la para

    facilitar a compreenso e evitar o uso de formulas mais complexas), voc encontrar 8800 Watts.

    Quando a mquina alimentada a 110 V, a corrente no circuito ser 80 A. Novamente aplicando a

    formula voc encontrar a mesma potncia, 8800 Watts. Ou seja, em ambas as ligaes a potencia,

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    teoricamente a mesma, porem se voc optar em instalar a mquina em 220V, voc usara

    dimenses internas de condutor menores em relao ligao 110V, onde a dimenso do dimetro

    necessria seria entre 4 a 5 mm, aproximadamente.

    Outro Exemplo: Em uma central hidroeltrica, a gua aciona as turbinas que movem os

    geradores eltricos. A eletricidade gerada transportada a uma estao de transmisso, onde um

    transformador converte a corrente de baixa tenso numa corrente de alta tenso, com tenses de at

    500.000 volts ou mais. A eletricidade transportada por cabos de alta tenso at as estaes de

    distribuio, onde a tenso reduzida atravs de transformadores at nveis adequados para os

    usurios, desde industrias at residncias, comrcios, etc. Porem, na medida em que a tenso e

    diminuda, a dimenso interna dos condutores aumenta.

    (Voltar)

    Dispositivos de Proteo

    Os dispositivos de proteo do circuito tm por funo proteger o circuito e seus componentes

    contra corrente excessiva. Os dispositivos de proteo de circuito variam no tipo e no mtodo de

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    operao. Estes componentes so projetados para interromper, ou abrir, o circuito quando a corrente

    exceder um determinado nvel.

    O fusvel uma pequena tira de fio ou de metal, dentro de um vidro ou de outro material

    resistente ao calor, projetado para derreter completamente ou queimar quando a corrente alcana um

    determinado nvel.

    Um disjuntor manual como um interruptor projetado para abrir quando a corrente exceder um

    nvel aceitvel, bloqueando corrente de fluir. O boto do disjuntor deve ser pressionado para rearmar

    manualmente o disjuntor e fechar o circuito. O disjuntor deve ser rearmado somente aps a causa de

    corrente excessiva ter sido encontrada e corrigida. O disjuntor automtico como um disjuntor

    manual, exceto que se rearma posio fechada automaticamente aps solucionar o problema. Ao

    contrario dos fusveis, os disjuntores no so destrudos quando ocorre uma sobrecarga, porem so

    mais caros que os fusveis.

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    Rel

    Um rel um tipo de interruptor que acionado automaticamente, usando uma bobina para

    abrir ou fechar os contatos de interruptores, desse modo, abrindo ou fechando o circuito.

    A principal funo dos rels em geral a possibilidade de acionar circuitos de correntes

    eltricas altas a partir da alimentao de outro circuito piloto de corrente bem menor.

    1 2

    Os contatos de um rel normalmente aberto permanecem abertos at que a bobina do rel

    seja energizada. J os contatos de um rel normalmente fechado permanecem fechados at que a

    bobina do rel seja energizada. Estes so os smbolos esquemticos para rels normalmente abertos

    (2) e normalmente fechados (1).

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    Solenide

    O solenide utiliza um campo eletromagntico para produzir movimento mecnico. Em seu

    formato bsico, o solenide uma bobina tubular que cerca uma haste mvel de metal. Quando a

    bobina energizada, a haste puxada para dentro da bobina pela atrao magntica. Porem, quando

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    a bobina no esta energizada, a mola mantm a haste para fora. Isto resulta um movimento de

    vaivm que pode realizar trabalhos mecnicos simples.

    Em sistemas eltricos Caterpillar, os solenides so usados freqentemente para acionar

    vlvulas hidrulicas, em motores de partida, etc.

