apostila de educa%c7%c3o especial

27

Click here to load reader

Upload: paivelho

Post on 10-Aug-2015

32 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

1

1. INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO ESPECIAL

“A idéia de que o DEFICIENTE, seja físico, mental ou social, é um limitado, um “ser” fora do contexto, está firmemente associada á idéia de uma sociedade em que todos tem um papel preestabelecidos a exercer”.(RABELO, 1975).

2. PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO

Seja qual for o tema — diferença religiosa, racial, sexual, social —, os debates sobre preconceito e discriminação são sempre polêmicos. No Brasil não é diferente. Apesar do direito de igualdade garantido pela Constituição, é consenso que a prática discriminatória, mesmo vedada, existe. Negros, brancos, pobres, índios, mulheres, analfabetos, homossexuais, mães solteiras, desempregados. Qualquer um pode ser vítima dela. Mas, no geral, o que é considerado preconceito e discriminação no Brasil? Qual a diferença entre um e outro?

Preconceito

―conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; idéia preconcebida‖. Ou ainda: ―julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste; prejuízo‖ e ―suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões‖. Traduzindo: uma pessoa preconceituosa tem sentimentos e opiniões sobre alguém, geralmente intolerantes; é algo abstrato.

Discriminação

―ato de distinguir, estabelecer diferença, separar‖. Ou seja, a discriminação é a materialização do preconceito. Quando se pensa que um homem é menos capacitado do que outro por causa de sua cor, está se praticando o preconceito; mas quando se xinga esse homem de incapaz, deixando expresso que a ofensa foi motivada por conta da cor da pele diferente, está se exercendo a discriminação.

3. PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Deficientes

Não Deficientes

4. ÁREAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

DI – Deficiência Intelectual

DV – Deficiência Visual

DA – Deficiência Auditiva

DF – Deficiência Física

Page 2: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

2

CT – Condutas Típicas (Transtornos Globais de Desenvolvimento)

DMm – Deficiências Múltiplas

AH – Altas Habilidades.

Deficiência: perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica ou

anatômica, temporária ou permanente.

Incapacidade: restrição, resultante de uma deficiência, da habilidade para desempenhar

uma atividade considerada normal para o ser humano.

Desvantagem: prejuízo para o indivíduo, resultante de uma deficiência ou uma incapacidade, que limita ou impede o desempenho de papéis de acordo com a idade, sexo, fatores sociais e culturais.

Deficiência Incapacidade Desvantagem

Da linguagem Da audição Da visão

De falar De ouvir(de comunicação) De ver

Na orientação

Músculo-esquelética(física) De andar De realizar higiene pessoal De se vestir De se alimentar

Na independência física Na mobilidade Na AVD

Intelectual ( mental) Psicológica

De aprender De perceber De memorizar De relacionar-se De ter consciência

Na capacidade ocupacional Na integração social

CENSO REALIZADO PELO (IBGE)

14% da população Brasileira apresenta alguma dificuldade física, intelectual para enxergar ouvir ou locomover-se.

Pessoas com deficiência no mundo (OMS): 610 milhões

População economicamente ativa: 386 milhões.

Países em desenvolvimento: 80% do total

Envolvidos diretamente com pessoas que apresentam alguma deficiência: 122,5 milhões de brasileiros.

5. DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE OS MODELOS MÉDICO E DAS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS

Modelo Médico

o Deficiência é igualada como sendo defeito, inferioridade ou menos que. o Um amplo espectro de anomalias biológicas/psicológicas e déficits

existentes o A terminologia tende a ser muito negativa o A discussão é sobre o defeito, problemas ou características. o A meta é dar orientação/prescrição ao paciente

Page 3: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

3

Diferenças individuais

o Deficiência é igualada como sendo diferente; diferente não é menos que, é simplesmente sendo diferente.

o Existe somente uma experiência comum: estigma social o A terminologia tende a ser sensitiva ou neutra com a pessoa que é

enfatizada em primeiro lugar o A discussão é sobre a análise individual, dados, força e fraqueza pessoal. o A meta é potencializar o indivíduo a assumir o papel ativo na auto-

atualização

6. O MOVIMENTO MUNDIAL PELA INCLUSÃO.

Podemos dizer que, apesar de todo o preconceito e desinformação que ainda hoje existem, a humanidade vem progredindo no tocante à relação com pessoas com deficiência .

Certas "civilizações" simplesmente eliminavam tais pessoas. Na Roma antiga, autorizava os patriarcas a matarem seus filhos defeituosos, o mesmo ocorrendo em Esparta, onde os recém-nascidos frágeis ou deficientes eram lançados do alto de um abismo com mais de 2.400 metros de profundidade.

As pessoas com deficiência não participavam dos espaços sociais nos quais se transmitiam e se criavam conhecimentos. Eram vistas como "doentes" e incapazes, sempre estiveram em situação de maior desvantagem, ocupando, a posição de alvos da caridade popular e da assistência social, e não de sujeitos de direitos sociais, entre os quais o direito à educação, sendo que ainda hoje, constata-se a dificuldade de aceitação do diferente no meio familiar e social.

Um longo caminho foi percorrido entre a exclusão e a inclusão escolar e social. Nem sempre, mas em muitos casos, a escola especial desenvolvia-se em regime residencial e, conseqüentemente, a criança, o adolescente e o jovem eram afastados da família e da sociedade. Esse procedimento conduzia, invariavelmente, a um aprofundamento maior do preconceito.

Com o passar do tempo surgiram as Classes Especiais na tentativa de eliminar os preconceitos e de integrar os alunos com deficiência nas escolas do ensino regular, porém o aluno continuou a ser rotulado, pois a escola não se adequava as necessidades do aluno e sim o aluno deveriam se adaptar ao currículo.

Porém, nada disso atendia aos direitos básicos de ir e vir, saúde, trabalho, educação, lazer... pois, para que tais direitos fossem respeitados, a sociedade precisava mudar para acolher a todas as pessoas, inclusive aquelas física ou mentalmente desafiadas.

A esta mudança da sociedade para envolver grupos que estariam excluídos por falta de condições adequadas é que se chamou de INCLUSÃO.

Page 4: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

4

Hoje, a legislação brasileira posiciona-se pelo atendimento dos alunos com necessidades educacionais especiais preferencialmente em classes comuns das escolas, em todos os níveis, etapas e modalidades de educação e ensino.

A inclusão surgiu como alternativa para a educação de pessoas com necessidades especiais e suas vidas em sociedade.

“A educação inclusiva representa um passo muito concreto e manejável que pode ser dado em nossos sistemas escolares para assegurar que todos os estudantes comecem a aprender que o „pertencer‟ é um direito, não um status privilegiado que deva ser conquistado.” (N. Kunc apud Sassaki, 1997, p. 123).

