apostila de desenho tÉcnico

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APOSTILA DE DESENHO TÉCNICO

PROF. PAULO SÉRGIO BARBOSA DOS SANT OS

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1. DESENHO COMO FORMA DE EXPRESSÃO O uso de desenho pelo homem é tão antigo quanto a nossa própria origem. Atualmente são conhecidos vários exemplos de desenhos que mostram cenas do dia-a-dia de nossos ancestrais. O desenho é um relato histórico, de uma época em que as nossas capacidades de comunicação oral e gestual eram incapazes de representar a riqueza de detalhes da realidade vivida pelo homem. Desde muito cedo, portanto o desenho passou a ser usado como recurso para representação de objetos, pessoas e animais.

Detalhes de desenhos das Represeentação egípcia do cavernas de Havberg, Noruega. túmulo escriba Nakht 14 a.C. 1.1 Algumas modalidades de desenho Tradicionalmente o uso de esboços é feito durante as etapas de desenvolvimento. A apresentação do projeto, por outro lado usa uma representação normatizada. Isso quer dizer que são seguidas normas estabelecidas por órgãos nacionais e internacionais, como a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 1.1.1 Desenho de Observação

Usado principalmente por artistas plásticos para adestramento do olho, registro de locais e situações e apreensão espacial, isto é, registro da disposição espacial de elementos da paisagem.

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1.1.2 Croqui ou Esboço Usado geralmente no desenvolvimento de projeto, aplica-se bem para comunicação de idéias em fase embrionária, o que faz com que seja bastante utilizado durante o processo criativo. É feito de forma rápida com as mãos, mas procura ser fiel às dimensões e proporções dos objetos retratados. Por isso o desenhista quando vai a campo e precisa registrar de forma rápida elementos de máquinas ou construtivos ele faz os esboços que posteriormente poderão ser desenhados de acordo com as normas de desenho. Veja a seguir o croqui do prédio do Congresso Nacional.

1.2 Definição de Desenho Técnico

O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e também da arquitetura. Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal da engenharia (civil, mecânica) e da arquitetura. 1.3 A Padronização dos Desenhos Técnicos Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi necessário padronizar seus procedimentos de representação gráfica. Essa padronização é feita por meio de normas técnicas, seguidas e respeitadas internacionalmente. As normas técnicas são resultantes do esforço cooperativo dos interessados em estabelecer códigos técnicos que regulem relações entre produtores e consumidores, engenheiros, empreiteiros e clientes. Cada país elabora suas normas técnicas e estas são acatadas em todo o seu território por todos os que estão ligados, direta ou indiretamente, a este setor. No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, fundada em 1940. Para favorecer o desenvolvimento da padronização internacional e facilitar o intercâmbio de produtos e serviços entre as nações, os órgãos responsáveis pela normalização em cada país, reunidos em Londres, criaram em 1947 a Organização Internacional de Normalização (International Organization for Standardization – ISO).

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Quando uma norma técnica proposta por qualquer país membro é aprovada por todos os países que compõem a ISO, essa norma é organizada e editada como norma internacional. As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas editadas pela ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) como normas brasileiras - NBR e estão em consonância com as normas internacionais aprovadas pela ISO. 1.4 Uso atual do desenho técnico Desenvolvido a partir das idéias do matemático francês Gaspar Monge (1746-1818) para a Geometria Descritiva, o desenho técnico ocupa hoje lugar de destaque no desenvolvimento de novos produtos e instalações. Hoje usamos a expressão gráfica através de desenhos técnicos para: ● Visualização da idéia; ● Apresentação de projeto para equipe; ● Apresentação de projeto para terceiros; ● Oferecer uma ponte para a concepção, isto é, serve de canal de expressão através do qual os conceitos e idéias são alterados pelos participantes de uma equipe de projeto. 1.5 Desenvolvimento de desenhos técnicos Atualmente os desenhos podem ser desenvolvidos manualmente ou através do uso de computadores. O desenho com o auxílio de computador é feito através de vários programas computacionais conhecidos como CAD. Independentemente de qual método é o escolhido, as etapas típicas desses processos são: • Concepção do objeto a ser desenhado, isto é, o projetista imagina como ficará seu produto; • Uso de esboços para representar as idéias iniciais e suas variantes; • A partir principalmente dos esboços é elaborado um desenho que já respeita a maior parte das normas vigentes, o chamado desenho preliminar; • O desenho preliminar é modificado quantas vezes forem necessárias até se chegar à solução definitiva; • O desenho técnico final é então feito de acordo com todas as normas vigentes. Esse desenho é que será usado como modelo para a construção do objeto real.