    Motor de Arranque

    O conjunto do motor de arranque contm

    dois dispositivos eletromagnticos. Um potente

    motor eltrico (1) que usa um campo

    eletromagntico para produzir o movimento

    giratrio necessrio para ligar o motor diesel, e

    um solenide (2), que desempenha duas

    funes: como rel e ao mesmo tempo,

    empurrando o pino do motor de arranque,

    acoplando o motor de arranque com o volante do

    motor.

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    Lmpadas

    As lmpadas so componentes eltricos que convertem energia eltrica em energia luminosa.

    Toda as lmpadas baseiam-se no principio da luz incandescente. A luz incandescente ocorre quando

    a corrente que atravessa um material condutor aquece o material a uma temperatura alta o bastante

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    para emitir luz. As lmpadas incandescentes tm um elemento condutor chamado filamento (1)

    vedado por um invlucro de vidro (2) do qual ao ar foi retirado para prolongar a vida til do filamento.

    Os contatos de metal (3) que se projetam do invlucro, fazem o contato eltrico com o filamento

    interno. Eventualmente, as lmpadas incandescentes tm vida til limitada, e o filamento quando

    queimado por completo, o circuito se abre.

    Interruptores

    Os interruptores so encontrados em uma grande variedade de sistemas eltricos Caterpillar.

    Alguns so manualmente operados, por exemplo, a chave de ignio, o interruptor balancim, ointerruptor de boto, interruptor de alavanca, etc. Outros so operados automaticamente, por

    exemplo, o interruptor de presso, o interruptor de temperatura, o interruptor de fluxo, etc.

    Apesar dos tipos, todos os interruptores tm a mesma funo bsica: permitir ou impedir o

    fluxo de corrente em um circuito eltrico.

    Um interruptor normalmente aberto impede o fluxo de corrente no circuito, at que seja

    fechado por alguma fora externa. No caso de um interruptor automtico, tal como o interruptor de

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    presso normalmente aberto, permanece fechado enquanto houver presso sobre ele. Uma vez

    removida a presso sobre ele, volta a se abrir.

    Um interruptor normalmente fechado permite que haja fluxo de corrente, at que seja aberto

    por alguma fora externa. No caso de um interruptor automtico, tal como o interruptor de presso

    normalmente fechado, permanece aberto enquanto houver presso sobre ele. Uma vez removida a

    presso sobre ele, volta a se fechar.

    Os smbolos esquemticos mostram o mtodo de operao de cada interruptor. Os exemplos

    mostrados so interruptores manualmente acionados, geralmente acionados por algum anexo

    externo, tal como uma alavanca ou uma manivela.

    Os interruptores representados na outra figura so exemplos de interruptores automticos. Seu

    mtodo de operao est indicado pelo smbolo. Estes interruptores so acionados por temperatura

    (1), por presso (2), pelo nvel do liquido (3), pelo fluxo do liquido (4) e pelos campos magnticos (5).

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    Segue alguns exemplos e funcionamentos de interruptores usados nas mquinas Caterpillar.

    Interruptor de presso do leo do motor (Engine Pressure Oil Switch)

    Pode ser chamado tambm de pressostato. Durante a operao normal do motor, a presso

    do leo, aciona o interruptor que fecha contato entre o fio preto (terra) e o fio vermelho. Se ocorrer

    uma diminuio na presso, o interruptor muda o contato para o fio azul. Esse interruptor serve para

    informar ao operador que a presso do leo do motor est muito baixa e evitar possveis travamentos

    por falta de lubrificao.

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    Interruptor de presso de leo do diferencial (Differential Oil Filter Pressure

    Switch)

    Funcionando de forma anloga ao interruptor de presso do leo do motor, porm com apenas

    dois fios, esse dispositivo tambm muda de condio quando a presso atinge um valor abaixo do

    especificado para o interruptor.

    Interruptor do neutro da transmisso (Transmission Neutral Limit Switch)

    Embutido na alavanca de mudana de marchas acionado quando a mesma encontra-se na

    posio de neutro.