Com a educação inclusiva, os professores da classe comum do ensino regular, a escola regular, passam a ter um ―novo alunado‖: “alunos especiais”, “pessoas com deficiência”, “pessoas com necessidades especiais”, estudantes! Estudantes que começam a freqüentar, a ‘pertencer’, às escolas da sua comunidade, onde seus irmãos, primos e vizinhos estudam

Podemos citar quatro fases importantes na Hisória:

Extermínio

Segregação

Integração

Inclusão

7. LEI Nº 9394/96 – LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – 1996 - EDUCAÇÃO ESPECIAL

Art. 58 . Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.

§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial.

§2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular.

Art. 59 . Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;

Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.

Page 5: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

5

Art. 60 . Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder público.

Parágrafo único. O poder Público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo.

8. DECRETO Nº 5.626, DE DEZEMBRO DE 2005 QUE REGULAMENTA A LEI Nº 10.436 HOMOLOGADA EM 2002,

Reconhece a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, como expressão lingüística da comunidade surda; essa lei veio atender aqueles que ao longo dos séculos tiveram sua comunicação oprimida ou restrita e sua língua muitas vezes proibida.

Hoje a língua de sinais é reconhecida e seu uso assegurado por lei, dando um novo rumo na historia dos surdos, onde antes educados na perspectiva ouvintista no qual desconsideravam sua língua e cultura (PEREIRA, 2008).

É pertinente destacar que essa legislação dispõe que o sujeito surdo adquira a língua de sinais, como primeira língua dos surdos e como segunda língua, à língua portuguesa na modalidade escrita, então, por esse decreto o ensino de Libras para os ouvintes passa a ser o ensino de uma segunda língua (DIZEU, CAPORALI, 2005).

O decreto nº 5.626/2005 art. 3º, também inclui a Libras como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, publicas e privadas. Inclui a Libras também nos demais cursos de licenciatura nas diferentes áreas de conhecimento e constitui se como disciplina optativa nos demais cursos, de maneira a garantir um ambiente de interação entre alunos surdos e alunos ouvintes (BRASIL, 2005).

9. OUVINDO AS CRIANÇAS

“Eu participei uma vez, mais eu era somente bandeirinha”;

“Eu só sentei lá e torcia. Só fiz isso”;

“Eu só sento e assisto e aplaudo os outros”.

“Eu participo sempre, o professor me ajuda muito, não fazendo por mim, mas ensinando meus coleguinhas a me ajudar, eles brigam para ver quem empurra minha cadeira”

“Eu quero muito participar, mas tenho vergonha de pedir”

“Meus coleguinhas disputam para eu fazer trabalho com eles…eu fico muito feliz”.

Page 6: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

6

“Sou feliz como eu sou, agradeço todo dia por eu ser especial e saber que existem pessoas que me amam, mesmo com toda dificuldade que tenho, e quantas crianças são bonitas e normais e os pais delas nem dão bola para elas”.

“Eu não quero ser normal, quero que a sociedade mude para atender minhas diferenças”.

10. A FAMÍLIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

O MOMENTO DA NOTÍCIA

São várias as formas pelas quais entram em contato com a deficiência do filho.

Dependendo da maneira como esses pais receberem a notícia, poderão ou não apresentar maior dificuldade em lidar com esse filho com necessidades especiais.

É constante presenciarmos forma inadequada de profissionais na área de saúde usada para dar a notícia aos pais. As formas mais apresentadas são:

Omissão e/ou transferência para terceiros

Muitas vezes se desconhece a causa da deficiência, ou não se tem coragem para enfrentar a situação, temendo a reação dos pais. Esta atitude é mais freqüente quando existe relação de amizade entre o profissional e os genitores.

Transmissão da notícia de forma destrutiva

A notícia é dada como se os pais nada devessem esperar da criança em termos de desenvolvimento, e/ou alertando-os para a fragilidade e morte precoce. Este profissionais provavelmente, estão colocando os seus próprios sentimentos de frustração e desconhecem o que é possível realizar por meio de um trabalho de reabilitação.

Minimização do problema

Promete-se aos pais um futuro fantasioso, fora da realidade, iludindo-os. A intenção é poupar os pais e a si próprio.

Transmissão da notícia de forma impessoal e distante

A notícia é transmitida sem maiores explicações quanto ao problema e sem envolvimento afetivo, causando a impressão de desinteresse. É uma forma do profissional não entrar em contato com o sofrimento que irá causar.

Transmissão da notícia somente a um dos cônjuges

Essa forma causa dificuldade maior a ambos, pois, além de receberer a notícia sozinho, a sobrecarga torna-se maior pela necessidade de se transmitir ao outro a notícia, sem que haja condições emocionais e racionais para isto e impedindo que o casal compartilhe a sua dor e possa falar sobre os seus sentimentos a dois.

Page 7: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

7

OS SENTIMENTOS E AS REAÇÕES DOS PAIS, MAIS APRESENTADOS, APÓS RECEBEREM A NOTICIA SÃO:

Choque

A mulher, após o parto, encontra-se bastante vulnerável, necessitando receber muito apoio e orientação em nível bem concreto e dirigido, quanto ao problema apresentado pela criança.

A notícia deve ser dada aos pais após os mesmos terem visto a criança, pois se for dada antes, os mesmos poderão se negar entrar em contato com a criança.

Perda da criança normal

É importante os pais chorarem a perda do filho esperado. Comparam-se esta crise, na qual a mãe precisa lamentar a morte de seu bebê esperado normal. É o sentimento de luto, é a perda do filho bom, do filho sadio.

O luto é normal e terapêutico, no sentimento do sepultamento do filho magicamente normal, que não mais existe.

Infanticídio

Muitas mães tem pensamentos de deixar a criança morrer, chegando a pensar em estratégias como: não alimentá-la, deixá-las cair ou não tratar de resfriados e outras doenças.

Culpa

Na maioria dos casos as mães expressam sentimentos de culpa, referindo-se a algo que fizeram de errado e que poderia ter causado o problema, como: beber, fumar, não se alimentar adequadamente, ter atividade sexual, não ser boa mãe, não freqüentar a igreja. Ter caso extraconjugal e não proceder corretamente durante o processo do nascimento do filho.

Revolta

Passam a duvidar da existência de um Deus. Ficam de ―mal‖com a vida, achando injusto isso ter acontecido com eles.

Vergonha

Sentem-se envergonhados, humilhados. Esses sentimentos estão relacionados com desonra e descrédito aos olhos dos outros.

Raiva

Muitas vezes apresentam este sentimento, devido ao ocorrido, passando pela fúria sem saber realmente com o que ou contra quem estão zangados.

Com isso descontam a ira nos médicos, enfermeiros, familiares e até no próprio bebê.

Page 8: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

8

Tristeza/angústia/depressão

Estes sentimentos acarretam muito sofrimento, mas permitem que os pais encarem o filho como ele realmente é, sem ilusões.

Resignação/fatalismo

Em famílias mais pobres existe maior resignação, que pode levar uma não procura de atendimento e apresentam a fantasia de que se tivessem dinheiro poderiam curar o filho.