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2 MATERIAL DE DESENHO TÉCNICO 2.1 Formato e dimensão do papel As folhas em que se desenha o projeto arquitetônico são denominadas prancha. Os tamanhos do papel devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico. No Brasil, a ABNT adota o padrão ISO: usa-se um módulo de 1 m², cujas dimensões seguem uma proporção equivalente raiz quadrada de 2 (841 x 1189 mm), que remete às proporções áureas do retângulo. Esta é a chamada folha A0 (a-zero). A partir desta, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha A1 corresponde à metade da A0, assim como a folha A0 corresponde ao dobro daquela).

A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os formatos A1 e A0, devido à escala dos desenhos e à quantidade de informação. As cópias dos projetos podem ser arquivadas dobradas, ocupando menor espaço e sendo mais fácil seu manejo. O formato final deve ser o A4, para arquivamento. Os formatos da série “A” seguem as seguintes dimensões em milímetros:

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2.1 Algumas Técnicas de Manuseio Para traçados apoiados em esquadro ou régua, o grafite jamais deverá tocar suas superfícies, evitando assim indesejáveis borrões. Para conseguir isso, incline ligeiramente a lapiseira/lápis conforme a figura ao lado.

O grafite do compasso deverá ser apontado em forma de cunha, sendo o chanfro voltado para o lado contrário da ponta seca, conforme o ilustrado ao lado.

2.3 Recomendações

• O antebraço deve estar totalmente apoiado sobre a mesa; • A mão deve segurar o lápis/lapiseira naturalmente, sem forçar, e

também, estar apoiada na mesa; • Deve-se evitar desenhar próximo às beiradas da mesa, sem o apoio do

antebraço; • O antebraço não estando apoiado acarretará um maior esforço

muscular, e, em conseqüência, imperfeição no desenho; • Os traços verticais, inclinados ou não, são geralmente desenhados, de

cima para baixo; • Os traços horizontais são feitos da esquerda para a direita.

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3 CALIGRAFIA TÉCNICA As letras e algarismos que compõe a caligrafia utilizada no desenho técnico seguem normatização da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 3.1 Padrão Vertical

• Letras Maiúsculas

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

• Letras Minúsculas

a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z

• Algarismos

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 3.2 Padrão Inclinado (75°)

• Letras Minúsculas

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

• Letras Minúsculas

a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z

• Algarismos

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 3.3.Proporções

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4 LEGENDA

A legenda deve estar situada sempre no canto inferior direito, em todos os formatos de papel, à exceção do formato A4, no qual a legenda se localiza ao longo da largura da folha. As legendas utilizadas nas indústrias variam de acordo com o padrão adotado por cada uma delas. A legenda consiste de:

• Título; • Número; • Escala; • Nome da Empresa; • Data; • Nome do desenhista; • Descrição dos componentes.

Neste curso será adotada a legenda abaixo:

IEA – INSTITUTO EDUCACIONAL DE ARAÇATUBA ALUNO: DATA: ESCALA:

TÍTULO: VISTO: NÚMERO:

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5 ESCALAS O desenho de um objeto, por diversas razões, nem sempre poderá ser executado com as dimensões reais do mesmo. Tratando-se de um objeto muito grande, teremos de desenhá-lo em tamanho menor que o seu tamanho real, conservando suas proporções em todas as medidas. Assim como um objeto muito pequeno será desenhado em tamanho maior que o seu real tamanho, com o mesmo respeito as suas proporções. Esta relação entre objeto e desenho tem o nome de ESCALA. Uma escala pode ser:

• Natural, as medidas do desenho e do objeto são iguais. Relação única: 1/1 ou 1:1;

• De Redução ou Reduzida, as medidas do desenho são menores que as do objeto.Por exemplo 1 : 20 - O desenho é vinte vezes menor que o tamanho real do objeto representado no desenho, ou seja, foi reduzido vinte vezes;

• De Ampliação ou Ampliada, as medidas do desenho são maiores que as do objeto. Por exemplo, 5: 1 - O desenho é cinco vezes maior que o tamanho real do objeto representado no desenho, ou seja, foi ampliado cinco vezes.