    Interruptor de nvel de lquidos (Liquid Level Switch)

    Durante a operao normal do equipamento o interruptor de nvel mantm o circuito fechado

    com a massa. Quando o nvel do fludo cai abaixo do mnimo permitido, o interruptor abre o circuito,

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    informando ao C.M.S. da anormalidade, que por sua vez avisa ao operador atravs de uma indicao

    luminosa no painel de instrumentos.

    Interruptor de fluxo da direo suplementar (supplemental steering flow switch)

    Quando o fluxo do leo da direo for menor que a especificada, esse interruptor que normal

    fechado abrir-se-, informando ao C.M.S. do problema.

    Interruptor de temperatura (Temperature Switch)

    Uma mquina pode possuir mais de um interruptor desse tipo. Esse interruptor normal

    fechado e quando h um aumento da temperatura ele se abre ativando o alarme do C.M.S. alertandoo operador.

    Sensores

    Os sensores so projetados de modo que suas propriedades eltricas se alteram em resposta

    s mudanas do ambiente. Podem responder s mudanas referentes a:

    - Temperatura

    - Velocidade

    - Posio

    - Outras condies da maquina.

    Os sensores nada mais so do que transdutores que convertem uma forma de energia em

    energia eltrica. Diversas so as grandezas fsicas que podem ser usadas para atuar sobre os

    sensores, como temperatura, presso, resistncia, magnetismo, etc.

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    Podemos classificar os principais tipos de sensores presentes nas Mquinas Caterpillar

    conforme o tipo de sinal, alimentao, quantidade de condutores e freqncia.

    Os sensores podem apresentar dois ou trs condutores. Os sensores com dois condutores so

    classificados como sensores passivos.

    Os sensores com trs condutores so

    classificados como sensores ativos. Estes sensores

    recebem alimentao de tenso continua entre os

    terminais A e B e fornecem sinais analgicos ou digitais

    entre os terminais B e C, dependendo do tipo de sensor.

    Os sinais eltricos transmitidos dos sensores podem sinais analgicos ou sinais digitais.

    Um exemplo de sinal analgico tenso continua, que varia proporcionalmente ou

    inversamente a grandeza monitorada. Podendo variar continuamente entre um valor mximo e

    mnimo

    V V VV V VV V VV V V

    A forma do sinal digital um sinal pulsante em mnimo ou mximo valor de tenso continua,

    tambm conhecido como sinal de onda quadrada. Por isso, o sinal possui 2 nveis de tenso; nvel

    baixo (terra) e nvel alto (algum valor positivo de tenso) e permanece oscilando entre estes dois

    valores. A frequncia (quantidade de ciclos ou subidas de tenso por segundo) deste sinal podem

    ser fixa, ou varivel.

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    Nos sinais de freqncias fixas, a condio de monitoramento feita atravs da variao de

    largura dos pulsos, ou porcentagem total da tenso no nvel alto em relao ao tempo total do ciclo.

    conhecido como sinal PWM.

    Exemplos de medies de sinais de freqncia varivel.

    T1 T1 T1

    A partir destes conceitos, vamos estudar alguns destes sensores presentes nos diversos

    sistemas das mquinas Caterpillar.

    Sensor de rotao passivo de freqncia varivel.Este sensor possui duas ligaes (condutores) e fornecem um sinal de tenso senoidal de

    freqncia varivel. Neste sensor, um m permanente no sensor gera um campo magntico sensvel

    ao movimento de metais ferrosos nas proximidades.

    Em uma aplicao tpica, o sensor magntico posicionado de modo que os dentes de uma

    engrenagem passem atravs do campo magntico. Cada dente da engrenagem, ao passar pelo

    10 %

    1 0 % D OC I C L O D ET R A B A L H O

    H I

    L O W

    5 0 %

    H I

    L O W

    5 0 % D OC I C L O D ET R A B A L H O

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    campo, concentra a fora do campo no dente. A alterao constante do campo magntico atravessa

    uma bobina no coletor e, conseqentemente, produzida uma tenso alternada na bobina.