Negação do problema

Os pais negam a si mesmo e aos que os rodeiam a existência de um filho com deficiência. Neste período é comum encontrarmos pais realizando peregrinações em consultórios, tentando comparar diagnósticos e fixando-se naquele que lhe parece mais ameno. É o medo da deficiência. É o medo do filho desconhecido e inesperado. É o medo de sofrer, de buscar a realidade. A superação desta etapa tão sofrida varia de pais para pais e, quando ela ocorre, traz grande beneficio para a criança

FASES QUE PASSAM OS PAIS EM SUA CONVIVÊNCIA COM O FILHO COM DEFICIÊNCIA:

Fase de necessidade de apoio: logo após a notícia cabe aos profissionais colocarem-se a disposição para ouvi-los, focando toda a atenção na família e criando empatia com seus sentimentos, evitando conselhos e julgamentos.

Fase de adaptação família x criança: os pais começam a perceber as necessidades do filho e a perder o medo de serem inadequados, havendo um decréscimo do isolamento social. Cabe aos profissionais oferecerem informações e orientações aos pais, auxiliando-os na compreensão das necessidades desse filho e sua adaptação á nova situação.

Fase de oferecer modelos, avaliar e alertar: pais e filhos aprenderam a se conhecer e se acomodar. Os pais sentem-se gratificados quando percebem alguma evolução. Em geral são super-protetores.

Fase de planejar programas para pais e filhos: os pais aprendem a fazer perguntas específicas e a pedir ajuda; mostram-se mais críticos e questionadores, demonstrando sentimentos de urgência e ambivalência em relação ao atendimento que estão oferecendo ao filho, bem como preocupados com o futuro.

11. DICAS DE COMO RELACIONAR-SE COM UMA PESSOA COM DEFICIÊNCIA.

PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL

A pessoa com deficiência visual deverá segurar no seu braço. O deficiente visual irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você vai andando.

Para fazer o deficiente visual sentar, guie-o até a cadeira e coloque a mão dele no braço ou no encosto da mesma, e deixe que a pessoa sente-se sozinha.

Page 9: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

9

Para fazer com que ele passe sobre um obstáculo, exemplifique quantos passos deverá dar para a direita, esquerda ou à frente, sempre avisando quando o obstáculo estiver próximo. O mesmo deverá ser feito para a pessoa com deficiência visual agachar para pegar um objeto.

O guia deverá ter muito cuidado para não deixar o deficiente visual cair ou deparar-se com barreiras, como, paredes e postes.

Se parecer que o deficiente visual está precisando de ajuda, identifique-se e faça-o perceber que você está falando com ele.

Fique a vontade para usar palavras como "veja" e "olhe". Nem você nem o deficiente visual podem evitá-las, já que não existem outras para substituí-las.

Quando o guia se distanciar, deve sempre avisar o deficiente visual.

Lembrando que a pessoa com deficiência visual deve sentir segurança no guia, portanto evite errar nas instruções e procure fazer o comando com firmeza e em boa entonação de voz.

PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA

• Para uma pessoa sentada em cadeira de rodas, é incômodo ficar olhando para cima por muito tempo. Portanto, se a conversa for demorar mais do que alguns minutos, se for possível sente-se, para que você e ela fiquem com os olhos no mesmo nível;

• Nunca movimente a cadeira de rodas sem antes pedir permissão para a pessoa;

• A cadeira de rodas (assim como bengalas e muletas) é parte do espaço corporal da pessoa, quase uma extensão do seu corpo. Agarrar ou apoiar-se na cadeira de rodas é como agarrar ou apoiar-se numa pessoa sentada numa cadeira comum. Isso muitas vezes é simpático, se vocês forem amigos, mas não deve ser feito se vocês não se conhecem;

• Empurrar uma pessoa em cadeira de rodas não é como empurrar um carrinho de supermercado. Quando estiver empurrando uma pessoa sentada numa cadeira de rodas, e parar para conversar com alguém, lembre-se de virar a cadeira de frente, para que a pessoa também possa participar da conversa;

• Ao empurrar uma pessoa em cadeira de rodas, faça-o com cuidado. Preste atenção para não bater nas pessoas que caminham na frente. Para subir degraus, incline a cadeira para trás, levante as rodinhas da frente e apoie-as sobre o degrau. Para descer um degrau, é mais seguro fazê-lo de marcha à ré, sempre apoiando para que a descida seja sem solavancos. Para subir ou descer mais de um degrau em seqüência, será melhor pedir a ajuda de mais uma pessoa;

• Se você estiver acompanhando uma pessoa deficiente que anda devagar, com auxílio ou não de aparelhos ou bengalas, procure acompanhar o passo dela;

Page 10: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

10

• Se achar que ela está em dificuldades, ofereça ajuda. Caso seja aceita, pergunte como deve fazê-lo. As pessoas têm suas técnicas pessoais para subir escadas, por exemplo e, às vezes, uma tentativa de ajuda inadequada pode até mesmo atrapalhar. Outras vezes, ajuda é essencial. Pergunte e saberá como agir. Não se ofenda se a ajuda for recusada;

• Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoa deficiente;

• Se você presenciar um tombo de uma pessoa com deficiência, ofereça ajuda imediatamente. Mas nunca ajude sem perguntar se e como deve fazê-lo;

• Esteja atento para a existência de barreiras arquitetônicas quando for escolher uma casa, restaurante, teatro ou qualquer outro local que queira visitar com uma pessoa com deficiência física;

• Pessoas com paralisia cerebral podem ter dificuldades para andar, podem fazer movimentos involuntários com pernas e braços e podem apresentar expressões estranhas no rosto. Não se intimide com isso. São pessoas comuns como você. Geralmente, têm inteligência normal ou, às vezes, até acima da média;

• Quando conversar com um estudante em cadeira de rodas lembre-se de que uma pessoa sentada tem um ângulo de visão diferente. Se quiser mostrar-lhe qualquer coisa, abaixe-se para que ela efetivamente a veja;

• Se a pessoa tiver dificuldade na fala e você não compreender imediatamente o que ela está dizendo, peça para que repita. Pessoas com dificuldades desse tipo não se incomodam de repetir quantas vezes seja necessário para que se façam entender;

• Não se acanhe em usar palavras como "andar" e "correr". As pessoas com deficiência física empregam naturalmente essas mesmas palavras;

• Trate a pessoa com deficiência física com a mesma consideração e respeito que você usa com as demais pessoas.

PESSOA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

• Fale de maneira clara, distintamente, mas não exagere. Use a sua velocidade, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar. Use um tom normal de voz, a não ser que lhe peçam para falar mais alto.

• Fale diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela. Faça com que a sua boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial. Quando falar com uma pessoa surda, tente não ficar de frente para a luz (como por exemplo de uma janela); assim fica difícil ver o seu rosto, que vai ficar como uma silhueta na luz.

• Se você souber alguma linguagem de sinais, tente usá-la. Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender, avisará. De modo geral, suas tentativas serão apreciadas e estimuladas.

Page 11: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

11

• Quando duas pessoas estão conversando em linguagem de sinais, é muito grosseiro andar entre elas. Você estaria atrapalhando e impedindo completamente a conversa.