Observações: • O valor indicado nas cotas se refere sempre às medidas reais do objeto, independentemente do mesmo ter sido ampliado ou reduzido no desenho; • Dimensões de ângulos (graus) permanecerão inalteradas em relação à escala utilizada no desenho. EXERCÍCIOS PROPOSTOS

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6 PROJEÇÕES ORTOGOGRÁFICAS Os planos de projeção podem ocupar várias posições no espaço. Em desenho técnico usamos dois planos básicos para representar as projeções de modelos: um plano vertical e um plano horizontal que se cortam perpendicularmente.

Esses dois planos, perpendiculares entre si, dividem o espaço em quatro regiões chamadas diedros (do grego duas faces). Os diedros são numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário ao do movimento dos ponteiros do relógio.

As vistas ortográficas são as representações gráficas das três faces que observamos de um objeto. As normas de desenho técnico fixaram a utilização das projeções ortogonais (vistas ortográficas), somente pelo 1° e 3° diedros , criando pelas normas internacionais dois sistemas para representação de peças:

• Sistemas de projeções ortogonais pelo 1° diedro(No rma brasileira); • Sistemas de projeções ortogonais pelo 3° diedro (N orma americana).

Podemos então definir dessa forma as principais vistas ortográficas no 1° diedro:

• Vista Frontal – Desenha-se o objeto visto de frente, ou seja, a sua face frontal;

• Vista Superior – Desenha-se o objeto visto de cima; • Vista Lateral Esquerda – Desenha-se a face lateral esquerda do objeto.

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A figura abaixo mostra as posições do observador em relação aos planos de projeção das três vistas no 1° diedro (frontal, sup erior e lateral esquerda). Já no 3° diedro, a representação do objeto estaria definida através das vistas Frontal, Superior e Lateral Direita.

O quadro a seguir apresenta a descrição comparativa dos dois diedros, definindo o posicionamento das vistas em relação à Vista Frontal.

Para facilitar a interpretação do desenho, é recomendado que se faça a indicação do diedro utilizado na representação. A indicação pode ser feita escrevendo o nome do diedro utilizado, ou utilizando a simbologia abaixo:

O ponto de partida para determinar as vistas necessárias, é escolher o lado da peça que será considerado como frente. Normalmente, considerando a peça em sua posição de trabalho ou de equilíbrio, toma-se como frente o lado que melhor define a forma da peça. Quando dois lados definem bem a forma da peça, escolhe-se o de maior comprimento.

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Deve-se registrar que se pode representar até seis planos de uma peça, que resultam nas seguintes vistas:

• Plano 1 – Vista de Frente ou Elevação – mostra a projeção frontal do objeto.

• Plano 2 – Vista Superior ou Planta – mostra a projeção do objeto visto por cima.

• Plano 3 – Vista Lateral Esquerda ou Perfil – mostra o objeto visto pelo lado esquerdo.

• Plano 4 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado direito. • Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo. • Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás.

Podemos observar com clareza nas figuras abaixo, a representação em três vistas desse mesmo objeto no 1° e 3° diedros:

Como a norma brasileira adota a representação das vistas ortográficas sempre no 1° diedro, passaremos então a abordar daqui para adiante, somente esse sistema de representação. Observações:

• As dimensões de largura da peça aparecem na vista lateral e superior; • As dimensões de altura parecem nas vistas de frente e lateral; • As dimensões de comprimento aparecem nas vistas de frente e superior.

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1.Escreva nos modelos representados em perspectiva isométrica as letras dos desenhos técnicos que correspondem ás suas faces.

2.Analise as perspectivas e identifique as projeções, escrevendo nas linhas correspondentes: F para vista frontal S para vista superior LE para vista lateral esquerda LD para vista lateral direita

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7 TIPOS DE LINHAS

Ao analisarmos um desenho, notamos que ele apresenta linhas e tipos e espessuras diferentes. O conhecimento destas linhas é indispensável para a interpretação dos desenhos. Quanto à espessura, as linhas podem ser:

• Grossas; • Finas.

Os tipos de linhas para desenhos técnicos são definidas pela NBR-8403, como mostra os exemplos a seguir:

• Linhas para arestas e contornos visíveis são de espessura grossa e de traço contínuo.