    A freqncia na qual a tenso se alterna est relacionada velocidade de rotao e ao

    nmero de dentes da engrenagem. Conseqentemente, a freqncia desta tenso fornece

    informaes sobre a velocidade do motor. A seguir, exemplos de medio deste sinal.

    Sensor de rotao ativo de freqncia varivel

    Este sensor ativo fornece um sinal,

    entre B e C, digital de freqncia varivel. Aaplicao tpica deste sensor semelhante

    ao sensor magntico passivo porem, o custo

    deste sensor mais alto em relao ao

    passivo. A seguir, exemplos de medio

    deste sinal digital.

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    T1 T1 T1

    Outros exemplos de sensores passivos so os sensores Remetentes (Sender). Estes sensores

    receberem uma corrente eltrica e remetem um sinal resistivo proporcional grandeza medida. O

    sensor de temperatura e o sensor do nvel de combustvel so exemplos destes sensores.

    Sensor de temperatura (Temperature Sender)

    Conhecido tambm como termostato, atua no

    circuito resistivamente, semelhante ao sensor de

    nvel. Como este sensor trabalha com um sinal de

    resistncia NTC (coeficiente de temperatura

    negativo), temperatura baixa, voc encontrara o

    maior valor de resistncia no terminal deste sensor.

    Com o aumento de temperatura, o valor da

    resistncia diminui.

    Neste circuito, o ECM fornece uma tenso continua de 5 volts aplicada nos dois resistores, no

    caso um fixo (R1) e num varivel (R2) ligados em srie. A tenso em cada resistor (V1 e V2) ser

    proporcional aos valores das resistncias. No entanto, independente da variao da resistncia no

    sensor, a soma de V1 e V2 ser 5 Volts.

    T

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    Sensor do nvel de combustvel (Fuel Level Sender)

    Tambm conhecido

    como bia de combustvel,

    esse sensor fornece um sinal

    resistivo varivel, atravs de

    um potencimetro. Com a

    variao mecnica da haste da

    bia, mudando a resistncia

    neste sensor, mudara tambm

    a queda de tenso sobre o ele.

    Possibilitando obter diversos

    valores de tenso em funo

    da posio da bia.

    Sensores Ativos Analgicos.

    Sensores ativos analgicos fornecem um sinal DC que proporcional condio monitorada.

    Sua tenso de alimentao, entre os terminais A e B de 5V e a tenso do sinal, entre os terminais C

    e B, varia entre 0,2 e 4,8V. Este valor de tenso de alimentao de grande ajuda para poder

    diferenciar entre um sinal de sada analgico ou digital. No entanto, o aluno poder obter mais

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    informaes atravs dos Manuais de Servio que sero vistos mais adiante. Sensores de presso so

    exemplos destes sensores ativos passivos.

    Sensores PWM

    Sensores de temperatura do lquido arrefecedor e do pedal de algumas mquinas, so

    exemplos destes sensores. O sensor de temperatura de fluidos recebe um sinal de DC, diferente de

    5 volts, e envia um sinal digital com largura de pulso modulado conforme a temperatura. Outro

    exemplo de sensor PWM o sensor do pedal, que emite um sinal de pulso varivel proporcional

    variao angular do pedal.

    O circuito eletrnico a seguir representa um

    circuito tpico de um sensor PWM, que consiste

    basicamente de um oscilador que produz os

    pulsos, uma fonte de alimentao que fornece

    energia para o funcionamento do circuito e um

    conjunto de transistor e amplificador que fazem a

    modulao e amplificao do sinal.