• Fale com expressão. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças de tom que indicam sarcasmo ou seriedade, muitas delas vão depender das suas expressões faciais, dos seus gestos e movimentos do corpo para entender o que você está dizendo. Se estiver tendo dificuldade em entender a fala de uma pessoa surda, não se acanhe em pedir que ela repita o que disse. Se ainda assim não conseguir, tente usar bilhetes. Lembre-se de que seu objetivo é a comunicação: o método não importa, pode ser qualquer um.

• Algumas pessoas mudas preferem a comunicação escrita, algumas usam linguagem em código e outras preferem códigos próprios. Estes métodos podem ser lentos, requerem paciência e concentração. Talvez você tenha que se encarregar de grande parte da conversa. Tente lembrar que a comunicação é importante. Você pode ir tentando com perguntas cuja resposta seja sim/não. Se possível ajude a pessoa muda a encontrar a palavra certa, assim ela não precisará de tanto esforço para passar sua mensagem. Mas não fique ansioso pois isso pode atrapalhar sua conversa.

PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

• Em primeiro lugar, lembre-se: você está diante de uma pessoa que quer e pode ser feliz. Se for um bebê, brinque com ele, acaricie, como você faria com qualquer outro bebê. Não se revista nem de dó nem de culpa apenas aja naturalmente. Descubra nele os encantos que todos os bebês têm .

• Se for uma criança, brinque com ela, converse, dê atenção – sua atenção, suas brincadeiras poderão ser uma importante fonte de estimulação. Crianças com deficiência mental precisam ( como qualquer outra criança) ser estimuladas a participar, a interagir. Permita que ela brinque com seus filhos e que seus filhos brinquem com ela – é o primeiro passo para a extinção do preconceito. Seja natural , diga palavras amistosas, evite a superproteção.

• Se for um jovem, trate-o como jovem. Não use expressões infantilizadas nem se refira a ele como uma criança. Se estiver na escola, não o trate como um pequenino de pré-escola- ele ( ou ela) é um jovem, adolescente, que precisa ser respeitado como tal e questionado quanto a seus sonhos, sentimentos e aspirações. Lembre-se: o respeito está em primeiro lugar e só existe quando há troca de idéias, informações e vontades. Por maior que seja a deficiência, lembre-se da eficiência da pessoa que ali está.

• Se for um adulto ou um idoso, permita que ele usufrua do bem estar e do respeito que são direcionados às pessoas dessa faixa etária. Permita que participe de reuniões alegres, converse, alivie a solidão que cresce para todos nessa faixa etária, especialmente para as pessoas com deficiência mental.

Page 12: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

12

• E, principal: caso você tenha alguma dúvida ou mesmo não possua qualquer informação sobre deficiência mental, não se acanhe em perguntar, buscar esclarecimentos e informações. Mas, importante : busque essas informações junto a pessoas, associações ou entidades que realmente possam dar a você uma idéia exata, desprovida de preconceitos e pré-julgamentos.

PESSOA COM PARALISIA CEREBRAL (ENCEFALOPATIA CRONICA NÃO PROGRESSIVA DA INFANCIA)

• O paralisado cerebral tem necessidades específicas, por causa de suas diferenças individuais. Para lidar com este grupo de pessoas, temos as seguintes sugestões:

• É muito importante respeitar o ritmo do PC, geralmente ele é mais vagaroso naquilo que faz, como andar, falar, pegar as coisas, etc.

• Tenha paciência ao ouvi-lo, pois a grande maioria tem dificuldade na fala. Há pessoas que confundem esta dificuldade e seu ritmo lento com a deficiência mental.

• não trate o PC como uma criança ou incapaz.

• lembre-se que o PC não é um portador de uma doença grave contagiosa, porque a paralisia cerebral é fruto de uma lesão cerebral, ocasionada antes, durante ou após o nascimento, causando desordem sobre os controles dos músculos do corpo. Portanto, não é doença e nem muito menos transmissível.

12. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

“As crianças tem compreensão, mas não conseguem dar resposta à altura. Então, os técnicos acham que as crianças não compreendem. E elas compreendem muito bem. Claro que ela não consegue te dar a resposta exata, mas ela entendeu o que tu querias”. (Depoimento de uma mãe que tem uma filha com D.M de 22 anos)

DEFINIÇÃO DE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL – (OMS)

“ funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitante com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do individuo em corresponder adequadamente às demandas da sociedade, nos seguintes aspectos: comunicação, cuidados pessoais, habilidades sociais, desempenho na família e comunidade, independência na locomoção, saúde e segurança, desempenho escolar, lazer e trabalho”. (Organização Mundial da Saude (OMS)

Page 13: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

13

NÍVEL DE COGNIÇÃO POR TESTES PSICOMÉTRICOS

QI abaixo de 20 (profunda): eram consideradas pessoas que não possuíam

autonomia para atividades básicas como alimentação, higiene pessoal. Classificados como vegetativos.

QI entre 20 e 34 (severa): pessoas com possibilidades intelectuais que lhes

permitem uma autonomia suficiente para atividades básicas do dia a dia, quando estimuladas, com aprendizagem lenta e pouco gradativo.

QI entre 35 e 49 (moderada: pessoas com aprendizado de atividades mais

elaboradas e conquistas de autonomia básica para a realização supervisionada de tarefas.

QI entre 50 e 60 (leve): eram vistas como completamente educáveis, capacitadas

para exercer atividades com responsabilidade e habilidade, embora com indicação de supervisão em tarefas complexas.

TENDENCIA ATUAL NA DEFINIÇÃO

A tendência atual é de não classificar ou não classificar somente pelo Coeficiente Intelectual. Deve-se levar em conta:

Histórico de cada aluno.

Meio em que vive.

Maneira como é tratada

Os estímulos que recebe.

Podemos encontrar crianças ou adolescentes com o mesmo Coeficiente Intelectual e respostas comportamentais muito diferentes. Ou seja, alguns conseguem articular e organizar o pensamento conforme as tarefas propostas e outros com o mesmo QI, não apresentam iniciativa de respostas comportamentais.

DEFINIÇÃO MAIS ADEQUADA ATUALMENTE

―Deficiência Intelectual é o estado intelectual significativamente inferior a média, associado a limitações em pelo menos dois dos aspectos do funcionamento adaptativo: comunicação, cuidados pessoais, competência doméstica, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e trabalho”. (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais)

13. SINDROME DE DOWN

Estaremos falando da pessoa com síndrome de DOWN, segundo Garcia Moreno, um professor, que tem um irmão com a síndrome. O mesmo descreve as causas,

Page 14: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

14

características e o que é Síndrome de Down em seu livro ―SINDROME DE DOWN: UM PROBLEMA MARAVILHOSO‖.

CARACTERÍSTICAS

É sereno, gostoso imaginá-lo com aqueles olhinhos claros de oriental puxadinhos, orelhinhas pequenas, narizinho pequeno, pescoço curto, mãozinha também pequena e fofa, seus pés chatos com um espaço enorme entre o dedo grande e o segundo artelho, e gordinho, bem fofinho.