• Linhas para arestas e contornos não visíveis são de espessura fina e tracejadas. Um traço de cerca de 3mm seguido por um espaço de 2mm produzirão um linha tracejada de boa proporção.

• Linhas de centro e eixo de simetria são de espessura fina e formada por traços e pontos. É através das linhas de centro que se faz a localização de furos, rasgos e partes cilíndricas existentes nas peças.

Onde são definidos centros, então as linhas (de centro) deverão cruzar-se em trechos contínuos e não nos espaços.

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• Linhas de corte são de espessura grossa, formadas por traços e pontos. Servem para indicar cortes e seções.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1.Complete as projeções que falta.

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2.Desenhe a vista que falta.

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8 COTAGEM Cotagem é a indicação das medidas da peça em seu desenho conforme a norma NBR 10126. O desenho técnico, além de representar, dentro de uma escala, a forma tridimensional, deve conter informações sobre as dimensões do objeto representado. As dimensões irão definir as características geométricas do objeto, dando valores de tamanho e posição aos diâmetros, aos comprimentos, aos ângulos e a todos os outros detalhes que compõem sua forma espacial. A forma mais utilizada em desenho técnico é definir as dimensões por meio de cotas que são constituídas de linhas de chamada, linha de cota, setas e do valor numérico em uma determinada unidade de medida. Portanto, para a cotagem de um desenho são necessários três elementos:

Linhas de cota são linhas contínuas estreitas, com setas nas extremidades;

nessas linhas são colocadas as cotas que indicam as medidas da peça.

A linha auxiliar ou de chamada é uma linha contínua estreita que limita as linhas de cota.

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Cotas são numerais que indicam as medidas básicas da peça e as medidas de seus elementos. As medidas básicas são: comprimento, largura e altura.

As cotas devem ser distribuídas pelas vistas e dar todas as dimensões necessárias para viabilizar a construção do objeto desenhado, com o cuidado de não colocar cotas desnecessárias. 8.1 Cuidados na cotagem Ao cotar um desenho é necessário observar o seguinte:

Normalmente, a unidade de medida mais utilizada no desenho técnico é o milímetro. Quando houver necessidade de utilizar outras unidades, além daquela predominante, o símbolo da unidade deve ser indicado ao lado do valor da cota. Para facilitar a leitura e a interpretação do desenho, deve-se evitar colocar cotas dentro dos desenhos e, principalmente, cotas alinhadas com outras linhas do desenho, conforme mostra a figura:

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Outro cuidado que se deve ter para melhorar a interpretação do desenho é evitar o cruzamento de linha da cota com qualquer outra linha. As cotas de menor valor devem ficar por dentro das cotas de maior valor, para evitar o cruzamento de linhas de cotas com as linhas de chamada, conforme mostra a figura abaixo:

A Norma NBR 10126 da ABNT, determina que:

• nas linhas de cota horizontais o número deverá estar acima da linha de cota, conforme mostra a Figura (a);

• nas linhas de cota verticais o número deverá estar à esquerda da linha de cota, conforme mostra a Figura (a);

• nas linhas de cota inclinadas deve-se buscar a posição de leitura, conforme mostra a Figura (b).

Observações:

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1.Faça a cotagem tomando as medidas do desenho

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2.Observe as perspectivas e escreva as cotas nas projeções.

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9 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA Quando olhamos para um objeto, temos a sensação de profundidade e relevo. As partes que estão mais próximas de nós parecem maiores e as partes mais distantes aparentam ser menores. O desenho, para transmitir essa mesma idéia, precisa recorrer a um modo especial de representação gráfica: a perspectiva. Ela representa graficamente as três dimensões de um objeto em um único plano, de maneira a transmitir a idéia de profundidade e relevo. Existem diferentes tipos de perspectiva. Veja como fica a representação de um cubo em três tipos diferentes de perspectiva.

Cada tipo de perspectiva mostra o objeto de um jeito. Comparando as três formas de representação, podemos notar que a perspectiva isométrica é a que dá a idéia menos deformada do objeto. A perspectiva isométrica mantém as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura do objeto representado. Além disso, o traçado da perspectiva isométrica é relativamente simples. 9.1 Eixos Isométricos As semi-retas, assim dispostas (conforme a figura ao lado), recebem o nome de eixos isométricos. O traçado de qualquer perspectiva isométrica parte sempre dos eixos isométricos. A perspectiva Isométrica nos dá uma visão muito próxima do real e é amplamente usada para a representação de peças. Seus eixos principais estão inclinados em 120º uns dos outros e por esse motivo o par de esquadros facilitará muito o desenho.