    +V

    SIGNAL

    GROUND

    +10VPOWERSUPPLY

    OSCILADOR

    SENSOR

    PW MAMPLIFIER

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    A faixa de porcentagem que um sensor PWM pode

    fornecer grande (por exemplo, de 5% a 95%), no entanto, em

    muitas aplicaes destes componentes o sensor no trabalha

    com uma faixa to grande assim. Dependendo do projeto, pode-

    se encontrar um valor de 22% representando um valor

    monitorado mnimo e uma porcentagem de 57% representandoo mximo valor monitorado, ou vice-versa. Por exemplo, um

    sensor de pedal pode apresentar 30% (Duty Cycle) e estar

    indicando ao modulo de controle a posio de pedal solto, ou

    a velocidade lenta do motor, e um valor de porcentagem de

    60% (Duty Cycle) e estar indicando a posio mxima de

    acelerao. Estas faixas de trabalho, ou porcentagens mnimas

    e mximas podem mudar dependendo da aplicao deste

    sensor (os valores 22-57 e 30-60 so valores fictcios). Contudo,

    o mnimo e o mximo valor encontrado nestas faixas de

    trabalho representam a mnima e a mxima situao

    monitorada. Tem que se tomar cuidado para no confundir a %

    do Duty Dycle enviado pelo sensor com a % da varivel

    monitorada, interpretada pelo ECM.

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    Conectores

    Conector composto por dois componentes intercalados cuja funo passar a corrente de

    um condutor para o outro. Contatos e pinos projetam-se de uma parte do conector para se acoplarem

    com os contatos, ou soquetes, da outra parte.

    H uma grande variedade de conectores, porem todos possuem algumas caractersticas

    comuns. Aqui ilustrados nestes conectores, os mecanismos de travamento (1), os contatos mveis (3)

    e os guias dos conectores (2).

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    A maioria dos conectores feitos de modo que os contatos possam ser removidos e

    substitudos individualmente. Isto evita a substituio total do conector quando apenas um dos

    contatos estiver com defeito.

    Para reduzir a corroso e aumentar a rea de

    contato entre os pinos e soquetes, as superfcies so de

    metais macios, moldando durante o encaixe, melhorando o

    contato.

    Todos os conectores oferecem uma certa resistncia

    ao fluxo de corrente. Esta resistncia causada por

    imperfeies microscpicas, corroses e contaminantes,

    devido aos ambientes agressivos nos quais as mquinas

    operam, reduzindo a rea de contato entre os pinos e

    soquetes. Contudo, quando esta resistncia alcana valores

    acima da tolerncia, so provocas falhas resistivas e mau

    funcionamento dos sistemas eltricos, necessitando realizar

    reparos nestes conectores.

    Em todos os conectores as entradas e as sadas dos condutores nos conectores so

    identificadas por nmeros. Este recurso extremamente til para checar se as entradas e sadas no

    conector esto montadas corretamente.

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    H trs tipos principais de conectores utilizados em sistemas eltricos Caterpillar: Deutsch,

    Sure-Seal e CE (Caterpillar Enviromental).

    Deutsch

    O conector Deutsch feito de plstico. Possui uma borracha macia em torno dos furos da

    cavidade do fio, vedando contra umidade, poeira ou sujeira. Este conector formado por duas peas

    que se encaixam de maneira especfica. Geralmente, uma parte possui somente pinos (1) e a outra,

    somente os soquetes (2) os quais alojam os pinos. parte com os pinos chamada de tomada (J) e a

    parte com soquetes chamada de bujo (P). Estes conectores so mais resistentes a ambientes

    agressivos, possui boa vedao, fcil manuteno e so facilmente separados com ferramentas

    simples.

    Sure-SealO conector Sure-Seal caracterizado pelos alojamentos que so moldados especialmente

    para guiar o encaixe e proporcionar fcil conexo. Estes conectores possuem pinos e soquetes em

    ambas as partes, fixadas entre si por uma trava que impede a conexo errada.

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    CE ( Caterpillar Enviromental )

    Estes conectores so aplicados onde existem altas temperaturas, grandes nmeros de

    contatos ou passagem de correntes elevadas. Os conectores CE possuem trs partes: Um alojamento

    metlico, um isolante plstico e os contatos.