Como vêem, ele tem um conjunto de características, sinais, que caracterizam uma síndrome. Quando bebê ele é bem hipotônico (mole).

O bebê é mais quieto, apresentando dificuldade para sugar, sustentar a cabeça e os membros. A hipotonia diminui com o tempo e o bebê conquista, mais lentamente que os outros, as diversas etapas do desenvolvimento.

Quando estimuladas precocemente, apresentam um bom desempenho.

Ele não tem, mas alguns tem, língua protusa (para fora da boca) e mãos com uma só prega na palma.

Ah! Nem todos são gordinhos como ele, alguns são até bem esbeltos.

ALGUMAS ANOMALIAS ASSOCIADAS À SINDROME DE DOWN

Instabilidade atlantoaxial

Convulsões, epilepsias

Cardiopatias congênitas

Infecções do aparelho respiratório

Estrabismo

As meninas costumam ter puberdade tardia e menopausa precoce, existindo relatos de mulheres férteis.

A mortalidade precoce pode ser superior à da população em geral , sendo as causas mais comuns a pneumonia e as cardiopatias congênitas que, tratadas, permitem maior longevidade.

Somado a estas característica vem o grande problema: a deficiência Intelectual . Eu disse deficiência e não doença.

O Down tem uma redução na sua capacidade intelectual; resumindo, ele é capaz de tudo, a diferença é que o não deficiente aprende tudo bem mais rápido, e as Pessoas com Síndrome de Down aprendem bem mais devagar.

É só você ter paciência (palavra-chave para ajudá-los), acreditar e confiar neles. Fazendo isso, verão que em muitas coisas não vai existir diferença entre eles e os não deficientes. Agora, o sucesso deles depende de nossa paciência em ensiná-los.

Page 15: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

15

DE ONDE VEM A PALAVRA DOWN

Vem de 1866, quando um médico inglês chamado Dr. John Longdon Down, identificou e descreveu uma criança com deficiência mental.

Esta criança tinha as características descritas na época como uma criança parecida com os habitantes da Mongólia, daí surgiu o triste termo Mongolóide.

QUEM PODE TER UM FILHO COM SINDROME DE DOWN

Agora eu vou contar para você onde esta o problema do meu irmão, um problema em que não existem culpados. Qualquer casal pode vir a ter um filho com Síndrome de Down.

A síndrome é resultado de um acidente genético que pode acontecer com qualquer casal e em qualquer idade.

Existem sim, algumas probabilidades maiores de um casal vir a ter uma criança com Sindrome de Down como em casos de gravidez muito precoce (15 a 19 anos) ou já em idade mais avançada (30 a 40 anos), no mais ainda é desconhecida, portanto, é um erro os casais ficarem se culpando.

CAUSA DA SINDROME DE DOWN

O problema é genético, o Down tem um problema nos cromossomos.

O nosso corpo é formado por pequenas unidades chamadas células, e dentro de cada célula estão os cromossomos.

Eles são os responsáveis pelo nosso funcionamento, são eles que determinam nossas características físicas, intelectuais e emocionais.

Cada célula possui 46 cromossomos que são idênticos dois a dois, existindo assim 23 pares de cromossomos.

O DOWN, por um acidente genético acontecido na divisão celular (mitose), vieram ao mundo com 47 cromossomos, um a mais que o normal, e o cromossomo causador da deficiência esta presente no par 21, daí a Síndrome também ser chamada de Trissomia 21.

14. AUTISMO

A Síndrome do Autismo carece de uma definição exata.

Pode-se dizer, de forma geral, que o autismo acarreta dificuldades na comunicação, na interação com o ambiente e nas relações interpessoais.

Page 16: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

16

Através do estudo com 11 crianças, em 1943, Leo Kanner chamou a atenção para algumas peculiaridades que as distinguiam das crianças esquizofrênicas, tais como: dificuldades para aceitar as mudanças do ambiente, inversões pronominais, repetição de atos. Kanner ressaltou o medo extremo destas crianças no que se referia à alteração de sua rotina, qualquer mudança feita representava um transtorno para elas.

Atualmente, o autismo é tido como uma síndrome comportamental, compreendendo um conjunto de sintomas que podem ter mais de uma origem.

“Um transtorno invasivo de desenvolvimento definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometimento que se manifesta antes da idade de 3 anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas de interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo”.

Ocorre numa proporção de 4 homens para uma mulher, variando numa faixa de 5 a 15 casos em cada 10.000 nascidos. Facilmente confundido com deficiência mental, ou outras deficiências. As causas ainda não foram totalmente comprovadas.

É um transtorno sem fronteiras geográficas e sociais, ou seja, ocorre no mundo inteiro e em todas as classes sociais e econômicas.

COMO RECONHECER O AUTISMO

Os sintomas variam amplamente e manifestam-se de diversas formas, variando do mais leve ao mais alto comprometimento.

Em cooperação internacional, os especialistas concordaram em usar alguns critérios de comportamento para diagnosticar o autismo. A criança deve ser observada, e se for contatada mais de 8 características o autismo pode ser detectado.

CARACTERISTICAS

Diminuição no uso de comportamentos não-verbais como contato ocular (evita olhar nos olhos do interlocutor), expressão facial, postura corporal e gestos para interagir socialmente.

Dificuldade em desenvolver relações de companheirismo apropriadas.

Ausência de procura espontânea em dividir satisfações, interesses ou realizações com outras pessoas.

Falta de reciprocidade social ou emocional (indiferença).

Atraso ou ausência total de desenvolvimento da linguagem oral, sem ocorrência de tentativas espontâneas de compensação através de modos alternativos de comunicação, como gestos ou mímicas.

Em pessoas com fala normal, diminuição da habilidade de iniciar ou manter uma conversa com outras pessoas.

Ausência de ações variadas de imitação social apropriadas para o nível de desenvolvimento.

Page 17: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

17

Padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades, manifestados por:

o Obsessão por atitudes ou objetos específicos. o Fidelidade aparentemente inflexível a rotinas ou rituais específicos o Hábitos motores repetitivos, por exemplo, agitação ou torção das mãos ou

dedos e repetidos movimentos corporais. o Resistência ao aprendizado - Ausência de noção de perigo - Indicação de

necessidades com gestos; o Resistência ao contato físico e a afetividade - hiperatividade física -

Comportamentos agressivo e destrutivo

TRATAMENTO

Não há cura para o autismo. A pessoa autista pode ser tratada e desenvolver suas habilidades de uma forma mais intensiva do que outra pessoa que não apresente o mesmo quadro e, então, assemelhar-se muito a essa pessoa em alguns aspectos de seu comportamento.

Porém, sempre existirá dificuldade nas áreas atingidas pelo autismo, como comunicação e interação social.