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As linhas que não estiverem em 30º (obs. 90º + 30 º = 120º) em relação à horizontal, estarão a 90º. Portanto o jogo de esquadros será suficiente para todo traçado.

9.2 Traçando da Elipse (Representação da Circunferê ncia na Isométrica) O círculo em perspectiva tem sempre a forma de elipse. Para representar a perspectiva isométrica do círculo, é necessário traçar antes um quadrado auxiliar em perspectiva, na posição em que o círculo deve ser desenhado.

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Para cada peça em projeção há quatro perspectivas, porém só uma é correta. Assinale com a perspectiva que corresponde á peça.

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10 CORTES Na representação de um objeto, peça ou modelo, muitas vezes mesmo utilizando-se as várias vistas torna-se difícil entender os detalhes. Os detalhes internos de uma peça apresentam-se especialmente difíceis de representação através dos métodos aprendidos até agora. Em muitos casos seria desejável cortar a peça para ver como ela é por dentro. Essa é, justamente a idéia do corte em desenho técnico.Existem três tipos de cortes:

• Corte total; • Meio corte; • Corte parcial.

10.1 Corte Total Corte Total é aquele que atinge a peça em toda a sua extensão, onde o plano de corte atravessa completamente a peça. A figura abaixo mostra a aplicação de um corte total onde o plano secante muda de direção, sendo composto por várias superfícies, para melhorar a representação das partes internas da peça.

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10.1.1 Corte na vista frontal O plano de corte paralelo ao plano de projeção vertical é chamado plano longitudinal vertical.

Este plano de corte divide o modelo ao meio, em toda sua extensão, atingindo todos os elementos da peça. Observe novamente o modelo secionado e, ao lado, suas vistas ortográficas.

10.1.2 Corte na vista superior Como o corte pode ser imaginado em qualquer das vistas do desenho técnico, agora você vai aprender a interpretar cortes aplicados na vista superior. Imagine o mesmo modelo anterior visto de cima por um observador.

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Para que os furos redondos fiquem visíveis, o observador deverá imaginar um corte. Veja, a seguir, o modelo secionado por um plano de corte horizontal.

Observe novamente o modelo secionado e, ao lado, suas vistas ortográficas.

Este plano de corte, que é paralelo ao plano de projeção horizontal, é chamado plano longitudinal horizontal. 10.1.3 Corte na vista lateral esquerda Observe mais uma vez o modelo com dois furos redondos e um furo quadrado na base. Imagine um observador vendo o modelo de lado e um plano de corte vertical atingindo o modelo, conforme a figura a seguir.

Observe na figura seguinte, que a parte anterior ao plano de corte foi retirada, deixando visível o furo quadrado.

Finalmente, veja na próxima ilustração, como ficam as projeções ortográficas deste modelo em corte.

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O plano de corte, que é paralelo ao plano de projeção lateral, recebe o nome de plano transversal. 10.2 Hachuras A finalidade das hachuras é indicar as partes maciças, evidenciando as áreas de corte. As hachuras são constituídas de linhas finas, eqüidistantes e traçadas a 45° em relação aos contornos ou aos eixos de simetria da peça, conforme mostra a a seguir:

O espaçamento entre as hachuras deverá variar com o tamanho da área a ser hachurada.

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1.Sombreie as perspectivas e hachure as projeções.

2.Indique os cortes nos desenhos abaixo.

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3.Complete á mão livre as projeções das peças abaixo, aplicando os cortes indicados. Obs: Furos e rasgos passantes. Elevação em corte

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11 PLANTA BAIXA Planta Baixa é a projeção que se obtém, quando cortamos, imaginariamente, uma edificação, com um plano horizontal, paralelo ao plano do piso. A altura entre o plano cortante e o pano da base é uma altura tal, que permite ao referido plano, cortar ao mesmo tempo portas, janelas e paredes. Normalmente, esta altura é de 1,50m. Veja as ilustrações a seguir:

Observe que, quando cortamos a edificação com o plano, olhamos para baixo.