    As metades metlicas deste conector se acoplam e travam por meio de um acoplamento tipo

    baioneta de giro rpido. Tambm possui um indicador visual que indica se as duas partes esto

    perfeitamente conectadas. O conector possui macho e fmea (semelhante ao Deutsch).

    Tambm possuem vedao individual em cada foi contra aes do ambiente. Bujes de

    vedao so introduzidos nos soquetes no utilizados para impedir a entrada de sujeira e umidade.

    Os tcnicos de servio precisam ficar atentos, pois os conectores podem causar vriosproblemas de diagnstico. Dentre os diversos problemas encontrados nos conectores, vamos mostrar

    alguns deles.

    Deve-se sempre observar no conector a entrada e a sada do condutor. Muitas vezes podemos

    encontrar um conector montado com seus condutores trocados em seus alojamentos internos.

    Outro problema comum so condutores mal encaixados no alojamento do conector. Muitas

    vezes o aluno poder encontrar condutores aparentemente conectados nos alojamentos dos

    conectores porem, com pinos e conectores no corretamente encaixados em seus alojamentos,

    enganado que estiver realizando uma inspeo visual sem a ateno devida.Pode ser necessrio medir a resistncia entre as duas partes do conector, enquanto

    estivermos diagnosticando um problema de mau funcionamento nos controles eletrnicos, para

    identificar se h problemas no contato do conector. Os tcnicos tambm precisam ficar atentos, pois

    desconectando e reconectando os conectores durante o processo de diagnostico pode-se ocultar

    informaes, escondendo a causa do problema.

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    Para perfeita manuteno destes conectores, so usados kits especiais, providos de todo

    material necessrio para a desmontagem, reparao e montagem dos conectores.

    Mdulo de Controle Eletrnico (ECM)Os mdulos de controle eletrnico (ECMs) so componentes eletrnicos que controlam e

    monitoram os diversos sistemas presentes nas mquinas Caterpillar, como sistemas eletrnicos em

    motores, sistemas hidrulicos, transmisses, Cabine, etc.

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    Todos os mdulos de controle eletrnico possuem dois principais componentes que trabalham

    em conjunto:

    1 Computador do controle (hardware): consiste de um microprocessador e um circuito

    eletrnico, com diversas entradas e sadas de sinais eltricos.

    2 Mdulo de Personalidade: Dentro deste mdulo gravado o flash, ou o programa,

    contendo mapas do funcionamento do sistema aplicado (exemplo: curva de torque e potencia de um

    motor). O Mdulo de Personalidade no pode ser substitudo fisicamente, por isso, o arquivo flash

    deve ser programado ou reprogramado atravs do ET.

    Os ECMs possuem entradas e sadas de sinais eltricos. Sinais de entrada so sinais eltricos

    enviados dos sensores, interruptores, etc. As variaes destes sinais esto relacionadas a mudanas

    das variveis no sistema. O ECM interpreta estes sinais como informao sobre a condio

    monitorada e, atravs circuitos eletrnicos internos, avaliam os valores e toma decises conforme a

    programao no Mdulo de Personalidade. Um sinal de entrada pode ser voltagem, freqncia, sinal

    de Largura de Pulso Varivel (PWM), resistncia, etc.

    Sinais de sada so sinais eltricos que provem energia eltrica aos componentes de atuao

    nos sistema, como solenides, reles, motores, etc. A energia eltrica que fornecida a estescomponentes de atuao est baseado em diversas combinaes pr-determinadas de sinais

    entradas, parmetros presentes no Mdulo de Personalidade. Os sinais de sada so usados para

    realizar trabalho ou ento para poder obter informaes do sistema, como os testes de diagnsticos,

    que sero vistos em cursos especficos dos sistemas da mquina.