O autista pode desenvolver comunicação verbal, integração social, alfabetização e outras habilidades, dependendo de seu grau de comprometimento e da intensidade e adequação do tratamento que, em geral, é realizado por equipe multidisciplinar nas áreas de Fonoaudiologia, Psicologia, Educação Física, Musicoterapia, Psicopedagogia e outras.

15. DEFICIÊNCIA FÍSICA

“Já sei! Você imagina que eu só ando de cadeiras de rodas e que minhas pernas não obedecem à vontade que eu tenho de sair correndo por aí. E se eu fosse assim? Nem por isso meus pensamentos seriam menos velozes do que os seus.” (Claudia Werneck)

CAUSAS

Durante a gravidez

No nascimento

Depois do nascimento

É importante destacar o papel que a violência tem, como causa de deficiência física: a violência urbana, que tem sido tão focalizada pela mídia, acidentes no trânsito ou de trabalho estão se tornando as principais causas da deficiência física.

DEFINIÇÃO

Page 18: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

18

A deficiência física abrange uma variedade de condições não sensoriais que afetam o indivíduo em termos de mobilidade, de coordenação motora geral ou da fala, como decorrência de lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, ou ainda, de más formações congênitas ou adquiridas.

É importante salientar que a deficiência física não tem nada a ver com deficiência mental; a deficiência física afeta as funções motoras e não a parte cognitiva da pessoa.

SINAIS QUE INDICAM DEFICIÊNCIA FÍSICA.

Movimentação sem coordenação ou atitudes desajeitadas de todo o corpo ou parte dele;

Anda de forma não coordenada, pisa na ponta dos pés ou manca;

Pés tortos ou qualquer deformidade corporal;

Pernas em tesoura (uma estendida sobre a outra);

Dificuldade em controlar os movimentos, desequilíbrios e quedas constantes;

Dor óssea, articular ou muscular;

Segura o lápis com muita ou pouca força;

Dificuldade para realizar encaixe e atividades que exijam coordenação motora fina.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Fazer acompanhamento médico pré-natal;

Infra-estrutura adequada nos berçários, para atender recém-nascidos (UTI para bebês com risco de vida, aparelhagem moderna, evitar infecção hospitalar);

Pessoal treinado no resgate de vítimas de acidentes de trânsito;

Conscientização dos riscos da hipertensão e da diabetes;

Adotar medidas de segurança no trânsito, no ambiente de trabalho e na prática de esportes.

16. LESÃO MEDULAR

Geralmente uma lesão medular ocorre por acidente, que pode ocasionar uma fratura na coluna vertebral, tendo como conseqüência o rompimento da medula ou, caso não haja fratura, um forte impacto que cause um inchaço na medula.

Os acidentes mais comuns que causam a lesão medular são:

• lesão por arma de fogo (tiro),

• acidente automobilístico,

• mergulho em águas rasas,

Page 19: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

19

• lesão por erro médico e por acidentes domésticos (quedas de escadas, banheiros, árvores, telhados).

É preciso lembrar que também há lesões ocasionadas por tumores na medula.

Depois que a medula é lesada ou rompida, ela nunca se regenera completamente, deixando seqüelas irreversíveis na pessoa acidentada, pois tem filamentos nervosos muito finos e sensíveis.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Nas lesões medulares completas, há paralisia, perda de todas as modalidades sensitivas (tátil, dolorosa, para temperatura, pressão e localização de partes do corpo no espaço).

As lesões cervicais altas determinam tetraplegia (paralisia dos quatro membros).

Nas lesões cervicais baixas, observa-se paralisia dos membros inferiores e das mãos.

Nas torácicas, a paralisia é de membros inferiores.

PARA DIFERENCIAR

Ortopédicos – que se referem aos problemas ou lesões dos músculos, ossos e/ou

articulações

Neurológicos – que se referem às deteriorações ou lesões do sistema nervoso

central

ENTENDA

PARESIA - é uma fraqueza parcial (movimento fraco).

PLEGIA - é fraqueza total (sem qualquer movimento).

DEFININDO TERMOS

Monoparesia: é quando somente um membro é afetado, seja superior ou inferior.

Hemiplegia: quando a metade esquerda ou direita do corpo fica paralisada, em

decorrência da lesão de células nervosas do cérebro que comandam o movimento desta parte do corpo;

Paraplegia: é uma paralisia dos membros inferiores, decorrente de uma lesão

medular ao nível da coluna vertebral tóraco-lombar.

Paraparesia: é uma deficiência relacionada à perda parcial das funções motoras

dos membros inferiores.

Diparesia: é quando os membros inferiores são os mais afetados, podendo haver

também um comprometimento menor nos membros superiores.

Page 20: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

20

Triplegia: é a perda total das funções motoras em três dos quatro membros

(braços e pernas).

Triparesia: é uma paralisia na qual três membros são afetados, dois membros

inferiores e um superior.

Tetraplegia: é uma paralisia dos quatro membros, braços e pernas, que acontece

como conseqüência de uma lesão medular ao nível da coluna vertebral cervical.

Tetraparesia: é quando há uma lesão medular incompleta, a nível de pescoço. Nesse caso, permanece algumas sensações ou controle dos braços e pernas. As causas mais comuns de tetraplegia e tetraparesia são os acidentes de carro e mergulhos em águas rasas.

Hemiplégicos, paraplégicos, tetraplégicos..... sofrem lesões no sistema nervoso (no cérebro ou na medula espinhal), que alteram o controle neurológico sobre os músculos, afetando os movimentos do corpo. Se a lesão afetar a área da linguagem, a pessoa pode não falar ou falar com dificuldade.

NÚMERO DE NOVOS ACIDENTADOS EM UM PAIS COMO O BRASIL

• 10.000 por ano

Idade dos portadores de lesão medular

• 82% são homens

• 18% mulheres

A maior parte ocorre na faixa de 16 a 30 anos

• 19 anos é a idade mais frequentemente atingida, embora a

média de idade dos recém acidentados seja 26 anos.

Lesão completa X incompleta

• 45% completas - total ausência de sensibilidade ou movimento abaixo da lesão.

• 55% incompletas - presença parcial de sensibilidade ou movimento abaixo da lesão.

Paraplegia X Tetraplegia (comprometimento do movimento dos braços)

• Paraplegia incompleta (paraparesia) - 23.1%

• Paraplegia completa - 28.2%

• Quadriplegia incompleta (quadriparesia) - 31.2%

• Quadriplegia completa - 17.5%

17. AMPUTAÇÃO

Page 21: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

21

As pessoas amputadas também são incluídas no grupo das Pessoas com

deficiência física, tanto as que nasceram sem um membro, perderam-no em um acidente ou precisaram tirá-lo por motivo de saúde, como um problema circulatório ou de gangrena.

Podemos definir amputação como sendo a retirada, normalmente cirúrgica, total ou parcial de um membro. Para pessoas menos esclarecidas, o termo ―amputação‖ está relacionado com o terror, derrota e mutilação, trazendo de forma implícita, uma analogia com a incapacidade e a dependência.