A representação desta edificação (casa) em planta baixa será conforme a ilustração que segue:

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Se a edificação possuir dois ou mais pavimentos (andares), haverá uma planta baixa para cada pavimento. A planta baixa tem por finalidade mostrar, claramente, as divisões dos compartimentos, a circulação entre eles, suas dimensões e seu destino. As divisões dos compartimentos são, na maioria das vezes, feitas através de alvenaria de tijolos. Dizemos também, parede de tijolos. As dimensões dessas paredes variam, em função da forma em que o tijolo é assentado. A representação das paredes é feita por meio das linhas paralelas e o espaço entre as linhas correspondente á espessura das paredes(o que se desenha é o contorno externo das paredes).

Numa edificação temos basicamente dois tipos de paredes:

• Paredes de meio tijolo (finas); • Paredes de um tijolo (grossas).

11.1 Paredes de meio tijolo São representadas em planta baixa, através de linhas paralelas e “próximas” uma da outra. Normalmente, as paredes de meio tijolo são paredes divisórias da obra, ou seja, as paredes internas. Analisando, detalhadamente, esta parede na obra, observamos que, o assentamento de seus tijolos, se dá da como mostra a figura ao lado.

Num projeto, identificamos as paredes de meio tijolo, através da observação de sua espessura. Geralmente, esta medida é de 15 cm. Graficamente, sua representação é conforme os desenhos abaixo.

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11.2 Paredes de um tijolo

Geralmente, estas paredes são externas em uma edificação. O assentamento de seus tijolos é feito como mostra a figura abaixo. Para identificá-las, basta-nos, também, observar sua espessura, que neste caso é, normalmente, de 25 cm.

Num projeto, são desenhadas da seguinte forma:

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11.3 Vão de portas É uma abertura nas paredes, destinada a receber a porta. As portas podem ser indicadas de várias maneiras, dependendo o tipo da mesma.As mais usuais são:

• PORTAS DE ABRIR Estas portas possuem dobradiças. O movimento delas é semi-circular. As portas de abrir podem vir em três situações:

Obs: Chama-se de diferença de nível, a diferença que existe entre um piso e outro.

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• PORTAS DE CORRER Estas portas não possuem dobradiças. Seu movimento é retilíneo.As portas de correr mais usuais são:

No encontro de duas paredes existe, após o vão da porta, uma pequena “saliência”, para fixação da mesma. Esta saliência denomina-se de Boneca - Boneca de Parede. Conforme os exemplos a seguir:

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Algumas vezes junto á representação da porta, encontram-se as seguintes indicações:

Esta indicação refere-se ás dimensões da porta, sendo o primeiro número, referente á largura e o segundo, á altura da mesma.

• VÃO LIVRE O vão livre caracteriza-se pela ausência de portas. Vão livre é uma abertura que permite comunicação direta entre dois compartimentos.

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Exemplo de planta baixa:

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12 MAPA DE RISCO Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores e deve ficar fixado em local visível a todos os trabalhadores. Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.) O MAPEAMENTO DE RISCO no Brasil, surgiu através da portaria nº 05 de 20/08/92, modificada pelas portarias nº 25 de 29/12/94 e portaria 08 de 23/02/99, tornando obrigatória a elaboração de MAPAS DE RISCO pelas CIPA´s. Os tipos de riscos são agrupados em cinco grupos classificados pelas cores vermelho, verde, marrom, amarelo e azul. Cada grupo corresponde a um tipo de agente: químico, físico, biológico, ergonômico e mecânico.

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Neste curso será adotada para os mapas de risco feitos em sala de aula a seguinte legenda: COR DE IDENTIFICAÇÃO USO NA LEGENDA

VERDE

VERMELHO

MARROM

AMARELO

AZUL

A partir de uma planta baixa de cada seção são levantados todos os tipos de riscos, classificando-os por grau de perigo: pequeno, médio e grande. O mapa deve ser colocado em um local visível para alertar aos trabalhadores sobre os perigos existentes naquela área. Os riscos serão simbolizados por círculos de três tamanhos distintos.