    Por exemplo: O ECM de motor 3176C (EUI) usa dados de desempenho do motor atravs de

    vrios sensores presentes neste sistema para fazer ajustes entrega de combustvel, presso de

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    injeo e cronometragem da injeo, atravs dos mapas de desempenho programados nos mdulos

    de Personalidade, onde so definidas a potncia do motor, curvas de torque, rpm etc. Na figura a

    seguir, visualizamos melhor os diversos componentes eletrnicos presentes neste tipo de motor.

    Os ECMs possuem dois conectores principais, um que comunica com os componentes

    eltricos instalados na regio do sistema onde este ECM esta atuando, chamado de J2, e outro,

    responsvel pela comunicao com componentes eltricos localizados fora da rea de atuao deste

    ECM, conhecido como J1. Tanto o conector J1 quanto o J2 possuem entradas e sadas de sinais

    eltricos.

    Por exemplo. Em um ECM do motor, o conector J2 possui entradas e sadas de sinais eltricos

    dos componentes diretamente aplicados no sistema de funcionamento do motor como solenides dosbicos injetores, sensores de presso e interruptores instalados no motor, etc. No conector J1 deste

    ECM, esto as entradas e sadas de sinais eltricos fora do sistema de funcionamento do motor,

    como bateria, painel, chave de ignio, etc. Note que, embora haja esta diviso de entradas e sadas

    pelos conectores, todos os ECMs dos diversos sistemas presentes na mquina ento interligados,

    recebendo e enviando diversas informaes entre eles atravs dos Cabos Data Link (veremos mais

    adiante).

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    Certos parmetros que afetam o funcionamento do ECM podem ser vistos e alterados com

    ferramentas eletrnicas especificas (ET, por exemplo). Estes parmetros esto armazenados no

    ECM, alguns deles, so protegidos por senhas para evitar alteraes feitas por pessoas no

    autorizadas. Os parmetros que podem ser alterados possuem um nmero que registra quantas

    vezes aquele parmetro foi alterado.

    O ECM armazena um nmero de cdigo na memria permanente tipo um bloqueio que est

    associado com um nmero de pea de mdulo de personalidade compatvel com ele. O bloqueio

    impedir o ECM de funcionar se um mdulo de personalidade ou arquivo FLASH errados forem

    instalados nele. O ET far uma advertncia se voc estiver descarregando um arquivo FLASH que

    no compatvel com o ltimo que estava instalado no ECM.

    Algumas carcaas de ECMs externamente so iguais, mas internamente so diferentes e por

    isso no so intercambiveis.

    O ECM no possui peas mveis, possui uma alta confiabilidade e sua substituio consome

    tempo. A maioria das falhas ocorre nos fios, conectores ou sensores. Siga os procedimentos de

    anlise de falha descritos no manual para ter certeza que substituindo o ECM ir corrigir o problema.

    No substitua o ECM de inicio para tentar corrigir o defeito. (Voltar)

    Voltagem PULL-UP

    O propsito da voltagem PULL-UP permitir ao controle eletrnico determinar o que est

    acontecendo no mundo externo com o sinal de entrada. Esse projeto do ECM de grande valor para

    o tcnico de servio, j que permite um rpido teste do circuito inteiro para a entrada do controle.

    Quando um voltmetro est conectado entre o contato de sinal (C) e o contato de massa (B) no

    conector do chicote (lado do controle), o voltmetro deve ler o valor da voltagem PULL-UP.

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    Por exemplo:

    - Se o sensor ou o interruptor est desconectado e a voltagem PULL-UP medida est dentro

    do valor especificado, muito provvel que o chicote e o controle estejam OK.

    - Se o sensor ou o interruptor est desconectado e a voltagem PULL-UP medida est acima

    do valor especificado, a falha um curto no chicote para uma fonte de voltagem maior do que o valor

    PULL-UP ou, o controle falhou internamente.

    - Se o sensor ou o interruptor est desconectado e a voltagem PULL-UP medida zero ou

    est prxima de zero volts, provvel que o chicote esteja aberto, ou em curto com o terminal

    negativo (massa) ou, o controle falhou internamente.