No entanto a amputação, deve ser encarada como:

Uma forma de tratamento, o qual desembaraça, a maior parte das vezes na retirada de uma extremidade dolorosa e frequentemente inútil (Downie, 1983);

O único meio de fornecer uma melhoria de qualidade de vida (QV) e não um fim em si mesmo, sendo um processo através do qual se alcançam novos horizontes (Cruz, 1994).

Por vezes, a amputação de um membro corresponde mesmo ao último recurso para salvar uma vida.

A amputação é a perda de uma parte do ―EU‖, em que a imagem corporal fica comprometida e profundamente alterada. Esta alteração produz uma desvantagem física permanente, provocando muitas vezes alterações das necessidades fisiológicas, psicológicas e sociais.

MEMBRO FANTASMA: ocorre em pessoas que não tem mais algum membro

(sofreram amputação).

Elas sentem como se o membro ainda estivesse ali, experimentando inclusive dores e sensações anormais.

Os cientistas acreditam que tem a ver com uma espécie de mapa neural que o cérebro tem do corpo, que manda informação ao restante do cérebro sobre a falta de conhecimento do membro sobre sua existência.

As pessoas amputadas podem vir a ter uma vida normal quando tiver condições de utilizar uma boa prótese e um bom trabalho de reabilitação. O esporte é um dos fatores essenciais na recuperação, principalmente da auto-estima.

18. NANISMO

É um problema que faz o corpo crescer menos que o normal. Ocorre um crescimento esquelético anormal, que geralmente resulta em um adulto com estatura baixa, inferior à da média populacional.

O nanismo tem causa genética, ou seja, é passada dos pais para os filhos. Pais anões podem ter tanto filhos anões como normais. Não há tratamento para essa deficiência, a única coisa que pode ser corrigida é o pé torto.

Page 22: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

22

Nanismo Desproporcional: Normalmente essas pessoas têm menos de 1,50m de

altura, e o seu corpo é desproporcional. Com braços e pernas são curtos e a cabeça parece ser grande demais em relação às outras partes. Ela também pode causar uma curva nas costas, pés tortos, mãos defeituosas, entre outros.

Nanismo Proporcional: Pessoas normais, com altura inferior a 1,50m de altura.

19. ENCEFALOPATICA CRONICA NÃO PROGRESSIVA (PARALISIA CEREBRAL)

A paralisia cerebral é um distúrbio do movimento e/ou da postura que ocorre em conseqüência de uma lesão que pode ter ocorrido no cérebro durante a gestação, na hora do parto ou logo após o nascimento, devido a uma interrupção no fornecimento de oxigênio para o cérebro.

A incidência é de 1 a 2 casos em 1.000 nascidos. Esta denominação - "paralisia cerebral" - nos leva a acreditar que estas pessoas têm suas funções cognitivas afetadas, o que nem sempre é verdade.

A lesão afeta, em graus variados, a fala, a coordenação motora ou a locomoção.

Por falta de informações, as pessoas acham que, porque a fala ficou alterada, estas pessoas têm também uma deficiência mental.

CLASSIFICAÇÃO

Atetóide: Caracterizada por movimentos involuntários, Neste tipo, os movimentos são involuntários devido a um estimulo ineficaz e exagerado que o cérebro envia ao músculo não sendo capaz de manter um padrão.

Coreico: Acomete crianças e jovens do sexo feminino com movimentos involuntários e descoordenados dos membros e dos músculos da face (Dança de S. Guido).

Distônico: Incoordenação do tônus muscular

Atáxico: Dificuldade de coordenação motora (Tremores ao realizar um movimento).

Mistos: Quando apresentam pelo menos dois tipos associados de alteração do movimento (Exemplo: espástico e atetóide)

Espástico: Ocorre uma lesão do córtex cerebral, diminuindo a força muscular e aumentando o tônus muscular. A tensão muscular encontra-se aumentada notada ao realizar algum alongamento da musculatura ou mesmo um estiramento

A Paralisia Cerebral mais comum é a Espática (na qual os músculos são rígidos e fracos), que ocorre em aproximadamente 70% de todas as crianças com paralisia cerebral.

Na paralisia cerebral espática, a rigidez pode afetar todos os membros (quadriplegia), principalmente os membros inferiores (diplegia), ou apenas o membro superior e o inferior de um dos lados (hemiplegia). Os membros afetados apresentam um mau desenvolvimento, são rígidos e fracos.

Page 23: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

23

20. DISTROFIA MUSCULAR

A Distrofia Muscular Progressiva (DMP) engloba um grupo de doenças genéticas, que se caracterizam por uma degeneração progressiva do tecido muscular.

Até o presente momento tem-se o conhecimento de mais de trinta formas diferentes de DMPs, algumas mais benignas e outras mais graves, que podem atingir crianças e adultos de ambos os sexos.

Todas atacam a musculatura, mas os músculos atingidos podem ser diferentes de acordo com o tipo de DMP.

HISTÓRICO

A descrição mais completa da Distrofia Muscular foi feita por Guillaume-Benjamin-Amand Duchenne (1806-75), em 1868. Desde então a doença passa a ser conhecida como Distrofia pseudo hipertrófica ou Distrofia Muscular de Duchenne (DMD).

Em 1858, Duchenne documentou o caso de um menino de 9 anos que perdeu a capacidade de andar devido à uma doença muscular.

Em 1868 publicou 13 casos e fez inúmeras observações importantes em relação a sinais e sintomas e ao fato de que a deterioração intelectual pode fazer parte da clínica da doença.

Também através de suas observações concluiu-se que a patologia era transmitida por herança, afetando principalmente meninos.

Uma das mais comuns formas da doença, a DMD é também a mais severa. Acontece por um defeito no gene localizado no braço curto do no cromossomo X.

A mulher tem dois cromossomos X, se um deles estiver afetado pelo defeito, o outro compensa a alteração e a doença não se manifesta, fazendo da mulher em questão uma portadora assintomática. Ela poderá, contudo, perpetuar a doença através de suas filhas.

O homem tem um cromossomo Y, herdado do pai, e um cromossomo X, que recebe da mãe. Se receber o cromossomo X materno defeituoso, ele não terá o X normal para contrabalançar e garantir o bom funcionamento do músculo. É quando a doença se manifesta. Por isso, a distrofia muscular atinge principalmente meninos (99% dos casos), numa incidência de 1 para 3.500 nascimentos.

É importante ressaltar que em 2/3 dos casos a mutação é adquirida da mãe e, em 1/3, ocorre um erro genético, uma mutação nova quando a criança foi gerada.

QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO

Page 24: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

24

O quadro clínico produzido pela distrofia muscular de Duchenne em geral inicia-se por volta do terceiro ano de vida.

Caracteriza-se, no começo, por acometimento dos membros inferiores, com paresia primeiramente proximal e depois distal. Com isso, nota-se que a criança passa a ter dificuldades em se locomover até mesmo no que se refere a atividades cotidianas, como levantar-se, correr, subir escadas, entre outras.

O paciente pode evidenciar precocemente marcha anserina e deambulação sobre os artelhos.