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Quando num mesmo local houver incidência de mais de um risco de igual gravidade, utiliza-se o mesmo circulo, dividindo-o em partes, pintando-as com cor correspondente ao risco. Dentro dos círculos deverão ser anotados o numero de trabalhadores expostos ao risco e o nome do risco. 12.1 Vantagens com a elaboração de mapas de risco 12.1.1 Ganho para a empresa

• Facilita a administração da prevenção de acidentes e de doenças do trabalho;

• Ganho da qualidade e produtividade; • Aumento de lucros diretamente; • Informa os riscos aos quais o trabalhador está expostos, cumprindo

assim dispositivos legais.

12.1.2 Benefícios para os trabalhadores

• Propicia o conhecimento dos riscos que podem estar sujeitos os colaboradores;

• Fornece dados importantes relativos a sua saúde; • Conscientiza quanto ao uso dos EPI´s.

Exemplos de mapas de risco:

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Observação: De acordo com a Portaria nº26, de 06 de Maio de 1998, a falta do mapa de risco ocasiona multas pesadas, por exemplo:

• Uma empresa com 01 a 250 empregados pode pagar uma multa variando de 630 a 1.241 ufir;

• Uma empresa com 250 a 500 empregados pode pagar uma multa entre de 1.242 a 1.374 ufir;

• Uma empresa com 501 a 1.000 empregados pode pagar uma multa entre 1.375. A 1.646 ufir .

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12.2 Algumas normas 12.2.1 NR 26 - Cor na segurança do trabalho A NR 26 tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases e advertindo contra riscos. Deverão ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes. O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador. As cores adotadas são:

• vermelho; • amarelo; • branco; • preto; • azul; • verde; • laranja; • púrpura; • lilás; • cinza; • alumínio; • marrom.

12.2.2 NR 12 – Máquinas e equipamentos Esta norma diz respeito:

• Instalações e áreas de trabalho. • Normas de segurança para dispositivos de acionamento, partida e

parada de máquinas e equipamentos. • Normas sobre proteção de máquinas e equipamentos. • Assentos e mesas. • Fabricação, importação, venda e locação de máquinas e equipamentos. • Manutenção e operação.

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EXERCÍCIO PROPOSTO

Analise, a seguir os dados recolhidos em uma gráfica.

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Agora retire as medidas da planta baixa a seguir e monte o mapa de risco da gráfica, usado os dados descritos acima.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ANEXO XIV – MAPA DE RISCO. Disponível em: < http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/mapa-ambientais.pdf>. Acessado em: 29 de setembro 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NR 12:Máquinas e Equipamentos. 8p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NR 26: Sinalização de Segurança. 5p. Análise de Riscos Ambientais. 37 slides.SENAI DUQUE DE CAXIAS.Técnico em Eletrônica – Desenho. Araçatuba. 143p. A Simplicidade do Mapa de Riscos – Curso de CIPA. 37 slides. COMSAT – Comissão de Saúde do Trabalhador. Mapa de Risco. 29p. FIORITTI, César F. Desenho Técnico – UniSALESIANO.Araçatuba, 2006. (Apostila da disciplina de Desenho Técnico, Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Araçatuba - SP).53p. LACEN. A Experiência do LACEN/AL no processo de implantação do sistema da qualidade. ALAGOAS. 6 slides. MOURA, Chateubriand V. Desenho Técnico e Noções do Arquitetônico Para o Curso Técnico em Segurança no Trabalho – CEFET – SE – Centro Federal de Educação Tecnológica de Sergipe, 2008. 119p. RIBEIRO, Antônio C.; PERES, Mauro P.; IZIDORO, Nacir. Apostila Desenho Técnico ll. 100p. SENAI DUQUE DE CAXIAS. Desenho I – Exercícios 1. Araçatuba. 75p. SENAI – PR. Planta Baixa.(Apostila da Disciplina de Eletroeletrônica). 81p. SENAI – Departamento Regional do Espírito Santo – Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico, 1996. 108p. TELECURSO 2000. Desenho Técnico. 385p. TORRES, Isaias. Desenho Técnico – UFSCAR.(Apostilas de Desenho Técnico para o Curso á Distância em Tecnologia Sucroalcoleira). Disponível em: < http://ead2.uab.ufscar.br/>. Acessado em 29 de setembro 2008. VELLOSO, Alexandre. Desenho Básico. Fundação de Apoio á Escola Técnica – Centro de Ensino Técnico e Profissionalizante Quintino – Escola Técnica Estadual da República – Departamento da Mecânica. 72p.