    A voltagem nos circuitos PULL-UP determinada pelo projeto do controle eletrnico (ECM) e

    pode variar de um controle para outro. O uso do manual de servio especificado fundamental para

    analisar o valor correto.

    Os sensores PWM normalmente tm um valor de sinal (medido em volts) diferente da

    voltagem de alimentao. Os valores tpicos de sinal (Voltagem PULL-UP) que voc pode esperar

    so 5V, 6V, 8V e 12V, mas podem incluir outros valores tambm.

    Cabos Data Link

    Cabos Data Link so dois condutores tranados responsveis pela comunicao entre os

    ECMs. Os cabos so torcidos para reduzir RFI (Freqncia de Rdio Interferncia). Atravs destes

    condutores, possvel a comunicao de at 10 sistemas em uma mquina.

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    A ligao de cabos Data Link permite a transferncia bidirecional de informao de outrosmdulos de controle eletrnicos para o mdulo de exibio principal. Todos os ECMs armazenam

    informaes sobre o funcionamento do sistema, como falhas, eventos, horas acumuladas,

    desempenhos, etc. O ECM tambm capaz de gerar cdigos de diagnstico que podem ser

    visualizados em mquinas que possuem indicadores na cabine ou ento atravs de um PC atravs do

    um conector interligado a estes ECMs, pelo Cabo Data Link.

  • 7/27/2019 Apostila de eletricidade (mdulo I)

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    Sistema de Monitoramento Caterpillar (Caterpillar Monitoring System)

    O Sistema de Monitorao Caterpillar um sistema eletrnico que monitora constantemente os

    diversos sistemas presentes nas mquinas. Dependendo do tipo e modelo da mquina, podero

    conter os seguintes mdulos:

    um mdulo de exposio principal

    um mdulo usado para informar indicadores de alerta e velocidade/tacmetro da mquina

    Um mdulo contendo vrios mostradores analgicos

    O Mdulo de Exibio Principal (Main Display Module)

    O Mdulo de exibio principal o crebro do sistema de monitoramento. Dentro deste mdulo

    situado um ECM. Este mdulo recebe informaes de interruptores, sensores e dos outros controles

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    eletrnicos na mquina atravs do Cabo Data Link, processando informaes, atravs das entradas e

    sadas de sinais eltricos.

    Atravs destes mdulos, o operador pode obter diversas informaes das variveis presentes

    nos sistemas como tambm informaes de diagnsticos, como cdigos de falhas, etc. Este mdulo

    principal encontrado em vrios modelos de mquinas, porem nem todas as funes so executadas

    em todas as mquinas. O mdulo executar somente as funes pretendidas para essa mquina.

    Neste mdulos, tambm so encontrados indicadores de alertas, horas operacionais, velocidade de

    motor, cdigos de diagnstico, etc. Algumas informaes tambm so encontradas em outros

    mdulos do painel.

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    Mdulo de indicadores de alerta e Velocidade/Tacmetro (Speedometer/Tachometer)

    Este mdulo mostra indicadores de alerta e informao da velocidade de motor, marcha,

    transmisso, em funo da mquina onde estiver trabalhando, etc. As informaes nestes mdulos

    podem variar dependendo do tipo e modelo de mquina.

    Mdulo dos Mostradores Analgicos

    Estes mdulos contem diversos

    mostradores de medio analgicos das condies

    de algumas variveis na mquina, por exemplo:

    temperatura do motor, tenso de sistema, nvel de

    combustvel, etc. De acordo com a aplicao, o tipo

    e a quantidade de medidores podem variar

    dependendo o tipo e modelo de mquina.

    Alertas de Segurana

    O Sistema de Monitoramento Caterpillar utiliza atravs de sinais luminosos e sonoros

    advertncias ao operador quando o funcionamento dos sistemas na mquina estiverem sujeitos a

    danos. Em muitas mquinas estas advertncias so classificadas em nveis.