É comum a presença de uma manobra típica que os indivíduos acometidos usam para conseguirem se levantar do chão.

Este sinal consiste em fazer um movimento de rolamento do corpo para se ajoelhar, apoiar-se no chão com a extensão dos dois antebraços e levantar-se com dificuldade após colocar as mãos sobre os joelhos.

Geralmente, o menino se torna incapaz de deambular ao redor dos 11 anos de idade, ficando limitado a uma cadeira de rodas. No que concerne ao acometimento cardiovascular

Por fim, ao redor da segunda década de vida, os indivíduos portadores de distrofia muscular de Duchenne evoluem para uma insuficiência respiratória devido ao acometimento do músculo diafragma, passando a necessitar de assistência ventilatória constante.

A evolução para o óbito decorre da falência respiratória em si ou de infecções respiratórias advindas.

21. ESPINHA BIFIDA OU MIELOMENINGOCELES

Espinha bífida significa espinha cindida ou dividida. Esta divisão se dá nas primeiras semanas de gravidez, quando a medula , então em formação, não se fecha corretamente, o que faz com que os bebês apresentem os nervos expostos e vértebras danificadas.

Crianças portadoras de espinha bífida poderão apresentar dificuldades de coordenação, aprendizado, controle muscular e mobilidade.

MIELOMENINGOCELE - é a forma mais comum de espinha bífida cística e também a mais grave. Mais de 80% dos portadores de mielomeningocele têm hidrocefalia associada.

HIDROCEFALIA - A hidrocefalia ocorre quando o líquido da medula não pode circular

normalmente (mielomeningoceles).

O líquido acumula-se no cérebro e, caso não seja controlado, pode acarretar o surgimento de graves conseqüências.

Page 25: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

25

Esta situação se resolve introduzindo-se cirurgicamente um tubo fino com uma válvula de pressão no interior dos ventrículos cerebrais.

Esta técnica, de modo geral, controla a hidrocefalia, direcionando o líquido para a cavidade abdominal ou para uma veia no pescoço, que leva ao coração, conforme desenhos a seguir.

22. ESCLEROSE MULTIPLA

A Esclerose Múltipla: é uma doença degenerativa que ataca o sistema nervoso, provocando enrijecimento dos membros e dificuldades de locomoção.

Não se conhecem ainda as reais causas da doença. Sabe-se, porém, que sua evolução difere de uma pessoa para outra e que é mais comum em mulheres e em indivíduos de pele branca.

Os sintomas aparecem no adulto jovem, ao redor dos 20, 30, 35 anos.

É na fase em que estão terminando a faculdade, iniciando uma atividade profissional mais agressiva ou atravessando um período de estresse mais intenso que os sintomas começam a demonstrar-se.

23. ESTIMULAÇÃO

Uma vez constatada a deficiência, a criança deve ser encaminhada para um programa de estimulação; alguns profissionais usam o termo "estimulação precoce― e, outros, "estimulação essencial".

É muito importante começar a estimular o bebê o mais cedo possível, com o objetivo de desenvolver suas capacidades e sua independência nas atividades quotidianas, de acordo com a fase de desenvolvimento que ele está.

24. ORTESES E PROTESES

Há diversos tipos de aparelhos e adaptações para o deficiente físico.

Alguns são muito caros; neste caso, as pessoas com deficiência física ou profissionais habilidosos vêem-se leva- dos a usar a criatividade e fazer improvisações, utilizando materiais disponíveis.

O fundamental é que funcionem e garantam autonomia à pessoa que os utiliza. (Órtese: corrige-Próteses: substitui)

25. AS ADAPTAÇÕES ARQUITETÔNICAS FACILITAM O ACESSO DE MUITAS PESSOAS:

Pessoas com deficiência física

Page 26: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

26

Idosos

Gestantes

Mães com carrinho de bebê

Pessoas que quebraram a perna

Obesos

Cardíacos

Portanto, vale a pena investir em adaptações arquitetônicas que, muitas vezes, são de baixo custo (fazer uma rampa, por exemplo) e vão beneficiar muitas pessoas.

Mas, para conseguir isso, é preciso sair e ser visto pelos demais.

Muitas vezes, as pessoas não providenciam estas facilidades em seus estabelecimentos porque não pensaram no assunto e não percebe- ram que o portador de deficiência também é um consumidor.

Se as cidades fossem planejadas para atender às necessidades de todas as pessoas, incluindo os grupos acima enumerados, elas seriam assim:

Os edifícios teriam os elevadores, sanitários e corredores acessíveis e utilizáveis por portadores de deficiência;

Os deficientes físicos poderiam participar de eventos políticos, sociais e culturais;

Os meios de transporte seriam adaptados;

As cabinas telefônicas permitiriam sua utilização por pessoas em cadeira de rodas.

No dia em que estas mudanças ocorrerem, a cidade realmente será do povo,

26. PORTARIA N. 3.284, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2003

COM RESPEITO AOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA:

Eliminação de barreiras arquitetônicas para circulação do estudante, permitindo acesso aos espaços de uso coletivo;

Reserva de vagas em estacionamentos nas proximidades das unidades de serviços;

Construção de rampas com corrimões ou colocação de elevadores, facilitando a circulação de cadeiras de rodas;

Adaptação de portas e banheiros com espaço suficiente para permitir o acesso de cadeiras de rodas;;

Colocação de barras de apoio nas paredes dos banheiros;

Instalação de lavabos, bebedouros e telefones públicos em altura acessível aos usuários de cadeira de rodas

COM RESPEITO A ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL:

De manter sala de apoio equipada como máquina de datilografia em braile, impressora braile acoplada ao computador, sistema de síntese de voz, gravador e fotocopiadora que amplie textos, software de ampliação de tela, equipamento para

Page 27: Apostila de Educa%c7%c3o Especial

FACULDADE ASSIS GURGACZ APOSTILA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSORA: DIRLEIA AP. SBARDELOTTO [email protected]

_____________________________________________________________________________________________

Obs: Este material serve como apoio nas aulas de Educação Especial, o aluno deverá fazer anotações das

explicações da professora e conteúdo repassado no quadro para estudar e realizar as avaliações.

27

ampliação de textos para atendimento a aluno com visão subnormal, lupas, réguas de leitura, scanner acoplado a computador; acervo bibliográfico em braile e de fitas sonoras para uso didático.

COM RESPEITO A ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVO:

De propiciar, sempre que necessário, intérprete de língua de sinais/língua portuguesa, especialmente quando da realização e revisão de provas, complementando a avaliação expressa em texto escrito ou quando este não tenha expressado o real conhecimento do aluno;

De adotar flexibilidade na correção das provas escritas, valorizando o conteúdo semântico;

De estimular o aprendizado da língua portuguesa, principalmente na modalidade escrita, para o uso de vocabulário pertinente às matérias do curso em que o estudante estiver matriculado;

De proporcionar aos professores acesso a literatura e informações sobre a especificidade lingüística do portador de deficiência auditiva.